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MISSÃO ESTUDANTE MISSÃO ESTUDANTE INSTITUTO EDUCATIVO DO JUNCAL Edição n.º 35 Abril 2011 JOÃO MARQUES VENCE JUVENES TRANSLATORES Nesta edição: Editorial 2 Clube do Património 10-12 IEJ em Londres 13 Ginástica brilha no Gimnocorações 16 Dia Mundial do Teatro 31 “Histórias entre ciclos” 37 Semana da Matemática 38 TEATRO EM INGLÊS NO IEJ ENCANTA MIÚDOS E GRAÚDOS RUI MATOS VISITA IEJ

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MISSÃO ESTUDANTE

MISSÃO ESTUDANTE INSTITUTO EDUCATIVO DO JUNCAL

Edição n.º 35 Abril 2011

JOÃO MARQUES VENCE JUVENES TRANSLATORES

Nesta edição:

Editorial 2

Clube do Património 10-12

IEJ em Londres 13

Ginástica brilha no Gimnocorações

16

Dia Mundial do Teatro

31

“Histórias entre ciclos”

37

Semana da Matemática

38

TEATRO EM INGLÊS NO IEJ ENCANTA MIÚDOS E GRAÚDOS

RUI MATOS VISITA IEJ

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27 países. 23 línguas oficiais. 27 jovens promissores, todos nascidos em 1993. 27 profes-sores de línguas estrangeiras visivelmente moti-vados. 27 encarregados de educação orgulhosos e comovidos. Foi este o grupo que a Comissão Europeia convidou para passar três dias em Bru-xelas e assistir à cerimónia de entrega do prémio do concurso europeu de tradução Juvenes Trans-latores 2010. O vencedor português desta edição foi João Marques, aluno do 12.º ano da nossa escola.

Para muitos jovens, tratou-se do primeiro contacto com a diversidade cultural e linguística da Europa ou até mesmo da primeira viagem de avião. A primeira de, adivinha-se, muitas outras viagens e encontros multiculturais e multilinguísti-cos que se seguirão. Quando contactamos com diferentes línguas e culturas, o “bichinho” fica e torna-se impossível resistir à vontade de conhe-cer cada vez mais, de trocar experiências e ideias, de comparar a nossa realidade com a rea-lidade do outro, de nos conhecermos através do olhar que os outros têm de nós e de nos situar-mos nesta utopia chamada União Europeia (UE). O lema da UE não me saiu da cabeça durante todo o tempo em que acompanhei o João e a sua mãe em Bruxelas: “unidos na diversidade”. Foi essa a sensação que tive ao observar o grupo de jovens, tão diferentes, mas com a mesma força de vontade, curiosidade pelo que os rodeia e esperança no futuro. O futuro da Europa e de cada um destes 27 países está neles. Na sua vontade de construir pontes de entendimento, de preservar as suas origens e tradições, ao mesmo tempo que lhes imprimem o seu carácter e inova-ção e empreendem novas descobertas; de discu-tir, construtivamente, diferentes ideias e concep-ções sobre o mundo; de encontrar consensos e caminhos convergentes de crescimento, desen-volvimento e união. O desafio não é fácil, mas olhando para estes jovens, intervenientes, curio-sos, dialogantes e, em muitos casos, multilingues, acredito que o futuro, ao contrário do que se pos-sa pensar, está em muito boas mãos.

Num dos disursos que ouvimos na cerimó-nia de entrega do prémio no edifício Charlemag-ne, um dos oradores dizia que hoje nada é garan-tido. É verdade. Nem a situação económica, nem os empregos, nem os casamentos, nem as fron-teiras, nem a paz... Mais do que o garante da

estabilidade económica e financeira, convém não esquecer que a União Europeia é, acima de tudo, o garante da paz, harmonia e solidariedade, nem sempre fácil ao longo da história, entre os diver-sos povos europeus. É urgente lembrar e conser-var esta matriz original, numa altura de grande desencantamento e desilusão em relação à UE, causado pela incerteza e instabilidade económi-cas que hoje vivemos.

Umberco Eco disse que a tradução é a lín-gua da Europa. Nunca esta frase fez tanto sentido como agora. Tradução entre línguas, mas também entre modos de ver e de viver a realidade. O inglês, língua franca deste mundo globalizado, é uma ferramenta, mas não é suficiente para o desempenho de uma cidadania europeia activa, interveniente e construtiva e para um verdadeiro diálogo entre os povos europeus. Neste encontro em Bruxelas, falaram-se diversas línguas. Por vezes, perguntava-se numa e obtia-se a resposta numa outra. Na cerimónia de entrega do prémio, os oradores falaram várias línguas diferentes, per-cebidas por todos os presentes através da ajuda de intérpretes de várias nacionalidades. E esta será cada vez mais a realidade europeia. Os nos-sos alunos, apesar de geograficamente distantes do centro da Europa, terão de ser capazes de dia-logar com outros povos, de se fazerem ouvir para lá do rectângulo, de revelarem o que de bom tem o seu país e as suas gentes e de partirem em busca de novas oportunidades de estudo e de tra-balho além fronteiras. Independentemente da pro-fissão ou área de estudos que escolham, as lín-guas serão sempre um elemento fundamental para a sua inclusão na Europa (e no resto do mundo), para o seu sucesso profissional e forma-ção pessoal e social. A dura crise económica que atravessamos há-de passar. Que esta crise não destrua os valores essenciais do diálogo e enten-dimento entre os povos nem a diversidade cultural e linguística dos mesmos. E o João e outros jovens lá estarão, de olhos no futuro, prontos para traduzir diferentes línguas e culturas e preparados para (re)construir uma Europa ainda melhor.

Professora Liliana Gomes

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EDITORIAL - A TRADUÇÃO COMO LÍNGUA DA EUROPA

MISSÃO ESTUDANTE

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Infelizmente mais uma vez a natureza mostrou a sua força, desta vez no litoral nor-deste do Japão onde ocorreu um terremoto de 8.9 graus na escala Richter a 11 de março. Trata-se do maior sismo regista-do na história do Japão, há 140 anos, e do sétimo mais potente da história dos sismos da Terra, segundo dados do Serviço Geo-lógico dos Estados Unidos (USGS).

Os primeiros tremores foram identificados às 14h46. Este forte terremoto gerou além de muitos incêndios, um tsuna-mi igualmente destruidor que devastou o país, arrastando cidades litorais próximas do epi-centro e deixou em alerta de risco de tsunami a América do sul (Chile), Ilhas do Pacífico, Austrália, a Costa dos Estados Unidos e o Hawaii (20 países, no total). As ondas gigantes via-jaram pelo Pacífico a cerca de 800 km/h, antes de atingir a costa do Japão. Segundo alguns dados, as ondas do tsu-nami que atingiu a costa nor-deste do Japão tinham de 10 a 23 metros e devastaram uma área de extensão de 400 km quadrados. O tsunami devastou a cidade de Sendai, onde a polí-cia encontrou entre 200 e 300 corpos na praia. O porto de Rikuzentakata ficou submerso e foram encontrados entre 300 a 400 corpos nesse mesmo porto. Várias casas, barcos de pesca e veículos foram levados pela onda do tsunami, tendo ficado submersos.

Várias réplicas surgiram nos dias seguintes ao sismo principal e a central nuclear de

Cabe-nos a nós reflectir sobre as vantagens e os riscos que uma central nuclear apre-senta. A nível energético e eco-nómico, uma central nuclear tem grandes vantagens, pois a partir de isótopos consegue-se obter grandes quantidades de energia sem muitos gastos, o que é muito rentável economi-camente. Contudo, será que isto vale a pena, comparativamente com os riscos e problemas que poderá causar? Como já se pôde verificar, basta um mínimo deslize para que muitas gera-ções sofram as consequências das acções que alguns decidi-ram.

Na nossa perspectiva o dinheiro não é tudo… Há que preservar a nossa espécie e, apesar de os acidentes ocorre-rem muito raramente, a mãe-natureza em tudo manda…

Inês Santos, Daniela Louro e Joana Marques, 12.ºA

Fukushima foi afectada. Actual-mente, a radioactividade na atmosfera da zona que rodeia a central nuclear supera muito os valores normais permitidos. As águas e os solos estão contami-nados e teme-se uma nova catástrofe nuclear semelhante à que aconteceu há 25 anos em Chernobyl. Os alimentos (vegetais, leite, peixe e marisco) estão também contaminados e o governo proibiu a sua exporta-ção para minimizar os riscos para a saúde humana. As partí-culas radioactivas já chegaram a Portugal, ainda que em pouca quantidade, não havendo risco para a saúde pública.

A longo prazo, o aumen-to da radioactividade pode cau-sar grandes danos nos ecossis-temas, saúde ambiental e humana. A principal consequên-cia na saúde humana é o can-cro da tiróide e mutações here-ditárias. É urgente que se tomem medidas de precaução, embora estas não possam evi-tar uma catástrofe na saúde pública caso a central nuclear sofra mais danos.

A CRISE SÍSMICA E NUCLEAR DO JAPÃO REVISTA PELOS ALUNOS

FUKUSHIMA: A CIDADE INFERNAL

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BRUXELAS: UMA VIAGEM INESQUECÍVEL!

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Foi na madrugada do dia 6 de Abril que partimos para o aeroporto de Lisboa. As expec-tativas eram elevadas, mas não fazia ideia do que iria encontrar. A única certeza que tinha era que, como eu, outros 26 jovens europeus, nascidos em 1993, iniciavam uma viagem com o mesmo destino: Bruxelas! Todos estes jovens participaram no Concurso de Tradução Euro-peu Juvenes Translatores 2010 e foram os vencedores nos seus países.

Chegámos por volta das 13h00. A tarde serviu para um primeiro contacto com a cidade: a Grand Place; o Manneken Pis; entre outros. No final da tarde, jantámos no hotel, onde tive a oportunidade de estabelecer contacto com os vencedores do Juvenes Translatores 2010 de cada país. As primeiras colegas com quem falei foram a Eline (holandesa) e a Anne (húngara). Depois do jantar, tomámos a iniciativa de nos apresentarmos aos outros colegas. Eram todos muitos sociáveis e o relaciona-

mento foi muito fácil. A língua não foi uma barreira, uma vez que todos nós tinhamos conhe-cimento de mais do que uma. Os diálogos estabeleceram-se em inglês, francês, alemão e espanhol! Mas as conversas paralelas faziam-se em muito mais línguas: romeno, esloveno, polaco, neerlandês, húngaro, dinamarquês, finlandês,...

Na primeira noite, formá-mos um grupo e decidimos ir dar uma volta pela cidade.

Fomos para a Place Saint Catherine e aí ficámos a conver-sar e a conhecermo-nos melhor. No dia seguinte, de manhã, teve lugar a cerimónia de prémios no edifício Charlemagne, transmiti-da em directo pela Internet e vista pelos meus colegas no Juncal. Depois do almoço, enquanto a professora Liliana estava numa reunião com outros professores e com a equipa do Juvenes Translato-res, eu e a minha mãe apanhá-mos o autocarro turístico e visi-támos os pontos principais da cidade, com as suas inúmeras catedrais, o Palácio Real, o Ato-mium, etc. Depois do jantar, os vencedores foram todos dar uma volta pela cidade. Desta vez, como já nos conhecíamos melhor, as conversas que esta-belecemos foram muito mais efusivas.

No último dia, 8 de Abril, foi tempo de despedidas: trocá-mos contactos, prometemos encontros, tanto virtuais como presenciais. A última manhã foi passada na DGT (Direcção-Geral da Tradução) com a equi-

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pa de tradutores portugueses, que nos convidaram a conhecer o seu trabalho.

Só há duas coisas de que não gostei: a comida (péssima, muito à base de fritos) e a dura-ção da viagem (uma semana teria sido ainda melhor!).

A cidade é linda, uma mistura de gótico, arte nova e neoclássico. A Grand Place (a praça principal) é um sítio mara-vilhoso, onde podemos contactar com o à vontade do povo belga, que não tem problemas nenhuns em sentar-se no chão, no meio da praça, a almoçar. Também adorei o Atomium, uma repre-sentação da estrutura cristalina com 103 metros de altura! É espetacular!

O contacto com colegas de outras nações, de outras lín-guas, fez-me enriquecer o meu conhecimento. Fez-me perceber a diversidade cultural da Europa, fez-me sentir, como nunca havia sentido antes, que pertencia a um grupo tão grande e diversifi-cado como é a União Europeia. Ter ganho este prémio foi muito importante para mim, pois fez-me perceber a importância das

línguas e do conhecimento das outras culturas que fazem parte da União Europeia.

