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X Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira

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X Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira

Luis Felipe Magno

Copyright © 2012 by Luis Felipe MagnoTítulo original: Festa de IemanjáCapa e Editoração: Projeto Gráfico do Autor

2012Impresso no Brasil - Printed in Brazil

Publicação IndependenteTodos os direitos reservados ao AutorLUIS FELIPE DA SILVA MAGNORua Firmino Fragoso 118 - Madureira21351-090 - Rio de Janeiro - RJTels:(21)3017-5580 e (21)8400-8262

As fotos aqui utilizadas foram captadas na Internet e em sua maio-ria são de autoria desconhecida. Retratam diversas festas em louvor a Iemanjá ao Redor do Brasil.

Relatório de Projeto integradoLuis Felipe da Silva Magno

Turma: GDG2010-3N

Este relatório faz parte do projeto integração de 7º período ministrado no primeiro semestre de 2012

“Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.A tua beleza aumenta quando estamos sósE tão fundo intimamente a tua vozSegue o mais secreto bailar do meu sonho.Que momentos há em que eu suponhoSeres um milagre criado só para mim.”

Sophia Breyner

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PREFÁCIO

Estou esperando por meus filhos. Já me preparo para recebê-los, pois muito em breve receberei a visita de todos. Sabe, todos os anos eu tenho muito trabalho, pois tenho muito que limpar.

Todos os anos, eu recebo inúmeros filhos, fiéis, seguidores, adep-tos, simpatizantes, etc. e, mesmo eu pedindo tanto, ainda há alguns entre eles que não entenderam e não entendem que não cabem em minha casa certos adereços.

Todos os anos quando é chegada a época da minha grande festa, procuro preparar a minha casa para que quando todos chegarem eu possa recebê-los em minhas areias claras que brilham ao bater do sol como se fosse um tapete de diamantes, eu limpo as minhas águas e deixo reservado sempre a melhor maré para o grande mo-mento do banho de todos. Minhas águas, nossa como são lindas, limpas e transparentes, parecem espelhos, onde cada filho conse-gue ver seu próprio reflexo.

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A festa é maravilhosa.

Eu vejo que todos me amam, que todos me adoram, que todos se sentem bem quando chegam até minhas águas que, na verdade, nada mais são do que extensões de meu manto. Eu cubro a todos que se banham em minhas ondas, eu lavo vosso corpo carnal e principalmente curo o vosso corpo espiritual das surras que tomas-tes durante todo o ano que passou.

Eu como mãe estou sempre aqui estendendo o meu manto em forma d’água para que possam se limpar, se curar, se revigorar e, principalmente, para que possam sentir o afago daquela que sem-pre lhes deu condições das melhores possíveis para que pudessem caminhar muitas vezes de preferência sem tropeçarem, mas se um dia isso aconteceu, acredite, foi o melhor que fiz para que não se machucassem tanto e que, mesmo assim, eu pudesse lhes curar quando viessem me ver, meus filhos.

Mas hoje é o meu dia de festa, hoje escutei muitos rumores, do céu, dos ventos, das chuvas, das matas, das pedreiras, das cachoeiras, do

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Sol, da Lua, de que receberei uma grande homenagem.

Apenas a presença de todos já é o suficiente, apenas a presença de meus filhos em minha casa já me deixa repleta de alegria.

Mas sei que como todo ano ficarei muito triste com a partida de todos quando a festa terminar não apenas por vossa partida meus filhos, mas principalmente, porque a mamãe deixou a casa limpa, estendi meu mando claro e cristalino para que pudessem se banhar deixei a minha areia branca e brilhante para que se sentissem no conforto de vossas casas, mas em sua saída, deixastes algumas coi-sas que não me pertencem e que vou demorar mais de um ano para limpar, novamente, para todos.

Eu não me lembro de ter deixado em minhas areias limpas e claras estas garrafas de espumantes, nem mesmo estes restos de comida.

O que é isso “navegando” para dentro de meu ventre nas águas? É um barco de isopor...

