minuta mariana

Upload: examecom

Post on 23-Feb-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    1/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    1

    TERMO DE ACORDO

    A UNIO, pessoa jurdica de direito pblico, representada pela Procuradoria-

    Geral da Unio; o INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS

    RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS - IBAMA, autarquia pblica federal,

    representada pela Procuradoria-Geral Federal; o INSTITUTO CHICO MENDES

    DE CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE, autarquia pblica federal,

    representada pela Procuradoria-Geral Federal; a AGNCIA NACIONAL DE

    GUAS ANA; autarquia pblica federal, representada pela Procuradoria-

    Geral Federal; o DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL -

    DNPM, autarquia pblica federal, representada pela Procuradoria-Geral

    Federal; o MINISTRIO PBLICO FEDERAL, neste ato representado pelo

    Procurador da Repblica; o ESTADO DE MINAS GERAIS, pessoa jurdica de

    direito pblico, inscrito no CNPJ sob o n 05.475.103/0001-21; o INSTITUTO

    ESTADUAL DE FLORESTAS - IEF, autarquia vinculada Secretaria de Estado

    de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, criado pela Lei 2.606/1962,

    com regulamento aprovado pelo, com regulamento aprovado pelo Decreto n

    45.834, de 22 de dezembro de 2011, CNPJ 18.746.164/0001-28; o INSTITUTO

    MINEIRO DE GESTO DE GUAS - IGAM, autarquia vinculada Secretaria

    de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, criada pela Lei n

    12.584, de 17 de julho de 1997, com regulamento aprovado pelo Decreto n

    46.636, de 28 de outubro de 2014, CNPJ 17.387.481/0001-32; a FUNDAO

    ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - FEAM, instituda pelo Decreto n 28.163,de 6 de junho de 1988, nos termos da Lei n 9.525, de 29 de dezembro de

    1987, CNPJ n 25.455.858/0001-7, todos representados pela Advocacia-Geral

    do Estado de Minas Gerais, com sede na Rua. Esprito Santo, n 495, 8 andar,

    Belo Horizonte, CEP 30.160-030; o MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE

    MINAS GERAIS, neste ato representado pelo Promotor de Justia; o ESTADO

    DO ESPRITO SANTO, pessoa jurdica de direito pblico; o INSTITUTO

    ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS

    IEMA,

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    2/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    2

    autarquia estadual; e a AGNCIA ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS

    AGERH, autarquia estadual, todos representados pela Procuradoria-Geral doEstado do Esprito Santo; o MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO

    ESPRITO SANTO, neste ato representado pelo Promotor de Justia,

    doravante denominados COMPROMITENTES;

    A SAMARCO MINERACO S.A., pessoa jurdica de direito privado, sociedade

    annima fechada, inscrita no CNPJ 16.628.281/0001-61, com matriz localizada

    rua Paraba, n 1122, 9, 10, 13 e 19 andares, Bairro Funcionrios, Belo

    Horizonte, MG, CEP 30.130-918; a VALE S.A., pessoa jurdica de direito

    privado, sociedade annima aberta, inscrita no CNPJ 33.592.510/0001-54, com

    matriz localizada Av. Graa Aranha, n 26, Centro, Rio de Janeiro, RJ; e a

    BHP BILLITON BRASIL LTDA., pessoa jurdica de direito privado, sociedade

    limitada, inscrita no CNPJ 42.156.596/0001-63, com matriz localizada Av. das

    Amricas, n 3.434, bloco 07, sala 501, Bairro Barra da Tijuca, Rio de Janeiro,

    RJ, CEP 22.640-102, doravante denominadas COMPROMISSRIAS;

    CONSIDERANDOo disposto no artigo 225, da Constituio Federal, que trata

    da incumbncia do Poder Pblico de defender e preservar o ambiente

    ecologicamente equilibrado;

    CONSIDERANDOo disposto no artigo 225, 3 da Constituio Federal, que

    dispe que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

    sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e

    administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos

    causados;

    CONSIDERANDO a necessidade de reparao integral, mitigao e

    compensao dos danos socioambientais e socioeconmicos presentes e

    futuros causados pelo rompimento da barragem de Fundo, pertencente ao

    complexo minerrio de Germano, em Mariana-MG, bem como a necessidade

    de adequao dessas condutas s exigncias legais e normativas;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    3/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    3

    CONSIDERANDOque as medidas compensatrias devem ser proporcionais

    magnitude do desastre e todas as medidas que propiciem a acelerao doprocesso de recuperao da Bacia do Rio Doce, regio estuarina, costeira e

    marinha, em especial a qualidade e a quantidade de guas nos tributrios e

    assim na calha principal impactada, devem ser adotadas;

    CONSIDERANDO que o rompimento da barragem de Fundo trouxe

    consequncias ambientais e sociais graves, em um desastre que atingiu mais

    de 680 km de corpos dgua nos estados de Minas Gerais e Esprito Santo,

    alm de impactos s regies estuarina, costeira e marinha;

    CONSIDERANDO que, dentre os danos socioambientais decorrentes do

    rompimento da barragem at agora identificados, encontram-se:

    a) destruio de habitat e extermnio da ictiofauna em toda a

    extenso dos rios Gualaxo, Carmo e Doce, perfazendo 680 km de

    rios;

    b) contaminao da gua dos rios atingidos com lama de rejeitos deminrio;

    c) suspenso do abastecimento pblico nas principais cidades

    banhadas pelo Rio Doce;

    d) suspenso das captaes de gua para atividades econmicas,

    propriedades rurais e pequenas comunidades;

    e) assoreamento do leito dos rios e dos reservatrios das barragens

    de gerao de energia;f) soterramento das lagoas e nascentes adjacentes ao leito dos rios;

    g) destruio da vegetao ripria e aqutica;

    h) interrupo da conexo com tributrios e lagoas marginais;

    i) alterao do fluxo hdrico;

    j) impacto sobre esturios e manguezais na foz do Rio Doce;

    k) destruio de reas de reproduo de peixes;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    4/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    4

    l) destruio das reas berrios dereposio da ictiofauna (reas

    de alimentao de larvas e juvenis);m) alterao e empobrecimento da cadeia trfica em toda a extenso

    do dano;

    n) interrupo do fluxo gnico de espcies entre corpos dgua;

    o) perda de espcies com especificidade de habitat (corredeiras,

    locas, poos, remansos, etc);

    p) mortandade de espcimes em toda a cadeia trfica;

    q) piora no estado de conservao de espcies j listadas como

    ameaadas e ingresso de novas espcies no rol de ameaadas;

    r) comprometimento da estrutura e funo dos ecossistemas

    aquticos e terrestres associados;

    s) comprometimento do estoque pesqueiro, com impacto sobre a

    pesca;

    t) impacto no modo de vida e nos valores tnicos e culturais de

    populaes ribeirinhas, populaes estuarinas, povos indgenas e

    populaes tradicionais; e

    u) impactos ambientais sobre stio catalogado pela Conveno

    Ramsar (Parque Estadual Rio Doce).

    CONSIDERANDOque o rompimento da barragem tambm afetou as cadeias

    de produo econmica, com impactos nos diversos ramos da atividade

    econmica;

    CONSIDERANDO os impactos sofridos pelos pescadores, pelos agricultores

    familiares, pelos areeiros, pelo setor de turismo e pelos negcios ligados ao

    esporte e lazer;

    CONSIDERANDO os impactos sofridos pelas comunidades indgenas e

    demais povos, comunidades ou populaes tradicionais;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    5/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    5

    CONSIDERANDO os danos causados ao patrimnio histrico e cultural e

    cultura das comunidades atingidas;

    CONSIDERANDO que o rompimento causou danos diretos e indiretos

    populao, incluindo mortes, desaparecimentos, danos fsicos e sade,

    danos psicolgicos, destruio e dano a moradias e ao patrimnio, acarretando

    a necessidade de se indenizar os danos diretos e os lucros cessantes a

    pessoas fsicas e jurdicas, inclusive de cunho moral, bem como de se

    compensar os danos que no sejam economicamente mensurveis e/ou

    tecnicamente viveis;

    CONSIDERANDOos danos causados aos servios pblicos desempenhados

    pelos diversos entes federativos envolvidos;

    CONSIDERANDO que h diversas aes a serem executadas para a

    recuperao do meio ambiente degradado pelo desastre ambiental ocorrido,

    bem como para a recuperao socioeconmica da populao e das

    comunidades atingidas;

    CONSIDERANDO a necessidade de se implantar um programa extenso de

    monitoramento ambiental e socioeconmico por toda a Bacia do Rio Doce e

    regies estuarinas, costeiras e marinha afetada, visando conhecer os impactos

    secundrios e a efetividade das aes de recuperao a serem desenvolvidas

    em todos os compartimentos ambientais e sociais associados;

    CONSIDERANDOa impossibilidade de transigncia com a integral reparaodo meio ambiente;

    CONSIDERANDO a necessidade de se prestar apoio tcnico e logstico ao

    restabelecimento dos servios pblicos essenciais populao;

    CONSIDERANDO a necessidade de se prestar apoio financeiro, tcnico e

    logstico ao adequado desempenho dos servios pblicos essenciais ao

    controle e fiscalizao das aes de reparao e compensao ambientais e

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    6/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    6

    socioeconmicas decorrentes do desastre em Mariana do dia 05/11/15 e at

    completa normalizao dos servios ambientais originais das reasimpactadas;

    CONSIDERANDO que as medidas necessrias reparao do dano tero

    execuo a curto, mdio e longo prazos;

    CONSIDERANDO o compromisso das COMPROMISSRIAS em executar

    todas as aes definidas nos Planos de Recuperao Socioambiental e

    Socioeconmica a serem elaborados e planejados;

    CONSIDERANDO o ajuizamento de Ao Civil Pblica em face dos

    COMPROMISSRIOS, registrado sob o n 0069758-61.2015.4.01.3400, em

    trmite na 12 Vara Federal da Seo Judiciria de Minas Gerais, por meio do

    qual se pretende a condenao das COMPROMISSRIAS na obrigao de

    reparar integralmente os danos causados, mitigar e evitar futuros danos, bem

    como compensar e indenizar os danos irreparveis;

    CONSIDERANDOo valor estimado pelos rgos tcnicos federais e estaduais

    de R$ 20.204.968.949,00 (vinte bilhes, duzentos e quatro milhes, novecentos

    e sessenta e oito mil, novecentos e quarenta e nove reais), para custear as

    aes de mdio e longo prazo necessrias reparao dos danos ambientais;

    CONSIDERANDO que o objetivo do Poder Pblico no a arrecadao de

    valores, mas a integral recuperao do meio ambiente e das condies

    socioeconmicas da regio;

    CONSIDERANDO, por fim, que as COMPROMISSRIAS manifestaram

    interesse em celebrar o acordo com o fim de reparar, mitigar e compensar os

    danos nos mbitos social, econmico e ambiental, decorrentes do rompimento

    da barragem de Fundo,

    RESOLVEM celebrar o presente Acordo, no bojo do processo n 69758-

    61.2015.4.01.3400, em trmite na 12 Vara Federal da Seo Judiciria de

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    7/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    7

    Minas Gerais, e submet-lo a homologao judicial para conferir-lhe eficcia de

    ttulo executivo, nos termos dos arts. 1, 4 e 4-A da Lei n 9.469, de 10 dejulho de 1997 e nas clusulas a seguir dispostas:

    CAPTULO PRIMEIRO: CLUSULAS GERAIS

    CLUSULA PRIMEIRA: O presente acordo ser delimitado e interpretado a

    partir das seguintes definies tcnicas:

    I. DESASTRE: o rompimento da barragem de Fundo, pertencente aocomplexo minerrio de Germano, em Mariana-MG, ocorrido em 05 de

    novembro de 2015, incluindo as suas consequncias diretas eindiretas e eventos supervenientes dele decorrentes, relacionados Bacia do Rio Doce e regies estuarinas, costeiras e marinha.

