mensageiro luterano - julho 2011

68
Em foco As cinzas do vulcão pág. 11 mas indispensável no aprendizado e na prática da liderança cristã Humildade Humildade Testemunho Senhor, obrigado pelo milagre da vida! pág. 34 Ação missionária Nova missão, novas estratégias pág. 20 Exemplar avulso R$ 5,20 Mensageiro Luterano o Julho 2011 | N 1.160 Ano 94 | A lição mais difícil,

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Mensageiro Luterano do mês de Julho de 2011

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Page 1: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Em focoAs cinzas do vulcão pág. 11

mas indispensável no aprendizado e na prática da liderança cristã

HumildadeHumildadeHumildade

TestemunhoSenhor, obrigado pelo milagre da vida!pág. 34

Ação missionária Nova missão, novas estratégias pág. 20

Exemplar avulso

R$ 5,20

MensageiroLuteranoo

Julho 2011 | N 1.160 Ano 94 |

A lição mais difícil,

Page 2: Mensageiro Luterano - Julho 2011

ConcórdiaE d i t o r a

Av. São Pedro, 633 - São Geraldo - Porto Alegre - RS - CEP 90230-120Fone/Fax:(51) 3272.3456 - [email protected]

Faça seu pedido!

O Pequeno Tesouro de Orações é uma coletânea de orações para as mais diferentes situações do dia a dia: vitória e derrota, alegria e tristeza, nascimento e morte. Também traz orações para as festividades da Igreja Cristã e uma seleção de salmos.

Um colo, um abraço, muitos abraços...Isto dá segurança e proporciona vida. Em Jesus

Cristo, céu e terra se abraçam e se beijam. Nele, o Pai estende os seus braços compridos para abraçar, abrigar e proteger seus filhos e suas filhas e toda a natureza. Deste sentimento e desta certeza, nasceu o título do livro com meditações sobre temas essenciais da fé cristã: O Abraço de Deus - Meditações.

Este Manual de Conforto contém uma série de perguntas que brotam por vezes inesperadamente do coração ou em momentos de reflexão, de insônia, mas especialmente quando estamos angustiados, doentes e/ou acamados.

O livo pode ser lido de forma corrida para edificação espiritual, em forma devocional ou em forma de consulta, procurando encontrar resposta à pergunta mais condizente.

O Abraço de Deus - Meditações

Livros são tesouros que abraçam e confortam.

Manual de Conforto

140 p

. |

14,5

x 2

0,5

cm

96 p

. |

14

x 2

1 c

m302 p

. |

15 x

21 c

m

Pequeno Tesouro de Orações

Page 3: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Mensageiro | Julho 2011 3

Julho2011

igrejas pelo mundo

Pastor em missão transculturalno Chile

05

mensagem do presidenTe

A brevidade dos dias

06 Vida Com deus

08 mediTação

12 Capa

16 mÚsiCa na igreja

18 reflexão

19 Valor do BaTismo

24 eduCação TeolÓgiCa

38 genTe da ielB

40 umas e ouTras

42 memÓria

43 eVenTos espeCiais

44 emÉriTos

45 frenTe de missão

46 diVulgação

48 sBB

49 ediTora ConCÓrdia

50 Virando a pÁgina

07adoração e louVor

Os credos da Igreja

29

Leia nesta edição

32Pastor é mais. É muito mais. O que determina o seu campo de ação e as suas atitudes é o amor de Deus. Nele, o rebanho sente o amor do Dono.

esTraTÉgias de ação

Motivando com a Palavra de Deus 36

Mens aGeiRo LUteRano | ano 94 | nº 1.160

Pastoreaio rebanho

Page 4: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Mensageiro Luterano

Filiada a associação de editores cristãos (asec) EndErEço av. são Pedro, 633, Bairro são Geraldo, ceP 90230-120, Porto alegre, rsFonE/Fax (51) 3272 3456SitE www.editoraconcordia.com.brtwittEr twitter.com/edconcordiaEmail [email protected] [email protected]

dirEtoria ExECutiva Henry J. rheinheimer (presidente), clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e rubens José ogg GErEntE Nilson Krick - [email protected] FinanCEiro Joel Weber - [email protected] Editor Nilo Wachholz - [email protected] ComiSSão Editorial adilson schünke, Beatriz raymann, clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e rubens José ogg

4 Mensageiro | Julho 2011

ConcórdiaE d i t o r a

EndErEço rua cel. lucas de oliveira, 894Bairro Mont’serrat, ceP 90440-010 Porto alegre, rs, BrasilFonE (51) 3332 2111 / Fax: (51) 3332 8145SitE www.ielb.org.brtwittEr twitter.com/ielB_BrasilE-mail [email protected]

dirEtoria naCional 2010/2014 prESidEntE egon Kopereck 1º viCE-prESidEntE arnildo schneider 2º viCE-prESidEntE Geraldo Walmir schüler SECrEtário rubens José ogg tESourEiro renato Bauermann a ielB crê, confessa e ensina que os livros canônicos das escrituras sagradas, do antigo e do Novo testamento, são a Palavra infalível revelada por deus e aceita, como exposição correta dessa Palavra, os livros simbólicos da igreja evangélica luterana, reunidos no livro de concórdia do ano 1580.

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

| ao leiTor |

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

iSSn 1679-0243

Órgão oficial da igreja evangélica luterana do Brasil (ielB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição única). registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no registro de títulos e documentos do rio de Janeiro, conforme o decreto-lei de imprensa nº 24776 de 14/07/1934.

projEto E produção GráFiCa editora concórdia ltda.rEdação [email protected] Nilo Wachholz - Mtb 42140/sP aSSiStEntE Editorial daiene Bauer Kühl - Mtb 14623/rs rEviSão aline lorentz sabka jornaliSta-diaGramador leandro da rosa camaratta dESiGnEr christian schünkeColaboradorES FixoS Bruno ries, carlos W. Winterle, luisivan V. strelow, Marcos schmidt, Mona liza Fuhrmann, rosemarie K. lange, Vitor radünz, Waldyr HoffmannaSSinaturaS - dEpto ComErCial Gilberto ellwanger, lianete schneider de souza, Marcelo de azambuja loGíStiCa luciano de azambuja

aSSinatura no braSil anual r$ 49,00; Bianual r$ 92,00 aSSinatura para outroS paíSES anual Us$ 52,00; Bianual Us$ 100,00

tiraGEm dESta Edição 9 mil exemplares

a redação reserva-se o direito de publicar ou não o material enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da redação ou da administração Nacional da ielB. o conteúdo do Mensageiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.

Imagem da capa: © BowIe15 - dreamstIme.com

A migo(a) leitor(a),grande é a nossa alegria em apresentar esta edição do Mensageiro Luterano. Não apenas por que traz 16 páginas a mais de conteúdo, em comparação a outras

edições, mas pela diversidade de assuntos, temas, testemunhos, experiências e atividades abordadas.

Para nós, da Equipe Editorial e colaboradores, é um desafio mensal ir ao encontro da expectativa do nosso público leitor cada vez maior, globalizado, diversificado, interativo e hiperativo.

Nesta edição, além dos colaboradores fixos e das múltiplas atividades da Igreja em todas as regiões do Brasil, temos pessoas que colaboraram conosco de países como: África do Sul, Canadá, Chile, Estados Unidos e Uruguai. Todos unidos na mesma fé e no mesmo Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Na matéria de capa, ressaltamos um dos pilares da liderança cristã – a humildade! Esta é uma lição difícil de ser aprendida, mas fácil de escapar da nossa prática diária quando sofremos a tentação do poder e de domínio sobre liderados que nos são confiados.

Destacamos ainda duas experiências de ações ou estratégias missionárias: uma nos Estados Unidos, outra no Brasil – uma num shopping, outra numa empresa. As duas estando fora do nosso domínio eclesiástico – a igreja. Lugares diferentes. Situações dife-rentes. Iniciativas e estratégias que aplaudimos. Afinal, o apóstolo Paulo diz: “Fiz-me tudo com todos, a fim de ganhar alguns para Cristo”. E também por estar em conformidade com o lema perma-nente da IELB – Cristo Para Todos!

Na seção Igrejas pelo mundo, trazemos a palavra e o testemu-nho dos nossos irmãos do Chile. E em Gente da IELB, percebemos como líderes leigos, ainda que muito jovens, mas bem preparados, podem participar e influenciar a sociedade local e mundial com o testemunho firme da sua fé e dos valores cristãos que professam.

O Mensageiro das Crian-ças, nesta edição, ocupa a página central do miolo. Com isso, não apenas ficou numa posição de desta-que, mas abriu mais qua-tro páginas de notícias para as muitas coisas boas que acontecem na IELB – em todo o Brasil ou além-fronteiras.

Leiam, meditem, dialoguem, troquem ideias e opiniões, divulguem e compartilhem tudo o que puderem com familiares, amigos e, se quiserem, com todos os leitores do Men-sageiro Luterano.

Louvemos a Deus. Oremos uns pelos outros. Sirvamos ao Senhor e ao próximo, com alegria!

Page 5: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Mensageiro | Julho 2011 5m

Egon KopereckPastor Presidente da IELB| [email protected]

| mensagem do presidenTe |

Foto

: Lea

Ndro

r. ca

mara

tta

A brevidade dos dias

Q ueridos irmãos e irmãs no Senhor e Salvador Jesus!

Já passamos, mais uma vez, da metade de um ano.

Olhando para trás, o que fizemos? Para quantas pessoas falamos de Jesus? Que exemplos deixamos? Jesus disse em Mt 5.16: “brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Existem tantas pessoas ainda nas trevas, longe de Jesus, não co-nhecendo e não crendo naquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14.6), e Jesus nos diz: “vós sois minhas teste-munhas” (At 1.8) “vós sois... sacerdócio real... a fim de proclamar as virtudes da-quele que vos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9). É necessário fazer a obra enquanto é dia, antes que venha a noite quando ninguém mais pode trabalhar (Jo 9.4).

Nesta obra, neste testemunho, é preci-so apontar para a fonte de toda a Verdade, a Bíblia Sagrada; e dela falar e, a partir dela, repartir o Evangelho da salvação.

A BíBlIA SAgrADA100 milhões de Bíblias impressas. Essa

é a marca alcançada pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) nos 16 anos de funciona-mento da Gráfica da Bíblia. A SBB é hoje a maior distribuidora de Bíblias entre as 147 Sociedades Bíblicas Nacionais espalhadas pelo mundo. Que benção! Deus seja lou-vado por isso!

A nossa Igreja decidiu, no último Conselho Diretor, em 2010, ofertar anu-almente pelo menos R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) para a SBB, e, por isso, estamos pedindo a todas as comunidades do Brasil que façam uma oferta especial. Essa oferta pode ser levantada num culto ou diretamente do caixa da Congregação. Enviem-na para a tesouraria da IELB, comunicando à tesouraria o motivo desta

oferta especial, para podermos, assim, alcançar e talvez superar o nosso objetivo, participando cada vez mais nesse belo e grande projeto de distribuir a Bíblia em nosso país e no mundo.

ECuMEnISMONo momento em que se forma um

debate sobre o ecumenismo, ou nosso envolvimento com atividades ecumêni-cas, compete-me trazer uma palavra e um alerta para todos. Creio ser muito importante refletirmos sobre o tema, mas devemos ter dois cuidados de forma especial: todo o zelo excessivo pela Lei pode levar ao legalismo, e o oposto pode levar ao liberalismo. Manter o equilíbrio, a moderação, o discernimento entre um e outro é o pedido que precisamos sempre levar ao nosso Deus e Senhor, para sermos, de fato, as testemunhas de Jesus, o bom perfume de Cristo, os embaixadores do Rei dos reis, neste mundo de tantas trevas e desvios da “Verdade que liberta” (Jo 8.32). Jesus orou por nós e, em Jo 17.15, pediu ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”.

Não queremos e nem podemos pra-ticar o unionismo que fira os princípios da Palavra de Deus, ou um sincretismo puro e simples. Todavia, a partir da Bíblia Sagrada, apontando para o Deus Triúno, queremos sempre dar testemunho de nossa fé e nosso amor ao Salvador Jesus, onde quer que estejamos.

Que Deus nos ajude e proteja para que possamos permanecer firmes e fiéis àquilo que cremos e confessamos, sem jamais nos omitirmos de dar o nosso testemu-nho, sendo o tempero, a luz que brilha e aponta sempre forte e clara para os pastos verdejantes da Palavra de Deus.

A toda Igreja, nossa súplica para que Deus nos abençoe e mantenha firmes e fiéis.

Um abraço.

É necessário fazer a obra enquanto é dia,

antes que venha a noite quando ninguém mais

pode trabalhar (Jo 9.4).

Page 6: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Foto: arquIvo edItora coNcórdIa

| Vida Com deus |

Acolhedores e hospitaleiros

Q ual igreja deixaria de receber bem a Jesus?

Sempre que uma igreja deixa de receber bem a uma

pessoa estranha ou a um visitante, deixa de receber bem ao próprio Salvador.

Receber bem, contudo, não é apenas receber com cortesia, mas, sim, receber a cada um que se aproxima com a Palavra da Salvação.

Que toda pessoa que busca a igreja possa voltar para sua casa com algo mais do que veio buscar: aos que buscam conso-lo, que sejam consolados; aos que buscam ajuda, que sejam ajudados; aos que buscam amparo, que sejam amparados; e aos que simplesmente buscam bens terrenos, que lhes sejam oferecidos bens eternos.

ACOlhEDOrES E hOSPItAlEIrOS

Em toda a Bíblia, a hospitalidade com o estrangeiro é considerada uma das principais virtudes dos filhos de Deus. O apóstolo Paulo nos dá o fundamento deste mandamen-to bíblico, de sermos acolhedores e hospitaleiros. Devemos acolher ao próximo porque “Deus o acolheu” (Romanos 14.3). O que nos motiva a sermos acolhedores e hospitaleiros, em nossas casas e na igreja, é o fato de que, uma vez estranhos e sem Deus no mundo, fomos acolhidos na família de Deus (Efésios 2.12,19). Assim como Cristo nos acolheu, diz o apóstolo, devemos nós também praticar a hospitalidade uns para com os outros (Romanos 15.7), também com aquelas pessoas que visitam a igreja.

Na carta aos Hebreus, encontramos a seguinte recomendação: “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (13.2). Abraão recebeu a visita de mensageiros de Deus, mas estes chegaram a sua tenda como peregrinos em viagem (Gênesis 18.1-16). A boa notícia que Abraão recebeu foi a de que estava próximo o cumprimento da promessa de Deus, e que Sara, dentro de um ano, teria um filho (v. 10).

Esta é a boa notícia da qual a igreja, até o fim dos tempos, será portadora, a boa notícia trazida por anjos: “hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2.11). Não há melhor boas vindas que se possa dar a alguém do que compartilhar a alegria que temos no Evangelho de Cristo,

que nos traz perdão, vida e salvação.Na escola bíblica, as crianças aprendem

a cantar o Salmo 122: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (v. 1). Com essa mesma alegria, a de estarmos ali onde habita, com toda a sua riqueza, a Palavra de Cristo (Colossenses 3.16; Filipen-ses 3.1), também recebemos e acolhemos a todos os que nos visitam. A alegria em nosso Salvador, compartilhada com todos, é nossa maneira de bem receber os que vi-sitam a igreja, porque é com muita alegria, sem dúvida, que receberíamos a Jesus em nossa igreja. É com alegria também que os anjos do Senhor receberão nos céus a todos os que, com fé e alegria, acolheram a Jesus em seus corações.

Vem, Senhor Jesus (Apocalipse 22.20).

Quando te vimos, forasteiro, e te acolhemos? (Mt 25.38)

Não há melhor boas vindas que se possa

dar a alguém do que compartilhar a alegria

que temos no Evangelho de Cristo, que nos traz

perdão, vida e salvação.

m

6 Mensageiro | Julho 2011

Luisivan Vellar StrelowPastor | [email protected]

Page 7: Mensageiro Luterano - Julho 2011

| Vida Com deus |

Mensageiro | Julho 2011 7

david karnoppMembro da Comissão de Culto da IELBPastor em Vacaria, RS

| adoração e louVor |

m

Os credos da Igreja

U m dos aspectos do culto que tem se mostrado resistente ao tempo é o uso dos credos ecu-mênicos. Em forma recitada

ou cantada, eles se mantêm semanalmente nos cultos.

Há três credos em uso na Igreja Cristã: Apostólico, Niceno e Atanasiano. Como eles surgiram e qual é o propósito deles?

CrEDO – A DEfESA DA féHouve épocas em que as heresias se

tornavam um perigo para a Igreja. Foi aí que a Igreja se viu desafiada a defender sua fé e a mostrar sua identidade. Os credos foram a maneira de a Igreja dizer quem ela era e qual era a bandeira que segurava. O propósito deles é defender a verdade que a Escritura ensina a respeito de Deus e falar do que é fundamental para a fé cristã. Seu conteúdo está centralizado na doutrina da Trindade e da obra salvadora de Deus. Por isso, eles são, ainda hoje, uma bandeira para a Igreja erguer. Os credos também são uma resposta da fé ao amor de Deus, a sua Palavra e a sua obra.

CrEDO APOStólICOO Credo mais usado é o Apostólico. É

também o mais breve e o mais antigo. Ele contém os ensinamentos básicos da fé cristã: Deus Pai é o Criador, Deus Filho é o Salvador e Deus Espírito Santo é o Santificador. Ele não foi escrito pelos apóstolos, como mui-tas vezes se pensa; é chamado assim por refletir a doutrina dos apóstolos. Ele é uma confissão de fé mais pessoal, um credo mais ligado ao Batismo e à instrução de crianças.

CrEDO nICEnOO Credo Niceno, mais encorpado que

o Apostólico, surgiu no ano de 325. Ele é uma resposta do Concílio de Nicéia para defender a doutrina da divindade de Cristo contra aqueles que negavam a fé na Santa

Trindade. Antigamente, ele era usado nos cultos onde havia Santa Ceia. Como hoje a maioria das congregações celebra San-ta Ceia em todos os cultos, ele é mais ligado às datas relacionadas ao Senhor Jesus, por exemplo, Natal e Páscoa.

CrEDO AtAnASIAnO

O Credo Atanasiano é o mais longo. A princípio, ele foi atribuído a um grande estudioso da Bíblia e defensor da divindade de Cristo, Atanásio, mas o certo é que não se sabe sua autoria e nem em que época foi escrito. Seu propósito é defender a doutrina da Santíssima Trindade e as duas naturezas de Cristo: verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O Atanasiano é usado como opção para o dia da Santíssima Trindade.

OS CrEDOS trAnSCEnDEM éPOCAS E CulturAS

Ainda que amplamente usados entre luteranos e outras igrejas cristãs, os credos não escapam de algumas críticas. Dizem que eles foram moldados dentro de uma cultura totalmente fora das raízes e padrões brasileiros; por serem escritos numa época tão distante, não seriam interessantes para os nossos dias. Porém, se isso fosse tão re-levante e verdadeiro, a Bíblia também não poderia ser usada hoje, pois ela foi escrita em outras culturas e em tempos muito distantes de nós.

Na verdade, a Palavra de Deus e os cre-dos transcendem culturas e épocas. Além disso, alega-se que muitas das heresias combatidas pelos credos, hoje, nem sequer são lembradas e que problemas teológicos

atuais não são abordados neles; logo, seria desnecessário a Igreja os defender ainda nos dias atuais. Com base nisso, alega-se que a Igreja deveria formular credos contextuali-zados com a nossa época.

Poderíamos, então, ter algo parecido como “Credo Luterano Brasileiro” que in-clusive abordasse temas atuais? Que fosse uma defesa contra as heresias de hoje? Errado não estaria, mas é preciso considerar alguns pontos.

Temas polêmicos e heresias sempre existirão. Alguns recebem grande ênfase hoje, mas, daqui uns anos, talvez não des-pertem interesse. Assim, este “Credo” esta-ria logo desatualizado. Além disso, os credos querem afirmar a verdade sobre Deus e sua obra, e não exatamente combater todas as heresias. O melhor lugar para se afirmar a Palavra de Deus frente às heresias é no ser-mão, nos grupos de estudo, na instrução de confirmandos e nos departamentos. Logo, um estudo sequencial do Credo pode ser uma grande oportunidade para se aprender sobre Deus e sua obra. Conhecendo bem o seu conteúdo, certamente, com mais alegria vamos erguer esta bandeira.

Foto: LeaNdro r. camaratta

Page 8: Mensageiro Luterano - Julho 2011

8 Mensageiro | Julho 2011

| mediTação |

valdemar martinPastor emérito, Mal. Cândido Rondon, PR

Foto

: arq

uIvo

edIto

ra co

Ncór

dIa

Do “por quê?” ao “para quê?”

P elos acontecimentos que chegam até nós através dos meios de comunicação, somos levados a nos perguntar: por quê? Especial-

mente pelo que temos visto no país do sol nascente, o Japão. Com os desabamentos, as destruições e as mortes causados pelo terremoto e tsunami, não tem como não fazer esta pergunta.

Quase no mesmo dia, um ônibus que vinha do Sul do Brasil estava trazendo jogadores de bolão para um intercâmbio esportivo em Marechal Cândido Rondon, PR. O acidente acontecido ainda no Estado de Santa Catarina ceifou a vida de quase 30 pessoas que estavam no coletivo. Posso ima-ginar as fisionomias dos parentes e amigos quando receberam a notícia; a ansiedade até a vinda dos corpos e o desespero por ocasião das cerimônias fúnebres. Quero acreditar que não apenas uma vez esta pergunta tenha sido ouvida: por quê?

Estes são apenas alguns fatos que, por terem sido marcantes, tomamos conheci-mento pelos meios de comunicação. Porém, muitos dos leitores devem ter passados por ocasiões desesperadoras e talvez em suas famílias tenha acontecido fatos, ou ainda continuam existindo, em que esta mesma pergunta continue sendo feita. Tenho oficia-do sepultamentos nos quais aquela luz que ainda se consegue ver no fim do túnel parece ter se apagado. E daí? Lembremos o que o apóstolo escreveu: Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Muitas perguntas continuam sem resposta no momento; apenas mais tarde, as coisas começarão a clarear. Não foi assim com o próprio discípulo Pedro na noite do lava-pés?

Pedro relutou, achou que jamais Jesus deveria lavar seus pés. Jesus deixou claro: O que faço, não o sabes agora. Sabê-lo-ás depois.

Neste sentido, a história da vida de José, contida em Gênesis, traz-nos mui-tos esclarecimentos. Lembremos o jovem José, muito estimado pelo pai Jacó, tendo provavelmente muitos planos e sonhos, sendo lançado num poço sem água e pos-teriormente vendido pelos próprios irmãos como escravo ao Egito. O que não deve ter passado pela sua cabeça quando seu se-

“Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” Rm 8.28.

Tenho oficiado sepultamentos nos quais aquela luz que ainda se consegue ver no fim do túnel parecia ter

se apagado. E daí? Lembremos o que o apóstolo escreveu: Todas as coisas cooperam para o bem

daqueles que amam a Deus.

nhor, Potifar, mandou trancá-lo na prisão. As coisas começaram a clarear quando Deus lhe revelou o significado dos sonhos do Fa-raó e o que deveria ser feito para preservar a vida de milhares de pessoas. Dentro dos planos de Deus, era esta a maneira para pre-servar em vida um povo e os descendentes daquele a quem foram dadas as promessas: Em ti serão abençoadas todas as famílias da Terra (Abraão, em Gn 12). Quando José se identificou, dando-se a conhecer aos irmãos, foi com amor que lhes falou: “Vós,

Page 9: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Mensageiro | Julho 2011 9

m

m

na verdade, intentastes o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem”.

No Novo Testamento, encontramos Mar-ta e Maria que perderam o irmão Lázaro. Certamente, elas também perguntaram: por quê? Ao menos assim o imagino ao ler a pergunta feita por Marta: “Senhor, se es-tiveras aqui, meu irmão não teria morrido”.

