mensagem À comunidade “que igreja sonhar?”...

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MENSAGEM À COMUNIDADE O Papa Bento XVI, ao anunciar a sua renúncia ao Pontificado, retratou o mundo de hoje como sujeito a rá- pidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, que requerem vigor, seja do corpo, seja da alma. Pergunto ao Papa, também à luz daquilo que acabou de me dizer: «De que é que a Igreja tem maior necessidade neste momento histórico? São necessárias reformas? Quais são os seus desejos para a Igreja dos próximos anos? Que Igreja “sonha”?» O Papa Francisco inicia sua resposta assim: «O Papa Bento teve um ato de santidade, de grandeza, de humildade. É um homem de Deus», demonstrando um grande afeto e uma enorme estima pelo seu predecessor. «Vejo com clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hos- pital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de todo o resto. Curar as feridas, cu- rar as feridas... E é necessário começar de baixo». A Igreja por vezes encerrou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. O mais importante, no entanto, é o pri- meiro anúncio: “Jesus Cristo salvou-te”. E os ministros da Igreja devem ser, acima de tudo, ministros de misericórdia. O con- fessor, por exemplo, corre sempre o risco de ser ou demasiado rigorista ou demasi- ado laxista. Nenhum dos dois é miseri- cordioso, porque nenhum dos dois toma verdadeiramente a seu cargo a pessoa. O rigorista lava as mãos porque remete- o para o mandamento. O laxista lava as mãos dizendo simplesmente “isto não é “QUE IGREJA SONHAR?” pecado” ou coisas semelhantes. As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas». «Como estamos tratando o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja de- vem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organi- zativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionári- os ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de supor- tar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos». «Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos cami- nhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso. Mas é necessário audácia, coragem». Re- flito naquilo que o Papa está a dizer e me refiro o fato de que existem cristãos que vivem em situações não regulares para a Igreja ou, de qualquer modo, em situações complexas, cristãos que, de um modo ou de outro, vivem feridas abertas. Penso nos divorciados recasados, casais homosse- xuais, outras situações difíceis. Como fazer uma pastoral missionária nestes ca- sos? Em que insistir? O Papa faz sinal de ter compreendido o que pretendo dizer e responde. «Devemos anunciar o Evange- lho em todos os caminhos, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são “fe- ridos sociais”, porque me dizem que sen- tem como a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto. Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o Catecismo. A re- ligião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a in- gerência espiritual na vida pessoal não é possível. Uma vez uma pessoa, de modo provocatório, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi- lhe com uma outra pergunta: “Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa ho- mossexual, aprova a sua existência com afeto ou rejeita-a, condenando-a?” É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Es- pírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada». «Esta é também a grandeza da confissão: o fato de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessio-

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MENSAGEM À COMUNIDADE

O Papa Bento XVI, ao anunciar a sua renúncia ao Pontificado, retratou o mundo de hoje como sujeito a rá-

pidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, que requerem vigor, seja do corpo, seja da alma. Pergunto ao Papa, também à luz daquilo que acabou de me dizer: «De que é que a Igreja tem maior necessidade neste momento histórico? São necessárias reformas? Quais são os seus desejos para a Igreja dos próximos anos? Que Igreja “sonha”?» O Papa Francisco inicia sua resposta assim: «O Papa Bento teve um ato de santidade, de grandeza, de humildade. É um homem de Deus», demonstrando um grande afeto e uma enorme estima pelo seu predecessor. «Vejo com clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hos-pital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de todo o resto. Curar as feridas, cu-rar as feridas... E é necessário começar de baixo». A Igreja por vezes encerrou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. O mais importante, no entanto, é o pri-meiro anúncio: “Jesus Cristo salvou-te”. E os ministros da Igreja devem ser, acima de tudo, ministros de misericórdia. O con-fessor, por exemplo, corre sempre o risco de ser ou demasiado rigorista ou demasi-ado laxista. Nenhum dos dois é miseri-cordioso, porque nenhum dos dois toma verdadeiramente a seu cargo a pessoa. O rigorista lava as mãos porque remete-o para o mandamento. O laxista lava as mãos dizendo simplesmente “isto não é

“QUE IGREJASONHAR?”

pecado” ou coisas semelhantes. As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas». «Como estamos tratando o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja de-vem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organi-zativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude.

Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionári-os ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de supor-tar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos». «Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos cami-nhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso. Mas é necessário audácia, coragem». Re-flito naquilo que o Papa está a dizer e me refiro o fato de que existem cristãos que vivem em situações não regulares para a Igreja ou, de qualquer modo, em situações complexas, cristãos que, de um modo ou de outro, vivem feridas abertas. Penso nos

divorciados recasados, casais homosse-xuais, outras situações difíceis. Como fazer uma pastoral missionária nestes ca-sos? Em que insistir? O Papa faz sinal de ter compreendido o que pretendo dizer e responde. «Devemos anunciar o Evange- lho em todos os caminhos, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são “fe-ridos sociais”, porque me dizem que sen-tem como a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto. Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o Catecismo. A re-ligião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a in-gerência espiritual na vida pessoal não é possível. Uma vez uma pessoa, de modo provocatório, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi-lhe com uma outra pergunta: “Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa ho-mossexual, aprova a sua existência com afeto ou rejeita-a, condenando-a?” É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Es-pírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada». «Esta é também a grandeza da confissão: o fato de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessio-

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NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialPG 2

A PASTORAL PAROQUIAL

IGREJA, POVO DE DEUS: O dízimo nos leva a ser mais participativos. Passa-mos a compreender a nossa importância nesta grande família. Os padres são im-portantes e necessitamos deles como ori-entadores. Os leigos, no entanto, é que de-vem tornar possível a grande construção. Uma igreja de unidade e trabalho em que todos participem cada um cumprindo seu ministério sem distinções. Todos são vitais para o crescimento da igreja. UMA IGREJA POPULAR: Que o dízimo possa realizar em nossas comunidades a opção preferencial de Cristo e da Igreja pelos po-bres. Que os mais simples se encontrem e se sintam amados e membros ativos nas comunidades cristãs. Que não seja nosso intuito uma igreja elitizada, mas uma igre-ja de irmãos que amam a Deus e o servem em cada excluído. UMA IGREJA ATIVA: O dízimo é capaz de transformar pedra sem valor em diamante. O cristão consci-ente, dizimista, deixa de ser número para ser membro ativo, deixa de ser lâmpada apagada e passa a iluminar a realidade. Ser dizimista é dar passos de qualidade na vida da comunidade. UMA IGREJA CO-MUNIDADE: Que o dízimo nos ensine a olhar a todos como singulares, únicos. Para cada coração um cuidado, para cada família uma palavra – cuidar para que haja uma encarnação do evangelho na

PASTORAL DO DÍZIMO: A Igreja que queremos

PASTORAL DO BATISMONossa Paróquia teve a alegria de aco-

lher no final dos meses de Agosto e Se-tembro novos membros da família cristã admitidos pelo Sacramento, cujos nomes de Batismo são: Agosto – Lucas Kuplich Raymundo; Murilo Firmino Souza; Lo-rena Medeiros de Lima; Anne Teixeira Speranza; Pedro Maluf Serrano; Julio Cezar Camilo Alves Mendes; Stella Casti- lha Quartaroli; Giovani Parzanini Mendes; Lohan Mauricio de Alencar; Manuela Cassiano de Paula Rodrigues. Setembro

nário não é uma sala de tortura, mas um lugar de misericórdia, onde o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimónio fra-cassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está se-rena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na vida cristã. O que faz o confessor?» «Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos mé-todos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censu-raram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente».

«Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está ob-cecada pela transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor insistentemente. O anúncio de carácter missionário concentra-se no essencial, no necessário, que é também aquilo que mais apaixona e atrai, aquilo que faz arder o coração, como aos discípulos de Emaús. Devemos, pois, encontrar um novo equilíbrio; do contrário, mesmo o edifício moral da Igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, pro-funda, irradiante. É desta proposta que vêm depois as consequências morais». «Digo isto também pensando na pregação e nos conteúdos da nossa pregação. Uma bela homilia, uma verdadeira homilia, deve começar com o primeiro anúncio, com o anúncio da salvação. Não há nada de mais sólido, profundo e seguro do que este anúncio. Depois deve fazer-se uma catequese. Assim, pode tirar-se também uma consequência moral. Mas o anún-cio do amor salvífico de Deus precede a obrigação moral e religiosa. Hoje, por ve-zes, parece que prevalece a ordem inversa. A homilia é a pedra de comparação para calibrar a proximidade e a capacidade de encontro de um pastor com o seu povo, porque quem prega deve reconhecer o coração da sua comunidade para procu-rar onde está vivo e ardente o desejo de Deus. A mensagem evangélica não pode limitar-se, portanto, apenas a alguns dos seus aspectos, que, mesmo importantes, sozinhos não manifestam o coração do ensinamento de Jesus.»