    II. ATINGIDOS: pessoas fsicas ou jurdicas e respectivas comunidadesque tenham sofrido ou que venham a sofrer uma das seguintessituaes em decorrncia do DESASTRE:a) perda de cnjuge, companheiro, ascendente ou descendente at

    o segundo grau, por bito ou por desaparecimento, bem como deoutros familiares com grau de parentesco distintos dos referidoscom os quais era mantida relao de dependncia econmica ou

    de convvio afetivo e familiar direto;b) perda de bens mveis ou imveis ou perda da posse direta ou

    indireta ou deteno de bem imvel;c) perda da capacidade produtiva ou da possibilidade de uso de bem

    imvel ou de parcela dele;d) perda de reas de exerccio da atividade pesqueira e dos

    recursos pesqueiros e extrativos, inviabilizando a atividadeextrativa ou produtiva;

    e) perda de fontes de renda, de trabalho ou de autossubsistncia

    das quais dependam economicamente, em virtude da ruptura dovnculo com reas atingidas;

    f) prejuzos comprovados s atividades produtivas locais, cominviabilizao de estabelecimento ou prejuzo s atividadeseconmicas;

    g) inviabilizao do acesso ou de atividade de manejo dos recursosnaturais e pesqueiros, incluindo as terras de domnio pblico euso coletivo, afetando a renda, a subsistncia e o modo de vidade populaes;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    8/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    8

    h) prejuzos economicamente imensurveis em funo de danos sade fsica ou mental; rompimento de laos familiares, culturais e

    das redes de apoio social; mudanas de hbitos e destruio ouinterferncia em modos de vida comunitrios; ou nas condiesde reproduo dos processos socioculturais e cosmolgicos depopulaes ribeirinhas, estuarinas, tradicionais e povos indgenas;ou

    i) impacto direto ou indireto sobre a qualidade, meio ou modo devida.

    III. INDIRETAMENTE IMPACTADOS: as pessoas fsicas e jurdicas,presentes ou futuras, que no se enquadrem nos incisos anteriores,

    que residam ou venham a residir na REA DE ABRANGNCIA e quesofram limitao no exerccio dos seus direitos fundamentais emdecorrncia das conseqncias ambientais ou econmicas, diretas ouindiretas, presentes ou futuras, do DESASTRE.

    IV. REA COM IMPACTOS AMBIENTAIS DIRETOS: os Rios Gualaxodo Norte, Carmo e Doce com os respectivos trechos dos formadores etributrios afetados pela lama decorrente do DESASTRE, as regiesestuarinas, costeiras e marinha na poro impactada pela pluma deturbidez, bem como os municpios, unidades de conservao e terras

    indgenas marginais aos rios ou s regies elencados anteriormenteou que se situem na rea marinha afetada.V. REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: municpios,

    localidades e comunidades que estejam localizadas ou que tenhamrelao de dependncia econmica, social ou cultural com a Bacia doRio Doce, regies estuarinas, costeiras e marinha, e localidadesadjacentes calha dos rios Doce, Carmo, Gualaxo do Norte erespectivos rios tributrios, na poro impactada pela passagem dapluma de turbidez e localidades adjacentes foz do Rio Doce eregies estuarinas, costeiras e marinha, que tenham sido

    efetivamente impactadas pela passagem da pluma de turbidez.VI. MUNICPIOS E LOCALIDADES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

    NA REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: BentoRodrigues, Mariana, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Rio Casca,Sem-Peixe, So Pedro dos Ferros, So Domingos do Prata, So Josdo Goiabal, Raul Soares, Dionsio, Crrego Novo, Pingo-Dgua,Marliria, Bom Jesus do Galho, Timteo, Caratinga, Ipatinga, Santanado Paraso, Ipaba, Belo Oriente, Bugre, Iapu, Naque, Periquito,Sobrlia, Fernandes Tourinho, Alpercata, Governador Valadares,

    Tumiritinga, Galilia, Conselheiro Pena, Resplendor, Itueta e Aimors.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    9/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    9

    VII. MUNICPIOS E LOCALIDADES DO ESTADO DO ESPRITO SANTONA REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: Baixo Guandu,

    Colatina, Mascarenhas, Marilndia, Linhares, Pontal do Ipiranga,Regncia Augusta e Povoao, So Mateus, Manguezal de BarraNova, Conceio da Barra, Aracruz, Barra do Riacho, Manguezal doPiraqueau, Serra, Fundo, e demais municpios costeirosimpactados pela pluma de poluentes que vem oscilando no mar ecosta, levando em considerao que em 11/02/16 atinge PresidenteKennedy, que o municpio situado no extremo sul do ES, fazendodivisa com o estado do Rio de Janeiro.

    VIII. REA DE ABRANGNCIA AMBIENTAL:Bacia do Rio Doce, regies

    estuarinas, costeiras e marinha afetadas.IX. PROGRAMAS SOCIOECONMICOS: conjunto de medidas e de

    aes a serem executadas de acordo com um plano tecnicamentefundamentado, necessrias reparao, mitigao, compensao eindenizao pelos danos socioeconmicos decorrentes doDESASTRE, fiscalizadas e supervisionadas pelo PODER PBLICO.

    X. PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS: conjunto de medidas e deaes a serem executadas de acordo com um plano tecnicamentefundamentado, necessrias reparao e compensao pelos danos

    socioambientais decorrentes do DESASTRE, fiscalizadas esupervisionadas pelo PODER PBLICO.XI. PODER PBLICO: rgos e entidades pblicos integrantes ou

    vinculados aos COMPROMITENTES e que, em razo de suasatribuies institucionais, tenham competncia legal pararegulamentar e/ou fiscalizar aes relacionadas a um determinadoPROGRAMA.

    XII. RGOS AMBIENTAIS: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis IBAMA; Instituto Chico Mendes deConservao da Biodiversidade ICMBio; Secretaria Estadual de

    Meio Ambiente e Recursos HdricosSEAMA/ES; Secretaria de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD/MG; InstitutoEstadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito Santo IEMA/ES; Instituto Estadual de Florestas IEF/MG; FundaoEstadual de Meio AmbienteFEAM/MG.

    XIII. RGOS DE GESTO DE RECURSOS HDRICOS: AgnciaNacional de guas ANA; Agncia de Gesto de Recursos Hdricosdo Esprito Santo AGERH/ES; e Instituto de Gesto das guas deMinasIGAM/MG.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    10/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    10

    XIV. PROGRAMAS REPARATRIOS: compreendem medidas e aes decunho reparatrio que tm por objetivo mitigar, remediar e/ou reparar

    impactos socioambientais e socioeconmicos diretamente advindosdo DESASTRE;

    XV. PROGRAMAS COMPENSATRIOS: compreendem medidas e aesque visam a compensar impactos no mitigveis ou reparveisadvindos do DESASTRE, por meio da melhoria das condiessocioambientais e socioeconmicas das reas direta e indiretamenteafetadas.

    PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas que pretendam mitigar os impactos

    causados pelo DESASTRE esto inseridas na classificao PROGRAMAS

    REPARATRIOS.

    PARGRAFO SEGUNDO: Os PROGRAMAS REPARATRIOS e

    COMPENSATRIOS esto inseridos no conceito de recuperao.

    PARGRAFO TERCEIRO:Os programas podero adotar, desde que de forma

    expressa, conceitos mais limitados de REA DE ABRANGNCIA, de

    ATINGIDOS e de INDIRETAMENTE IMPACTADOS, para assegurar um foco

    maior ao respectivo programa.CLUSULA SEGUNDA: O presente Acordo tem por objeto a previso de

    PROGRAMAS, a serem elaborados, desenvolvidos e implementados pelas

    COMPROMISSRIAS, com o objetivo de recuperar integralmente o meio

    ambiente e as condies socioeconmicas da REA DE ABRANGNCIA

    impactada pelo DESASTRE, bem como dos ATINGIDOS e dos

    INDIRETAMENTE IMPACTADOS, alm de adotar todas as medidas de

    mitigao, compensao e indenizao necessrias e previstas nosPROGRAMAS, cujo cumprimento e execuo sero fiscalizados,

    acompanhados e cobrados pelos COMPROMITENTES, na qualidade de

    tomadores das referidas obrigaes.

    CLUSULA TERCEIRA: Atravs do presente acordo, as

    COMPROMISSRIAS assumem a sua responsabilidade civil pelo DESASTRE,

    bem como pelos danos presentes e futuros dele decorrentes.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    11/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    11

    PARGRAFO NICO: A assuno de responsabilidade referida no caput

    limitada responsabilidade civil, no implicando na assuno de culpa emrelao esfera penal ou administrativa, nem em responsabilidade pessoal dos

    dirigentes, agentes, controladores e empregados das COMPROMISSRIAS.

    CLUSULA QUARTA: Os programas e medidas necessrios reparao,

    mitigao, compensao e indenizao pelos danos socioambientais e

    socioeconmicos sero executados por uma pessoa jurdica de direito privado,

    constituda sob a forma de FUNDAO, instituda e patrocinada pelas

    COMPROMISSRIAS, conforme detalhamento exposto no CAPTULO V do

    presente acordo.

    PARGRAFO PRIMEIRO: Caber s COMPROMISSRIAS a

    responsabilidade financeira solidria pelo adimplemento integral do presente

    acordo;

    PARGRAFO SEGUNDO: A criao da FUNDAO no afasta a

    responsabilidade original e solidria das COMPROMISSRIAS quanto s

    obrigaes decorrentes deste Acordo;

    PARGRAFO TERCEIRO: Sem prejuzo da responsabilidade solidria

    existente entre as COMPROMISSRIAS, em caso de insuficincia de recursos

    financeiros ou de ineficcia dos programas realizados pela FUNDAO, os

    COMPROMITENTES devero exigir, preferencialmente, da

    COMPROMISSRIA SAMARCO MINERACO S.A. o cumprimento das

    obrigaes ou a realizao de aportes de recursos em valores compatveis com

    as obrigaes.

