luterano 89

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Joinville Luterano Comunidade Evangélica de Joinville | Ano XIV • nº 89 • Jul/Ago 2015 Pág. 16 Pág. 6 e 7 Violência Pág. 4 18ª Assembleia Sinodal Paternidade Pág. 8 Conversa com 0 pastor Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer. Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento. Provérbios 23:22-23 Foto: Banco de Imagens Pág. 14 Doe PC’s para a Missão

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Jornal da comunidade luterana de Joinville, Santa Catarina, edição julho e agosto de 2015.

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Page 1: Luterano 89

Joinville LuteranoComunidade Evangélica de Joinville | Ano XIV • nº 89 • Jul/Ago 2015

Pág. 16Pág. 6 e 7

Violência

Pág. 4

18ª Assembleia Sinodal

PaternidadePág. 8

Conversa com 0 pastor

Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer. Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento.Provérbios 23:22-23

Foto

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Pág. 14

Doe PC’s para a Missão

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Joinville Luterano2 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

MURAL

Comunidade Evangélica de JoinvilleRua Princesa Isabel, 508 - Joinville/SC

Centro Cx. Postal 214 - CEP 89.201.270Tel. (47) 3903-1800 / FAX (47) 3903-1801

[email protected] / www.luteranos.com.br/cejup

PRESIDENTEArtur Francisco Baumrucker

JOINVILLE LUTERANOFundado em abril de 1965

Informativo bimestral da Comunidade Evangélica de Joinville, filiada à Igreja Evangélica de Confissão

Luterana no Brasil/IECLB

CONSELHO EDITORIALAlex Schmöller, Curt Klemz, Cristina Kühl, P. Ernâni

Marino Petry, Gérsio Schroeder, Ivone Ehmke Kanzler, Nilson Vanderlei Weirich, Nivaldo Mathies, Renato

Ganske.

JORNALISTA RESPONSÁVELJucemar da Cruz - 103 DRT/SC

EDIÇÃO: TWC Comunicação / DIAGRAMAÇÃO: TWC Comunicação / FOTOS: CEJ e banco de imagens /

IMPRESSÃO: Jornal A Notícia / TIRAGEM: 7.950 exemplares. Artigos assinados são de

responsabilidade de seus autores. Fechamento da próxima edição: 30/07/2015

Matérias enviadas após o prazo ficarão sujeitas à disposição de espaço.

EXPEDIENTE

EDITORIAL

É com muita alegria que fazemos chegar às suas mãos mais uma edição do nosso jornal Joinville Luterano, elaborada com todo o carinho para proporcionar informações e promo-ver a reflexão entre os leitores.

Na matéria principal o P. Ale-xandre Fernandes Francisco questio-na “O que é ser um bom pai?”. Ele mesmo fornece uma das respostas: bom pai é quem tem fé em Deus e procura andar nos seus caminhos.

É justamente isso o que procura fazer o P. Sinodal Inácio Lemke, en-trevistado desta edição para a colu-na “Conversa com o Pastor”. Pai de Mathias e Thobias, o pastor recorda de sua atuação na igreja e fala sobre sua função no Sínodo.

Esta edição traz, ainda, matéria sobre a 18ª Assembleia do Sínodo Norte Catarinense, realizada no úl-timo mês de maio, no Salão Comu-nitário da Comunidade Evangélica Luterana de Corupá, além do regis-tro dos aniversários de dois grupos de OASE: Debora e Priscila.

Como em todas as edições, também nesta trazemos uma lista de sugestões de livros, cuja leitura pode proporcionar importantes en-sinamentos e reflexões. Esta edição contém, ainda, informações sobre as ações realizadas pelas paróquias e os calendários das atividades para os meses de julho e agosto.

Nosso desejo é que você tenha uma agradável e proveitosa leitura! Até a próxima edição.

Notícias da CEJ-UP

Acompanhe os programas também pela internetA PALAVRA DE DEUS NA MÍDIA

RESPOSTAS PARA A VIDARádio Cultura • AM 1250 Khz - Domingo - 19h

CULTO EM CASARádio Colon • AM 1090 Khz - Domingo - 9h

Julho - Paróquia São MateusAgosto - Paróquia da Paz

CASTELO FORTERádio Difusora • AM 1480 Khz

Sábado - 14hCINCO MINUTOS COM JESUS

Rádio Pirabeiraba • 87,9 FMDiariamente - 18h ou

www.luteranos.com.brAcessar Sínodo Norte Catarinense

“Ouça na Rádio”

A Paróquia São Mateus promove:NOITE DO PASTEL E DOS TALENTOSDia 08 de agosto, a partir das 18 horasEste convite é para VOCÊ e SUA FAMÍLIA!Saboreie deliciosos pastéis e prestigie o talento de nossa gente.Av. Santos Dumont, 324 - Bom RetiroInformações: 3903-1812 e [email protected]

Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segun-do a instrução e o conselho do

Senhor.Efésios 6:4

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Joinville Luterano 3IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Você já quis ter uma borracha especial para apagar algo que fez, que aconteceu, algo que doeu tão fundo ou teve consequências tão graves que você daria tudo para vol-tar atrás e recomeçar?

Há muitos que dariam tudo na vida para recomeçar do zero, ter uma nova oportunidade para agir diferente, tomar outras decisões, fazer diferentes escolhas. E eu sei que muita gente já recomeçou uma nova vida, já deu uma volta impor-tante que fez com que os caminhos mudassem de direção. E isso sem-pre é possível.

Mas não é possível recomeçar do zero. Recomeçar do zero não existe! Não existe fingir que não houve um passado e não estar ligado a ele de alguma forma. Não existe zerar o coração, nem as emoções, mesmo se passássemos nosso tempo voltando os ponteiros do relógio.

A verdade é que se pudéssemos recomeçar do zero, numa amnésia existencial, cometeríamos erros no-vamente, choraríamos de novo... porque não traríamos conosco essa carga de experiência que carrega-mos hoje, que às vezes até pesa, mas é nossa e isso não podemos negar, nem renunciar.

E é melhor assim: acreditar que tudo o que fizemos valeu de alguma forma. Erramos? Sim, e daí? Aquilo que reconhecemos como erro não fa-remos novamente e cada vez que tro-peçamos e aprendemos com isso, colocamos algo mais na nossa bagagem da vida.

Lamentar por algo que não se teve? Que per-da de tempo! As lamenta-

ções pelo que não fizemos não acrescenta nada na nossa vida. Pre-cisamos viver de coisas concretas, do que realizamos, do que tivemos, mesmo se as perdemos.

Quem nos julga deveria julgar--se primeiro.

Ninguém é de todo bom e de todo mal. Não existem pessoas melhores que as outras, apenas as que ainda querem aprender e as que já perderam a esperança. Quem não chora por fora, chora por dentro, a diferença é que neste caso ninguém percebe.

É possível recomeçar a vida, com novas ambições, fazer do velho, o novo e com uma grande vantagem: dessa vez existirão os parâmetros de comparação, as chances serão maio-res de tomar decisões acertadas.

Então, acredite: tudo o que você viveu até agora valeu a pena porque é dessa vivência que você tira seu aprendizado. Se você tem 30, 50 ou 80 anos, você pode fazer sua vida diferente ainda, você pode olhar o mundo com olhos novos.

Deus não condena ninguém. São as pessoas mesmas que se condenam quando cruzam os braços, imobili-zam as pernas e colocam uma venda n o s olhos.

A vida continua, mesmo se muitos desistem. E ela é muito mais rica

para aqueles que abrem

os braços ao futu-ro, dão as

mãos ao passado e re-

começam. Essas pessoas jamais se

sentirão sozinhas.

SERVIÇO DE PREVENÇÃOE TRATAMENTO DE

DEPENDÊNCIA QUÍMICA (ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS)

E JOGO PATOLÓGICO

CONHECER PARA VENCER

Recomeçar do zeroAno XXIV

REFLEXÃO BÍBLICA

Dois tipos de EvangelhoPar. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Lucas André DelitschCoordenador do serviço

Agente de saúde em substâncias psicoativas e outras dependências patológicas

Leitura de Gálatas 1.6-10

Introdução: A palavra “Evan-gelho” significa “boa nova” ou “boa notícia”. Foi assim chamado por trazer a boa nova do nascimento de Jesus, o Filho de Deus, anunciado pelos anjos aos pastores em Belém e, mais tarde, pelos apóstolos Mar-cos, Mateus, Lucas e João. Satanás tenta desacreditar a palavra de Deus e confundir as pessoas com outros evangelhos, como por exemplo, o evangelho segundo Alan Kardec, os ensinamentos dos Mórmons, além de inúmeras religiões e filosofias, que apresentam ideias diferentes das ensinadas por Jesus. O apóstolo Paulo já sentiu isso no primeiro sé-culo. E alerta para o dever do cris-tão de não aceitar pensamentos hu-manos com aparência de religiosos.

1. Dois tipos de evangelho:1. O evangelho de Cristo - v.72. O outro evangelho, que na-

quele tempo trazia costumes judai-cos, como a circuncisão e restrições alimentares - v.6 - Colossenses 2.8, 16-18.

2. Diferenças entre os dois1. O outro evangelho, pelo fato

de procurar agradar aos homens, é do jeito deles. Somente há um ca-minho para salvação: Jesus (João 14.6) - v.10.

2. O evangelho de Cristo é o poder de Deus que transforma a vida das pessoas (Lucas 7.37,48), que liberta (Lucas 8.2) e que salva

(Romanos 1.16). 3. O outro evangelho inquieta,

perturba, transtorna e deve ser re-jeitado - v. 7-9. - Há muitos falsos pregadores hoje ensinando a teolo-gia da prosperidade, da adoração, da contemplação, da busca de bene-fícios e glória para si mesmo. Jesus pregava o amor que liberta, cura e transforma o ser humano, que pas-sa a buscar mais a Deus e menos as coisas do mundo, e a servir a Deus e não mais a si mesmo. Quem quer ganhar o mundo, perde a salvação. Deus se entristece e o diabo se ale-gra, porque o falso evangelho não leva à salvação.

3. O evangelho de Cristo exige:1. Crer para ser salvo- Romanos

1.16; 1 Coríntios 1.182. Receber e obedecer - Roma-

nos 1.53. Misturar com a fé - Hebreus

4.2Conclusão: Que tipo de evan-

gelho você abraçou? Conhece o que recebeu? Se já recebeu o evangelho de Cristo, permaneça nele. Mas se está no outro, venha para o de Cris-to! Antes de aceitar a pregação de qualquer pessoa a respeito de Deus, veja se o que ela ensina a respeito de Cristo está de acordo com a Palavra de Deus. Deus não muda de ideia e por isso não se contradiz com a Sua Palavra! E aprenda a agradar a Deus e a desagradar aqueles que fazem o mal, buscam somente para si mes-mos e, por isso, continuam vivendo em pecado.

