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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPAR RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações financeiras anuais da BNDES Participações S.A. relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e das normas emanadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. AMBIENTE MACROECONÔMICO O ano de 2013 foi marcado por mudanças importantes no cenário macroeconômico global. A economia americana mostra, nos últimos trimestres, um dinamismo não antecipado pelas expectativas de mercado. Na Zona do Euro, a atuação do Banco Central Europeu – com as linhas assistenciais de liquidez aos bancos e sua assunção efetiva como emprestador de última instância, dissipou de maneira mais contundente os riscos associados a uma desintegração da união monetária. Na China, a despeito da desaceleração do crescimento em relação à média dos últimos anos, as reformas pró-mercado –- em especial a liberalização da conta financeira do balanço de pagamentos – tendem a corrigir os desequilíbrios oriundos da expansão acelerada dos últimos anos. O fato mais marcante de 2013 no cenário macroeconômico internacional foi, e continuará sendo por algum tempo, os rumos da política monetária norte-americana. Nesse sentido, vale uma breve retrospectiva. Desde que a economia mundial foi atingida pela crise financeira internacional, os bancos centrais ao redor do mundo executaram, quase instantaneamente e de maneira coordenada, um movimento maciço de relaxamento monetário global. O Federal Reserve, banco central americano, mantém sua taxa básica de juros (Fed Funds Rate) entre 0% e 0,25% desde dezembro/2008, fenômeno que foi batizado na literatura como “zero lower bound”. Mesmo com a taxa básica de juros em seus patamares mínimos, não se esgotou a possibilidade de utilização da política monetária como ferramenta de estímulo à demanda agregada da economia. Dois instrumentos não- convencionais estão sendo utilizados desde então, sendo objetos de debates nos fóruns internacionais: i) forward guidance – o FED passou a divulgar, desde dezembro/2012, sua estratégia de reação em termos de taxa básica de juros. A Fed Funds Rate manter-se-á nos níveis atuais (entre 0% e 0,25%) até que, pelo menos, a taxa de desemprego supere 6,5%; as expectativas inflacionárias de 1 a 2 anos não ultrapassem em 0,5 p.p. a meta de longo prazo de 2,0% a.a.; e que as expectativas de inflação de longo prazo estejam bem ancoradas; e ii) compras de ativos financeiros em larga escala – a intenção era reduzir a estrutura a termo de taxas de juros e, por conseguinte, aumentar os preços dos ativos financeiros para, via efeito riqueza, expandir o consumo e o crescimento da economia. Além disso, a compra de ativos também tinha intenção de reduzir as taxas de juros dos financiamentos imobiliários. De fato, a partir de setembro/2012, o FED anunciou o quantitative easing 3 (QE3), programa de compras mensais de ativos financeiros de US$ 85 bilhões, divididos em US$ 45 bilhões em US Treasuries e US$ 40 bilhões em MBS (Mortgage Backed Securities). Todavia, a partir de meados do primeiro semestre, a economia norte-americana passou a dar sinais, ainda que incipientes, de um crescimento mais acentuado, especialmente no que tange ao comportamento do mercado imobiliário. Essa performance trouxe à tona discussões e especulações acerca da diminuição, do ritmo de relaxamento monetário mensal (de US$ 85 bi) adotado pelo FED – fenômeno batizado de “tapering”. Em maio/2013, em pronunciamento ao Congresso, o FED sinalizou, pela primeira vez, que havia debates no FOMC (Comitê de Política Monetária dos EUA) na direção de reduzir o volume de compras mensais de ativos financeiros (“tapering talk”). Tal fato foi suficiente para que ocorresse uma modificação na alocação de portfólios em nível global, com realinhamento dos preços dos ativos e fortes fluxos de recursos saindo dos mercados emergentes em direção às aplicações de curto prazo nos EUA. O dólar se apreciou em escala mundial, fato que se refletiu em depreciação cambial na maioria dos mercados emergentes, levando à deterioração de suas perspectivas de crescimento no curto prazo. De fato, em dezembro/2013, o FOMC anunciou a redução de US$ 10 bilhões no seu volume mensal de compras de ativos financeiros, de US$ 85 bi para US$ 75 bi. É importante mencionar que tal fato, conforme ressaltado pelo FED, não se constitui em aperto das condições monetárias, mas sim em uma desaceleração do ritmo de flexibilização. Em outras palavras, a orientação da política monetária americana continua a ser amplamente acomodatícia, de modo a dar suporte a seus dois objetivos fundamentais, quais sejam, o pleno emprego dos fatores de produção e a estabilidade de preços. Na Zona do Euro, a estratégia escolhida de resolução da crise da região – isto é, consolidação fiscal e reformas estruturais nos países mais vulneráveis – continua a ser seguida. Embora alguns progressos tenham sido realizados, tanto em termos institucionais, como nos fundamentos de alguns países – menores déficits públicos, ajustamento das contas correntes, redução do custo nominal unitário do trabalho etc – o impacto dessas políticas sobre o nível de atividade tem sido intenso. O nível de desemprego na região é bastante elevado, tornando permanentes as tensões sociais. A atuação mais contundente do BCE desde fins de 2012 trouxe algum alívio à região. Países como Espanha e Itália, que em certo momento de 2012 tiveram seus custos de captação em mercado atingindo níveis bastante elevados, colocando em dúvida a sustentabilidade de suas dívidas públicas, atualmente já conseguem ter acesso a fontes de financiamento via mercado a taxas significativamente mais baixas. Na China, o nível de atividade vem apresentando um processo de desaceleração mais acentuado do que o inicialmente previsto. A discrepância entre o volume de liquidez na economia e o desempenho da atividade econômica vem suscitando ações das autoridades no sentido de conter a formação de bolhas especulativas. O forte aperto de liquidez ocorrido no sistema bancário em fins de junho/2013 emitiu um sinal claro por parte do governo de que as operações de financiamento via sistema bancário não convencional devem ser contidas. Liquidez abundante sem fins produtivos continuará a ser objeto de monitoramento por parte do governo chinês, que já direcionou esforços em direção à realização de reformas estruturais. A ideia fundamental é que o relativo afrouxamento dos controles da economia, como, por exemplo, a liberalização das taxas de juros, ajude a garantir, a médio e longo prazo, um crescimento econômico mais equilibrado, mesmo que para isso tenha de ocorrer uma redução na taxa de crescimento de curto prazo. As medidas anunciadas em novembro/2013 vão ao encontro desse objetivo, e tendem a gerar maior eficiência alocativa dos recursos na economia. Dessa forma, contribuiriam para acelerar a mudança do modelo de desenvolvimento do país, que deixaria de ter como principal vetor de demanda agregada da economia o investimento, em favor do consumo privado das famílias. No Brasil, o IPCA fechou ao ano de 2013 com variação de 5,91%, acima do valor de 5,84% de 2012, mas ainda abaixo do limite superior da meta de inflacionária de 6,5%. Os dois principais fatores que contribuíram para o resultado da inflação de 2013 foram: i) aceleração dos preços industriais, seja pela recomposição de IPI em alguns segmentos, como móveis e eletrodomésticos, seja pelos impactos do repasse da depreciação cambial sobre os preços dos manufaturados comercializáveis; ii) persistência da inflação do setor de serviços, que é caracterizada fortemente por seu componente inercial. Vale ainda ressaltar que ao longo do primeiro semestre de 2013 os preços dos gêneros alimentícios in natura registraram forte movimento altista em função das condições climáticas adversas que atingiram o país. Além disso, os preços administrados foram amplamente reprimidos em 2013, com queda acentuada das tarifas de energia elétrica e adiamento do reajuste do setor de transporte urbano. Esse efeito benigno dos preços administrados sobre o IPCA no ano de 2013, a priori, não se repetirá em 2014. Depois de registrar forte aceleração no primeiro semestre de 2013 (liderada pela produção industrial e pelos investimentos), a economia brasileira enfrentou diversos choques não antecipados em meados do ano, os quais tiveram repercussões em sua dinâmica de crescimento no segundo semestre. À volatilidade cambial, oriunda dos movimentos dos fluxos de capitais advindos do “tapering talk”, somou-se o ciclo de aperto monetário iniciado em abril/2013 pelo Banco Central. Além disso, outro fator importante, que atingiu a confiança empresarial, foi a onda de protestos que tomou conta das principais cidades do país em junho/2013. A junção desses três fatores afetaram em cheio as expectativas empresariais e, por conseguinte, a consecução dos investimentos na economia. É provável que o crescimento da economia em 2013, a ser divulgado apenas em março/2014, seja pouco superior a 2,0%. Além disso, o desempenho ruim da economia no segundo semestre de 2013, gerará um carry-over (carregamento estatístico) baixo para 2014. A EMPRESA A BNDESPAR é uma sociedade por ações, constituída em 1974, subsidiária integral do BNDES. Sua atuação é pautada pelas diretrizes estratégicas do Sistema BNDES e visa apoiar os processos de capitalização, desenvolvimento, consolidação e internacionalização de empresas nacionais, e o reforço de suas estruturas de capital, induzindo a adoção das melhores práticas de sustentabilidade, o fortalecimento da capacidade inovadora e da governança empresarial. Esta atuação concretiza- se, principalmente, por meio de participações societárias de caráter minoritário e transitório. Outro importante aspecto da sua atuação diz respeito ao fortalecimento e à modernização do mercado de capitais brasileiro, por meio do acréscimo da oferta de valores mobiliários, do desenvolvimento de produtos atrativos e seguros para os investidores e da democratização da propriedade do capital de empresas, com a pulverização das participações acionárias. Visando a possibilidade de negociar títulos de sua emissão em mercado, desde 1998 a BNDESPAR possui registro de empresa aberta junto a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. As atividades operacionais da BNDESPAR estão totalmente integradas ao BNDES, sendo executadas principalmente por meio da Área de Mercado de Capitais (AMC) e da Área de Capital Empreendedor (ACE). Estas áreas reúnem profissionais especializados na análise de investimento e desinvestimento em ações, debêntures e fundos. A AMC concentra as atividades de renda variável relacionada a grandes empresas, enquanto a ACE responde pelas atividades de renda variável relacionadas a operações diretas com pequenas e médias empresas e operações indiretas por meio de fundos fechados de investimentos. Esta segregação tem como objetivo intensificar as operações da BNDESPAR e melhor administrar os seus ativos. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA PRINCIPAIS INDICADORES ECONôMICO-FINANCEIROS R$ milhões, exceto percentuais Resultado 2013 2012 Evolução % 4T/13 4T/12 Evolução % Resultado com Participações Societárias (RPS) 1.770 138 1.182,6 603 (2.166) 127,8 Resultado com Operações Financeiras 563 47 1.097,9 192 (87) 320,7 Outras despesas operacionais, líquidas (445) (697) 36,2 (163) (224) 27,2 Tributação sobre o Lucro (317) 862 (136,8) (77) 1.293 (106,0) Participação dos Empregados no Lucro (23) (52) 55,8 (23) (52) 55,8 Lucro Líquido (LL) 1.548 298 419,5 532 (1.236) 143,0 Resultado líquido, excluída a marcação a valor justo das debêntures e dos derivativos ligados a partipações acionárias 2013 2012 Evolução % 4T/13 4T/12 Evolução % Resultado com Participações Societárias (RPS) 1.697 686 147,4 469 (1.865) 125,1 Tributação sobre o Lucro (292) 676 (143,2) (31) 1.191 (102,6) Lucro Líquido (LL) 1.500 660 127,4 444 (1.037) 142,8 Balanço Patrimonial DEZ / 13 DEZ / 12 Evolução % DEZ / 13 SET / 13 Evolução % Ativo Total (AT) 91.331 98.642 (7,4) 91.331 93.791 (2,6) Caixa e equivalente de caixa 1.004 1.999 (49,8) 1.004 1.265 (20,6) Títulos e Valores Mobiliários 1/ 15.937 14.828 7,5 15.937 15.299 4,2 Outros Créditos 1.841 3.600 (48,9) 1.841 2.537 (27,4) Participações Societárias 2/ (PS) 72.549 78.215 (7,2) 72.549 74.690 (2,9) Obrigações por emissão de debêntures 5.911 7.485 (21,0) 5.911 5.746 2,9 Obrigações por repasses 2.744 3.541 (22,5) 2.744 2.917 (5,9) Outras Obrigações 6.323 8.462 (25,3) 6.323 7.508 (15,8) Patrimônio Líquido (PL) 76.353 79.154 (3,5) 76.353 77.620 (1,6) Indicadores Financeiros (%) DEZ / 13 DEZ / 12 DEZ / 13 SET / 13 Patrimônio Líquido/Ativo Total (PL /AT) 83,60% 80,24% 83,60% 82,76% Participações Societárias/Ativo Total (PS /AT) 79,44% 79,29% 79,44% 79,63% Rentabilidade 2013 2012 4T/13 4T/12 Retorno s/ Ativos (LL / AT médio ) 3/ 2,06% 0,37% 0,71% -1,54% Retorno s/ PL (LL / PL médio ) 4/ 2,39% 0,46% 0,82% -1,90% Result. de Partic. Societ./ Participações Societárias (RPS / PS médio ) 5/ 3,18% 0,23% 1,08% -3,58% 1/ Exclui participações em não coligadas. 2/ Inclui participações em coligadas (investimentos), em não coligadas (TVM) e Fundos de Renda Variável 3/ ATmédio = (AT inicial +AT final) / 2, excluído oAVM de não coligadas. 4/ PLmédio = (PL inicial + PL final) / 2, excluído o AVM de não coligadas. 5/ PSmédia = (PS inicial + PS final) / 2, excluído o AVM de não coligadas RESULTADO A BNDESPAR apurou um lucro líquido de R$ 1.548 milhões no exercício de 2013, o que representa um aumento de R$ 1.250 milhões (419,5%) em relação ao exercício de 2012. Na formação deste resultado destacam-se os acréscimos de R$ 1.632 milhões do resultado de participações societárias e de R$ 516 milhões do resultado com operações financeiras. Estes e outros efeitos serão apresentados com mais detalhes na análise do resultado a seguir. Resultado de Participações Societárias O Resultado de Participações Societárias reflete o desempenho das empresas que compõem o portfólio da BNDESPAR e, como tal, é sensível a mudanças na situação econômica do país e do mundo. Conforme se observa abaixo, o acréscimo de R$ 1.632 milhões no resultado de participações societárias se deve notadamente à redução nas perdas por impairment e ao crescimento do resultado com derivativos. Composição do Resultado de Participação Societária 2012 X 2013 Em R$ milhões 2.507 (142) 1.704 (548) (3.325) 0 (58) 2.400 (51) 1.225 73 (2.336) 325 134 -4.000 -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 4.000 Dividendos e JCP Equivalência Patrimonial Alienação de TVM Resultado c/ derivativos Impairment Fundos de Renda Variável Outros 2012 2013 A receita com dividendos e JCP reflete o desempenho das empresas que compõem a carteira de não coligadas da BNDESPAR, avaliadas ao valor justo. A receita em 2013 manteve-se no mesmo patamar de 2012. As empresas que mais contribuíram em 2013 foram: Petrobrás, Vale e Valepar, com um total de R$ 1.824 milhões. Em 2012 igualmente se destacaram Petrobrás, Vale e Valepar, com um total de R$ 1.559 milhões. O resultado de equivalência patrimonial apresentou recuperação de R$ 91 milhões (64,1%), refletindo o desempenho das empresas que compõem a carteira de coligadas da BNDESPAR. A redução de R$ 479 milhões no resultado de alienação de TVM reflete as oportunidades de desinvestimentos em cada exercício. O resultado com derivativos, que apresentou melhora de R$ 621 milhões, reflete a variação no valor justo de instrumentos financeiros derivativos, os quais são divididos em dois grupos: derivativos isolados vinculados a participações societárias e derivativos embutidos em debêntures conversíveis ou permutáveis. A provisão para perdas por impairment foi constituída em consonância com o CPC 01 (R1) – Redução no valor recuperável de Ativos e CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, como resultado da análise das evidências de impairment identificadas. O total registrado decorre substancialmente da carteira de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, avaliada ao valor justo. Para a carteira de não coligadas, o valor recuperável foi apurado com base no valor de mercado das ações. Para a carteira de coligadas, o valor recuperável foi apurado pela diferença entre o valor em uso (baseado no valor presente de fluxos de caixa futuros) do ativo analisado e o seu valor contábil. O aumento de R$ 192 milhões em outros resultados com participações societárias reflete, em 2013, o ganho na marcação a valor justo de investimentos reclassificados de “coligadas” (avaliados pelo MEP) para TVM disponível para venda (avaliados ao valor justo), em função da perda de influência significativa após alienação parcial de ações. Resultado de Operações Financeiras O resultado de operações financeiras apurado em 2013 foi positivo em R$ 563 milhões, ante um resultado também positivo em R$ 47 milhões em 2012, conforme será detalhado a seguir. 1466 1599 (920) (1.533) 17 -19 563 47 31/12/2013 31/12/2012 Resultado com Operações Financeiras R$ milhões Receitas de Operações Financeiras Despesas de Operações Financeiras Provisão para Risco de Crédito Resultado de Operações Financeiras As receitas de operações financeiras são compostas pela remuneração de títulos e valores mobiliários, com destaque para debêntures e recursos disponíveis aplicados, pela remuneração da carteira de venda de ações a prazo, dos créditos contra o BNDES, pela remuneração dos fundos de investimento e pela receita de comissões e prêmios. As despesas financeiras representam os encargos financeiros oriundos dos empréstimos contraídos com o BNDES e com a STN, bem como os encargos sobre as debêntures emitidas nos últimos cinco anos e a provisão para risco de crédito. A elevação do resultado com operações financeiras decorre principalmente da redução na despesa com serviço da dívida com o BNDES, devido à liquidação antecipada de mútuo, no valor de R$ 6.000 milhões, em dezembro de 2012, no âmbito da MP 600 (permuta de ativos com a União). Venda a Prazo de TVM 10% Debêntures 67% Provisão para Risco de Crédito 1% Remuneração das Disponibilidades 15% Outros 7% Receitas de Operações Financeiras Serviço da Dívida - BNDES -2% Emissão de Debêntures -73% Serviço da Dívida - STN -25% Despesas de Operações Financeiras Outras Despesas Operacionais Líquidas O decréscimo de R$ 252 milhões (36,2%) é explicado pela redução do percentual atribuído à BNDESPAR no rateio das despesas administrativas, de 36% em 2012 para 13% em 2013. ESTRUTURA PATRIMONIAL O ativo total da BNDESPAR atingiu R$ 91.331 milhões em 31 de dezembro de 2013, uma redução de R$ 7.311 milhões (7,4%) em relação a 31 de dezembro de 2012, destacando o decréscimo de R$ 7.116 milhões nas participações societárias a valor justo, por conta principalmente da redução do valor justo em R$ 6.942 milhões. No patrimônio líquido, a redução R$ 2.801 milhões (3,5%) no exercício, deveu-se à redução do valor justo mencionada acima, que tem contrapartida no patrimônio líquido, líquido de seus efeitos tributários, atenuado pelo lucro de R$ 1.549 milhões apurado em 2013. Principais Ativos O principal ativo da BNDESPAR está representado pela carteira de ações que, em 31/12/13, totalizou R$ 72.549 milhões (79,4% do ativo total). Esta carteira encontra-se dividida de dois grupos: (i) investimentos em coligadas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, no total de R$ 18.118 milhões em 31/12/13; e (ii) investimentos em não-coligadas, classificados como “TVM disponível para venda” e avaliados pelo valor justo, no total R$ 54.431 milhões na mesma data. A BNDESPAR é uma importante fonte de apoio financeiro às empresas através de valores mobiliários, raramente detendo mais do que 33% do capital total de uma empresa. Apesar de serem transitórios por natureza, alguns dos investimentos da BNDESPAR são feitos por períodos mais longos, dependendo essencialmente do tempo de maturação dos investimentos realizados. Adicionalmente, no início dos anos 80 e novamente no segundo semestre de 2009, houve integralização de capital do BNDES pelo Tesouro Nacional com ações de empresas estatais. Essas ações foram transferidas posteriormente para a BNDESPAR, constituindo atualmente parte expressiva do valor da carteira de participações societárias da Emissora. Dessa forma, as decisões de investimentos da BNDESPAR são pautadas por uma visão de longo prazo, o que lhe confere uma certa blindagem quanto às flutuações e crises de curto prazo do mercado de capitais, configurando-se, assim, em uma fonte segura de recursos para as empresas nacionais. O segundo maior ativo da BNDESPAR está representado pela carteira de debêntures no total de R$ 9.698 milhões (10,6% do ativo total) em 31/12/13. As debêntures são classificadas entre três categorias: (a) debêntures designadas ao valor justo com contrapartida em resultado, avaliadas por modelos de precificação que consideram suas características; (b) empréstimos e recebíveis, avaliadas pelo custo amortizado e (c) disponíveis para venda, cujas características não permitem a classificação em nenhuma das outras categorias. As debêntures designadas são aquelas com cláusula de conversão ou permuta (derivativo embutido) e representam 71,1% do saldo da carteira de debêntures em 31/12/13. O gerenciamento da carteira da BNDESPAR enfatiza a diversificação e o giro de ativos. Em 31 de dezembro de 2013, tal carteira compreendia títulos de emissão de 174 empresas (incluindo ações em 141 empresas) e de 45 fundos, com valores concentrados principalmente nos setores de petróleo e gás, mineração, energia elétrica, alimentos, papel/celulose e telecomunicações. A distribuição setorial da Carteira de Investimentos da BNDESPAR, a valor justo em 31 de dezembro de 2013, encontra-se na tabela a seguir: Setor Ações Debêntures Fundos Derivativos Isolados Total Petróleo e Gás 34,0% 3,1% - - 30,1% Mineração 21,5% 21,3% - - 20,8% Energia Elétrica 11,1% 17,2% - - 11,4% Papel e Celulose 9,6% - - - 8,4% Alimentos / Bebidas 9,5% 14,5% - - 9,6% Logística e Transporte 3,0% 2,8% - - 2,9% Telecomunicações 1,8% 15,5% - 0,1% 3,0% Siderurgia e Metalurgia 1,7% - - 99,9% 2,1% Bens de Capital 1,7% 1,6% - - 1,6% Bens de Consumo 0,1% 15,4% - - 1,6% Fundo de Private Equity - - 100,0% - 2,4% Outros 6,0% 8,6% - - 6,1% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Em 31 de dezembro de 2013, a BNDESPAR possuía representantes em 13 (treze) Conselhos Fiscais e 40 (quarenta) Conselhos de Administração no universo de 141 empresas em que mantinha participação acionária. Adicionalmente, possuía Acordo de Acionistas em 75 dessas empresas.