    PARGRAFO QUARTO:Em caso de insuficincia de recursos financeiros ou

    de ineficcia dos programas realizados pela FUNDAO, sem o cumprimento

    das obrigaes previstas no PARGRAFO TERCEIRO pela

    COMPROMISSRIA SAMARCO MINERACO S.A., as COMPROMISSRIAS

    VALE S.A. e BHP BILLITON BRASIL LTDA. devero cumprir, imediatamente,

    as obrigaes previstas ou realizar aportes de recursos em valores compatveis

    com as obrigaes.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    12/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    12

    CLUSULA QUINTA:As obrigaes estabelecidas por meio deste Acordo no

    limitam ou substituem as prerrogativas legalmente atribudas ao PODERPBLICO e aos rgos competentes para a fiscalizao, licenciamento e

    autorizao das atividades das COMPROMISSRIAS.

    CLUSULA SEXTA:A elaborao e a execuo dos PROGRAMAS previstos

    no presente Acordo devero observar os seguintes princpios:

    a) recuperao e preservao do meio ambiente ecologicamenteequilibrado, com observncia aos princpios do desenvolvimentoecologicamente sustentvel;

    b) restabelecimento e melhoria das condies de vida dos ATINGIDOS edos INDIRETAMENTE IMPACTADOS;c) transparncia e engajamento das comunidades nas discusses sobre as

    aes;d) preferncia pela contratao e utilizao de mo de obra local e regional

    para estmulo economia mineira e capixaba;e) realizao das aes com observncia s normas e polticas pblicas

    setoriais;f) recuperao de infraestruturas pblicas e privadas afetadas em padres

    superiores ou equivalentes aos anteriores, revertendo-os para operaoe consequentes custeio e manuteno por seus titulares, podendo sermantido temporariamente o custeio e operao dos mesmos como formade compensao;

    g) estabelecimento de cronogramas claros, com datas de incio e trminodas aes, metas e indicadores definidos;

    h) negociaes coordenadas com o PODER PBLICO, ATINGIDOS eoutros envolvidos;

    i) utilizao de conceitos e de critrios tcnicos para implantao dosProgramas Socioambientais e Socioeconmicos;

    j) realizao das aes socioeconmicas voltadas recuperao emelhoria econmica e social das pessoas fsicas e jurdicas,comunidades impactadas pelo DESASTRE, devendo ser garantida apreservao da sua organizao, costumes, histria, lazer, esporte ecultura;

    k) reconhecimento do carter pblico do processo de produo e difusodas informaes sobre o DESASTRE e das aes em curso, incluindoestudos e pesquisas sobre o tema;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    13/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    13

    l) garantia de interlocuo e dilogo entre a FUNDAO,COMPROMISSRIAS, PODER PBLICO, ATINGIDOS,

    INDIRETAMENTE IMPACTADOS e Sociedade;m) monitoramento permanente dos impactos e das aes corretivas, bem

    como preveno dos agravos e eventuais novos impactos;n) execuo responsvel e planejada dos programas, devendo-se evitar os

    impactos ambientais e sociais decorrentes dos prprios programas ou,na impossibilidade, mitig-los;

    o) execuo privada, sob a fiscalizao e superviso do PODER PBLICOe dos ATINGIDOS; e

    p) permanente acompanhamento, monitoramento e fiscalizao pelo

    PODER PBLICO e por auditoria independente contratada.

    CLUSULA STIMA: Para a reparao, mitigao e compensao das

    consequncias socioambientais e socioeconmicas do DESASTRE so

    previstos dois conjuntos de PROGRAMAS distintos e especficos, agrupados

    sob dois eixos temticos: Socioambiental e Socioeconmico.

    CLUSULA OITAVA: Os eixos temticos e respectivos PROGRAMAS

    SOCIOECONMICOS a serem elaborados, desenvolvidos e executados pelas

    COMPROMISSRIAS, por meio da FUNDAO a ser instituda, detalhados

    em captulo prprio, so os seguintes:

    I. ORGANIZAO SOCIAL:

    a) Programa de levantamento e de cadastro dos ATINGIDOS;b) Programa de ressarcimento e de indenizao dos ATINGIDOS;c) Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida dos povos

    indgenas;

    d) Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida de outrospovos e comunidades tradicionais;

    e) Programa de proteo social;f) Programa de Comunicao, Participao, Dilogo e Controle Social; eg) Programa de Assistncia aos Animais.

    II. INFRAESTRUTURA:

    a) Programa de reconstruo de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo edemais comunidades atingidas;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    14/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    14

    b) Programa de recuperao do Lago de Candonga e da UHE RisoletaNeves; e

    c) Programa de Recuperao e Melhoria das Estruturas Impactadas nasComunidades Atingidas.

    III. TURISMO, EDUCAO, CULTURA E LAZER:

    a) Programa de recuperao das escolas e reintegrao da comunidadeescolar;

    b) Programa de preservao da memria histrica, cultural e artstica; ec) Programa de fomento cultura, turismo, esporte e lazer.

    IV. SADE:

    a) Programa de sade fsica e mental da populao atingida.

    V. INOVAO:

    a) Programa de Apoio Pesquisa para Desenvolvimento e Utilizao deTecnologias Socioeconmicas Aplicadas Remediao dos Impactos.

    VI. ECONOMIA

    a) Programa de Retomada das Atividades Aqucolas e Pesqueiras;b) Programa de Retomada das Atividades Agropecurias e Aumento daProdutividade;

    c) Programa de Recuperao e Diversificao da Economia Regionalcom Incentivo Indstria;

    d) Programa de Recuperao de Micro e Pequenos Negcios;e) Programa de Estmulo ao Empreendedorismo, Contratao e ao

    Consumo de Produtos e Servios Locais;f) Programa de Auxlio Financeiro Emergencial populao ATINGIDA e

    INDIRETAMENTE IMPACTADA; e

    g) Programa de Recuperao Econmica para Financiamento dosGastos Pblicos.

    VII. GERENCIAMENTO DO PLANO DE AES

    a) Programa de gerenciamento dos programas socioeconmicos

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    15/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    15

    CLUSULA NONA: Os COMPROMITENTES e as COMPROMISSRIAS

    reconhecem que os seguintes Direitos devem ser assegurados aosATINGIDOS e aos INDIRETAMENTE IMPACTADOS:

    I. Direito Reparao;

    II. Direito Participao nos planos, programas e aes;

    III. Direito Informao; e

    IV. Direito Restituio de bens pblicos e comunitrios.

    PARGRAFO NICO: Os Direitos referidos no caputno excluem outros que

    sejam decorrentes do detalhamento dos programas e dos planos referidos

    neste Acordo.

    CLUSULA DCIMA: So modalidades de reparao socioeconmica: a

    reposio, a restituio e a recomposio de bens; a indenizao pecuniria

    em prestao nica ou continuada; o reassentamento padro, rural ou urbano;

    o auto reassentamento; a permuta; a assistncia para remediao e mitigao

    dos efeitos do desastre; e compensao social, conforme definies a seguir:

    I. Reposio, Restituio e Recomposio de Bens: reposio, reforma,reconstituio ou construo de novas estruturas, de qualidade superior

    ou similar, quando o bem, benfeitoria, parte acessria ou estrutura tiver

    sido destrudo ou danificado pelo desastre, devendo essa modalidade

    ser prioritria sobre todas as demais formas de reparao

    socioeconmica;

    II. Indenizao Pecuniria em Prestao nica: reparao em formamonetria, paga em parcela nica, em carter individual ou por unidade

    familiar, paga a pessoa fsica ou jurdica, sendo tal pagamento

    decorrente da indenizao pelas terras e benfeitorias perdidas ou

    deterioradas; dos danos diretos e indiretos, ainda que de cunho moral,

    esttico ou imaterial; da perda de capacidade de pagamento de crditos

    produtivos assumidos; de danos sade fsica ou mental; dos lucros

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    16/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    17/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    17

    morais pelo ATINGIDO e no violem os princpios essenciais

    dignidade da pessoa humana;

    VII. Assistncia para remediao e mitigao dos efeitos do desastre: apoio

    aos atingidos pelo desastre, sob a forma de aes e servios de

    remediao e mitigao de seus efeitos, voltados recuperao da

    capacidade de sustento, gerao de renda, estmulo ao

    empreendedorismo, formao profissional, capacitao para programas

    de compras locais, assistncia tcnica e extenso rural, entre outros,

    prestados de forma individual ou comunitria; e

    VIII. Compensao social: constitui-se benefcio material ou servio adicional,

    a ser concedido aps prvia e justa negociao com as populaes

    atingidas, entregue em parcela nica ou mensal, de carter individual ou

    por ncleo familiar, cujo propsito o de reparar financeira ou

    materialmente as situaes consideradas imensurveis ou de difcil

    mensurao, tais como o rompimento de laos familiares, culturais,

    redes de apoio social, mudanas de hbitos, destruio de qualidade e

    dos modos de vida comunitrios e prejuzos identidade e imagem

    das comunidades, populaes e territrios e estruturao e

    fortalecimento da oferta de servios em reas como sade, educao e

    assistncia social.

    PARGRAFO NICO: As medidas referidas neste artigo sero negociadasentre a FUNDAO e os ATINGIDOS, individualmente ou por ncleo familiar,

    devendo ser previstos mecanismos que assegurem uma negociao justa,

    rpida, simples e transparente, a qual poder ser acompanhada pelo PODER

    PBLICO.

    CLUSULA DCIMA PRIMEIRA: Entende-se o Direito Participao nos

    Planos, Programas e Aes como sendo um conjunto de garantias que

    possibilite que os ATINGIDOS possam efetivamente participar, ser ouvidos e

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    18/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    19/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    19

    I. GESTO DOS REJEITOS, RECUPERAO E MELHORIA DA

    QUALIDADE DA GUA

    a) Programa de manejo dos rejeitos decorrentes do rompimento da

    barragem de Fundo, considerando conformao e estabilizao in situ,

    escavao, dragagem, transporte, tratamento e disposio;

    b) Programa de implantao de sistemas de conteno dos rejeitos e de

    tratamento in situdos rios atingidos.

    II. RESTAURAO FLORESTAL E PRODUO DE GUA

    a) Programa de recuperao das reas atingidas pelos rejeitos nos

    municpios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do

    Escalvado, incluindo biorremediao;

    b) Programa de recuperao de reas de preservao permanente

    (APP) e reas de recarga da Bacia do Rio Doce e controle de

    processos erosivos;

    c) Programa de recuperao de nascentes.