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Joinville Luterano4 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

V Congresso Sinodal de Juventude Evangélica

Par. Cristo Bom Pastor | Testemunhos

Mensagem da 18ª Assembleia do Sínodo Norte Catarinense

30 e 31 de maio de 2015 - Corupá - SC

“Mesmo que ainda muito nova, fui para o V Congresso Sinodal da JE com o intuito de me aprofundar e de me tornar uma líder. O Sínodo Norte Catarinense se reuniu na Paróquia Apóstolo João, Comunidade Ilha da Figueira, localizada em Jaraguá do Sul, nos dias 16 e 17 de maio. Lá foram discutidos assuntos como o jovem na igreja, foram toma-das decisões e feitas ‘eleições’; tivemos palestras e reflexões. Revi algumas pessoas que conheci no 35º Acampamento de Carnaval, tivemos momentos de diversão e de aprendizado, vivi novas histórias e também pude conhecer novas pessoas e criar novos laços de amizade. Agra-deço a todo mundo que ajudou, que preparou tudo, ao Diácono Jaime, à Pastora Pamela e ao Pastor Marcos, a Jepajo por ter nos acolhi-do tão bem e também agradeço a todos que compareceram.” - Carolina Luiza Manske

“O que falar do Congresso Sinodal da JE (Consije)? Quando fui imaginava que seria uma coisa bem chata, de horas e ho-ras de reuniões, que não levaríamos nada de muito divertido para casa. Me enganei. O Consije foi MUITO bom, divertido, en-graçado e realmente superou minhas expec-tativas. Fiz muitos amigos novos (espero ver vocês de novo), aprendi novas brincadeiras (já levamos a nossa JE) e, o principal, apren-di sobre meus dons e os dos outros e refleti como poderiam ser utilizados no dia a dia como igreja de Cristo. Gostaria de agrade-cer ao pessoal da Paróquia Apóstolo João e sua JE (JEPAJO) por nos receberem tão bem, com tamanha simpatia. Foi até triste voltar para Joinville. Sempre me lembrarei desses dois dias com muito carinho. Até o próximo Consije!” - Ana Clara Valentim

Bom dia, tudo bem?Nossa, o que será que nos espera

na 18ª Assembleia do Sínodo?Acho que temos muito a compar-

tilhar e aprender também.Sim, sempre é muito importante.Acredito que vai estar frio, por ser

em Corupá.Já fiquei sabendo que o pessoal de lá

está se organizando em nos receber bem.Sim, sempre somos muito bem aco-

lhidos quando acontecem os eventos.Chegamos!Vamos tomar um café com o pes-

soal e abraçar nossos amigos.Sim iremos reencontrar muitos

amigos que só vemos nesses encontros.O tema para esse ano O que é que

estamos conversando pelo caminho, vai muito além

Jesus caminha com os 2 discípu-los, e eles não o reconhecem.

O que nós estamos conversando pelo caminho?

Como Luteranos nós estamos pro-pagando o Evangelho de Jesus?

Como Luteranos estamos servin-do nosso próximo além de nossas co-munidades?

Olhar com amor, carinho e aco-lher... isso que faz a diferença.

Nos pediram que trouxéssemos uma imagem impressa que represen-tasse nossa paróquia, Comunidade ou departamento. Você trouxe?

Sim, na minha comunidade for-mamos uma equipe e todos puderam dar sua opinião.

Isso é trabalhar unidos....Somos chamad@s a comunicarIgreja que vive e faz viver.Chama teu irmão e tua irmã para

caminhar junto... comunicar juntos!Somos membros de uma Igreja

que anima. Igreja da esperança.Vocês ouviram os relatórios? São

momentos de avaliar e planejar para o futuro.

Partilhamos experiências, apren-demos com as vivências, ouvimos re-latos importantes sobre a vida comu-nitária e Sinodal.

E esse tal do Ecumenismo? Ta sendo muito comentado...

Estamos planejando com outras Igrejas.

Caminhada conjunta, acolher é pela Unidade Cristã.

É tudo muda... nós temos que

acompanhar essas mudanças!Você sabia que o Sínodo Norte

Catarinense tem Facebook?Simmm... e olha que teve mais

que 500 curtidas!Mas ainda é muito pouco... pre-

cisamos que as pessoas curtam mais, leiam mais...

Temos que anunciar o que aconte-ce no nosso Sínodo.

Vamos nos comprometer em pla-nejar algo para que mais pessoas se sintam motivadas?

Nossa Igreja já iniciou o processo do Plano de Ação Missionária. O PAMI.

Você sabia que só atingiremos nos-sas metas em uma perspectiva de tra-balho em comunidade?

Que Igreja somos?Que Igreja queremos ser?O que temos de bom?Como chegar lá?Precisamos planejar de verdade.Quais são os desafios?A missão de Deus é convite para agir.Quando nos envolvemos com a

missão de Deus, criamos sinais e espa-ços de convivência.

Somos mãos que ajudam na gran-de seara do Senhor.

Aplicar a palavra de Deus, ir além, olhar o irmão e a irmã, suas necessidades.

Firmar nosso compromisso, ava-liando, planejando e agindo em co-munhão.

Qual é o seu desafio?Qual é o nosso desafio?Vamos ser uma comunidade

atraente?Vamos incluir novas gerações?Vamos revelar novas lideranças?Vamos investir na formação de

membros?Vamos perceber os desafios urbanos?Ouvindo Tudo de bonito que

existe percebemos que temos muito a compartilhar, planejar e sonhar pelo caminho como Igreja Luterana, como corpo de Cristo em Comunhão.

Para finalizar fomos desafiados a voltar para as nossas casas, continuar so-nhando e comprometidos servir a Deus.

Assim fomos enviados e enviadas daqui com o compromisso de sermos comunidade

Vem conosco caminhar,Celebrar a Comunhão,A Igreja edificar,Praticar a compaixão.

18ª Assembleia Sinodal aconteceu em Corupá/SC

Sínodo Norte Catarinense | Nivaldo Klein

Nos dias 30 e 31 de maio último, estiveram reunidos no Salão Comu-nitário da Comunidade Evangélica Luterana de Corupá, no Município de Corupá/SC, mais de 320 delegados representando as Paróquias e Comu-nidades do Sínodo Norte Catarinen-se, como também os representantes dos Departamentos de Atividades do Sínodo e as instituições com represen-tação no Sínodo.

Presentes também a Pa. Sílvia Bea-trice Genz, Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB, a Sra. Marilu Menezes, da FLD e o Pastor Sinodal Sigfrid Baade, Pastor Sinodal em exercício do Sínodo Vale do Itajaí. No Culto de Abertura, a prédica ficou por conta do Pastor Si-nodal Inácio Lemke. O Culto teve o acompanhamento de musicistas e co-ralistas de várias comunidades.

Durante os procedimentos re-gimentares da Assembleia, foram apresentados os relatórios do Pastor Sinodal, da Presidência do Conselho Sinodal e os relatórios financeiros, os quais foram todos devidamente apro-vados. Os Departamentos de Ativida-

des do Sínodo apresentaram os tra-balhos realizados no último exercício como também suas propostas para o próximo exercício.A Sra. Marilu Me-nezes, da FLD, conduziu palestra e atividade de desenvolvimento do Pla-nejamento Estratégico para o Sínodo Norte Catarinense.

O Culto de Encerramento teve a prédica por conta da Pa. Sílvia Bea-trice Genz e igualmente foi acompa-nhado pelos musicistas e coralistas das comunidades do Sínodo. A Comuni-dade de Corupá foi de forma brilhan-te como anfitriã do evento, suprindo magnificamente todas as necessidades dos Delegados e demais participan-tes. Aos membros da Comunidade de Corupá que estiveram na retaguarda e nos bastidores do evento, nossos mais sinceros agradecimentos.

A próxima Assembleia Sinodal Ordinária realizar-se-á na cidade de Joinville, nos dias 28 e 29 de maio de 2016, tendo a Comunidade Evan-gélica de Joinville - União Paroquial como anfitriã.

Representantes das paróquias e comunidades do Sínodo Norte Catarinense prestigia-ram o evento

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Joinville Luterano 5IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Representantes do Sicredi participam de Reunião da Diretoria da CEJ-UP

No último dia 29 de abril representantes do Sicredi Norte SC participaram da Reunião de Dire-toria da CEJ-UP. O Gerente de Desenvolvimento da Superintendência Regional Rui André Steffens, a Gerente da Unidade de Atendimento Centro Andrea Rodrigues da Silva, e a Gerente de Negócios - Pessoa Jurídica da Unidade de Atendimento Centro Eneida Beckert, fizeram uma explanação a res-peito das atividades da Cooperativa, abordando as principais ações e avanços conquistados ao longo do último ano e agradeceram as atenções que vêm recebendo da CEJ-UP.

Aos membros da Diretoria foi efetuada a entrega do Relatório Anual-2014, além da entrega sim-bólica de um cheque no valor de R$ 7.612,12, correspondente à participação da CEJ no rateio das sobras relativas ao exercício de 2014, em função das operações realizadas com a Cooperativa. Também foi confirmado um patrocínio no valor de R$ 2.000,00 para o jornal Joinville Luterano.

Grupo Amigos: Amizade e dedicação ao trabalho comunitário

Par. Martin Luther | Edson Gonçalves

Não tenho tempo!Par. Martin Luther | Edson Gonçalves

Fundado em 22 de abril de 2002, o Grupo Amigos, da Paróquia Mar-tin Luther, tem como lema “Amizade e dedicação ao trabalho comunitá-rio”. Os membros se reúnem todas as quintas-feiras das 14h30 às 17h para atividades diversas: 1º Quinta: TRABALHOS - Peque-nos projetos e serviços de manutenção da igreja e demais dependências.2º Quinta: ASSUNTOS TEMÁTI-COS - Um participante pode trazer um tema sobre: religião, educação, saúde, tecnologia etc.3º Quinta: LAZER- Visitas a museus, locais turísticos, jogos etc.4º Quinta: REFLEXÃO - Assuntos bíblicos (com participação do pastor)

PRINCIPAIS TRABALHOSEFETUADOS

1 - Manutenção e conservação (Ex: pintura dos bancos e portas da igreja, salão grande, pequeno etc.). 2 - Projeto e confecção do novo púlpito.3 - Confecção do balcão para dança sênior (3,70 x 0,90 x 0,50m).4 - Confecção do balcão da sacristia

(1,10 x 0,90 x 0,45m).5 - Confecção do arquivo da secre-taria.6 - Confecção da prateleira da secretaria.7 - Projeto do átrio frontal da igreja. 8 - Projeto do armário do salão pe-queno. 9 - Projeto da casa do gás.10 - Projeto da porta lateral da igreja, idêntica à porta dianteira.11- Construção de canteiro com ar-bustos e flores (lateral/fundos igreja).12 - Confecção de 60 mesas de 2,00 x 0,80m com 100 cavaletes. Neste trabalho o grupo recebeu a madeira doada e cortada e fez a montagem das mesas e cavaletes.