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Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPARRELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2013Senhor acionista e demais interessados:Apresentamos o Relatório da Administração e as informações financeiras anuais da BNDES Participações S.A. relativas aoexercício findo em 31 de dezembro de 2013. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as disposiçõesda Lei das Sociedades por Ações e das normas emanadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

AMBIENTE MACROECONÔMICO

O ano de 2013 foi marcado por mudanças importantes no cenário macroeconômico global. A economia americana mostra, nosúltimos trimestres, um dinamismo não antecipado pelas expectativas de mercado. Na Zona do Euro, a atuação do Banco CentralEuropeu – com as linhas assistenciais de liquidez aos bancos e sua assunção efetiva como emprestador de última instância, dissipoudemaneira mais contundente os riscos associados a uma desintegração da uniãomonetária. Na China, a despeito da desaceleraçãodo crescimento em relação à média dos últimos anos, as reformas pró-mercado –- em especial a liberalização da conta financeira dobalanço de pagamentos – tendem a corrigir os desequilíbrios oriundos da expansão acelerada dos últimos anos.O fato mais marcante de 2013 no cenário macroeconômico internacional foi, e continuará sendo por algum tempo, os rumos dapolítica monetária norte-americana. Nesse sentido, vale uma breve retrospectiva. Desde que a economia mundial foi atingidapela crise financeira internacional, os bancos centrais ao redor do mundo executaram, quase instantaneamente e de maneiracoordenada, um movimento maciço de relaxamento monetário global. O Federal Reserve, banco central americano, mantémsua taxa básica de juros (Fed Funds Rate) entre 0% e 0,25% desde dezembro/2008, fenômeno que foi batizado na literaturacomo “zero lower bound”. Mesmo com a taxa básica de juros em seus patamares mínimos, não se esgotou a possibilidadede utilização da política monetária como ferramenta de estímulo à demanda agregada da economia. Dois instrumentos não-convencionais estão sendo utilizados desde então, sendo objetos de debates nos fóruns internacionais:i) forward guidance – o FED passou a divulgar, desde dezembro/2012, sua estratégia de reação em termos de taxa básicade juros. A Fed Funds Rate manter-se-á nos níveis atuais (entre 0% e 0,25%) até que, pelo menos, a taxa de desempregosupere 6,5%; as expectativas inflacionárias de 1 a 2 anos não ultrapassem em 0,5 p.p. a meta de longo prazo de 2,0% a.a.; eque as expectativas de inflação de longo prazo estejam bem ancoradas; eii) compras de ativos financeiros em larga escala – a intenção era reduzir a estrutura a termo de taxas de juros e, por conseguinte,aumentar os preços dos ativos financeiros para, via efeito riqueza, expandir o consumo e o crescimento da economia. Alémdisso, a compra de ativos também tinha intenção de reduzir as taxas de juros dos financiamentos imobiliários. De fato, a partir desetembro/2012, o FED anunciou o quantitative easing 3 (QE3), programa de compras mensais de ativos financeiros de US$ 85bilhões, divididos em US$ 45 bilhões em US Treasuries e US$ 40 bilhões em MBS (Mortgage Backed Securities).Todavia, a partir de meados do primeiro semestre, a economia norte-americana passou a dar sinais, ainda que incipientes, de umcrescimento mais acentuado, especialmente no que tange ao comportamento do mercado imobiliário. Essa performance trouxeà tona discussões e especulações acerca da diminuição, do ritmo de relaxamento monetário mensal (de US$ 85 bi) adotadopelo FED – fenômeno batizado de “tapering”. Em maio/2013, em pronunciamento ao Congresso, o FED sinalizou, pela primeiravez, que havia debates no FOMC (Comitê de Política Monetária dos EUA) na direção de reduzir o volume de compras mensaisde ativos financeiros (“tapering talk”). Tal fato foi suficiente para que ocorresse uma modificação na alocação de portfólios emnível global, com realinhamento dos preços dos ativos e fortes fluxos de recursos saindo dos mercados emergentes em direçãoàs aplicações de curto prazo nos EUA. O dólar se apreciou em escala mundial, fato que se refletiu em depreciação cambial namaioria dos mercados emergentes, levando à deterioração de suas perspectivas de crescimento no curto prazo.De fato, em dezembro/2013, o FOMC anunciou a redução de US$ 10 bilhões no seu volume mensal de compras de ativosfinanceiros, de US$ 85 bi para US$ 75 bi. É importante mencionar que tal fato, conforme ressaltado pelo FED, não se constituiem aperto das condições monetárias, mas sim em uma desaceleração do ritmo de flexibilização. Em outras palavras, aorientação da política monetária americana continua a ser amplamente acomodatícia, de modo a dar suporte a seus doisobjetivos fundamentais, quais sejam, o pleno emprego dos fatores de produção e a estabilidade de preços.Na Zona do Euro, a estratégia escolhida de resolução da crise da região – isto é, consolidação fiscal e reformas estruturaisnos países mais vulneráveis – continua a ser seguida. Embora alguns progressos tenham sido realizados, tanto em termosinstitucionais, como nos fundamentos de alguns países –menores déficits públicos, ajustamento das contas correntes, reduçãodo custo nominal unitário do trabalho etc – o impacto dessas políticas sobre o nível de atividade tem sido intenso. O nível dedesemprego na região é bastante elevado, tornando permanentes as tensões sociais.A atuação mais contundente do BCE desde fins de 2012 trouxe algum alívio à região. Países como Espanha e Itália, queem certo momento de 2012 tiveram seus custos de captação em mercado atingindo níveis bastante elevados, colocandoem dúvida a sustentabilidade de suas dívidas públicas, atualmente já conseguem ter acesso a fontes de financiamento viamercado a taxas significativamente mais baixas.Na China, o nível de atividade vem apresentando um processo de desaceleração mais acentuado do que o inicialmenteprevisto. A discrepância entre o volume de liquidez na economia e o desempenho da atividade econômica vem suscitandoações das autoridades no sentido de conter a formação de bolhas especulativas. O forte aperto de liquidez ocorrido nosistema bancário em fins de junho/2013 emitiu um sinal claro por parte do governo de que as operações de financiamento viasistema bancário não convencional devem ser contidas. Liquidez abundante sem fins produtivos continuará a ser objeto demonitoramento por parte do governo chinês, que já direcionou esforços em direção à realização de reformas estruturais. A ideiafundamental é que o relativo afrouxamento dos controles da economia, como, por exemplo, a liberalização das taxas de juros,ajude a garantir, a médio e longo prazo, um crescimento econômico mais equilibrado, mesmo que para isso tenha de ocorreruma redução na taxa de crescimento de curto prazo.As medidas anunciadas em novembro/2013 vão ao encontro desse objetivo, e tendem a gerar maior eficiência alocativa dosrecursos na economia. Dessa forma, contribuiriam para acelerar a mudança do modelo de desenvolvimento do país, que deixariade ter como principal vetor de demanda agregada da economia o investimento, em favor do consumo privado das famílias.No Brasil, o IPCA fechou ao ano de 2013 com variação de 5,91%, acima do valor de 5,84% de 2012, mas ainda abaixodo limite superior da meta de inflacionária de 6,5%. Os dois principais fatores que contribuíram para o resultado dainflação de 2013 foram: i) aceleração dos preços industriais, seja pela recomposição de IPI em alguns segmentos, comomóveis e eletrodomésticos, seja pelos impactos do repasse da depreciação cambial sobre os preços dos manufaturadoscomercializáveis; ii) persistência da inflação do setor de serviços, que é caracterizada fortemente por seu componente inercial.Vale ainda ressaltar que ao longo do primeiro semestre de 2013 os preços dos gêneros alimentícios in natura registraram fortemovimento altista em função das condições climáticas adversas que atingiram o país. Além disso, os preços administrados foramamplamente reprimidos em 2013, com queda acentuada das tarifas de energia elétrica e adiamento do reajuste do setor detransporte urbano. Esse efeito benigno dos preços administrados sobre o IPCA no ano de 2013, a priori, não se repetirá em 2014.Depois de registrar forte aceleração no primeiro semestre de 2013 (liderada pela produção industrial e pelos investimentos),a economia brasileira enfrentou diversos choques não antecipados em meados do ano, os quais tiveram repercussões emsua dinâmica de crescimento no segundo semestre. À volatilidade cambial, oriunda dos movimentos dos fluxos de capitaisadvindos do “tapering talk”, somou-se o ciclo de aperto monetário iniciado em abril/2013 pelo Banco Central. Além disso, outrofator importante, que atingiu a confiança empresarial, foi a onda de protestos que tomou conta das principais cidades do paísem junho/2013. A junção desses três fatores afetaram em cheio as expectativas empresariais e, por conseguinte, a consecuçãodos investimentos na economia.É provável que o crescimento da economia em 2013, a ser divulgado apenas emmarço/2014, seja pouco superior a 2,0%.Além disso,o desempenho ruim da economia no segundo semestre de 2013, gerará um carry-over (carregamento estatístico) baixo para 2014.

A EMPRESA

A BNDESPAR é uma sociedade por ações, constituída em 1974, subsidiária integral do BNDES. Sua atuação é pautadapelas diretrizes estratégicas do Sistema BNDES e visa apoiar os processos de capitalização, desenvolvimento, consolidaçãoe internacionalização de empresas nacionais, e o reforço de suas estruturas de capital, induzindo a adoção das melhorespráticas de sustentabilidade, o fortalecimento da capacidade inovadora e da governança empresarial. Esta atuação concretiza-se, principalmente, por meio de participações societárias de caráter minoritário e transitório.Outro importante aspecto da sua atuação diz respeito ao fortalecimento e à modernização do mercado de capitais brasileiro,por meio do acréscimo da oferta de valores mobiliários, do desenvolvimento de produtos atrativos e seguros para osinvestidores e da democratização da propriedade do capital de empresas, com a pulverização das participações acionárias.Visando a possibilidade de negociar títulos de sua emissão em mercado, desde 1998 a BNDESPAR possui registro de empresaaberta junto a Comissão de Valores Mobiliários – CVM.As atividades operacionais da BNDESPAR estão totalmente integradas ao BNDES, sendo executadas principalmente pormeio da Área de Mercado de Capitais (AMC) e da Área de Capital Empreendedor (ACE). Estas áreas reúnem profissionaisespecializados na análise de investimento e desinvestimento em ações, debêntures e fundos.AAMC concentra as atividades de renda variável relacionada a grandes empresas, enquanto a ACE responde pelas atividadesde renda variável relacionadas a operações diretas com pequenas e médias empresas e operações indiretas por meio defundos fechados de investimentos. Esta segregação tem como objetivo intensificar as operações da BNDESPAR e melhoradministrar os seus ativos.

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

PRInCIPAIs InDICADOREs ECOnôMICO-FInAnCEIROsR$milhões, exceto percentuais

Resultado 2013 2012 Evolução%

4T/13 4T/12 Evolução%

Resultado comParticipações Societárias (RPS) 1.770 138 1.182,6 603 (2.166) 127,8Resultado comOperações Financeiras 563 47 1.097,9 192 (87) 320,7Outras despesas operacionais, líquidas (445) (697) 36,2 (163) (224) 27,2Tributação sobre o Lucro (317) 862 (136,8) (77) 1.293 (106,0)Participação dos Empregados no Lucro (23) (52) 55,8 (23) (52) 55,8Lucro Líquido (LL) 1.548 298 419,5 532 (1.236) 143,0Resultado líquido, excluída amarcação a valorjusto das debêntures e dos derivativos ligados apartipações acionárias

2013 2012 Evolução%

4T/13 4T/12 Evolução%

Resultado comParticipações Societárias (RPS) 1.697 686 147,4 469 (1.865) 125,1Tributação sobre o Lucro (292) 676 (143,2) (31) 1.191 (102,6)Lucro Líquido (LL) 1.500 660 127,4 444 (1.037) 142,8Balanço Patrimonial DEZ /13 DEZ /12 Evolução

%DEZ/13 SET /13 Evolução%

Ativo Total (AT) 91.331 98.642 (7,4) 91.331 93.791 (2,6)Caixa e equivalente de caixa 1.004 1.999 (49,8) 1.004 1.265 (20,6)Títulos e ValoresMobiliários 1/ 15.937 14.828 7,5 15.937 15.299 4,2Outros Créditos 1.841 3.600 (48,9) 1.841 2.537 (27,4)Participações Societárias 2/ (PS) 72.549 78.215 (7,2) 72.549 74.690 (2,9)Obrigações por emissão de debêntures 5.911 7.485 (21,0) 5.911 5.746 2,9Obrigações por repasses 2.744 3.541 (22,5) 2.744 2.917 (5,9)Outras Obrigações 6.323 8.462 (25,3) 6.323 7.508 (15,8)Patrimônio Líquido (PL) 76.353 79.154 (3,5) 76.353 77.620 (1,6)Indicadores Financeiros (%) DEZ /13 DEZ /12 DEZ /13 SET /13Patrimônio Líquido/Ativo Total (PL /AT) 83,60% 80,24% 83,60% 82,76%Participações Societárias/Ativo Total (PS /AT) 79,44% 79,29% 79,44% 79,63%

