memória descritiva base

59
PROJETO ELÉCTRICO DE INSTALAÇÃO DE MINIGERAÇÃO FOTOVOLTAICA Requerente: Olegário José Inácio Localização: Rua Principal n.º 9 Pêro Moniz 2550-630 Cadaval Março de 2013

Upload: schieldsa

Post on 10-Sep-2015

43 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

solar

TRANSCRIPT

PROJETO ELCTRICO DE INSTALAO DE MINIGERAO FOTOVOLTAICA

Requerente:Olegrio Jos Incio

Localizao:Rua Principal n. 9Pro Moniz2550-630 Cadaval

Maro de 2013

NDICE

I DOCUMENTAO

Ficha de identificao do projeto da instalao eltrica Termo de Responsabilidade Identificao do tcnico- Bilhete de identidade- Comprovativo de inscrio na DGEG

II MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA1.Consideraes preliminares12.Caracterizao dos equipamentos da instalao de minigerao32.1.Generalidades32.2.Painis fotovoltaicos42.3.Estruturas, minigerao de suporte dos painis fotovoltaicos42.4.Inversor52.5.Contador de energia eltrica52.6.Quadro AC e DC62.7.Portinhola63.Conceo da instalao eltrica73.1.Condies de servio73.2.Pressupostos de dimensionamento73.3.Condutores e Cabos73.4.Quadros eltricos83.5.Ligaes eltricas83.6.Correntes de curto-circuito93.7.Aparelhagem de proteo, comando, corte e sinalizao93.8.Dimensionamento das canalizaes eltricas e respetivas protees103.9.Proteo contra sobreintensidades103.10.Proteo contra descargas atmosfricas113.11.Quedas de tenso123.12.Barramentos123.13.Segurana das pessoas, equipamento e instalaes133.13.1.Generalidades133.13.2.Proteo contra contatos diretos143.13.3.Proteo contra contatos indiretos143.14.Terra de proteo154.Consideraes finais17

III ANEXOS

1. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO2. DIMENSIONAMENTO DAS CANALIZAES ELTRICAS E RESPETIVOS ORGOS DE PROTEO3. CLCULO DAS INTENSIDADE DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO NOS QUADROS DC E AC;

IV PEAS DESENHADAS

1. PLANTA DE SITUAO (1/25000);2. PLANTA DE LOCALIZAO (1/2500);3. ESQUEMA ELTRICO DE PRINCPIO;

Projeto Eltrico de uma Minigerao FotovoltaicaProjeto Eltrico de uma Minigerao FotovoltaicaProjeto Eltrico de uma Microgerao Fotovoltaica

I DOCUMENTAO

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

I DOCUMENTAO

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJETO

Eu, abaixo assinado JOS MANUEL ROSA DA SILVA, detentor do Curso de Especializao Tecnolgica de Energias Renovveis, pelo Centro de Formao de Cursos de Especializao Tecnolgica do Instituto Politcnico de Leiria, inscrito na Direo Geral de Geologia e Energia com o n. 7110000, portador do Carto do Cidado n 77777777, passado pelo servio do Arquivo de Identificao Lisboa, contribuinte n. 244456789, com domicilio em Rua D. Jlia Chartes Crespo n. 11, 2400-000 Leiria, autor do projeto de minigerao fotovoltaica de 18kW de potncia instalada, do tipo A, em Rua Principal n. 9, freguesia de Pro Moniz e concelho de Cadaval, cujo licenciamento foi requerido por Olegrio Jos Incio., declaro que nele se observam as disposies regulamentares em vigor, bem como outra legislao aplicvel.

Leiria, 15 de Maro de 2013

O Tcnico

Jos Manuel Rosa da Silva(conforme Carto do Cidado. n. 77777777, do Arq. Identif. de Lisboa)Inscr. Na DGEG sob o n. 7110000

Projeto Eltrico de uma Microgerao Fotovoltaica

CONFORME O ORIGINAL

FOTOCOPIA BI / CARTO DO CIDADO

Projeto Eltrico de uma Minigerao FotovoltaicaProjeto Eltrico de uma Microgerao Fotovoltaica

CONFORME O ORIGINAL

FOTOCOPIA INSCRIO DGEG

Projeto Eltrico de uma Minigerao FotovoltaicaProjeto Eltrico de uma Microgerao Fotovoltaica

