miolo extracto_profecias

17
Colecção Mandala

Upload: dulce-abalada

Post on 10-Jul-2015

646 views

Category:

Education


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Miolo extracto_Profecias

C o l e c ç ã oMandala

Page 2: Miolo extracto_Profecias

TítuloProfecias – da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo –

AutorEduardo Amarante

Coordenação e revisãoDulce Leal Abalada

Grafismo, Paginação e Arte finalDiv'Almeida Atelier Gráficowww.divalmeida.com

Ilustração e Técnica da capaGabriela Marques da CostaArte Digital / Assemblage DigitalA Fénix das [email protected] www.gabrielamarquescosta.wordpress.comwww.facebook.com/home.php?#!/pages/Gabriela-Marques-da-Costa/134735599901538+351 915960299

Impressão e AcabamentoEspaço Gráfico, Lda.www.espacografico.pt

DistribuiçãoG.C.E – SodilivrosGrupo Coimbra Editora, [email protected]

1ª edição – Novembro 2010

ISBN 978-989-8447-02-9Depósito Legal nº 317918/10

©Apeiron Edições

Reservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial, por qualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográfico sem a prévia autorização do editor.

Projecto Apeiron, [email protected]

Page 3: Miolo extracto_Profecias

apeirone d i ç õ e s

Eduardo Amarante

M IFO DD OO MÃÇ UA NT DER OP RET

NI A

D

CRIT ISN TA O O

D A

DNI

V À

Page 4: Miolo extracto_Profecias
Page 5: Miolo extracto_Profecias

A LINGUAGEM SIMBÓLICA

DAS ILUSTRAÇÕES DE PROFECIAS

Gabriela Marques da Costa (a pintora)

O gosto pelo simbolismo foi sempre uma

constante no meu trabalho; não sei trabalhar

sem esses elementos. Para mim, a simbologia

numa obra é como as palavras de um livro.

Ambos se lêem sempre que se quer. Eles es-

tão sempre lá com o seu significado e com

a sua história, faça chuva ou faça sol!

Como esta temática profética não fala

especificamente de uma profecia em concre-

to ou de uma personagem profética em des-

taque, optei por dar essa ideia na capa. Ten-

tei mostrar pelas imagens, que este livro iria

abranger várias profecias dos quatro cantos

do mundo. Isso encontra-se representado pe-

las pequenas imagens no topo da capa e con-

tracapa. Simbolicamente representam a linha

do Tempo; e já que falamos de profecias, elas

encontram-se no hipotético futuro que, neste

caso, é o topo da capa.

Quanto à cruz invertida, optei por dar-

-lhe um certo declive, insinuando que ela

está a cair e a afundar-se nas suas próprias

chamas. Acabei por lhe colocar o pentagra-

ma invertido na charneira da cruz, dando

uma carga simbólica mais vincada ao An-

ticristo. O Alfa e Ómega aparecem bem vin-

cados à frente das asas da Fénix. Na minha

opinião, a cruz é o primeiro elemento que se

destaca e, logo em seguida, o Alfa e o Ómega

nas asas da renovação.

A Fénix aparece na frente de tudo. Está no canto inferior da página com

toda a sua carga simbólica de renovação, transformação, mudança positiva,

etc. Penso que não poderia existir um símbolo melhor à frente do Anticristo e

das imagens proféticas, do que uma Fénix com uma mensagem subliminar

positiva. A mensagem final do livro é de esperança, pois tudo isto faz parte de

um processo evolutivo do Planeta e da Humanidade. Por falar em Planeta,

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

7Apeiron Edições |

Pintura de Gabriela Marques da CostaCapa e Contracapa

Page 6: Miolo extracto_Profecias

achei primordial colocá-lo como suporte das chamas (vida/renovação/conhe-

cimento), da Cruz e da Fénix.