No Evangelho de João, capítulo 9, en-contramos o relato do cego de nascença. O cego e também seus próprios pais devem ter se perguntado inúmeras vezes: por quê? Era comum o pensamento de que o mal físico fosse consequência de algum pecado. Tal pensamento, existente na época, levou os discípulos a perguntarem a Jesus: Quem pecou, ele ou os seus pais, para que nascesse cego? Jesus deixou claro: Nem ele, nem os pais pecaram. Esta pessoa nasceu cega para que o poder de Deus pudesse ser manifestado.

Maria, a mãe de Jesus, deve ter ficado inconsolada junto à cruz de seu filho. Mes-mo sabendo que Jesus era o filho de Deus, humanamente falando, ele, segundo a carne, era também filho de Maria. Foi dela que ele recebeu a parte corpórea, o sangue que estava jorrando dos pés, mãos, cabeça, e posteriormente também do lado onde um soldado havia cravado uma espada. Por isso, não tem como não imaginar a dor de Maria. Ela deve ter perguntado, como qualquer outra mãe: por quê?

Sabemos que o apóstolo Paulo tinha um sofrimento físico (2 Co 12). Em três opor-tunidades, ele pediu ao Senhor para que o libertasse deste mal. Ele deve ter imaginado: “Eu poderia ser bem mais útil e eficiente se tivesse saúde. Por que, Senhor? Cura--me!”. Fraco e frágil, mas humilde – assim o Senhor o precisava no seu serviço. Tudo ficou claro quando Deus lhe disse: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.

Em situações nas quais surge a pergunta “por quê?”, precisamos lembrar que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Esta compreensão e aceitação nos levará a mudar a pergunta que não mais será “por quê?”, mas “para quê?”. Até a própria morte, que dos males físicos é o maior, será aceito como o maior bem para o filho de Deus. Somente a morte pode nos levar à vida. E não é a vida eterna o alvo final que os filhos de Deus desejam alcançar?

Os israelitas são os descendentes de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (aquele que lutou com Deus) conforme Gn 32.24-30. Os Israelitas se mudaram para o Egito quando José (filho de Jacó, vendido pelos irmãos) havia se tornado o grande administrador do Egito. No en-tanto, após a morte de José, os israelitas foram escravizados durante 400 anos; até que Deus preparou Moisés para libertar seu povo da escravidão, por meio das dez pragas que lançou sobre o Egito a fim de que o Faraó os libertasse. Conheça, agora, um pouco mais sobre o perfil deste grande homem da Bíblia.

IntrODuçãOMoisés foi um homem de atitude, o

que o levou, ao longo de sua vida, a re-velar tanto o melhor de si como também o pior. Ao longo dos anos, porém, algo surpreendente ocorreu no caráter de Moi-sés: ele continuou a reagir, mas aprendeu a fazê-lo de maneira sábia e correta. A responsabilidade diária de guiar dois mi-lhões de pessoas no deserto se tornou em um desafio mais do que suficiente para ganhar habilidade em liderar. Durante a maior parte do tempo, Moisés havia se tornado como um para-choque entre Deus e o povo.

Liderança envolve atitude. Se quiser-mos que nossas atitudes sejam coerentes com a vontade de Deus, precisamos de-senvolver hábitos de obediência.

No caso de Moisés, vemos uma per-sonalidade moldada por Deus, embora Deus não tenha mudado o que ou quem era Moisés; tampouco lhe deu novas ha-bilidades e virtudes. Em vez disso, Deus foi trabalhando as próprias características de seu servo até que elas se ajustassem ao seu propósito.

POntOS fOrtES E êxItOS nA vIDA DE MOISéS

- Recebeu educação egípcia (conheci-mento das ciências da época). Os egíp-

cios se destacaram na sua arquitetura e engenharia.

- Maior líder judeu; promoveu o êxodo (a saída do povo de Israel do Egito).

- Profeta e legislador, entregou os Dez Mandamentos ao povo.

- Autor do Pentateuco (os cinco pri-meiros livros da Bíblia).

frAquEzAS E ErrOS- Impulsivo.- Não entrou na terra prometida em

razão de sua desobediência a Deus.- Nem sempre reconhecia e usava os

talentos dos outros.

lIçõES DE vIDA- Deus tem planos para cada um de

nós; ele nos prepara para que sejamos usados na sua obra que dura por toda a nossa vida.

- Deus realiza seu maior trabalho através de pessoas frágeis.

InfOrMAçõES ESSEnCIAIS- Locais: Egito, Midia, Deserto do Sinai.- Ocupações: príncipe, pastor de ove-

lhas, líder dos israelitas.- Familiares: Sua irmã Mirian; seu

irmão, Arão; sua esposa, Zípora; e seus filhos, Gerson e Eliezer.

A história de Abraão pode ser encon-

trada nos livros de Êxodo a Deuteronômio. Ele também é mencionado em Atos 7.20-44 e Hebreus 11.23-29.

vErSíCulO ChAvE“Pela fé que Moisés saiu do Egito,

quando já era adulto, não quis ser chama-do de filho da filha de Faraó. Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado” (Hb 11.24-25).

Estudo desenvolvido pelo pastor

conselheiro da LLLB emerSon Zielke

Os grandes hOmens da BíBlia

Moisésum líder de atitude

| leigos |

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A cruz em nossa vida

N ormalmente, falamos da cruz na época da Quaresma, tempo em que relembramos, de forma especial, o que o nosso Salvador Jesus Cristo fez

por todas as pessoas. Ele sofreu e morreu numa cruz pelos nossos pecados.

Para o cristão, a cruz é um sinal de vitória, pois foi nela que Jesus, com a sua morte, venceu o pe-cado e a própria morte ao ressuscitar na manhã da Páscoa. Assim, muitos carregam uma cruz em seu peito como forma de lembrar este acontecimento, outros a têm por pura superstição, e ainda tem aqueles que a usam por simplesmente acharem bonito. No entanto, será que saberiam responder o que de fato a cruz é para o ser humano?

Existem várias cruzes com formatos, simbolo-gias e significados diferentes. Por exemplo, existe a cruz chamada de Batismal, a do Calvário, a Cruz Tau, entre outras. Todas são cruzes, mas com men-sagens diferentes.

A cruz faz parte da história da humanidade. Ainda no Antigo Testamento, quando Moisés esta-va à caminho com o povo de Israel pelo deserto, devido a falta de paciência deste, vieram serpentes e começaram a morder as pessoas. Moisés orou a Deus, e Deus lhe disse que colocasse uma serpente em uma haste. Então, todos que eram mordidos e olhavam para a serpente ficavam curados.

Em João 3.14, é dito que assim como aquela serpente foi levantada para ser a salvação do povo de Israel, assim importa que Jesus seja erguido numa cruz para que todos que creem nele tenham vida eterna.

Em nossa vida diária, também temos cruzes que nos sobrevém, mas essas, muitas vezes, não vêm com os nomes que vimos acima; elas ganham outros nomes como: enfermidades, tristezas, do-res, medos, luto, entre outras. Essas cruzes são consequências do pecado em nossa vida, mesmo que, muitas vezes, não percebamos isso e per-guntemos onde erramos ou o que fizemos para merecer tal castigo.

Assim, sempre é tempo de lembrar o que Jesus fez por nós. A exemplo do povo de Israel, nós também podemos olhar para a cruz e ver, apesar do nosso pecado, que Jesus nos perdoou. Na carta aos Hebreus 12.2, vemos que nenhuma cruz pode resistir ao poder de Jesus. Com isso, temos a certeza de que ele está junto de cada um de nós para nos ajudar nos momentos difíceis de nossa vida.

Portanto, quando essas cruzes (sejam quais forem e tenham nome que tiverem) sobrevierem em nossa vida, poderemos ter a certeza de que Jesus estará ao nosso lado para nos ajudar. Porque ele já venceu o poder do pecado com a morte e a ressurreição.

ervino martim SpitZerPastor da IELB em Ponta Grossa, PR

| mediTação |

Fotos: arquIvo edItora coNcórdIa

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Marcos SchmidtPastor em Novo Hamburgo, RS| [email protected]

| em foCo |

As cinzas do vulcão

E nquanto escrevo este artigo, o assunto é a nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue que che-gou até o Sul do Brasil e obrigou

as companhias aéreas a cancelarem voos _ como foi no ano passado com um vulcão da Islândia, de nome insoletrável, que parali-sou o tráfego nos aeroportos europeus. Os cancelamentos dos voos logo me fizeram pensar nos conselhos de Tg 4.13-15: “Agora escutem, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinhei-ro!’ Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. O que vocês deve-riam dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’”.

Se bem que não é preciso um vulcão para deixar alguém preso no aeroporto ou simplesmente estragar os planos; pode ser um minúsculo buraco no pneu do carro. No caso desta única erupção vulcânica, os efeitos são para meio mundo de gente. Mas, se juntássemos todos os “vulcãozinhos” deste planeta interligado, de gente indo e vindo, iríamos descobrir que a cada segun-do, em meio a milhões de imprevistos, tem alguém que não consegue ir adiante, que precisa esperar ou mudar de direção. Por isso, a colossal nuvem de cinzas nos obriga

a refletir sobre a “neblina passageira” que são os projetos humanos. Afinal, se este cuspidor de fogo chileno acordou após 50 anos (o da Islândia ficou adormecido por 200), então, depois de 8 horas noturnas, despertamos no dia seguinte sem prever quais nuvens poderão atrapalhar nossa agenda. Os compromissos até podem estar bem organizados, mas o sábio já tinha se dado conta que “as pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra” (Pv 16.1).

Uma boa lição também para a prepotên-cia humana quando ostenta orgulhosamente a avançada tecnologia, produto da sua inte-ligência. Porque não é a máquina inventada por ele que tem a última palavra, mas a or-dem da Natureza. E nós sabemos quem é que manda na natureza – que manda na máquina –, e que manda no homem. Difícil de aceitar até por nós cristãos quando tantas vezes marcamos datas e estipulamos metas, sem ao menos consultar o criador dos vulcões. Na primeira página de nossa agenda, na tela da área de trabalho de nosso computador, antes de fecharmos qualquer projeto, sempre deve-ria constar: se Deus quiser. Por isso, enquanto temos agenda, nunca é tarde para ouvir o que diz Tiago: “Vocês são orgulhosos e vivem se gabando. Todo esse orgulho é mau” (4.16).

As cinzas do vulcão, sem dúvida, são a oportunidade para escapar do pior – igual

ao sinal diante dos trilhos de trem: “pare, olhe, escute”. Elas caem dos céus, congestio-nam aeroportos e consciências, e lembram aquilo que diz a Bíblia: “tu és pó e ao pó tornarás”. Fruto do fogo que devora, apare-cem nas Escrituras acompanhadas de vestes grosseiras, jejuns, choros e lamentações em sinal de arrependimento. Se hoje são símbolos num rito religioso que perdeu o sentido, e lembradas grotescamente numa quarta-feira após o Carnaval, agora obrigam a pensar na ineficiência humana no trânsito fechado, conturbado e caótico.

Mas, diante do “voo cancelado”, as cin-zas também indicam esperança – vida que renasce das cinzas. Afinal, na hora do “e agora, o que vou fazer?”, podemos marcar na agenda uma horinha com o Senhor dos vulcões. Porque, se é “o Senhor Deus quem dá a última palavra”, então, ainda é tempo para fazer o check in antes de embarcar nas asas do futuro. (Check in é o procedimento obrigatório pelo passageiro num aeroporto; só depois de concluído, é emitido o bilhete de passagem e a bagagem é despachada). Em nossos pla-nos de voo só existe um procedimento para seguir viagem e chegar ao destino; é por meio daquele que disse: Eu sou o Caminho. Foi pensando nele que o sábio recomendou: “Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles dão certo” (Pv16.3). No final, as cinzas do vulcão podem ficar coloridas.

Vocês não sabem como será a sua vida amanhã,

pois vocês são como uma neblina passageira, que

aparece por algum tempo e logo depois desaparece.

O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus

quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’.

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12 Mensageiro | Julho 2011

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carloS f. langeCientista e professor, Edmonton, Canadá

M uitos líderes cristãos têm ta-lento inato e descobrem cedo na sua juventude que sentem vontade de ter iniciativas e de

liderar um grupo. Eles têm ideias e planos de ação e não se envergonham de apresentá-los e defendê-los. Além disso, eles notam que os seus pares aceitam o seu papel de liderança, seja formalmente, elegendo-os a cargos de responsabilidade, ou informalmente, seguindo as sugestões e apoiando as iniciativas propos-tas. Esses líderes querem servir a Deus com o seu talento, mas existe uma lição que precisam aprender para que possam desempenhar melhor o papel que Deus tem reservado para eles: a lição mais difícil.

A lição que os líderes têm mais dificuldade em aprender é a humildade.

Neste estudo, ve-remos como os grandes

líderes da Bíblia se debateram com esta lição, examinaremos por que esta lição é tão difícil e, por fim, que promessas Deus faz aos líde-res para ajudá-los a aprendê-la.

TEr TAlENTo Não é suficiENTE

Em qualquer atividade, seja profissional ou amadora, das ciências às artes, incluindo liderança secular ou eclesiástica, é preciso complementar o talento com treinamento específico. os pastores recebem esse treina-mento durante sua formação no seminário. No caso de líderes leigos e leigas, os cursos de liderança, ocasionalmente organizados pelos distritos, são uma boa prática. Existem também bons livros sobre o assunto. Nor-malmente, esses cursos e livros enfatizam

a compreensão profunda do Evangelho, comunhão intensa com Deus e trei-

namento nas características de um bom líder. se observarmos os líderes descritos na

Bíblia, veremos que Deus, em muitos casos, informa-nos como eles foram treinados. Por exemplo, Moisés estudou na mais avançada universidade da história antiga, na casa real egípcia. Josué aprendeu de Moisés; e Eliseu, de Elias. Davi aprendeu, em sua casa, a confiar em Deus, sendo bisneto de rute e Boaz, e foi treinado para a liderança no exército de saul (o primeiro exército regular da nação israelen-se). Pedro aprendeu do próprio Mestre dos mestres, enquanto Paulo aprendeu primeiro de Gamaliel e depois diretamente de Jesus. outros, como Abraão e Jacó, não parecem ter tido treinamento formal, mas tinham um rela-cionamento pessoal com Deus e eram chefes de família e de muitos empregados. Em suma, também os grandes líderes do povo de Deus necessitaram de anos de treinamento, antes de poderem exercer plenamente o seu papel.

Os líderes são obstinados e não raramente são chamados de “sabe-tudo”. Mas eles aprendem cedo que é exatamente esta habilidade de tomar decisão e apontar uma direção, quando outros estão em dúvida e desorientados, que faz as pessoas seguirem um líder.

A lição mais difícil de aprenderA lição mais difícil de aprender

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o PEriGo Do “Já sEi” coMo fAzEr

Apesar de todo este treinamento, existe uma tentação bem específica que afeta os líderes – e o inimigo sabe explorá-la muito bem. Abraão não conseguiu ficar comple-tamente passivo, esperando a promessa de Deus, e tentou dar uma “mãozinha” no processo com ajuda da serva de sara. Aos 17 anos, José, filho de Jacó, era ainda muito novo para liderar seus irmãos mais velhos, mas já mostrava sinais de arrogância ao de-latar seus irmãos e ao se gabar dos sonhos que prediziam sua posição de elevadíssima autoridade no futuro. Na verdade, ele era tão chato, que os irmãos não o suportaram e quiseram se livrar dele. Pedro teve uma longa lista de atos impulsivos na direção errada, desde ideias inconsequentes, como armar um acampamento no monte da transfiguração, até a tentativa de dissuadir Jesus do plano de salvação, ou a tentativa de defender Jesus com a espada no Monte das oliveiras.

De todos estes, o impulso de Moisés é o mais fácil de entender. Ele havia estudado na melhor universidade do mundo no seu tempo e foi treinado na casa do faraó es-pecificamente para a liderança. Aos 40 anos, ele tinha idade madura, mas não era muito velho, e tinha aprendido tudo o que preci-sava para ser um perfeito líder no sentido humano – falando e agindo com reconhecida autoridade. Ele mesmo se sentia tão pronto que não entendia por que Deus não colocava o seu plano de libertação imediatamente em ação. Afinal, ele via o sofrimento do povo es-cravizado, sentia compaixão e estava ansioso por assumir o seu papel de líder do povo de Deus. Moisés tentou dar uma “mãozinha” no plano de Deus e liderar o começo de uma rebelião, atacando um opressor egípcio, mas o tiro saiu pela culatra. o que poderia estar faltando? Por que Deus não considerava Moisés pronto para a missão? Acontece que ele ainda precisava aprender uma última lição, a lição mais difícil.

o APrENDizADo DA liDErANçA PoDE lEvAr TEMPo

Moisés, o líder nato e treinado, talvez o maior líder de todos os tempos, precisou de 40 anos para aprender uma única lição: hu-mildade perante Deus. Quando ele finalmente estava pronto, não parecia o mesmo a olhos

Se grandes heróis da fé precisaram de muitos anos para aprenderem a ser humildes, que chance têm os líderes de hoje? Eles têm a promessa de que Deus vai ensiná-los e guiá-los na direção certa (Sl 25.12 e Sl 32.8). E, por causa desta promessa, eles podem pedir conselho com confiança de que Deus vai atender, porque esse pedido é agradável a Deus (Tg 4.3).

direção certa

humanos. Ele era como uma sombra do líder autoconfiante e orgulhoso do passado. Porém, para Deus, ele finalmente estava pronto para assumir sua tarefa; e serviu fielmente por mais 40 anos, só falhando uma vez, o que lhe custou a entrada em canaã.

Este parece ser um padrão comum entre os líderes do povo de Deus, que é preciso um longo tempo para aprender a ser humilde. Por exemplo, Abraão só recebeu o filho da promessa aos 100 anos, depois de passar para além do limite biológico que lhe permitia ter uma esperança racional.

José precisou amargar muitos anos na prisão até aprender a verdadeira humildade. E aprendeu tão bem que o poder não lhe subiu à cabeça quando ele teve oportunidade de se vingar dos seus irmãos. certamente, não havia mais nada da arrogância de sua juventude, quando os abraçou e chorou ao revelar-se a eles como o segundo homem mais pode-roso do mundo na sua época. Assim como Moisés, 40 anos também foram necessários para ensinar humildade à nação de israel (Dt 8.2), a quem Deus escolheu para liderar os que o adoravam de todas as nações naquele tempo. Durante estes 40 anos, Josué também aprendeu a humildade, que o preparou para suceder Moisés.

uM APrENDizADo Difícil E coNTíNuo

Em outros casos, Deus achou melhor um tratamento contínuo para combater o orgulho. Por exemplo, Davi teve uma vida de constantes lutas e conflitos que lhe trouxeram frequentes angústias e preveniram que sua alma se exaltasse, como vemos nos salmos, a despeito de todas as suas conquistas.

Elias não teve um minuto de folga para curtir a tremenda vitória sobre os profetas

de Baal, mas teve que logo correr por sua vida e se refugiar no Monte sinai – e

continuou vivendo sob constante ame-aça de morte. Tal jugo foi comum a todos os profetas.

Já no Novo Testamento, vemos como Pedro teve que ser repreendido diversas vezes por seus impulsos. No entanto, foi o evento da negação de cristo que lhe ensinou humildade e dependência da graça. Nenhum dos eventos anteriores tinham-no movido da atitude de líder entre os apóstolos, sempre ”

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LIÇÂO nº 1

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14 Mensageiro | Julho 2011

o primeiro a tomar iniciativa. Mas depois da negação, o seu espírito estava tão alquebrado que Jesus precisou repetir três vezes o seu chamado para reestabelecer a certeza no coração de Pedro. Já Paulo foi deixado com um permanente “espinho na carne” para combater a soberba.

com todos esses exemplos, fica mais fácil entender o que Jesus quer dizer em Mateus 18: aquele que se humilhar como uma criança, esse é o maior no reino dos céus.

Porque é tão difícil e tão demorado ensinar a humildade a um líder? líderes são obstinados e não raramente são chamados de “sabe-tudo”. Mas eles aprendem cedo que é exatamente esta habilidade de tomar decisão e apontar uma direção, quando outros estão em dúvida e desorientados, que faz as pessoas seguirem um líder.

os liderados podem ter opiniões con-flitantes, ou nenhuma opinião, mas do líder, seja ele democrático ou autocrático, espera--se uma posição clara. Além disso, sempre haverá opiniões divergentes e muitas vezes o líder será acusado e ofendido pelos que são de opinião contrária. Após um tempo, o líder acaba se acostumando com isso, porque faz parte do papel de liderança tomar decisões impopulares quando elas são corretas e necessárias. o líder tem convicção de que o futuro provará que ele tinha razão e tem es-perança de que todos os liderados, mesmo os

que agora discordam, agradecerão no futuro. Todavia, essa obstinação, que o líder prefere chamar de “força interior” ou zelo, às vezes é abusada, quando se deixa levar pela arrogância de quem pensa estar sempre com a razão e não necessita de conselho ou admoestação de outros. Essa obstinação sempre é inapropriada quando é contrária à vontade e instrução clara de Deus – como quando Moisés feriu a rocha em Meribá.

o verdadeiro benefício da humildade se revela nas situações que não são óbvias vio-lações da vontade de Deus. sem humildade, Moisés talvez não teria ouvido a crítica de seu sogro e talvez não delegasse a função de juiz do povo a auxiliares (Ex 18). ou, qual líder sem humildade, que ao ouvir o desabafo justo de Deus, dizendo que iria destruir os liderados e enaltecer a descendência do próprio líder (Nm 14.12), responderia corretamente e intercederia em favor dos liderados como fez Moisés?

A liDErANçA DE hoJE PrEcisA Dos MEsMos PArâMETros

“o sENhor Deus me disse: ‘Eu lhe ensinarei o caminho por onde você deve ir; eu vou guiá-lo e orientá-lo’” (sl 32.8).

se grandes heróis da fé precisaram de muitos anos para aprenderem a ser humildes, que chance têm os líderes de hoje? Eles têm a promessa de que Deus vai ensiná-los e

O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra. (Pv 15.33)

guiá-los na direção certa (sl 25.12 e sl 32.8). E, por causa desta promessa, eles podem pedir conselho com confiança de que Deus vai atender, porque esse pedido é agradável a Deus (Tg 4.3).

Porém, onde Deus é fiel, nós infelizmente não somos. Muito deixamos de receber por-que não pedimos (Tg 4.2). Exatamente por causa da aparente incompatibilidade entre liderança e humildade, que vimos acima, não vamos encontrar muitos líderes se ajoe-lhando, erguendo as mãos e pedindo a Deus mais humildade. Do ponto de vista deles, seriam melhores líderes se apenas tivessem mais sabedoria para tomar a decisão certa na hora certa. o plano funcionaria se apenas eles tivessem mais persuasão e pudessem conven-cer os outros da importância dos seus planos e ideias, da certeza de que eles darão certo. os líderes sentem impulso de orar por esses dons e por mais perseverança, coragem, força de caráter e de vontade, fé, inteligên-cia, saúde e coisas assim. Note que todas as características nesta lista são consideradas positivas e geralmente associadas a pessoas vencedoras. Em contraste, a humildade tende a ser considerada uma característica negativa, junto com a incerteza, fraqueza de espírito e fragilidade que são geralmente associadas a pessoas perdedoras.

com certeza, ao fugir da presença do faraó, após sua malograda tentativa de liderar uma rebelião dos hebreus Moisés refletiu sobre as causas de seu plano ter falhado.

Podemos imaginar muitas coisas que passaram por sua cabeça, mas é quase certo que ele não tenha pensado: se eu apenas tivesse sido humilde, Deus po-deria ter me usado para liderar o povo...

Participei de diversos cursos de liderança cristã e li diversos livros sobre o assunto, mas em nenhum deles foi incluída a humildade como tópico. Alguns falam da necessidade do líder ser compassivo, outros ensinam como Deus é forte na nossa fraqueza, mas essa é geralmente associada a limitações da capacidade do líder. Talvez a humil-dade seja uma lição que não possa ser ensinada, mas precisa ser aprendida na prática e através de um longo período de tempo.

