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MICROBIOLOGIA DE CARNE PROCESSADAProf. Samira Mantilla
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Microbiologia da carne processadaA carne pode ser:
Carne in natura ou frescasCarnes frigorificadasCarnes defumadasEmbutidosConservasCarne salgadasCarnes embaladas em atmosfera modificada
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Microbiologia da carne processadaCarnes processadas : produtos que passam por processos de cura, defumao ou coco.
As carnes fermentadas e as embaladas em atmosfera modificada tambm sero abordadas neste tpico, visto que sofrem um processo a mais na sua produo.
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Microbiologia da carne processada1- Cura
ingredientes clssicos: NaCl, nitrito ou nitrato e acar (sacarose ou glicose), sendo o NaCl o ingrediente mais importante.
alguns produtos podem conter agentes coadjuvantes: fosfatos, ascorbato ou eritorbato de sdio, sorbato de potssio, glutamato monossdico, protenas vegetais hidrolisadas e temperos.
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Microbiologia da carne processadaVantagens dos sais de cura:
Favorecem o crescimento de G +, leveduras e bolores x G- (deteriorao)
Reduzem o processo trmico para produo de produtos estveis
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Microbiologia da carne processadaNa cura seco a gua no adicionada ao NaCl, nitrato, nitrito ou misturas de acar.
Na cura de conservas, os ingredientes so colocados na gua para formar uma soluo.
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Microbiologia da carne processadaDefeitos microbianos nas carnes curadas:
Limo superfcie : bactrias lticas, Micrococcus, leveduras. Crescem em refrigerao na superfcie produtos curados com Aa adequada. No-superfcie seca. Contaminam aps o processamento.
Emboloramento: usos de embalagem vcuo auxilia no controle e bx tC retarda crescimento bolores
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Microbiologia da carne processadaO nitrito ou o nitrato:
estabilizam a cor vermelha da carne, contribuem para o sabor da carne curada, retardam a rancidez e previnem a germinao dos esporos de Clostridium. Poder txico: nitrosaminas
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Microbiologia da carne processadaOs fosfatos so usados na maioria das carnes embutidas para aumentar a reteno de gua. Ex: polifosfatos
Modificam o pH ( ): diminui o encolhimento na fritura
Maior suculncia e aspecto mais homognio
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Microbiologia da carne processadaO ascorbato ou eritorbato de sdio so utilizados para:
estabilizar a cor, apressar a cura e torn-la mais uniforme. A uma quantidade de 550 ppm estes reduzem a produo de nitrosaminas.
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Microbiologia da carne processadaAs lingias constituem um dos principais grupos de produtos curados e podem ser classificadas em:
FrescaisDefumadas cruasDefumadas cozidasCozidasSecaSemi seca
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Microbiologia da carne processada
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Microbiologia da carne processadaO bacon curado tanto a seco como em salmoura, sendo esta ltima mais usada.
A maioria dos presuntos encontrados no comrcio curada por imerso,
normal que todos os ingredientes de cura contenham microrganismos indesejveis.
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Microbiologia da carne processada2- Defumao
ObjetivosAprimoramento do aroma e sabor Preservao Criao de novos produtosMelhoramento da cor Formao de uma pelcula protetoraProteo contra oxidao
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Microbiologia da carne processadaA fumaa contm fenis, alcois, cido orgnicos, carbonilas, hidrocarbonetos e gases. (sabor caracterstico)
Age como tratamento pelo calor e como desidratante. Ocorre tambm a formao de uma casca externa que atua como um isolante.
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Microbiologia da carne processada
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Microbiologia da carne processadaDesvantagem da defumao:
produo de substncias cancergenas (composto fenlicos: 3-4 benzopireno e 1,2,5,6-fenantreno) a partir da combusto da lignina (acima de 310oC).
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Microbiologia da carne processadaAlm da impregnao superficial de substncias bacteriostticas tem:
o efeito do prprio calor gerado pela queima da madeira;
efeito desidratante superficial
A maioria das alteraes microbiolgicas tem a participao dos mofos
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Microbiologia da carne processada3- Embutidos
Tripas: naturais > contaminaoCondimentos: podem veicular mos
Classificao:Crus (lingia frescal) > AaCozidos (mortadela) sais de cura, tto trmicoCurados (salames) sais de cura e culturas lticas
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Microbiologia da carne processadaA conservao por fermentao baseia-se no antagonismo entre espcies microbianas, em que uma ou mais espcies inibem as demais (competio por nutrientes e da produo de metablitos antimicrobianos)
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Microbiologia da carne processadaSo microrganismos no prejudiciais sade humana e que formam produtos cidos que modificam o pH (impedem a proliferao de microrganismos de decomposio)
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Microbiologia da carne processadaAlm do objetivo de conservao a produo dos cido e lcoois so responsveis por conferir caractersticas sensoriais agradveis aos alimentos.