    III. CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE

    a) Programa de conservao da biodiversidade aqutica, incluindo gua

    doce, zona costeira e estuarinas e rea marinha atingida;

    b) Programa de fortalecimento das estruturas de triagem e reintroduo

    da fauna silvestre;

    c) Programa de conservao de fauna e flora terrestre.

    IV. SEGURANA HDRICA E QUALIDADE DA GUA

    a) Programa de coleta e tratamento de esgoto;

    b) Programa de melhoria dos sistemas de abastecimento de gua;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    20/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    20

    c) Programa de destinao de resduos slidos e coleta seletiva.

    V. EDUCAO, COMUNICAO E INFORMAO

    a) Programa de educao ambiental e preparao para emergncias

    ambientais;

    b) Programa de informao para a populao da Bacia do Rio Doce;

    c) Programa de comunicao nacional e internacional.

    VI. PRESERVAO E SEGURANA AMBIENTAL

    a) Programa de gesto de riscos ambientais na Bacia do Rio Doce;

    b) Programa de investigao e monitoramento da Bacia do Rio Doce,

    reas costeiras e marinha atingidas.

    VII. GESTO E USO SUSTENTVEL DA TERRA

    a) Programa de consolidao de unidades de conservao;

    b) Programa de fomento implantao do Cadastro Ambiental Rural -

    CAR e dos Programas de Regularizao Ambiental - PRAs na Bacia

    do Rio Doce.

    VIII. GERENCIAMENTO DO PLANO DE AES

    a) Programa de gerenciamento do plano de recuperao da Bacia do

    Rio Doce, reas estuarinas, costeiras e marinha.

    CLUSULA DCIMA SEXTA: Os PROGRAMAS SOCIOECONMICOS ou

    SOCIOAMBIENTAIS podem prever, desde que de forma expressa, medidas e

    aes especficas em locais fora da rea de abrangncia, desde que se refiram

    populao direta ou indiretamente atingida ou concorram para a efetiva

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    21/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    21

    recuperao ambiental dos corpos hdricos diretamente atingidos pelo

    DESASTRE.CLUSULA DCIMA STIMA: Os direitos previstos neste captulo sero

    detalhados em captulo especfico dos Planos e Programas decorrentes deste

    Acordo.

    CAPTULO SEGUNDO: PROGRAMAS SOCIOECONMICOS

    CLUSULA DCIMA OITAVA: Para a reparao e a compensao das

    consequncias socioeconmicas do desastre, devero ser elaborados,

    desenvolvidos e executados os seguintes PROGRAMAS, agrupados em sete

    eixos temticos: Organizao Social; Infraestrutura; Turismo, Educao,

    Cultura e Lazer; Sade; Inovao; Economia; e Gerenciamento do Plano de

    Aes.

    SE O I: ORGANIZA O SOCIAL

    SUBSE O I.1: Programa de levantamento e de cadastro dos ATINGIDOS

    CLUSULA DCIMA NONA: Em at 6 (seis) meses da assinatura deste

    Acordo, a FUNDAO dever concluir o cadastramento individualizado de

    todas as pessoas fsicas e jurdicas que tenham sido ATINGIDAS ou

    INDIRETAMENTE IMPACTADAS pelo DESASTRE, sendo executado ao

    longo da calha dos Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, at a sua foz,

    estendendo-se s regies estuarinas, costeiras e marinha.

    CLUSULA VIGSIMA: Dever ser identificada a totalidade das reas em

    que se constatarem potenciais impactos sociais, culturais, econmicos ou

    ambientais, verificadas atravs de identificao de cadeia causal, em estudo

    contratado pela FUNDAO e realizado por instituio independente a partir

    de orientaes e com aprovao do COMIT INTERFEDERATIVO.

    CLUSULA VIGSIMA PRIMEIRA: O levantamento indicado nos artigos

    anteriores servir para a definio concreta da REA DE ABRANGNCIA.

    CLUSULA VIGSIMASEGUNDA:O cadastro se refere s pessoas fsicas e

    jurdicas, famlias e comunidades, devendo conter o levantamento das

    atividades econmicas, perdas materiais e morais dos atingidos.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    22/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    22

    PARGRAFO PRIMEIRO:O cadastro dever conter dados pessoais, idade,

    gnero, composio do ncleo familiar, local de residncia original, ocupao,grau de escolaridade, renda familiar antes do acidente, nmero de documento

    de identidade e CPF, se houver, fundamento do enquadramento como

    ATINGIDO, relato quanto aos prejuzos sofridos e outros dados necessrios

    realizao dos programas socioeconmicos constantes deste instrumento.

    PARGRAFO SEGUNDO:O cadastramento das pessoas jurdicas envolver a

    informao do CNPJ, inscrio estadual, razo social, nome fantasia,

    composio do quadro societrio, ramo de atividade, faturamento anual,

    endereo da sede e filiais, quando for o caso, informao quanto ao

    enquadramento como pequena ou microempresa, cooperativa ou associao e

    outros dados necessrios realizao dos programas socioeconmicos

    constantes deste instrumento.

    PARGRAFO TERCEIRO: Quando aplicvel, dever ser registrado o

    enquadramento do cadastrado em situaes especficas de maior

    vulnerabilidade que demandem atendimento especializado e/ou prioritrio,

    incluindo-se nesse critrio as mulheres, crianas, adolescentes, idosos,

    analfabetos e pessoas com deficincia, devendo-se, nesses casos, seguir

    protocolos prprios.

    PARGRAFO QUARTO: Estudo tcnico realizado por EMPRESA

    ESPECIALIZADA CONTRATADA poder incluir a necessidade de

    levantamento de outras informaes.

    CLUSULA VIGSIMATERCEIRACaber ao COMIT INTERFEDERATIVO

    orientar quanto elaborao do cadastro e validar o resultado do trabalho,

    assegurada a publicidade e o papel do Poder Pblico na indicao de

    atualizaes e adequaes necessrias.

    PARGRAFO NICO: O cadastro dever ser refeito, complementado ou

    corrigido em caso de distores, incorrees ou falhas identificadas pelo

    PODER PBLICO ou pelas empresas de auditoria independente.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    23/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    23

    CLUSULA VIGSIMAQUARTA: O cadastro previsto neste programa servir

    como referncia de dimensionamento e quantificao de todos osPROGRAMAS SOCIOECONMICOS.

    CLUSULA VIGSIMAQUINTA:Caber s COMPROMISSRIAS, por meio

    da FUNDAO, efetuar o levantamento das perdas materiais e morais dos

    ATINGIDOS e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS, registrando os danos

    alegados pelos mesmos, devendo-se agregar a esses relatos outras

    informaes verificadas em inspeo local ou por outros meios de prova.

    PARGRAFO NICO: Sempre que possvel, dever ser realizado registro

    fotogrfico dos locais e objetos alegados como danificados.

    CLUSULA VIGSIMA SEXTA: Aps a sua entrega, o cadastro realizado

    dever ser submetido ao aceite do COMIT INTERFEDERATIVO, que dever

    remet-lo aos rgos competentes para manifestao sobre as informaes

    recebidas.

    PARGRAFO NICO: At a finalizao e aceitao do cadastro, este dever

    ser considerado vlido para as aes de emergncia, as quais devero ser

    mantidas.

    CLUSULA VIGSIMASTIMA:As pessoas identificadas como ATINGIDAS

    ou INDIRETAMENTE IMPACTADAS devero ser informadas dos direitos e

    programas previstos neste acordo.

    CLUSULA VIGSIMA OITAVA: As pessoas e famlias identificadas em

    situao de vulnerabilidade ou risco por violao de direitos fundamentais, sem

    prejuzo das obrigaes das COMPROMISSADAS, por meio da FUNDAO,

    sero encaminhadas pela FUNDAO para atendimento em programas e

    polticas sociais estabelecidas e de competncia do PODER PBLICO, quando

    qualificadas para tais programas.

    CLUSULA VIGSIMA NONA:O cadastro ser revisto anualmente, por um

    perodo mnimo de dez anos, a contar da assinatura deste Acordo.

    PARGRAFO PRIMEIRO: Ser efetuado um monitoramento socioeconmico

    anual de todas as famlias ATINGIDAS e INDIRETAMENTE IMPACTADAS, de

    forma a verificar a eficcia dos programas ao longo do tempo.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    24/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    24

    PARGRAFO SEGUNDO: A reviso servir no apenas para a atualizao

    dos dados, mas tambm para a incluso ou excluso de pessoas fsicas ejurdicas.

    PARGRAFO TERCEIRO: Caso a execuo ou manuteno pela FUNDAO

    de algum dos PROGRAMAS SOCIOECONMICOS se estenda para alm de

    dez anos a contar da assinatura deste Acordo, a reviso anual do cadastro

    dever ser realizada at a concluso do ltimo programa previsto.

    CLUSULA TRIGSIMA:Dever ser permitido o amplo acesso ao banco de

    dados referido neste programa a todos os representantes do PODER

    PBLICO, dos ATINGIDOS e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS.

    PARGRAFO PRIMEIRO: Qualquer pedido de relatrio dos dados constantes

    no banco de dados que sejam solicitados pelo PODER PBLICO dever ser

    atendido no prazo de at cinco dias teis.

    PARGRAFO SEGUNDO: Qualquer pedido de relatrio dos dados constantes

    no banco de dados que sejam solicitados por representantes dos ATINGIDOS

    e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS dever ser atendido no prazo de at

    quinze dias teis.

    CLUSULA TRIGSIMA PRIMEIRA: O cadastramento dever observar o

    Protocolo Nacional Conjunto para Proteo Integral a Crianas e Adolescentes,

    Pessoas Idosas e Pessoas com Deficincia em Situao de Riscos e

    Desastres (Portaria Interministerial n. 2, de 6 de dezembro de 2012).

    SUBSE O I.2: Programa de ressarcimento e de indenizao dos

    ATINGIDOS

    CLUSULA TRIGSIMA SEGUNDA: A FUNDAO dever executar um

    Programa de Ressarcimento e de Indenizaes, por meio de negociao

    coordenada, destinada a efetuar o pagamento de indenizao e de outras

    modalidades de reparao aos ATINGIDOS, conforme previso constante na

    CLUSULA DCIMA.

    CLUSULA TRIGSIMA TERCEIRA: O programa dever priorizar a

    reparao dos ATINGIDOS residentes nos municpios de Mariana, Barra

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    25/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    25

    Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, Mascarenhas, Regncia e

    Povoao.CLUSULA TRIGSIMA QUARTA: A FUNDAO dever estabelecer uma

    CMARA DE NEGOCIAO, conduzida por negociadores com formao na

    rea jurdica, a qual poder, considerando as especificidades de cada

    interessado e as provas colhidas, negociar com os ATINGIDOS o valor das

    indenizaes e das modalidades de reparao aplicveis.

