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Lipídeos
Fernanda Rodrigues Froes Victória
Degradação dos Lipídeos• Aproximadamente 90% da gordura ingerida na
dieta encontra-se na forma de triacilgliceróis (TAG), enquanto os 10% restantes consistem em colesterol, éster colesterol, fosfolipídeos e ácidos graxos livres (FFA).
• Como os lipídeos não podem ser degradados pelas enzimas hidrossolúveis, há a necessidade de um processo de emulsificação auxiliado por enzimas.
• Alterações na estrutura física inicia-se no estômago com ação da lipase lingual e gástrica.
• No duodeno, as lipases pancreáticas e os sais biliares atuam na emulsificação dos lipídeos.
Triacilglicerol 2-monoacilglicerol
Éster de colesterol colesterol
Fosfolipídeo lisofosfolipídeo base glicerilfosforil
H2O ácidos graxos
2 H2O 2 ácidos graxos
Colesterol esterase
Lipase pancreática
Controle da digestão:
• Controlado pela CCK e Secretina:
- CCK é secretada em resposta à presença de lipídeos e proteínas. Este hormônio age sobre a vesícula biliar, fazendo-a contrair e liberar a bile e sobre as células exócrinas do pâncreas fazendo-a liberar enzimas digestivas. Também reduz a motilidade gástrica.
- A secretina estimula o pâncreas e o fígado a liberar uma solução aquosa rica em bicarbonato, que ajuda a neutralizar o pH do quimo.
Absorção e Transporte• Os produtos da degradação então, juntam-se
com os sais biliares e formam estruturas chamada micelas, que facilitam o transporte dos lipídeos, já que são substância hidrofóbicas.
• Praticamente 100% dos ácidos graxos e 2-MAG são absorvidos pelas células epiteliais (RER) do lúmen do intestino delgado (hidrossolúveis) por difusão.
• Os lipídeos insolúveis em água são fracamente absorvidos.
• O destino dos ácidos graxos que penetram nas células epiteliais intestinais (enterócitos) é dependente do comprimento de suas cadeias.
• Ácidos graxos de cadeia média e curta passam diretamente através da célula para o suprimento sanguíneo porta hepático.
• Ácidos graxos com mais de 12 carbonos ligam-se a uma proteína ligante de ácidos graxos e são transferidos para RER para nova síntese de TAGs.
Absorção (cont.)
Ressíntese
2-monoacilglicerol Triacilglicerol
Ácidos graxos Acil-CoA graxo
Colesterol Éster de colesterol
QUILOMICRONPARA O SISTEMA LINFÁTICO
CoA CoA
CoA
CÉLULA DA MUCOSA INTESTINAL
• Os triacilgliceróis e os ésteres de colesterol sintetizados são muito hidrofóbicos, agregando em meio aquoso.
• É necessário então que eles sejam embalados como gotículas de gorduras circundadas por uma fina camada composta por fosfolipídeos, colesterol não-esterificado e um único tipo de molécula protéica (apoliproteína B-48) = quilomícron.
• Os quilomícrons são partículas grandes ricas em lipídeos (99% lipídeos e 1% proteínas) sintetizadas no RER dos enterócitos.
• Os triacilgliceróis presentes nos quilomicra são hidrolisados principalmente nos capilares do músculo esquelético e do tecido adiposo, mas também nos capilares do coração, dos pulmões, dos rins e do fígado.
• Os triacilgliceróis são degradados pela lipase lipoprotéica, resultando em ácidos graxos livres e glicerol.
• Os ácidos graxos livres podem entrar diretamente nas células musculares ou nos adipócitos adjacentes. Alternativamente, os ácidos graxos podem ser transportados para o sangue em associação com a albumina sérica, até serem capturados pelas células.
• O glicerol é utilizado quase que exclusivamente para produzir glicerol-3-fosfato, o qual pode entrar tanto na glicólise como na gliconeogênese, resultando, por oxidação, diidroxicetona-fosfato.
• Após a remoção da maior parte dos triacilgliceróis, os quilomicra remanescentes (ésteres de colesterol, fosfolipídeos, apoliproteínas e alguns triacilgliceróis) ligam-se a alguns receptores no fígado e sofrem endocitose, sendo hidrolisados a seus constituintes.
Absorção prejudicada de lipídeos
• Uma má absorção de lipídeos resulta em um aumento de lipídeos (incluindo vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K e ácidos graxos essenciais) nas fezes (isto é, esteatorréia), pode ser causada por distúrbios na digestão e/ou absorção de lipídeos, incluindo fibrose cística (causando uma digestão precária) e encurtamento do intestino (causando diminuição do intestino).
Metabolismo dos ácidos graxos e triacilgliceróis
Introdução• Ácidos graxos existem no organismo na forma
livre (não esterificada) ou na forma de triacilgliceróis.
• Em todos os tecidos, existem níveis baixos de ácidos graxos livres, entretanto, durante em jejum, esses níveis aumentam.
• No sangue, os ácidos graxos se ligam à albumina e no citosol elas se ligam a uma série de proteínas e enzimas ligantes a estes ácidos.