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DEus corriGE, MAs Não ABANDoNA os líDErEs chAMADos

“Não seja uma pessoa sem juízo como o cavalo ou a mula, que precisam ser guiados com cabresto e rédeas para que obedeçam” (sl 32.9).

felizmente, aos líderes chamados, Deus fez ainda outra promessa, escondida no tom ameaçador do versículo seguinte à promessa no salmo 32: “se você for teimoso, como o cavalo ou a mula, eu vou ser forçado a usar o freio e o cabresto para guiá-lo na direção certa”. Por muito tempo, li este versículo como uma ameaça que segue uma promessa, como tantas vezes Deus faz nos salmos (cf. sl 18.27). hoje, vejo este versículo como mais uma promessa de um Deus que é Pai e que se importa verdadeiramente conosco.

Ainda que o líder falhe em buscar a orientação de Deus, falhe em pedir o que ele realmente precisa, como a humildade, o bom Pai não vai deixá-lo seguir no caminho errado. o processo pode ser demorado e doloroso – e muito! Mas, ao líder fiel, é um consolo saber que o senhor não vai deixar de discipliná-lo (Dt 8.5, Pv 13.24), se necessário, para conduzi-lo no caminho certo. Porque ele sofre o mesmo dilema de Paulo (rm 7) na luta entre a carne e o espírito e, ainda que saiba toda a teoria sobre humildade, ele encontra na sua carne a relutância de ser humilde. o zelo pelo plano e pela vontade de Deus faz o líder cristão aceitar a disciplina de Deus, ainda que dolorosa, para ajudá-lo a aprender a lição mais difícil: humildade!

O zelo pelo plano e pela vontade de Deus faz o líder cristão aceitar a disciplina de Deus, ainda que dolorosa, para ajudá-lo a aprender a lição mais difícil: humildade!“ ”

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| mÚsiCa na igreja |

paulo brum Membro da Comissão de Culto da IELBPastor e capelão de música da ULBRA

Confessionalidade na músiCa iii Ouvir e entender música

Estimados leitores! Hoje, temos uma reação, aos artigos anteriores, do maestro Axel Bergstedt da Paróquia Esperança, Cariacica, ES, trazendo alguns pontos de vista acerca da reflexão da música na igreja. Estimulamos todos a enviar perguntas ou reações para [email protected] ou para a Editora, pois prontamente retornaremos e possivelmente constará em uma das próximas edições do Mensageiro.

U ma estação subterrânea de me-trô, na Alemanha, virou ponto de encontro de marginais, usuários de drogas, mendigos e

ladrões na espera de vítimas que saíssem do metrô com suas bolsas. A empresa chamou a polícia por várias vezes, mas, como não conseguiam flagrar os marginais, não conse-guiram fazer nada para evitar essa situação. Jovens com roupas e hábitos agressivos co-locavam as botas sujas nos bancos, jogando lixo no chão, ameaçando transeuntes e mais. Certo dia, a empresa montou uma sonoriza-ção no teto e começou a tocar música (reli-giosa e instrumental, especialmente clássicos como Bach, Handel e Vivaldi). Os marginais não aguentaram e fugiram do local. Hoje, muitas estações de metrô, praças e outros

locais têm uma sonorização com música clássica, religiosa ou ética.

O IMPACtO DA MúSICA InStruMEntAl

Como Paulo Brum já escreveu em recen-tes artigos sobre música, ela é uma língua. A Língua Portuguesa tem o famoso exemplo da palavra “rapariga”. Ouvindo essas quatro sílabas, a maioria dos brasileiros pensa em uma coisa indecente, embora um português pense em uma moça comum, sem malícia alguma. Um estrangeiro que não entende Português não vai associar nada ou, quem sabe, imaginar outro significado.

Na música podem acontecer as mesmas coisas. Uma música de Bach como o início do livro de piano O cravo bem temperado,

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Mensageiro | Julho 2011 17

volume II, que conta com os meios da música instrumental da criação do mundo, poderia não ser entendida por alguém que não está familiarizado com música desse tipo. Quem sabe, ele associa toda música clássica com um tio bem chato e retrógrado, que por acaso gosta de música clássica, e, por isso, enxerga, nessa música, só enfado e tristeza.

Mas da mesma maneira que um estran-geiro pode aprender a Língua Portuguesa, inclusive os detalhes sobre uso local de palavras como “rapariga”, um ouvinte pode aprender a linguagem musical dos grandes músicos. Todas as pessoas na América e no Oeste da Europa entendem basicamente as expressões da música clássica, porque eles crescem ouvindo músicas clássicas em fil-mes, propaganda e outros. Por isso, também os marginais entendem a música e se sentem mal com a música cristã ou eticamente boa.

Também uma música para um filme tem que ser adaptada à cena. Se ela é triste, o compositor deverá compor uma música triste, e ele não vai dizer que isso não é possível porque podem existir pessoas que desentendam a música e associam-na com

alegria. Se o compositor colocasse uma música superficial e simplesmente alegre como “Fico Feliz”, de Aline Barros, em uma cena de tensão, tristeza ou heroísmo, todos sentiriam que daria um efeito ridículo.

A MúSICA é uMA fOrMA DE PASSAr MEnSAgEM

Concluímos que uma música, mesmo sem palavras, pode ser uma língua definida. As músicas de Bach ou Brahms são músicas evangélicas luteranas que exprimem a nos-sa doutrina e atitude de orar, enquanto as sinfonias de Bruckner são explicitamente católicas e exprimem outro tipo de religio-sidade. De longe, as diferenças parecem pequenas; um muçulmano, talvez não entenda as diferenças entre evangélico e católico. Porém, quem ouve com atenção, começa a entender os grandes compositores e aprende a fé e doutrina luterana através da música. O mesmo vale para alguém aprender sobre a religiosidade dos católicos através de Bruckner, Dvorak e outros.

A partir disso, podemos aprender para as composições de hoje e para as traduções

de hinos estrangeiros. Se quisermos manter a síntese entre música e texto, não podere-mos mudar o texto como quisermos. (Paulo Brum já citou o hino nº 93 do Hinário Lute-rano como exemplo mau, onde a melodia contraria o texto.)

Também, nos arranjos dos louvores e hi-nos, podemos desenvolver mais criatividade para exprimir melhor o texto, que muda de estrofe a estrofe, variando o som de órgão, teclado e outros instrumentos, adicionar, se tiver, trombetas ou flautas em determinadas estrofes, e mudando até os acordes e a manei-ra do acompanhamento para revelar mais a mensagem do texto. Sons pesados e puxados de guitarras com distorção, por exemplo, combinam com trechos sérios como na música “Misericórdia”, da banda Sãos e Salvos, mas não com uma alegria como em “Fico feliz”.

Aprendamos com os grandes composi-tores do passado e também com os bons músicos de hoje. Assim, a nossa música será sempre renovada e viva. E, uma vez ensina-da aos nossos irmãos, estes poderão ouvir e entender bem as mensagens maravilhosas que nelas são transmitidas. m

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Combate o bom combate

18 Mensageiro | Julho 2011

| reflexão |

aurea domenechAdvogada, artista plástica e escritoraRio de Janeiro, RJ

A s Escrituras nos arregimentam para a luta e nos convidam, constantemente, a repelir o mal. Encontramos claramente

isso quando Paulo, em sua correspondência a Timóteo (a quem chama de filho), clama pelo retorno à sensatez e ao desenvolvi-mento da paciência, da perseverança e da coragem – esses incontestáveis pilares do aprimoramento pessoal. Reporta Timóteo à progenitora deste, Lóide, e à Eunice, ge-nitora, de modo a oferecer-lhe referências familiares e, destarte, entusiasmá-lo a continuar perseverando na fé. Aconselha, ainda, o apóstolo a Timóteo, que não se en-vergonhe do testemunho de Deus, dizendo que ele dá espírito de poder, de amor e de moderação a quem o busca.

Nas Escrituras Sagradas, aprendemos a evitar as contendas, a disciplinar, a ser aptos a instruir o semelhante e a ser pacientes com os fracos na fé, de modo a trazê-los para a vida de alegrias que os dons espirituais, os frutos do espírito provenientes do amor de Deus, podem nos conceder e, por fim, à vida eterna na qual acreditamos. Tudo isso, para que tenhamos força para combater o mal com a espada da justiça e a armadura e o elmo da proteção divina; nada além do que nossas forças não possam driblar. Assim, essa

espada não preconiza a morte, mas, sim, a luta. Precintados dos valores e princípios dos quais a inspiração divina nos faz portadores, estaremos preparados para o bom combate.

No notável poema épico de Gonçalves Dias, I Juca Pirama, típico herói que a Literatura Romanesca faz protagonista, transformando-o em um impressionante personagem que, após os insultos do pai Tupi – que o vê acovardado diante dos Timbira –, enfrenta-os de modo com que estes o libertem. Antes, mostrara covardia, e, por isso, o pai o insultara. Tal poema e sua grande beleza perfizeram o caráter bravio que minha mãe quis tecer em mim. Ao lê--lo, nos momentos difíceis da adolescência e até hoje quando atravesso a vida, ora atônita, ora desanimada diante do turbilhão das ignomínias que tenho de enfrentar, ou mesmo para saborear as passagens heroicas contadas em versos, ele me transportava a uma terra de heróis. O velho Timbira alerta

“Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.”(1 Timóteo 6.12)

seu filho: “Não chore, meu filho, que a vida é luta renhida, que aos fracos abate e aos fortes, aos bravos, só faz exaltar”.

À infinita luz do conhecimento e da sabedoria que nos é dada pelo Pai Celestial, devemos ter sempre em mente a diferença entre luta e morte. A espada é a representa-ção da luta – e não da morte – que devemos travar constantemente não apenas contra nossos adversários que são, dentre outros: a injustiça; o desrespeito; a autoflagelação e autodecadência humanas; a irreverência; os egoístas; os implacáveis; e todos aque-les que sempre adentram nosso caminho por sermos filhos de Deus, escolhidos por ele, como também a nós – que temos a fé verdadeira e não fingida –, nossos vícios, nossas presunçosas ideias a respeito de nós mesmos, de modo a sermos humildes e, com isso, podermos aprender a crescer mais e mais, aprimorando nossos dons espirituais e nosso arcabouço cristão. m

Foto: reprodução INterNet

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| o Valor do BaTismo |

Eduarda Franzoso de Bem

E ra 6 de dezembro quando tu abristeTeus olhinhos lindos para ver o mundoQue ali se resumiu em duas belas faces:A do Papai e da Mamãe sorrindo muito!

Foi teu primeiro nascimento, Duda querida,Em que recebeste os abraços de teus pais.Também os votos dos avôs, beijos das tias,Presentes das madrinhas e muito mais.

Hoje, 1º de maio, é dia do teu renascimento;Data marcante, grifada com letras especiais.Pois, neste dia, Jesus te acolheu em seus braços amorosos,E os anjos, aos milhares, cantaram glórias celestiais.

Não há na vida de um simples ser humanoMomento mais marcante, mais honroso até,Ser recebida pelo Rei Jesus como filha amada,Ter implantada, no pequeno coração, a fé!

Agora, Duda, com pecado original já apagado,Começas tua jornada pelo mundo, pela vida,Sabendo que o caminho não só de rosas é atapetado,Mas de espinhos também, tristezas, solidão na lida.

Jesus estará contigo sempre, não importa o dia.Essa certeza carrega firme na tua mente e coração.As bênçãos dele são promessas que não falham,Que firmam nossos passos, mesmo em grande emoção.

Seja feliz! Mantenha teu sorriso sempre lindo!São votos dos teus pais te desejando vida boa.E eu, que já te amo muito, te abraço com ternura.Sou feliz por ter-te! Sou tua Tia-Oma.

NOTA DA REDAÇÃOEduarda foi batizada no dia 1º de maio de 2011, na CEL Cristo de POA

roSemarie kunStmann langeColaboradora do ML, Porto Alegre, RS

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| ação missionÁria |

nova missão, novas estratégias

O pastor Matt Peeples levanta cedo todo domingo de manhã como a maioria dos pastores luteranos. A única coisa diferente é que, ao invés de ir para uma igreja, ele vai para um Shopping Center. É lá que a sua congregação se reúne para os cultos em um dos maiores e mais populares cinemas da cidade. O pastor Matt Peeples é um pastor missionário do ponto de missão chamado The Point (O Ponto) em Knoxville, estado do Tennessee nos Estados Unidos. Esta nova congregação é o resultado de uma parceria entre um dos distritos da Lutheran Church Missouri Synod (LCMS) com uma congregação estabelecida em Knoxville chamada Grace Lutheran Church.

PESSOAS CulturAlMEntE DIfErEntES

Os membros da igreja do pastor Matt não usam o tipo de roupa que muitos estão acostumados a ver num domingo pela manhã em muitas igrejas luteranas; a maioria usa calças jeans e camisetas. Muitos têm tatuagens e são estudantes universitários ou jovens profissionais que se mudaram para esta cidade universitária à procura de novas oportunidades pro-fissionais. Porém, a maior diferença nos cultos do pastor Matt não é na maneira de se vestir ou o local onde se reúnem. A maior diferença entre os cultos das outras igrejas luteranas em Knoxville e os cultos do pastor Matt acontece durante o sermão. Enquanto o pastor Matt está pregando, a sua congregação está muito ocupada usando os seus telefones celulares. Du-rante a pregação sobre o texto bíblico do dia, aqueles que estão no culto usam seus celulares para enviar perguntas sobre a lição do dia, fé, vida e Deus, e, antes de

encerrar o culto, o pastor Matt responde essas perguntas abertamente. De fato, foi esta prática de dar a oportunidade para as pessoas fazerem perguntas difíceis sobre a fé e a vida que deu o nome do lema desta comunidade: “É bom ter perguntas”.

O uso de novas tecnologias durante os cultos é algo realmente novo neste ponto missionário, o que dá oportunidade para as pessoas se envolverem mais durante o sermão. Esta técnica permite que o pastor Matt se comunique em tempo real com os seus membros e visitantes. Tanto a congregação quanto o pastor ganham com isso: a congregação ganha a oportunidade de fazer perguntas difí-ceis, anonimamente, e o pastor ganha a chance de receber comentários sobre seu sermão.

O interessante é que a notícia está se espalhando rapidamente pela cidade. Apenas seis meses após o primeiro culto, sendo que eles começaram sem nenhum membro, The Point já tem 90 pessoas que

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vem aos cultos regularmente. No entanto, se você perguntar para o pastor Matt qual é o fato mais animador do seu ministério, ele não responderá que é a porcentagem de crescimento daquela igreja; o fato mais animador para o pastor Matt é que, em média, cada pessoa que está visitando The Point pela primeira vez não esteve em nenhum culto em outra Igreja nos últimos três anos. Quando ele fala sobre esta forma de missão, ele diz: “Nós nos dedicamos exclusivamente para os que estão desconectados da Igreja e também para os que ainda não tem nenhum relacionamento com Jesus Cristo. Nosso objetivo não é atrair pessoas que já fazem parte de algu-ma Igreja.”

EM tODOS OS lugArES, SItuAçõES DIfErEntES

Esta paixão pelas pessoas que ainda não conhecem a Jesus como seu Salvador é a grande motivação do pastor Matt em seu trabalho. Foi esta paixão que o levou ao uso da tecnologia dos telefones ce-lulares e mensagens de texto dentro do culto. “Quando cheguei nesta cidade com um chamado para começar uma nova congregação, tive a tentação de pensar que, se tivesse a fórmula certa, tudo daria certo.” Em preparação para enfrentar esse desafio, o pastor Matt foi a várias convenções nacionais de pastores e leu todos os livros que pôde achar sobre

ministério. Ele pensou sobre tudo o que tinha aprendido no Seminário Concórdia de St. Louis em Missouri.

Depois de ler e conhecer pastores e congregações com sucesso missionário, chegou a conclusão de que todos tinham algo em comum: todos tinham ministérios bem diferentes. Nenhum era igual ao outro. E nenhum pastor tinha o mesmo conselho sobre o que deveria ser feito para começar um ministério ativo e próspero. Então, o pastor Matt começou a pensar e orar sobre que tipo de pessoas Deus o estava chaman-do para levar o Evangelho.

Por ser uma pessoa jovem, decidiu que seria mais natural tentar atingir jovens profissionais e estudantes na faculdade. Por ser um luterano menos litúrgico, ele optou por começar a nova missão em um prédio que não se parecia com uma igreja. Deter-minado em achar um lugar onde pessoas desconectadas da Igreja frequentassem naturalmente, ele procurou um “terceiro lugar” que não fosse como o lugar de trabalho dessas pessoas, nem suas casas, mas que fosse um lugar onde se sentiriam confortáveis em ir.

Por fim, ele diz que também foi Deus quem deu a ideia de abrir um espaço para as pessoas fazerem aquelas perguntas difí-ceis sobre fé, as quais talvez nunca teriam a coragem ou nunca se sentiriam confortáveis de fazer em outro contexto. E foi assim que começou a ideia de mensagens de texto durante o sermão.

A tECnOlOgIA fAvOrECE A IntErAçãO, SEM ExPOr AS PESSOAS

Todos os domingos, as pessoas da con-gregação podem enviar mensagens de texto com perguntas dos seus telefones celulares para um número que o pastor Matt anuncia. Este é um serviço oferecido por uma empre-sa local, o qual permite que as perguntas enviadas apareçam em tempo real no laptop do pastor. Um voluntário lê todas as pergun-tas e as organiza por similaridade enquanto o pastor prega o seu sermão. A ajuda deste voluntário é muito importante, pois permite que o pastor não fique distraído enquanto está pregando.

Depois do sermão, o grupo musical canta algumas músicas com a congregação, dando uns três a cinco minutos para o pas-tor ler as perguntas e decidir quais ele vai responder naquela manhã. A maioria das perguntas são diretamente relacionadas com o sermão que foi pregado, mas algumas perguntas são questões mais gerais sobre Deus, fé e vida cristã.

Algumas perguntas recebidas são:- É errado duvidar de Deus?- Será que o perdão de Jesus é real-

mente para mim também?- O que Deus faz com os bebês que

foram abortados?Essas perguntas sérias, e por vezes di-

fíceis, são sinais que mostram a profunda necessidade das nossas congregações lute-ranas em estarem mais engajadas dentro de um contexto maior na nossa sociedade.

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“Creio que a forma de abordagem é muito válida, assim como pregar em praça públi-ca, embaixo de uma árvore, etc. Foi o que o apóstolo Paulo fez após ser expulso das sinagogas. Porém, um segundo passo deve ser muito bem pensado: Como edificar e firmar estas pessoas na fé e na comunhão da Igreja.

Anos atrás, um pastor nos EUA, que começou com cultos alternativos no giná-sio da escola, além do culto tradicional na igreja, contou que, depois de algum tem-

Às vezes, as perguntas são tão difíceis que o pastor Matt admite que é muito difícil respondê-las completamente. “Não faço isso porque acho que tenho todas as respostas. Eu faço isso porque, desde o começo da Igreja, as pessoas sempre tiveram perguntas sobre Deus e para Deus. Como um servo de Jesus, sou chamado para falar sobre a boa nova da salvação no meio dessas dúvidas. Responder perguntas difíceis que as pessoas têm é uma forma dos cristãos botarem em prática o que Jesus prometeu em Mateus 7.7-8”, diz o pastor Matt.

nOvA MISSãO, nOvAS EStrAtégIAS DE AçãO

“Nós podemos ver nos Evangelhos que o coração de Jesus está sempre com os per-didos. Se temos o amor de Jesus em nossos corações, então, também teremos amor para com os que ainda não creem.”

A congregação que está trabalhando com o pastor Matt, neste emocionante ministério, também tem o mesmo amor pelas pessoas que não estão ligadas à Igreja. Grace Lutheran Chuch é uma con-gregação estabelecida na área e foi funda-da 50 anos atrás. Com uma participação média de 500 pessoas a cada domingo, os pastores da congregação, Richard Elseroad e William Miller, começaram a procurar uma direção para o futuro da comunidade. Eles decidiram que, simplesmente buscar o crescimento da congregação não era o suficiente. Ao invés disso, depois de muitas

orações, decidiram guiar a congregação para a abertura de um novo ponto de missão na cidade.

Sabendo que a maioria das famílias na congregação são mais tradicionais, eles pediram para Deus lhes enviar um pastor que fosse capaz de trabalhar com os solteiros e as famílias não tradicionais da cidade. Após chamar o pastor Matt, os três pastores oraram e conversaram sobre qual direção este novo ministério deveria seguir. Permitir que o pastor Matt, um pastor jovem e sem experiência, tivesse a liberdade de tomar a liderança deste projeto e nele ter a palavra final, foi um risco, mas que tem dado muitos benefícios para a Igreja Mãe.

A estratégia de ter um culto não tradi-cional dentro de um cinema foi escolhido porque é algo que faz parte da cultura atual dos Estados Unidos. E o pastor Matt, um homem jovem, sabe muito bem como esta cultura funciona.

Além do cinema, das roupas mais infor-mais e das mensagens de texto, existe um porém mais importante questionado por estes três pastores: “Como podemos ensinar o Evangelho de uma forma que as pessoas possam entender?”. O pastor Matt explica que “no final das contas, o que todo mundo quer ouvir é o Evangelho”. O que acontece é que “muitas pessoas podem não saber o que estão procurando, mas nós que somos cristãos sabemos o que está faltando na vida delas – o amor de Jesus Cristo”.

“Se queremos pregar o Evangelho para um mundo que, muitas vezes, não acredita em uma religião organizada, então, temos que pregá-lo de uma forma que as pessoas possam ouvi-lo e entendê-lo.”

William d. miller | Pastor na Grace Lutheran Church em Knoxville,

Tennessee, EUA.

Comentários sobre a estratégia

| esTraTÉgias de ação |

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Comentários sobre a estratégia

po, o novo público do ginásio queria algo mais consistente e passava a frequentar os cultos na igreja. Temos que nos “fazer tudo para com todos, com o fim de ganhar alguns” (1Co 9.19-22), mas cuidar para não perdê-los por falta de mais consistência na fé e na vida cristã.”

carloS Walter Winterle Pastor da IELB em Cape Town, África do Sul

“... o mais significativo de todos os aspectos deste trabalho da igreja The Point é o fato de se fazer inovações (em termos de cultos), com certo cuidado e zelo (especialmente doutrina e tradição litúrgica) [...] o artigo do colega William sobre o trabalho do pastor Matt, aponta para uma congregação mais tradicional, já estabelecida na cidade, mas eles queriam atingir outras pessoas – especialmente as

que não têm nenhuma conexão com uma Igreja formal [...].

Na verdade, a ideia do uso da tecnolo-gia na evangelização, já foi anteriormente apontada e incentivada por Leonard Sweet, professor de Evangelismo na Drew University in Madison, New Jersey. Leonard escreveu diversos livros na área da Homilética e Evangelismo. Um deles é Post-Modern Pilgrims, onde ele aborda esse aspecto da tecnologia nos cultos. Ele destaca que as pessoas, nos dias de hoje, gostam de “experienciar”, partici-par, sentem-se atraídas por imagens (TV, computador, datashow, etc.) e gostam de se conectar (fazer parte de um grupo, pertencer a uma tribo). E me parece que é exatamente isso que o pastor Matt está fazendo em sua missão [...] Ressalto, po-

rém, que é importante não só atrair essas pessoas para a Igreja, mas também fazer com que permaneçam nela; a continui-dade é extremamente importante aqui. Mateus 28.19-20 destaca isso muito bem, não só batizar, mas também ensinar [...] e esse é um processo contínuo que acontece na exposição correta e permanente de Lei e Evangelho.”

ely prieto Pastor da IELB em San Antonio, Texas, EUA

Para saber mais sobre este trabalho, entre em contato com o pastor Matt Peeples [email protected]/thepointknoxTwitter @thepointknox m

PROGRAMA CPT

ASSISTA AO PROGRAMApoatv - Canal 6 da NET Porto Alegre ou www.canalcomunitario.com.br.> Sábados, 11h > Domingos, 12h30min> Segundas, 13h > Terças, 15h> Quintas, 15h

ulbra tv - Canal 48UHF. Para outras cidades, consulte www.ulbratv.com.br.> Sábados, 23h > Reprises duas vezes por semana

youtube www.youtube.com/programacpt

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24 Mensageiro | Julho 2011

| eduCação TeolÓgiCa |

O pastor e a terra

J ulho é o mês do agricultor. E agricul-tor nos lembra seu trabalho e a terra que planta. Todo o nosso sustento vem da terra. A terra foi criada por

Deus no primeiro dos seis dias da criação. A terra pertence a Deus, e ele nunca a ven-deu em definitivo. O que nós chamamos de escritura de uma terra nada mais é do que o direito de, durante certo tempo, podermos cultivá-la para dela tirar o sustento. A Festa da Colheita, que Deus instituiu no Antigo Testamento, tinha a finalidade de valorizar a terra e cultivar a gratidão de seu povo para com Deus. A Bíblia usa a palavra terra em vários sentidos. Dependendo do contexto, às vezes, significa terra no sentido literal, ou povo, ou todo o universo.