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Seria lindo! A mamãe iria adorar de coração, se não fizesse tanto mal aos seus amigos que moram dentro de mim.

Tudo bem meus filhos, a mamãe entende que devem estar cansa-dos e no ano que vem não mais trarão estes adereços, bem como não derramarão perfume de alfazema poluindo minhas águas e matando meus cardumes a beira mar e não arremessarão as rosas como dardos que perfuram meu manto ao invés de enfeitá-los.

Sei que próximo ano as rosas serão depositadas como se esten-dessem uma toalha de cetim sobre uma mesa de cristal e que com as pétalas dessas rosas enfeitarão minhas águas como uma grande cortina de seda.

Sei que as visitas serão apenas com o coração cheio de alegrias e eu terei o prazer de recebê-los com os mesmos braços abertos, com o mesmo manto e com a mesma limpeza que sempre tenho feito por todos esses anos e estarão todos perdoados, pois um dia entenderão que a mamãe, mesmo assim, vos ama.

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Eu sou a sua Divina e Sagrada Mãe Iemanjá, aquela que gera tudo em sua vida, só não consegui ainda gerar o respeito por minha casa, ou será, que vocês esqueceram os bons modos que lhes ensinei?

Danilo Lopes Guedes

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SUMÁRIO

Prefácio 9Introdução 17A Festa 21

Identificação do Projeto 21O Público 25Inspiração 27 Criação de Conceito 29 Captação de Recursos 31

Identidade Visual 35Marca 36 Paleta de Cores 37 Família Tipográfica 40

Aplicações da Marca 43Gestão de Projetos 1

Declaração de Escopo Preliminar 45Cronograma e WBS do projeto 55

Auto Avaliação 1

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INTRODUÇÃO

O Design é uma das ferramentas de modificação do mundo mo-derno e do comportamentos de seus habitantes. Entretanto ainda é costume separar o Design de algumas outras áreas da experiência social, como a religião e os rituais que a constituem.

Sendo assim uma enorme seção do conhecimento, repleta de pos-sibilidades de melhoria é negligenciada. Do ponto de vista social, o Design poderia trazer para os rituais religiosos experiências mais sustentáveis e mais alinhadas aos princípios aos quais se propõem.

Este trabalho se propõem justamente a quebrar esta barreira, uti-lizar o Design para transformar a festa de Iemanjá em um evento sustentável e agradável a todos os fiéis e participantes.

Conhecida pela alegria dos comerciantes e do público do Merca-dão de Madureira, a Festa de Iemanjá apresenta uma ameaça ecoló-gica para a orla carioca, a exemplo do que já ocorre na Bahia onde as oferendas se transformam em toneladas de lixo que impactam

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seriamente o ecossistema da região. .

Para garantir melhores perspectivas para a festividade carioca e até mesmo uma melhor relação com o orixá Iemanjá que sofre ao ter suas águas poluídas, é preciso uma intervenção tanto do ponto de vista do planejamento público, como do design e da comunicação.

Garantir a existência de produtos que causem menos impacto am-biental, a educação dos fiéis sobre os danos ao meio ambiente e um local apropriado para a entrega das oferendas, podem garantir uma festa mais limpa, sem acidentes e alinhada ao amor a natureza fundamento primordial das religiões afro-brasileiras.

Esta é a proposta deste projeto, transformar uma experiência co-tidiana, uma festa religiosa, através da comunicação e do planeja-mento como já ocorre em empresas ao redor do mundo.

O livro é dividido em prefácio mais seis seções principais. A seção de Introdução que inicia as discussões sobre o assunto, a seção Metodologia de Pesquisa que identifica o processo de criação do

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Designer, a seção Gestão do Projeto que relata as etapas do projeto do ponto de vista do planejamento, a seção de Identidade Visual que apresenta a marca e suas diretrizes, a seção de Aplicações da marca que apresenta os principais produtos da marca e, por fim, a seção de Website e Animação que mostra a construção do site e o processo de criação da animação.

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A FESTA

Esta seção irá definir e apresentar o processo metodológico, a criação de estratégia para divulgar a festa de Iemanjá e a contextu-alização da festa.

