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TERMO DE ACORDO
A UNIO, pessoa jurdica de direito pblico, representada pela Procuradoria-
Geral da Unio; o INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS - IBAMA, autarquia pblica federal,
representada pela Procuradoria-Geral Federal; o INSTITUTO CHICO MENDES
DE CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE, autarquia pblica federal,
representada pela Procuradoria-Geral Federal; a AGNCIA NACIONAL DE
GUAS ANA; autarquia pblica federal, representada pela Procuradoria-
Geral Federal; o DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL -
DNPM, autarquia pblica federal, representada pela Procuradoria-Geral
Federal; o MINISTRIO PBLICO FEDERAL, neste ato representado pelo
Procurador da Repblica; o ESTADO DE MINAS GERAIS, pessoa jurdica de
direito pblico, inscrito no CNPJ sob o n 05.475.103/0001-21; o INSTITUTO
ESTADUAL DE FLORESTAS - IEF, autarquia vinculada Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, criado pela Lei 2.606/1962,
com regulamento aprovado pelo, com regulamento aprovado pelo Decreto n
45.834, de 22 de dezembro de 2011, CNPJ 18.746.164/0001-28; o INSTITUTO
MINEIRO DE GESTO DE GUAS - IGAM, autarquia vinculada Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, criada pela Lei n
12.584, de 17 de julho de 1997, com regulamento aprovado pelo Decreto n
46.636, de 28 de outubro de 2014, CNPJ 17.387.481/0001-32; a FUNDAO
ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - FEAM, instituda pelo Decreto n 28.163,de 6 de junho de 1988, nos termos da Lei n 9.525, de 29 de dezembro de
1987, CNPJ n 25.455.858/0001-7, todos representados pela Advocacia-Geral
do Estado de Minas Gerais, com sede na Rua. Esprito Santo, n 495, 8 andar,
Belo Horizonte, CEP 30.160-030; o MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS, neste ato representado pelo Promotor de Justia; o ESTADO
DO ESPRITO SANTO, pessoa jurdica de direito pblico; o INSTITUTO
ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS
IEMA,
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autarquia estadual; e a AGNCIA ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
AGERH, autarquia estadual, todos representados pela Procuradoria-Geral doEstado do Esprito Santo; o MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO
ESPRITO SANTO, neste ato representado pelo Promotor de Justia,
doravante denominados COMPROMITENTES;
A SAMARCO MINERACO S.A., pessoa jurdica de direito privado, sociedade
annima fechada, inscrita no CNPJ 16.628.281/0001-61, com matriz localizada
rua Paraba, n 1122, 9, 10, 13 e 19 andares, Bairro Funcionrios, Belo
Horizonte, MG, CEP 30.130-918; a VALE S.A., pessoa jurdica de direito
privado, sociedade annima aberta, inscrita no CNPJ 33.592.510/0001-54, com
matriz localizada Av. Graa Aranha, n 26, Centro, Rio de Janeiro, RJ; e a
BHP BILLITON BRASIL LTDA., pessoa jurdica de direito privado, sociedade
limitada, inscrita no CNPJ 42.156.596/0001-63, com matriz localizada Av. das
Amricas, n 3.434, bloco 07, sala 501, Bairro Barra da Tijuca, Rio de Janeiro,
RJ, CEP 22.640-102, doravante denominadas COMPROMISSRIAS;
CONSIDERANDOo disposto no artigo 225, da Constituio Federal, que trata
da incumbncia do Poder Pblico de defender e preservar o ambiente
ecologicamente equilibrado;
CONSIDERANDOo disposto no artigo 225, 3 da Constituio Federal, que
dispe que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e
administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos
causados;
CONSIDERANDO a necessidade de reparao integral, mitigao e
compensao dos danos socioambientais e socioeconmicos presentes e
futuros causados pelo rompimento da barragem de Fundo, pertencente ao
complexo minerrio de Germano, em Mariana-MG, bem como a necessidade
de adequao dessas condutas s exigncias legais e normativas;
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CONSIDERANDOque as medidas compensatrias devem ser proporcionais
magnitude do desastre e todas as medidas que propiciem a acelerao doprocesso de recuperao da Bacia do Rio Doce, regio estuarina, costeira e
marinha, em especial a qualidade e a quantidade de guas nos tributrios e
assim na calha principal impactada, devem ser adotadas;
CONSIDERANDO que o rompimento da barragem de Fundo trouxe
consequncias ambientais e sociais graves, em um desastre que atingiu mais
de 680 km de corpos dgua nos estados de Minas Gerais e Esprito Santo,
alm de impactos s regies estuarina, costeira e marinha;
CONSIDERANDO que, dentre os danos socioambientais decorrentes do
rompimento da barragem at agora identificados, encontram-se:
a) destruio de habitat e extermnio da ictiofauna em toda a
extenso dos rios Gualaxo, Carmo e Doce, perfazendo 680 km de
rios;
b) contaminao da gua dos rios atingidos com lama de rejeitos deminrio;
c) suspenso do abastecimento pblico nas principais cidades
banhadas pelo Rio Doce;
d) suspenso das captaes de gua para atividades econmicas,
propriedades rurais e pequenas comunidades;
e) assoreamento do leito dos rios e dos reservatrios das barragens
de gerao de energia;f) soterramento das lagoas e nascentes adjacentes ao leito dos rios;
g) destruio da vegetao ripria e aqutica;
h) interrupo da conexo com tributrios e lagoas marginais;
i) alterao do fluxo hdrico;
j) impacto sobre esturios e manguezais na foz do Rio Doce;
k) destruio de reas de reproduo de peixes;
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l) destruio das reas berrios dereposio da ictiofauna (reas
de alimentao de larvas e juvenis);m) alterao e empobrecimento da cadeia trfica em toda a extenso
do dano;
n) interrupo do fluxo gnico de espcies entre corpos dgua;
o) perda de espcies com especificidade de habitat (corredeiras,
locas, poos, remansos, etc);
p) mortandade de espcimes em toda a cadeia trfica;
q) piora no estado de conservao de espcies j listadas como
ameaadas e ingresso de novas espcies no rol de ameaadas;
r) comprometimento da estrutura e funo dos ecossistemas
aquticos e terrestres associados;
s) comprometimento do estoque pesqueiro, com impacto sobre a
pesca;
t) impacto no modo de vida e nos valores tnicos e culturais de
populaes ribeirinhas, populaes estuarinas, povos indgenas e
populaes tradicionais; e
u) impactos ambientais sobre stio catalogado pela Conveno
Ramsar (Parque Estadual Rio Doce).
CONSIDERANDOque o rompimento da barragem tambm afetou as cadeias
de produo econmica, com impactos nos diversos ramos da atividade
econmica;
CONSIDERANDO os impactos sofridos pelos pescadores, pelos agricultores
familiares, pelos areeiros, pelo setor de turismo e pelos negcios ligados ao
esporte e lazer;
CONSIDERANDO os impactos sofridos pelas comunidades indgenas e
demais povos, comunidades ou populaes tradicionais;
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CONSIDERANDO os danos causados ao patrimnio histrico e cultural e
cultura das comunidades atingidas;
CONSIDERANDO que o rompimento causou danos diretos e indiretos
populao, incluindo mortes, desaparecimentos, danos fsicos e sade,
danos psicolgicos, destruio e dano a moradias e ao patrimnio, acarretando
a necessidade de se indenizar os danos diretos e os lucros cessantes a
pessoas fsicas e jurdicas, inclusive de cunho moral, bem como de se
compensar os danos que no sejam economicamente mensurveis e/ou
tecnicamente viveis;
CONSIDERANDOos danos causados aos servios pblicos desempenhados
pelos diversos entes federativos envolvidos;
CONSIDERANDO que h diversas aes a serem executadas para a
recuperao do meio ambiente degradado pelo desastre ambiental ocorrido,
bem como para a recuperao socioeconmica da populao e das
comunidades atingidas;
CONSIDERANDO a necessidade de se implantar um programa extenso de
monitoramento ambiental e socioeconmico por toda a Bacia do Rio Doce e
regies estuarinas, costeiras e marinha afetada, visando conhecer os impactos
secundrios e a efetividade das aes de recuperao a serem desenvolvidas
em todos os compartimentos ambientais e sociais associados;
CONSIDERANDOa impossibilidade de transigncia com a integral reparaodo meio ambiente;
CONSIDERANDO a necessidade de se prestar apoio tcnico e logstico ao
restabelecimento dos servios pblicos essenciais populao;
CONSIDERANDO a necessidade de se prestar apoio financeiro, tcnico e
logstico ao adequado desempenho dos servios pblicos essenciais ao
controle e fiscalizao das aes de reparao e compensao ambientais e
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socioeconmicas decorrentes do desastre em Mariana do dia 05/11/15 e at
completa normalizao dos servios ambientais originais das reasimpactadas;
CONSIDERANDO que as medidas necessrias reparao do dano tero
execuo a curto, mdio e longo prazos;
CONSIDERANDO o compromisso das COMPROMISSRIAS em executar
todas as aes definidas nos Planos de Recuperao Socioambiental e
Socioeconmica a serem elaborados e planejados;
CONSIDERANDO o ajuizamento de Ao Civil Pblica em face dos
COMPROMISSRIOS, registrado sob o n 0069758-61.2015.4.01.3400, em
trmite na 12 Vara Federal da Seo Judiciria de Minas Gerais, por meio do
qual se pretende a condenao das COMPROMISSRIAS na obrigao de
reparar integralmente os danos causados, mitigar e evitar futuros danos, bem
como compensar e indenizar os danos irreparveis;
CONSIDERANDOo valor estimado pelos rgos tcnicos federais e estaduais
de R$ 20.204.968.949,00 (vinte bilhes, duzentos e quatro milhes, novecentos
e sessenta e oito mil, novecentos e quarenta e nove reais), para custear as
aes de mdio e longo prazo necessrias reparao dos danos ambientais;
CONSIDERANDO que o objetivo do Poder Pblico no a arrecadao de
valores, mas a integral recuperao do meio ambiente e das condies
socioeconmicas da regio;
CONSIDERANDO, por fim, que as COMPROMISSRIAS manifestaram
interesse em celebrar o acordo com o fim de reparar, mitigar e compensar os
danos nos mbitos social, econmico e ambiental, decorrentes do rompimento
da barragem de Fundo,
RESOLVEM celebrar o presente Acordo, no bojo do processo n 69758-
61.2015.4.01.3400, em trmite na 12 Vara Federal da Seo Judiciria de
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Minas Gerais, e submet-lo a homologao judicial para conferir-lhe eficcia de
ttulo executivo, nos termos dos arts. 1, 4 e 4-A da Lei n 9.469, de 10 dejulho de 1997 e nas clusulas a seguir dispostas:
CAPTULO PRIMEIRO: CLUSULAS GERAIS
CLUSULA PRIMEIRA: O presente acordo ser delimitado e interpretado a
partir das seguintes definies tcnicas:
I. DESASTRE: o rompimento da barragem de Fundo, pertencente aocomplexo minerrio de Germano, em Mariana-MG, ocorrido em 05 de
novembro de 2015, incluindo as suas consequncias diretas eindiretas e eventos supervenientes dele decorrentes, relacionados Bacia do Rio Doce e regies estuarinas, costeiras e marinha.