“ó tErrA, tErrA, tErrA, OuvE A PAlAvrA DO SEnhOr!”

O pastor e sua pregação têm muito a ver com a terra. Ensinar ao povo o que a Bíblia ensina sobre a terra faz grande diferença. Além do que já foi dito anteriormente, é pre-ciso mostrar que a terra, sob certo aspecto, foi maldita por causa do pecado. Deus disse a Adão após a queda em pecado: “Maldita é a terra por tua causa” (Gn 3.17). E Deus clama agora: “Ó terra, terra, terra, ouve a Palavra do Senhor” (Jr 22.29). Aqui, entende-se por terra todos os habitantes do mundo. É um chamado vibrante e contundente para que todos os moradores ouçam a pregação da Palavra do Senhor, que conheçam, através da pregação, a salvação em Jesus Cristo.

Pela Bíblia, o pastor vai ensinar sobre o trabalho que foi instituído por Deus e tam-bém vai mostrar que cuidar da terra é tarefa que Deus atribuiu ao homem. Pelo fato do pecado ter entrado no coração do homem aqui na terra, o ensino do pastor deve falar da ganância e da generosidade. Por outro, o ensino do pastor mostrará que não devemos transformar a terra em uma deusa, nem idolatrá-la ou adorá-la como alguns gostam de ensinar, falando da “mãe-natureza”. Isso seria adorar uma criação de Deus ao invés de adorar o próprio Criador. Quando se observar o que Deus ensina sobre a terra, haverá bên-ção, comida, bem-estar e felicidade.

benjamin jandt | Provedoria do Seminário Concórdia

O PAStOr E A tErrAUma das últimas vezes, se não a última,

em que se pronunciará a palavra terra na história de nossa existência, o pastor vai fazê-lo. Será no dia de nosso sepultamento. Embora, hoje, já seja usada a cremação do corpo, o sentido da palavra será o mesmo. De nosso corpo se dirá: “Terra à terra; cinza à cinza e pó ao pó”. Essa poderosa palavra, pronunciada pelo pastor, lembra nosso pe-cado e a morte. Por isso, também nos alegra muito a outra palavra que nos é pregada: a

ressurreição de Jesus, que também assegura nossa ressurreição. “Porque vem a hora em que todos os que se acham nos seus túmulos ouvirão a sua voz e sairão” (Jo 5.28).

O pastor pregando a todos os que ha-bitam sobre a terra, dele Deus diz: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas novas” (Is 52.7). Essas boas novas são sobre a terra também. m

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Mensageiro das CriançasEncarte do Mensageiro Luterano de julho de 2011

Acolhendo e Integrando

MC HistoriaDibbs - Que bom que

Jesus continua acolhendo e abençoando as pessoas. Eu quero saber que promessa ele fez antes de subir aos céus.

Keite - Ele fez a promessa de enviar o Espírito Santo para

consolá-los e fortalecer sua fé. Dibbs - Mas quando aconteceu isso?Keite - Depois de 10 dias que ele subiu ao céu,

50 dias após sua ressurreição, o Espírito Santo veio como línguas de fogo nas cabeças das pessoas que estavam reunidas em uma casa. Todos ficaram muito felizes e animados. Este dia é chamado de Pentecostes, que, neste ano, foi celebrado no dia 12 de junho. Nós lembramos como o Espírito Santo vem a nós hoje.

Dibbs - Mas como o Espírito Santo vem até nós?Keite - Ele vem através da Palavra de Deus e

dos Sacramentos – o Batismo e a Santa Ceia. Cada vez que nós lemos, ouvimos e meditamos na Pala-vra de Deus, o Espírito Santo fortalece a nossa fé.

Dibbs – Ah, sabe o que me lembrei?Keite - O quê? Fala, fala!Dibbs - Da história que Jesus contou sobre as

sementes. Ele comparou a sua Palavra com a se-meadura das sementes. Elas caem em vários solos e os frutos que dão são conforme o solo – princi-palmente os frutos produzidos pela fé. A professora Anica Kroeger Marquardt nos explica como são os tipos de solos. Vejamos:

Célia Marize Bündchen

Esta história está registra-da em Mateus 13.1-9,18-23.

Jesus procurava falar de uma forma que todos entendessem e, para isso, usava comparações, cha-madas de parábolas, como esta do semeador que lança a semente na terra. Porém, somente algumas sementes caem em terra boa, enquanto as outras ficam na beira do caminho, onde há muitas pedras, ou no meio dos espinhos.

Jesus explicou aos seus discípulos o que ele quis dizer com esta parábola: as sementes que caíram pelo caminho são as pessoas que ouvem a Palavra, mas não entendem – aí, aparece o maligno que tira o que foi semeado em seu coração. As que caíram em solo rochoso são as pessoas que logo aceitam o que foi dito com alegria, mas, quando acontece algo e têm que provar sua fé, elas abandonam a fé. As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem e entendem a mensagem, mas as preocupações do dia a dia, as riquezas e as ilusões acabam sufocando a mensagem que foi ouvida, e ela não produz frutos. As sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ou-vem, entendem e produzem muitos frutos.

Deus usa a sua Palavra para reunir e integrar o seu povo, fazendo com que esta Palavra seja semeada em nosso coração. Além disso, ele nos convida a falar desta Palavra aos outros, para que possa crescer também nos seus corações.

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2 Observe as sementes e siga as setas para saber a ordem correta. Depois, copie o versículo bíblico no espaço ao lado.

1 Desenhe, neste coração, o tipo de solo que você tem em seu coração e cole nele uma semente. Pode ser um grão de feijão, arroz, milho...

MC Atividades

26 Mensageiro | Julho 2011

Page 27: Mensageiro Luterano - Julho 2011

Keite - Muito bem! Foi maravilhoso saber os solos onde é semeada a Palavra de Deus, e como as pessoas respondem a ela. Deus deseja que eu fale sobre o conteúdo da sua Palavra para meus amigos. Ele quer que eu diga a eles que Jesus os ama. Mas eu quero saber mais. O que vem depois

disso? O que mais ocorreu de importante para a nossa vida?

Dibbs - No próximo mês, vou contar para você e os nossos leitores sobre uma viagem e a surpresa que aconteceu nesta viagem. Fiquem atentos! Vai ser interessante!

E u m e chamo Kellen Thurow, te-nho 9 anos e estou no 4º ano. Esta é a minha irmã Karen Thu-row, ela tem 7 anos e está no 2º ano. Nossa comunidade é a São João de Bom Jesus,

São Lourenço do Sul. Nosso pastor é Milton Vorpagel e as nossas professoras são Hedi, Léa e Cláudia. Nossos pais são Eduardo e Simone, e os avós são Ervin e Ledi. Adoramos ir na escolinha dominical. Beijos e abraços a todas as crianças.

LUÍSE ESTER HARTMANN

3 Procure, no quadro abaixo, as palavras da coluna ao lado:

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Desafio do mês A Ascensão de Jesus aos céusOlá, crianças! Somos o Lucas e o Sa-

muel. Nós temos 9 anos e moramos aqui na cidade de Marechal Cândido Rondon, PR. Participamos da CEL Cristo, onde nosso pai, Emerson Zielke, é pastor. Todos os Sábados à tarde, nós partici-pamos da Escola Do-minical. Nosso irmão Mateus, de 11 anos, é

professor auxiliar da Escola Dominical (ele conta histórias bíblicas para os pequeninos) e deseja ser pastor quando crescer, assim como o nosso pai. Gostamos muito de desenhar, por isso, aceitamos o desafio de desenhar Jesus subindo ao céu. Jesus ama a todos nós, fiquem com ele.

Olá, amigos do Mensageiro das Crianças!

É a primeira vez que os alunos da Escola Dominical da

Congregação Trindade de Novo Machado, RS, participam deste

tão bonito trabalho, enviando seus desenhos e suas mensa-

gens. É com alegria que o fazem, desejando a todos muitas

bênçãos de Deus, ao mesmo tempo em que agradecem

desde já a publicação de seus trabalhinhos. Aos redatores,

nosso muito obrigado e os votos de que Deus os abençoe

ricamente em suas vidas e em seu trabalho. Carinhosamente,

as professoras e alunos.Jaqueline Jaster

Laura Gabriela Sell6 anos

Renata Cristina Sell10 anos

Suanie2 anos

Suelin7 anos

Tanise7 anos

Lucas5 anos

Nicoli Eduarda Gross7 anos

Rafaela2 anos

Ketlin8 anos

Thiago Thiago Smaniotto 10 anos

Olá, amigui-nhos do MC! Meu nome é Saulo Maier Saick, tenho 7 anos e um irmão que se chama Adam Maier Saick. Meu pai se chama Darli Saick e mi-nha mãe, Suzani Maier Saick. Minhas professo-ras da escolinha dominical são Valda e Idalina.

Talita Krebs 11 anos

Kelen Gowert da Rosa

9 anos

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Mensageiro | Julho 2011 29

| igrejas pelo mundo |

Pastor brasileiro em missão transcultural no Chile

M inha trajetória pastoral não começou no âmbito de Ministérios Transcul-turais. Tenho vivido estas

experiências nos últimos oito anos. Com satisfação e gratidão a Deus, exerci o san-to ministério por 15 anos no Brasil, antes de servir no exterior. Meus primeiros anos de pastorado foram como missionário em Umuarama, PR, seguido do período de Capelania Escolar em Primavera do Leste, MT.

Sem dúvida, o período de estágio em Buenos Aires, Argentina (1986), assim como algumas oportunidades no decorrer dos anos de realizar cursos de aperfeiço-amentos linguísticos no exterior e, em

2001, o honroso convite do Rotary Clube do Mato Grosso para integrar um grupo de intercâmbio de profissionais que visitou por 30 dias os EUA e Canadá foram algumas das razões que me animaram a aceitar um chamado para trabalhar no exterior.

Em fevereiro de 2003, fui instalado em Boston, EUA, como missionário, para a comunidade brasileira na grande Boston, Massachusetts, e Providence, Rohde Island, cuidando do ministério chamado Brazilian Ministry, da The First Lutheran Church

(FLC) of Boston. Fui também pastor auxiliar da FLC of Boston, pregando regularmente aos irmãos americanos e auxiliando nas visitas a enfermos e idosos. Este período de cinco anos em Boston foi marcado pela provação da fé e da perseverança em lutar para levar o trabalho adiante, desenvolver e consolidar uma congregação étnica bra-sileira em um contexto onde maioria dos membros estão na condição de imigrantes ilegais. Sem dúvida, isso dificultava e limitava o desenvolvimento do trabalho,

Congregação do pastor Augusto, no Chile, tem cerca de 70 membros

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especialmente pela instabilidade gerada pelo constante chegar e partir de mem-bros. Esse foi um período de compartilhar muitos momentos de dificuldades, gerados pela condição de ilegalidade das pessoas, escutando e orientando-as pela Palavra de Deus em seus dramas pessoais, ajudando--as nas suas necessidades materiais, situa-ções de enfermidades, acidentes, questões migratórias, prisão, tribunal e deportação. Esse foi um período sofrido, complicado, com limitações pessoais, algumas incom-preensões, mas também contando com o amor e o apoio de muitos irmãos e amigos que me propiciaram momentos de grande alegria. A todos e por tudo, agradeço, bem como, sobretudo a Deus, o Senhor de tudo e de todos!

A EStADA nO ChIlEPor fim, escrevo desta experiência

atual aqui no lindo e trepidante Chile. Já se passaram dois anos de trabalho aqui. Pessoalmente, estou muito contente com o andar das coisas. Quanto à congregação e ao colégio – pois sou pastor da Congre-

gação Espírito Santo e capelão do Colégio Luterano Concórdia de Valparaíso – sinto que todos estão razoavelmente satisfeitos com o trabalho, pois, tendo eu me colo-cado à disposição para ampliar o meu comissionamento por mais dois anos, eles me ofereceram três anos, que aceitei com o pensamento de assim cumprir um período de cinco anos aqui no Chile e então retornar ao Brasil, se for assim que Deus quiser.

Minha congregação, assim como o colégio, comemora, neste ano, seu 50° ani-versário, e estamos nos preparando para grandes festejos comemorativos. Encontrei a congregação bastante diminuída depois de um longo período de turbulências e de seguidos períodos de conflitos. E, agora, minha alegria e gratidão é ver um período de harmonia e crescimento outra vez. So-mos cerca de 70 membros batizados. Nosso grande campo missionário é o colégio, que conta com 650 alunos matriculados.

Com a minha chegada, reimplantou--se a Capelania Escolar, e estamos nos esforçando para consolidá-la. O colégio oferece formação cristã de qualidade desde a pré-escola até o 4° ano do Ensino Médio. As pastorais (capelanias) aos pais e aos pequenos, que funciona nos moldes de Escolinha Bíblica, estão consolidadas e crescem. Este ano é decisivo para a implantação de uma pastoral juvenil e aos funcionários do colégio. Marcante é o espírito solidário da comunidade escolar, tão afinado com o que ensina nosso Senhor Jesus em sua Palavra, o qual cuidamos para que se mantenha e aumente sempre mais. O ano passado foi especialmente desafiador em termos de ajuda solidária por causa do grande terremoto que nos sobreveio.

Pastor Augusto Riss está há dois anos no Chile, servindo na congregação Espírto Santo

Encontrei a congregação bastante diminuída depois de um longo

período de turbulências e de seguidos períodos de

conflitos. E, agora, minha alegria e gratidão é ver

um período de harmonia e crescimento outra vez.

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50 AnOS DE IElChINossa Igreja Evangélica Luterana do

Chile – IELCHI – há poucos anos come-morou seus 50 anos, tendo sido missão iniciada e administrada por muitos anos pela Igreja Irmã da Argentina – IELA. Sua primeira congregação foi a de Viña del Mar, que também conta com um colégio de nível básico e tem como seu pastor e capelão escolar Alejandro Lopez. A representação legal deste colégio está aos cuidados do pastor Carlos Schumann, que também auxilia na congregação de Valparaíso. Ele foi presidente da IECHI por muitos anos, tendo estagiado no Espírito Santo em 1986, sendo conhecido e querido por muitos na Igreja do Brasil.

Além de Valparaíso e Viña del Mar, nossa Igreja conta com a congregação de Quilpué. Por sua proximidade, as duas ci-dades passaram a compor desde o começo deste ano uma paróquia, que é atendida pelo pastor Lopez. Quilpué tem sua mis-são em Villa Alemana, mas não pensem que por lá tenha muitos alemães ou que se faça missão para alemães. Trata-se de um campo missionário em uma área densamente povoada de nossa 5ª Região.

Nossos outros pontos missionários são a Missão de Santiago, com seus dois pontos de pregação: La Florida, com escritório da CPTLN (Cristo para todas as Nações), e Puente Alto, sendo atendida pelos pastores Cristian Rautenberg, presidente da IELCHI, e Omar Kinas, que agora se desloca para

Talca, mais ao Sul de Santiago, cidade próxima ao epicentro do terremoto e por isso muito danificada. Ele assistiu pastoral-mente a muitas das vítimas do terremoto que se aproximaram da Igreja desde que ela, já nos primeiros dias depois do cismo, começou a oferecer ajuda assistencial e es-piritual em parceria com World Relief (EUA). Talca, com seus mais de 200 mil habitantes, é o mais novo trabalho missionário de nossa Igreja.

O quadro de pastores do Chile, por muitos anos predominantemente com-posto por pastores argentinos, conta hoje com um pastor chileno, três argentinos e um brasileiro, e estamos esperando um missionário americano para que, num futuro próximo, sirva à missão em San-

A IELCHI é uma pequena e linda Igreja, forte e firme na teologia

luterana confessional, que consegue envolver

um considerável número de seus membros em postos de liderança,

como em poucos lugares tenho visto...

tiago. Do Centro ao Norte do Chile não há congregações luteranas. Já o Sul do país conta com diversas congregações luteranas pertencentes ao sínodo alemão. Os luteranos no Chile somam cerca de 14 mil pessoas, sendo 350 membros de nossa IELCHI.

A IELCHI é uma pequena e linda Igreja, forte e firme na teologia luterana confessional, que consegue envolver um considerável número de seus membros em postos de liderança, como em poucos lugares tenho visto, investindo sempre, não sem dificuldades, na formação e capacitação de lideranças. É uma Igreja inserida em um cenário de grandes opor-tunidades missionárias, estando atenta a elas e sempre buscando meios de atender aos desafios gigantescos para os poucos membros que somos.

Vindo ao Chile de turismo ou a tra-balho, visite-nos para dar-nos a alegria de conhecê-los e para que nos conheçam também, e juntos desfrutemos de umas ricas empanadas chilenas acompanha-das do excelente vinho daqui, com os quais, prazerosamente, os receberemos. Incluam-nos nas vossas orações.

auguSto [email protected] Coordenação: Carlos Walter WinterlePastor em Cape Town, África da [email protected]

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32 Mensageiro | Julho 2011

| Homenagem |

Pastoreai o rebanho

No mês de junho, lembramos de forma especial os pastores – pelo Dia do Pastor. Mesmo que este dia já tenha passado, quero fazer-lhes uma homenagem, fora desta data especial, para mostrar aos nossos pastores, e lembrar a todos nós, sua importância em cada dia da nossa vida.

C om certeza, a figura mais tocante para a cristandade é a do pastor com seu rebanho; ela perpassa os escritos bíblicos. Nos textos onde

é usada, traz um sentimento de doação, de confiança e de segurança. Talvez por isso, serviu de fonte de inspiração para poetas, mú-sicos, escritores, pintores, escultores e tantas outras manifestações do sentimento humano. Cristo a usou para demonstrar o vínculo en-tre ele e os seus. Dela brotou a temática de ação da IELB no presente ano: “Acolhendo e Integrando”. Nela, a Igreja Cristã encontrou o nome ideal para os seus guias espirituais: pastor. Isto mesmo, pastor (1 Pe 5.2). O meu pastor. O seu pastor. Os nossos pastores.

O vErDADEIrO PAStOr SEMPrE é ChAMADO

Talvez, isto já tenha acontecido com você também. Depois de um sermão, da-queles que tocam o mais fundo de nossos corações, tenho me perguntado: Que dom misterioso é este? De onde vem este poder

de falar? De nos anunciar uma mensagem e nos propor um modo de viver que parece ir à contra mão do mundo? De nos remeter a uma vida que vai além dos túmulos? De usar a sua vida para cuidar de nossas vidas?

Paulo falou, aos irmãos efésios, que foi “constituído ministro conforme o dom da graça de Deus [...] segundo a força operante do seu poder” (Ef 3.7). Ele podia falar de cadeira. Aquele caminho de Damasco ficou marcado em sua vida, pois foi lá que se “esbarrou” com Cristo; lá, morreu o temido perseguidor e assassino Saulo, e nasceu o mi-nistro, o apóstolo e pastor Paulo (At 9.1-22).

Eu tenho um filho pastor. Um belo dia (e digo belo não só por dizer), já jovem ma-duro, universitário, aproximou-se de mim e, de supetão, falou: pai, vou para o Semi-nário. Fazer o quê? Ser pastor, respondeu ele. Lembro-me que ele havia voltado de um Congresso de jovens. Com certeza, foi o caminho onde se “esbarrou” com Cristo. Eu acredito, seriamente, que todos os pastores da minha IELB, e aqueles que ainda estão se

jonaS gonçalveSLeigo de Itaguaçu, ES

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preparando no Seminário, num belo dia, no caminho de suas vidas, eles se “esbarraram” com Cristo.

E para todos eles, Paulo tem um con-selho: “pastoreai a Igreja de Deus, a qual ele comprou com seu próprio sangue” (At 20.28). De um lado, grande privilégio; de outro, muita responsabilidade.

Pedro negou a Cristo três vezes. Isso lhe custou responder, três vezes, a mesma pergunta: “Tu me amas?”. Cristo queria certificar-se do amor de Pedro, porque con-tava com ele para uma sublime tarefa: pas-torear as suas ovelhas (Jo 21.15-17). Pedro aprendeu que, para apascentar as ovelhas, é preciso amar o “Dono” das ovelhas. Esta é a porta de entrada para o pastorado: amar o Dono das ovelhas. Cristo disse que quem não passar por ela, é mercenário (Jo 10. 12). Eu me nego a imaginar que, na minha Igreja, tenha gente desse tipo, querendo se passar por pastor.

SEr PAStOr é MuItO MAIS

Pastor é mais. É muito mais. O que determina o seu campo de ação e as suas atitudes é o amor de Deus. Nele, o rebanho sente o amor do Dono. Ele não suga a vida das ovelhas; ele dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). Ele sabe que o Dono do rebanho não quer que falte nada para nenhuma das ovelhas. Por isso, ele sempre as leva para os verdejantes pastos (Jo 6.35); as sacia com refrescante água do descanso (Jo 4. 14); as guia por vereda segura (Jo 14.6); e, se preciso for, faz uso da vara e do cajado (2 Tm 2.24-25).

O pastor é solidário com as ovelhas. Preocupa-se com elas. Sofre com elas. Não quer que nenhuma se perca ao longo do ca-minho. Quando estão em dificuldades, ele as toma pela mão, oferece o ombro amigo, as reconduz ao rebanho, onde se sentirão acolhidas e reintegradas (Lc 15.4-6).

Parabéns ielB - 107 anos!“Cristo Para Todos: Ontem, Hoje e Sem-

pre.” Esse foi o lema da IELB na virada do milênio. Esse lema tem como referência bíblica as palavras escritas em Hebreus 13.8, onde se lê: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”. A IELB é uma Igreja Cristocêntrica. Isso pode não soar muito bem para alguns ouvidos acostuma-dos a ouvir um “outro evangelho” (Gl 1.6), presente no diálogo inter-religioso, onde se fala em teocentrismo e admite-se que, além de Cristo, há outros caminhos que levam para a Vida Eterna. Nossa IELB, centenária, pela graça e misericórdia de Deus, continua reafirmando, com a Palavra inspirada do nosso Deus, tão bem definida nas Confissões da Igreja, que Jesus é o único caminho para o reino glorioso que o Pai está preparando para todos os que permanecerem fiéis.

Como Pastor e membro da IELB, tenho por costume dizer que sou grato a Deus por três motivos principais: primeiro, porque eu, pecador por nascimento e por natureza, fui contemplado pela maravilhosa graça

O pastor é amável com suas ovelhas; a sua voz é doce e mansa. De todas, ele sabe o nome. Sua mensagem é cativante, e as ovelhas o seguem (Jo 10.2-4).

Pastorear é trazer chuvas de bênçãos ao rebanho.

Pastores, eu sei que o trabalho não é fácil. Nem sempre as condi-ções ajudam. Nem sempre o tempo é suficiente. Nem sempre é possível. O inimigo está sempre por perto ten-tando atrapalhar a obra, mas vocês não estão desamparados. O Dono do rebanho é o Pastor de vocês. Por isso, o rebanho também ama a vocês. O Dono prometeu estar com vocês sempre (Mt 28.20). Ele é Supremo. E a promessa que ele tem para vocês é única: “a imarcescível coroa da glória” (1 Pe 5.4).