De uma forma bem organizada a seção apresenta fases do desen-volvimento, ilustrações, rascunhos, layouts e as principais partidos tomados para atender aos objetivos.

Identificação do Projeto

A Festa de Iemanjá é uma comemoração popular que tem sua ori-gem nos cultos afro-brasileiros, Umbanda e Candomblé. Trata-se de uma variação do ritual de entrega de oferendas a Iemanjá, onde os fiéis levam flores, perfumes, espelhos, pentes e jóias para entre-gar a Iemanjá, orixá dos mares e oceanos.

A história do ritual e do Mercadão são entrelaçadas desde o iní-

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cio. Sempre repleto de lojas de artigos religiosos, o Mercadão de madureira apresenta um ciclo sazonal relacionado com as religiões afro-brasileiras. No período próximo ao final do ano, os lojistas decoravam suas prateleiras com barquinhos, imagens e oferendas para Iemanjá. Ao centro da loja barcos maiores recebiam oferen-das dos clientes que não poderiam levar suas oferendas a praia no dia do Ano Novo.

No dia do Ano Novo carros abertos e caminhões partiam do Mer-cadão em direção a orla, entregar oferendas dos lojistas e dos clien-tes, algumas pessoas esperavam para ver estes passeando pelos cor-redores do mercado espalhando cores e cheiros.

Esse ritual, interno e informal se tornou uma tradição no Merca-dão, um momento de encontro e confraternização entre lojistas clientes e, é claro, Iemanjá.

Em janeiro de 2000 um incêndio atingiu o Mercadão, de acordo com a administração do Mercadão 90% das 650 lojas tiveram per-da total. Um sentimento de desespero atingiu os mais de 20 mil

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trabalhadores do Mercadão. A parte da comunidade contrária a pratica dos culto afro-brasileiros culpou os religiosos e as divinda-des pelo ocorrido.

Em outubro de 2001 com a união do governo e das associações comerciais o Mercadão foi reaberto. Os lojistas satisfeitos agrade-ceram aos orixás pelo sucesso e então passaram a procuram uma forma de agradecer pela reabertura.

Os anos de 2001 e 2002 foram utilizados para procurar patrocina-dores, organizadores, alvarás e outras formalidades. Em 31 dezem-bro de 2003 o ritual informal se tornou em uma festa, os barcos que antes seguiam silenciosamente pelas ruas passaram a ser leva-dos em uma festiva carreata entre Madureira e Copacabana.

A festa reuniu milhares de fiéis terreiros de toda cidade passaram a aproveitar o momento para se confraternizar. As oferendas pas-saram a ser entregues aos sons das cantigas e tambores, os lojis-tas estariam eternamente satisfeitos a Iemanjá pela reabertura do Mercadão.

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O Público

A Festa de Iemanjá tem um público bastante eclético, desde os fi-éis das religiões afro-brasileiras, curiosos que gostam da beleza do ritual, pessoas supersticiosas em busca de amuletos de sorte e tu-ristas em busca de experiências da cultura brasileira.

Em divisão de gêneros temos uma quantidade maior de pessoas do gênero feminino, com idades variadas, com sua maioria constituí-da de jovens adultos e adultos até 50 anos.

Neste projeto visamos atrair basicamente os fiéis e os supersticio-sos que compram produtos para lançar no mar. Com uma abor-dagem acessível para os mais jovens, procuramos concientiza-los sobre o impacto ambiental dessas oferendas.

Além do fiéis os turistas também são parte importante desse proje-to pois deverão disseminar as idéias e valores propagados na festa de respeito ao mar e aos seres marinhos no momento de ofertar a Iemanjá.

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Inspiração

A inspiração para esse projeto veio principalmente de fotos e de experiências relacionadas a Umbanda, o Candomblé, o Mercadão e o orixá Iemanjá.

Algumas imagens pontuais muito difundidas foram utilizadas para identificar os principais arquétipos e paradigmas presentes, para sa-ber quais poderiam ser rompidos e quais deveriam ser preservados.