AGRADECIMENTO Agradecemos à comunidade por

ter nos dado a oportunidade de exe-cutarmos os trabalhos acima relacio-nados e, principalmente, o último, o maior realizado pelo grupo até aqui.

Você que é da terceira idade, tem dis-posição e também gosta de se dedicar à comunidade, venha participar conosco!

O tempo é tão complexo que os sábios gregos tinham duas pa-lavras para o termo: Ch-ronos designa o tempo de forma quantitativa, estatística, sequencial, ou seja, a maneira pela qual podemos medir ou fracionar o tempo em horas, dias, mês, ano... É o tempo limi-tado, finito, absoluto. Diziam eles que é o tempo dos homens. Kairós é mais interessante: refere-se à qualidade do tempo. É o tempo certo, o momento oportuno. Um momento indetermina-do em que algo acontece. É o tempo que não pode ser aprisionado pelas es-tatísticas e relógios. É o tempo Divino. Pelas exigências da vida moderna, não temos a percepção do tempo (kairós). Embora os dois tempos estejam interli-gados em nosso dia a dia.

Fazer tudo em seu tempo, pesar o que é temporário e o que é permanen-te. Tempo para pensar, tempo para agir, para a atitude não ser temporã. Que seja em tempo. Que dê tempo. Que a consequência de sua atitude seja marcada pelo tempo kairós, espe-cial, o “tempo de Deus”. Pois no tem-po chronos, o “dos homens”, estará registrada a medida. Enfim, usar bem o tempo é ser à frente do seu tempo, saber quando dar tempo ao tempo, e ter tempo para o que realmente vale. Por falar em kairós e chronos, o ápice da interseção entre esses dois tempos foi Jesus Cristo dividir o tempo, a his-tória, em antes (AC) e depois (DC) dele, foi o cruzamento entre chronos e kairós, admitido até mesmo por histo-riadores céticos e ateus.

Com o pretexto de que estamos sempre precisando aumentar nossa ren-da, vivemos acumulando afazeres para ganhar mais, para possuir mais, para nos preocupar mais, e tudo isso para quê?

Ainda não conseguimos descobrir o prazer da atividade diária bem dosa-da, intercalando os dois tempos acima citados, com pausa para reflexão, para observar as nossas atitudes diante da vida, procurando a qualidade do tem-po, para ficar com a melhor parte.

Procuramos encher nossa vida com bastante afazeres porque senti-mos um grande enfado quando temos tempo disponível . Na verdade não sa-bemos como aproveitá-lo.

Boa parte dos conflitos pessoais, pais e filhos, marido e mulher, pa-

trão e funcioná-rios acontece pela falta de tempo. Desentendimen-tos, discussões e mal entendidos poderiam ser evi-tados com alguns minutos de diálo-

go.“Não tenho tempo” acredito ser a

maior mentira que uma pessoa pode contar a si mesma e que serve de des-culpa para tudo. Mentira que se re-solve com uma gestão disciplinada das 24 horas do dia e com uma lis-ta de prioridades bem definida, por-que quando se deseja algo com uma grande intensidade, se arranja tempo. Aquele que até então nunca se teve.

Perguntaram ao Dalai LamaO que mais lhe preocupa atual-

mente no mundo?Então respondeu: O homem: traba-

lha muito para ganhar dinheiro, depois gasta o dinheiro para tratar a doença. Vive como se nunca fosse morrer e mor-re como se nunca tivesse vivido.

O que nos ensinam as escriturasExistem outros livros da Bíblia

que se referem ao tempo divino, mas vamos aqui destacar o de Eclesiastes por considerarmos o mais evidente.

Eclesiastes 3 – Tudo neste mundo tem seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.

Eclesiastes 6.7- Todos trabalham duro para terem o que comer, mas nunca ficam satisfeitos.

Eclesiastes 9- 7.10 – Vá em frente coma com prazer a sua comida e beba alegremente o seu vinho, pois Deus já aceitou com prazer o que você faz. Procure sempre parecer feliz e satisfei-to. Enquanto você viver neste mundo de ilusões, aproveite a vida com a mu-lher que você ama. Pois isso é tudo o que você vai receber pelos seus traba-lhos nesta vida dura que Deus lhe deu. Tudo que você tiver de fazer faça o melhor que puder, pois no mundo dos mortos não se faz nada, e ali não exis-te pensamentos, conhecimentos nem sabedoria. E é para lá que você vai.

Acreditamos que intercalando em nossa vida os dois tempos - o dos ho-mens e o de Deus - poderemos achar o melhor sentido para ela.

Participantes fazem trabalhos na paróquia e se encontram para o lazer e a reflexão

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Joinville Luterano6 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Conversa com o Pastor Inácio LemkePastor Sinodal Inácio Lemke com a família: esposa Margit e filhos Thobias e Mathias

CONVERSA COM O PASTOR

Equipe Joinville Luterano | Gérsio Schroeder

Nós saímos do âmbito da CEJ, onde realizamos as conversas até então, e nos dirigimos ao

Sínodo Norte Catarinense. O Pastor Inácio é o Pastor Sinodal do Sínodo Norte Catarinense, responsável pelos assuntos ministeriais que envolvem as paróquias em que as Comunidades Evangélicas de Joinville estão incluídas.

O P. Inácio Lemke nasceu no dia 12 de setembro de 1950, na cidade de Jaraguá do Sul (SC), filho de Alvino Lemke e Ruth Splitter Lemke. É ca-sado com Margit Elfriede Lemke, na-tural de Ebermannstadt, Alemanha. O casal tem dois filhos: Thobias, 28 anos, Engenheiro Sanitarista Ambien-tal e Mathias, 24 anos, estudante de Engenharia Química.

Pastor Inácio, qual a profissão dos seus pais? Eles tinham algum envolvimento na Igreja?

Eles eram agricultores e sempre estavam envolvidos na igreja. Minha mãe ocupou vários cargos na OASE de Matelândia (PR) e meu pai sempre participou em cargos no Presbitério.

Por que Pastor? Na verdade, na juventude nunca

pensei em ser pastor. Eu fui motivado por pastores que serviram a Comuni-dade e Paróquia de Matelândia e me animaram para não parar de estudar. O Oeste do Paraná, onde morávamos, era ainda área de colonização, tudo era muito precário e minha família não tinha muitos recursos. Assim, o então P. Arnoldo Mädche e sua esposa Flávia se empenharam para conseguir uma bolsa de estudos no Colégio Si-nodal, em São Leopoldo (RS). Eu, na época, nem imaginava o que seria es-tudar no Colégio Sinodal. Mas, como gosto de desafios, aceitei e fiz três anos de curso Clássico no colégio e me pre-parei para o curso de Teologia. Gostei e nunca me arrependi de ter feito esta faculdade. Cada vez fui me aprofun-dando mais e mais na Teologia. Sem-pre com um olhar crítico e desafiador, para perceber o que a Igreja, através de seus serviços, pode dispor para as co-munidades e a sociedade no contexto onde ela atua. Eu amo este desafio e procuro servir à Igreja através do Mi-nistério com Ordenação que me con-fiou. Todo o meu estudo foi um longo processo, que foi acontecendo e me convertendo para a caminhada junto às comunidades.

Quanto tempo de Ministério Pastoral?

Eu me formei em 1980 na Fa-culdade de Teologia em São Leopol-do, intercalado com intercâmbio no Evang.-Luth. Missions und Diaspora-seminar em Neuendettelsau, Alema-nha. Completo este ano, 35 anos de Ministério Pastoral.

Em quais paróquias atuou? Em março de 1981 fui enviado,

pela IECLB, para as Novas Áreas de Colonização – NAC, para a região de Rolim de Moura, Município de Ca-coal, Rondônia. Em 1988 fui cedido e transferido para Porto Velho (RO) para acompanhar e assessorar os tra-balhos desenvolvidos pela Comissão Pastoral da Terra – CPT junto às Igre-jas, organizações e movimentos so-ciais na Região da Amazônia e Mato Grosso. Em 1992 fui chamado para servir a Igreja na Alemanha, a convite do kirchlicher Entwicklungsdiens – KED Bayern com trabalhos junto à Igreja Evangélica Luterana na Bavie-ra, com residência em Nürnberg. Em setembro de 1999 retornei ao Brasil, quando fui aceito para o trabalho pastoral em Teófilo Otoni (MG). Em 2002 assumi o 1° pastorado da Paró-quia Evangélica Luterana em Rio das Antas (SC). Em 2010 fui eleito Pastor Sinodal e reeleito em 2014 para mais um período, até 2018.

Alguma particularidade destes locais?

No início, em Rolim de Moura, havia uma carência muito grande de presença pastoral da nossa Igreja. Mi-nha esposa e eu aceitamos este desafio e sempre atuamos juntos. Procuramos estar junto às famílias migrantes que chegavam de todos os cantos do Brasil e procurávamos acolhê-las da melhor forma possível. Vivíamos na carência com elas, pois também não dispúnha-mos de recursos. Era uma verdadeira “pastoral de convivência”. É muito difícil entender este trabalho aqui no Sul. Era um trabalho acolhedor ofere-cido por nossa Igreja àquelas pessoas. Foi um verdadeiro trabalho missio-nário. Você trabalha junto às famílias num todo. Este foi um trabalho muito importante nesta região de Rondônia. Nossa Igreja teve e continua tendo uma marca muito respeitosa naque-la Região Amazônica. É conhecida como Igreja aberta e acolhedora. In-dependente de denominação ela aco-lhia. E em pouco tempo formaram-se nesta região, duas paróquias, Paró-quia Evangélica Luterana Princípio da Esperança e Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Alta Floresta D’Oeste. Outra experiência interes-sante fizemos em Rio das Antas. A

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Joinville Luterano 7IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Comunidade já estava formada, bem sedimentada com suas estruturas e di-retorias. Era uma situação diferente e um novo desafio para nós. Assim logo surgiu a pergunta: como nos articular numa Comunidade já constituída, com suas tradições, respeitando-as? O que de novo podemos acrescentar e como podemos nos envolver, como formar lideranças? Isso é sempre im-portante, olhar quem está na lideran-ça e onde há necessidades de formar novas lideranças e fortalecê-las. E sempre respeitando o que já existe. É uma marca que procuramos deixar.