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

II MEMRIA DESCRITIVAE JUSTIFICATIVA

Consideraes preliminares

A presente Memria Descritiva e Justificativa constitui o Projeto de minigerao fotovoltaica, de 18 kW, situada na Rua Principal n. 9, freguesia Pro Moniz e concelho de Cadaval, tendo requerido licenciamento Olegrio Jos Incio.O projeto foi realizado de acordo com a seguinte legislao: Regras Tcnicas das Instalaes Eltricas de Baixa Tenso (R.T.I.E.B.T. Portaria n. 949-A/2006 de 11 de Setembro); Decreto-Lei n. 24/2011, de 8 de Maro, relativo s instalaes de minigerao; Norma EN 50380 Especificaes particulares e informaes sobre as placas de caractersticas para os mdulos fotovoltaicos; Norma IEC 60364-7-712 Instalaes Eltricas nos edifcios: Requisito para instalaes ou localizaes especiais Sistemas Solares Fotovoltaicos; Norma IEC 62145 Caractersticas eltricas para baixos nveis de radiao (para condies NOCT, com 800W/m2 e 20C) e corrente inversa mxima admissvel; Norma EN 61215 Mdulos fotovoltaicos (PV) de silcio cristalino para aplicao terrestre Qualificao da conceo e aprovao; Norma EN 61730 Qualificao para a segurana de funcionamento dos mdulos fotovoltaicos (PV); Guia Tcnico de Pra-Raios, edio do ano 2000 da Direo Geral de Energia (DGE); Normas Portuguesas (NP) e Internacionais aplicveis; Recomendaes CEI.So ainda consideradas todas as alteraes efetuadas ao longo dos anos, aprovadas por novos decretos-lei, normas oficiais, tais como Normas Portuguesas (NP), Normas da Comunidade Europeia (NCE), recomendaes da entidade distribuidora de energia eltrica (EDP) e da DGEG - Direco-Geral de Energia e Geologia.Quanto respetiva categoria, segundo o Decreto-Lei n. 517/80, 31 de Outubro, a presente instalao classificada como Projeto Tipo A.Todos os materiais a empregar na presente instalao devero de um modo geral obedecer aos regulamentos de segurana em vigor, e ainda s normas e especificaes nacionais, ou na sua falta, s da CEI (Comisso Eletrotcnica Internacional). Devero ainda conservar, de forma durvel, caractersticas eltricas, mecnicas, fsicas e qumicas adequadas s condies a que podem estar submetidos em funcionamento normal ou irregular previsvel. No devem ainda provocar nas instalaes danos de natureza mecnica, fsica, qumica ou eletroltica, nem causar perturbaes nas instalaes vizinhas. Os materiais, acessrios e equipamentos previstos no projeto devero ser executados de acordo com o disposto no R.T.I.E.B.T.Na elaborao do projeto das referidas instalaes, foram adotadas solues que visam assegurar as boas condies de funcionamento e segurana das instalaes de utilizao. Todos os equipamentos apresentados e referenciados com a respetiva marca ou modelo, sem estabelecer um motivo de preferncia, tm apenas o intuito de orientar o instalador, quanto ao modelo e qualidade pretendida, podendo esses equipamentos ser substitudos por outros equivalentes e homologados pela CERTIEL, mas de qualidade no inferior.

Caracterizao dos equipamentos da instalao de minigerao

Generalidades

A presente instalao de minigerao ser constituda por: Conjunto de 9 painis fotovoltaicos BP solar/4180T em cada uma das 4 strings (cada uma dotada de 9 mdulos ligados em srie que se encontras ligadas a um inversor (3 Inversores); Trs inversores SMA-Sunny Boy/SMC 6000A-11; Canalizaes eltricas para transmisso da energia produzida pelos painis entre os vrios componentes do sistema, a estabelecer em cabo FXV, cuja seo e aparelhagem de proteo se apresentam na pea desenhada n. 3; Quadro de proteo das canalizaes e equipamentos que se encontram a operar em tenso contnua, constitudo por um interruptor e dispositivo de proteo contra sobrecargas e curtos-circuitos, em cada circuito, cujos calibres e esquemas de ligao se apresentam na pea desenhada n. 3; Quadro de proteo das canalizaes e equipamentos que se encontram a operar em tenso alternada, incluindo proteo diferencial residual, proteo contra sobrecargas e curtos-circuitos, cujo esquema eltrico se apresenta na pea desenhada n. 3; Caixa de contagem de dimenses no inferiores a 600 500 150mm para a instalao de um contador de energia eltrica; Portinhola para ligao rede pblica a ser executada com uma caixa do tipo PC/P, de dimenses no inferiores a 475 375 200 mm, onde sero instalados os corta-circuitos fusveis de proteo das canalizaes da presente instalao de minigerao, bem como os corta-circuitos fusveis de proteo da canalizao de entrada da instalao de utilizao que esta se encontra associada, cujo esquema eltrico se apresenta na pea desenhada n. 3; Ligaes ao circuito de terra de proteo das canalizaes previstas na presente instalao, bem como da estrutura metlica dos painis solares fotovoltaicos e de todas as outras peas metlicas terra de proteo da instalao de utilizao que esta se encontra associada, a estabelecer em cabo FXV (exceto nas ligaes ao eltrodo de terra em que podero ser adotados condutores H07V) cujo esquema eltrico se apresenta na pea desenhada n. 3.