Tenho vontade de parti-lhar esta experiência com os meus colegas, pois este prémio é a prova de que com esforço e dedicação os nossos objectivos são alcançáveis. E não são ape-nas os alunos de Línguas e Humanidades que necessitam de conhecer outras línguas, pois eu estou em Ciências e sinto, cada vez mais, essa necessida-de. As línguas são realmente

uma ponte entre culturas e povos. E não é que até fiquei com vontade de aprender neer-landês?

http://ec.europa.eu/translatores/

index_pt.htm

João Marques, 12.º ano, ven-cedor do Juvenes Translato-

res 2010

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Embora o Instituto Edu-cativo do Juncal não se localize no território administrativo do Município de Leiria, a Directora Pedagógica e o Vereador da Cultura da Câmara de Leiria sabem que actividades culturais não devem ser condicionadas por fronteiras territoriais, embo-ra estas, possam servir para impedir, como foi o caso, a atri-buição de apoios económicos a quem efectivamente os merece. Apesar de à escola não ser atri-buído qualquer apoio financeiro, ao contrário das outras escolas e dos outros grupos de teatro participantes no evento “ Teatro Juvenil de Leiria”, quisemos par-ticipar no mesmo, porque é esta a nossa forma de estar, é esta a nossa missão, é esta a educa-ção para a cidadania que quere-mos transmitir, é este o nosso Projecto Educativo.

Assim, Os professo-res/encenadores, Luís Ochoa e Carla Oliveira, decidiram levar ao palco do Teatro Miguel Fran-co a peça “Felizmente há Luar” de Sttau Monteiro. Foi com a

bastante extensos, os alunos, professores e funcionários que se transformaram em actores estiveram em grande plano, desempenhando excelentemen-te os seus papéis, parecendo tratarem-se de actores muito habituados a pisar os palcos das grandes salas de teatro. O público constituído, maioritaria-mente, por alunos que frequen-tam o ensino secundário de várias escolas, mas também por professores e por muitos que não quiseram perder a oportuni-dade de se enriquecerem cultu-ralmente, deu por várias vezes sinais de satisfação, manifes-tando-o através de grandes e uníssonas ovações.

Foi uma grande lição. Felizmente há teatro no

Instituto. E de respeito!

Professor Manuel Carvalho

representação desta peça que no dia 1 de Abril, pelas 21 horas se abriu o ciclo de Teatro Juve-nil de Leiria. A sala estava com-pletamente cheia e muitos foram os que pretendiam estar presentes mas não puderam assistir por falta de lugares. Foi a 2ª representação da peça pela escola e o segundo grande sucesso. Apesar da peça ser longa e de haver monólogos

O OLHAR DE UM ESPECTADOR

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A turma do Curso Tecnoló-gico de Desporto do 11.ºD teve nos passados dias 23 e 24 de Fevereiro mais uma saída de campo, desta vez à Estância de Ski situada no topo da Serra da Estrela.

Esta visita durou dois dias, o que nos deu a oportunidade de conhecer um pouco da cidade da Covilhã, onde ficámos instalados à noite. No segundo dia, bem cedo, acompanhados pelos professores Jaime Vinagre, Ricardo Riachos e por Eduardo Branco, a turma deslo-cou-se ao ponto mais alto de Portu-gal Continental com o intuito de iniciar a aprendizagem desta moda-lidade desportiva e lazer. Esta acti-vidade foi um sucesso, uma vez que toda a turma evoluiu rapida-mente, dominando em tempo útil as diferentes técnicas de viragem e travagem utilizadas no ski. Este evento foi mais uma importante vivência para os alunos, no sentido destes poderem operacionalizar o trabalho desenvolvido nas discipli-nas de Organização e Desenvolvi-mento Desportivo e Práticas Des-portivas e Recreativas, quer na pre-

po ! Turma do 11.ºD

paração da logística, quer na con-cretização desta actividade. A turma do 11.º D fica à espera da próxima saída de cam-

APRENDIZAGEM DE SKI NA SERRA DA ESTRELA

No dia 18 de Fevereiro de 2011, pelas 10h, os alunos do Curso Tecnológico de Desporto, Adriana Perfeito e Leandro Jordão, a estagiar na Câmara Municipal de Porto de Mós, no Departa-mento de Desporto, com a colaboração das turmas 12.ºD e 11.ºD de Desporto do Instituto Educativo do Juncal, organizaram o V Triatlo do IEJ.

O Parque Desportivo Municipal foi o palco perfeito para as provas de Triatlo: natação, atletis-mo e BTT.

Uma iniciativa que contou com a presença de 33 equipas do Instituto Educativo do Juncal, num total de 99 alunos, e 16 equipas da Escola Secundária de Porto de Mós, e que permitiu, mais uma vez, o envolvimento das várias escolas do concelho e o apoio do município de Porto de Mós.

V TRIATLO

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Nós, alunas do 12.ºC, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, resolvemos proporcio-nar ao público em geral e parti-cularmente aos jovens, uma pequena mostragem de como agir perante uma situação de perigo eminente, dada a impor-tância do que fazer antes da chegada dos profissionais ao local. Face à decadência de valores presente na nossa sociedade, achámos indispen-sável a promoção de espírito de solidariedade e de cooperação

vo do Juncal.

Durante a mesma foram-nos fornecidas várias informa-ções profícuas acerca das enti-dades que deveremos chamar perante a ocorrência (polícia, protecção civil, bombeiros), sen-do o seu auge atingido aquando da aprendizagem da posição lateral de segurança (PLS) e da reanimação cardio-respiratória.

Alunas do 12.ºC

entre as pessoas. Para tal efei-to, contámos com a colaboração da Enfermeira Lina e do Comandante dos Bombeiros Voluntários do Juncal, que pron-tamente se mostraram disponí-veis para nos auxiliar nesta tare-fa. A sessão teve lugar no dia 21 de Janeiro de 2011, durou cerca de duas horas, tendo iní-cio às 09h e 20mn, no quartel desta mesma instituição. Con-tou com cerca de 30 participan-tes, nomeadamente alunos e professores do Instituto Educati-

DEMONSTRAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS

Se uma vítima se encontra inconsciente, no entanto ventila normalmente, devemos colocá-la na posição lateral de segu-rança. De seguida, pedimos a alguém que alerte os Serviços de Emergência (ligando para o 112).

Enquanto esperamos pela chegada dos meios de socorro, devemos verificar regularmente a ventilação da vítima.

Como colocar uma vítima

na Posição Lateral de Seguran-ça?

1. Certificar se a cabeça da vítima se encontra em exten-são;

2. Ajoelhar-se ao lado da vítima. Assegurar que ambas as nossas pernas estão esticadas;

6. Puxar a perna elevada na nossa direcção. Entretanto, continuar a pressionar as costas da mão da vítima contra a bochecha. Virar a vítima na nos-sa direcção para a colocar de lado;

7. Posicionar a perna que está por cima de tal forma que a anca e o joelho estejam em ângulo recto;

8. Inclinar novamente a cabeça para trás para manter as vias aéreas desobstruídas;

9. Ajustar a mão da vítima sob a bochecha, se necessário, para manter a cabeça inclinada;

10. Verificar regularmente a ventilação da vítima.

3. Colocar o membro superior da vítima (do nosso lado) em ângulo recto (90º), em relação ao corpo da mesma. Dobrar o antebraço para cima com a palma da mão virada para cima;

4. Colocar o outro braço da vítima atravessado sobre o tórax da mesma. Segurar as costas da mão da vítima contra a bochecha (do nosso lado). Manter a mão da vítima no lugar;

5. Com a nossa mão livre, agarrar pelo joelho, a perna da vítima que fica oposta a nós. Elevar a perna da vítima, mas deixar o pé no chão;

Posição Lateral de Segurança (PLS)

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Foi no passado dia 25 de Janeiro do presente ano que o jor-nalista Anselmo Crespo visitou a nossa escola. Anselmo Crespo, jornalista residente na SIC, estudou na Universidade da Beira Interior e é natural do Arrabal, distrito de Lei-ria.

Como alunas da disciplina

sucesso relativamente ao seu público-alvo. Decidimos que seriam apenas alunos do 9.º ano e do cur-so de Línguas e Humanidades que assistiriam à agradável palestra acerca de Comunicação e Jornalis-mo.

A palestra teve bastante impacto devido à excelente capaci-dade de comunicação do jornalista Anselmo e ao seu espólio de gratifi-cantes reportagens. Com a pales-tra, achamos ter conseguido escla-recer algumas dúvidas do público e ter suscitado, também, o seu inte-resse pela comunicação.

É com todo o gosto que agradecemos ao jornalista Anselmo Crespo por ter marcado presença na nossa escola e por ter fascinado quem o ouviu. Por fim, e não com menos importância, temos um grande obrigado aos professores Cristina Pires, Fátima Santos, Jor-ge Costa, Manuel Carvalho e Rui Brito, que nos ajudaram a preparar toda a palestra.

Daniela Peralta, Inês, Sara e Simone, 12.ºC

de Área de Projecto do décimo segundo ano, idealizámos um pro-jecto no qual abordássemos crono-logicamente a evolução dos meios de comunicação mais relevantes.

Foi muito importante para o nosso projecto que a palestra dada pelo jornalista Anselmo Crespo se realizasse, pois teve bastante

COMUNICAÇÃO E JORNALISMO

1 - Verificar se vítima está num local seguro, ou se necessita de ser transladada para outro local onde esteja em segurança;

2 - Tentar conversar com a mesma e tentar perceber se está consciente, caso não esteja, verificar se tem a via aérea desobstruída;

3 - Colocar dois dedos no pescoço procurando a pulsação e, simultaneamente, verificar se a pessoa está respirar, caso não esteja a fazer ambas as coisas devemos chamar o 112;

4 - Enquanto os profissionais não che-garem ao local, devem-se fazer 30 compres-sões no tórax e de seguida duas insuflações sequencialmente.

Será uma paragem Cardio-respiratória? E agora? O que faço?

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O FABRICO DE SEIRAS NO JUNCAL

BREVES CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS

Juncal é sinónimo de junqueiro, local onde há junco. De facto, ainda hoje é possível encontrar no Juncal zonas onde o junco cresce espontaneamen-te, em grande quantidade. Ape-sar disso, só após 1948 é que o fabrico artesanal de produtos com junco surgiu no Juncal. Até essa data essa actividade esta-va localizada na Castanheira. Existem informações que mos-tram que também se produziam artefactos em junco pelo menos no Ribatejo e Alentejo. Pelo contrário, não existem dados seguros acerca da data nem do modo de início da produção na Castanheira.

Até 1943/44, apenas se faziam carpetes, passadeiras e esteiras para a praia. Nessa data veio para a Castanheira uma família de Lisboa (os “Manecas”), de propósito para ensinar os produtores locais a fazer SEIRAS.

Em 1948/49 Rafael Hen-riques Sousa que já era produ-tor na Castanheira, mudou-se para o Juncal. Veio com a famí-lia e arrendou um espaço para habitação e outro para produção de Seiras, na Rua da Fonte (onde é hoje a casa de Francis-co Pinheiro). A esposa Florinda da Conceição e a irmã Francis-ca (“Sica”), começaram entre-tanto a ensinar a técnica de tecer a outras mulheres, que se mostravam interessadas, por exemplo a D. Hortense e a D.

to e também revendia, na região, e comprava o fio de juta em grandes quantidades, na Fábrica de Torres Novas. Além disso, ainda, controlava as ven-das, sem intermediários (quando necessário deslocava-se a outras regiões do país para fazer entregas de produtos).

Chegaram a existir, no Juncal, vários empresários. Rafael Tomás Morgado, mais conhecido por “sacristão”, dedi-cou-se a este negócio nos anos 50 e 60. Francisco Marcelino, durante os anos 60, só vendia à peça (malas e cantos, ainda por coser), Conceição Simões e Iria Machado desenvolveram esta actividade nos anos 80. Nos anos 90 assistiu-se à decadên-cia da produção. O último empresário a produzir seiras foi Belmiro da Conceição Sousa, o qual encerrou a sua actividade cerca do ano 2000.