O Pastor Inácio sempre nos dei-xou transparecer como sendo uma pessoa calma, serena e sempre aces-sível. Como o senhor vê isso?

Eu acredito que esse deveria ser o perfil de um pastor. A quem você pode chegar com o seu assunto ou problema e ser ouvido. E não encon-trar um pastor com mais problemas que você. O pastor precisa ser capaz de ouvir e ser um interlocutor, ser ca-paz de caminhada contigo. É algo que também aprendi com outros pastores e professores. É o meu perfil e meu jei-to. Como posso ser um ser humano, um pastor, um acolhedor na comuni-dade para todas as pessoas, sejam elas jovens ou idosas.

Em sua opinião: qual o tem-po ideal para o Pastor permanecer numa paróquia?

Nas paróquias em que atuei sem-pre foram em torno de sete a oito anos. É o tempo que considero ideal. Depois desse período não se tem mais muita novidade a apresentar. A IE-CLB orienta os Ministros e Ministras a troca de CAM num período de qua-tro a oito anos. Este período de troca de CAM é recomendável e parece-me saudável.

Como você conheceu sua esposa? Eu conheci minha esposa quando

estava em intercâmbio de estudos de Teologia na Alemanha. Ela estudava Pedagogia da Religião, ela tem boa base em Teologia. Mais tarde concluiu formação em Assistente Comunitária.

Como ela participa no seu mi-nistério?

Ela sempre me acompanhou e no fundo compartilhamos as ideias. Onde possível também se envolve nos trabalhos comunitários. Com a for-mação que ela tem, compartilhamos ideias e práticas. É uma grande com-panheira de caminhada. Ela tem um conhecimento muito amplo, adquiri-do pelo hábito de leituras. A grande riqueza em nossa casa é a vasta litera-tura. É companheira de caminhada e oração. Vivemos tempos desafiadores nas paróquias pelas quais passamos e sempre estivemos juntos na partilha.

O senhor tem algum hobby? Nos tempos de Colégio e estu-

dante praticava atletismo, entre ou-tros esportes. Mas nos idos tempos da Amazônia eu tirava dias para uma boa pescaria. Não com rede, mas com anzol. Onde você senta, pode refletir, não pode ter muita conversa porque pode espantar o peixe. Onde você pode ter toda uma terapia voltada para você mesmo. Olhar para as águas, para o verde da mata. Refletir mesmo no meio da natureza e saborear a pu-reza da criação que Deus nos confia. Quando estiver aposentado, e Deus me conceder a graça da saúde, quero voltar a cultivar um ou outro hobby ligado à natureza. Cuidar da nature-za, sempre fui apaixonado pela beleza da criação. Estar no meio da natureza, e ouvir os sons, que ela nos oferece de graça. Ela nos agradece e nos acolhe.

Qual é a função do Pastor Sino-dal?

Quando foi criada a estrutura si-nodal na IECLB, em princípio era para ser, o Pastor Sinodal, o pastor dos pastores e pastoras. Aquele que acompanha, ouve e aconselha. Eu até acredito que era para ser também o pastor das lideranças. Ser um pastor dentro do Sínodo para ser o ouvido de pastores e famílias da pastoral. O pas-tor que cuida da “grande família” de Ministros e Ministras, das lideranças comunitárias. Seria o Pastor que man-tivesse uma rede de informações entre o Sínodo e a IECLB. Pois somos uma Igreja sinodal, isto é, os 18 Sínodos formam a IECLB. Mas a função do Pastor Sinodal envolve também gran-de número de atividades burocráticas como, por exemplo, elaborar pareceres sobre atividades em projetos; parece-res sobre criação de novos Campos de Atividades Ministeriais - CAMs; Avaliação de PPHMistas e estudan-tes que estão em período de estágio na área sinodal. O Pastor Sinodal tem também a função da representativida-de em eventos ecumênicos e públicos. Ele também pode ser convocado pela Presidência da IECLB para integrar comissões na Igreja. Também é fun-ção do Pastor Sinodal cuidar e preser-var a identidade da Teologia Luterana bem como cuidar do patrimônio sob domínio da IECLB na região geográ-fica do Sínodo.

Como o senhor vê a importân-cia do cargo?

Não vejo como cargo, mas como uma função motivadora da nossa Igre-ja para dentro de uma região como nosso Sínodo. Motivar pessoas para abraçar as causas que temos na Igre-ja Luterana. Quem ocupa esta função pastoral, com certeza deve ser uma pessoa dinâmica e motivadora para os

colegas e presbíteros. Se você enxerga esta função como sendo de autoridade e centralizadora não é o lugar certo.

É possível ser um pastor por es-colha “profissional” ou precisa ser vocacionado, convertido, se sentir chamado?

Na sociedade em que vivemos hoje é preciso perceber duas coisas. Preci-sa se sentir chamado para essa tarefa e ter o dom para pastorear, é preciso ser um líder. A sociedade hoje precisa mais do que nunca de referências. Pre-cisa de pessoas nas quais possa confiar e se espelhar. Os jovens precisam de li-deranças e referências. Não ser pastor por uma escolha de profissão. A pes-soa que quer ser pastor precisa ter dom pastoral e ter essa habilidade de lidar com pessoas e se sentir chamado por Deus. Quando faço uma investidura eu pergunto para os colegas de minis-tério se realmente eles querem abraçar esta função, este desafio de ser Minis-tro religioso. Para exercer essa função você precisa abrir mão de muita coisa. Precisa ser uma pessoa muito humil-de, pacienciosa, ter muito amor sem discriminar. Deus te ama incondicio-nalmente e procure experimentar isso também em relação aos que ele te con-fia pelo caminho. E é bom que você também passe essa confiança para as outras pessoas, principalmente quan-do estas outras pessoas estão numa situação carente. O Pastor ou Pastora deve ser alguém que consegue abraçar e acolher pessoas em suas necessida-des. Você precisa ser, sobretudo, uma pessoa muito atenciosa.

Tradição, tradicionalismo e no-vas tendências na Igreja Luterana. Como o senhor vê isso?

Eu acredito que é muito impor-tante preservar uma tradição. O que não é necessariamente um tradiciona-lismo. Porque se alguém vem de outra tradição religiosa, ele precisa perceber e identificar que está numa Comuni-dade luterana. Onde uma celebração de culto tem uma liturgia com início, meio e fim. Onde o culto normalmen-te inicia com uma acolhida apostólica, cantos, exortação, confissão de peca-dos, absolvição, anúncio da graça, lei-tura da palavra, pregação, oração de interseção pelo mundo e pela Igreja, presença e convívio nos Sacramentos, bênção e envio. São as tradições que nos unem na identidade e colaboram para crescer na fé. Mas não é somen-te na celebração que experimentamos nossa tradição luterana. Ela dá-se tam-bém em outros momentos e contex-tos. Ela é visível em nossas igrejas com seus altares onde encontramos a Bíblia aberta para o anúncio da Palavra, as velas para lembrar a lei e o evangelho, as flores para mostrar a alegria da cria-ção. Encontramos também referência

à tradição luterana nos Centros Co-munitários e mesmo em nossas casas, que comunicam através dos detalhes a história luterana. Tradição é impor-tante, principalmente quando alguém nos visita. Quero mencionar uma ex-periência particularmente importante. Certo domingo, viajando pelo Norte de Moçambique, passava por um pe-queno povoado quando escutei uma melodia familiar, entrei na pequena capela e lá estava uma comunidade re-unida, um Ministro evangelista com vestes litúrgicas conhecidas, um altar com os elementos com os quais logo me familiarizei. Percebi imediatamen-te que estava numa Igreja Luterana na África. Mesmo que a língua me era estranha, consegui me integrar pela tradição. O mesmo experimentei em comunidades luteranas na América Central ou então na Europa. Como Igreja, com suas raízes na Reforma, nos é permitido reformar sempre, mas é preciso observar com muita atenção para não desvirtuar nossas boas tradi-ções e costumes religiosos.

Quais são os grandes desafios da Igreja Luterana frente ao consumis-mo e pentecostalismo?

A IECLB não está sozinha frente aos desafios do consumismo e do pen-tecostalismo. No mundo ecumênico das Igrejas históricas estes temas tam-bém são abordados. O grande número de igrejas pentecostais e neopentecos-tais que encontramos pelo Brasil nos tempos atuais também pode ser clas-sificado de “consumismo religioso”. É preciso saber discernir entre igrejas e modismos. É preciso cuidar para que comunidades e suas lideranças não embarquem nestas ondas. A Igreja Luterana não é uma igreja pentecos-tal. Dentro da liberdade religiosa que existe, se alguém se sentir melhor num grupo pentecostal ou até neopentecos-tal, não temos como impedi-lo. Con-vém, contudo, que os Ministros e Mi-nistras anunciem com clareza o que assumiram na Ordenação.

Qual o futuro que o senhor vê para a Igreja Luterana?

A Igreja Luterana tem uma his-tória de 500 anos, da qual podemos nos orgulhar. Estamos quase há dois séculos marcando presença aqui no Brasil. Com a Reforma, a Palavra foi traduzida para uma linguagem do povo. É muito importante preservar o que recebemos de graça. É importan-te abrir espaços novos, nos tornando cada vez mais uma Igreja acolhedora. Importante também é olhar para a IE-CLB além da “pequena” comunidade local. A IECLB é uma Igreja Sinodal dinâmica e como tal confio que Deus a proverá. A missão é de Deus e é nele que confio.

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IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015 Joinville Luterano8

O que é ser um bom pai?Par. São Mateus | P. Alexandre Fernandes Francisco

O pai está passeando num shopping center com seu filho de quatro anos. De

repente, param ante uma vitrine de loja de artigos esportivos. O garoti-nho fixa seus olhos num helicóptero, desses de aeromodelismo, réplica re-duzida de um helicóptero verdadeiro, cujo voo é guiado por controle remo-to e o motor, movido a combustível. Então, o menino começa a pedir: “Papai, eu quero esse. Me dá, me dá?” O pai replica: “Filho, isso não é brinquedo de criança. É pra gente grande”. O moleque não se deu por vencido: “Mas, papai, eu quero, eu quero!”, implorava mais alto ainda. “Filhinho, o papai já disse que não é brinquedo pra criança. É coisa de gente grande!” O garotinho, no en-tanto, não parava: “Eu quero, eu quero, você vai ter que comprar pra mim, papai!” A esta altura, algumas pessoas observavam de longe o con-flito de gerações. Vendo que o filho não descansaria, o pai entra na loja e pergunta quanto custava o tal he-licóptero. Aparentemente, devia ser um sujeito bem-sucedido financeira-mente, afinal, estes aeromodelos cos-tumam ser caros. O atendente disse que não estava à venda. Era de um amigo do dono da loja e foi colocado ali para enfeitar a vitrine, chaman-

do a atenção dos clientes. O pai in-sistiu: “Mas eu preciso comprar pro meu filho. Preciso saber quanto é. Eu pago!” O rapaz disse, então, que tentaria saber qual era o telefone do dono do helicóptero e então aquele pai poderia negociar com ele... Não sei como esta história verídica termi-nou. Porém, chega a ser algo patético (para não dizer lamentável!) um guri de quatro anos conseguir dominar seu pai desta forma.