Painis fotovoltaicos

Ser proposta a instalao de um conjunto de painis fotovoltaicos agrupados com 9 painis BP solar/ 4180T em cada uma das 4 strings que se encontram ligadas ao inversor, com as seguintes caractersticas:Potncia Mxima (Pmax)180W

Tenso em circuito aberto (Voc)43,6V

Corrente curto-circuito (Icc)5,58A

Tenso mxima (Upmax)35,8V

Corrente mxima (Ipmax)5,03A

Coeficiente de Temperatura47 2C

Eficincia14,1%

rea1,25m2

Tabela 1 - Caractersticas dos painis fotovoltaicos adotados.

O respetivo dimensionamento foi efetuado atravs do software Sunny Design, apresentando-se nos ANEXOS III, Anexo I, o relatrio emitido por esse programa que justifica o dimensionamento proposto.Estruturas, minigerao de suporte dos painis fotovoltaicos

A estrutura de suporte dever ser apoiada diretamente sobre o solo. A posio dos painis dever prever uma separao entre eles de, pelo menos, 3 cm, para que o ar possa passar e reduzir as cargas do vento (painis instalados lado a lado).A estrutura dever ser concebida de forma a garantir a orientao e inclinao indicadas no Projeto e dever ser fixada ao terreno atravs de sapatas de beto e a fixao direta atravs de tacos de fixao e ligada ao circuito de terra de proteo.Os painis sero fixados sobre a estrutura, seguindo as indicaes do fabricante e as perfuraes do marco do painel ou as formas de fixao previstas pelo mesmo. No devero ser realizadas novas perfuraes sobre o marco metlico do painel, sob pena de causarem causar a deteriorao do tratamento superficial do marco e as tenses geradas podero quebrar de proteo das clulas. Para aparafusar o perfil do marco, devero ser utilizados parafusos de ao inoxidvel.Devido ao facto de se tratar da unio de dois metais geralmente diferentes (alumnio no marco do painel e ao no perfil), pelo que, em ambientes especialmente propensos ao aparecimento de corroso galvnica, devero utilizar-se isolantes (ex.: anilhas ou cilindros de nylon ou teflon) que impeam o referido contato.A cablagem de ligao entre painis dever ser interligada atravs de caixas de ligao.

Inversor

Prev-se a instalao de um inversor SMA-Sunny Boy SMC 6000A-11 que dispe das seguintes caractersticas:Entrada (DC)

Potncia DC mx.6300 W

Tenso DC mx.600 V

Domnio de tenso fotovoltaica, MPPT246 V 480 V

Corrente mx. de entrada26 A

Nmero de seguidores MPP2

Nmero mximo de strings (paralelo)4

Sada (AC)

Potncia nominal AC6000 W

Potncia AC mx.6000 VA

Corrente mxima de sada26 A

Tenso nominal AC / amplitude220 V, 230 V, 240 V / 160 V 265 V

Frequncia de rede AC (auto-ajustada) / amplitude50 Hz, 60 Hz / -6 Hz ... +5 Hz

Factor de potencia (cos )1

Entrada ACMonofsica

Grau de rendimento

Mx. grau de rendimento96,1 %

Euro-eta95,2 %

Tabela 2 - Caractersticas do inversor SMA-Sunny Boy SMC 6000A-11Contador de energia eltrica

O contador A1700 oferece uma excelente exatido de medidas e enormes potencialidades no estabelecimento de tarifrios complexos, por ser totalmente programvel, estando direcionado tanto para aplicaes TI e TI/TT industriais como comerciais.As caractersticas do A1700 incluem um visor integralmente programvel de acordo com as especificaes do cliente e a capacidade de armazenar dados de 450 dias do diagrama de cargas.O contador pode operar como uma unidade autnoma ou como parte de um sistema de contagem.A funcionalidade do A1700 pode ser aumentada pela simples insero de mdulos de entrada/sada, de mdulos de comunicao, sem ser necessrio para isso quebrar os selos metrolgicos ou deslig-lo da rede.O A1700 permite visualizar os valores instantneos de corrente, tenso, fator de potncia, potncias ativa, reativa e aparente, frequncia, ngulo e sequncia de fases.O contador est preparado para comunicar atravs da tradicional porta tica (CEI 61107), de uma porta RS232, RS485 ou por Modem (PSTN ou GSM)O software instalado corre em ambiente Windows e de fcil manuseamento pelos diversos nveis de utilizadores. O contador para ligaes a TI & TI/TT pode ser fornecido com as classes de exatido.Como se pode verificar na pea desenhada n. 3. 0.5, 1 ou 2 e cumpre as normas de EMCEN50081 -1 eEN50082-1Quadro AC e DC