Rentabilidade 2013 2012 4T/13 4T/12Retorno s/Ativos (LL /ATmédio) 3/ 2,06% 0,37% 0,71% -1,54%Retorno s/ PL (LL / PLmédio) 4/ 2,39% 0,46% 0,82% -1,90%Result. de Partic. Societ./ Participações Societárias(RPS / PS médio) 5/

3,18% 0,23% 1,08% -3,58%

1/ Exclui participações em não coligadas.2/ Inclui participações em coligadas (investimentos), em não coligadas (TVM) e Fundos de Renda Variável3/ATmédio = (AT inicial +AT final) / 2, excluído oAVM de não coligadas.4/PLmédio = (PL inicial + PL final) / 2, excluído oAVM de não coligadas.5/PSmédia = (PS inicial + PS final) / 2, excluído oAVM de não coligadas

REsULTADOA BNDESPAR apurou um lucro líquido de R$ 1.548 milhões no exercício de 2013, o que representa um aumento de R$ 1.250milhões (419,5%) em relação ao exercício de 2012. Na formação deste resultado destacam-se os acréscimos de R$ 1.632milhões do resultado de participações societárias e de R$ 516 milhões do resultado com operações financeiras. Estes e outrosefeitos serão apresentados com mais detalhes na análise do resultado a seguir.Resultado de Participações SocietáriasO Resultado de Participações Societárias reflete o desempenho das empresas que compõem o portfólio da BNDESPAR e,como tal, é sensível a mudanças na situação econômica do país e do mundo. Conforme se observa abaixo, o acréscimo deR$ 1.632 milhões no resultado de participações societárias se deve notadamente à redução nas perdas por impairment e aocrescimento do resultado com derivativos.

Composição do Resultado de Participação Societária2012 X 2013

Em R$ milhões

2.507

(142)

1.704

(548)

(3.325)

0(58)

2.400

(51)

1.22573

(2.336)

325 134

-4.000-3.000-2.000-1.000

01.0002.0003.0004.000

Dividendose JCP

EquivalênciaPatrimonial

Alienaçãode TVM

Resultadoc/

derivativos

Impairment Fundos deRenda

Variável

Outros

2012 2013

A receita com dividendos e JCP reflete o desempenho das empresas que compõem a carteira de não coligadas daBNDESPAR, avaliadas ao valor justo. A receita em 2013 manteve-se no mesmo patamar de 2012. As empresas que maiscontribuíram em 2013 foram: Petrobrás, Vale e Valepar, com um total de R$ 1.824 milhões. Em 2012 igualmente se destacaramPetrobrás, Vale e Valepar, com um total de R$ 1.559 milhões.

O resultado de equivalência patrimonial apresentou recuperação de R$ 91 milhões (64,1%), refletindo o desempenho dasempresas que compõem a carteira de coligadas da BNDESPAR.

A redução de R$ 479 milhões no resultado de alienação de TVM reflete as oportunidades de desinvestimentos em cadaexercício.

O resultado com derivativos, que apresentou melhora de R$ 621 milhões, reflete a variação no valor justo de instrumentosfinanceiros derivativos, os quais são divididos em dois grupos: derivativos isolados vinculados a participações societárias ederivativos embutidos em debêntures conversíveis ou permutáveis.

A provisão para perdas por impairment foi constituída em consonância com o CPC 01 (R1) – Redução no valor recuperávelde Ativos e CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, como resultado da análise das evidênciasde impairment identificadas. O total registrado decorre substancialmente da carteira de títulos e valores mobiliários disponíveispara venda, avaliada ao valor justo. Para a carteira de não coligadas, o valor recuperável foi apurado com base no valor demercado das ações. Para a carteira de coligadas, o valor recuperável foi apurado pela diferença entre o valor em uso (baseadono valor presente de fluxos de caixa futuros) do ativo analisado e o seu valor contábil.

O aumento de R$ 192 milhões em outros resultados com participações societárias reflete, em 2013, o ganho na marcaçãoa valor justo de investimentos reclassificados de “coligadas” (avaliados pelo MEP) para TVM disponível para venda (avaliadosao valor justo), em função da perda de influência significativa após alienação parcial de ações.

Resultado de Operações FinanceirasO resultado de operações financeiras apurado em 2013 foi positivo em R$ 563 milhões, ante um resultado também positivoem R$ 47 milhões em 2012, conforme será detalhado a seguir.

14661599

(920)

(1.533)

17

-19

563

47

31/12/2013 31/12/2012

Resultado com Operações FinanceirasR$ milhões

Receitas de Operações Financeiras

Despesas de Operações Financeiras

Provisão para Risco de Crédito

Resultado de Operações Financeiras

As receitas de operações financeiras sãocompostas pela remuneração de títulose valores mobiliários, com destaque paradebêntures e recursos disponíveis aplicados,pela remuneração da carteira de venda deações a prazo, dos créditos contra o BNDES,pela remuneração dos fundos de investimentoe pela receita de comissões e prêmios.As despesas financeiras representamos encargos financeiros oriundos dosempréstimos contraídos com o BNDES ecom a STN, bem como os encargos sobre asdebêntures emitidas nos últimos cinco anos ea provisão para risco de crédito.

A elevação do resultado com operações financeiras decorre principalmente da redução na despesa com serviço da dívida como BNDES, devido à liquidação antecipada de mútuo, no valor de R$ 6.000 milhões, em dezembro de 2012, no âmbito da MP600 (permuta de ativos com a União).

Venda a Prazo deTVM10%

Debêntures67%

Provisão para Riscode Crédito

1%

Remuneração dasDisponibilidades

15%

Outros7%

Receitas de Operações Financeiras

Serviço da Dívida -BNDES-2%

Emissão deDebêntures

-73%

Serviço da Dívida -STN-25%

Despesas de Operações Financeiras

Outras Despesas Operacionais LíquidasO decréscimo de R$ 252 milhões (36,2%) é explicado pela redução do percentual atribuído à BNDESPAR no rateio dasdespesas administrativas, de 36% em 2012 para 13% em 2013.

EsTRUTURA PATRIMOnIALO ativo total da BNDESPAR atingiu R$ 91.331 milhões em 31 de dezembro de 2013, uma redução de R$ 7.311 milhões (7,4%)em relação a 31 de dezembro de 2012, destacando o decréscimo de R$ 7.116 milhões nas participações societárias a valorjusto, por conta principalmente da redução do valor justo em R$ 6.942 milhões.

No patrimônio líquido, a redução R$ 2.801 milhões (3,5%) no exercício, deveu-se à redução do valor justo mencionada acima, quetem contrapartida no patrimônio líquido, líquido de seus efeitos tributários, atenuado pelo lucro de R$ 1.549 milhões apurado em 2013.

Principais AtivosO principal ativo da BNDESPAR está representado pela carteira de ações que, em 31/12/13, totalizou R$ 72.549 milhões(79,4% do ativo total). Esta carteira encontra-se dividida de dois grupos: (i) investimentos em coligadas, avaliados pelo métodode equivalência patrimonial, no total de R$ 18.118 milhões em 31/12/13; e (ii) investimentos em não-coligadas, classificadoscomo “TVM disponível para venda” e avaliados pelo valor justo, no total R$ 54.431 milhões na mesma data.

A BNDESPAR é uma importante fonte de apoio financeiro às empresas através de valores mobiliários, raramente detendomais do que 33% do capital total de uma empresa. Apesar de serem transitórios por natureza, alguns dos investimentos daBNDESPAR são feitos por períodos mais longos, dependendo essencialmente do tempo de maturação dos investimentosrealizados. Adicionalmente, no início dos anos 80 e novamente no segundo semestre de 2009, houve integralização de capitaldo BNDES pelo Tesouro Nacional com ações de empresas estatais. Essas ações foram transferidas posteriormente para aBNDESPAR, constituindo atualmente parte expressiva do valor da carteira de participações societárias da Emissora.

Dessa forma, as decisões de investimentos da BNDESPAR são pautadas por uma visão de longo prazo, o que lhe confere umacerta blindagem quanto às flutuações e crises de curto prazo do mercado de capitais, configurando-se, assim, em uma fontesegura de recursos para as empresas nacionais.

O segundo maior ativo da BNDESPAR está representado pela carteira de debêntures no total de R$ 9.698 milhões (10,6% doativo total) em 31/12/13. As debêntures são classificadas entre três categorias: (a) debêntures designadas ao valor justo comcontrapartida em resultado, avaliadas por modelos de precificação que consideram suas características; (b) empréstimos erecebíveis, avaliadas pelo custo amortizado e (c) disponíveis para venda, cujas características não permitem a classificaçãoem nenhuma das outras categorias.

As debêntures designadas são aquelas com cláusula de conversão ou permuta (derivativo embutido) e representam 71,1% dosaldo da carteira de debêntures em 31/12/13.

O gerenciamento da carteira da BNDESPAR enfatiza a diversificação e o giro de ativos. Em 31 de dezembro de 2013,tal carteira compreendia títulos de emissão de 174 empresas (incluindo ações em 141 empresas) e de 45 fundos, comvalores concentrados principalmente nos setores de petróleo e gás, mineração, energia elétrica, alimentos, papel/celulose etelecomunicações.

A distribuição setorial da Carteira de Investimentos da BNDESPAR, a valor justo em 31 de dezembro de 2013, encontra-sena tabela a seguir:

Setor Ações Debêntures Fundos Derivativos Isolados TotalPetróleo e Gás 34,0% 3,1% - - 30,1%Mineração 21,5% 21,3% - - 20,8%Energia Elétrica 11,1% 17,2% - - 11,4%Papel e Celulose 9,6% - - - 8,4%Alimentos / Bebidas 9,5% 14,5% - - 9,6%Logística e Transporte 3,0% 2,8% - - 2,9%Telecomunicações 1,8% 15,5% - 0,1% 3,0%Siderurgia e Metalurgia 1,7% - - 99,9% 2,1%Bens de Capital 1,7% 1,6% - - 1,6%Bens de Consumo 0,1% 15,4% - - 1,6%Fundo de Private Equity - - 100,0% - 2,4%Outros 6,0% 8,6% - - 6,1%Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Em 31 de dezembro de 2013, a BNDESPAR possuía representantes em 13 (treze) Conselhos Fiscais e 40 (quarenta)Conselhos de Administração no universo de 141 empresas em que mantinha participação acionária. Adicionalmente, possuíaAcordo de Acionistas em 75 dessas empresas.

Page 2: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ... · e Comércio Exterior BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPAR RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Senhor

Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

a) Carteira de Ações (Participações Societárias)

A carteira de participações societárias da BNDESPAR está dividida em dois grupos, conforme já mencionado: investimentosem coligadas e investimentos em não coligadas.

O saldo das participações em não-coligadas apresentou redução de R$ 7.116 milhões (11,6%) em 2013, passando de R$61.547 milhões para R$ 54.431 milhões, por conta de ajuste de avaliação patrimonial negativo no montante de R$ 6.942milhões, decorrente da desvalorização do valor das ações de algumas companhias acompanhando o momento instável domercado de capitais internacionais, cabendo ressaltar no entanto, que as mudanças no valor justo dessas participaçõescorrespondem a ganhos ou perdas econômicos não realizados, ou seja, sem efeito financeiro.

Segue composição destes investimentos em 31/12/13:

Os investimentos em coligadas em 31/12/13 atingiram R$ 18.118 milhões, com aumento de R$ 1.450 milhões (8,7%) em

relação a 2012. Este acréscimo decorreu basicamente da aquisição de investimentos no valor de R$ 1.815 milhões.

Segue composição destes investimentos em 31/12/13:

b) Debêntures

Conforme já mencionado, a carteira de debêntures da BNDESPAR está segregada em três grupos: debêntures designadas a

valor justo com contrapartida em resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda.

