miolo - livro de revisão 2021

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om.brPORTUGUÊS

E REDAÇÃO

REVISÃO

51 99955.7502

[email protected]

EscoladaLinguaPortuguesa

carlosluzardo

Page 2: Miolo - Livro de Revisão 2021

AULA 1 - REGÊNCIA E CRASE ......................................................................................................................... 3

RESUMO ..................................................................................................................................................................... 5QUESTÕES UFRGS/2013 ...................................................................................................................................... 6QUESTÕES COMENTADAS 2013 .....................................................................................................................12PROVA DE REDAÇÃO 2013 ...............................................................................................................................14

AULA 2 - VERBOS ...................................................................................................................................................15

RESUMO ...................................................................................................................................................................16QUESTÕES UFRGS/2014 ....................................................................................................................................17QUESTÕES COMENTADAS 2014 .....................................................................................................................23PROVA DE REDAÇÃO 2014 ...............................................................................................................................26

AULA 3 - NEXOS ......................................................................................................................................................27

RESUMO ...................................................................................................................................................................29QUESTÕES UFRGS/2015 ....................................................................................................................................30QUESTÕES COMENTADAS 2015 .....................................................................................................................36PROVA DE REDAÇÃO 2015 ...............................................................................................................................39

AULA 4 - PONTUAÇÃO ......................................................................................................................................40

RESUMO ...................................................................................................................................................................41QUESTÕES UFRGS/2016 ....................................................................................................................................42QUESTÕES COMENTADAS 2016 .....................................................................................................................47PROVA DE REDAÇÃO 2016 ...............................................................................................................................50

ANEXO ............................................................................................................................................................................52

QUESTÕES UFRGS/2017 ....................................................................................................................................52QUESTÕES COMENTADAS 2017 .....................................................................................................................58PROVA DE REDAÇÃO 2017 ...............................................................................................................................61QUESTÕES UFRGS/2018 ....................................................................................................................................62QUESTÕES COMENTADAS 2018 .....................................................................................................................67PROVA DE REDAÇÃO 2018 ...............................................................................................................................70QUESTÕES UFRGS/2019 ....................................................................................................................................72QUESTÕES COMENTADAS 2019 .....................................................................................................................81

TABELAS .......................................................................................................................................................................72

ÍNDICE

Page 3: Miolo - Livro de Revisão 2021

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REVISÃO

AULA 1 - REGÊNCIA E CRASE

a) DEFINIÇÃO: estudo do emprego da preposição.

b) PREPOSIÇÕES: a - ante - após - até - com - contra - de - desde - em - entre - para - perante - por - sem - sob - sobre - trás.

c) TIPOLOGIA DE QUESTÕES:

1. A ORIGEM DA PREPOSIÇÃO:

2. A SINTAXE:

3. O EMPREGO DE “O” E “LHE”:

4. O SENTIDO:

5. A CRASE:

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REVISÃO

CRASE:

a) DEFINIÇÃO: é a contração do artigo “a” (ou do pronome demonstrativo “a”) com a preposição “a”:

b) CLASSE DO “A”: artigo definido, pronome pessoal oblíquo, pronome demonstrativo e preposição.

c) TIPOLOGIA DE QUESTÕES:

1. AS CLASSES DO “A”:

2. OS TESTES (GÊNERO, NÚMERO, LOCAIS):

3. OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS:

4. O PARALELISMO:

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REVISÃO

Resumo 2013

Regência

A regência é o estudo do emprego da preposição (a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás). Pode ser verbal, se a origem da prepo-sição for um verbo, ou nominal, se for qualquer outra palavra. Justamente este é um dos fatores predominantemente mais exigidos nas provas da UFRGS: preposições de origens dife-rentes geram funções sintáticas diferentes para as palavras que as recebem. Por exemplo, se a preposição for de origem verbal, a função jamais será igual à da preposição de origem nominal. A preposição que vier de verbo marca a função de objeto indireto, enquanto a que vem de substantivos, adjeti-vos ou advérbios – resumidamente, de qualquer outra origem – marcará as funções de ou adjunto adnominal ou comple-mento nominal. No caso das provas da UFRGS, não é exigido o nome da função, mas apenas a localização clara da origem da preposição e a diferença a que ela leva.

1), 2) QUESTÕES:

O emprego dos pronomes oblíquos O e LHE pode ser anali-sado como uma conseqüência da regência verbal: o pronome O desempenha a função de objeto direto, ou seja, só acompa-nha verbos transitivos diretos (nesse caso, é substituível pelo pronome ele, de acordo com o uso coloquial); o pronome LHE, a função de objeto indireto, acompanhando verbos tran-sitivos indiretos (nesse caso, é substituível pela expressão a ele, ou variações). Qualquer pergunta referente ao emprego des-ses pronomes se relaciona, então, diretamente à regência do verbo da frase analisada.

3) QUESTÕES:

Há, ainda, mais um detalhe: o pronome LHE desempenha também outras funções, ou adjunto adnominal ou comple-mento nominal. Nesses casos, será resultado de exigências de regência nominal, acompanhando substantivos e adjetivos (o teste que comprova a função diferenciada exercida pelo pro-nome é a sua substituição pelo possessivo sua ou pela expres-são dele, e variações.

3) QUESTÕES:

A regência de uma palavra, especialmente dos verbos, é uma operação predominantemente gramatical, mas também traz implicações para o sentido da palavra, ou de todo o con-texto frasal.

4) QUESTÕES:

Por fim, a regência é um pressuposto obrigatório do estu-do da crase. A contração de “as” que recebem acento grave, o também chamado acento indicativo de crase, pode ocorrer de duas formas: ou com preposição e artigo, a mais convencio-nal, ou preposição e pronome demonstrativo, menos comum. É, assim, visível a importância definitiva do reconhecimento da preposição, já que, em qualquer caso de crase, ela estará presente.

5) QUESTÕES:

Crase

A crase é a contração de dois “a’s”, a preposição e ou o ar-tigo ou o pronome demonstrativo. Marcada pelo acento grave (`), pode ser identificada por testes que revelem a presença das duas classes gramaticais: como ambas se confundem apenas no gênero feminino, a solução padrão é passar a frase para o masculino, mantendo a característica gramati-cal da expressão posterior ao “a” que se quer verificar. Se a troca resultar em “ao”, deve ser empregado o acento grave; se resultar em apenas “o” ou “a”, o acento não pode aparecer. Nos casos em que o “a” anteceder locais (ou topônimos), ex-pressões cujo gênero não é claro, o teste é outro: substitui--se o “a” pelas expressões “para a”, “na” ou “da”. Sendo o teste possível, emprega-se o acento grave; se a substituição for apenas pelas preposições “para”, “em” ou ‘”de”, o acento não pode ocorrer.

1) QUESTÕES:

Pode ocorrer crase com os pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo, desde que, na frase em questão, ocor-ra, por qualquer razão, a preposição “a”. O acento grave ocorre inclusive no masculino, já que se considera que a crase estaria localizada na primeira sílaba de cada um dos pronomes, todos começados com o mesmo fonema /a/. Assim, há duas formas de identificá-la: preferencialmente, é possível usar o mesmo teste do masculino. Se, na mesma posição do pronome, surgir a contração “ao”, emprega-se o acento grave; se for “o” ou “a”, não. Por outro lado, é também viável tentar a substituição por outros demonstrativos. Se for possível utilizar “a este”, “a esta” ou “a isto”, ocorre crase; se der “este”, “esta” ou “isto”, não.

2) QUESTÕES :

Estudar a crase pressupõe reconhecer, com absoluta segu-rança, as diferentes classes do “a”, pois o foco da pergunta é exatamente este: quais são as palavras, ou palavra, presentes na frase analisada. O “a” pode ter as seguintes classificações: artigo, quando acompanha substantivos (concordando com eles), tendo a função de adjunto adnominal; pronome pessoal oblíquo, acompanhado verbos transitivos diretos, sendo obje-to direto (equivale à forma coloquial “ela”); pronome demons-trativo, equivalendo à expressão aquela, e, o mais importante, porque sempre presente nos casos de crase, preposição, quan-do for invariável em gênero e número.

3) QUESTÕES:

A crase com horas, especialmente em intervalos, propor-ciona uma prática, interessante e inovadora do emprego do acento grave. Nas situações mais simples, é possível apenas substituir pelo masculino correspondente (neste caso, tem-se apenas a expressão meio-dia). Nos intervalos, basta analisar a forma pela qual eles são introduzidos: se iniciarem por contra-ções de preposição e artigo, como da, na, pela, etc. o “a” que lhes corresponder deve receber o acento grave; se começa-rem apenas por preposições, de, em, por, etc., não.

4) QUESTÕES:

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2013

Instrução: As questões 01 a 09 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. Se, em um tempo futuro, muito distante, só 02. tivessem sobrado de nós vestígios e alguns deles 03. fossem encontrados, e entre esses, fotografias, 04. pensemos que um fato seria possível: por meio 05. delas, para os que as encontrariam, poderia se 06. o p e r a r u m a r e v e l a ç ã o . A s f o t o g r a f i a s d i r i a m 07. sobre quem fomos e como vivemos. Caso os 08. habitantes do futuro encontrassem, por acaso, 09. soterrado um arquivo de fotografias de guerra, 10. quem sabe deduziriam a ........... condição daquela 11. humanidade perdida e suspirariam de alívio pela 12. nossa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Se , ao contrár io , o que 13. encontrassem fossem álbuns de uma prosaica 14. famíl ia , apreciar iam cr ianças fotografadas, ao 15. longo dos anos, sempre tão divertidas, cenas de 16. trivial alegria. 17. Por um lado, redução: há como superar a 18. f initude. Por outro, castigo: não se esquecerá 19. enquanto houver a fotografia. O que se lembra 20. diante do retrato de um anônimo fotografado no 21. s é c . X I X ? H á s e m p r e u m e n c a n t o i m a n e n t e 22. nessas imagens do passado; são como pontos 23. que não se cruzam, como caminhos indicados 24. por setas que parecem levar a lugar nenhum. 25. Mas nos fazem desejar, pela expectativa do que 26. se pode ver do outro lado, cruzá-Ios. 27. Um postulado pode ser enunciado nos termos 28. de que, se está na imagem, existe; ou, tratando- 29. se de fotografia, se está na foto, existiu e pode 30. ou não ainda exist i r . Na esteira dessa lógica, 31. então, seria aceitável considerar que esquecer é 32. humano e lembrar é fotográfico. Se remontarmos 33. às nossas experiências, considerando o álbum de 34. família, seguramente a maioria de nós dará como 35. d e p o i m e n t o a s u r p r e s a d o e n c o n t r o c o m o 36. p a s s a d o . A p a l a v r a e n c o n t r o t a l v e z s e j a u m 37. superlativo do que realmente acontece, visto que 38. o m á x i m o q u e a f o t o g r a f i a n o s o f e r e c e é a 39. possibilidade de uma projeção do aproximar-se 40. c o m o q u e f o i . H á u m a t e n d ê n c i a e m 41. a c r e d i t a r m o s n a f o t o , d e s d e , é c l a r o , q u e a 42. informação nela contida não . . . . . . . . . . . . . . nossas 43. certezas projetadas em imagens mentais sobre o 44. p a s s a d o . U m a p e r s o n a g e m d e V i r g i n i a W o l f 45. comenta: "Não possuímos as palavras. Elas estão 46. por trás dos olhos, não sobre os lábios". E sem as 47. palavras, o que contariam as fotografias? Talvez 48. não possam contar, mas seguramente alguma 49. coisa do passado vem evocada nelas, como a 50. dúvida, ou no mínimo a nostalgia daquele fato 51. fragmentado em imagem, na referência a outra 52. pessoa em uma festa perdida na lembrança.

Adaptado de: MICHELON, F. F. Introdução. In: MICHELON, F. F.; TAVARES, F. S. (orgs.). Fotografia e

memórla. Pelotas, RS: EdUFPel, 2008. p. 7-15.

01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 10, 12 e 42, nesta ordem.

(A) egnóbil - extinsão - dezestabilise(B) ignóbil - estinção - desestabilize(C) egnóbil - extinção - desestabilise(D) ignobil - extinsão - dezestabilize(E) ignóbil - extinção - desestabilize

02. Em seu sentido global, o texto afirma que

(A) as fotografias de crianças, festas, reuniões de família são sempre registros da prosaica felicidade de que se constitui o cotidiano.

(B) as imagens do passado suscitam sentimentos de nostalgia ou dúvida, mas não permitem a construção de conhecimentos acerca desse passado.

(C) as fotografias, embora não recontem o passado que registram, são indícios que permitem sua recordação.

(D) as imagens mentais de cenas vividas no passado não podem ser refutadas por registros fotográficos.

(E) a fotografia, ao contrário das palavras, reproduz fiel-mente a realidade e, como tal, é prova mais confiável de sua existência.

03. Considere as seguintes propostas de substituição de pa-lavras do texto.

1 – vestígios (l. 02) por resquícios. 2 – superar (l. 17) por vencer. 3 – nostalgia (l. 50) por lembrança.

Quais propostas indicam que a segunda palavra constitui sinônimo adequado da primeira, considerando o contexto em que esta ocorre?

(A) Apenas 1. (B) Apenas 2. (C) Apenas 3. (D) Apenas 1 e 2. (E) 1, 2 e 3.

04. A partir da linha 08 até o final do primeiro parágrafo do texto, quantos verbos estão no plural, em virtude de es-tabelecerem relação com o segmento os habitantes do futuro (l. 07-08)?

(A) Três. (B) Quatro. (C) Cinco. (D) Seis. (E) Sete.

05. Nas alternativas abaixo, são sugeridas reordenações de segmentos do texto. Desconsiderando mudanças de pontuação, assinale aquela em que se mantém o sentido da frase original.

(A) Deslocamento de por acaso (l. 08) para imediatamente depois de soterrado (l. 09).

(B) Antecipação de cruzá-Ios (l. 26) para imediatamente depois da forma verbal desejar (l. 25).

(C) Deslocamento do advérbio realmente (l. 37) para imediatamente antes de um superlativo (l. 36-37).

(D) Colocação de é claro (l. 41) entre Há (l. 40) e uma (l. 40). (E) Deslocamento de seguramente (I. 48) para imediata-

mente antes de fragmentado (l. 51).

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REVISÃO

06. Considere as seguintes afirmações a respeito do emprego correto de tempos verbais no texto.

I. A supressão da expressão quem sabe (l. 10) tornaria necessária a alteração do tempo verbal empregado nas formas deduziriam (l. 10) e suspirariam (l. 11).

II. A supressão do advérbio talvez (l. 36) tornaria necessária a alteração do modo verbal empregado na forma seja (l. 36). III. A forma verbal possam (l. 48) poderia ser substituída por pudessem, sem a necessidade de outras alterações das formas

verbais no seguimento da frase.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

07. Para abordar o tema, a autora utiliza diferentes mecanismos de organização interna dos parágrafos.

Na coluna da direita abaixo, estão listados esses mecanismos; na da esquerda, os parágrafos do texto que correspondem à presença ou ao predomínio desses mecanismos.

Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda.

1 - Primeiro parágrafo (l. 01-16). ( ) Predomínio de mecanismos de contraste e de oposição, indicados por nexos articuladores.

2 - Segundo parágrafo (I. 17-26). ( ) Presença de mecanismos de explicação e de conclusão, indicados por nexos articuladores.

3 - Terceiro parágrafo (I. 27-52). ( ) Predomínio de mecanismos de hipóteses e de suposição, indicados por conjunções.

( ) Presença do mecanismo de citação, indicado por sinal de pontuação.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 1 - 2 - 3 - 1. (B) 1 - 3 - 2 - 1. (C) 2 - 3 - 1 - 3. (D) 2 - 2 - 1 - 3. (E) 3 - 1 - 2 - 3.

08. Considere a passagem do texto abaixo transcrita e as sugestões de reescrita que a seguem.

Um postulado pode ser enuncIado nos termos de que, se está na Imagem, existe; ou, tratando-se de fotografia, se está na foto, existiu e pode ou não ainda existir (l. 27-30).

I. Pode-se enunciar um postulado nos seguintes termos: se está na imagem, existe; ou, tratando-se de fotografia, se está na foto, existiu e pode ou não ainda existir.

II. Tratando-se de fotografia, um postulado pode enunciar-se nos seguintes termos: se está numa foto ou numa imagem, existiu e pode ou não existir ainda.

III. Pode ser postulado um enunciado nos seguintes termos: se está na imagem, existe; ou seja, tratando-se de fotos, se está numa fotografia, existiu e não pode ainda existir.

Quais propostas mantêm a correção e o sentido original do trecho?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

09. Assinale a alternativa que, de acordo com o texto, pode substituir adequadamente os nexos de articulação textual então (l. 31), visto que (l. 37) e mas (l. 48), nesta ordem.

(A) portanto – uma vez que – pois (B) portanto – uma vez que – porém (C) com efeito – por isso – pois (D) com efeito – por isso – porém (E) portanto – por isso – pois

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REVISÃO

11. Na coluna da esquerda, abaixo, são listados modos diferentes de apresentação, pelo narrador, do personagem, dos cenários e dos acontecimentos; na coluna da direita, passagens que correspondem à caracterização.

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

1 - Apresentação de uma cena, assemelhando-se a uma imagem fotográfica. 2 - Movimento cronológico dos acontecimentos da narrativa. 3 - Avaliação e sensações do narrador s o b r e o p e r s o n a g e m q u e apresenta na narrativa.

( ) ... encontrei um vaqueiro ... (l. 02) ( ) Enrolado no poncho, as mãos plantadas definitivamente na toalha

da mesa, (l. 18-20) ( ) Contou-me muita coisa. (l. 25) ( ) Prazia ver esse modo, em que eu o imaginava tornado a sentir-se

cavaleiro sozinho. (l. 37-38) ( ) O céu estava extenso. Longe, os carandás eram blocos mais pretos,

de um só contorno. (I. 44-46)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 1 - 3 - 2 - 2 - 1. (B) 2 - 1 - 3 - 3 - 2. (C) 2 - 1 - 2 - 3 - 1. (D) 3 - 2 - 1 - 2 - 3. (E) 3 - 3 - 2 - 3 - 1.

Instrução: As questões de 10 a 17 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. E m j u l h o , n a N h e c o l â n d i a , P a n t a n a l d e 02. M a t o G r o s s o , e n c o n t r e i u m v a q u e i r o q u e 03. reunia em si , em qualidade e cor, quase tudo 04. o que . . . . . . . . . . . l i teratura empresta esparso aos 05. vaqueiros principais . Era tão de carne-e-osso, 06. que nele não poderia em pessoar-se o cediço e 07. f á c i l d a p e q u e n a l e n d a . A p e n a s u m 08. prof iss ional esport is ta : um técnico , amoroso 09. de sua of ic ina. Mas denso, presente, a lmado, 10. bom-condutor de sent imentos , crepitante de 11. c a l o r h u m a n o , g o v e r n a d o r d e s i m e s m o ; e 12. i n t e l i g e n t e . E s s a p e s s o a , e s t e h o m e m , é o 13. vaqueiro José Mariano da Silva, meu amigo. 14. C o m e ç a m o s p o r u m a c o n v e r s a d e t r ê s 15. horas, . . . . . . . . . . . . . . luz de um lampião, na copa da 16. Fazenda Firme. Eu tinha precisão de aprender 17. mais , sobre a a lma dos bois , e inst igava-o a 18. f o r n e c e r - m e f a t o s , c a s o s . E n r o l a d o n o 19. poncho, as mãos plantadas definitivamente na 20. t o a l h a d a m e s a , c o m o a s d e u m b i c h o e m 21. vigia, ele procurava atender-me. Seu rosto, de 22. fe itura f ranca, muito moreno, f ino, tomava o 23. a r d e s e r i e d a d e , m e i o e m e x c e s s o , d e u m 24. homem-de-ação posto em tarefa meditat iva . 25. Contou-me muita coisa. 26. F a l o u d o b o i C a r o c o n g o . D o g a r r o t e 27. G u a b i r u q u e , q u a n d o c h e g a v a e m c a s a , d e 28. t a r d i n h a , b e r r a v a n o v e v e z e s , e s ó p o r i s s o 29. não o matavam, e porque t inha o berro mais 30. s a u d o s o . D a v a q u i n h a B u r i v i , q u e 31. a c o m p a n h a v a a o c a m p o s u a d o n a m o ç a , 32. . . . . . . . . . . . . colher as guaviras , ou para postar-se

33. . . . . . . . . . . . . margem do poço, guardando o banho 34. dela, sem deixar vir perto nenhuma criatura. 35. D i s c o r r e u m u i t o . Q u a n d o e s t a c a v a , p a r a 36. tomar fôlego ou recordação, fechava os olhos. 37. Prazia ver esse modo, em que eu o imaginava 38. t o r n a d o a s e n t i r - s e c a v a l e i r o s o z i n h o . 39. P o n d e r a v a , p a r a m e r e s p o n d e r , t r u z e c r u z , 40. no coloquial, misto de guasca e de mineiro. 41. O sono diminuía os olhos do meu amigo; 42. era tarde, para quem precisava de levantar-se 43. c o m t r e v a s a i n d a n a t e r r a , c o m o s c h o p i n s 44. c a n t a n t e s . N o s d e s p e d i m o s . O c é u e s t a v a 45. e x t e n s o . L o n g e , o s c a r a n d á s e r a m b l o c o s 46. mais pretos , de um só contorno. As estre las 47. r o d e a v a m : e s t r e l a s g r a n d e s , p r ó x i m a s , 48. desengastadas. Um cavalo rel inchou, rasgado 49. a distância , repet indo. Os gr i los , mi l , mi l , se 50. telegrafavam: que o Pantanal não dorme, que 51. o P a n t a n a l é e n o r m e , q u e a s e s t r e l a s v ã o 52. chover. . . José Mariano caminhava embora, no 53. andar bamboleado, cabeça baixa , ruminando 54. seu cansaço. Se abria e unia, com ele – vaca 55. negra – a noite, vaca.

Adaptado de: ROSA, Guimarães. Estas hlstórlas. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 93-103.

10. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 04, 15, 32 e 33, nesta ordem.

(A) a – à – a – à (B) à – à – a – a (C) à – a – à – à (D) à – à – a – à (E) a – a – à – a

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REVISÃO

12. Há no texto empregos do mecanismo de formação de palavras por composição, como recurso de estilo do autor.

Assinale a alternativa que apresenta dois empregos desse mecanismo.

(A) qualidade e cor (l. 03) e alma dos bois (l. 17) (B) carne-e-osso (l. 05) e homem-de-ação (l. 24) (C) bom-condutor (l. 10) e toalha da mesa (l. 20) (D) bicho em vigia (l. 20-21) e em excesso (l. 23) (E) de tardinha (l. 27-28) e dona moça (l. 31)

13. Considere as seguintes afirmações sobre o sentido de passagens do texto.

I. A forma verbal empresta (l. 04) tem sentido equiva-lente a confere e concede no contexto

II. O segmento que inicia em Seu rosto (l. 21) e vai até o final daquele parágrafo sugere que o personagem demonstrou incapacidade para contar, por esta ser tarefa meditativa.

III. O segmento que inicia em Ponderava (l. 39) e vai até o final do parágrafo sugere que, embora usasse palavras corriqueiras, o vaqueiro dava respostas refletidas.

Quais estão de acordo com o texto?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C Apenas III. (D) Apenas I e III. (E I, II e III.

14. Associe cada ocorrência de sinal de pontuação, à esquerda, com o sentido, à direita, que tal sinal auxilia a expressar no contexto em que ocorre.

( ) Ponto-e-vírgula (l. 11) 1- Explicação( )Vírgulas (l. 30-31) 2 - Ênfase( ) Reticências (l. 52) 3 - Exemplificação 4 - Continuidade

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 1– 3 – 2. (B) 2 – 1– 4. (C) 2 – 3 – 1. (D) 3 – 1 – 2. (E) 1 – 4 – 2.

15. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes às relações sintáticas e semânticas entre palavras e expressões do texto.

( ) O emprego de as (l. 20) tem função pronominal, uma vez que retoma mãos (l. 19).

( ) As palavras muita (l. 25) e muito (l. 35) assinalam que o narrador intensifica o fato de seu amigo, o vaqueiro, ser um contador de vários casos.

( ) As expressões do boi Carocongo (l. 26), Do garrote Guabiru (l. 26-27) e Da vaquInha Burivi (l. 30) com-plementam o sentido do verbo Falou (l. 26).

( ) As palavras mais (l. 29) e pretos (l. 46) modificam o sentido, respectivamente, de berro (I. 29) e carandás (I. 45). Por isso, são adjetivos.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F – F – F – V. (B) F – V – F – F. (C) V – F – V – F. (D) V – F – V–V. (E) V – V – V – F.

16. Considere as propostas de reescrita abaixo para o seguinte trecho.

O sono diminuía os olhos do meu amIgo; era tarde, para quem precisava de levantar-se com trevas ainda na terra, com os chopins cantantes (I. 41-44).

I. Substituição de para quem (I. 42) por ele. II. Substituição de precisava (I. 42) por necessitava. III. Retirada da preposição de (I. 42) após precisava.

Quais propostas são gramaticalmente corretas e preser-vam o sentido original do trecho?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

17. Considere as seguintes afirmações sobre a passagem Os grilos, mil, mil, se telegrafavam: que o Pantanal não dorme, que o Pantanal é enorme, que as estrelas vão chover... (l. 49-52).

I. O segmento que o Pantanal não dorme, que o Pan-tanal é enorme, que as estrelas vão chover (l. 50-52) refere-se ao conteúdo dito pelos grilos em seus cantos, constituindo, na narrativa, o discurso indireto.

II. A relação do verbo telegrafavam (l. 50) com o sujeito grilos (l. 49) produz um sentido metafórico na narra-tiva.

III. Os dois-pontos marcam a inserção de uma enumera-ção de orações que constituem complementos para o verbo telegrafavam (l. 50).

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

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REVISÃO

Instrução: As questões de 18 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. A p e s q u i s a e m g r a m á t i c a t a m b é m t e m 02. s e u s m i s t é r i o s – a s p e c t o s d a l í n g u a q u e 03. ninguém conseguiu até hoje formular direito. 04. Acho que não exagero se disser que a maioria 05. dos fenômenos gramaticais já observados não 06. tem uma expl icação sat isfatór ia . Vejamos um 07. exemplo. 08. Sabemos que, em muitas f rases , o sujeito 09. e x p r i m e o s e r q u e p r a t i c a a a ç ã o ( o u , m a i s 10. e x a t a m e n t e , q u e c a u s a o e v e n t o ) . I s s o 11. a c o n t e c e n a f r a s e : M i n e r v i n a e n t o r t o u m e u 12. g u a r d a - c h u v a . A c o n t e c e q u e , c o m o v e r b o 13. entortar , nem sempre o sujeito exprime quem 14. prat ica a ação. Se não houver objeto, isto é , 15. s e s ó h o u v e r o s u j e i t o e o v e r b o , o s u j e i t o 16. e x p r i m e q u e m s o f r e a a ç ã o , c o m o e m M e u 17. g u a r d a - c h u v a e n t o r t o u . E s s a f r a s e , 18. n a t u r a l m e n t e , n ã o s i g n i f i c a q u e o g u a r d a - 19. c h u v a p r a t i c o u a a ç ã o d e e n t o r t a r a l g u m a 20. c o i s a , m a s q u e e l e f i c o u t o r t o . M e s m o s e o 21. sujeito fosse o nome de uma pessoa (que, em 22. princípio, poderia praticar uma ação), o efeito 23. s e v e r i f i c a : M i n e r v i n a e n t o r t o u . E s s a f r a s e 24. quer dizer que Minervina f icou torta, não que 25. ela entortou alguma coisa. 26. A mudança de s igni f icado do suje i to que 27. v imos acima acontece com muitos verbos do 28. p o r t u g u ê s ; p o r e x e m p l o , q u e b r a r , e s q u e n t a r , 29. rasgar . Uma vez que é bastante regular , esse 30. comportamento deve (ou deveria) ser incluído 31. na gramática portuguesa. 32. A g o r a , o m i s t é r i o : e m c e r t o s c a s o s , o 33. f e n ô m e n o d a m u d a n ç a d e s i g n i f i c a d o d o 34. sujeito não ocorre , e ninguém sabe ao certo 35. p o r q u ê . A s s i m , p o d e m o s d i z e r O l e i t e 36. e s q u e n t o u , e i s s o s i g n i f i c a q u e o l e i t e s e 37. tornou quente, não que ele esquente alguma 38. c o i s a . M a s n a f r a s e E s s e c o b e r t o r e s q u e n t a , 39. entende-se que o cobertor esquenta a gente 40. ( isto é , causa o aquecimento) , e não que ele 41. s e t o r n e q u e n t e . N i n g u é m s a b e d i r e i t o p o r 42. que verbos como esquentar (e vár ios outros) 43. n ã o s e c o m p o r t a m c o m o o e s p e r a d o e m 44. f r a s e s c o m o e s s a . P r o v a v e l m e n t e , o 45. fenômeno tem a ver com a s i tuação evocada 46. p e l o v e r b o . M a s f a l t a a i n d a u m e s t u d o 47. s istemático, e , por enquanto, esses fatos não 48. cabem em teoria nenhuma. 49. E n f i m , p a r a q u e m g o s t a d e c e r t e z a s e 50. seguranças , tenho más not íc ias : a gramát ica 51. n ã o e s t á p r o n t a . P a r a q u e m g o s t a d e 52. desafios, tenho boas notícias: a gramática não 53. e s t á p r o n t a . U m m u n d o d e q u e s t õ e s e 54. problemas continua sem solução, à espera de 55. novas ide ias , novas anál i ses , novas cabeças .

Adaptado de: PERINI, M. A. Pesquisa em gramática. In: Sofrendo a gramática: ensaios sobre linguagem. São Paulo:

Ática, 2000. p. 82-85.

18. Assinale a alternativa que expressa corretamente o sentido global do texto.

(A) A gramática é um campo de investigação no qual muito do que já foi observado permanece apenas parcialmente compreendido.

(B) A gramática é sempre uma teoria inacabada, em virtude da dinâmica das línguas, que mudam cons-tantemente.

(C) A gramática é um campo pouco propício àqueles que gostam de certezas, pois não dá lugar ao estabeleci-mento de normas.

(D) Os verbos em português, conforme se pode constatar por meio da reunião de vários exemplos, ainda não foram estudados sistematicamente.

(E) A gramática é um conjunto de generalizações sintá-ticas que expressam comportamentos regulares de expressões de uma língua.

19. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abai-xo, referentes a relações entre convenções ortográficas e pronúncia de palavras empregadas no texto.

( ) A regra de acentuação gráfica válida para a palavra mistérios (I. 02) pode ser incluída na mesma que rege o emprego de acento gráfico em gramática (I. 01) e sistemático (I. 47).

( ) O som representado pela letra /s/ na palavra conse-guiu (I. 03) é representado por duas outras letras na palavra explicação (I. 06).

( ) O acento gráfico em é (I. 14) é diferencial; ou seja, não corresponde a nenhuma distinção de pronúncia relativa à forma não acentuada.

( ) A palavra significa (I. 18), na pronúncia coloquial, permite a ocorrência de uma vogal não representada na forma ortográfica.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) V – F – V – F. (B) V – V – F – V. (C) F – V – V – V. (D) V – V – F – F. (E) F – F – V – V.

20. Assinale a alternativa em que se estabelece uma relação correta entre um pronome ou expressão e aquilo a que se refere.

(A) seus mistérios (I. 02) – mistérios da pesquisa em gra-mática

(B) que (I. 02) – língua (C) ela (I. 25) – essa frase (D) esse comportamento (I. 29-30) – comportamento das

frases (E) ele (I. 37) – o fenômeno da mudança de significado

21. Este texto é dirigido ao público em geral, valendo-se o autor de diversos recursos textuais para se aproximar do leitor.

Considere as seguintes afirmações, a respeito desses re-cursos.

I. O emprego da primeira pessoa do plural Vejamos (I. 06) e vimos (I. 27) inclui autor e leitor na ação descri-

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REVISÃO

ta, o que cria um efeito de participação conjunta no desenvolvimento da argumentação.

II. O emprego de expressões como Acontece que (I. 12) sabe direito (I. 41) e Um mundo (I. 53) remete a usos coloquiais da língua portuguesa.

Ill. O emprego de pronomes oblíquos em posições va-riadas, como em entende-se (I. 39) e se torne (I. 41) só se justifica pela coloquialidade do texto, uma vez que, nas convenções de escrita padrão do português, o pronome só pode ocorrer depois do verbo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

22. Considere as seguintes afirmações acerca da formação de palavras por derivação.

I. Os verbos engravidar, endireitar e ensacar são for-mados pela adição de prefixo e sufixo a adjetivos, de modo semelhante a entortar (I. 13).

II. A adição de prefixo e sufixo pode derivar um verbo a partir de português (I. 28).

III. O substantivo aquecimento (I. 40) é formado pela adição de um sufixo a um verbo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas II. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

23. Considere as seguintes sugestões de alteração de segmen-tos do texto.

I. O pronome quem (I. 16) poderia ser substituído por aquele que, neste contexto, sem prejuízo da correção da frase em questão.

II. O pronome ele (I. 20) poderia ser elidido da oração, sem prejuízo da correção e da referência a guarda--chuva (I. 18-19).

III. A substituição da forma verbal vimos (I. 27) por nos ocupamos acarretaria outra alteração na frase para ajuste de regência.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas lI. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

24. Considere as seguintes sugestões de alteração da pontu-ação do texto.

I. Supressão das vírgulas que isolam o adjunto adverbial naturalmente (I. 18).

II. Substituição dos parênteses da linha 30 por vírgulas. Ill. Supressão dos parênteses que separam e vários ou-

tros (I. 42).

Quais delas poderiam ser realizadas, mantendo-se a cor-reção da frase?

(A) Apenas I. (B) I e lII.

25. Considere os seguintes verbos do português.

1 – amassar 2 – entrar 3 – entregar 4 – secar

Assinale a alternativa que apresenta os verbos que têm o mesmo comportamento daqueles listados nas linhas 28-29.

(A) 1 – 4. (B) 1 – 2. (C) 1 – 3. (D) 2 – 4. (E) 2 – 3.

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QUESTÕES COMENTADAS 2013

• Questão 1 – OrtografiaQuestão simples de ortografia – com ênfase em aspectos eti-mológicos – e acentuação: ignóbil é escrito com I, e tem acen-to por ser paroxítona terminada em L; extinção é com X e Ç, e o adjetivo estável recebe o sufixo formador de verbos IZAR.(Livro 1, módulo 02, Fonética, Acentuação, Ortografia, questão 98, letra E)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Regular

• Questão 2 – Interpretação de textos Veja os erros: em a), a fotografia também expressa a “ignóbil con-dição da humanidade”, não apenas a felicidade; em b), permitem: veja as linhas 47 a 52; em c), correta, é o que o mesmo trecho das linhas 47 a 52 expressa; em d), nada a ver... Em e), a fotografia não reproduz fielmente a realidade, o faz de um modo fragmentado, quase contraditório (l. 51): veja as linhas 07 a 16.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 240, letra C)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 3 – Interpretação de textosVeja as justificativas: I está certa: os substantivos são sinôni-mos; II está certa: vencer entra num sentido figurado, mas é fácil ver a correta relação; III está errada: em nostalgia temos o sentido de lembrança, mas com sentido mais afetivo, que o segundo substantivo não apresenta.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 241, letra D)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Regular

• Questão 4 – VerbosVeja os cinco verbos: encontrassem (l. 08), deduziriam (l. 10), suspirariam (l. 11), encontrassem (l. 13) e apreciariam (l. 14). (Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 215, letra C)Grau de Facilidade: FácilGrau de Discriminação: Alta

• Questão 5 – Classes GramaticaisVeja as alterações de sentido: em a), o deslocamento da expressão altera a sua referência de encontrariam para soterrado; em b), cer-ta, o deslocamento mantém a referência da expressão entre vírgu-las para a locução verbal “desejar cruzá-los”; em c), o deslocamento da expressão altera a sua referência de acontece para superlativo; em d), o deslocamento da expressão altera a sua referência do verbo desestabilize para Há; em e), o deslocamento da expressão altera a sua referência de vem evocada para fragmentado.(Livro 2, módulo 14, Classes Gramaticais, questão 118, letra B)Grau de Facilidade: FácilGrau de Discriminação: Alta

• Questão 6 – VerbosVeja as justificativas: I está errada: o tempo verbal de dedu-ziriam está ligado ao de encontrassem (l. 08), dependente da idéia de hipótese provocada pelo conjunção Caso (l. 07), sem nenhuma relação com quem sabe; II está certa: talvez condicio-nava o subjuntivo pela idéia de dúvida – sua retirada exigiria o presente do indicativo (é); III está certa porque é mais coerente: a oração em questão é uma resposta à anterior, cujo verbo é

contariam, coerente com o pretérito imperfeito do subjuntivo.(Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 216, letra D)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Deficiente

• Questão 7 – Interpretação de textosVeja os nexos mais predominantes: em (2), por um lado, por outro, como, como, mas; em (3), então, visto que; em (1), Se, Caso, Se; em (3), a citação está nas linhas 45 e 46.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 242, letra C)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 8 – Interpretação de textosVeja os erros: em I, certa, mantém o sentido original, com a afir-mação sobre o postulado genérica e a restrição sobre a fotogra-fia aparecendo posteriormente; em II, errada, a oração “tratan-do-se de fotografia” restringe o sentido da oração do postulado, alterando seu sentido; em III, errada, a oração “não pode ainda existir” não equivale à original “pode ou não ainda existir”.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 243, letra A)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Alta

• Questão 9 – Interpretação de textos Questão simplória: então está sendo utilizado como nexo conclusivo – equivale a portanto; visto que, explicativo, como uma vez que; mas, adversativo, tal qual porém.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 244, letra B)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 10 – CraseVeja as justificativas: na lacuna da linha 04, não ocorre crase, pois o A é apenas artigo, acompanhando o substantivo literatura; na linha 15, ocorrem preposição e artigo (“sob a luz”=”à luz”), por isso a crase; na linha 32, o A é apenas preposição, seguido de verbo e em paralelismo com para (l. 32); na linha 33, ocorrem, novamente, preposição e artigo (“na margem”=”à margem”). (Livro 1, módulo 08, Crase, questão 89, letra A)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Alta

• Questão 11 – Interpretação de textosVeja as relações mais coerentes: em (2), informação que situa o início da narrativa; em (1), descrição do personagem; em (2), informação que dá seqüência à narrativa; em (3), é a «opinião» do narrador, não propriamente um fato; em (1), novamente o caráter descritivo, agora referente ao cenário da narrativa.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 245, letra C)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 12 – Estrutura da Palavra Veja os erros: em a), não há palavras compostas na alternativa; em b), certa, são dois grupos de substantivos, com hífen, ad-quirindo novos sentidos, conotativos; em c), “toalha da mesa” não é palavra composta; em d), não há palavras compostas na alternativa; em e), não há palavras compostas na alternativa.(Livro 2, módulo 12, Estrutura da Palavra, questão 85, letra B)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

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REVISÃO

• Questão 13 – Interpretação de textosVeja os comentários: em I, certa, são sentidos coerentes entre si; em II, errada, não há relação entre as duas informações; em III, certa, é o sentido da expressão ponderava.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 246, letra D) Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 14 – Interpretação de textosVeja as relações: (2) poderiam ser introduzidas expressões como sobretudo, especialmente; (1) a palavra que é pronome relativo, introduzindo uma oração adjetiva subordinada ex-plicativa; (4) atribuir a noção de continuidade é a função das reticências.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 247, letra B)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Boa

• Questão 15 – Figuras de linguagemVeja as relações : (V) tem a classe de pronome demonstrati-vo; (V) em ambos os casos, com classes diferentes, a palavra muito tem idéia de intensidade; (V) embora separadas por pontos, são objetos indiretos do verbo Falou (l.26), em para-lelismo com Do garrote (l.26); (F) mais acompanha saudoso, sendo advérbio, e pretos acompanha carandás.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 248, letra E)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Boa

• Questão 16 – Interpretação de textosVeja as justificativas: em I, errada, há alteração de sentido, per-dendo-se a relação de para quem era tarde;em II, certa, os verbos são sinônimos no contexto; em III, certa, ocorre um adequação ao português culto, pois a preposição estava mal empregada.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 249, letra D)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Deficiente

• Questão 17 – Interpretação de textosVeja as justificativas: em I, certa, a conjunção integrante que introduz essa estrutura (note os verbos no presente); em II, certa, é um sentido figurado: grilos não telegravam realmen-te; em III, certa, são verbos em paralelismo. (Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 250, letra E)Grau de Facilidade: FácilGrau de Discriminação: Alta

• Questão 18 – Interpretação de textosVeja os erros: em a), certa, é a exata idéia com que o texto ter-mina: observe as linhas 49 a 55; em b), a afirmação “as línguas mudam constantemente” não está no texto; em c), contradiz o trecho das linhas 49-55; em d), esta afirmação não está no texto; em e), os comportamentos não são regulares.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRG2, questão 251, letra A)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 19 – Fonética, Acentuação, OrtografiaVeja as justificativas: (?V?) afirmação absurda: a justificativa “proparoxítona relativo, eventual” (mis-té-ri-o) é completamen-te desusada; (V) seriam as letras X e Ç; (F) a palavra É é monossí-labo tônico; (V) é característica dessa consoante muda.