Os efeitos das sobretenses, decorrentes de descargas atmosfricas ou de origem transitria podem danificar permanentemente o elemento mais sensvel de qualquer sistema fotovoltaico, o inversor DC/AC. O kit VG-C/ACDC-PH-550 uma soluo de proteo completa, protegendo ambos os sectores do sistema fotovoltaico, contra os efeitos de sobretenses. Constitudo por um quadro modular estanque IP65, equipado com dois descarregadores de sobretenses, um com trs plos para para o sector DC e um com um plo monofsico (1P+NPE) para o sector AC. DOIS?!?!?As principais caractersticas tcnicas dos descarregadores, so a capacidade nominal de descarga de 5 kA por plo, o nvel de proteo inferior a 1,2 kV e o tempo de resposta de 25 ns. O quadro de proteo, com uma porta transparente, permite a visualizao do estado de funcionamento dos descarregadores, est dotado de um ponto central de ligao terra e conectores de entrada/sada multi contact para uma corrente nominal mxima de 30A (srie PV-ADP4/6). A OBO Bettermann disponibiliza num nico produto, uma soluo completa de proteo contra sobretenses para os lados DC e AC do inversor fotovoltaico.Como se pode verificar na pea desenhada n. 3.Portinhola

A portinhola, dever ser do tipo PC/P, dispe de corta-circuito fusveis com uma curva de fuso do tipo C, poder de corte de 6kA e calibres de 32A. As dimenses no podem ser inferiores a 475 375 200 mm. O respetivo esquema de princpio apresenta-se na pea desenhada n. 3. No apresentam o calibre do fusvel da portinhola na pea desenhada n. 3!

Conceo da instalao eltrica

Condies de servio

As condies de servio previstas para a presente instalao de minigerao sero as seguintes: Altitude .........................................................................................................................< 100 m; Temperatura mxima do ar ambiente................................................................................ 40 C; Temperatura mnima do ar ambiente ................................................................................ 0 C; Presso mxima do vento......................................................................................... 75 daN/m2; ndice cerunico... 3 a 5; Nvel de poluio ................................................................................................................ Fraco.

Pressupostos de dimensionamento

Devido ao facto do cliente dispor de um contrato de baixa tenso de 10,35kVA, e do Decreto-Lei n. 118A/2010, de 25 de Outubro estabelecer a obrigatoriedade de que a potncia contratada disponha de um valor no inferior ao dobro do valor previsto para a instalao de minigerao, optou-se pela adoo de um valor de potncia nominal de 18kW, sendo limitada pelos 3 inversores SMA-Sunny Boy SMC 6000A-11.Conforme indicaes do distribuidor (EDP Distribuio, SA) a tenso da linha de abastecimento do posto de transformao mais prximo opera tenso 15kV, frequncia industrial de 50Hz, em rede de neutro isolado, e o valor da potncia de curto-circuito simtrico no local de, aproximadamente, 450MVA.

Condutores e Cabos

De acordo com as Regras Tcnicas das Instalaes Eltricas de Baixa Tenso, RTIEBT, a colorao dos condutores a utilizar nas instalaes eltricas : Condutor de Neutro Azul claro; Condutor de Fase L1 Castanho; Condutor de Fase L2 Preto; Condutor de Fase L3 Cinzento; Condutor de Proteo Verde/Amarelo.Os cabos que constituem a instalao de utilizao, foram dimensionados tendo em considerao a carga, a queda de tenso, as correntes de curto-circuito previsveis, o tipo de montagem, a temperatura ambiente mxima previsvel, o sistema de neutro e as suas correntes mximas admissveis. Genericamente, a instalao ser executada com cabos FXV, bem como condutores H07V-U/R, fabricados de acordo com as normas portuguesas.