O valor contábil da carteira de debêntures alcançou R$ 9.698 milhões em 31/12/13, redução de R$ 2.330 milhões em relação

aos R$ 12.028 milhões em 31/12/12, ocasionada principalmente pelo vencimento de alguns papéis.

Segue composição da carteira de debêntures em 31/12/13:

c) Outros CréditosCompreendem os créditos a receber referentes à venda a prazo de títulos e valores mobiliários, além de dividendos eJCP a receber.As operações de venda a prazo de títulos e valores mobiliários, líquidas da provisão para perdas, totalizaram R$ 820 milhõesem 31/12/13, com redução de R$ 229 milhões em relação a 31/12/12, oriunda de liquidações de mútuo com o BNDES e devenda a prazo de debêntures.Fontes de recursosAs principais fontes de recursos da BNDESPAR são provenientes dos retornos e rendimentos de seus investimentos(notadamente, juros recebidos de debêntures, dividendos e juros sobre capital próprio de participações acionárias edesinvestimentos). Adicionalmente, a BNDESPAR tem como fonte de recursos complementar as debêntures emitidas nomercado local e os contratos de mútuo firmados com o BNDES.A gestão financeira da BNDESPAR é feita de forma integrada à gestão das demais empresas do Sistema BNDES (FINAME,BNDES e BNDES PLC), sendo política do BNDES suprir as suas subsidiárias com os recursos requeridos para a execução desuas atividades de apoio financeiro às empresas brasileiras.a) Obrigações por RepassesEm relação à estrutura de capital, o BNDES se apresentava até 2011 como a principal fonte onerosa de financiamento daBNDESPAR, entretanto após a liquidação antecipada de parcela expressiva do saldo do mútuo em dezembro de 2012, aprincipal fonte onerosa de recursos passou a ser as obrigações por emissão de debêntures, mencionada no próximo item. Osaldo dos contratos de mútuo com o BNDES em 31/12/13 era de R$ 34 milhões, R$ 377 milhões inferior ao registrado no finaldo exercício de 2012.b) Obrigações por Emissão de DebênturesAs debêntures emitidas pela BNDESPAR representam 39,5% do capital de terceiros em 31/12/13. Referem-se às debênturessimples emitidas pela BNDESPAR, da espécie quirografária, realizadas no âmbito de três Programas de Emissão de Debênturese seis emissões realizadas. Estas emissões têm como objetivos principais:

• atrair pequenos investidores de renda fixa para um tipo de mercado até então acessado apenas por grandesinstituições; e

• contribuir para o desenvolvimento do mercado secundário, propiciando liquidez aos papéis negociados.Em agosto de 2013 houve o vencimento da 2ª série, pré-fixada, da 2ª oferta no âmbito do 1º programa de emissão dedebêntures (2009). Foram pagos R$ 1.113 milhões.c) Outras ObrigaçõesNo grupo de outras obrigações destaca-se o saldo de impostos diferidos, que representa 65,5% do total de R$ 6.323 milhõesem 31/12/13. Estes impostos diferidos tem origem substancialmente no ajuste a valor justo dos investimentos em não coligadase das debêntures designadas a valor justo. O saldo de impostos diferidos teve redução de R$ 2.611 milhões em 2013,acompanhando a redução do valor justo dos investimentos.d) Patrimônio LíquidoEm relação à estrutura de capital, o patrimônio líquido representa 83,6% do passivo total e apresentou redução de R$ 2.801milhões (3,5%) em relação a 31/12/12, atingindo R$ 76.353 milhões. Esta variação resulta basicamente do ajuste de avaliaçãopatrimonial negativo de R$ 3.654 milhões, majoritariamente composto pelo ajuste a valor justo da carteira de ações emempresas não coligadas, além dos dividendos mínimos propostos de R$ 362 milhões. Estes efeitos foram atenuados pelolucro de R$ 1.548 milhões do exercício.

RECURSOS HUMANOSA última contratação de funcionários feita diretamente pela BNDESPAR ocorreu em 1987. Desde 1992, novascontratações são feitas exclusivamente pelo BNDES, mediante concurso público e alocados para atividadesrelacionadas às operações da BNDESPAR conforme a necessidade.Em 31 de dezembro de 2013, a BNDESPAR possuía um quadro próprio, remanescente das contratações realizadasaté 1987, de 66 profissionais (91 em 31/12/12). A AMC e a ACE, que desempenham atividades exclusivas daBNDESPAR, reuniam, em 31/12/13, 152 profissionais, sendo 134 de nível superior e 16 de nível médio.

INSTRUÇÃO CVM Nº 381 DE 14/01/2003Em conformidade à Instrução CVM nº 381/03, a BNDESPAR vem declarar que não possui qualquer tipo de contrato de prestaçãode serviços de consultoria com seus auditores independentes, KPMG Auditores Independentes, caracterizando, assim, ainexistência de conflito de interesses ou o comprometimento da objetividade desses auditores em relação ao serviço contratado.

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Em milhares de reais)

NotaExplicativa 2013 2012

ATIVOCIRCULANTE 6.239.772 5.328.661

CAIXAEEQUIVALENTESDECAIXA 4 1.004.172 1.998.774Disponibilidades 27 43Cotas de fundo de investimento do Banco do Brasil 19.3 961.069 1.998.731Aplicações em operações compromissadas detidos por fundo exclusivo 43.076 -

TÍTULOSEVALORESMOBILIÁRIOS 5 4.520.593 1.352.291Empréstimos e recebíveis - debêntures 5 3.215 -Debêntures designadas 5.1 e 5.3 310 1.306.189Ações e bônus de subscrição 9.3.1 299.001 5.688Debêntures disponíveis para venda 5.1 e 5.3.4 - 39.903Instrumentos financeiros derivativos 5.1 e 19.2 509.127 511Títulos públicos detidos por fundo exclusivo 5.1 3.708.940 -

OUTROSCRÉDITOS 714.008 1.977.596Venda a prazo de títulos e valoresmobiliários 6 334.319 314.123Provisão para redução no valor recuperável - venda a prazo de títulos e valoresmobiliários 6 (390) (39.433)Direitos recebíveis 6 1.380 18.603Provisão para redução no valor recuperável - direitos recebíveis 6 (37) (2.291)Dividendos e juros sobre o capital próprio a receber 7 277.641 1.208.703Impostos e contribuições a recuperar e antecipações 12.1 85.367 462.282Devedores por depósitos em garantia 8 e 19.1 12.191 12.551Diversos 3.537 3.058

OUTROSVALORESEBENS 999 -

ATIVONÃOCIRCULANTE 85.090.966 93.313.653

REALIZÁVELALONGOPRAZO 66.972.983 76.646.080

TÍTULOSEVALORESMOBILIÁRIOS 5 65.847.614 75.023.432Empréstimos e recebíveis - debêntures 5.1 e 5.3 2.814.406 3.053.698Provisão para redução no valor recuperável - debêntures 5.3.3 (11.582) (14.901)Debêntures designadas 5.1 e 5.3 6.892.086 7.642.719Ações e bônus de subscrição 9.3.1 54.131.570 61.541.534Cotas de fundos de investimento 5.4 2.021.134 2.427.758Instrumentos financeiros derivativos 5.1 e 19.2 - 372.624

OUTROSCRÉDITOS 1.125.369 1.622.648Venda a prazo de títulos e valoresmobiliários 6 486.488 885.534Provisão para redução no valor recuperável - venda a prazo de títulos e valoresmobiliários 6 (567) (111.163)Direitos recebíveis 6 1.088 267.249Provisão para redução no valor recuperável - direitos recebíveis 6 (29) (32.913)Incentivos fiscais 220.430 196.471Devedores por depósitos em garantia 8 e 19.1 417.959 417.470

INVESTIMENTOS 9.2 18.117.983 16.667.573Participações em coligadas 18.117.983 16.667.573

TOTALDOATIVO 91.330.738 98.642.314

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NotaExplicativa 2013 2012

PASSIVO CIRCULANTE 3.973.231 3.542.989

OBRIGAÇÕES POR EMISSÃO DE DEBÊNTURES 11 2.133.999 2.147.316

OBRIGAÇÕES POR REPASSES 10 689.209 686.347Repasses com o BNDES 10.1 11.744 60.292Repasses com a Secretaria do Tesouro Nacional 10.1 677.465 626.055

OUTRAS OBRIGAÇÕES 1.150.023 709.326Dividendos 14 e 15 361.836 100.640Impostos e contribuições sobre o lucro 12 104.920 180.798Outros impostos e contribuições 16.261 44.142Provisões trabalhistas e cíveis 13 1.116 3Passivo atuarial - FAPES 17 7.405 6.991Passivo atuarial - FAMS 17 7.773 4.996Provisão para programa de desligamento de funcionários - 15.957Instrumentos financeiros derivativos 5.1 e 19.2 111.810 194.790Aquisição a prazo de títulos e valores mobiliários 479.847 21.779Diversas 59.055 139.230

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 11.004.465 15.945.183

OBRIGAÇÕES POR EMISSÃO DE DEBÊNTURES 11 3.777.397 5.337.890

OBRIGAÇÕES POR REPASSES 10 2.054.357 2.854.533Repasses com o BNDES 10.1 21.964 350.311Repasses com a Secretaria do Tesouro Nacional 10.1 2.032.393 2.504.222

OUTRAS OBRIGAÇÕES 5.172.711 7.752.760Passivo atuarial - FAPES 17 125.428 120.637Passivo atuarial - FAMS 17 147.364 150.496Provisões trabalhistas e cíveis 13 614.264 585.171Tributos diferidos 12.2 4.143.438 6.754.239Aquisição a prazo de títulos e valores mobiliários 142.217 142.217

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 14 76.353.042 79.154.142

Capital social 60.344.504 57.428.861Aumento de capital em curso - 2.947.631Reserva de capital 92.993 92.993Reservas de lucros 4.287.370 3.402.692Reserva legal 1.391.792 1.314.370Incentivos fiscais 268.341 244.672Reserva de compatibilização de práticas contábeis 1.570.395 1.541.729Dividendos adicionais propostos 1.056.842 301.921

Ajustes de avaliação patrimonial 11.628.175 15.281.965Próprios 11.304.007 14.733.596De coligadas 324.168 548.369

TOTAL DO PASSIVO 91.330.738 98.642.314

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

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Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Em milhares de reais)Nota

Explicativa 2013 2012RECEITAS OPERACIONAIS 7.011.595 6.529.459

DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 5.545.749 5.094.952Receita de equivalência patrimonial 9.2.2 1.387.823 1.201.515Resultado com alienações de títulos de renda variável 1.225.061 1.703.520Resultado com instrumentos financeiros derivativos 73.272 (548.149)Juros sobre o capital próprio 1.808.766 1.429.337Dividendos 591.458 1.078.016Comissões e taxas 1.651 1.880Outras receitas com participações societárias 132.362 64.547Resultado com fundos de investimento 325.356 164.286DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS 1.465.846 1.434.507Receitas de operações de crédito 149.226 90.262Títulos e valores mobiliários 1.207.365 1.332.749Resultado com alienações de títulos de renda fixa - 8.885Comissões e prêmios 109.255 2.611DESPESAS OPERACIONAIS (4.678.848) (6.344.382)DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS (3.775.378) (4.792.457)Despesa de equivalência patrimonial 9.2.2 (1.438.930) (1.343.989)Constituição de provisão para perdas em investimentos (2.336.448) (3.325.496)Outras despesas com participações societárias - (122.972)DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (903.470) (1.551.925)Encargos financeiros sobre obrigações:. Emissão de debêntures (667.290) (728.086). BNDES (19.238) (559.820). Secretaria do Tesouro Nacional (233.534) (245.428)Reversão (constituição) de provisão para redução no valor recuperável 16 16.592 (18.591)OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS (444.876) (696.646)Despesas com tributos (251.487) (163.655)Remuneração da diretoria e conselheiros (499) (469)Despesas com pessoal (157.280) (425.540)Reversão (constituição) de provisão trabalhistas e cíveis (30.453) (22.910)Atualização monetária líquida de ativos e passivos - SELIC 71.567 102.634Despesas administrativas (49.986) (141.633)Diversas (26.738) (45.073)RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO 1.887.871 (511.569)Imposto de renda 12.1 (843.909) (611.581)Contribuição social 12.1 (308.423) (245.312)Tributos diferidos 12.2 835.480 1.718.875RESULTADO ANTES DA PARTICIPAÇÃO SOBRE O LUCRO 1.571.019 350.413Participação dos empregados no lucro (22.584) (52.387)LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.548.435 298.026LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO (REAIS / AÇÃO) 1.548.435.000 298.026.000