(Livro 1, módulo 02, Fonética, Acentuação, Ortografia, questão 99, letra B)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Boa

• Questão 20 – Interpretação de textosVeja os erros: em a), certa, é o sentido da expressão; em b), a palavra retoma aspectos; em c), retoma Minervina; em d), retoma verbos; em e), retoma leite.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 252, letra A)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Boa

• Questão 21 – Interpretação de textosVeja as justificativas: I está certa: é o objetivo do emprego da primeira pessoa do plural; II está certa: são expressões típicas da fala; III está errada: o pronome pode ocorrer antes ou de-pois do verbo.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 253, letra C)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 22 – Estrutura da palavraVeja as justificativas: I está errada: os primitivos seriam grá-vido, direito e saco – este último substantivo; II está certa: o verbo seria aportuguesar; III está certa: o verbo seria aquecer.(Livro 2, módulo 12, Estrutura da palavra, questão 86, letra D)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Boa

• Questão 23 – Interpretação de textosVeja as justificativas: I está errada: a estrutura mantém a cor-reção e o sentido; II está certa: seria um sujeito elíptico; III está certa: seria necessária a preposição com (com que, linha 26).(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 254, letra E)Grau de Facilidade: MedianaGrau de Discriminação: Muito Boa

• Questão 24 – PontuaçãoVeja as justificativas: I está certa: é um adjunto adverbial cur-to, cuja pontuação é opcional; II está certa: ocorre apenas uma função no referido trecho; III está certa: o trecho entraria em paralelismo com o substantivo verbos, linha 42.(Livro 2, módulo 19, Pontuação, questão 171, letra E)Grau de Facilidade: DifícilGrau de Discriminação: Deficiente

Questão 25 – Interpretação de textosQuestão simples – faça os testes: em 1, certa, “o papel amas-sou”; em 2, errada, “a bola entrou”; em 3, errada, “a pista en-tregou o culpado”; em 4, certa, “a toalha secou”.(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 255, letra A)Grau de Facilidade: Muito FácilGrau de Discriminação: Boa

GABARITO01. E 02. C 03. D 04. C 05. B06. D 07. C 08. A 09. B 10. A11. C 12. B 13. D 14. B 15. E16. D 17. E 18. A 19. B 20. A21. C 22. D 23. E 24. E 25. A

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REVISÃO

O trecho acima foi extraído do livro O riso, uma reunião de três artigos publicados por Bergson, em 1899, que consti-tuem um verdadeiro tratado sobre o humor.

O tema abordado pelo filósofo permanece atual, como se pode depreender do aumento significativo do espaço social reservado às manifestações humorísticas. No Brasil, muito se produz em matéria de humor. Nos jornais de grande circu-lação, escritores e chargistas fazem diariamente a crônica bem humorada da política e dos costumes. Emissoras de rádio destinam espaços valorizados a programas que debatem temas atuais em uma atmosfera descontraída, com estímulo a brincadeiras e a comentários jocosos. Emissoras de televisão, além de contarem com os tradicionais programas humorísticos, têm investido em novos formatos, como entrevistas com apresentadores comediantes e programas que fazem um misto de jornalismo e humor. Casas de teatro têm sido palco para uma nova leva de humoristas, que, com apenas um microfone e muitas histórias para contar, divertem plateias cada vez mais numerosas. Na internet, além dos sites que reproduzem piadas de autoria desconhecida, há os que apresentam uma produção própria, com textos, vídeos e charges animadas, satirizando políticos e celebridades.

A profusão dessas manifestações revela uma ampla liberdade de expressão, para cuja conquista o humor também teve sua parcela de contribuição. Jornalistas, escritores e comediantes saúdam essa liberdade, entendendo que o espaço para o humor não está a serviço apenas da diversão, mas também da crítica social. Há, contudo, quem considere que, no exercício dessa liberdade, excessos estejam sendo cometidos. Em resposta a isso, alguns afirmam não ser possível provocar o riso sem incomodar, já que o humor se constrói a partir de um olhar crítico sobre o comportamento humano.

Chamamos atenção para isto: não há comicidade fora do que é propriamente humano. Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou feia, porém jamais risível. Riremos de um animal, mas porque teremos sur-preendido nele uma atitude de homem ou certa expressão humana. Riremos de um chapéu, mas, no caso, o cômico não será um pedaço de feltro ou palha, senão a forma que alguém lhe deu, o molde da fantasia humana que ele assumiu. [ ... ] Já se definiu o homem como “um animal que ri”. Poderia também ter sido definido como um animal que faz rir, pois se outro animal o conseguisse, ou algum objeto inanimado, seria por semelhança com o homem, pela característica impressa pelo homem ou pelo uso que o homem dele faz.

BERGSON, Henri. O Riso: ensaio sobre a significação do cômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

Instruções

A versão final do seu texto deve:

1. conter um título na linha destinada a esse fim;

2. apresentar argumentos para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto;

3. ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

4. ser escrita, na folha definitiva, à caneta e com letra legível, de tamanho regular.

Considerando a popularidade atual do humor, manifestado nas mais diversas formas, em diferentes meios de co-municação, e as reações da sociedade a essas manifestações, redija uma dissertação sobre o papel e os limites do humor na sociedade.

PROVA DE REDAÇÃO

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REVISÃO

AULA 2 - VERBOS

a) TIPOLOGIA DE QUESTÕES:

1. OS TEMPOS VERBAIS:

2. AS VOZES VERBAIS:

3. OS DISCURSOS:

4. O IMPERATIVO:

5. A CONCORDÂNCIA VERBAL:

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REVISÃO

Resumo 2014

Os tempos verbais

Os aspectos relativos aos verbos na prova da UFRGS dis-pensam as terminações verbais e focalizam a sua semântica, ou seja, o sentido que os tempos verbais podem criar nos contextos em que são utilizados. Quatro são os aspectos semânticos que devem obrigatoriamente ser reconhecidos: o pretérito prefeito do indicativo refere-se a um fato ocorri-do no passado sem repetição, não processual, descontínuo e quantificável; o pretérito imperfeito, um fato ocorrido no passado com repetição, processual, contínuo e inquantifi-cável; o pretérito mais-que-perfeito, fato ocorrido antes de outro no passado, e o futuro do pretérito, fato não ocorrido no passado, apenas hipotético.

1) QUESTÕES:

As vozes verbais

São três as vozes verbais em Língua Portuguesa: a ativa, a passiva (analítica e sintética) e a reflexiva. Vejamos suas ca-racterísticas gramaticais mais marcantes: a reflexiva apresenta pronome reflexivo (me, te, se, nos, vos), aquele que retoma, no predicado, o sentido exato do sujeito (varia com ele em pes-soa, primeira, segunda ou terceira); a passiva analítica pressu-põe, necessariamente, a locução verbal SER + PARTICÍPIO, e a passiva sintética, a construção VTD + SE (+ SUJEITO). A voz ati-va é identificada apenas por exclusão: não apresenta nenhu-ma das características estruturais anteriores.

Cada uma dessas estruturas será utilizada de diferentes formas em questões objetivas. A voz reflexiva aparece em perguntas referentes a classes gramaticais, com o objetivo de identificar o pronome reflexivo; a voz passiva analítica, em questões de concordância verbal, já que, normalmente, seu sujeito posposto provoca confusões com o objeto direto. Por fim, a passiva analítica está presente nas tradicionais questões de transformações ativa-passiva analítica (que só ocorre com verbos que exijam objeto direto), procedimento que segue os seguintes passos:

1) a frase é invertida, sendo que o sujeito da ativa trans-forma-se em agente da passiva, com a preposição por, ou contrações, e o objeto direto da ativa, em sujeito da passiva

2) a frase sofre o acréscimo do verbo SER, no mesmo tempo e modo do verbo original da ativa, que vai para o PARTICÍPIO;

3) se forem necessários, devem ser feitos ajuste de con-cordância, devido à troca de sujeitos que a transfor-mação exige.

2) QUESTÕES:

Os discursos

A transformação de discurso direto para indireto asseme-lha-se à transformação de vozes verbais: toda a estrutura é al-terada, mas o sentido deve ser mantido. Várias características do discurso direto (DD) serão manipuladas para a passagem para o indireto (DI):

(A) em primeiro lugar, a pontuação do DD é caracterizada pelos dois-pontos com ou as aspas ou o travessão; no DI, essa pontuação desaparece obrigatoriamente. Na mesma posição, surgem conjunções integrantes, variáveis de acordo com o sentido desejado (que para certeza, se para dúvida, etc.);

(B) os pronomes de primeira pessoa (eu, este, meu, etc.), característicos do DD, devem ser passados para a terceira pessoa (ele, aquele, seu, etc.);

(C) os adjuntos adverbiais também ligados à primeira pessoa (aqui, agora, etc.) são passados para a terceira (lá, então, etc.);

(D) finalmente, as transformações verbais do DD para o DI:- o presente do indicativo passa para o pretérito imper-

feito do indicativo;- o pretérito perfeito passa para o pretérito mais que

perfeito;- o futuro do presente passa para o futuro do pretérito;- o imperativo passa para o pretérito imperfeito do

subjuntivo.

3) QUESTÕES:

Imperativo

O imperativo tem apenas duas realidades: as segundas pessoas (tu e vós), no imperativo afirmativo, vêm do presente do indicativo sem a letra s; em todas as demais situações, in-clusive no imperativo negativo, as forma verbais vêm do pre-sente do subjuntivo.

4) QUESTÕES:

A concordância verbal

A relação entre o sujeito e o verbo, em termos de concor-dância verbal, ou seja, a relação de número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda e terceira), é mediada pelo núcleo do sujeito, função desempenhada apenas por um substantivo ou pronome sem preposição. A questão padrão da UFRGS executa uma operação simples: varia o núcleo e questiona as mudanças consequentes. Há variações de concordância que podem mas-carar a naturalidade da relação sujeito e verbo, como a voz pas-siva sintética (especialmente pela colocação posterior do sujei-to em relação ao verbo) e os verbos impessoais (haver=existir, fazer=tempo, fenômenos da natureza), cuja característica é jus-tamente não ter sujeito, nem, obviamente, concordância.

5) QUESTÕES:

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2014

Instrução: As questões de 01 a 11 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. O q u e h a v i a d e t ã o r e v o l u c i o n á r i o n a 02. R e v o l u ç ã o F r a n c e s a ? S o b e r a n i a p o p u l a r , 03. l i b e r d a d e c i v i l , i g u a l d a d e p e r a n t e a l e i - a s 04. palavras hoje são di tas com tanta fac i l idade 05. que somos incapazes de imaginar seu caráter 06. e x p l o s i v o e m 1 7 8 9 . P a r a o s f r a n c e s e s d o 07. Antigo Regime, os homens eram desiguais, e a 08. desigualdade era uma boa coisa, adequada à 09. ordem hierárquica que fora posta na natureza 10. p e l a p r ó p r i a o b r a d e D e u s . A l i b e r d a d e 11. significava privilégio - isto é, l iteralmente, “lei 12. privada”, uma prerrogativa especial para fazer 13. a l g o n e g a d o a o u t r a s p e s s o a s . O r e i , c o m o 14. fonte de toda a lei , distribuía privilégios, pois 15. havia sido ungido como o agente de Deus na 16. terra. 17. D u r a n t e t o d o o s é c u l o X V I I I , o s f i l ó s o f o s 18. d o l u m i n i s m o q u e s t i o n a r a m e s s e s 19. p r e s s u p o s t o s , e o s p a n f l e t i s t a s p r o f i s s i o n a i s 20. conseguiram empanar a aura sagrada da coroa. 21. Contudo, a desmontagem do quadro mental 22. d o A n t i g o R e g i m e d e m a n d o u v i o l ê n c i a 23. i c o n o c l a s t a , d e s t r u i d o r a d o m u n d o , 24. revolucionária. 25. S e r i a ó t i m o s e p u d é s s e m o s a s s o c i a r a 26. R e v o l u ç ã o e x c l u s i v a m e n t e à D e c l a r a ç ã o d o s 27. D i r e i t o s d o H o m e m e d o C i d a d ã o , m a s e l a 28. nasceu na violência e imprimiu seus princípios 29. em um mundo violento. Os conquistadores da 30. B a s t i l h a n ã o s e l i m i t a r a m a d e s t r u i r u m 31. s ímbolo do despot ismo rea l . Entre e les , 150 32. foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, 33. q u a n d o o s s o b r e v i v e n t e s a p a n h a r a m o 34. diretor , cortaram sua cabeça e desf i laram-na 35. por Paris na ponta de uma lança. 36. Como podemos captar esses momentos de 37. l o u c u r a , q u a n d o t u d o p a r e c i a p o s s í v e l e o 38. m u n d o s e a f i g u r a v a c o m o u m a t á b u l a r a s a , 39. apagada por uma onda de comoção popular e 40. pronta para ser redesenhada? Parece incr ível 41. q u e u m p o v o i n t e i r o f o s s e c a p a z d e s e 42. levantar e t ransformar as condições da v ida 43. cotidiana. Duzentos anos de experiências com 44. a d m i r á v e i s m u n d o s n o v o s t o r n a r a m - n o s 45. c é t i c o s q u a n t o a o p l a n e j a m e n t o s o c i a l . 46. R e t r o s p e c t i v a m e n t e , a R e v o l u ç ã o p o d e 47. p a r e c e r u m p r e l ú d i o a o t o t a l i t a r i s m o . 48. P o d e s e r . M a s u m e x c e s s o d e v i s ã o 49. h i s t ó r i c a r e t r o s p e c t i v a p o d e d i s t o r c e r o 50. p a n o r a m a d e 1 7 8 9 . O s r e v o l u c i o n á r i o s 51. f ranceses não eram nossos contemporâneos . 52. E e r a m u m c o n j u n t o d e p e s s o a s n ã o 53. excepcionais em circunstâncias excepcionais . 54. Q u a n d o a s c o i s a s s e d e s i n t e g r a r a m , e l e s 55. r e a g i r a m a u m a n e c e s s i d a d e i m p e r i o s a d e 56. d a r - l h e s s e n t i d o , o r d e n a n d o a s o c i e d a d e

57. s e g u n d o n o v o s p r i n c í p i o s . E s s e s p r i n c í p i o s 58. a i n d a p e r m a n e c e m c o m o u m a d e n ú n c i a d a 59. t i rania e da in just iça . Af ina l , em que estava 60. empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, 61. igualdade, fraternidade.

01. Em seu sentido global, o texto

(A) sustenta que o caráter aparentemente libertário da Revolução Francesa era, de fato, tirano e injusto.

(B) expõe os sistemas filosóficos do lluminismo. (C) explica a Revolução Francesa, com base no conflito

entre ideias lluministas panfletárias e o quadro mental do Antigo Regime.

(D) enfatiza a importância dos princípios defendidos na Revolução Francesa, apesar da violência nela pre-sente.

(E) alerta para a irrelevância de se julgar de modo crítico a Revolução Francesa, retrospectivamente.

02. Embora não descreva a Revolução Francesa, arrolando fatos e elementos de seu contexto histórico, vários desses fatos e elementos são mencionados no texto. Considere as seguintes afirmações relacionadas a essas menções.

I - A Revolução Francesa esteve relacionada a um fenô-meno histórico denominado Antigo Regime.

II - A data de 1789 é apresentada como marco temporal no qual o processo denominado Revolução Francesa atinge seu limite.

III- A conquista de uma prisão denominada Bastilha, cujo diretor foi degolado, é um fato relevante na Revolução Francesa.

Que afirmações podem ser inferidas a partir das informa-ções contidas no texto?

(A) Apenas I. (B) Apenas lI. (C) Apenas III. (D) Apenas I e Ill. (E) I, II e III.

03. Assinale a alternativa que contém a correta passagem de um segmento que ocorre em voz passiva no texto para a voz ativa.

(A) dizemos as palavras hoje com tanta facilidade... (I. 03- 04)

(B) que a própria obra de Deus pusera na natureza. (I. 09-10)

(C) pois o agente de Deus na terra o ungira. (I. 14-16) (D) Entre eles, 150 feriram-se ou mataram-se no assalto

à prisão... (I. 31-32) (E) Afinal, em que se empenhou a Revolução Francesa?

(I. 59-60)

04. Considere as seguintes afirmações acerca do emprego de tempos verbais no texto.

I - o emprego do pretérito imperfeito ao longo do pri-meiro parágrafo, a partir da linha 07, dá aos eventos narrados um caráter de continuidade, estabelecendo as características do Antigo Regime como um pano de fundo.

II - O emprego do pretérito perfeito no segundo parágra-

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REVISÃO

fo representa o passado de modo pontual. III - O emprego do pretérito na forma subjuntiva que ocor-

re na linha 25 é exigido por sua relação com o futuro do pretérito do indicativo em Seria, na mesma linha.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas lI. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

05. Na coluna da esquerda, estão quatro palavras retiradas do texto; na coluna da direita, descrições relacionadas à formação dessas palavras.

Associe corretamente a coluna da esquerda à da direita. ( ) desiguais (I. 07) 1- contém suf ixo que forma substantivos a partir de verbos ( ) pressupostos (I. 19) 2 - contém prefixo com sentido de negação ( ) planejamento (I. 45) 3 - contém prefixo que designa anterioridade ( ) totalitarismo (I. 47) 4 - contém sufixo que d e s i g n a m o v i m e n t o s ideológicos

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 4 - 2 - 3 - 1. (B) 3 - 1 - 2 - 4. (C) 2 - 3 - 1 - 4. (D) 1 - 4 - 2 - 3. (E) 1 - 2 - 3 - 4.

06. Ao referir-se à ideia de “lei privada” como uma explica-ção literal de privilégio (I. 11-12), o autor está fazendo referência à origem latina dessa palavra, relacionada a algumas das formas que tomava, naquela língua, a palavra equivalente a lei - por exemplo, legis.

Considere as seguintes palavras do português. 1 - legal 2 - legião 3 - legítimo 4 - legível

Quais têm também relação semântica com a palavra lei, revelando, por sua forma, a origem latina?

(A) Apenas 1 e 3. (B) Apenas 1, 3 e 4. (C) Apenas 2 e 3. (D) Apenas 2 e 4. (E) 1, 2, 3 e 4.

07. Assinale a alternativa que apresenta sinônimos para as palavras especial (I. 12), empanar (I. 20) e céticos (I. 45), no contexto em que ocorrem.

(A) notável - anular - descrentes (B) maravilhosa - embaçar - desfavoráveis (C) exclusiva - obscurecer - descrentes (D) exclusiva - anular - incrédulos (E) notável - obscurecer - desfavoráveis

08. Considere as seguintes ocorrências de artigo no texto.

I - O artigo definido na linha 15. II - O artigo definido singular na linha 17. Ill - O artigo definido na linha 46.

Quais poderiam ser omitidos, preservando a correção de seus contextos?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

09. Considere a seguinte definição de metonímia.

A metomínia é figura de linguagem em que se emprega uma palavra que tem uma relação de contiguidade com o referente expresso; por exemplo, pode-se expressar o sentido do todo pelo uso de uma palavra que refere uma parte.

Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada é um emprego de metonímia no respectivo trecho do texto.

(A) ungido como o agente de Deus (I. 15). (B) a aura sagrada da coroa (I. 20). (C) um símbolo do despotismo real (I. 30-31). (D) na ponta de uma lança (I. 35). (E) prelúdio ao totalitarismo (I. 47).

10. Considere as seguintes afirmações relacionadas a sentidos do terceiro parágrafo do texto.

I - O emprego da conjunção se e dos tempos e modos verbais na linha 25 sinalizam que a Revolução Francesa não pode ser exclusivamente associada à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

II - O emprego de não se limitaram (I. 30) expressa que os conquistadores destruíram um símbolo e fizeram algo além disso.

Ill - O emprego do nome próprio Paris (I. 35) localiza a sociedade sobre a qual incidem os novos princípios revolucionários.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

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REVISÃO

11. A separação de alguns adjuntos adverbiais antecipados é opcional em’ português, e, em alguns casos, é realizada para dar-lhes destaque. Considere, nessa perspectiva, as seguintes sugestões de alteração de emprego de vírgula com relação ao texto.

1 - Inserção de vírgula imediatamente após novos (I. 44).

2 - Retirada da vírgula que ocorre imediatamente após Retrospectivamente (I. 46).

3 - Inserção de vírgula imediatamente após histórica (I. 49).

4 - Retirada da vírgula que ocorre imediatamente após desintegraram (I. 54).

Quais preservariam a correção em termos de pontuação?

(A) Apenas l. (B) Apenas 2. (C) Apenas 1 e 4. (D) Apenas 2 e 4. (E) Apenas 3 e 4.

Instrução: As questões 12 a 19 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. O menino sentado à minha f rente é meu 02. i r m ã o , a s s i m m e d i s s e r a m ; e b e m p o d e s e r 03. v e r d a d e , e l e r e g u l a p e l o s d e z e s s e t e a n o s , 04. justamente o tempo em que est ive sol to no 05. mundo, sem contato nem notícia. 06. A p r i n c í p i o q u e r o t r a t á - t o c o m o i n t r u s o , 07. mostrar-lhe m i n h a h o s t i l i d a d e , n ã o 08. a b e r t a m e n t e p a r a n ã o c h o c á - l o , m a s d e 09. maneira a não lhe deixar dúvida, como se lhe 10. perguntasse com todas as letras : que direito 11. t e m v o c ê d e e s t a r a q u i n a i n t i m i d a d e d e 12. minha famíl ia , entrando nos nossos segredos 13. m a i s í n t i m o s , d o r m i n d o n a c a m a o n d e e u 14. d o r m i , l e n d o m e u s v e l h o s l i v r o s , t a l v e z 15. s o r r i n d o d a s m i n h a s a n o t a ç õ e s à m a r g e m , 16. t r a t a n d o m e u p a i c o m i n t i m i d a d e , t a l v e z 17. d i s c u t i n d o a m i n h a c o n d u t a , t a l v e z a t é 18. crit icando-a? Mas depois vou notando que ele 19. não é totalmente estranho. De repente fere- 20. me ................ i d e i a d e q u e o i n t r u s o t a l v e z s e j a 21. eu, que ele tenha mais direito de hostilizar-rne 22. d o q u e e u a e l e , q u e v i v e n e s t a c a s a h á 23. dezessete anos. O intruso sou eu, não ele. 24. Ao pensar nisso vem-me o desejo urgente 25. d e e n t e n d ê - t o e d e f i c a r a m i g o . F a ç o - l h e 26. perguntas e noto a sua avidez em respondê- 27. Ias, mas logo vejo a inuti l idade de prosseguir 28. n e s s e c a m i n h o , a s p e r g u n t a s p a r e c e m - m e 29. f o r m a i s e a s r e s p o s t a s f o r ç a d a s e 30. complacentes. 31. T e n h o t a n t a c o i s a a d i z e r , m a s n ã o s e i 32. c o m o c o m e ç a r , a t é a m i n h a v o z p a r e c e t e r 33. p e r d i d o a n a t u r a l i d a d e . E l e m e o l h a , e v e j o 34. que está me examinando, procurando decidir 35. s e d e v o s e r t r a t a d o c o m o i r m ã o o u c o m o

36. estranho, e imagino que as suas dif iculdades 37. n ã o d e v e m s e r m e n o r e s d o q u e a s m i n h a s . 38. E l e m e p e r g u n t a s e e u m o r o e m u m a c a s a 39. g r a n d e , c o m m u i t o s q u a r t o s , e a n t e s d e 40. r e s p o n d e r p r o c u r o d e s c o b r i r o m o t i v o d a 41. p e r g u n t a . P o r q u e f a l a r e m c a s a ? E q u a l a 42. i m p o r t â n c i a d e m u i t o s q u a r t o s ? C a u s a r e i 43. inveja nele se responder que s im? Não, não 44. t e n h o c a s a , h á m u i t o s a n o s q u e t e n h o 45. m o r a d o e m h o t e l . E l e m e o l h a , p a r e c e q u e 46. f a s c i n a d o , d i z q u e d e v e s e r b o m v i v e r e m 47. hotel , e conta que, toda vez que faz reparos 48 ...............comida, mamãe diz que ele deve ir para 49. u m h o t e l , o n d e p o d e r e c l a m a r e e x i g i r . D e 50. repente o fascínio se transforma em alarme, e 51. e l e o b s e r v a q u e s e e u v i v o e m h o t e l n ã o 52. p o s s o t e r u m c ã o e m m i n h a c o m p a n h i a , o 53. j o r n a l d i s s e u m a v e z q u e u m h o m e m f o i 54. processado por ter um cão em um quarto de 55. hotel. Confirmo . . . . . . . . . . . proibição. Ele suspira e 56. diz que então não viveria em um hotel nem de 57. graça.

12. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 07, 20, 48 e 55, nesta ordem.

(A) a - à - à - a (B) à - à - a - a (C) à - a - à - a (D) a - a - à - a (E) à - a - a - à

13. Assinale a alternativa que expressa, adequadamente, o sentido global do texto.

(A) O narrador-personagem retorna para casa, porque deseja estar com a sua família e se aproximar do irmão.

(B) O narrador-personagem sai do quarto do hotel, por-que não pôde ter um cão como companhia.

(C) O irmão do narrador-personagem, por ter aproxima-damente dezessete anos, vive em casa com os pais.

(D) O narrador-personagem, ao conhecer seu irmão, vive um conflito relacionado à falta de intimidade e à busca de proximidade com ele.

(E) O narrador-personagem distancia-se de sua casa, porque considera seu irmão um estranho e um intruso na família.

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REVISÃO

14. Na coluna da direita, abaixo, estão presentes ideias que resumem o sentido de parágrafos do texto; na da esquerda, indica-ções desses parágrafos.

Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda.

1 - Primeiro parágrafo (I. 01-05) 2 - Segundo parágrafo (I. 06-23) 3 - Terceiro parágrafo (I. 24-30) 4 - Quarto parágrafo (I. 31-57)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 2 - 1 - 4 - 3. (B) 2 - 1 - 3 - 4. (C) 3 - 1 - 4 - 2. (D) 1 - 3 - 4 - 2. (E) 3 - 1 - 2 - 4.

( ) Desejo do narrador-personagem de aproximar-se do irmão.

( ) Contato inicial entre os irmãos. ( ) Momento de aproximação dos irmãos por meio

do diálogo. ( ) Momento em que o narrador- personagem depa-

ra-se com o conflito entre o distante e o familiar.

15. Considere as seguintes afirmações, referentes à interpre-tação de palavras e segmentos do texto.

I - A substituição de nem (I. 05) por ou mantém a ideia de privação contida no segmento.

II - As ocorrências do advérbio talvez, no segundo pará-grafo (I. 06-23), em sua relação com as formas verbais perguntasse (I. 10), seja (I. 20) e tenha (I. 21) indicam dúvidas e hipóteses do narrador.

III - As formas muitos (I. 42) e muitos (I. 44) são de mesma classe gramatical e, na relação com outras formas no texto, apresentam o mesmo sentido.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

16. Considere as afirmações abaixo, sobre os usos de e e mas no texto.

I - Nas linhas 08, 18 e 27, a conjunção mas tem o papel de mostrar, por meio de oposições de sentido, os conflitos do narrador-personagem.

II - Na linha 41, a conjunção E funciona como um articu-lador das dúvidas do irmão do narrador-personagem sobre o motivo da pergunta.

III - Nas linhas 47, 50 e 55, a conjunção e, além de estabe-lecer relação aditiva entre orações de idêntica função, também sinaliza a mudança de ações na narrativa.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

17. Associe cada ocorrência de sinal de pontuação à esquerda com a função, à direita, que tal sinal auxilia a expressar no con-texto em que ocorre.

( ) dois pontos (I. 10) ( ) vírgula (I. 22) ( ) vírgula (I. 33)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 3 - 1 - 2. (B) 3 - 2 - 1. (C) 2 - 1 - 4. (D) 1- 4 - 2. (E) 1 - 2 - 3.

1 - Assinala explicação do narrador-personagem. 2 - Assinala sujeitos distintos em período coor-

denado. 3 - Assinala a introdução de uma pergunta, em for-

ma direta, suposta pelo narrador-personagem. 4 - Assinala enumeração de ações do irmão do

narrador-personagem.

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REVISÃO

18. Se as expressões perguntas (I. 26), as perguntas (I. 28) e as respostas (I. 29) fossem substituídas, respectivamente, por uma pergunta, a pergunta e a resposta, quantas outras alterações seriam necessárias no texto, para fins de concordância?

(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.

19. O texto apresenta distintos participantes - narrador como personagem principal, seu irmão e sua mãe.

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, acerca do modo de aparecimento das vozes dos personagens no interior do texto.

( ) A sequência Ele me pergunta se eu moro em uma casa grande, com muitos quartos (I. 38-39) revela a fala, em discurso direto, do irmão do narrador-personagem.

( ) O narrador-personagem perquntâ para seu irmão: Por que falar em casa? (I. 41).

( ) A sequência iniciada por Não, não tenho casa, há muito tempo que tenho morado em hotel (I. 43-45) revela o diálogo do narrador-personagem com seu irmão.

( ) O texto apresenta a voz da mãe do narrador-persona-gem, em discurso direto, dizendo para seu irmão que ele deveria ir para um hotel.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F - F - V - F. (B) F - F - V-V. (C) V - V - F - V. (D) V - F - F - F. (E) F - V - V-V.

Instrução: As questões de 20 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. E n t r e a s s i t u a ç õ e s l i n g u í s t i c a s q u e o 02. português já viveu em seu contato com outras 03. l ínguas, cabe considerar uma situação que se 04. real iza em nossos dias : aquela em que ele é 05. u m a l í n g u a d e e m i g r a n t e s . P a r a o l e i t o r 06. brasi le i ro , soará ta lvez estranho que fa lemos 07. a q u i d o p o r t u g u ê s c o m o u m a l í n g u a d e 08. EMIGRANTES, pois o Bras i l fo i antes de mais 09. n a d a u m p a í s p a r a o q u a l s e d i r i g i a m e m 10. massa, durante mais de dois séculos, pessoas 11. n a s c i d a s e m v á r i o s p a í s e s e u r o p e u s e 12. a s i á t i c o s ; a s s i m , p a r a a m a i o r i a d o s 13. bras i le i ros , a representação mais natural é a 14. d a c o n v i v ê n c i a n o B r a s i l c o m I M I G R A N T E S 15. vindos de outros países. Sabemos, entretanto, 16. q u e , n o s ú l t i m o s c e m a n o s , m u i t o s f a l a n t e s 17. d o p o r t u g u ê s f o r a m b u s c a r m e l h o r e s 18. c o n d i ç õ e s d e v i d a , p a r t i n d o n ã o s ó d e 19. P o r t u g a l p a r a o B r a s i l , m a s t a m b é m d e s s e s

20. dois pa íses para a Amér ica do N orte e para 21. vár ios países da Europa: em certo momento, 22. n a d é c a d a d e 1 9 7 0 , v i v i a m n a r e g i ã o 23. parisiense mais de um milhão de portugueses 24. - uma população superior à que tinha então a 25. cidade de Lisboa. Do Brasil , têm... . . . . . . . . . . . . . . . . .nas 26. ú l t i m a s d é c a d a s m u i t o s j o v e n s e 27. trabalhadores, dir igindo-se aos quatro cantos 28. do mundo. 29. A existência de comunidades de imigrantes 30. é s e m p r e u m a s i t u a ç ã o d e l i c a d a p a r a o s 31. p r ó p r i o s i m i g r a n t e s e p a r a o p a í s q u e o s 32. r e c e b e u : n o r m a l m e n t e , o s i m i g r a n t e s v ã o a 33. p a í s e s q u e t ê m i n t e r e s s e e m u s a r s u a f o r ç a 34. d e t r a b a l h o , m a s q u a l q u e r o s c i l a ç ã o n a 35. economia faz com que os nativos . . . . . . . . . . . . . . . . sua 36. presença como indesejável ; as d i ferenças na 37. c u l t u r a e n a f a l a p o d e m a l i m e n t a r 38. preconcei tos e desencadear problemas rea is 39. de diferentes ordens. 40. Em geral , proteger a cultura e a l íngua do 41. imigrante não é um objet ivo pr ior i tár io dos 42. p a í s e s h o s p e d e i r o s , m a s n o c a s o d o 43. p o r t u g u ê s t e m h a v i d o . . . . . . . . . . . . . . . . . E m c e r t o 44. m o m e n t o , o p o r t u g u ê s f o i u m a d a s l í n g u a s 45. estrangeiras mais estudadas na França; e , em 46. a l g u m a s c i d a d e s d o C a n a d á e d o s E s t a d o s 47. U n i d o s , u m m í n i m o d e v i d a a s s o c i a t i v a t e m 48. garantido a sobrevivência de jornais editados 49. e m p o r t u g u ê s , m a n t i d o s p e l a s p r ó p r i a s 50. c o m u n i d a d e s d e o r i g e m p o r t u g u e s a e 51. brasileira.

20. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 25, 35 e 43, nesta ordem.

(A) imigrado – incarem – exceções (B) emigrado – incarem – exceções (C) emigrado – encarem – exceções (D) imigrado – encarem – excessões (E) emigrado – encarem – excessões

21. Assinale a alternativa que expressa corretamente o sentido global do texto.

(A) Os preconceitos vividos por falantes de língua portu-guesa que moram em outros países.

(B) A situação linguística, nos últimos cem anos, do por-tuguês, como uma língua de emigrantes.

(C) A relação do imigrante com o país de origem, como modo de sobrevivência no país hospedeiro.

(D) Os motivos culturais de emigração dos falantes do português do Brasil e de Portugal para outros países.

(E) A circulação de publicações em língua portuguesa em países nos quais há imigrantes brasileiros e portugue-ses.

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REVISÃO

22. Assinale a alternativa em que se estabelece uma relação correta entre uma expressão e aquilo a que se refere.

(A) aquela (I. 04) - língua (B) aqui (I. 07) - Brasil (C) o qual (I. 09) - Brasil (D) que (I. 24) - cidade de Lisboa (E) sua presença (I. 35-36) - presença dos imigrantes

23. Desconsiderando questões de emprego de letra maiúscula, assinale a alternativa em que se sugere um deslocamento de adjunto adverbial que preservaria tanto a correção quanto o sentido do segmento original.

(A) Colocação de Para o leitor brasileiro (I. 05-06) entre vírgulas, imediatamente após aqui (I. 07).

(B) Deslocamento de entretanto (I. 15) para imediata-mente após partindo (I. 18).

(C) Passagem de também (I. 19) para imediatamente após e (I. 20).

(D) Deslocamento de normalmente (I. 32) para imediata-mente após usar. (l. 33).

