metodologia de acompanhamento para empreendimentos incubados

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  • 8/17/2019 Metodologia de Acompanhamento para Empreendimentos Incubados

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    METODOLOGIA DE ACOMPANHAMENTO PARA EMPREENDIMENTOSINCUBADOS

    Louise Roedel de Lira Botelho1

    Cleomar Minetto

    Fernando Alvaro Ostuni Gauthier 3

     Artur Filipe Ewald Wueres!

    Mar"elo Ma"edo# 

    ÁREA TEMÁTICA: II – Desenvolvimento Regional: Dimensão Sociocultural.

    RESUMO

     A pesquisa da metodologia de acompanhamento para empreendimentos incubados integrao programa de pesquisa e extensão: Programa de orma!ão e institucionali"a!ão daIncubadora #ecnossocial de $ooperativas e %mpreendimentos %con&micos Solid'rios(I#$%%S)* constru!ão de metodologias de acompanhamento e avalia!ão para os per+odosde incuba!ão e desincuba!ão dos empreendimentos incubados* da I#$%%S inserida na

    ,niversidade -ederal da -ronteira Sul* no $ampus $erro argo/RS. 0s ob1etivos quecomplementam este trabalho são identiicar e priori"ar oportunidades de melhoria nasincubadas* por meio da aplica!ão de uma erramenta de gestão. A metodologia adotadapara a elabora!ão deste pro1eto de pesquisa ser' a revisão bibliogr'ica sistem'ticaintegrativa. A revisão sistema integrativa caracteri"a2se pela identiica!ão pr3via do caminhoadotado pelo pesquisador para o processo da revisão da literatura. #rata2se de uma buscacompleta dos estudos com maior relev4ncia para a pesquisa* como tamb3m* propicia acria!ão de crit3rios de inclusão e exclusão dos estudos* como orma de avalia!ão cr+tica daqualidade dos estudos dispon+veis. %spera2se que esse estudo alavanque os demaispro1etos dos programas que lhe sucederão e que sirva de subs+dio te5rico para cria!ão deum m3todo de avalia!ão e acompanhamento de incubadas durante o processo deincuba!ão.

    PALAVRAS-CHAVE: Avalia!ão de incubadas* Revisão Sistem'tica Integrativa* melhorias depotencial e I#$%%S.

    INTRODUÇÃO

    0 estudo elabora!ão da metodologia de acompanhamento para empreendimentosincubados* 3 uma das pesquisas desenvolvidas na Incubadora #ecnossocial de$ooperativas de %mpreendimentos %con&micos Solid'rios (I#$%%S). 0 intuito desta 3capacitar gestores para a compreensão de seus uturos empreendimentos de economiasolid'ria atrav3s da identiica!ão e priori"a!ão de oportunidades de melhoria nosempreendimentos incubados pela I#$%%S* por meio da aplica!ão da erramenta de gestão.

    0 trabalho se desenvolve atrav3s do uso da revisão sistem'tica integrativa. Destaorma* atrav3s da constru!ão de um reerencial te5rico pode2se construir um arcabou!oconceitual sobre o processo de acompanhamento e avalia!ão dos empreendimentosincubados por incubadoras populares.

    1 Doutora. Proessora Ad1unta II do curso de Administra!ão e pesquisadora da ,niversidade -ederalda -ronteira Sul (,--S)* $ampus $erro argo/RS. 6olsista de %xtensão no Pa+s $7Pq – 7+vel 6. %2mail: louisebotelho8us.edu.br 2 Acad9mico do curso 6acharelado em Administra!ão* ,niversidade -ederal da -ronteira Sul (,--S)*bolsista de pro1eto de extensão $7Pq 2 A#P. %2mail: cleomar.itcees8gmil.com3 Doutor. Proessor #itular do Programa de P5s2radua!ão em %ngenharia de Produ!ão e Sistemasda ,niversidade -ederal de Santa $atarina (,-S$). %2mail: gauthier8egc.usc.br 4 ;estre. Proessor do curso de Administra!ão da ,niversidade -ederal da -ronteira Sul (,--S)*

    $ampus $erro argo/RS. 6olsista de %xtensão no Pa+s $7Pq – 7+vel $. %2mail:artur.