Fonte: Entrevista concedida pelo Papa Francisco ao Pe. Antonio Spadaro, sj – diretor da revista “Civiltà Cattolica”.

vida. UMA IGREJA CRISTOCÊNTRICA: Que a dinâmica do dízimo em cada co-munidade leve ao seu centro: a pessoa de Cristo. Jamais podemos esquecer que ele é a razão de estarmos ali. Os santos têm seu lugar na igreja, como exemplos de cami- nhada e vitória sobre o pecado, mas é Cristo o caminho, a verdade e a vida. UMA IGREJA DE CRISTÃOS: Padre sozinho não é igreja. Que cada leigo as-suma seu compromisso de batizado, ocu-pando seu espaço dentro da igreja, não apenas nas críticas ou ajudas financeiras, mas atuando como agente formador e transformador na e para a comunidade. UMA IGREJA CARISMÁTICA: Que o Espírito Santo seja o farol, o norte de nossa comunidade, realizando em nossos corações seus feitos. Possam seus frutos, bem como seus dons – de modo especial a Caridade – oferecer novo ardor mis-sionário para a missão evangelizadora.

Dízimo é uma doação espontânea. O Dízimo que temos é o espelho da Co-munidade que somos! Com alegria aco-lhemos os novos Dizimistas: Alexandre Alves Mendes, Délia Costa Bastos, Ruy Carramachi, Luiz Antonio Pereira Alva-res, Hiliete Pereira Martinez, Vera Lúcia Pincelli Guimarães e Rodrigo de Freitas Kalamar. Que Nossa Senhora da Espe-rança os proteja sempre!

– Augusto Lira Souza; Bruno de Oliveira e Soares; Cintia Sayuri Nozawa; Eduardo Alves Godoy; Gabriela Oliveira Ignacio; Leonardo Abrantes Dumsch; Leonardo Moraes Brandolim; Lucas Tinoco Teixei-ra; Nathalia Capuano Evangelista; Nicole Ghattas Chedraqui; Pedro Henrique Alves Fernandes; Siplhia Cavaggiuone Waack; Tiago Caetano Maroni. Que nosso teste-munho de fé possa animar na vida cristã todos os que foram, com Cristo, mergu-lhados nas águas da vida!

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NOVO MUNDO Boletim informativo Paroquial PG 3

Missas Terça à Sexta, às 18h.Sábado, às 16h.Domigo, às 8h30,11h e 19h.

serviçOs pastOraisGrupo Gente Ativa Segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no Salão Paroquial.

Grupo de Oração terça-feira, das 14h às 15h30, na igreja.

Pastoral da Caridadeterça-feira, das 14h às 16h30.

Pastoral da Amizadequarta-feira, às 20h, no Salão Paroquial.

Narcóticos AnônimosSegunda a sexta-feira, das 20h às 22h, nas Salas inferiores.

CAlENdáRIO PAStORAl PAROQUIAl

O EXERCÍCIO DA FORTALEZA NA CONVIVÊNCIA COM OUTROS CREDOS

De grande importância para nós, cristãos católicos, é propagar o Reino de Deus pela progressiva difusão dos valores e virtudes cristãs, intensamente recomendados por Jesus e em toda a Sagrada Escritura, portanto também pela Igreja. O principal objetivo de tal inicia-tiva é o de levar a todos o verdadeiro cris-tianismo, fazer conhecer a pessoa de Je-sus Cristo e disseminar Seu ensinamento (cf. Mc 16,15).

Em sintonia com iniciativas católicas relativamente recentes, alinhadas com o ecumenismo, muitos fiéis de outros credos, e até mesmo agnósticos e ateus, têm se mostrado sensíveis em colaborar em muitas atividades ligadas a tais em-preendimentos. Todavia, embora bom e desejável em si, quando feito de forma irrefletida, o exercício dessa prática pode dar margem a situações que propiciam desvios nos seus verdadeiros objetivos. Ao agir em consonância com uma crença es-pecífica, nem sempre imbuída dos ideais do ecumenismo, pode ocorrer relutância, por parte das pessoas, em realizar um tra-

1 Reunião Clero Ipiranga.3 Formação: Devoção a fé: no Salão Superior, às 20h30.5 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.5 Assembleia Regional: no Ipiranga, das 8h às 12h30.8 Missa: Casa de Repouso Anapuros, às 9h.8 Reunião do Conselho Administrativo Paroquial, às 18h.12 Missa N. Sra. APARECIDA: na Igreja, às 16h.15 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.19 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.20 Preparação para o Matrimônio: no Salão Paroquial, das 8h às 17h30.22 Missa da Catequese: na Igreja, às 20h15.25 Pastoral do Dízimo: às 20h30.26 Preparação para Batismo: no Salão Paroquial, das 8h30 às 12h.27 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30.29 Reunião Padres Setor Vila Mariana: N. Sra. Saúde, às 9h.29 Conselho Pastoral Setor: N. Sra. Saúde, às 20h30.