(E) Colocação de Em geral (I. 40) entre. vírgulas, imedia-tamente após é (I. 41).

24. Considere as seguintes afirmações sobre o sentido de passagens do texto.

I - A forma verbal soará (I. 06), no contexto, tem sentido equivalente a emitir som e falar.

II - A palavra representação (I. 13), no contexto em que aparece, tem o sentido de imagem ou ideia que se concebe do mundo.

III - O segmento dirigindo-se aos quatro cantos do mun-do (I. 27-28) refere-se ao fato de trabalhadores e jovens brasileiros dirigirem-se a quatro países: Portugal, França, Canadá e Estados Unidos.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

25. Considere as seguintes sugestões de alteração de segmen-tos do texto.

I - A forma à (I. 24) poderia ser substituída por àquela, porque não acarretaria problemas de uso da norma culta do português.

II - A preposição para poderia ser substituída por entre na linha 30 e elidida na linha 31, preservando a correção e o sentido do trecho original.

Ill - A preposição com (I. 35) poderia ser elidida da oração sem prejuízo da correção gramatical.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2014

• Questão 1 – Interpretação de Textos

Veja os erros: em a), o texto não afirma que esse era o “caráter” do movimento, apenas talvez algumas de suas atitudes; em b), não é o foco do texto; ; em c), nada a ver... Em d), correta, é o objetivo do texto: contrastar as atitudes e o lema do mo-vimento; em e), “irrelevância”, não: “relevância”, “importância”.

(Livro 2, módulo 20, Interpretação de textos UFRGS, ques-tão 256, letra D)Grau de facilidade: fácilDiscriminação: Boa

• Questão 2 – Interpretação de textos

Veja as justificativas: I está certa: a informação está nas frases das linhas 6 a 16; II está errada: “caráter explosivo”, nas linhas 5 e 6, não significa “limite”, mas “ápice”, apogeu”; III está certa: é o exemplo crucial citado no terceiro parágrafo e retomado no parágrafo seguinte.

(Livro 2, módulo 20, Interpretação de textos UFRGS, ques-tão 257, letra D)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Boa

• Questão 3 – Verbos

Veja as correções: em a), “dizem as palavras” (o sujeito deve ser indeterminado: não agente na ativa...); em b), correta; em c), “pois o haviam ungido como o agente de Deus...”; em d), “mataram ou feriram 150...”; em e), a frase original não está na passiva, e sim na ativa.

(Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 217, letra B)Grau de facilidade: Mediana Discriminação: Muito boa

• Questão 4 – Verbos

Veja as justificativas: I está certa: é justamente essa a definição do pretérito imperfeito do indicativo: continuidade no passa-do; II está certa: definição também correta do respectivo tem-po verbal, que, no texto, apresenta um fato específico; III está certa: correspondência obrigatória - e óbvia - entre dois tem-pos que se referem à ideia de hipótese passada.

(Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 218, letra E)Grau de facilidade: Mediana Discriminação: Muito boa

• Questão 5 – Estrutura da Palavra

Veja as relações: em (2), o prefixo é DES-; em (3), o prefixo é PRE-; em (1), PLANEJAR>PLANEJAMENTO; em (4), TOTALITA-RISMO, como em capitalismo, socialismo, etc.

(Livro 2, módulo 12, Estrutura da Palavra, questão 87, letra C)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Regular

• Questão 6 – Estrutura da Palavra

Veja as relações: em (1), “legal” quer dizer “relativo à lei”, certa; em (2), “legião” está relacionada à ideia de “grupo”, errada; em (3), “legítimo” pode ser sinônimo de “legal, certa; em (4), “legí-vel” está relacionada à leitura, errada.

(Livro 2, módulo 12, Estrutura da Palavra, questão 88, letra A)

Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 7 - Interpretação de textos

Veja as relações: no contexto, “especial” deve ser “exclusiva” (“notável” seria possível, mas não haveria combinação); “em-panar” pode ser tanto “embaçar” como “obscurecer”; finalmen-te, “céticos” pode ser “descrente” ou incrédulo”.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 258, letra C)Grau de facilidade: FácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 8 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, certa, o artigo não alteraria o sentido contextual: só pode haver um agente de Deus; em II, errada, “todo o” significa “inteiro, e “todo”, “qualquer”: o sentido seria inadequado; em III, errada, o artigo faz referência à já citada Revolução Francesa - é papel exclusivo desta palavra, portan-to não pode sair.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 259, letra A)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Regular

• Questão 9 - Interpretação de textos

Questão simplória: “coroa” representaria não apenas o objeto, mas o próprio rei, ou rainha, seus papéis, o sistema monárqui-co, etc.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 260, letra B)Grau de facilidade: Fácil Discriminação: Alta

• Questão 10 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, certa, a conjunção é condicional e os tem-pos verbais - futuro do pretérito e pretérito imperfeito do sub-juntivo - indicam hipótese passada; em II, certa, sentido óbvio da expressão “não se limitaram”; em III, errada, afirmação dis-cutível, mas é possível deduzir o espaço geográfico provável.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 261, letra D)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Deficiente

• Questão 11 – Pontuação

Veja as justificativas: 1 está errada: não pode ocorrer pontu-ação entre o sujeito e o seu verbo; 2 está certa: é um adjunto adverbial curto, logo sua pontuação é opcional; 3 está errada: não ocorre pontuação entre o núcleo da função (“história”) e os seus adjuntos adnominais (“retrospectiva”); 4 está errada: orações subordinadas adverbiais deslocadas (neste caso, tem-poral: QUANDO) têm pontuação obrigatória.

(Livro 2, módulo 19, Pontuação, questão 174, letra B)Grau de facilidade: DifícilDiscriminação: Boa

• Questão 12 – Crase

Veja as relações nas respectivas linhas: (7) ocorre apenas artigo - mesmo que a crase seja opcional com pronomes possessivos femininos no singular (“minha”), a presen-ça do pronome LHE (OI) impede o emprego de uma nova preposição; (20) ocorre apenas artigo (“a ideia”=”o pen-

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REVISÃO

samento”); (48) ocorre crase: temos a preposição A, re-gência nominal de “reparos”, e o artigo A, que acompanha “comida”; (55) ocorre apenas artigo (“a proibição”=”o limite”).

(Livro 1, módulo 08, Crase, questão 90, letra D)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Alta

• Questão 13 – Interpretação de textos

Veja os erros: em a), não há referências à “família”; em b), não temos essa informação; em c), o texto não faz essa relação; em d), correta, é o objetivo do texto: está claramente expresso no terceiro parágrafo, entre as linhas 24 e 30; em e), o texto não faz essa relação.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 262, letra D)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Alta

• Questão 14 – Interpretação de textos

Veja as relações: (3) está nas linhas 24 e 25; (1) sabemos que os irmãos estão se conhecendo agora pela dúvida sugerida pela expressão “e bem pode ser verdade”, linhas 2 e 3; (4) observe o intenso emprego do discurso indireto a partir da linha 46. (2) compare a relação entre a expressão “intruso”, da linha 6 e a da linha 23.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 263, letra C)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Boa

• Questão 15 - Nexos

Veja as justificativas: I está certa: ambas as conjunções, aditiva e alternativa, manteriam o sentido; II está certa: é a combina-ção dos sentidos do adjunto adverbial e dos tempos verbais; III está certa: ambos são pronomes indefinidos.

(Livro 2, módulo 13, Nexos, questão 167, letra E)Grau de facilidade: FácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 16 – Nexos

Veja as justificativas: I está certa: a conjunção adversativa ex-plicita as posturas contraditórias do narrador frente aos fatos; II está errada: as dúvidas são do próprio narrador; III está certa: a conjunção acrescenta novas e diferentes atitudes aos verbos anteriores.

(Livro 2, módulo 13, Nexos, questão 168, letra C)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Boa

• Questão 17 – Pontuação

Veja as justificativas: 3 apesar da ausência das aspas, a apre-sentação das perguntas tem a forma direta (veja os pronomes e os tempos verbais); 1 a oração é subordinada adjetiva expli-cativa (lembre: pronome relativo virgulado!); 2 São dois sujei-tos diferentes: “Ele” e “eu” (neste caso, desinencial).

(Livro 2, módulo 19, Pontuação, questão 175, letra A)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 18 – Verbos

Veja as palavras: -las, linha 27; parecem, linha 28; formais e forçadas, linhas 29; complacentes, linha 30.

(Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 219, letra E)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 19 – Verbos

Veja as justificativas: (F) é discurso indireto: com conjunção e sem pontuação; (F) a pergunta não está dirigida ao irmão; (V) é a resposta da pergunta da linha 38; (F) a voz da mãe não aparece no texto.

(Livro 1, módulo 10, Verbos, questão 220, letra A)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 20 – Interpretação de textos

Veja as justificativas: como, no contexto, a referência é a saída do país, escolhemos Emigrado; só existe ENcarar; e a grafia correta é EXCEÇÃO.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 264, letra C)Grau de facilidade: FácilDiscriminação: Alta

• Questão 21 – Interpretação de textos

Veja os erros: em a), esse aspecto foi apenas citado, e não é o foco do texto; em b), correta, são várias as referências a esse aspecto ao longo do texto (veja, especialmente, o último pa-rágrafo); em c), o foco é a língua, não a sobrevivência; em d), o foco é a língua, não “os motivos...”; em e), o foco é a língua, não a “publicação...”.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 265, letra B)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Alta

• Questão 22 – Interpretação de textos

Veja as referências corretas: em a), “situação”, linha 3; em b), “neste texto”; em c) “um país”, linha 9; em d), “população”; em e), referência correta,.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 266, letra E)Grau de facilidade: FácilDiscriminação: Muito boa

• Questão 23 – Interpretação de textos

Veja os erros: em a), o sentido seria “falar para o leitor brasilei-ro”; em b), a referência da conjunção mudaria do verbo “sabe-mos” para “partindo”; em c), a expressão de desligaria do seu uso conjunto com “mas” e voltaria à sua função adverbial; em e), correta, o deslocamento manteria a referência da expres-são, o verbo É.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 267, letra E)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Alta

• Questão 24 – Interpretação de textos

Veja as justificativas: I está errada: o ideal seria “parecerá”, “re-presentará”; II está certa: é como dizer “o conceito”, o “senti-do”; III está errada: nada a ver - o sentido da expressão não se limita a apenas quatro lugares, nem abrange exclusivamente os países citados.

(Livro 2, módulo 20, Textos UFRGS, questão 268, letra B)Grau de facilidade: Muito fácilDiscriminação: Alta

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REVISÃO

• Questão 25 – Regência

Veja as justificativas: I está certa: a substituição mantém o sen-tido e o emprego da crase; II está errada: ocorreria mudança de sentido - a situação seria delicada entre os imigrantes e os países; III está errada: a expressão correta é FAZ COM para ter esse sentido.

(Livro 1, módulo 5, Regência, questão , letra A)Grau de facilidade: MedianaDiscriminação: Boa

GABARITO01. D 02. D 03. B 04. E 05. C06. A 07. C 08. A 09. B 10. D11. B 12. D 13. D 14. C 15. E16. C 17. A 18. E 19. A 20. C21. B 22. E 23. E 24. B 25. A

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REVISÃO

PROVA DE REDAÇÃO

O que faz de uma obra um clássico, na nossa cultura? Essa pergunta pode receber diferentes respostas, que enfocam desde aspectos sociológicos e estéticos, até políticos e epistemológicos.

Na literatura, clássico, por vezes, designa os escritores que atingiram a maturidade literária; por outras, os escritores modelares; também pode designar apenas os escritores da literatura latina ou grega; e, ainda, aparece na antítese clássico/romântico.

Segundo a filósofa Carolina Araújo, “o clássico se mantém de dois modos: como a referência acadêmica essencial à formação e como a reinvenção do passado que supõe essa referência e amplia-a, introduzindo o novo”. Coexistem, no clássico, portanto, o passado e o presente.

O escritor Ítalo Calvino acredita que “um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer”, e acrescenta: “dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado”.

Como é possível ver, clássico, hoje em dia, é uma palavra que pode ter vários sentidos. Existem livros que tiveram grande contribuição para a sociedade como um todo e, por isso, tornaram-se clássicos da literatura. Existem, também, aqueles que fazem a mesma diferença revolucionária para uma pessoa em particular, passando assim a ser o seu clássico. Isso quer dizer que todo mundo tem seu próprio clássico, mesmo que, para o senso comum, ele não seja tão clássico assim. Todo mundo tem aquele livro que leu e ficou guardado carinhosamente na memória; aquele que leu mais de uma vez, mais de duas vezes, repetidas vezes ao longo da vida; aquele que tem lugar permanente e cativo na estante ou na mesa de cabeceira. Nessa perspectiva, quem diz o que é clássico é você mesmo, pois, como lembra, ainda, Calvino, “os clássicos não são lidos por dever ou por respeito, mas só por amor”.

Considerando que um livro clássico, o seu clássico, é aquele que nunca saiu da sua cabeça, aquele que você sempre pensa em voltar a ler, aquele que você recomendaria ao seu melhor amigo,

- identifique um livro que seja o seu clássico;

- explique por que ele mereceu esse lugar em sua vida;

- apresente argumentos que justifiquem sua escolha;

- redija uma dissertação, defendendo seu ponto de vista.

Instruções

A versão final do seu texto deve:

1 - conter um título na linha destinada a esse fim;

2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título - aquém disso, seu texto não será avaliado -, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - ser escrita, na folha definitiva, à caneta e com letra legível, de tamanho regular.

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REVISÃO

AULA 3 - NEXOS

a) DEFINIÇÃO: são elementos de ligação sintática e semântica entre orações.

b) CLASSIFICAÇÃO: ver tabelas anexas.

c) TIPOLOGIA DE QUESTÕES:

1. SUBSTITUIÇÕES DE CONJUNÇÕES:

2. OS SENTIDOS E O CONTEXTO:

3. OS ADJUNTOS ADVERBIAIS:

4. AS ORAÇÕES REDUZIDAS:

5. OS PRONOMES RELATIVOS:

6. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

• Aditivas - E

• Adversativas - MAS

• Alternativas - OU... OU...

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REVISÃO

• Conclusivas - PORTANTO

• Explicativas - POIS

7. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS

• Causais - PORQUE

• Condicionais - SE

• Concessivas - EMBORA

• Conformativas - CONFORME

• Comparativas - COMO

• Consecutivas - TANTO QUE

• Finais - A FIM DE QUE

• Proporcionais - À PROPORÇÃO QUE

• Temporais - QUANDO

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REVISÃO

Resumo 2015

Nexos

Como os nexos são elementos de ligação sintática e se-mântica entre as orações, ambos os aspectos – o gramatical e o ligado ao sentido – podem ser exigidos, e às vezes simul-taneamente, pelas questões. É possível substituir conjunções coordenativas por subordinativas, ou vice-versa, mantendo--se a flexão verbal, ou até mesmo o sentido (como ocorre, por exemplo, entre adversativas e concessivas, ou conclusivas e consecutivas), mas é comum ocorrerem mudanças – gramati-cais e semânticas - inclusive em trocas entre nexos de mesma classificação. Assim, como obviamente as conjunções aditivas e e nem não apresentam o mesmo sentido, as concessivas embora e apesar de, mesmo sendo sinônimas, não admitem o verbo flexionada da mesma forma. Ou seja, cada situação deve ser analisada individualmente e, além disso, com ambos os focos, o gramatical e o semântico.

1) QUESTÕES:

As conjunções, em função da diversidade de papéis que apresentam na ligação entre as orações, têm sentidos razo-avelmente rígidos, independentes do contexto em que se encontram. Daí a necessidade de se conhecer claramente a classificação dos nexos. Algumas conjunções, porém, podem apresentar variações de sentido; vejamos alguns exemplos: o mais significativo caso de variação de sentido dos nexos é de como, que pode exercer os papéis causal, comparativo e con-formativo; ocorre também com desde que, condicional e tem-poral; uma vez que, causal e condicional; enquanto, propor-cional e temporal. É importante lembrar que mesmo o nexo plurissignificativo, como os citados, não tem “uso livre”. Quer dizer, só pode ser utilizado sem um dos sentidos programa-dos, e não em mas um terceiro, ou quarto sentido (a menos,é claro, que esteja empregado erroneamente numa frase e deva ser, então, corrigido).

2) QUESTÕES:

As conjunções e os adjuntos adverbiais são ambos elemen-tos de coesão textual, mas não têm total equivalência na sua utilização, já que a conjunção relaciona-se gramaticalmente com o verbo – como vimos no item 1 – a ponto de alterar-lhe a flexão, enquanto o adjunto adverbial tem, com o verbo, ape-nas uma relação semântica. Devido a essa diferença, a pontua-ção empregada entre orações ligadas ora com conjunções ora com nexos será diferenciada. É justamente nesses dois planos que as diferenças entre conjunções e adjuntos adverbiais in-

teressam às questões: será possível substituí-los sem altera-ção do sentido contextual (por exemplo, advérbios de modo – assim, então, consequentemente - mantêm, perfeitamente, o sentido das conjunções consecutivas – tanto que, a ponto de), mas com modificações na pontuação. É fundamental destacar que modificações sintáticas em uma frase – a troca de uma conjunção por um adjunto adverbial, ou vice-versa, é uma das mais frequentes em provas – podem não alterar o sentido contextual, mas são marcadas por pontuações específicas (ver próxima aula, especialmente o conceito de frase completa).

3) QUESTÕES:

As orações reduzidas apresentam verbos não conjugados, ou seja, nas chamadas formas nominais, infinitivo, particípio e gerúndio. Estão envolvidas em diferentes questões, como nas de ambiguidade, devido à eventual falta de clareza na lo-calização de seu sujeito, e nas de pontuação. No caso da sua relação com os nexos, já que elas não apresentam a conjun-ção presente e seu sentido, consequentemente, não está ex-plícito, objetivo da questão será ou acrescentar-lhes um nexo adequado ou descobrir-lhes o sentido. As suas características sintáticas podem ajudar nessa tarefa: orações reduzidas de infinitivo tendem a ser, geralmente, substantivas; de particí-pio, adjetivas; de gerúndio, adverbiais. Algumas preposições também auxiliam a identificação mais clara da reduzida: se a oração for introduzida pela preposição a, será condicional; por por, será causal; por sem, concessiva (equivale a embora não); pela contração ao, temporal.

4) QUESTÕES :

Os pronomes relativos (que, quem, qual, cujo, quanto, onde) são expressões de caráter restritamente gramatical, sem carga semântica. Substituem um substantivo anterior a eles, localizado na oração principal, mas não estabelecem, en-tre a oração principal que acompanham e sua oração subor-dinada, relações de causa, condição, concessão, etc., como fa-zem outros nexos. Duas questões são viáveis com os relativos: primeiramente, uma questão de classes gramaticais, em que o pronome deve ser diferenciado de palavras aparentemen-te semelhantes a ele, como a conjunção integrante (o relativo equivale a variações de qual); em segundo lugar, a identifica-ção e a pontuação da oração que introduzem, a subordina-da adjetiva, que se divide em dois grupos de acordo com seu sentido (normalmente influenciado pelo contexto), restritivas – sem pontuação – e explicativas – com pontuação.

5) QUESTÕES:

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2015

Instrução: As questões de 01 a 09 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. V i a g e n s , c o f r e s m á g i c o s c o m p r o m e s s a s02. s o n h a d o r a s , n ã o m a i s r e v e l a r e i s v o s s o s03. t e s o u r o s i n t a c t o s ! H o j e , q u a n d o i l h a s04. p o l i n é s i a s a f o g a d a s e m c o n c r e t o s e05. t ransformam em porta-aviões ancorados nos06. m a r e s d o S u l , q u a n d o a s f a v e l a s c o r r o e m a07. Á f r i c a , q u a n d o a a v i a ç ã o a v i l t a a f l o r e s t a08. americana antes mesmo de poder destruir- lhe09. a virgindade, de que modo poderia a pretensa10. evasão da v iagem conseguir outra coisa que11. n ã o c o n f r o n t a r - n o s c o m a s f o r m a s m a i s12. m i s e r á v e i s d e n o s s a e x i s t ê n c i a h i s t ó r i c a ?13. A i n d a a s s i m , c o m p r e e n d o a p a i x ã o , a14. loucura, o equívoco das narrativas de viagem.15. E l a s c r i a m a i l u s ã o d a q u i l o . . . . . . . . n ã o e x i s t e16. mais , mas . . . . . . . . a inda deveria exist ir . Trar iam17. nossos modernos Marcos Polos , das mesmas18. t e r r a s d i s t a n t e s , d e s t a v e z e m f o r m a d e19. f o t o g r a f i a s e r e l a t o s , a s e s p e c i a r i a s m o r a i s20. . . . . . . . . n o s s a s o c i e d a d e e x p e r i m e n t a u m a21. necess idade aguda ao se sent i r soçobrar no22. tédio?23. É a s s i m q u e m e i d e n t i f i c o , v i a j a n t e24. p r o c u r a n d o e m v ã o r e c o n s t i t u i r o e x o t i s m o25. com o auxí l io de fragmentos e de destroços.26. E n t ã o , i n s i d i o s a m e n t e , a i l u s ã o c o m e ç a a27. tecer suas armadi lhas . Gostar ia de ter v iv ido28. n o t e m p o d a s v e r d a d e i r a s v i a g e n s , q u a n d o29. u m e s p e t á c u l o a i n d a n ã o e s t r a g a d o ,30. contaminado e maldito se oferecia em todo o31. seu esplendor. Uma vez encetado, o jogo de32. c o n j e c t u r a s n ã o t e m m a i s f i m : q u a n d o s e33. deveria visitar a Índia, em que época o estudo34. d o s s e l v a g e n s b r a s i l e i r o s p o d e r i a l e v a r a35. conhecê- los na forma menos a l terada? Ter ia36. s i d o m e l h o r c h e g a r a o R i o n o s é c u l o X V I I I ?37. C a d a d é c a d a p a r a t r á s p e r m i t e s a l v a r u m38. c o s t u m e , g a n h a r u m a f e s t a , p a r t i l h a r u m a39. crença suplementar.40. M a s c o n h e ç o b e m d e m a i s o s t e x t o s d o41. passado para não saber que, me privando de42. u m s é c u l o , r e n u n c i o a p e r g u n t a s d i g n a s d e43. e n r i q u e c e r m i n h a r e f l e x ã o . E e i s , d i a n t e d e44. mim, o c í rculo intransponível : quanto menos45. as culturas tinham condições de se comunicar46. e n t r e s i , m e n o s t a m b é m o s e m i s s á r i o s47. r e s p e c t i v o s e r a m c a p a z e s d e p e r c e b e r a48. riqueza e o significado da diversidade. No final49. d a s c o n t a s , s o u p r i s i o n e i r o d e u m a50. a l ternat iva : ora v ia jante ant igo, confrontado51. com um prodigioso espetáculo do qual quase52. t u d o l h e e s c a p a v a – a i n d a p i o r , i n s p i r a v a53. t r o ç a o u d e s p r e z o – , o r a v i a j a n t e m o d e r n o ,54. correndo atrás dos vestígios de uma realidade55. d e s a p a r e c i d a . N e s s a s d u a s s i t u a ç õ e s , s o u56. perdedor, pois eu, que me lamento diante das

57. s o m b r a s , t a l v e z s e j a i m p e r m e á v e l a o58. v e r d a d e i r o e s p e t á c u l o q u e e s t á t o m a n d o59. f o r m a n e s t e i n s t a n t e , m a s . . . . . . . . o b s e r v a ç ã o60. m e u g r a u d e h u m a n i d a d e a i n d a c a r e c e d a61. s e n s i b i l i d a d e n e c e s s á r i a . D e n t r o d e a l g u m a62. c e n t e n a d e a n o s , n e s t e m e s m o l u g a r , o u t r o63. viajante pranteará o desaparecimento do que64. eu poderia ter visto e que me escapou.

01. Assinale a alternativa que preenche correta e respectiva-mente as lacunas das linhas 15, 16, 20 e 59 do texto.

(A) que – que – de que – para cuja(B) que – de que – de que – cuja(C) de que – de que – de que – para cuja(D) que – que – que – cuja(E) de que – que – que – cuja

02. Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta com relação ao sentido do texto.

(A) No primeiro parágrafo, são discutidos os motivos pelos quais, ao longo dos séculos, destruição e miséria foram as principais consequências das viagens.

(B) No segundo parágrafo, o texto trata do sentimento de tédio em algumas classes sociais, que acarreta o costume das viagens.

(C) No terceiro parágrafo, lê-se que as narrativas de viagens são sempre comparações entre presente e passado.

(D) No terceiro e quarto parágrafos, demonstra-se a supe-rioridade das narrativas de viagens escritas antes do século XVIII, em comparação com as atuais.

(E) No último parágrafo, o texto sugere que o que se busca ver nas viagens exige humanidade e sensibilidade da parte do observador.

03. Considere as seguintes afirmações sobre a substituição de segmentos do texto.

I - A substituição de revelareis (l. 02) por revelarás exigiria que o pronome vossos (l. 02) fosse ajustado para teus.

II - A substituição de destruir-lhe (l. 08) por destruir a sua preservaria a correção e o sentido da frase original.

III- O adjetivo respectivos (l. 47) poderia ser substituído, na-quele contexto, por mútuos, preservando a correção e o sentido da frase original.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e II.(E) I, II e III.

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REVISÃO

04. Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo adequado para a respectiva palavra do texto, considerando o con-texto em que esta é empregada.

(A) avilta (l. 07) – degrada(B) evasão (l. 10) – falta(C) soçobrar (l. 21) – definhar(D) encetado (l. 31) – preparado(E) carece (l. 60) – prescinde

05. Considere as seguintes afirmações sobre regência e em-prego de crase.

I - Caso a forma verbal confrontar-nos (l. 11) fosse substituída por colocar-nos diante, seria necessário substituir a preposição com (l. 11) pelo emprego de crase nesse contexto.

II - A substituição da forma verbal criam (l. 15) por dão origem tornaria obrigatório o emprego de crase nesse contexto.

III- A substituição da forma verbal partilhar (l. 38) pelo segmento ter acesso tornaria necessário o emprego de crase nesse contexto.

Quais estão corretas?(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) I, II e III.

06. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes às substituições de nexos no texto.

( ) A substituição da locução Ainda assim (l. 13) pelo nexo Destarte preservaria a relação de sentido que se estabelece entre essa frase e o parágrafo anterior.

( ) O advérbio Então (l. 26) poderia ser substituído por Não obstante, preservando o sentido e a correção, sem qualquer outra alteração na frase.

( ) O segmento Uma vez encetado (l. 31) poderia ser subs-tituído por Quando fosse encetado, preservando o sentido e a correção, sem qualquer outra alteração na frase.

( ) A substituição de Mas (l. 40) pela conjunção Contudo preservaria a correção e a relação de contraste esta-belecida na frase.

A alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo, é

(A) F – V – V – V.(B) V – V – F – F.(C) V – F – F – F.(D) F – F – F – V.(E) F – F – V – V.

07. Considere as seguintes sugestões de mudança na pontu-ação do texto.

I - Acréscimo de vírgula logo após o assim (l. 23).II - Inserção de vírgula imediatamente após trás (l. 37).III- Substituição dos travessões (l. 52-53) por parênteses.

Quais preservariam a correção das frases em que ocorrem?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e II.(E) I, II e III.

08. Considere as seguintes afirmações acerca de expressões e trechos do texto.

I - O emprego do advérbio insidiosamente (l. 26) enfatiza o caráter enganador das ilusões a que se refere o texto naquela passagem.

II - Os segmentos iniciados pelas formas verbais salvar (l. 37) ganhar (l. 38) e partilhar (l. 38) estão em paralelismo sintático que indica serem, os três, complementos de permite (l. 37).

III- O emprego de ora ...ora (l. 50 e 53) está relacionado ao sentido da palavra alternativa (l. 50).

Quais estão corretas?(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e II.(E) I, II e III.

09. Considere as possibilidades de reescrita apresentadas abaixo para a seguinte passagem do texto.

Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou . (l. 61-64)

I - Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou.

II - Outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento neste mesmo lugar do que eu poderia ter visto e que me escapou.

III- Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento que eu poderia ter visto e o que me escapou.

Quais estão corretas e preservam o sentido da frase original?(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) I, II e III.

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REVISÃO

Instrução: As questões de 10 a 17 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. À p o r t a d o G r a n d e H o t e l , p e l a s d u a s d a02. tarde, Chagas e S i lva postava-se de pal i to à03. boca, como se t ivesse descido do restaurante04. l á d e c i m a . P o d e r i a p a r e c e r , p e l a e s t a m p a ,05. q u e s o m e n t e a l i s e c o m e s s e b e m e m P o r t o06. A l e g r e . L o n g e d i s s o ! A R u a d a P r a i a q u e o07. d i g a , o u m e l h o r , q u e o d i s s e s s e . O f a z d e08. conta do inefável personagem l igava-se mais09. à i m p o r t â n c i a , à m o l d u r a q u e a q u e l e p o r t a l10. l h e c o n f e r i a . E l e , q u e t a n t o m a r c o u a r u a ,11. t i n h a f r a n c o a c e s s o à s p o l t r o n a s d o s a g u ã o12. e m q u e s e r e f e s t e l a v a m o s i m p o r t a n t e s .13. A n d a v a d e n t r o d e u m v e l h o f r a q u e , u s a v a14. gravata , chapéu, bengala sob o braço, barba15. curta , pola inas e uns o lh inhos apertados na16. . . . . . . . . bronzeada. O charuto apagado na boca,17. para durar bastante , era o toque f inal dessa18. composição de pardavasco vindo das Alagoas.19. Chagas e S i lva chegou a Porto Alegre em20. 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria21. c o m p a s s o s l e n t o s , c a r r e g a n d o u m a r d e22. i n d e c i f r á v e l i m p o r t â n c i a , t ã o a o j e i t o d o s23. g r a n d e s d e e n t ã o . O s e s t u d a n t e s t o m a r a m24. conta dele . Improvisaram comícios na praça ,25. c a r r e g a n d o - o n o s b r a ç o s e f a z e n d o - o26. d i s c u r s a r . D a v a d i s c r e t a s m o r d i d a s e27. consentia em que lhe pagassem o cafezinho.28. Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por29. dinheiro.30. Não er a de meu propós i to ocu pa r-me do31. “ d o u t o r ” C h a g a s e , s i m , d e c o m o s e c o m i a32. bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele33. como que me puxou pela manga e levou-me34. a v i s i t a r c a s a s p o r o n d e s u a i m a g i n a ç ã o d e35. longe esvoaçava.36. P o r t o A l e g r e , s o r t i d a p o r t r a d i c i o n a i s37. a r m a z é n s d e e s p e c i a l i d a d e s , d i s p u n h a d a38. melhor matéria-prima para as casas de pasto.39. Essas casas punham ao alcance dos gourmets40. v i r tuosíss imos “secos e molhados” v indos de41. Portugal , da Itál ia , da França e da Alemanha.42. Daí um longo e . . . . . . . . período de boa comida,43. para regalo dos homens de espírito e dos que44. eram mais estômago que outra coisa.45. Na arte de comer bem, talvez a dificuldade46. fosse a da escolha. Para qualquer lado que o47. p a s s a n t e s e v i r a s s e , e n c o n t r a r i a s a l õ e s48. o r n a m e n t a d o s , . . . . . . . . m a i o r e s o u m e n o r e s ,49. tabernas ou simples tascas. A Cidade divertiase50. também pela barriga.

10. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-mente, as lacunas das linhas 16, 42 e 48.

(A) tes – florecente – recintos(B) tez – florecente – rescintos(C) tez – florescente – rescintos(D) tes – florescente – recintos(E) tez – florescente – recintos

11. Considere as afirmações abaixo.

I - O restaurante do Grande Hotel era o melhor restau-rante de Porto Alegre.

II - A vestimenta de Chagas e Silva e a forma como ele percorria a Rua da Praia afastavam-no do convívio dos importantes da época.

III- A cidade de Porto Alegre era pródiga em restaurantes de qualidade.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) I, II e III.

12. O texto apresenta, em algumas passagens, uma linguagem de caráter coloquial.

Assinale a alternativa que contém duas palavras ou ex-pressões que cumprem essa função no texto.

(A) À porta (l. 01) – ligava-se mais à importância (l. 08-09)(B) postava-se (l. 02) – inefável personagem (l. 08).(C) Longe disso! (l. 06) – toque final (l. 17).(D) uns olhinhos apertados (l. 15) – fazendo-o discursar (l.

25-26).(E) indecifrável importância (l. 22) – pela barriga (l. 50).

13. Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

(A) Chagas e Silva postava-se de palito à boca (l. 02-03) – Chagas e Silva era postado de palito à boca

(B) Ele, que tanto marcou a rua (l. 10) – A rua, que tanto foi marcada por ele

(C) Fixou-se na Rua da Praia (l. 20) – Foi fixado na Rua da Praia

(D) Os estudantes tomaram conta dele (l. 23-24) – Ele foi tomado conta pelos estudantes

(E) Essas casas punham ao alcance dos gourmets virtuo-síssimos “secos e molhados” (l. 39-40) – Os gourmets eram postos ao alcance de virtuosíssimos “secos e molhados” por essas casas

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REVISÃO

14. Assinale, entre as alternativas a seguir, a que apresenta palavras pertencentes à mesma classe gramatical.

(A) se (l. 03) e se (l. 20)(B) disso (l. 06) e melhor (l. 07)(C) o (l. 06) e O (l. 07)(D) importância (l. 09) e dificuldade (l. 45)(E) franco (l. 11) e dentro (l. 13)

15. Considere as afirmações abaixo, a respeito dos tempos verbais utilizados no texto.

I - Os verbos era (l. 17) e dispunha (l. 37) estão conjugados no mesmo tempo e modo.

II - Todos os verbos do primeiro parágrafo estão conju-gados no pretérito imperfeito do indicativo, porque fazem referência a rotinas e hábitos do passado.

III- Os verbos ocupar-me (l. 30) e divertia-se (l. 49-50) estão conjugados no modo subjuntivo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e II.(E) I, II e III.

16. Se a expressão Os estudantes (l. 23) fosse substituída por Um estudante, quantas outras alterações seriam neces-sárias, para fins de concordância, na passagem entre as linhas 23 e 26?

(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.(E) 5.

17. Considere as seguintes sugestões de alteração nos articu-ladores do texto.

I - Supressão do e na linha 26.II - Substituição do e na linha 31 por mas.III- Substituição do ou na linha 48 por nem.

Quais delas poderiam ser realizadas sem alteração signi-ficativa de sentido no texto?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) I, II e III.

Instrução: As questões de 18 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. H o j e o s c o n h e c i m e n t o s s e e s t r u t u r a m d e02. m o d o f r a g m e n t a d o , s e p a r a d o ,03. c o m p a r t i m e n t a d o n a s d i s c i p l i n a s . E s s a04. s ituação impede uma visão global , uma visão05. f u n d a m e n t a l e u m a v i s ã o c o m p l e x a .06. “ C o m p l e x i d a d e ” v e m d a p a l a v r a l a t i n a07. complexus , que s ignif ica a compreensão dos08. e l e m e n t o s n o s e u c o n j u n t o .09. As disciplinas costumam excluir tudo o que10. s e e n c o n t r a f o r a d o s e u c a m p o d e11. especialização. A l iteratura, no entanto, é uma12. á r e a q u e s e s i t u a n a i n c l u s ã o d e t o d a s a s13. d imensões humanas . Nada do humano lhe é14. estranho, estrangeiro.15. A l i teratura e o teatro são desenvolv idos16. c o m o m e i o s d e e x p r e s s ã o , m e i o s d e17. c o n h e c i m e n t o , m e i o s d e c o m p r e e n s ã o d a18. complexidade humana. Assim, podemos ver o19. p r i m e i r o m o d o d e i n c l u s ã o d a l i t e r a t u r a : a20. i n c l u s ã o d a c o m p l e x i d a d e h u m a n a . E v a m o s21. v e r a i n d a o u t r a s i n c l u s õ e s : a i n c l u s ã o d a22. p e r s o n a l i d a d e h u m a n a , a i n c l u s ã o d a23. s u b j e t i v i d a d e h u m a n a e , t a m b é m , m u i t o24. i m p o r t a n t e , a i n c l u s ã o d o e s t r a n g e i r o , d o25. m a r g i n a l i z a d o , d o i n f e l i z , d e t o d o s q u e26. ignoramos e desprezamos na v ida cot idiana.27. A i n c l u s ã o d a c o m p l e x i d a d e h u m a n a é28. n e c e s s á r i a p o r q u e r e c e b e m o s u m a v i s ã o29. muti lada do humano. Essa v isão, a de homo30. s a p i e n s , é u m a d e f i n i ç ã o d o h o m e m p e l a31. r a z ã o ; d e h o m o f a b e r , d o h o m e m c o m o32. t r a b a l h a d o r ; d e h o m o e c o n o m i c u s , m o v i d o33. p o r l u c r o s e c o n ô m i c o s . E m r e s u m o , t r a t a - s e34. de uma visão prosaica, mutilada, que esquece35. o pr incipal : a relação do sapiens/demens , da36. r a z ã o c o m a d e m ê n c i a , c o m a l o u c u r a .37. N a l i t e r a t u r a , e n c o n t r a - s e a i n c l u s ã o d o s38. p r o b l e m a s h u m a n o s m a i s t e r r í v e i s , c o i s a s39. insuportáveis que nela se tornam suportáveis.40. H a r o l d B l o o m e s c r e v e : “ T o d a s a s g r a n d e s41. o b r a s r e v e l a m a u n i v e r s a l i d a d e h u m a n a42. at ravés de dest inos s ingulares , de s i tuações43. s i n g u l a r e s , d e é p o c a s s i n g u l a r e s ” . É e s s a a44. r a z ã o p o r q u e a s o b r a s - p r i m a s a t r a v e s s a m45. séculos, sociedades e nações.46. Agora chegamos à parte mais humana da47. i n c l u s ã o : a i n c l u s ã o d o o u t r o p a r a a48. c o m p r e e n s ã o h u m a n a . A c o m p r e e n s ã o n o s49. torna mais generosos com relação ao outro, e50. o c r i m i n o s o n ã o é u n i c a m e n t e m a i s v i s t o51. c o m o c r i m i n o s o , c o m o o R a s k o l n i k o v d e52. Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla.53. A l i t e r a t u r a , o t e a t r o e o c i n e m a s ã o o s54. m e l h o r e s m e i o s d e c o m p r e e n s ã o e d e55. i n c l u s ã o d o o u t r o . M a s a c o m p r e e n s ã o s e56. t o r n a p r o v i s ó r i a , e s q u e c e m o - n o s d e p o i s d a57. l e i t u r a , d a p e ç a e d o f i l m e . E n t ã o e s s a58. compreensão é que deveria ser introduzida e59. desenvolvida em nossa vida pessoal e social ,

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REVISÃO

60. p o r q u e s e r v i r i a p a r a m e l h o r a r a s r e l a ç õ e s61. humanas, para melhorar a vida social.