Para muitos filhos e filhas um pai legal é aquele que satisfaz todas as suas vontades e jamais diz “não”. Es-pecialmente na adolescência e início da juventude, filhos e filhas querem se afirmar como gente independente. Para certos rapazes, o pai legal é aque-le que dá dinheiro quando querem, liberam sempre o carro (de preferên-cia, com o tanque cheio), não colocam limites de horário ou de companhias e não “pegam no pé” para estudarem e trabalharem. Quando fazem alguma coisa errada, o pai deve estar ali pron-to para defendê-los a qualquer custo. Para certas moças, pai legal é o que deixa namorar quando e com quem elas desejarem (aliás, podem até tra-zer o namorado para casa e dormir na mesma cama). É o pai que costuma dar dinheiro para ela adquirir a última roupa ou produto da moda. Que para ele não precisa dizer aonde vai e com quem, nem a que horas voltará.

Será que isto é ser um bom pai, um pai legal? Como se diz, extremos são sempre perigosos. Décadas atrás, certa parcela dos pais colocava terror em seus filhos e filhas. Era uma rela-ção na base do medo e da intolerância. Estes pais não eram capazes de lhes dizer “eu te amo”. Faltava compreen-são e carinho. A filha era criada para ser apenas uma serva (primeiro do pai, depois do futuro marido) e parir crian-ças. O filho não podia chorar (afinal, isso não é coisa de homem), deveria trabalhar naquilo que o pai queria e, por vezes, era iniciado na sexualidade em bordeis. Claro, em considerável parcela dos lares não foi assim. Porém, hoje, será que boa parte das famílias não foi para o outro extremo? Não es-tão faltando a autoridade do pai (e da mãe), a colocação de limites, a disci-plina e o ensino da obediência?

Afinal, o que é ser um bom pai? O que a Palavra de Deus pode nos dizer?

Vejamos o Salmo 128 (Nova Ver-são Internacional):1 Como é feliz quem teme ao Senhor, quem anda em seus caminhos!2 Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero.3 Sua mulher será como videira frutí-fera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa.4 Assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!

5 Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Je-rusalém todos os dias da sua vida,6 e veja os filhos dos seus filhos. Haja paz em Israel!

O salmista nos mostra que bom pai é quem tem fé em Deus e procu-ra andar nos seus caminhos. Assim, se um pai não tem Jesus Cristo como centro de sua vida e a Palavra de Deus não é sua principal orientação, algo fundamental está faltando. Por mais bem intencionado e bom sujeito que este pai seja, como passará a confiança em Deus a seus filhos e filhas? Como lhes ensinará a respeito da salvação e da vida eterna? O homem que busca ao Senhor será abençoado em seu lar. Isto se refletirá em sua própria esposa e nos seus descendentes. Mas quantos pais, mesmo membros de Igreja, não têm sido desleixados nas questões de fé? E, mais do que palavras, filhos e filhas precisam de bons exemplos. Não pode ser “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!” Se um pai for dedicado a Deus e à sua Palavra, pas-sará bons ensinamentos a seus filhos e filhas. Também, se ocupará em lhes incutir os bons costumes e os valores éticos, cada vez mais escassos. Se um pai procurar fazer sua parte, neste sen-tido, terá um lar abençoado, o lar de seus filhos e filhas tem mais chances de ser abençoado, e isto se reflete até

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no lar dos futuros netos.Já, em Efésios 6.1-4 (Nova Versão Internacional), lemos:

1 Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo.2 “Honra teu pai e tua mãe”, este é o primeiro mandamento com promessa:3 “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”.4 Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a ins-trução e o conselho do Senhor.

O apóstolo escreve inicialmente a filhos, cujo papel é honrar pai e mãe. Isto inclui o respeito pela autoridade do pai (e da mãe). Ou seja, por mais que um filho ou filha discorde dos limites propostos e das ideias diferentes de seu pai, por mais que tente impor a todo custo sua vontade e suas ideias de independência, até certa idade tem de aceitar o que lhe é colocado. Inverter a ordem das coisas é prejudi-cial ao lar. Não só aos pais, mas também aos próprios filhos e filhas. Alguém escreveu que, até os cinco anos, os pais po-dem dizer “não” sem explicar o porquê. Dos cinco aos dez, dizer “não” e explicar o porquê. Dos onze até a maioridade, continuam com o mesmo esquema, mas, com o passar do tempo, podem dar votos de confiança, responsabilidades e certa liberdade de escolhas. Sim, cada caso é um caso, mas estas orientações não poderiam ajudar pais na criação de seus filhos e suas filhas?

Já os pais devem evitar o mau uso de sua autoridade. A disciplina necessária tem de vir com amor e ter base na Palavra de Deus. É necessário cada pai encontrar o ponto de equilíbrio entre o “sim” e o “não”, entre a liberdade e o limite na instrução de seus filhos e filhas. Certamente, o bom exemplo e a boa “semente” lançada (do Evangelho e da ética) terão mais tarde reflexos nos descendentes. Por isso, desde cedo, pais devem criar filhos e filhas “na disci-plina e na admoestação do Senhor”.

Presentes são bem-vindos, conforme as possibilidades financeiras do pai. Todavia, é preciso cuidar para que filhos e filhas não sejam mimados ou os presentes se tornem subs-titutos do amor, do carinho, da atenção e do companheiris-mo. Isto vale mais ainda para casais separados, quando há contato do filho ou da filha com ambos. Porém, o maior presente que um pai pode deixar ao filho ou à filha é o exemplo na fé e na ética, que colaborará para futuros lares abençoados, nos quais Deus será buscado em 1º lugar.

Feliz e Abençoado Dia dos Pais!

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Joinville Luterano10 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

OASE Debora Comemora 18 anosPar. São Lucas | Adelina Schattschneider

Dia Alpha e Culto de PentecostesPar. São Mateus | Danielle Sperandio Cavalcante Wagner

Esteja sobre nós o teu Amor Senhor, como está em ti a nossa esperança. (Sal-mos 33.22)

Esta foi a passagem bíblica esco-lhida pela OASE Debora na comemo-ração de seus 18 anos. Neste último dia 25 de abril realizou-se a comemo-ração de aniversário com a participa-ção de muitas irmãs e, em especial, a presença da Pa. Mayke Kegel, a quem agradecemos com muita alegria.

A OASE Debora teve início no dia 24 de abril de 1997, quando se reuni-ram na Comunidade Martin Luther km 11, cinco mulheres motivadas pela Pa. Mayke Kegel. Após uma longa ca-minhada houve a acolhida de varias irmãs que se integraram ao grupo. Atualmente a orientação espiritual é feita pelo P. Daniel Schneider.

Que Deus, nosso Senhor nos ilu-mine e oriente, para termos uma ca-minhada conforme a sua vontade.

Neste ano, celebramos de maneira especial o Dia de Pentecostes na Pa-róquia São Mateus, pois neste mesmo domingo tivemos o Dia Alpha.

O Alpha é um programa realizado nesta Paróquia desde 2006 e tem por objetivo explorar o sentido da vida. Com isso, proporciona a descoberta da fé para muitas pessoas ao redor do mundo. Em um ambiente informal e descontraído, o Alpha reflete os prin-cípios básicos da fé cristã, entre eles, o Espírito Santo.

O Dia Alpha é considerado o pon-to alto deste ministério, pois além de oportunizar uma maior interação entre os participantes, através da comunhão, o tema abordado é o Espírito Santo. No encontro semanal do Alpha e no domingo foram debatidas as seguintes questões: O que é o Espírito Santo? O que faz o Espírito Santo? Como pode-mos ser cheios do Espírito Santo?

O reformador Martinho Lute-ro, em seu Catecismo Menor, faz a seguinte menção ao Espírito Santo: “Creio que, por minha própria inteli-gência ou capacidade, não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem chegar a Ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo Evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé.” Isto significa que por nós mesmos, nada podemos fazer,

até mesmo para crer precisamos da in-terferência do Espírito Santo, que é o próprio Deus.

O fogo do Espírito Santo, derra-mado em Pentecostes, marca o nas-cimento da Igreja Cristã. A vinda do Consolador, prometido por Jesus Cristo, encorajou os discípulos a teste-munhar o amor de Deus mundo afo-ra. É pelo sopro do Espírito Santo de Deus que Jesus Cristo se faz presente e Sua Igreja se move.

O Espírito Santo dá vigor aos cristãos, restaura pessoas, quebranta corações e capacita os filhos de Deus com diferentes dons, para que assim possam transmitir a mensagem do Evangelho em seu dia a dia e em suas Comunidades. É pela ação do Espírito Santo que somos motivados a entregar nossa vida a Cristo e levar a maravi-lhosa mensagem de Deus às pessoas.

Nesse dia tão especial, foi possível unirmos o Culto de Pentecostes e o Dia Alpha, com a condução dos pas-tores Alexandre Fernandes Francisco e Ari Henrique Bencke. Foi possibilita-da a todos os presentes a compreensão da ação do Espírito Santo em nossas vidas, fortalecendo nossa fé em Jesus Cristo, renovando nossa esperança e enchendo nosso coração de alegria, através do poder de Deus derramado pelo Seu Santo Espírito.

Participantes do grupo celebraram o aniversário com um café especial

Os grupos de OASE do Sínodo Norte Catarinense reuniram-se para

refletir o tema: “As mulheres na Ascensão de Jesus”

9º Dia Sinodal da OASESínodo Norte Catarinense | Pa. Cristina Scherer e Vera Lúcia Bettega Küster

No dia da Ascensão de Jesus Cris-to, 14 de maio, os grupos de OASE do Sínodo Norte Catarinense reuniram--se na Expoville, em Joinville, para refletirem sobre o tema: “As mulhe-res na Ascensão de Jesus”. Na sau-dação às 1.200 mulheres da OASE e aos ministros e ministras do sínodo, a presidente da OASE Sinodal, Vera Lúcia Bettega Küster, inovou com um vídeo mostrando os diversos encon-tros e atividades da OASE, a alegria de poder servir a Deus e ao próximo e a importância da vida em comunhão e parceria. Para nos conduzir nos cantos durante o nosso dia esteve conosco o Grupo de Canto da Paróquia Após-tolo Tiago, de Jaraguá do Sul, sob a condução da diácona e professora de música Sanderly Schulz.

