mensageiro luterano

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Picharam a obra de Deus Mas a salvação será conhecida por todos! o Setembro 2010 | N 9 | Ano 93 ISSN 1679-0243 Exemplar avulso R$ 4,90 9 771679 024000 Vida com Deus Sara, modelo de fé na terceira idade Em foco Solução para o hino difícil Meditação Eu, Jesus... pág. 06 pág. 07 pág. 14 Picharam a obra de Deus Mas a salvação será conhecida por todos!

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Page 1: Mensageiro Luterano

Picharam a

obra de Deus

Mas a salvação

será conhecida

por todos!

oSetembro 2010 | N 9 | Ano 93

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Exemplar avulso

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Vida com Deus

Sara, modelo de fé na terceira idade

Em foco

Solução para o hino difícil

Meditação

Eu, Jesus...

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Picharam a

obra de Deus

Mas a salvação

será conhecida

por todos!

Page 2: Mensageiro Luterano

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Fone: (51) 3272.3456www.editoraconcordia.com.brpedido@editoraconcordia.com.br

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365 mensagens que vão fazer a diferença na

sua vida em 2011

Consulte o agente de literatura, o pastor da sua congregação, ou entre em contato com a Editora Concórdia.

Reserve já o seu!

Page 3: Mensageiro Luterano

A dupla cidadania O mês de setembro registra a data da proclamação da Indepen-

dência do Brasil, que é motivo de orgulho para todos os cidadãos bra-sileiros. Ter uma Pátria livre, onde, em tese, cada um tem a liberdade de decidir a sua vida pessoal, familiar, religiosa, política, profissional, etc. é uma grande bênção. Claro, partimos do pressuposto de que as leis sejam justas e que valem para todos; de que os valores comuns e as instituições organizadas para a boa ordem social são reconhecidas e protegidas; de que os direitos, assim como os deveres, são respeitados e cumpridos por todos.

Neste contexto social, político, cultural, religioso, de sonhos e realidades distintas, de conquistas e desafios permanentes, somos chamados novamente ao exercício especial da cidadania terrena, para (através do voto em outubro) escolhermos novos governantes, federais e estaduais, nos poderes executivo e legislativo.

Como cristãos, a partir da fé, so-mos portadores de duas cidadanias: a terrena e a celestial.

A terrena, recebemos por direito de nascimento e já a vivemos, no agora, plenamente. Nessa, nós votamos e somos votados; gover-namos e somos governados, em diferentes níveis institucionais. Temos direitos a usufruir e deve-res a cumprir, em igual medida. Portanto, não podemos ficar alheios ao que acontece ao nosso redor. Somos chamados a participar direta ou indire-

tamente, e devemos fazer as nossas escolhas, em todos os setores da vida, buscando sempre

o melhor para todos.A cidadania celestial, recebemos pelo renascimento no santo

Batismo. Nela, viveremos em plenitude só lá na pátria celeste. No entanto, desde agora ela influencia e direciona as nossas escolhas de cada dia. Pois, enquanto estamos aqui no mundo, caminhamos com os olhos voltados para o alto, porém, com os pés no chão. Em outras palavras: estamos no mundo, mas dele não somos, aqui nós vivemos distantes do lar; a nossa morada de paz se reveste, a pátria celeste é o nosso lugar!

Enquanto isso não acontece, vivemos em oração e ação, em louvor e serviço, a Deus e ao próximo. Pensemos nisso enquanto fazemos as nossas escolhas para a próxima eleição.

Gratidão especial a todas as pessoas que nos envia-ram mensagens de felicitações pelos 87 anos da Editora Concórdia, completados em 13 de agosto de 2010.

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Mas a salvação

será conhecida

por todos!

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Vida com Deus

Sara, modelo de fé

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Solução para

o hino difícil

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010 16:38:49

Perfil de cores: Perfil genérico de impressora CMYK

Composição Tela padrão

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 3

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Nilo Wachholz

[email protected]

Vida com Deus 06

Em foco 07

Adoração e louvor 08

Capa 10

Meditação 14

Educação Teológica 16

Testemunhos 22

Divulgação 23

Notícias 25

Virando a página 34

Mensagem do presidenteA vida da Igreja

Vida CristãCastelo Forte,devoções diárias

Música na igrejaO dom da música

PerguntasDons espirituais

Ao leitor

Nesta edição

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05

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m

Page 4: Mensageiro Luterano

Recebi, com satisfação, o exemplar de agos-to, da revista Mensageiro Luterano, que aborda com muita propriedade o assunto Música Sacra. Da bem cuidada reportagem assinada por Paulo Udo Kunstmann, deduz-se que a Igreja Luterana tem cultivado, desde a Reforma, não só a Música Sacra Litúrgica, mas a Música Sacra Clássica – privilégio que nem todas as Igrejas sabem aproveitar. Este é, sem dúvida, o grande legado de Lutero. Que esse esforço seja abençoado.

Talita de Almeida Montenegro Igreja Presbiteriana do Riachuelo

Rio de Janeiro, RJ

Estimado Editor,Que o Salvador Jesus der-

rame sempre as ricas bençãos sobre a sua vida e a toda equipe do Mensageiro Luterano. Quero aproveitar para parabenizá-los por todas as matérias publicadas, e dizer que é muito gratificante ler o Mensageiro e receber infor-mações e notícias que acontecem na nossa querida IELB.

Jonas HoffmannPresidente da CEL Castelo Forte,

Nova Venécia, ES

4 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Divulgação

ConcórdiaE d i t o r a

ISSN 1679-0243Órgão Oficial da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição

única). Registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no Registro de Títulos e Documentos do Rio de Janeiro, conforme o Decreto-Lei de Imprensa nº 24776 de 14/07/1934.

Projeto e Produção GráficaEditora Concórdia Ltda.

Redação: [email protected]

EditorNilo Wachholz - Reg. Prof. MTb: 42140/SP

Assistente Editorial Daiene Bauer Kühl - Reg. Prof. MTb: 14623/RS

RevisãoAline Lorentz Sabka

DiagramaçãoLeandro da Rosa Camaratta

Estagiário de DesignChristian Schünke

Colaboradores fixosBruno Ries, Luisivan Vellar Strelow

Marcos Schmidt, Mona Liza Fuhrmann, Rosemarie K. Lange, Vitor Radünz, Waldyr Hoffmann

AssinaturasLianete Schneider de Souza

LogísticaMarcelo Azambuja

Tiragem desta edição: 9 mil exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias

assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração Nacional da IELB. O conteúdo do Mensa-

geiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.

Av. São Pedro, 633 – Bairro São GeraldoCEP 90230-120 – Porto Alegre – RS

Fone/Fax: (51) 3272 3456www.editoraconcordia.com.br

twitter.com/edconcordiaEditora: [email protected]

Livraria: [email protected]

Diretoria ExecutivaHenry J. Rheinheimer (presidente), Clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e Rubens José Ogg

GerenteNilson Krick

[email protected] Financeiro

Joel Weber Editor

Nilo [email protected]

Comissão EditorialRubens José Ogg, Célia M. Bündchen,

Clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Adilson Schünke e Nilson Krick

Rua Cel. Lucas de Oliveira, 894Bairro Mont’Serrat - CEP 90440-010

Porto Alegre/RS – BrasilFone: (51) 3332 2111 / Fax: (51) 3332 8145

e-mail: [email protected]

Diretoria Nacional 2010/2014 Presidente

Egon Kopereck 1º Vice-presidente

Arnildo Schneider 2º Vice-presidente

Geraldo Walmir Schüler Secretário

Rubens José Ogg Tesoureiro

Renato Bauermann

A IELB crê, confessa e ensina que os livros canônicos das Escrituras Sagradas, do Antigo e do Novo Testamento, são a Palavra infalível revelada por Deus e aceita, como exposição

correta dessa Palavra, os livros simbólicos da Igreja Evangélica Luterana, reunidos no Livro de Concórdia do ano 1580.

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

Assinatura no Brasil Semestral R$ 29,00; Anual R$ 46,00; Bianual R$ 86,00

Assinatura para outros países Anual US$ 52,00; Bianual US$ 100,00

* A data do falecimento do pastor Emilio Frederico Augusto Krieser, publicada no texto Ainda o Dia do Pastor, na edição de agosto de 2010, está incorreta. A data certa é 6 de novembro de 1980.

* Na página 34, da edição de agosto, os nomes do missionário e do pastor que trabalharam na região de Passo Fundo, RS, estão incorretos. O missionário é John Busch, formado em feverei-ro de 1911, em Saint Louis, EUA; e o pastor é Daltro Kautzmann.

ERRATAS

AESI realiza Fórum de Ação SocialNo fim de semana dos dias 25 e 26 de setembro, a AESI

– Associação das Entidades de Assistência Social da IELB – promove o 2º Fórum de Ação Social, em Toledo, PR. Tendo como meta despertar, orientar, fortalecer e motivar para ações concretas de amor e serviço ao próximo, a entidade quer reu-nir representantes das entidades sociais filiadas ou não a AESI,

Coordenadores Distritais da Área Social e membros da IELB interessados no assunto.A AESI se propõe a auxiliar a Igreja para conscientizar, motivar e orientar cada congregação, a

fim de que se torne um(a) Agente/Agência de Serviço e Ação Social, ali onde estiver inserida. O Fórum é uma grande oportunidade para o crescimento e reflexão sobre esta área na

IELB. Assim, todos juntos poderão testemunhar e viver o amor de Cristo.Contato: Pelo e-mail [email protected], com Rejane.Mais informações no site www.editoraconcordia.com.br.

PALESTRAS25 de setembro (sábado) 1. Perspectiva Bíblica da Ação Social – Olhar de compaixão, Pastor Gerhard Grasel,

ULBRA, Canoas, RS2. Perspectiva Prática – Direitos sociais e humanização dos serviços, Assistente Social

Rejane L. Neumann, Centro Comunitário e Social Dorcas, Toledo, PR3. Perspectiva Legal - Legislação atual e um olhar gerencial, Assistente Social Simone

Beatriz Ferrari, Prefeitura Municipal de Toledo, PR

26 de setembro (domingo)4. Perspectiva Missionária – Compartilhando experiências da vida com Deus, Pastor José

Daniel Steimetz, Associação Ev. Luterana de Caridade, AELCA, Porto Alegre, RS5. Relato da AESI e Desafios no Planejamento da IELB, Pastores Nelson Kissler e Tealmo

Percheron (presidente e vice presidente da AESI), Geraldo Schüller (vice-presidente da IELB) e Mario Lehenbauer (Assessor de Ação Social e Coordenador de Projetos da IELB)

6. Atividade em grupo – Propostas para a Ação Social da IELB

Do leitor

Page 5: Mensageiro Luterano

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 5

m

Egon KopereckPastor, presidente da IELB

[email protected]

A vida da Igreja

Queridos irmãos e irmãs em Cristo!Setembro é o mês da ESCOLA

DOMINICAL. Em Pv 22.6, o sábio Salomão diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. É na infân-cia que aprendemos a maior parte das coisas. Se perdermos essa fase, deixando de inculcar nelas os valores essenciais, é difícil mudar mais tarde. Por isso, a Esco-la Dominical deve receber uma atenção e um cuidado bem especial em nossas congregações. Felizes as Comunidades que têm zelado por este trabalho com as crianças em seu meio, incentivando professores e professoras, providenciando material, oferecendo um lugar adequado para o trabalho, enfim, colocando entre as prioridades do seu planejamento o atendimento aos pequeninos, pois, assim, podem sonhar com um futuro promissor em suas Comunidades.

Queridos membros da Igreja, cuidem bem das crianças; invistam na preparação dos professores! A Comissão da Escola Dominical da IELB tem se preocupado em oferecer sempre, a cada ano, material de qualidade, bem como em ajudar na formação e preparação dos professores.

Mensagem do presidente

Os ERPEDs têm acontecido por todas as regiões do nosso Brasil, e fico feliz, quan-do ouço o nosso Coordenador do PEM, pastor Adilson Schünke, falar com alegria e entusiasmo da participação crescente dos professores nestes eventos. Quando a Congregação/Paróquia/Distrito paga as despesas dos nossos professores, para eles participarem dos cursos de aperfeiço-amento, e lhes oferece apoio e as melho-res condições para desenvolverem o seu trabalho, não estamos gastando dinheiro, mas investindo no nosso próprio futuro como Igreja.

Deus abençoe nossos professores e professoras. Deus conceda sempre ânimo, coragem, alegria e força para esta sublime missão.

Deus abençoe as crianças. Participem, venham e tragam com vocês os vossos pais para os cultos.