18. Assinale a alternativa que expressa, adequadamente, o sentido global do texto.

(A) O texto trata do modo como cada disciplina, em vir-tude de sua especialização, exclui alguma dimensão importante da vida humana.

(B) O texto apresenta uma crítica ao modo provisório como se compreendem as manifestações artísticas, que tematizam a inclusão do outro na nossa vida pessoal e social.

(C) O texto apresenta a argumentação de que somente fazem parte da literatura universal as obras que trazem a inclusão das dimensões humanas, do homo sapiens e do homo economicus.

(D) O texto trata da exclusão e da inclusão das dimensões humanas na estruturação dos conhecimentos pelas disciplinas especializadas.

(E) O texto aborda as diferentes formas de inclusão das dimensões humanas nas manifestações artísticas, principalmente na literatura.

19. Considere as seguintes afirmações referentes às marcas de pessoa e de tempo no texto.

I - O emprego de primeira pessoa do plural, em referência exclusiva ao autor, produz um efeito de neutralidade.

II - O emprego do advérbio Hoje (l. 01) permite inferir que a argumentação proposta não é válida para todo e qualquer tempo.

III- O advérbio agora (l. 46) sinaliza a progressão dos argumentos apresentados no texto.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas I e II.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

20. Considere as seguintes afirmações referentes à interpre-tação de palavras e segmentos do texto.

I - As palavras fragmentado (l. 02), separado (l. 02) e compartimentado (l. 03) apresentam sentidos seme-lhantes no texto e estão enumeradas para conferir força argumentativa ao ponto de vista do autor sobre as disciplinas.

II - A palavra estrangeiro (l. 14; 24), relacionada a alguém de uma nação diferente daquela a que se pertence, está empregada com essa acepção nas duas ocor-rências.

III- A sequência de palavras séculos, sociedades e nações (l. 45) caracteriza o aspecto de universalidade das obrasprimas.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas I e III.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

21. Assinale a alternativa em que se estabelece uma relação correta entre uma expressão e aquilo a que se refere.

(A) Essa situação (l. 03-04) – a existência das disciplinas.(B) seu campo (l. 10) – o campo das disciplinas.(C) lhe (l. 13) – nada.(D) essa visão (l. 29) – a complexidade humana.(E) que (l. 34) – mutilada.

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REVISÃO

( ) Vírgulas (l. 31, 32)( ) Dois pontos (l. 35)( ) Vírgula (l. 49)

1- Assinalar elipse.2- Assinalar a presença de enumeração no texto.3- Assinalar a adição de um período, que apresenta sujeito diferente

do período anterior.4- Assinalar uma síntese do dito e a inserção de um argumento que

se destaca em relação aos anteriores.

24. Considere as seguintes afirmações sobre os sentidos de passagens no texto.

I - A passagem entre aspas (l. 40-43) atesta, no texto, a presença de uma citação em discurso indireto.

II - As expressões grandes obras (l. 40-41) e obras-primas (l. 44) estão referencialmente relacionadas.

III- A passagem como o Raskolnikov de Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla (l. 51-52) atesta a presença de personagens criminosos na literatura, em torno da qual o autor defende a necessidade de se compre-ender a criminalidade na sociedade.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas I e II.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

25. Considere as seguintes afirmações, referentes ao uso de tempos e modos verbais no texto.

I - O emprego do presente na forma verbal revelam (l. 41) reforça o caráter generalizador da afirmação, já sinalizado pelo emprego de Todas (l. 40).

II - Os usos de futuro do pretérito em deveria (l. 58) e serviria (l. 60) contribuem para mostrar que o autor conclui a argumentação com soluções possíveis e desejáveis.

III- A presença no texto de verbos nos modos indicativo e subjuntivo confere sentidos de certeza e de possi-bilidade à argumentação.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas I e II.(D) Apenas I e III.(E) I, II e III.

22. Na coluna da esquerda, estão palavras retiradas do texto; na da direita, descrições relacionadas à formação de palavras.

Associe corretamente a coluna da esquerda à da direita.

23. Associe cada ocorrência de sinal de pontuação à esquerda com a função, à direita, que tal sinal auxilia a expressar no con-texto em que ocorre.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 4 – 3 – 2 – 1.(B) 3 – 4 – 2 – 5.(C) 4 – 3 – 1 – 5.(D) 3 – 4 – 2 – 1.(E) 3 – 2 – 1 – 5.

( ) complexidade (l. 06, 18, 20, 27)( ) definição (l. 30)( ) insuportáveis (l. 39)( ) obras-primas (l. 44)

1- Constituída por composição através de justaposição.2- Constituída por prefixo com sentido de negação e

sufixo formador de adjetivos a partir de verbos.3- Constituída por sufixo formador de substantivo a

partir de adjetivo.4- Constituída por sufixo formador de substantivo a

partir de verbo.5- Constituída por aglutinação, tendo em vista a mu-

dança silábica de um dos elementos do vocábulo.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 1 – 4 – 3.(B) 1 – 3 – 4.(C) 2 – 4 – 1.(D) 2 – 3 – 4.(E) 4 – 2 – 3.

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2015

• Questão 1 - Regência

A questão exige a identificação correta da origem das prepo-sições acompanhando pronomes relativos nas respectivas la-cunas. Veja as regências: na linha 15, o pronome acompanha o verbo “existe”, na linha 15, intransitivo, portanto sem pre-posição; na linha 16, o PR acompanha uma locução do mes-mo verbo “existir” (“deveria existir”, linha 16), seguindo sem preposição; na linha 20, a regência é nominal: “experimentar uma necessidade DE”, linhas 20 e 21; na linha 59, apesar da alteração para o PR “cujo” (indicando, corretamente no contex-to, posse), o raciocínio não se altera, e a regência torna a ter origem nominal: “carecer da sensibilidade necessária PARA”, linhas 60 e 61.

Módulo 5, questão 88, gabarito A

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: boa

• Questão 2 - Interpretação de textos

Veja os erros: em a), errada, as viagens não provocaram “des-truição e miséria”, apenas permitem presenciá-las; em b), errada, o segundo parágrafo não associa negativamente as viagens ao tédio - aquelas amenizariam esse estado; em c), errada, o autor faz comparações entre o presente e o passado, mas não as generaliza para todas as narrativas de viagens; em d), errada, o autor não emite nenhum juízo de valor sobre as qualidades das narrativas; em e), certa, a afirmação está entre as linhas 55 e 61: “... eu ... talvez seja impermeável ao verda-deiro espetáculo que está tomando forma neste instante, mas para cuja observação meu grau de humanidade ainda carece da sensibilidade necessária”.

Textos UFRGS, módulo 20, questão 269, gabarito E

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 3 - Regência

Veja os erros: em I, certa, a alteração da concordância verbal - mudança do sujeito - leva ao ajuste de referência do prono-me de vós-vosso para tu-teus; em II, errada, duas situações prejudicam essa troca: uma leve ambiguidade (entre “aviação” e “floresta”), mas, sobretudo, a permanência do artigo A antes de virgindade”, linha 9 (teríamos a seguinte frase nas linhas 8 e 9: “destruir a sua A virgindade”); em III, errada, no contexto, “respectivos” significa que cada “emissário” estaria agindo na sua cultura, e não com os outros emissários, como “mútuos” poderia levar a entender.

Módulo 5, questão 89, gabarito A

Grau de facilidade: mediana.

Grau de discriminação: regular.

• Questão 4 -Interpretação de textos

Questão de vocabulário: em a), certa, temos sinônimos; em b), o ideal seria “fuga”; em c), “sucumbir”; em d), “começado”; em e), “necessita”.

Módulo 20, questão 270, gabarito A

Grau de facilidade: difícil.

Grau de discriminação: deficiente.

• Questão 5 - Crase

Veja os erros: em I, errada, a regência (nominal) correta nesse caso seria “diante DE”, e não A, portanto sem crase; em II, cer-ta, a substituição de “criam” (VTD) por “dão origem” exigiria a preposição A: teríamos “dão origem à ilusão” (=AO sonho); em III, errada, com a troca, ocorreria a inserção da preposição A (regência nominal de “acesso”), mas não a crase: a frase seria “ter acesso a uma crença”. Letra B

Módulo 8, questão 91, gabarito B

Grau de facilidade: mediana.

Grau de discriminação: muito boa.

• Questão 6 - Nexos

Veja os erros:

(F) “Ainda assim” dá ideia de negação, e “Destarte”, de conse-quência.

(F) “Então” dá ideia de consequência e “Não obstante”, de ne-gação.

(F) O tempo verbal correto seria “Quando é encetado”, já que a oração principal que acompanha está no presente do indica-tivo (“tem”, linha 32).

(V) Questão problemática: apesar de a troca manter o sentido, a alternativa, na verdade, seria falsa, já que haveria a necessi-dade do acréscimo de uma vírgula após a conjunção “Contu-do”, deslocada nesse contexto.

Módulo 13, questão 170, gabarito D

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: muito boa.

• Questão 7 - Pontuação

Veja os erros: em I, errada, apesar de estarmos diante de um adjunto adverbial curto, cuja virgulação é, portanto, opcional, ainda assim seria necessária mais uma vírgula antes da pala-vra, já que ela se encontra intercalada entre o verbo “É” e a conjunção integrante “que”; em II, errada, a inserção é inade-quada: a posição entre o sujeito e o seu respectivo verbo não admite pontuação; em III, certa, como a oração está interca-lada e as vírgulas não acumulam funções, a troca é possível.

Módulo 19, questão 177, gabarito C

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: alta

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REVISÃO

• Questão 8 - Interpretação de textos

Veja as justificativas: em I, certa, é o sentido da expressão (“com segundas intenções”); em II, certa, os três verbos, to-dos no infinitivo, são complementos do verbo “permite”: são orações subordinadas substantivas objetivas diretas (reduzi-das...); em III, certa, é, justamente, o papel dessas conjunções.

Módulo 20, questão 271, gabarito E

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 9 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, certa, as alterações sintáticas mantêm o sentido original do período; em II, errada, a posição da ex-pressão “neste mesmo lugar” gera uma ambiguidade na sua referência: “desaparecimento” ou “pranteará”?; em III, errada, a regência (nominal) de “desaparecimento”, DE, foi omitida, provocando um erro gramatical. Letra A

Módulo 20, questão 272, gabarito A

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 10 - Interpretação de textos

Questão de ortografia, sem raciocínio...

Módulo 20, questão 273, gabarito E

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: muito boa.

• Questão 11 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, errada, o texto afirma que “se comia bem na Rua da Praia”, mas não cita a informação da alternativa; em II, errada, ao contrário: “tinha franco acesso às poltronas em que se refestelavam os importantes” (linhas 11 e 12); em III, certa, é o foco da descrição do terceiro parágrafo (linhas 36 a 44). Letra C

Módulo 20, questão 274, gabarito C

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 12 - Interpretação de textos

Questão bastante precisa na definição de coloquialidade: “longe disso” seria “nada disso”, e “toque final”, “retoque, deta-lhe, final”.

Módulo 20, questão 275, gabarito C

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 13 - Verbos

Veja os erros: em a), errada, a voz é reflexiva, portanto não pode ser passada para a passiva; em b), certa, todos os pas-sos da transformação estão corretos (SER+Particípio); em c), errada, a voz é, novamente, reflexiva; em d), errada, o verbo é transitivo indireto, portanto não pode ir para a voz passiva; em e), errada, a frase correta seria “virtuosíssimos ‘secos e mo-lhados’ eram postos ao alcance dos gourmets por essas casas”. Letra B

Módulo 10, questão 224, gabarito B

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 14 - Nexos

Questão acessível de identificação de classes gramaticais. Veja as classes corretas:

a), errada: conjunção condicional - pronome reflexivo;

b), errada: contração de preposição e pronome demonstrati-vo - adjetivo;

c), errada: pronome demonstrativo - artigo;

d), certa: ambos os vocábulos são substantivos;

e), errada: adjetivo - advérbio.

Módulo 13, questão 171, gabarito D

Grau de facilidade: mediana.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 15 - Verbos

Veja os erros: em I, certa, ambos os verbos estão no pretérito imperfeito do indicativo; em II, errada, há vários verbos con-jugados em outros tempos e modos (veja as linhas 3 e 5, por exemplo); em III, errada, o primeiro verbo está no infinitivo, e o segundo, no pretérito imperfeito do indicativo. Letra A

Módulo 10, questão 225, gabarito A

Grau de facilidade: fácil.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 16 - Verbos

Os verbos alterados seriam “tomaram”, linha 23, e “Improvisa-ram”, linha 24 (“pagassem”, linha 27, tem sujeito indetermina-do...).

Módulo 10, questão 226, gabarito B

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 17 - Nexos

Veja os erros: em I, errada, faltaria a pontuação, uma vírgula; em II, certa, o E da linha 31 dá ideia de oposição; em III, er-rada, além de as ideias serem opostas, o paralelismo ficaria absurda.

Módulo 13, questão 172, gabarito B

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REVISÃO

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 18 - Interpretação de textos

Veja os erros: em a), errada, não “exclui”, mas inclui; em b), er-rada, “provisório”? O texto aborda a natureza da literatura; em c), errada, há também o “homo demens”; em d), errada, é na arte e na literatura; em e), certa, é o foco do texto.

Módulo 20, questão 276, gabarito E

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 19 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, errada, a referência não é exclusiva ao au-tor - daí o plural; em II, certa, claro: antes, era diferente; em III, certa, é um modalizador que apresenta o tópico mais impor-tante daquele contexto.

Módulo 20, questão 277, gabarito D

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 20 - Interpretação de textos

Veja as justificativas: em I, certa, as palavras pertencem ao mesmo campo semântico, são sinônimas e reforçam a ideia do autor; em II, errada, na linha 14, significa, simplesmente, “diferente”; em III, certa, pela abrangência das expressões, é óbvio...

Módulo 20, questão 278, gabarito C

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 21 - Interpretação de textos

Veja os erros: em a), errada, seria a fragmentação das disci-plinas; em b), certa; em c), errada, seria “à literatura”; em d), errada, seria “uma visão mutilada do humano”; em e), errada, seria “visão” (lembremos que o pronome relativo não pode substituir um adjetivo...).

Módulo 20, questão 279, gabarito B

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: boa.

• Questão 22 - Estrutura de Palavras,

Veja as justificativas:

(3) “complexidade”, substantivo, vem de “complexo”, adjetivo;

(4) a origem é “definir”;

(2) a origem é “suportar”, e o prefixo de negação, IN.

(1) são dois radicais que, na formação da palavra, não se alte-ram (“obra” e “prima”).

Módulo 12, questão 89, gabarito D

Grau de facilidade: muito fácil.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 23 - Pontuação

Veja as justificativas:

(1) está omitida a expressão “é a definição de”;

(4) o sinal marca, simultaneamente, uma relação de explica-ção e realce;

(3) os sujeitos diferentes são “compreensão”, linha 48, e “crimi-noso”, linha 50.

Módulo 19, questão 178, gabarito A

Grau de facilidade: mediana.

Grau de discriminação: alta.

• Questão 24 - Interpretação de textos

Veja os erros: em I, errada, é discurso direto; em II, certa, são expressões sinônimas; em III, errada, a tese do autor não tem a ver especificamente com o crime.

Módulo 20, questão 280, gabarito B

Grau de facilidade: muito difícil.

Grau de discriminação: regular.

• Questão 25 - Verbos

Veja as justificativas: em I, certa, pelo verbo não parece tão claro, mas o pronome confirma a informação; em II, certa, me-lhor seria dizer que “teriam sido possíveis”, mas a afirmação é aceitável; em III, errada, faltou a expressão “respectivamente”.

Módulo 10, questão 227, gabarito C

Grau de facilidade: difícil.

Grau de discriminação: deficiente.

GABARITO01. A 02. E 03. A 04. A 05. B06. D 07. C 08. E 09. A 10. E11. C 12. C 13. B 14. D 15. A16. B 17. B 18. E 19. D 20. C21. B 22. D 23. A 24. B 25. C

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REVISÃO

PROVA DE REDAÇÃO

(...)Amigo é coisa para se guardarno lado esquerdo do peito,mesmo que o tempo e a distância digam não,mesmo esquecendo a canção.O que importa é ouvir a voz que vem do coração,pois, seja o que vier, venha o que vier,qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar.Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

Canção da América (Milton Nascimento e Fernando Brant)

A música Canção da América, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, de onde foi extraída a passagem acima, fala daquela amizade capaz de resistir à distância e ao tempo, característica de uma época em que o contato físico entre amigos era a forma mais usual de aproximação. Era um tempo em que se valorizavam os poucos e verdadeiros amigos. Atualmente, com a conectividade das redes sociais, a realidade é outra. Hoje é possível manter-se em contato contínuo com pessoas que estejam em qualquer lugar do planeta, o que permite multiplicar de modo expressivo o número de amizades. Paradoxalmente, o apego ao mundo virtual parece estar promovendo um outro tipo de distanciamento, já que não é incomum, hoje em dia, ver amigos reunidos em um mesmo ambiente físico, mas isolados uns dos outros pela força atrativa dos tablets e dos smartphones. Levando em conta esse cenário, reflita sobre o tema a seguir.

Para tanto, você deve:

- expressar a sua opinião sobre o que caracteriza a amizade nos dias atuais;- apresentar argumentos que justifiquem o ponto de vista assumido; e- organizar esses argumentos em um texto dissertativo.

Instruções

A versão final do seu texto deve:1 - conter um título na linha destinada a esse fim;2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50

linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas;

3 - ser escrita, na folha definitiva, à caneta e com letra legível, de tamanho regular.

Na sua opinião, o que é a amizade nos dias de hoje?

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REVISÃO

AULA 4 - PONTUAÇÃO

a) TIPOLOGIA DE QUESTÕES:

1. A ORDEM DIRETA:

2. A FRASE COMPLETA:

3. AS ORAÇÕES INTERCALADAS:

4. AS ORAÇÕES ADJETIVAS:

5. AS SUBSTITUIÇÕES DE SINAIS DE PONTUAÇÃO:

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REVISÃO

Resumo 2016

A perfeita identificação da ordem direta das orações é um pressuposto, obrigatório, para a pontuação das orações. As orações construídas na seqüência sujeito-verbo-comple-mentos-adjuntos adverbiais não admitem nenhuma pon-tuação interna (lembre-se: os complementos verbais são os objetos, direto e indireto, os predicativos, do sujeito e do obje-to, e, na voz passiva analítica, o agente da passiva). Ou seja, es-sas funções sintáticas não podem ser separadas por vírgulas, dois-pontos, etc. Fora dessa ordem, a oração recebe vírgulas (ou suas variações, travessões, parênteses, etc.). As funções sintáticas que mais comumente aparecem deslocadas na or-dem direta e justificam o emprego de sinais de pontuação das questões objetivas são o aposto, o vocativo, as expressões in-tercaladas (ou melhor, ou seja, isto é, digo, por exemplo, etc.) e, sobretudo, os adjuntos adverbiais deslocados do final da or-dem direta, sua posição habitual (se o adjunto adverbial for curto, ou seja, apresentar até duas palavras, terá pontuação opcional).

1) QUESTÕES:

O conceito de frase completa está diretamente relacio-nado às questões de substituição de sinais de pontuação e contrapõe-se aos de frase fragmentada e siamesa. Uma frase completa exige três fatores indispensáveis: o sentido comple-to, um verbo conjugado e obrigatoriamente não antecedido de conjunção, ou pronome relativo. Qualquer enunciado que satisfaça essas condições deve receber sinais de pontuação associados ao ponto: o próprio ponto¸ os dois-pontos, o ponto--e-vírgula, o ponto-de-interrogação e o ponto-de-exclamação. A escolha por um desses sinais em vez de outro é provocada por critérios mais semânticos do que sintáticos: por exemplo, se a segunda frase tem valor explicativo em relação à anterior, os dois-pontos são mais convenientes do que o ponto; porém, as estruturas sintáticas que recebem ambas as pontuações devem ser as mesmas – a frase completa. A correlação entre as estruturas sintáticas e a pontuação é, nesse caso, óbvia e rigo-rosa: com a frase completa, devem ser usados os pontos; do contrário, não. Há duas formas contrastantes de relacionar er-roneamente as estruturas sintáticas e os sinais de pontuação: as frases fragmentadas, que se caracterizam por não atender a todas as exigências da frase completa (ou não têm verbo, ou ele não está conjugado, ou, caso mais comum, é empregado antecedido de conjunções ou pronomes relativos); mesmo assim, é o texto as apresenta com pontos. Aí está o erro: estru-turas incompletas não os admitem. A segunda situação são as frases siamesas, construções opostas às fragmentadas: são seqüências de frases completas (confira o conceito acima), mas, mesmo atendendo a todas as exigências para receber pontos, o texto as apresenta separadas por vírgulas.

2) QUESTÕES:

As intercalações são as colocações de funções sintáticas entre outras, normalmente as previstas pela ordem direta (veja a primeira observação). Essas intercalações podem ser representadas por elementos nominais, como o aposto, o

vocativo, os adjuntos adverbiais deslocados do final da fra-se, mas também por elementos oracionais, como as orações subordinadas adjetivas ou adverbiais. No caso destas, o des-locamento é bastante variado: a oração adverbial pode estar antes, depois da principal ou até mesmo dentro dela, situação que leva ao emprego de duplos sinais de pontuação, mais cor-rentemente as vírgulas.

3) QUESTÕES:

As orações subordinadas adjetivas, caracterizadas pelos pronomes relativos, têm uma pontuação peculiar: são dife-renciadas pelo sentido. Dividem-se em dois tipos: as restriti-vas, que não admitem pontuação, dizem respeito a uma parte dos elementos de um conjunto. É importante entender que o “conjunto” a que se refere essa definição é estabelecido pelo substantivo ao qual o pronome relativo se refere, o substan-tivo que ele substitui. A restrição, ou não, deve ser verificada nessa relação. As explicativas – bem menos comuns – dizem respeito à totalidade dos elementos de um conjunto e exigem pontuação, especialmente vírgulas, mas também travessões. Podem ser mais bem entendidas como não-restritivas, já que não discriminam nenhum elemento do todo a que se referem. Exatamente como no caso anterior, o “conjunto” é representa-do pelo substantivo que o pronome relativo substitui. Lem-bre-se de que o fato de uma oração adjetiva ser explicativa, ou não, não está relacionado ao sentido de “explicação” (se ela “explica” ou não um substantivo), mas à abrangência dessa explicação. Pode-se afirmar que as restritivas fazem uma re-ferência seletiva, enquanto as explicativas, uma referência não-seletiva.

4) QUESTÕES:

As questões de substituição de sinais de pontuação são uma criação da prova de Língua Portuguesa da UFRGS, já bastante tradicionais, com alto nível de sofisticação, e exigem conhecimento sintático preciso. Teoricamente falando, a exi-gência, neste caso, é apenas aparentemente de pontuação, já que as justificativas para as trocas de sinais têm, sempre, base na análise sintática, interna especialmente. Vejamos as trocas mais comumente aceitas: a função que mais se propicia a es-sas trocas é o aposto. Se ele estiver intercalado – ou seja, entre duas outras funções -, aceitará pares de vírgulas, travessões ou parênteses. Se estiver no final da frase, poderá receber uma vírgula, um travessão ou os dois-pontos. No entanto, há uma característica dessas perguntas que é fundamental conhecer: as trocas mencionadas só são possíveis se o aposto for a úni-ca função sintática presente. Além disso, as posições de uma frase em que funções sintáticas se encontram não admitem trocas simples de sinais de pontuação; normalmente, deverá haver uma compensação. Por fim, um outro padrão de troca é o ponto-e-vírgula pela vírgula em orações longas que já a receberam. Esta é uma forma de reforçar o paralelismo entre os elementos marcados pela pontuação.

5) QUESTÕES:

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2016

01. Q u a n d o a e c o n o m i a p o l í t i c a c l á s s i c a 02. nasceu, no Reino Unido e na França, ao f inal 03. d o s é c u l o X V I I I e i n í c i o d o s é c u l o X I X , a 04. q u e s t ã o d a d i s t r i b u i ç ã o d a r e n d a j á s e 05. e n c o n t r a v a n o c e n t r o d e t o d a s a s a n á l i s e s . 06. E s t a v a c l a r o q u e t r a n s f o r m a ç õ e s r a d i c a i s 07. e n t r a r a m e m c u r s o , p r o p e l i d a s p e l o 08. crescimento demográfico sustentado - inédito 09. até então - e pelo início do êxodo rural e da 10. R e v o l u ç ã o I n d u s t r i a l . Q u a i s s e r i a m a s 11. c o n s e q u ê n c i a s s o c i a i s d e s s a s m u d a n ç a s ? 12. P a r a T h o m a s M a l t h u s , q u e p u b l i c o u e m 13. 1 7 9 8 s e u E n s a i o s o b r e o p r i n c í p i o d a 14. p o p u l a ç ã o , n ã o r e s t a v a d ú v i d a : a 15. s u p e r p o p u l a ç ã o e r a u m a a m e a ç a . 16. Preocupava-se especialmente com a s i tuação 17. dos f ranceses . . . . . vésperas da Revolução de 18. 1789, quando havia misér ia genera l izada no 19. c a m p o . N a é p o c a , a F r a n ç a e r a d e l o n g e o 20. pa ís mais populoso da Europa: por vol ta de 21. 1700, já contava com mais de 20 milhões de 22. h a b i t a n t e s , e n q u a n t o o R e i n o U n i d o t i n h a 23. p o u c o m a i s d e 8 m i l h õ e s d e p e s s o a s . A 24. p o p u l a ç ã o f r a n c e s a s e e x p a n d i u e m r i t m o 25. c r e s c e n t e a o l o n g o d o s é c u l o X V I I I , 26. aproximando-se dos 30 mi lhões. Tudo leva a 27. c r e r q u e e s s e d i n a m i s m o d e m o g r á f i c o , 28. d e s c o n h e c i d o n o s s é c u l o s a n t e r i o r e s , 29. contr ibuiu para a estagnação dos salár ios no 30. c a m p o e p a r a o a u m e n t o d o s r e n d i m e n t o s 31. a s s o c i a d o s à p r o p r i e d a d e d a t e r r a , s e n d o 32. p o r t a n t o u m d o s f a t o r e s q u e l e v a r a m . . . . . . 33. R e v o l u ç ã o F r a n c e s a . P a r a e v i t a r q u e 34. t o r v e l i n h o s i m i l a r v i t i m a s s e o R e i n o U n i d o , 35. Malthus argumentou que toda assistência aos 36. pobres deveria ser suspensa de imediato e a 37. t a x a d e n a t a l i d a d e d e v e r i a s e r s e v e r a m e n t e 38. controlada. 39. Já David Ricardo, que publicou em 1817 os 40. seus Princípios de economia política e tributação, 41. p r e o c u p a v a - s e c o m a e v o l u ç ã o d o p r e ç o d a 42. t e r r a . S e o c r e s c i m e n t o d a p o p u l a ç ã o e , 43. consequentemente , da produção agr ícola se 44. p r o l o n g a s s e , a t e r r a t e n d e r i a a s e t o r n a r 45. escassa . De acordo com a le i da oferta e da 46. procura , o preço do bem escasso - a terra - 47. deveria subir de modo contínuo. No l imite, os 48. d o n o s d a t e r r a r e c e b e r i a m u m a p a r t e c a d a 49. vez mais s ignif icat iva da renda nacional , e o 50. r e s t a n t e d a p o p u l a ç ã o , u m a p a r t e c a d a v e z 51. mais reduzida, destruindo o equil íbr io social . 52. De fato, o valor da terra permaneceu alto por 53. a lgum t em po , ma s , a o longo de sé cu lo X IX , 54. c a i u e m r e l a ç ã o . . . . . . o u t r a s f o r m a s d e 55. r i q u e z a , à m e d i d a q u e d i m i n u í a o p e s o d a 56. agr icultura na renda das nações . Escrevendo

57. n o s a n o s d e 1 8 1 0 , R i c a r d o n ã o p o d e r i a 58. a n t e v e r a i m p o r t â n c i a q u e o p r o g r e s s o 59. tecnológico e o crescimento industrial teriam 60. a o l o n g o d a s d é c a d a s s e g u i n t e s p a r a a 61. e v o l u ç ã o d a d i s t r i b u i ç ã o d a r e n d a .

01) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas nas linhas 17, 32 e 54, nesta ordem.

(A) às - à - a (B) as - à - a (C) às - à - à (D) às - a - à (E) as - a - a

02) Assinale a alternativa que está de acordo com o texto.

(A) A economia política clássica nasceu com a preocupa-ção de conter as transformações radicais que entraram em curso ao final do século XVIII e início do século XIX.

(B) Malthus descobriu que o dinamismo demográfico que caracterizou a França no século XVIII levava à estagnação dos salários no campo.

(C) A superpopulação, para Malthus, era uma ameaça porque ele via uma relação entre a situação da França, às vésperas da Revolução, e o fato de a França já ser, na época, um país populoso.

(D) Ricardo não via relação entre o crescimento da renda dos proprietários de terras e a queda da renda para o resto da população.

(E) A diferença básica entre as perspectivas de Malthus e de Ricardo é que o primeiro tinha preocupação com a injustiça social, e o segundo estava preocupado em assegurar os rendimentos dos proprietários de terra.

03) Considere as afirmações abaixo.

I - As transformações radicais que entraram em curso ao final do século XVIII e início do século XIX foram propelidas pelo crescimento demográfico sustentado, pelo início do êxodo rural e da Revolução Industrial.

II - Toda assistência aos pobres deveria ser suspensa e a taxa de natalidade deveria ser severamente con-trolada, a fim de evitar que torvelinho similar ao da Revolução Francesa vitimasse o Reino Unido.

III - O progresso tecnológico e o crescimento industrial tiveram importância para a evolução da distribuição da renda ao longo das décadas que se seguiram a 1810.

Quais dessas afirmações devem ser atribuídas ao autor do texto, T. Piketty?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III

Instrução: As questões de 01 a 09 estão relacionadas ao texto abaixo

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04) Geralmente, substantivos denotam seres ou coisas. Às vezes, no entanto, podem denotar ação ou processo.

Assinale a alternativa que contém um substantivo que, no texto, denota processo.

(A) economia (I. 01) (B) estagnação (I. 29) (C) similar(1. 34) (D) tornar (I. 44) (E) restante (I. 50)

05) Assinale a alternativa em que as três palavras possuem um radical que está relacionado com a noção de “povo”.

(A) política (I. 01) - publicou (I. 12) - população (I. 24) (B) política (I. 01) - população (I. 24) - pobres(1. 36) (C) demográfico (I. 08) - publicou (I. 12) - população (I. 24) (D) demográfico (l. 08)- publicou (I. 12) - propriedade (I. 31) (E) demográfico (1. 08)- propriedade (I. 31) - pobres (1. 36)

06) Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

(A) transformações radicais entraram em curso (I. 06-07) - transformações radicais foram entradas em curso.

(B) Para evitar que torvelinho similar vitimasse o Reino Unido (I. 33-34) - Para evitar que o Reino Unido fosse vitimado por torvelinho similar.

(C) toda assistênda aos pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser seve-ramente controlada (I. 35-38) - os pobres deveriam suspender de imediato toda assistência e deveriam controlar severamente a taxa de natalidade.

(D) os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nadonal (I. 47-49) - a renda nacional seria recebida por uma parte cada vez mais significativa dos donos da terra.

(E) o valor da terra permaneceu alto por algum tempo (I. 52-53) - o valor da terra foi permanecido alto por algum tempo.

07) Considere o trecho abaixo, extraído do texto, e as três propostas de reescrita para ele.

Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. (I. 19-23)

I - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pou-co mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

II - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa. Por volta de 1700, o Reino Unido tinha pou-co mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

IlI- Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pou-co mais de 8 milhões de pessoas. A França, entretanto,

já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

Quais estão corretas e preservam o sentido do trecho original?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

08) Assinale a alternativa que contém substituições adequadas para as expressões de longe (I. 19), dinamismo (I. 27), a evolução (I. 41), considerando o sentido dessas expressões no texto.

(A) com folga - crescimento - o aumento (B) à distância - crescimento - o progresso(C) com folga - deslocamento - o aumento (D) à distância - deslocamento - o aumento

09) Considere as seguintes afirmações acerca de elementos adverbiais do texto.

I - O advérbio consequentemente (I. 43) expressa que o crescimento prolongado da população é consequên-cia do crescimento prolongado da produção agrícola.

II - A oração destruindo o equilíbrio social (I. 51) expres-sa uma consequência de a renda dos proprietários de terra ser cada vez maior em relação à do resto da população.

IlI- A oração Escrevendo nos anos de 1810 (I. 56-57) ex-pressa a causa de Ricardo não ter conseguido antever que progresso tecnológico e crescimento industrial seriam importantes para a evolução da distribuição da renda.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

Instrução: As questões de 90 a 91 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. A n d r é D e v i n n e p r o c u r a c u l t i v a r a 02. ingenuidade - uma defesa contra tudo o que 03. n ã o e n t e n d e . P r e s s e n t e : h á a l g u m a c o i s a 04. irresolvida que está em parte alguma, mas os 05. nervos sentem- . . . . . . . . . . . . . Quem sabe seja uma 06. e s p é c i e d e v e r g o n h a . Q u e m s a b e o m e d o 07. e n i g m á t i c o d o s q u a r e n t a a n o s . C e r t a m e n t e 08. n ã o é a a n g ú s t i a d e s e v e r l a v a n d o o c a r r o 09. n u m a t a r d e d e s á b a d o , u m h o m e m d e s u a 10. posição. É até com delicadeza que se entrega 11. a o s o l d a s t r ê s d a t a r d e , a g a c h a d o , s e m 12. camisa, esfregando o pano sujo no pneu, num 13. r i t u a l d i s f a r ç a d o e m q u e e v i t a f o r m u l a r s e u 14. t r a n q u i l o d e s e s p e r o . A s s i m : e l e e s t á n u m a

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15. g u e r r a , m a s p o r a c a s o ; d e o n d e e s t á , 16. s u b m e r s o n a i n g e n u i d a d e , à q u a l s e a g a r r a 17. s e m s a b e r , n ã o c o n s e g u e v e r o i n i m i g o . 18. Talvez não haja nenhum. 19. – Filha, não fique aí no sol sem camisa. 20. A menina recuou até a sombra. Agachou-21. se, olhos negros no pai. 22. – Você vai pra praia hoje? 23. André Devinne contemplou o pneu lavado: 24. um bom trabalho. 25. – Não sei. Falou com a mãe? 26. – Ela está pintando. 27. A f i l h a t e m o m e s m o o l h a r d a m ã e , 28. quando Laura, da janela do atel iê , observa o 29. m a r d a B a r r a , t r a n f o r m a n d o a q u e l a e s t r e i t a 30. f a i x a d e a z u l a c i m a d a L a g o a , n u m a o u t r a 31. faixa, de outra cor, mas igualmente suave, na 32. te la em branco. Um olhar que invest iga sem 33. fer ir - que parece, de fato, ver o que está lá . 34. D e v i n n e e s p r e g u i ç o u - s e e s t i c a n d o a s 35. p e r n a s . L a r g o u o p a n o i m u n d o n o b a l d e , 36. sentou-se e olhou o céu, o horizonte, as duas 37. f a i x a s d e m a r , o a z u l d a L a g o a , v i v e n d o 38. momentaneamente o prazer de propr ietár io . 39. Lembrou-se da lição de inglês - It’s a nice day, 40. isn’t it? - e tentou .. . . . . . . . . . . de imediato, mas era 41. tarde: o corpo inteiro se povoou de lembrança 42. e ansiedade, exigindo explicações. Estava indo 43. b e m , a p r o f e s s o r a e r a u m a m u l h e r 44. competente, agradável , independente. Talvez 45. j u s t o p o r i s s o , e l e t e n h a c o m e t i d o a q u e l a 46. e s t u p i d e z . S e m p e n s a r , v o l t o u a c a b e ç a e 47. acenou para Laura , que do janelão do atel iê 48. respondeu- ............ com um gesto. A filha insistiu: 49. - Pai, você vai pra praia?50. Mudar todos os assuntos. 51. – Jul inha, o que é, o que é? Vive casando 52. e está sempre solteiro? 53. Ela riu. 54. - Ah, pai. Essa é fácil. O padre!

10) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 05, 40 e 48, nessa ordem.

(A) lhe - esquecê-Ia - lhe(B) na - esquecer-lhe - lhe(C) na - esquecê-Ia - o(D) lhe - esquecer-lhe - o(E) na - esquecê-Ia - lhe

11) Abaixo estão listados alguns dos principais acontecimen-tos reportados pelo texto; numere-os corretamente, de acordo com sua ordem cronológica.

( ) Devinne recorda-se da lição de inglês. ( ) Devinne pressente que algo está errado. ( ) Devinne comete uma estupidez. ( ) Devinne conversa com a filha enquanto lava o carro.

Assinale a alternativa que preenche corretamente os pa-rênteses, de cima para baixo.

(A) 4 - 2 - 1- 3 (B) 2 - 3 - 1- 4 (C) 3 - 4 - 2 - 1 (D) 1- 2 - 3 - 4 (E) 4 -1- 3 - 2

12) Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.