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     A elabora!ão da metodologia de acompanhamento para empreendimentosincubados ob1etiva em sua ess9ncia articular a tr+ade: ensino* pesquisa e extensão. Dessaorma* tal trabalho representa uma a!ão de grande relev4ncia tanto para a academia*quanto para a economia e sociedade.

    #endo em seu 4mago* a discussão dos modelos de autogestão com oco napropriedade coletiva como uma oportunidade de organi"a!ão social do trabalho.

    Dessa orma* este trabalho corrobora com as expectativas da sociedade e com aspol+ticas p=blicas implantadas na região das ;iss>es* trabalhando com demandas detrabalhadores historicamente exclu+dos do mercado ormal* demandando suporte t3cnico ete5rico ? orma!ão de modelos de organi"a!ão do trabalho alternativo de cooperativas e deeconomia solid'ria.

    METODOLOGIA

     A metodologia 3 de undamental import4ncia para a descri!ão de todo o processoque constitui a constru!ão do conhecimento relacionado com os ob1etivos presentes no

    reerido pro1eto de pesquisa e ensino. A descri!ão de orma clara e ob1etiva do m3todo depesquisa 3 de suma import4ncia* pois apresenta2se como um instrumento de reer9nciareplic'vel permitindo sua constante atuali"a!ão (60#%@0 ;A$%D0 e -IA@0* BCC).

     A revisão bibliogr'ica sistem'tica integrativa utili"ada caracteri"a2se pelaidentiica!ão pr3via do caminho adotado pelo pesquisador para o processo da revisão daliteratura. 6em como* uma busca completa dos estudos com maior relev4ncia para apesquisa* como tamb3m* propicia a cria!ão de crit3rios de inclusão e exclusão dos estudos*como orma de avalia!ão cr+tica da qualidade dos estudos dispon+veis.

    %sse m3todo de revisão liter'ria identiica* avalia e sinteti"a todas os estudosdispon+veis e relevantes a uma questão de pesquisa espec+ica* combinando tudo que 3conhecido sobre um dado t5pico e identiicando suas bases de conhecimento. Prop>e um

    relato amplo utili"ando processos expl+citos de maneira que os argumentos são abertos parao exame detalhado de partes externas. ($astro* BCC).

    7esse sentido a principal ideia a ser trabalhada 3 a deini!ão de uma metodologia demonitoramento do desempenho e acompanhamento de pro1etos para empresas incubadas ecom isso* criam2se erramentas empresariais para mensurar o desempenho das empresasou empreendimentos incubados* ao longo da incuba!ão.

    Método de rev!"o ##$o%r&'() *te%r)tv)

    0 m3todo da Revisão 6ibliogr'ica Integrativa oi elaborado seguindo um con1unto deetapas sequenciadas* as quais serão descritas a seguir:

    +, Et)): Ide*t'()."o do te/) e !e$e."o d) 01e!t"o de e!01!):

     A primeira etapa estabeleceu o norte para a constru!ão da revisão integrativa. 7ela*oram deinidos o problema e a ormula!ão da pergunta de pesquisa (;%7D%S SIE%IRAAEF0* BCCG).