II. ATINGIDOS: pessoas fsicas ou jurdicas e respectivas comunidadesque tenham sofrido ou que venham a sofrer uma das seguintessituaes em decorrncia do DESASTRE:a) perda de cnjuge, companheiro, ascendente ou descendente at
o segundo grau, por bito ou por desaparecimento, bem como deoutros familiares com grau de parentesco distintos dos referidoscom os quais era mantida relao de dependncia econmica ou
de convvio afetivo e familiar direto;b) perda de bens mveis ou imveis ou perda da posse direta ou
indireta ou deteno de bem imvel;c) perda da capacidade produtiva ou da possibilidade de uso de bem
imvel ou de parcela dele;d) perda de reas de exerccio da atividade pesqueira e dos
recursos pesqueiros e extrativos, inviabilizando a atividadeextrativa ou produtiva;
e) perda de fontes de renda, de trabalho ou de autossubsistncia
das quais dependam economicamente, em virtude da ruptura dovnculo com reas atingidas;
f) prejuzos comprovados s atividades produtivas locais, cominviabilizao de estabelecimento ou prejuzo s atividadeseconmicas;
g) inviabilizao do acesso ou de atividade de manejo dos recursosnaturais e pesqueiros, incluindo as terras de domnio pblico euso coletivo, afetando a renda, a subsistncia e o modo de vidade populaes;
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h) prejuzos economicamente imensurveis em funo de danos sade fsica ou mental; rompimento de laos familiares, culturais e
das redes de apoio social; mudanas de hbitos e destruio ouinterferncia em modos de vida comunitrios; ou nas condiesde reproduo dos processos socioculturais e cosmolgicos depopulaes ribeirinhas, estuarinas, tradicionais e povos indgenas;ou
i) impacto direto ou indireto sobre a qualidade, meio ou modo devida.
III. INDIRETAMENTE IMPACTADOS: as pessoas fsicas e jurdicas,presentes ou futuras, que no se enquadrem nos incisos anteriores,
que residam ou venham a residir na REA DE ABRANGNCIA e quesofram limitao no exerccio dos seus direitos fundamentais emdecorrncia das conseqncias ambientais ou econmicas, diretas ouindiretas, presentes ou futuras, do DESASTRE.
IV. REA COM IMPACTOS AMBIENTAIS DIRETOS: os Rios Gualaxodo Norte, Carmo e Doce com os respectivos trechos dos formadores etributrios afetados pela lama decorrente do DESASTRE, as regiesestuarinas, costeiras e marinha na poro impactada pela pluma deturbidez, bem como os municpios, unidades de conservao e terras
indgenas marginais aos rios ou s regies elencados anteriormenteou que se situem na rea marinha afetada.V. REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: municpios,
localidades e comunidades que estejam localizadas ou que tenhamrelao de dependncia econmica, social ou cultural com a Bacia doRio Doce, regies estuarinas, costeiras e marinha, e localidadesadjacentes calha dos rios Doce, Carmo, Gualaxo do Norte erespectivos rios tributrios, na poro impactada pela passagem dapluma de turbidez e localidades adjacentes foz do Rio Doce eregies estuarinas, costeiras e marinha, que tenham sido
efetivamente impactadas pela passagem da pluma de turbidez.VI. MUNICPIOS E LOCALIDADES DO ESTADO DE MINAS GERAIS
NA REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: BentoRodrigues, Mariana, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Rio Casca,Sem-Peixe, So Pedro dos Ferros, So Domingos do Prata, So Josdo Goiabal, Raul Soares, Dionsio, Crrego Novo, Pingo-Dgua,Marliria, Bom Jesus do Galho, Timteo, Caratinga, Ipatinga, Santanado Paraso, Ipaba, Belo Oriente, Bugre, Iapu, Naque, Periquito,Sobrlia, Fernandes Tourinho, Alpercata, Governador Valadares,
Tumiritinga, Galilia, Conselheiro Pena, Resplendor, Itueta e Aimors.
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VII. MUNICPIOS E LOCALIDADES DO ESTADO DO ESPRITO SANTONA REA DE ABRANGNCIA SOCIOECNMICA: Baixo Guandu,
Colatina, Mascarenhas, Marilndia, Linhares, Pontal do Ipiranga,Regncia Augusta e Povoao, So Mateus, Manguezal de BarraNova, Conceio da Barra, Aracruz, Barra do Riacho, Manguezal doPiraqueau, Serra, Fundo, e demais municpios costeirosimpactados pela pluma de poluentes que vem oscilando no mar ecosta, levando em considerao que em 11/02/16 atinge PresidenteKennedy, que o municpio situado no extremo sul do ES, fazendodivisa com o estado do Rio de Janeiro.
VIII. REA DE ABRANGNCIA AMBIENTAL:Bacia do Rio Doce, regies
estuarinas, costeiras e marinha afetadas.IX. PROGRAMAS SOCIOECONMICOS: conjunto de medidas e de
aes a serem executadas de acordo com um plano tecnicamentefundamentado, necessrias reparao, mitigao, compensao eindenizao pelos danos socioeconmicos decorrentes doDESASTRE, fiscalizadas e supervisionadas pelo PODER PBLICO.
X. PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS: conjunto de medidas e deaes a serem executadas de acordo com um plano tecnicamentefundamentado, necessrias reparao e compensao pelos danos
socioambientais decorrentes do DESASTRE, fiscalizadas esupervisionadas pelo PODER PBLICO.XI. PODER PBLICO: rgos e entidades pblicos integrantes ou
vinculados aos COMPROMITENTES e que, em razo de suasatribuies institucionais, tenham competncia legal pararegulamentar e/ou fiscalizar aes relacionadas a um determinadoPROGRAMA.
XII. RGOS AMBIENTAIS: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis IBAMA; Instituto Chico Mendes deConservao da Biodiversidade ICMBio; Secretaria Estadual de
Meio Ambiente e Recursos HdricosSEAMA/ES; Secretaria de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD/MG; InstitutoEstadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito Santo IEMA/ES; Instituto Estadual de Florestas IEF/MG; FundaoEstadual de Meio AmbienteFEAM/MG.
XIII. RGOS DE GESTO DE RECURSOS HDRICOS: AgnciaNacional de guas ANA; Agncia de Gesto de Recursos Hdricosdo Esprito Santo AGERH/ES; e Instituto de Gesto das guas deMinasIGAM/MG.
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XIV. PROGRAMAS REPARATRIOS: compreendem medidas e aes decunho reparatrio que tm por objetivo mitigar, remediar e/ou reparar
impactos socioambientais e socioeconmicos diretamente advindosdo DESASTRE;
XV. PROGRAMAS COMPENSATRIOS: compreendem medidas e aesque visam a compensar impactos no mitigveis ou reparveisadvindos do DESASTRE, por meio da melhoria das condiessocioambientais e socioeconmicas das reas direta e indiretamenteafetadas.
PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas que pretendam mitigar os impactos
causados pelo DESASTRE esto inseridas na classificao PROGRAMAS
REPARATRIOS.
PARGRAFO SEGUNDO: Os PROGRAMAS REPARATRIOS e
COMPENSATRIOS esto inseridos no conceito de recuperao.
PARGRAFO TERCEIRO:Os programas podero adotar, desde que de forma
expressa, conceitos mais limitados de REA DE ABRANGNCIA, de
ATINGIDOS e de INDIRETAMENTE IMPACTADOS, para assegurar um foco
maior ao respectivo programa.CLUSULA SEGUNDA: O presente Acordo tem por objeto a previso de
PROGRAMAS, a serem elaborados, desenvolvidos e implementados pelas
COMPROMISSRIAS, com o objetivo de recuperar integralmente o meio
ambiente e as condies socioeconmicas da REA DE ABRANGNCIA
impactada pelo DESASTRE, bem como dos ATINGIDOS e dos
INDIRETAMENTE IMPACTADOS, alm de adotar todas as medidas de
mitigao, compensao e indenizao necessrias e previstas nosPROGRAMAS, cujo cumprimento e execuo sero fiscalizados,
acompanhados e cobrados pelos COMPROMITENTES, na qualidade de
tomadores das referidas obrigaes.
CLUSULA TERCEIRA: Atravs do presente acordo, as
COMPROMISSRIAS assumem a sua responsabilidade civil pelo DESASTRE,
bem como pelos danos presentes e futuros dele decorrentes.
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PARGRAFO NICO: A assuno de responsabilidade referida no caput
limitada responsabilidade civil, no implicando na assuno de culpa emrelao esfera penal ou administrativa, nem em responsabilidade pessoal dos
dirigentes, agentes, controladores e empregados das COMPROMISSRIAS.
CLUSULA QUARTA: Os programas e medidas necessrios reparao,
mitigao, compensao e indenizao pelos danos socioambientais e
socioeconmicos sero executados por uma pessoa jurdica de direito privado,
constituda sob a forma de FUNDAO, instituda e patrocinada pelas
COMPROMISSRIAS, conforme detalhamento exposto no CAPTULO V do
presente acordo.
PARGRAFO PRIMEIRO: Caber s COMPROMISSRIAS a
responsabilidade financeira solidria pelo adimplemento integral do presente
acordo;
PARGRAFO SEGUNDO: A criao da FUNDAO no afasta a
responsabilidade original e solidria das COMPROMISSRIAS quanto s
obrigaes decorrentes deste Acordo;
PARGRAFO TERCEIRO: Sem prejuzo da responsabilidade solidria
existente entre as COMPROMISSRIAS, em caso de insuficincia de recursos
financeiros ou de ineficcia dos programas realizados pela FUNDAO, os
COMPROMITENTES devero exigir, preferencialmente, da
COMPROMISSRIA SAMARCO MINERACO S.A. o cumprimento das
obrigaes ou a realizao de aportes de recursos em valores compatveis com
as obrigaes.
