mensageiro ano1 n2

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Revista oficial da Associação de Gestores da Caixa Econômica Federal do Triângulo Mineiro

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Page 1: Mensageiro ano1 n2

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revis ta oficial da associação de gestores da caixa econômica federal do triângulo mineiro

Uma família deprofissionais daCaixa: pai, filhose genro

página 3

Perto de você:como atuam oscorrespondentesbancários

página 4

Investimento empós-graduaçãotraz retorno aprofissionais

página 5

stock

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BBoollhhaa iimmoobbiilliiáárriiaaBBrraassiill ddeessccaarrttaa rriissccoo eennqquuaannttoo hhoouuvveerr

ddeemmaannddaa hhaabbiittaacciioonnaall ee ccrrééddiittoo ssuusstteennttáávveell

ppáággiinnaa 66

Page 2: Mensageiro ano1 n2

Várias ações têm sido to-madas para sanar o problemado déficit habitacional no país.As iniciativas são representa-das, em geral, por forças tarefados governos federais, estadu-ais, companhias municipais dehabitação e entidades de clas-se. No entanto, muitos brasi-leiros ainda enfrentamdificuldades para concretizar osonho da casa própria.

Quando se fala do assunto,normalmente, nos remetemosàs pessoas de baixa renda, oque é um erro, pois este sonhoenvolve todas as classes soci-ais. É fato que os mais favore-cidos adquirem o bem imóvelcom mais facilidade do queaqueles que nada têm.

A maior parte da popula-ção que carece de moradia,simplesmente, não dispõe derenda para assumir financia-mentos, por menor que sejamas parcelas, e por isso dependedo apoio do poder público.Devido a tais dificuldades, o

sonho da casa própria passa aser um grande desafio. Nessesentido, ocorre a participaçãoda Caixa Econômica Federal,como agente operador de polí-ticas públicas do Governo Fe-deral, para promover ações decrédito para famílias carentes.

Em parceria com o setorpúblico, junto a agentes finan-ceiros privados, a Caixa viabili-za a aquisição de moradiaspopulares semmuita burocracia.Por meio de pro-gramas específi-cos, as famíliaspodem comprar,construir ou re-formar suas casas, utilizandorecursos do Orçamento Geralda União e do FGTS, além deter as melhores condições depagamento e subsídios.

Apesar da facilidade pro-porcionada pelos programashabitacionais, apenas ¼ dosrecursos, de acordo com estu-dos do setor, são destinados àsfamílias situadas na faixa de atétrês salários mínimos.

A continuidade de tais pro-gramas possibilita o aumentoda oferta de imóveis populares,

porém, tradicionalmente aconstrução civil sofre comproblemas de baixa qualifica-ção da mão-de-obra. Em tem-pos de alta demanda, isso setorna mais evidente, refletindona qualidade final do produto.

Independentemente daclasse social, a casa própria éum sonho de todos e faz parteda cultura brasileira. Pessoasjovens ou maduras sempre fa-

zem planos paracomprar um ter-reno, construirou adquirir umimóvel pronto, ehá os que pas-sam uma vida

inteira construindo seu lar namedida de suas possibilidades.

Por fim, comprar um imó-vel depende do encontro entreo desejo, o bolso do compra-dor e o que se encontra dispo-nível no mercado. O grandecuidado a ser tomado, alémdas questões burocráticas, écontratar profissionais capaci-tados e conhecedores do as-sunto, para evitar armadilhas eque o sonho da casa próprianão se converta em um verda-deiro pesadelo.

Maurílio dos SantosEngenheiro CivilFutura Construtora eIncorporadora Ltda

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pon

todevista

editorial

20 anos deAGECEF/TM

A Associação dos Gestoresda Caixa Econômica Federaldo Triângulo Mineiro(AGECEF/TM) foi fundadaem 21 de dezembro de 1992 etem, atualmente, 110 associa-dos. A área de abrangênciacorresponde ao Triângulo Mi-neiro e ao Alto Paranaíba.