Deus abençoe a todos os pais, que de forma responsável, consciente e amorosa trazem seus filhos para a igreja, para a Es-cola Dominical, depois para a Juventude, enfim, para dentro da vida da Igreja.

Vida devocionalTambém no mês de setembro, acontece

o lançamento dos novos devocionários Castelo Forte e Cinco Minutos Com Jesus. Que bênção termos a nossa disposição um material tão rico, tão acessível e de tão grande valor para alimentar a nossa fé! O grande pregador Spurgeon disse: “O altar da família é uma das melhores e mais anti-gas instituições no mundo, e abençoada é a família onde ele existe”. Não deixemos de adquirir o nosso devocionário, e, por que não pensar em dar de presente aos nossos vizinhos, amigos, colegas de trabalho e amigo secreto (oculto) de final de ano?! Um devocionário é um excelente meio de testemunhar nossa fé. Pensemos nisto!

EleiçõesE, por fim, não poderia deixar de trazer

uma palavra também sobre o importante pleito que está diante de nós. Não deixe-mos de fazer a nossa parte. Devemos ter muito cuidado e critério ao escolher os nossos candidatos – eles estarão a nossa frente nos próximos quatro anos. Coloque-mos nas mãos de Deus a decisão do nosso povo. Depois de eleitos, aceitemos a deci-são tomada e incluamos, constantemente, os nossos governantes em nossas orações. Por vezes, somos muito rápidos em criticar, mas esquecemos de pedir e buscar a ajuda e benção de Deus sobre eles.

Aos candidatos, ligados a nossa Igreja, desejamos as mais ricas bênçãos de Deus, e rogamos para que do alto obtenham sa-bedoria, coragem, discernimento e muita fé, para desempenharem com responsabi-lidade o seu dever. Também aqui é grande e profunda a verdade: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12).

Foto: Rodrigo Abreu/ Arquivo

ERRATA: Diferente do que foi publicado neste espaço, na edição de agosto, Maripá pertence ao Distrito Sete Quedas.

Page 6: Mensageiro Luterano

6 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Vida com Deus

Sara, modelo de fé na terceira idade

“Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido.” Hebreus 11.11

A pergunta de Sara, “será ver-dade que darei ainda à luz, sendo velha?” (Gn 18.13),

aparece, de forma inversa, na per-gunta de Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? (Jo 3.4). O que é mais difícil: gerar filhos quando se é idoso(a) ou ser gerado de novo? A resposta é a mesma: para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas (Lc 1.37). Sara confiava que, mesmo em sua idade avançada, Deus era poderoso para cumprir o que prometera (Rm 4.21).

A idade traz consigo provações à fé, desconhecidas dos mais jovens. O envelhecimento poderá mesmo ser acompanhado pela graça de Deus? Não seria contraditório crer na ressurreição para a vida eterna diante dos sinais do envelhecimento? As perguntas de Sara e de Nicodemos são típicas da terceira idade, quando se confia nas promessas de Deus: como é possível conciliar a promessa de novo nascimento e de nova vida com os sinais irreversíveis do envelhecimento? Assim, como gerar filhos e nascer de novo, como podemos crer na promessa de ressurreição para a vida eterna se envelhecemos continua-mente? A resposta é a que Sara recebeu, e à qual se apegou com verdadeira fé: acaso, para o SENHOR há coisa dema-siadamente difícil? (Gn 18.14).

O que parecia impossível tornou-se realidade pelo poder de Deus – Sara,

“Como é possível conciliar a promessa de novo nascimento e de

nova vida com os sinais irreversíveis do envelhecimento? Assim, como

gerar filhos e nascer de novo, como podemos crer na promessa de

ressurreição para a vida eterna se envelhecemos continuamente?” Luisivan Vellar Strelow, colaborador do ML

e mestre em Teologia (STM)

já idosa, tornou-se mãe. O riso de dúvida de Sara se transformou em riso de alegria: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo (Gn 18.12; 21.6,7). No Evangelho de João, a declaração de Sara aparece, outra vez invertida, quando Jesus declara: Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se (Jo 8.56). No riso de Abrão e Sara pelo nascimento de Isaque estava incluída a alegria da salvação (Sl 51.12), a alegria pela vinda do Salvador Jesus ao mundo.

A idosa matriarca da fé derramou, sem dúvida, muitas lágrimas em sua vida de espera pelo cumprimento da promessa divina, mas no fim preva-leceu o riso de alegria, porque Deus é fiel e poderoso para cumprir todas as suas promessas. Muitas vezes, Sara deve ter dito em seu coração: será ver-dade que darei ainda à luz, sendo ve-lha? Mas encontrava conforto na Pa-lavra de Deus: acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil? (Gn 18.13,14). A cruz e as lágrimas são por breve tempo, enquanto peregrinamos e envelhecemos, mas a glória e a alegria serão eternas (1 Pe 1.6). Sara comprovou, pela fé, a fidelidade de Deus e a verdade da sua Palavra: os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão (Sl 126.5).

Na terceira idade, cristãos en-contram conforto nas promessas do Senhor que faz nascer e faz viver para a eternidade. m

Fotos: Arquivo Editora Concórdia

Page 7: Mensageiro Luterano

“Já podeis, da Pátria filhos, ver con-tente a mãe gentil...”. A maioria dos brasileiros não sabe cantar o resto do

Hino da Independência, o que não signi-fica falta de patriotismo. Pode ser uma questão cultural; ou porque é complicado mesmo, assim como o próprio Hino Nacio-nal – todos com um vocabulário parecido com “os grilhões que nos forjava da perfí-dia astuto ardil”.

Penso que esses hinos são a própria cara da política brasileira. Muito interessante no papel, nos gabinetes, mas distante das ruas, da compreensão popular. A gente até sabe assobiar a melodia, mas, na hora de cantar, se enrola nas palavras, tem lapso de memória, se perde no significado. Por exemplo: Quem foi o meu candidato na última eleição? Qual a função do Senador? O que faz um Deputado? Quais os com-promissos do Presidente da República? Para onde vai todo o dinheiro arrecadado nos impostos?

Mesmo assim, ninguém duvida que a democracia, igual aos hinos cívicos, é preciosa e interessante. Quem sabe a so-lução seja uma “nova tradução”. Não na letra dos hinos, porque isto geraria a maior confusão, mas uma “nova tradução na linguagem de hoje” na cultura de um povo que só lembra do Hino Nacional quando tem Copa do Mundo, que só vibra quando tem campanha política. E daí acontece

aquilo que vimos no Fantástico (da Rede Globo) do dia 8 de agosto vereadores corruptos, flagrados, gastando dinheiro público em turismo. E assim, o perigo de suspirar pela desafinada e velha canção da ditadura, e rejeitar a sinfonia da liberdade regida pela batuta dos direitos e deveres da democracia – uma orquestra em que o maestro é o próprio povo.

Um problema que acontece também na Igreja. O cristão, eleito para os propósitos de Deus (1 Pedro 1.2), cidadão dos céus (Filipenses 3.20), que recebeu de Cristo a independência da morte (1 Coríntios 15.57), pode facilmente enredar-se na desafinada e herética canção “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Pode tapar os ouvidos ao aviso: “Não vivam como vivem as pessoas do mundo, mas deixem que Deus os transforme” (Romanos 12.2). Uma acomodação melódica, tradicional, enfadonha, presente apenas nos bancos perfilados da igreja, mas distante do verdadeiro culto lá fora, do oferecer-se completamente a Deus num sacrifício vivo (Romanos 12.1). Por isso, o recado: “Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas ponham em prática o que ela manda. Porque aquele que ouve a mensagem e não a pratica é como um homem que olha no espelho e vê como ele é. Dá uma olhada, depois vai embora e logo se esquece de sua aparência” (Tiago

“Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas ponham em

prática o que ela manda. Porque aquele que ouve a mensagem

e não a pratica é como um homem que olha no espelho e vê como ele é. Dá uma olhada,

depois vai embora e logo se esquece de sua aparência”

Solução para o hino difícil

1.22-24). Ou seja, se esquece de que, ele próprio, foi eleito e agora vive a mordomia – e não “na mordomia”.

“Os grilhões que nos forjava da perfídia astuto ardil, houve mão mais poderosa, zombou deles o Brasil”. Alguém entendeu? Vamos então ao dicionário para descobrir que é isso que acontece com o “hino difí-cil” na política e na Igreja, e é disto que precisamos nos libertar. Em linguagem popular, “diante da desleal sabedoria do jeitinho que nos moldava na ignorância, agora tem uma mão mais forte que dá o troco”. Esta mão é o entendimento, seja na cidadania deste mundo e da celestial. Ou como diz o texto sagrado: “Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas” (Efésios 4.14).

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 7

Em foco

Pastor da IELB em Novo Hamburgo, RSColaborador do ML

[email protected]

Marcos Schmidt

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Page 8: Mensageiro Luterano

8 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Adoração e louvor

A bênção do culto

E m cada final de culto, você vê o pas-tor levantar as mãos e pronunciar a bênção: “O Senhor te abençoe e te

guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”. Desde a infância conhecemos esta bênção. Apesar disso, e muitas vezes pela pressa do culto terminar logo, a grandeza e profundidade dela nos passam desperce-bidas. Qual é a importância desta bênção para a vida da Igreja?

Primeiro, não são palavras humanas; tampouco são palavras para simplesmente sinalizar que o culto está terminando. São palavras que Deus mandou o sacerdote Araão dizer ao povo de Israel, quando este peregrinava pelo deserto (Nm 6.22-27). Por isso, é chamada de bênção araônica. Para o povo de Israel, esta bênção era a certeza da companhia de Deus na dura caminhada pelo deserto. E na nossa dura caminhada de hoje, as palavras desta bênção, são de grande valor. Além dela, outras formas de bênçãos também são usadas no culto.

Segundo, estas palavras são uma prova da bondade e misericórdia de Deus. Esta bênção é formada por três frases, e, em cada uma delas, o nome do Senhor é repetido três vezes. Isso lembra que as bênçãos vêm do Pai, do Filho e do Espí-rito Santo. A repetição também é uma ênfase de que o Senhor é a fonte de todas as bênçãos. Cada uma das três frases tem o Senhor como sujeito e é sempre seguido por dois verbos: O Senhor abençoe e guarde; o Senhor resplandeça e

tenha misericórdia; o Senhor levante o rosto e dê a paz. A primeira parte de cada frase invoca o nome de Deus, e a segunda a sua ação sobre o seu povo e em favor dele. Ve-jam que elas não são palavras quaisquer.

Além disso, a palavra bênção tem o sentido de dar algo bom, de dar o melhor, de fazer feliz, de suprir nossas necessida-des, tanto materiais quanto espirituais. E só Deus pode nos dar o melhor e nos fazer feliz, pois os que estão sob a bênção de Deus estão bem guardados e protegidos, inclu-sive do poder do diabo. Deus não somente nos dá coisas boas, mas afasta de nós tudo o que causa mal, tanto para o corpo como para a alma. Lembrando que a bênção de Deus não pode ser retirada ou modificada por ninguém, mas, infelizmente, nós (por descrença) podemos nos desviar dela.

A expressão resplandecer o rosto traz a ideia de rosto sorridente, e o sorriso é um si-

nal de concordância, de aprovação. Quando os filhos pedem alguma coisa para os pais, nem sempre os pais precisam responder com palavras. Às vezes, por um simples sorriso, os filhos já sabem que a resposta é afirmativa. E o sorriso de Deus para o seu povo é a certeza da sua misericórdia.

Vale lembrar que ele não quer ser imaginado como um juiz severo, mas, sim, como um Deus gracioso. E a misericórdia de Deus tem a dimensão da obra de Cristo em favor de nós. Ele veio ao mundo, se co-locou em nosso lugar, deu a vida por nós, para que nós, pela fé nele, pudéssemos receber, de graça, a salvação.

Levantar o rosto tem o sentido de estar atento. Aquele que está cabisbaixo, geral-mente, está desatento ao que se passa ao seu redor. Porém, Deus está atento a tudo o que acontece com seu povo, e o seu olhar é olhar da paz. Esta paz de Deus é tudo o que Deus tem de bom para os seus filhos, principalmente o perdão obtido por Cristo na cruz. Aliás, é só através de Cristo que podemos ver o rosto gracioso de Deus.

Ouvir a bênção ao final de cada culto é maravilhoso, pois ela é a certeza de que Deus está conosco. Assim, fortalecidos pela Palavra e pelos Sacramentos, podemos voltar aos nossos lares e trabalhos com

a certeza de que não estamos sós. Em tudo, a bênção de Deus nos acompanha. Além de que sob a bênção de Deus podemos repar-tir a paz com o nosso próximo, dando alegre testemunho da miseri-córdia divina.