Celeste Borges. Esta actividade tornou-se num complemento económico para as famílias. Muitas raparigas logo que saíam da escola, com 10 ou 12 anos, iam aprender a tecer nos teares dos empresá-rios. À medida que se iam casando, construíam o seu pró-prio tear, que instalavam num anexo às suas casas, permitin-do-lhes mais facilmente conju-garem as actividades do tear com a vida doméstica.

Rafael Henriques Sousa controlava todo o processo pro-dutivo de Seiras e Esteiras em junco, no Juncal: assegurava todo o processo produtivo, des-de a colheita do junco até à entrega do produto final, nunca vendendo à peça; comprava junco, em grandes quantidades, nos arredores de Santarém, onde chegou a ter pessoal dedi-cado exclusivamente à colheita de junco para a sua empresa; comprava as tintas de que necessitava em grandes quanti-dades, em armazenistas do Por-

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MISSÃO ESTUDANTE 11

PROCESSO PRODUTIVO

Enumeram-se, de seguida, as várias fases na construção da seira:

•APANHAR O JUNCO

•SECAR O JUNCO

•ATAR E CORTAR O JUNCO

•LAVAR O JUNCO

•COLOCAR NO POTE

•TINGIR O JUNCO

•URDIR O TEAR

•SAFIAR O TEAR

•TECER

•CORTAR O TEAR

•ATAR AS MALAS E OS CAN-TOS

•CORTAR AS PONTAS

•APARCEIRAR AS MALAS COM OS CANTOS

•COSER AS MALAS AOS CAN-TOS

•COLOCAR AS ASAS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo produtivo de artefactos em junco é excessi-vamente dispendioso, longo e exclusivamente manual. Enquanto objecto utilitário, a Seira foi substituída por produ-tos incomparavelmente mais baratos (sacos de plástico, por exemplo). Em 2010 a empresa “Pingo Doce Distribuição Ali-mentar, S.A.” modificou os seus sacos recicláveis, imprimindo excelentes fotos de seiras no seu exterior, criando a ideia de se estar em presença de verda-deiras seiras (e com um preço muitíssimo mais baixo).

Agora que a produção de seiras quase acabou, é curioso ver persistir a sua esté-tica num contexto sócio-económico, cultural e tecnológi-co inteiramente diferente. Esta

persistência surge como um ver-dadeiro desafio. Desperta-nos para a pergunta: que futuro para os produtos em junco, em espe-cial as SEIRAS?

A sobrevivência destes produtos poderá passar pela sua recria-ção e reposicionamento no mer-cado.

Fotos: Henriqueta Esperança (1999)

Texto: Carlos Mendonça e Célia Sousa

À DESCOBERTA DOS AZULEJOS E DAS JARRAS DE ALTAR DA REAL FÁBRICA DO JUNCAL

Apesar de hoje vivermos numa aldeia global, impõe-se, mais do que nunca, valorizar o que é nosso, imperativo para melhorar a economia portugue-

saibam construir uma economia sólida que só é possível através do conhecimento e da cultura. No sentido restrito, ao Clube do Património da nossa escola cabe inventariar, pesquisar, conhecer o que é nosso e tudo o que constitui história local.

Procurando correlacionar o passado com o presente, a economia com a cultura, o patri-mónio local com o regional, o conhecido com o desconhecido, foi o propósito dos alunos de História do Ensino Secundário ao visitarem, no passado dia cinco, alguns locais da região onde se encontram azulejos e jarras de altar de grande valor cultural e artístico, produzidos

sa e promover a cultura. Se queremos melhorar aquela não podemos subestimar esta. À escola cabe, em sentido lato, formar alunos e gerações que

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de grande valor cultural e artísti-co, produzidos numa fábrica do Juncal que teve grande relevân-cia económica nos séculos XVIII, XIX e inícios do século XX. Esta visita, apesar de pequena, prometia ser enrique-cedora. Enriquecedora, pelo que já nos tinha sido dito mas não conhecíamos, pelo que não sabíamos e não era conhecido e, sobretudo, pela oportunidade, de termos nesta visita a simpáti-ca companhia de uma especia-lista do estudo desta Fábrica, Drª. Filomena Martins.

Chegados à freguesia de Azoia visitámos a Igreja de Alcogulhe. Trata-se, segundo o Couseiro “ da capela rural mais majestosa do bispado de Leiria”. Contudo o nosso objectivo aqui era averiguar, com a presença da especialista, se, como nos haviam dito, existiam aqui cinco jarras de altar do Juncal. Depois de uma breve abordagem à his-tória da igreja, visitámos um pequeno mini museu, em boa hora criado para preservar alfaias religiosas, paramentos, utensílios religiosos, jarras … Entre várias jarras que aqui se encontravam, algumas de Alco-baça e do Juncal, da primeira metade do século XX, destaca-

em texto, a história do milagre que esteve na origem da cons-trução deste templo. Regista-vam, também, a data da aplica-ção dos painéis e o nome do arquitecto e da fábrica que os fabricou.

Atrevemo-nos a sugerir à paróquia ou à Junta de Fregue-sia do Juncal que estabeleçam com a paróquia ou a Junta de Freguesia dos Milagres um pro-tocolo que pode passar pela geminação das mesmas, visto existir uma relação de parentes-co muito próxima entre o arqui-tecto do Santuário dos Milagres e o fundador da fábrica do Jun-cal. José Rodrigues da Silva e Sousa, fundador da Fábrica do Juncal, em 1770, nasceu nos Milagres mas o seu pai e avô, respectivamente Joaquim da Silva e José da Silva Coelho, mestres das obras do Santuário dos Milagres, viveram no Jun-cal.

Os Amigos do Clube do Património Local

vam-se cinco que, sem dúvida nenhuma, eram da Real Fábrica do Juncal. Ficámos surpreendi-dos e mais estimulados para continuar a conhecer o nosso património.

Seguidamente visitámos o museu de arte sacra instalado no Seminário Diocesano de Lei-ria. Vimos esculturas de santos valiosíssimas. Mas interessáva-nos conhecer, sobretudo, aquilo para o que íamos, admirar os azulejos do Juncal. Aqui esta-vam expostos vários e grandes painéis de azulejos que tinham sido retirados da antiga Igreja da Mendiga, de forma a salva-guardá-los.

O último objectivo era o Santuário do Bom Jesus dos Milagres. Ficámos extasiados com a dimensão do templo. Além da manifestação de fé que traz, em Setembro, muitos romeiros de todo o país a ocor-rerem às solenidades religiosas em honra do Bom Jesus, inte-ressava-nos, mais uma vez, os azulejos do Juncal. As paredes do templo, no interior, tinham, a toda à volta, um lambrim com os ditos azulejos, com a particulari-dade dos painéis da capela-mor contarem, iconograficamente e

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MISSÃO ESTUDANTE 13

Foi por volta das 6h33mn da madrugada do dia 20 de Janeiro de 2011 (quinta--feira), na área das partidas do aeroporto da Portela, em Lis-boa, que nós, a turma de Geolo-gia do 12º ano e os docentes Jorge Guilherme e Ana Sílvia Malhado, nos encontrámos rumo a terras de sua majestade, a rainha D. Isabel II, também conhecida por Inglaterra. Às 11h20min, o voo TP354 chegou ao aeroporto de Heathrow, em Londres. Após uma longa via-gem de metro, carregando as malas (e, em cima delas, o pequeno Jorge), chegámos a Paddington, onde nos iríamos acomodar durante a nossa esta-dia. Durante a tarde, percorre-mos as mais prestigiadas ruas de Londres, Oxford Street, Bond Street, Regent Street e Picca-dillly Circus, famosas pelas lojas de marcas e estilistas mundial-mente conhecidas, de onde uma aluna saiu lesionada (Um trambolhão na loja Disney). Uma vez que o sol se põe cedo em latitudes elevadas (17h), nós, os alunos, demos início às

Bond Street e em Covent Gar-den. Como tudo o que é bom acaba, depressa chegou o domingo e, com ele, a viagem de regresso. Então, para finali-zar a estadia, percorremos o Hyde Park, onde nos confrontá-mos com uma típica manhã de domingo dos habitantes locais (joggers, academias militares em treino, madrugadores em simples passeios matinais e ain-da esquilos a serem alimenta-dos pela mão da Professora Ana Sílvia). Após o almoço, vol-támos a carregar a bagagem até Heathrow, onde comprámos os últimos souvenirs. Apesar do voo TP361 ter descolagem pre-vista às 16h25min, apenas levantámos voo às 17h02min, devido ao congestionamento de aviões na pista. Chegámos a Lisboa às 19h07, onde as famí-lias nos aguardavam, bem como uma dura semana de aulas e teste de Português.

Alunos de Geologia, 12.ºano

“Poker Nights”. Na manhã do segundo

dia, atravessámos o Hyde Park, através do tube até ao famoso Museu de História Natural de Londres, engrandecido pela sua extensa colecção de registos fósseis de espécies do Mesozói-co. O Museu dá a conhecer espécies já extintas, espécies estudadas por Darwin que cul-minaram na criação da teoria evolucionista, e ainda animais de todas as classes à escala real, desde insectos até mamí-feros de grande porte, desta-cando-se a baleia-azul. O Museu expõe ainda conheci-mentos geológicos, no âmbito do vulcanismo, da sismologia, astronomia e mineralogia, de uma forma didáctica. Saímos do Museu já de noite e dirigimo-nos a Covent Garden, onde jantá-mos e fomos convidados a abandonar o estabelecimento da Pizza Hut, devido às horas tardias (20h06min), e onde assistimos a actuações de rua protagonizadas por pessoas extremamente corajosas, uma vez que algumas se despiram parcialmente, apesar das tem-peraturas negativas. No terceiro dia, passeá-mos por Londres num autocarro panorâmico. Nem a chuva nos impediu de conhecer a cidade a partir do andar descapotável do autocarro. Passámos pelo Museu Madame Tussauds, pelo Palácio de Buckingham, pela Torre de Londres, pela London Bridge, pelas casas do Parla-mento (Big Ben), pela London Eye, entre outros monumentos que tornam a cidade de Londres única. Terminámos o dia na Happy Hour, em Oxford Street,

IEJ EM LONDRES

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CURSOS PROFISSIONAIS

14 MISSÃO ESTUDANTE

No sentido de divulgar e também elucidar quanto à esco-lha de um Curso Profissional para o próximo ano lectivo, a turma E do 9.º ano de escolari-dade desenvolveu, em Área de Projecto, o tema As saídas pro-fissionais. Assim, e por etapas distintas, foram criados grupos de trabalho no sentido de dar resposta a muitas das dúvidas manifestadas pelos próprios alu-nos da turma, com base em pesquisas sobre as diferentes Áreas de Formação, sobre o Perfil desejado, bem como sobre o Plano de Estudos de cada Curso Profissional e saí-das profissionais inerentes. Do trabalho desenvolvido, surgiu a proposta de apresentação e divulgação dos Cursos Profis-sionais da nossa escola para o próximo ano lectivo, tarefa exe-cutada com motivação e interes-se por parte dos alunos. Deste modo, foram elaboradas apre-sentações em PowerPoint do Curso Profissional de Técnico de Vendas; Curso Profissional de Técnico de Saúde; Curso Profissional de Técnico de Design; Curso Profissional de Técnico de Análises Laborato-riais, divulgação essa acessível a toda a Comunidade Escolar, através da projecção no átrio da escola e Secretaria. Contudo, aproveitamos agora para apre-sentar, de forma mais sucinta, os referidos Cursos para que todos possam, atempadamente, fazer as suas escolhas de vida activa sem margem de dúvidas!

Professora Carla Oliveira

Curso profissional de Técnico de Vendas

Saídas Profissionais

- Comercial de Serviços; - Comercial de produtos; - Gestor de clientes; - Investigador de mercado do produto; - Assessor de serviços ao clien-te; - Promotor de produtos e servi-ços.

Perfil de Técnico de Ven-das

- Saber como preparar a venda, as etapas da venda; - Conhecer e aplicar algumas tácticas negociais; - Saber como surpreender os clientes utilizando estratégias de fidelização; - Conhecer as necessidades específicas de cada cliente inte-ragindo pessoalmente.

Curso profissional de Técnico de Análise

Laboratorial

Saídas Profissionais

- Indústria Metalúrgica; - Análises Clínicas; - Indústria Cerâmica; - Indústria de Produção de cal; - Etar.