MOVIMENTO POR UMA PARÓQUIA “COMUNIDADE DE COMUNIDADES”

PENSANDO NA VIDA DE FÉbalho em comum, especialmente caso os demais não concordem em abrir mão de práticas ou aspectos doutrinários sobre os quais há divergência.

Instáveis em suas convicções, talvez pela insuficiente firmeza nas bases da sua própria profissão de fé, por vezes muitos cristãos católicos são dessa forma levados a ceder a tais exigências por respeito hu-mano, ou em prol de uma política de boa vizinhança, ou talvez em nome de uma concessão da qual poderia resultar uma futura adesão mais firme daquelas pes-soas às iniciativas ecumênicas. Agindo assim, o cristão católico pode afrouxar suas convicções e fé, sendo persuadido e até convencido a enveredar por outros caminhos. Para ele, o resultado final se revela diametralmente oposto ao inicial-mente planejado, pois se esquece de que o ideal ecumênico não é adesão à outra profissão de fé, mas a convivência entre pessoas de diferentes crenças, na qual se procura conhecer as realidades de cada um, identificar o que há em comum entre os dois credos e, consequentemente, agir para o bem comum, o respeito pelos va-lores uns dos outros, sem proselitismos e sem abdicar de sua identidade religiosa.

Outro complexo aspecto do relaciona-mento com outros credos é a tendência que nele se observa de acolher sem ana-lisar previamente com cuidado a falsa universalização que se tem feito de cer-tos valores cristãos, esvaziando seu sig-

nificado e sua força. Assim, em busca da unanimidade nessa aceitação, muitos cristãos católicos envolvidos em tais ativi-dades têm adotado uma política concili-atória, não saudável se não acompanhada de prudência e discernimento. Valores e virtudes cristãos que se quer propagar na cultura individualista e eivada de racio-nalidade instrumental no mundo atual passam a ser disseminados como se fos-sem simples valores universais de boa conduta, despidos de todo o forte signifi-cado evangélico que antes carregavam. Na prática, pode-se constatar que até mesmo os nomes desses valores e virtudes vão sendo substituídos por outros muito mais secularizados e, em geral, sem referência cristã, o que é feito de tal forma que es-sas nomenclaturas dificilmente guardam vestígios que evoquem algo ligado ao sa-grado. Alguns exemplos em que se pode notar claramente a considerável perda de significado que essas novas definições impõem aos termos originais, conver-tendo as conotações de cunho religioso em predicados seculares praticamente

Queridos irmãos e irmãs de comu-nidade e de fé, a CNBB tem nos instado a pensar e refletir sobre a Paróquia e suas estruturas e sua capacidade para responder aos desafios contemporâneos. Parafraseando Immanuel Kant, filósofo moderno, O que podemos saber? Como devemos agir? O que podemos esperar? Fazendo um singelo e verdadeiro exame crítico o Conselho Pastoral Paroquial ini-ciou um diálogo a fim de encontrar alter-nativas de ação eclesial que nos permitam reencontrar a força da oração em comum, da comunhão fraterna, do ensinamento dos evangelhos e dos apóstolos e da fração do pão à semelhança dos primeiros cris-tãos. A sua participação é um verdadeiro exercício de cidadania cristã: FAÇA POR SUA VOZ, SUA PRESENÇA E, POR QUE NÃO, SEU E-MAIL uma proposição que vislumbre ressignificar nossa vida de fé em comum no coração dessa metrópole e sinal de Deus para o mundo!

É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus?Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo. (Gl 1,10)

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NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialAno XVI – Edição 181 – OUTUBRO/2013 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialPG 4

A PARÓQUIA HOJE

PAróquiA NOssA seNhOrA dA esPerANçAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

atendiMentO da seCretaria: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das13h30 às 17h30. acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br

41 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANçA EM ESPERANçA

a paróquia é um instrumento impor-tante para a construção da identidade cristã; é o lugar onde o cristianismo

se torna visível em nossa cultura e história. É verdade que a origem da paróquia é marcada por um contexto cultural muito diferente do atual. Por isso muitos aspectos precisam ser revistos diante das mudanças, mas a intuição original permanece com seu valor.

Todos, contudo, percebem que a paróquia está desafiada a se renovar diante das acelera-das mudanças de nosso tempo. Desviar-se dessa tarefa é uma atitude impensável para quem é discípulo e missionário de Jesus Cris-to. A época atual nos desafia a rever a nossa ação evangelizadora e pastoral-paroquial em vista da urgência de uma nova evangelização.

