métodos sintético da soletração

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Métodos Sintético da S-O-L-E-T-R-A-Ç-Ã-O Os métodos sintéticos seguem a marcha que vai das partes para o todo. Na história dos métodos sintéticos temos a eleição de princípios organizativos diferenciados que privilegiam a decoração de sinais gráficos e as correspondências fonográficas. Essa tendência compreende o método alfabético que toma como unidade a letra; o método fônico que toma como unidade o fonema e o método silábico que toma como unidade um segmento fonológico mais facilmente pronunciável, que é a sílaba. O método alfabético ou de soletração é um dos mais antigos. A partir de vários materiais e de depoimentos de alunos constata-se em sua aplicação uma seqüência modelar: a decoração oral das letras do alfabeto, seu reconhecimento posterior em pequenas seqüências e numa seqüência de todo o alfabeto e finalmente, de letras isoladas. Em seguida a decoração de todos os casos possíveis de combinações silábicas, que eram memorizadas sem que se estabelecesse a relação entre o que era reconhecido graficamente e o que as letras representavam, ou seja, a fala. Uma vez que não parecia haver um princípio psicológico em sua base e nem uma reflexão em torno da relação da fala com a escrita. Assim, através da simples memorização e adição de letras os aprendizes Grupo: Flávio, Josilâine, Luzinete, Maria Cristina, Norma e Shirle. 30 / 03 / 2011

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Métodos Sintético da S-O-L-E-T-R-A-Ç-Ã-O

Os métodos sintéticos seguem a marcha que vai das partes para o todo.

Na história dos métodos sintéticos temos a eleição de princípios organizativos diferenciados que privilegiam a decoração de sinais gráficos e as correspondências fonográficas. Essa tendência compreende o método alfabético que toma como unidade a letra; o método fônico que toma como unidade o fonema e o método silábico que toma como unidade um segmento fonológico mais facilmente pronunciável, que é a sílaba.

O método alfabético ou de soletração é um dos mais antigos. A partir de vários materiais e de depoimentos de alunos constata-se em sua aplicação uma seqüência modelar: a decoração oral das letras do alfabeto, seu reconhecimento posterior em pequenas seqüências e numa seqüência de todo o alfabeto e finalmente, de letras isoladas. Em seguida a decoração de todos os casos possíveis de combinações silábicas, que eram memorizadas sem que se estabelecesse a relação entre o que era reconhecido graficamente e o que as letras representavam, ou seja, a fala.

Uma vez que não parecia haver um princípio psicológico em sua base e nem uma reflexão em torno da relação da fala com a escrita. Assim, através da simples memorização e adição de letras os aprendizes é que deveriam recuperar sozinhas as relações dos sinais gráficos com a fala.

Há vários dados sobre sua utilização, no Brasil, no século XIX (MORTATTI, 2000), com críticas à sua falta de sentido, mas até hoje há menções ao seu uso, sobretudo no Nordeste. Como seu processo, apesar de tortuoso, pode ser aprendido por repetição das Cartas de ABC, talvez se explique certa permanência de seu emprego por professores leigos e na alfabetização doméstica.

O lugar da produção de texto e leitura é tomado pelo exercício de soletrar, é importante para o aluno saber se

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familiarizar com os termos mais usados no seu dia-a-dia ou nos momentos em que escreve uma carta para um amigo, um bilhete para a mãe, isso sim é fundamental para a criança, estar acostumado com as palavras que mais utiliza em seu cotidiano. E a importância de saber utilizar o dicionário? Os aprendizes crescem sem saber utilizá-lo. Não ampliam o vocabulário, pois não sabem procurar os termos e chegam a letra “a”, mas não sabem procurar por “achei”,por exemplo. Com a brincadeira “inocente” da soletração, a escola está perdendo seu verdadeiro papel, o de ensinar, auxiliar, ajudar os alunos a consolidarem a ortografia regular e a utilizar o dicionário, sempre que necessário.

As competições que exigem do aluno saber soletrar corretamente devem dar lugar às práticas voltadas a aprendizagem e ampliação do vocabulário através da leitura e escrita.

Grupo: Flávio, Josilâine, Luzinete, Maria Cristina, Norma e Shirle.