O objetivo da associação écolaborar para o fortalecimen-to do segmento gerencial e oaprimoramento da empresaCaixa. Não tem caráter políti-co-partidário, racial ou religio-so e nem finalidade lucrativa.

Entre os associados, há ges-tores, ex-gestores e superviso-

res. O associado usufrui debenefícios como convênioscom empresas de telefonia einstituições de ensino.

No Brasil, são 31 associa-ções filiadas à Federação Na-cional dos Gestores da CaixaEconômica Federal (FENAG).

O atual presidente daAGECEF/TM é FernandoLopez, gerente geral da Agên-cia Tubal Vilela, em Uberlân-dia-MG.

Os gestores interessadosem se associar podem entrarem contato pelo telefone (34)3235-9347 ou pelo [email protected].

opinião

O sonho da casaprópria dos brasileiros

Mensageiro AGECEF/TM é uma publicação da Associaçãodos Gestores da Caixa Econômica Federal do TriânguloMineiro (Pça. Oswaldo Cruz, 330, 3º andar, Centro.38400-122 - Uberlândia-MG)

Diretoria ExecutivaPresidente: Fernando LopezVice-Presidente: Júlio César GuarilhaDiretor de Marketing: Humberto MoreiraDiretor Financeiro: João Bosco DuarteDiretor de Eventos: Marcílio JúniorDiretor Secretário: Airton Sérgio de Assis

Assessoria de Comunicação: Diélen BorgesProjeto gráfico: Felipe Saldanha

Expediente

"Comprar um imóvel

depende do encontro

entre o desejo, o bolso

do comprador e o que

se encontra disponível

no mercado."

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bate-p

apo

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O bate-papo desta edição écom Célio Omar Vieira, daGerência de DesenvolvimentoUrbano e Rural (GIDUR), quetem 53 anos - 28 dedicados àCaixa. Nesse tempo, ele viu ostrês filhos escolherem a mesmacarreira .

Conte-nos como foi sua tra-jetória profissional.Entrei na Caixa em 27 de julhode 1984. Cursava Direito naUniversidade Federal de Uber-lândia, já era casado e tinhatrês filhos. Meu primeiro so-nho era trabalhar no Banco do

Brasil. Quando eu era criança,tinha os meninos que traba-lhavam, igual hoje, boys e girls.Eu pensei: vou estudar e fazerconcurso. Eu fiz o da Caixa e odo Banco do Brasil. Na Caixaeu passei em 29º. Trabalheium mês e a gerente da habita-ção falou: eu quero que vocêtrabalhe comigo, porque va-mos montar processo habita-cional. Quando eu me formei,em 1985, pensei: estou comsalário razoável, tenho segu-rança. Abandonar isso tudo ecomeçar a advogar agora? Vouficar aqui mesmo. Fui ser caixaexecutivo. Aí, montou-se umasuperintendência em Uberlân-

dia e fui convidado a trabalharna área de habitação, já comuma função de confiança. Masessa superintendência fechou eeu tive que voltar pra agência,como supervisor de habitação.Em 2001 , fui convidado a irpara Brasília, na área de créditoimobiliário. Profissionalmente,foi ótimo. Mas minha esposanão adaptou. No ano passado,achei que já era hora de voltar.Optei por trabalhar num horá-rio menos exigente e estouaqui, na área de engenharia.

Você influenciou seus filhosa trabalharem na Caixa?A gente diz que não pode in-

fluenciar, mas acaba influenci-ando. Eles praticamentenasceram na Caixa, tinhaaquela convivência com o pes-soal, foram pegando gosto. Eusempre falava: vocês têm queestudar pra conseguir prestarum concurso público, porquetrabalhando numa empresapública, vocês não ganhammuito dinheiro, mas uma esta-bilidade vocês têm.