    7ormalmente a revisão sistem'tica integrativa inicia com a elabora!ão de umaquestão de pesquisa. 7este relat5rio trabalhou2se com a seguinte pergunta:

    2 Huais as ormas de avalia!ão e acompanhamento de incubadas são apresentadaspela literatura

    Para a reali"a!ão desse trabalho optou2se pela escolha dos seguintes bancos dedados: RA% 2 Revista de Administra!ão de %mpresas* RA$ 2 a Revista de Administra!ão$ontempor4nea* RA,SP 2 a Revista de Administra!ão da ,niversidade de São Paulo*S$I%0 2 a $"ienti%i" Ele"troni" Li&rar' Online( %nA7PAD 2 %ncontro da Associa!ão dos

    Programas de P5s2radua!ão em Administra!ão. A escolha dos bancos de dados se deu pelo ato da relev4ncia dos portais de

    inorma!>es em rela!ão a 'rea da Administra!ão e das $i9ncias Sociais Aplicadas* bem

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    como* a busca oi previamente testada nos bancos de dados* com o intuito de veriicar comoela recuperaria os estudos pertinentes ? pergunta de pesquisa.

    -oi utili"ado um per+odo de tempo de de" anos (BCCJ2BCJ) para a reali"a!ão dolevantamento dos estudos da revisão integrativa. 0s descritores utili"adas na estrat3gia de

    busca oram: economia solid'ria* incubadora* incubadas* avalia!ão* plane1amentoestrat3gico* desempenho e desincuba!ão.

    )uadro 1* Rela+,o de peri-di"os

    Descritores %nA7PAD RA% RA$ RA,SP S$I%0 oogle Acad9mico

    #0#A

    %conomia Solid'ria G 2 2 G G

    Incubadora K L M N BM

    Incubadas O 2 2 B L L O

     Avalia!ão K O B L K K JG

    Plane1amento%strat3gico

    L J M N L MO

    Desempenho K J O J BC

    #0#A KL BB BL JB LJ GM

    -onte: elaborado pelos autores.

    2, Et)): E!t)#e$e(/e*to de (rtéro! de *($1!"o de e!t1do!

     A partir das palavras2chave* os crit3rios de inclusão e exclusão oram estabelecidos.%les serviram de base para a busca dos estudos que ormaram a linha de pesquisa*

    deiniu2se os seguintes crit3rios de inclusão:

    a) artigos completos publicados em portugu9s e

    b) estudos te5ricos e/ou emp+ricos.

    3, Et)): Ide*t'()."o do! e!t1do! ré-!e$e(o*)do! e !e$e(o*)do!

    7essa etapa oi reali"ada a leitura e a organi"a!ão dos estudos pr32selecionados. Ap5s ser reali"ada uma leitura pr3via dos artigos selecionados* oram mantidos trinta e um(J) artigos* os quais oram usados para a constru!ão da presente pesquisa* deixando delado os artigos considerados inapropriados por não serem compat+veis com o temaproposto.

    4, Et)): C)te%or5)."o do! e!t1do! !e$e(o*)do!

    %laborou2se a matri" de s+ntese que oerece a categori"a!ão e an'lise de todas asinorma!>es. %la serviu para acilitar o trabalho dos pesquisadores* transormando2se emuma esp3cie de biblioteca exclusiva* resultando na an'lise cr+tica dos estudos selecionados.

    6, Et)): A*&$!e e *terret)."o do! re!1$t)do!

    $onsiste na discussão dos resultados encontrados com a pr3via constru!ão do textoresultante da revisão.

    7, Et)): Are!e*t)."o d) rev!"o8!9*te!e do (o*e(/e*to

     A sexta etapa consistiu na exposi!ão dos conceitos e tem'ticas advindas do estudodos artigos selecionados pelo m3todo da revisão integrativa. 7este trabalho as tem'ticasoriundas desse processo* sendo apresentadas a seguir.