Observando texturas, elementos, gestos, posicionamentos e ima-gens foi possível selecionar um grupo de elementos capazes de sintetizar valores e imagens dos fiéis sobre a festa. A texturas das diversas saias sobrepostas serviu para escolha da cobertura da capa e do pattern de fundo de parte dos materiais gráficos. Fios de con-ta, ferramentas, espelhos e ornamentos se fundiram na criação da marca e do logotipo.

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Criação do Conceito

Para desenvolver a identidade visual da a Festa de Iemanjá se fez necessário um pesquisa de referências de fotos, imagens e outros elementos que fazem parte do imaginário coletivo do público da festa.

O conceito escolhido foi o de Espelho D’água, representado pelo Abebê de Iemanjá, elemento que mistura leque e espelho, é o sím-bolo dos Orixás das águas, sendo os adornados com estrelas e pei-xes associados a Iemanjá e os adornados com corações associados a Oxum, orixá das águas doces.

Ao redor do Abebê pequenos arabescos em forma de ondas reme-tendo as formas do mar. Na parte interna uma moldura branca re-alça o contraste da peça e trás a aparência dos tecidos para a peça. A estrela do mar ao centro reforça a identidade visual reforçando a presença de Iemanjá. Na ilustração maior a estrela é substituida pela própria Iemanjá causando a sensação de ver o outro lado do espelho.

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Captação de Recursos

Tendo em vista o tema da festa algumas empresas, em especial as envolvidas com o combate a poluição marítima e a preservação da cultura nacional, podem apresentar interesse em patrocinar ou apoiar o evento..

Como patrocinadores podemos alguns nomes principais com a Pe-trobrás que dada a sua atividade de extração de petróleo marítimo tem ações para a preservação da biodiversidade marítima e redução do impacto das intervenções humanas no mar.

Outro patrocinador potência é a Univeler, engajada nas questões de sustentabilidade apresenta em sua estratégia “Reciclagem, uso consciente da água e a inclusão social”, além de apresentar um pla-no de sustentabilidade baseado no slogan “Pequenas ações. Gran-de diferença. Cada gesto conta.”

A Natura também é um possível patrocinador, devido a suas ações sustentaveis para a redução da emissão de carbono, assunto direta-

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mente relacionado a saúde dos ecossistemas marítimos, dado que as algas são responsáveis pela conversão de uma enorme porção do monóxido carbono diluído em água.

Relacionados aos governo federal, temos como possíveis interes-sados em patrocinar o evento o Ministério da Pesca e Aquicultu-ra e o Ministério da Educação, dado o alinhamento destes com as propostas da festa. Regionalmente falando a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Estado, através da Secretaria do Estado de Pesca e Aquicultura.

Como empresas que oferecem apoio ao evento podemos identi-ficar empresas de fornecimento de velas como a Fábrica de velas São Jorge ou a Fábrica de velas Santa Marta.

Outra oportunidade para parceria em nível de apoio são as empre-sas de bebidas que tem em sua linha espumantes de preço reduzido como a Cereser, a Salton ou a Chuva de Prata

Os apoios como de floriculturas, produtos religiosos e tecidos po-

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dem ser providenciados dentro da estrutura do próprio Mercadão. É essencial que os produtos oferecidos na festa, seja á venda nas lojas , seja por distribuição, estejam de acordo com os valores de sustentabilidade propostos para a festa, para isso é preciso criar parcerias para o desenvolvimento e comercialização de opções sus-tentáveis aos produtos utilizados na festividade como pentes, per-fumes, espelhos e barquinhos.

Pensando nisso é possível desenvolver parcerias com centros de estudo de Design como a Escola Superior de Desenho Industrial, o departamento de Desenho Industrial da Escola de Belas Artes e o Departamento de Design da Universidade de São Paulo.

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IDENTIDADE VISUAL

A Festa de Iemanjá é uma festividade popular que toma lugar em um mercado. Como se trata de uma festa concebida por proprietá-rios de lojas de artigos religiosos sua identidade combina aspectos puramente religiosos com parâmetros comerciais.