Quadros eltricos

Os quadros so constitudos pelos equipamentos, respetivos suportes e ligaes (dispositivos de proteo contra sobreintensidades e de proteo contra contactos indiretos, aparelhos de comando, e de sinalizao) e pelo invlucro. Segundo a norma NP 1073, o invlucro do quadro dever ser constitudo por materiais isolantes e no propagadores de chamas e permitir a garantia de classe II de isolamentoTodos os quadros da presente instalao devero obedecer ao disposto no R.T.I.E.B.T., com ndice de proteo no inferior ao mnimo definido para o local onde esto instalados e equipados, conforme previsto nesse regulamento. Assim, na conceo e utilizao dos quadros eltricos, foram considerados os seguintes aspetos: Existncia de aparelho de corte de entrada (equipado ou no com proteo diferencial) de caractersticas adequadas corrente de servio previsvel; Subdiviso de circuitos para criar condies adequadas de seletividade; Localizao criteriosa, tendo em vista a otimizao das instalaes; Terminal ou barramento para ligao da terra de proteo de massas.Na porta do quadro dever existir uma bolsa plstica que permita a incluso de uma folha com o esquema eltrico do respetivo quadro ou ento a identificao dever constar junto dos respetivos aparelhos de manobra e/ou proteo. Esta indicao deve ser mantida sempre atualizada de forma a permitir fceis diagnsticos de eventuais avarias ou eventuais ampliaes.

Ligaes eltricas

As ligaes internas dos quadros devem ser efetuadas de forma simples e funcional, e organizada por intermdio de condutores isolados, geralmente por aperto mecnico de forma a assegurar a durabilidade da respetiva ligao e por intermdio de ponteiras adequadas aos condutores a cravar nas suas extremidades. Por sua vez, as ligaes interiores devem ser devidamente acondicionadas em calhas com tampa e rasgos laterais que permitam a sada dos cabos junto aos respetivos aparelhos. Todos os condutores devem ser devidamente identificados em ambas as extremidades por etiquetas que abracem os condutores e que permitam uma fcil e correta leitura, aquando retiradas as tampas do quadro.As ligaes entre o barramento e os disjuntores sero feitas em cabo de cobre isolado com seco adequada aos calibres dos disjuntores e sempre com seces que permitam densidades de corrente inferiores a 1.5 A/mm.O ligador de massa estar devidamente identificado e a ele sero ligados os condutores de proteo da instalao e a massa do quadro.

Correntes de curto-circuito

Para o clculo das correntes de curto-circuito necessrio calcular a impedncia da malha de defeito. Esta impedncia obtm-se a partir da expresso geral:

em que R e X so, respetivamente, as resistncias e reactncias dos diversos componentes da malha.Os valores indicados referem-se a um curto-circuito trifsico simtrico entre as trs fases, que a situao mais desfavorvel e que, por esse motivo, a considerada para efeitos de clculo. em que: Zd Impedncia da malha de defeito; U Tenso nominal simples em vazio.

Aparelhagem de proteo, comando, corte e sinalizao

A seleo dos equipamentos (e consequentemente das suas caractersticas tcnicas) a instalar nos quadros foi efetuada de acordo com as regras especficas a considerar para cada funcionalidade, nomeadamente: No que se refere aos aparelhos de proteo contra sobreintensidades, o poder de corte mnimo, apresenta-se na pea desenhada 03; No que se refere proteo contra contactos indiretos, os valores previsveis da resistncia de terra das massas e a necessidade de seletividade.A disposio destes aparelhos deve ser estabelecida de forma a permitir um fcil e rpido acesso, sem a necessidade de desligar os restantes circuitos para reparao de anomalias.Dimensionamento das canalizaes eltricas e respetivas protees

As canalizaes eltricas so constitudas pelos cabos/condutores eltricos e pelos respetivos dispositivos de suporte e proteo mecnica, como sejam por exemplo os tubos, caixas e caminhos de cabos. O seu dimensionamento foi efetuado para a temperatura de 30C ao ar, sendo os valores da intensidade de corrente mxima admissvel (Iz) retirados das R.T.I.E.B.T. e tendo em considerao os seguintes aspetos: Agrupamento dos condutores; A queda de tenso mxima admissvel em funo do comprimento e utilizao dos circuitos.

Proteo contra sobreintensidades

A proteo contra sobrecargas das canalizaes assegurada se as caractersticas dos dispositivos de proteo obedecerem simultaneamente s seguintes condies, seco 433.2 do R.T.I.E.B.T:

Sendo:IB corrente de servio do circuito, em A;IZ corrente admissvel na canalizao, em A;In corrente estipulada do dispositivo de proteo, em A;I2 corrente convencional de funcionamento, em A.