Perfil de desempenho

- Relacionar métodos e técnicas

analíticas a cada processo;

- Interpretar resultados de ensaios e análises, propondo soluções de alteração dos parâ-

metros;

- Criticar resultados de ensaios e

análises ;

- Realizar o tratamento e o pro-cessamento de dados informati-

camente;

- Medir e controlar variáveis dos processos físico-químicos e ou

biológicos;

- Colaborar na definição e pôr em prática normas de segurança,

saúde e ambiente e qualidade;

- Armazenar e classificar produtos químicos tendo em conta a análi-

se de risco do produto;

- Realizar a gestão de stocks de

reagentes e de resíduos tóxicos;

Identificar processos e tecnolo-gias dos diversos subsectores da

indústria química.

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MISSÃO ESTUDANTE 15

CURSOS PROFISSIONAIS

Curso profissional de Técnico de Design

Saídas Profissionais

- Ateliers de Design / Arquitectu-ra /Artes Plásticas / Decoração; - Lojas de design / Decoração / Artes Plásticas; - Espaços Comerciais / Gabine-tes; - Empresas de Construção; - Técnico de Design Industrial; - Técnico de Design de Interio-res/Exteriores; - Técnico de Design de Equipa-mentos.

Perfil de desempenho

- Executar levantamentos métri-cos, desenhados e fotográficos; - Interpretar e executar o dese-nho técnico de um projecto; executar e testar maquetas e/ou modelos, bem como protótipos de um projecto; - Participar na definição e elabo-ração das especificações e dos-siers técnicos; - Participar na definição e con-trolo das normas de qualidade do produto; - Participar na definição de pro-duto e na avaliação das neces-sidades de mercado.

Curso profissional de Técnico de Saúde

Saídas Profissionais

- Auxiliar na recolha e transpor-te de amostras biológicas; - Auxiliar no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde ; - Auxílio na prestação de cuida-dos aos utentes, de acordo com orientações do enfermeiro; - Verificação da limpeza, higie-nização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, sob a orientação de um profissional de saúde.

Perfil de desempenho

- Verificação das actividades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e serviços de saúde; - Auxílio ao profissional de saú-de na recolha de amostras bio-lógicas e transporte das mes-mas para serviço adequado.

Estes cursos disponibilizam: Transporte e alimentação gra-tuitos; Bolsa de Estudo Anual (Escalão A e B); Subsídio de alojamento ( distância igual ou superior a 50 Km da localidade de residência ou quando não existe transporte colectivo).

CLASSIFICAÇÃO DA SUPER TURMA

5.ºA 57 5.ºB 61

5.ºC 66

5.ºD 99

5.ºE 31

6.ºA 92,5 6.ºB 61,5

6.ºC 68,5

6.ºD 55,5

6.ºE 73,5

6.ºF 73,5

7.ºA 37 7.ºB 45,5

7.ºC 27,5

7.ºD 46

7.ºE 36,5

8.ºA 45 8.ºB 34

8.ºC 88

8.ºD 87,5

8.ºE 59,5

9.ºA 71 9.ºB 53

9.ºC 46

9.ºD 66,5

9.ºE 82,5

Continua na página 31

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16 MISSÃO ESTUDANTE

O Clube de Ginástica do Instituto Educativo do Juncal participou, no passado Sábado, dia 9 de Abril, pelas 20.30 horas, no Festival GIMNOCO-RAÇÕES 2011, no concelho de Loures, mais propriamente, em S. João da Talha. Estiveram presentes os melhores grupos de representação gímnica nacional: Sport Lisboa e Benfi-ca, Ginásio Clube Português, U.D.R.Z.A. de Torres Novas, Clube Oriental de Lisboa, G.D.R.C.de Vale Figueira, Clu-be Atlético de Queluz, entre muitos outros. A organização esteve no seu melhor, assim como todos os grupos partici-pantes, que contribuíram para mais uma inesquecível noite de grande beleza e alegria.

No âmbito do Desporto Escolar, este grupo gímnico, também ficou uma vez mais apurado, no Campeonato Distri-tal realizado em Porto de Mós, para representar a EAE de Lei-ria nos próximos Campeonatos Regionais de Desportos Gímni-cos, a realizar dias 29 e 30 de

em Ginástica Acrobática. Num esforço diário para conjugar os estudos e os treinos, dentro da escola, estes alunos deverão ser um orgulho para todos nós, e uma referência positiva para os restantes.

Clube de Ginástica

Abril, em Vouzela. Nesta prova, com uma excelente organiza-ção, o Instituto Educativo preen-cheu completamente o pódio, entre centenas de ginastas par-ticipantes: Em Trampolins, obte-ve os 1.º, 2.º e 3.º lugares, no escalão de 1.º Nível Feminino, 2.º Nível Feminino, 3.º Nível Feminino, e um 2.º lugar no 3.º nível masculino; 1.º lugar em Ginástica de Grupo; 1.º lugar

CLUBE DE GINÁSTICA BRILHA NO GIMNOCORAÇÕES 2011

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MISSÃO ESTUDANTE 17

VISITA DE ESTUDO A CONÍMBRIGA E AO MOSTEIRO DE SANTA CLARA-A-VELHA

No dia 11 de Março de 2011, os alunos do 7.º ano tive-ram a oportunidade de visitar o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e as Ruínas e o Museu Monográfico de Conímbriga.

Partimos de autocarro por volta das 8:30h e chegámos a Coimbra pelas 11.00h.

Primeiro visitámos o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

Este Mosteiro foi fundado em 1283 por D. Mor Dias e foi entregue às Freiras Clarissas pouco depois. Dona Isabel de Aragão, a Rainha Santa Isabel, interessou-se pelo convento e mandou construir uma nova igreja, em estilo gótico, que foi consagrada em 1330. O lugar onde o convento foi construído revelou-se uma má escolha, devido às inundações provoca-das pelo Rio Mondego. O velho convento foi abandonado em 1677 e as freiras mudaram-se para um novo edifício, construí-do num lugar mais elevado.

Seguimos depois para Conímbriga onde almoçámos.

Nas Ruínas de Conímbri-ga o guia explicou-nos que

do séc. III d.C. - as fundações das termas públicas, que permitem ver a disposição original destas. - as ruínas de uma vila urbana da primeira metade do séc. II d.C., com 600 m2 de mosaicos do chão completamente preser-vados.

Tivemos, também, a oportunidade de visitar o Museu Monográfico de Conímbriga onde estavam expostos artefac-tos, modelos às escalas, entre outros objectos encontrados durante as escavações.

Acabada a visita fomos para o autocarro e partimos em direcção ao Juncal onde chegá-mos por volta das 18:30.

Sandrina Rodrigues, 7.ºC

Conímbriga, classificada como Monumento Nacional, é o mais bem preservado conjunto de vestígios Romanos em Portugal. Na Idade Média, Conímbriga foi abandonada completamente. Apesar de esta zona ter atraído o interesse de arqueólogos a partir do século XVIII, as esca-vações apenas começaram 200 anos mais tarde. Continuam nos dias de hoje, estando uma gran-

de parte das ruí-nas ainda por descobrir. Alguns dos des-taques de Conímbriga são: - as muralhas da cidade, em gran-de parte intac-tas, construídas para a defesa da cidade contra as primeiras inva-sões bárbaras

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18 MISSÃO ESTUDANTE

Os alunos da turma C do 6.º ano estão a realizar, em Área de Projecto, um trabalho baseado na reciclagem de papel proveniente dos desperdícios obtidos na nossa escola.

Isto, porque reciclar é preciso e fundamental para o meio ambiente. Embora a reci-clagem tenha vindo a crescer no mundo inteiro, é necessário consciencializar a população a respeito da importância da reci-clagem para a nossa sobrevi-vência, bem como a dos restan-tes seres vivos.

O nosso trabalho inte-gra-se no projecto ECO-ESCOLAS, de âmbito nacional, tendo realizado actividades diversificadas na área da RECI-CLAGEM.

Para reciclar é necessário: 1 - Picar os papéis e deixar de molho por algum tempo. 2 - Colocar uma medida deste

papel humedecido no liquidifica-dor, com água. A própria "água do molho" pode ser aproveitada. Bater a mistura aos poucos até obter a textura desejada. 3 - Despejar parte do papel bati-do na bacia com água. Agitar a mistura com a mão para as par-tículas de papel não assentarem no fundo, e misturar um pouco de cola.

excesso de água com uma esponja. A folha deve soltar-se. Se o papel estiver muito húmido a folha não cai. 7 - Colocar a folha no estendal e deixar secar por uns dias. Reti-rar do pano e prensar.

Nota: A água que sobra

na bacia, pode ser despejada no vaso ou no jardim caso não se tenha adicionado corantes ou colas.

Depois de prontas, estas folhas poderão ser escritas, cor-tadas, dobradas, coladas, pinta-das, dactilografadas, enfim, usa-das como papel novamente!

4- Mergulhar a peneira pela lateral da bacia até o fundo,

subindo-a lentamente, sem a inclinar, "pescando" as partícu-l a s e m s u s p e n s ã o . Formar-se-á uma camada de papel sobre a peneira. Se desejar um papel mais gros-so, adicionar mais papel batido à bacia, agitando a água nova-mente. 5 - Secar o excesso de água c o m u m a e s p o n j a .

O papel ainda estará húmido, mas não deverá molhar a mão no toque. 6 - Virar a peneira sobre um pano seco e voltar a retirar o

A BRIGADA DA RECICLAGEM!

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MISSÃO ESTUDANTE 19

No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, os alu-nos da turma A, do 10.º ano, participaram, no passado dia 7 de Abril de 2011, numa saída de campo - percurso pedestre da Fórnea - proposta pelo profes-sor Cláudio Santos e auxiliada pelo professor Henrique Fausti-no. Como objectivos principais desta actividade, pretendeu-se enriquecer o conhecimento dos alunos, dando a conhecer aspectos do património natural e cultural da região de Porto de Mós e ao mesmo tempo facilitar a aprendizagem de conheci-mentos adquiridos durante as aulas. Na concepção desta acti-vidade estava a caminhada com início na Fórnea (Chão das Pias) e fim na captação e posto de controlo de águas subterrâ-neas de Ribeira de Cima. Ao longo deste percurso foram visi-tadas as Grutas da Cova Velha (donde emerge a ribeira tempo-rária da Fórnea, um dos afluen-tes do Rio Lena) e a da Moura-ção (onde foram feitos achados

mos um pequeno churrasco, onde não faltou a bela chouriça e morcela e o pão caseiro. Foram feitas outras saídas de campo ao longo do ano, mas comparativamente a esta mag-nífica experiência e segundo a opinião dos alunos: “Esta saída de campo foi a melhor que já fizemos.”; “Foi muito bom, mes-mo.”; “Impressionante.” De fato, o ar inspirador da serra serviu não só para uma exce-lente prática de exercício físico, como também proporcionou aos alunos uma verdadeira aventu-ra. A cooperação e o convívio entre professores e alunos reve-lou-se uma grande ajuda para um grande dia de aventura, de gargalhadas e de aprendiza-gem.

Rúben Marques, 10.ºA

arqueológicos do neolítico). Caminhámos ao longo das encostas íngremes da Fórnea, de nascentes e margens do rio Lena, encontrámos fósseis de amonites e belemnites da era mesozóica e desfrutámos de paisagens fantásticas. Na nossa pausa para o almoço até fize-

CAMINHANDO PELAS ORIGENS DO LENA

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20 MISSÃO ESTUDANTE

Dia 18 de Março decorreu em Coimbra, no Departamento de Ciências da Terra, a 6.ª edição do Congresso de Jovens Geocientistas. A nossa escola participou com 13 trabalhos/poters em mais um evento, este ano com o tema “Diálogos com o Planeta Azul”. Os objectivos deste congresso são fomen-tar laços de trabalho e de colaboração entre professores e alunos das escolas básicas e secundárias e professores do Departamento de Ciências da Terra da U.C. O congresso está centrado nos alunos e procura o desenvolvimento de competências promotoras da literacia científica e do seu desenvolvimento enquanto cidadãos.

Os alunos Rúben Marques, Tânia Batista, Fábio Fino, Beatriz Vitori-no e Catarina Oliveira do 10.ºA tiveram ainda a oportunidade de apresentar oralmente para todos os presentes no congresso, o trabalho por eles desen-volvido, intitulado “EcoPercurso da Rota do Carvão na Serra dos Candeei-ros”.