(A) Devinne pressente que algo se passa consigo e, por isso, busca intendonalmente analisar seus sentimen-tos.

(B) Devinne é realmente ingênuo; é por isso que ele não consegue, em momento algum, identificar a fonte de seu incômodo.

(C) Uma das coisas que incomoda Devinne é que, “sendo um homem de sua posição”, não deveria desperdiçar seu tempo com atividades como lavar o carro.

(D) Devinne, quando conversa com Julinha, “muda de assunto” porque os olhos da filha evocam sua culpa.

(E) Devinne volta-se e acena para Laura porque a vê, casualmente, no janelão do ateliê.

13) Considere as seguintes afirmações sobre propostas de alteração de frases do texto.

I - Se não entende (I. 03) fosse substituído por desconfia, seria necessário substituir o que (I. 02) por que.

II - Se está (I. 04) fosse substituído por ele não localiza, nenhuma outra alteração seria necessária à frase.

III - Se se agarra (I. 16) fosse substituído por ele se protege, seria necessário substituir à qual (I. 16) por com a qual.

Sem considerar alterações de sentido, quais afirmações mantêm a correção da frase?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

14) Considere o trecho abaixo, extraído e adaptado do texto (I. 03-09).

Pressente: há alguma coisa irresolvida que não está em parte alguma, mas que os nervos sentem. Quem sabe seja uma espécie de vergonha. Quem sabe seja o medo enigmático dos quarenta anos. Certamente não é a angústia de se ver lavando o carro numa tarde de sábado.

Suponha que o segmento Pressente: fosse substitu-ído por Estava lavando o carro quando pressentiu que. Quantas formas verbais teriam de ser alteradas no restante do trecho para garantir a correção das

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relações temporais?

(A) 02. (B) 03. (C) 04. (D) 05. (E) 06.

15) Considere as seguintes propostas de alteração de sinais de pontuação no texto.

I - Substituição da vírgula da linha 09 por ponto e vírgula. II - Substituição do ponto e vírgula da linha 15 por ponto

final. III - Substituição do ponto final da linha 35 por vírgula.

Desconsiderando eventuais ajustes no emprego de letras maiúsculas e minúsculas, quais propostas estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

16) Considere as seguintes sugestões de substituição de nexos.

I - Substituição de Talvez (I. 18) por Pode ser que. II - Substituição de quando (I. 28) por no momento em

que. III - Substituição de e (I. 52) por mas precedido de vírgula.

Quais preservariam o sentido e a correção do segmento do texto em que ocorrem?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

17) Considere as seguintes propostas de reescrita de segmen-tos do texto, envolvendo transposição de discurso direto para indireto.

I - — Filha, não fique aí no sol (I. 19): Devinne pediu à filha que não fique no sol. II - — Você vai pra praia hoje? (I. 22): A filha de Devinne lhe pergunta se ia pra praia hoje. III - — Não sei. Falou com a mãe? (I. 25): Devine respondeu à filha que não sabia e perguntou-

-lhe se ela tinha falado com sua mãe.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e lI. (D) Apenas II e III. (E) l, II e III.

Instrução: As questões de 18 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

0 1 . A v a r i a ç ã o l i n g u í s t i c a é u m a r e a l i d a d e q u e , 02. e m b o r a r a z o a v e l m e n t e b e m e s t u d a d a p e l a 03. s o c i o l i n g u í s t i c a , p e l a d i a l e t o l o g i a e p e l a 04. l i n g u í s t i c a h i s t ó r i c a , p r o v o c a , e m g e r a l , 05. r e a ç õ e s s o c i a i s m u i t o n e g a t i v a s . 0 6 . O s e n s o c o m u m t e m e s c a s s a p e r c e p ç ã o d e 07. q u e a l í n g u a é u m f e n ô m e n o h e t e r o g ê n e o , 08. q u e a l b e r g a g r a n d e v a r i a ç ã o e e s t á e m 09. m u d a n ç a c o n t í n u a . P o r i s s o , c o s t u m a 10. f o l c l o r i z a r a v a r i a ç ã o r e g i o n a l ; d e m o n i z a a 11. v a r i a ç ã o s o c i a l e t e n d e a i n t e r p r e t a r a s 12. m u d a n ç a s c o m o s i n a i s d e d e t e r i o r a ç ã o d a 13. l íngua. O senso comum não se dá bem com a 14. var iação l inguíst ica e chega, muitas vezes , a 15. explosões de ira e a gestos de grande violência 16. s i m b ó l i c a d i a n t e d e f a t o s d e v a r i a ç ã o . 1 7 . B o a p a r t e d e u m a e d u c a ç ã o d e q u a l i d a d e 18. tem a ver precisamente com o ensino de língua 19. - um ensino que garanta o domínio das práticas 20. s o c i o c u l t u r a i s d e l e i t u r a , e s c r i t a e f a l a n o s 21. espaços públicos. E esse domínio inclui o das 22. v a r i e d a d e s l i n g u í s t i c a s h i s t o r i c a m e n t e 23. i d e n t i f i c a d a s c o m o a s m a i s p r ó p r i a s a e s s a s 24. práticas - isto é, as variedades escritas e faladas 25. que devem ser identifica das como constitutivas 26. d a c h a m a d a n o r m a c u l t a . I s s o p r e s s u p õ e , 27. inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio 28. c o n c e i t o d e n o r m a c u l t a e s u a s e f e t i v a s 29. c a r a c t e r í s t i c a s n o B r a s i l c o n t e m p o r â n e o . 3 0 . P a r e c e c l a r o h o j e q u e o d o m í n i o d e s s a s 31. variedades caminha junto com o domínio das 32. r e s p e c t i v a s p r á t i c a s s o c i o c u l t u r a i s . P a r e c e 33. c l a r o t a m b é m , p o r o u t r o l a d o , q u e n ã o s e 34. t rata apenas de desenvolver uma pedagogia 35. q u e g a r a n t a o d o m í n i o d a s p r á t i c a s 36. s o c i o c u l t u r a i s e d a s r e s p e c t i v a s v a r i e d a d e s 37. l inguíst icas . Considerando o grau de rejeição 38. social das var iedades ditas populares, parece 39. que o que nos desafia é a construção de toda 40. u m a c u l t u r a e s c o l a r a b e r t a à c r í t i c a d a 41. d i s c r i m i n a ç ã o p e l a l í n g u a e p r e p a r a d a p a r a 42. combatê- Ia , o que pressupõe uma adequada 43. compreensão da heterogeneidade l inguíst ica 44. d o p a í s , s u a h i s t ó r i a s o c i a l e s u a s 45. característ icas atuais . Essa compreensão deve 46. a l c a n ç a r , e m p r i m e i r o l u g a r , o s p r ó p r i o s 47. e d u c a d o r e s e , e m s e g u i d a , o s e d u c a n d o s . 4 8 . C o m o f a z e r i s s o ? C o m o g a r a n t i r a 49. d isseminação dessa cultura na escola e pela 50. escola, considerando que a sociedade em que 51. e s s a e s c o l a e x i s t e n ã o r e c o n h e c e s u a c a r a 52. l inguíst ica e não só discr imina impunemente 53. pela l íngua, como dá sustento explícito a esse 54. tipo de discriminação? Em suma, como construir 55. u m a p e d a g o g i a d a v a r i a ç ã o l i n g u í s t i c a ?

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18) Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto.

(A) O senso comum costuma perceber a língua como um fenômeno heterogêneo que alberga grande variação e está em mudança contínua.

(B) Os gestos de grande violência simbólica constituem-se em fatos de variação linguística.

(C) O conceito de norma culta e suas características no Brasil contemporâneo são alvos de explosões de ira diante de fatos de variação linguística.

(D) Uma pedagogia que regule o domínio das variedades ditas populares deve ser privilegiada.

(E) A heterogeneidade linguística do Brasil deve ser com-preendida para que se possa construir uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua.

19) Considere as afirmações abaixo, sobre a construção de uma educação de qualidade.

I - Uma educação de qualidade deve, no que conceme à variação linguística, questionar as reações sociais advindas da percepção da língua como fenômeno homogêneo.

II - O desafio, para uma educação de qualidade, está em preparar a escola para combater a discriminação que tem origem nas diferenças entre as variedades linguísticas.

III - As variedades linguísticas próprias ao domínio da leitura, escrita e fala nos espaços públicos, que devem ser ensinadas pela escola, são as que não sofreram variações sociais.

Segundo o texto, quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

20) Considere as seguintes propostas de alteração da ordem de elementos adverbiais do texto.

I - Deslocamento de , em geral, (I. 04) para imediatamen-te antes de razoavelmente (I. 02).

II - Deslocamento de, muitas vezes, (I. 14) para imediata-mente antes de chega (I. 14).

III - Desfocamento de inclusive (I. 27), precedido de vírgula, para imediatamente depois de características(l. 29).

Quais propostas estão corretas e preservam o sentido do texto?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

21) Se a expressão toda uma cultura escolar (I. 39-40) fosse substituída por culturas escolares, quantas outras palavras do período deveriam ser alteradas para fins de concordância?

(A) 01. (B) 02. (C) 03. (D) 04. (E) 05.

22) Assinale a alternativa em que o sujeito das formas verbais tem o mesmo referente.

(A) tem (I. 06), demoniza (I. 10) e tende (I. 11). (B) tem (I. 06), está (I. 08) e costuma (I. 09). (C) alberga (I. 08), está (I. 08) e costuma (I. 09). (D) alberga (I. 08), dá(l. 13) e chega(1. 14). (E) está (I. 08), dá (I. 13) e chega (I. 14).

23) Segundo o texto, a sociedade concebe a variação e a mu-dança Iinguística como negativas.

Assinale a alternativa que contém palavras ou expressões que ilustram essa concepção.

(A) escassa (I. 06), explosões (I. 15) e ensino (I. 18) (B) folclorizar (I. 10), demoniza (I. 10) e deterioração (I. 12) (C) qualidade (I. 17), domínio (I. 19) e características (I. 29) (D) pedagogia (I. 34), desafia (I. 39) e compreensão (I. 43) (E) populares (I. 38), discriminação (I. 41) e heteroge-

neidade (I. 43)

24) Assinale a alternativa em que a substituição proposta acarretaria mudança significativa de sentido no texto, con-siderando o contexto em que cada palavra é empregada.

(A) escassa (I. 06) por pouca (B) alberga (I. 08) por abriga (C) precisamente (I. 18) por exatamente (D) identificadas(1. 23) por reconhecidas (E) domínio (I. 30) por enquadramento

25) Considere as afirmações abaixo, acerca das relações refe-renciais no texto.

I - dessas variedades (I. 30-31) retoma as variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (I. 24-26).

II - Ia (I. 42) retoma toda uma cultura escolar(1. 39-40). III - Essa compreensão (I. 45) retoma uma adequada

compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais (I. 42-45).

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2016

• Questão 1 - Crase

Na primeira lacuna, linha 17, a expressão adverbial “às véspe-ras” exige preposição e artigo (seria como dizer “nas véspe-ras”): daí a crase; na linha 32, temos a regência A de “levaram”, linha 32, e o artigo definido A, que acompanha “Revolução Francesa”, linha 33: daí a crase; na linha 54, ocorre apenas a preposição, regência nominal de “em relação”, sendo que, como a palavra A está no singular e “outras” no plural, não há artigo, consequentemente nem crase. Letra A

Módulo 8, questão 92, gabarito A

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 2 - Textos UFRGS

Veja os erros: em a), errada, a expressão correta não seria “conter” as transformações, mas analisá-las, entendê-las; em b), errada, veja, na linha 26, o tempo verbal no presente em “tudo leva a crer”: a relação estabelecida entre o dinamismo e a estagnação é do autor do texto, não de Malthus; em c), cer-ta, é exatamente o que diz o trecho entre as linhas 12 e 19; em d), errada, essa afirmação é desmentida pelo trecho entre as linhas 47 e 51; em e), errada, Malthus não tinha preocupação social, pois sugeriu suspender a assistência aos pobres (linhas 35 a 38), e Ricardo preocupava-se com o preço da terra (linhas 41 e 41). Letra C

módulo 20, questão 281, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Difícil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 3 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, certa, é exatamente a mesma frase das linhas 6 à 10; em II, errada, a afirmação é de Malthus, não do autor do texto; em III, certa, é a frase final do texto, entre as linhas 56 a 61. Letra D

Módulo 20, questão 282, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 4 - Textos UFRGS

Questão de vocabulário, definida pelo emprego do sufixo -ção: “estagnação” dá a ideia de «ação ou atitude de estagnar». Letra B

Módulo 20, questão 283, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 5 - Textos UFRGS

Vocabulário (ou estrutura da palavra...): só é possível resolver

essa questão associando o sentido das três palavras à ideia de “povo”, seja pelo radical “demo” seja pelos significados de “pu-blicar” (tornar público, do povo) e, o mais óbvio, “população”. Letra C

Módulo 20, questão 284, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 6 - Verbos

Veja os erros: a), errada, não há objeto direto, então a voz passiva é inviável; b), certa, o “Reino Unido”, OD, vira sujeito, e o tempo verbal é mantido como a acréscimo do verbo SER; em c), errada, a transformação foi para a ativa; em d), errada, o OD direto aparece mal transformado na posição de sujeito ; e), errada, o verbo é de ligação: sem OD, não há voz passiva. Letra B

Módulo 10, questão 231, gabarito B

Grau de facilidade: Difícil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 7 - PontuaçãoVeja os erros: as alterações em I e II não mudam o sentido, mas em III, a pontuação e a posição da expressão “por volta de 1700” não estão corretas. Originalmente, esse adjunto adverbial se referia às duas orações ligadas pelo nexo “enquanto”, e, na reescrita III, passa a acompanhar apenas a oração do “Reino Unido” (agora separada da outra por ponto final; além disso, os dois pontos estão mal empregados, já que não ocorre relação de explicação entre as orações que separa. Letra C

Módulo 19, questão 181, gabarito C

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 8 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: “de longe” está empregado em sentido figurado: se refere à diferença quantitativa, não à distância; o “dinamismo”, neste caso, é o aumento, não deslocamento, da população; quanto a valores, quantidades, se usa “aumento”, e não “progresso” (que tem conotação positiva). Letra A

Módulo 20, questão 285, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 9 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, é causa, não consequência; em II, certa, fácil de ver: poderia ser introduzida a expressão “por-tanto” aí; em III, certa, claro: é como dizer “já que escrevia”, “porque escrevia”. Letra D

Módulo 20, questão 286, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

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48

REVISÃO

• Questão 10 - Regência

Veja as justificativas: na linha 05, “sentir” é VTD, e a função de OD é desempenhada pelo pronome A, que, na presença da letra -m, vira NA; na linha 40, “esquecer” (sem os pronomes ME, TE, SE, NOS e VOS) é VTD, e o pronome A, na presença da letra R, vira LA; na linha 48, “responder” é VTI (A alguém), e o pronome correto é LHE. Letra E

Módulo 05, questão 90, gabarito E

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 11 - Textos UFRGS

(4) último fato da sequência cronológica, na linha 39;

(2) está na linha 3, antecedendo apenas o erro cometido da afirmação 1;

(1) Além da questão interpretativa (o mal estar que o persona-gem sente desde o início do texto é causado pela “estupidez”), o tempo verbal - pretérito mais que perfeito (e o pronome “aquela”) - na linha 45 denunciam a posição dessa afirmação na ordem cronológica;

(3) É a sequência da afirmação 2, logo após pressentir o pro-blema, a partir da linha 19. Letra A

Módulo 20, questão 287, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Boa

• Questão 12 - Textos UFRGS

Veja os erros: em a), errada, não se pode afirmar que é “inten-cionalmente”; em b), errada, não se pode afirmar que Devin-ne é “realmente ingênuo”, e ele dá indícios de que sabe a fonte de seu incômodo; em c), errada, o trecho entre as linhas 7 e 10 desmentem essa afirmação; em d), certa, veja as linhas 32 e 33; em e), errada, não foi “casualmente”. Letra D

Módulo 20, questão 288, gabarito D

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Regular

• Questão 13 - Regência

Veja os erros: Veja as justificativas: em I, errada, o correto se-ria “do que” (desconfiar pede a preposição DE); em II, certa, a regência presente na frase “EM”, do adjunto adverbial, seria mantida; em III, certa, “agarrar” exige a preposição A, e “pro-teger-se”, COM . Letra D

Módulo 05, questão 91, gabarito D

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 14 - Verbos

Questão que utiliza o raciocínio das transformações do dis-curso direto para o indireto: o presente do indicativo deve ser

passado para o pretérito imperfeito do indicativo, e o presente do subjuntivo, para o pretérito imperfeito do subjuntivo (há/havia, está/estava, sentem/sentiam, seja/fosse, seja/fosse, é/era). Letra E

Módulo 10, questão 232, gabarito E

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 15 - Pontuação

Veja os erros: em I, errada, depois da vírgula, não há frase completa (ocorreria uma frase fragmentada) - erro crasso; em II, certa, entre duas frases completas, essa troca é viável; em III, certa, como entre as orações ocorre uma relação de parale-lismo, elas fazem parte da mesma lista, a troca é perfeitamen-te possível. Letra D

Módulo 19, questão 182, gabarito D

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 16 - Textos UFRGS,

Veja as justificativas: em I, certa, seriam mantidos o sentido e a conjugação verbal; em II, errada, o sentido de continuida-de seria substituído pelo de pontualidade; em III, certa, como ocorre o sentido de oposição, é preferível usar a conjunção adversativa MAS . Letra C

Módulo 20, questão 289, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Boa

• Questão 17 - Verbos

Veja os erros da transformação para o discurso indireto: em I, errada, o correto seria “ficasse”; em II, errada, “iria”; em III, certa, presente do indicativo vira pretérito imperfeito do in-dicativo (sei/sabia), mudando a pessoa (primeira/terceira), e o pretérito perfeito vira mais que perfeito (falou/tinha falado). Letra B

Módulo 10, questão 233, gabarito B

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Boa

• Questão 18 - Textos UFRGS

Veja os erros: em a), errada, o correto seria “NÃO costuma”; em b), errada, relação absolutamente nada a ver; em c), erra-da, é a variação linguística, não a norma culta, que gera essas relações; em d), errada, não apenas das variedades ditas po-pulares, mas da variação em si; em e), certa, é o foco do texto. Letra E

Módulo 20, questão 290, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

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REVISÃO

• Questão 19 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, certa, é o foco do terceiro parágrafo, em especial entre as linhas 21 e 26; em II, certa, releia o trecho entre as linhas 37 e 47; em III, errada, na verdade, outras va-riedades também sofrem variações sociais. Letra C

Módulo 20, questão 291, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 20 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em I, errada, a referência do adjunto ad-verbial mudaria de “provoca” para “bem estudada”; em II, cer-ta, a referência permaneceria: “chega” (repare no E que ante-cede “chega”; em III, errada, a referência de inclusão mudaria de “discussão” para “características”.. Letra B

Módulo 20, questão 292, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 21 - Textos UFRGS

Questão de concordância nominal: mudam as expressões aberta, linha 40, e preparada, linha 41. Letra B

Módulo 20, questão 293, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Regular

• Questão 22 - Textos UFRGS

O sujeito da maioria dos verbos é “O senso comum”, linha 06, como ocorre em todos os verbos da a), certa. Veja os sujeitos diferentes: em b), errada, está (l.08: língua); em c), errada, al-berga (l. 08: língua), está (l.08: língua); d), errada, alberga (l. 08: língua); e), errada, está (l.08: língua). Letra A

Módulo 20, questão 294, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 23 - Textos UFRGS

Questão de vocabulário: a única alternativa em que todas as palavras têm conotação negativa, crítica, ocorre em b). “Fol-clorizar” é como “ironizar”; “demonizar”, “criticar intensamen-te”; “deterioração”, “destruição”. Letra B

Módulo 20, questão 295, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 24 - Textos UFRGS

Veja a justificativa: em e), errada, “domínio” é como “conheci-mento; “enquadramento” é “classificação”. Letra E

Módulo 20, questão 296, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 25 - Verbos

Veja as justificativas: em I, certa, referência correta; em II, erra-da, a referência correta seria “discriminação pela língua”, linha 41; em III, certa, referência correta. Letra C

Módulo 10, questão 297, gabarito C

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito boa

GABARITO01. A 02. C 03. D 04. B 05. C06. B 07. C 08. A 09. D 10. E11. A 12. D 13. D 14. E 15. D16. C 17. B 18. E 19. C 20. B21. B 22. A 23. B 24. E 25. C

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REVISÃO

PROVA DE REDAÇÃOObserve a charge abaixo.

Marco Aurelio. Zero Hora. 7 nov. 2015.

A charge faz referência à Feira do Livro de Porto Alegre. Na imagem, vê-se um grande número de pessoas, provavelmente visitantes, que não tiram os olhos de seus tablets e smartphones, o que sugere certa redução do protagonismo do livro, mesmo em uma feira de livros. O autor da charge apresenta seu ponto de vista sobre essa situação de uma perspectiva, sem dúvida, crítica, que pode ser inferida da expressão facial do livreiro.

Essa questão adquire contornos mais complexos, se avaliada a partir da passagem abaixo, também recentemente publicada.

[...] fiquei sabendo que a Amazon Books – a livraria on-line mais famosa do mundo – havia inaugurado sua primeira loja fí-sica nos Estados Unidos. Depois de duas décadas de vendas pela internet, ameaçando a existência das livrarias tradicionais, a gigante do comércio eletrônico se instalou numa loja de shopping com os 6 mil títulos mais vendidos e mais bem avaliados no seu site. Ou seja: em vez do texto virtual, para os leitores digitais, ou da encomenda on-line, as pessoas poderão pegar o livro na mão, apertar como se fosse um tomate, folhear e cheirar à vontade, exatamente como fazem os frequentadores da nossa feira porto-alegrense. E o mais importante: poderão levar o produto com elas, abrir e consumir em qualquer lugar, sem necessidade de bateria, wi-fi ou 3G.

Adaptado de: SOUZA, Nilson. Livros e tomates. Zero Hora. Segundo Caderno. 7 nov. 2015. p. 7.

Finalmente, e a título de informação suplementar, cabe lembrar a opinião de Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, em um livro cujo título é sugestivo, Não contem com o fim do livro.

“Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sinta-xe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher [...]. O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.”

ECO, Umberto; CARRIÈRE, Jean-Claude. Não contem com o fim do livro. Trad. André Telles. Rio de Janeiro-São Paulo: Record, 2010. p. 14.

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REVISÃO

A partir da leitura dos textos e considerando que, atualmente, discute-se, de diferentes pontos de vista, o futuro do livro no mundo contemporâneo, escreva um texto dissertativo sobre o tema abaixo.

O livro na era da digitalização do escrito e da adoção de novas ferramentas de leitura

Para desenvolver seu texto,- defenda um ponto de vista específico de abordagem do tema;- apresente argumentos que fundamentem seu ponto de vista sobre a abordagem do tema.

InstruçõesA versão final do seu texto deve:

1 - conter um título na linha destinada a esse fim;2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas.

Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2017

Instrução: As questões de 01 a 09 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. É preciso estabelecer uma distinção radical 02. entre um “brasi l” escrito com letra minúscula, 03. nome de um tipo de madeira de lei ou de uma 04. f e i t o r i a i n t e r e s s a d a e m e x p l o r a r u m a t e r r a 05. como outra qualquer , e o Brasi l que designa 06. u m p o v o , u m a n a ç ã o , u m c o n j u n t o d e 07. va lores , escolhas e ideais de v ida. O “bras i l ” 08. c o m b m i n ú s c u l o é a p e n a s u m o b j e t o s e m 09. vida, pedaço de coisa que morre e não tem a 10. m e n o r c o n d i ç ã o d e s e r e p r o d u z i r c o m o 11. s istema. Mas o Brasi l com B maiúsculo é algo 12. muito mais complexo. 13. E s t a m o s i n t e r e s s a d o s e m r e s p o n d e r e s t a 14. pergunta: afinal de contas, o que faz o brasi l , 15. B R A S I L ? N o t e - s e q u e s e t r a t a d e u m a 16. p e r g u n t a r e l a c i o n a I q u e , t a l c o m o f a z a 17. própria sociedade brasileira, quer juntar e não 18. dividir . Queremos, isto sim, descobrir como é 19. que eles se l igam entre s i ; como é que cada 20. u m d e p e n d e d o o u t r o ; e c o m o o s d o i s 21. f o r m a m u m a r e a l i d a d e ú n i c a q u e e x i s t e 22. c o n c r e t a m e n t e n a q u i l o q u e c h a m a m o s d e 23. “pátria”. 24. S e a c o n d i ç ã o h u m a n a d e t e r m i n a q u e 25. t o d o s o s h o m e n s d e v e m c o m e r , d o r m i r , 26. t r a b a l h a r , r e p r o d u z i r - s e e r e z a r , e s s a 27. d e t e r m i n a ç ã o n ã o c h e g a a o p o n t o d e 28. e s p e c i f i c a r t a m b é m q u a l c o m i d a i n g e r i r , d e 29. que modo produzir e para quantos deuses ou 30. e s p í r i t o s r e z a r . É p r e c i s a m e n t e a q u i , n e s s a 31. e s p é c i e d e z o n a i n d e t e r m i n a d a , m a s 32. n e c e s s á r i a , q u e n a s c e m a s d i f e r e n ç a s e , 33. nelas , os est i los , os modos de ser e estar ; os 34. “ j e i t o s ” d e c a d a g r u p o h u m a n o . T r a t a - s e , 35. s e m p r e , d a q u e s t ã o d e i d e n t i d a d e . 36. Como se constró i uma ident idade soc ia l? 37. C o m o u m p o v o s e t r a n s f o r m a e m B r a s i l ? A 38. pergunta , na sua discreta s ingeleza , permite 39. d e s c o b r i r a l g o m u i t o i m p o r t a n t e . É q u e , n o 40. meio de uma multidão de experiências dadas 41. a t o d o s o s h o m e n s e s o c i e d a d e s , a l g u m a s 42. n e c e s s á r i a s à p r ó p r i a s o b r e v i v ê n c i a - c o m o 43. c o m e r , d o r m i r , m o r r e r , r e p r o d u z i r - s e e t c . - 44. outras acidentais ou histór icas - , o Bras i l ter 45. s i d o d e s c o b e r t o p o r p o r t u g u e s e s e n ã o p o r 46. c h i n e s e s , a g e o g r a f i a d o B r a s i l t e r c e r t a s 47. c a r a c t e r í s t i c a s , f a l a r m o s p o r t u g u ê s e n ã o 48. francês, a família real ter se transferido para o 49. B r a s i l n o i n í c i o d o s é c u l o X I X e t c . - , c a d a 50. s o c i e d a d e ( e c a d a s e r h u m a n o ) a p e n a s s e 51. ut i l iza de um número l imitado de “coisas” (e 52. de experiências) para se construir como algo 53. único. 54. Nessa perspect iva , a chave para entender 55. a sociedade brasi le i ra é uma chave dupla . E , 56. p a r a m i m , a c a p a c i d a d e r e l a c i o n a I - d o 57. antigo com o moderno - t ipif ica e singulariza

58. a sociedade brasi leira. Será preciso, portanto, 59. discutir o Brasil como uma moeda. Como algo 60. q u e t e m d o i s l a d o s . E m a i s : c o m o u m a 61. real idade que nos tem i ludido, precisamente 62. p o r q u e n u n c a l h e p r o p u s e m o s e s t a q u e s t ã o 63. r e l a c i o n a I e r e v e l a d o r a : a f i n a l d e c o n t a s , 64. como se l igam as duas faces de uma mesma 65. moeda? O que faz o brasil, Brasil?

1) Assinale a alternativa que está de acordo com o sentido global do texto.

I - O brasil escrito com b minúsculo, nome de um tipo de madeira de lei, não faz parte do Brasil escrito com B maiúsculo, nome de uma nação.

II - O Brasil, como identidade social de um povo, constrói--se na relação entre as experiências necessárias à sobrevivência e as experiências históricas.

Ill- O Brasil, com B maiúsculo, é uma sociedade com indivíduos isolados, que comem, bebem, dormem e reproduzem- se.

Quais podem ser consideradas corretas, de acordo com o texto?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

02) Considere as afirmações abaixo.

I - As diferenças entre os grupos humanos são resolvidas pela questão de identidade.

II - O brasil e o Brasil dependem um do outro. Ill - O ser humano constrói-se como algo único a partir

das experiências de que se utiliza. Quais podem ser consideradas corretas, de acordo

com o que diz o texto?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e Ill. e) I, II e III.

03) Perguntas são recursos de estruturação textual que, além de levantar questionamentos, também podem fazer afir-mações. A respeito das perguntas utilizadas pelo autor no texto, considere as afirmações abaixo.

I - É impossível saber o que faz o brasil, Brasil. II - Existe uma identidade social construída no Brasil. Ill - Há uma identidade social entre Brasil e brasil, constru-

ída pelo povo brasileiro.

Quais afirmações podem ser depreendidas das perguntas existentes no texto?

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REVISÃO

a) Apenas I. b) Apenas m. c) Apenas. I e 11. d) Apenas 11 e 11I. e) I, 11 e 11I.

04) Considere as seguintes propostas de alteração de sinais de pontuação no texto.

I - Supressão da vírgula na linha 05. II - Substituição da vírgula na linha 09 por travessão. III - Substituição do ponto e vírgula na linha 19 por ponto

final. Desconsiderando eventuais ajustes no emprego de letras

maiúsculas e minúsculas, quais propostas estão corretas, no contexto do parágrafo em que ocorrem?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e Ill. e) I, II e III.

05) Considere os seguintes pares de elementos do texto.

I - e (I. 05) e E (1. 55). II - ou (I. 03) e ou (I. 29). III - se (I. 10) e Se (I. 24).

Em quais pares os dois elementos pertencem à mesma classe gramatical?

a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

06) A questão relacional da sociedade brasileira é explorada, no texto, por meio de metáforas.

Assinale a alternativa que contém essas metáforas.

a) nação (I. 06) - “pátria”(l. 23). b) “jeitos”(l. 34) - “coisas”(l. 51). c) português (I. 47) - francês (I. 48). d) chave dupla (I. 55) - moeda (I. 59). f) brasil(l. 65) - Brasi/(1. 65).

07) Assinale a alternativa que apresenta, no texto, os sentidos, contextualmente adequados, para os nexos Mas (I. 11), para (I. 52) e portanto (I. 58), nesta ordem.

a) contraste - finalidade - explicação b) concessão - conformidade - conclusão c) concessão - finalidade - explicação d) condição - conformidade - finalidade e) contraste - finalidade - conclusão

08) O deslocamento de segmentos de um texto pode ou não afetar as relações de sentido estabelecidas.

Assinale a alternativa em que o deslocamento de segmen-tos, considerando os ajustes com maiúscula, minúscula e pontuação, manteria as relações de sentido do parágrafo do texto em que ocorrem.

a) isto sim (I. 18) para imediatamente depois de si(1. 19). b) na sua discreta singeleza (I. 38) para imediatamente

antes de A pergunta (I. 37-38). c) Nessa perspectiva (I. 54) para imediatamente depois

de sociedade (I. 55). d) para mim (I. 56) para imediatamente antes de E(l. 55). e) E mais (I. 60) para imediatamente depois de iludido

(I. 61).

09) Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

a) como os dois formam uma realidade única (I. 20-21) - como uma realidade única é formada pelos dois.

b) trata-se, sempre, da questão de identidade (I. 34-35) - é tratado, sempre, da questão de identidade.

c) A pergunta, na sua discreta singeleza, permite des-cobrir algo muito importante (I. 37-39) - algo muito importante é perguntado, na sua discreta singeleza.

d) o Brasil ter sido descoberto por portugueses e não por chineses (I. 44-46) - portugueses, e não chineses, terem descoberto o Brasil.

e) nunca lhe propusemos esta questão relacional e reve-ladora (I. 62-63) - esta questão relacional e reveladora nunca lhe foi proposta.

Instrução: As questões de 10 a 17 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. N ã o f a z m u i t o q u e t e m o s e s t a n o v a T V 02. com controle remoto, mas devo dizer que se 03. trata agora de um instrumento sem o qual eu 04. n ã o s a b e r i a v i v e r . P a s s o o s d i a s s e n t a d o n a 05. velha poltrona, mudando de um canal para o 06. o u t r o - u m a t a r e f a q u e a n t e s e x i g i a c e r t a 07. m o v i m e n t a ç ã o , m a s q u e a g o r a f i c o u m u i t o 08. fácil . Estou num canal, não gosto - zap, mudo 09. p a r a o u t r o . E u g o s t a r i a d e g a n h a r e m d ó l a r 10. num mês o número de vezes que você troca 11. de canal em uma hora, diz minha mãe. Trata- 12. s e d e u m a p r e t e n s ã o f a n t a s i o s a , m a s p e l o 13. m e n o s i n d i c a d i s p o s i ç ã o p a r a o h u m o r , 14. admirável nessa mulher. 15. Sofre minha mãe. Sempre sofreu: infância 16. carente, pai cruel , etc . Mas o seu sofr imento 17. aumentou muito quando meu pai a deixou. Já 18. f a z t e m p o ; f o i l o g o d e p o i s q u e e u n a s c i , e 19. e s t o u a g o r a c o m t r e z e a n o s . U m a i d a d e e m 20. que se vê muita televisão, e em que se muda 21. d e c a n a l c o n s t a n t e m e n t e , a i n d a q u e m i n h a 22. m ã e a c h e i s s o u m a b s u r d o . D a t e l a , u m a 23. m o ç a s o r r i d e n t e p e r g u n t a s e o c a r o

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REVISÃO

24. t e l e s p e c t a d o r j á c o n h e c e c e r t o n o v o s a b ã o 25. em pó. Não conheço nem quero conhecer, de 26. m o d o q u e - z a p - m u d o d e c a n a l . “ N ã o m e 27. a b a n d o n e , M a r i a n a , n ã o m e a b a n d o n e ! ” . 28. Abandono, s im. Não tenho o menor remorso, 29. e agora é um desenho, que eu já vi duzentas 30. v e z e s , e - z a p - u m h o m e m f a l a n d o . U m 31. homem, abraçado. . . . . . . . . . .guitarra e létr ica , fa la 32. . . . . . . . . . . u m a e n t r e v i s t a d o r a . É u m r o q u e i r o . É 33. m e i o v e l h o , t e m c a b e l o s g r i s a l h o s , r u g a s , 34. f a l t a - l h e u m d e n t e . É o m e u p a i . 35. É s o b r e m i m q u e e l e f a l a . V o c ê t e m u m 36. f i lho, não tem?, pergunta a apresentadora, e 37. e l e , m e i o c o n s t r a n g i d o - s i t u a ç ã o p o u c o 38. admissível para um roqueiro de verdade - , diz 39. que sim, que tem um f i lho só que não vê há 40. muito tempo. Hesita um pouco e acrescenta: 41. você sabe, eu tinha que fazer uma opção, era 42. a famíl ia ou o rock. A entrevistadora, porém, 43. insiste (é chata, ela): mas o seu fi lho gosta de 44. rock? Que você saiba, seu fi lho gosta de rock? 45. E l e s e m e x e n a c a d e i r a ; o m i c r o f o n e , 46. p r e s o . . . . . . . . d e s b o t a d a c a m i s a , r o ç a - l h e o 47. p e i t o , p r o d u z i n d o u m d e s a g r a d á v e l e b e m 48. audível rascar . Sua angústia é compreensível ; 49. a í está , num programa local e de baix íss ima 50. a u d i ê n c i a - e a i n d a t e m d e p a s s a r p e l o 51. vexame de uma pergunta que o embaraça e à 52. q u a l n ã o s a b e r e s p o n d e r . E e n t ã o e l e m e 53. o l h a . V o c ê s d i r ã o q u e n ã o , q u e é p a r a a 54. c â m e r a q u e e l e o l h a ; a p a r e n t e m e n t e é i s s o ; 55. mas na real idade é a mim que ele olha, sabe 56. q u e , e m a l g u m l u g a r , d i a n t e d e u m a t e v ê , 57. e s t o u a f i t a r s e u r o s t o a t o r m e n t a d o , a s 58. l á g r i m a s m e c o r r e n d o p e l o r o s t o ; e n o m e u 59. o lhar e le procura a resposta . . . . . . . . . . .pergunta 60. da apresentadora : você gosta de rock? Você 61. g o s t a d e m i m ? V o c ê m e p e r d o a ? - m a s a í 62. comete um engano morta l : insens ive lmente , 63. a u t o m a t i c a m e n t e , s e u s d e d o s c o m e ç a m a 64. dedi lhar as cordas da gui tar ra , é o v íc io do 65. velho roqueiro. Seu rosto se i lumina e ele vai 66. dizer que sim, que seu fi lho ama o rock tanto 67. q u a n t o e l e , m a s n e s s e m o m e n t o - z a p - 68. aciono o controle remoto e ele some. Em seu 69. lugar, uma bela e sorridente jovem que está - 70. à e x c e ç ã o d o p e q u e n o r e l ó g i o q u e u s a n o 71. pulso - nua, completamente nua.

10) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas nas linhas 31, 32, 46 e 59, nesta ordem.

a) à - a - à - a b) à - à - a - a c) a - à - a - à d) a - a - à - a e) à - a - à - à

11) Assinale a alternativa que expressa, adequadamente, o sentido global do texto.

a) O narrador-personagem, um menino de treze anos, muda constantemente de canal de televisão com controle remoto porque procura seu pai - um artista antigo do rock -, desaparecido desde seu nascimento.

b) O narrador-personagem, um menino de treze anos, sofre porque sua mãe considera um absurdo que tro-que constantemente de canal, com controle remoto, e porque seu pai o abandonou por amar mais ao rock do que a ele.

c) O narrador-personagem foi abandonado pelo pai logo depois do nascimento e, após treze anos, seu pai, ao ser entrevistado em um canal de televisão, pede-lhe perdão com a confissão de que o ama tanto quanto ama o rock.

d) O narrador-personagem, um menino de treze anos, ao mudar constantemente de canal de televisão com controle remoto, depara-se, em um canal, com o pai, que o abandonara logo após seu nascimento.

e) O narrador-personagem, um adolescente, troca cons-tantemente de canal de televisão com controle remoto e, nessas mudanças, encontra o pai, um roqueiro bem sucedido, que estava desaparecido.

