mercadão. o centro comercial português que só existe na interne · uma grande criação, de um...

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Autor TIVE UMA IDEIA Mercadão. O centro comercial português que só existe na Internet 14/4/2018, 11:21 144 5 Plataforma criada por três sócios com anos de experiência em "e-commerce" põe "personal shoppers" a fazer compras encomendadas pelos utilizadores. Entregas podem começar duas horas depois. Através do Mercadão, os clientes podem fazer compras em lojas como o Pingo Doce, Science4You, VINHA e Arcádia. Fonte Online Os Cookies ajudam-nos a melhorar a sua experiência como utilizador. Ao utilizar os nossos serviços, está a aceitar o uso de cookies e a concordar com a nossa política de utilização.

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Autor

TIVE UMA IDEIA

Mercadão. O centro comercial português que

só existe na Internet14/4/2018, 11:21 144 5

Plataforma criada por três sócios com anos de experiência em

"e-commerce" põe "personal shoppers" a fazer compras encomendadas

pelos utilizadores. Entregas podem começar duas horas depois.

Através do Mercadão, os clientes podem fazer compras em lojas como o Pingo Doce, Science4You,

VINHA e Arcádia.

Fonte Online

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É quase cliché ouvir-se falar de um momento de inspiração súbita por detrás de

uma grande criação, de um “Ahh!” ou, como acontece nos desenhos animados,

de uma lâmpada que de repente se acende. Por vezes, as grandes ideias surgem

assim, do nada. Mas para Gonçalo Soares da Costa, Ricardo Monteiro e

Elísio Santos, que criaram uma espécie de centro comercial online que

permite comprar e receber as compras a partir de duas horas, não houve

momentos eureka. Para chegar àquilo a que chamaram Mercadão fizeram-se

valer da sua experiência, formação e estudando aquilo de que melhor se faz lá

fora, criando-o um bocado como se tivessem a escrever um livro.

“Se tu leres muito, se conheceres bem a tua língua, pode ser que um dia até

escrevas um bom livro. Tens é que ler, senão nunca consegues escrever nada de

jeito. Aqui é a mesma coisa do ponto de vista de negócio”, disse ao Observador

Gonçalo Soares Costa, diretor-geral da empresa a que pertence o Mercadão, a

Fonte Online.

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O Mercadão já está disponível em Lisboa, Sintra, Porto, Matosinhos e

Leça da Palmeira e reúne retalhistas como o Pingo Doce, que assim volta a

vender na internet, a Science4you e a garrafeira online Vinha. Esta

plataforma permite aos clientes receber aquilo que compraram no mesmo dia e

a partir de duas horas da compra, sem custos adicionais nos produtos, graças a

uma equipa de personal shoppers (indíviduos que fazem as compras por

si) espalhados por diferentes áreas das cidades em que o serviço está

disponível, que assim garantem a rapidez de entregas e que tornam o serviço

“local”.

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No Mercadão, os produtos de lojas como Pingo Doce, Science4You e Arcádia estão disponíveis para

compra ao mesmo preço das lojas físicas. Foto: Fonte Online

“Em termos de operação, não olhamos para uma cidade maior como Lisboa”,

disse Gonçalo. “Nós talhamos Lisboa em áreas mais pequenas e o utilizador é

servido pelas lojas físicas que estiverem mais próximas [do cliente]. Só dessa

maneira é que conseguimos fazer as entregas a partir de duas horas”, explicou.

Eis como funciona: através do site (a plataforma ainda não tem app), que está

optimizado para computadores, tablets e smartphones, o cliente faz uma

encomenda das lojas que quiser, comprando os produtos ao mesmo preço

a que compraria em loja. A partir daí, um colaborador do Mercadão — o tal

“personal shopper” — dirige-se às lojas mais próximas do destino da

encomenda para, no fundo, fazer as compras pelo cliente, que pode

acompanhar o processo através do site e até entrar em contacto com o

“shopper” — e vice-versa — caso surja algum imprevisto. As encomendas são

recebidas a partir de duas horas e com uma janela de entrega de 30 minutos.

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Os “personal shoppers” do Mercadão recebem formação de modo a garantir que, por exemplo, as

maçãs não chegam ao destino pisadas. Foto: Fonte Online

Claro, ter alguém a fazer as compras por si tem um custo, que depende da

marca a que está a comprar. No caso do Pingo Doce, por exemplo, existem duas

taxas ou portes: a mais baixa, de 5 euros, aplica-se quando o cliente agenda

uma encomenda a partir de quatro horas antes. Se tiver mais pressa, pode

pagar a taxa expresso de 6,50 euros para receber a encomenda de forma mais

urgente. Na primeira encomenda, o Mercadão oferece os portes em compras

acima de 35 euros.

Para serem capazes de fazer as entregas sem atritos, estes personal

shoppers passam dias a fazer entregas fictícias e recebem formação em

questões relacionadas com a recolha de produtos. “É importante, por

exemplo, saberem que não se pode carregar muito numa maçã, senão passado

uma hora está pisada, e perceberem como acondicionar da melhor forma as

compras para estas chegarem em condições ao cliente”, referiu o Gonçalo

Soares da Costa.