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Em milhares de reais)

2013 2012

Lucro líquido do exercício 1.548.435 298.026

Ajuste a valor justo de títulos e valores mobiliários - próprios, líquido de efeitos tributários (R$1.379.363 mil em 31 de dezembro de 2013 e R$ 455.473 mil em 31 de dezembro de 2012) (2.677.588) (884.151)

Ajuste a valor justo de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda de coligadas 8.701 7.961

Realização do ajuste a valor justo de títulos e valores mobiliários - próprios, líquido deefeito tributário (R$ 399.681 mil em 31 de dezembro de 2013 e R$ 617.651 mil em 31 dedezembro de 2012) (775.851) (1.198.969)

Ajuste acumulado de conversão de coligadas 112.967 99.907

Outros resultados abrangentes de coligadas (345.869) 161.369

Ganhos ou perdas atuariais, líquido de efeitos tributários ( R$ 3.724 mil em 31 de dezembrode 2013) 23.850 -

Total do resultado abrangente do exercício (2.105.355) (1.515.857)

Ajustes de avaliação patrimonial - Próprio (3.429.589) (2.083.120)

Ajustes de avaliação patrimonial - Coligadas (224.201) 269.237

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Em milhares de reais)Reservade capital

Reservas delucros Ajustes de avaliação patrimonial

Capitalsocial

Aumento decapital em curso

Reserva deincentivosfiscais

Reservalegal

Reserva deincentivosfiscais

Reserva paracompatibilização depráticas contábeis

Dividendosadicionaispropostos

Próprios De coligadas Lucrosacumulados Total

Em 1º de janeiro de 2013 57.428.861 2.947.631 92.993 1.314.370 244.672 1.541.729 301.921 14.733.596 548.369 - 79.154.142

Aumento de capital (Nota 14) 2.915.643 (2.915.643) - - - - - - - - -Dividendos complementares - (31.988) - - - - (301.921) - - - (333.909)Ajustes de avaliação patrimonial (Nota 14) - - - - - - - (3.429.589) (224.201) - (3.653.790)Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 1.548.435 1.548.435Destinação do resultado. Reserva legal - - - 77.422 - - - - - (77.422) -. Reserva para compatibilização de práticascontábeis - - - - - 28.666 - - - (28.666) -. Incentivos fiscais - - - - 23.669 - - - - (23.669) -. Dividendos - - - - - - - - - (361.836) (361.836). Dividendos adicionais propostos - - - - - - 1.056.842 - - (1.056.842) -Em 31 de dezembro 2013 60.344.504 - 92.993 1.391.792 268.341 1.570.395 1.056.842 11.304.007 324.168 - 76.353.042Mutações no exercício 2.915.643 (2.947.631) - 77.422 23.669 28.666 754.921 (3.429.589) (224.201) - (2.801.100)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Em milhares de reais)

Reserva de capital Reservas de lucros Ajustes de avaliação patrimonial

Reserva de incentivosfiscais

Reserva deincentivosfiscais

Reserva paracompatibilização depráticas contábeis

Remuneraçãoadicionalproposta

Próprios De coligadas Lucrosacumulados TotalCapital

socialAumento de

capital em cursoReservalegal

Em 1º de janeiro de 2012 57.428.861 2.947.631 92.993 1.299.469 226.021 1.679.817 - 16.816.716 279.132 - 80.770.640

Ajustes de avaliação patrimonial - - - - - - - (2.083.120) 269.237 - (1.813.883)

Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 298.026 298.026

Destinação do resultado. Reversão da reserva paracompatibilização de práticascontábeis

- - - - - (138.088) - - - 138.088 -

. Reserva legal - - - 14.901 - - - - - (14.901) -

. Incentivos fiscais - - - - 18.651 - - - - (18.651) -

. Dividendos - - - - - - - - - (100.641) (100.641)

. Dividendos adicionais propostos - - - - - - 301.921 - - (301.921) -

Em 31 de dezembro 2012 57.428.861 2.947.631 92.993 1.314.370 244.672 1.541.729 301.921 14.733.596 548.369 - 79.154.142Mutações no exercício - - - 14.901 18.651 (138.088) 301.921 (2.083.120) 269.237 - (1.616.498)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Em milhares de reais)2013 2012

Atividades operacionaisLucro líquido (prejuízo) antes do imposto de renda, contribuição social e participação dosempregados no lucro

1.887.871 (511.569)

Ajustes que não afetam o caixa das atividades operacionais 2.889.853 4.897.112Constituição (reversão) da provisão para redução no valor recuperável (16.592) 18.591Constituição (reversão) das provisões trabalhistas e cíveis 30.453 22.910Resultado de participações em coligadas 51.107 142.474Ajuste ao valor justo de títulos e valores mobiliários (108.546) -Atualização monetária das obrigações por emissão de debêntures 665.870 714.256Depreciação 4.689 11.816Realização de ajuste de avaliação patrimonial (304) 113.420Constituição (reversão) da provisão para perdas de investimentos 2.336.448 3.325.496Resultado com instrumentos financeiros derivativos (73.272) 548.149Variação de ativos e obrigações (2.550.759) (4.740.022). (Aumento) / redução líquido em créditos por venda a prazo de títulos e valores mobiliários edireitos recebíveis

494.049 (9.308)

. (Aumento) / redução líquido em títulos e valores mobiliários (2.655.745) (2.478.965)

. (Aumento) / redução líquido nas demais contas do ativo 1.277.722 473.991

. Aumento / (redução) líquido nas obrigações por empréstimos e repasses (797.314) (2.091.840)

. Aumento / (redução) líquido nas demais contas do passivo (565.507) (327.183

. Juros pagos de empréstimos e repasses - (3.026)

. IR e CSLL pagos (303.964) (303.691)

Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades de operacionais 2.226.965 (354.479)

Atividades de investimentos. Venda de investimentos 45.610 2.859.494. Compra de investimentos (1.019.226) (1.351.527). Recebimento de dividendos de coligadas 441.374 640.953Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades de investimentos (532.242) 2.148.920

Atividades de financiamentos. Amortização das obrigações por emissão de debêntures (2.239.681) (1.007.247). Dividendos pagos (449.644) (1.006.050). Captação por emissão de debêntures - 2.000.000

Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades de financiamentos (2.689.325) (13.297)

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa (994.602) 1.781.144

Modificação na posição financeiraInício do exercícioSaldo de caixa e equivalentes de caixa (1) 1.998.774 217.630

Final do exercícioSaldo de caixa e equivalentes de caixa (1) 1.004.172 1.998.774

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa (994.602) 1.781.144

(1) Inclui disponibilidades, cotas de fundos de investimento do Banco do Brasil e aplicações em operações compromissadasdetidos por fundo exclusivo

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Em milhares de reais)

2013 2012

RECEITAS 3.122.154 2.772.104Intermediação financeira 1.465.846 1.598.793Outras receitas 1.639.716 1.191.902Reversão (constituição) de provisão para redução no valor recuperável 16.592 (18.591)

DESPESAS (920.103) (1.656.422)Intermediação financeira (920.062) (1.533.334)Outras despesas (41) (123.088)

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (2.238.044) (3.361.150)Materiais, energia e outros (4.648) (14.369)Serviços de terceiros (29.310) (85.832)Perda de valores ativos (2.204.086) (3.260.949)

VALOR ADICIONADO BRUTO (35.993) (2.245.468)

RETENÇÕES (4.689) (11.816)Depreciação (4.689) (11.816)

VALORADICIONADO LÍQUIDO (RETIDO)/PRODUZIDO PELAENTIDADE (40.682) (2.257.284)

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 2.349.117 2.364.879Resultado de equivalência patrimonial (51.107) (142.474)Dividendos e juros sobre capital próprio 2.400.224 2.507.353

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 2.308.435 100,0% 107.595 100,0%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2.308.435 100,0% 107.595 100,0%Pessoal e encargos 134.422 5,8% 367.607 341,7%. Remuneração direta 80.961 239.754. Beneficios 38.774 98.488. FGTS 10.834 23.906. Outros 3.853 5.459Participação dos empregados nos lucros 22.584 1,0% 52.387 48,7%Impostos, taxas e contribuições 591.696 25,6% (639.925) (594,8%). Federais 590.613 (643.023). Estaduais 10 -. Municipais 1.073 3.098Aluguéis 11.298 0,5% 29.500 27,4%Dividendos 361.836 15,6% 402.562 374,1%Lucros (prejuízos) retidos 1.186.599 51,5% (104.536) (97,1%)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

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Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:FERNANDO DAMATA PIMENTEL - PresidenteLUCIANO GALVÃO COUTINHO - Vice-PresidenteRICARDO SCHAEFERJOÃO PAULO DOS REIS VELLOSOROBERTO TEIXEIRA DA COSTAESTHER DWECK

CONSELHO FISCAL:LÍSCIO FÁBIO DE BRASIL CAMARGOPEDRO GABRIEL WENDLERCLÁUDIO DE ALMEIDA NEVESFÁBIO ESTORTI DE CASTRO – SuplenteJORGE KALACHE FILHO – Suplente

DIRETORIA:LUCIANO GALVÃO COUTINHO – Diretor- PresidenteWAGNER BITTENCOURT DE OLIVEIRA – Diretor-SuperintendenteFERNANDO MARQUES DOS SANTOS – DiretorGUILHERME NARCISO DE LACERDA – DiretorJOÃO CARLOS FERRAZ – DiretorJULIO CESAR MACIEL RAIMUNDO – DiretorLUIZ EDUARDO MELIN DE CARVALHO E SILVA – DiretorMAURÍCIO BORGES LEMOS - DiretorROBERTO ZURLI MACHADO – DiretorSUPERINTENDÊNCIA DA ÁREA FINANCEIRA:SELMO ARONOVICHCHEFIA DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE:CARLOS FREDERICO RANGEL DE CARVALHO SILVA - CRC-RJ 087956/O-8

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Ao Acionista e Administradores daBNDES Participações S.A. - BNDESPARBrasília - DFExaminamos as demonstrações financeiras da BNDES Participações S.A. – BNDESPAR (“Companhia”), que compreendem obalanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, dasmutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principaispráticas contábeis e demais notas explicativas.Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeirasA Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeirasde acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou comonecessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentementese causada por fraude ou erro.Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria,conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento deexigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável deque as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores edivulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento doauditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente secausada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboraçãoe adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria quesão apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos

da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidadedas estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeirastomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.Opinião sobre as demonstrações financeirasEm nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectosrelevantes, a posição patrimonial e financeira da BNDES Participações S.A. – BNDESPAR em 31 de dezembro de 2013, odesempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil.Outros assuntosDemonstração do valor adicionadoExaminamos, também, a Demonstração do valor adicionado (DVA) referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013,elaborada sob a responsabilidade da Administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societáriabrasileira para companhias abertas. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritosanteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação àsdemonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2014KPMG Auditores IndependentesCRC SP-14428/O-6 F-RJMarco André C. AlmeidaCRC RJ-083701/O-0