12) Assinale a afirmativa correta acerca dos usos das formas verbais no texto e dos seus sentidos.

a) O emprego de temos (I. 01) faz referência ao passado em que o narrador-personagem e sua mãe viveram a experiência de possuir uma televisão com controle remoto.

b) O emprego de gostaria (I. 09), no futuro do pretérito, faz referência ao desejo do narrador- personagem de ganhar mensalmente muitos dólares, assim como as muitas vezes em que troca os canais da televisão.

c) Os empregos de Trata-se (I. 11-12) e indica (I. 13) fazem referência ao presente em que o narrador-per-sonagem apresenta a sua opinião sobre a pretensão e a disposição de sua mãe.

d) Os empregos de sofre (I. 15) e sofreu (I. 15), no presen-te e no pretérito, fazem referência, respectivamente, ao presente e ao passado, momentos em que o narrador-personagem vive com sua mãe.

e) A forma verbal falando (I. 30) revela a ação de falar do pai do narrador-personagem no passado em que o narrador-personagem brincava de trocar os canais da televisão com controle remoto.

13) Assinale a alternativa que estabelece uma relação correta entre um pronome ou expressão e aquilo a que se refere no texto.

a) o qual (I. 03) - um instrumento b) isso (I. 22) - sofrimento da mãe do personagem c) ele (I. 35) - velho d) lhe (I. 46) - camisa e) seu lugar (I. 68-69) - lugar do rock

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REVISÃO

15) Na coluna da esquerda, abaixo, são listados modos diferentes de apresentação, pelo narrador, de discurso direto e indireto no interior da narrativa; na coluna da direita, passagens que correspondem à caracterização desses discursos e suas relações aos dizeres do narrador-personagem e demais personagens presentes no texto.

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

1 - Passagem que traz o discurso direto do narra-dor-personagem, que revela os diálogos entre ele e a televisão.

2 - Passagem que traz o discurso direto, que revela o dizer da mãe do narrador- personagem.

3 - Passagem que traz o discurso indireto, que re-vela o dizer da mãe do narrador- personagem.

4 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador- personagem do dizer do pai.

5 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador- personagem a respeito do que o pai irá responder.

6 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador- persónagem da resposta dos leitores sobre suas convicções.

( ) Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca de canal em uma hora [...] (I. 09-11)

( ) Não conheço nem quero conhecer [ ...] (I. 25) ( ) Vocês dirão que não, que é para a câmera que

ele olha [...] (I. 53-54) ( ) ele vai dizer que sim, que seu filho ama o rock

tanto quanto ele [...] (I. 65-67)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 1 - 5 - 3 - 4. b) 2 - 1 - 6 - 5. c) 3 - 6 - 4 - 5. d) 4 - 2 - 3 - 1. e) 5 - 3 - 6 - 1.

16) Associe cada ocorrência de sinal de pontuação, à esquerda, com o sentido, à direita, que tal sinal ajuda a expressar no contexto em que ocorre.

( ) Dois pontos (I. 15 e I. 62) 1 - Assinala exemplificação ( ) Exclamação (I. 27) 2 - Anuncia explicações ( ) Interrogação (I. 44) 3 - Incita resposta 4 - Enfatiza pedido

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1 - 3 - 2. b) 1 - 4 - 3. c) 2 - 3 - 1. d) 2 - 4 - 1. e) 2 - 4 - 3.

17) A alternativa que contém sentidos adequados para as palavras disposição (I. 13), remorso (I. 28) e constrangido (I. 37), considerando o contexto em que ocorrem, é

a) inclinação - culpa - entristecido. b) interesse - angústia - entristecido. c) inclinação - angústia - contrafeito. d) interesse - culpa - entristecido. e) inclinação - culpa - contrafeito.

Instrução: As questões de 18 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. Muita gente que ouve a expressão “políticas 02. l inguíst icas” pela primeira vez pensa em algo 03. solene, formal, oficial , em leis e portarias, em 04. a u t o r i d a d e s o f i c i a i s , e p o d e f i c a r s e 05. perguntando o que seriam leis sobre l ínguas. 06. De fato, há leis sobre l ínguas, mas as políticas 07. l inguísticas também podem ser menos formais 08. - e n e m p a s s a r p o r l e i s p r o p r i a m e n t e d i t a s . 09. E m q u a s e t o d o s o s c a s o s , f i g u r a m n o 10. cot idiano, pois envolvem não só a gestão da

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REVISÃO

11. l i n g u a g e m , m a s t a m b é m a s p r á t i c a s d e 12. l i n g u a g e m , e a s c r e n ç a s e v a l o r e s q u e 13. circulam a respeito delas. Tome, por exemplo, 14. a situação do cidadão das classes confortáveis 15. b r a s i l e i r a s , q u e q u e r q u e a e s c o l a e n s i n e a 16. norma culta da l íngua portuguesa . E le fo lga 17. em saber que se vai exigir isso dos candidatos 18. à s v a g a s p a r a o e n s i n o s u p e r i o r , m a s n e m 19. s e m p r e o b s e r v a o u e x i g e o m e s m o p a d r ã o 20. c u l t o , p o r e x e m p l o , n a a t a d e c o n d o m í n i o , 21. q u e e l e a p r o v a c o m o e s t á , d e s a p e g a d a d a 22. o r t o g r a f i a e d a s r e g r a s d e c o n c o r d â n c i a 23. v e r b a i s e n o m i n a i s p r e c o n i z a d a s p e l a 24. g r a m á t i c a n o r m a t i v a . E l e a c h a ó t i m o q u e a 25. escola dos f i lhos faça bater ias de exerc íc ios 26. para f ixar as normas ortográf icas , mas pouco 27. s e i n c o m o d a c o m o s p r o b l e m a s d e r e d a ç ã o 28. n o s e n u n c i a d o s d a s t a r e f a s d i r i g i d a s à s 29. c r i a n ç a s o u n o s t e x t o s d e c o m u n i c a ç ã o d a 30. escola dir ig idos à comunidade escolar . Essas 31. s ã o p o l í t i c a s l i n g u í s t i c a s . A f i n a l , o n d e h á 32. g e n t e , h á g r u p o s d e p e s s o a s q u e f a l a m 33. l í n g u a s . E m c a d a u m d e s s e s g r u p o s , h á 34. d e c i s õ e s , t á c i t a s o u e x p l í c i t a s , s o b r e c o m o 35. proceder , sobre o que é acei tável ou não, e 36. por a í a fora . Vamos chamar essas escolhas - 37. assim como as discussões que levam até elas 38. e as ações que delas resultam - de pol í t icas . 39. E s s e s g r u p o s , p e q u e n o s o u g r a n d e s , d e 40. p e s s o a s t r a t a m c o m o u t r o s g r u p o s , q u e p o r 41. sua vez usam l ínguas e têm as suas pol ít icas 42. i n t e r n a s . V i v e n d o i m e r s o s e m l i n g u a g e m e 43. tendo constantemente que l idar com outros 44. indivíduos e outros grupos mediante o uso da 45. l i n g u a g e m , n ã o s u r p r e e n d e q u e o s r e c u r s o s 46. de l inguagem lá pelas tantas se tornem, eles 47. p r ó p r i o s , t e m a d e ’ p o l í t i c a e o b j e t o s d e 48. p o l í t i c a s e x p l í c i t a s . C o m o e s s e s r e c u r s o s 49. podem ou devem se apresentar? Que funções 50. e l e s p o d e m o u d e v e m t e r ? Q u e m p o d e o u 51. d e v e t e r a c e s s o a e l e s ? M u i t o d o q u e 52. f a z e m o s , p o r t a n t o , d i z r e s p e i t o à s p o l í t i c a s 53. linguísticas.

18) Considere as afirmações abaixo.

I - Alguns cidadãos brasileiros discordam das leis exis-tentes sobre a língua.

II - Alguns cidadãos brasileiros querem que se exija dos candidatos às vagas para o ensino superior a mesma norma culta que eles exigem nas atas de condomínio.

III - As escolas dos filhos de alguns cidadãos brasileiros comunicam-se com a comunidade escolar por meio de textos com problemas de redação.

Segundo o texto, quais podem ser consideradas corretas?

a) Apenas I. b) Apenas lI. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III.

19) Assinale a alternativa correta, de acordo com o sentido do texto.

a) O padrão culto exigido dos candidatos ao ensino superior costuma ser o mesmo exigido nas atas de condomínio.

b) Políticas linguísticas são aspectos menos formais e não se apresentam em leis ou portarias oficiais.

c) Políticas linguísticas são decisões tomadas por grupos, pequenos ou grandes, de gestores.

d) Políticas linguísticas envolvem práticas de linguagem e crenças e valores que as pessoas têm sobre essas práticas.

e) O cidadão das classes confortáveis brasileiras vê problemas de políticas linguísticas nos textos de co-municação da escola dirigidos à comunidade escolar.

20) Assinale a alternativa em que a substituição proposta mantém o sentido da passagem do texto em que ocorre, considerando o contexto em que a palavra é empregada.

a) solene (I. 03) por simples b) formais (I. 07) por gramaticais c) preconizadas (I. 23) por recomendadas d) baterias (I. 25) por tarefas e) tácitas (I. 34) por precisas

21) Se a expressão políticas linguísticas (I. 06-07) fosse para o singular, quantas outras alterações seriam necessárias no período para manter-se a concordância?

a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.

22) Considere as seguintes sugestões de substituição de ex-pressões articuladoras no texto.

I - Substituição de pois (I. 10) por entretanto. II - Substituição de assim como (I. 37) por bem como. III - Substituição de portanto (I. 52) por por conseguinte.

Quais preservariam o sentido e a correção do segmento em que ocorrem?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

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REVISÃO

23) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, acerca das relações referenciais no texto.

( ) delas (I. 13) retoma políticas linguísticas (I. 06-07). ( ) Ele (I. 16) retoma cidadão das c/asses confortáveis

brasileiras (I. 14-15). ( ) elas (I. 37) retoma as discussões (I. 37). ( ) eles (1. 51) retoma esses,recursos (1. 48).

A alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo, é

a) F - V - F - V. b) F - V - F - F. c) F - F - V - V. d) V - F - V - F. e) V - V - F - V.

24) Assinale a alternativa em que o prefixo des atribui à forma a que se agrega o mesmo sentido que atribui à desapegada (I. 21).

a) Desdenhada. b) Designada. c) Desabrochada. d) Destrambelhada. e) Desabitada.

25) Considere as possibilidades de reescrita apresentadas abaixo para a seguinte passagem do texto.

Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas que falam línguas. Em cada um desses grupos, há decisões, tácitas ou explícitas, sobre como proceder, sobre o que é aceitá-vel ou não, e por aí afora. Vamos chamar essas escolhas - assim como as discussões que levam até elas e as ações que delas resultam - de políticas. (I. 31-38)

I - Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas que falam línguas, e em cada um desses grupos há decisões - tácitas ou explícitas - sobre como proceder, sobre o que é aceitável ou não, etc. Vamos chamar de políticas essas escolhas, assim como as discussões que levam até elas e as ações que delas resultam.

II - Vamos chamar as discussões que levam às escolhas feitas por cada um dos grupos de pessoas que falam línguas, bem como as ações que resultam dessas dis-cussões, as decisões, tácitas ou explícitas, sobre como proceder, sobre o que é aceitável ou não, de políticas. Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas que falam línguas.

III - Vamos chamar de políticas as decisões, tácitas ou exptícítas, de grupos de línguas faladas por pessoas. Afinal, onde há gente, há escolhas sobre como pro-ceder, sobre o que é aceitável ou não, e por aí afora, assim como as discussões que levam até elas e as ações delas resultantes.

Quais estão corretas e preservam o sentido do trecho original?

a) Apenas I, b) Apenas II. c) Apenas II!. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

GABARITO01. B 02. D 03. D 04. B 05. C06. D 07. E 08. B 09. A 10. E11. D 12. C 13. A 14. B 15. B16. E 17. E 18. C 19. D 20. C21. C 22. D 23. A 24. E 25. A

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2017

• Questão 1 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, claro que faz parte: é por isso que o autor faz uma distinção entre “brasil” e “Brasil”; em II, certa, é o que diz o parágrafo entre as linhas 36 a 53; em III, errada, não são “isolados”.

Módulo 20, questão 298, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 2 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, o texto não faz essa afirmação; em II, certa, afirmação que está entre as linhas 18 e 23; em III, cer-ta, afirmação das linhas 39 e 53.

Módulo 20, questão 299, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 3 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, o texto não faz essa afirmação, pelo contrário: tenta encontrar essa distinção; em II, certa, afirma-ção que está entre as linhas 36 e 53; em III, certa, idem à an-terior.

Módulo 20, questão 300, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 4 - PontuaçãoVeja os erros: em I, errada, a conjun-ção E, ligando orações de sujeitos diferentes, exige a vírgula antes dela; em II, certa, o aposto no final da frase admite as duas pontuações; em III, errada, haveria uma quebra de para-lelismo entre as três orações em sequência.

Módulo 19, questão 185, gabarito B

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 5 - Textos UFRGSAs expressões E e OU são sempre conjunções. Em III, o SE da linha 10 é pronome reflexivo, en-quanto o da linha 24 é conjunção condicional.

Módulo 20, questão 301, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 6 - Textos UFRGS

Veja a justificativa: as expressões “chave dupla” e “moeda” são metáforas para os “dois lados” da identidade nacional.

Módulo 20, questão 302, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 7 - Textos UFRGS

Veja os erros: MAS é conjunção adversativa (a ideia é de opo-sição, contraste: “concessão” está relacionada às subordinati-vas); PARA é conjunção final (equivale a “a fim de”); PORTAN-TO é sempre conjunção conclusiva.

Módulo 20, questão 303, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 8 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em a), errada, a expressão deslocada passaria a se referir a”entre si”; em b), certa, manteria a refe-rência ao verbo “permite”; em c), errada, a frase ficaria mal construída; em d), errada, a frase ficaria mal construída; e), errada, a frase ficaria mal construída.

Módulo 20, questão 304, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 9 - Verbos

Veja as justificativas: em a), certa, o sentido e a locução da passiva (SER + PERTICÍPIO) estão corretos; em b), errada, a ati-va tem VTI; em c), errada, a locução da passiva está mal cons-truída: falta o verbo “descobrir”; em d), errada, a frase original já está na passiva; e), errada, faltou o agente da passiva (“por nós”).

Módulo 10, questão 234, gabarito A

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 10 - Crase

Veja as justificativas: na linha 31, “abraçado” exige a preposi-ção A, que provoca a crase com o artigo A de “guitarra”; na linha 32, “uma”, artigo indefinido, impede a presença da crase; na linha 46, “preso” exige a preposição A, que leva à crase com o artigo A de “camisa”; na linha 59, “resposta” exige a preposi-ção A, provocando a crase com o artigo A de “pergunta”.

Módulo 08, questão 94, gabarito E

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59

REVISÃO

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 11 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em a), errada, o texto não relaciona a tro-ca de canais com a busca pelo pai (parece, inclusive, ter acon-tecido por casualidade); em b), errada, nenhuma das duas afirmações tem sustentação no contexto; em c), errada, nada a ver!!! ; em d), certa, afirmação genérica, mas que resume o fato principal do texto; e), errada, pelo texto, não sabemos se o roqueiro era bem sucedido ou se estava desaparecido.

Módulo 20, questão 305, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 12 - Verbos

Veja os erros: em a), errada, a referência é o presente, quando eles já têm a TV; em b), errada, é a mãe do narrador que faz referência a ganhar os dólares; em c), certa, basta reler o con-texto; em d), errada, o da linha 15 engloba a infância da mãe do narrador; em e), errada, o verbo não se refere ao passado, mas ao presente.

Módulo 10, questão 235, gabarito C

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 13 - Textos UFRGS

Veja os erros: em a), certa, ;em b), errada, refere-se a “mudar de canal”; em c), errada, “ele” é “o meu pai”; em d), errada, re-fere-se a “ele”, linha 45; em e), errada, refere-se a “ele”, linha 68.

Módulo 20, questão 306, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Boa

• Questão 14 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, na linha 2, a referência é o controle remoto; em II, certa, é justamente esse o sentido da interjei-ção “zap”; em III, errada, não é o pai, mas o próprio narrador-personagem que faz a afirmação.

Módulo 20, questão 307, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 15 - Textos UFRGS

(2) o sujeito expresso da frase “Eu” é a mãe do narrador-perso-

nagem, que comenta o comportamento deste;

(1) a afirmação se refere à atitude do narrador-personagem ao assistir à TV;

(6) “vocês” é a referência aos leitores;

(5) “ele” é o pai do narrador-personagem.

Módulo 20, questão 308, gabarito B (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 16 - Textos UFRGS

(2) são explicações sobre o sofrimento da mãe e sobre o «engano mortal»;

(4) é o pedido expresso pela forma verbal no imperativo “abandone”;

(3) Óbvio: se trata de uma entrevista.

Módulo 20, questão 309, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Boa

• Questão 17 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: “disposição” é mais comportamental, como “inclinação”; “remorso” é um sentimento de culpa, de uma atitude já concluída, não uma expectativa (como seria a “angústia); e “constrangido” não tem a ver com “triste”.

Módulo 20, questão 310, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 18 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, o texto não faz essa afirmação; em II, errada, comparação nada a ver: as “atas” sequer são escritas na norma culta; em III, certa, afirmação das linhas 26 a 30.

Módulo 20, questão 311, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 19 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em a), errada, as atas de condomínio não costumam ser escritas em português culto; em b), errada, o texto não faz essa afirmação; em c), errada, o texto não faz essa afirmação; em d), certa, é a afirmação entre as linhas 9 e 13; e), errada, aí é que está a discussão do texto: o cidadão não vê esses problemas.

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60

REVISÃO

Módulo 20, questão 312, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 20 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em a), errada, “solene” é contrário de “simples”; em b), errada, “formais” seria, neste caso, “ligada à lei”; em c), certa; em d), errada, “baterias” seriam “conjuntos, listas”; e), errada, “tácitas” são “implícitas”.

Módulo 20, questão 313, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 21 - Verbos

Questão de concordância verbal: mudam as expressões as, li-nha 06, podem, linha 07, e formais, na mesma linha.

Módulo 10, questão 236, gabarito C (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 22 - Textos UFRGS

Veja os erros: em I, errada, “pois” é explicativo, e “entretanto” é adversativo; em II, certa, são duas conjunções comparativas sinônimas; em III, certa, são duas conjunções conclusivas si-nônimas.

Módulo 20, questão 314, gabarito D (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 23 - Textos UFRGS

Veja os erros: “delas” retoma “práticas de linguagem”, nas li-nhas 11 e 12, e “elas” retoma “escolhas”, linha 36.

Módulo 20, questão 315, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 24 - Estrutura da Palavra

Veja a justificativa: em e), certa, temos o mesmo prefixo de negação : “habitada” X “desabitada” .

Módulo 12, questão 90, gabarito E (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 25 - Textos UFRGS

Veja as justificativas: em I, certa, mas com gabarito muito discutível: o enunciado exige correção gramatical, porém o adjunto adverbial “em cada um desses grupos”, longo, deslo-cado e de pontuação obrigatória, não apresenta vírgulas; em II, errada, ocorre mudança de sentido, linha 41; em III, errada, idem à anterior.

Módulo 20, questão 316, gabarito A (Livro Virtual)

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

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61

REVISÃO

PROVA DE REDAÇÃO

Leia a surpreendente e generosa confissão feita pelo moçambicano Mia Couto:

Muitas vezes nos queixamos de que os jovens de hoje vivem uma cultura de imitação. Mas os jovens de ontem também o fizeram. E isso sucede em todo o mundo, em todos os tempos. Eu também já imitei e creio que quase tudo começa por via da inspiração de modelos exteriores. (...). O melhor modo de criar um estilo próprio é receber influências, as mais diversas e variadas influências.

COUTO, M. Despir a voz. In:____. E se Obama fosse africano? Ensaios. São Paulo:Companhia das Letras, 2001.

Sim, Mia Couto, um dos maiores escritores da atualidade, diz que o seu estilo não nasceu do nada, que o “outro”, os “modelos exteriores”, serviram-lhe de inspiração. Na verdade, o que o autor destaca é a sutil diferença existente entre a mera repetição e a inspiração, que permite criar o novo. Ter um estilo é saber criar a partir do já estabelecido. Ter um estilo é singularizar-se em meio à pluralidade.

Não muito distante do que disse o escritor, está a declaração de Elis Regina, uma das grandes cantoras do Brasil, a um pro-grama de televisão:

Eu realmente devo a Ângela Maria ter descoberto que podia ser cantora; comecei a minha carreira de cantora imitando descaradamente – é com extrema felicidade que eu confesso isso – Ângela Maria; até hoje, em certos momentos de minhas apresentações, eu saco na minha voz a voz de Ângela Maria, e tenho profundo orgulho disso. E Ângela Maria é, para mim, a maior cantora que o Brasil já teve até hoje...

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=D7Z0f7gqZvk>. Acesso em: 02 dez. 2016.

A grande Elis Regina, cujo estilo é inconfundível, também soube criar seu “jeito”, seu estilo, “imitando”. Como se pode ver, tanto o escritor quanto a cantora usam a ideia geral de “imitação” como algo positivo, como algo a partir

do que conseguiram achar o seu estilo: de escrever, em um caso; de cantar, em outro. A imitação, nesses dois exemplos, é um ponto de partida; não um ponto de chegada.

A respeito do mesmo tema, e em uma direção bastante crítica, o filósofo francês Dany-Robert Dufour (2008) afirma que o mundo atual dá pouco, ou nenhum, lugar àquele que se distingue dos demais. Parece que o estilo de hoje em dia, então, é exa-tamente não ter estilo, é permanecer no “universo do mesmo”, da imitação.

Você já deve ter percebido: a “imitação” que produziu o novo, um novo estilo, em Mia Couto e em Elis Regina, também pode ser vista como causa da repetição sem estilo, conforme opinião de Dufour. Tudo depende de como cada um de nós se relaciona com o mesmo e com o diferente.

Ora, para ter um estilo não é necessário produzir uma obra de arte, como os exemplos de Mia Couto ou de Elis Regina poderiam, em um primeiro momento, levar a crer; ter um estilo é, antes, poder dizer “este sou eu”, “este é o meu jeito”. É essa singularidade que faz, de cada um, um ser único.

E você o que pensa sobre essa questão? As pessoas, hoje em dia, apenas repetem, imitam ou conseguem produzir um estilo próprio?

Considerando as reflexões acima, elabore uma dissertação sobreo que é ter um estilo.

Para tanto, você deve:- apresentar o seu entendimento sobre o que é ter um estilo;- exemplificar ou com fatos, ou com acontecimentos ou com situações da vida cotidiana, sua ou de qualquer outra pessoa, o

que é ter um estilo;- desenvolver argumentos que evidenciem que o exemplo dado permite identificar um estilo singular.

InstruçõesA versão final do seu texto deve:1 - conter um título na linha destinada a esse fim;2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas.

Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2018

Instrução: As questões 01 a 08 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. Nada mais importante para chamar a02. atenção sobre uma verdade do que exagerá-03. Ia . Mas também, nada mais perigoso, . . . . . . . . . . . . . .04. um dia vem a reação indispensável e a relega05. i n j u s t a m e n t e p a r a a c a t e g o r i a d o e r r o , a t é06. que se efetue a operação di f íc i l de chegar a07. um ponto de vista objet ivo, sem desf igurá- Ia08. d e u m l a d o n e m d e o u t r o . É o q u e t e m09. ocorrido com o estudo da relação entre a obra10. e o seu condic ionamento socia l , que a certa11. a l t u r a c h e g o u a s e r v i s t a c o m o c h a v e p a r a12. c o m p r e e n d ê - I a , d e p o i s f o i r e b a i x a d a c o m o13. fa lha de v isão, - e ta lvez só agora comece a14. s e r p r o p o s t a n o s d e v i d o s t e r m o s .15. D e f a t o , a n t e s s e p r o c u r a v a m o s t r a r q u e16. o v a l o r e o s i g n i f i c a d o d e u m a o b r a17. d e p e n d i a m d e e l a e x p r i m i r o u n ã o c e r t o18. a s p e c t o d a r e a l i d a d e , e q u e e s t e a s p e c t o19. c o n s t i t u í a o q u e e l a t i n h a d e e s s e n c i a l .20. D e p o i s , c h e g o u - s e à p o s i ç ã o o p o s t a ,21. procurando-se mostrar que a matéria de uma22. obr a é secundár ia , e que a su a importância23. deriva das operações formais postas em jogo,24. conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna25. d e f a t o i n d e p e n d e n t e d e q u a i s q u e r26. c o n d i c i o n a m e n t o s , s o b r e t u d o s o c i a l ,27. c o n s i d e r a d o i n o p e r a n t e c o m o e l e m e n t o d e28. c o m p r e e n s ã o . H o j e s a b e m o s q u e a29. i n t e g r i d a d e d a o b r a n ã o p e r m i t e a d o t a r30. n e n h u m a d e s s a s v i s õ e s ; e q u e s ó a31. podemos entender fundindo texto e contexto32. n u m a i n t e r p r e t a ç ã o d i a l e t i c a m e n t e í n t e g r a ,33. e m q u e t a n t o o v e l h o p o n t o d e v i s t a q u e34. e x p l i c a v a p e l o s f a t o r e s e x t e r n o s , q u a n t o o35. o u t r o , n o r t e a d o p e l a c o n v i c ç ã o d e q u e a36. e s t r u t u r a é v i r t u a l m e n t e i n d e p e n d e n t e , s e37. c o m b i n a m c o m o m o m e n t o s n e c e s s á r i o s d o38. processo interpretat ivo. Sabemos, a inda, que39. o e x t e r n o ( n o c a s o , o s o c i a l ) i m p o r t a , n ã o40. como causa, nem como significado, mas como41. e l e m e n t o q u e d e s e m p e n h a c e r t o p a p e l n a42. c o n s t i t u i ç ã o d a e s t r u t u r a , t o r n a n d o - s e ,43. p o r t a n t o , i n t e r n o .44. N e s t e c a s o , s a í m o s d o s a s p e c t o s 45. p e r i f é r i c o s d a s o c i o l o g i a , o u d a h i s t ó r i a 46. s o c i o l o g i c a m e n t e o r i e n t a d a , p a r a c h e g a r a 47. u m a i n t e r p r e t a ç ã o e s t é t i c a q u e a s s i m i l o u a 48. d imensão socia l como fator de arte . Quando 49. i s t o s e d á , o c o r r e o p a r a d o x o a s s i n a l a d o 50. in ic ia lmente : o externo se torna interno e a 51. c r í t i c a d e i x a d e s e r s o c i o l ó g i c a , p a r a s e r 52. apenas crít ica. Segundo esta ordem de ideias,53. o â n g u l o s o c i o l ó g i c o a d q u i r e u m a v a l i d a d e 54. maior do que t inha. Em. . . . . . . . , não pode mais 55. s e r i m p o s t o c o m o c r i t é r i o ú n i c o , o u m e s m o 56. preferencial , pois a importância de cada fator 57. depende do caso a ser anal isado. Uma crít ica

58. q u e s e q u e i r a i n t e g r a l d e v e d e i x a r d e s e r 59. u n i l a t e r a l m e n t e s o c i o l ó g i c a , p s i c o l ó g i c a o u 60. l i n g u í s t i c a , p a r a u t i l i z a r l i v r e m e n t e o s 61. e l e m e n t o s c a p a z e s d e c o n d u z i r e m a u m a 62. i n t e r p r e t a ç ã o c o e r e n t e .

01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 03, 30 e 54, nessa ordem.

(A) porque - dissociadas - compensassão(B) por que - dissossiadas - compenssação (C) por que - dissociadas - compensassão (D) porque - dissociadas - compensação (E) porque - dissossiadas - compensação

02. Assinale a afirmação que está de acordo com a argumen-tação defendida pelo autor no texto.

(A) O autor defende um ponto de vista objetivo de análise que trate da relação entre a obra e o condicionamen-to social, por meio de intepretação exacerbada da realidade, concebida como verdade, para chamar a atenção do leitor.

(B) O autor defende que o valor e o significado de uma obra são dependentes de sua relação com a realidade e que este aspecto constitui o essencial da análise literária, por agregar uma história sociologicamente orientada, com a valorização dos aspectos externos à obra.

(C) O autor defende uma análise unicamente sociológica da obra para que se configure uma interpretação assimilada à realidade, que conceda uma validade maior ao ângulo sociológico e se chegue à verdade no processo interpretativo.

(D) O autor defende uma interpretação coerente e esté-tica, que considere o aspecto externo (social) como interno e como fator de arte agregado a outros ele-mentos, com a consideração da importância de dado fator como dependente de cada obra em análise.

(E) O autor defende que, para se chegar a uma interpreta-ção coerente que valorize o texto e o contexto externo, deve-se atribuir o mesmo grau de importância aos fatores externos (sociais) e internos (psicológicos ou linguísticos).

03. Considere as seguintes afirmações sobre a síntese de cada parágrafo do texto.

I - O primeiro parágrafo situa a problemática relacionada à relação da obra com o seu condicionamento social, com a apresentação de duas posições.

II - O segundo parágrafo apresenta os modos de aborda-gem da relação entre a obra e a realidade, constituídos no tempo.

III- O terceiro parágrafo procura separar as diferentes po-sições acerca da análise literária para inserir a relação entre obra e realidade como um fator de arte.

Quais estão de acordo com o texto? (A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e lI. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

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REVISÃO

04. Considere as seguintes propostas de substituição de nexos do texto e assinale com 1 aquelas que mantêm o sentido do texto e com 2 aquelas que alteram.

( ) Mas (I. 03) por sobretudo. ( ) De fato (I. 15) por No entanto. ( ) portanto (I. 43) por todavia. ( ) pois (I. 56) por porque.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) 1 - 2 - 1 - 1. (B) 1 - 1 - 2 - 2. (C) 2 - 1 - 2 - 1. (D) 2 - 2 - 1 - 1. (E) 2 - 2 - 2 - 1.

08. Considere as seguintes afirmações sobre o significado de palavras nos contextos de ocorrência.

I - A palavra chave (I. 11) poderia ser substituída pela expressão elemento essencial, sem prejuízo da com-preensão do sentido do parágrafo.

II - A palavra Hoje (I. 28) diz respeito somente ao dia em que o autor escreveu o texto, servindo para situá-Io nesse momento específico da escrita.

III - A palavra dialeticamente (I. 32) diz respeito a um modo de interpretação que considera a interação de fatores distintos em um processo de síntese.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.05. Considere as seguintes afirmações sobre o uso de prono-

mes no texto.

I - O pronome a (I. 04) faz referência à expressão a reação indispensável (I. 04).

II - A forma pronominal Ia (I. 07) faz referência à expressão uma verdade (I. 02).

III - O pronome se (I. 42) faz referência à expressão o ex-terno (I. 39).

Quais das afirmações acima estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

06. Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras que contêm dígrafos consonantais.

(A) reação (I. 04) - quaisquer (I. 25) - paradoxo (I. 49). (B) chegar (I. 06) - rebaixada (I. 12) - deixar (I. 58). (C) chegar (I. 06) - convicção (I. 35) - linguística (I. 60). (D) chave (I. 11) - nenhuma (I. 30) - necessários (I. 37). (E) exprimir (I. 17) - explicava (I. 34) - externos (I. 34).

07. Considere o trecho abaixo extraído do texto.

É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave para compreendê-Ia, depois foi rebaixada como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos (I. 08 a 14).

Se a palavra relação fosse substituída por vínculo, quantas outras palavras no trecho teriam de ser modificadas para fins de correção gramatical? (A) Duas. (B) Três. (C) Quatro. (D) Cinco. (E) Seis.

Instrução: As questões 09 a 16 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. — Temos sorte de v iver no Bras i l - d iz ia02. m e u p a i , d e p o i s d a g u e r r a . - N a E u r o p a03. m a t a r a m m i l h õ e s d e j u d e u s .04. C o n t a v a a s e x p e r i ê n c i a s q u e o s m é d i c o s05. n a z i s t a s f a z i a m c o m o s p r i s i o n e i r o s .06. D e c e p a v a m - I h e s a s c a b e ç a s , f a z i a m - n a s07. e n c o l h e r - à m a n e i r a , l i d e p o i s , d o s í n d i o s08. J i v a r o s . A m p u t a v a m p e r n a s e b r a ç o s .09. R e a l i z a v a m e s t r a n h o s t r a n s p l a n t e s : u n i a m a10. m e t a d e s u p e r i o r d e u m h o m e m . . . . . m e t a d e11. i n f e r i o r d e u m a m u l h e r , o u a o s q u a r t o s12. t r a s e i r o s d e u m b o d e . F e l i z m e n t e m o r r i a m13. e s s a s a t r o z e s q u i m e r a s ; e x p i r a v a m c o m o14. s e r e s h u m a n o s , n ã o e r a m o b r i g a d a s a v i v e r15. c o m o a b e r r a ç õ e s . ( . . . . . . . . e s s a a l t u r a e u t i n h a16. os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava17. q u e a d e s c r i ç ã o d a s m a l d a d e s n a z i s t a s m e18. d e i x a v a c o m o v i d o . )19. E m 1 9 4 8 f o i p r o c l a m a d o o E s t a d o d e20. I srael . Meu pai abriu uma garrafa de vinho -21. o melhor vinho do armazém - , br indamos ao22. a c o n t e c i m e n t o . E n ã o s a í a m o s d e p e r t o d o23. rádio, acompanhando . . . . . . not íc ias da guerra24. n o O r i e n t e M é d i o . M e u p a i e s t a v a25. entusiasmado com o novo Estado: em Israel ,26. e x p l i c a v a , v i v e m j u d e u s d e t o d o o m u n d o ,27. judeus brancos da Europa, judeus pretos da28. Á f r i c a , j u d e u s d a Í n d i a , i s t o s e m f a l a r n o s29. b e d u í n o s c o m s e u s c a m e l o s : t i p o s m u i t o30. e s q u i s i t o s , G u e d a l i .31. T ipos esquis i tos - aqui lo me dava ide ias .32. P o r q u e n ã o i r p a r a I s r a e l ? N u m p a í s d e33. g e n t e t ã o e s t r a n h a - e , a i n d a p o r c i m a , e m34. g u e r r a - e u c e r t a m e n t e n ã o c h a m a r i a a35. a t e n ç ã o . A i n d a m e n o s c o m o c o m b a t e n t e ,36. entre a poeira e a fumaça dos incêndios . Eu37. me v ia correndo pelas ruelas de uma aldeia ,38. e m p u n h a n d o u m r e v ó l v e r t r i n t a e o i t o ,39. a t i r a n d o s e m c e s s a r ; e u m e v i a c a i n d o40. varado de balas. Aquela, sim, era a morte que

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REVISÃO

41. e u a l m e j a v a , m o r t e h e r o i c a , e s p l ê n d i d a42. j u s t i f i c a t i v a p a r a u m a v i d a m i s e r á v e l , d e43. m o n s t r o e n c u r r a l a d o . E , c a s o n ã o m o r r e s s e ,44. p o d e r i a v i v e r d e p o i s n u m k i b u t z . E u , q u e45. conhecia tão bem a vida numa fazenda, ter ia46. m u i t o a f a z e r a l i . T r a b a l h a d o r d e d i c a d o , o s47. m e m b r o s d o k i b u t z t e r m i n a r i a m p o r m e48. ace i tar ; numa nova soc iedade há lugar para49. t o d o s , m e s m o o s d e p a t a s d e c a v a l o .

09. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 10, 15 e 23, nessa ordem.

(A) à - À - às (B) a - A - às (C) à - A - às (D) a - À - as (E) à - A - as

zém -, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando as notícias da guerra no Oriente Médio (I. 19-24).

I - Meu pai abriu uma garrafa de vinho e brindamos ao acontecimento - o melhor vinho do armazém. Em 1948 foi proclamado o Estado de Israel e não saíamos de perto do rádio, acompanhando as notícias da guerra no Oriente Médio.

II - Em 1948, o melhor vinho do armazém foi aberto por meu pai (uma garrafa), foi proclamado o Estado de Israel, brindamos ao acontecimento e, acompanhando as notícias da guerra no Oriente Médio, não saíamos de perto do rádio.

III- Em 1948, quando foi proclamado o Estado de Israel, meu pai abriu uma garrafa de vinho - o melhor vinho do armazém -, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando as notícias da guerra no Oriente Médio.

Quais estão corretas e preservam a’ significação do trecho original? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

10. Considere as seguintes afirmações sobre o conteúdo do texto.

I - O narrador do texto considera se mudar para Israel, pois tinha como principal motivação trabalhar em um kibutz.

II - O narrador do texto comemora a proclamação do Es-tado de Israel com seu pai, pois ambos tinham planos de se mudar do Brasil.

III- O pai do narrador sentia-se afortunado de morar no Brasil no período pós-guerra, pois seu povo havia sido perseguido na Europa.

Quais afirmações estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e lI. (E) I, II e III.

11. Assinale a alternativa que apresenta a transposição correta para o discurso indireto do trecho abaixo:

— Temos sorte de viver no Brasil - dizia meu pai, de-pois da guerra (I. 01-02).

(A) Dizia meu pai que tinha sorte de viver no Brasil depois da guerra.

(B) Dizia meu pai que tínhamos sorte de viver no Brasil depois da guerra.

(C) Dizia meu pai para mim que tivéramos sorte de viver no Brasil depois da guerra.

(D) Dizia meu pai: temos sorte de viver no Brasil depois da guerra.

(E) Disse meu pai que tivemos sorte de viver no Brasil depois da guerra.

13. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto.

( ) O sujeito da forma verbal mataram (I. 02) é milhões de judeus (I. 03).