A proteo contra curtos-circuitos das canalizaes assegurada se as caractersticas dos dispositivos de proteo obedecerem simultaneamente s seguintes condies:

Regra do poder de corte: o poder de corte de um determinado aparelho de proteo no deve ser inferior corrente de curto-circuito presumida no ponto de ligao;

Regra do tempo de corte: o tempo de corte resultante de um curto-circuito em qualquer ponto do circuito no dever ser superior ao tempo correspondente elevao da temperatura do condutor ao seu mximo admissvel. Para curtos-circuitos de durao at 5s, o tempo aproximado correspondente elevao da temperatura do condutor ao seu mximo admissvel dado pela expresso:

Sendo:t tempo expresso, em segundos;S seco dos condutores, em mm;Icc corrente de curto-circuito para defeito franco no ponto mais afastado do circuito, em A;k constante varivel com o tipo de isolamento dos condutores.

Quando a proteo contra sobrecargas e curtos-circuitos for assegurada pelo mesmo aparelho, dotado de poder de corte, exigido pela regra do poder de corte, a seleo do dispositivo com base nos critrios de sobrecarga dispensa a verificao da segunda condio de curto-circuito.Os dispositivos de proteo contra sobreintensidades devem ser colocados em regra na origem das canalizaes e em todos os locais em que se verifiquem mudanas de seco ou outras alteraes que envolvam a diminuio das intensidades mximas admissveis dos circuitos.

Proteo contra descargas atmosfricas

Um requisito prvio para a proteo interna contra descargas atmosfricas, a ligao equipotencial dos elementos condutores (Guia Tcnico de Pra-Raios). A instalao ser apenas protegida contra descargas atmosfricas indiretas, visto que a estrutura estabelecida em local isolado com altura reduzida em relao ao solo e classificada como AQ1 (nmero de dias em que se ouve trovejar inferior a 25 dias/ano) segundo as R.T.I.E.B.T..Os descarregadores de sobretenses Tipo C, Classe II (Norma IEC 61643-1), sero instalados nos quadros AC e DC, com correntes estipuladas de descarga de 1kA por cada unidade de potncia instalada (kWp). A tenso operacional DC do descarregador, tem de corresponder, entre um valor de 1 e 1.4 da tenso de circuito aberto do gerador fotovoltaico Uoc.

Quedas de tenso

As quedas de tenso so determinadas com recurso seguinte expresso:

Sendo:K uma constante igual a 1 (circuitos trifsicos) ou 2 (circuitos monofsicos);L comprimento da canalizao, em m;I intensidade de corrente de servio ou de arranque, (aquando do clculo da queda de tenso para o perodo de arranque), em A;r resistncia linear dos condutores de fase temperatura de funcionamento considerada, em /m; x reactncia linear dos condutores de fase, em /m;cos fator de potncia nominal ou de arranque (dependendo do tipo de clculo a efetuar).

Ao valor obtido dever-se- adicionar o valor de queda de tenso a montante do referido circuito e dividido por 230V, de modo a que seja obtido o valor percentual. A proteo contra curtos-circuitos ser garantida pela escolha de um disjuntor magnetotrmico de poder de corte adequado, uma vez que a verificao da regra do tempo de corte dispensada dado que o dispositivo escolhido garante a proteo simultnea de sobrecargas e de curtos-circuitos.Nos ANEXOS III, Anexo II, mostra-se as tabela usada para o dimensionamento dos condutores que constituem a instalao eltrica, a respetiva proteo e o clculo das quedas de tenso.

Barramentos

Os barramentos das fases, do neutro e de proteo, constitudos por barras de cobre eletroltico, assentes sobre elementos isoladores e com cintas pintadas a tinta de esmalte nas cores convencionais atualmente adotadas para circuitos de Baixa Tenso (preto/preto/castanho/azul/verdeamarelo), devero ser devidamente localizados e fixados de modo a conseguirem-se boas condies de segurana e de funcionamento, nomeadamente: Aquecimento moderado quando percorridas pelas respetivas correntes de servio; Resistncia mecnica adequada aos esforos eletrodinmicos mximo resultante das correntes previsveis de curto-circuito; Ausncia dos fenmenos de ressonncia mecnica resultantes das frequncias de vibrao prpria; Seces tais, que no permitam o estabelecimento de densidades de corrente superiores a 2A/mm2; Resistncia de isolamento (medida a 500V) no inferior a 20M entre barras de fases distintas, e entre estas e as do neutro e de proteo.Os barramentos devero ser dimensionados em funo de: Corrente admissvel; Esforos eletrodinmicos; Fenmenos de ressonncia.