PARECER N.º 01/ 2014 – CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, consoante o artigo 23 do Estatuto Social, c/c Art. 163, VIe VII da Lei Nº 6.404/76, no exercício de suas atribuições legais, e considerando as recomendações do Departamento deCoordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (DEST/MPOG)contidas nas Notas Técnicas Nºs 339 e 401/CGCOR/DEST/SE-MP, examinou o Relatório da Administração, bem como asDemonstrações Financeiras referentes ao exercício encerrado em 31.12.13 e, com base em seu exame e no Parecer dosAuditores Independentes KPMG AUDITORES INDEPENDENTES, de 18.02.14, é de opinião que os referidos documentossocietários representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BNDESPARem 31.12.13, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e o valoradicionado às operações, correspondentes ao exercício encerrado naquela data, e estão de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil.Na mesma ocasião, o Conselho Fiscal também examinou e manifestou-se favoravelmente à seguinte proposta de destinaçãodo lucro acumulado no exercício (R$ 1.548.435.487,66), já contemplada nas demonstrações financeiras:

a) Reserva Legal: 5%, correspondentes a R$ 77.421.774,38 (setenta e sete milhões, quatrocentos e vinte e um mil,setecentos e setenta e quatro reais e trinta e oito centavos);

b) Reserva de Incentivos Fiscais: R$ 23.669.619,72 (vinte e três milhões, seiscentos e sessenta e nove mil,

seiscentos e dezenove reais e setenta e dois centavos), correspondentes ao total de incentivos fiscais registradosno exercício;

c) Reserva para Compatibilização de Práticas Contábeis: R$ 28.666.061,41 (vinte e oito milhões, seiscentos esessenta e seis mil, sessenta e um reais e quarenta e um centavos);

d) Dividendos Mínimos: 25%, após constituição da Reserva Legal e da Reserva de Incentivos Fiscais, a título dedividendos mínimos obrigatórios, no montante de R$ 361.836.023,39 (trezentos e sessenta e um milhões, oitocentose trinta e seis mil, vinte e três reais e trinta e nove centavos); e

e) DividendosComplementares:R$ 1.056.842.008,76 (um bilhão, cinquenta e seis milhões, oitocentos e quarenta e doismil, oito reais e setenta e seis centavos), correspondentes ao saldo remanescente do lucro acumulado no exercício.

Rio de Janeiro (RJ), 21 de fevereiro de 2014Líscio Fábio de Brasil Camargo

Pedro Gabriel WendlerCláudio de Almeida Neves

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL – FINAMERELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2013Senhor acionista e demais interessados:Apresentamos o Relatório da Administração e as informações financeiras da Agência Especial de Financiamento Industrial(FINAME) relativo ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, segundo as disposições da Lei das Sociedades porAções e as normas do Banco Central do Brasil (BACEN).I. PrIncIPaIs IndIcadores econômIco-fInanceIros

O quadro abaixo apresenta e compara os principais indicadores da FINAME nos exercícios de 2012 e 2013.R$ milhões, exceto percentuais

Resultado 2013 2012 Evolução %Produto de Intermediação Financeira 1.633 1.594 2,4Provisão para Risco de Crédito (PRC) 761 45 (1.591,1)Outras Receitas/Despesas (323) (275) (17,5)Tributação sobre o Lucro (533) (536) 0,6Lucro (prejuízo) Líquido (LL) 1.538 828 85,7

Balanço Patrimonial 31/12/13 31/12/12 Evolução %Ativo Total (AT) 166.759 132.283 26,1Títulos e Valores Mobiliários 298 420 (29,0)Operações de Créditos e Repasses 155.323 125.154 24,1Outros Ativos 11.138 6.709 66,0Obrigações por Repasses 154.331 121.695 26,8Outras Obrigações 1.175 495 137,4Patrimônio Líquido (PL) 11.253 10.093 11,5

Índices Financeiros (%) 31/12/13 31/12/12Inadimplência / Carteira Total 1/ 0,00% 0,00%PRC / Carteira Total 1/ 0,44% 1,11%Patrimônio Líquido/Ativo Total (PL/AT) 6,75% 7,63%

2013 2012Retorno s/ Ativos (LL / ATmédio) 2/ 1,03% 0,65%Retorno s/ PL (LL / PLmédio) 3/ 14,41% 8,47%

1/ Inclui Operações de Crédito e Repasses Interfinanceiros2/ATmédio = (ATinicial + ATfinal) / 23/PLmédio = (PLinicial + PLfinal) / 2

II. Resultado

A FINAME apresentou um lucro líquido de R$ 1.538 milhões em 2013, um crescimento de R$ 710 milhões (85,7%) secomparado com o exercício de 2012.

A principal razão para este crescimento foi a provisão para risco de crédito (PRC), que se apresentou positiva em R$ 761milhões em 2013 (R$ 45 milhões em 2012). O valor registrado em 2013 está influenciado pela recuperação de créditos deempresa que se encontrava em processo de recuperação judicial.

III. PosIção fInanceIra

O Ativo Total alcançou R$ 166.759 milhões em 31/12/13, crescimento de R$ 34.476 milhões (26,1%) em relação a 31/12/12,que reflete o aumento da carteira de operações de crédito e repasses, rubrica esta que representa 93,1% do ativo total.

A carteira de Operações de Crédito e Repasses, líquida de provisão para risco de crédito, apresentou crescimento de R$30.169 milhões no exercício, equivalente a 24,1%, fechando em R$ 155.323 milhões.

Reflexo da responsabilidade na utilização dos recursos públicos, a carteira de operações de crédito e repasses da FINAMEapresenta excelentes indicadores. Do total da carteira, 99,96% se encontram classificados entres os níveis AA e C,considerados de baixo risco. Essa posição é superior à média apresentada pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), de 93,3%em 31/12/13. Em 31/12/13, a FINAME não apresentava créditos inadimplentes em sua carteira.

Quanto às fontes de recursos, o BNDES se apresenta como única fonte de recursos onerosos da FINAME. As Obrigaçõespor Repasses, representadas exclusivamente pelo mútuo com o BNDES, cresceram R$ 32.636 milhões (26,8%) noexercício de 2013 totalizando R$ 154.331 milhões em 31/12/13. Este acréscimo acompanha o crescimento da carteira decréditos e repasses.

O Patrimônio Líquido encerrou o exercício de 2013 em R$ 11.253 milhões, um aumento de R$ 1.160 milhões em relaçãoa 31/12/12 atribuído, basicamente, ao lucro líquido de R$ 1.538 milhões apurado no exercício, sendo atenuado peloprovisionamento dos dividendos mínimos obrigatórios no valor de R$ 362 milhões.

IV. aGradecImenTos

Agradecemos aos nossos colaboradores a dedicação e o talento, que nos permitem alcançar resultados consistentes,aos nossos clientes, que nos motivam na incessante busca do desenvolvimento de nossos serviços, e ao mercado, peloindispensável apoio e confiança.

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Em milhares de reais)

NotaExplicativa 2013 2012

ATIVO CIRCULANTE 43.043.221 36.496.658

DISPONIBILIDADES 4 5 54

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 4 e 5 262.810 404.412Cotas de Fundos de Investimento do Banco do Brasil 262.810 404.412

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 6 41.470.108 35.002.221Repasses interfinanceiros 41.644.729 35.164.359Provisão para risco de crédito (174.621) (162.138)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 6 1.209.653 1.018.298Operações de crédito 1.219.718 1.147.383Provisão para risco de crédito (10.065) (129.085)

OUTROS CRÉDITOS 100.645 71.673Créditos tributários 9.2 18.823 38.823Impostos e contribuições a recuperar e antecipações 9.1 4.080 2.117Diversos 77.742 30.733

ATIVO NÃO CIRCULANTE 123.715.828 95.785.949

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 123.715.828 95.785.949

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 5 34.811 15.951Ações 34.811 15.951

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 6 106.395.616 83.359.204Repasses interfinanceiros 106.843.624 83.745.343Provisão para risco de crédito (448.008) (386.139)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 6 6.248.219 5.773.829Operações de crédito 6.300.206 6.505.752Provisão para risco de crédito (51.987) (731.923)

OUTROS CRÉDITOS 11.037.182 6.636.965Créditos tributários 9.2 6.631 110.328Direitos vinculados ao Tesouro Nacional 7 11.009.867 6.499.785Incentivos fiscais 20.684 26.852

TOTAL DO ATIVO 166.759.049 132.282.607

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NotaExplicativa 2013 2012

PASSIVO CIRCULANTE 29.212.494 4.744.865

OBRIGAÇÕES POR REPASSES 8 28.168.513 4.352.742Repasses com o BNDES 28.168.513 4.352.742

OUTRAS OBRIGAÇÕES 1.043.981 392.123Fundos financeiros e de desenvolvimento 22.811 5.351Passivo atuarial - FAMS 11.2 3.673 1.581Créditos vinculados a liquidação de operação 13.214 12.686Dividendos a pagar 14 e 15.1 362.267 181.955Impostos e contribuições sobre o lucro 9 323.387 34.492Outros impostos e contribuições 12.357 8.031Contas a pagar - FAPES 11.1 2.662 2.513Provisão para programa de desligamento de funcionários - 4.594Vinculadas ao Tesouro Nacional 13 138.144 56.597Depósitos a apropriar - 6.447Diversas 165.466 77.876

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 126.293.586 117.444.688

OBRIGAÇÕES POR REPASSES 8 126.162.168 117.342.705Repasses com o BNDES 126.162.168 117.342.705

OUTRAS OBRIGAÇÕES 131.418 101.983Contas a pagar - FAPES 11.1 46.562 42.842Provisões trabalhistas e cíveis 10 114 610Passivo atuarial - FAMS 11.2 84.742 58.531

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 14 11.252.969 10.093.054

Capital social 9.498.926 9.498.926Aumento de capital em curso 1.632.665 545.865Reservas de lucros 137.240 48.263Reserva legal 115.706 38.804Reserva de incentivos fiscais 21.534 9.459

Ajustes de avaliação patrimonial (15.862) -Própria (15.862) -

TOTAL DO PASSIVO 166.759.049 132.282.607

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

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Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 EDOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Em milhares de reais)Nota 2º semestre Exercícios

Explicativa 2013 2013 2012

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 5.230.526 9.989.893 9.072.990Operações de crédito e repasses interfinanceiros. Moeda nacional 1.882.503 4.043.970 5.267.649. Moeda estrangeira 627.983 1.422.121 1.019.691Rendas de operações vinculadas ao Tesouro Nacional 15.2 2.666.899 4.450.725 2.750.770Rendas de títulos e valores mobiliários 53.141 73.077 34.880DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (3.676.323) (7.595.389) (7.433.143)Empréstimos do BNDES. Moeda nacional (3.791.180) (7.115.530) (6.701.576). Moeda estrangeira (545.961) (1.240.694) (776.108)Outras despesas de captação (81) (232) (479)Provisão para risco de crédito 16 660.899 761.067 45.020RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 1.554.203 2.394.504 1.639.847OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (146.796) (304.281) (259.776)(Constituição) Reversão de provisões trabalhistas e cíveis 10 1.141 404 (45)Despesas tributárias (42.243) (78.715) (76.047)Atualização monetária de dividendos e juros sobre o capital próprio - SELIC - (3.771) -Despesas com pessoal (70.384) (141.991) (124.027)Resultado com alienações de títulos de renda variável - - 32Despesas administrativas (26.034) (44.392) (46.696)Receitas (despesas) de retenções contratuais (3.595) (22.050) (547)Outras despesas operacionais (19.884) (28.587) (22.231)Outras receitas operacionais 14.203 14.821 9.785RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO 1.407.407 2.090.223 1.380.071Imposto de renda 9 (104.469) (252.465) (336.908)Contribuição social 9 (63.682) (154.912) (203.735)Impostos e contribuição social diferidos - constituição líquida de realização 9 (126.024) (125.693) 4.344RESULTADO ANTES DA PARTICIPAÇÃO SOBRE O LUCRO 1.113.232 1.557.153 843.772Participação dos empregados no lucro (19.109) (19.109) (16.008)LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE/EXERCÍCIO 1.094.123 1.538.044 827.764LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE/EXERCÍCIO POR AÇÃO 1,855766 2,608710 1,403989

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOSEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Em milhares de reais)Ajustes de