Professor Cláudio Santos

CONGRESSO JOVENS GEOCIENTISTAS 2010/2011

INSPECÇÕES COSTEIRAS 2010/2011 Foi com grande entusiasmo que um

grupo de 22 alunos, em conjunto com os pro-fessores Cláudio Santos e Ana Malhado, partiram para mais uma inspecção costeira. Ao longo do percurso, que nos levou da Praia das Paredes até à Praia da Pedra do Ouro, fizemos um levantamento da situação de algumas praias da nossa costa – polui-ção, erosão, biodiversidade,… - e ainda hou-ve tempo para procurar alguns fósseis de amonites piritizadas. Mais uma jornada, mais uma missão cumprida.

Professor Cláudio Santos

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MISSÃO ESTUDANTE 21

No passado dia 22 de Março de 2011, desloquei-me numa carrinha do Instituto Educativo do Juncal, fazendo-me acompanhar pela professora Cristina Almeida e alguns alunos, até Lis-boa ao “liceu dos liceus” Passos Manuel, para levantar um prémio pelo trabalho apresentado em powerpoint sobre o tema “Os Recursos Hídricos e a Biodiversidade”. Nesta sessão de entrega de prémios participaram 29 escolas com 166 trabalhos, 72 pro-fessores e 419 alunos. Eu fui premiado com o primeiro lugar na categoria de trabalho individual do 2.ºciclo, do concurso SNIRH Júnior. Foi um trabalho que me deu muito prazer fazer, porque a água é uma das principais fontes de vida e sem ela o Homem não conseguiria sobreviver ao cima da Terra. Preocupo-me com a poluição da água produzida pelo Homem; todos nós temos o dever de cui-dar e preservar o planeta, a água e a biodiversidade. Para o próximo ano lectivo o tema do concurso é a “A água e a ciência”.

Flávio Caseiro, 5.ºCFlávio Caseiro, 5.ºCFlávio Caseiro, 5.ºCFlávio Caseiro, 5.ºC

Trabalhos Premiados

2.ºciclo - individual 1.º Classificado - Flávio Caseiro, 5.ºC

Menção Honrosa – Pedro Francisco, 6.ºE

2.ºciclo – grupo 2.ºclassificado – Ana Henriques e Daniela Ascenso, 5.ºB

Menção Honrosa – Daniel Santos, Simão Carreira e Vasco Ferreira, 5.ºA

3.ºciclo – grupo 2.ºclassificado – Miguel Esperança e Diogo Silva, 7.ºB

3.ºclassificado – Alexandra Gomes e Carolina Sousa, 7.ºB

Menção Honrosa - Beatriz Beato e Catarina Morgado, 8.ºA

CONCURSO SNIRH JÚNIOR 2010/2011

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22 MISSÃO ESTUDANTE

Nos dias 25 e 26 de Mar-ço, os alunos do 9.º ano de EMRC tiveram a oportunidade de visitar Santiago de Compos-tela, um dos principais centros de peregrinação da Europa.

Fazendo várias para-gens, em Viana do Castelo, Ilha de la Toxa, Compostela…, vive-mos experiências únicas e ines-quecíveis, conhecemos a cultu-ra e o povo do país vizinho, que nos acolheu calorosamente.

Já em Santiago, fomos surpreendidos pela beleza e pela grandiosidade da arquitec-tura da parte histórica da cida-de, nomeadamente da Catedral de Santiago de Compostela, onde assistimos à missa do peregrino e ao ritual do botafu-meiro, ao lado de muitos pere-grinos oriundos de diferentes partes do globo.

No alojamento, passá-mos bons momentos juntos. Cantámos e dançamos e conhe-cemos muitas pessoas de outras escolas.

Os dois dias passaram rapidamente, mas foram apro-veitados ao máximo, para que pudéssemos tirar melhor partido desta experiência.

Filipa Sequeira e Mariana Car-doso, 9.ºC

CAMINHOS DE SANTIAGO

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MISSÃO ESTUDANTE 23

A MAGIA DA SERRA DA ESTRELA

E O MOSTEIRO AQUI TÃO PERTO!!!... Passávamos na estrada

e a imponência do monumento atraía-nos o olhar. O rendilhado dos pináculos chamava-nos a atenção. Sabíamos que era um dos mais belos Monumentos Nacionais e que os turistas des-viavam as suas rotas só para o visitarem. Mas como teria sido construído? Como seria por dentro? Tantas questões fica-vam sem resposta adequada.

Na escola ouvimos falar que estava associado à Batalha de Aljubarrota. Ouvimos falar de D. João I. Sabíamos que era de Estilo Gótico. Mas nos livros era tudo tão diferente!!!...

Em passeios familiares até passávamos por lá, brincá-vamos aos pés de uma estátua que sei agora ser do Condestá-vel Nuno Álvares Pereira. Che-guei mesmo a entrar na Igreja!...

Mas foi numa Visita de Estudo ao Mosteiro que realizei com os meus colegas do 5.º ano

Render da Guarda ao Soldado Desconhecido. Sim, porque afi-nal a História de Portugal tem muito para contar!!!

Pedro Girão, 5.ºC

neste início de Abril que fiquei efectivamente a conhecer este Monumento com todos os seus segredos e pormenores. A senhora que nos orientou a Visi-ta tudo fez para nos satisfazer a curiosidade.

A Visita terminou com o

A temperatura subiu. A Primavera está aí! Será que ainda há neve na Serra da Estrela? Eis a grande dúvida…

“Professor, se não houver neve queremos ser reembolsados! Sim, nós queremos ver neve,” diziam uns enquanto outros cantavam e outros, ainda, ouviam música, com as suas “cotonetes electrónicas” enfiadas nos ouvidos. Depois de uma longa e animada viagem, surge a Torre. A neve ainda não tinha desaparecido. Sol e neve eram os condimentos ideais para come-çar mais uma aventura na serra, que prosseguiu até à encantadora cidade de Gouveia e conti-nuou na histórica e lendária freguesia de Folgosi-nho. Foram dois dias inesquecíveis para estes pequenos 62 aventureiros das diferentes turmas do oitavo ano e que ficarão, certamente, grava-dos nos seus livros de memórias.

Professor Moisés Lobo

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24 MISSÃO ESTUDANTE

Várias centenas de alunos do ensino secundário, inscritos na disciplina de EMRC, encon-traram-se em Lisboa nos dias 4 e 5 de Março, no I Encontro Inter-escolas. Foi um encontro cheio de cor e alegria, onde não faltou a música, a partilha e a descoberta de novos horizontes. Os participantes estão todos de parabéns, pela alegria que irradiaram durante esses dois dias em que foram convida-dos a encetar um caminho à procura da BELEZA, no senti-do de fazer das suas vidas ver-dadeiros espaços de alegria e de beleza.

Os alunos participantes

À PROCURA DA BELEZA

AGIR comSENTIDO

Agir comSentido foi o lema escolhido para o II Encontro Inter-Escolas de alunos de EMRC do segundo ciclo da Diocese de Leiria-Fátima. Foram 13 as escolas que responderam à chamada e se fizeram representar com cerca de 650 alunos e alguns professores. Da nossa escola estiveram presentes as tur-mas D, do quinto ano, e A, do sexto.

Vár ios foram os momentos que permitiram aos alunos participantes um dia cheio de experiências comSentido. Depois da animação musical matinal, tiveram a oportunida-de de ouvir o bispo da dioce-se, D. António Marto, dirigir uma palavra de alegria e

Jacques, que além de expli-car a história do vidro, expôs algumas das suas belas obras e executou outras. E porque estamos no Ano Europeu do Voluntariado, tivemos a presença do Bom-beiros Voluntários e da Asso-ciação Cáritas que explica-ram a importância das suas obras de voluntariado junto das populações.

esperança a todos os presen-tes. Seguiu-se o grande jogo: Tesouros Escondidos, que ocupou o resto da manhã. À tarde houve momentos de magia e animação musical, com algumas partidas pelo meio. Durante o dia, e porque a actividade se desenvolveu na Marinha Grande, tivemos a presença do maçariqueiro

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MISSÃO ESTUDANTE 25

ATELIER DE LEITURA - ÁREA DE PROJECTO

Foi com muito gosto e entusiasmo que desenvolvi o projecto Atelier de Leitura com os alunos do 7.ºE, na disciplina de Área de Projecto. Assim, e num ambiente de descontrac-ção, os alunos puderam realizar leituras à sua escolha, de acor-do com os gostos, experiências e vivências de cada um, sendo apenas incutido o prazer de ler. Para muitos, este desafio foi, desde logo, encarado de forma positiva dado o gosto, já adquiri-do, desde pequenos. Contudo, os mais reticentes, duvidosos e pouco motivados para a tarefa mostraram espontaneamente a sua hesitação. Aqui residiu a minha preocupação … Como deverei agir de forma a motivar o aluno para a leitura?… mes-mo não impondo um livro em concreto? Que estratégia (palavra “mágica” no quotidiano

Férias da Páscoa, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada; Chicken Little, de Walt Disney; Monster High, de Lisi Harrison, entre outras.

A motivação que levou cada aluno a optar pelas obras acima referidas baseia-se em aspectos vários, podendo ape-nas o aluno justificar. Assim, apresento-vos alguns resumos das propostas de leitura efec-tuadas e respectivas actividades para que possamos despertar, também em si, o gosto pela lei-tura e a importância da mesma desde tenra idade.

A todos muito obrigada e continuação de boas leituras!

Professora Carla Oliveira

docente!) deverei pôr em prática para que o plano resulte?

Bom, como todos devem imaginar, optei por não pressio-nar, deixando a escolha do livro ao critério de cada aluno. Foi o melhor que fiz pois só assim me inteirei dos hábitos de leitura de cada aluno, do escritor/a que mais gostam e apreciam desde a infância (um marco no seu percurso escolar), da importân-cia / indiferença que cada aluno atribui à leitura, da presen-ça/ausência de um livro lá em casa para ser lido em família ou oferecido numa data especial. Com base em tudo isto surgi-ram, em sala de aula, leituras que passo a citar: Sempre do teu lado, de Maria Teresa Gon-zalez; Úrsula, a Maior, de Alice Vieira; Ismael e Chopin / O Pla-neta Branco, de Miguel Sousa Tavares; Uma Aventura nas

Eu aconselho a leitura deste livro porque nele está retratada uma relação de uma forte amizade entre um jovem da minha idade, o Guilherme, e um cão Pastor Alemão. Este acompanha-o em momentos bons e maus da sua vida. Como qualquer outro animal de esti-mação, também este lhe trará muitas alegrias e nunca o aban-donará.

O seu nome é Félix, tor-nar-se-ão companheiros insepa-ráveis partilhando a mesma casa, vivendo momentos emo-cionantes e crescendo ambos num ambiente de verdadeira amizade.

Tal como o Guilherme, também eu vivo a mesma situa-

Resumindo, o Jack cati-va a atenção de todos lá em casa, surpreende toda a gente com brincadeiras e embora nos suje a roupa com pêlos, parte de que menos gosto, é um gran-de amigo que está sempre do meu lado!

António Trindade, 7.ºE

ção, dado que tenho um cão chamado “Jack”, da raça Jack Russel Terrier, há cerca de 6 meses, que me foi oferecido pelos meus pais (a mim e aos meus irmãos). Foi uma surpresa fantástica, pois eu não estava à espera. À semelhança do Gui-lherme, também eu sinto uma grande amizade pelo meu cão, pois é ele que me acorda de manhã, é ele que dorme, por iniciativa própria, no tapete do meu quarto e por vezes na minha cama, ao meu lado.

O Jack surpreendeu-me, pois corre a grande velocidade e dá enormes saltos! Um dia deixou-me preocupado quando começou a coxear, pois não sabíamos se tinha uma perna partida mas, afinal, tudo não passou de um grande susto!

PROPOSTAS DE LEITURA

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26 MISSÃO ESTUDANTE

Eu sou um aluno do 7.º ano e li este livro devido à apre-sentação do mesmo por parte de um colega da minha turma em Área de Projecto. Achei o livro interessante pois fala de um jovem com 12 anos que viveu a sua juventude junto do seu melhor amigo, um cão cha-mado Félix. O rapaz brincava com ele, tomava conta dele e falava-lhe do seu dia-a-dia e das suas preocupações. Como se ele fosse o seu fiel confiden-te, sempre do seu lado... A his-tória é narrada pelo cão, Félix, que se vai apercebendo como são os pensamentos das pes-soas que o rodeiam e a sua for-ma de viver. Por estas razões, e por retratar situações concretas do dia-a-dia onde a amizade predomina, resolvi lê-lo, e agora recomendo-vos esta leitura nas próximas férias da Páscoa.