Os embutidos crneos fermentados (salame) diferencia-se dos demais embutidos pela elevada presena de cido ltico, que lhe confere sabor caracterstico e pelos baixos teores de umidade e baixos valores de atividade de gua.
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Microbiologia da carne processadaSalame:
produto crneo industrializado obtido de carne suna ou suna e bovina, adicionado de toucinho, ingredientes, embutido em envoltrios naturais e/ou artificiais, curado, fermentado, maturado, defumado ou no e dessecado.
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Microbiologia da carne processadaPodem ser classificados como secos ou semi-secos, dependendo da quantidade de gua perdida durante o processo
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Microbiologia da carne processadaAs culturas starter cido lticas so fundamentais na fabricao de produtos crneos fermentados.
A partir de acares presentes na massa crnea, essas culturas adicionadas produzem cido ltico
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Microbiologia da carne processadaDefeitos microbiolgicos nos embutidos:
Limosidade : Pseudomonas, Lactobacillus, Streptococcus, Leuconostoc : mais comum embutidos frescais
Aparecimento de colorao verde; ocorre pela produo de perxido que reage com o pigmento crneo.
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Microbiologia da carne processadaBactrias e leveduras (superfcie dos embutidos).
Leveduras: revestimento secos e esbranquiados; geralmente se limitam superfcie
Bactrias: revestimento cor branca ou amarela, midos e viscosos.
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Microbiologia da carne processadaMofos: Penicillum , Aspergillus
Revestimento verde ou azulado nos embutidos.Mucor: negrosQuanto mais mido mais exuberante o crescimento dos fungos. Mas resiste tC bx e ambiente seco
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Microbiologia da carne processada4- Carnes frigorificadas
Frio industrial: criar condies desfavorveis para o desenvolvimento de mos
Congelao lenta (microbiologia) melhor que a rpida: morte de um nmero maior de mos (grandes cristais de gelo)
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Microbiologia da carne processadaAo do frio sobre os microrganismos:
gua livre se congelaPerda de gases citoplasmticosDesnaturao proticaAlterao do pHMorte celular : rompimento membrana, desnaturao
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Microbiologia da carne processadaO efeito da congelao uma reduo no nmero de microrganismos.
Porm h certas bactrias : inibio do crescimento e multiplicao, at que surjam condies favorveis para o desenvolvimento bacteriano.
A congelao, portanto, no tem grande valor como medida destinada a tornar prpria para o consumo humano uma carcaa infectada por bactrias patognicas.
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Microbiologia da carne processadaQualidade microbiolgica das carnes congeladas:
Afeta a integridade celular de uma parte da populao microbiana. As menos lesionadas recuperam suas propriedades outras morrem.
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Microbiologia da carne processadaMos classificam (resistncia congelao) em:
Esporos de Clostridium e Bacillus e as formas vegetativas de Micrococcus, Staphylococcus e StreptococcusBactrias G+ como S. aureus Grupo mais sensvel: G-: Enterobacteriaceae, Pseudomonas
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Microbiologia da carne processadaFrio: desidratao superficial das peas de carne : favorece desenvolvimento de mofos
Pseudomonas, Acromobacter e Flavobacterium: psicrfilos
Defeitos microbiolgicos: manchas por mofos brancos (Sporotrichum), verdes (Penicillium), negros (Cladosporum)
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Microbiologia da carne processadaEm temperaturas prximas ao congelamento, os mofos no conseguem completar seu desenvolvimento:
formao de somente a fase micelial (barbas)
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Microbiologia da carne processadaDescongelao: certa destruio da populao microbiana.
Os sobreviventes podem recuperar sua atividade.
Riqueza do exsudato em substncias nutritivas
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Microbiologia da carne processada5- Carnes tratadas pelo calor - conserva
Carnes em conserva enlatada: Corned beef: apertizao. >110/C, embalagem hermeticamente fechada
A presena de esporos pode ocorrer nestes produtos (devido contaminao com ingredientes e operaes)
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Corned Beef
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Microbiologia da carne processadaCertas toxinas (S. aureus) so termoresistentes.
A destruio trmica depende da durao e da temperatura alcanada
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Microbiologia da carne processadaProva da esterilidade do sequestro regulamentar:
Latas incubadas 35-37C/10 dias e 55C por 10 diasEstufamento: indcios contaminao por mos
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Microbiologia da carne processada6- Carnes desidratadas
Aa:mos depende gua disponvel.