Baseado nessa premissa a identidade visual da festa precisa estar alinhada com os valores religiosos, estéticas e paradigmas e ainda assim ser acessível ao maior número de pessoas possível. É essen-cial que as formas e cores estejam de acordo com as utilizadas no culto ao orixá Iemanjá, entretanto, detalhes muito específicos de uma ou outra prática não devem ser exploradas em demasia sobre o risco de excluir os demais participantes.

Ainda sobre a identidade, esta deve estar ligada aos parâmetros mais ancestrais do culto ao orixá Iemanjá, pois ainda que estes es-tejam mais relacionados ao Candomblé do que as demais religiões afro-brasileiras eles representam a raiz do culto ao orixás e podem ser usado para unir todos os participantes.

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MANUAL DA MARCAEsta é a marca da Festa de Iemanjá do Mercadão de de Madureira. Ela tem como elementos de composição de seu símbolo o abe-bê, objeto litúrgico que combina as funções de espelho e leque, adornado com a estrela marinha de cinco pontas símbolo muito associado aos cultos a Iemanjá.

A Marca pode ocorrer em três versões: Uma vertical, de uso pre-ferencial, uma horizontal para situações onde a vertical apresentar dificuldades de aplicações e por ultimo uma versão ilustrada para aplicações em tamanhos maiores, cartazes, livros e outras aplica-ções que permitam uma ilustração mais detalhada.

As cores empregadas na marca estão associadas ao culto a Iemanjá tanto na Umbanda como no Candomblé. Os tons de azul também estão diretamente relacionado ao bairro de Madureira devido a sua relação com a escola de samba Portela icone da identidade regional do bairro de Madureira.

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VERSÃO VERTICAL

VERSÃO HORIZONTAL

VERSÃO ILUSTRADA

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PALETA DE CORESAs cores são um fator muito importante da marca da Festa de Ie-manjá, a e sua reprodução adequada das cores é a garantia de uma comunicação eficiente e da adequação aos ritos afro-brasileiros.

Dependendo da peça a ser confeccionada e da sua natureza (pa-pel, cartão, película adesiva, metal, etc.), referências de cores serão necessárias. Caso não exista uma especificação estabelecida, a con-versão deve ser feita por aproximação.

É importante ressaltar que a utilização de apenas 2 canais de cores (ciano e preto) o que garante a possibilidade de impressão de custo reduzido em materiais de comunicação como papelarias, envelo-pes, cartazes e a grande maioria dos impressos.

Como é prevista a utilização da marca em vídeo e impressão por serigrafia em papéis de cor diferenciada se faz necessária a identi-ficação do branco como cor, uma vez que esta não é um espaço vazio e sim uma área de preenchimento da referida cor.

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CORCMYK

RGB

CORCMYK

RGB

PRETOK=100%

R=G=B=0

MÉDIOC=100%K=65%R=0G=87B=121

AZUL PASTELC=60%K=25%R=55G=159B=195

AZUL CIANOC=65%K=10%R=32G=179B=222

AZUL CIANOC=80%K=20%R=0G=155B=202

BRANCOC=M=Y=K= 0

R=255G=255B=255

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FAMÍLIA TIPOGRÁFICAA família tipográfica escolhida para Identidade Visual da Festa de Iemanjá foi a Garamond, uma tipografia clássica com influências renascentistas de excelente legibilidade e com uma família bastante ampla, ideal para projetos impressos.

Seu uso está previsto também para aplicações nos demais textos impressos (anúncios publicitários, cartas, endereços de papelaria institucional, títulos e textos de formulários, etc.). Para criação de um contraste eficiente utiliza-se a DIN, uma tipografia contempo-rânea, sem serifa e de desenho geométrico.

Para a utilização em dispositivos virtuais a Garamond é substituída pela Museo, uma tipografia mais adequada aos suportes digitais. a utilização da DIN é mantida, só que agora para os textos corridos.É possível a utilização da Museo sem a complementação da DIN de forma criar unidade em aplicações que tenham muita informa-ção ou excesso de contraste.