Como foi quando eles opta-ram pela carreira do pai?A minha do meio, que é aThays, e o mais velho, o Muri-lo, estavam na idade de prestar.Ela passou e o Murilo não. Em2001 , ela foi chamada, praagência de Uberaba. Hoje elaestá em Brasília. Ela entrou nafaculdade de Administração daUnB, se formou e é gerente declientes e negócios. Aí, no pró-ximo concurso, o meu filhomais novo, o Marcel, já podiaprestar. Então, prestou os dois.O Murilo, na região de Brasí-lia, porque já estava gostandode lá. Já o outro é muito assim,interiorano, mineirinho, gostaé daqui. Prestou aqui no polode Uberlândia. E os dois passa-ram. O Murilo gosta demais detecnologia, acabou entrando

nesta área e fez faculdade detecnologia. O Marcel é apai-xonado por engenharia e fazfaculdade nesta área.

É verdade que seu genrotambém trabalha na Caixa?[risos] A Thays foi pra Brasíliae conheceu o José Luíz(consultor) , pessoa muito boa,um genro querido que eu con-sidero como filho. Casaram háum ano e pouco.

O relacionamento com osfilhos mudou depois que elesentraram na Caixa?A gente acaba conversandomuito de Caixa fora da Caixa[risos] . E o lado positivo dissoé que eu tenho muita experi-ência e muitas coisas que elestêm dúvida eu posso passar praeles.

Que conselhos você dá aosfilhos sobre a profissão?É dedicar, porque a empresa émuito boa, dá oportunidade.Tudo o que fizer, faça bemfeito. Eu tenho quase 30 anosna Caixa e eu não tenho nadaque manche meu nome. Eusou uma pessoa querida, soli-citada. E eles estão sendo tam-bém.

profissão Tal pai, tais filhos...

Os três de Célio Omar seguiram a carreira do pai. Até o genro é da Caixa!

Arq

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Da esquerda para a direita:Márcia Helena (esposa), Marcel, Thays, Célio e Murilo

Diélen Borges

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notícias

- Consultar saldo e extrato decontas correntes e poupanças;- Receber benefícios sociais,como Bolsa Família, INSS,FGTS (até R$ 600) , Seguro-Desemprego, PIS etc.;- Pagar contas de água, luz etelefone (até R$ 1 .000) ;

- Pagar tributos municipais,estaduais, carnês e assemelha-dos e convênio exclusivo Caixa(até R$ 1 .000) ;- Pagar bloquetos de cobrançabancária Caixa (até R$ 1 .000) ;- Pagar bloquetos de outrosbancos no valor de até R$ 500(em dinheiro) ou R$ 1.000(com cartão de débito Caixa) ;- Pagar prestação habitacional;

- Fazer Declaração Anual deIsento (Imposto de Renda) ;- Pagar fatura avulsa de cartãode crédito Caixa nos valores deR$ 10 a R$ 1.000;- Pagar prestação habitacionalno valor de até R$ 2.000;- Efetuar doações para o Pro-grama Fome Zero;- Efetuar depósitos em contascorrentes e poupanças no valor

de até R$ 1.000 ou em trêstransações por dia;- Efetuar saques em contascorrentes e poupanças com ocartão magnético até R$ 1 .000ou em três transações por dia;- Fazer transferências entrecontas da Caixa nos valores deR$ 5 a R$ 1.000;- Abrir uma conta Caixa Fácil;- Alterar senha da conta Caixa

Fácil;- Em alguns Correspondentes,você pode entregar propostasde cartão de crédito, contacorrente, cheque especial eempréstimo por consignaçãopara aposentados e pensionis-tas do INSS e empregados deempresas conveniadas.

Informações: www.caixa.gov.br

Sabe aquele estabelecimen-to comercial do seu bairro emque você consegue fazer servi-ços de banco? Ele é um corres-pondente bancário. Os corres-pondentes ficam ligados aobanco em tempo real por meio

de terminais informatizados etêm funcionários próprios ca-pacitados para realizar opera-ções bancárias. É como se ocliente estivesse na agência.

Existem os corresponden-tes transacionais, que fazemtransações como pagamentode contas e recebimento de

depósitos, cujo exemplo maisconhecido são as Lotéricas, ehá também os corresponden-tes negociais, que executamoperações de crédito, emprés-timos, cartões de crédito, co-mo o Caixa Aqui. Vale lembrarque um correspondente podeser, ao mesmo tempo, transa-cional e negocial.