As doze imagens representam algumas das profecias que o livro mencio-

na. Começando desde a contracapa para a capa e da esquerda para a direita

temos: a paragem do núcleo da Terra, os Aztecas, as profecias Indianas, o Rei-

no do Interior da Terra, a ciência profetiza colisão com Cometa, a profecia dos

Papas, a profecia dos Índios da América do Norte, a inversão dos pólos, as

pirâmides do Egipto, os Mayas, Shambala e Malaquias.

Outros elementos suplementares de interpretação (Dulce Leal Abalada)

Vários são os elementos representados nesta pintura. Desde logo vemos

uma série de imagens contínuas e identificativas de algumas das mais antigas

culturas da humanidade (não esquecendo as tradições antiquíssimas dos Pe-

les Vermelhas), passando pelo papel de alguns Papas e padres da Igreja, cul-

minando este quadro profético nas expectativas que a ciência actual tem quan-

to ao destino do planeta Terra. Contudo, o que mais se realça e salta aos nossos

olhos nesta pintura é a presença de uma cruz invertida mergulhada em

chamas, de cores muito vivas, com o pentagrama invertido desenhado num

círculo, tendo como pano de fundo o planeta Terra. Este conjunto confere à

mensagem que se pretende transmitir o seu carácter universalista, comum a

todas as tradições, se bem que apresentadas e representadas de modo diverso

consoante a cultura. A forma como a cruz mergulha, em posição oposta à do

crucificado, símbolo daquele que finalizou o caminho da iniciação humana – o

Cristo –, o ungido, com o sinal das duas pontas viradas para cima simboliza o

diabolos (o diabo), o Anticristo, a marca da separatividade que divide os

homens entre si e os afasta dos outros reinos da Natureza.

Do que algumas profecias nos relatam dir-se-ia que o homem estava

fatalmente destinado à destruição e a viver eternamente nas chamas do

Inferno, pelo facto de se entregar à sedução do Anticristo. No entanto, um si-

nal de esperança, presente desde sempre nas origens dos Tempos, marca o

início (simbolizado na letra A, Alfa) e o fim (na letra Ù, Ómega) de um ciclo

necessário à evolução humana: a Fénix. Se olharmos bem a pintura veremos

que estas chamas de vibração activa representam, como signo principal, a

estilização de um pássaro mítico, semelhante a uma águia, um animal sim-

bólico, que com as suas asas abertas aceita, em sinal de sacrifício, o Anticristo. O

simbolismo aqui inerente está associado ao poder regenerador deste animal

que estando presente, mas esquecido na memória consciente dos povos em

épocas do domínio do Anticristo, onde impera o ódio, a inveja, a desunião,

a guerra, o poder, etc., trabalha ocultamente a fim de renascer mais forte

num tempo vindouro e destruir as forças que hipotecam o destino de muitos

homens.

Eduardo Amarante

8 Apeiron Edições |

Page 7: Miolo extracto_Profecias

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – O TEMPO E A PRÉ-VISÃO

DO FUTURO

1. A Profecia e os seus Arautos

1.1. Os Magos e o Mistério do Futuro Insondável

CAPÍTULO II – A EVOLUÇÃO OCULTA DA

HUMANIDADE. A MÍTICA IDADE DE OURO E A

EXPULSÃO DO PARAÍSO

1. Os Mitos e o Jardim das Hespérides

2. A Origem Oculta do Homem na Terra.

Os Mistérios

3. O Mito Atlante

CAPÍTULO III – O SEGREDO INICIÁTICO DA ATLÂNTIDA

NAS PROFECIAS DO EGIPTO

1. O Dilúvio nas Antigas Tradições

1.1. O Livro de Enoch

2. Os Últimos Dias da Atlântida

3. Uma Página Negra da História do Egipto

3.1. A Moral Egípcia

4. As Profecias de Thot e de Hermes-Thot

4.1. A Profecia de Thot

4.2. A Profecia de Hermes-Thot

9Apeiron Edições |

17

19

23

27

31

39

41

51

54

59

60

61

65

66

68

68

69

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

Page 8: Miolo extracto_Profecias

CAPÍTULO IV – A PROFECIA DO REI DO MUNDO.