Que Deus, em bon-dade, nos mantenha debaixo dela!

“O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto

sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante

o seu rosto e te dê a paz.”

David Karnopp, pastor em Vacaria, RS. Membro da

Comissão de Culto da IELB

David Karnopp

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Foto: Rodrigo Abreu/ Arquivo

Page 9: Mensageiro Luterano

A Bíblia menciona alguns dons es-peciais. Entre eles está o “dom da música”. Em termos de pedagogia

musical, este se denomina musicalidade e é definido como o interesse e a aptidão de alguém para fazer música.

A musicalidade é inata ou adquirida?

Muito se tem discutido se a musicalida-de é um fator hereditário ou ambiental. É preciso considerar hereditariedade como sendo a gama de todas as possibilidades humanas passíveis de serem convertidas em faculdades ativas. A constrangedora afirmação de que o talento musical é herda-do e inato tem embasado muitas injustiças e graves erros educacionais. Muitos pais insistem na genialidade de seus filhos e os obrigam a penosas e mal ministradas “lições de música” pelo simples motivo de acreditar que isso é “o forte da família”.

Por outro lado, as pessoas costumam considerar que lhes é impossível possuir certas tendências naturais apenas por não poder verificá-las em seus ascendentes conhecidos e próximos. Apenas essa convic-ção de que lhes falta alguma coisa faz com que lhes atrofie o talento correspondente.

Como não se pode ter certeza do completo conhecimento de toda a herança trazida por alguém, presupõe-se que, se uma pessoa é dotada musicalmente ou não, este assunto está absolutamente sujeito a enganos.

Descobrindo os donsAssim sendo, é irrelevante cogitar ou

discutir, em aulas de música, se o aluno tem ou não talento. O mais prudente e o mais sábio, portanto, é supor que em todos os seres humanos existam todos os dons, e, assim, proporcionar situações favoráveis à sua manifestação produtiva e positiva.

Sabemos que nem todas as pessoas são igualmente dotadas, nem qualitativa, nem quantitativamente. Há aquelas que, mesmo em situações altamente favorá-veis, não demonstram a menor tendência a determinada área. Ocorre, porém que, em termos musicais, raríssimos são os casos de incapacidade total. E mesmo dentre os que são absolutamente inca-pazes de produzir música, compondo ou interpretando, existem aqueles que são sensíveis apreciadores.

Possuir ou não o dom da música não justifica nem superioridade, nem infe-rioridade de um sobre o outro. Pessoas extremamente musicais, habitualmente, padecem dos prejuízos da genialidade

específica: padecem de potencialidades em outras áreas. Casos de musicalidade extrema são lamentavelmente danosos se forem mal conduzidos.

O comum das pessoas é possuir uma musicalidade média variável, e o interes-sante é que lhes seja oferecido contato com a linguagem musical desde cedo, ainda na infância.

Tradicionalmente, as igrejas cristãs têm proporcionado a seus membros, e pessoas próximas a suas comunidades, um des-contraído e intrínseco ambiente musical, propício à descoberta e à valorização dos dons musicais. Entretanto, têm falhado, no que se refere ao aprimoramento deles, principalmente na atualidade.

A preocupação com a música tem sido muito mais utilitária do que reflexiva, bem mais com as aparências de seus espetáculos do que com o seu real significado.

Pensemos...

Paulo Brum

Paulo Brum, capelão de música da ULBRA, pastor da CELSP, Canoas, RS

Integrante da Comissão de Culto da IELB

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 9

Música na igreja

O dom da música

“O dom musical, a musicalidade, deveria ser uma enorme preocupação para a

Igreja: como bem conduzir os especialmente dotados, os

intensamente agraciados pelo dom da música? Ou será à toa que a Bíblia os menciona? Qual

é, então, a responsabilidade da Igreja para com a força

poderosa deste dom?”

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Desfigurar a criação divina remonta a tempos bem antigos. Pela queda em pecado, o ser humano pichou a criação e a sua comunhão com Deus, ainda no Jardim do Éden. As consequências foram desastrosas. O medo de Deus e o desespero diante da morte e da condenação eterna tomaram conta de todas as pessoas. Porém, Deus mudou essa história quando decidiu que “a salvação será conhecida por todos!”

10 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

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“... por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo” (Gn 12.3)

Montagem sobre fotos Arquivo Editora Concórdia

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Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 11

Picharam o Cristo RedentorO Rio de Janeiro se prepara para receber

as Olimpíadas. Monumentos estão sendo res-taurados e dentre eles está a estátua do Cristo Redentor. Enquanto os andaimes ainda cercavam o monumento, um grupo de vândalos conseguiu subir, às escondidas, e pichou a estátua nos braços, no peito e no rosto com inscrições de protesto – o Cristo Redentor ficou pichado e desfigurado.

Pichar Deus e a sua obra não é coisa nova. Desfigurar a criação divina remonta a tempos bem antigos. Os capítulos iniciais de Gênesis (1 a 11) demonstram isso. Pela queda em pecado, o ser humano pichou a criação e a comunhão com Deus; no dilúvio, a humanidade desdenhou o próprio Deus por 120 anos; na construção da Torre de Babel, no capítulo 11, os seres humanos tentaram destronar Deus e colocar no topo mais alto do mundo uma grande placa, um grande outdoor luminoso com seus próprios nomes para se engrandecerem e se tornarem famosos.

Para não exterminar a humanidade rebelde, Deus confunde as linguagens de maneira que um não entendia a linguagem do outro. E quando você não entende a linguagem do outro, você se encolhe, se isola, se desespera e sente a morte latejar em seu coração.

Em Abrão, um novo começoEm Gênesis 11, Deus parece fechar o envelope

e entregar a humanidade ao seu próprio desti-no. Porém, em Gênesis 12.1-3, Deus abre um novo envelope. É um novo começo, uma nova oportunidade de salvação para o mundo. De certa forma, Deus faz uma nova criação – nesse novo envelope não está a humanidade, mas um indivíduo: o patriarca Abrão.

Por que Deus escolhe Abrão? Havia alguma qualidade em Abrão que o habilitasse para tal? Na verdade, na questão da eleição, assim como do sacrifício na cruz, temos um exemplo de como a sabedoria de Deus e o seu pensamento diferem da nossa sabedoria e dos nossos pensamentos. A sabedoria de Deus está em absoluto contraste com toda e qualquer sabedoria do mundo, como diz Paulo aos Coríntios: “Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes”, para que ninguém se vanglorie.

A razão da escolhaA pergunta surge em nós: Por que Deus esco-

lheu a você e a mim? Há lógica nesta escolha?Abrão possivelmente fazia parte de um grupo

de seminômades do Antigo Oriente Próximo, que conhecemos bem a partir de descobertas arqueológicas.

Aparentemente Abrão era um homem nobre e rico. “Abrão, sai da tua terra [...] eu te aben-çoarei”, diz Deus. Ele é um Deus desconhecido, falando a um Abrão pagão, idólatra, numa lin-guagem que este nunca havia ouvido. A escolha de Abrão mostra que a missão de Deus é sur-preendente. Foge aos padrões humanos daquela época e de hoje – a escolha não é por obras, mas pela graça.

E você vai perguntar: é razoável o que Deus pede a Abrão? Um homem de 75 anos deixar a família do pai e viajar para o desconhecido? Que garantias Deus lhe dá? Humanamente, nenhuma. Apenas promessas _ um candelabro de sete promessas.

É assim que Deus trata conosco; trata conos-co como tratou com Abrão. Não em termos de exigência, de ordem, mas, acima de tudo, em ter-mos de promessa. Esperando contra a esperança Abrão _ um sheik da fé _ faz da sua caminhada uma peregrinação baseada em promessas, contra o mundo e para conquistar o mundo.

A ação de DeusEsta é a maneira que Deus coloca em ação

seus personagens de fé. Os heróis e heroínas de Deus não transitam em um espaço de sucesso ou de fogueira de vaidades. Eles atuam em contextos de oposição: podem estar sozinhos contra o mundo; podem sair da segurança em que estão para arriscar tudo, inclusive a vida diante do chamado de Deus.

Para o mundo, a Igreja parece anêmica, fraca e arcaica. E muitas vezes Deus permite que assim aconteça. A nossa situação parece fútil, nossa obra inócua; nos sentimos isolados e desolados. Como Abrão, parece que estamos sozinhos contra o mundo e, entretanto em meio a essa fragilidade, Deus age para fazer de nós uma bênção para o mundo. E à medida que somos chamados a ser uma bênção para o mundo, nos colocamos na linhagem de Abrão, não por sermos nobres, ricos, mas unicamente porque confiamos nas promessas de Deus. Estão certas as crianças da nossa Escola Dominical quando cantam: “Pai Abraão tem muitos filhos, muitos filhos ele tem: eu sou um deles, você também”.

O foco de DeusDeste candelabro de promessas que Deus dá

a Abrão, uma se pode destacar: “engrandecerei

Abraão não é nome de perfume ou de uma grife, mas é um nome que

confessa um Deus que quer ser “Pai de multidões”. Já não é Abraão quem vive, mas Cristo vive em Abraão. É por isso que nele e em nós,

serão benditas todas as famílias da terra.

Não por causa do nosso nome,

mas por causa do nome daquele por quem vivemos e

somos peregrinos no mundo.

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12 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

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o teu nome”, diz o SENHOR. Esta é uma bênção estranha.

Engrandecer o teu nome? Quem não gostaria de ter o seu nome engrandecido? Mas não seria isso abrir de novo o antigo envelope? Voltar a Gênesis 11, com mais uma Torre de Babel e nela colocar uma nova placa, um novo outdoor, agora com apenas um nome: Abraão? Aliás, um novo nome: de Abrão para Abraão. Seria isso o que Deus está dizendo? Claro, Abraão é chama-do no texto bíblico de amigo de Deus, pai dos crentes, o ancestral do Messias.

Porém, nos parece que o texto quer dizer muito mais do que isso. O foco não é Abraão, o foco não somos nós! “En-grandecerei o teu nome ou engrandecerei o nome que representas.”

Abraão fora chamado por Deus, batizado por Deus, é uma nova criatura, Abraão não é nome de perfume ou de uma grife, mas é um nome que confessa um Deus que quer ser “Pai de multidões”. Já não é Abraão quem vive, mas Cristo vive em Abraão. É por isso que nele e em nós serão benditas todas as famílias da terra. Não por causa do nosso nome, mas por causa do nome daquele por quem vivemos e somos peregrinos no mundo.

A resposta de Abraão“Partiu, pois, Abraão como lhe dissera

o SENHOR”, diz o versículo 4. O que aconteceria se Deus não tivesse tido esse diálogo com Abraão? E mais, o que acon-teceria se Abrão não tivesse partido? Onde estaríamos nós e bilhões de cristãos hoje espalhados pelo mundo? Tudo o que Abraão precisou fazer, ele fez. Ele disse “Amém” ao que Deus havia lhe prometido.

A Escritura chama isso de fé. Fé é a cer-teza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que se não veem. A confiança de Abraão não repousa sobre algo tênue como “a espuma da cerveja”, como diz Lutero, mas estava fincada sobre algo firme, ou seja, as promessas de Deus.

É com esta promessa que Abraão en-frenta o mundo da sua época. Enfrenta os cananeus, ferezeus, girgazeus, todos aque-les povos que numa linguagem estranha haviam feito aliança com a morte.

O encontro em SamarraUma antiga lenda nos fala de um mer-

cador em Bagdá que um dia mandou seu servo ao mercado. Não demorou muito e o servo voltou, pálido e trêmulo, e muito nervoso disse ao seu senhor: “Mestre, lá no mercado eu fui empurrado por uma se-nhora na multidão e quando me virei vi que quem me havia empurrado era a morte. Ela olhou para mim e fez um gesto ameaçador. Mestre, por favor, me empresta o seu cavalo porque tenho que correr para escapar dela. Vou fugir para Samarra e lá vou me escon-der – e a morte não vai me encontrar.” O mercador emprestou seu cavalo e o servo fugiu a galope para Samarra.

Mais tarde, o Mestre foi ao mercado e viu a morte em pé no meio da multidão. Foi até ela e perguntou: “porque você assustou o meu servo esta manhã com um gesto ameaçador?” “Aquele não foi um gesto ame-açador”, disse a Morte, “foi apenas um gesto de surpresa. Eu fiquei admirada por vê-lo em Bagdá, porque eu tenho um encontro marca-do com ele esta noite em Samarra”.