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Importante para a Fonte Online é garantir também que o Mercadão oferece um

serviço mais pessoal ao cliente, algo que é conseguido graças, entre outras

coisas, à divisão das cidades em diversas áreas e à facilidade de contactar os

personal shoppers, que, ao invés de irem rodando por essas áreas, trabalham

apenas numa, aumentando assim a probabilidade de o cliente ser servido pelo

mesmo “shopper”. O objetivo é oferecer aos utilizadores da plataforma um

serviço “mais próximo e menos rígido do que os serviços tradicionais”

“Não queremos perder a independência”

Apesar de ser único em Portugal, o Mercadão nasce do estudo de empresas

como a americana InstaCart, que também opera um serviço de entrega das

compras no mesmo dia em que se fez a encomenda, e de anos de experiência

dos fundadores na área do e-commerce: Gonçalo Soares da Costa, de 37 anos,

foi diretor de negócio do Continente Online, onde Ricardo Monteiro, 32, foi

gestor de negócio; Elísio Santos, por sua vez, foi diretor da área digital da

Jerónimo Martins.

“Nós, os fundadores, já temos experiência em e-commerce. Como é evidente,

nós vamos estando atentos àquilo que vai acontecendo no mundo, até porque

não havia grandes marcas em termos de e-commerce em Portugal”, referiu o

diretor-geral, acrescentando que não houve “propriamente um momento

eureka” no que diz respeito ao Mercadão. “Quando sabes o que está a acontecer

no mundo e vais estando a par daquilo que são as melhores práticas, depois é

uma questão de fazeres as contas”, disse.

É provável que seja servido pelo mesmo ou pelos mesmos shoppers que

trabalham naquela área, e com o tempo desenvolve-se uma relação de

confiança e conhecimento até do próprio shopper”, disse Gonçalo ao

Observador. Com essa confiança, referiu, “se calhar ao fim de uma quarta

ou quinta entrega até telefona ao ‘shopper’ a dizer que não vai estar em

casa e que pode deixar as compras com a vizinha.”

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Gonçalo Soares da Costa, um dos fundadores do Mercadão, já contava com anos de experiência em

e-commerce antes do lançamento do Mercadão, um conceito até então ainda não praticado em

Portugal. Foto: Fonte Online

Feitas as contas, os fundadores chegaram a uma conclusão: “Epá, nós podíamos

fazer isto cá!” Mas não tintim por tintim: isto porque, segundo Gonçalo Soares

da Costa, “não dá para copiar modelos” nem há negócio “que passe de uma

geografia para a outra em copy-paste”. “Tens de olhar muito bem para as

condições do teu país e para os hábitos de compra dos clientes em Portugal”,

considerou.

O Mercadão foi lançado em janeiro mas, segundo Gonçalo Soares da Costa, já

conta “alguns milhares de utilizadores registados” em “muito pouco tempo de

divulgação”, que até agora diz ter sido “muito por passa-palavra”. O

investimento, explica o diretor-geral, é contínuo, “considera tecnologia e forte

investimento em recursos humanos” e foi “assegurado pelos fundadores”.

“Somos uma empresa independente, não fomos atrás de capital de risco e é esse

o caminho que pretendemos continuar a seguir no futuro. Queremos ter a

autonomia e a agilidade que nos permitiram chegar ao ponto onde estamos Os Cookies ajudam-nos a melhorar a sua experiência como utilizador. Ao utilizar os nossos serviços, está a aceitar o uso de cookies e a concordar com a nossa política de utilização.

hoje e, sobretudo, com a rapidez que o fizemos. Não queremos perder essa

independência.”, afirmou Gonçalo Soares da Costa.

“A procura tem vindo a crescer dia após dia e vai continuar

durante muito tempo”

Apesar do curto tempo de operação, o Mercadão já planeia aumentar a sua

presença a nível geográfico — principalmente ao longo do litoral e para

cidades como Braga, Coimbra e Guimarães.

“No verão pretendemos estar no Algarve, no Porto queremos alargar para Gaia

e depois queremos estar nas principais capitais de distrito no litoral do país,

que também devem estar fechadas ao longo deste ano. É importante chegarmos

a essas zonas”, disse Gonçalo Soares da Costa, referindo ainda que pretendem

reforçar as áreas em que já estão presentes.

De momento, o Mercadão ainda não está disponível na totalidade das áreas de Lisboa, Sintra ou

Porto. Contudo, a sua presença deverá ser alargada ainda este ano. Foto: Fonte Online

Daqui para a frente, afirmou Gonçalo, o futuro do Mercadão passa, além do

crescimento para novas cidades, por “alargar o número de parceiros”,

trabalho que “ao longo das próximas semanas se vai tornar evidente para o

consumidor”, e “aumentar a variedade em tudo aquilo que não seja o retalho

alimentar” — “aí é Pingo Doce e ponto final”, garantiu. Além disso, o Mercadão

está focado também em “melhorar do ponto de vista tecnológico” e

oferecer novas funcionalidades aos clientes.

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“Queremos aumentar a disponibilidade do serviço, e isto significa crescer para

novas geografias e, nas áreas onde já estamos, fazer crescer a operação, a nossa

equipa de ‘shoppers’, para garantir capacidade de resposta”, explicou. “A

procura que temos tido tem vindo a crescer dia após dia, mas vai continuar a

crescer durante muito tempo.”

*Tive uma ideia! é uma rubrica do Observador destinada a novos negócios

com ADN português.

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