PARGRAFO QUARTO:Em caso de insuficincia de recursos financeiros ou
de ineficcia dos programas realizados pela FUNDAO, sem o cumprimento
das obrigaes previstas no PARGRAFO TERCEIRO pela
COMPROMISSRIA SAMARCO MINERACO S.A., as COMPROMISSRIAS
VALE S.A. e BHP BILLITON BRASIL LTDA. devero cumprir, imediatamente,
as obrigaes previstas ou realizar aportes de recursos em valores compatveis
com as obrigaes.
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CLUSULA QUINTA:As obrigaes estabelecidas por meio deste Acordo no
limitam ou substituem as prerrogativas legalmente atribudas ao PODERPBLICO e aos rgos competentes para a fiscalizao, licenciamento e
autorizao das atividades das COMPROMISSRIAS.
CLUSULA SEXTA:A elaborao e a execuo dos PROGRAMAS previstos
no presente Acordo devero observar os seguintes princpios:
a) recuperao e preservao do meio ambiente ecologicamenteequilibrado, com observncia aos princpios do desenvolvimentoecologicamente sustentvel;
b) restabelecimento e melhoria das condies de vida dos ATINGIDOS edos INDIRETAMENTE IMPACTADOS;c) transparncia e engajamento das comunidades nas discusses sobre as
aes;d) preferncia pela contratao e utilizao de mo de obra local e regional
para estmulo economia mineira e capixaba;e) realizao das aes com observncia s normas e polticas pblicas
setoriais;f) recuperao de infraestruturas pblicas e privadas afetadas em padres
superiores ou equivalentes aos anteriores, revertendo-os para operaoe consequentes custeio e manuteno por seus titulares, podendo sermantido temporariamente o custeio e operao dos mesmos como formade compensao;
g) estabelecimento de cronogramas claros, com datas de incio e trminodas aes, metas e indicadores definidos;
h) negociaes coordenadas com o PODER PBLICO, ATINGIDOS eoutros envolvidos;
i) utilizao de conceitos e de critrios tcnicos para implantao dosProgramas Socioambientais e Socioeconmicos;
j) realizao das aes socioeconmicas voltadas recuperao emelhoria econmica e social das pessoas fsicas e jurdicas,comunidades impactadas pelo DESASTRE, devendo ser garantida apreservao da sua organizao, costumes, histria, lazer, esporte ecultura;
k) reconhecimento do carter pblico do processo de produo e difusodas informaes sobre o DESASTRE e das aes em curso, incluindoestudos e pesquisas sobre o tema;
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l) garantia de interlocuo e dilogo entre a FUNDAO,COMPROMISSRIAS, PODER PBLICO, ATINGIDOS,
INDIRETAMENTE IMPACTADOS e Sociedade;m) monitoramento permanente dos impactos e das aes corretivas, bem
como preveno dos agravos e eventuais novos impactos;n) execuo responsvel e planejada dos programas, devendo-se evitar os
impactos ambientais e sociais decorrentes dos prprios programas ou,na impossibilidade, mitig-los;
o) execuo privada, sob a fiscalizao e superviso do PODER PBLICOe dos ATINGIDOS; e
p) permanente acompanhamento, monitoramento e fiscalizao pelo
PODER PBLICO e por auditoria independente contratada.
CLUSULA STIMA: Para a reparao, mitigao e compensao das
consequncias socioambientais e socioeconmicas do DESASTRE so
previstos dois conjuntos de PROGRAMAS distintos e especficos, agrupados
sob dois eixos temticos: Socioambiental e Socioeconmico.
CLUSULA OITAVA: Os eixos temticos e respectivos PROGRAMAS
SOCIOECONMICOS a serem elaborados, desenvolvidos e executados pelas
COMPROMISSRIAS, por meio da FUNDAO a ser instituda, detalhados
em captulo prprio, so os seguintes:
I. ORGANIZAO SOCIAL:
a) Programa de levantamento e de cadastro dos ATINGIDOS;b) Programa de ressarcimento e de indenizao dos ATINGIDOS;c) Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida dos povos
indgenas;
d) Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida de outrospovos e comunidades tradicionais;
e) Programa de proteo social;f) Programa de Comunicao, Participao, Dilogo e Controle Social; eg) Programa de Assistncia aos Animais.
II. INFRAESTRUTURA:
a) Programa de reconstruo de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo edemais comunidades atingidas;
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b) Programa de recuperao do Lago de Candonga e da UHE RisoletaNeves; e
c) Programa de Recuperao e Melhoria das Estruturas Impactadas nasComunidades Atingidas.
III. TURISMO, EDUCAO, CULTURA E LAZER:
a) Programa de recuperao das escolas e reintegrao da comunidadeescolar;
b) Programa de preservao da memria histrica, cultural e artstica; ec) Programa de fomento cultura, turismo, esporte e lazer.
IV. SADE:
a) Programa de sade fsica e mental da populao atingida.
V. INOVAO:
a) Programa de Apoio Pesquisa para Desenvolvimento e Utilizao deTecnologias Socioeconmicas Aplicadas Remediao dos Impactos.
VI. ECONOMIA
a) Programa de Retomada das Atividades Aqucolas e Pesqueiras;b) Programa de Retomada das Atividades Agropecurias e Aumento daProdutividade;
c) Programa de Recuperao e Diversificao da Economia Regionalcom Incentivo Indstria;
d) Programa de Recuperao de Micro e Pequenos Negcios;e) Programa de Estmulo ao Empreendedorismo, Contratao e ao
Consumo de Produtos e Servios Locais;f) Programa de Auxlio Financeiro Emergencial populao ATINGIDA e
INDIRETAMENTE IMPACTADA; e
g) Programa de Recuperao Econmica para Financiamento dosGastos Pblicos.
VII. GERENCIAMENTO DO PLANO DE AES
a) Programa de gerenciamento dos programas socioeconmicos
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CLUSULA NONA: Os COMPROMITENTES e as COMPROMISSRIAS
reconhecem que os seguintes Direitos devem ser assegurados aosATINGIDOS e aos INDIRETAMENTE IMPACTADOS:
I. Direito Reparao;
II. Direito Participao nos planos, programas e aes;
III. Direito Informao; e
IV. Direito Restituio de bens pblicos e comunitrios.
PARGRAFO NICO: Os Direitos referidos no caputno excluem outros que
sejam decorrentes do detalhamento dos programas e dos planos referidos
neste Acordo.
CLUSULA DCIMA: So modalidades de reparao socioeconmica: a
reposio, a restituio e a recomposio de bens; a indenizao pecuniria
em prestao nica ou continuada; o reassentamento padro, rural ou urbano;
o auto reassentamento; a permuta; a assistncia para remediao e mitigao
dos efeitos do desastre; e compensao social, conforme definies a seguir:
I. Reposio, Restituio e Recomposio de Bens: reposio, reforma,reconstituio ou construo de novas estruturas, de qualidade superior
ou similar, quando o bem, benfeitoria, parte acessria ou estrutura tiver
sido destrudo ou danificado pelo desastre, devendo essa modalidade
ser prioritria sobre todas as demais formas de reparao
socioeconmica;
II. Indenizao Pecuniria em Prestao nica: reparao em formamonetria, paga em parcela nica, em carter individual ou por unidade
familiar, paga a pessoa fsica ou jurdica, sendo tal pagamento
decorrente da indenizao pelas terras e benfeitorias perdidas ou
deterioradas; dos danos diretos e indiretos, ainda que de cunho moral,
esttico ou imaterial; da perda de capacidade de pagamento de crditos
produtivos assumidos; de danos sade fsica ou mental; dos lucros
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morais pelo ATINGIDO e no violem os princpios essenciais
dignidade da pessoa humana;
VII. Assistncia para remediao e mitigao dos efeitos do desastre: apoio
aos atingidos pelo desastre, sob a forma de aes e servios de
remediao e mitigao de seus efeitos, voltados recuperao da
capacidade de sustento, gerao de renda, estmulo ao
empreendedorismo, formao profissional, capacitao para programas
de compras locais, assistncia tcnica e extenso rural, entre outros,
prestados de forma individual ou comunitria; e
VIII. Compensao social: constitui-se benefcio material ou servio adicional,
a ser concedido aps prvia e justa negociao com as populaes
atingidas, entregue em parcela nica ou mensal, de carter individual ou
por ncleo familiar, cujo propsito o de reparar financeira ou
materialmente as situaes consideradas imensurveis ou de difcil
mensurao, tais como o rompimento de laos familiares, culturais,
redes de apoio social, mudanas de hbitos, destruio de qualidade e
dos modos de vida comunitrios e prejuzos identidade e imagem
das comunidades, populaes e territrios e estruturao e
fortalecimento da oferta de servios em reas como sade, educao e
assistncia social.
PARGRAFO NICO: As medidas referidas neste artigo sero negociadasentre a FUNDAO e os ATINGIDOS, individualmente ou por ncleo familiar,
devendo ser previstos mecanismos que assegurem uma negociao justa,
rpida, simples e transparente, a qual poder ser acompanhada pelo PODER
PBLICO.
CLUSULA DCIMA PRIMEIRA: Entende-se o Direito Participao nos
Planos, Programas e Aes como sendo um conjunto de garantias que
possibilite que os ATINGIDOS possam efetivamente participar, ser ouvidos e
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I. GESTO DOS REJEITOS, RECUPERAO E MELHORIA DA
QUALIDADE DA GUA
a) Programa de manejo dos rejeitos decorrentes do rompimento da
barragem de Fundo, considerando conformao e estabilizao in situ,
escavao, dragagem, transporte, tratamento e disposio;
b) Programa de implantao de sistemas de conteno dos rejeitos e de
tratamento in situdos rios atingidos.
II. RESTAURAO FLORESTAL E PRODUO DE GUA
a) Programa de recuperao das reas atingidas pelos rejeitos nos
municpios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do
Escalvado, incluindo biorremediao;
b) Programa de recuperao de reas de preservao permanente
(APP) e reas de recarga da Bacia do Rio Doce e controle de
processos erosivos;
c) Programa de recuperao de nascentes.
III. CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE
a) Programa de conservao da biodiversidade aqutica, incluindo gua
doce, zona costeira e estuarinas e rea marinha atingida;
b) Programa de fortalecimento das estruturas de triagem e reintroduo
da fauna silvestre;
c) Programa de conservao de fauna e flora terrestre.