O encontro com o RedentorTodos têm um encontro com a morte em

Samarra. Os da queda, do dilúvio, da Torre de Babel, os cananeus, nós todos. Contudo, isto é motivo de alegria e não de medo, por-que Deus abriu novo envelope em Abraão e no Messias que dele descende. Deus en-velopou em barro, com cada um de nós, o seu próprio Filho que, ao morrer e ressuscitar, abriu o envelope da sepultura para que nós pudéssemos viver e o medo da morte não mais latejasse em nossos corações.

Pela língua como de fogo do Espírito Santo, todas as linguagens estranhas se unem no Pentecostes de Deus para ouvir a doce linguagem do Evangelho – o Evan-gelho que anuncia o Cristo que nasceu, morreu e ressuscitou. Esta é a linguagem que acolhe, que perdoa, que salva. Este é o Cristo que a Escritura revela, e que nós, como suas cartas vivas, queremos descrever e pintar na nossa vida e nosso ministério para o mundo. Este Cristo Redentor ninguém jamais poderá pichar ou desfigurar.

Rev. Dr. Acir Raymann, é professor de Teologia Exegética do Antigo Testamento.

Devoção proferida na 60ª Convenção Nacional da IELB, em Foz do Iguaçu, abril 2010.

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Anastácio recebe voluntários

A Congregação Luterana Indígena, de Anastácio, MS, desenvolve em seu meio um projeto chamado Projeto Sa-maritano. Trata-se de uma ação social médica, onde recebem uma equipe de voluntários norte-americanos lu-teranos da área da saúde. Médicos, dentistas, enfermeiras, bioquímicos, oftalmologistas, técnicos da saúde, farmacêuticos, assistentes sociais, professores de Escola Bíblica, vo-luntários em geral, todos devida-mente documentados, se reúnem para juntos prestarem atendimento médico-odontológico às comunidades indígenas da tribo Terena. Este ano, o atendimento será realizado nas aldeias dos municípios de Miranda e Nioaque, e tem data prevista para os dias 4 a 14 de outubro. A equipe ainda não está totalmente definida. Logo, se você deseja usar seus dons na área da saúde, como intérprete, ou simplesmente participar desta ação missionária diferenciada, entre em contato com o pastor Mario Lehen-bauer ([email protected]), Assessor de Ação Social da IELB, ou com o pastor Paulino Ratund ([email protected]). Ou mande um e-mail para [email protected], coordenadores desta ação no Brasil. Esta é uma excelente oportunidade de servir ao Senhor Jesus e de teste-munhar a sua fé.

Fotos: Arquivo Editora Concórdia

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Carlos Walter Winterle

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 13

Vida cristã

Castelo Forte,devoções diárias

Quando minha esposa e eu lemos a devoção do Castelo Forte, a cada noite após a janta, fico

pensando:

em nossos filhos, que estão longe, no Brasil e na Alemanha, e que se irmanam conosco na leitura do Castelo Forte. De vez em quando, comentamos uma ou outra devoção que causa mais impacto em cada família. Nosso filho mais velho relatou estes dias que estava caminhan-do com a esposa e comentando sobre os planos futuros, o que estava pela frente, etc... À noite, quando leram a devoção, encontraram a resposta para as suas indagações (devoção do dia 16/05/10). E assim, compartilhamos diversas outras Carlos Walter Winterle, Nairóbi, Quênia.

experiências com a leitura do Castelo Forte...

em nossos amigos, brasileiros aqui em Nairóbi. Dis-

tribuí 10 exemplares no começo do ano e deixei um na sala de recepção da Embaixada Brasileira. Dois amigos me garantiram que leem regularmente, os outros, espero que estejam lendo de vez em quando. Um casal ficou especialmente feliz em receber o exemplar de presente, pois nos contaram que, quando moravam no Rio de Janeiro há uns 20 anos, recebe-ram um exemplar do seu pastor e, depois de lido, conservam este exemplar na sua biblioteca até hoje! É um belo presente a ser dado no final do ano, e não custa mui-to mais do que um elaborado cartão de Natal. Tente colocar na sala de recepção do seu dentista, do seu médico... Mesmo que alguém leve para casa, a semente está plantada.

Nas milhares de pessoas que adquirem o Castelo Forte a cada ano. Quantas pessoas recebem o benefí-cio da leitura da Palavra e da devoção do Castelo Forte diariamente? Nos lares, nos escritórios, nas salas de aula, nas prisões, nos hospitais, milhares de pessoas estão lendo conosco. É como que numa grande

família, juntando as mãos em oração, cul-tuando o nosso Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e sendo orientados e desafiados em sua vida cristã. Cada escritor tem o privilégio e a responsabilidade de pregar para uma audiência muito maior do que qualquer templo pode suportar. – A título de informação, em 2010, foram vendidos 85 mil exemplares!

Naqueles que deixam o Castelo Forte na estanteou na cabeceira da cama, mas não o leem. Estão com um prato delicioso à sua disposição, mas não degustam a comida. Seja no início do dia, como muitos fazem; seja no final do dia, a palavra bíblica diária e a correspondente reflexão são um alento e um descanso em meio aos nossos com-promissos diários.

Está na hora de comprar o CASTELO FORTE 2011! Não pense só em si; com-pre um ou mais exemplares para dar de presente. Sei que muitos já fazem isto, mas se todos os leitores adotarem esta prática, poderemos dobrar o número de exem-plares publicados a cada ano, levando assim a Palavra de Jesus a mais corações, aquecendo-os com o amor de Cristo.

Quantas pessoas recebem o benefício da leitura da Palavra e da devoção do Castelo

Forte diariamente? Nos lares, nos escritórios, nas salas de aula, nas prisões, nos hospitais,

milhares de pessoas estão lendo conosco

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Orlando Eller

Fotos: Arquivo Editora Concórdia

14 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Meditação

Desculpe-me, Jesus, mas eu acho que estaria bem mais feliz hoje se ainda fosse aquele menino

descalço, de pés em frieira no tempo frio de chuva, que à mesa orava na imensidão de uma fé convencida: “Jesus, sei unser Gast” (Jesus seja nosso convidado). E, depois de me fartar com toda a simpli-cidade, em mim pulsava a gratidão ao dizer: “Gott, dier sei Dank für Speise um Drank” (Nós te agradecemos, ó Deus, pela comida e bebida).

Ah, Jesus, faz muito tempo que eu não mais o convido à mesa; nem que seja pra dizer depois, de cabeça baixa e olhos cerrados, que eu me sinto (e nem sei mais se sou!) imensamente grato pelo quanto ganhei de novo, como a cada dia ocorre, para o almoço ou para o jantar à mesa que seja simples, mas plena.

Eu quero lhe dizer que então a minha vida era melhor, porque eu estava mais perto de você. Você almoçava e jantava lá em casa, comigo, com meus pais, com meus irmãos. E, por mais simples

que fosse a nossa comida, ela estava lá, sempre quentinha, com ingredientes de quem ganhou, de novo, algo de inigua-lável sabor.

Ah, você se lembra, claro. Eu gostava da sopa de inhame chinês que mamãe preparava pra nós dois e para os outros, é óbvio, que à mesa se assentavam conosco. E você nos ajudava, depois de lavada a louça, afinando a voz, a aprender a can-tar um louvor… louvor de gente simples da roça, louvor de quem já era da nação santa e do povo exclusivo.

E quando mamãe, no seu bronco jeito de ser, mas hábil de ensinar, ensaiava seu peque-no coral pra cantar em qualquer lugar, e até na igrejinha que fosse, a gente se sentia arrebatada e, não raro, tinha a sensação de que um anjo, feliz com a fidelidade do canto, abraçava a gente em gloriosa sensação de quem, seguro, flutua no ar, com imenso e absoluto prazer.

Depois, quando papai apagava a única lamparina, para economizar querosene, você ficava lá, em algum canto, na mi-nha cabeça, na mente dos meus irmãos,

no assoalho de tábua de jequitibá e na cumeeira sombria, para deter o diabo lá fora e apascentar a todos em sono leve, a fim de que houvesse o melhor repouso entre todos na face da Terra.

E eu nem sabia então que a Terra era redonda… Porém, eu tinha certeza de que era tua, por criação e cuidado. E que lá, desde a eternidade, estava você, no Natal, na Páscoa, no Ano Novo, na festa da Con-firmação, no culto do domingo, na igreji-nha do Dez de Mutum, esta tão distante lá de casa que nos custava duas horas a

pé, pelo caminho, nas trilhas em mata aberta. Contudo, a caminhada nunca virou cansaço.

Você se lembra das aulas de catecismo do pastor Klich? Sim, aquele mesmo, o estagiário que você decidiu levar tão cedo para o céu por causa de uma dor de dente? Pois ele ex-plicava, explicava, explicava... e mandava decorar versículo por versículo, manda-mentos, artigos, enfim, o que lhe parecia direito seu e vontade dele. E hoje, Jesus, o que se aprende com tanto querer?

A gente aprendeu muito, às vezes mais

Eu, Jesus...

“Era tudo muito bonito, como era inusitado e bom saber que

havia um céu à vista.”

Page 15: Mensageiro Luterano

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 15

decorando do que entendendo ao pé da letra, tudo em essência, até que o seu Es-pírito Santo, consolador, se encarregava do resto. Era tudo muito bonito, como era inusitado e bom saber que havia um céu à vista. Mas, creia-me, havia também a sensação de pecados em demasia, pra tanta gente simples e humilde ser levada a viver em angústia e perene vocação de rogar perdão a toda hora, a todo custo.

Pois veja, Jesus, os seus mandamen-tos eram coisa para eu ter em mente em todas as horas do dia. E à noite, quando me deitava pra dormir, queria saber se, durante o dia, não teria, mesmo que sem querer, ofendido minhas irmãs ou outrem qualquer entre tantos amiguinhos. E a preocupação delas era igual. E mesmo sem ter a certeza de que houvera qualquer desafeto, a gente se desculpava, a gente se perdoava. E dormia então, já posto o sol sobre nossas almas sem ira.

Dia desses, Jesus, eu revelei ao pastor minha sensação de que hoje há menos pecado que antigamente. Ele riu, acho que disfarçando. Eu me lembrei de que nosso modelo sexual era José do Egito, que es-nobou a bela Potifar e, por isso, foi preso. E assim ficamos, a maioria de nós, virgens vida a fora. E era pecado até dançar, por-que a dança era o meio pelo qual o diabo provocava a libido. E hoje se dança até na frente do altar, sob o charmoso nome de dança litúrgica. Enfim, até assobiar na

Orlando EllerJornalista, Vitória, ES.

Sexta-Feira santa era um sacrilégio. O que mais vai mudar, Jesus?

Eu me lembro da Joaninha. Ela, linda, enamorou-se e ficou grávida. Jamais a co-munhão dos santos, da sua congregação, a aceitou. E eu não sabia como explicar, porque ninguém escutaria que Madalena obteve a sua compaixão. Hoje, Jesus, os jovens deitam e rolam; e há entre eles, que são livres de qualquer preconceito, os de variadas opções e valores sexuais.

E ninguém precisa mais explicar nada. É tão tácito este silêncio que a igreja já instituiu a casta dos singulares, essa gente que, mesmo diferente do que se imaginava e se exigia dela em nome da lei, é aceita porque você, Jesus, que veio curar os doen-tes – mesmo que a acepção passada tenha expurgado muitos em nome de um excesso de pecados e suas interpretações.

Mas, Jesus, o que eu queria mesmo lhe confessar é que minha percepção tem mudado muito. Acho que é porque tudo está mudando numa brutal constância. Vejo que quanto mais o tempo passa, mais essa antiga teologia se perpassa e, confusa, se amassa e se enrola.

Ainda bem que, apesar das tantas igrejas (muitas malucas, transviadas e sem rumo em palavras e ritos), você é e será sempre o mesmo. O mesmo que era na minha infância, na igrejinha em que havia cheiro de xixi de morcegos; o que precisa ser convidado à mesa da refeição,

mesmo que hoje esquecido; o que é mere-cedor da gratidão, mesmo que na versão Gott dier sei Dank (Nós te agradecemos, ó Deus); o que, por misericórdia absoluta que tem para dar, esquece o pecado, abençoa o doente, levanta o abatido e consola o triste.

Eu, Jesus, quero que tome sopa co-migo à noite, todos os dias. E quando eu errar, cuide de mim como um entre os doentes que precisam de cura e conforto. E então, eu dormirei de novo, lamparina apagada, como nos tempos da minha meninice, apesar do diabo que espreita no recôndido das cumeeiras escuras.