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    D!(1!!"o do! re!1$t)do! d) rev!"o *te%r)tv)

    $omo resultados preliminares esse trabalho orneceu subs+dio te5rico para os demaispro1etos e programas que estão em andamento na I#$%%S. Ainda* auxilia na cria!ão dom3todo de avalia!ão e acompanhamento de incubadas durante o processo de incuba!ão da

    mesma.;UNDAMENTAÇÃO TEes* as quais produ"em bens e servi!os com o ob1etivo do

    consumo solid'rio entre os associados.  $ompreende uma diversidade de pr'ticasecon&micas e sociais organi"adas sob a orma de cooperativas* associa!>es* clubes detroca* empresas autogestion'rias* redes de coopera!ão* entre outras* que reali"amatividades de produ!ão de bens* presta!ão de servi!os* inan!as solid'rias* trocas* com3rcio 1usto e consumo solid'rio (;I7IS#RI0 do #RA6A@0 e %;PR%0* BCL)

    %m se tratando de 6rasil* o termo economia solid'ria vem sendo utili"ado paraidentiicar dierentes iniciativas de grupos sociais* na maioria dos casos de base popular*que se organi"am sob o princ+pio da solidariedade e da democracia para enrentar problem'ticas locais (6A6I70# % P%R%IRA* BCCO).

    I*(1#)dor)

     As incubadoras de empresas são entidades sem ins lucrativos. 7a maioria dos

    casos* nasceram com o intuito de a1udar empreendimentos que apresentam algumadiiculdade* aumentando o conhecimento destas empresas sobre seu pr5prio neg5cio eassessorando2as at3 o momento em que este1am prontas para seguir seu caminho nomercado onde estão inseridas (A7PR0#%$* BCB).

    7o 6rasil* as incubadoras surgiram atrav3s da replica!ão das experi9nciasamericanas* contudo* sua atua!ão se volta para a constru!ão de novos conhecimentos*incentivando a produ!ão de tecnologias de ponta* por isso* as incubadoras nacionais* emsua maioria* encontram2se vinculadas a institui!ão de ensino* as ,niversidades(A7PR0#%$* BCCJ).

     As incubadoras* em sua maioria* encontram2se vinculadas a outras institui!>es* quede orma con1unta* atuam no ortalecimento e desenvolvimento de novos empreendimentos

    (Dornelas* BCCB). %ssa integra!ão deine seu ramo de atua!ão e pressup>e o peril de suasatividades (A7PR0#%$* BCB).

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     As universidades representam entidades de omento a a!>es desenvolvidas pelasincubadoras de empresas* por isso* as atividades das incubadoras no 6rasil baseiam2se naprodu!ão de novos conhecimentos* como erramenta de inova!ão* tanto econ&mica comosocial.

    0 papel das incubadoras no 6rasil 3 de buscar aumentar a renda da localidade ondeestão inseridas* gerar empregos nas incubadas* gerar conhecimento* promover umainclusão social dos trabalhadores das cooperadas* melhorar a economia da comunidade deum modo geral entre outros e para que estes ob1etivos se1am alcan!ados são instaladas emdierentes ambientes. (A7PR0#%$* BCB).

    7esta contextuali"a!ão* -urtado (NNG) deixa claro que uma incubadora deempresas se conigura como mecanismo orientado ao omento da inova!ão tecnol5gica at3uma simples organi"a!ão com o ob1etivo de criar novos neg5cios.

     A incubadora de empresas pode ser descrita como um ambiente plane1ado para odesenvolvimento de pequenas e m3dias empresas que estão entrando no mercado oudese1am investir em novos pro1etos (-I@0 et al.* BCB).

    0 autor ainda complementa que* o ambiente proporcionado pela incubadora* oerececapacita!ão t3cnica ?s empresas possibilitando a diminui!ão do seu risco de racasso dassuas ideias inovadoras* pois estimula o empreendedor* medida em que ortalece e preparaas empresas para sobreviverem no mercado.

    I*(1#)d)!

     As empresas que participam das atividades oertadas pelas incubadoras* sãodenominadas como incubadas (-%RR%IRA et. al* BCCG). Desse modo* as incubadascaracteri"am por empresas ou empreendimentos que necessitam de suporte t3cnico eadministrativos em 'reas que exercem inlu9ncia sobre seu cotidiano ('reas inanceiras*mercadol5gica e estrutural).