José Virgílio, 7.ºE

Na última semana de aulas, antes das férias da Pás-coa, a Teresa e a Luísa esta-vam na aula com o Pedro, o João e o Chico e, feitos paler-mas, decidiram ir para cima do telhado atirando montinhos de flocos brancos para que todos pensassem que estava a nevar. No dia seguinte, as gémeas acordaram e viram neve do lado de fora da janela… depois de algum tempo a olhar, foram para a escola e no recreio da escola brincaram bastante tem-po. Quando o Pedro e o João foram para casa, o João per-guntou ao seu amigo se podia levar os amigos a dar de comer aos flamingos. No dia seguinte, a Custódia de Belém foi rouba-da. Os cinco foram dar de comer aos flamingos e viram um moinho de maré. Decidiram visi-tá-lo. O guarda deu-lhes um

mapa dos moinhos e eles deci-diram ir ao moinho velho dos Paulistas e viram que algo se passava. Foram ver e descobri-ram que a Custódia de Belém estava lá. Quando tentavam pescá-la, o ladrão viu e disse para o chefe “a gaja fugiu” . De repente, o Pedro caiu do telha-do e perdeu os sentidos mas o Faial atirou - se ao ladrão e mandou-o para o rio... O que aconteceu só depois de lerem este livro poderão descobrir... por isso, boa leitura!

Micael Pereira, 7.ºE Eu sou a Rita Trindade e

quero apresentar-vos a minha proposta de leitura. O que me despertou a atenção foi a capa e o facto de ser um livro de Ali-ce Vieira.

Eu gostei de ler este livro porque retrata a vida de duas adolescentes que vivem na mesma casa, embora sejam completamente diferentes. Com o tempo vão-se conhecendo e ficam a dar-se bem.

O livro ensina-nos que temos de gostar de nós próprios e que também conseguimos mudar se quisermos!

A Úrsula é uma menina muito educada que vai para casa da amiga da mãe. Ela fica no quarto de Maria João que tem a mesma idade do que ela. No livro mostra a relação de Maria João com os seus amigos da Escola e o modo como ela

constrói o seu próprio eu. Ela vai ensinar Úrsula a defen-der-se sozinha e a fazer as suas próprias escolhas. Este é um ópti-mo livro para

lerem! Aqui fica a minha suges-tão.

Rita Trindade, 7.ºE Eu sou a Lara Almeida do

7.ºE e adorei este livro! É um livro de acção que cativa a aten-ção de qualquer um... experi-menta!

Chicken Little, o protago-nista, teve um pequeno incidente com um “pedaço de nuvem” que lhe caiu directamente na cabeça. Como ficou assustado, esta situação causou grande azáfama na cidade de Oakey Oak pois, a partir desse dia, a confiança até agora conquistada pelo peque-note tinha desaparecido. Mas ele só precisava de uma ocasião para brilhar…

O pequeno Chicken Little, farto que os outros gozassem com ele, decide inscrever-se na equipa de basebol e para grande orgulho do pai, às voltas com o taco e o capacete, consegue ganhar a FINAL! Oakey Oak e todos os seus amigos celebram com ele até que vem a noite.

Já no seu quarto, Chicken Little vê novamente o “pedaço de nuvem”. Corre em busca dos seus amigos e com eles entra numa nave espacial mas, sem saberem, sai com ele uma bola de pêlo laranja com braços, per-nas e olhos.

Mais tarde, há uma inva-são extraterrestre. Todos são raptados por estarem a guardar a bola de pêlo que, pelos vistos, era o filho dos extraterrestres que comandavam aquela opera-ção.

Nessa aventura, Chicken Little ganha a confiança do pai e passa a ser um herói.

Lara Almeida, 7.ºE

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MISSÃO ESTUDANTE 27

Nos últimos dias do mês de Fevereiro, os alunos do 9.º ano tiveram oportunidade de conhecer o Centro de Interpre-tação da Batalha de Aljubarrota, em S. Jorge, no âmbito do estu-do do episódio da Batalha de Aljubarrota, inserido no canto IV da epopeia camoniana “Os Lusíadas”.

Apesar de ser uma das preciosidades da nossa região, o Centro de Interpretação ainda é desconhecido para muitos. Por isso foi uma visita de estudo muito interessante que permitiu

riando tudo e todos, conseguiu derrotar os castelhanos (uma vez sem exemplo!), cuja tristeza e desilusão são bem visíveis nos versos do nosso grande épico: “Encobrem no profundo peito a dor/Da morte, da fazen-da despendida,/Da mágoa, da desonra e triste nojo/De ver outrem triunfar de seu despojo.”

E assim, sem sair do nosso concelho, procurámos enriquecer os nossos conheci-mentos e tornar o estudo do epi-sódio muito mais interessante.

Mariana e Filipa, 9.ºC

desfazer alguns equívocos e com-preender muito melhor o relato feito por Camões. Para isso, muito contribuí-ram as explicações da guia, as exposi-ções e, sobretudo, o espectáculo multi-média que nos aju-dou a perceber as tácticas utili-zadas pelos portugueses e a coragem e determinação de Nuno Álvares Pereira, o nosso Santo Condestável que, contra-

FOMOS PARA FORA CÁ DENTRO

Depois do sucesso alcança-do na edição do ano passado, alu-nos do 11.º e 12.º anos do IEJ par-ticiparam no Prémio Traduzir 2011, promovido pela Universidade Cató-lica. Os prémios para os vencedo-res incluem livros, viagens e cursos de línguas. Os alunos trabalharam com grande afinco nas últimas semanas de Março na preparação da tradução de excertos de textos em alemão, inglês e francês para português, contando com o apoio dos professores de línguas estran-geiras. Os textos a traduzir foram

vidos, muitos parabéns pelo esfor-ço e pela paixão que demonstra-ram pelas línguas e pela tradução!

Departamento de Línguas Estrangeiras

os seguintes: Alemão - Erkenne dich

selbst - Wie Google Street View einem Briten half, 40 Kilo abzuneh-men, de Hauke Goos (artigo da revista Der Spiegel);

Inglês – excerto da obra Breaking Night, de Liz Murray;

Francês - L'argent, ça se mange aussi, de Antoine Bangui (conto africano).

A prova oficial, com uma duração de 3 horas, realizou-se no dia 1 de Abril, na Biblioteca da nos-sa escola. A todos os alunos envol-

PRÉMIO TRADUZIR 2011

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28 MISSÃO ESTUDANTE

No dia 4 de Abril, a Avalon Theatre Company voltou, uma vez mais, à nossa escola para apresen-tar três peças de teatro em inglês aos alunos do IEJ. Foi um dia diferente e mui-to divertido, como mostram as fotos e as opiniões de alguns alunos.

A peça “Murder at the manor” é uma peça muito interactiva e eu percebi tudo, ape-sar de ser em inglês. A parte que mais gostei foi quando o Giorgius dizia “I'm a strong hairy Greek man!”

João Serra, 9.ºE

A peça “Murder at the manor” estava muito bem inter-pretada, mesmo sendo em inglês percebi praticamente tudo. A inte-racção com o público foi excelen-te. Nunca assisti a uma peça de teatro tão divertida!

Joana Ribeiro, 9.ºE “Murder at the manor” foi

uma peça com muitos risos, mui-tos aplausos e os quatro actores eram muito cómicos e um deles muito peludo. Gostei muito da peça!

Maria Filipe, 9.ºE

bem montado, os disfarces, as vozes... foi tudo além da minha imaginação! Gostei mesmo muito da peça e gostei quando os actores interagiram com os especta-dores.

Melanie Silva, 7.ºB

Os actores eram bastante engraçados. E deu para nos rirmos bastante com os pira-

tas, com os animais (muito feios) e também com os alunos que foram ao palco e se mascararam de personagens engraçadas e conhecidas. Adorei o teatro... e o desenrolar da história, mesmo não sendo em português, deu para perceber muito bem.

Cristiana Carvalho, 7.ºB

Gostei muito! Os actores são divertidos e muito profissio-nais. O cenário estava bem con-cebido. A história foi engraçada, pois eram dois piratas a lutarem por um tesouro. A personagem que eu gostei mais foi a Pony, porque foi a que me fez rir mais!

Leandro Cordeiro, 7.ºC

Dep. de Línguas Estrangeiras

Eu gostei muito do teatro. A minha parte favorita foi quando os meus colegas foram ao palco. Pensava que não ia perceber nada, mas afinal percebi tudo o que disseram. Foi uma peça que nunca vou esquecer.

Margarida Maurício, 9.ºE

A peça era fácil de enten-der, engraçada e simplesmente espectacular. Todos gostaram da peça. A peça era um policial onde havia um inspector que queria descobrir quem era o assassino do Giorgius e dos alunos partici-pantes.

Hanna Popovych / Carla Nascimento, 9.ºE

A peça “Blackbeard” supe-rou as minhas expectativas. Foi muito bem planeada, o palco foi

TEATRO EM INGLÊS NO IEJ

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MISSÃO ESTUDANTE 29

Este ano os alunos do 2.º ciclo tam-bém tiveram oportunidade de assistir a uma das peças da Avalon Theatre Com-pany. “Little Red Riding Hood” divertiu toda a pequenada que, com maior ou menor dificuldade, conseguiu entender os diálo-gos. A parte que mais gostaram foi, sem dúvida, quando alguns alunos foram cha-mados a colaborar com os actores, encar-nando diferentes personagens (flores, ani-mais, legumes...).

Concurso

“Rosa-dos-Ventos”

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas, no âmbito da disciplina de Geogra-

fia, promoveu mais uma vez um concurso sobre a construção da “ R o s a - d o s -ventos”, no qual tiverem oportuni-dade de participar todos os alunos

do sétimo ano de escolaridade. Este teve como objecti-vos fomentar a criatividade, incentivar o gosto pela disciplina e participar no Torneio Super-Turma.

Deste concurso saíram vencedores por turma os seguintes alunos: - do 7.ºA: Inês Vitorino

- do 7.ºB: Cristiana Carvalho e Patrícia Santos

- do 7.ºC: Sandrina Rodrigues - do 7.ºE: Lara Almeida. Relativamente ao Torneio Super-Turma a classificação foi a seguinte:

1.º lugar - 7.ºB

dia alertar/sensibilizar os alunos sobre as desigualdades na evo-lução da população e alguns problemas a nível mundial.

Aprende, divertindo-te…

Estabelece a correspon-

dência entre a lista dos distritos de Portugal Continental e a res-pectiva localização.

2.º lugar - 7.ºA

3.º lugar - 7.ºE

4.º lugar - 7.ºC

5.º lugar - 7.ºD

Parabéns aos vencedo-res! No âmbito do tema: «Políticas Demográficas» reali-zaram também, neste segundo período, os alunos dos 8ºanos, nas suas salas de aulas, exposi-ções de alguns trabalhos sobre as políticas natalistas e antina-talistas. Esta actividade preten-

GEOGRAFIA EM ACÇÃO…

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30 MISSÃO ESTUDANTE

No passado dia 13 de Março, um Domingo chuvoso, pelas 17h17, os alunos de Tea-tro do 9.ºD e um grupo de pro-fessores assistiram à represen-tação de O Nome da Rosa, uma adaptação do romance do escri-tor-filósofo italiano Umberto Eco. A peça foi levada à cena pelo grupo Fatias de Cá e desenrolou-se num ambiente místico em diversas partes do Convento de Cristo, em Tomar, monumento que pertenceu à Ordem dos Templários e foi classificado pela UNESCO como Património Mundial.

Tratou-se de uma peça bem diferente das que estamos habituados a ver, pois não assistimos à peça da maneira mais tradicional, uma vez que andamos atrás dos actores, deambulando pelos diversos espaços do convento. Subimos e descemos degraus inúmeras vezes e, por vezes, quase às escuras, sempre com o intuito

peça oferece-nos cenas movi-mentadas onde imperam miste-riosas mortes, sente-se o medo e a luta pelo poder das diversas ordens religiosas. Quase nos atreveríamos a dizer que se assemelha a uma autêntica his-tória de CSI, mas ao jeito da Idade Média.

A peça teve oito momen-tos onde partilhámos, com os monges, no refeitório do con-vento, seis momentos de refei-ção, tudo num ambiente muito medieval.