Pastores, parabéns!

de Deus e, desde o dia do meu Batismo, fui incluído na família cristã; segundo, pelos pais e pela família cristã na qual Deus me fez nascer; e terceiro, pela minha Igreja, onde tenho a Palavra de Deus corretamente definida e ensinada e os santos sacramentos corretamente administrados. Assim sendo, tenho, e acredito que todos os demais mem-bros da IELB têm, motivos para agradecer a Deus e dizer: Parabéns, IELB, pelos 107 anos!

Estou ciente de que o Reino de Deus é muito maior que a IELB. Acredito e louvo a Deus porque há milhares de irmãos em Cristo em outras denominações cristãs. Por outro lado, acredito que o testemunho da IELB no Brasil e no mundo é muito mais impactante do que aquilo que refletem os números das nossas estatísticas. É de vital importância que o Reino de Deus cresça através do testemunho dos fiéis da IELB e dos demais cristãos de outras denomina-ções. O que nunca podemos perder de vista é a missão que o nosso Salvador Jesus nos confiou: “Ide por todo o mundo e pregai o

Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16.15,16).

E se um dia a nossa IELB migrar para “outro evangelho”? Bem, oremos e peça-mos a Deus para que isso nunca aconteça. Todavia, como um Sínodo é governado por pessoas, isso, infelizmente, poderia aconte-cer. Nesse caso, o que faríamos? Penso que faríamos o mesmo que fizeram os nossos pais, avós e bisavós no século passado: pro-curaríamos uma Igreja que é fiel às Sagradas Escrituras e às Confissões da Igreja.

Concluindo, fazemos esta oração: Eterno Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, concede-nos a tua graça para que estudemos as Sagradas Escrituras com atenção e diligência, para que, pela ação do Espírito Santo, permaneçamos fiéis a Cristo, nosso Salvador, e que por ele seja-mos salvos. Amém.

arnildo Schneider | Pastor 1º Vice-Presidente da IELB

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34 Mensageiro | Julho 2011

Senhor, obrigado pelo milagre da vida!

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um grande presente de Deus. Isso eu pos-so dizer, com muita alegria e gratidão, de-pois de viver totalmen-te debaixo da graça e proteção de Deus nos últimos meses que foram de momentos difíceis na minha vida, seguindo o tratamento da leucemia.

Mais uma etapa estava começando. Após grande expectativa e espera, eu havia baixado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS, no dia 2 de março, para o

transplante, porém, tive que fazer nova quimioterapia pois a doença

já havia voltado. Fiquei

fora do hospital nos dias 29 e 30 de março, para poder abraçar a minha querida esposa e o meu querido filho, e fui internado nova-mente no dia 1º de abril.

Iniciei a quimioterapia mais forte de todas (cinco vezes mais forte que as outras) para acabar com minha medula doente. Tudo isso era necessário para que então o dia 12 de abril de 2011 ficasse marcado, na minha história, como um novo nascimento. Afinal, a nova medula, recebida, por dádiva divina, do meu irmão Ereneu, estava sendo transplantada para dentro do meu corpo.

Não vou, neste momento, relatar todas as situações difíceis e delicadas que passei no tratamento e no transplante. Agora, quero muito agradecer a todos os irmãos de toda a Igreja, e fora dela, que têm orado por mim e por minha família, ajudando e apoiando-nos de muitas maneiras durante todo esse tempo.

Deus ouviu as orações, e, no 21º dia após o transplante (3 de maio), a medula

nova começou a trabalhar. No dia 20 de maio, após 50 dias internado em ambiente de total isolamento e pro-teção para o transplante, eu estava recebendo alta do hospital, recebendo dos médicos a feliz notícia: uma importante etapa está vencida; vamos em frente. Devo destacar, com muita gratidão a Deus, o carinho e cuidado que toda a equipe do hospital teve por mim du-rante esse período, marcando a minha vida para sempre.

Com a mesma confiança

Na primeira foto, o pastor Erno com seu irmão doador, Ereneu (E) e o cunhado pastor Sérgio Neivert (C). Após 51 dias o pastor saiu do hospital e pôde se reencontrar com a esposa e o filho

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e segurança que o Senhor me dá, quero cumprir fielmente tudo que segue no meu tratamento. Nos primeiros meses, estarei morando aqui perto de Porto Alegre, na casa dos meus queridos irmãos na fé que, amorosamente, acolheram-me: sra. Mirian e sr. Paulo Timotheo dos Santos. É um perí-odo de muitos cuidados e exames periódi-cos, com acompanhamento bem próximo.

Todo paciente que faz transplante de medula perde o efeito de todas as vacinas que fez na vida, e que somente poderão ser refeitas após um ano. Este também é o período necessário para que a nova medula domine completamente. Depois de meio ano, aproximadamente, mudará inclusive o meu tipo sanguíneo, de O + para A + (o tipo da medula nova).

Quanto ao meu irmão doador, o Ere-neu, depois de um mês, já estava com a quantidade de líquido de medula total-mente recuperada. Isso serve de estímulo para que todas as pessoas que podem

ser doadoras de medula sejam, e assim ajudem a dar esperança de vida para tantas pessoas, de diferentes idades, que tem no transplante a única chance de um novo nascimento. Doar medula óssea, ou mesmo sangue, é um grande gesto de amor ao próximo que não prejudica em nada quem o faz e muda algo na vida do seu semelhante.

Nas horas de angústia e aflição, quan-tas vezes pedimos pela ajuda do Senhor, e ele atendeu as orações. Este é o momento em que convido a todos para agradecer muito e glorificar o santo nome do nosso Deus. Ele cumpre, na minha vida, a pro-messa que nos faz no Salmo 50.15: “Se me chamarem no dia da aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão”.

Um dia antes de eu receber alta, Deus colocou no meu coração um cântico de louvor que fiz pensando nas maravilhas que o Senhor operou, na alegria que eu estava sentindo e na certeza que o amor e

Todo paciente que faz transplante de medula perde o efeito de todas as vacinas que fez na vida, que somente poderão ser refeitas após um ano. (...)Depois de meio ano, aproximadamente, mudará inclusive o meu tipo sanguíneo, de O + para A +.

a misericórdia do nosso Deus não têm fim.Com muito louvor, do fundo de minha

alma, escrevi e cantei estas palavras:

grAtIDãO1.No horizonte azul, o sol vai raiar,Trazendo o brilho alegre do amanhecer.A linda natureza vem nos mostrar:É mais um dia, vale a pena viver.Tudo isso é obra do Deus criador,Que em tudo nos revela o seu amor.Enquanto o novo dia ressurgir,Meus passos bem feliz sei que vou seguir.2.Na minha vida, eu quero sempre louvar,Por tudo que meu Deus fez para mim.Agora, bem feliz eu vou cantar,Que a misericórdia do Senhor não tem fim;Sim: ela se renova a cada manhã!É tanto que nem mereço assim.Mas Deus fez tudo tão perfeito e bom,Então, louve comigo nesta canção.

“O amor do Senhor Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs; e como é grande a fidelidade do Senhor! Deus é tudo o que tenho; por isso, confio nele” (Lamentações 3.22-24).

Um grande abraço para todos os irmãos, e que a paz e o amor de Jesus continuem guiando a vida de todos nós em todos os dias de nossas vidas.

Pastor erno, viviane e davi kufeld

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| esTraTÉgias de ação |

36 Mensageiro | Julho 2011

leandro r. camarattaEquipe Editorial Concórdia

Motivando com a Palavra de deus

O que podemos fazer de diferen-te para nossos funcionários na Páscoa?” Essa frase foi o começo de um diálogo entre

Patrícia Rodrigues e Rafael Borges Fernandes do setor de administração de uma empresa na Zona Norte de Porto Alegre, RS. Não demorou muito e a funcionária lembrou das conversas que mantinha com uma ex-colega de trabalho, anos antes, sobre religião. Patrícia lembrou que a amiga era luterana e fez alguns tele-fonemas. Uma das ligações foi atendida pelo

pastor Guilherme Rodolpho Hasse Becker, Cachoeirinha, RS. “Até hoje, não sei como e quem indicou o meu número, mas vi que estava diante de uma nova oportunidade de divulgar o Evangelho”, diz o pastor.

Patrícia era responsável pelo setor de Qualidade da Pauta Distribuição e Logística S/A, empresa do setor de informática, com cinco filiais no país. Ela e o gerente comer-cial, Rafael, buscavam uma maneira de motivar e valorizar o relacionamento entre os funcionários da empresa.

A Páscoa de 2010 se aproximava e ambos queriam mostrar para os demais colegas que a Páscoa era algo mais que festa e chocolate. Ao atender o telefonema, o pastor Guilherme aceitou o desafio de falar do verdadeiro sen-tido de Páscoa, para um grupo de 25 pessoas de diferentes crenças num ambiente empre-sarial. A recepção e o resultado do encontro foram tão positivos que surgiram outros convites. Ainda em 2010, o pastor palestrou para todos os colaboradores da empresa (em torno de 40) sobre Ética.

Pastor Guilherme (à esquerda na foto maior) faz palestras para a equipe da Pauta. No detalhe, o gerente comercial Rafael Fernandes

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“não importa qual seja o tema da palestra, sempre coloco a Bíblia como o centro das pales-tras. E quando falamos em ética, o melhor exemplo é Jesus, tanto nas suas ações como na sua lide-rança”, ressalta o pastor. A liderança de Jesus sobre seus discípulos e o empenho e o cuidado que estes tinham com a pre-gação do Evangelho serviram de estímulo para os funcionários da empresa.

O gerente Rafael cita que estas pa-lestras são “mais uma oportunidade de trazer uma mensagem de valor para o dia a dia do nosso ambiente de trabalho”. As palestras são frequentes na empresa, sobre os mais diferentes assuntos, que po-dem ter como foco o trabalho da empresa, sua produtividade e missão. Todavia, a maior importância é dada para a motiva-ção e valorização dos funcionários. “Se um colaborador não produz, o que ele tem? qual é o seu problema? é aqui na empresa ou na família

dele? é preciso entender o que ele tem para podermos motivá-lo”, alerta o gerente. O pastor lembra que, também nestas oportunidades, a Palavra de Deus serve como motivação para irem ao encontro de uns com outros. Para tan-to, cita Romanos 12, onde os membros da igreja são comparados aos membros de um corpo, que são muitos, diferentes, mas necessários e complementares entre si. Se todos fizerem a sua parte o corpo todo vai estar bem. E finaliza com o verso 10: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito”. Os resultados desta motivação têm servido de exemplo para outras filiais da empresa. “Trazer mensagens de fora ajuda a man-ter a nossa união e o nosso grupo acaba sendo exemplo para as outras unidades”, diz Rafael. Esta união ficou mais evidente quando um incêndio atingiu a empresa no final do ano passado e quase todo o esto-que foi perdido. Entre choros e lágrimas,

os funcionários entraram na empresa e seguiram trabalhando e ajudando a re-construir o que foi perdido. “Hoje, nosso faturamento já é 50% maior do que na época do incêndio”, conclui Rafael.

No dia da Ascensão, quando fizemos esta reportagem na empresa, o pastor Guilherme explicou, em poucos minutos, qual o sentido deste dia para os cristãos; os funcionários não lembravam da rele-vância da data. Em agosto, haverá mais uma oportunidade de falar ao pessoal da Pauta sobre o livro O monge e o executivo; “será uma oportunidade maravilhosa, terei três horas para falar com eles sobre o servir”, diz Becker.

Para o pastor, o servir e ser servido se encaixa dentro do ambiente de trabalho, e a oportunidade de conversar sobre as coisas de Deus de uma forma simples e que possa ser aplicada à vida diária “é uma oportunidade única de falar a Verda-de, e sabemos que a Palavra nunca volta vazia”, conclui.

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38 Mensageiro | Julho 2011

| genTe da ielB |

família e religiãoaliados na prevenção de conflitos internacionais

Jovem luterano é o único representante brasileiro em Seminário de Prevenção e Administração de Conflitos na Alemanha

J ovens preocupados com o futuro do mundo. Isso mesmo! De diversas culturas, credos e de origens comple-tamente distintas. O jovem Marcel

Van Hattem, luterano da Congregação São Miguel, Dois Irmãos, RS, foi o único brasi-leiro presente no Seminário International Conflict Prevention and Conflict Management (Prevenção e Administração de Conflitos Internacionais), que aconteceu entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março, nas cidades de Gummersbach e Hamburgo, Alemanha.

Ele foi indicado pelo Instituto Millenium, que tem sede no Rio de Janeiro. A entidade sem fins lucrativos promove valores funda-mentais para a prosperidade e o desenvol-vimento humano da sociedade brasileira.

Aos 25 anos, o jovem gaúcho é bacharel em Relações Internacionais, especialista em Direito, Economia e Democracia Constitucio-nal e egresso do Programa de Liderança para a Competitividade Global da Georgetown University, Washington, EUA. Acaba de ser selecionado para um seminário na Bulgária, sobre Europa e Liberdade, em agosto, onde provavelmente será novamente o único brasileiro, e de lá segue para a Holanda, onde fará Mestrado em Ciências Políticas na Universidade de Leiden. É assessor para

relações internacionais e economia do Deputado Federal Renato Molling e diretor acadêmico da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública.

O SEMInárIONo Seminário, os temas abordados guar-

davam relação com a prevenção e adminis-tração de conflitos internacionais. Também se falou de vários conflitos internos, em determinados países, que têm ocorrido ao redor do mundo, e que tem impacto internacional.

De acordo com Van Hattem, um Semi-nário como este é muito importante para a sociedade, pois “treina pessoas que já são líderes em suas comunidades para ad-ministrarem conflitos”. Mais de 20 países participaram, com representantes de ida-des entre 22 e 30 anos. Para Van Hattem,

“a diversidade dos seus participantes e o amplo leque de diferentes experiências e culturas que cada um deles possui” foram destaques. Ele apontou ainda a qualidade dos professores e palestrantes.

Em conversa com a equipe do Mensa-geiro Luterano, o jovem bacharel pontuou detalhes de sua estada na Alemanha e mostrou como a administração e preven-ção dos conflitos, discutidos lá, podem ser aplicadas à realidade brasileira. Confira os principais trechos:

MEnSAgEIrO lutErAnO - QUAIS OS CONFLITOS MAIS CITADOS NO SEMINÁRIO? É POSSíVEL DIZER QUE, NO BRASIL, TEMOS CONFLITOS SEMELHANTES?

Marcel van hattem - Os conflitos nos países árabes, Norte da África e no Oriente Médio foram os mais citados. O governo

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ditatorial egípcio acabara de cair, e havia um representante do país presente no Se-minário; além de contarmos com a presença de marroquinos, turcos, jordanianos, israe-lenses e palestinos. A onda de protestos que varre a região desde o final do ano passado foi tema constante dos debates e fonte de exemplos para situações semelhantes ao redor do mundo.

No Brasil, os conflitos são diferentes. Temos um regime democrático, apesar de jovem e com muitas falhas, e um desenvol-vimento institucional mais desenvolvido se compararmos ao dos demais países repre-sentados. Contudo, o problema do tráfico de drogas é conhecido internacionalmente e foi o mais lembrado quando o foco das discussões voltava-se ao nosso país.

Ml - QUAIS AS AçõES PREVENTIVAS DIS-CUTIDAS E COMO PODEM SER APLICADAS EM NOSSA REALIDADE?

Marcel - As ações de prevenção exigem grande medida de desenvolvimento cultural e educacional da população. Isso se alcança mediante investimento nas áreas da Edu-cação e Cultura e, também, através de uma maior consciência da sociedade civil sobre suas prerrogativas e seu papel. Isso significa que devemos ter boas políticas governa-mentais nessas áreas, mas não podemos esperar apenas pela atuação do governo: instituições privadas, culturais, políticas, econômicas, religiosas, etc., todas têm um

papel importante à medida que promovem debates, palestras, conferências e outras atividades que discutem seu papel e o da sociedade na prevenção e administração de conflitos.

Ml - COMO FOI A CONVIVÊNCIA COM PESSOAS DE PAíSES COM CULTURAS TãO DISTINTAS?

Marcel - Foi uma experiência única. Estar na sala de aula – e fora dela – com colegas de tão distintas culturas foi muito interes-sante. A língua inglesa, utilizada por 70% dos participantes, era o idioma oficial de co-municação entre o grupo, comprovando-se, cada vez mais, ser de aprendizado essencial para quem quer conhecer melhor o mundo. Ainda assim, havia um colega nosso, do México, que falava apenas o espanhol. Ele foi selecionado em seu país após vencer um concurso nacional de oratória. Apesar de sua dificuldade com o idioma, por ser extremamente amistoso e muito brincalhão, acabou conquistando a todos e foi talvez o participante que mais fez amizades.

A pontualidade alemã também foi notá-vel. Não havia penalidade para quem che-gasse atrasado às atividades do seminário, mas a seriedade com que os organizadores cuidavam para que todos pudessem che-gar no horário e a cara de reprovação que faziam a eventuais “atrasadinhos”, obriga-ram todos os participantes a cumprirem a agenda à risca.

Também foi muito interessante o conví-vio com muçulmanos. Em especial, percebi um “clima cordial” entre os representantes palestinos e o israelense durante os dias do evento. Após retornar ao Brasil, porém, em contato com o israelense, contou-me ele que os palestinos não o haviam aceitado como amigo na rede de relacionamentos virtual Facebook, apesar de terem aceitado a mim e a todos os outros participantes. Trata-se de um radicalismo na esfera virtual que reflete o conflito infindável entre dois povos que vivem, diariamente, em conflito entre si no Oriente Médio.

Ml - A FAMíLIA E A RELIGIãO PODEM COLABORAR NA PREVENçãO DE CONFLITOS NA SOCIEDADE?

Marcel - O núcleo familiar é a base da sociedade. Ponto. Quase todas as correntes ideológicas concordam com essa afirmação. A discordância entre as formas de pensar ini-ciam quando se discute se daqui para frente a família deve ter mais ou menos importância. Eu creio que deve ter cada vez mais impor-tância, sobretudo em uma sociedade cada vez mais carente de valores. E, neste ponto, entra a importância da religião, como solidi-ficador das relações familiares e como fonte dos valores mais básicos da nossa civilização.

O cristianismo, além de ser uma reli-gião baseada fundamentalmente no amor, permitiu às sociedades em que está majo-ritariamente presente e, principalmente naquelas em que é praticado e ensinado de maneira mais correta, os maiores índices de desenvolvimento institucional da História Mundial. Infelizmente, a própria civilização ocidental tem se ocupado mais em buscar contradições na Palavra de Deus e no ata-que às tradições do que em valorizá-las e reconhecer que foram os seus princípios que permitiram ao Ocidente avançar tanto ao longo dos séculos, se compararmos com o restante do nosso Planeta.

A família e a religião são colaboradores na prevenção de conflitos, sobretudo a re-ligião cristã, que tem como preceito funda-mental o amor a Deus, ao próximo e o livre arbítrio. O que deve nos preocupar é que tais preceitos sejam colocados em prática e que os inimigos do cristianismo, cada vez mais abundantes, não sejam desafiados a provar que suas teorias têm mais poder do que o Amor revelado pela Palavra de Deus.

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JELB no Congresso Nacional No dia 31 de maio, nossa querida JelB

completou 86 anos de vida. o pastor pentecostal Marco Feliciano, deputado por são Paulo, homenageou nossa “jovem senhora” na tribuna da câmara dos deputados em Brasília. eis um trecho do discurso: “a igreja luterana, de origem alemã, é uma das mais antigas instituições evangélicas no mundo. [a] JelB é o braço auxiliar mais antigo da igreja evangélica luterana do Brasil (ielB), fundada em 31 de maio de 1925, na cidade de Nova Hartz, rs. estendo [a homenagem] a toda comunidade

luterana no Brasil. seu lema para 2011 – “acolhendo e integrando” – é o princípio que deve nortear a vida de todos nós, pois, semeando o amor, estamos transformando vidas. Um abraço aos mais de 50 mil jovens reunidos em mais de 650 Uniões Juvenis espalhadas pelo Brasil”.

Fonte: PerFil da ielB no FaceBook

O papa vem aí!Na CNBB é dada como certa uma visita

do papa Bento XVI ao Brasil em 2012. O anúncio oficial, entretanto, deve ser feito em Roma no mês que vem.

Fonte: www.veja.com

Curtir é um sucesso

Na rede social Facebook, existe a opção curtir (like na versão em inglês) que permite o usuário manifestar sua opinião sobre o que acontece na rede. O sucesso dessa ferramenta – que já completou um ano – é tão grande que, a cada dia, 10 mil sites a incorporam em seu serviço, pois sabem que o Facebook, assim como o Twitter, tornou-se uma importante fonte de tráfego para sites de todo o tipo. Desta forma, com o curtir em seu site, cresce a chance da empresa ter o seu conteúdo em destaque na internet, pois os outros usuários do Facebook podem ver o que cada um anda “curtindo” diariamente.

Fonte: www.veja.com/vidaemrede

Dividindo em três

Se os paraenses decidirem pela divisão em três novas unidades federativas de seu Estado, surgirão os Estados Tapajós e Carajás. Carajás seria o mais rico e já nasceria com uma riqueza de 2,7 bilhões de reais. Já o Tapajós seria o mais “pobre”, com 1,1 bilhão em riquezas. E como os dois precisariam se estruturar, administrativamente, já nasceriam também com um rombo de cerca de 2,8 bilhões de reais.

Fonte: www.jornalagazeta-ap.com

| umas e ouTras |

Baixada Santista bombando na internet!

Segundo informa o pastor Marcos Weide, a CEL da Paz, São Vicente, SP, bateu seu próprio recorde em maio: mais de 2.000 acessos ao seu blog em apenas um mês. Pode não parecer muito, mas, em termos de mundo ielbiano, o número é expressivo e mostra que vale a pena investir no mundo virtual. Afinal se o desafio da IELB é levar CRISTO PARA TODOS, por que também não pela internet? Para mais informações, acesse www.ielbsaovicente.blogspot.com ou contate o pastor Marcos para compartilhar dicas e experiências: [email protected].

MaturidadeA quantidade de brasileiros com mais

de 50 anos que está empregada cresceu 56%. Agora, ela constitui 22% do total da mão de obra no Brasil.

Fonte: revista veja nº 2215

Vôlei brasileiro em alta

A seleção brasileira de vôlei, atual eneacampeã mundial de vôlei, já ganhou o equivalente a 22 milhões de dólares nas 21 edições da Super Liga Mundial, pagos em dinheiro aos melhores de cada temporada. É a seleção que mais ganhou dinheiro com a premiação de seus atletas.

Fonte: www.sportv.com.br

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Rio de Janeiro mais seguro

O número de homicídios caiu 17,7% no Estado no ano passado, em relação a 2009. A propósito: apenas 8% dos homicídios que ocorrem no Brasil são solucionados.

Fonte: www.r7.com

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Já imaginou seu imposto de renda ajudando o Instituto Santíssima Trindade de Moreira, RS? As pessoas físicas podem destinar até 6% do IR devido (Declaração Completa); e as pessoas jurídicas até 1% do lucro real. Informe-se pelo [email protected] ou www.isstrindade.org.br .

Fonte: relatório de atividades instituto ss trindade 2010

As palavras bondosas nos dão vida nova, porém as palavras cruéis desanimam a gente.

ProvérBios 15.4

”“ frase do mês

Imposto de Renda

Editado por aline g. koller albrecht, jornalista e tiago joSé albrecht, pastor em Macapá, AP

Contatos para esta seção: [email protected]

Brazuca na presidência

o diretor executivo da sociedade Bíblica do Brasil (sBB), pastor luterano rudi Zimmer, foi eleito, por unanimidade, presidente da diretoria Mundial das sociedades Bíblicas Unidas (sBU), aliança que congrega 147 sociedades Bíblicas no mundo. o anúncio ocorreu em 17 de maio, durante reunião da diretoria Mundial,

realizada na abadia de Missenden, Buckinghamshire, inglaterra. criada em 1946, as sBU têm o objetivo de criar estratégias de cooperação mútua que facilitem o processo de tradução, produção e distribuição das escrituras sagradas.