SHAMBALA

1. Shambala e as Tradições. Melquisedec e a

Fraternidade Branca Universal

2. A Profecia de Shambala e o Rei do Mundo

3. As Tradições do Passado e do Presente

4. Mitos, Mistérios e Sábios da Tradição Ocidental

CAPÍTULO V – AS PROFECIAS ORIENTAIS.

O VISHNU PURANA

1. Uma Antiga Profecia do Vishnu Purana

2. A Profecia do Srimad-Bhagavatam ou Livro

de Krishna

CAPÍTULO VI – AS PROFECIAS MAYAS

1. A Tradição e o “Mágico” Fim do Mundo do

Ano 2012

1.1. 2012 – O Filme

CAPÍTULO VII – A PROFECIA INCA DA ÁGUIA E DO

CONDOR – UNU PACHAKUTI

1. A Lenda da Águia e do Condor

CAPÍTULO VIII – O PRENÚNCIO DOS ÚLTIMOS TEMPOS

NA DOUTRINA ISLÂMICA

1. Os Principais Sinais da Última Hora – Extraídos do

Corão e da Sunna

2. Tradições sobre a Época do Ocultamento do Imã

Mahdi e os Sinais que Precedem a sua Aparição

10 Apeiron Edições |

72

73

76

80

84

91

93

100

101

110

111

113

114

115

115

117

Eduardo Amarante

Page 9: Miolo extracto_Profecias

CAPÍTULO IX – DAS PROFECIAS PAGÃS ÀS PRÉ-CRISTÃS

E CRISTÃS

1. A Profecia de Esculápio (Códices de Nag

Hammadi VI)

2. A Profecia do Oráculo de Delfos

3. Egipto e Moisés – O Confronto de Duas Tradições

3.1. As Dez Pragas do Egipto: Magia Negra ou

Catástrofe Natural?

4. Os Romanos e os Oráculos Sibilinos

5. S. Paulo e a Linguagem dos Mistérios

5.1. A Profecia de S. Paulo e o Livro do Apocalipse

6. As Visões Proféticas de S. João – A Perspectiva

Cristã do Fim do Mundo

7. A Profecia de Jesus Cristo nos Evangelhos

8. A Profecia de S. Nilo. A Vinda do Anticristo

9. As Profecias de João de Jerusalém

9.1. O Despertar de uma Nova Era

10. As Profecias de S. Malaquias

11. A Explicação de S. Bernardo de Claraval sobre os

Últimos Tempos, o Fim do Mundo e a Vinda de

Jesus Cristo

12. Joaquim de Flora e o Advento da Idade do

Espírito Santo

13. Völuspá, a Profecia do Vidente

14. As Predições do Papa Pio XII

15. As Profecias de Nostradamus – As Centúrias

CAPÍTULO X – AS PROFECIAS DOS TEMPOS MODERNOS

1. As Predições dos Meios Ocultistas e o Conde de

Saint-Germain

11Apeiron Edições |

120

120

121

122

123

126

128

131

134

136

137

139

143

145

148

148

149

150

151

153

154

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

Page 10: Miolo extracto_Profecias

2. A Profecia de La Salette e o Fim dos Tempos

3. O Terceiro Segredo Fátima e o Anticristo

3.1. O Dia X – A Chegada de um Novo Tempo

4. Da Necessidade da Queda Apocalíptica do

Mundo Moderno

5. A Sinarquia e o Governo do Mundo

6. As Profecias da Nova Era Espiritual

CAPÍTULO XI – PROFECIAS OU CONSPIRAÇÃO

PROFÉTICA? (SOB A ÉGIDE SOCIOPOLÍTICA, FILOSÓFICO-

-RELIGIOSA E ECONÓMICO-FINANCEIRA)

1. A Era de Aquário e a Nova Ordem: os Iluminados

da Baviera e a Edelweiss

1.1. Os Senhores das Trevas e a Nova

Ordem Mundial

2. As Predições dos Protocolos e a Estratégia dos

Governantes Invisíveis Instaurarem o Governo

Único Mundial

3. Os Prognósticos de Carl Friedrich von Weizsäcker

4. As Profecias do Fim dos Tempos: “Olhai que

ninguém vos engane”

5. As Sete Vacas Magras: A Crise Económica do Futuro

6. A Civilização X: O Fim da Democracia e da

Hegemonia Americana

7. O Plano Profético do Colapso Económico

8. O Poder da Mente-Pensamento da Quinta Raça.

Como controlá-lo?