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ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz123456789

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz123456789

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz123456789

Museo | Alfabeto Complementar

Garamond | Alfabeto Principal

DIN | Alfabeto Complementar

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APLICAÇÕES DA MARCA

A Festa de Iemanjá é uma festividade popular que toma lugar em um mercado. Como se trata de uma festa concebida por proprietá-rios de lojas de artigos religiosos sua identidade combina aspectos puramente religiosos com parâmetros comerciais.

Baseado nessa premissa a identidade visual da festa precisa estar alinhada com os valores religiosos, estéticas e paradigmas e ainda assim ser acessível ao maior número de pessoas possível. É essen-cial que as formas e cores estejam de acordo com as utilizadas no culto ao orixá Iemanjá, entretanto, detalhes muito específicos de uma ou outra prática não devem ser exploradas em demasia sobre o risco de excluir os demais participantes.

Ainda sobre a identidade, esta deve estar ligada aos parâmetros mais ancestrais do culto ao orixá Iemanjá, pois ainda que estes es-tejam mais relacionados ao Candomblé do que as demais religiões afro-brasileiras eles representam a raiz do culto ao orixás e podem ser usado para unir todos os participantes.

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CARTAZ Peça em 60x84cms utilizada para sinalização dentro e fora do mer-cadão de Madureira. Utilizando as cores da identidade visual e os elementos da comunicação como texturas e formas arrendondadas e semelhante a ondas o cartaz é alinhado ao centro de forma bas-tante tradicional e definida.

O Layout simples do cartaz atende aos pré-requisitos do público, de fácil legibilidade e reprodução sem fugir da identidade e do ima-ginário popular.

53CARTAZ 60X84CMS

29 de DezembroSaída as 12hrs do Mercadão de Madureira

Posto 4 de Copacabana

X FESTA DE IEMANJÁDO MERCADÃO DE MADUREIRA

Patrocínio Apoio

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MARCADOR DE LIVROSPeça em 15x4cms utilizada para promoção em livrarias, cafés e bancas de jornal dentro e fora do mercadão de Madureira. Tabém alinhado a identidade visual se assemelha a uma fita de algodão com uma presilha com o logo da festa. Tem uma aparência suave e levemente vintage.

Apresenta um aspecto de brinde, é impresso em papel sem co-bertura de forma garantir que a impressão e o tato tenham uma aparência próxima a impressão em tecido.

Conta com uma faca detalhada que dá a forma orgânica a peça.

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MARCADOR 15X4CMS

MARCADOR 15X4CMS

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POSTAL MIKAPeça em 10,5x15cms utilizada para promoção em livrarias, cafés, boites e outros lugares públicos. Feito como uma estética suave-mente diferenciada para atrair públicos inicialmente desinteressa-dos.

Como se trata de uma mídia colecionavel se torna um item per-manente na vida de alguém que tera uma lembrança recorrente do evento.

A identidade sofre uma suave alteração quando permite a variação da utilização da logo reduzida em um tamnho maior.

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PORTAL DE DIVULGAÇÃOO website de divulgação da Festa de Iemanjá tem uma comunica-ção semelhante a explorada nos materiais de comunicação. Repleto de texturas e formas orgânicas e com ligação com o mar, apresenta a festa com suas principais nuances.

Divido em seis seções tem uma navegação bem simples e focada nos usuários menos experientes.

Os tons de azul da identidade seguem em uso ea textura do fundo do site é uma variação do tecido que compõem a capa deste livro.

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GESTÃO DE PROJETOS

Neste capitulo vamos descrever o planejamento do projeto, desde a definição do escopo através do documento Declaração de Esco-po Preliminar até as questões relativas gestão de custo.

Foram desenvolvidos 4 documentos específicos para este proje-to, a Declaração de Escopo Preliminar, o Diagrama de Redes, o Agendamento , o Gráfico da WBS e o Cronograma. Destes so-mente a declaração de escopo estará escrito neste livro, os demais constarão em anexo.