Em 2011 , a Caixa chegou amais de 35 mil corresponden-tes – um crescimento de 21%em relação ao ano anterior.“Isso é uma tendência”, naopinião do economista e con-sultor de investimento Leo-nardo Baldez Augusto, queatua há dois anos como corres-pondente, pela ContinentalConsultoria, e é parceiro daCaixa há dez anos.

A empresa tem 20 profissi-

onais e atende uma média de100 empresários e 100 famíliaspor mês. O foco são as opera-ções imobiliárias e são fecha-dos cerca de 60 contratosmensalmente.

A Caixa tem sido bastantecriteriosa na seleção de novoscorrespondentes, como explicaFernando Lopez, gerente geralda agência Tubal Vilela e pre-sidente da AGECEF: “a pessoaprecisa ter capacidade finan-ceira e de gestão, tem que serum empreendedor com voca-ção para trabalhar como cor-respondente bancário”.

Observa-se também a loca-lização do correspondente, pa-ra não haver conflito com aatual rede e para verificar o po-tencial de mercado. Asvantagens desta parceria são:

Para a Caixa:

- Ampliação de mercado;- Divulgação da marca;- Redução da demanda de ser-viços em agência.

Para o cliente:

- Comodidade, com serviçosem vários pontos da cidade;- Privacidade, devido à boa es-trutura física dos correspon-dentes bancários.

Para o correspondente:

- Ganho de receita;- Utilização de sistema opera-cional pronto, disponibilizadopelo banco;- Segurança em trabalhar comrede consolidada.

merca

do

Serviços bancários próximos a clientes

DiélenBorg

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Correspondentes se espalham pelos bairros e oferecem vantagens

Você pode fazer noCaixa Aqui

Sede da Continental Consultoria, noInstituto de Solução Financeira

Diélen Borges

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Se num passado recente oEnsino Superior era almejadocomo garantia de sucesso pro-fissional, as primeiras décadasdo século 21 mostram que osmais ambiciosos têm ido além.Mais de 173 mil pessoas sematricularam em um curso depós-graduação no Brasil em2010, de acordo com o últimoCenso da Educação Superior.

No Brasil, a pós-graduaçãopode ser lato sensu ou strictosensu. Os cursos lato sensu sãovoltados para a formação doprofissional para atuação mer-cadológica,como as espe-cializações eMBAs (Masterin BusinessAdministrati-on) , e devemter carga ho-rária mínimade 360 horas.Os cursosstricto sensusão focados na formação cien-tífica e acadêmica e existem no

nível de mestrado, com dura-ção de dois a dois anos e meio,e doutorado, que têm duraçãomédia de quatro anos.

Tatiana Mara Ribeiro, queaos 27 anos é gerente de pes-soa jurídica na Caixa Econô-mica Federal, Agência TubalVilela, já era graduada em Ad-ministração pela UniversidadeFederal de Uberlândia quandodecidiu fazer MBA em GestãoEmpresarial. Além do objetivode se especializar, ela sentianecessidade de rever algunsconceitos estudados na gradu-ação.

“Na pós-graduação eu já ti-nha uma ma-turidadepessoal e pro-fissional maiore pude apro-veitar maistanto o con-ceito acadê-mico como anoção de mer-cado”, conta agerente. Ela

salienta que, além do estudo,foi importante a rede de relaci-

onamentos construída comprofessores e colegas: “váriosdeles eram empresários aquida cidade, ou trabalham emgrandes empresas da região eesse contato é que fez diferen-ça. Bons relacionamentos, dosquais eu colho frutos até hojeaqui no banco mesmo”.

Cada ano de pós-gradua-ção corresponde a mais de40% de aumento na rendamensal (segundo dados daFundação Getúlio Vargas) . Ascarreiras que mais valorizam o

profissional pós-graduado, deacordo com o portal Universia,são: Engenharia de Software,Gestão, Design gráfico, Asses-soria Financeira, Educação,Marketing, Administração,Banco de dados, Web design eGerência de Negócios.