Segurana das pessoas, equipamento e instalaes

Generalidades

A segurana de pessoas e dos prprios equipamentos da instalao de minigerao dever ser garantida pela instalao ou adoo dos seguintes procedimentos: Equipamentos de proteo diferencial residual (interruptores ou disjuntores): Proteo contra sobrecargas e curtos-circuitos (corta-circuitos fusveis ou disjuntores); Utilizao de descarregadores de sobretenses (com poder de descarga no inferior a 5kA) nos quadros AC e DC, tendo em considerao que o ndice cerunico mdio em terra onde ser executada a minigerao de 15.A proteo de pessoas contra contactos diretos ser assegurada por diversas disposies, designadamente o isolamento ou afastamento das partes ativas e colocao de anteparos, evitando um contacto fortuito a partir dos locais onde as pessoas se encontrem ocasionalmente. Ser estabelecida atravs de proteo mecnica e pelos invlucros das peas sob tenso.A proteo de pessoas contra contactos indiretos ser efetuada pela ligao de todas as massas metlicas ao condutor de proteo, associado a aparelhos sensveis s correntes de defeito, de mdia sensibilidade.Pelo facto de as bainhas metlicas ou de as armaduras dos cabos serem consideradas como massas, devem ser ligadas ao circuito de terra de proteo.De modo a evitar o aparecimento de tenses de contacto perigosas entre as massas e os elementos condutores estranhos instalao eltrica de que no haja garantia que estejam isolados da terra, recomenda-se a ligao desses elementos condutores ao conjunto interligado de massas e condutores de proteo, em particular, armaduras dos pilares, fundaes e outros elementos de beto armado, bem como canalizaes metlicas enterradas ou embebidas, nos troos em que so acessveis.

Proteo contra contatos diretos

A proteo contra contactos diretos, em regra, assegurada pelas seguintes medidas: Isolamento das partes ativas; Colocao de obstculos; Colocao fora do alcance (seco 412 do R.T.I.E.B.T.); Ligao de todos os equipamentos metlicos terra de proteo.A proteo das pessoas contra os riscos de contactos indiretos com massas, ser realizada mediante a adoo de um conjunto de medidas ativas tais como a sua ligao instalao de terra de proteo, complementada com interruptores ou disjuntores diferenciais, a serem instalados nos quadros eltricos.Estas medidas esto diretamente relacionadas com o esquema de ligao terra adotado para a instalao eltrica. Na execuo do presente projeto foi adotado o sistema de proteo TT (seces 312.2/413.1.4 das R.T.I.E.B.T.), normalizado internacionalmente pela CEI/IEC e pelo CENELEC, com o neutro ligado diretamente terra de servio e as massas terra de proteo. A adoo de um sistema TT requer controlo frequente das condies reais de funcionamento dos aparelhos diferenciais e das condies de funcionamento dos sistemas de terra.Os condutores de proteo, do mesmo tipo dos condutores ativos das canalizaes a que dizem respeito (seco 543.1 das R.T.I.E.B.T.) e fazendo parte integrante das mesmas, possuem isolamento na cor verde/amarelo e sero ligados (por meio de ligadores de aperto por parafuso) ao barramento de proteo do quadro eltrico da respetiva instalao.

Proteo contra contatos indiretos

A proteo contra contactos indiretos dever ser realizada por intermdio da ligao direta de todas as massas terra e pelo emprego de um aparelho de proteo associado de corte automtico, de modo a que, em caso de defeito numa qualquer massa esta no fique, em relao terra, a uma tenso de contacto superior a 50V durante um perodo de 5s (seco 413.1 das R.T.I.E.B.T.).Com vista satisfao da presente medida sero instalados, nos respetivos quadros eltricos das instalaes de utilizao, diferenciais com caractersticas adequadas.De modo a garantir uma tenso de contacto no superior a 50V (seco 413.1.4.2 das R.T.I.E.B.T.), uma vez que foi adotado o sistema de proteo TT, juntamente com a referida sensibilidade do diferencial, a resistncia de terra das massas dever verificar a seguinte condio:

Sendo: Ia Corrente que garante o funcionamento automtico do dispositivo de proteo, em A;Ra Somatrio das resistncias de terra das massas, em ;U Tenso de contacto previsvel, em V.