IV. SEGURANA HDRICA E QUALIDADE DA GUA
a) Programa de coleta e tratamento de esgoto;
b) Programa de melhoria dos sistemas de abastecimento de gua;
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c) Programa de destinao de resduos slidos e coleta seletiva.
V. EDUCAO, COMUNICAO E INFORMAO
a) Programa de educao ambiental e preparao para emergncias
ambientais;
b) Programa de informao para a populao da Bacia do Rio Doce;
c) Programa de comunicao nacional e internacional.
VI. PRESERVAO E SEGURANA AMBIENTAL
a) Programa de gesto de riscos ambientais na Bacia do Rio Doce;
b) Programa de investigao e monitoramento da Bacia do Rio Doce,
reas costeiras e marinha atingidas.
VII. GESTO E USO SUSTENTVEL DA TERRA
a) Programa de consolidao de unidades de conservao;
b) Programa de fomento implantao do Cadastro Ambiental Rural -
CAR e dos Programas de Regularizao Ambiental - PRAs na Bacia
do Rio Doce.
VIII. GERENCIAMENTO DO PLANO DE AES
a) Programa de gerenciamento do plano de recuperao da Bacia do
Rio Doce, reas estuarinas, costeiras e marinha.
CLUSULA DCIMA SEXTA: Os PROGRAMAS SOCIOECONMICOS ou
SOCIOAMBIENTAIS podem prever, desde que de forma expressa, medidas e
aes especficas em locais fora da rea de abrangncia, desde que se refiram
populao direta ou indiretamente atingida ou concorram para a efetiva
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recuperao ambiental dos corpos hdricos diretamente atingidos pelo
DESASTRE.CLUSULA DCIMA STIMA: Os direitos previstos neste captulo sero
detalhados em captulo especfico dos Planos e Programas decorrentes deste
Acordo.
CAPTULO SEGUNDO: PROGRAMAS SOCIOECONMICOS
CLUSULA DCIMA OITAVA: Para a reparao e a compensao das
consequncias socioeconmicas do desastre, devero ser elaborados,
desenvolvidos e executados os seguintes PROGRAMAS, agrupados em sete
eixos temticos: Organizao Social; Infraestrutura; Turismo, Educao,
Cultura e Lazer; Sade; Inovao; Economia; e Gerenciamento do Plano de
Aes.
SE O I: ORGANIZA O SOCIAL
SUBSE O I.1: Programa de levantamento e de cadastro dos ATINGIDOS
CLUSULA DCIMA NONA: Em at 6 (seis) meses da assinatura deste
Acordo, a FUNDAO dever concluir o cadastramento individualizado de
todas as pessoas fsicas e jurdicas que tenham sido ATINGIDAS ou
INDIRETAMENTE IMPACTADAS pelo DESASTRE, sendo executado ao
longo da calha dos Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, at a sua foz,
estendendo-se s regies estuarinas, costeiras e marinha.
CLUSULA VIGSIMA: Dever ser identificada a totalidade das reas em
que se constatarem potenciais impactos sociais, culturais, econmicos ou
ambientais, verificadas atravs de identificao de cadeia causal, em estudo
contratado pela FUNDAO e realizado por instituio independente a partir
de orientaes e com aprovao do COMIT INTERFEDERATIVO.
CLUSULA VIGSIMA PRIMEIRA: O levantamento indicado nos artigos
anteriores servir para a definio concreta da REA DE ABRANGNCIA.
CLUSULA VIGSIMASEGUNDA:O cadastro se refere s pessoas fsicas e
jurdicas, famlias e comunidades, devendo conter o levantamento das
atividades econmicas, perdas materiais e morais dos atingidos.
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PARGRAFO PRIMEIRO:O cadastro dever conter dados pessoais, idade,
gnero, composio do ncleo familiar, local de residncia original, ocupao,grau de escolaridade, renda familiar antes do acidente, nmero de documento
de identidade e CPF, se houver, fundamento do enquadramento como
ATINGIDO, relato quanto aos prejuzos sofridos e outros dados necessrios
realizao dos programas socioeconmicos constantes deste instrumento.
PARGRAFO SEGUNDO:O cadastramento das pessoas jurdicas envolver a
informao do CNPJ, inscrio estadual, razo social, nome fantasia,
composio do quadro societrio, ramo de atividade, faturamento anual,
endereo da sede e filiais, quando for o caso, informao quanto ao
enquadramento como pequena ou microempresa, cooperativa ou associao e
outros dados necessrios realizao dos programas socioeconmicos
constantes deste instrumento.
PARGRAFO TERCEIRO: Quando aplicvel, dever ser registrado o
enquadramento do cadastrado em situaes especficas de maior
vulnerabilidade que demandem atendimento especializado e/ou prioritrio,
incluindo-se nesse critrio as mulheres, crianas, adolescentes, idosos,
analfabetos e pessoas com deficincia, devendo-se, nesses casos, seguir
protocolos prprios.
PARGRAFO QUARTO: Estudo tcnico realizado por EMPRESA
ESPECIALIZADA CONTRATADA poder incluir a necessidade de
levantamento de outras informaes.
CLUSULA VIGSIMATERCEIRACaber ao COMIT INTERFEDERATIVO
orientar quanto elaborao do cadastro e validar o resultado do trabalho,
assegurada a publicidade e o papel do Poder Pblico na indicao de
atualizaes e adequaes necessrias.
PARGRAFO NICO: O cadastro dever ser refeito, complementado ou
corrigido em caso de distores, incorrees ou falhas identificadas pelo
PODER PBLICO ou pelas empresas de auditoria independente.
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CLUSULA VIGSIMAQUARTA: O cadastro previsto neste programa servir
como referncia de dimensionamento e quantificao de todos osPROGRAMAS SOCIOECONMICOS.
CLUSULA VIGSIMAQUINTA:Caber s COMPROMISSRIAS, por meio
da FUNDAO, efetuar o levantamento das perdas materiais e morais dos
ATINGIDOS e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS, registrando os danos
alegados pelos mesmos, devendo-se agregar a esses relatos outras
informaes verificadas em inspeo local ou por outros meios de prova.
PARGRAFO NICO: Sempre que possvel, dever ser realizado registro
fotogrfico dos locais e objetos alegados como danificados.
CLUSULA VIGSIMA SEXTA: Aps a sua entrega, o cadastro realizado
dever ser submetido ao aceite do COMIT INTERFEDERATIVO, que dever
remet-lo aos rgos competentes para manifestao sobre as informaes
recebidas.
PARGRAFO NICO: At a finalizao e aceitao do cadastro, este dever
ser considerado vlido para as aes de emergncia, as quais devero ser
mantidas.
CLUSULA VIGSIMASTIMA:As pessoas identificadas como ATINGIDAS
ou INDIRETAMENTE IMPACTADAS devero ser informadas dos direitos e
programas previstos neste acordo.
CLUSULA VIGSIMA OITAVA: As pessoas e famlias identificadas em
situao de vulnerabilidade ou risco por violao de direitos fundamentais, sem
prejuzo das obrigaes das COMPROMISSADAS, por meio da FUNDAO,
sero encaminhadas pela FUNDAO para atendimento em programas e
polticas sociais estabelecidas e de competncia do PODER PBLICO, quando
qualificadas para tais programas.
CLUSULA VIGSIMA NONA:O cadastro ser revisto anualmente, por um
perodo mnimo de dez anos, a contar da assinatura deste Acordo.
PARGRAFO PRIMEIRO: Ser efetuado um monitoramento socioeconmico
anual de todas as famlias ATINGIDAS e INDIRETAMENTE IMPACTADAS, de
forma a verificar a eficcia dos programas ao longo do tempo.
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PARGRAFO SEGUNDO: A reviso servir no apenas para a atualizao
dos dados, mas tambm para a incluso ou excluso de pessoas fsicas ejurdicas.
PARGRAFO TERCEIRO: Caso a execuo ou manuteno pela FUNDAO
de algum dos PROGRAMAS SOCIOECONMICOS se estenda para alm de
dez anos a contar da assinatura deste Acordo, a reviso anual do cadastro
dever ser realizada at a concluso do ltimo programa previsto.
CLUSULA TRIGSIMA:Dever ser permitido o amplo acesso ao banco de
dados referido neste programa a todos os representantes do PODER
PBLICO, dos ATINGIDOS e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS.
PARGRAFO PRIMEIRO: Qualquer pedido de relatrio dos dados constantes
no banco de dados que sejam solicitados pelo PODER PBLICO dever ser
atendido no prazo de at cinco dias teis.
PARGRAFO SEGUNDO: Qualquer pedido de relatrio dos dados constantes
no banco de dados que sejam solicitados por representantes dos ATINGIDOS
e dos INDIRETAMENTE IMPACTADOS dever ser atendido no prazo de at
quinze dias teis.
CLUSULA TRIGSIMA PRIMEIRA: O cadastramento dever observar o
Protocolo Nacional Conjunto para Proteo Integral a Crianas e Adolescentes,
Pessoas Idosas e Pessoas com Deficincia em Situao de Riscos e
Desastres (Portaria Interministerial n. 2, de 6 de dezembro de 2012).
SUBSE O I.2: Programa de ressarcimento e de indenizao dos
ATINGIDOS
CLUSULA TRIGSIMA SEGUNDA: A FUNDAO dever executar um
Programa de Ressarcimento e de Indenizaes, por meio de negociao
coordenada, destinada a efetuar o pagamento de indenizao e de outras
modalidades de reparao aos ATINGIDOS, conforme previso constante na
CLUSULA DCIMA.
CLUSULA TRIGSIMA TERCEIRA: O programa dever priorizar a
reparao dos ATINGIDOS residentes nos municpios de Mariana, Barra
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Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, Mascarenhas, Regncia e
Povoao.CLUSULA TRIGSIMA QUARTA: A FUNDAO dever estabelecer uma
CMARA DE NEGOCIAO, conduzida por negociadores com formao na
rea jurdica, a qual poder, considerando as especificidades de cada
interessado e as provas colhidas, negociar com os ATINGIDOS o valor das
indenizaes e das modalidades de reparao aplicveis.
CLUSULA TRIGSIMA QUINTA: Caber FUNDAO, a partir das
orientaes do COMIT INTERFEDERATIVO, elaborar os parmetros de
indenizao, os quais devero ser devidamente pactuados com os
ATINGIDOS.