Em Uberlândia, além dasinstituições particulares, é pos-sivel fazer pós-graduação naUFU. A universidade oferececursos gratuitos, nas modali-dades latu sensu e stricto sen-su. Há, inclusive, cursos de

especialização à distância.No site da Pró-Reitoria de

Pesquisa e Pós-Graduação(PROPP) - www.propp.ufu.br- estão disponíveis informa-ções sobre os cursos, quando ecomo são realizados os pro-cessos seletivos e requisitospara ingresso nos programas.Os cursos à distância estãorelacionados na página doCentro de Educação a Distân-cia (CEAD), no link:www.cead.ufu.br/pos_gradu-acao.

form

açã

o Profissionais investem em cursos depós-graduaçãoEstudar um pouco mais aumenta oportunidades e salários

DiélenBorg

es

Diélen Borges

"Na pós-graduação eu já

tinha uma maturidade

pessoal e profissional

maior e pude aproveitar

mais tanto o conceito

acadêmico como a noção de

mercado."

Tatiane Ribeiro, gerente de

pessoa jurídica da Caixa

Para a gerente Tatiana Ribeiro, a MBA em GestãoEmpresarial ampliou a rede de relacionamentos

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A quantidade de moradiasno Brasil cresceu intensamentenas últimas décadas. O Censo2010 revelou a existência de56,5 milhões de domicílios nopaís – em 1970, eram 17,6 mi-lhões. A aquisição da casa pró-pria foi alavancada porprogramas como o Minha Ca-sa Minha Vida, que investiu R$37,2 bilhões em 2011 , o equi-valente a 480 mil novas casas.O desembolso em créditos ha-

bitacionais da Caixa, que em2002 foi de R$ 4,4 bilhões, de-ve chegar a R$ 84,3 bilhões atéo final de 2012. Os dados evi-denciam crescimento no nú-mero de habitações e tambémno crédito. Seria o caso de te-mer uma “bolha imobiliária”no Brasil, como ocorreu nosEstados Unidos e na Europarecentemente?

Entenda

A bolha imobiliária carac-

teriza-se pela valorização ex-cessiva e artificial de um bemimobiliário (terreno, casa,apartamento, etc.) , devido aespeculações e expectativasexageradas. Quando se fala em“estourar a bolha”, significaque os preços dos imóveis des-valorizaram.

O termo foi bastante em-pregado na época da criseeconômica de 2008, que atin-giu os Estados Unidos e paíseseuropeus. Lá, além da especu-lação imobiliária, o crescimen-

to artificial exacerbado dosvalores imobiliários se deu emfunção da securitização (agru-pamento de ativos financeirosconvertidos em títulos nego-ciáveis no mercado de capi-tais) e do emprego dos ativosimobiliários nas bolsas, nasquais ocorreu uma especula-ção ainda maior.

Contexto nacional

O Brasil ainda não viveuma situação de bolha imobi-liária, na opinião dogerente geral daAgência QuintinoBocaiúva, MarcílioDelfino Duarte Júni-or, que atua tambémcomo substituto naGerência Regional deHabitação. “Aindaexiste um déficit ha-bitacional grande, oque significa que, pela lei daoferta e da procura, nós aindatemos um grande espaço parapercorrer e atingir a demandanecessária de imóveis para quecomece a haver uma superva-

lorização”, explica.Entre 2001 e 2009, a quan-

tidade de domicílios cresceu28%, passando de 47 milhõespara 58,6 milhões. O montantenominal investido soma R$139,84 bilhões. Só a Caixa fi-nanciou, nesse período, maisde 4,5 milhões de unidades.Entretanto, a demanda habita-cional total no Brasil, atual-mente, ainda é de mais de 9milhões de moradias.

Os investimentos aumen-taram no ano passado. O Pro-

grama MinhaCasa MinhaVida empre-gou R$ 37,2bilhões (anteR$ 3042 bi-lhões no anoanterior) . Aestimativa daCaixa é que,até o final de

2012, o programa invista R$41 ,3 bilhões.