    0 autor complementa que as incubadas* em sua maioria* recebem apoio t3cnico da

    incubadora* tornando assim* as empresas competitivas e com capacidade de adapta!ão aomercado.

    0 processo de incuba!ão contempla a ase de desincuba!ão* etapa que se constituino desligamento do empreendimento da incubadora* no intuito de sua autonomia diante domercado econ&mico e de trabalho presente na atualidade.

     A desincuba!ão caracteri"a2se como ponto relevante no processo de incuba!ão deempresas. A necessidade de avalia!ão da incubada* por parte da incubadora* torna2seundamental para deini!ão do desligamento da incubada.

    Por isso* ;artins (NNN) complementa que uso de um modelo de gestão adequado* autili"a!ão de indicadores de desempenho para a incubadora e suas empresas incubadaspodem determinar o sucesso e eici9ncia do processo de incuba!ão.

    $ontudo* acrescenta ainda que processo de gestão do desempenho da incubada 3 aorma pela qual a empresa administra suas atividades de acordo com suas estrat3gias eseus ob1etivos.

     A cria!ão de mecanismos de an'lise das incubadas torna2se relevante para oandamento das atividades desenvolvidas* mas em especial para a compreensão domomento da desincuba!ão (;A$I% et. al* BCL).

    ,m dos mecanismos de avalia!ão das incubadas* por parte da equipe daincubadora* se apresenta pela cria!ão de +ndices de desempenho dos empreendimentos(I;A Qr* BCC). $oncep!ão tamb3m apresentada por -aria e $osta (BCC) que aindacomplementam que os +ndices de desempenho poderiam ser avaliados de inorma!>esquantitativas* atos* dados que descrevem as atividades desenvolvidas pelosempreendimento.

    P$)*e=)/e*to e!tr)té%(o

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    0liveira e #amao (BCCL* p. LM) airma que o plane1amento estrat3gico di" respeitotanto ? ormula!ão de ob1etivos quanto ? sele!ão dos cursos de a!ão a serem seguidos paraa sua consecu!ão* levando em conta as condi!>es externas e internas da empresaT. Dessaorma 3 necess'rio analisar o ambiente interno e externo do mercado para uma avalia!ãocompleta para o plane1amento estrat3gico.

    Para o plane1amento estrat3gico atin1a seu ob1etivo se a" essencial uma intera!ãoentre as 'reas: luxo eica" de comunica!ão da estrat3gia* redeini!ão dos luxosoperacionais* capacita!ão peri5dica* com oco na gestão de pessoas* nos processos eplanosT (SIEA e $R,U* BCL* p.B).

    De acordo com #erence e -ilho (BCCO* p.JN)* o plane1amento estrat3gico paraempresas de pequeno porte apresenta2se em seis etapas* que são:

      () apresenta!ão da t3cnica e conscienti"a!ão do empres'rio (B)estabelecimento da visão geral da empresa* composta pela missão* visão evalores (J) elabora!ão do diagn5stico estrat3gico* ou se1a* a an'liseexterna e interna* e atores cr+ticos de sucesso (L) elabora!ão da estrat3giaa partir da identiica!ão da estrat3gia atual e escolha da estrat3gia utura(K) deini!ão dos ob1etivos* metas e a!>es (M) apresenta!ão do plano para aorgani"a!ão.

    % conorme autor 6arbosa e 6rondani (BCCK* p.J)* o plane1amento estrat3gicocorporativo tamb3m desenvolve um plano de L linhas de a!ão.

     A primeira destaca que a organi"a!ão deve ter deinido a missão da empresa* comotamb3m* os ob1etivos da hist5ria* do segmento de mercado* da produ!ão vertical e 'reageogr'ica.T

     A segunda etapa consiste em deinir as unidades de neg5cios. 0 neg5cio 3 bemdeinido pelos grupos de clientes* pelas necessidades dos clientes e tecnologiasempregadas.T

     A terceira trabalha em alocar recursos ?s v'rias unidades de neg5cios com base naatratividade da ind=stria e na or!a competitiva da empresa

     A quarta atividade consiste em expandir os neg5cios atuais e desenvolver outrosneg5cios para preencher a lacuna do plane1amento estrat3gico*T como identiicar oportunidades no mercado* e analisar o crescimento do empreendimento.