( ) O sujeito da forma verbal Amputavam (I. 08) é os mé-dicos nazistas (I. 04-05).

( ) O sujeito da forma verbal morriam (I. 12) é essas atrozes quimeras (I. 13).

( ) O sujeito da locução verbal foi proclamado (I. 19) é o Estado de Israel (I. 19).

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F - V - V - V. (B) V - F - V - F. (C) V - F - F - V. (D) V - V - V - V. (E) F - V - F - F.

14. Assinale a proposta de mudança no emprego de vírgula que mantém a correção e o sentido do enunciado original.

(A) Colocação de vírgula imediatamente após experiên-cias (I. 04).

(B) Colocação de vírgula imediatamente após Felizmente (I. 12).

(C) Colocação de vírgula imediatamente após que (I. 17). (D) Colocação de vírgula imediatamente após país (I. 32). (E) Colocação de vírgula imediatamente após morte (I. 40).

12. Considere as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto.

Em 1948 foi proclamado o Estado de Israel Meu pai abriu uma garrafa de vinho - o melhor vinho do arma-

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REVISÃO

15. Assinale a alternativa em que a substituição proposta mantém o sentido da passagem do texto, considerando o contexto em que a expressão é empregada.

(A) essas atrozes quimeras (I. 13) por esses assombro-sos monstros.

(B) expiravam como seres humanos (I. 13-14) por res-piravam como pessoas.

(C) ainda por cima (I. 33) por ainda assim. (D) varado de balas (I. 40) por morto com tiros. (E) encurralado (I. 43) por curvado.

16. Se a forma verbal almejava fosse substituída por aspirava em Aquela, sim, era a morte que eu almejava (I. 40-41), qual das alternativas abaixo estaria gramaticalmente correta?

(A) Aquela, sim, era a morte a que eu aspirava. (B) Aquela, sim, era a morte para a qual eu aspirava. (C) Aquela, sim, era a morte que eu aspirava. (D) Aquela, sim, era a morte de que eu aspirava. (E) Aquela, sim, era a morte com a qual eu aspirava.

Instrução: As questões 17 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. . . . . . . . . . . m e p e r g u n t a m : q u a n t a s p a l a v r a s02. u m a p e s s o a s a b e ? E s s a é u m a p e r g u n t a03. importante, principalmente para quem ensina04. l í n g u a s e s t r a n g e i r a s . S e r i a m u i t o ú t i l p a r a05. quem planeja um curso de francês ou japonês06. t e r u m a e s t i m a t i v a d e q u a n t a s p a l a v r a s u m07. nativo conhece; e quantas os alunos precisam08. a p r e n d e r p a r a u s a r a l í n g u a c o m c e r t a09. faci l idade. Essas informações seriam preciosas10. par a q uem está pre para ndo u m manual que11. inclua, entre outras coisas , um planejamento12. cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.13. À p a r t e i s s o , a p e r g u n t a t e m s e u14. interesse própr io . Uma l íngua não é apenas15. composta de palavras: ela inclui também regras16. gramaticais e um mundo de outros elementos17. que também precisam ser dominados. Mas as18. palavras são part icularmente numerosas , e é19. notável como qualquer pessoa , inst ru ída ou20. n ã o , . . . . . . . . a c e s s o a e s s e a c e r v o i m e n s o d e21. in formação com fac i l idade e rapidez . Ass im,22. perguntar quantas palavras uma pessoa sabe23. é p a r t e d o p r o b l e m a g e r a l d e o q u e é q u e24. u m a pesso a te m em su a mente e que . . . . . . . . . .25. permite usar a l íngua, falando e entendendo.26. Antes de mais nada, porém, o que é uma27. palavra? Ora, a lguém vai dizer , “ todo mundo28. sabe o q ue é u ma pala vra” . M as não é bem29. assim. Considere a palavra olho. É muito claro30. q u e i s s o a í é u m a p a l a v r a - m a s s e r á q u e31. o lhos é a mesma palavra (só que no plural )?32. O u s e r á o u t r a p a l a v r a ?33. B o m , h á r a z õ e s p a r a r e s p o n d e r d a s d u a s34. maneiras: é a mesma palavra, porque significa a35. mesma coisa (mas com a ideia de plural) ; e é36. outra palavra, porque se pronunda diferentemente

37. (olhos tem um “s” final que olho não tem, além38. d a d i f e r e n ç a d e t i m b r e d a s v o g a i s t ô n i c a s ) .39. Entretanto, a razão principal por que julgamos40. q u e o l h o e o l h o s s e j a m a m e s m a p a l a v r a é41. q u e a r e l a ç ã o e n t r e e l a s é e x t r e m a m e n t e42. r e g u l a r ; o u s e j a , v a l e n ã o a p e n a s p a r a43. p a r , m a s p a r a m i l h a r e s d e o u t r o s p a r e s d e44. elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,45. gato/gatos, etc. E , semanticamente, a relação46. é a mesma em todos os pares : a forma sem47. “ s ” d e n o t a u m o b j e t o s ó , a f o r m a c o m “ s ”48. d e n o t a m a i s d e u m o b j e t o . D a í s e t i r a u m a49. consequência importante: não é preciso aprender50. e g u a r d a r p e r m a n e n t e m e n t e n a m e m ó r i a51. c a d a c a s o i n d i v i d u a l ; a p r e n d e m o s u m a52. geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao53. s i n g u l a r ” ) e e s t a m o s p r o n t o s .

17. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-nas das linhas 01, 20 e 24, nessa ordem.

(A) Às vezes - têm - lhe (B) Às vezes - tem - lhe (C) As vezes - têm - o (D) Às vezes - tem - o (E) As vezes - têm - lhe

18. Assinale a afirmação que está de acordo com o sentido global do texto.

(A) O autor trata da importância de aprender e armazenar permanentemente na memória cada palavra individu-al para o falante usar uma língua e aprender outras, como francês ou japonês.

(B) O autor defende que o falante não aprende casos individuais, mas regras gerais que lhe permitem usar uma língua, materna ou estrangeira.

(C) O autor enfatiza a importância do vocabulário nos diferentes métodos de ensino e aprendizagem de língua materna e estrangeira.

(D) O autor argumenta que considerar a distinção entre singular e plural das palavras pode levar à criação de um método eficaz de aprendizado de línguas estrangeiras.

(E) O autor aborda as causas do armazenamento de pala-vras pelo falante e as consequências desse armazena-mento no uso da língua materna e na aprendizagem de línguas estrangeiras.

19. O deslocamento de segmentos de um texto pode ou não afetar as relações de sentido estabelecidas.

Assinale a alternativa em que o deslocamento de segmen-tos - considerando os ajustes com maiúscula, minúscula e pontuação - mantém as relações de sentido do parágrafo do texto. (A) principalmente (I. 03) para imediatamente depois de

é (I. 02). (B) entre outras coisas (I. 11) para imediatamente antes

de Essas informações (I. 09). (C) Antes de mais nada (I. 26) para imediatamente depois

de uma (I. 26). (D) Ora (I. 27) para imediatamente depois de alguém (I. 27). (E) Entretanto (I. 39) para imediatamente depois de

principal (I. 39).

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REVISÃO

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) F - F - V - F. (B) F - V - V - V. (C) V - V - F - V. (D) F - V - F - V. (E) V - F - F - F.

25. A regra gramatical de flexão nominal, expressa pelo autor nas linhas 52 e 53 (“faz-se o plural acrescentando um “S” ao singular”), não se aplica a todas as palavras da língua portuguesa.

Qual alternativa comprova essa afirmação? (A) Mamão. (B) Bênção. (C) Degrau. (D) Exame. (E) Cidadão.

20. Considere as seguintes propostas de substituição de pa-lavras do texto.

1 - estimativa (I. 06) por pretensão. 2 - gradual (I. 12) por progressiva. 3 - acervo (I. 20) por conjunto.

Quais propostas indicam que a segunda palavra constitui sinônimo adequado da primeira, considerando o contexto em que ocorre? (A) Apenas 1. (B) Apenas 2. (C) Apenas 3. (D) Apenas 1 e 2. (E) Apenas 2 e 3.

21. Considere as seguintes afirmações sobre o texto.

I - Os usos pronominais e verbais ora na primeira pessoa do singular, ora na primeira pessoa do plural, ora na terceira pessoa devem-se ao caráter científico do texto.

II - Expressões como Bom (I. 33) e daí (I. 48) revelam um uso coloquial da língua relacionado ao fato de o texto ter sido publicado em revista, e não em livro.

III - A predominância de verbos no presente do indicativo, no texto, é reveladora de seu caráter expositivo--argumentativo.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

22. O autor fala da diferença de timbre das vogais tônicas (I. 38) entre olho (em sua forma singular) e olhos (em sua forma plural). Assinale a alternativa que apresenta uma palavra cuja flexão de número acarrete essa mesma dife-rença de timbre vocálico mencionado pelo autor.

(A) Caroço - caroços (B) Cachorro - cachorros (C) Acordo - acordos (D) Estojo - estojos (E) Rosto - rostos

24. Considere as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto, levando em conta os contextos que o antecedem e o seguem.

Daí se tira uma consequência importante: não é preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso individual; aprendemos uma regra geral (“faz- se o plural acrescentando um “s” ao singular”), e estamos prontos (I. 48-53).

I - Tira-se daí uma consequência importante: aprendemos uma regra geral - “faz-se o plural acrescentando um “s” ao singular” -, e estamos prontos. Não é preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso individual.

II - Daí se tira como consequência importante o fato de não ser preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso individual, pois aprendemos uma regra geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao singular’’), e estamos prontos.

III - Não é preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso individual; aprendemos uma regra geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao singular’’), e estamos prontos. Essa é a consequência importante que daí se tira.

Quais estão corretas e preservam a significação do trecho original? (A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III, (E) I, II e III.

23. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afir-mações.

( ) As interrogações servem para o autor problematizar o tema do texto e exigir uma resposta do leitor.

( ) Os usos de futuro do pretérito, no primeiro parágrafo, funcionam como um recurso para o autor sugerir possibilidades ao leitor.

( ) O uso da forma verbal julgamos (I. 39), no plural, refere-se ao autor e aos demais falantes da língua portuguesa, incluindo os leitores.

( ) As aspas (I. 27-28) referem o dizer de uma pessoa in-determinada, que o autor traz para se contrapor por meio de um contra-argumento.

GABARITO01. D 02. D 03. C 04. E 05. D06. D 07. C 08. D 09. E 10. C11. B 12. C 13. A 14. B 15. A16. A 17. B 18. B 19. E 20. E21. C 22. A 23. B 24. C 25. A

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2018

• Questão 1 - Ortografia

Veja as justificativas: linha 03 - conjunção causal (=pois); linha 30 - etimologia...; linha 54: como a linha 30 - de compensar.

Gabarito D

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 2 - Textos

Veja as justificativas: em a), errada, a expressão “exacerbada” não se aplica; em b), errada, o aspecto em questão não é o “essencial”; em c), errada, o autor defende uma análise equi-librada; em d), certa, a frase reúne os dois focos do autor; e), errada, os conceitos estão mal colocados.

Gabarito D

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Regular

• Questão 3 - Textos

Veja os erros: em I, certa, é o primeiro aspecto analisado; em II, certa, é o contraponto; em III, errada, não ´”separar”.

Gabarito C

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 4 - Nexos

Veja os erros: mas é negação, e sobretudo, realce; de fato é afirmação, e no entanto, negação; portanto é consequência, e todavia, negação.

Gabarito E

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 5 - Referência pronominal

Veja os erros: em I, errada, refere-se à “verdade”, linha 2; em II, certa; em III, certa.

Gabarito D

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 6 - Ortografia

Veja os dígrafos: em a) -;em b) chegar; em c), chegar, linguís-tica; em d), certa; e) -.

Gabarito D

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 7 - Concordância nominal

Veja as alterações: do, visto, rebaixado, proposto.

Gabarito C

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 8 - Coesão textual

Veja os erros: em I, certa, é uma das metáforas da palavra “cha-ve”, linha 2; em II, errada, “hoje”, no contexto, é “atualmente”; em III, certa, é o sentido da expressão “dialético”.

Gabarito D

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 9 - Crase

Veja as justificativas: na linha 10, “superior A” e artigo = crase; preposição; artigo.

Gabarito E

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 10 - Textos

Veja os erros: em I, errada, não era essa a motivação; em II, errada, não eram ambos; em III, certa, veja as linhas 1 a 3.

Gabarito C

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 11 - Discursos

Veja as justificativas: “Temos” - presente do indicativo - trans-forma-se em pretérito imperfeito.

Gabarito B

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

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REVISÃO

• Questão 12 - Pontuação

Veja os erros: em I, errada, falta a vírgula em “,e não”; em II, errada, o paralelismo entre as frases altera o sentido; em III, certa.

Gabarito C

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 13 - Identificação de sujeitos

Veja os erros: o sujeito de “mataram” é indeterminado.

Gabarito A

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 14 - Pontuação

Veja a justificativa: com advérbios curtos, a pontuação é op-cional.

Gabarito B

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 15 - Vocabulário

Veja a justificativa: “atrozes quimeras” seriam “criaturas assus-tadoras”.

Gabarito A

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Boa

• Questão 16 - Regência

Veja a justificativa: “almejar” é VTD, mas “aspirar” é VTI, com a preposição A.

Gabarito A

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Regular

• Questão 17 - Aspectos gramaticais variados

Veja as justificativas: na linha, a expressão adverbial feminina tem crase; na linha 20, o sujeito é “qualquer pessoa”, singular; na linha 24, LHE é o OI de “permite”, linha 25.

Gabarito B

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Alta

• Questão 18 - Textos

Veja a justificativa: b) é o foco central do texto, a capacidade de aprender a partir de regras gerais. Letra B

Gabarito B

Grau de facilidade: Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 19 - Ambiguidade

Veja as justificativas: em e), como a expressão “entretanto” contrapõe-se à frase anterior, a mudança de posição mantém o sentido.

Gabarito E

Grau de facilidade: Mediana

Grau de discriminação: Muito Boa

• Questão 20 - Vocabulário

Veja o erro: em I) a palavra “estimativa” é como um “dado”; “pretensão” é um sentimento.

Gabarito E

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 21 - Coesão textual

Veja os erros: em I, errada, a primeira pessoa do singular, não; em II, errada, o uso coloquial não está restrito a “revistas”; em III, certa.

Gabarito C

Grau de facilidade: Medina

Grau de discriminação: Alta

• Questão 22 - Fonética

Veja a justificativa: em a), a variação para o timbre aberto é meramente casual.

Gabarito A

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 23 - Textos

Veja os erros: as interrogações não podem exigir uma resposta num texto.

Gabarito B

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REVISÃO

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 24 - Reescrita (referência)

Veja o erro: em III, a posição da expressão “daí” altera o sentido da referência original. Letra C

Gabarito C

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

• Questão 25 - Concordância nominal

Veja as justificativas: em a), certa, o plural é “mamões”.

Gabarito A

Grau de facilidade: Muito Fácil

Grau de discriminação: Alta

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REVISÃO

PROVA DE REDAÇÃO

Considere o texto abaixo, da escritora Martha Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora, em 12/08/2017:

Pai da pátria

O termo vem do latim pater patriae e simboliza o papel de determinada personalidade na formação da unidade nacional e de sua independência.

O nosso Pai da Pátria não é um, mas dois: Dom Pedro I e José Bonifácio. cada nação tem o seu, que serve de modelo de heroísmo e dignidade.

O Pai da Pátria está acima de nós, como numa família tradicional. Não em valor, que valorosos somos todos, mas em representatividade. O Pai da pátria poderia, inclusive, ser o epíteto de todo chefe do executivo, não fosse, especialmente no nosso caso, uma piada. Há pesquisas sérias sobre a importância de se ter um pai reconhecido em certidão. O Brasil, de forma simbólica, tem os dois já citados, mas, na prática, é como se fôssemos filhos de um pai fantasma, que não nos deu o senso de inclusão familiar, de responsabilidade e de orgulho, deixando-nos à deriva.

Quem me dera ser crédula, confiante. Do tipo que admite estarmos em meio a uma crise medo-nha, mas que dela brotará um Estado maior, melhor. Já fui assim otimista, mas o tempo passou e me cobrou alguma lucidez e coragem para encarar a realidade. Agora não me é mais dada a alternativa de embarcar num faz de conta, acreditar em devaneios: o fato é que sempre estivemos irreversivel-mente lascados, pois desde que essa história começou (1500), foi um tropeço atrás de outro, um país descoberto por engano, por causa de uns ventos inesperados que conduziram as caravelas para outro destino que não a Índia e foram parar aqui sem querer, e quem dá importância ao que foi sem querer? Descuidos não são levados a sério, nunca fomos e jamais seremos a primeira opção nem pra nós mesmos. O Brasil é um acidente de percurso do qual se tenta tirar alguma vantagem para que o engano de rota não resulte em total perda de tempo.

Se você discorda, se ainda acredita que um dia seremos um país íntegro, digno, consistente, me declaro invejosa da sua fé. Sou uma ratazana descrente que não abandona o navio porque tem pa-rentes no convés, apenas por isso.

Sorte a minha, e provavelmente a sua, de que colecionamos algumas vitórias particulares: ami-gos fiéis, o gosto pela música, amar e ser amado, gozar de boa saúde, poder ir ao cinema de vez em quando, não ter vergonha do passado e acreditar-se merecedor de um banho de sol, de um banho de mar, de um banho de chuva, essas trivialidades naturais que mantêm o corpo e a alma azeitados. A vida vale a pena em sua simplicidade, aquela que ainda comove, pois rara.

Mas não nos gabemos, pois ainda que nossa família nuclear e nossa trajetória pessoal não nos envergonhem, somos todos habitantes de uma pátria órfã.

Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/martha- medeiros/noticia/2017/08/pai-da-patria-9867095.html>. Aces-so em: 09 out. 2017.

Como é possível ver, o texto de Martha Medeiros é enriquecido por vanos recursos que permitem à autora formular o seu ponto de vista de maneira muito clara. Há metáforas, ironias, argumentos e exemplos, entre outros recursos; e tudo está a serviço das ideias defendidas no conjunto do texto.

Após a leitura, você, certamente, construiu uma opinião sobre o que diz a autora.

Você pode ter concordado integralmente com o texto ou apenas parcialmente; pode ter discordado integralmente ou apenas parcialmente.

É assim mesmo!

Muitas vezes, lemos um texto e concordamos integralmente com ele, pois suas ideias coincidem com o que pensamos a respeito daquele assunto; outras vezes, concordamos apenas parcialmente com os argumentos apresentados, porque há pontos dos quais discordamos.

O contrário também é possível. Podemos discordar integralmente das ideias expressas em um texto, porque temos um en-tendimento completamente diferente a respeito daquele assunto; por vezes, enfim, podemos discordar apenas parcialmente, pois há pontos com os quais concordamos.

Os leitores sabem que é sempre assim, e os autores também sabem. O mais importante, porém, é reconhecer que o debate deve ser feito com tolerância e ética.

Assim, a partir da leitura do texto de Martha Medeiros e das observações feitas acima, elabore um texto dissertativo que apresente o seu ponto de vista acerca das ideias da autora sobre o Brasil.

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REVISÃO

Considere que o seu texto pode ser lido pela autora, logo ele terá de conter a sua opinião, de maneira bem fundamentada, com argumentos que sustentem o seu ponto de vista, para que a autora entenda claramente o posicionamento adotado.

Em resumo, em seu texto,

você deve se posicionar a respeito das ideias da autora sobre o Brasil: contestá-Ias parcial ou integralmente; aprová-Ias parcial ou integralmente.

InstruçõesA versão final do texto deve respeitar as observações abaixo. 1 - Conter um título na linha destinada a esse fim. 2 - Ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título - aquém disso, seu texto não será avaliado -, e máxima de 50 linhas.

Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - Ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

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REVISÃO

QUESTÕES UFRGS/2019

Instrução: As questões 01 a 09 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. Cena 1 02. E m u m a m a d r u g a d a c h u v o s a , u m 03. trabalhador residente em São Paulo acorda, 04. ao amanhecer, às c inco horas, toma 05. rapidamente o café da manhã, dirige-se até o 06. carro, acessa a rua, e, como de costume, faz 07. o mesmo trajeto até o trabalho. Mas, em um 08. desses inúmeros dias, ouve pelo rádio que 09. uma das avenidas de sua habitual rota está 10. totalmente congestionada. A partir dessa 11. informação e enquanto dirige, o trabalhador 12. inicia um processo mental analítico para 13. escolher uma rota alternativa que o faça 14. chegar ........... empresa no horário de sempre. 15. Para decidir sobre essa nova rota, ele 16. deverá considerar: a nova distância a ser 17. percorrida, o tempo gasto no deslocamento, a 18. quantidade de cruzamentos existentes em 19. cada rota, em qual das rotas encontrará 20. chuva e em quais rotas passará por áreas 21. sujeitas a alagamento. 22. Cena 2 23. Mais tarde no mesmo dia, um casal 24. r e s i d e n t e n a m e s m a c i d a d e o b t é m 25. financiamento imobiliário e decide pela 26. compra de um apartamento. São inúmeras 27. opções de imóveis à venda. Para a escolha 28. adequada do local de sua morada em São 29. Paulo, o casal deverá levar em conta, além do 30. valor do apartamento, também outros 31. critérios: variação do preço dos imóveis por 32. bairro, distância do apartamento até a escola 33. dos filhos pequenos, tempo gasto entre o 34. apartamento e o local de emprego do casal, 35. preferência por um bairro tranquilo e 36. existência de linha de ônibus integrada ao 37. metrô nas proximidades do imóvel - entre 38. outros critérios. 39. Essas duas cenas urbanas descrevem 40. situações comuns ........ passam diariamente 41. muitos dos cidadãos residentes em grandes 42. cidades. As protagonistas têm em comum a 43. angústia de tomar uma decisão complexa, 44. escolhida dentre várias possibilidades 45. oferecidas pelo espaço geográfico. Além de

46. mostrar que a geografia é vivida no cotidiano, 47. as duas cenas mostram também que, para 48. tomar a decisão que ............... seja mais 49. conveniente, nossas protagonistas deverão 50. real izar, pr imeiramente, uma anál ise 51. geoespacial da cidade. Em ambas as cenas, 52. essa análise se desencadeia a partir de um 53. sistema cerebral composto de informações 54. geográficas representadas internamente na 55. forma de mapas mentais que induzirão as três 56. protagonistas a tomar suas decisões. Em cada 57. cena podemos visualizar uma pergunta 58. espacial. Na primeira, o trabalhador pergunta: 59. "qual a melhor rota a seguir, desde este 60. ponto onde estou até o local de meu trabalho, 61. neste horário de segunda-feira?" Na segunda, 62. o questionamento seria: "qual é o lugar da 63. c idade que reúne todos os cr i tér ios 64. geográficos adequados à nossa moradia?" 65. A cena 1 é um exemplo clássico de análise 66. de redes, enquanto a cena 2 é um exemplo 67. clássico de alocação espacial - duas das 68. técnicas mais impor tantes da análise 69. geoespacial. 70. A análise geoespacial reúne um conjunto de 71. métodos e técnicas quantitativos dedicados à 72. solução dessas e de outras perguntas 73. similares, em computador, ........ respostas 74. dependem da organização espacial de 75. informações geográficas em um determinado 76. tempo. Dada a complexidade dos modelos, 77. muitas técnicas de análise geoespacial foram 78. transformadas em linguagem computacional e 79. reunidas, posteriormente, em um sistema de 8 0 . i n fo r m a ç ã o g e o g r á f i c a . E s s e f a t o 8 1 . g e o t e c n o l ó g i c o c o n t r i b u i u p a r a a 82. popularização da análise geoespacial realizada 83. em computadores, que atualmente é 84. simplificada pelo termo geoprocessamento.

01. Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas das linhas 14, 40, 48 e 73, nessa ordem.

(A) a – as quais – lhe – em que as (B) à – com as quais – Ihes – das quais as (C) à – que – os – cuja (D) a – por que – lhe – de que as (E) à – pelas quais – Ihes – cujas

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REVISÃO

02. Considere as afirmações abaixo, sobre os sentidos expressos pelo texto.

I - O texto narra as dificuldades de movimentação e de habitação de pessoas inconformadas que vivem em grandes centros urbanos.

II - O texto mostra que as pessoas fazem análise geoespacial da cidade para locomoção e para escolha de habitação.

III - O texto apresenta perguntas relacionadas ao espaço geográfico urbano, com possibilidades de respostas via sistemas computacionais.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

03. O texto apresenta diferentes modos de organização em sua composição.

Na coluna da esquerda, abaixo, são listados modos de organização do texto; na da direita, passagens que correspondem, predominantemente, a esses modos de organização. Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

1 - Modo descritivo

2 - Modo explicativo

3 - Modo narrativo

( ) Em uma madrugada chuvosa, [ ... ] (l. 02).

( ) acorda, ao amanhecer, às cinco horas, toma rapidamente o café da manhã, dirige-se até o carro, acessa a rua, e, como de costume, faz o mesmo trajeto até o trabalho (l. 03-07).

( ) uma das avenidas de sua habitual rota está totalmente conges-tionada (l. 09-10).

( ) A cena 1 é um exemplo clássico de análise de redes, a cena 2 é um exemplo clássico de alocação espacial - duas das técnicas mais Importantes da análise geoespacial (l. 65-69).

( ) A análise geoespacial reúne um conjunto de métodos e técnicas quantitativos dedicados à solução dessas e de outras perguntas similares, em computador, [...] (l. 70-73).

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 3 - 3 - 1 - 1 - 2. (B) 1 - 3 - 1 - 2 - 2. (C) 3 - 3 - 1 - 1 - 3. (D) 1 - 2 - 3 - 2 - 3. (E) 1 - 3 - 3 - 1 - 2.

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REVISÃO

04. Considere as afirmações abaixo, sobre a formação de palavras no texto.

I - A palavra chuvosa (l. 02) é formada por sufixação a partir de um substantivo.

II - A palavra amanhecer (I. 04) é formada por parassíntese a partir de um substantivo.

III- A palavra rapidamente (I. 05) é formada por sufixação a partir de um substantivo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

05. O deslocamento de segmentos de um texto pode ou não afetar as relações de sentido estabelecidas.

Observe as afirmações abaixo, sobre o deslocamento de segmentos, considerando os ajustes com maiúscula, minúscula e pontuação.

I - A sequência Em uma madrugada chuvosa (I. 02) poderia ser deslocada para imediatamente depois de horas (I. 04), sem alterar as relações de sentido no contexto em que ocorrem.

II - A sequência Mais tarde no mesmo dia (I. 23) poderia ser deslocada para imediatamente depois de decide (I. 25), sem alterar as relações de sentido no contexto em que ocorrem.

III- A sequência escolhida dentre as várias possibilidades oferecidas pelo espaço geográfico (I. 44-45) poderia ser deslocada para imediatamente antes de As protagonistas (I. 42) sem alterar as relações de sentido no contexto em que ocorrem.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

06. Assinale a alternativa que apresenta relações de sentido, contextualmente adequadas no texto, para os nexos de articulação textual Mas (I. 07), enquanto (I. 11) e Para (I. 15), nessa ordem.

(A) oposição - comparação - explicação (B) concessão - temporalidade - explicação (C) concessão - concomitância - finalidade (D) oposição - concomitância - explicação (E) oposição - temporalidade - finalidade

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REVISÃO

07. Na coluna da esquerda, abaixo, são lista dos sinais de pontuação e marcações gráficas; na da direita, o sentido ou a função que expressam no contexto em que ocorrem.

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

( ) Dois pontos (I. 16 e I. 31)

( ) Itálico (I. 50-51)

( ) Aspas (I. 59-61)

( ) Vírgula (I. 83)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 1 - 4 - 5 - 3. (B) 1 - 3 - 4 - 2. (C) 2 - 3 - 2 - 4. (D) 3 - 4 - 2 - 1. (E) 3 - 4 - 5 - 1.

08. Considere as seguintes afirmações sobre palavras e expressões do texto.

I - A palavra protagonistas (I. 42 e I. 49) poderia ser substituída por personagens, sem prejuízo ao sentido e à correção gramatical do parágrafo.

II - A palavra similares (I. 73) poderia ser substituída por iguais, sem prejuízo ao sentido e à correção gramatical do parágrafo.

III- A palavra popularização (I. 82) poderia ser substituída por vulgarização, sem prejuízo ao sentido e à correção gramatical do parágrafo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

09. Se a palavra informações (I. 53) fosse substituída pela expressão um dado, quantas outras palavras seriam alteradas no segmento da linha 51 a 56 para fins de concordância?

(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.

1 - Permite inserir sequência de valor explicativo.

2 - Permite supor questionamentos atribuídos aos protagonistas das cenas.

3 - Permite anunciar enumerações.

4 - Permite destacar expressão técnica.

5 - Permite destacar o discurso indireto.

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REVISÃO

Instrução: As questões 10 a 17 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. – Para mim esta é a melhor hora do dia – 02. Ema disse, voltando do quarto dos meninos. – 03. Com as crianças na cama, a casa fica tão 04. sossegada. 05. – Só que já é noite – a amiga corrigiu, sem 06. tirar os olhos da revista. Ema agachou-se para 07. recolher o quebra-cabeça esparramado pelo 08. chão. 09. – É força de expressão, sua boba. O dia 10. acaba quando eu vou dormir, isto é, o dia tem 11. vinte quatro horas e a semana tem sete dias, 12. não está certo? – Descobriu um sapato sob a 13. poltrona. Pegou-o e, quase deitada no tapete, 14. procurou, depois, o par d o s o u t r o s 15. móveis. 16. Era bom ter uma amiga experiente. Nem 17. precisa ser da mesma idade – deixou-se cair 18. no sofá – Bárbara, muito mais sábia. 19. Examinou-a a ler: uma linha de luz dourada 20. valorizava o perfil privilegiado. As duas eram 21. tão inseparáveis quanto seus maridos, colegas 22. d e e s c r i t ó r i o. At é t e r f i l h o s j u n t a s 23. conseguiram, acreditasse quem quisesse. Tão 24. gostoso, ambas no hospital. A semelhança 25. física teria contribuído para o perfeito 26. entendimento? "Imaginava que fossem 27. irmãs", muitos diziam, o que sempre causava 28. satisfação. 29. – O que está se passando nessa cabecinha? 30. – Bárbara estranhou a amiga, só doente 31. pararia quieta. Admirou-a: os cabelos soltos, 32. caídos no rosto, escondiam os olhos , .............33. azuis ou verdes, conforme o reflexo da roupa. 34. De que cor estariam hoje seus olhos? 35. Ema aprumou o corpo. 36. – Pensava que se nós morássemos numa 37. casa grande, vocês e nós... 38. Bárbara sorriu. Também ela uma vez tivera 39. a ideia. – As crianças brigariam o tempo todo. 40. Novamente a' amiga tinha razão. Os filhos 41. não se suportavam, discutiam por qualquer 42. motivo, ciúme doentio de tudo. O que 43. sombreava o relacionamento dos casais. 44. – Pelo menos podíamos morar mais perto, 45. então. 46. Se o marido estivesse em casa, seria 47. obrigada a assistir à televisão, .........., ele mal 48. chegava, ia ligando o aparelho, ainda que

49. soubesse que ela detestava sentar que nem 50. múmia diante do aparelho – levantou-se, 51. repelindo a lembrança. Preparou uma jarra de 52. limonada. ........todo aquele interesse de 53. Bárbara na revista? Reformulou a pergunta 54. em voz alta. 55. – Nada em especial. Uma pesquisa sobre o 56. comportamento das crianças na escola, de 57. como se modificam as personalidades longe 58. dos pais.

10. Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas das linhas 14, 32, 47 e 52, nessa ordem.

(A) em baixo - cinza - por que - Porque (B) embaixo - cinzas - porque - Por que (C) embaixo - cinza - porque - Por que (D) em baixo - cinzas - por que - Porque (E) embaixo - cinzas - porque - Porque

11. Assinale a alternativa com a afirmação que melhor expressa a ideia central do texto.

(A) As relações de amizade entre casais são importantes para as relações de convívio no trabalho.

(B) O relacionamento íntimo entre casais ami-gos como possibilidade de uma melhor educação para os filhos.

(C) A amizade entre casais, principalmente entre duas mulheres, como uma relação íntima semelhante às relações familiares.

(D) As diferenças de atividades de lazer de homens, que gostam de assistir à televisão, e de mulheres, que apreciam a leitura de revistas.

(E) A preocupação das mães com os filhos que buscam na amizade o diálogo e mais informações sobre o comportamento das crianças.

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REVISÃO

12. Assinale a alternativa que realiza adequadamente a transposição para o discurso indireto do trecho a seguir.

- Para mim esta é a melhor hora do dia - Ema disse, voltando do quarto dos meninos (I. 01-02).

(A) Ema disse, voltando do quarto dos meninos: - aquela era a melhor hora do dia para ela. (B) Voltando do quarto dos meninos, Ema disse que, para ela, aquela era a melhor hora do dia. (C) Voltando do quarto dos meninos, Ema disse: Para mim esta é a melhor hora do dia. (D) Ema disse que aquela, para ela, foi a melhor hora do dia, voltando do quarto dos meninos. (E) Ao voltar do quarto dos meninos, Ema disse ser-lhe esta a melhor hora do dia.

13. Em várias passagens do texto, a autora usa sujeitos elípticos. Assinale a alternativa que apresenta uma oração com sujeito elíptico.

(A) - Para mim esta é a melhor hora do dia (I. 01). (B) acreditasse quem quisesse (I. 23). (C) O que está se passando nessa cabecinha? (I. 29). (D) O que sombreava o relacionamento dos casais (I. 42-43). (E) seria obrigada a assistir à televisão, [...] (I. 46-47).

14. Considere as seguintes afirmações sobre a temporalidade e suas relações de sentido expressas no texto.

I - Os empregos do pretérito perfeito na narrativa situam as ações da personagem Ema no dia em que recebe a visita de sua amiga Bárbara, enquanto o presente faz parte do diálogo das personagens nesse passado narrado.

II - A palavra depois (I. 14) expressa o tempo posterior à Ema descobrir um sapato sob a poltrona, au-xiliando na marcação de início e término das ações na narrativa.

III- Os usos do pretérito imperfeito na passagem Os filhos não se suportavam, discutiam por qualquer motivo (I. 40-42) descreve as ações continuadas dos filhos das personagens no passado narrado para caracterizar o relacionamento das crianças.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

15. Considere as seguintes afirmações.

I - A oração ter uma amiga experiente (I. 16) desempenha a função sintática de objeto direto.

II - A expressão seus olhos (I. 34) desempenha a função sintática de sujeito.

III - A expressão as personalidades (I. 57) desempenha a função sintática de objeto direto.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III.

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REVISÃO

16. O texto apresenta sentimentos de admiração de Ema por sua amiga Bárbara. Esses sentimentos transparecem na relação entre palavras.

Assinale a alternativa em que a reunião de advérbios e adjetivo expressa esse sentido de admiração de Ema por sua amiga.

(A) amiga experiente (I. 16). (B) muito mais sábia (I. 18). (C) valorizava o perfil privilegiado (I. 20). (D) cabelos soltos (I. 31). (E) Novamente [...] tinha razão (I. 40).

17. As palavras experiente (I. 16), contribuído (I. 25), pararia (I. 31) e ideia (I. 39) têm, respectivamente,

(A) cinco sílabas - cinco sílabas - três sílabas - três sílabas. (B) quatro sílabas - quatro sílabas - três sílabas - quatro sílabas. (C) cinco sílabas - cinco sílabas - quatro sílabas - três sílabas. (D) cinco sílabas - cinco sílabas - quatro sílabas - quatro sílabas. (E) quatro sílabas - quatro sílabas - três sílabas - três sílabas.

Instrução: As questões 18 a 25 estão relacionadas ao texto abaixo.

01. Recebi consulta de um amigo que tenta 02. d e s l i n d a r s e g r e d o s d a l í n g u a p a r a 03. estrangeiros que querem aprender português. 04. Seu problema: "se digo em uma sala de aula: 05. 'Pessoal, leiam o livro X', como explicar a 06. concordância? Certamente, não se diz 07. 'Pessoal, leia o livro X’”. 08. Pela pergunta, vê-se que não se trata de 09. fornecer regras para corrigir eventuais 10. problemas de padrão. Trata-se de entender 11. um dado que ocorre regularmente, mas que 12. parece oferecer alguma dificuldade de análise. 13. Em primeiro lugar, é óbvio que se trata de 14. um pedido (ou de uma ordem) mais ou 15. menos informal. Caso contrário, não se usaria 16. a expressão "pessoal", mas talvez "Senhores" 17. ou "Senhores alunos". 18. Em segundo lugar, não se trata da tal 19. concordância ideológica, nem de silepse 20. (hipóteses previstas pela gramática para 21. explicar concordâncias mais ou menos 22. excepcionais, que se devem menos a fatores 23. sintáticos e mais aos semânticos; exemplos 24. correntes do tipo "A gente fomos" e "o 25. pessoal gostaram" se explicam por esse 26. critério). Como se pode saber que não se 27. trata de concordância ideológica ou de 28. silepse? A resposta é que, nesses casos, o 29. verbo se liga ao sujeito em estrutura sem 30. vocativo, diferentemente do que acontece 31. aqui. E em casos como "Pedro, venha cá", 32. "venha" não se liga a "Pedro", mesmo que

33. pareça que sim, porque Pedro não é o sujeito. 34. Para tentar formular uma hipótese mais 35. clara para o problema apresentado, talvez se 36. deva admitir que o sujeito de um verbo pode 37. estar apagado e, mesmo assim, produzir 38. concordância. O ideal é que se mostre que o 39. fenômeno não ocorre só com ordens ou 40. pedidos, e nem só quando há vocativo. 41. Vamos por par tes : a ) é nor mal , em 42. português, haver orações sem sujeito 43. expresso e, mesmo assim, haver flexão 44. verbal. Exemplos correntes são frases como 45. "chegaram e saíram em seguida", que todos 46. conhecemos das gramáticas; b) sempre que 47. há um vocativo, em princípio, o sujeito pode 48. não aparecer na frase. É o que ocorre em 49. "meninos, saiam daqui"; mas o sujeito pode 50. aparecer, pois não seria estranha a sequência 51. "meninos, vocês se comportem"; c) se forem 52. aceitas as hipóteses a) e b) (diria que são 53. fatos), não seria estranho que a frase 54. "Pessoal, leiam o livro X" pudesse ser tratada 55. como se sua estrutura fosse "Pessoal, vocês 56. leiam o livro x". Se a palavra "vocês" não 57. estivesse apagada, a concordância se 58. explicaria normalmente; d) assim, o problema 59. real não é a concordância entre "pessoal" e 60. "leiam", mas a passagem de "pessoal" a 61. "vocês", que não aparece na superfície da 62. frase. 63. Este caso é apenas um, dentre tantos 64. outros, que nos obrigariam a considerar na 65. análise elementos que parecem não estar na 66. frase, mas que atuam como se lá estivessem.