O crédito habitacional fe-chou 2011 em R$ 200,5 bi-lhões. As principais fontes sãoo Fundo de Garantia (FGTS) ,

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emfoco habitaçã

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Há motivos para temer uma bolhaimobiliária?Demanda por moradias e crédito sustentável afastam risco de crise no Brasil

Uberlândia tem 145 mil domicílios particulares, mas demandademográfica ainda é de 17 mil residências

"Ainda temos umgrande espaço parapercorrer e atingir ademanda necessáriade imóveis para quecomece a haver umasupervalorização."Gerente geral Marcílio

Delfino Duarte Júnior

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de onde saíram R$ 33,4 bi-lhões, e a Poupança (SBPC),responsável por R$ 30,3 bi-lhões do crédito.

O diretor de Política Mo-netária do Banco Central, AldoMendes, declarou emseminário ocorrido em junho,no Rio de Janeiro, que não vêrisco de bolha imobiliária nopaís porque “o crédito vemcrescendo de forma sustentá-vel”. O valor das prestaçõesdos financiamentos habitacio-nais é calculado de acordo coma renda de quem está contra-tando o financiamento à épocade assinatura do contrato. Du-arte Júnior garante que “pelaprópria característica atual deestabilidade econômica doBrasil, dentro do sistema fi-nanceiro de cálculo de jurosque a Caixa utiliza, você come-

ça a pagar determinada presta-ção e essa prestação vaidiminuindo”.

Além disso, os financia-mentos voltados para as clas-ses socioeconômicas maisbaixas, como o Minha CasaMinha Vida, são subsidiadospelo governo federal.

Conjuntura regional

Uberlândia tem uma popu-lação de 604 mil habitantes(Censo 2010) e 145 mil domi-cílios particulares, segundocálculo da Caixa. A demandahabitacional demográfica é de17 mil moradias.

Em 2011 , no TriânguloMineiro, foram liberados cercade R$ 178 milhões em financi-amento para pessoas físicascom recursos do FGTS e R$

439 milhões com recursos daPoupança.

A expectativa é que, nesteano, os números sejam supera-dos. Só no primeiro semestrede 2012 foram liberados, emfinanciamento para pessoas fí-sicas, aproximadamente R$ 76milhões com recursos doFGTS e R$ 260 milhões comrecursos da Poupança.

Como evitar a bolha?

O gerente geral DuarteJúnior alerta que os financia-mentos imobiliários devem sersempre feitos com critério paraque não haja inadimplência. ACaixa, maior agente financia-dor de imóveis no país, possuium sistema de análise de riscode crédito dentro de padrõesestabelecidos pelo Banco Cen-

tral, que leva em conta, com ri-gor, a questão da possibilidadedo pagamento dessas presta-ções habitacionais. E ainda, oatual sistema de financiamentoimobiliário permite a retoma-da dos imóveis em caso de ina-dimplência.

Políticas habitacionaistambém são importantes paraevitar eventuais desequilíbriosque possam gerar uma especu-lação exacerbada tanto da eco-nomia real dos imóveis.Duarte Júnior afirma que “oBrasil tem per-mitido muitofinanciamento,então, a ofertade imóveis ain-da vai ser bas-tante grande.Acaba tendoesse equilíbrio para não podergerar um preço muito acimadaquele aceitável para o paga-mento desses imóveis”.

Contribui para o equilíbrioeconômico o fato de que onosso sistema bancário é está-vel e desenvolvido, “um dosmelhores do mundo”. Para ogerente, as conversões de pa-péis imobiliários em valoresimobiliários - no mercado se-cundário de bolsas ou fundosde investimento - deve ser fei-to sempre com muito critériotambém para não haver o ex-cesso de valorização desses pa-péis.

Perspectivas

O Brasil ocupa, atualmente,a sexta posição no ranking dasmaiores economias do mundo.O Produto Interno Bruto(PIB) deve fechar 2012 na ca-sa dos US$ 2,6 trilhões, segun-do estimativas do FundoMonetário Internacional(FMI) . A economia estávelpode ser medida também pelataxa de desemprego no país:4,7% da População Economi-camente Ativa (PEA), uma das

menores domundo.