    Av)$)."o

    Para $atelli (BCC* p.BNG)* a avalia!ão de desempenho di" respeito ? avalia!ão dosresultados gerados pelas atividades sob responsabilidade dos gestores. $onsidera*portanto* as contribui!>es das 'reas organi"acionais ao resultado global da empresaT.

     A avalia!ão do desempenho reere2se aos desaios ? gestão do desempenhohumano no trabalho para a avalia!ão geral* assim o desempenho de todos integrantes doempreendimento de orma ativa no plane1amento* execu!ão* monitoramento* avalia!ão erevisão dos comportamentos e/ou resultados maniestados pelo indiv+duo no exerc+cio desuas atribui!>esT (Q,7I0R* et al. BCC* p.B).

    Eesco et al. (BCCO* p.B)* di" que a descentrali"a!ão administrativa nas empresassurge com a inalidade de distribuir atividades e responsabilidades aos gestores*contribuindo com as companhias na avalia!ão de desempenho.T Diante da descentrali"a!ãodo poder onde todos na economia solid'ria participam de orma 1usta corroborando para obene+cio da companhia.

    $onorme Schermerhorn Qunior* @unt e 0sborn (NNN* p. CM) deinir as

    experi9ncias de desenvolvimento que o avaliado precisa para melhorar o desempenho nocargo atual e para se preparar para uturas responsabilidades.T

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    Segundo os autores ;atara""o (BCCJ)* Iud+cibus (NNG)* Silva (BCCK)* apresentamalguns itens de avalia!ão e desempenho da organi"a!ão diante do mercado* pelosindicadores de estrutura* indicadores de liquide"* indicadores de rentabilidade* indicadoresoperacionais ou de custos assistenciais.

    %ssa avalia!ão do empreendimento se deve pelo ato do crescimento dos incubadosna gestão dos neg5cios como tomada de decis>es e gerenciamento do empreendimento.

    %sse processo de avalia!ão indica o quanto ser' necess'rio trabalhar com cadaincubada nas 'reas de atua!ão* ap5s a ase de desincuba!ão. Dessa orma* a avalia!ãoornecer' a avan!o individual de cada empreendimento e tamb3m em qual campo precisa2se de melhor aperei!oamento* como por exemplo* marVeting* inan!as* log+stica* recursoshumanos* entre outros.

    De!e/e*o

    %ssa etapa corresponde ao processo de capacita!ão dos incubados por meio dosintegrantes da incubadora* coletando o eedbacV dos incubados para avalia!ão dodesempenho em suas atividades para o processo de inali"a!ão da incuba!ão.

    0s indicadores de desempenho são elaborados no sentido de auxiliar os tomadoresde decisãoT a avaliar a perormance de uma unidade de neg5cio e redirecionar seusinvestimentos* de orma r'pida e eica" ($A,IRA,W et al.* BCC -IS$@;A77 UI6%R*BCC). Assim* o desempenho dos gestores incubados envolve o monitoramento dastomadas de decisão* e tamb3m o acompanhamento cont+nuo das a!>es no resultado doempreendimento.

    Para medir o desempenho da incubada* se a" necess'rio* por parte da equipe*avalia!>es no 4mbito interno do empreendimento* pois assim 3 poss+vel analisar o seudesempenho das rotinas* procedimentos e o seu processo de produ!ão. $onorme7ascimento et al. (BCC* p.J)* deine em tr9s enoques a avalia!ão do desempenho*assegurar a conormidade das tareas* veriicar os resultados e questionar o processo

    buscando a!>es para a1ust'2lo.TDe acordo com $aulliraux et al. (BCC) a pr5pria -unda!ão para o Pr9mio 7acional

    da Hualidade deine desempenho como os resultados que se obt9m de processos e deprodutos* permitindo avali'2los e compar'2los em rela!ão ?s metas* aos padr>es* aosresultados hist5ricos e a outros processos e produtos.