E eu nem sabia então que a Terra era redonda… Porém, eu

tinha certeza de que era sua, por criação e cuidado. E que lá, desde a eternidade,

estava você, no Natal, na Páscoa, no Ano

Novo, na festa da Confirmação, no

culto do domingo, na igrejinha do Dez de Mutum, esta tão distante lá de casa

que nos custava duas horas a pé,

pelo caminho, nas trilhas em mata

aberta. Contudo, a caminhada nunca

virou cansaço.

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9º Fórum ULBRA de Teologia

Nos dias 6 a 7 de outubro, na ULBRA Canoas, no prédio da Odontologia.

Temática geral: EM QUE LUGAR PAS-SAREMOS A ETERNIDADE?

Estudos: A Ressurreição dos Mortos nos Ensinos de Paulo | O Fim dos Tempos e a Criação dos Novos Céus e Nova Terra

| Quem Crê tem a Vida Eterna | Os Preparativos para a Celebração dos 500

anos da Reforma (2017)

Conferências: A Visão de Lutero sobre a Eternidade e Imortalidade | Em que lugar

passaremos a Eternidade: No Nirvana? No Purgatório? No Inferno? No Céu?

InformaçõesSecretaria de Teologia (51) 3477-9229 (Rita)

Histórias de missionáriosSão histórias com “h”. Portanto, ver-

dadeiras. Não estórias, inventadas. As histórias de missionários são bonitas, comoventes e inspiradoras. Nem precisarí-amos de tantos livros de ficção. Basta ouvir as histórias verdadeiras, as histórias de missionários, pois elas são maravilhosas.

Histórias de salvaçãoCada crente é um missionário, e cada

pastor também. Os missionários estão a serviço de Deus para a salvação de pessoas. E salvar pessoas são sempre histórias. São as histórias mais bonitas… Histórias de Deus usando pessoas para salvar pessoas perdidas, para levá-las ou carregá-las até Jesus, ou Jesus até elas, através da Palavra que anunciamos e/ou testemunhamos, pelo mundo afora (nas grandes cidades, pelos caminhos das selvas ou nos campos).

Cerca de 75% da Bíblia são histórias de Deus na busca de homens. Jesus, além de Salvador, é o missionário modelo. Já Filipe, seu apóstolo, fez a procura numa carruagem quando buscou o eunuco para Jesus. Atos dos Apóstolos e a Primeira Epístola aos Coríntios são histórias de mis-sionários, especialmente de Paulo. Paulo fez missão na cadeia, no navio, na praia e até em tribunais.

Assim, a minha salvação em Jesus tem uma história que é também a história de um missionário. A tua salvação, prova-velmente, também. Não tenho dúvidas de que este assunto poderá ser parte de nossa agenda no céu, conhecer as histórias de missionários, as histórias de buscas e de salvação no mundo perdido. Quanto assunto!

Formando missionáriosQuem dá o dom aos missionários é o

Espírito Santo. Porém, nós podemos pedir a Deus, em oração, para que mais missio-nários sejam despertados e formados para tal tarefa. Como se faz isso? Mandando os jovens ao Seminário. Aqui há uma matéria

específica no currículo sobre a Missão, e histórias a ela relacionadas.

Deus estimula as pessoas para a missão quando lemos as histórias missionárias contadas por ele na Bíblia. Deus desperta em nós o zelo para a missão quando va-lorizamos cada individuo como alvo do seu amor. Deus também chama pessoas para a missão quando falamos, pregamos e compartilhamos as lindas histórias de salvação nas quais ele usou pastores.

Orar pela obra dos missionários e ofer-tar para o trabalho da missão ajuda muito para que Deus possa despertar missioná-rios e a Igreja possa enviá-los. Não tenho dúvidas de que teu coração salvo gosta de participar desta tarefa.

Benjamin [email protected]

Encontro de músicos no Seminário

No dia 2 de outubro, a partir das 9 horas, o Seminário Concórdia re-cebe o encontro anual de músicos.

Palestras e oficinas de música serão oferecidas no evento. O obje-tivo é englobar organistas, regentes, cantores e músicos de banda.

Se você é músico na sua congre-gação, ou interessa-se pelo assunto, vá ao Seminário Concórdia partici-par deste encontro.

InformaçõesProf. Raul Blum

[email protected] (51) 3037-8000

www.seminarioconcordia.com.br

16 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Educação Teológica

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Fotos: Arquivo Editora Concórdia

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 21

Perguntas

Prêmio

Dons espirituaisPor que a IELB não pratica o que a Palavra de Deus ordena, nem acredita ou nem pratica os dons espirituais: o Batismo no Espírito Santo, por exemplo, não prega que os crentes necessitam nascer novamente para que tenham salvação, pois ninguém vem ao Pai senão por Cristo o Salvador? Na igreja em que eu congrego não há harmonia e comunhão entre os irmãos, não se realiza um evento, um almoço, um nada. As pessoas vêm ao culto de domingo de manhã, se cumprimentam e vão embora; não se visitam, não se ajudam, não são encorajados a dividir as suas alegrias, os seus problemas, nem a orarem uns pelos outros, ou a pregar o Evangelho e a salvar almas. Textos anexos: 1 Co 12.1-11; 28-31, e 1 Co 14. Anônima

Os textos bíblicos que você nos enviou em anexo são claros: o Espírito Santo concede aos filhos de Deus uma grande diversidade de dons que eles devem pôr a serviço do Reino de Deus, aqui, no mundo. E o texto bíblico deixa claro também que nenhum cristão tem todos os dons, porque esses são distribuídos entre os cristãos de acordo com os propósitos de Deus. E isto se prega, ensina e pratica na IELB.

Não é certo, por isso, dizer que a IELB não prega, ou não ensina, ou não pratica o que Deus ordena. O que a IELB não prega, realmente, é que os “crentes – aqueles que creem em Deus Pai, Filho e Espírito Santo – necessitam nascer novamente para que tenham salvação. Na verdade, quem crê em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, já é nascido do Espírito, já nasceu de novo e tem a salvação, porque crê em Cristo. Ela ensina que os que não creem precisam

nascer de novo para que o Espírito Santo opere neles os dons da salvação.

Lamentamos que na sua congrega-ção não estejam acontecendo os sinais da presença do Espírito Santo na vida dos congregados. Visitar-se, admoestar-se mutuamente, orar uns pelos outros, encorajar-se e testemunhar a fé são obras próprias de quem crê em Jesus e tem o dom do Espírito Santo. Esta, porém, não é a realidade em todas as congregações, como parece não ser a realidade na sua. Por isso, convidamos a amiga a tentar animar os seus irmãos na fé a viverem os dons que Deus lhes concedeu e assim vocês terão uma Igreja viva.

Paulo Kerte Jung, pastor emérito da IELB. Porto Alegre, RS

Música da IELB premiada em concursoO estagiário da ImagemSonora, Juliano

Carvalho, foi o responsável pela captação do áudio para Ulbra TV e pela gravação do culto de aniversário da CEL São Paulo de Canoas, RS. O evento teve transmissão ao vivo, e a gravação foi mixada em estúdio e participou do concurso nacional de mixagem, promovido pela AES (Audio Enginering Society – Associa-ção Mundial de Engenheiros de Áudio).

Juliano foi convocado para a grande final em São Paulo, acompanhado de seu tutor, Jeferson Mundel, e ficou em segundo lugar na classificação geral de música erudita.

Destaca-se que a música sacra Vim para ado-rar-te, do compositor Tim Hughes e arranjo sin-fônico de Tom Pacheco, mixada por Juliano com orquestra e coro sinfônico, regidos pelo pastor Paulo Brum, foi executada em dois momentos

para pla-teias dis-tintas que lotavam o auditório do evento. Juliano recebeu como prêmio o software de áudio Cubase, da Yamaha Musical, uma das patrocinadoras do evento que ocorreu em maio.

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Fotos: Arquivo Editora Concórdia

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Testemunho

Esta união é uma bênção de Deus

Me chamo Elisa Teske, tenho 49 anos e quero compartilhar a história de um grande amor que começou através do meu nome publicado no Espaço Singular, em julho de 2009. A partir daí, a pessoa interessada – Renato, 67 anos, de Tramandaí, RS –

Elisa Teske e Renato FeldmannCEL Cristo Redentor, de Viamão, RS

Exemplo de fé aos 90 anos Com o intuito de agradecer a Deus por

uma vida inteira de bênçãos, a família da muther Ana Borth resolveu festejar os 90 anos de vida desta Serva de Deus, em Santa Rosa do Ocoy – São Miguel do Iguaçu, PR. Para a muther, bastava que se cantasse o hino 222 do Hinário Luterano (Graças dou). Porém, como a muther sempre foi extremamente fiel e dedicada ao Senhor Jesus, a família decidiu fazer um culto especial de ação de graças e de homenagens para a aniversariante. A mensagem, proferida pelo pastor Claudio Schreiber, foi baseada em 1 Sm 7.12, onde Samuel declara: “Até aqui o Senhor Deus nos ajudou [...] Ebenézer”.

Nos deparamos com muitos exemplos de vida e de fé na Bíblia e na história da Igre-ja... Assim, também podemos nos alegrar quando vemos, com nossos próprios olhos, exemplos vivos de fé e fidelidade a Deus ainda hoje. Mesmo com 90 anos, e um pouco debilitada em alguns aspectos da saúde, a muther Borth não perde as oportunidades de estar presente nos cultos, principalmente quando estes são realizados em sua própria

Pastor Claudio Ramir Schreiber, Medianeira, PR

casa, cedida por ela para ser o local fixo do nosso ponto de pregação em Santa Rosa do Ocoy. Sempre alegre e carinhosa com todos, demonstra o amor na prática, o amor ação, por Deus e pelo próximo.

Que Deus continue guiando e abenço-ando a muther para que ela continue sendo exemplo de vida e fé para todos nós.

mandou uma carta que foi respondida por mim. Logo vieram telefonemas e por fim o primeiro encontro, no lar de Idosos em Viamão, RS onde trabalho. Depois, aconteceram mais encontros que vieram a confirmar aquilo que sentimos desde o primeiro dia: algo de muito especial es-tava por vir. Nosso primeiro encontro foi algo inexplicável, mão de Deus presente, pois parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. Hoje estamos juntos, abençoados por Deus.

Deus viu meu sofrimento e colocou o Renato em minha vida no momento que eu mais precisava. Estava entrando em depressão, pois tinha perdido meu marido há um ano. Agora posso dizer que sou uma mulher realizada.

Estamos muito felizes, nos amando muito, e a maior alegria é que Jesus está presente em nossas vidas, nos abençoan-do a cada dia. O Renato é maravilhoso, cristão, e juntos estudamos a Palavra de Deus, fazemos nossas devoções diárias e, por isso, sentimos essa paz tão grande com Jesus no coração. Só temos a agradecer a Deus sempre, por ter permitido esta união, que trouxe felicidade, alegria e amor. Humanamente falando, nada teria acontecido se não fosse o Espaço Singular do Mensageiro Luterano.

Obrigada, Deus! Obrigada, Espaço Singular!

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Divulgação

Mergulhando na Missão

Montevideo, no Uruguai, recebe, en-tre os dias 12 e 27 de fevereiro, o curso Mergulhando na Missão. O objetivo é fazer com que líderes jovens, estudan-tes de teologia e demais interessados concentrem-se na Palavra de Deus e se-jam motivados a falar mais e melhor de Jesus sempre que houver oportunidades e, assim, plantar igrejas luteranas por todos os lugares. O Colégio San Pablo, única Instituição Luterana de Educação do Uruguai, que tem atualmente 815 alunos, abre suas portas em período de férias para hospedar os participantes.

O curso Mergulhando na Missão faz parte das atividades do Laboratório Luterano Transcultural, que prepara missionários para atuar em países de língua espanhola, bem como com latino-americanos que estejam vivendo em outros lugares do mundo. Vários líderes com experiência e conhecimento mis-

sionário estarão participando como voluntários, a fim de animar os participantes para a missão.

Muitas atividades estão programadas: na parte da manhã, acontecerão as aulas; à tarde, atividades de volun-tariado, pesquisa missioná-ria, evangelização e visitas culturais; ao entardecer, o tempo é livre; nos dois sába-dos, serão realizadas excur-sões à lugares históricos.

O valor previsto para o curso, com to-das as despesas inclusas durante o evento, é de U$ 550,00. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro. “Estamos estimulando que os alunos procurem ‘padrinhos’ nas suas comunidades, entre parentes e amigos para que possam aju-dar neste investimento pessoal e para o

crescimento do Reino de Deus”, explica o pastor Christian Hoffmann, capelão do Colegio San Pablo e coordenador do Laboratório Luterano Transcultural.