Fonte: www.sBB.org.Br

Diante da Globo a vocalista da banda gospel Diante do Trono, ana Paula Valadão, deverá ser a protagonista de um

novo projeto global. a emissora carioca pretende dar mais atenção ao público evangélico. o projeto deverá consistir em um festival de música gospel, intitulado Promessa. Nele se apresentarão campeões de vendagem de discos evangélicos. o novo programa deverá ser veiculado em dezembro.

Fonte: twitter.com/radaronline

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42 Mensageiro | Julho 2011

A os nove dias de março, com a graça de alcançar 84 anos, nosso pai nos deixou.

Germano Gustavo Adolpho Beck, filho do pastor Germano José Beck e Anna Schwetzko Beck, nasceu em Joinville, SC. Formou-se pelo Seminário Concórdia em 1949, sob o lema “Somos cooperadores de Deus” (1 Co 3.9), e essa foi a prática de sua vida! Um cooperador de Deus que iniciou as atividades de estágio em Linha Brasil, RS, e, posteriormente, em Trombudo Central, SC.

Foi pastor na paróquia de Trombudo Central de 1950 a 1956; Rancho Grande, hoje, Concórdia, SC, de 1956 a 1962; Pato Branco, PR, de 1962 a 1980 (grande desafio missionário que, em pouco tempo, dobrou os pontos de pregação).

Muitas pessoas tiveram a oportunidade de aprender a ler nas aulas de Catecismo, em que zelava muito pela instrução cristã. Zelo que também estava presente na Escola Dominical, coroando assim a Palavra encon-

Uma recordação, uma saudade!

trada em Provérbios 22.6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele.”

Levou conforto espiritual a muitos co-rações. No início, com um Jipe, enfrentava a poeira vermelha, as péssimas estradas, os muitos atoleiros, isso sem falar nos tiros ouvidos e histórias de brigas e guerrilhas por terras. Recordamos também que quando não voltava no prazo falado, ficávamos ansiosos por sua chegada.

Nosso pai foi realmente um guerreiro da causa de Cristo. Com a convicção de fé que a Palavra de Deus não volta vazia, como diz em Isaias 55.11, enfrentou todas as batalhas e dedicou sua vida em prol dessa causa.

Em 1976, na 45ª Convenção Nacional, foi eleito 4º vice-presidente da IELB – região 2. Nesse período, também recebeu auxílio da Igreja na presença de vários estudantes que re-alizaram seu estágio pastoral em Pato Branco.

No início, como pastor aposentado, transferiu-se para a cidade em Rio do Sul,

onde auxiliou nas atividades dessa paróquia. E em 1997, fixou residên-cia em Curitiba, PR, cidade onde veio a falecer.

DEPOIMEntO

“O pastor Beck atuou em Pato Branco por 18 anos. Eu ainda era criança, mas, na minha lembrança, perdurará para sempre aquela figura de sorriso terno, o obreiro fiel que, no início, visitava de Jipe as comunidades vizinhas. Mais tarde de kombi, que por muitas vezes era lotada de jovens felizes indo para os con-gressos, percorrendo os caminhos difíceis. No comando, ia este pastor que além de dirigir o veículo, ia dirigindo os cânticos com muita intensidade e alegria, e nós, os jovens, o acompanhávamos com o mesmo fervor.

Hoje, se sei versículos bíblicos de cor, se nas dificuldades me mantive firme na fé e no amor a Deus, sempre perseverando, devo principalmente a este gran-de homem e também a sua esposa, Guisela, que sempre o acompanhou com a mesma firmeza na fé. Hoje, certamente, Germano G. Beck descansa nos braços de nosso Senhor.

Concluo dizendo: Ensina a criança no caminho que deve andar e quando for velho jamais se desviará dele.”

ingrid iriS Schmidt

Sua despedida final foi em Atalanta, SC, mesmo local onde iniciou sua vida pastoral e também onde casou. Agradecemos aos muitos congregados, de longe e de perto, irmãos na fé, amigos e parentes, ao presidente da IELB, pas-tor Egon Kopereck, e ao vice-presidente, Arnil-do Schneider, que vieram prestar sua última homenagem. Nosso agradecimento especial ao pastor Nelson Lautert pela realização da cerimônia de sepultamento e pela assistência espiritual e conforto dado à família.

O pastor Germano deixou enlutados a esposa, Guisela Freiesleben Beck, quatro filhos, nora, quatro netos, irmãos e demais parentes.

Para nós, e para quem conviveu com ele, fica a lembrança e a saudade de um pai corajoso na fé, lutador da causa de Cristo, um obreiro de Deus que, com certeza, ampliou o amor de Deus em várias terras e corações.

E diríamos mais: juntos na mesma fé, podemos confessar que é muito reconfor-tante saber que nosso pai foi para o lugar que acreditou e professou durante toda a sua vida: o colo do Deus Pai!”

nelSon germano [email protected]

| memÓria |

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Mensageiro | Julho 2011 43

| eVenTos espeCiais |

Eventos especiais na Família Reimnitz

ElrOI rECEBE hOMEnAgEM (EM 31 DE MArçO)

O rev. dr. Elroi Reimnitz, pastor da Redee-mer Lutheran Church (LCMS), Thousand Oaks, Califórnia, USA, recebeu, em 31 de março de 2011, do Trinity Theological Seminary, Newburgh, Indiana, o título de Doctorate of Divinity (D.D.) ou Doutor em Divindades.

Em seu pronunciamento, o dr. Harold C. Hunter, diretor do Trinity Theological Se-minary, disse que “o Conselho de Regentes Trindade votou, por unanimidade, conferir--lhe o doutorado honoris causa da Divin-dade (DD), em reconhecimento pelas suas extraordinárias realizações como pastor da Igreja e professor no Trinity Theological Seminary”. O pastor Reimnitz serve como professor adjunto no Trinity Theological Seminary desde 1993.

O prêmio foi apresentado e entregue a ele na comemoração de seus 25 anos como pastor da Redeemer Lutheran Church, no domingo, dia 10 de abril. Na ocasião, o pastor Reimnitz, em sua mensagem no culto festivo de ação de graças pelos seus 35 anos de ministério pastoral, dos quais 25 anos na atual congregação, usou o texto de Filipenses 1.3-6 com o tema: Louvo a Deus

pela vossa parceria na causa do Evangelho.O pastor Reimnitz fez a sua formação

Teológica no Concordia Seminary em St. Louis, MO, a qual concluiu em 1975, ano em que foi ordenado pastor assistente na Our Savior’s First Lutheran Church, Granada Hills, CA. Também atuou como pastor, aqui no Brasil, em Canoas, RS, na CEL São João, do bairro Mathias Velho, quando também foi professor nas Faculdades Canoenses (atual ULBRA). Após, retornar aos EUA, onde, além do ministério pastoral na LCMS, participou de diversas comissões, organizações e eventos dentro e fora da Igreja.

Elroi Reimnitz é filho do pastor Elmer Reimnitz (ex-presidente da IELB, falecido em 2007) e Kordula Luise Reimnitz (falecida em maio de 2011). É casado com Ruth Sonaide Weimer, com quem foi abençoado por Deus com três filhos: Patrick, Kristeen e Nicholas.

vó KOrDy SE DESPEDE EM PAz (EM 29 DE MAIO)

Faleceu, no dia 29 de maio, Kordula Luise Reimnitz, 86 anos, em Simi Valley, Califórnia. Kordy, como era carinhosamente chamada, foi presidente da Liga de Servas Luteranas do Brasil (1971-1975). Era filha

do pastor Paul W. Schelp, ex-professor do Seminário Concórdia, Porto Alegre, RS, e esposa do pastor dr. Elmer Reimnitz, ex--presidente da IELB (1966-1974). Kórdula deixa enlutados os filhos, Nolan, Elroi, Valter e Tania, além dos netos, Patrick, Kristeen, Nicholas, Brian, James e Brandon Lane, e muitos parentes, genro e noras, primos, sobrinhos e sobrinhas no Brasil e nos Estados Unidos.

A cerimônia de sepultamento foi realiza-da no dia 4 de junho, na Redeemer Lutheran Church, 667 Camino Dos Rios in Thousand Oaks, onde participava com a sua família. O culto do “até breve” foi oficiado pelo seu filho Eloi Reimnitz, pastor da IELB e da LCMS, que já havia dirigido também a ce-rimônia do seu pai, pastor Elmer Reimnitz, falecido em 2007.

No culto de despedida da D. Kordula, o pastor Elroi baseou a sua mensagem no texto de confirmação de sua mãe: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apo-calipse 2.10) e no seu hino preferido: “How Great Thou Art” – “Quão grande és tu” (nº 220 no Hinário Luterano). Este texto, hino e mais alguns detalhes para esta cerimônia e a anterior (do pastor Elmer) o casal Reim-nitz já escolhera em novembro de 2004, ocasião em que os pais entregaram esse pedido ao filho e pastor Elroi. Sem dúvida, um testemunho de fé e certeza em quem eles criam e o que dele esperavam – a Vida Eterna no céu!

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil e a Liga de Servas Luteranas do Brasil, através de suas respectivas diretorias, compartilha-ram com a família Reimnitz esse momento de despedidas e de saudades, mas também de profunda gratidão a Deus por tudo o que ele fez através deste casal, na IELB e na LSLB.

DEUS SEJA LOUVADO EM TUDO E EM TODOS!

Contatos com a família Reimnitz:

elroi [email protected]

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Pastor Elroi recebe o prêmio do seu filho Patrick. Na foto menor, Kordula Luise Reimnitz em 2006

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| emÉriTos |

Fotos: BruNo rIetH

44 Mensageiro | Julho 2011

As pessoas me encontram e perguntam: E o pastor que me confirmou, onde ele está agora? E o professor com quem fiz todo o curso primário, ele ainda vive? E a esposa dele? E aquela frau pastor querida que en-viuvou, onde ela está?

Alguns deles encontramos e fotografa-mos. Vejam esta foto do III Encontro de Emé-ritos em Barra Velha, SC, no dia 21 de maio:

De pé, da esquerda para a direita: Ailton Krueger, Heldo Bredow, Edgar Krieser, Ar-lindo Schefler, Bruno F. Rieth, Nelson e Eni Linhaus, Arlinda e Reinaldo Walkinir e Ede-mar e Neli Zenkner; na frente, da esquerda para a direita: Denise Krueger, Ivani Krieser, Madalene Scheffler (filha do prof. Arlindo), e Ernesto Pahl (Renilda Pahl e Helga Rieth estavam do outro lado da câmera).

Duas fotos e muitas lembranças

Agora, vejam os que se reuniram uma se-mana depois, no dia 28 de maio, em Marechal Cândido Rondon, PR, para o seu II Encontro:

À esquerda estão quatro casais: Daniel e Rita Flor, Arthur e Berta Krüger, Carlos e Iolanda Goebel e o prof. Eugênio Bischof e sua esposa, Erica.

No meio, estão três viúvas: Leony Buendchen (prof. Martinho) e Ester Mütels-taed (prof. Eduardo); na frente da Leony, Paula filha do pastor Guilherme Lüdke e, ao seu lado, Blondine Lili Reinheimer (pastor Theno).

Do lado direito, mais dois casais: Walter e Ingrid Krüger e o prof. Arlindo e Amanda Hein.

Finalmente, o patriarca da IELB que, em junho, completou 102 anos, pastor Lüdke. Ele é um exemplo constante e sempre presente de amor fraternal. Não perde reunião, não perde culto, não perde encontro da OBEM. Continua gerando boas lembranças...

bruno f. rieth | [email protected]

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Fotos: arquIvo edItora coNcórdIa

Mensageiro | Julho 2011 45

C heguei à cidade de Querên-cia, no ano de 2001, junta-mente com minha esposa e meu filho. Fotografei o

dia em que fomos ao primeiro culto na Congregação Esperança; a pequena capela de madeira ainda estava cercada pelo mato do cerrado.

Admirei o bom número de pessoas que participaram do culto, alguns deles vindos de longe, comparados com a Região Sul de onde viemos.

Apesar de não conhecer nin-guém, senti-me em casa. Os cultos, geralmente, eram realizados men-salmente ou a cada quinze dias, pois as estradas para chegar até aqui eram péssimas e o pastor residia em Canarana, MT, a 120 km de distância.

Conversando com os primeiros membros que vieram para cá ainda na década de 80, percebi como Deus esteve presente com eles em todos esses anos. Apesar de ser um grupo pequeno, não desanimaram.

O atendimento que tínhamos até o ano de 2009 era apenas de manutenção. Mesmo assim, muitas pessoas entraram na Igreja pela Profissão de Fé, e estou incluído entre estes.

Missão no cerrado brasileiro

Apenas minha esposa e meu fi-lho pertenciam à Igreja Luterana; eu frequentava apenas como visi-tante. Desde 2007, sou membro da Congregação Esperança.

Os sonhos e os projetos dos primeiros congregados, agora, também são meus e, com a ajuda de Deus, dia após dia, estão sen-

do realizados. Entre os projetos da Congregação estava a cons-trução de um novo templo, que por sinal já está quase concluído.

Com a igreja praticamente pronta, o nosso próximo passo

foi fazer o pedido de um estagiário. Estávamos muito preocupados se

conseguiríamos mantê-lo, pois a nossa congregação é pequena. E, mais

uma vez, Deus atendeu nossas orações. Em janeiro de 2010, o estagiário Reginal-

do Kumm já estava conosco, e o trabalho que até então era de manutenção passou para expansão.

Temos culto em todos os finais de sema-na, escola bíblica, grupos de jovens, leigos e servas que aos poucos está aumentando. Com o estagiário, a igreja ficou mais conhe-cida, o Programa Cinco Minutos Com Jesus é transmitido ao vivo de segunda a sexta na rádio local.

Os planos e sonhos da Congregação Es-perança não param por aqui. Pretendemos iniciar a casa pastoral para que, num futuro muito próximo, possamos ter um pastor resi-dente. Estamos certos que Deus ouvirá nossas orações e continuará a enviar chuvas e mais chuvas de Bênçãos.

“Obrigado, Senhor!” Que seja feita a tua vontade.

vilimar tonn | Presidente da Congregação Esperança

| frenTe de missão |

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46 Mensageiro | Julho 2011

Banda límine

Límine em latin significa “Co-meço”. Os integrantes da banda participam da CEL São Lucas, Colatina, ES, e tem como pastor Samuel Timm. A banda lançou seu primeiro CD, Olhe para Frente, com músicas inéditas. Os inte-ressados podem acessar: http://liminebanda.blogspot.com, www.myspace.com/bandalimine e as redes sociais twitter, orkut e face-book. Pedidos com Valdete Gomes pelo e-mail: [email protected].

> 5 a 8 de julho – Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS 4º Simpósio Internacional de Lutero – “Lutero e a Escritura Sagrada: Sola Scriptura”> 11 a 15 de julho - CARIMA, Linha 07, Cacoal, RO – Prof. Dr. Paulo M. Nerbas1) Correntes teológicas contemporâneas; 2) Artigos de Esmalcalde.> 29 e 30 de agosto – Goiânia, GO – Prof. Dr. Vilson ScholzNova Homilética: como pregar hoje?

Aperfeiçoamento pastoral 2011

| diVulgação |

simpósio de lutero4º Simpósio Internacional de lutero

lutero e a Escritura SagradaSola Scriptura

5 a 8 de julho de 2011São leopoldo, rS

PAlEStrAS1. A Hermenêutica de Lutero: Como ler

a Bíblia com Lutero;2. Lutero como Exegeta: Exemplos

práticos;3. Lutero e a Aplicação do Sola Scriptura

para a Vida Diária do Cristão;4. Lutero como leitor da Escritura

Sagrada;5. Lutero e a Tradução da Bíblia;6. Aprendendo com Lutero, como in-

centivar o povo de Deus a ler a Bíblia hoje?

PAlEStrAntES COnfIrMADOSDr. Robert A. Kolb – Professor emé-

rito, Concordia Seminary, Saint Louis, USA (LCMS).

Dr. Gilberto da Silva – Professor de Te-ologia Histórica, Lutherische Theologische Hochschule Oberursel, Alemanha (SELK)

Dr. Ricardo W. Rieth - Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários na ULBRA (IELB).

Rev. Prof. Albrecht E. G. F. Baeske _ Al-bérico Baeske _ Pastor aposentado, IECLB.

InSCrIçõESValor: R$ 60,00 (até 24 de junho)Informações: (51) 3037-8000 e/ou pelo

e-mail: [email protected]

www.seminarioconcordia.com.br

fórum de Teologiax fórum ulbra de teologia5 e 6 de outubro de 2011

Auditório do prédio 11 - Canoas, rSInformações: [email protected]

ou pelo telefone (51) 3477-9229

Tema: O sofrimento e suas interfaces: desafios e perspectivas para o cuidado humano.

Desdobramento do tema: implicações teórico-práticas.

1) O sofrimento do ponto de vista bíblico/teológico/pastoral;

2) O sofrimento do ponto de vista existencial/filosófico;

3) O sofrimento do ponto de vista psicossocial.

Cinco conferências com cinco reato-res, sempre trazendo uma perspectiva teológica/pastoral. Poderá haver peque-nas variações nos títulos das conferências.

1) O sofrimento do ponto de vista bíblico/teológico;

2) Depressão: desvelando o sofrimen-to da alma;

3) Perspectivas teológicas do sofri-mento em C.S. Lewis (autor do livro O Problema do Sofrimento (1940) e da série As Crônicas de Nárnia);

4) Sofrimento na Família (diante de diferentes tipos de violência);

5) Sofrimento, resiliência e fé: perspec-tivas para a superação das adversidades.

Serão também oferecidos minicursos, de 1 hora de duração, sobre diferentes te-mas ligados ao sofrimento, e espaço para a apresentação de trabalhos e pesquisas relacionados à área. Acesse o

novo site da Editora Concórdia

www.editoraconcordia.com.br

Fotos: arquIvo edItora coNcórdIa

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Mensageiro | Julho 2011 47

No dia 28 de maio, comunicadores da IELB reuniram-se na Ulbra, Canoas, RS, e via web para a reedição de um Manual de Comunicação para a Igreja. A ideia é instrumentalizar as congregações e sugerir caminhos para os processos comuni-cacionais dentro da IELB.

Alguns dos temas propostos para o Manual são: Identidade visual, Fotografia, Relacionamento com a Imprensa, Redação de Notícias e Releases, Jornal, Vídeo (Televisão e Web), Rádio, Web, Redes Sociais, Eventos e Ambiente de Culto. Ainda, anexos sobre som, oratória e apresentação pessoal.

O Grupo de comunicadores é um desdobramento do Departamento de Comunicação do Conselho Diretor da IELB. Participam dele, voluntariamente, profissionais da área, bem como atuantes e simpatizantes, com o objetivo de oferecer ideias, ações e soluções em comunicação para a Igreja.

Mais três reuniões de trabalho já estão agendadas: 9 de julho, 13 de agosto e 17 de setembro, sábados, sempre das 9 às 13 horas. Todos os interessados em participar, presencial ou virtualmente, podem enviar seu e-mail para o pastor Lu-cas Albrecht ([email protected]), coordenador do grupo, participando, assim, das discussões online.

Pastor lucaS andré albrecht

www.twitter.com/lucasdje

Comunicadores planejam manual

Erildo Mayer é natural de Laranja da Terra, ES, e re-side em Afonso Cláudio, ES. Formado em teologia pelo Instituto Concórdia de São Paulo, exerce seu ministério na paróquia de Ribeirão do Costa, Afonso Cláudio.

Desde a mais tenra ida-de, já havia estabelecido seu objetivo profissional:

ser cantor. Em 2009, concretizou seu sonho, quando lançou seu 1º CD solo, intitulado O Sentido de Viver (segunda tiragem, mais de 1.000 cópias vendidas) que já está tocando em diversas rádios pelo Brasil.

Erildo já compôs algumas músicas gravadas em CDs da IELB. Participou da Banda Ichthys em São Paulo, de 1999 a 2002, onde, pela primeira vez, participou da gravação de um CD. Em 2003, formou a banda chamada Kyrieleison, em Afonso Cláudio, e recentemente vem fazendo shows com uma nova banda: Pastor Erildo Mayer e Banda.

Neste CD solo, Erildo Mayer contou com a participação dos back vocal da cantora Aline Barros, Janeh e Fael Magalhães, e do Quarteto da Orquestra Municipal do Rio de Janeiro composta por Léo Ortiz, Glauco Fernandes, Luiz Audi e Luiz Fernando Zamith. O CD foi gravado, mixado e masterizado no SS Estúdio, por Luciano Stelzer, em Venda Nova do Imigrante, ES. A Grava-ção de cordas e back vocal aconteceram no Estúdio Robertinho do Recife, Rio de Janeiro, RJ.

O CD O Sentido de Viver vem alcançando diversos tipos de público e atingindo resultados surpreendentes, visando o objetivo maior que é levar Cristo para todos! A qualidade do trabalho está sendo elogiado por vários músicos e resultando em muitas apresentações em igrejas, congressos de jovens, etc.

O foco deste projeto, agora, é lutar por novas conquistas, novos caminhos, novas oportunidades, como um selo de uma gravadora que possa dar forças a este ministério, no sentido de lançar, distribuir, divulgar através de apresentações a men-sagem dos céus a todo o Brasil.

Cd musical do pastor Erildo Mayer

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48 Mensageiro | Julho 2011

| sBB |

100 milhõesde Bíblias

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) imprimiu e encadernou a Bíblia de número 100 milhões em cerimônia interna, realizada na

Encadernadora da Bíblia, no dia 26 de maio. Cerca de 100 pessoas estiveram presentes. A expressiva marca é contabilizada desde setembro de 1995, quando a Gráfica da Bíblia, em Barueri, SP, foi inaugurada.

“Trata-se de um momento histórico. Celebramos, hoje, os 100 milhões de Bíblias que Deus nos concedeu para a semeadura de sua Palavra a todas as nações”, afirmou o presidente da SBB, Adail Carvalho Sandoval, complementando que “a história da Gráfica da Bíblia é também a história de nosso País; que queremos evangelizar e abençoar com a glória de Deus”.

Um dispositivo digital foi instalado nas máquinas da unidade de encadernação para fazer a contagem regressiva até o centésimo milionésimo exemplar. A Bíblia símbolo desta marca mundial inédita foi justamente uma edição comemorativa. A publicação é composta por duas traduções: a Tradução Brasileira, uma tradução histórica de 1917, a primeira a ser feita totalmente no Brasil; e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, tradução pioneira, lançada no ano 2000, responsável por trazer o conteúdo bíblico em uma linguagem mais simples de ser compreendida pelos brasileiros.

AçãO DE grAçASPara celebrar a marca de 100 milhões de

Bíblias, a SBB promoveu um grande culto de ação de graças no dia 10 de junho, em Barue-ri. “Este é um momento de agradecimento e oração a Deus. Esses exemplares foram distribuídos a milhões de pessoas, que ti-veram a oportunidade de ter seus corações semeados com a Palavra que transforma vidas”, diz o secretário de Comunicação e Ação Social da SBB, Erní Seibert.

Cerca de 1.500 pessoas prestigiaram o evento; entre elas estavam autoridades civis, lideranças religiosas e 200 represen-tantes de Sociedades Bíblicas de mais de 60 países que participaram, no Museu da Bíblia, da UBS Publishers’ Fair (feira interna-cional de publicadores da Bíblia) realizada pela primeira vez no Brasil. A emoção marcou o culto através dos hinos de louvor entoados por Rachel Novaes, Arautos do Rei e Ministério ORBRAC, além de vídeos com destaque para depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela Pala-vra de Deus. Uma garotinha foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da noite ao entregar a Bíblia de número 100 milhões ao presidente Adail Sandoval e ao diretor executivo Rudi Zimmer.

Nesta data, também foi comemorado o 63º aniversário da SBB.