Foi um final de domingo muito bem passado, imperou a boa disposição de todos e o fas-cínio por termos assistido a uma peça diferente, a um novo con-ceito de fazer Teatro e ao facto de termos tido o privilégio de, no fim, trocar impressões com alguns dos actores.

Os alunos e o professor de Teatro do 9.ºD

de seguir a personagem princi-pal - Guilherme de Baskerville – o teólogo imperial franciscano encarregue de investigar um conjunto de sete mortes miste-riosas que envolvem os monges do convento. O ambiente da

“O NOME DA ROSA”

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MISSÃO ESTUDANTE 31

O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Inter-nacional do Teatro / UNESCO, sen-do actualmente celebrado um pou-co por todo o mundo, com espectá-culos e outras acções destinadas a celebrar a arte teatral, as artes per-formativas, os autores, os encena-dores e os actores. A nossa escola também não quis deixar passar a data em vão e preparou uma pequena exposição e uma apre-sentação em PowerPoint que esti-veram patentes no átrio principal.

Com o propósito de melhor assinalar a data, na segunda-feira, dia 28 de Março, durante o almoço, o Núcleo de Teatro e um grupo de alunas de Teatro do 8ºB prepara-ram um conjunto de actividades performativas que levaram à cena em diferentes espaços da nossa

escola, cativando a atenção e a admiração dos mais curiosos e espalhando boa disposição junto dos mais afoitos em participar nas “treatrices” deambulantes. Assim, tivemos a oportunidade de ver um grupo de turistas que pelo IEJ se passeavam como se no estrangeiro estivessem. Umas verdadeiras turistas que fizeram jus à máxima: “Vá para fora cá dentro!” Assisti-mos, ainda, ao grupo de Mimos que estão sempre prontos para a representação e à boa maneira portuguesa fizeram a festa na sua totalidade, tendo envolvido toda a comunidade escolar com as suas pantomimas.

O Professor de Teatro

DIA MUNDIAL DO TEATRO

10.ºA 58 10.ºB 23,5

10.ºC 22,5

10.ºD 53,5

1.ºA 30,5

11.ºA 70 11.ºB 49

11.ºC 44

11.ºD 80

2.ºA 16

2.ºB 32

12.ºA 42 12.ºB 32,5

12.ºC 26,5

12.ºD 83

3.ºA 52,5

3.ºB 6

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32 MISSÃO ESTUDANTE

Na tarde de 16 de Março veio, à nossa escola, por volta das 14 horas e 30 minutos, o escritor Rui Matos que nos falou dos seus livros.

Nós, os alunos do 6.ºano e do 5.º ano, também lhe prepa-ramos várias surpresas como, por exemplo, as propostas da face do Rafa e os alunos do 6.ºC apresentaram a sua “Aventura do Rafa no I.E.J.”.

Ele falou-nos da sua vida (de professor e de uma pessoa que escreve, pois ele não se considera um escritor) e das Aven-turas do Rafa. Lançou-nos também um desafio em forma de adi-vinhas o que foi muito divertido.

Quero dar os parabéns ao escritor pela sua imaginação, sou fã n.º2 (porque sou a seguir ao escritor, claro, senão seria a n.º1) das Aventuras do Rafa!

Eu adorei a visita e acho que aprendi muito. E quero deixar uma sugestão ao escritor para uma próxima

visita a uma escola: acho que devia ler uma das Aventuras do Rafa, se calhar a do Castelo de Leiria…

Por fim, ainda tivemos a oportunidade de adquirir os seus livros e à tradicional secção de autógrafos.

E recomendo, também, a todos os alunos do I.E.J. que leiam uma das Aventuras do Rafa ou outro livro do autor como, por exemplo, o do desporto, ou ainda o de Romance para adul-tos, que deve estar a sair em breve para os mais velhos.

Uma adivinha que o escritor nos lançou: “Qual é coisa, qual é ela, Solução: Que se come e tem “e” Que salta muito e tem “i”?”

Catarina Brito, 6.ºE

“RAFA” NO IEJ

Grelo/Grilo

Numa aula de Língua Portu-guesa, a professora lançou-nos o desafio de criarmos uma história cujo título seria “As Aventuras do Rafa no IEJ”. Isto porque o autor desta colecção viria à nossa escola entretanto. Eu, juntamente com a Inês Louro, a Mafalda Costa e a Neuza formámos logo um grupo e pusemos mãos à obra. Acabada a história, apresentámos o projecto à professora na expectativa de ser a nossa a vencedora. Na aula em que nos foram entregues as histórias, a professora criou um tal suspense antes de divulgar a história vencedo-ra que nos estava a deixar nervosas. E no conjunto das aventuras apre-sentadas pelos 5.º e 6.º anos, não é que fomos mesmos nós as vencedo-ras? Ficámos eufóricas!

Chegou o dia de estarmos com o escritor Rui Matos e, verdade seja dita, que fiquei nervosa. Afinal, teríamos a honra de ir ler a nossa história perante o autor. Depois do almoço, os alunos dos 5.º e 6.º anos começaram a aglomerar-se junto à sala de dança, era aqui que ia decor-rer o encontro, e eu e os colegas da minha turma tivemos o privilégio de entrar primeiro para “preparar” a lei-tura, mas o sistema informático não estava a colaborar connosco e não houve nenhuma preparação prévia. Mas também não foi necessário, pois correu lindamente e o escritor adorou a nossa história e ainda dis-se que nós tínhamos lido muito bem.

Durante a sessão, o autor foi-nos contando alguns pormenores da sua vida de escritor, da sua obra, entre outros. Ainda houve tempo para nos propor adivinhas às quais nós íamos respondendo entusiasti-camente. Para ficar para sempre com uma recordação do escritor, pedi-lhe um autógrafo.

Catarina Bernardo, 6.ºC

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MISSÃO ESTUDANTE 33

O escritor Rui Matos, natu-ral da Figueira da Foz, licencia-do e Mestre em Educação Físi-c a , Doutor em Motricidade Humana, Professor na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, conhecido autor de "As Aventu-ras do Rafa", apresentou, a con-vite do Departamento de Língua Portuguesa e Inglês - 2.º ciclo, no Instituto Educativo do Juncal, a sua obra a uma plateia seden-ta de curiosidade.

Missão Estudante: Já em

criança acalentava o sonho de ser escritor ou foi uma pai-xão que descobriu mais tar-de?

Rui Matos: Penso que foi mais tarde. Em criança queria era divertir-me, brincar!

ME: Já revelou algum segredo em algum dos seus livros?

RM: Não sei se percebi bem a pergunta… Segredo em rela-ção a algo que se tenha passa-do comigo? Bem, leiam o “Rafa no parque de campismo” e verão algumas coisas que se poderão ter passado comigo…

ME: Uma vez que escreve para crianças e jovens, que mensagens / conselhos pro-cura transmitir-lhes nos seus livros?

RM: Normalmente, guardo mais esses conselhos para as sessões em que estou com eles. Nos livros do Rafa e não só, procuro sobretudo a aventu-ra, a excitação da descoberta. Ainda assim, penso que deixo transparecer a forma como vejo a vida: divertida, com muito para explorar e respeitando sempre o outro!

piração para escrever? E a inspiração de um escritor nunca acaba?

RM: Para mim, tudo pode ser inspirador. É só ter vontade e estar desperto para as peque-nas grandes coisas que se pas-sam à nossa volta, todos os dias!

ME: Sabemos que visita inúmeras escolas e tem um contacto próximo e directo com crianças. Como se dá com elas?

RM: Da mesma forma que me dei com as do IEJ: de forma fantástica, autêntica, próxima, divertida!

ME: Nestes anos que tem dedicado à escrita, consegue referir o momento que mais o marcou?

RM: Não será fácil falar no momento, pois tem havido mui-tos marcantes. Talvez o dia do lançamento da Colecção do Rafa, em 2004!

ME: Como define a sua relação com os livros?

RM: Fazem parte do meu dia-a-dia. Não me vejo a viver sem eles…

ME: O que é que me diria se eu fosse o Rui Matos e o Rui Matos uma criança como eu?

RM: Talvez dissesse: “Olá, Rui. Nunca deixes de escrever aventuras do Rafa!”

ME: Já deu inúmeras entrevistas e respondeu a um sem número de perguntas iguais. Diga-me, qual a per-gunta que gostaria que lhe colocassem e que nunca lhe foi feita?

RM: Nenhuma em especial. Gosto que as perguntas apare-çam naturalmente, mais do que estejam preparadas há muito. É na interacção com vocês que elas devem surgir! Se não per-guntam mais é porque não inte-ressa perguntar!

ME: Onde vai buscar a ins-

ENTREVISTA AO ESCRITOR RUI MATOS

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34 MISSÃO ESTUDANTE

ME: Quando sente que o feedback das crianças é posi-tivo sente que valeu a pena ter seguido este caminho?

RM: Sim, sem dúvida! Não há nada que me dê mais satis-fação do que ver a alegria com que as crianças recebem os meus livros e a forma como, muitas vezes, logo a seguir a terem adquirido um exemplar, ficam deliciadas a lê-lo, prescin-dindo, inclusive, de ir ao recreio!

ME: Faz um balanço posi-tivo destes anos dedicados à escrita?

RM: Sem dúvida. Apenas lamento que os livros que tenho escrito não consigam chegar a mais meninos, por falta de uma editora com essa capacidade. Mas talvez, um dia, as coisas mudem!

ME: Quais são os seus escritores contemporâneos, nacionais ou estrangeiros, preferidos?

RM: Gosto muito da forma como o Mia Couto, escritor moçambicano, escreve, brincan-do constantemente com as palavras! Também gosto da escrita carregada de humor do Paulo Nogueira, que nasceu no Brasil mas vive em Portugal há cerca de vinte anos. Mais um brasileiro: Paulo Coelho. E mui-tos, muitos mais…

ME: Uma grande parte dos nossos jovens estudantes não manifesta gosto pela lei-tura. Na sua opinião, pode a leitura competir com as novas tecnologias?

RM: Não acho que tenha de ser visto como competição. Podemos utilizar as novas tec-nologias para muitos fins, sem excluir a leitura. Por outro lado, algumas das novas tecnologias foram criadas quase exclusiva-mente para se aceder à leitura

nagens intervenientes. ME: Imagina-se um dia

mais tarde a despedir-se do mundo da escrita ou nunca lhe ocorreu desistir?

RM: Imagino-me, um dia mais tarde (talvez mais cedo do que se possa pensar…), a dedi-car-me “exclusivamente” ao mundo da escrita!

ME: O que mais o fascina num livro?

RM: A vida própria que os bons parecem ter! Também o saber que tenho ali um amigo com quem, quando chega à noi-te, vou conversar mais um bocadinho e do qual vou ficar a saber um pouco mais!

ME: Se tivesse a possibili-dade de escrever um livro em parceria com outro escritor quem escolheria?

RM: Mia Couto, sem dúvida! Por agora, apenas tive a sorte imensa de falar brevemente com ele, em Leiria, no lança-mento de um dos seus livros (Jesusalém, em 2009). Aprovei-tei, nessa altura, para lhe ofere-cer “O Diabo das Palavras”, com a curiosidade de ter sido um livro que lhe dediquei! Por simpatia, autografou-me o seu livro dizendo “Para o Rui Matos, num dia em que trocámos livros”. Inesquecível!

em formatos que não o tradicio-nal papel!

ME: Alguma tecnologia substitui o prazer de um duche quente ou de um prato apetitoso?

RM: Quando um livro está bem escrito, dificilmente se substituirá por outra coisa qual-quer, ainda que muito avançada tecnologicamente. Tem é de ser atractivo, naturalmente, como o são muitas das novas tecnolo-gias!

ME: Escreve sobretudo para si ou para os outros?

RM: O acto da escrita é, para mim, uma forma de mate-rializar ideias que me surgem e que sinto necessidade imperio-sa de partilhar. Dá-me gozo criar uma história que tenha alguma lógica e coerência e que me divirta enquanto a escrevo! Depois, é óbvio que fico ansioso por conhecer a reacção dos meus leitores. Não me parece importante estabelecer uma dicotomia, quer dizer, uma separação clara entre as duas opções apresentadas. Escrevo porque… sim!

ME: Acredita que todo o escritor tem entre os seus livros algum / alguns como favoritos. Qual é o seu?