Saiba mais sobre a agenda do curso, acessando www.laboratorioluterano-transcultural.blogspot.com ou entre em contato com [email protected].

A JELB está com as inscrições abertas para o 42º Congresso Nacio-nal de Jovens. O evento será realiza-do entre os dias 16 e 21 de janeiro de 2011, na Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, PR. Será o Começo de uma Mudança, a começar pela questão ambiental! A base é o texto de Eclesiastes 3.11:

Inscrições abertas para o Congressão da JELB

“Deus marcou o tempo certo para cada coisa”.

O valor da inscrição é de R$ 250, e pode ser dividido em até seis par-celas. Todas as informações sobre o 42º Congresso da JELB estão no site www.jelb.org.br/congressao2011. Portanto, navegue, faça sua inscrição e aproveite!

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Feira do Livro Cristão inicia uma caminhada

Novidade para as editoras e para o público. Assim pode ser definida a 1ª Feira do Livro Cristão, que aconteceu em Porto Alegre, RS, entre os dias 29 e 31 de julho, no Mercado Público Municipal. Participaram do evento as editoras Concórdia, Sinodal, Chamada da Meia-Noite, ULBRA, Editora e Livraria Padre Réus, Editora e gráfica CEBI e Sociedade Bíblica do Brasil. Além de artigos para a compra e apreciação, o público pode prestigiar atrações musicais de diferentes denominações religiosas que fizeram parte

Igreja Luterana do Chile tem novo presidente

A IELCHI (Igreja Evangélica Luterana do Chile) tem novo presidente. Foi eleito, em Assembleia Geral realizada em maio, o pastor Cristian Rautenber para ser o novo presidente da IELCHI, além de também atuar como o missionário responsável pela missão em Santiago. O pastor Rautenberg tem se dedicado de maneira abnegada ao esforço da Igreja Chilena no trabalho de assistência social e espiritual às vitimas do terremoto, que atingiu o país no fim de fevereiro.

Do esforço em socorrer as vítimas, obteve-se um número grande de pessoas interes-sadas pela Igreja, o que possibilitou que se concretize a ida de um missionário ao país. Este trabalho será em parceria com a LCMS (Lutheran Church Missouri Synod) World

da programação da Feira. Para o pastor e músico André

Cardoso, de Estância Velha, RS, a experiência de tocar fora da Igreja foi positiva para testemunhar Cristo em um local de grande circulação de pessoas. O pastor reflete, “é preciso que as pessoas (o mundo) saibam que há boa literatura cristã disponí-vel. Isso ganha valor especialmente em um tempo onde vampiros e magos são lidos e consumidos por muitos cristãos, inclusive, sem qual-

quer reflexão do que se está lendo”.De acordo com o diretor da Editora da

Ulbra, prof. Astomiro Romais, a Feira foi um laboratório para verificar a aceitação do livro cristão em praça pública. “Foram marcantes as cenas de pessoas, de pé ao redor das bancas, passeando nervosas nas páginas dos livros ou, sentadas às mesas centrais, descansando do burburinho do mercado refugiadas, absortas e mergulhadas nas histórias e ensinos que só o livro pode proporcionar”, afirma.

O gerente de marketing e vendas da Edi-

tora Sinodal, Eliseu da Cunha, destaca que a Feira foi um avanço, pois, no meio cristão, não há nada semelhante. “Existe uma neces-sidade, um espaço, uma demanda reprimida por falta de oportunidade e acho que estamos cobrindo este espaço”, considera.

“O compromisso e a união entre as edi-toras que abraçaram este projeto”, foram o ponto alto para o gerente comercial da Edito-ra Concórdia, Nilson Krick. Ele comenta ainda que a Feira é o contraponto a tudo aquilo que se pretende incutir na população atra-vés dos meios de comunicação. “Nós, como editoras cristãs, demonstramos que temos e proporcionamos à sociedade, material de edificação espiritual. Estamos sintonizadas com as mudanças constantes e não nos cur-vamos à imposição daqueles que pretendem manipular a opinião pública. Através desta Feira, as Editoras reafirmaram a sua principal finalidade, que é a propagação da Palavra de Deus”, finaliza.

Daiene Bauer KühlEquipe Editorial Concórdia

Relief and Human Care, para atuar na área atingida, nos próximos dois anos, aumentando o esfor-ço de ajuda huma-nitária e espiritual. Desta forma, estarão atentos também às portas que se abrirem para constituir congre-gações nos pontos missionários.

Na cidade de Talca, onde fica o Centro de Assistência, uma casa foi alugada e recebe pastores e voluntários luteranos que se reve-zam nas viagens de ajuda. Nela, também são alojados missionários e voluntários do exte-rior, especialmente da Argentina. “Voluntários

da Igreja do Brasil também são bem vindos, assim como todo o tipo de ajuda material e financeira. Sabemos das preocupações e orações de muitos na IELB por nós, pelas quais agradecemos” fala o pastor brasileiro Augusto Riss, de Valparaiso. Interessados em ajudar podem fazer contato com a Direção Nacional da IELB.

Participantes do curso de capacitação para atuar em situações de catástrofe, oferecido por World Relief em Santiago

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Notícias

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Os 110 anos das primeiras congregações da IELBColônia São Pedro

A CEL São João, da Colônia São Pedro, Morro Redondo, RS – a primeira igreja lu-terana em solo brasileiro – comemorou 110 anos no dia 27 de junho. Cerca de 300 pes-soas estiveram presentes na festividade que teve a participação de corais do Distrito Sul I. O pregador do culto foi o pastor emérito, Edgar Müller (filho da Congregação).

A Congregação, que foi fundada, no dia 1º de julho de 1900, pelo pastor Broders, conta hoje com apenas 54 membros. O tem-plo atual tem 102 anos, sendo que o telhado ainda é o original. Porém, em dias chuvosos, chove dentro do templo e isso tem preju-dicado a sua conservação. A Congregação, o distrito, a IELB e “amigos de São Pedro” estão unindo forças para trocar o telhado e fazer outras reformas necessárias.

O presidente da IELB, pastor Egon Kopere-ck, que também é filho da Congregação, não pode estar presente no dia da festividade, mas compareceu no culto com Festa da Colheita no dia 10 julho, onde, logo depois da cerimônia, houve um almoço de confraternização.

O secretário, pastor Rubens Ogg, re-presentou a IELB nesta comemoração. Os liturgistas foram os pastores locais, Ruben Scheunemann e Timóteo Fuhrmann.

Santa ColetaSempre no terceiro domingo do mês

de maio, a Congregação Cristo, de Santa Coleta, de Pelotas, RS, reúne-se para um momento de confraternização, e neste ano não foi diferente.

O atendimento luterano nesta congre-gação teve o seu início no final do ano de 1900, quando o pastor Broders, que residia na Colônia São Pedro, hoje mu-nicípio de Morro Redondo, RS, começou a atendê-la.

No dia 16 de maio, a congregação lembrou os 110 anos em que está inte-grada à doutrina e práticas luteranas, com um culto especial que teve como liturgista o pastor local, Aroldo Agner, e como pregador o pastor Arnildo Munchow, da PEL do Faxinal, Canguçu, RS. O tema foi Recebendo para repartir, lembrando as bênçãos recebidas pela CEL Cristo, de Santa Coleta, neste século de história.

A Congregação Cristo, que foi a segunda a receber o atendi-mento do pastor Broders, ainda em 1900, sendo assim a segunda mais antiga da IELB, é composta atualmente por 47 famílias.

Abaixo imagens de Colônia São Pedro. Ao lado, culto em Santa Coleta

Congresso da 3ª Idade

Acontecerá, no dia 26 de setembro, na Congregação São Paulo, de Porto Alegre, o 4º Congresso da Terceira Idade. A progra-mação inicia às 9h com culto. Logo após, haverá confraternização e almoço. Apenas para o almoço é necessária inscrição prévia, que pode ser feita na secretaria da Congre-gação, ou pelo telefone (51) 3341-0122.

À tarde, além de momentos de louvor e devoção, profissionais da área de educação ensinarão técnicas de ginástica cerebral, que tem o objetivo de proporcionar melho-rias em aspectos de memória, equilíbrio e destreza. Durante o evento, serão discutidas as dificuldades que as pessoas da melhor idade enfrentam para manter a frequência nos cultos e nos demais momentos de convívio com os irmãos na fé.

O lema da Terceira Idade do Distrito Porto-alegrense é “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor”, Sl 92.14.

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Notícias

26 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Falecimentos

Elmer Bayer faleceu no dia 22 de junho de 2009, aos 80 anos. Nas-cido no dia 17 de julho de 1928, era casado com Pauli-na, que o precedeu na morte. Deixou

enlutados o filho Arno e as filhas Valci e Sidônia, uma nora, dois genros e sete netos. Foi sepultado no dia 22 de junho de 2009, no cemitério da CEL São Paulo, de Toropi, RS.

L i n d o l f o Scholz faleceu no dia 6 de julho de 2009, aos 87 anos. Nascido no dia 20 de abril de 1922, deixou enlutados a esposa Olga, fi-lho Ademar, filhas

Anélia, Nerci, Nira, Diva e Tânia, uma nora, genros, 18 netos, 17 bisnetos e um irmão. Foi sepultado no dia 7 de julho de 2009, no cemitério da CEL São Paulo, de Toropi, RS.

Faleceu, no dia 13 de julho, aos 73 anos, Natalie Tornquist, que deixa enlutados o esposo, Heitor, os filhos Noeli e Els-tor, o genro Luce-valdo Jair Gehrke

e os netos Guilherme e Gabriela. Natalie pertencia a CEL Trindade, de Vila Pro-gresso, Vera Cruz, RS. Era serva ativa e sempre participava dos congressos. “Jesus disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que morra, viverá” Jo 11.25.

Errata: Diferente do que foi publi-cado na edição de agosto, o Sr. Odalto Dreifke, falecido em 7 de abril de 2009, tinha dois filhos, uma nora, dois netos, dois irmãos e quatro irmãs.

CEL Sião completa 100 anos

No dia 24 de janeiro, a CEL Sião, de Linha 26 Norte, Ajuricaba, RS, comemorou o cente-nário de suas atividades com um culto festivo. O momento teve a participação expressiva dos membros, da Banda Municipal e da comunida-de em geral. O pregador do culto foi o então presidente, pastor Paulo Moisés Nerbas, que discorreu sobre o texto de Lc 5.27-32. Logo após, todos participaram de um almoço de confraternização.

A Congregação Sião surgiu por solicitação de um grupo de imigrantes luteranos vindos da Alemanha e Rússia, que fixaram residência nas linhas 25 e 27 Norte. O primeiro culto foi ofi-ciado no dia 25 de janeiro de 1910, pelo pastor Emil Müller. No ano de 1912, já era uma Con-

gregação organizada e denominava-se CEL São João. Em 1913, a Congregação chamou o seu primeiro pastor e professor efetivo, Hermann Pettersen. Em 1927, houve cisão da Congrega-ção, e uma facção, ainda no mesmo ano, fundou e organizou a CEL Sião, na Linha 26 Norte. No dia 15 de março de 1931 foi inaugurada a nova igreja na Linha 26, que também serviu de Escola até 1939, quando, então, a Congregação inaugurou o seu próprio prédio escolar.

Muitos pastores fiéis e consagrados pas-saram por esta Congregação, e por isso os membros são gratos. Em 1994, foi chamado o pastor Marcos Scheunemann, que assumiu os trabalhos na Congregação em 1º de fevereiro de 1995 e continua até hoje.

Quatro geraçõesOlinda Fuelber, 77 anos;Leci Rickmann, 55 anos;Simone Rickmann Wink,

28 anos (esq.) e filha Bianca Luiza Wink, 7 meses; Fernanda Rickamnn dos Santos, 26 anos (dir.) e filha Laura Arlene San-tos, 8 meses.

Olinda é da CEL Trindade, Vila Progresso, Vera Cruz, RS. As demais são da CEL Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul, RS.

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Honório Fraga tem culto paroquial

A PEL Jesus Senhor, de Honório Fraga, Colatina, ES, realizou um culto paroquial, no dia 13 de junho, nas dependências da Escola Agrotécnica Federal de Colatina. O culto foi conduzido pelo pastor local, Joênio José Huwer. Na parte da tarde, crianças, mulheres e homens puderam se divertir com diversas atividades. Cerca de 270 pessoas de todas as congregações que compõem a Paróquia Jesus Senhor participaram do momento.