Zimmer é eleito presidente

O pastor dr. Rudi Zimmer foi eleito, no dia 17 de maio, por unanimidade, presidente da Diretoria Mundial das Socie-dades Bíblicas Unidas (UBS) que congrega cerca de 145 Sociedades Bíblicas Nacionais; entre elas, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Zimmer é especialista em Antigo Testamento e presidente da SBB desde dezembro de 2005. O vice-presidente será Michael Bassous, da Sociedade Bíblica do Líbano. A eleição foi realizada pelo Con-selho de Administração das Sociedades Bíblicas Unidas em reunião que aconteceu em Reading, sede da entidade, no Sul da Inglaterra. Com uma tradição de mais de dois séculos, as Sociedades Bíblicas no mundo beneficiam milhões de pessoas com a esperança e os ensinamentos da Palavra de Deus. É por intermédio das Sociedades Bíblicas Unidas, que estas 145 entidades cooperam entre si para traduzir, produzir e distribuir as Escrituras Sagradas para mais de 200 países e territórios.

Rudi Zimmer, diretor executivo da SBB, apresenta a edição comemorativa. Na foto menor, Ednaldo Alves da Silva, um dos mais antigos colaboradores da Gráfica da Bíblia.

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Mensageiro | Julho 2011 49

| ediTora ConCÓrdia |

Editora trabalhando pela Igreja

SAntA rOSA, rSNo dia 22 de maio, tivemos a oportunidade de participar

do Congresso Distrital de Leigos (Distrito Missioneiro) na CEL Cristo, Linha 7, Santa Rosa, RS. Os 133 participantes tiveram a oportunidade de escutar a palestra do pastor Bertram Kaufmann sobre o tema Leigos – Braço forte da Igreja. Repre-sentando a Diretoria Nacional da LLLB, estiveram presentes: Lucio Figur e Otto Pinz. Nosso agradecimento especial ao pastor Albano Ulker pelo apoio e suporte para que a Editora pudesse estar presente.

CAnArAnA, MtComemorando o seu Congresso “Bodas de Prata”, as Ser-

vas do DIMAT (Distrito Mato-grossense) estiveram reunidas em Canarana, MT, entre os dias 27 e 29 de maio, tendo como palestrante o pastor Flavio Guits, que dirigiu os estudos sobre o tema A Igreja é Obra de Deus. Estiveram presentes 71 parti-cipantes das cidades de Canarana, Água Boa, Rondonópolis, Primavera do Leste, Cuiabá e Barra do Garças. O culto de encerramento teve como pregador o pastor Aramis Jacoby. Nosso agradecimento a todos os participantes pela acolhida e apoio para que a presença da Editora fosse possível.

BOA ESPErAnçA, ESO XIX Congresso de Servas do Distrito Verdes Mares ocor-

reu nos dias 14 e 15 de maio na Congregação Santa Cruz , Boa Esperança, ES. O lema escolhido foi Acolhendo e Integrando; e o tema, Acolher a vida, foi abordado pelo pastor Adevilson Kreitlow. Estiveram presentes cerca de 260 pessoas. Nosso agradecimento especial ao pastor Wilmar Wagner pela ajuda nos deslocamentos, e pela hospedagem carinhosamente oferecida pelo pastor Nestor Wille e sua esposa, Solange, bem como pelo sr. Reinaldo Friedrich e sua esposa, Regina. Nosso agradecimento ao estagiário Mauro e sua esposa, Patrícia, pela colaboração durante o congresso.

ChAPECó, SCCom o tema Acolhendo com amor uns aos outros, assim

como Cristo nos acolheu, estiveram reunidas 180 Servas no Encontro da Região Catarinense, nos dias 28 e 29 de maio em Chapecó, SC. Foram palestrantes o pastor Helmuth Kno-blauch, Sandra Regina A. Becker e a enfermeira Cristiane Brancher, especialista em oncologia e obstetrícia.

Nosso agradecimento pelo convite e em especial ao pastor Erno Güths e sua esposa, Marlei, pela hospedagem em sua casa, bem como no apoio em todo o deslocamento.

Fotos: arquIvo edItora coNcórdIa

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Silvair litZkoWPastor em Rio Bananal, ES

Onde está Deus na minha depressão?

F alar de depressão nem sempre tem sido fácil. Para começar, precisamos aceitar e compreender que a depressão é uma doença que pode aflorar em qualquer um de nós, por diversas causas.

Nesse sentido, a depressão não tem nada a ver com manias ou fraquezas de fé, como muitos pensam. Aliás, a depressão não escolhe idade, cor, raça, língua, nação ou religião! O cristão também não está livre desta doença. A depressão é uma das possíveis consequências do pecado que está em todas as gera-ções (Salmo 51.5).

Parece que Saul, Davi, Jó, Moisés, Jonas, Pedro, Paulo e toda a nação de Israel, em algum momento, tiveram depressão. O profeta Jeremias escreveu um livro inteiro de lamentações. Quando Jezabel ameaçou o profeta Elias de morte, este fugiu para o deserto e mergulhou no desânimo. Já Jonas vai ao extremo desespero e diz: “Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver” (Jonas 4.3).

Convém lembrar, porém, que, quando somos atingidos por decepções, perdas, rejeições e fracassos que nos causam pro-funda tristeza, isso não quer dizer que já estou com depressão. Precisamos tomar cuidado para não confundir sintomas. Você já reparou que, muitas vezes, preocupamo--nos demais com as coisas a nossa volta? De repente, um simples gesto já nos deixa arrasados. Por outro, um inesperado telefonema pode nos levar às alturas de tanta alegria.

Na maioria dos casos, a depressão apresenta sintomas como: mudança no apetite e no peso (em geral diminui), alteração nos hábitos relacionados com o sono (insônia, ou desejo exagerado de dormir), fadiga, perda de interesse pelas atividades diárias, diminuição do desejo sexual, sentimentos de extrema tristeza, desespero, culpa, autoreprovação ou falta de autoestima e ideias de suicídio. Isso, na verdade, pode variar muito. Cada caso é específico e deve ser tratado como tal. Os sintomas e reações também são diferentes de um para outro.

Sabemos que, a nossa vida, o nosso dia a dia de trabalho e luta, é cheia de tensões com altos e baixos. Jesus mesmo nos alerta, dizendo: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz

em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33).

Como cristãos, podemos e devemos encarar as dificuldades, os desafios e a depressão com a esperança e firmeza que Cristo nos dá. As promessas de Cristo, renovadas a cada manhã, o seu perdão gratuito e, especialmente, a vida eterna são grande fonte de força, consolo e paz. Podemos contar com isso 24 horas por dia. Deus nunca falha! Ele sempre cumpriu e cumprirá o que promete.

Nunca será sinal de fraqueza procurar alguém para nos aju-dar. Seja na área da saúde (médicos, psicólogos, psiquiatras, etc.),

seja na área do aconselhamento (pastores, amigos, irmãos na fé) para expressarmos os nossos sentimentos de tristeza, derra-mar nossas lágrimas ou expor as dúvidas e aflições. Na verdade, chorar, desabafar e conversar sobre dificuldades e preocupações são boas maneiras de remediar e prevenir o início de uma depressão.

O melhor conselho é aquele que vem da parte de nosso Deus, quando diz: “O Senhor não abandonará o seu povo; ele não deixará desamparados aqueles que são dele” (Salmos 94.14). Deus nos ensina a confiar nele e a deixar tudo em suas mãos, dizendo: “Entre-ga o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (Salmo 37.5). Podemos nos achegar ao nosso Salvador, confiando em suas palavras: “Todo aquele que o Pai me

dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37).

Onde está Deus na minha depressão? No mesmo lugar onde ele estava quando o

seu Filho Jesus Cristo morreu pelos meus e teus pecados, quando o ressuscitou na manhã da Páscoa e quando nele prometeu: “eu estou com vo-cês todos os dias, até a fim dos tempos”.

Onde está Deus na minha depressão?

No mesmo lugar onde ele estava quando o seu Filho Jesus Cristo morreu pelos

meus e teus pecados, quando o ressuscitou na

manhã da Páscoa e quando nele prometeu: “eu estou

com vocês todos os dias, até a fim dos tempos”.

50 Mensageiro | Julho 2011

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IELBnotíciasENCARTE DO MENSAGEIRO LUTERANO - JULHO/2011

+DESTAQUES

Ijuí dobra número de assinantes do ML

Seis batismos em Concórdia

Atividades no interior de Minas Gerais

Campo Grande, MS

Congregação completa 40 anos

A Congregação Santo Estêvão, Cam-po Grande, MS, comemorou, no dia 27 de março, 40 anos de fundação. A celebração e o almoço festivo foram compartilhados com a Congregação Dr. Martinho Lutero, do bairro Universitário, e a Missão no bairro Jandaia. A mensagem foi proferida pelo presidente da IELB, pastor Egon Ko-

pereck, e a liturgia foi feita pelos pastores Carlos Wilhelms e Leonídio Schulz Gorl. O louvor ficou a cargo de um coral misto com membros de ambas as congregações; de três bandas jovens (da Santo Estêvão, Dr. Martinho Lutero e Jandaia); de um grupo vocal composto pelos dois pastores locais e pelo sr. Wilson Werner Koller; e do coral

de crianças. Esteve presente também o casal de professores fundador desta con-gregação, Erno Oscar e Telma Koller. Cerca de 260 pessoas compareceram ao evento.

As festividades tiveram início no sábado, quando o pastor Kopereck apresentou o planejamento de sua gestão e respondeu perguntas sobre os planos e metas da IELB.

fotos: arquivo editora concórdia

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Ijuí dobra número de assinantes do ML

A Congregação Emanuel, Ijuí, RS, conta com uma equipe de membros tra-balhando na comissão de comunicação. Este grupo prepara uma homenagem aos membros aniversariantes do mês.

No dia do aniversário, o aniversariante recebe um telefonema desta comissão, onde é feito uma leitura bíblica e uma breve mensagem. Na quarta semana do mês, os aniversariantes recebem outro telefonema,

onde são convidados a participar do culto em que serão homenageados e receberão uma benção do pastor (sempre no quarto sábado do mês). No culto, é sorteada uma assinatura da revista Mensageiro Luterano para um dos aniversariantes, os demais ganham um cartão feito pelas crianças da Escola Dominical. O pastor emérito Waldemar Reimann destaca uma matéria da revista daquele mês, e faz comentários

sobre a importância de ter o Mensageiro em cada lar. As assinaturas são pagas pelo departamento, que realiza eventos para ar-recadar o valor necessário; alguns membros também participam doando assinaturas.

“Quando começamos esta atividade, no início de 2010, contávamos com 22 assinaturas; hoje temos 47 assinaturas e pretendemos crescer muito mais”, reflete o pastor Ailton José Müller.

Dia das Mães em SapirangaFoi realizado, no dia 6 de maio, na Congre-

gação São Mateus, Sapiranga, RS, o culto da Escola São Mateus de Dia das Mães, com o tema Um dia só não basta. As crianças apresentaram teatro e música. O culto foi oficiado pelo capelão Paulo Krebs e contou com cerca de 450 pessoas.

fotos: arquivo editora concórdia

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Pastor é instalado em Feliz Natal

No dia 3 de abril, aconteceu a instalação do pastor Nerci Hanke na Missão de Feliz Natal, MT. O culto foi oficiado pelo pastor Ilto Celvino Mathias, conselheiro do Distrito Dinorma. Estavam presentes vários pastores do Distrito e o Coral da CEL Emanuel, de Sinop, MT.

Culto comemorativo em Pomerode

Como vem acontecendo há vários anos, a Congregação São João, Pomerode, SC, tem comemorado os 50 e 25 anos das turmas de confirmandos com um culto festivo. Neste ano, o Culto de Jubileu foi celebrado em 17 de abril, com mensagem proferida pelo pastor Hilmar Stern, sobre Lucas 14.42.

Ordenação e instalação

Foi instalado, na Congregação Santa Cruz, Capanema, PR, o pastor Ronaldo Martinho Arndt Junior. A cerimônia ocorreu no dia 13 de março e contou com cerca de 250 pessoas, além de sete pastores do Distrito Vale do Iguaçu e Luiz Carlos Deringer, também pastor da Paróquia. O rito de instalação foi oficiado pelo conselheiro do Distrito, pastor Selvino Langner.

Ronaldo foi ordenado no dia 9 de janeiro no ponto de pregação da Paróquia Cristo, Cidreira, RS, onde sua mãe cede a casa para a realização dos cultos. A ordenação foi conduzida pelo pastor Hélvio Veide, e estavam presentes os pastores Aramis H. Jacoby e Ervino M. Spitzer, ambos cunhados de Ronaldo.

Pastor em Jaguaré

O pastor Lindomar Geicke foi instalado, no dia 17 de abril, na CEL São Lucas, de Jaguaré, pertencente a PEL Sião, de São Mateus, ES, pelo conselheiro do Distrito Espírito Santo Norte, pastor Elmar Hoffmann. Lindomar será o primeiro pastor residente em Jaguaré.

Bodas de OuroAdriano e Zulmira Schneider casaram em 22 de dezembro de

1959, matrimônio este abençoado pelo pastor Adolfo Raminson na Congregação São Marcos, Domingos Martins, ES. O casal celebrou as bodas ao lado dos filhos, noras, netos e bisneto, em dezembro de 2009, com cerimônia realizada pelos pastores Eduvino Krause Filho e Galdino Schneider.

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1) BoM JARdIM do SuL, PR – Foi realizada a confirmação de 17 jovens. A cerimônia foi dirigida pelo pastor Jandir Krebs, com mensagem baseada em Mt 28.1-10. Em 24 de abril, na Congregação São Paulo.

2) BAGé, RS – Sete jovens confirmaram a sua fé, publicamen-te, em culto dirigido pelo pastor André Levi Klein. Em 17 de abril, na Congregação Da Paz.

3) MARINGá, PR – Foram confirmados 11 jovens, em cerimô-nia realizada pelo pastor Mateus Francisco Beskow. Na foto, uma neta e uma bisneta com dona Adelaide, uma das fundadoras da igreja em Maringá, em 1971. Adelaide, é uma das únicas funda-doras, que ainda está viva e ativa na igreja. Ela teve o privilégio de ver a neta e a bisneta recebendo a primeira comunhão. Em dezembro de 2010, na Congregação São Marcos.

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CONFIRMAÇÕES

Novos membros em Samambaia

No dia 1º de maio, a fa-mília luterana da Missão de Samambaia, dF, recebeu

como membros, por Profissão de Fé, Roberto e Patrícia Reich. “Que o Senhor Jesus possa marcá-los profundamente pela sua ressur-reição”, comentou o pastor Ademir da Silva. Já, no domingo de Dia das Mães, Miguel Oliveira Araújo, filho de Aílton F. Araújo e Alyne R. Oliveira, foi recebido através do Batismo.

Batismos em Campo Limpo Paulista

No mês de maio, a Congregação Esperança, Campo Limpo Paulista, SP, teve a alegria de celebrar dois Batismos. No dia 1º, foi batizado Joaquim Seide Barsante, filho de Derek Barsante e Thais Armonas Seide. O texto escolhido pelos pais foi Salmo 119.105: “A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho”. E no dia 15, foi batizado Samuel Nobre Frederico, filho do pastor Tiago e Gleicy Nobre Frederico. O texto escolhido pelos pais foi Provérbios 22.5: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

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fotos: arquivo editora concórdia

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Seis batismos em Concórdia

A Congregação da Paz, Concórdia, SC, celebrou a Páscoa de uma forma toda especial. Neste ano, no culto re-alizado às 6 horas da manhã, seis crianças foram batizadas. Além disso, três pessoas foram recebidas por Profissão de Fé e uma por reconhecimento de Batismo. Após o culto, como de costume, todos se reuniram no ginásio da Comunidade para tomar o café da manhã em conjunto.

Casamento de irmãs em Concórdia

Uniram-se em matrimônio, no dia 5 de fevereiro, Silviane Klein e Fernando Lino, e Jaque-line Klein e Maurício Reina (Sil-viane e Jaqueline são irmãs). A cerimônia aconteceu na sede social da Embrapa, Concórdia, SC. Diante de um altar ao ar livre, preparado especialmen-te pelas noivas, e ao som de hinos entoados pela sobrinha das noivas, Lara, pelo saxofone tocado pelo tio das noivas Reni Hoffmann e do violino pela jo-vem Cláudia Wiltgen, os noivos disseram sim perante o pastor Claudio Nicolau Wiltgen.

Pastor da IELB é cidadão São-Pedrense

O pastor Gerson die-ter Prates recebeu, no dia 20 de dezembro de 2010, o título de Cidadão São-Pedrense. A IELB foi fundada na cidade de São Pedro do Sul e de acordo com o pastor Gerson, “depois de 106 anos de IELB na cidade, é muito bom experimen-tar o reconhecimento do

trabalho ministerial de nossa Igreja por aqui”. Na foto, o vereador Walter Menezes, o pastor Gerson e sua esposa, Sirlei Auler Prates.

Servas comemoram 60 anos em Bom Jesus

Com muita alegria, as Servas da Congregação de Bom Jesus, Bom Jesus, RS, comemoraram os 60 anos de fundação de seu departamento em culto de ação de graças e em um momento de confraternização realizados no dia 1º de maio. Tendo como ofician-tes os pastores Valdir Lopes Junior e José Solon Hoffmann, o culto contou com a participação de uma integrante da primeira diretoria do departamento: 1ª secretária Terezinha Jacoby. A 1ª vice-presidente, Maria Luiza Hoffmann, enviou uma carta, lida pela atual presidente, Isolda Hoffmann. A Diretoria das Servas do Distrito Videiras também se fez presente no momento. A fundação, ocorrida no dia 1º de janeiro de 1951, tinha por objetivo ser uma “sociedade que auxiliasse nos trabalhos da Igreja em geral”, como descreve a ata de fundação. Sob o lema “Eis-me aqui Senhor” (At 9.10), este departamento tem feito jus ao objetivo para o qual se propôs e tem ‘servido ao Senhor com alegria’ ao longo destes 60 anos, como relata o pastor Valdir.

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No dia 21 de novembro de 2010, o casal Eduino e Vani Wolter comemorou 35 anos de casados. A cerimônia foi ministrada pelos pastores Ildo Weirich e Herbert Weiducheit. O momento foi comemorado juntamente com os amigos e filhos. O casal pertence à Congre-gação São João, Canguçu, RS. O texto para a celebração foi: “Feliz aquele que teme a Deus, o Senhor, e vive de acordo com sua vontade! Se for assim ganhará o suficiente para viver e tudo dará certo para você” (Salmo 128).

Atividades no interior de Minas Gerais

FoRçA JoVEM REdENtoR: FoRtE EM SANtA uNIão

No dia 18 de fevereiro, o grupo Força Jo-vem Redentor foi fundado na CEL Redentor, Juiz de Fora, MG. O grupo tem sido uma bênção para o trabalho da congregação. Em três meses e meio de existência, realizou um retiro espiritual, produziu um filme que foi exibido no culto de Páscoa e tem atuado ativamente na congregação. Além disso, estão realizando uma gincana bimestral. O grupo quer participar do Congresso Distrital de Jovens do Distrito Rio de Janeiro, que ocorrerá em julho. Eles estão motivados, animados e, embora tenham dificuldades, têm se fortalecido e crescido espiritualmente.

dIA dAS MãESNo dia 7 de maio, a Congregação Reden-

tor realizou um culto especial que contou com a presença de 42 pessoas. Toda à Congrega-ção estava animada e trabalhou muito para elaborar este culto. O grupo Força Jovem Re-dentor preparou uma pequena homenagem para as mães, bem como o departamento de servas também o fez. Além disso, os jovens distribuíram convites no bairro durante a semana, e, uma grande faixa convidativa foi colocada na frente do templo.

CoNGREGAção CoNCóRdIA dIVuLGA A IELB EM VIçoSA

No começo do ano, em época de vesti-bular, a Congregação Concórdia, de Viçosa, MG, aproveitou a ocasião das inscrições e foi até a porta da Universidade Federal de Viçosa para divulgar a Igreja. Entregamos um folder com nome e endereço da Congregação juntamente com um geladinho, visto que fazia dias de calor. O grupo foi na segunda e terça-feira (em dois turnos), formando assim quatro equipes. Esteve à frente do trabalho a presidente da Congregação, Eliane Eller, e o pastor André de Freitas, que atende também a CEL Redentor de Juiz de Fora.

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BODAS DE CASAMENTO

O pastor Jurací Schmechel Griep e Ivoni Kretschmer Griep, com gratidão a Deus, celebraram Bodas de Prata em 21 de dezembro de 2010. Juntamente com as filhas, Maria Heloísa e Maria Isabel, 10 e 3 anos respectivamente, agradecem a Deus por todas as bênçãos recebidas. Com Josué, dizem: “Eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Jurací é pastor da Paróquia Cristo, Modelo, SC.

O casal Balduino e Elvira Krieser celebrou Bodas de Diamante no dia 15 de abril de 2010 em Maripá, PR. O casamento, em 1950, foi realizado na Linha Florentina, Alta Charrua, RS, e foi abençoado com seis filhos. A curiosidade deste momento foi a presença de Helena Lanz Redemske, mãe de Elvira. Oficiaram a cerimônia os pastores Gerson Luiz Hulman e Elvino Alberto Krieser (filho). Neste ano, o casal já completou 61 anos de casamento; e Helena, 98 anos de vida. Eles são membros da CEL Trindade, Maripá.

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Siegfried Carlos Graff e Lydia Blumke Graff completaram, no dia 8 de fevereiro, 25 anos de matrimônio. Em gratidão a Deus pelas muitas bênçãos recebidas, foi celebrado um culto, promovido pelos filhos, na CEL Cristo, de Marechal Cândido Rondon, PR. Os oficiantes do culto foram os pastores Elvio Bender, genro de Siegfried e o prof. Anselmo E. Graff que proferiu a mensagem baseada em Cânticos 8.6: “Porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura”. O casal reside em Santo Ângelo, onde presta serviços sociais voluntários.

Erani e Arno Schneider completaram 50 anos de matrimônio no dia 5 de junho de 2010 em Palmitos, SC. A cerimônia de bodas foi di-rigida pelo pastor Hedo Voss da CEL Cristo, de Palmitos. Para surpresa do casal, o pastor que os casou, Nathan Flor, junto com sua esposa, compareceu proferindo uma mensagem baseada em Js 24.15: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” – o mesmo texto do casamento há 50 anos. Filhos, genros e netos, junto com demais familiares e amigos, estiveram presentes, bem como os padrinhos de casamento.

Os filhos Marcos, Vania e Rejane, nora, genros e quatro netos de Valdi e Herta Friske, louvam a Deus pela vida feliz e abençoado matrimônio de seus pais e avós, que, em novembro de 2009, já completaram 40 anos de casamento. São membros da Congregação São Mateus, de Nova Santa Rosa, PR. O texto da Palavra de Deus com o qual expressam sua alegria e gratidão é: Até aqui nos ajudou o SENHOR (1 Samuel 7.12).

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BODAS DE CASAMENTO

Instalação e batismos em Ponta Grossa

No dia 17 de abril, o pastor Ervino Mar-tim Spitzer foi instalado na Paróquia Unidos em Cristo, Ponta Grossa, PR. A cerimônia foi conduzida pelo Conselheiro Distrital, pastor Claudio Bayer, e a mensagem feita pelo pastor Flávio Hoerle.

Foram batizados, na CEL Paz de Ponta

Grossa, o jovem Elber de Oliveira e Letícia de Mattos no dia 24 de maio, e Ana Ca-rolina Moreira Scheunemann no dia 8 de maio. Na Congregação Cristo para Todos foram batizados, no dia 1º de maio, os gê-meos Matheus Eduardo e Mariana Eduarda Rohde Neves. Todas as cerimônias foram realizadas pelo pastor Ervino.

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FALECIMENTOS

Faleceu, no dia 19 de janeiro, Arno Bär. Nascido no dia 12 de janeiro de 1957, deixa enlutados a esposa, Alice Gall Bär, os filhos, Jonas, Jaime e Jacia-ra, as noras e o neto,

Rafael. Foi líder da sua congregação e paróquia por muitos anos. Atualmente, era presidente da paróquia. O velório e o enterro foram em Planalto d'Oeste, Nova Santa Rosa, PR; o sepultamento foi realizado pelo pastor Wolmar Schneider. Arno pertencia à Congregação Emanuel, Nova Santa Rosa.