RM: Rafa e o Amuleto Egíp-cio, por ter sido o 1º e pela for-ma como surgiu a ideia. Tam-bém Os Taxistas da Praia, por-que acho que as histórias den-tro da história de encaixaram muito bem e porque se passa na cidade onde nasci e que adoro, a Figueira da Foz!

ME: De entre as persona-gens que criou, com qual se sente mais próximo?

RM: Do Rafa, sem dúvida. Embora dê muito mais impor-tância às histórias e aconteci-mentos em si do que às perso-

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Durante o final do 1.º período e início do 2.º período, o 6.º ano estudou, na disciplina de Língua Portuguesa, a obra “Ulisses” De Maria Alberta Menéres. Na obra estudada, aprendemos várias coisas importantes que nos vão ser precisas mais tarde. Também aprendemos de uma forma dife-rente a matéria. Na obra vimos, na ver-são da autora, por que é que Ulisses foi para Tróia e a sua viagem de regresso. Quando regressava a Ítaca, Ulisses pas-sou por várias aventuras, conta-das o livro, uma em cada episó-dio. Alguns episódios lidos foram: o mar das sereias, a ilha de Circe, o reino dos Infernos entre outros. O episódio que eu mais gostei foi o da Ciclópia, onde Ulisses graças a mais uma das suas ideias, conseguiu escapar do único ciclope que existia naquela ilha. No início do 2.º período

António Feio. Nesse teatro, como existem várias versões da mesma história, apareceram mais dois episódios diferentes, um deles na ilha do rei Sol, mas também não apareceu o episo-dia da ilha dos Infernos. O tea-tro de uma maneira divertida contou a história de uma forma que só excelentes actores con-seguiriam fazê-lo, de uma forma sem ser aborrecida. Acho que aprendi imen-so com ambas, pois o teatro foi como um complemento à obra. Apesar do teatro não ter a parte da guerra de Tróia não ficou em desvantagem. Gostava de refe-rir que graças aos trabalhos extras pedidos pela professora, estes foram um conhecimento cultural adquirido por quem os fez. Gostei de ambas as coi-sas e foi uma oportunidade úni-ca.

André Lemos, 6.ºD

quando a obra estava quase concluída, o 6.º ano teve a ópti-ma oportunidade de ir a um auditório com excelentes condi-ções, assistir a uma belíssima peça de teatro encenada por um senhor já falecido com muita pena dos portugueses chamado

NAVEGANDO COM ULISSES...

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Ulisses ia em alto mar junto com os seus companhei-ros até que um exclamou:

- Terra à vista! Ulisses pensou logo que

era Ítaca. Encheu-se de ar e bradou:

- Ítaca, minha terra linda! Os companheiros logo

lhe disseram que aquela ilha não era Ítaca. Ele ficou desola-do, tristonho, quase começou a chorar e, descontente, mandou que atracassem na ilha. O que ele não sabia era que aquela ilha era onde os Deuses estavam (fartos e cansados do Monte Olimpo) e começou a cortar árvores para reparar o barco. Os Deuses ao ouvirem isto, mandaram o Deus do Ven-to, Eolo, ir ver o que se passa-va. Eolo viu Ulisses a abater árvores para reparar o barco e com pena deixou-o. Zeus des-confiou logo e viu Ulisses. Ofen-dido, Zeus chamou todos os deuses, excepto Eolo que ele pensava tê-lo traído. Ulisses rapidamente se apercebeu da situação e ordenou: - Rápido, peguem nas armas e lutem! Os companheiros ame-drontados lá foram buscar as armas e empunharam-nas con-tra os Deuses. Ulisses pensan-do melhor gritou: - Parem! Eu falarei com os deuses. Ulisses foi levado pelos Deuses ao seu refúgio. Eolo sempre o defendeu.

Então, os deuses decidi-ram tirar os poderes a Eolo. Ulisses, interferindo, retorquiu: - Eu prefiro morrer a que tirem os poderes a Eolo.

Os deuses acharam bas-

cos e a criatura deu um rugido de dor e concluindo que aquele era mesmo o seu ponto fraco exclamou: - Atirem o mais perto daqui! Os marinheiros atiraram as suas flechas e mataram o monstro. Os deuses apercebe-ram-se e deram-lhe os para-béns.

E assim Ulisses regres-sou a Ítaca. Acho que a obra tinha pouca emoção e Ulisses tinha sorte, por isso, inspirei este epi-sódio em todos os episódios do livro. Acho também que este episódio realçava ainda mais como Ulisses era, é e sempre será valente.

Neste episódio identifico-me com os marinheiros, seguin-do as ordens de Ulisses.

Pedro Francisco, 6.ºE

tante corajosa esta reacção e deixaram Ulisses ir.

Ulisses arranjou o barco e foi mar fora até à ilha dos Infernos para ajudar Tirésias com a sua mãe. Ulisses foi mas, desta vez, os seus companhei-ros também foram. Quiseram atravessar quando Cérebro tinha os olhos fechados e quan-do abriu os olhos Ulisses pas-sou e os companheiros segui-ram-no. Depressa concretiza-ram a sua tarefa. Tirésias tinha inventado um mostro como Cérebro mas para o mar. Ulis-ses pensou que se levasse car-ne de ovelha negra conseguiria falar também com o Aquáticos, o tal primo de Cérebro e foi para Ítaca.

Encontrou, então, o Aquáticos. Os marinheiros lan-çaram-se a Aquáticos e este lançou-os Para a esquerda

Para a direita Para a frente o que matou alguns homens. Ulisses mandou uma flecha com carne de ovelha negra o que fez que em vez de falar com ele, Aquáticos adormecesse. Ulisses com os poucos homens que tinha avançou o mais que pôde até que Aquáticos emergiu com-pletamente da água. Era maior do que o barco! Ulisses pres-sentiu uma dor no peito e pen-sou que fosse o ponto fraco de Aquáticos e pediu: -Tragam-me o meu arco de ouro fundido! Ulisses agarrou no arco e gritou: Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…. Atirou a flecha mesmo ao meio do «peito» de Aquáti-

UMA NOVA AVENTURA DE ULISSES…

Os professores de Língua Por-tuguesa e Inglês vão, no 3.º período, lançar um desafio a

todos os pais, encarregados de educação e demais familiares. O objectivo é proporcionar a articulação entre a escola e a família, envolvendo os pais em actividades no espaço escolar, e dar a conhecer aos alunos histórias tradicionais infantis.

Se gosta de contar histórias e tem saudades das histórias da sua infância, presenteie-nos com esses “tesouros”. Durante o 3.º período serão

dadas mais informações sobre esta iniciativa.

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Ao longo de duas diverti-das semanas, os alunos do 5.º ano, acompanhados pelos pro-fessores de Língua Portuguesa, visitaram as escolas do 1.º ciclo do Juncal, da Cumeira, da Cruz da Légua, da Tremoceira, dos Casais Garridos e da Calvaria. Esta actividade foi preparada com grande entusiasmo e expectativa, pois a ideia de falar da escola “grande” aos “pequenotes” do 4.º ano afigura-va-se emocionante!!

O IEJ foi muito bem rece-bido em todos os estabeleci-mentos, tanto pelos alunos como pelas professoras. Ao iní-cio, os petizes mostraram-se envergonhados, mas com o decorrer da apresentação, foram ficando mais à vontade e não se inibiram de colocar ques-tões sobre o Instituto e o seu

Escola” e partilharam bons momentos no recreio.

Departamento de Língua Por-

tuguesa e Inglês - 2.º ciclo Na quarta-feira, dia 30 de

Março, o 5.ºC foi à Escola Pri-mária da Calvaria de Cima. Quando lá chegámos, dois palhacitos interromperam a nos-sa apresentadora. Todas as crianças se riram com a diverti-da peça de teatro dos nossos palhaços. Depois cantámos uma canção e alguns dos alu-nos falaram sobre a nossa escola. No final, alguns dos meninos colocaram algumas dúvidas sobre o funcionamento do IEJ. Divertimo-nos muito!

Renata, 5.ºC

funcionamento. No final, todos cantaram a canção “A Nova

HISTÓRIAS ENTRE CICLOS

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MATEMATICAR 2011

DIA DO

“Meninos estamos em que mês? Em que dia? E que horas são? Quantos minutos e quantos segundos?“ Foi assim que nós, 11.ºC (turma de Mate-mática B), celebrámos, visitando várias turmas dos 5.º e 6.º anos, no 3.º mês (Março), no dia 14, pelas 15 horas, 9 minutos e 2 segundos, o aniversário de algo muito importante para a mate-

mática: o aniversário do π. Será coincidência que

Einstein tenha nascido no dia do

π ou será que Março é mesmo um mês genial!?

Bárbara, Liliana e Sofia 11.ºC

No passado mês de Mar-ço o Departamento de Matemá-tica promoveu várias activida-d e s c o m o t í t u l o “MATEMATICAR 2011”. Como forma de desenvolver o gosto sobre as diferentes vertentes da Matemática decorreram, duran-te o período de almoço, vários jogos lúdicos no Pavilhão de Convívio.

Com grande adesão e interesse, destaca-se a execu-ção de sólidos geométricos utili-zando gomas e palitos, que sur-preendeu os alunos dos 5.º e 6.º anos, pois, após terem retirado uma rifa com o nome de um sólido e o terem construído cor-rectamente, ficaram com as gomas para si, o que fez as “delícias” dos participantes nes-ta actividade, como é visível nas

comemoração do “Dia do PI”.

Professora Susana Martins

imagens. Estas actividades tiveram

lugar nos dias 10 e 11, concluí-das no dia 14 de Março, com a

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Química, o que é?

Química (do egípicio kēme (chem), significando “terra”) é a ciência que trata das substâncias da nature-za, dos elementos que a constituem, de suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação. Estuda a maneira que os elementos se ligam e reagem entre si, bem como, a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações.

O CANTINHO DA FÍSICA E DA QUÍMICA

Carta de Amor de um Químico

Berílio Horizonte, catiaorze de Fevereiro de 2011

Querida Valência: Sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Ao deitar-me, quando descálcio os meus sapa-

tos, mercúrio no silício da noite, reflicto e vejo que me sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro. Sem ti, Valência, minha vida é um inferro. Ao pensar que tudo começou com um arsénio de mão, quando atravessávamos uma ponte de Hidrogénio… Houve uma atracção forte entre nós dois, acertámos os nos-sos coeficientes, compartilhámos os nossos electrões, e a ligação foi inevitável. Quando depois te liguei, mesmo tomada de enxofre, respondeste carinhosamente: “Protão, com quem tenho o praseodímio de falar?” Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos num palácio de ouro, e nun-ca causou nenhum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria contigo. Sabismuto bem que te amo. E eu, embora não me digas, sei que gostas de um tal de Hélio. De antimónio posso assegurar-te que não sal nenhum érbio e que trabário para viver. Oxigénio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo errádio.

Por que me fazes sofrer tanto assim, sabendo tu que és a luz que me alumina? Meu caso é cério, mas não ácido razão para um escândio social.

Eu soube que a Platina te contou que eu te embromo com o nosso namouro. Manganês, deixa de onda e não acredites niquela disser, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Aliás, se não tiveres arranjado outro árgonmento, procura um Avogadro e metais-me na cadeia. Lembra-te, porém, que não me sais do pensamento.

Tu és a luz com que me alumínio e estou triste porque actualmente o nosso relacionamento possui pH > 7, isto é, está naquela base.

Abrácidos comovidros deste que muito te ama. Disprósio

Experimenta… como fazer uma tinta doméstica

Material necessário: • Um ovo

• Giz de cor • Água • Almofariz • Dois copos • Pincel • Garfo

Tudo o que precisas de fazer é: • Esmagar o giz no almofariz; • Adicionar 10 mL de água e continuar a esmagar o giz até se obter uma pasta; • Medir o volume de pasta obtida com o objectivo de calcular o número de gemas de ovo (para cada 10 mL de pasta é necessária uma gema de ovo); • Separar, para um copo, a (s) gema (s) da (s) clara (s) e com a ajuda do garfo, mexe-las até ficarem com um tom amarelado. Neste momento, adicio-nar a gemada obtida à pasta de giz anterior e misturar muito bem. Está pronta a tinta!

Professora Dina Pedro

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O Missão Estudante deseja a toda a comunidade educativa uma Páscoa Feliz. A equipa responsável: professores Adília Santos, Cláudio Santos, Fernanda Ramos, Moisés Lobo e Pedro Vieira