Diferentes grupos de mos tem diferentes valores de Aa para seu crescimento
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Valores mnimos de Aw para o crescimento de microrganismos:
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Microbiologia da carne processadaCarne de ave fresca Aa > 0,98
Carnes vermelhas frescas Aa > 0,95
Bact G - : mais exigentes com Aa
O desenvolvimento das bactrias: at 0,91
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Microbiologia da carne processadaSAL: funo prevenir o crescimento microbiano antes e depois da cura. 10% inibe o crescimento de numerosos mos.
A salgao pode ser seca ou mida. Na seca, o sal adicionado no alimento diretamente. Na mida utiliza-se uma salmoura.
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Microbiologia da carne processadaO acar est envolvido em pelo menos trs funes no processo de cura:
estabilizao da cor, sabor e substrato para a fermentao lctica.
Ele tambm modera o forte sabor do NaCl. Xaropes de milho, melaos ou mel podem ser adicionados para dar sabor.
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Microbiologia da carne processadaO acar, como o sal, age por osmose, desidratando as clulas
acar no um meio de cultura propcio para multiplicao bacteriana como o sal.
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Microbiologia da carne processadaO sal usado na conservao dos alimentos pode ter trs origens:
solar (marinho), minas profundas (extrado com gua) e minas superficiais. Dentre os trs o solar apresenta uma carga microbiana maior. (bactria haloflicas.)
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Microbiologia da carne processadaBactrias halfilas: multiplicam-se em solues saturadas de sal (Aa necessria 0,75)
Mofos: Aa limite: 0,80 a 0,95 (mas os xerfilos Aa mais bx)
Leveduras: Aa entre 0,88 a 0,95. As osmfilas resistem meios concentrados sal e acar.
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Microbiologia da carne processadaInfluncia sobre os mos patognicos e produtores de toxinas:
Bactrias: Aa mnima 0,92-0,59. E. coli: 0,95; C. botulinum 0,93; S. aureus: 0,86 (produz toxina at 0,90)
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Microbiologia da carne processadaMofos e micotoxinas: ocorre facilmente em produtos desidratados
Ex: aflatoxina: 0,86 a 25C
Os mofos frente a Aa mais reduzida se mostram mais tolerantes que as leveduras e estas mais do que as bactrias.
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Microbiologia da carne processadaPrincipal defeito microbiolgico carnes secas:
Vermelho: Halobacterium salinarium
Pigmento que causa pigmentao avermelhada na carne seca
Cristais de gelo com Halobacterium
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Microbiologia da carne processada7- Carnes embaladas em atmosfera modificada
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Microbiologia da carne processada
mtodo de preservao de alimentos que mantm a qualidade natural e prolonga o tempo de estocagem dos mesmos.
O uso altera o meio ambiente no momento do empacotamento, mas permite que a atmosfera no interior do pacote mude ao longo do perodo de estocagem.
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Microbiologia da carne processada Substituio do ar atmosfrico ao redor do produto por uma mistura otimizada de CO2, N2 e O2 :
um aumento de vida til, pois atravs da exposio dos alimentos a misturas gasosas especficas, existe um controle do desenvolvimento de microorganismos, da ao enzimtica e da oxidao
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Microbiologia da carne processadaA mistura gasosa a ser utilizada depende do produto alimentcio, sendo que uma atmosfera que aumenta a vida til de um produto pode reduzir drasticamente a de outro.
Oxignio:altas concentraes importante para a manuteno da colorao vermelha brilhante das carnes e evita o crescimento de bactrias deteriorantes anaerbias
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Microbiologia da carne processadaGs carbnico: efeito bacteriosttico e fungisttico. bactrias aerbias Gram negativas, deteriorantes, tais como as Pseudomonas so susceptveis
Gs nitrognio: gs quimicamente inerte , usado como gs de enchimento
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Microbiologia da carne processadacarne fresca
utilizam-se misturas gasosas com alto teor de O2 (30 a 80%) e concentraes de CO2 ao redor de 20%, no mximo de 30%.
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Microbiologia da carne processadaCarne de aves
pode-se utilizar misturas com altas concentraes de CO2, atingindo uma vida til de at 21 dias
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICASCORETTI, K. Ciencia y Tecnologia de la Carne. Teora y Prctica. Embutidos:elaboracin y defectos. Zaragoza: Acribia, 136 p., 1986.
GIRARD, J. P. Tecnologa de la Carne y de los Productos Crnicos. Zaragoza:Acribia, 300 p., 1991.