Reservas de lucros avaliação patrimonialCapital Aumento de Reserva

legalReserva de

incentivos fiscaisDe ativospróprios

Lucrossocial capital em curso acumulados Total

Em 1º de julho de 2013 9.498.926 545.865 38.804 9.459 (93.036) 443.921 10.443.939

Ajustes de avaliação patrimonial - - - - 77.174 - 77.174

Lucro líquido do semestre - - - - - 1.094.123 1.094.123

Destinação do resultado (Nota 14). Reserva legal - - 76.902 - - (76.902) -. Reserva de incentivos fiscais - - - 12.075 - (12.075) -. Dividendos - - - - - (362.267) (362.267). Aumento de capital - 1.086.800 - - - (1.086.800) -

Em 31 de dezembro de 2013 9.498.926 1.632.665 115.706 21.534 (15.862) - 11.252.969Mutações no semestre - 1.086.800 76.902 12.075 77.174 (443.921) 809.030

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Em milhares de reais)Ajustes de

avaliação patrimonialReservas de lucrosCapital Aumento de Reserva

legalReserva de

incentivos fiscaisDe ativospróprios

Lucrossocial capital em curso acumulados Total

Em 1º de janeiro de 2013 9.498.926 545.865 38.804 9.459 - - 10.093.054Ajustes de avaliação patrimonial - - - - (15.862) - (15.862)Lucro líquido do exercício - - - - - 1.538.044 1.538.044Destinação do resultado (Nota 14). Reserva legal - - 76.902 - - (76.902) -. Reserva de incentivos fiscais - - - 12.075 - (12.075) -. Dividendos - - - - - (362.267) (362.267). Aumento de capital - 1.086.800 - - - (1.086.800) -Em 31 de dezembro de 2013 9.498.926 1.632.665 115.706 21.534 (15.862) - 11.252.969Mutações no exercício - 1.086.800 76.902 12.075 (15.862) - 1.159.915

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA DO SEMESTRE FINDO EM 31 DEDEZEMBRO DE 2013 E DOS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Em milhares de reais)

2º semestre Exercíciosde 2013 2013 2012

Atividades operacionaisLucro líquido antes do imposto de renda, contribuição social e participaçãodos empregados no lucro do semestre / exercício 1.407.407 2.090.223 1.380.071Despesas (receitas) que não afetam as disponibilidades (660.223) (757.504) (41.364)

Constituição (reversão) da provisão para risco de crédito (660.899) (761.067) (45.020)Constituição (reversão) das provisões trabalhistas e cíveis (1.141) (404) 45Depreciação 1.817 3.967 3.611

Variação de ativos e obrigações (774.463) (1.288.644) (1.213.005). (Aumento) / redução líquido em créditos por financiamento (14.085.360) (29.408.977) (7.466.763). (Aumento) / redução líquido nas demais contas do ativo (2.666.832) (4.577.709) (2.284.546). Aumento / (redução) líquido nas obrigações por empréstimos e repasses 16.177.239 32.956.431 10.088.074. Aumento / (redução) líquido líquido nas demais contas do passivo 19.623 158.479 (407.362). Juros pagos - de repasses (170.772) (298.386) (281.800). IR e CSLL pagos (48.361) (118.482) (860.608)

Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades de operacionais (27.279) 44.075 125.702

Atividades de financiamentos. Dividendos pagos - (185.726) -

Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades de financiamentos - (185.726) -

Aumento (redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa (27.279) (141.651) 125.702

Modificação na posição financeiraInício de períodoSaldo de caixa e equivalentes de caixa (1) 290.094 404.466 278.764

Final de períodoSaldo de caixa e equivalentes de caixa (1) 262.815 262.815 404.466

Aumento (redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa (27.279) (141.651) 125.702(1) Inclui disponibilidade e cotas de fundos de investimento exclusivo do Banco do Brasil

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO DO SEMESTRE FINDO EM 31 DEDEZEMBRO DE 2013 E DOS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Em milhares de reais)2º semestre Exercíciosde 2013 2013 2012

RECEITAS 5.905.628 10.765.781 9.127.828Intermediação financeira 5.230.526 9.989.893 9.072.990Outras receitas 14.203 14.821 9.818Reversão (Provisão) para devedoresduvidosos

660.899 761.067 45.020

DESPESAS (4.359.560) (8.410.460) (7.496.321)Intermediação financeira (4.337.222) (8.356.456) (7.478.163)Outras despesas (22.338) (54.004) (18.158)INSUMOS ADQUIRIDOS DETERCEIROS (18.863) (30.406) (33.671)

Materiais, energia e outros (1.880) (3.859) (4.375)Serviços de terceiros (16.983) (26.547) (29.296)

VALOR ADICIONADO BRUTO 1.527.205 2.324.915 1.597.836

RETENÇÕES (1.817) (3.967) (3.611)Depreciação (1.817) (3.967) (3.611)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDOPRODUZIDO PELA ENTIDADE 1.525.388 2.320.948 1.594.225

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.525.388 100,0% 2.320.948 100,0% 1.594.225 100,0%

DISTRIBUIÇÃO DO VALORADICIONADO 1.525.388 100,0% 2.320.948 100,0% 1.594.225 100,0%

Pessoal e encargos 60.127 3,9% 122.687 5,3% 111.249 7,0%- Remuneração direta 36.750 77.694 73.648- Beneficios 18.483 32.566 28.628- FGTS 3.821 9.167 7.305- Outros 1.073 3.260 1.668Participação dos empregados noslucros

19.109 1,3% 19.109 0,8% 16.008 1,0%

Impostos, taxas e contribuições 346.918 22,7% 631.549 27,2% 630.190 39,5%- Federais 346.726 630.410 629.098- Estaduais 3 9- Municipais 189 1.130 1.092Aluguéis 5.111 0,3% 9.559 0,4% 9.014 0,6%Dividendos 362.267 23,7% 362.267 15,6% 181.955 11,4%Lucros (prejuízos) retidos 731.856 48,0% 1.175.777 50,7% 645.809 40,5%

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Em milhares de reais)

Ajustes deReservas de lucros avaliação patrimonial

Capitalsocial

Aumento decapital em curso

Reservalegal

Reserva deincentivos fiscais

De ativospróprios

Lucrosacumulados Total

Em 1º de janeiro de 2012 9.498.926 - - - 16 (51.681) 9.447.261

Ajustes de avaliação patrimonial - - - - (16) - (16)

Lucro líquido do exercício - - - - - 827.764 827.764

Destinação do resultado (Nota 14). Reserva legal - - 38.804 - - (38.804) -. Reserva de incentivos fiscais - - - 9.459 - (9.459) -. Dividendos - - - - - (181.955) (181.955). Aumento de capital - 545.865 - - - (545.865) -

Em 31 de dezembro de 2012 9.498.926 545.865 38.804 9.459 - - 10.093.054Mutações no exercício - 545.865 38.804 9.459 (16) 51.681 645.793

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

Page 6: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ... · e Comércio Exterior BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPAR RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Senhor

Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Ao Acionista e Diretores daAgência Especial de Financiamento Industrial - FINAMERio de Janeiro - RJExaminamos as demonstrações financeiras da Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME (“Agência”), quecompreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutaçõesdo patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício e semestre, findos naquela data, assim como o resumo dasprincipais práticas contábeis e demais notas explicativas.Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeirasA Administração da Agência é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras deacordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central doBrasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstraçõesfinanceiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria,conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento deexigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável deque as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores edivulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada porfraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequadaapresentação das demonstrações financeiras da Agência para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriadosnas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Agência. Uma

auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeisfeitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

OpiniãoEm nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectosrelevantes, a posição patrimonial e financeira da Agência em 31 de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações e osseus fluxos de caixa para o exercício e semestre, findos naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasilaplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Outros assuntosDemonstração do valor adicionadoExaminamos também a demonstração do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício e semestre, findos em 31 de dezembrode 2013, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Agência, cuja apresentação é considerada informaçãosuplementar pelo Banco Central do Brasil, que não requer a apresentação da DVA. Essa demonstração foi submetida aosmesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todosos seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2014

KPMG Auditores IndependentesCRC SP-014428/O-6 F-RJ

Carlos Eduardo MunhozContador CRC 1SP138600/O-7

Interessada: AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL - FINAMEC.N.P.J.: 33.660.564/0001-00Avenida República do Chile, 100 - parte20031-917 - Rio de Janeiro - RJ

Assunto: Demonstrações Financeiras referentes ao exercício encerrado em 31.12.13 e proposta de destinação doresultado do exercício.

Referência: INFORMAÇÃO PADRONIZADAAF/DEPCO – 07/14 de 11.02.14 e PARECER emitido por KPMGAUDITORESINDEPENDENTES.

Endossando o parecer do Relator, a Junta de Administração da FINAME decidiu, por unanimidade, após examinar o Parecerdos Auditores Externos KPMG AUDITORES INDEPENDENTES, manifestar-se favoravelmente à aprovação:I) das Demonstrações Financeiras da Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME referentes ao exercício

encerrado em 31.12.13, e encaminhá-las à deliberação do seu acionista único, Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social – BNDES, na forma da legislação em vigor; e

II) da seguinte destinação do lucro do exercício de R$ 1.538.043.454,76 (um bilhão, quinhentos e trinta e oito milhões,quarenta e três mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais e setenta e seis centavos), já contemplada nasdemonstrações financeiras:

a) 5%, correspondente ao valor de R$ 76.902.172,74 (setenta e seis milhões, novecentos e dois mil, cento e setenta edois reais e setenta e quatro centavos), para a constituição da Reserva Legal;

b) R$ 12.075.273,20 (doze milhões, setenta e cinco mil, duzentos e setenta e três reais e vinte centavos), referentes ao totalde incentivos fiscais reconhecidos no exercício, para a constituição de Reserva de Incentivos Fiscais;

c) 25%, após a constituição das Reservas Legal e de Incentivos Fiscais, no montante de R$ 362.266.502,20 (trezentos esessenta e dois milhões, duzentos e sessenta e seis mil, quinhentos e dois reais e vinte centavos), para o pagamentode dividendos mínimos; e

d) incorporação do saldo remanescente, correspondente a R$ 1.086.799.506,62 (um bilhão, oitenta e seis milhões,setecentos e noventa e nove mil, quinhentos e seis reais e sessenta e dois centavos), ao capital.

LUCIANO GALVÃO COUTINHO – PresidenteMAURÍCIO BORGES LEMOS – Presidente-Substituto

GABRIEL JORGE FERREIRAHELOISA REGINA GUIMARÃES DE MENEZES

MÁRCIO LEÃO COELHOLUIZ AUBERT NETO

OSMAR RONCOLATO PINHOESTHER BEMERGUY DE ALBURQUERQUE

ARY JOEL DE ABREU LANZARIN

DECISÃO Nº JA - 01/2014 - FINAME REUNIÃO DE 20 DE FEVEREIRO DE 2014

As Demonstrações Financeiras foram publicadas na íntegra, em milhares de reais, em 28 de fevereiro de 2014, no Diário Oficial da União - Seção I, páginas 141 a 245e no site http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Relacao_Com_Investidores/Demonstrativos_Financeiros/.

JUNTA DE ADMINISTRAÇÃO:

LUCIANO GALVÃO COUTINHO – PresidenteMAURÍCIO BORGES LEMOS – Presidente-SubstitutoGABRIEL JORGE FERREIRA – Membro da JuntaHELOISA REGINA GUIMARÃES DE MENEZES – Membro da JuntaMÁRCIO LEÃO COELHO – Membro da JuntaLUIZ AUBERT NETO – Membro da JuntaOSMAR RONCOLATO PINHO – Membro da JuntaESTHER BEMERGUY DE ALBURQUERQUE – Membro da JuntaARY JOEL DE ABREU LANZARIN – Membro da Junta

SUPERINTENDÊNCIA DA ÁREA FINANCEIRA:

SELMO ARONOVICH

CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE:

CARLOS FREDERICO RANGEL DE CARVALHO SILVA - CRC-RJ 087956/O-8