Ação de Graças em Campina Grande

Cerca de 117 pessoas, entre visitantes e membros locais, estiveram presentes no culto de aniversário de sete anos da Congregação da Escritura, do Bairro Mutirão, em Campina Grande, PB. O momento especial aconteceu no dia 25 de julho, às 15 horas. Participaram da pro-gramação sete pessoas de Paus Brancos, assentamento de agricultores, onde a Congregação tem um ponto de pregação, com culto e Escola Dominical mensais. Neste dia, o pastor Holdair proferiu a mensagem baseada em Cl 2.6-19, com tema: Enraizados em Cristo.

Após o culto, todos puderam recordar eventos históricos através de slides de fotos. Foi um momento de descontração e de muitos risos. De-pois, houve uma deliciosa confraternização entre os participantes.Primeiro casamento de

um pastor em Boa VistaNo dia 22 de maio, o pastor Marcel Scheidt subiu ao altar com sua noi-

va, Andressa Lana, para se unirem em matrimônio. A celebração contou com a presença dos familiares, membros e amigos do casal. Os oficiantes foram os pastores Diegho Brackmann Luis, de Nova Venécia, ES, Jadir Carlos Mundt, de Linhares, ES, e Cleberson Sippe, Boa Vista, RR.

Foi um evento importante para a história da missão de Boa Vista, RR, pois foi o primeiro pastor da IELB a se casar nesta Congregação.

Camboriú recebe novos membros

No dia 4 de julho, a CEL Esperança, de Balneário Camboriú, SC, recebeu cinco novos membros por Profissão de Fé. O culto foi proferido pelo estagiário Everaldo Teixeira e pelo pastor Ezequiel Blum.

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Notícias

28 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Aniversários de casamento

No dia 25 de fevereiro de 1950, na CEL São Pedro da Linha das Pedras, Getulio Var-gas, RS, se uniram pelo laço do matrimônio Jacob e Ester Bündchen. A cerimônia foi realizada pelo pastor Gustavo Scholze e teve como tema “Eu e a minha casa serviremos ao senhor Josué”, 24.15. Neste ano, o casal celebrou bodas de Diamante na CEL Paz, de Iguiporã, Marechal C. Rondon, PR, que foi dirigida pelo pastor Elmer Teodoro Jagnow, com mensagem baseada no Salmo 71.18.

60 anos

40 anos

Edgar e Marlene Sehaber festejaram suas Bodas de Rubi no dia 16 de maio. Mem-bros da CEL Trindade, de Mamborê, PR, o casal agradece a Deus, dizendo: “Grandes cousas fez o Senhor por nós; por isto estamos alegres”.

O casal Theolina e Edwin Scholz celebrou Bodas de Diamante no dia 31 de de-zembro de 2009. Os familiares e convidados reuniram-se com o casal jubilar para festejar esta data tão significativa, no dia 2 de janeiro de 2010. Na Igreja Evangélica Luterana de Toropi, louvaram e agradeceram a Deus por esta bênção especial na vida matrimonial. O pastor Dr. Vilson Scholz dirigiu o momento de reflexão na Palavra de Deus, sendo que o pastor Valmir dos Santos oficiou a liturgia. Após, os convidados foram recepcionados no Clube Recreativo de Toropi. Foi uma festa de muita alegria e gratidão a Deus.

70 anos

A bênção das Bodas de Vinho! Comemorar esta ocasião rara de bodas, que correspondem a 70 anos de união matrimonial, foi um momento de muita alegria e gratidão a Deus na vida de Ernesto e Iris Heine, 94 e 91 anos respec-tivamente. Este momento foi festejado com os três filhos, Norberto, Norma e Lilian, e demais familiares e amigos. A cerimônia foi realizada CEL Concórdia, em São Paulo, SP, local onde o pastor Ernesto iniciou suas atividades após o casamento ocorrido em 13 de julho de 1940. Lá, eles foram e continuam sendo uma benção ao longo destes anos todos. Que esta união continue sempre sob as bênçãos de Deus.

25 anos

No dia 18 de maio, o casal Silvio e Marli Ilg comemorou Bodas de Prata. Renovaram seu voto matrimonial com a troca das alianças, em cerimônia realizada pelos pastores Egon Kopereck e Angelo Elicker, na CEL São Paulo, de Canoas, RS, mesma capela onde firmaram esta aliança perante Deus, há 25 anos. A cerimônia, que contou com a participação do coral da con-gregação e a presença de amigos e familiares, relembrou, com uma mensagem especial, o lema de seu casamento: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei”, Jo 15.12. O momento foi concluído com a benção final dos pastores e de seus dois filhos, Josué e Jenifer.

50 anos

No dia 10 de julho, Lenato e Maria Eloni Ladwig celebraram Bodas de Ouro. O momento devocional foi marcado pela gratidão do casal, familiares e congregação, ao bondoso Deus. A mensagem foi dirigida pelo pastor da CEL Bom Pastor, de Canoas, RS, Bre-no Dauernheimer, e teve como base o Sl 107.1: “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre”.

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Atividades na missão em Samambaia

1) Com muita alegria, a Missão Rocha Eterna, de Samambaia, DF, recebeu, no último dia 27 de junho, duas novas famílias – fruto do tra-balho missionário desenvolvido em Samambaia Sul.

2) Ivana Berger Fick é oriunda do Espírito Santo. Foi para Brasília há 12 anos, período em que se afastou da IELB. Depois de um contato com a missão, passou por um processo de reinstrução, sendo admitida novamente à Santa Comunhão.

3) Foi batizado, no dia 13 de março, Pedro Alexandre Wagenr Ribeiro, filho de Sérgio Alexandre Wagenr Ribeiro e Diana Wagenr.

4) Maria Eduarda Silva Matos nasceu prematuramente, depois que sua mãe, Nilma S. Santos, teve uma gravidez de risco. Após o nascimento, mãe e filha ficaram internadas por dois meses, período em que Eduarda, além de ter permanecido em uma incubadora, passou por uma delicada cirurgia. Os pais, Átila M. Abreu e Nilma, agradecem a Deus, pela recuperação do bebê, e aos irmãos, pelas orações e solidariedade. Maria Eduarda foi batizada em 6 de dezembro de 2009.

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Falecimento

Argentina Eller Schulz faleceu no dia 31 de março, aos 85 anos. Nascida no dia 18 de março de 1925, em Afonso Cláudio, ES, ela foi casada com Arthur Schulz Sobrinho, com quem teve quatro filhos biológicos e quatro adotivos. Era membro fundador da CEL Cristo Rei, de Itaguaí, RJ, onde serviu ao Senhor Jesus com alegria e dedicação. O sepultamento foi realizado pelo pastor Gilberto Krick, que consolou seus familiares com o texto de João 11.28 “O mestre chegou e te chama”.

Recepção em Baianópolis

No mês em que a Congregação Cristo, de Baianópolis, BA, completou 24 anos, três pessoas foram recebidas, como membros, por Profissão de Fé. As recepções aconteceram nos dias 18 e 25 de julho.

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Notícias

30 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

Confirmações

Vila VelhaForam confirmados, no dia 20 de

junho, quatro jovens na CEL Vida Nova, de Vila Velha, ES. A cerimônia foi rea-lizada pelo pastor Gilmar Degen, sob o lema baseado no texto de Gl 3.27. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes.

Pelotas 1No dia 18 de julho, na CEL

Trindade, de Vila Bom Jesus, Pelotas, RS, foi realizada a cerimônia de Confirmação de 12 jovens. O culto, oficiado pelo pastor Rosemir Mauro Benati, contou com a presença de 210 pessoas.

Pelotas 2Aconteceu, no dia 1º de

agosto, na CEL Emanuel, Pelotas, RS, a Confirmação de 16 jovens. O lema foi: “se vocês continuarem a obedecer aos meus ensi-namentos, serão, de fato, meus discípulos e conhece-rão a verdade, e a verdade os libertará”, Jo 8.31,32. A cerimônia foi oficiada pelo pastor Julio Ribak.

Batismo e Profissão de Fé em Nova VenéciaA Congregação Castelo Forte, de Nova Venécia, ES, tem

sido muito abençoada, tanto no crescimento numérico quanto espiritual. Fundada em 14 de julho de 2001, teve seu templo inaugurado em 5 de outubro de 2002. A comunidade, que na fundação tinha 38 membros, atualmente possui 207.

Ministrando os trabalhos, está o pastor Roberto Kun-zendorff, que com sua dedicação, fidelidade e zelo tem sido incansável na pregação do Evangelho para honra e glória de Deus.

O dia 17 de julho deste ano, foi um dia festivo, com a recepção de um grande grupo de novos membros por Pro-fissão de Fé e com o batizado de quatro crianças.

A importância do testemunho!

O testemunho fez diferença na vida de duas pessoas em Campinas, SP. Depois de ouvirem amigos e parentes falando do amor de Jesus, eles começaram a participar da CEL Redentor na cidade paulista. Tatiane Sodré Ramires e Vaílton Soares Fernades fizeram Profissão de Fé e foram recebidos como membros no dia 4 de julho. A Tatiane foi fruto do testemunho de sua amiga Carol Strelow, de Florianópolis, SC, e o Vaílton foi fruto do testemunho de sua esposa Rose. O culto foi oficiado pelo pastor Fabiano Brusch Müller.

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Batismo em Mamborê

No dia 27 de junho 2010, a CEL Trin-dade, de Mamborê, PR, recebeu dois novos membros através do Batismo: Ketlyn Oliveira dos Santos (1 mês) e Dionatan dos Santos (6 anos). O culto foi realizado pelo pastor Lidio Zschornack.

Batismo em Afonso Cláudio

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Novos membros em Tramandaí

No dia 11 de julho, a CEL Cristo, de Traman-daí, RS, em culto ministrado pelo pastor Hélvio Veide, recebeu, por Profissão de Fé, Edi da Silva Otto. “Guardemos firmemente a esperança da fé que professamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas” Hb 10.23.

Profissão de Fé em Campo Largo

O dia 26 de junho foi de alegria e grati-dão para a CEL Cristo Redentor, de Campo Largo, PR . Neste dia, quatro pessoas foram recebidas por Profissão de Fé. A cerimônia foi oficiada pelo pastor local, Walter Wolf.

No dia 4 de julho, a pequena Guilyane Tonoli da Silva entrou para a família de Deus, sendo batizada na Congregação Concórdia, Alto Santa Joana, Afonso Cláudio, ES, pelo pastor André Luis Mülling. Os pais, Gilberto e Guiomar Tonoli da Silva, juntamente com os padrinhos, estão felizes por participar deste momento tão especial.

Solidariedade faz o inverno mais quente

A PEL São Mateus, de Marechal Floriano, ES, realizou, nos meses de maio, junho e julho, uma campanha do agasalho, tendo em vista o inverno rigoroso na região nesta época. Composta pelas Congregações São Mateus (sede, Marechal Floriano), Santa Cruz (Boa Esperança) e Cristo é o Senhor (Nova Almeida), a PEL arrecadou 1.370 peças, entre calçados, vestimentas e roupas de cama. Foram beneficiadas, diretamente, 47 famílias carentes no município de Mare-chal Floriano. Aproximadamente, 500 peças foram enviadas às vítimas das enchentes nos Estados de Alagoas e Pernambuco. Jun-tamente com as roupas, foram entregues folhetos de missão, divulgando o trabalho da IELB. A Paróquia agradece pela colabo-ração de todos e principalmente a Deus, por proporcionar esta oportunidade de ajudar o próximo, aquecendo o corpo e a alma.

Aniversário da JELB em SP

No dia 30 de maio, o Distrito Paulista de jovens DP/JELB comemorou os 85 anos da JELB. O culto teve a presença de diversas congregações. A pregação ficou por conta do pastor Sérgio Flor, conselheiro do distrito de jovens, e a liturgia foi realizada pelo pastor local, Arthur Benevenuti.

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32 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93

A CEL Cristo, de Marechal Cândido Rondon, PR, teve a alegria de ouvir, no dia 22 de novembro de 2009, a Confirmação pública da Fé de 35 adoles-centes. No culto ministrado pelos pastores Emerson Zielke e Romildo Wrasse, estiveram presentes cerca de 600 pessoas.

Já no dia 27 março deste ano, a Congregação par-ticipou da 3ª edição do projeto Pedalando por Bíblias – uma iniciativa da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) que começou em 1998 no território nacional. Em vários países, são organizados passeios ciclísticos para divul-gar a Bíblia e arrecadar fundos em favor da causa da Palavra de Deus. A congregação Cristo participou da atividade na cidade, especialmente com a colaboração da Escola Bíblica Infantil.