Declaração de Escopo Preliminar

OBJETIVO O objetivo deste documento é definir o projeto com informações necessárias para seu gerenciamento. Seu conteúdo apresenta de forma sumarizada os motivos que justificaram a criação deste pro-jeto e as necessidades de negócio que levaram a sua aprovação. Ou-tros documentos com maior detalhamento serão citados ao longo

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deste termo. A Declaração de Escopo Preliminar é de propriedade do Gerente de Projetos e deve ser considerado como a versão inicial do Pla-no de Gerenciamento do Projeto. Esta versão inicial não deve ser modificada após o processo de iniciação do projeto. As alterações ocorridas ao longo do projeto devem ser registradas no Plano de Gerenciamento do Projeto que deve ter formado similar a este documento.

JUSTIFICATIVAS DE NEGÓCIO A Festa de Iemanjá é um evento que ocorre todo dia 29 de dezem-bro na cidade do Rio de Janeiro, dia escolhido para que os rituais sagrados não sejam misturados com as festas de ano novo. Neste um caminhão aberto e decorado leva, em passeata, as oferendas da população de Madureira até a orla aonde diversas pessoas se reú-nem para tomar banho de mar com suas vestimentas ritualísticas, dançar, cantar e louvar ao orixá regente do Mar.Tal evento envolve diversas questões desde como conquistar pa-trocinadores até garantir que o evento não atrapalhe o trânsito, nem polua excessivamente a praia. Para isso é preciso que haja

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comunicação clara dos organizadores com os participantes, sendo necessária a criação de um projeto de comunicação visual.

DEFINIÇÃO DO PROJETO E DO PRODUTO

GERENTE DO PROJETO Luis Felipe Magno, Designer da Luis Felipe Magno Comunicação Visual (http://www.luisfelipemagno.com.br) aluno da Graduação do INFNET será responsável pela projeto e deve gerenciar e exe-cutar o projeto de criação da identidade visual, papelaria e web site, tendo autoridade para indicar o time do projeto, gerenciar o investimento disponível e alocar recursos terceirizados conforme necessário.

OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO PROJETO O Objetivo deste projeto é desenvolver um sistema de comuni-cação visual que se adéqüe a necessidade de uma festa popular e religiosa, com público absolutamente heterogêneo quanto a idade e escolaridade, e com diferentes percepções da festividade.

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OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO O Objetivo desta comunicação deve ser de unir os diversos par-ticipantes e tentar introduzir mudanças de comportamento com relação ao uso de materiais como vidro e plástico nas oferendas.

RESTRIÇÕES A principal restrição deste projeto é a no tocante a abrangência da comunicação. Dado que o público cobre desde pessoas sem qual-quer escolaridade até aqueles que utilizam a comunicação escrita e gráfica profissionalmente é preciso que esta seja de fácil compre-ensão, mas que seja suficientemente atrativa para garantir a adesão do máximo de participantes possível.

Outra restrição é quanto a aplicação. Toda a comunicação deve ser de fácil aplicação pelos lojistas, e atrativa o suficiente para garantir que os participantes também estejam dispostos a serem divulga-dores voluntários da festa. Não deve conter nenhuma referencia direta a rituais praticados em uma casa de culto específica sobre o risco de causar estranhamento por parte dos demais participantes.

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PREMISSAS As seguintes premissas foram assumidas para este projeto:

O Projeto deve estar completamente finalizado até a 2 de Abril de 2012;

Deverá ser devidamente acompanhado pelos professores envolvidos bem como pelo grupo de participantes voluntá-rios.

LISTA INICIAL DAS ENTREGAS Segue lista inicial das entregas do projeto:

Report Técnico;

Vinheta Animada;

Relatório Técnico;

Portal de divulgação;

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Diagrama de Rede-MDP;

Agendamento;

Cronograma e Ornamentação.

STAKEHOLDERS E PLANO DE COMUNICAÇÃOOs principais stakeholders deste projeto são:

Luis Felipe Magno, Gerente de projeto e Designer encarre-gado da execução do mesmo;

A equipe de professores do INFNET que estarão acompa-nhando e apontando oportunidades de melhoria do proje-to.