    $om isso* o processo de desempenho dos incubados ter' uma organi"a!ãodetalhada de todo o uncionamento do empreendimento* desde o plane1amento inicial comoa ideia no que se dese1a atuar na economia solid'ria at3 a parte do imagem da empresa.

     A gestão da incubadora tem ocorrido para avaliar e mensurar o desempenho dosincubados no processo de incuba!ão* assim descrevendo o caminho para encerrar oprocedimento das incubadas com a incubadora passando assim para o processo de

    desincuba!ão* ase qual 3 conhecida pelo momento em que o empreendimento econ&micosolid'rio se desliga da incubadora.

    INDICADORES DE AVALIAÇÃO

    %sta interven!ão busca reali"ar a avalia!ão dos principais processos de gestão daempresa incubada que* al3m de identiicar o seu n+vel de competitividade* subsidia tamb3ma elabora!ão de um plano de interven!ão que priori"a a!>es de melhoria* viabili"ando assimo seu crescimento sustent'vel.

    0s processos de gestão são: gestão comercial* gestão operacional* gestãoorgani"acional* gestão inanceira* gestão estrat3gica e gestão social. 0s processos degestão estudados em cada ase estabelecido como ase de incuba!ão* desenvolvimento*

    crescimento e de desincuba!ão. Atrav3s desses processos de gestão segue uma pequenacontextuali"a!ão de cada item destacado anteriormente.

    Ge!t"o Co/er()$

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    0 processo de gestão comercial* que abrange aspectos como relacionamento com omercado e estrat3gias de marVeting. Assim deinir o mercado2alvo 3 essencial paraidentiicar o que ele quer* o que compra* onde e quando compra* como compra

     A cria!ão de planos de marVeting para deinir a marca devem ser estabelecidos

    atrav3s das metas deinas e Xotler* (p.BM* BCCN) di" que ap5s a cria!ão e a aprova!ão dosplanos da marca* eles são agregados ao plano geral da categoria de produto.T

     Ap5s a an'lise do mercado e implanta!ão dos planos de marVeting* 3 necess'rio aiscali"a!ão do processo para identiicar se os resultados obtidos echam com os ob1etivospropostos.

    Ge!t"o Oer)(o*)$

    0 processo de gestão operacional* que abrange aspectos como o desenvolvimentodo produto/servi!o* gerenciamento da produ!ão e gestão de pro1etos (Senhoras #aVeuchi#aVeuchi. BCCO).

     Assim Dias (p.LC* BCCB)* di" que o controle da gestão operacional deve estar 

    relacionado aos gestores quanto ? delega!ão de padr>es normas t3cnicas* perormances*desperd+cios e execu!ão das atividadesT e quando necess'rio devem ser tomadas medidasde corre!ão para alcan!ar os resultados dese1ados pelos processos operacionais.

    Ge!t"o Or%)*5)(o*)$

    0 processo de gestão organi"acional* que abrange aspectos de gerenciamento derecursos humanos com eici9ncia para atingir os ob1etivos e para se sustentar no mercado($,RY* BCB).

    $onorme Xat" e Xahn 3 necess'rio identiicar diante de trabalhos individuais ou emgrupos que a organi"a!ão 3 como um sistema que tem uma produ!ão* um resultado e umproduto.

     A gestão organi"acional nos estudos de recursos humanos di"em respeito ao:trabalho em equipe* controle de qualidade* orienta!ão para o cliente* minimi"ar asincompet9ncias* e procurar melhorar cada ve" maisT ($,RY* p.KK* BCB).