PARGRAFO NICO.As indenizaes pecunirias no podero ser inferiores
a:
I - pagamentos em parcela nica: no mnimo R$ 20.000,00 (vinte e mil reais)
por grupo familiar; e
II - pagamentos continuados: no inferior a 1 (um) salrio mnimo por ms,
acrescido de 20% (vinte por cento) por dependente, considerando-se como
dependente os previstos no art. 16 da Lei 8.213/1991.
CLUSULA TRIGSIMA SEXTA:As pessoas e famlias cadastradas que se
enquadrem nos critrios para indenizao devero ser convidadas a aderir a
essas iniciativas e a participar das negociaes, conforme cronograma a ser
estabelecido e amplamente divulgado pela FUNDAO.
CLUSULA TRIGSIMA STIMA:As pessoas fsicas e jurdicas que, ao final
das negociaes, no aceitarem os termos do acordo apresentado pela
CMARA DE NEGOCIAO da FUNDAO, podero buscar a sua
indenizao pelas vias prprias, mas no podero ser excludas dos demais
PROGRAMAS SOCIOECONMICOS.
CLUSULA TRIGSIMA OITAVA:Para a celebrao dos acordos individuais,
dever ser garantida a assistncia jurdica gratuita aos ATINGIDOS que no
estiverem representados por advogados, em especial para populaes
vulnerveis atingidas.
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PARGRAFO NICO: O oferecimento de assistncia jurdica pela
FUNDAO dever se dar nos termos estabelecidos no plano de ao,podendo envolver, preferencialmente, parcerias desta com a Defensoria
Pblica, com a Ordem dos Advogados do Brasil, com escritrios-modelo de
Instituio de Ensino Superior, entre outros.
CLUSULA TRIGSIMA NONA: As CMARAS DE NEGOCIAO devero
entrar em atividade no prazo mximo de 6 (seis) meses da assinatura deste
acordo, devendo o pagamento das indenizaes ser efetuado em at 9 (nove)
meses da assinatura deste acordo, sem prejuzo de eventuais parcelamentos e
das aes emergenciais e negociaes que j estejam em curso.
SUBSE O I.3: Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida dos
povos indgenas;
CLUSULA QUADRAGSIMA:A FUNDAO dever executar um programa
para oferecer atendimento especializado aos povos indgenas do territrio
KRENAK e dos territrios TUPINIQUIM e GUARANI da regio da foz do Rio
Doce.
CLUSULA QUADRAGSIMA PRIMEIRA: O atendimento a que se refere
este programa dever respeitar as formas prprias de organizao social,
costumes, usos e tradies dos povos indgenas KRENAK, TUPINIQUIM e
GUARANI.
CLUSULA QUADRAGSIMA SEGUNDA: Devero ser previstos
mecanismos para a realizao de consulta e a participao dos povos
indgenas em todas as fases deste programa.
CLUSULA QUADRAGSIMA TERCEIRA:Dever ser prevista a superviso,
a participao e a validao da Fundao Nacional do ndio FUNAI e da
Secretaria Especial de Sade Indgena do Ministrio da Sade SESAI em
todas as fases deste programa, no mbito de suas competncias.
CLUSULA QUADRAGSIMA QUARTA: As seguintes aes devero ser
desenvolvidas pela FUNDAO em relao ao povo KRENAK, no Estado de
Minas Gerais:
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I. Manuteno das medidas de apoio emergencial previstas no acordo de16/11/2015 celebrado com a VALE S.A.;
II. Monitoramento contnuo das seguintes situaes:a) abastecimento de gua;b) qualidade da gua;c) bovinocultura;d) apoio financeiro mensal s famlias;e) sade; ef) atualizao das necessidades em dilogo com os indgenas
KRENAK.III. Contratao de consultoria independente, conforme Termo de
Referncia a ser pactuado com a FUNAI, para elaborao de estudocircunstanciado dos impactos socioambientais e socioeconmicos doDESASTRE sobre os KRENAK;
IV. Detalhamento de um Plano de Ao Permanente, com base em estudo epactuao com os indgenas, prevendo recomposio territorialKRENAK, a transformao das medidas emergenciais em aesestruturantes, a proposio de novas medidas e a compatibilizao eincorporao de outros programas de compensao anteriores, jexecutados em favor do povo KRENAK;
V. Execuo, monitoramento e reavaliao das aes componentes doPlano de Ao Permanente.
PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas previstas nos incisos I e II devero ser
iniciadas no prazo de at 10 (dez) dias da assinatura deste Acordo, devendo
ser mantidas at a entrada em vigor do Plano de Ao Permanente;
PARGRAFO SEGUNDO: A contratao da consultoria referida no inciso III
dever ser feita em at 6 (seis) meses, a contar da assinatura deste Acordo.
PARGRAFO TERCEIRO: O Plano de Ao Permanente dever entrar em
operao em, no mximo, 2 (dois) anos da assinatura deste Acordo, devendo
ser mantido pelo prazo mnimo de 10 (dez) anos, cumprindo-se o cronograma
previsto no prprio Plano; e
PARGRAFO QUARTO: As aes previstas no inciso V devero ser mantidas
durante toda a durao do Plano de Ao Permanente referido nesta Clusula.
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CLUSULA QUADRAGSIMA QUINTA: As seguintes aes devero ser
desenvolvidas pela FUNDAO em relao aos povos TUPINIQUIM eGUARANI localizados na regio da Foz do Rio Doce:
I. Implementao de medidas de apoio emergencial, mediante acordocom as comunidades;
II. Monitoramento contnuo das seguintes situaes, alm de outras quevenham a ser pactuadas na forma do inciso anterior:
a) abastecimento de gua;b) qualidade da gua;c) apoio financeiro mensal s famlias;
d) meios de subsistncia;e) sade; ef) atualizao das necessidades em dilogo com as
comunidades indgenas.III. Contratao de consultoria independente, conforme Termo de
Referncia a ser pactuado com a FUNAI, para elaborao de estudocircunstanciado dos impactos socioambientais do desastre sobre osTUPINIQUIM e os GUARANI;
IV. Detalhamento de um Plano de Ao Permanente, com base noestudo referido no inciso anterior e pactuao com os indgenas,prevendo a recomposio territorial TUPINIQUIM e GUARANI, atransformao das medidas emergenciais em aes estruturantes, aproposio de novas medidas e a compatibilizao com outrosprogramas de compensao executados junto aos povosTUPINIQUIM e GUARANI;
V. Execuo, monitoramento e reavaliao das aes componentes doPlano de Ao Permanente;
PARGRAFO PRIMEIRO: As medidas previstas nos incisos I e II devero ser
iniciadas no prazo de at 30 (trinta) dias da assinatura deste Acordo, devendo
ser mantidas at a entrada em vigor do Plano de Ao Permanente;
PARGRAFO SEGUNDO: A contratao da consultoria referida no inciso III
dever ser feita em at 6 (seis) meses, a contar da assinatura deste Acordo.
PARGRAFO TERCEIRO: O Plano de Ao Permanente dever entrar em
operao em, no mximo, 2 (dois) anos da assinatura deste Acordo, devendo
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ser mantido pelo prazo mnimo de 10 (dez) anos, devendo-se cumprir o
cronograma previsto no prprio Plano; e
PARGRAFO QUARTO: As aes previstas no inciso V devero ser mantidas
durante toda a durao do Plano de Ao Permanente referido neste artigo.
CLUSULA QUADRAGSIMA SEXTA:Os prazos referidos neste Programa
podero ser alterados, em razo das negociaes efetuadas com as
Comunidades Indgenas.
CLUSULA QUADRAGSIMA STIMA:A elaborao, o desenvolvimento e aexecuo dos programas e aes previstos nesta Subseo no excluem os
indgenas dos demais PROGRAMAS, exceto os que forem com aqueles
incompatveis.
SUBSE O I.4: Programa de proteo e melhoria da qualidade de vida de
outros povos e comunidades tradicionais;
CLUSULA QUADRAGSIMA OITAVA: A FUNDAO dever apresentar e
executar um programa especial para monitorar, neutralizar, mitigar e
compensar os impactos que o DESASTRE exerceu sobre o modo de vida dos
povos e comunidades tradicionais localizados na REA DE ABRANGNCIA e
encontrar solues que garantam sua forma plena de reproduo.
CLUSULA QUADRAGSIMA NONA: Compreende-se por Povos e
Comunidades Tradicionais os grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas prprias de organizao social,
que ocupam e usam territrios e recursos naturais como condio para sua
reproduo cultural, social, religiosa, ancestral e econmica, utilizando
conhecimentos, inovaes e prticas gerados e transmitidos pela tradio.
PARGRAFO NICO:Exclui-se deste programa os povos indgenas, os quais
devero ter um programa prprio previsto nas Clusulas da SUBSEO I.3.
CLUSULA QUINQUAGSIMA: Para os efeitos deste Acordo, entendem-se
como Territrios Tradicionais os espaos necessrios reproduo cultural,
social e econmica dos Povos e Comunidades Tradicionais, sejam eles
utilizados de forma permanente ou temporria.
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b) elaborao de diagnstico das atividades produtivas epotencialidades, bem como o desenvolvimento de aes voltadas
para o desenvolvimento da economia da cultura e turismo comnfase no valor etnocultural e na captao de recursos para melhoriada infraestrutura produtiva;
c) identificao e registro dos saberes tradicionais relativos utilizaoda biodiversidade, bem como da histria e manifestaes culturais dacomunidade;
d) formao de agentes culturais e prestao de apoio tcnico efinanceiro s atividades culturais desenvolvidas;
e) elaborao de diagnstico educacional e de qualificao profissional,com vistas ao desenvolvimento de estratgias especficas deformao e educao; e
f) capacitao de lideranas para acesso a polticas dedesenvolvimento.
CLUSULA QUINQUAGSIMA QUARTA: O presente programa dever
observar o art. 68 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT);a Lei n 7.668, de 22 de agosto de 1988; o Decreto n 4.887, de 2 de
novembro de 2003; o Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de 2007; e o Decreto
n 3.551, de 4 de agosto de 2000, bem como a Conveno n 169 da
Organizao Internacional do TrabalhoOIT.
CLUSULA QUINQUAGSIMA QUINTA: A elaborao, o desenvolvimento e
a execuo dos programas e aes previstos nesta Subseo no excluem os
Povos e Comunidades Tradicionais dos demais PROGRAMAS, exceto os que
forem com aqueles incompatveis.