Participantes parceiros que estão participando do projeto apontando sugestões e apresentando suas visões individu-ais.

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Uma análise mais detalhada sobre os interessados do projeto deve ser realizada e documentada no Plano de Gerenciamento do Pro-jeto.

Com exceção dos clientes parceiros, todos os stakeholders devem ser envolvidos e receber informações sobre todas as fases do pro-jeto através do e-mail e chat online, ou nos casos dos professores, pessoalmente em horário de aula.

MARCOS PRINCIPAIS DO CRONOGRAMA Os principais marcos do cronograma são pautados pelas entregas e aprovações de cada uma das entregas pelo cliente sendo definidos como:

Entrega dos documentos Project Charter e Declaração de escopo do projeto;

Aprovação da Marca;

Aprovação das peças impressas;

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Aprovação do Site;

Aprovação da Vinheta animada para web;

Uma análise mais detalhada deve ser realizada e documentada no Cronograma completo.

ORÇAMENTO SUMARIZADO O orçamento disponível para o projeto deverá ser dividido entre as diversas etapas do projeto, caso haja resíduo após o pagamento este poderá ser redirecionado a algum projeto adicional.

Ficam identificados como principais custos do projeto:

Custo da equipe de Design;

Custo de aquisição de fontes e imagens;

Custo de produção dos Mock-ups;

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RISCOS INICIAIS IDENTIFICADOS Os principais riscos do projeto são referentes ao estado de saúde do gerente de projetos. O mesmo sofreu um acidente e precisou ser submetido a uma cirurgia que pode comprometer toda a exe-cução do projeto.

REQUISITOS DE APROVAÇÃO No tocante as entregas referentes ao INFNET serão feitos acom-panhamentos graduais com os professores que irão acompanhan-do e dando suas sugestões para garantir a aprovação da entrega ao final do período, que se dará através da entrega da P2.

WBS E CRONOGRAMA

Através da WBS e do Cronograma é possível gerenciar os custos e prazos do projeto. A forma gráfica permite uma visualição rá-pida, sendo eficiente na identificação das tarefas e na alocação de recursos.

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Data de Início de Projeto:19/03Data do Término do Projeto: 05/04

Caminho Crítico assinalado em vermelho

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AUTO AVALIAÇÃO

Observando de um modo bastante analítico considero que este trabalho atendeu a parte das minhas expectativas,. Apesar de ter conseguido atingir excelentes resultados em algumas peças, outras ainda estão bastante cruas.

Tendo em vista minhas atuais limitações motoras acredito que ain-da que longe do ideal o meu desempenho foi bastante bom. Pude perceber algumas dificuldades em tornar algumas idéias em peças devido as dificuldades com desenho e o tempo, mas acredito que as formas utilizadas atendem bastante bem ao proposto.

Fiquei especialmente satisfeito com a boneca do livro e com we-bsite e um pouco decepcionado com o resultado do cartaz. Acre-dito que este projeto foi bem sucedido e os próximos serão ainda melhores.

Estou bastante satisfeito com a minha capacidade de superar difi-culdades e atingir objetivos.

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BIBLIOGRAFIA

LUPTON, Ellen. A Produção de um Livro Independente 1 ed. São Paulo - SP: Rosari, 2011.

TSCHICHOLD, Jan. A Forma do Livro 1 ed. Cotia - SP: Ateliê Editorial 2007.

http://www.festadeiemanjamercadao.com.br. Acesso em: 19 de mar de 2012.

GUEDES, Danilo L. Lixo no Mar Yemanjá chora. Disponível em: http://www.globalgarbage.org/blog/index.php/2010/11/02/lixo-no-mar-yemanja-chora. .19 de mar de 2012.

Este livro foi desenhado em Março de 2012. Compos-to em Adobe Garamond com textos auxiliares em DIN. Impressão por Tesouro Lazer Gráfica Rápida. Acaba-

mento feito pelo autor.