Confirmação e Pedalando por Bíblias

Alvorada PascalNo sábado de Aleluia, os jovens da CEL Paz, de Coronel Vivida,

PR, e o pastor Egon Griesang, organizaram uma Alvorada Pascal, com devoções, brincadeiras e outras atividades. Às 6 horas da manhã de domingo, todos saíram para fazer serenatas nas casas dos membros. Houve uma grande divulgação. Após, todos foram recebidos com um belo café da manhã, organizado por uma família da Congregação. Depois, os jovens participaram do culto, com teatro e músicas.

Curso de LiderançaA liderança da Congregação esteve reunida todas as noites,

de 1º e 12 de março, estudando temas fundamentais da fé cristã. Estes estudos visavam o crescimento individual no conhecimento e na fé, para assim, o trabalho do Reino de Deus ser mais eficiente e objetivo. No culto de Pentecostes, todos os participantes receberam de presente o livro Sumário da Doutrina Cristã.

Retiro de CarnavalO carnaval foi muito proveitoso para os jovens. De 13 e 16 de

fevereiro, eles partilharam a companhia, a amizade, a Palavra de Deus e a fé em Cristo. Participaram 23 jovens, quase a totalidade dos jovens da Congregação. No domingo, aconteceu o culto cam-pal, com a presença dos demais membros. O prêmio da gincana realizada durante o retiro foi um “cofrinho”, como um incentivo aos jovens para começarem a planejar a viagem para participar do Congresso Nacional da JELB, em janeiro de 2011.

Atividades emCoronel Vivida

Page 29: Mensageiro Luterano

Valores Válidos para SETEMBRO/2010IEG= 1,5761 POUP= 2,3942 IFAPAI= 3,0325 IFPP= 3,1391

Rentab. [Líquida] (mensal atual) FPP/FAPAI = 0,6858% Poupança = 0,5914

Política de Subsistência Pastoral: Básico:R$ 1.867,00 (retroativo a abril/2010)

Anuênios (cada ano pós formatura)=> (1º ao 15º)=R$ 67,21 e (16º ao 20º)=R$ 33,61

Obs1: Lembramos a ênfase da livre negociação entre congregações e pastores. (Não deveria ser menor que os valores acima indicados)

Renato BauermannTesoureiro da IELB

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Realizado 2009 156.008,62 115.122,69 180.805,86 160.122,67 178.151,84 164.391,96 171.101,24 172.863,80 246.346,83 186.097,41 168.335,23 263.048,34

Meta/10 179.765,32 128.692,16 189.639,31 168.286,91 189.936,65 181.386,62 195.542,49 179.720,07 205.766,60 199.802,51 184.583,82 260.898,54

Realiz.2010 145.659,30 132.607,53 224.557,49 170.273,78 158.006,27 204.893,26 212.464,13

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

200.000,00

220.000,00

240.000,00

260.000,00

280.000,00

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 93 33

Indicadores da IELB Instalações

Samuel Neunfeld Vorpagel – instalado, no dia 22 de novem-bro de 2009, como pastor na CEL São João de Alto Barra Encoberta, Itarana, ES, pelo pastor Edgar Buss Leitzke. Era pastor em São Miguel do Guaporé, RO.

Mateus Francisco Beskow – instalado, no dia 13 de junho de 2010, como pastor na CEL São Marcos, de Maringá, PR, pelo pastor Danilo Maia Eberhardt. Era pastor em Dom Pedrito, RS.

Hélio Scheffler – instalado, no dia 26 de junho de 2010, como pastor na CEL Concórdia, de São Francisco do Guaporé, RO, pelo pas-tor Walter Adolf Baminger. Estava sem chamado.

André dos Santos Dreher – instalado, no dia 27 de junho de 2010, como pastor da PEL Cristo Redentor, de Frederico Westphalen, RS, na CEL Santíssima Trindade, de Vicente Dutra, RS, pelo pastor Adelar Osmar Borth. Era pastor em Governador Valadares, MG.

Samuel Wolter – instalado, no dia 11 de julho de 2010, como pastor na CEL Paz, de Crissiumal, RS, paróquia de Doutor Maurício Cardoso, RS, pelo pastor Mario Hartmann. Era pastor em Capão do Leão, RS.

Felipe Norberto Born – ins-talado, no dia 25 de julho de 2010, como pastor na CEL Cristo, de Laranjeiras do Sul, PR, pelo pastor Elvis Girardi Nerich. Era pastor em Campo Erê, SC.

Rafael Ott – instalado, no dia 25 de julho de 2010, como pastor na CEL São Paulo, do Jardim Ipiranga, Porto Alegre, RS, pelo pastor Arnil-do Schneider. Era capelão escolar em Porto Alegre, RS.

Informações do Assessor da IELBPastor Rony Ricardo Marquardt

O dia a dia da Editora Concórdia, as promoções e os lançamentos

estão no nosso Twitter twitter.com/edconcordia

Contribuições das Congregações

Page 30: Mensageiro Luterano

Lágrimas e Esperança

“Jesus chorou.” Nas gincanas bíbli-cas, decoramos este versículo de Jo 11.35. Ele é muito pequeno,

mas repleto de significado: no choro de Jesus, reconhecemos a dor – a dor da morte de alguém querido; reconhece-mos a misericórdia do Deus da vida, e sentimos a tristeza do autor da salvação pela degradação de sua obra.

O choro pode ser provocado por vários motivos, diríamos nós – tristeza, alegria extrema, emoção, descontrole até. Porém, acho que sempre há uma ponta de tristeza em cada lágrima (talvez por minha melancolia latente). A mãe que chora no casamento da filha sofre, apesar da alegria. O pai que chora diante da conquista do filho, carrega além da alegria, um pouco do sofrimento de não ter realizado seus próprios sonhos. O crente que chora após o perdão recebido na Ceia do Senhor Jesus, está alegre, mas reconhece que o perdão custou a humilhação e a vida do Filho de Deus. As lágrimas diante do milagre talvez exaltem tantos outros sofredores sem milagre.

O choro nos faz “curtir” a tristeza. Não numa simples melancolia embalada por sonhos frustrados, mas no reconhe-cimento de que a vida não é perfeita, de

que os sonhos são, na maioria das vezes, inalcançáveis, e, por isso, sem as promes-sas de Deus, quase sádicos. O choro é o reconhecimento, nem sempre conscien-te, de que precisamos de alguém que enxugue nossas lágrimas. Não é à toa que a resposta de Davi, que não chorou após a morte de seu filho com Bate-Seba, nos impressiona pela aparente frieza do rei: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim” (2 Sm 12.22,23 - SBB-NTLH). E Davi segue a vida, adora o Senhor e tem outro filho com Bate-Seba. Assim também é difícil reconhecer e aceitar as dores como Jó, que depois de mostrar-se triste, ajoelha-se e adora a Deus: “O Senhor deu, o Senhor tirou; louvado seja o seu nome!” (Jó 1.21)

Sob esperança escatológica (em Je-sus), o choro limpa nosso olhar e nos faz enxergar a vida como ela é: bela, ainda que áspera; maravilhosa sob a graça, ainda que dura sob o pecado; eterna em Cristo, mesmo numa tenda que se desgasta aqui neste mundo. Em Jesus, a esperança não nos faz parar de chorar, mas nos põe em movimento para o futu-ro, para a realização completa de filhos de Deus, para a ressurreição.

Hoje, alegria e choro convivem. No amanhã de Deus, as lágrimas serão enxugadas. E a alegria reina. Tempo do aconchego do Pai que abraça sempre, mas lá, face a face. “O choro pode durar a noite inteira, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).

Chore... Que a desesperança não seja seu motivo pois há esperança em Cristo Jesus. E onde há esperança há movimen-to, há realidade, já que ela, a esperança, é “realista, porque somente ela toma a sério as possibilidades que impregnam tudo que é real” (MOLTMANN, 2005, p.40). E você já percebeu como as lágrimas não são inertes? Elas rolam, abrem caminho, se movimentam como parte da engrena-gem da psique da criatura aos frangalhos que anseia pela volta ao Criador.

“Em Jesus, a esperança não nos faz parar de chorar, mas nos põe em movimento para

o futuro, para a realização completa de filhos de Deus,

para a ressurreição. Hoje, alegria e choro convivem.

No amanhã de Deus, as lágrimas serão enxugadas.

E a alegria reina.”

Fernando Henrique Huf, pastor da IELB em São Paulo, aluno de Psicologia na UNIMESP

“Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará” (Mt 5.4)

34 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | ANo 9334

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Page 31: Mensageiro Luterano

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | Ano 93 17

Gálatas 2.20

1 Coríntios 6.15 e 19

João 9.4

1 Corintios 1.7

1 Corintios 29.14

2 Corintios 5.21

Corpo e mente

Bens

Vida

Evangelho

Talentos ou habilidades

Tempo

MC Atividades

Mensageiro das CriançasEncarte do Mensageiro Luterano de setembro de 2010

Compartilhando Experiências da Vida com Deus

Deus é o dono de tudo o que existe. E ele nos convida a administrarmos tudo de acordo com a sua vontade, para a sua glória e para o bem-estar nosso e das outras pessoas. Deus nos encarregou como mordomos ou administradores a usarmos tudo o que é dele. Porém, ele também chama a nossa atenção, pois um dia teremos que prestar contas dessa administração. É por isso que nos convida a sermos fiéis em nosso trabalho, usando os tesouros de Deus para a edificação do seu Reino.

“Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes.” Lucas 16.10

1 Deus nos dá diversas coisas para cuidar. Relacione os versículos bíblicos indicados com a riqueza que Deus nos dá para administrar.

Page 32: Mensageiro Luterano

18 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | Ano 93

Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro.

Ele conhece o nosso _________________

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2 Martinho Lutero escreve na explicação do 1º artigo que Deus nos criou e nos deu uma série de coisas para administrarmos neste mundo, e pelos quais devemos cuidar e acima

de tudo agradecer, pois, tudo recebemos de Deus que nos ama e se preocupa conosco.

Escreva uma oração a Deus, agradecendo a ele por tudo o que você tem neste mundo.

3 Jesus aconselha em Lucas 16.13:

Aloysia Klemann

Page 33: Mensageiro Luterano

Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | Ano 93 19

Olá, amiguinhos do MC!

Nos dias 12 a 16 de julho, as crianças da Missão Piracuama,

SP, estiveram reunidas na Escola Bíblica de Férias. Cerca de

35 crianças se reuniram diariamente para ouvir a história

de um menino chamado Samuel e também para aprender

a contar a história da Salvação através do livro Sem Pala-

vras. No último dia, fizeram desenhos da história que mais

gostaram para mostrar a vocês! Beijos da tia Izabel, tio

Daniel, tia Cida, tia Débora e do pastor Héber Fach.

Ana Flavia

Andreza - 10 anos

Felipe - 3 anos

Guilherme - 12 anos Ingrid - 13 anos

Izabela

Paloma - 8 anosRafael - 7 anos

Leonardo - 12 anos

Lírys - 7 anos

Larissa - 11 anos

Maria Eduarda - 5 anos

Page 34: Mensageiro Luterano

20 Mensageiro Luterano | Setembro 2010 | Nº 9 | Ano 93

Desafio do mêsComo você imagina o que Deus criou no segundo dia, de acordo com Gn 1.6-8? Faça um

desenho bem bonito e colorido, e mande-o até o dia 20 de outubro para:

Mensageiro das criançasAv. São Pedro, 633 - Bairro São Geraldo - CEP: 90230-120 - Porto Alegre, RS

Olá, amiguinhos do MC!Meu nome é Milene Tainara Weiss, tenho 9 anos. Meu pai, Irio, e minha mãe, Eliete, são agricultores. As profes-soras da escolinha se chamam Malise e Marli, meus coleguinhas são: Roberto, Ronaldo, Ri-cardo, Valdir, Leonardo,

Vanderleia, Mateus, Lu-cas, Jaqueline, Eloisa, Fernanda, Wesley, Welinton, Maria-na, Sabrine, Jaqueline. O pastor Gerson Esteffen é bem le-gal para a nossa Congregação Emanuel, de Esquina Budel. Sua esposa também é legal, e eles juntos tem um filhinho fofinho chamado Davi.Um Beijo a todos.E lembrem-se: Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Olá, amiguinhos! Tudo bem?Meu nome é Sau-lo Maier Saick e eu tenho um ir-mão. Meus pais são Darli e Su-zane. Moramos em Serra Pelada, Afonso Claudio, ES. Sou da co-

munidade Cristo, de Lagoa, meu pastor é o Edgar e as minhas professoras são a Valda e a Idalina. Gosto muito de ir a escolinha, ouvir as histórias e cantar. Um abraço a todos!

Rafaela - 10 anos

Thaisa - 7 anos

Rejane - 10 anosLuana - 10 anos Kauê - 9 anos

Natalia - 11 anos

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