9. A Profecia da Ciência e da Religião no Futuro

10. As Previsões Astrológicas para 2009-2012

12 Apeiron Edições |

157

159

162

164

165

168

171

174

180

184

190

191

197

199

201

209

211

215

Eduardo Amarante

Page 11: Miolo extracto_Profecias

13Apeiron Edições |

CAPÍTULO XII – AS PROFECIAS CIENTÍFICAS – 2012, O

ANO DA DECISÃO

1. A Ressonância Schumann e a Inversão dos Pólos:

A Guinada Magnética

2. As Consequências da Poluição Electromagnética

CAPÍTULO XIII – CONCLUSÃO – PALAVRAS

DE ESPERANÇA

1. Os Erros e os Pontos Fracos dos Senhores

das Trevas

216

222

224

226

227

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

Page 12: Miolo extracto_Profecias
Page 13: Miolo extracto_Profecias

Quando vedes aparecer uma nuvem no poente,

logo dizeis que vem chuva, e assim acontece.

E quando vedes soprar o vento sul,

dizeis que haverá calor, e assim acontece.

Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu

e, entretanto, não sabeis discernir esta época?

Lucas 12, 54-56

Page 14: Miolo extracto_Profecias
Page 15: Miolo extracto_Profecias

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

Apeiron edições | 17

INTRODUÇÃO

“Certo dia – o último dia da Idade de Ouro – a Mentira surpreendeu a

Verdade enquanto dormia; arrebatou as suas alvas vestimentas, revestiu-se com elas e, assim vestida, tornou-se a única soberana da Terra.

O mundo, seduzido pelo falso brilho da Mentira disfarçada de Verdade, perdeu a sua primitiva inocência, renunciando a toda a Sabedoria, a toda a probidade e a toda a justiça. Expulsa e menosprezada, a Verdade rendeu-se desde então à Mentira, que lhe usurpara o nome e o culto que era, até então, rendido somente ao verdadeiro e ao justo. Tudo o que a Verdade dizia era considerado como visão e tudo o que fazia era julgado como a mais into-lerável das extravagâncias. A despeito, pois, dos seus legítimos privilégios, a Verdade chegou a suplicar que a ouvissem e a atendessem, mas foi re-chaçada com maus modos, em todos os lugares que visitou. Houve até um insolente que se atreveu a qualificar de libertinagem a sua casta e ingénua nudez!

– Vai-te embora – diziam-lhe. – Vai-te embora daqui, mulher abomi-nável. Como te atreves a aparecer nua diante dos nossos olhos púdicos! Jamais conseguirás seduzir-nos com os teus absurdos!

A Verdade, convencida de que a Humanidade a execrava, foi para o deserto. Ainda não tinha lá chegado, encontrou perto de umas sarças as espalhafatosas roupas que a Mentira havia abandonado quando roubou as suas e, como não tinha outras, vestiu-as, ficando assim a Verdade disfarçada com a roupa característica da Mentira...

Assim transformada, pôde retornar para junto dos homens, que a aco-lheram com espanto e alegria. Os mesmos que antes se haviam escanda-lizado com a sua nudez foram os que melhor a receberam, sob essa nova aparência e com o belo nome de fábula, ou “parábola” que ela adoptou.”

Roso de Luna Esta história, contada sob a forma de uma parábola, não define, em si,

uma profecia, mas manifesta a queda do estado psicológico e espiritual do homem, prisioneiro da sua ignorância que o impede de discernir o ver-

Page 16: Miolo extracto_Profecias

Eduardo Amarante

18 | Apeiron Edições

dadeiro do falso. Daí que os sábios da Antiguidade tenham velado as grandes verdades ao comum dos mortais sob a forma de parábolas, má-ximas, profecias, enigmas ou quebra-cabeças.