Ativação dos Ácidos Graxos
• 1) Os ácidos graxos primeiro são ativados em seus derivados CoA usando ATP como fonte de energia.
Ácido graxo + ATP intermediário acil adenilado
Acil CoA
tiocinase
tiocinase
PPi
CoASH
• Ácidos graxos de cadeia curta e média:- Conseguem atravessar a membrana mitocondrial
por difusão passiva.- São ativos no seu derivado CoA na mitocôndria.• Ácidos graxos de cadeia longa:- Não conseguem atravessar a membrana
mitocondrial, porque o CoA é muito grande.- São ativados em seus derivados CoA no
citoplasma.- Transportados para as mitocôndrias via carreador
carnitina.- Ex: triacilgliceróis e gorduras da dieta.• Ácidos graxos de cadeia muito longa:
- São reduzidas a cadeias longas nos peroxissomos.
Tamanho da cadeia
Número de carbonos
Sítio do catabolismo
Transporte de membrana
cadeia curta 2 – 4 Mitocôndria Difusão livre
Cadeia média
4 – 12 Mitocôndria Difusão
Cadeia longa 12 – 20 Mitocôndria Ciclo da carnitina
Cadeia muito longa
> 20 Peroxissomo Desconhecido
Carreador Carnitina• O CoA é um derivado nucleotídeo polar grande,
incapaz de penetrar a membrana mitocondrial interna.
• Assim, para o transporte de ácidos graxos de cadeia longa, eles precisam ser transferidos para uma molécula menor, a carnitina, pela carnitina palmitoil transferase I (CPT-1), localizada na membrana mitocondrial externa.
• Um transportador acil carnitina ou uma translocase na membrana mitocondrial interna, facilita então a transferência do ácido graxo para a mitocôndria, onde a CPT II regenera a acil CoA, liberando carnitina livre.
Regulação
• Este carreador é um importante sítio de regulação da oxidação do ácido graxo. Sendo inibido após a ingestão de refeições ricas em carboidratos, impedindo o catabolismo dos carboidratos recém-formados e favorecendo a sua exportação pelo fígado, para acúmulo no tecido adiposo.
B-oxidação (Lipólise)• Ocorre na mitocôndria.• É uma seqüência de quatro reações:- Oxidação- Hidratação- Oxidação- Clivagem tiólica• Produtos Finais (cada ciclo):
- 1 acetil CoA
- 1 FADH2 (2 ATP)
- 1 NADH + H+ (3 ATP)- Acil CoA ácido graxo com 2 átomos de carbono
a menos.
1) OXIDAÇÃO
2) HIDRATAÇÃO
3) OXIDAÇÃO
4) CLIVAGEM TIÓLICA
H2O
CoA
FADFADH2
NAD+NADH + H+
ACIL COA GRAXO ACETIL COACK
ACIL COA DESIDROGENASE
ENOIL COA HIDRATASE
HIDROXIACIL COA DESIDROGENASE
TIOLASE
Relação com o CK
Succinato
Fumarato
L-malato
Oxalacetato
FADFADH2
H2O
NAD+NADH + H+
Palmitoil• O palmitoil é um ácido graxo de 16C.
Portanto, o ciclo irá se repetir 7 vezes. • Produto final: - 8 acetil CoA - 7 FADH2 = 14 ATP- 7 NADH + H+ = 21 ATP
TOTAL: 96 + 35 = 131 ATP – 2 ATP = 129 ATP
35 ATP
CK (12 X 7) 96 ATP
BRUTOLÍQUIDO
Estes produtos são utilizados na
fosforilação oxidativa !
Vias alternativas de oxidação dos ácidos graxos
• Os ácidos graxos de cadeia insaturada fornecem menos FAD2 quando oxidados = menos ATP.
• Os ácidos graxos de cadeias ímpares na última reação (clivagem tiólica), forma-se propinoil CoA. Este é convertido em succinato após multietapas envolvendo 3 enzimas e as vitaminas biotina e cobalamina.
• Os ácidos graxos de cadeia ramificada (ácidos fitânicos) em decorrência da localização do b-carbono (em um ponto de ramificação) não é possível oxidá-lo em cetona. Por isso, eles passam pela alfa-oxidação microssomial em ácido peristânico liberando alfa-carbono-1 como CO2.
Alfa-oxidação
Ácido Fitânico
Ácido Fitânico + CO2
Propinoil CoA + acetil CoA
Alfa-hidroxilase
Deficiência dessa enzima causa a Doença de Refsum
Cetogênese• Ocorre no fígado.• Os ácidos graxos quebrados
na lipólise como não conseguem mais fazer b-oxidação, produz corpos cetônicos.
• A mitocôndria tem a capacidade de converter acetil-CoA proveniente da b-oxidação de ácidos graxos em corpos cetônicos.
• A produção de corpos cetônicos é um mecanismo importante de sobrevivência, porque fornece energia aos tecidos periféricos (cérebro e o músculo).
• No jejum prolongado e no diabetes (baixos índices de insulina), o cérebro se adapta à utilização de corpos cetônicos como combustível celular.
• Acetona não é utilizada pelo organismo e é expelida pelos pulmões.
Cetogênese (cont.)