Da perspectiva teológica, interessa-nos, principalmente, a compreensão destas duas noções: paróquia como casa de acolhida dos peregrinos e comunidade como lar dos cristãos onde se faz a experiência comum de seguir Jesus Cristo. Em sendo instância de acolhimento, a paróquia é o espaço para receber diferentes pessoas, com suas buscas e vivências, que pretendem seguir o caminho.

Enquanto espaço da comunidade, ela reúne esses cristãos em grupos que se com-prometem em viver o Evangelho de forma comunitária. Aqui o sentido da comunhão é indispensável. Não se trata, portanto, de uma comunidade sociológica organizada e reunida, mas de um grupo que a partir da fé tem profunda comunhão com Deus e entre si, fundamento de toda a experiência cristã e eclesial. Afinal, a “comunhão eclesial, embora possua sempre uma dimensão universal, en-contra a sua expressão mais imediata e visível na paróquia: esta é a última localização da Igreja; é, em certo sentido, a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas” (Christifideles Laici, n. 26).

Enfim, procurando definir o que é paróquia, poderemos dizer que ela é “o próprio ‘mistério’ da Igreja presente e ope-rante nela: embora, por vezes, pobre em pes-soas e em meios, e outras vezes dispersa em territórios vastíssimos ou quase desaparecida no meio de bairros modernos, populosos e caóticos, a paróquia não é principalmente uma estrutura, um território, um edifício, mas é sobretudo a família de Deus, como uma fraternidade animada pelo espírito de unidade, é uma casa de família, fraterna e acolhedora, é a comunidade de fiéis” (Chris-tifideles Laici, n. 26). De igual modo, é preciso reafirmar que, teologicamente, o fundamento da paróquia é ser uma comunidade eucarísti-ca, que celebra a presença de Cristo Palavra e Eucaristia, estabelecendo os vínculos de co-munhão entre os seus fiéis e remete todos à missão de testemunhar na caridade a verdade professada.

Fonte: Documento de Estudos da CNBB 104 – Comunidade de Comuni-dades: Uma Nova Paróquia.

Missa de Finados: dia 02 de Novembro às 16h! Formação – Fé e Missão Evangelizadora: dia 07 de Outubro às 20h30! Chá/Bazar da Pastoral da Caridade: dia 19 de Novembro a partir das 13h30! Jubileu de Prata e Ouro Presbiterais (padres Ney e Boim): dia 24 de Novembro às 19h! Confraternização das Pastorais: dia 30 de Novembro às 20h!

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destituídos de sua força originária são: ciência é renomeada como conhecimen-to; piedade converte-se em dó; temor (de Deus) converte-se em consideração ou respeito; esperança é transformada em possibilidade; caridade se modifica para filantropia; justiça troca-se por honesti-dade ou direito; temperança altera-se em sobriedade ou reserva; prudência se troca por atenção, e assim por diante... A cristalização dessa nova terminologia pode esvaziar o sentido teológico de cada um desses valores e virtudes, de modo que as próximas gerações nem se deem conta da forte perda religiosa que isso implica.

À problemática terminológica some-se a instauração, da parte do cristão católico, do “democrático” mau hábito da aceitação passiva do relativismo, em que cada qual interpreta à própria maneira as coisas de Deus, abdicando do ensina-mento oferecido de uma vez por todas por Jesus – Caminho, Verdade e Vida – nos Evangelhos. Consequentemente, daí advém a corrupção de significado, suscitada por variados abusos de inter-pretação. Se, de fato, não católicos não estão obrigados às regras do catolicismo, tampouco os católicos deveriam aceitar ingerências em sua conduta religiosa. O paradigma da liberdade religiosa, nasci-do no Concílio Vaticano II, nos convoca a reavivar a proposta que os apóstolos nos deixaram como conselho: Pedro, juntamente com a recomendação para que usemos de polidez no nosso rela-cionamento com os irmãos, nos lembra que nosso dever primeiro é o de tomar a defesa da nossa fé, sempre apoiados em bons fundamentos, ainda que navegando contra a correnteza (cf. 1Pd 3,15b); Pau-lo, em sua carta aos Efésios, nos incen-tiva a nos mantermos inabaláveis e aler-tas, para estarmos sempre prontos para o anúncio da Boa Nova (cf. Ef 6,13-15) – para lembrar alguns.

Durante este mês vamos analisar a nossa postura cristã católica e vamos nos deixar permear pelas mensagens de Pe-dro e Paulo, conscientizando-nos de que é somente a Deus que devemos servir, ainda que para isso tenhamos, a exemplo de Jesus, de sair do nosso comodismo e enfrentar também a nossa própria cruz.

NO MÊS QUE VEM...