    CLUSULA TRIGSIMA QUINTA: Caber FUNDAO, a partir das

    orientaes do COMIT INTERFEDERATIVO, elaborar os parmetros de

    indenizao, os quais devero ser devidamente pactuados com os

    ATINGIDOS.

    PARGRAFO NICO.As indenizaes pecunirias no podero ser inferiores

    a:

    I - pagamentos em parcela nica: no mnimo R$ 20.000,00 (vinte e mil reais)

    por grupo familiar; e

    II - pagamentos continuados: no inferior a 1 (um) salrio mnimo por ms,

    acrescido de 20% (vinte por cento) por dependente, considerando-se como

    dependente os previstos no art. 16 da Lei 8.213/1991.

    CLUSULA TRIGSIMA SEXTA:As pessoas e famlias cadastradas que se

    enquadrem nos critrios para indenizao devero ser convidadas a aderir a

    essas iniciativas e a participar das negociaes, conforme cronograma a ser

    estabelecido e amplamente divulgado pela FUNDAO.

    CLUSULA TRIGSIMA STIMA:As pessoas fsicas e jurdicas que, ao final

    das negociaes, no aceitarem os termos do acordo apresentado pela

    CMARA DE NEGOCIAO da FUNDAO, podero buscar a sua

    indenizao pelas vias prprias, mas no podero ser excludas dos demais

    PROGRAMAS SOCIOECONMICOS.

    CLUSULA TRIGSIMA OITAVA:Para a celebrao dos acordos individuais,

    dever ser garantida a assistncia jurdica gratuita aos ATINGIDOS que no

    estiverem representados por advogados, em especial para populaes

    vulnerveis atingidas.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    26/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    26

    PARGRAFO NICO: O oferecimento de assistncia jurdica pela

    FUNDAO dever se dar nos termos estabelecidos no plano de ao,podendo envolver, preferencialmente, parcerias desta com a Defensoria

    Pblica, com a Ordem dos Advogados do Brasil, com escritrios-modelo de

    Instituio de Ensino Superior, entre outros.

    CLUSULA TRIGSIMA NONA: As CMARAS DE NEGOCIAO devero

    entrar em atividade no prazo mximo de 6 (seis) meses da assinatura deste

    acordo, devendo o pagamento das indenizaes ser efetuado em at 9 (nove)

    meses da assinatura deste acordo, sem prejuzo de eventuais parcelamentos e

    das aes emergenciais e negociaes que j estejam em curso.

    SUBSE O I.3: Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida dos

    povos indgenas;

    CLUSULA QUADRAGSIMA:A FUNDAO dever executar um programa

    para oferecer atendimento especializado aos povos indgenas do territrio

    KRENAK e dos territrios TUPINIQUIM e GUARANI da regio da foz do Rio

    Doce.

    CLUSULA QUADRAGSIMA PRIMEIRA: O atendimento a que se refere

    este programa dever respeitar as formas prprias de organizao social,

    costumes, usos e tradies dos povos indgenas KRENAK, TUPINIQUIM e

    GUARANI.

    CLUSULA QUADRAGSIMA SEGUNDA: Devero ser previstos

    mecanismos para a realizao de consulta e a participao dos povos

    indgenas em todas as fases deste programa.

    CLUSULA QUADRAGSIMA TERCEIRA:Dever ser prevista a superviso,

    a participao e a validao da Fundao Nacional do ndio FUNAI e da

    Secretaria Especial de Sade Indgena do Ministrio da Sade SESAI em

    todas as fases deste programa, no mbito de suas competncias.

    CLUSULA QUADRAGSIMA QUARTA: As seguintes aes devero ser

    desenvolvidas pela FUNDAO em relao ao povo KRENAK, no Estado de

    Minas Gerais:

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    27/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    27

    I. Manuteno das medidas de apoio emergencial previstas no acordo de16/11/2015 celebrado com a VALE S.A.;

    II. Monitoramento contnuo das seguintes situaes:a) abastecimento de gua;b) qualidade da gua;c) bovinocultura;d) apoio financeiro mensal s famlias;e) sade; ef) atualizao das necessidades em dilogo com os indgenas

    KRENAK.III. Contratao de consultoria independente, conforme Termo de

    Referncia a ser pactuado com a FUNAI, para elaborao de estudocircunstanciado dos impactos socioambientais e socioeconmicos doDESASTRE sobre os KRENAK;

    IV. Detalhamento de um Plano de Ao Permanente, com base em estudo epactuao com os indgenas, prevendo recomposio territorialKRENAK, a transformao das medidas emergenciais em aesestruturantes, a proposio de novas medidas e a compatibilizao eincorporao de outros programas de compensao anteriores, jexecutados em favor do povo KRENAK;

    V. Execuo, monitoramento e reavaliao das aes componentes doPlano de Ao Permanente.

    PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas previstas nos incisos I e II devero ser

    iniciadas no prazo de at 10 (dez) dias da assinatura deste Acordo, devendo

    ser mantidas at a entrada em vigor do Plano de Ao Permanente;

    PARGRAFO SEGUNDO: A contratao da consultoria referida no inciso III

    dever ser feita em at 6 (seis) meses, a contar da assinatura deste Acordo.

    PARGRAFO TERCEIRO: O Plano de Ao Permanente dever entrar em

    operao em, no mximo, 2 (dois) anos da assinatura deste Acordo, devendo

    ser mantido pelo prazo mnimo de 10 (dez) anos, cumprindo-se o cronograma

    previsto no prprio Plano; e

    PARGRAFO QUARTO: As aes previstas no inciso V devero ser mantidas

    durante toda a durao do Plano de Ao Permanente referido nesta Clusula.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    28/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    28

    CLUSULA QUADRAGSIMA QUINTA: As seguintes aes devero ser

    desenvolvidas pela FUNDAO em relao aos povos TUPINIQUIM eGUARANI localizados na regio da Foz do Rio Doce:

    I. Implementao de medidas de apoio emergencial, mediante acordocom as comunidades;

    II. Monitoramento contnuo das seguintes situaes, alm de outras quevenham a ser pactuadas na forma do inciso anterior:

    a) abastecimento de gua;b) qualidade da gua;c) apoio financeiro mensal s famlias;

    d) meios de subsistncia;e) sade; ef) atualizao das necessidades em dilogo com as

    comunidades indgenas.III. Contratao de consultoria independente, conforme Termo de

    Referncia a ser pactuado com a FUNAI, para elaborao de estudocircunstanciado dos impactos socioambientais do desastre sobre osTUPINIQUIM e os GUARANI;

    IV. Detalhamento de um Plano de Ao Permanente, com base noestudo referido no inciso anterior e pactuao com os indgenas,prevendo a recomposio territorial TUPINIQUIM e GUARANI, atransformao das medidas emergenciais em aes estruturantes, aproposio de novas medidas e a compatibilizao com outrosprogramas de compensao executados junto aos povosTUPINIQUIM e GUARANI;

    V. Execuo, monitoramento e reavaliao das aes componentes doPlano de Ao Permanente;

    PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas previstas nos incisos I e II devero ser

    iniciadas no prazo de at 30 (trinta) dias da assinatura deste Acordo, devendo

    ser mantidas at a entrada em vigor do Plano de Ao Permanente;

    PARGRAFO SEGUNDO: A contratao da consultoria referida no inciso III

    dever ser feita em at 6 (seis) meses, a contar da assinatura deste Acordo.

    PARGRAFO TERCEIRO: O Plano de Ao Permanente dever entrar em

    operao em, no mximo, 2 (dois) anos da assinatura deste Acordo, devendo

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    29/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    29

    ser mantido pelo prazo mnimo de 10 (dez) anos, devendo-se cumprir o

    cronograma previsto no prprio Plano; e

    PARGRAFO QUARTO: As aes previstas no inciso V devero ser mantidas

    durante toda a durao do Plano de Ao Permanente referido neste artigo.

    CLUSULA QUADRAGSIMA SEXTA:Os prazos referidos neste Programa

    podero ser alterados, em razo das negociaes efetuadas com as

    Comunidades Indgenas.

    CLUSULA QUADRAGSIMA STIMA:A elaborao, o desenvolvimento e aexecuo dos programas e aes previstos nesta Subseo no excluem os

    indgenas dos demais PROGRAMAS, exceto os que forem com aqueles

    incompatveis.

    SUBSE O I.4: Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida de

    outros povos e comunidades tradicionais;

    CLUSULA QUADRAGSIMA OITAVA: A FUNDAO dever apresentar e

    executar um programa especial para monitorar, neutralizar, mitigar e

    compensar os impactos que o DESASTRE exerceu sobre o modo de vida dos

    povos e comunidades tradicionais localizados na REA DE ABRANGNCIA e

    encontrar solues que garantam sua forma plena de reproduo.

    CLUSULA QUADRAGSIMA NONA: Compreende-se por Povos e

    Comunidades Tradicionais os grupos culturalmente diferenciados e que se

    reconhecem como tais, que possuem formas prprias de organizao social,

    que ocupam e usam territrios e recursos naturais como condio para sua

    reproduo cultural, social, religiosa, ancestral e econmica, utilizando

    conhecimentos, inovaes e prticas gerados e transmitidos pela tradio.

    PARGRAFO NICO:Exclui-se deste programa os povos indgenas, os quais

    devero ter um programa prprio previsto nas Clusulas da SUBSEO I.3.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA: Para os efeitos deste Acordo, entendem-se

    como Territrios Tradicionais os espaos necessrios reproduo cultural,

    social e econmica dos Povos e Comunidades Tradicionais, sejam eles

    utilizados de forma permanente ou temporria.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    30/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    31/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    31

    b) elaborao de diagnstico das atividades produtivas epotencialidades, bem como o desenvolvimento de aes voltadas

    para o desenvolvimento da economia da cultura e turismo comnfase no valor etnocultural e na captao de recursos para melhoriada infraestrutura produtiva;

    c) identificao e registro dos saberes tradicionais relativos utilizaoda biodiversidade, bem como da histria e manifestaes culturais dacomunidade;

    d) formao de agentes culturais e prestao de apoio tcnico efinanceiro s atividades culturais desenvolvidas;

    e) elaborao de diagnstico educacional e de qualificao profissional,com vistas ao desenvolvimento de estratgias especficas deformao e educao; e

    f) capacitao de lideranas para acesso a polticas dedesenvolvimento.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA QUARTA: O presente programa dever

    observar o art. 68 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT);a Lei n 7.668, de 22 de agosto de 1988; o Decreto n 4.887, de 2 de

    novembro de 2003; o Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de 2007; e o Decreto

    n 3.551, de 4 de agosto de 2000, bem como a Conveno n 169 da

    Organizao Internacional do TrabalhoOIT.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA QUINTA: A elaborao, o desenvolvimento e

    a execuo dos programas e aes previstos nesta Subseo no excluem os

    Povos e Comunidades Tradicionais dos demais PROGRAMAS, exceto os que

    forem com aqueles incompatveis.