O tema do encontro foi abordado pela Pa. Clarise Ilaine Wagner Holzs-chuh, de Chapecó, e nos levou a re-fletir sobre a importância da ação em nossa vida de fé. Na ascensão Jesus vai para junto do Pai e nos deixa a missão e o ânimo para que sejamos suas teste-munhas em palavras e ações, fazendo de nossas vidas e relações espaços de boa convivência, aceitação, valoriza-ção e respeito a todo ser humano. A partir de textos bíblicos dos evange-lhos, livro de atos e cartas de Paulo vimos como a mulher é protagonista e ativa em diferentes contextos e épocas, sendo que nos dias de hoje destaca-se a atuação da mulher na Igreja como liderança que testemunha sua fé ou-vindo a palavra de Deus e agindo mo-tivada por ela.

A partir da ascensão de Jesus todas as pessoas são empoderadas de igual forma para testemunhar o que o Mes-sias ensinou: amor, respeito, perdão,

acolhida, dignidade e valorização de cada ser humano. Jesus em sua rela-ção com as pessoas oferece a liberta-ção de leis, costumes e tradições que impedem a vida plena e digna que ele veio anunciar a todos os povos; esta é a salvação, a boa notícia que ele quer dar a cada pessoa, também para as mulheres que vivenciam jugos e regras que impedem a justiça e igualdade nas relações humanas.

Foi um dia intenso de alegria, encontros, convivência, celebração e fortalecimento de nossa comunhão e nossa fé. Destacamos os momentos de integração onde cada núcleo do síno-do trouxe um símbolo de sua região para trocar entre as participantes, a animação dos cantos, a leveza da pro-gramação, a boa comunicação visual e sonora, os espaços de apresentação de dança sênior e danças folclóricas da APAB (Associação Parafolclórica Angelina Blahobrazoff) de Piçarras, a celebração do culto eucarístico com a presença da maioria dos ministros e ministras do sínodo com a pregação do P. Sinodal Inácio Lemke. A oferta somou a importância de R$ 5.242,25 e foi destinada para a Campanha Na-cional de Ofertas para Missão - VAI E VEM 2015. Também esteve entre nós o prefeito de Joinville, Udo Döhler e sua esposa Léa, deixando uma palavra de saudação e de incentivo para nossa caminhada como mulheres de fé.

Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram para este grandioso dia, pela diretoria da OASE sinodal, equipe de comunicação, grupo de can-to, ministros e ministras orientadores/as da OASE e a todas que puderam celebrar o dia da Ascensão entre nós.

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Joinville Luterano 11IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

“Sua encomenda rodandoem boas mãos!”

Estrada da Ilha, 4030 - PirabeirabaFone: (47) 3424-6376

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Como construir um relacionamento saudável para a vida toda?

Par. São Mateus | Humberto e Lucimar Hardt

Celebrando a unidade em CristoPar. São Mateus | P. Alexandre Fernandes Francisco

A Paróquia São Mateus tem uma nova proposta para construir relacio-namentos matrimoniais fortes e sau-dáveis para a vida toda.

Para quem se destina?O Curso do Casamento é para

qualquer casal que deseja construir um relacionamento sólido e duradou-ro, especialmente:• Aqueles que querem melhorar seu casamento;• Aqueles que estão nos primeiros cin-co anos de casamento;• Aqueles que estão em um momento de desafio no casamento, por exem-plo: o nascimento de uma criança, uma mudança de carreira, adolescen-tes em casa, o “ninho vazio”;• Aqueles que lutam com problemas no casamento.

O curso, mesmo sendo baseado em princípios cristãos, é benéfico para qual-quer casal que tenha ou não uma fé cris-tã. É liderado por uma equipe de casais experientes, especialmente preparados, que ministram os temas, supervisiona-dos pelo casal P. Alexandre Fernandes Francisco e sua esposa Adriana. Ele tem como base material completo e abran-gente em uso com sucesso em vários países, elaborado pelo casal Nicky e Sila Lee, da Igreja Anglicana em Londres/Inglaterra, e trazido para o Brasil pela Encontro Publicações, uma das editoras da nossa IECLB.

O curso é ministrado no salão da Paróquia São Mateus, que é transfor-mado em ambiente romântico, em sete encontros, às sextas-feiras, das 19h30

às 22h, iniciando sempre com um jan-tar à luz de velas. Estamos preparando a 6ª edição na certeza de poder for-necer ferramentas importantes para facilitar a vida conjugal e familiar dos casais que se propuserem a participar.

Confira alguns testemunhos de ca-sais que fizeram o Curso do Casamento:

“Os casais que não fazem este cur-so não sabem o que estão perdendo.”

“Aprendi que o casal precisa cuidar do tempo a sós, conversar antes de to-mar qualquer decisão, conhecer melhor o cônjuge e saber das suas necessidades, escutar e depois falar, liberar perdão e colocar Deus em primeiro lugar.”

“No mundo de hoje, onde o casa-mento e a família são bombardeados com valores imorais, é urgente que busquemos os valores sadios.”

“Nós entendemos que temos um bom casamento, fizemos o curso para fortalecer o nosso amor, com certeza aprendemos muitas coisas novas e in-teressantes.”

“As palestras começam com jantar à luz de velas e cada semana é uma sur-presa diferente, e cada vez mais gostoso.”

O próximo curso acontecerá de 10 de julho a 21 de agosto. Peça mais in-formações ou faça a sua inscrição na Paróquia São Mateus, Av. Santos Du-mont, 324, Bom Retiro. Fone 3425-2982 (Humberto e Lucimar). E-mail: [email protected].

Importante: Os participantes são limitados a 12 casais por turma. Ins-creva-se logo!

Na noite de 22 de maio passado, uma sexta-feira, dezenas de luteranos e católicos se reuniram num mesmo culto ecumênico. Este fazia parte da  Semana de Oração pela Unidade Cristã - SOUC. Era gente da Paróquia São Mateus e das Comunidades cató-licas da Paróquia Santo Antônio, am-bas localizadas no Bairro Bom Retiro, em Joinville. Ano passado, os lutera-nos foram acolhidos pelos católicos. Este ano aconteceu o inverso, com o culto sendo celebrado no templo da São Mateus.

O tema da SOUC 2015 foi “Dá--nos um pouco da tua água”, baseado no encontro de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço (João 4). Para chegar àquela mulher e lhe ofer-tar a Água Viva da salvação, Cristo quebrou duas barreiras significativas da cultura da época: mulheres não podiam falar em público com homem algum (mesmo que fosse o marido!) e judeus tinham profundas rixas com samaritanos. O tema nos animou a superarmos quaisquer barreiras que

estejam impedindo nossa unidade cristã, bem como a sermos canais do amor de Deus às pessoas. E isso inicia na nossa própria família.

A liturgia do culto ecumênico teve participação de pessoas das duas Igrejas ali representadas. A mensagem foi compartilhada entre o Diácono Adalberto Ignácio, da Paróquia Santo Antônio e Instituto Dom Bosco, e o Pastor Alexandre Fernandes Francisco, da Paróquia anfitriã. Após, houve a di-nâmica da água. O poço de Jacó estava representado no altar. Em duplas, os participantes recebiam copos d’água e trocavam entre si, desejando uma pa-lavra de bênção à outra pessoa. Depois do culto, houve confraternização com café, bolachas e um bom bate-papo.

Agradecemos a Deus por mais esta oportunidade de vivenciarmos nossa unidade em Cristo em meio às nossas diferenças! Agradecemos a cada pes-soa que pôde participar desta marcan-te celebração conjunta. Agradecemos a quem se empenhou e ajudou na rea-lização deste culto ecumênico.

Curso de Casamento fornece ferramentas para facilitar a vida conjugal e familiar dos casais

Culto ecumênico marca Semana da Oração pela Unidade Cristã

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Joinville Luterano12 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Mãe segundo o coração de DeusVoxlitterisR$ 30,00

Bíblia em Ação – A História da Salvação do MundoEditora Geográfica R$ 55,00

Homem sem amarrasVidaR$ 32,90

#ficadica pra ser mais espertoMundo CristãoR$ 20,00

Para entender a BíbliaUltimatoR$ 49,00

Todo mundo fala: “seja você mesma”... Mas eu ainda não sei quem sou!Mundo CristãoR$ 25,00

Um ano com Eugene Peterson – Meditações diárias para uma vida centrada em DeusEditora PalavraR$ 39,90

Quem somos nós?Editora SinodalR$ 10,00

Família – Um aprendizado sem fimEditora Sinodal

R$ 39,00A desestruturação da sociedade levou muitas pessoas a questionar a eficácia da estrutura familiar e até a pôr em dúvida a razão de sua existência. Partindo de uma visão positiva, este livro apresenta análises, sugestões e caminhos de como agir para que a família desempenhe sua parcela de responsabilidade e contribuição social.

Jesus – Meu livro de cabeceiraSociedade Bíblica do BrasilR$ 25,00

Legado de Mulheres da BíbliaEncontro Publicações R$ 33,00

PrioridadePar. Unida em Cristo | Alex Schmöller

E diz Jesus: “E por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem as flores do campo: elas não tra-balham, nem fazem roupas para si mes-mas”. Mt 6.28 NTLH

Existem pessoas que afirmam que o mundo não gira com as respostas e sim com as perguntas. Talvez existam pessoas que pensem que apenas as respostas possam ser realmente apro-veitáveis. No entanto, talvez existam pessoas que também saibam combi-nar realmente as perguntas com as respostas. Embora possa existir tudo isso, e por mais que existam todas essas possibilidades, se acredita que a mistura dessas combinações, isto é, as respostas obtidas através dos questio-namentos realizados, são fundamen-talmente complementares.

Dessa forma, nesse escrito, para esta edição do Jornal Joinville Lutera-no, irei fazer perguntas e deixarei as respostas para que você as faça, con-forme seu coração.

O que você faz durante o seu dia? O que você faz no período da calada da noite? O que faz durante a madru-gada? O que faz quando acorda? Ora? Agradece a Deus por mais uma noite dormida? Agradece que logo mais irá beber um bom café quentinho que a (o) esposa (o) fez? Não vale o de ontem (rs). Mas e aí, continuando, o que faz durante seu intervalo de almoço/jan-ta/café na empresa? Quantos mais “o que faz” poderíamos perguntar?

Mas, nesse exato momento, talvez você esteja se perguntando: o que es-sas perguntas têm a ver com o título da mensagem? Muita coisa. Deixe-me

tentar explicar.No nosso dia a dia, sabemos que

é bem verdade que muitas vezes não nos sobra tempo para nada, não sobra tempo para isso, não sobra tempo para aquilo, enfim, estamos sempre muito atarefados, sem tempo para nada fora daquilo que já é do cotidiano. Mas quem sabe não seja bem assim.