O acesso aocrédito tambémdeve continuar.A Caixa anun-ciou, no mês dejunho, a ampli-

ação do prazo do financia-mento habitacional, comrecursos da Poupança e alie-nação fiduciária, de 30 para até35 anos. Os juros também di-minuem: imóveis financiadospelo Sistema Financeiro daHabitação (SFH) terão taxasreduzidas para 8,85%, compossibilidade de baixar para7,8%, conforme o grau de re-lacionamento do cliente com obanco. As taxas de outros fi-nanciamentos foram reduzidaspara 9,9%, mas podem chegara 8,9%, também a depender dorelacionamento entre o clientee o banco.

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emfoco

7• Brasil: 6ª economia mundial• PIB em 2011: US$ 2,6 trilhões• Taxa de desemprego:4,7% da PEA, uma das menores do mundo• Demanda habitacional total em 2009:9.297.214 domicílios - 15,85%

• 4.516.364 moradias financiadas pela Caixade 2001 a 2009• R$ 37,2 bilhões investidos pelo "MinhaCasa Minha Vida" em 2011• R$ 200,5 bilhões em crédito habitacionalem 2011

Economia x moradia

"Nosso sistemabancário é estável edesenvolvido, um dosmelhores do mundo."

Gerente geral Marcílio

Delfino Duarte Júnior

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Dados: CEF e Ministério da Fazenda

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arremate

históriaA primeira agência

Caixa foi criada por Dom Pedro II em 1861 efuncionava na Cadeia Velha

A Caixa Econômica Federal foi fundada em 12 de janeiro de 1861 , por meio do decreto nº2.723, assinado pelo Imperador D. Pedro II. A instituição recebeu o nome de Caixa Econômica eMonte do Socorro da Corte. A primeira agência foi inaugurada no dia 4 de novembro do mesmoano e funcionava no prédio conhecido como Cadeia Velha (imagem acima) , no Rio de Janeiro-RJ.

Divulgaç

ão

Quer saber mais sobre De-manda Habitacional no Brasil?Então, baixe gratuitamente es-te documento elaborado pelaCaixa. São 173 páginas comindicadores e informações sis-tematizadas, em nível de setorcensitário, que possibilitam

identificar onde, de que formae para quem estão sendo pro-duzidas habitações no país. Apesquisa teve início em 2005 eo resultado foi publicado nesteano.

Acesse:http://migre.me/a2vVu.

Indicação

Prédio onde funcionava a Caixa Econômicae Monte do Socorro da Corte

Mais de uma agência por dia

De janeiro a novembro de2012, a Caixa inaugurou 354agências pelo Brasil. O bancoainda passou a contar, no mes-mo período, com mais 985unidades lotéricas e 11 .265equipamentos de autoatendi-mento.

Até o final deste ano, estáprevista a inauguração de mais196 agências. Serão investidosR$ 4,4 bilhões, em 2013, namanutenção e ampliação darede de agências.

51º ENAGECEF

A diretoria da FederaçãoNacional das AGECEFs (FE-NAG) encaminhou à Caixa acorrespondência com as rei-

vindicações dos gestores dis-cutidas durante o 51ºEncontro de AGECEFs(ENAGECEF), realizado emCuritiba-PR, entre os dias 13 e15 de setembro de 2012. Nafotografia, estão os membrosda mesa de honra do evento.

Algumas das propostasenviadas são: modelo integra-do de atendimento, plano desaúde e cartão corporativo.Para ver a lista completa de re-vindicações, acesse a página:http://migre.me/bZVfb.

Caixa patrocina Corinthians

O Timãovai estamparo nome daCaixa comopatrocinadormaster até ofinal de

2014. Para fechar a parceria,anunciada no dia 19 de no-vembro, o Corinthians preci-sou apresentar ao bancoCertidões Negativas de Débito(CNDs) .

A Caixa será a única marcana camisa dos jogadores co-rintianos que disputarão oMundial de Clubes da FIFA,em dezembro, no Japão, pois aentidade não permite a estam-pa de mais patrocinadores.

Informe-se

FENAG

DiélenBorg

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