    SUBSE O I.5: Programa de Proteo Social

    CLUSULA QUINQUAGSIMA SEXTA: A FUNDAO dever elaborar,

    desenvolver e executar um programa para promover a proteo social, por

    meio de aes socioassistenciais, aes socioculturais e apoio psicossocial,

    desenvolvendo o acompanhamento sistemtico s famlias e aos indivduos

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    32/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    32

    ATINGIDOS e INDIRETAMENTE IMPACTADOS pelo DESASTRE, na forma

    identificada pelo cadastro.CLUSULA QUINQUAGSIMA STIMA:O programa dever ser direcionado

    s famlias e s pessoas que demandem aes de proteo social ou quando

    houver necessidade de reforo da rede existente.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA OITAVA: O programa de proteo social

    dever prever as seguintes medidas:

    a) apoio continuidade de servios pblicos essenciais;b) adoo de protocolo para atendimento conjunto de famlias e

    indivduos ATINGIDOS que estejam em situao de vulnerabilidadeou de risco social por violao de direitos fundamentais;

    c) Acompanhamento socioassistencial e ateno psicossocialsistemticos e permanentes a famlias e indivduos ATINGIDOS;

    d) Promoo de atividades socioculturais de resgate da identidade deterritrio, famlias e indivduos ATINGIDOS; e

    e) Apoio tcnico e material capacitao dos profissionais daproteo social para atuao em situaes de emergncias, bemcomo para a prestao dos servios decorrentes do evento.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA NONA:As aes referidas no artigo anteriordevero observar as regras e diretrizes da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de

    1993 (Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS); da Lei n 12.608, de 10 de

    abril de 2012; da Poltica Nacional de Assistncia Social; e do Protocolo

    Nacional Conjunto para Proteo Integral a Crianas e Adolescentes, Pessoas

    Idosas e Pessoascom Deficincia em Situao de Riscos e Desastres (Portaria

    Interministerial n. 2, de 6 de dezembro de 2012).

    CLUSULA SEXAGSIMA: Esse programa dever ser iniciado em at 30

    (trinta) dias da assinatura deste Acordo e ter durao mnima de 36 (trinta e

    seis) meses, a contar do seu incio.

    SUBSE O I.6: Programa de Comunicao, Participao, Dilogo e Controle

    Social

    CLUSULA SEXAGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever assegurar a

    participao social nos processos deliberativos relativos identificao e

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    33/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    33

    detalhamento de polticas, planos e programas voltados compensao,

    mitigao e reparao, relativos aos PROGRAMAS SOCIOECONMICOS.CLUSULA SEXAGSIMA SEGUNDA: A populao ATINGIDA e a

    INDIRETAMENTE IMPACTADA tm direito informao ampla, transparente,

    completa e pblica, em linguagem acessvel, adequada e compreensiva a

    todos os interessados, como condio necessria participao social

    esclarecida.

    CLUSULA SEXAGSIMATERCEIRA:Fica reconhecida a multiplicidade de

    formas e procedimentos de divulgao e efetiva participao social, desde

    audincias pblicas at o uso de mltiplas mdias de modo a favorecer uma

    participao esclarecida.

    CLUSULA SEXAGSIMA QUARTA: Os procedimentos de comunicao e

    participao das populaes atingidas, quando do processo de cadastramento,

    devero atender s orientaes do Decreto n 7.342, de 27 de outubro de

    2010.

    CLUSULA SEXAGSIMAQUINTA:O presente programa dever assegurar

    a participao das pessoas fsicas e jurdicas, comunidades e movimentos

    sociais organizados.

    CLUSULA SEXAGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO a realizao de

    painis temticos semestrais ou mediante demanda especfica, considerando a

    rea de influncia do tema a ser tratado.

    PARGRAFO NICO: Alm dos painis temticos, devero ser realizados

    eventos anuais de prestao de contas das aes da FUNDAO em todas as

    bases regionais de referncia fsica, com apresentao de relatrios das aes

    realizadas.

    CLUSULA SEXAGSIMASTIMA:Devero ser criados canais permanentes

    de comunicao e interao com a sociedade em espaos fixos e itinerantes,

    se necessrio, devendo ser previstas as seguintes aes:

    a) instituio de mesa de dilogo e negociao permanente;b) construo e manuteno do stio virtual especfico na internet

    para divulgao das informaes relacionadas ao desastre;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    34/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    34

    c) criao e manuteno de espaos dialogais com as comunidades,tanto espaos fixos quanto mveis;

    d) implementao do mecanismo de ouvidorias para monitoramentodas aes do plano de reparao; e

    e) central 0800 de atendimento populao.CLUSULA SEXAGSIMA OITAVA: Dever ser implantado um sistema de

    informaes e memrias culturais, tcnicas e cientficas das atividades para

    subsidiar estudos e pesquisas a respeito do tema em associao s bases

    fsicas regionais.

    CLUSULA SEXAGSIMANONA:Dever ser prevista a disponibilizao de

    interfaces digitais, bem como equipamentos e infraestrutura para

    acompanhamento das aes pela populao, devendo ainda fornecer

    assessoria tcnica para as comunidades para uso dessas interfaces.

    CLUSULA SEPTUAGSIMA: Caber FUNDAO criar uma equipe de

    comunicao e participao social multidisciplinar, com profissionais e estrutura

    adequada.

    CLUSULA SEPTUAGSIMA PRIMEIRA: Alm das medidas acima, as

    seguintes aes devem ser implementadas:

    a) criao de um manual de perguntas e respostas, o qual deverestar disponvel aos lderes comunitrios e dever esclarecer sobreos processos de moradia temporria, auxlio financeiro,indenizao e outros;

    b) divulgao no Facebooke demais redes sociais equivalentes sobreiniciativas da FUNDAO, esclarecimento de dvidas e repasse deinformaes;

    c) relacionamento com a imprensa e disponibilizao de releasesaos

    veculos de comunicao;d) realizao de campanhas coerentes com a vocao dos territrios

    e palestras com especialistas sobre temas de interesse; ee) criao de um boletim informativo quinzenal, por meio de jornal, em

    mdia impressa e digital, destinado s famlias ATINGIDAS eINDIRETAMENTE IMPACTADAS em Mariana e Barra Longa, comchamadas em rdios locais.

    CLUSULA SEPTUAGSIMA SEGUNDA:Dever ser criada uma Ouvidoria

    especfica para o dilogo com a populao atingida, com a indicao de um

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    35/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    36/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    36

    c) prover alimentao aos animais que porventura permanecerem nassuas propriedades de origem;

    d) prover assistncia mdica veterinria a todos os animaisresgatados e impactados diretamente;

    e) cadastro de todos os animais acolhidos nos CRAs;f) promover evento de adoo para animais que no forem retirados

    pelos seus tutores; eg) destinar os animais no adotados para um Santurio, conforme

    solicitao do TCP (Termo de Compromisso Preliminar) firmadoentre MPMG e a COMPROMISSRIA.

    CLUSULA SEPTUAGSIMANONA:Este programa dever ser mantido pelo

    prazo mnimo de 2 (dois) anos, a contar da assinatura deste acordo.

    SE O II: INFRAESTRUTURA

    SUBSE O II.1: Programa de reconstruo de Bento Rodrigues, Paracatu de

    Baixo e demais comunidades atingidas;

    CLUSULA OCTOGSIMA:O presente programa deve prever aes para a

    recuperao e reconstruo das localidades de Bento Rodrigues, Paracatu de

    Baixo e demais comunidades atingidas pelo DESASTRE.CLUSULA OCTOGSIMA PRIMEIRA: Fazem parte do presente programa

    as seguintes aes, a serem desenvolvidas pela FUNDAO:

    a) definio, em conjunto com as Comunidades, da nova localizaopara o reassentamento;

    b) aquisio das reas que foram escolhidas em conjunto com asComunidades;

    c) elaborao e aprovao do projeto urbanstico e demais

    entregveis de engenharia da nova comunidade;d) implantao da infraestrutura de energia, gua, saneamento,arruamento, pavimentao, drenagem e acessos;

    e) elaborao e aprovao dos projetos arquitetnicos e posteriorconstruo dos imveis;

    f) reassentamento das edificaes de uso pblico, tais como escolas,unidades de sade, praas, quadra coberta e templos religiosos,em padro superior ou equivalente ao existente anteriormente,respeitando a organizao anterior ou outra definida pelacomunidade.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    37/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    38/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    38

    CLUSULA OCTOGSIMA OITAVA:Toda a infraestrutura de equipamentos

    pblicos que tenha sido direta ou indiretamente danificada dever ser reparada.CLUSULA OCTOGSIMA NONA:O programa dever prever, no mnimo, as

    seguintes aes reparatrias para as reas impactadas:

    a) reestabelecimentos de acessos;

    b) limpeza e retirada de resduos, entulho e detritos decorrentes do

    DESASTRE;

    c) demolio de estruturas comprometidas e consequente limpeza;

    d) reconstruo de pontes;

    e) drenagens;

    f) reconstruo de cercas, currais e paiol;

    g) reconstruo de igrejas e outros templos religiosos;

    h) reconstruo de campos de futebol e espaos de prtica esportiva

    de acesso pblico;

    i) reconstruo de centros comunitrios, praas e locais pblicos de

    lazer;

    j) reconstruo de poos artesianos e pinguelas

    k) recuperao de pavimentaes e de toda a malha viria danificada;

    l) contenes de taludes e encostas para acessos;

    m) reconstruo e reparao das unidades habitacionais atingidas;

    n) reconstruo, recuperao e equipamento das unidades de

    educao e sade destrudas ou danificadas;

    o) reconstruo e recuperao de todas as pontes, acessos e malhas

    virias destrudas ou danificadas;

    p) recuperao das estruturas de captao, tratamento e distribuio

    de gua;

    q) recuperao das estruturas de captao e tratamento de esgoto;

    r) reconstruo, recuperao e equipamento das estruturas de

    esporte, lazer e cultura destrudas ou danificadas; e

    s) reconstruo, recuperao dos demais prdios pblicos destrudos

    ou danificados.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    39/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    39

    CLUSULA NONAGSIMA:Sempre que o reparo da estrutura no puder ser

    efetuado no mesmo local, a escolha do terreno para a nova construo devercontar com participao e aprovao dos reassentados e do PODER PBLICO

    ao qual o servio esteja vinculado

    PARGRAFO NICO. Sendo necessrio o reassentamento das famlias e

    equipamentos pblicos, dever ser previsto o fornecimento de infraestrutura

    bsica, a saber: acesso gua potvel, energia eltrica e esgotamento, em

    local com acesso prximo aos servios de transporte pblico, comrcio e aos

    servios essenciais.