Ao lermos o título da mensagem, lemos “Prioridade” apenas. Ao lermos a passagem de Mt 6.28 NTLH, lemos “E por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem as flores do campo: elas não trabalham, nem fazem roupas para si mesmas”.

Com isso então podemos perguntar, o que de fato é importante para você? No que você tem investido tempo?

A resposta da segunda pergunta foi igual à da primeira? Talvez você te-nha respondido na primeira pergunta que família é importante para você e talvez tenha respondido trabalho na segunda pergunta.

Acredite, sim é verdade, na res-posta da segunda pergunta é que você encontra a verdadeira resposta e é por isso que a mensagem se chama “Prio-ridade” e é por isso que você precisa se preocupar em investir melhor seu tempo de modo a querer o bem, de priorizar o Reino de Deus. É por isso também que ao lermos a passagem, podemos entender que priorizar aqui-lo que é mais significativo é melhor e verdadeiro. Por isso, queridos irmãos em Cristo, aprendam a escolher as suas prioridades.

Deus abençoe!

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Joinville Luterano 13IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Encontro Interparoquial pelo Dia das Mães: louvor e comunhão

Par. Luz do Mundo | P. Luís Dirceu Wasserberg

No dia 06 de maio aconteceu o En-contro Interparoquial de OASE pelo Dia das Mães, organizado pelo Grupo de OASE da Comunidade do Jardim Sofia, Paróquia Luz do Mundo. Houve um momento de louvor e em seguida uma palestra, trazida pelo P. Ernâni Petry, da Paróquia Semeador.

Após, aconteceu um café em con-

junto, onde os participantes foram convidados a sentar com pessoas que tinham a mesma cor de fita que a sua. As fitas foram distribuídas na chega-da ao programa, para que houvesse a oportunidade de cada um conversar e interagir com outras pessoas e não somente com membros de seu Grupo, afinal, um dos motivos dos encontros de OASE é a comunhão.

Mulheres se reuniram para comemorar o Dia das Mães com palestra e café especial

Escola de Líderes 2015Par. Unida em Cristo | Alex Schmöller

Mães Voluntárias em AçãoUm convite para servir a Deus!

Par. da Paz | Suzi Watte

Prezado membro da Igreja Evan-gélica de Confissão Luterana no Brasil

Estimado irmão em Cristo,Com alegria e satisfação temos

a honra de convidá-lo para as pales-tras da Escola de Líderes, que sempre acontecem na última sexta-feira de cada mês, às 19h30, salva exceção do dia 24 de julho, na Paróquia São Lu-cas, no Bairro Floresta. O tema geral deste ano é “As Oito Marcas de Uma Igreja que Cresce”, baseado no livro “O Desenvolvimento Natural da Igre-ja”, do alemão Christian A. Schwarz.

A Escola de Líderes é um programa desenvolvido em parceria com diversas Paróquias da IECLB da área norte de Santa Catarina, em especial algumas Paróquias da CEJ e da União Paro-quial Dona Francisca; conta ainda com alguns participantes vindos de outras Paróquias e Comunidades da região.

Até o presente momento, a Escola

de Líderes já realizou cinco encontros neste ano: em 27/2, tema Liderança Capacitadora; em 27/3, tema Culto Ins-pirador; em 24/4, tema Espiritualidade Contagiante; em 29/5, tema Estruturas Funcionais e em 26/6 com o tema Mi-nistérios Orientados pelos Dons.

Até aqui, somente temos que agra-decer a Deus por estas oportunidades e, certamente, sua visita e suas partici-pações serão muito bem vindas.

Nossos próximos encontros e te-mas serão: 24/7, tema Sexualidade à Luz da Bíblia e 28/8, tema Grupos Familiares.

Conheça nossas páginas na internet:Facebook: Escola de Líderes ME JoinvilleBlogspot: Escola de Líderes Joinville

...o prazer deles está na lei do SE-NHOR, e nessa lei eles meditam dia e noite. Sl 1.2

Um pequeno relato de como surgiu nosso grupo: diante do uso constante do WhatsApp, surgiu a ideia de formarmos uma equipe que fizesse algo concreto so-cialmente. Diante de tanta exposição ao aplicativo, percebemos que poderíamos usá-lo para uma boa ação. A receptivi-dade da ideia foi imediata.

A primeira reunião das Mães Vo-luntárias em Ação (MVA) foi realizada na Igreja da Paz, com a presença da Pa. Eli Deifeld. Nesta ocasião, tivemos a oportunidade de ouvir a P. Eli, que com uma riqueza de detalhes e informações a respeito das famílias assistidas, nos ex-plicou sobre como a Paróquia atua com esse grupo. Essas informações nortea-ram as nossas escolhas. O evento acon-teceu com a presença de todas as parti-cipantes do grupo MAV.

Pudemos conhecer também o gru-po das Voluntárias da Diaconia, que nos inspirou ainda mais a continuar realizando esse trabalho que nos fez tão felizes e radiantes, por olhar as nossas irmãs mais necessitadas.

A partir da reunião, definimos o que o grupo MAV iria fazer para home-nagear as mães assistidas destas famílias. Programamos um café da manhã estilo colonial e duas palestras com temas vol-tados para a mulher. A primeira palestra teve como tema Autoestima e foi minis-

trada pelo Hermes, da empresa Hermes Cabeleireiros; o outro assunto abordado foi Prevenção de Câncer de Mama e Útero, que teve como palestrante a mé-dica ginecologista Letícia Becker.

Construímos uma ideia muito le-gal e preparamos um Kit de Cuidados Pessoais da Mulher, com itens de beleza e higiene. Todas as mães receberam o presente em uma embalagem especial, além de uma linda rosa vermelha.

Conseguimos arrecadar entre nós uma ótima quantia em dinheiro, um valor significativo para a ação, e doa-ções de vários itens. Graças a Deus, com a ajuda de todas as participantes e também de pessoas simpatizantes ao grupo, todo o restante do dinheiro foi utilizado para a aquisição de fral-das descartáveis e latas de leite em pó, igualmente doados aos necessitados.

Assim, de mãos dadas seguimos, mas sempre colocando nosso querido Deus à frente de todas as nossas ações. Tudo saiu exatamente como Ele quis e como planejamos sob a Luz do Pai que vem do Alto. Pretendemos fazer em breve outro evento deste porte e, por que não dizer: - Vamos almejar algo maior? Em breve!

Integrantes do Grupo MAV

Um café especial fez parte da comemoração

Todas as mamães receberam presentes

Palestra com a ginecologista Letícia Becker

Alimentos arrecadados para doação

Mães ouviram palestra sobre Autoestima

Todas as mamães receberam presentes

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Joinville Luterano14 IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

Doe o seu computador usado para a Missão!

Par. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Iniciou o Curso “Rumo aos 500 anos da Reforma”

Par. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Desde junho do ano passado a Comunidade Bom Samaritano, da Paróquia Semeador, tem realizado, em parceria com a Fundação Alberto Schmidt (FUNDAMAS) , um curso de inclusão digital (informática para principiantes). Inicialmente destinado a jovens e adolescente, atualmente há 3 turmas em andamento, agora vol-tado também para a Terceira Idade, proporcionando inclusão digital e co-munhão para adultos e idosos.

Com um laboratório de informá-tica com 15 computadores antigos (486), emprestados pelo CDI de Flo-rianópolis, e com acesso à internet, a Comunidade Luterana oferece os cur-sos de Word, Powerpoint e internet e tem interessados esperando vagas para os próximos cursos.

Para melhorar as aulas, pedimos

aos irmãos luteranos que estão adqui-rindo computadores novos, que es-tejam doando os seus antigos para a nossa comunidade. Assim, consegui-mos substituir os antigos e, se possível, aumentar o número de vagas.

Necessitamos de computadores de mesa e, também possível, note-books. Com o apoio do Fundamas, que está iniciando curso de monta-gem e manutenção de computadores estaremos aproveitando este material na obra do Senhor.

Doações podem ser entregues na Livraria Sinodal ou, se preferir, entre em contato conosco pelos telefones (47) 8453 1328 ou 3801 2871 que va-mos buscar em sua casa.

Que Deus abençoe a todos que es-tarão ajudando neste projeto. Amém.

Na noite de 12 de março aconteceu a primeira palestra do Curso “Rumo aos 500 anos da Re-forma”, numa ação conjunta entre a CEJ (Paróquia Semeador) e a Faculdade Lu-terana de Teologia (FLT), de São Bento do Sul. A intenção é proporcionar uma re-flexão sobre a espiri-tualidade de Lutero, fundamentada na Palavra de Deus, que proporcionou não só a sua salva-ção, mas fez dele um instrumento de Deus para a transformação da pró-pria sociedade. Seu testemunho foi tão impactante que até hoje pode-se sentir os efeitos na nossa vida e, atra-vés de nós, na sociedade.

Conhecer Lutero é conhecer a Pa-lavra de Deus em testemunho vívido e colorido, demonstrando a força da fé em Deus, que não desampara e usa a cada um de nós como instrumento da Sua vontade. A teologia da cruz é essencialmente bíblica, demonstrando o alto valor que Deus tem por nós, ao dar Seu filho para nos salvar e trans-formar. Ao contrário de muitos falsos ensinos, a Bíblia nos lembra que salvos pelo amor de Deus (graça), revelado na pessoa de Seu Filho, Jesus Cris-to, que na cruz assumiu nosso lugar, tornando-se nosso Salvador pessoal! Num contexto onde a Igreja ensinava que era necessário que os fiéis fizes-sem muita coisa para achegarem-se a

Deus, Lutero apresen-tava uma ideia nova, bíblica: Deus vem até nós e nos ajuda em nossa fraqueza, nos redime e dá Sua força e Seu poder. Aliás, é nos momentos mais difíceis em nossa vida, que podemos enxer-gar melhor a presença de Deus que vem nos ajudar. É na cruz e não na glória humana ou eclesiástica que en-

contramos a Deus!Realmente, a aula foi ótima e

acrescentou muito a todos nós. E ago-ra, queremos convidar a você, querido leitor do Joinville Luterano, a partici-par deste Curso oferecido pela CEJ. Participe dos próximos encontros, sempre na segunda quinta-feira de cada mês. Vale muito a pena encher nosso coração com a Palavra de Deus. Ela nos liberta, anima, fortalece e nos guia por um caminho maravilhoso, que leva à vida eterna: Jesus!