• Uma indicação que uma pessoa está produzindo corpos cetônicos é a presença de acetona em sua respiração.
• Acetoacetato e beta-hidroxibutirato podem ser convertidos novamente em acetil-CoA.
• Apesar da síntese de corpos cetônicos ser no fígado, ele é incapaz de metabolizá-lo porque não possui a enzima tioforase, crucial para o metabolismo.
Cetogênese (cont.)
2 AcetilCoA
AcetoAcetilCoA + CoA
3 Cetotiolase
AcetilCoA + H2O
CoA
HMGCoA Sintetase
3 Hidroxi3MetilGlutarilCoA (HMGCoA)
AcetilCoAHMGCoA liase
AcetoAcetato 3 Hidroxibutirato3Hidroxibutirato desidrogenase
NADH2NADAcetona
Descarboxilação espontânea
Síntese de Corpos Cetônicos
Lipogênese
• É utilizada em condições em que há uma ingestão excessiva de alimentos energéticos.
• Os carboidratos em excesso, são convertidos em ácidos graxos no fígado e armazenados como triacilgliceróis no tecido adiposo.
• O fígado é o principal órgão de atividade lipogênica e não o tecido adiposo.
• Encontra-se inibida na diabete melito tipo II.• Não é exatamente o inverso da lipólise, pois
ocorre no citosol da célula.
Etapas da Lipogênese:
• Ocorre em duas etapas, ambas exigindo acetil CoA e utilizando enzimas multifuncionais em complexos enzimáticos:
- Etapa 1: envolve a acetil CoA carboxilase- Etapa 2: envolve a ácido graxo sintetase.
Etapa 1
Acetil CoA Malonil CoAAcetil CoA carboxilase
(2C) (3C)
ATP ADP + PiCO2
Etapa 2
• O malonil CoA irá sofrer:- Condensação- Redução- Desidratação- Redução
Obs: Cada ciclo ganha 2C doados pelo malonil ACP. Para formar o palmitato (16C) este ciclo deverá ocorrer 7 vezes. (contrário da lipólise)
Palmitato
• Acetil ACP (2C) + malonil ACP (3C) = 4C (pois perde 1CO2)
• 4C + malonil ACP = 6C• 6C + malonil ACP = 8C• 8C + malonil ACP = 10C• 10C + malonil ACP = 12C• 12C + malonil ACP = 14C• 14C + malonil ACP = 16C
7 CICLOS
Gasto Energético
• Cada ciclo consome:- 2 NADPH- 1 acetil ACP- 1 malonil
Carreador malato
• A acetil CoA é a molécula primariamente necessária para a lipogênese.
• Porém, ela está na mitocôndria e para que ocorra a lipogênese ela precisa ir para o citosol.
• O acetil CoA por sua vez não consegue atravessar a membrana mitocondrial.
• Então é necessário o carreador malato, envolvendo o sistema antiporte malato-citrato.
Piruvato (da glicólise)
Citrato (citosol)
Acetil CoA Oxalacetato
Malonil CoA Malato
TAG Piruvato
Acetil CoA
Acetil CoA + Oxalacetato (TCA)
• Neste transporte cada acetil CoA transportado consome NADPH, por isso a importância da via das pentose fosfatos !
IMPORTANTE:
Controle Hormonal
• Lipólise:- Insulina: inibe- Glucagon (tec. Adiposo) e epinefrina (músculo):
estimula
• Lipogênese:- Insulina: estimula - Glucagon: inibe
Biossíntese de Colesterol no Fígado
Colesterol
• Componente essencial das membranas celulares.
• Precursor de ácidos biliares, hormônios esteróides e a vitamina D.
• Precisam de lipoproteínas para solubilizar a molécula de colesterol.
Biossíntese do Colesterol
• Acontece no citoplasma.• Praticamente todas a células realizam. Com
destaque no fígado.• A acetil CoA é o ponto inicial, sendo obtida
por várias vias inclusive pela b-oxidação de ácidos graxos de cadeia longa.
• Sendo o ácido mevalônico o produto inicial.• Destaca-se também a enzima HMG
redutase.
Acetil CoA
Acetoacetil CoA
3-hidroxi-3-metilglutaril CoA (HMG CoA)
Mevalonato
Farnesil Pirofosfato Esqualeno
COLESTEROL
Acetil CoA tiolase
HMG CoA sintetase
HMG CoA redutase2 NADPH + 2H+2 NADP+
Ponto de Controle
• Enzima HMG redutase:- Inibida pelo excesso de colesterol.- Ativada pela falta de colesterol.- Insulina: estimula- Glucagon e cortisol: inibe
Litíase Biliar
• O colesterol está presente em altas concentrações na bile, sendo solubilizado em micelas.
• Quando o fígado secreta a bile em excesso, fica difícil solubilizar todo o colesterol presente nas micelas.
• Dessa maneira, há uma tendência do colesterol se cristalizar, formando cálculos na vesícula biliar = dores abdominais.
Tratamento da Litíase
• Redução do colesterol da dieta.• Litotripsia: desintegração dos cálculos por
radiação ou ondas de choque.• Cirurgia.