    CLUSULA NONAGSIMA PRIMEIRA: No caso de estruturas pblicas

    destrudas, alm da reparao do imvel, devem ser recompostos os

    equipamentos, mobilirio e instrumental, bem como o material de consumo

    necessrio ao funcionamento do respectivo servio;

    CLUSULA NONAGSIMA SEGUNDA:Para os efeitos do pargrafo anterior,

    no sendo possvel estimar o volume do estoque de material de consumo

    destrudo, dever ser indenizado o montante correspondente ao consumo da

    instalao ao longo de 1 (um) ano.

    CLUSULA NONAGSIMA TERCEIRA: Esse programa dever ser iniciado

    em at 15 (quinze) dias e dever ser concludo em at 30 (trinta) meses, a

    contar da assinatura deste Acordo.

    SE O III: TURSMO, EDUCA O, CULTURA E L AZER

    SUBSE O III.1: Programa de Recuperao das Escolas e Reintegrao da

    Comunidade Escolar

    CLUSULA NONAGSIMA QUARTA:A FUNDAO dever providenciar a

    reconstruo e melhoria das escolas impactadas, com a reintegrao dos

    alunos e dos profissionais envolvidos s rotinas escolares, nos municpios de

    Mariana e Barra Longa.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    40/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    40

    CLUSULA NONAGSIMA QUINTA: Dever a FUNDAO providenciar a

    aquisio de mobilirio, equipamentos e materiais necessrios aofuncionamento das escolas municipais de Bento Rodrigues e Paracatu de

    Baixo, reestabelecidas no municpio de Mariana em carter provisrio.

    PARGRAFO NICO. A aquisio referida no caput dever estar alinhada

    aos padres e poltica pblica municipal e aos padres estabelecidos pelo

    Ministrio da Educao - MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da

    Educao - FNDE.

    CLUSULA NONAGSIMA SEXTA: Nos casos de reassentamento, as

    estruturas escolares sero construdas nas novas comunidades seguindo

    normas e padres do PODER PBLICO e necessidade dimensionada nos

    planos de reassentamento.

    CLUSULA NONAGSIMA STIMA: Enquanto no estiverem

    disponibilizadas as estruturas definitivas, dever a FUNDAO providenciar a

    oferta de condies de acessibilidade dos alunos s escolas temporrias.

    CLUSULA NONAGSIMA OITAVA: Devero ser previstas aes de

    capacitao dos profissionais de educao para atuao em situaes de

    emergncias, bem como para a prestao dos servios decorrentes do

    DESASTRE.

    CLUSULA NONAGSIMA NONA: O programa dever prever, ainda, o

    acompanhamento psicopedaggico para alunos e profissionais das escolas

    impactadas durante o perodo de 10 (dez) anos, a contar da assinatura deste

    acordo.

    CLUSULA CENTSIMA: Este programa dever ser iniciado no prazo

    mximo de 30 (trinta) dias, a contar da assinatura deste acordo, devendo as

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    41/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    42/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    43/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    44/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    45/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    45

    d) assistncia laboratorial;e) ateno secundria; e

    f) ateno em sade mental;CLUSULA CENTSIMA DCIMA OITAVA: As aes de apoio tcnico e

    material sade devero ser mantidas pelo prazo mnimo de 24 (vinte e

    quatro) meses, a contar da assinatura deste Acordo.

    CLUSULA CENTSIMA DCIMA NONA:Caber FUNDAO desenvolver

    um Estudo Epidemiolgico e Toxicolgico para identificar o perfil

    epidemiolgico e sanitrio retrospectivo, atual e prospectivo dos moradores das

    comunidades atingidas e suas possveis modificaes em consequncia dodesastre, de forma a descrever as diversas vertentes de vulnerabilidade sobre

    possveis riscos e correlaes decorrentes do DESASTRE, possibilitando

    tomada de decises focadas nas aes mitigadoras em parceria com o poder

    pblico em questes relativas sade pblica desde a ateno primria at

    aos cuidados relativos cadeia alimentar.

    PARGRAFO NICO: O estudo a que se refere este artigo dever ser

    realizado em todos os municpios da REA DE ABRANGNCIA.

    CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA: O estudo ser realizado na forma de

    uma pesquisa de campo de natureza quali-quantitativa, exploratria e descritiva

    com mapeamento de perfil epidemiolgico e sanitrio dos referidos municpios,

    distritos, comunidades, utilizando-os como um indicador observacional das

    condies de vida, do processo sade-doena, da produo de alimentos, da

    qualidade de guas subterrneas e solos e do estgio de desenvolvimento de

    um ou mais determinantes de doena de toda aquela populao.

    PARGRAFO PRIMEIRO:Esse estudo ser mantido por um prazo mnimo de

    10 (dez) anos, devendo ser prorrogado por mais 10 (dez) anos no caso de

    verificao de indcios de aumento da incidncia de doenas ou de mudanas

    negativas no perfil epidemiolgico que possam ser decorrncias diretas ou

    indiretas do acidente.

    PARGRAFO SEGUNDO:Os dados brutos e as anlises produzidas no curso

    do Estudo devero ser disponibilizados para ampla consulta pblica, devendo

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    46/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    46

    se emitir relatrios anuais a todos os rgos do PODER PBLICOS de sade

    envolvidos.

    SE O V: INOVA O

    SUBSE O V.1: Programa de Apoio Pesquisa para Desenvolvimento e

    Utilizao de Tecnologias Socioeconmicas Aplicadas Remediao dos

    Impactos

    CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever

    fomentar e financiar a produo de conhecimento relacionado recuperao

    das reas impactadas pelo desastre, atravs da criao e fortalecimento de

    linhas de pesquisa de tecnologias aplicadas, com internalizao das

    tecnologias geradas para o processo de recuperao.

    CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA SEGUNDA:As seguintes aes devero

    ser desenvolvidas:

    a) fomento a pesquisas voltadas utilizao econmica e disposiodo rejeito;

    b) fomento formao educacional e profissional em temticascorrelatas recuperao das reas atingidas; e

    c) destinao sustentvel de rejeitos de minerao, abrangendo aproduo de cimentcio ecossustentvel, a utilizao do novocimentcio na fabricao de blocos intertravados e a aplicao deblocos intertravados no calamento de estradas vicinais.

    CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA TERCEIRA:Esse programa dever

    ser mantido enquanto durarem os programas e as aes de reparao.

    SE O VI: ECONOMIA

    SUBSE O VI.1: Programa de Retomada das Atividades Aqucolas e

    Pesqueiras

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    47/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    48/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    49/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    50/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    51/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    51

    CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA QUINTA: Sempre que possvel,

    dever ser efetuada a recomposio das condies para produzir, inclusive ematividades associadas s cadeias de turismo e cultura.

    CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA SEXTA: Dever a FUNDAO

    adotar as seguintes aes:

    a) assistncia tcnica e financeira aos trabalhadores de modo aviabilizar a retomada de suas atividades, sempre que possvel;

    b) apoio tcnico, financeiro e profissional com o objetivo deidentificar e viabilizar nova atividade econmica/produtiva, sempreque a retomada da atividade anterior no for possvel;

    c) qualificao profissional para as atividades retomadas ou novas;d) estabelecimento de linhas de crdito produtivo mediante

    equalizao e constituio de fundo garantidor;e) apoio tcnico ao desenvolvimento do plano de diversificao

    econmica da regio de Germano;f) diagnstico das potencialidades e incentivo s atividades

    econmicas;g) aes para recuperao da imagem dos produtos locais;h) estmulo ao associativismo e ao cooperativismo; e

    i) fomento de novas indstrias e servios para atendimento dedemandas decorrentes das reas atingidas.

    CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA STIMA: O presente programa

    dever estar concludo em at 60 (sessenta) meses.

    SUBSE O VI.4: Programa de Recuperao de Micro e Pequenos Negcios

    CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA OITAVA: A FUNDAO deverelaborar um programa especfico para a recuperao de micro e pequenos

    negcios com foco em Barra Longa, particularmente em Gesteira e na regio

    da margem do rio; Bento Rodrigues; e Paracatu de Baixo.

    CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA NONA: Devero ser previstas

    aes de negociao coordenada, reconstruo de estabelecimentos atingidos,

    reposio dos insumos atingidos necessrios retomada da operao do

    negcio e fomento retomada da produo.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    52/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    52

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA: Caber, ainda, FUNDAO a

    qualificao da mo de obra e de incubao dos empreendimentos e atividadeseconmicas reconstrudos.

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA PRIMEIRA: As atividades de

    reconstruo devem estar concludas em at 1 (um) ano, devendo o programa

    de incubao ser mantido por um prazo adicional de 2 (dois) anos, a contar do

    encerramento da fase de reconstruo.

    SUBSE O VI.5: Programa de Estmulo ao Empreendedorismo, Contratao e ao Consumo de Produtos e Servios Locais

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA SEGUNDA: A FUNDAO

    dever apresentar uma estratgia de internalizao de capitais nas economias

    locais da REA DE ABRANGNCIA, por meio do estmulo realizao de

    compras locais e regionais, investimentos em infraestrutura com uso de fora

    de trabalho local e formao de redes locais de fornecedores.CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA TERCEIRA:Para o atendimento

    deste programa, as seguintes aes devero ser desenvolvidas:

    a) realizao de estudos de prospeco para identificao depotenciais empreendedores, negcios e mercados;

    b) assistncia tcnica e financeira para a formao de arranjosprodutivos locais e sociedade de propsitos especficos, comreduo de custos para os empreendedores;

    c) assistncia tcnica e financeira para inovao de processos eprodutos;

    d) capacitao de empreendedores para gesto e produo;e) definio de parmetro mnimo de contratao e compras de

    produtos e servios locais, associado aos programas derecuperao das atividades produtivas e diversificao daeconomia regional;

    f) apoio tcnico e financeiro para desenvolvimento de fornecedoreslocais para compras coorporativas de empresas que compem abase produtiva regional;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    53/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    53

    g) estratgia de priorizao de compras locais, incluindo olevantamento da oferta de produtos e servios locais, divulgao

    das demandas de produtos e servios, realizao de rodada denegcios com potenciais fornecedores; e

    h) nfase para as reas que tiveram maior comprometimento desuas atividades produtivas e em atividades associadas svocaes locais.

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA QUARTA:Dever ser priorizada

    a contratao de profissionais residentes na REA DE ABRANGNCIA para a

    realizao dos programas referidos neste acordo, devendo ainda a

    FUNDAO priorizar a contratao de fornecedores localizados na REA DEABRANGNCIA.

    PARGRAFO NICO: A FUNDAO tambm dever prever clusulas

    contratuais que obriguem que seus fornecedores e empresas prestadoras de

    servio adotem uma poltica de fomento aos negcios locais, como descrito no

    caput.

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA QUINTA:Este programa dever

    entrar em execuo em 90 (noventa) dias e dever ser mantido pelo prazo de,no mnimo, 60 (sessenta) meses, a contar da assinatura deste Acordo.