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REVISÃO

18. Considere as seguintes afirmações sobre a síntese dos parágrafos do texto.

I - O primeiro parágrafo apresenta a problemática discutida pelo autor, a partir da dúvida de um amigo, sobre a concordância na língua portu-guesa.

II - O segundo e o terceiro parágrafos apresentam discussão a respeito da preponderância dos aspectos sintáticos envolvidos na construção de pedidos e ordens em usos não padrão da língua.

III - O quinto parágrafo do texto enumera argu-mentos que permitem explicar o fenômeno gramatical da concordância em construções sem sujeito expresso.

Quais estão de acordo com o texto?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

19. Considere as seguintes afirmações acerca dos usos verbais no texto e assinale a alternativa correta.

(A) O verbo Recebi (I. 01), no pretérito perfeito, faz referência a um dizer do amigo do autor no momento em que ensinava língua portu-guesa para estrangeiros e buscava deslindar os segredos da língua.

(B) O uso predominante de verbos no presente diz respeito ao fato de que o texto aborda uma questão atual sobre a língua portuguesa, que precisa ser discutida em sala de aula.

(C) A expressão se deva (I. 35-36), no presente do subjuntivo, possibilita ao autor apresentar cer-teza em sua argumentação diante de um caso problemático no uso da língua portuguesa.

(D) A locução verbal forem aceitas (I. 51-52) vincu-la-se ao verbo seria (I. 53) para o autor situar a sua argumentação como possibilidade.

(E) Os empregos de formas infinitivas do verbo, no decorrer do texto, estão ligados ao fato de que o autor se vale de verbos auxiliares para expressar modo e tempo, com o propósito de criar um estilo mais informal.

20. Assinale a alternativa que contém sinônimos adequados para as palavras deslindar (I. 02), correntes (I. 44) e real (I. 59), considerando o sentido que têm no texto.

(A) ensinar - propalados - empírico (B) elucidar - em curso - concreto (C) desvendar - usuais verdadeiro (D) explicitar - corridos - gramatical (E) compreender - práticos - existente

21. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo.

( ) A expressão Seu problema (I. 04) faz remissão ao problema de um amigo do autor do texto sobre um fato da língua portuguesa.

( ) A expressão nesses casos (I. 28) faz referência a exemplos correntes (I. 23-24).

( ) A palavra aqui (I. 31) faz remissão à problemá-tica central do texto acerca da concordância.

( ) A palavra lá (I. 66) faz remissão à na frase (I. 65-66).

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F - V - V - F. (B) F - V - V - V. (C) V - V - F - V. (D) V - F - F - F. (E) V - F - V - V.

22. Considere os usos de advérbios no texto e assinale com 1 aqueles em que o advérbio modifica o sentido de apenas uma palavra e com 2 aqueles em que modifica o sentido de segmentos textuais.

( ) Certamente (I. 06)

( ) menos (I. 15)

( ) mais (I. 34)

( ) talvez (I. 35)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 2 - 1 - 2 - 1. (B) 1 - 1 - 1 - 2. (C) 2 - 1 - 1 - 2. (D) 2 - 2 - 2 - 1. (E) 1 - 2 - 2 - 2.

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REVISÃO

23. De acordo com o autor do texto, a explicação para a concordância verbal da frase 'Pessoal, leia o livro X' (I. 07) está relacionada ao fato de a concordância verbal se fazer com um sujeito não expresso nem fonética nem ortograficamente.

Assinale a alternativa em que se encontra outro exemplo desse mesmo fenômeno gramatical de que trata o autor do texto.

(A) Meninos, vocês se comportem. (B) Chegaram e saíram em seguida esses meninos. (C) Gente, chegaram as pizzas! (D) Gurizada, já terminaram a prova? (E) Guria, tu já leu o livro que o professor indicou?

24. Assinale a alternativa que apresenta uma oração na voz passiva.

(A) mesmo que pareça que sim, [...] (I. 32-33). (B) é normal, em português, haver orações sem sujeito expresso [...] (I. 41-43). (C) Exemplos correntes são frases como "chegaram e saíram em seguida", [...] (I. 44-45). (D) não seria estranha a sequência "meninos, vocês se comportem'; [...] (I. 50-51). (E) se forem aceitas as hipóteses a) e b) [...] (I. 51-52).

25. Observe as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto.

Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, talvez se deva admitir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e, mesmo assim, produzir concordância (I. 34-38).

I - Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, deve-se admitir, talvez, que o sujeito de um verbo pode estar apagado e produzir concordância mesmo assim.

II - Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, se deva admitir que talvez o sujeito de um verbo possa estar apagado e produzir concordância, mesmo assim.

III- Deve-se admitir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e produzir, mesmo assim, con-cordância, para talvez tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado.

Quais estão corretas e preservam a significação do trecho original?

(A) Apenas I. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

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REVISÃO

QUESTÕES COMENTADAS 2019

Questão 1 - regência e craseVeja as justificativas: linha 14, crase com a regência de “chegar” e o artigo de “empresa”; linha 40, pre-posição POR de “passar”; linha 48, complemento preposicionado por “conveniente a” = LHE; linha 73, ideia de posse gerada pela expressão “repostas das perguntas” = CUJAS. Letra E

Questão 2 - Textos Veja as justificativas: em I, errada, em nenhum momento, as pessoas mencionadas expressam inconformidade; em II, certa, afirmação explícita a partir da linha 70; em III, certa, afirmação explícita a partir da linha 76. Letra D

Questão 3 - Gêneros textuais Veja os erros: (1) foco na descrição da “madrugada”;(3) foco na sucessão de ações;(1) foco na descrição da “avenida”;(2) foco na comparação, recurso argumentativo;(2) foco na função da “análise geoespacial”, recurso argumentativo. Letra B

Questão 4 - Estrutura e formação de palavrasVeja as justificativas: em I, certa, vem de “chuva”; em II, certa, vem de “manhã”: o prefixo e o sufixo precisam conviver = parassíntese; em III, errada, o primitivo é “rápido”, adjetivo. Letra C

Questão 5 - AmbiguidadeVeja os erros: em I, certa, o advérbio em questão refere-se ao verbo “toma”, linha 4, e o deslocamento só reforça essa relação; em II, errada, o advérbio em questão refere-se ao verbo “obtém”, linha 24, e o deslocamento o remeteria ao verbo “decide”, linha 25; em III, errada, o predicativo “escolhida...” refere-se à “angústia”, linha 43, e a alteração não permitiria leitura coerente. Letra A

Questão 6 - NexosVeja os erros: mas é conjunção adversativa, por-tanto “oposição"; enquanto poderia ser temporal ou proporcional; e para, que equivale a “a fim de”, tem que ser “finalidade”. Letra E

Questão 7 - Coesão textualVeja as justificativas:(3) tanto na linha 16 quanto na 31, as listas - ele-mentos em paralelismo, enumerações - são claros;(4) típico uso conceitual, metalinguístico, do itálico;(2) é o discurso direto;(1) a vírgula está marcando a oração subordinada adjetiva explicativa. Letra D

Questão 8 - Coesão textualVeja as justificativas: em I, certa, ambas as expres-sões têm sentido e concordância compatíveis; em II, errada, os sentidos são, claramente, diferentes; em III, errada, “vulgarização” tem sentido pejora-tivo, e “popularização”, não. Letra A

Questão 9 - CraseVeja as alterações: mudam as palavras “geográfi-cas” e “representadas”. Letra B

Questão 10 - Ortografia e concordância nominalVeja as justificativas: linha 14, como advérbio de lugar, a palavra “embaixo” é escrita como uma só; linha 32, os substantivos, quando indicam cores, não fazem concordância; linha 47, a conjunção causal “porque” é escrita como uma palavra só (= pois); linha 52, equivalendo à expressão “por que razão”, preposição e pronome interrogativo, é escrita separada. Letra C

Questão 11 - TextosVeja as justificativas: em a), errada, a expressão “tra-balho” não se aplica; em b), errada, o aspecto em questão não é o “íntimo”; em c), certa, é o foco do texto; em d), errada, o foco não são os “homens”; e), errada, o foco não são os “filhos”. Letra C

Questão 12 - DiscursosVeja a justificativa: na passagem para o discurso indireto, os pronomes demonstrativos de primeira pessoa - esta - passam para a terceira - aquela, e o presente do indicativo, “é”, vira pretérito imperfeito do indicativo, “era”. Letra B

Questão 13 - Identificação de sujeitosVeja a justificativa: o sujeito de “seria” é “ela”, linha 38. Letra E

Questão 14 - TextosVeja as justificativas: em I, certa, afirmações coe-rentes com o contexto e com o uso dos respectivos textos; em II, certa, afirmação coerente com o contexto; em III, certa, o pretérito imperfeito tem justamente o sentido de continuidade. Letra E

Questão 15 - VocabulárioVeja as justificativas: em I, errada, tem função de sujeito (oração subordinada substantiva subjetiva); em II, certa, é o sujeito de “estariam”; em III, erra-da, é o sujeito de “se modificam”. Letra B

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REVISÃO

Questão 16 - ReferênciaVeja a justificativa: o predicativo “muito mais sábia” refere-se, claramente à “Bárbara”, termo com o qual concorda. Letra B

Questão 17 - Separação silábicaVeja as justificativas:ex-pe-ri-en-te (cinco sílabas)con-tri-bu-í-do (cinco sílabas)pa-ra-ri-a (quatro sílabas)i-dei-a (três sílabas). Letra C

Questão 18 - Textos Veja as justificativas: em I, certa, a dúvida está explicitada entre as linhas 4 e 7; em II, certa, a dis-cussão é sobre o papel de sujeito e vocativo nesses casos; em III, certa, tal enumeração ocorre a partir da linha 41. Letra D

Questão 19 - Tempos verbaisVeja as justificativas: em a), errada, no momento, ele não estava “ensinando”; em b), errada, o presen-te do indicativo é o tempo verbal da argumentação em geral; em c), errada, como o modo verbal é o subjuntivo, não pode indicar certeza; em d), certa, dois tempos ligados pela ideia de hipótese, corre-lacionados; e), errada, não há relação entre verbos no infinitivo e informalidade. Letra D

Questão 20 - VocabulárioVeja a justificativas: questão casual de relaciona-mento do palavras. Letra C

Questão 21 - Coesão textualVeja as justificativas:(V) o “seu” refere-se ao “amigo”, linha 01;(F) refere-se aos exemplos dados na frase imedia-tamente anterior;(V) remete a “nesses casos”;(V) O sentido seria “como se estivessem na frase”. Letra E

Questão 22 - Coesão textualVeja as justificativas:(2) refere-se à oração do verbo “diz”, linha 06;(1) refere-se à expressão “menos”, linha 15;(1) refere-se à expressão “clara”, linha 34; (2) refere-se à oração do verbo “deva”, linha 36. Letra C

Questão 23 - Identificação de sujeitosVeja as justificativas: em a), vocês; em b), esses meninos; em c), pizzas; em d), certa, elíptico, desi-nencial; e), tu. Letra D

Questão 24 - Vozes verbaisVeja a justificativa: A voz passiva analítica é a se-quência do verbo SER (FOREM) acompanhado de PARTICÍPIO VERBAL (ACEITAS). Letra E

Questão 25 - AmbiguidadeVeja as justificativas: em I, certa, a alteração de posição do advérbio “talvez” não muda a referência ao verbo “deva”; em II, errada, aqui, o advérbio refere-se ao verbo “possa”; em III, errada, na ter-ceira versão, o advérbio refere-se ao verbo “tentar”. Letra A

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REVISÃO

ConceitoRegência é o relacionamento entre o verbo ou o nome e seus complementos.

Verbos e Complementos

Intransitivo - não pede complemento.

Transitivo - pede complemento.• Direto - não exige preposição.Complemento: objeto direto.• Indireto - exige preposição.Complemento: objeto indireto.Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre e trás.• Direto e indireto - pede dois complementos: um objeto direto e um objeto indireto.

Pronomes Pessoais como Objetos

ME, TE, SE, NOS, VOS objeto direto ou objeto indiretoO(S), A(S) só objeto diretoLHE(S) só objeto indiretoELE (S), ELA (S) só objeto se preposicionado (indireto)

Principais Regências

Ajudar TD Ajudei o inválido.

Ansioso de, por, para Está ansioso de (por,para) ir.

Anuir TI (a,em) Anuiu a(em) tais propostas.

AspirarTD (= respirar) TI(a) (= desejar)

Aspiro o ar da montanha.Aspiro a esse cargo.

Assíduo em (e não a!) É assíduo em solenidades.

AssistirTD(=prestar assistência)TI(a) (=ver)TI (a) (=caber)

O médico assistiu o paciente.Assistimos ao filme.Assite a você esse direito.

Atender TD ou TI (a) Atenderam (a) teu pedido.

Atingir TD O atleta atingiu o limite.

Avisar, certificar, cientificar, informar

TDI, com dupla regência: algo a alguém ou alguémou alguém de algo.

Avisei a José o perigo.Avisei José do perigo.

ChamarTD(=mandar vir) TD ou TI(a) + predicativo com ou sem de (= denominar)

Chamei um médicoChamei(a) José (de) ingrato.

Chegar, ir, sair, virINT, seguido de lugar com a preposição a(e não em!)

Chegou a São Paulo.Fui ao Japão.

Comunicar TDI(a) Comuniquei o fato ao chefe.

Consentir TI (em) (= concordar)Consentiu na decisão. TDI(a) (= permitir) Consenti o aumento a todos.

Consistir TI(em; e não de!) A prova consiste em dez itens.

Custar TI (a) (= ser difícil)TDI (a) (= causar)

Custou-me dormir.Isso custou dissabores a todos.

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REVISÃO

Dignar-se TI (de) Dignou-se de responder-me.

EsquecerTD(de)TI

Ivo esqueceu os livros.Esqueceram-se dos livros.

Faltar TI(a) (= ausentar-se; inexistir)Faltou a esse encontro.Faltam a ele qualidades.

ImpedirTDI, com dupla regência: algoa alguém ou alguém de algo.

Impediu o gesto a José.Impediu José do gesto.

Implicar TD(= acarretar); não admite em TI (com) (= antipatizar-se)

Isso implica nossa renúncia.Sempre implica com colegas.

Lembrar

TD TD (= fazer recordar) TDI (= recordar, advertir) TI (a); o sujeito é a coisa lembrada.

João lembrou o presente.Seus olhos lembram meu pai.Lembrei a Paulo a viagem.Lembrou a João o presente.

Lembrar-se TI (de) João se lembrou do presente.

Obedecer TI (a) Obedeceu a seu instinto.

Pagar TDI (a) Pagou as dívidas a todos.

Perdoar TDI (a)Perdoou o erro ao infrator.Não perdoai ao pai. ao pai

Precisar TD (= determinar com exatidão) TI (de) (= necessitar)

Precisei a hora da chegada.Preciso de seus conselhos

PreferirTDI(a); rejeita palavras de intensidade (mais, mil vezes)e que ou do que.

Prefiro você a ele.

Presidir TD Presidiu muitas reuniões.

Prevenir TD (= evitar) TDI (de) (= avisar)

A medida preveniu o caos.Previni o operário do perigo.

Proceder TI (a) (= realizar) Procedeu ao início da festa.

ProibirTDI, com dupla regência: algo a alguém ou alguém de algo

Proibi a José o comentário.Proibi José do comentário.

Querer TD (= desejar) TI(a) (= estimar)

Queremos teu sucesso.O bom filho quer a seus pais.

Renunciar TI (a) Renuncio(a) este cargo.

Reparar TD (= consertar); TI (em, para) (= observar).

O mecânico reparou o carro.Reparei em (para) seu gesto.

Residente, situado,sito, domiciliado

Aceita a preposição em (e não a!) Residente na rua Uruguai e domiciliado neste estado.

Responder TDI(a) Respondeu a verdade a todas as perguntas.

Satisfazer TD ou TI (a) A resposta satisfez(a) todos.

Solicitar TDI (de, a) Solicitamos de (a) todos ajuda.

Suceder TI(a) (= substituir) O rei sucedeu ao tirano.

VisarTD (= pôr o visto) TI(a) (=objetivar) + infinitivo,

Visou o cheque.Visava ao cargo de chefe.com ou sem a preposiçãoA lei visa (a) resolver isso.

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REVISÃO

Casos de Crase

Preposição a +

• artigo a Dediquei-me à leitura.• aquele(s), aquela(s) e aquilo

Resisti àquele doce. (Resisti a este doce.)• pronome demonstrativo a(s) = aquela(s) Esta casa é idêntica à que comprei.• a qual, as quais

Vi a casa do morro à qual ele se referia.

Crase Obrigatória

Antes de hora se for possível usar ao meio-dia.Chegou às duas horas. (ao meio-dia) Espero desde as três horas. (o meio-dia)

Com a palavra moda oculta. Usava sapatos à Luís XV.

Antes da palavra distância, quando determinada.Fiquei à distância de dez metros. Fiquei a distância.

Antes de palavra feminina, nas locuções:• adjetivas• adverbiais• prepositivas• conjuntivas

Houve um baile à fantasia. Comprou tudo à vista.Entrou à esquerda do pai. Cresce à medida que estuda.

Crase Proibida

Antes de palavra masculina.Andava a pé.Canta a fim de espantar os males.

Antes de verbo. Estava decidido a fugir.

A (no singular) + palavra no plural. Presto favores a pessoas dignas.

Antes de pronome indefinido.ou palavra por ele modificada.

Disse isso a toda pessoa.Não irei a festa alguma.

Antes de pronomes de tratamento, exceto Dona, Senhora, senhorita.

Enviarei tudo a Vossa Senhoria.Transmiti recado à Dona Maria.

Antes de quem e cujo(s), cuja(s).Isto convém a quem nada sabe.Ela é a autora a cuja peça me referi.

Entre palavras repetidas. Estavam cara a cara.

Antes de terra antônimo de bordo. Mandou o marinheiro a terra.

Antes de casa = lar. Retornei a casa. (Estou em casa.)

Quando se subentender um indefinidoentre a preposição a e o substantivo

Estacionamento sujeito a multa (a uma multa)

Crase Facultativa

Antes de pronome possessivo adjetivo feminino (*) Refiro-me à/a sua tia.

Antes de nome feminino de pessoa. Dei o carro à/a Maria.

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REVISÃO

Verbo

MODOS

Indicativo: fato certo, real. Ele dança todo dia. Ele dançará sempre.

Subjuntivo: fato duvidoso ou desejado. Quando ele dançar, verei. Seria bom se ele dançasse.

Imperativo: ordem, pedido ou conselho. Dança, mulher! Fique comigo. Cresça a cada dia.

MODO INDICATIVO

TEMPO SIMPLES COMPOSTO

Presenteparto

Fato acontece no momento atual.Discordo de você.

Tenho falado com Marta.

Pret. perfeitoparti; hei partido

Fato passado e concluído.Renunciei à chefia.

Pret. imperfeitopartia

Fato passado com continuidade.Todo dia, ele escrevia.

Pret. mais-que-perf.partira; havia partido

Fato passado anterior a outro também passado.Ao anoitecer, a loja já fechara.

Idem.Ao anoitecer, a loja já havia fechado.

Futuro do presenteFato futuro.Corrigirei as provas depois das férias.

Fato futuro findo antes de outro também futuro. partirei; haverei partidoAo anoitecer, a loja já haverá fechado.

Futuro do pretéritoFato posterior a outro no passado.O chefe jurou que lutaria.

Fato condicionado a outro no passado.Caso ficasse, o chefe haveria lutado.partiria; haveria partido

MODO SUBJUNTIVO

TEMPO SIMPLES COMPOSTO

Presenteparta

Fato duvidoso.É possível que ela telefone.

-

Pret. perfeitohaja partido

-Fato passado e supostamente concluídoSuponho que já haja resolvido.

Pret. imperfeitopartisse

Fato passado e hipotético.Ainda que se esforçasse, teria fracassado.

Pret. mais-que-perf.-Fato anterior a outro fato passado e hipotético

houvesse partidoSaberia, se houvesse lido o relatório.

Futuropartir; houver partido

Fato futuro e hipotético concluído.Se nevar, limpe tudo.

Fato futuro e hipotético concluído.Se houver nevado, limpe tudo.

FORMAÇÃO DO IMPERATIVO

1 - Afirmativo = presente do subjuntivo, exceto tu e vós (= presente do indicativo menos s).

parte (tu), parta (você), partamos (nós),parti (vós), partam (vocês)

2 - Negativo = presente do subjuntivo. (nós), não partais (vós), não partam (vocês)

não partas (tu), não parta (você), não partamos

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REVISÃO

EMPREGO DO INFINITIVO FLEXIONADO

• Com sujeito exclusivo. Só foi aos jornais após descobrirmos o desfalque.

• Antes do verbo da oração principal. De tanto reclamares, só fazes inimigos.

• Indeterminando o sujeito. Não percas o ânimo por criticarem tuas idéias.

EMPREGO DO INFINITIVO NÃO FLEXIONADO

Nos demais casos. Podemos falar. Diziam pouco ganhar. Cantar faz bem.

EMPREGO DO PARTICÍPIO

• Varia, exceto em tempo composto (após ter ou haver). Ela é amada. Lida a carta, rasgue-a. Elas haviam sonhado.

• Há verbos com 2 particípios: um regular, outro irregular.Particípio regular > com os auxiliares ter e haver.Particípio irregular > sozinho ou com ser, estar, ficar.

Aceitar: aceitado/aceito.Se pudesse, ela haveria aceitado o emprego.Havia imprimido os livros. Para mim, a proposta já está aceita.

Há verbos que só possuem particípio irregular. Aberto, coberto, dito, escrito, feito, ganho, gasto, pago, posto, visto e vindo (e respectivos derivados).

TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

PRIMITIVO DERIVADO EXEMPLO

• Presente do indicativo

Eu menos -o

Tu e vós menos -s

Presente do subjuntivoTu e vós do imperativo afirmativoExceções: sê e sede (verbo ser).

caibo > caiba, caibas, caiba... partes - s > parte, partis - s > parti

• Pret. perf. do indicativo

Tu menos -ste

Pretérito mais-que-perf. do indicativo (+ ra)

Pretérito imperfeito do subjuntivo (+ sse)

Futuro do subjuntivo (+ r)

puseste puserapuseste pusessepuseste puser

• Infinitivo Demais tempos e formas nominais

CLASSIFICAÇÃO DO VERBO

• Regular Não muda o radical (infinitivo - ar, er ou ir). falar, bater, demitir

• Irregular Muda o radical. poder (posso, pude)

• Anômalo Tem vários radicais. só dois: ser e ir

• Defectivo Tem conjugação incompleta. adequar, reaver

• Abundante Tem duas ou mais formas equivalentes. morrer: morrido/morto

FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS

• Rizotônicas > sílaba tônica no radical.Eu, tu, ele e eles dos presentes (indicativo e subjuntivo).

cantas, vendam, traduzo

• Arrizotônicas > sílaba tônica fora do radical cantaria, vendeste, traduzir

VERBOS EM -EAR E -IAR

-Ear > i depois do e nas rizotônicas. nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam

-lar > regulares. Mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar e antes do i nas rizotônicas.

Enfiar - enfio, enfias, enfia, enfiamos, enfiais, enfiamAnsiar - anseio, anseias, anseia, ansiamos, ansiais, anseiam

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REVISÃO

VERBOS E MODELOS

• FERIR: aderir, compelir, discernir, divergir, impelir, ingerir, preterir Divirjo de suas idéias.

• PEDIR: desimpedir, despedir, expedir, impedir, medir Meça todas as peças.

• AGUAR (águo, águas, água...): minguar, desaguar e enxaguar O rio deságua no mar. Enxágue bem os cabelos.

VERBOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

• TER: abster-se, ater-se, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster Mantiveste a boca fechada? Retiveram os suspeitos.

• VER: antever, entrever, prever, rever Ela previu certo. Se você entrevir um problema, avise.

• VIR: advir, avir-se, convir, desavir-se, desconvir,Eles se desavieram. Se sobrevier uma gripe, falte.

intervir, provir, sobrevir

• PÔR: compor, decompor, dispor, expor, impor, indispor, opor, propor, pressupor, recompor, repor, supor, transpor

Quando me opuser, não reaja. Propusemos a expulsão.Já repusera a quantia.

OUTROS CASOS

• Sem eu no pres. do indicativo e sem todo o pres. do subjuntivo: abolir, banir, colorir, demolir, explodir, fundir, ruir e urgir

• Sem as formas rizotônicas e sem o presente do subjuntivo: adequar, falir, remir e ressarcir.

• Apaziguar e averiguar, u tônico nos presentes (ind. e subj.).

• Viger: regular, mas só usado nas pessoas ele e eles.

• Polir: o vira u nas rizotônicas do pres. ind. e todo o pres. subj.

• Computar: sem eu, tu e ele no pres. ind. e sem todo o pres. subj.

• Mobiliar (mobílio, mobílias...): tem sinônimos mobilar e mobilhar.

• Reaver: segue haver, mas só existe onde haver tem a letra v.

• Distinguir e extinguir: sem u antes de o ou a; u não pronunciado. Distinga o bem do mal. Extingui seus privilégios

• Caber: presente do indicativo - caibo...; pretérito perfeito - coube.

• Crer: pretérito perfeito do indicativo - cri, creste, creu...

• Requerer: presente do indicativo - requeiro...

• Valer: presente do indicativo - valho...

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REVISÃO

Estrutura das PalavrasRADICAL

Elemento nuclear, significativo e básico da palavra (novo, novinho, novíssimo: terra, terreno, terreiro; ando, andava, andasse)

VOGAL TEMÁTICA

Prepara o radical para receber as desinências nominais, os sufixos modo-temporais e as desinências número-pesoais.• Nos Verbos: -a, -e, e -i, respectivamente para 1ª,2ª e 3ª conjugações (andar, vender, partir).• Nos nomes: -a, -e e -o, átonos finais, (mesa, casa, triste, copo, tribo).

TEMA

Radical acrescido da vogal temática (andas – rad:and-,v.t: -a, tema: anda)

DESINÊNCIAS

• Nominaisde gênero (masculino: -ø; feminino: -a)

de número (singular: -ø; plural: -s)

AFIXOS

Elementos que se acrescentam ao radical e modificam seu sentido; podem ser prefixos (quando antecedem o radical ou sufixos (quando vêm depois do radical).

• Sufixos Flexionais (desinências) verbais: indicam modo e tempo dos verbos; são os sufixos modo – temporais.

• Sufixos Flexionais (desinência) verbo-nominais: traduzem as formas nominais dos verbos: -r (infinitivo), -ndo (gerúndio) e –do (particípio).

VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO

Aparecem no interior da palavra, tornando-a mais eufônica; ao contrário dos afixos, não alteram a significação da palavra (gasômetro, cafeteira).

Formação das PalavrasDERIVAÇÃO

Prefixal

Prefixo + radical

Sufixal

Radical + sufixo

Parassintética

Prefixo + radical + sufixo ou terminação verbal, constituída de vogal temática e sufixo de infinitivo

Regressiva

Formação de nova palavra através da queda de elementos de outra já existente. Normalmente os derivados regressivos são substantivos que indicam ação ou resultado da ação e provêm de verbos. Nesses casos, o tema verbal cede lugar a um tema nominal em -a, -e ou -o (pescar > a pesca; cortar > o corte; abalar > o abalo).

COMPOSIÇÃO

Por justaposição

União de duas ou mais palavras, para formação de uma terceira, sem alteração de seus elementos (girassol, guarda-marinha, passatempo, pé-de-vento).

Por aglutinação

União de duas palavras, para formação de uma terceira, com prejuízo da integridade fonética do primeiro dos elementos (aguardente: água + ardente; planalto: plano + alto).

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REVISÃO

Concordância Nominal

REGRA GERAL

Adjetivo concorda com substantivo. garfos lindos facas lindas

SUBSTANTIVOS + ADJETIVO

Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou com todos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino.

faca e colher linda/lindas

garfo e prato lindo/lindos

garfo e faca linda/lindos

ADJETIVO + SUBSTANTIVOS

Adjetivo concorda com substantivo mais próximo. lindo garfo e prato linda faca e garfo

SUBSTANTIVO + ADJETIVOS

Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com artigo).

as cores vermelha e amarelaa cor vermelha e a amarela

É BOM - É NECESSÁRIO - E PROIBIDO

Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem artigo definido, pronome..,).

É proibido entrada de visitantes.É proibida a entrada de visitantes.

UM E OUTRO - NEM UM NEM OUTRO

Substantivo seguinte no singular; adjetivo no plural.Um e outro caminho serve.Não deu nem um nem outro estabelecimento comerciais.

PARTICÍPIO

Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver). O mendigo havia bebido a cerveja.

A cerveja foi bebida. Bebida a cerveja, pediu mais.DE + ADJETIVO

Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere. Ela pouco tem de sábio/de sábia.

MEIO - BASTANTE - BARATO - CARO

Variam quando adjetivos (modificam substantivo).Não variam quando advérbios (modificam verbo ou adjetivo).

Bastantes pessoas dançavam.Estavam bastante lúcidos.

POSSÍVEL

O mais, o menos, o maior... + possível.Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.Quanto possível não varia.

Conheci terras o mais desertas possível.Conheci terras as mais desertas possíveis.Os ouvintes ficaram tão atentos quanto possível.

Varia = sozinho. Não varia = somente.

Não estamos sós em casa.Só nós estamos em casa.

VARIAM

• Mesmo, próprio• Mesmo = realmente ou até: não varia.• Extra• Quite• Nenhum• Obrigado• Anexo, inclusoEm anexo não varia.• Todo

Nós mesmos/próprios não sabemos.Maria vai mesmo ao Japão? Mesmo os filhos criticaram.As horas extras serão debitadas.Os empregados estão quites com suas obrigações.Parece que não veremos núpcias nenhumas.

— Obrigada, disse a patroa.As planilhas estão anexas/inclusas.

As planilhas estão em anexo.

As roupas estão todas molhadas.

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REVISÃO

NÃO VARIAM

• Alerta• Menos• Haja vista• Em via de• Em mão• A olhos vistos• De maneira que, de modo que, de forma que• Cor com nome proveniente de objeto

Os parentes estão alerta.

Praticava menos caridades.Haja vista os primeiros resultados, ele não se classificará.Meus amigos estão em via de partir.Entregue em mão os convites.Maria emagrecia a olhos vistos.Todos silenciaram, de maneira que estão do nosso lado.Papéis rosa. Tecidos abóbora. Carros vinho.

Período Composto

CONCEITO

Frase com mais de uma oração (mais de um verbo). Abriu a porta e entrou na sala.

SUBORDINAÇÃO

A oração subordinada exerce uma função sintética da principal. Lucra | quem investir já. (A 2ª oração é sujeito da 1ª)

SUBORDINADA SUBSTANTIVA

Pode ser substituída pela palavra ISTO. Disse que viria. (= Disse isto.)

• Subjetiva - sujeito do verbo da principal Só faltava que o dinheiro não fosse suficiente.

• Objetiva direta - objeto direto do verbo da principal Ela queria que eu voltasse.

• Objetiva indireta - objeto indireto do verbo da principal Minha felicidade consiste em que sejas feliz?

• Predicativa - predicativo do verbo ser da principal O problema é que ela não toma a decisão.

• Completiva nominal - completa nome abstrato da principal Sou favorável a que participemos da concorrência.

• Apositiva - aposto da principal Trazia consigo um segredo: o pai era um presidiário.

SUBORDINADA ADJETIVA

Iniciada por pronome relativo — o(a) qual, os(as) quais e sinônimos: que, quem, onde, cujo, quanto e como.• Restritiva: restringe substantivo.Sem vírgula antes do pronome relativo.• Explicativa: não restringe substantivo.Com vírgula antes do pronome relativo.

É linda a rua onde moro. Não gosto do modo como falas.Sofre menos a mãe que só tem um filho.Minha mãe, que não me esperava, ficou emocionada.

SUBORDINADA ADVERSIAL

Iniciada por conjunção subordinativa.

• Causal (causa): porque, como, visto que Como era domingo, acordou mais tarde.

• Comparativa (comparação): do que, quanto O marido sofre tanto quanto a mulher.

• Concessiva (concessão = oposição): embora, ainda que Por mais que me implores, nunca te perdoarei.

• Condicional (condição): caso, se, desde que Marcos aceitará o trabalho, desde que paguem bem.

• Conformativa (conformidade): conforme, como Faça tudo conforme manda a sua consciência.

• Consecutiva (conseqüência): (tão, tanto, tal, tamanho) que Tal era a sua tristeza que vivia aos prantos.

• Final (finalidade): para que, a fim de que Respeite os outros, para que seja respeitado.

• Proporcional (proporção): à medida que, à proporção que Ela melhora à medida que os dias passam.

• Temporal (tempo): quando, logo que, mal Mal chegava, tirava os sapatos.

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REVISÃO

REDUZIDA

Oração subordinada com verbo em forma nominal, sem conectivo.

• De infinitivo - substantiva, adjetiva ou adverbial Era o único homem a sorrir. (adjetiva restritiva)

• De gerúndio - adjetiva ou adverbial Chegando à cidade, receberás a carta. (adverbial temporal)

• De particípio - adverbial Concedido o aumento, voltaremos.(adverbial condicional)

CORDENAÇÃO

Orações sem relação sintática entre si. O dia nasceu, o galo cantou, Maria não veio.

COORDENADA ASSINDÉTICA

Sem conectivo (conjunção ou pronome relativo) Fale baixo, não reclame, não saia.

COORDENADA SINDÉTICA

Possui uma conjunção coordenativa.

• Aditiva (adição, soma): e, nem (= e não) Não quero sua ajuda, nem preciso de você.

• Adversativa (adversidade, oposição): mas, porém Ganhou presentes, porém continuou infeliz.

• Alternativa (alternância): ou...ou, ora...ora Ora não me ouve, ora não me entende.

• Conclusiva (conclusão): logo, portanto Chegarei cedo, portanto me espere.

• Explicativa (explicação): pois, porque Grite, porque ela é surda.

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

Orações coordenadas e subordinadas.

Sentia-se infeliz, mas sorriu quando viu a filha.

1 - cord. assindética2 - coord. sindética adversativa à 1ª e principal da 3ª3 - subordinada adverbial temporal

PONTO-E-VÍRGULA

Separa as orações coordenadas adversativas e conclusivas com conjunção deslocada. Negou a esmola; ficou, porém, com a mão estendida.

Separa orações que já têm vírgula no seu interior. O pai, um ancião, vivia dentro de casa; perdera, aos poucos, o gosto pela vida.

Separa orações coordenadas que formam um paralelismo ou um contraste.

O plano consome uma folha de papel; sua realização exige uma fortuna.

Aparece no final dos itens de uma enumeração.

Apresentaram-se quatro propostas:a) redução do quadro de pessoal; b) corte dos investimentos; c) retenção dos lucros; d) captação de recursos no exterior.

DOIS PONTOS

Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e antes de oração apositiva.

Vieram todos: José, Ana e Ivo. Tinha um segredo: o pai era ladrão.

Antes de citações. O líder indagou: “Quantos ficarão?”.

Antes de explicação ou esclarecimento.Brinquedos espalhados no chão, a colcha toda amassada, armários com gavetas explodindo de roupas entulhadas: eis o quarto do meu filho.

Antes da invocação nas correspondências. Prezado companheiro:

Depois de exemplo, nota, observação. Obs.: os números se referem aos itens.

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REVISÃO

Depois de a saber, tais como, por exemplo. Tem três tesouros, a saber: mãe, mulher e filho.

PARÊNTESES

Separam a intercalação de uma explicação ou de um comentário.

A exposição, feita verbalmente (a atilógrafa havia faltado), não convenceu.

Separam a indicação da fonte da transição ‘“Governo muda poupança.”(O Globo)

Separam a sigla do estado depois da cidade e a sigla de empresa, órgão ou qualquer outra entidade após o seu nome completo.

A sede da empresa fica em Recife (PE). O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) cresce.

Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equivalente a outra.

Cada quilo custa US$10,00 (R$12,00).

Separam números e letras, numa relação de itens, e asterisco.• Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo parêntese.

(1), (2), (a), (b), (*).1), 2), a), b)

Separa o latinismo sic (confirma o que pode parecer exagerado ou improvável). Compareceram dez mil pessoas (sic).

Observação final: o ponto sempre aparece após o segundo parêntese, salvo se um período inteiro.

A diretoria aprova obra.(A legislação fiscal tem sanções para esse ato.)

TRAVESSÃO

É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou expressão.

Todos os empregados — destacadamente os mais novos — apoiaram a decisão.

Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor e, depois dela, quando se segue uma identificação de quem falou.

— Podemos decidir? — disse Júlio.— Ainda não! — gritou alguém. — Qual o motivo?

Liga palavras ou grupos de palavras que indicam início e final de percurso.

Barcas Rio—Niterói.

O ônibus faz o trajeto Rio—Macaé.

É usado, duplamente, para facilitar a leitura quando um trecho extenso se intercala em outro.

A chefia ordenará a pronta revisão do projeto — devendo ser refeitos os cálculos da área —,

designará uma comissão e fixará um prazo.