    Ge!t"o ;*)*(er)

    0 processo de gestão inanceira* que abrange aspectos de gerenciamento derecursos e iscal e busca apresentar os or!amentos da organi"a!ão dispon+veis atrav3s debalan!os inanceiros e luxos de caixa que atrav3s de relat5rios apresentam uma an'lisedetalhada dos neg5cios (R0PP%I e 7IX6AX@#* BC).

     A import4ncia do setor de contabilidade bem deino e desenvolvendo as an'lisespara determinar a situa!ão da organi"a!ão em rela!ão aos gastos* investimentos* custos*despesas auxiliando para os gestores na tomada de decis>es.

    Ge!t"o E!tr)té%() A gestão estrat3gica trabalhando 1untamente com a inova!ão e plane1amento

    estrat3gico de todos os setores da organi"a!ão (ambiente empresarial) com o intuito deatingir os ob1etivos pr3 deinidos na gestão das atividades.

    Desta orma* a gestão estrat3gica trabalha a partir de ideias* discuss>es para umplane1amento estrat3gico e com todas essas inorma!>es cria2se o plano da organi"a!ão*que tem como resultado atingir a implementa!ão da organi"a!ão* aproveitando asoportunidades do mercado. (#AEAR%S* BCC).

    Ge!t"o So()$

    0 processo de gestão social* que abrange aspectos de crescimento sustent'vel*

    coopera!ão e autonomia* est' pautado no desenvolvimento da capacidade de diagn5sticodas vari'veis sociais que comp>em o ambiente empresarial atual e uturo* reor!ando oalcance das estrat3gias de coopera!ão elaboradas ($A;AR0* BCCN).

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     A abordagem deve estar na orienta!ão para a sustentabilidade do modelo deempresa inovadora* associado ao cont+nuo levantamento e acompanhamento deindicadores de desempenho do neg5cio.

     A implementa!ão de um plane1amento adequado das atividades sociais* para que

    estabele!a crit3rios de sustentabilidade e coopera!ão. il (p. JO* BC) complementa que aResponsabilidade Social* portanto* passa a a"er parte da agenda das empresas quedese1am sobreviver.T

    CONSIDERAÇ>ES ;INAIS

    $omo m3todo da revisão integrativa pode se identiicar os dierentes tipos demetodologia que as I#$Ps utili"am para acompanhar os empreendimento incubados.

     Desta orma* pode2se identiicar e analisar os principais processos de gestão dasincubadoras e das empresas incubadas* como tamb3m* as erramentas e metodologiasutili"adas pela mesma.

    Por im* espera2se com este estudo: primeiro* que a metodologia sirva comoerramenta pedag5gica nos processos de cria!ão e acompanhamento de incubadoras

    universit'rias para orma!ão e assessoria aos empreendimentos econ&micos solid'rios.Segundo* que a incubadora apoie o desenvolvimento de dierentes iniciativas no

    interior da economia solid'ria contribuindo para seu ortalecimento em grande escala* masao mesmo tempo preservando a constru!ão da democracia interna e da organi"a!ãocoletiva do trabalho* com vistas a uma nova cultura das rela!>es de e no trabalho.

    #erceiro* que este estudo contribua com a constru!ão de uma erramentametodol5gica que possa ser replic'vel a outras incubadoras populares de economiasolid'ria* principalmente no tocante a avalia!ão e acompanhamento das incubadas para omercado.

     Huarto* que se propaguem as ideias do cooperativismo e da economia solid'riacomo uma orma de criar postos de trabalho e solu!>es que perpassam as ronteiras do

    assalariamento e que busquem diretri"es em modelos aut&nomos e sustent'veis deorgani"a!ão social do trabalho.

    Huinto* sirva para que a I#$%%S se consolide na ,--S e se1a reconhecida como umimportante espa!o de constru!ão do conhecimento e principalmente de desenvolvimentosde pesquisas e a!>es de extensão.

    RE;ER?NCIAS

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