SUBSE O I.5: Programa de Proteo Social
CLUSULA QUINQUAGSIMA SEXTA: A FUNDAO dever elaborar,
desenvolver e executar um programa para promover a proteo social, por
meio de aes socioassistenciais, aes socioculturais e apoio psicossocial,
desenvolvendo o acompanhamento sistemtico s famlias e aos indivduos
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ATINGIDOS e INDIRETAMENTE IMPACTADOS pelo DESASTRE, na forma
identificada pelo cadastro.CLUSULA QUINQUAGSIMA STIMA:O programa dever ser direcionado
s famlias e s pessoas que demandem aes de proteo social ou quando
houver necessidade de reforo da rede existente.
CLUSULA QUINQUAGSIMA OITAVA: O programa de proteo social
dever prever as seguintes medidas:
a) apoio continuidade de servios pblicos essenciais;b) adoo de protocolo para atendimento conjunto de famlias e
indivduos ATINGIDOS que estejam em situao de vulnerabilidadeou de risco social por violao de direitos fundamentais;
c) Acompanhamento socioassistencial e ateno psicossocialsistemticos e permanentes a famlias e indivduos ATINGIDOS;
d) Promoo de atividades socioculturais de resgate da identidade deterritrio, famlias e indivduos ATINGIDOS; e
e) Apoio tcnico e material capacitao dos profissionais daproteo social para atuao em situaes de emergncias, bemcomo para a prestao dos servios decorrentes do evento.
CLUSULA QUINQUAGSIMA NONA:As aes referidas no artigo anteriordevero observar as regras e diretrizes da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de
1993 (Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS); da Lei n 12.608, de 10 de
abril de 2012; da Poltica Nacional de Assistncia Social; e do Protocolo
Nacional Conjunto para Proteo Integral a Crianas e Adolescentes, Pessoas
Idosas e Pessoascom Deficincia em Situao de Riscos e Desastres (Portaria
Interministerial n. 2, de 6 de dezembro de 2012).
CLUSULA SEXAGSIMA: Esse programa dever ser iniciado em at 30
(trinta) dias da assinatura deste Acordo e ter durao mnima de 36 (trinta e
seis) meses, a contar do seu incio.
SUBSE O I.6: Programa de Comunicao, Participao, Dilogo e Controle
Social
CLUSULA SEXAGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever assegurar a
participao social nos processos deliberativos relativos identificao e
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detalhamento de polticas, planos e programas voltados compensao,
mitigao e reparao, relativos aos PROGRAMAS SOCIOECONMICOS.CLUSULA SEXAGSIMA SEGUNDA: A populao ATINGIDA e a
INDIRETAMENTE IMPACTADA tm direito informao ampla, transparente,
completa e pblica, em linguagem acessvel, adequada e compreensiva a
todos os interessados, como condio necessria participao social
esclarecida.
CLUSULA SEXAGSIMATERCEIRA:Fica reconhecida a multiplicidade de
formas e procedimentos de divulgao e efetiva participao social, desde
audincias pblicas at o uso de mltiplas mdias de modo a favorecer uma
participao esclarecida.
CLUSULA SEXAGSIMA QUARTA: Os procedimentos de comunicao e
participao das populaes atingidas, quando do processo de cadastramento,
devero atender s orientaes do Decreto n 7.342, de 27 de outubro de
2010.
CLUSULA SEXAGSIMAQUINTA:O presente programa dever assegurar
a participao das pessoas fsicas e jurdicas, comunidades e movimentos
sociais organizados.
CLUSULA SEXAGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO a realizao de
painis temticos semestrais ou mediante demanda especfica, considerando a
rea de influncia do tema a ser tratado.
PARGRAFO NICO: Alm dos painis temticos, devero ser realizados
eventos anuais de prestao de contas das aes da FUNDAO em todas as
bases regionais de referncia fsica, com apresentao de relatrios das aes
realizadas.
CLUSULA SEXAGSIMASTIMA:Devero ser criados canais permanentes
de comunicao e interao com a sociedade em espaos fixos e itinerantes,
se necessrio, devendo ser previstas as seguintes aes:
a) instituio de mesa de dilogo e negociao permanente;b) construo e manuteno do stio virtual especfico na internet
para divulgao das informaes relacionadas ao desastre;
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c) criao e manuteno de espaos dialogais com as comunidades,tanto espaos fixos quanto mveis;
d) implementao do mecanismo de ouvidorias para monitoramentodas aes do plano de reparao; e
e) central 0800 de atendimento populao.CLUSULA SEXAGSIMA OITAVA: Dever ser implantado um sistema de
informaes e memrias culturais, tcnicas e cientficas das atividades para
subsidiar estudos e pesquisas a respeito do tema em associao s bases
fsicas regionais.
CLUSULA SEXAGSIMANONA:Dever ser prevista a disponibilizao de
interfaces digitais, bem como equipamentos e infraestrutura para
acompanhamento das aes pela populao, devendo ainda fornecer
assessoria tcnica para as comunidades para uso dessas interfaces.
CLUSULA SEPTUAGSIMA: Caber FUNDAO criar uma equipe de
comunicao e participao social multidisciplinar, com profissionais e estrutura
adequada.
CLUSULA SEPTUAGSIMA PRIMEIRA: Alm das medidas acima, as
seguintes aes devem ser implementadas:
a) criao de um manual de perguntas e respostas, o qual deverestar disponvel aos lderes comunitrios e dever esclarecer sobreos processos de moradia temporria, auxlio financeiro,indenizao e outros;
b) divulgao no Facebooke demais redes sociais equivalentes sobreiniciativas da FUNDAO, esclarecimento de dvidas e repasse deinformaes;
c) relacionamento com a imprensa e disponibilizao de releasesaos
veculos de comunicao;d) realizao de campanhas coerentes com a vocao dos territrios
e palestras com especialistas sobre temas de interesse; ee) criao de um boletim informativo quinzenal, por meio de jornal, em
mdia impressa e digital, destinado s famlias ATINGIDAS eINDIRETAMENTE IMPACTADAS em Mariana e Barra Longa, comchamadas em rdios locais.
CLUSULA SEPTUAGSIMA SEGUNDA:Dever ser criada uma Ouvidoria
especfica para o dilogo com a populao atingida, com a indicao de um
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c) prover alimentao aos animais que porventura permanecerem nassuas propriedades de origem;
d) prover assistncia mdica veterinria a todos os animaisresgatados e impactados diretamente;
e) cadastro de todos os animais acolhidos nos CRAs;f) promover evento de adoo para animais que no forem retirados
pelos seus tutores; eg) destinar os animais no adotados para um Santurio, conforme
solicitao do TCP (Termo de Compromisso Preliminar) firmadoentre MPMG e a COMPROMISSRIA.
CLUSULA SEPTUAGSIMANONA:Este programa dever ser mantido pelo
prazo mnimo de 2 (dois) anos, a contar da assinatura deste acordo.
SE O II: INFRAESTRUTURA
SUBSE O II.1: Programa de reconstruo de Bento Rodrigues, Paracatu de
Baixo e demais comunidades atingidas;
CLUSULA OCTOGSIMA:O presente programa deve prever aes para a
recuperao e reconstruo das localidades de Bento Rodrigues, Paracatu de
Baixo e demais comunidades atingidas pelo DESASTRE.CLUSULA OCTOGSIMA PRIMEIRA: Fazem parte do presente programa
as seguintes aes, a serem desenvolvidas pela FUNDAO:
a) definio, em conjunto com as Comunidades, da nova localizaopara o reassentamento;
b) aquisio das reas que foram escolhidas em conjunto com asComunidades;
c) elaborao e aprovao do projeto urbanstico e demais
entregveis de engenharia da nova comunidade;d) implantao da infraestrutura de energia, gua, saneamento,arruamento, pavimentao, drenagem e acessos;
e) elaborao e aprovao dos projetos arquitetnicos e posteriorconstruo dos imveis;
f) reassentamento das edificaes de uso pblico, tais como escolas,unidades de sade, praas, quadra coberta e templos religiosos,em padro superior ou equivalente ao existente anteriormente,respeitando a organizao anterior ou outra definida pelacomunidade.
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CLUSULA OCTOGSIMA OITAVA:Toda a infraestrutura de equipamentos
pblicos que tenha sido direta ou indiretamente danificada dever ser reparada.CLUSULA OCTOGSIMA NONA:O programa dever prever, no mnimo, as
seguintes aes reparatrias para as reas impactadas:
a) reestabelecimentos de acessos;
b) limpeza e retirada de resduos, entulho e detritos decorrentes do
DESASTRE;
c) demolio de estruturas comprometidas e consequente limpeza;
d) reconstruo de pontes;
e) drenagens;
f) reconstruo de cercas, currais e paiol;
g) reconstruo de igrejas e outros templos religiosos;
h) reconstruo de campos de futebol e espaos de prtica esportiva
de acesso pblico;
i) reconstruo de centros comunitrios, praas e locais pblicos de
lazer;
j) reconstruo de poos artesianos e pinguelas
k) recuperao de pavimentaes e de toda a malha viria danificada;
l) contenes de taludes e encostas para acessos;
m) reconstruo e reparao das unidades habitacionais atingidas;
n) reconstruo, recuperao e equipamento das unidades de
educao e sade destrudas ou danificadas;
o) reconstruo e recuperao de todas as pontes, acessos e malhas
virias destrudas ou danificadas;
p) recuperao das estruturas de captao, tratamento e distribuio
de gua;
q) recuperao das estruturas de captao e tratamento de esgoto;
r) reconstruo, recuperao e equipamento das estruturas de
esporte, lazer e cultura destrudas ou danificadas; e
s) reconstruo, recuperao dos demais prdios pblicos destrudos
ou danificados.
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CLUSULA NONAGSIMA:Sempre que o reparo da estrutura no puder ser
efetuado no mesmo local, a escolha do terreno para a nova construo devercontar com participao e aprovao dos reassentados e do PODER PBLICO
ao qual o servio esteja vinculado
PARGRAFO NICO. Sendo necessrio o reassentamento das famlias e
equipamentos pblicos, dever ser previsto o fornecimento de infraestrutura
bsica, a saber: acesso gua potvel, energia eltrica e esgotamento, em
local com acesso prximo aos servios de transporte pblico, comrcio e aos
servios essenciais.