Um enigma que perpassa os milénios é aquele que está representado na imagem da Esfinge. A Esfinge, também chamada Harmachis (Sol nascente), simboliza a luz que vence as trevas, o espírito divino que renasce em ciclos infinitos. A representação de uma cabeça humana sobre um corpo de leão simboliza a Natureza em evolução. Junto com o filósofo-poeta, exclamamos:

“Quanta nobreza e consciência há nessa augusta cabeça que contempla o sol nascente do espírito e da verdade eterna!”

A Esfinge também é conhecida por lançar a cada um de nós a seguinte

adivinha: “Que criatura tem quatro pés pela manhã, ao meio-dia tem dois, e

à tarde tem três?

A esfinge estrangulava1

Foi Édipo quem solucionou o enigma ao dar a seguinte resposta: qualquer um que lhe desse uma resposta errada.

“É o homem que engatinha com quatro pés quando bebé, anda sobre dois pés na idade adulta e usa uma bengala quando ancião.”

Se na Antiguidade os sábios esconderam a verdade sob a forma de mitos

cabe-nos a nós, então, desvelar esse manto mítico e encontrar a verdade da história que neles subjaz.

É o que tentarei fazer com esta obra sobre as Profecias, procurando tanto quanto possível desmistificar os mitos que rodeiam os Fins dos Tempos, a vinda do Anticristo e, por fim, a tão esperada Idade de Ouro com a vinda de Cristo.

1 A origem do nome esfinge, deriva do grego sphingo que significa estrangular.

Page 17: Miolo extracto_Profecias

PROFECIAS - da interpretação do fim do mundo à vinda do Anticristo

Apeiron edições | 19

CAPÍTULO I

O TEMPO E A PRÉ-VISÃO DO FUTURO

O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulha.

Gustav Thibon

Damo-nos conta do conceito tempo como algo que vivenciamos no nosso dia-a-dia. É uma forma a priori (utilizando a terminologia kantiana) – ou uma concepção que é independente da experiência – que mede a duração dos acontecimentos e que se situa na fronteira entre um futuro que ainda não existe e um passado que, por escassos momentos, foi presente. Daí que seja difícil definir o termo tempo em palavras. Inclusive esta concepção de tempo tem sido muito discutida desde o início da cultura ocidental até aos dias de hoje. Se recorrermos a uma enciclopédia para saber o significado desta palavra encontraremos uma definição que nos fala de um sistema que mede a sequência dos acontecimentos, com o propósito de comparar as durações destes eventos, os seus intervalos, e, por último, quantificar o movimento dos objectos.

No entanto, se recorrermos ao antigo pensamento grego encontraremos duas palavras que definem o termo Tempo. São elas, Chronos2 Kairos e 3

2 Em grego Xρόνος, Chronos, formou-se de si próprio, no princípio dos tempos, como um ser

.

incorpóreo e serpentino possuidor de três cabeças, uma de homem, uma de touro e outra de leão. Uniu-se à sua companheira anaké (a inevitabilidade), em espiral, à volta do ovo primogénito, separando-o, e formando então o Universo, a Terra, os Oceanos e o Céu. Permaneceu como deus remoto e sem corpo que envolvia todo o Universo, regendo a rotação dos céus e o caminhar eterno do tempo. Ocasionalmente aparecia perante Zeus sob a forma de um homem idoso de longos cabelos e barba brancos, embora na maior parte das vezes surgia como uma forma de força que estava além do alcance e do poder dos deuses mais jovens. Uma das representações mais bizarras de Chronos, é a de um homem que devora o seu próprio filho. No entanto, esta representação deve-se ao facto de os antigos gregos tomarem Chronos como o criador do tempo, uma vez que toda a criação, estando sujeita à lei do tempo, não lhe pode escapar e, tarde ou cedo, todos serão vencidos (ou devorados) pelo tempo (in Wikipédia, a enciclopédia livre).