As palestras acontecem na Comu-nidade Apóstolo João, na Av. Paulo Schroeder 2761, no bairro Petrópo-lis e ainda dá tempo de participar. E aprender muito sobre a espiritualidade de Lutero e como a fé cristã é impor-tante para a transformação pessoal e da sociedade. O próximo encontro é no dia 19 de julho, com a presença do Prof. Dr. Paulo Butzke, com o tema “As inovações revolucionárias do culto e da liturgia por Lutero e seu significa-do atual”. Venha participar!Unção Ecumênica

Par. Cristo Bom Pastor | P. Jerry Fischer

No dia 24 de maio, quando lem-bramos o evento de Pentecostes, a Pa-róquia Cristo Bom Pastor recebeu a visita dos irmãos e irmãs da Paróquia Católica São José Operário para a ce-lebração alusiva à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – SOUC. Sob o tema: “Dá-nos um pouco da tua água”, inspirado em João 4.7, as paróquias católica e luterana puderam vivenciar um momento especial de amizade e de comunhão por meio da Palavra de Deus.

A celebração tornou-se ainda mais significativa pelo fato de todos terem

sido convidados para um momento especial de recebimento da unção com óleo, que simboliza a unção e a pre-sença do Espírito Santo sobre a vida de cada pessoa.

Curso de inclusão digital na Com. Bom Samaritano é sucesso entre a terceira idade

Participantes têm a oportunidade de refletir sobre a espiritualidade de Lutero, funda-mentada na Palavra de Deus

Luteranos e católicos participaram da celebração

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Joinville Luterano 15IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015

OASE Priscila celebra 25 anos de existência

Par. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Por que buscar a Deus?Par. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Na tarde do dia 17 de março, as integrantes do Grupo de OASE Pris-cila, da Comunidade Apóstolo Paulo (Paróquia Semeador), receberam 80 senhoras que participaram do culto e café de celebração dos seus 25 anos de existência. Foi uma tarde muito agra-dável, com testemunhos, hinos, filme, meditação e um delicioso café.

A celebração começou às 14h30 com apresentação do grupo Priscila, saudação aos visitantes (de todo o nú-cleo Joinville), oração e alguns hinos. A seguir, foi apresentado um vídeo de 11 minutos trazendo a história da OASE e fotografias destes 25 anos, lembrando desde o início, através do Projeto Missão Fátima, realizado pela Paróquia São Lucas para envol-ver membros que moravam na região. Ali se iniciaram encontros de jovens, mulheres e cultos mensais numa casa, passando depois para a escola, para o templo construído na rua Fátima e agora para o novo templo construído na Rua Suburbana. O vídeo apresen-tou os desafios que foram vencidos com muito trabalho, comunhão e vi-são missionária dos envolvidos.

Foram homenageadas as senhoras

fundadoras do grupo e renovado o desejo de continuarmos a andar neste caminho maravilhoso, que é o cami-nho do Senhor.

O café estava delicioso com tortas, bolos, salgados, cucas e delícias doa-das pelas senhoras do grupo. Foram presenteados à OASE 200 kg de ali-mentos não perecíveis que foram doa-dos à Assistência Social da Paróquia.

O sentimento é de gratidão a Deus, por tudo o que Ele tem feito na vida de todos nós, nossas famílias e, também, na Igreja. Se por um lado a OASE foi tão importante na vida da comunidade até agora, as partici-pantes também têm crescido na fé e visto Deus fazer grandes maravilhas. Por tudo isso, o Salmo 33 expressou o que sentimos neste dia e foi o texto da prédica de ação de graças, realizada pelo Pastor Ernâni Petry: “Nós pomos a nossa esperança em Deus, o SE-NHOR; ele é a nossa ajuda e o nosso escudo. O nosso coração se alegra por causa do que o SENHOR tem feito; nós confiamos nele porque ele é santo. Ó SENHOR Deus, que o teu amor nos acompanhe, pois nós pomos em ti a nossa esperança!” (Salmo 33.20-22)

Nos dias 16 e 17 de maio a Paró-quia Semeador realizou três palestras evangelísticas com a presença do Pas-tor Ivanildo Laube, capelão do Hos-pital Luterano de Jaraguá do Sul. Foi uma oportunidade de comunhão e testemunho. Os cultos aconteceram nas três comunidades, que receberam os membros das outras comunidades e diversos convidados.

No sábado à noite, na Comunida-de Bom Samaritano, o tema foi “Por que buscar a Deus?” levando as pessoas a refletirem sobre a importância da sua vida, observando o mundo em que vivemos, (vivemos muito bem, temos muito conforto, boa comunicação etc.) e sobre a necessidade da existência de Deus. Apenas busco a Deus nos mo-mentos de crise, doença, desemprego etc. ou será que há um propósito maior para a minha existência, descobrindo o que Deus espera de mim?

No domingo de manhã, na Co-munidade Apóstolo João, o tema foi “E quando endurece o coração?”, apresentando a triste situação de aco-modamento e esfriamento da fé. Pois

de tanto ouvirmos a palavra de Deus, estudando com todo o rigor, podemos não sentir a Sua necessidade, tornan-do a palavra de Deus um amuleto, como dizia Lutero. O que podemos fazer para não ficar com o coração endurecido? E como quebrar o nosso coração para podermos, novamente, sentir amor, paz e alegria?

No domingo à noite a mensagem do culto foi “Hoje é tempo de aceitar e mudar!”. Na certeza de que quando estamos ouvindo a Palavra de Deus, sempre podemos aceitar o que ela nos fala. Quando fazemos isto há uma reação maravilhosa, com renovação da fé, do amor e da esperança no agir de Deus em nós e em nosso mundo. Quando abrimos nosso coração e nos deixamos tocar pela Palavra e pelo Es-pírito experimentamos mudança que se inicia em nosso íntimo e alcança nossos lares, bem como o contexto onde vivemos.

Foram dois dias de comunhão e crescimento espiritual. Agradecemos ao casal Ivanildo e Cris pela presença aqui em nossa Paróquia.

Testemunhos, hinos, filme, meditação e café marcaram a tarde comemorativa

Palestras evangelísticas foi oportunidade de comunhão e testemunho para participantes

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na

juventude. Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles!

Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal”.

Salmos 127:3-5

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IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no BrasilJulho/Agosto 2015 Joinville Luterano16

Escolhendo a paz, renunciando a violênciaPar. Semeador | P. Ernâni M. Petry

O apóstolo Paulo traz uma advertência para o jovem Timóteo. Ele diz: “Lembre

disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão egoístas, ava-rentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor pelos outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controla-rem, violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus; parecerão ser seguidores da nossa reli-gião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela. Fique longe dessa gente!” (2 Timóteo. 3.1-5). Parece uma definição clara dos dias de hoje.

Em sua profecia quanto aos dias que antecederiam a sua volta, Jesus também ensinou: “Nessa época muitos vão aban-donar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. Então muitos falsos profetas apa-recerão e enganarão muita gente. A mal-dade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará; mas quem ficar firme até o fim será salvo. E a boa notícia sobre o Reino será anunciada no mundo inteiro como testemunho para toda a humanida-de. Então virá o fim.” (Mateus 24.12-14)

A Bíblia foi escrita para nosso en-sino e orientação, tanto em relação à fé e aos valores como também quan-to ao reconhecimento da presença de Deus nos tempos difíceis.

Nós estamos vivendo em tempos di-fíceis. Infelizmente, nos lembramos com tristeza, que no dia 6 de agosto de 1945 o mundo horrorizado viu uma nação jogar uma bomba atômica sobre outra nação. A situação se agravou três dias

depois com a detonação de uma nova bomba atômica sobre outra cidade. O Japão rendeu-se aos Estados Unidos depois que duas cidades foram total-mente destruídas: Hiroshima e Naga-saki. A bomba de urânio (ironicamente chamada de “little boy”) jogada sobre a cidade de Hiroshima explodiu a 570 metros do solo, formando uma imensa bola de fogo no céu com uma tempera-tura de 300 mil graus Celsius, gerando uma imensa nuvem de fumaça na for-ma de cogumelo, que alcançou mais de 18 km de altura. Estimativas indicam que mais de 140 mil pessoas tenham morrido. Sobre a cidade de Nagasaki, uma bomba de plutônio mais forte que a que havia explodido sobre Hiroshima causou a morte de mais 40 mil pessoas. E, além das mortes em decorrência da ação direta das duas bombas, dezenas de milhares morreram posteriormente em decorrência da radiação. Não é algo

para comemorar e nem para se esquecer!Uma das profecias mais impres-

sionantes em relação à paz, lemos em Isaías 2.4: “Deus será o juiz das nações, decidirá questões entre muitos povos. Eles transformarão as suas espadas em arados e as suas lanças, em foices. Nunca mais as nações farão guerra, nem se prepararão para batalhas.” É um sonho para to-dos nós. Ver as guerras e o sofrimento que elas produzem terem um fim. Isto acontecerá um dia. Quem espera em Deus verá isto acontecer!

Da mesma forma, as pequenas guer-ras pessoais, os crimes, os assaltos (agora a moda é assalto com faca), a violência entre os seres humanos estão se agra-vando cada vez mais, causando medo, insegurança e decepção com o governo e as instituições que deveriam proteger, ensinar e proporcionar desenvolvimento e criação de um pensamento de ordem e

progresso ou paz e justiça.Mas, nós, que confiamos na Palavra

de Deus - e a deixamos nos alimentar diariamente com o Amor de Deus - não podemos perder a fé, aceitando a violência e as injustiças como algo sem solução, nos deixando cair na tentação de “devolver o mal com o mal”. Que es-tejamos a cada dia lembrando às pessoas que somos criados à imagem de Deus e precisamos deixá-Lo encher nossa vida com Seu amor, lutando contra a malda-de que se espalha neste mundo (por um breve tempo ainda!).

Sabemos que um dia Jesus voltará e tudo se fará novo. Conforme o apóstolo Pedro, entretanto, esta espera não é pas-siva, mas somos chamados a manter a fé e viver conforme o amor e a vontade de Deus, mesmo que muitos estejam longe da Sua vontade. “Por isso, meus amigos, enquanto vocês esperam aquele dia, façam o possível para estar em paz com Deus, sem mácula e irrepreensíveis.” (...) “Mas vocês, meus amigos, já sabem disso. Portanto, to-mem cuidado para não serem levados pelos erros de pessoas imorais e para não caírem da sua firme posição.” (2 Pedro 3.14 e 17)

A Palavra de Deus altera a desor-dem natural das coisas. Nela está es-tabelecida o amor, a piedade, a mise-ricórdia, a paz e a não-violência. Que a Sua Palavra esteja viva em nós, nos fortalecendo e nos protegendo de nós mesmos. Que Ele e Sua vontade cres-çam em mim e que diminuam minha falta de amor e agressividade. Que es-tejamos vivendo em paz, nos envolven-do na pregação da vontade de Deus e aguardando a volta de Jesus, quando nossa esperança se tornará realidade.

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