Aos 96 anos, faleceu diva Lampert Scheu-fele no dia 4 de maio em Joaçaba, SC. Natural de Igrejinha, RS, migrou com seus pais para Joa-çaba aos 10 anos de idade. Foi casada com Fritz Guilherme Scheufele, que a precedeu na morte. Deixa enlutados filhos, genros, netos, bisnetos e uma trineta. A família enlutada agradece a

todos que a confortaram nessa hora de dor, em especial ao pastor Alisson Schröpfer da Silva e ao coral da Igreja Santíssima Trindade.

A família Stelle de Colônia Papagaios Novos, Palmeira, PR, perde dois membros da família em uma semana. No dia 6 de abril, faleceu Eni Stelle, vítima de câncer. Nascida no dia 20 de dezembro de 1950, era filha de Rodolfo Stelle e Frida Stelle. Já no dia 13 de abril, vítima de acidente de trânsito, faleceu seu irmão Celso Stelle. Celso nasceu no dia 17 de março de 1956 e deixa enlutados a esposa, Catarina Stelle, e o filho, Mateus. Ambas as cerimônias

de sepultamento foram conduzidas pelo pastor Ildo Schenknecht.

Faleceu em 23 de março, aos 84 anos, Ruth Ana Elsa Flor Modry. Filha do pastor Benjamim Germano e Olinda Hermina Erig Flor, nasceu no dia 13 de agosto de 1926 em

Bom Jesus, São Lourenço do Sul, RS. Tinha 10 irmãos. Formou-se na escola primária ministrada pelos pais em Pelotas. Formou-se como profes-sora em Porto Alegre, RS, atuando nas escolas paroquiais em Santa Coleta, Pelotas, Campo Bom, Três Coroas, Vila Floresta e Porto Alegre. Casou-se em 1950 com Germano Modry, sendo abençoada com três filhos e uma filha. Faleceu no hospital de Parobé, RS, assistida pelo pastor Fabiano Müller, que ministrou a cerimônia fúne-bre na igreja Redentor de Morro Pelado, Taquara. Ela foi sepultada no cemitério da Congregação.

Páscoa em Guaíba

A Congregação Cristo Para todos, Guaíba, RS, novamente, pôde celebrar sua Páscoa trazendo a história de vida, morte e ressurreição de Jesus de forma encenada. Neste ano, além das crianças da Escola Dominical, tivemos a ajuda de adultos da Con-gregação que ofereceram seus dons a serviço do Reino de Deus. O programa aconteceu no dia 23 de abril, com confraternização após o momento. Participaram 42 pessoas. Mais uma vez, foi possível levar a mensagem de vida da Páscoa para o mundo.

Aniversário de confirmação No último dia 17 de

março, Amélia Strelhow festejou um aniversário muito importante: 71 anos da sua confirmação. Foi um dia muito feliz para a vovó Amélia, e ela agra-deceu a Deus por mais esta bênção. Além de mãe dedicada, avó e bisavó que nunca deixou de falar e de viver a sua fé em Jesus, a vó Amélia sempre foi mem-bro da IELB. Aprendeu a ler em português aos 60 anos de idade, pois, até então,

só sabia ler em alemão. Ela sempre participa dos cultos e nunca deixa de ler a Bíblia, fazer devoções e orações. Apesar de sua saúde enfraquecida, sempre está disposta a dar bons conselhos aos filhos e, principalmente, aos netos e bisnetos. Moradora da cidade da Serra, ES, ela participa da CEL Emanuel de Nova Carapina, que é atendida pelos pastores Selson Potim e Everton G. Wrasse.

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Acolhendo e integrando em Carapina

O Bom Pastor Jesus acolheu e integrou mais nove pessoas ao seu rebanho na Congregação trindade, Carapina, Serra, ES. Famílias inteiras foram recebidas: Roseli e Dayane, mãe e filha, por Profissão de Fé; Flavia, por Profissão de Fé, e seus três filhos e sobrinho, através do Batismo; Juan, através de Batismo; e Edu-arda, por Batismo, cujo a mãe também foi recebida, há poucos meses, por Profissão de Fé. As cerimônias foram realizadas pelo pastor Jaider Sodré.

Bazar de brinquedos para a Páscoa

No dia 9 de abril de 2011, a ABE (Associação Beneficente Esperança) da Congregação Esperança, Campo Limpo Pau-lista, SP, realizou mais um bazar beneficente. Neste último, foram oferecidos somente brinquedos, aproveitando a ocasião da Páscoa. O bazar funciona assim: “Encha a sua sacola e pague o que pode”. Aproximadamente, 300 pessoas estiveram presentes num período de duas horas de bazar. Toda a equipe de voluntários da ABE agradece a Deus pela alegria e força de servir ao próximo.

Aniversário em São BorjaA Congregação Cristo, São Borja, RS, comemorou 53 anos

de fundação no dia 18 de maio. O culto ministrado pelo pastor Marcelo Gustavo Witt foi realizado no dia 21 de maio.

Encontro paroquial de famílias

O dia 29 de maio foi especial para a Paróquia São Paulo de Itarana, ES, pois aconteceu o 1º Encontro de famílias. “Foi um dia de muita interação e confraternização entre as três congregações que compõem a Paróquia”, comentou o pastor Wilmuth Engelmann.

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Mãos à obra

Continuar o trabalho ou fechar as por-tas? Essa dúvida permaneceu na mente de muitos membros, com relação ao templo da Congregação Cristo Para todos, do bairro Pinheirão, em Francisco Beltrão, PR. Trata-se de uma pequena e nova Con-gregação que fica localizada numa área onde há perspectivas para um imenso tra-balho missionário. Durante algum tempo, pensava-se até mesmo no seu fechamento. Muitos se perguntavam: o que fazer? Foi aí que o departamento de jovens da Congre-gação Cristo Rei (sede), abraçou um projeto audacioso durante o ano de 2010: angariar recursos para auxiliar na reforma do templo.

No decorrer do ano passado os jovens realizaram alguns eventos: noite do pas-tel, festival da pizza e festa junina – os recursos foram investidos na aquisição de material de construção e tintas. Os membros da congregação colocaram, li-teralmente, a mão na massa e realizaram a obra. Desse modo, houve uma revitali-zação na estrutura do templo, reformas, pintura e identificação com letreiros. Foi um trabalho em equipe, e todos os que participaram se sentem alegres com o resultado final. Com certeza, isso irá melhorar em muito o trabalho da Igreja naquele bairro.

Congregação Alvorada inaugura pavilhão

A Congregação Alvorada, Marechal Cândido Rondon, PR, realizou culto de gratidão a Deus, no dia 28 de maio, pelos seus 11 anos. Após o culto, lideranças

inauguraram as dependências do pavilhão.O culto foi conduzido pelo pastor Alfre-

do Bischoff e contou com apresentações do Grupo Vozes e do Coral da Congregação

Alvorada. A mensagem foi transmitida pelo pastor emérito Guilherme Lüdke, que completou 102 anos de idade em junho. Tanto o culto como a inauguração foram prestigiados por luteranos de congrega-ções vizinhas.

A história da Congregação Alvorada começou com algumas famílias da Congre-gação Cristo, através da participação nos grupos do Programa de Evangelização e Mordomia (PEM), que viram potencial para fundar uma nova comunidade luterana em Marechal Cândido Rondon.

O pavilhão que será utilizado para as atividades da Congregação Alvorada e da Alvorada Social contou, nesta primeira eta-pa, com a inauguração de quatro salas, ba-nheiro, secretaria e uma quitinete. O projeto, iniciado no ano 2009, também contemplará a construção de um ginásio de esportes.

Novo carro paroquial

Após vários anos planejando, a Pa-róquia Concórdia de Buriti, Santo Ângelo, RS, adquiriu, por meio de uma campanha entre seus membros, um novo carro para o trabalho paroquial. Na foto, o presidente da Paróquia, Ari Völz, juntamente com membros da diretoria, entregando a chave do novo carro ao pastor Alex M. Schmökel.

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JELB - JuvEntudE EvangéLica LutErana do BrasiL

Congresso Nacional da JELBO 43º Congresso Nacional da JELB será realizado na Es-

tância Árvore da Vida, na cidade de Sumaré, SP, de 15 a 20 de janeiro de 2013.

“Queremos agradecer a todos os jovens que se interessaram e especialmente àqueles que enviaram a candidatura, pois reconhe-cemos o desafio de correr atrás de um bom local e levantar todas as informações necessárias em um curto espaço de tempo. Nosso

muito obrigado aos jovens de Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Rondônia, que enviaram as candida-turas”, afirma o presidente da JELB, Josué Sander.

Os jovens do Distrito Paulista já estão envolvidos na organização do Congressão, juntamente com o Distrito Bandeirante e a congregação de Campinas, SP, que serão cada vez mais integrados no processo.

Agora, a ansiedade de todos é para que 2013 che-gue rapidinho!

Conheça um pouco mais da infraestrutura do local do 43º Congressão da JELB:

- Auditório: o principal tem capacidade para até 10 mil pessoas, em ambiente refrigerado. Também são oferecidos

outros auditórios para organização de oficinas e eventos menores.- Alojamentos: até 5 mil pessoas poderão ser instaladas em

quartos de seis a 12 pessoas, cada um com banheiro.- Refeitório, centro de convivência com mercado, farmácia e

lan house. Tudo em um ambiente de paz e tranquilidade (retirado da

cidade) especialmente projetado para acolher eventos cristãos. A Estância Árvore da Vida está próxima à Rodovia dos Bandeirantes e a apenas 40 km do Aeroporto de Viracopos em Campinas, SP.

Para ver mais fotos, acesse o nosso site www.jelb.org.br.

fotos: divulgação jelb

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LLLB - Liga dE LEigos LutEranos do BrasiL

A LLLB em Rondônia

Nos dias 30 de abril e 1º de maio, a Diretoria Nacional da LLLB, representada pelo presidente, Oldemar Rohloff, pelo vice-presidente, Ildo Hoffmann, pelo tesoureiro, Arno Hübner, e pelo pastor conse-lheiro, Cleydes Kloss, esteve presente no II Congresso de Leigos do Distrito Rio Machado, na CEL Paz, da Linha 6, Cacoal, Ro, onde participaram mais de 250 leigos reunidos sob o lema: Leigos – um só coração com Cristo e a Igreja. A Diretoria Nacional ficou muito feliz com o exemplo de alegria e de comprometimento dos irmãos do distrito.

O Congresso foi presidido por Francisco Alves de Almeida, “Chico”, presidente distrital. No sábado de manhã, o palestrante foi o pastor Cleydes, e, à noite, a palestra ficou a cargo do pastor Roberto Schultz. A programação de sábado foi encerrada com uma Noite Cultural. No domingo, aconteceu a sessão plenária e o culto.

Após o culto, o presidente da Liga Nacional convidou todos os presidentes de congregações e paróquias, bem como os pastores, para firmarem um pacto de comprometimento através da entrega de “pins”. Foi, ainda, realizado o plantio de uma árvore, marcando os 40 anos de aniversário da LLLB e da presença da IELB em Rondônia.

Visita à missão em aldeia indígena

Na ocasião em que participou do Congresso de Leigos do Distrito Rio Machado, a Diretoria Nacional da LLLB teve o privilégio de fazer uma visita a uma aldeia indígena, onde o pastor Valci Sering, da paróquia de Ministro Andreazza, realiza um trabalho evangelístico e social.

Os índios pertencem à tribo Suruí, que está dividida em 21 peque-nas aldeias. A aldeia visitada fica no final da Linha 8, no município de Cacoal, Ro, e residem ali cinco famílias, num total de 22 pessoas. A aldeia é visitada regularmente pelo pastor Valci desde abril de 2009.

Hoje, são realizados ali cultos e estudos bíblicos. Ficou evidente que o pastor Valci é respeitado; ele mesmo enfatiza que tem tido muitas alegrias junto àquele grupo de irmãos e que o culto luterano é muito bem aceito e valorizado por eles.

Na visita, os membros da diretoria da LLLB tiveram a oportunida-de de conviver com todas as pessoas daquela aldeia, participando de um devocional dirigido pelo pastor Valci, enfatizando a ressurreição de Jesus. Interessante foi ver Junior Suruí, professor na aldeia, traduzindo para a língua Tupi-Mandé as palavras do pastor e ouvir os participantes cantando hinos evangélicos na língua indígena. A visita ficou marcada pela entrega do “pin” por parte do presidente Oldemar ao cacique Matera Suruí, que retribuiu dando ao presidente um colar de sementes.

No final do encontro, o filho mais velho do cacique, Nilson Suruí, fez um pedido muito especial à LLLB: o de auxiliar na construção de uma capela para a realização de seus cultos. O presidente da LLLB também ficou de verificar, junto a SBB, sobre a existência de material na língua Tupi-Mandé e providenciar seu envio à tribo.

Avisos da LLLBLeigos cadastrem-se no site da LLLB e recebam o jornal eletrônico.Vem aí o encontro regional de presidentes distritais e líderes do

Oeste e Sudoeste do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Aguardem!

Tesouraria: Winfried Arno Hübner (vice: Valdir Weirich)Conta: Caixa Econômica Federal - Marechal Cândido Rondon, PR.Banco: 104 - Agência: 0968Operação: 013 (Conta Poupança)Conta: 52674-1Favor informar os depósitos realizados para a LLLB pelo [email protected], ou pelo telefone (45) 9948-0250 (Rudi).

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Mensageiro | Julho 2011 | encarte ielB notícias 13

Congresso no Distrito Rio Uruguai

O DISRIU realizou seu Congresso de Lei-gos no dia 15 de maio, na CEL São João, Erechim, RS. As duas palestras ministradas pelo 2º vice-presidente da IELB, pastor Geral-do Walmir Schüller, enriqueceram o evento.

Na parte da manhã, o pastor Geraldo falou sobre a Grande Batalha de Apocalipse 12 e, à tarde, sobre os instrumentos do diabo em nossos dias para destruir os cristãos. O pastor

Emerson Zielke, conselheiro da LLLB, repre-sentou a Diretoria Nacional e congratulou os congressistas deixando-lhes palavras de incen-tivo e de pedido de apoio aos projetos da Liga.

A entrega do bóton ao presidente dis-trital, Arno Petry, e ao pastor conselheiro, Cézar Kaiser, firmaram o compromisso dos leigos daquele distrito com a LLLB. O sr. Valdir Schindler falou sobre o FAPI.

No culto de encerramento, foi instalada a nova diretoria: presidente - Flávio Kutzke; vice - Anisio Ivo Gauer; secretário - Mar-cos Vinicios Markus; vice - Edo Althaus; tesoureiro - Elemar Huther; vice - Valmir Detoni; e os pastores conselheiros - Itamar Krieser e Ildo Reisner. Todos das paróquias de Marcelino Ramos, RS, e Piratuba, SC.

O Congresso teve 320 pessoas inscritas.

LLLB participa do Simpósio de Missão em CascavelAconteceu, nos dias 10 e 11 de

maio, na Casa de Retiros da IECLB em Cascavel, PR, o Simpósio de Missão ministrado pelo professor do Seminário Concórdia Anselmo Graff. Nesta oportunidade, represen-taram a LLLB o presidente, Oldemar Roholoff, o secretário, Rudi Bär, e o pastor conselheiro, Emerson O. Zielke, que inclusive falou sobre os desafios da Missão em grandes congregações. O presidente Olde-mar saudou todos os participantes e parabenizou o evento.

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14 Mensageiro | Julho 2011 | encarte ielB notícias

Aula institucional da LLLB no Seminário

No dia 12 de maio, o pastor conselheiro da LLLB, Emerson Zielke, e o secretário, Rudi Bär, ministraram uma aula institucional sobre a Liga para os alunos do 6º ano de Teologia no Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS. O pastor Emerson falou sobre o lema da LLLB e do papel do leigo na Igreja. O secretário Rudi abor-dou sobre os projetos e finalidades da Liga. Houve manifestações muito positivas por parte dos teologandos.

O pastor Adilson Schünke é quem coordena este trabalho.

Liga visita Editora Concórdia

Tendo em vista a aula institucional no Seminário Concórdia, o pastor Emerson Zielke e Rudi Bär aproveitaram a ocasião para fazer uma visita à Editora Concórdia, onde foram recebidos pelo gerente, Nilson Krick, e pelo editor, pastor Nilo Wachholz. A LLLB manifestou sua gratidão à Editora pela parceria na divulgação dos trabalhos da Liga.

Entre os dias 22 e 28 de fevereiro, recebemos em nosso Distrito o presi-dente da IELB, pastor Egon Kopereck. Neste período, visitamos todas as sedes paroquiais e lhe apresentamos o tra-balho desenvolvido no distrito Brasil Centro-oeste (DBCO).

Com alegria, agradecemos ao pri-meiro presidente da IELB que se dispôs a percorrer conosco mais de 3.000 km, com o propósito de conhecer a realidade e diversidade das paróquias, congrega-ções e pastores que integram o Distrito. Esta visita nos trouxe vários benefícios e certamente serviu para estimular o trabalho que ainda temos pela frente.

Visita do presidente ao Distrito Brasil Centro-Oeste

fotos: arquivo editora concórdia

Fica a sugestão para que a Di-retoria Nacional continue com esta programação nas demais localidades. Afinal, se estes momentos foram va-liosos para nós, também o serão para os demais luteranos que ainda não tiveram a oportunidade de serem vistos e ouvidos tão de perto.

Pastor Egon, mais uma vez, o nos-so muito obrigado! Que Deus continue ao seu lado e de sua família, e o aben-çoe em sua rica missão neste cargo de tão grande relevância em nosso meio.

Jaime Paulo link | Pastor Conselheiro do DBCO

foto: leandro r. camaratta / arquivo editora concórdia

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Mensageiro | Julho 2011 | encarte ielB notícias 15

CONTRIBUIÇÕES DAS CONGREGAÇÕES

Serva consagrada

No dia 17 de novembro de 2010, Erna Hund completou 81 anos. Erna recebeu uma homenagem especial do Departa-mento de Servas da Congregação Betel de Linha Patos, Alecrim, RS. Há anos, fizera parte do grupo de servas, mas a debilidade física não permite mais que se reúna com o grupo. Na ocasião, foi cantado o hino 226 do Hinário Luterano em alemão, e, sobre estas palavras, foi feita uma refle-xão de consolo e motivação. As servas da Congregação Betel junto com seu pastor, Darci Klein Gretschmann, desejam as mais ricas bênçãos do Senhor à Erna.

Bênçãos poraniversário

No dia 31 de março, a Con-gregação Rocha Eterna, Tagua-tinga, DF, co-memorou os 75 anos de Margot Rother Pries. Dona Margot, como é chama-da, é uma bên-

ção do Senhor para a Congregação, pois, além de ser assídua nas atividades, ela é a atual agente de literatura.

GeraçõesNo dia 10 de fevereiro, Herman Eisen

completou 85 anos. A família registra sua alegria e gratidão. Herman, a filha Erica Baungart, a neta Fabiane B. Rosa e bis-neta Nicole L. da Rosa são membros da CEL São Mateus, Nova Santa Rosa, PR.

Hedwig Kunzendorff Strey - 81 anosIeda Jacy Strey - 62 anosMarcia Andréia S. Majevski - 36 anosJosineli de Oliveira - 19 anosYasmin de Oliveira - 7 mesesHedwig e Ieda são da CEL São Lucas

de Ponto Alto, Domingos Martins, ES.Marcia, Josineli e Yasmin moram em

Vitória, ES.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Realizado 2010 145.659,30 132.607,53 224.557,49 170.273,78 157.706,27 203.393,26 211.234,13 190.341,07 205.947,14 209.755,96 236.089,60 261.318,42Meta/11 178.037,50 141.879,58 209.697,10 183.816,04 188.394,24 196.299,47 205.971,71 193.309,32 225.246,72 212.012,80 209.301,38 278.034,15Realiz.2011 193.461,25 162.870,93 227.148,70 189.028,10 211.127,28

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

200.000,00

220.000,00

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260.000,00

280.000,00

A Editora Concórdia está no Twitter e Facebook

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16 Mensageiro | Julho 2011 | encarte ielB notícias

Rony RicaRdo maRquaRdtPastor, Assessor da IELB

ORDENAÇÕES E INSTALAÇÕES

CHARLES ANdRé WILdNER – no dia 8 de janeiro de 2011, ordenado na CEL São Paulo de Serra Alta, Ipumirim, SC, pelo pastor Tiago Osvaldo Krause; no dia 27 de fevereiro de 2011, instalado como pastor na CEL São João de Passo do San-tana, Cerrito, RS, pelo pastor Júlio Ribak. Formando do Seminário Concórdia de São Leopoldo, RS.

MAtEuS LEoNARdo LANGE – no dia 13 de março de 2011, ordenado e instalado como pastor assistente na CEL Concórdia, São Leopoldo, RS, pelo pastor Wilmar Meister. Formando do Seminário Concórdia de São Leopoldo, RS.

LINdoMAR GEICKE – no dia 17 de abril de 2011, instalado como pastor na CEL São Lucas da PEL Sião de São Mateus,

Jaguaré, ES, pelo conselheiro do Distrito Es-pírito Santo Norte, pastor Elmar Hoffmann. Era pastor em Butiá, RS.

GERSoN dANIEL BLoCH – no dia 9 de janeiro de 2011, ordenado na CEL São Paulo do Jardim Ipiranga, Porto Alegre, RS, pelo pastor Klaus Ernesto Kuchenbecker; no dia 13 de março de 2011, instalado como pastor na CEL Redentor de Seara, SC, pelo conselheiro do Distrito Médio Oeste Catarinense, pastor Edelberto Rubem Sta-chovski. Formando do Seminário Concórdia de São Leopoldo, RS.

FABRíCIo SoBRoSA IuNG – no dia 29 de abril de 2011, instalado como pastor na CEL Cristo, Porto Velho, RO, pelo vice-con-selheiro do Distrito Alto Rio Madeira, pastor Erno Delmar Scheffler. Estava sem chamado.

ERNANI VILSoN BERWIG – no dia 30 de abril de 2011, instalado como pastor na CEL Cristo Redentor, Palmas, TO, atuando na missão de Gurupi, pelo conselheiro do Distrito Vale do Tocantins, pastor Darlon Davi Ulrich. Era pastor em Santarém, PA.

VANdERLEy dISCHER – no dia 15 de maio de 2011, instalado como pastor na CEL São Marcos, Vila Valério, ES, pelo conselheiro do Distrito Espírito Santo Nor-te, pastor Elmar Hoffmann. Era pastor em Turvo, PR.

MáRCIo GRütZMANN VoRPAGEL – no dia 22 de maio de 2011, instalado como pastor na CEL Luz e Vida, Amambaí, MS, pelo conselheiro do Distrito Mato Grosso do Sul, pastor Gilberto Emílio Eidam. Era pastor em Jaru, RO.

INDICADORES DA IELB

Renato baueRmann Tesoureiro da IELB

CONTATOS DA IELB

PRESIDENTE - Egon [email protected]

1º VICE-PRES. - Arnildo [email protected]

2º VICE-PRES. - Geraldo Schü[email protected]

SECRETÁRIO - Rubens [email protected]

TESOUREIRO - Renato [email protected]

PEM - Adilson Schü[email protected]

PROJETOS - Mario [email protected]

[email protected]

TELEFONE(51) 3332-2111

VALoRES VáLIdoS PARA JuLHo/2011

IEG=1,5893POUP=2,5379IFAPAI=3,2961IFPP=3,4119

Rentab. [Líquida] (mensal atual) FPP/FAPAI=0,7925% Poupança=0,6120

Política de Subsistência PastoralBásico: R$ 2.017,00 (válido a partir de abril/2011)

Anuênios (cada ano pós formatura) (1º ao 15º)=R$ 72,61 e (16º ao 20º)=R$ 36,31

Obs1: Lembramos a ênfase da livre negociação entre congregações e pastores.

(Não deveria ser menor que os valores acima indicados)

Page 67: Mensageiro Luterano - Julho 2011

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