CLUSULA NONAGSIMA PRIMEIRA: No caso de estruturas pblicas
destrudas, alm da reparao do imvel, devem ser recompostos os
equipamentos, mobilirio e instrumental, bem como o material de consumo
necessrio ao funcionamento do respectivo servio;
CLUSULA NONAGSIMA SEGUNDA:Para os efeitos do pargrafo anterior,
no sendo possvel estimar o volume do estoque de material de consumo
destrudo, dever ser indenizado o montante correspondente ao consumo da
instalao ao longo de 1 (um) ano.
CLUSULA NONAGSIMA TERCEIRA: Esse programa dever ser iniciado
em at 15 (quinze) dias e dever ser concludo em at 30 (trinta) meses, a
contar da assinatura deste Acordo.
SE O III: TURSMO, EDUCA O, CULTURA E L AZER
SUBSE O III.1: Programa de Recuperao das Escolas e Reintegrao da
Comunidade Escolar
CLUSULA NONAGSIMA QUARTA:A FUNDAO dever providenciar a
reconstruo e melhoria das escolas impactadas, com a reintegrao dos
alunos e dos profissionais envolvidos s rotinas escolares, nos municpios de
Mariana e Barra Longa.
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CLUSULA NONAGSIMA QUINTA: Dever a FUNDAO providenciar a
aquisio de mobilirio, equipamentos e materiais necessrios aofuncionamento das escolas municipais de Bento Rodrigues e Paracatu de
Baixo, reestabelecidas no municpio de Mariana em carter provisrio.
PARGRAFO NICO. A aquisio referida no caput dever estar alinhada
aos padres e poltica pblica municipal e aos padres estabelecidos pelo
Ministrio da Educao - MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educao - FNDE.
CLUSULA NONAGSIMA SEXTA: Nos casos de reassentamento, as
estruturas escolares sero construdas nas novas comunidades seguindo
normas e padres do PODER PBLICO e necessidade dimensionada nos
planos de reassentamento.
CLUSULA NONAGSIMA STIMA: Enquanto no estiverem
disponibilizadas as estruturas definitivas, dever a FUNDAO providenciar a
oferta de condies de acessibilidade dos alunos s escolas temporrias.
CLUSULA NONAGSIMA OITAVA: Devero ser previstas aes de
capacitao dos profissionais de educao para atuao em situaes de
emergncias, bem como para a prestao dos servios decorrentes do
DESASTRE.
CLUSULA NONAGSIMA NONA: O programa dever prever, ainda, o
acompanhamento psicopedaggico para alunos e profissionais das escolas
impactadas durante o perodo de 10 (dez) anos, a contar da assinatura deste
acordo.
CLUSULA CENTSIMA: Este programa dever ser iniciado no prazo
mximo de 30 (trinta) dias, a contar da assinatura deste acordo, devendo as
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d) assistncia laboratorial;e) ateno secundria; e
f) ateno em sade mental;CLUSULA CENTSIMA DCIMA OITAVA: As aes de apoio tcnico e
material sade devero ser mantidas pelo prazo mnimo de 24 (vinte e
quatro) meses, a contar da assinatura deste Acordo.
CLUSULA CENTSIMA DCIMA NONA:Caber FUNDAO desenvolver
um Estudo Epidemiolgico e Toxicolgico para identificar o perfil
epidemiolgico e sanitrio retrospectivo, atual e prospectivo dos moradores das
comunidades atingidas e suas possveis modificaes em consequncia dodesastre, de forma a descrever as diversas vertentes de vulnerabilidade sobre
possveis riscos e correlaes decorrentes do DESASTRE, possibilitando
tomada de decises focadas nas aes mitigadoras em parceria com o poder
pblico em questes relativas sade pblica desde a ateno primria at
aos cuidados relativos cadeia alimentar.
PARGRAFO NICO: O estudo a que se refere este artigo dever ser
realizado em todos os municpios da REA DE ABRANGNCIA.
CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA: O estudo ser realizado na forma de
uma pesquisa de campo de natureza quali-quantitativa, exploratria e descritiva
com mapeamento de perfil epidemiolgico e sanitrio dos referidos municpios,
distritos, comunidades, utilizando-os como um indicador observacional das
condies de vida, do processo sade-doena, da produo de alimentos, da
qualidade de guas subterrneas e solos e do estgio de desenvolvimento de
um ou mais determinantes de doena de toda aquela populao.
PARGRAFO PRIMEIRO:Esse estudo ser mantido por um prazo mnimo de
10 (dez) anos, devendo ser prorrogado por mais 10 (dez) anos no caso de
verificao de indcios de aumento da incidncia de doenas ou de mudanas
negativas no perfil epidemiolgico que possam ser decorrncias diretas ou
indiretas do acidente.
PARGRAFO SEGUNDO:Os dados brutos e as anlises produzidas no curso
do Estudo devero ser disponibilizados para ampla consulta pblica, devendo
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se emitir relatrios anuais a todos os rgos do PODER PBLICOS de sade
envolvidos.
SE O V: INOVA O
SUBSE O V.1: Programa de Apoio Pesquisa para Desenvolvimento e
Utilizao de Tecnologias Socioeconmicas Aplicadas Remediao dos
Impactos
CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever
fomentar e financiar a produo de conhecimento relacionado recuperao
das reas impactadas pelo desastre, atravs da criao e fortalecimento de
linhas de pesquisa de tecnologias aplicadas, com internalizao das
tecnologias geradas para o processo de recuperao.
CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA SEGUNDA:As seguintes aes devero
ser desenvolvidas:
a) fomento a pesquisas voltadas utilizao econmica e disposiodo rejeito;
b) fomento formao educacional e profissional em temticascorrelatas recuperao das reas atingidas; e
c) destinao sustentvel de rejeitos de minerao, abrangendo aproduo de cimentcio ecossustentvel, a utilizao do novocimentcio na fabricao de blocos intertravados e a aplicao deblocos intertravados no calamento de estradas vicinais.
CLUSULA CENTSIMA VIGSIMA TERCEIRA:Esse programa dever
ser mantido enquanto durarem os programas e as aes de reparao.
SE O VI: ECONOMIA
SUBSE O VI.1: Programa de Retomada das Atividades Aqucolas e
Pesqueiras
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CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA QUINTA: Sempre que possvel,
dever ser efetuada a recomposio das condies para produzir, inclusive ematividades associadas s cadeias de turismo e cultura.
CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA SEXTA: Dever a FUNDAO
adotar as seguintes aes:
a) assistncia tcnica e financeira aos trabalhadores de modo aviabilizar a retomada de suas atividades, sempre que possvel;
b) apoio tcnico, financeiro e profissional com o objetivo deidentificar e viabilizar nova atividade econmica/produtiva, sempreque a retomada da atividade anterior no for possvel;
c) qualificao profissional para as atividades retomadas ou novas;d) estabelecimento de linhas de crdito produtivo mediante
equalizao e constituio de fundo garantidor;e) apoio tcnico ao desenvolvimento do plano de diversificao
econmica da regio de Germano;f) diagnstico das potencialidades e incentivo s atividades
econmicas;g) aes para recuperao da imagem dos produtos locais;h) estmulo ao associativismo e ao cooperativismo; e
i) fomento de novas indstrias e servios para atendimento dedemandas decorrentes das reas atingidas.
CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA STIMA: O presente programa
dever estar concludo em at 60 (sessenta) meses.
SUBSE O VI.4: Programa de Recuperao de Micro e Pequenos Negcios
CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA OITAVA: A FUNDAO deverelaborar um programa especfico para a recuperao de micro e pequenos
negcios com foco em Barra Longa, particularmente em Gesteira e na regio
da margem do rio; Bento Rodrigues; e Paracatu de Baixo.
CLUSULA CENTSIMA QUADRAGSIMA NONA: Devero ser previstas
aes de negociao coordenada, reconstruo de estabelecimentos atingidos,
reposio dos insumos atingidos necessrios retomada da operao do
negcio e fomento retomada da produo.
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CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA: Caber, ainda, FUNDAO a
qualificao da mo de obra e de incubao dos empreendimentos e atividadeseconmicas reconstrudos.
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA PRIMEIRA: As atividades de
reconstruo devem estar concludas em at 1 (um) ano, devendo o programa
de incubao ser mantido por um prazo adicional de 2 (dois) anos, a contar do
encerramento da fase de reconstruo.
SUBSE O VI.5: Programa de Estmulo ao Empreendedorismo, Contratao e ao Consumo de Produtos e Servios Locais
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA SEGUNDA: A FUNDAO
dever apresentar uma estratgia de internalizao de capitais nas economias
locais da REA DE ABRANGNCIA, por meio do estmulo realizao de
compras locais e regionais, investimentos em infraestrutura com uso de fora
de trabalho local e formao de redes locais de fornecedores.CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA TERCEIRA:Para o atendimento
deste programa, as seguintes aes devero ser desenvolvidas:
a) realizao de estudos de prospeco para identificao depotenciais empreendedores, negcios e mercados;
b) assistncia tcnica e financeira para a formao de arranjosprodutivos locais e sociedade de propsitos especficos, comreduo de custos para os empreendedores;
c) assistncia tcnica e financeira para inovao de processos eprodutos;
d) capacitao de empreendedores para gesto e produo;e) definio de parmetro mnimo de contratao e compras de
produtos e servios locais, associado aos programas derecuperao das atividades produtivas e diversificao daeconomia regional;
f) apoio tcnico e financeiro para desenvolvimento de fornecedoreslocais para compras coorporativas de empresas que compem abase produtiva regional;
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g) estratgia de priorizao de compras locais, incluindo olevantamento da oferta de produtos e servios locais, divulgao
das demandas de produtos e servios, realizao de rodada denegcios com potenciais fornecedores; e
h) nfase para as reas que tiveram maior comprometimento desuas atividades produtivas e em atividades associadas svocaes locais.
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA QUARTA:Dever ser priorizada
a contratao de profissionais residentes na REA DE ABRANGNCIA para a
realizao dos programas referidos neste acordo, devendo ainda a
FUNDAO priorizar a contratao de fornecedores localizados na REA DEABRANGNCIA.
PARGRAFO NICO: A FUNDAO tambm dever prever clusulas
contratuais que obriguem que seus fornecedores e empresas prestadoras de
servio adotem uma poltica de fomento aos negcios locais, como descrito no
caput.
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA QUINTA:Este programa dever
entrar em execuo em 90 (noventa) dias e dever ser mantido pelo prazo de,no mnimo, 60 (sessenta) meses, a contar da assinatura deste Acordo.