Uma vez que no presente projeto foram previstos aparelhos sensveis corrente residual-diferencial de alta e mdia sensibilidade (Ia=30mA e Ia=300mA) de acordo com o especificado nos esquemas eltricos de princpio dos respetivos quadros eltricos, deve-se garantir que a resistncia de terra das massas seja inferior a:

Terra de proteo

Designa-se por terra de proteo o circuito de terra ao qual sero ligados todos os elementos condutores, tais como carcaas dos equipamentos, tinas, revestimentos e suportes metlicos dos aparelhos, grades, redes e outros dispositivos metlicos de apoio e fixao, os painis metlicos dos quadros eltricos, as canalizaes metlicas, a estrutura metlica dos edifcios e as bainhas metlicas dos cabos de alta e baixa tenso. Recomenda-se igualmente a ligao dos edifcios das instalaes, a qual no obrigatria, dado que por razes econmicas, se poder relevar dispendiosa.O edifcio ser dotado de um sistema de terra de massas tendo em vista a referenciao destas ao potencial terra (considerado nulo por conveno). Este sistema assume um papel fundamental no funcionamento eficiente dos sistemas de proteo de pessoas e bens da instalao, sendo constitudos pelo eltrodo de terra, condutores de terra e terminal principal de terra.O eltrodo de terra (seco 542.2.1 do R.T.I.E.B.T.) ser ligado ao ligador de massa dos quadro AC e do quadro de entrada da instalao de utilizao que esta se encontra associada. Na eventualidade de no ser possvel obter, junto da instalao de minigerao, um valor de resistncia terra inferior regulamentar, recomenda-se a execuo de um novo sistema de terra (a interligar existente), com recurso a elctrodos de terra de cobre sob a forma de vareta, chapas ou tubos enterrados verticalmente no solo, a uma profundidade tal que entre a superfcie do solo e a parte superior do eltrodo haja uma distncia mnima de 0,8m (seco 542.2.2 das R.T.I.E.B.T.). Na tabela seguinte, apresentam-se as caractersticas principais dos elctrodos que podero ser utilizados na execuo de um circuito de terras.TIPOS DE ELCTRODOSMATERIAL CONSTITUINTESuperfcie de contacto com a terra (m2)Espessura (mm)Dimetro Exterior (mm)Comprimento (m)Dimenso Transversal (mm)Seco (mm2)Dimetro dos fios componentes (mm)

VERTICAISChapasCobre12-----

Ao Galvanizado13-----

VaretasCobre--152---

Ao Revestido a Cobre-0,7152---

Ao Galvanizado--152---

TubosCobre-2202---

Ao Galvanizado-2,5252---

PerfiladosAo Galvanizado-3-260--

HORIZONTAISCabos NusCobre1----251,8

Ao Galvanizado1----1001,8

FitasCobre12---25-

Ao Galvanizado13---100-

VaresAo Galvanizado1-10----

Tabela 3 - Tipos de elctrodos de terra e suas caractersticas.O ligador amovvel, (devidamente identificado e constituindo a origem da rede de condutores de proteo da instalao), dever permitir a verificao da resistncia de terra e dever ser instalado em local acessvel apenas para as pessoas qualificadas, devendo ser do tipo que no possa ser desapertado sem meios especiais.

Consideraes finais

Foram verificadas as condies de queda de tenso, no se encontrando valores superiores a 1% .Os barramentos dimensionados possuem seces que permitam densidades de corrente inferiores a 2A/mm e as ligaes no interior dos quadros eltricos possuem densidades de corrente inferiores a 1.5A /mm2.Foram verificadas igualmente em as correntes de curto-circuito para o Quadro AC, indicando-se na pea desenhada n. 3, o poder de corte da aparelhagem a aplicar.No desenvolvimento das infraestruturas, devero ser coordenados os trabalhos e compatibilizados com as outras especialidades, por forma racionalizao dos espaos, garantia das melhores solues estticas.Os materiais e equipamentos a utilizar nas instalaes de utilizao devero obedecer s disposies dos regulamentos bem como s especificaes e normas nacionais, ou, na sua falta, s da Comisso Eletrotcnica Internacional.Constituem parte integrante deste projeto, a documentao, a presente memria descritiva e justificativa, anexos e as peas desenhadas.

Leiria, 15 de Maro de 2013

O Tcnico

Jos Manuel Rosa da Silva(conforme Carto do Cidado. n. 77777777, do Arq. Identif. de Lisboa)Inscr. Na DGEG sob o n. 7110000

Projeto Eltrico de uma Minigerao FotovoltaicaProjeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

16

17

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

III ANEXOS

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

IV PEAS DESENHADAS

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

ANEXO IDIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

ANEXO IIDIMENSIONAMENTO DAS CANALIZAES ELTRICAS E RESPETIVOS ORGOS DE PROTEO

Projeto Eltrico de uma Minigerao Fotovoltaica

ANEXO IIICLCULO DAS INTENSIDADES DE CORRENTE ELCTRICA DE CURTO-CIRCUITO TRIFSICO E SIMTRICO NOS QUADROS AC E DC

Ah isto?!?!

Planta 1/25000

Planta 1/2000

Esquema eltrico de princpio