    SUBSE O VI.6: Programa de Auxlio Financeiro Emergencial populao

    ATINGIDA e INDIRETAMENTE IMPACTADA

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA SEXTA:Caber FUNDAO

    desenvolver um programa de auxlio financeiro emergencial populao

    ATINGIDA e INDIRETAMENTE IMPACTADA que tenha tido comprometimento

    de suas atividades produtivas ou econmicas.

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA STIMA: Para a consecuo

    deste programa, dever ser concedido um auxlio financeiro mensal, mediante

    cadastramento, no valor de 1 (um) salrio mnimo, acrescido de 20% (vinte por

    cento) por dependente, conforme os dependentes previstos no art. 16 da Lei

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    54/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    54

    8.213/1991, e de mais uma cesta bsica, conforme valor estipulado pelo

    DIEESE.CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA OITAVA: A implementao

    deste programa no dever prejudicar ou interromper os pagamentos que j

    estejam em curso.

    CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA NONA:Dever haver a entrega

    dos cartes aos beneficirios deste programa, conforme critrios j

    estabelecidos em TAC.

    CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA:O pagamento dever ser efetuado

    at que o beneficirio retome as atividades produtivas ou se adeque a novas

    atividades produtivas, limitado ao prazo mximo de 10 (dez) anos, a contar da

    assinatura deste Acordo.

    SUBSE O VI.7: Programa de Recuperao Econmica para Financiamento

    dos Gastos Pblicos

    CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever

    ressarcir os rgos e entidades pblicos pelos gastos pblicos extraordinrios

    decorrentes do DESASTRE.

    PARGRAFO NICO: A FUNDAO tambm dever ressarcir os rgos e

    entidades pblicos pela perda da arrecadao tributria decorrente do

    DESASTRE.

    CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA SEGUNDA: As despesasextraordinrias assumidas pelos rgos e entidades pblicas federais,

    estaduais e municipais esto listadas no Anexo XX.

    CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA TERCEIRA: A FUNDAO dever

    apresentar um cronograma de ressarcimento dos rgos e entidades federais

    estaduais e municipais, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da assinatura

    do presente Acordo, ressarcimento este que dever ter incio em 2016 e

    finalizar at 2019.

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    55/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    56/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    57/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    58/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    58

    apresentados nos RELATRIOS MENSAIS, a serem apresentados at o ltimo

    dia ltil de cada ms, at a normalizao dos parmetros, de acordo com aavaliao e anlise dos RGOS AMBIENTAIS, de GESTO DE RECURSOS

    HDRICOS e de Sade.

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA TERCEIRA: Caber

    FUNDAO realizar o manejo de rejeitos decorrentes do rompimento da

    barragem de Fundo, utilizando as melhores prticas tecnolgicas, conforme

    resultados decorrentes dos estudos previstos neste programa, bem como nos

    fatores ambientais, sociais e econmicos da regio.

    PARGRAFO NICO: Inclui-se no manejo de rejeitos referido no caput a

    elaborao de projeto e as aes de recuperao das reas fluviais, estuarinas

    e costeira, escavao, dragagem, transporte e disposio final adequada e/ou

    tratamento in situ.

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA QUARTA:Caber FUNDAO

    efetivar a disposio de rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de

    Fundo, a serem quantificados conforme estudos previstos neste programa,

    incluindo tratamento e destinao ecologicamente adequada, mediante

    aprovao pelos RGOS AMBIENTAIS, com concluso at o ltimo dia til

    de dezembro de 2016.

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA QUINTA: As atividades de

    manejo e de disposio de rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de

    Fundo previstas neste programa devero propiciar a gerao de renda para a

    populao ATINGIDA ou INDIRETAMENTE IMPACTADA, com impacto social

    positivo.

    SUBSE O I.2: Programa de implantao de sistemas de conteno dos

    rejeitos e de tratamento in situ dos rios atingidos, englobando as seguintes

    medidas de cunho reparatrio

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO

    construir e operar estruturas emergenciais de conteno de sedimentos e/ou

    sistemas de tratamento in situ dos rios atingidos, a partir da Barragem de

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    59/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    59

    Fundo, at a Barragem Risoleta Neves, com concluso at 120 (cento e vinte)

    dias a contar da assinatura do presente Acordo.CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA STIMA:Devero ser realizados

    estudos e traar cenrios alternativos para avaliao adoo das melhores

    tcnicas e procedimentos visando a conteno total dos rejeitos dispostos na

    rea das Barragens de Germano, Fundo e Santarm e ao longo da calha e

    reas marginais dos Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce at a Barragem de

    Risoleta Neves e o tratamento da gua, de forma a maximizar a eficincia dos

    sistemas de conteno e a minimizar o impacto associado continuidade do

    transporte dos sedimentos para o Rio Doce, os quais tero que ser

    apresentados at o ltimo dia til de maio de 2016;

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA OITAVA: Devero ser

    implementadas pela FUNDAO tcnicas e procedimentos visando

    conteno total de rejeitos e o tratamento da gua aprovados pelos RGOS

    AMBIENTAIS, conforme estudos referidos neste programa.

    PARGRAFO NICO: As tcnicas e procedimentos referidos no caput

    podero incluir a construo de estruturas definitivas.

    CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA NONA: As medidas descritas

    neste programa tero por objetivo reduzir gradativamente a turbidez dos Rios

    Gualaxo do Norte, Carmo e Doce para nveis mximos de 100 (cem) NTU na

    estao seca, no perodo de 2 (dois) anos, a contar da assinatura deste

    Acordo.

    SE O II:

    RESTAURA O FLORESTAL E PRODU O DE GUA

    SUBSE O II.1: Programa de recuperao das reas atingidas pelos rejeitos

    nos municpios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado,

    incluindo biorremediao, englobando as seguintes medidas de cunho

    reparatrio

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA: Caber FUNDAO efetuar a

    revegetao inicial, emergencial e temporria, por gramneas e leguminosas,

    visando a diminuio da eroso laminar e elica, com extenso total de 800 ha

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    60/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    60

    (oitocentos hectares) e concluso at o ltimo dia til de junho de 2016, de

    acordo com o Plano de Recuperao Ambiental aprovado pelos RGOSAMBIENTAIS.

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA PRIMEIRA: Dever, tambm,

    recuperar 2.000 ha (dois mil hectares) em REAS COM IMPACTOS

    AMBIENTAIS DIRETOS afetadas pelo DESASTRE nos Municpios de Mariana,

    Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, de acordo com o programa

    aprovado pelos RGOS AMBIENTAIS.

    PARGRAFO NICO:A implantao das aes referidas no caput se dar

    em um prazo de 4 (quatro) anos, a contar da assinatura deste Acordo, com 6

    (seis) anos complementares de manuteno, conforme cronograma a ser

    estabelecido no respectivo programa.

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA SEGUNDA: Dever ser feita pela

    FUNDAO a regularizao de calhas e margens (armouring) e controle de

    processos erosivos nos Rios Gualacho do Norte, Carmo e Doce no trecho a

    montante da Barragem Risoleta Neves, a ser aprovado pelos RGOS

    AMBIENTAIS, com concluso at o ltimo dia til de agosto de 2017.

    PARGRAFO NICO: obrigao da FUNDAO realizar o manejo de

    rejeitos, nos termos estipulados na CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA

    TERCEIRA.

    SUBSE O II.2: Programa de recuperao de reas de Preservao

    Permanente (APP) e reas de recarga da Bacia do Rio Doce e controle de

    processos erosivos, de acordo com as seguintes medidas e requisitos de

    cunho reparatrio

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA TERCEIRA: A FUNDAO dever

    fazer a recuperao de APPs degradadas do Rio Doce e tributrios definidos

    como fontes de abastecimento alternativas dos municpios e localidades

    includos na REA COM IMPACTOS AMBIENTAIS DIRETOS numa extenso

    mdia de 12.000 ha/ano (doze mil hectares) por ano, a contar da assinatura

    deste Acordo, para alcance de um total de 120.000 hectares, em 10 anos;

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    61/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    61

    PARGRAFO NICO: A recuperao das APPs referidas no caput dever

    seguir metodologia similar ao Programa Reflorestar, Produtor de gua ouiniciativas semelhantes, nos estados de Minas Gerais e do Esprito Santo.

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA QUARTA: Para fins da recuperao

    das reas marginais e compensao das APPs degradadas, sero

    implementados projetos de produo de sementes e de mudas de espcies

    nativas florestais ou sero apoiados projetos correlatos com este mesmo

    objetivo, alinhados com os programas citados no PARGRAFO NICO da

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA TERCEIRA.

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA QUINTA: Nas APPs objeto de

    recuperao neste Programa dever ser realizado tambm o manejo do solo

    visando recuperao de reas de eroso e priorizando-se as reas de

    recarga da Bacia do Rio Doce.

    SUBSE O II.3: Programa de recuperao de Nascentes, englobando as

    seguintes medidas de cunho compensatrio

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO

    recuperar 5.000 (cinco mil) nascentes, a serem definidas pelo Comit de Bacia

    Hidrogrfica do Doce (CBH-Doce), com a recuperao de 500 (quinhentas)

    nascentes por ano, a contar da assinatura deste acordo, em um perodo

    mximo de 10 (dez) anos, conforme estabelecido no Plano Integrado de

    Recursos Hdricos do CBH-Doce.

    SE O III:

    CONSERVA O DA BIODIVERSIDADE

    SUBSE O III.1: Programa de conservao da biodiversidade aqutica,

    incluindo gua doce, zona costeira e estuarina e rea marinha atingida,

    englobando as seguintes medidas de cunho reparatrio

    CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA STIMA: A FUNDAO dever

    elaborar e implementar medidas para a recuperao e conservao da fauna

    aqutica da bacia hidrogrfica do Rio Doce, incluindo:

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    62/98

  • 7/24/2019 Minuta Mariana

    63/98

    MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO

    INFORMAES CONFIDENCIAIS

    MINUTA ALTERADA EM 11/02/2016

    63

    PARGRAFO PRIMEIRO: A partir do primeiro dia til de janeiro de 2017, as

    medidas de monitoramento referidas neste programa e os parmetrosdecorrentes dos resultados dos estudos previstos nos pargrafos anteriores

    devero ser integradas, conforme orientao dos RGOS AMBIENTAIS.

    PARGRAFO SEGUNDO: O programa previsto nessa Clusula dever ser

    coordenado pelo ICMBio e previamente aprovado pelos RGOS

    AMBIENTAIS, que monitoraro sua execuo.

    CLUSULA CENTSIMA NONAGSIMA: O presente programa dever conter

    aes de contingncia associadas ao monitoramento da fauna da foz do Rio

    Doce, dos ambientes estuarinos e marinhos atingidos.