SUBSE O VI.6: Programa de Auxlio Financeiro Emergencial populao
ATINGIDA e INDIRETAMENTE IMPACTADA
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA SEXTA:Caber FUNDAO
desenvolver um programa de auxlio financeiro emergencial populao
ATINGIDA e INDIRETAMENTE IMPACTADA que tenha tido comprometimento
de suas atividades produtivas ou econmicas.
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA STIMA: Para a consecuo
deste programa, dever ser concedido um auxlio financeiro mensal, mediante
cadastramento, no valor de 1 (um) salrio mnimo, acrescido de 20% (vinte por
cento) por dependente, conforme os dependentes previstos no art. 16 da Lei
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8.213/1991, e de mais uma cesta bsica, conforme valor estipulado pelo
DIEESE.CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA OITAVA: A implementao
deste programa no dever prejudicar ou interromper os pagamentos que j
estejam em curso.
CLUSULA CENTSIMA QUINQUAGSIMA NONA:Dever haver a entrega
dos cartes aos beneficirios deste programa, conforme critrios j
estabelecidos em TAC.
CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA:O pagamento dever ser efetuado
at que o beneficirio retome as atividades produtivas ou se adeque a novas
atividades produtivas, limitado ao prazo mximo de 10 (dez) anos, a contar da
assinatura deste Acordo.
SUBSE O VI.7: Programa de Recuperao Econmica para Financiamento
dos Gastos Pblicos
CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA PRIMEIRA: A FUNDAO dever
ressarcir os rgos e entidades pblicos pelos gastos pblicos extraordinrios
decorrentes do DESASTRE.
PARGRAFO NICO: A FUNDAO tambm dever ressarcir os rgos e
entidades pblicos pela perda da arrecadao tributria decorrente do
DESASTRE.
CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA SEGUNDA: As despesasextraordinrias assumidas pelos rgos e entidades pblicas federais,
estaduais e municipais esto listadas no Anexo XX.
CLUSULA CENTSIMA SEXAGSIMA TERCEIRA: A FUNDAO dever
apresentar um cronograma de ressarcimento dos rgos e entidades federais
estaduais e municipais, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da assinatura
do presente Acordo, ressarcimento este que dever ter incio em 2016 e
finalizar at 2019.
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apresentados nos RELATRIOS MENSAIS, a serem apresentados at o ltimo
dia ltil de cada ms, at a normalizao dos parmetros, de acordo com aavaliao e anlise dos RGOS AMBIENTAIS, de GESTO DE RECURSOS
HDRICOS e de Sade.
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA TERCEIRA: Caber
FUNDAO realizar o manejo de rejeitos decorrentes do rompimento da
barragem de Fundo, utilizando as melhores prticas tecnolgicas, conforme
resultados decorrentes dos estudos previstos neste programa, bem como nos
fatores ambientais, sociais e econmicos da regio.
PARGRAFO NICO: Inclui-se no manejo de rejeitos referido no caput a
elaborao de projeto e as aes de recuperao das reas fluviais, estuarinas
e costeira, escavao, dragagem, transporte e disposio final adequada e/ou
tratamento in situ.
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA QUARTA:Caber FUNDAO
efetivar a disposio de rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de
Fundo, a serem quantificados conforme estudos previstos neste programa,
incluindo tratamento e destinao ecologicamente adequada, mediante
aprovao pelos RGOS AMBIENTAIS, com concluso at o ltimo dia til
de dezembro de 2016.
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA QUINTA: As atividades de
manejo e de disposio de rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de
Fundo previstas neste programa devero propiciar a gerao de renda para a
populao ATINGIDA ou INDIRETAMENTE IMPACTADA, com impacto social
positivo.
SUBSE O I.2: Programa de implantao de sistemas de conteno dos
rejeitos e de tratamento in situ dos rios atingidos, englobando as seguintes
medidas de cunho reparatrio
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO
construir e operar estruturas emergenciais de conteno de sedimentos e/ou
sistemas de tratamento in situ dos rios atingidos, a partir da Barragem de
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Fundo, at a Barragem Risoleta Neves, com concluso at 120 (cento e vinte)
dias a contar da assinatura do presente Acordo.CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA STIMA:Devero ser realizados
estudos e traar cenrios alternativos para avaliao adoo das melhores
tcnicas e procedimentos visando a conteno total dos rejeitos dispostos na
rea das Barragens de Germano, Fundo e Santarm e ao longo da calha e
reas marginais dos Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce at a Barragem de
Risoleta Neves e o tratamento da gua, de forma a maximizar a eficincia dos
sistemas de conteno e a minimizar o impacto associado continuidade do
transporte dos sedimentos para o Rio Doce, os quais tero que ser
apresentados at o ltimo dia til de maio de 2016;
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA OITAVA: Devero ser
implementadas pela FUNDAO tcnicas e procedimentos visando
conteno total de rejeitos e o tratamento da gua aprovados pelos RGOS
AMBIENTAIS, conforme estudos referidos neste programa.
PARGRAFO NICO: As tcnicas e procedimentos referidos no caput
podero incluir a construo de estruturas definitivas.
CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA NONA: As medidas descritas
neste programa tero por objetivo reduzir gradativamente a turbidez dos Rios
Gualaxo do Norte, Carmo e Doce para nveis mximos de 100 (cem) NTU na
estao seca, no perodo de 2 (dois) anos, a contar da assinatura deste
Acordo.
SE O II:
RESTAURA O FLORESTAL E PRODU O DE GUA
SUBSE O II.1: Programa de recuperao das reas atingidas pelos rejeitos
nos municpios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado,
incluindo biorremediao, englobando as seguintes medidas de cunho
reparatrio
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA: Caber FUNDAO efetuar a
revegetao inicial, emergencial e temporria, por gramneas e leguminosas,
visando a diminuio da eroso laminar e elica, com extenso total de 800 ha
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(oitocentos hectares) e concluso at o ltimo dia til de junho de 2016, de
acordo com o Plano de Recuperao Ambiental aprovado pelos RGOSAMBIENTAIS.
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA PRIMEIRA: Dever, tambm,
recuperar 2.000 ha (dois mil hectares) em REAS COM IMPACTOS
AMBIENTAIS DIRETOS afetadas pelo DESASTRE nos Municpios de Mariana,
Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, de acordo com o programa
aprovado pelos RGOS AMBIENTAIS.
PARGRAFO NICO:A implantao das aes referidas no caput se dar
em um prazo de 4 (quatro) anos, a contar da assinatura deste Acordo, com 6
(seis) anos complementares de manuteno, conforme cronograma a ser
estabelecido no respectivo programa.
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA SEGUNDA: Dever ser feita pela
FUNDAO a regularizao de calhas e margens (armouring) e controle de
processos erosivos nos Rios Gualacho do Norte, Carmo e Doce no trecho a
montante da Barragem Risoleta Neves, a ser aprovado pelos RGOS
AMBIENTAIS, com concluso at o ltimo dia til de agosto de 2017.
PARGRAFO NICO: obrigao da FUNDAO realizar o manejo de
rejeitos, nos termos estipulados na CLUSULA CENTSIMA SEPTUAGSIMA
TERCEIRA.
SUBSE O II.2: Programa de recuperao de reas de Preservao
Permanente (APP) e reas de recarga da Bacia do Rio Doce e controle de
processos erosivos, de acordo com as seguintes medidas e requisitos de
cunho reparatrio
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA TERCEIRA: A FUNDAO dever
fazer a recuperao de APPs degradadas do Rio Doce e tributrios definidos
como fontes de abastecimento alternativas dos municpios e localidades
includos na REA COM IMPACTOS AMBIENTAIS DIRETOS numa extenso
mdia de 12.000 ha/ano (doze mil hectares) por ano, a contar da assinatura
deste Acordo, para alcance de um total de 120.000 hectares, em 10 anos;
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MINUTA PARA FINS DE NEGOCIAO
INFORMAES CONFIDENCIAIS
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PARGRAFO NICO: A recuperao das APPs referidas no caput dever
seguir metodologia similar ao Programa Reflorestar, Produtor de gua ouiniciativas semelhantes, nos estados de Minas Gerais e do Esprito Santo.
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA QUARTA: Para fins da recuperao
das reas marginais e compensao das APPs degradadas, sero
implementados projetos de produo de sementes e de mudas de espcies
nativas florestais ou sero apoiados projetos correlatos com este mesmo
objetivo, alinhados com os programas citados no PARGRAFO NICO da
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA TERCEIRA.
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA QUINTA: Nas APPs objeto de
recuperao neste Programa dever ser realizado tambm o manejo do solo
visando recuperao de reas de eroso e priorizando-se as reas de
recarga da Bacia do Rio Doce.
SUBSE O II.3: Programa de recuperao de Nascentes, englobando as
seguintes medidas de cunho compensatrio
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA SEXTA: Caber FUNDAO
recuperar 5.000 (cinco mil) nascentes, a serem definidas pelo Comit de Bacia
Hidrogrfica do Doce (CBH-Doce), com a recuperao de 500 (quinhentas)
nascentes por ano, a contar da assinatura deste acordo, em um perodo
mximo de 10 (dez) anos, conforme estabelecido no Plano Integrado de
Recursos Hdricos do CBH-Doce.
SE O III:
CONSERVA O DA BIODIVERSIDADE
SUBSE O III.1: Programa de conservao da biodiversidade aqutica,
incluindo gua doce, zona costeira e estuarina e rea marinha atingida,
englobando as seguintes medidas de cunho reparatrio
CLUSULA CENTSIMA OCTOGSIMA STIMA: A FUNDAO dever
elaborar e implementar medidas para a recuperao e conservao da fauna
aqutica da bacia hidrogrfica do Rio Doce, incluindo:
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PARGRAFO PRIMEIRO: A partir do primeiro dia til de janeiro de 2017, as
medidas de monitoramento referidas neste programa e os parmetrosdecorrentes dos resultados dos estudos previstos nos pargrafos anteriores
devero ser integradas, conforme orientao dos RGOS AMBIENTAIS.
PARGRAFO SEGUNDO: O programa previsto nessa Clusula dever ser
coordenado pelo ICMBio e previamente aprovado pelos RGOS
AMBIENTAIS, que monitoraro sua execuo.
CLUSULA CENTSIMA NONAGSIMA: O presente programa dever conter
aes de contingncia associadas ao monitoramento da fauna da foz do Rio
Doce, dos ambientes estuarinos e marinhos atingidos.