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Memória Descritiva de Hidráulica, rev01, 24/11/2017 KA1323-PE-HID-PJD-001 Página i MISAU- Ministério da Saúde CMAM – Central de Medicamentos e Artigos Médicos PSM – Procurement and Supply Management Project Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos PROJECTO TIPO PARA DEPÓSITO INTERMEDIÁRIO DE MEDICAMENTOS MEMÓRIA DESCRITIVA DE HIDRÁULICA INDICE INDICE .......................................................................................................................................................... i 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................1 1.1 Generalidades.................................................................................................................................... 1 1.2 Descrição Geral do Projecto............................................................................................................... 1 2 REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAS..2 2.1 Descrição geral das redes .................................................................................................................. 2 2.2 Materiais ............................................................................................................................................ 3 2.3 Cálculo............................................................................................................................................... 3 2.4 Ensaios .............................................................................................................................................. 4 3 REDE DE COMBATE À INCÊNDIOS ....................................................................................................4 3.1 Descrição Geral da Rede ................................................................................................................... 4 3.2 Traçado e Instalação da Rede............................................................................................................ 5 3.3 Natureza dos materiais ...................................................................................................................... 5 3.4 Elementos acessórios da rede ........................................................................................................... 5 3.4.1 Válvulas ........................................................................................................................................ 5 3.4.2 Hidrantes ...................................................................................................................................... 5 3.5 Elementos base para o cálculo da rede .............................................................................................. 6 3.5.1 Classificação do Edifício em Relação ao Grupo de Risco .............................................................. 6 3.5.2 Número de Bocas-de-incêndio em funcionamento simultâneo ....................................................... 7 3.5.3 Demanda de água para o combate a Incêndios ............................................................................. 7 3.6 Dimensionamento hidráulico .............................................................................................................. 7 3.6.1 Rede de Distribuição ..................................................................................................................... 7 3.6.2 Estacão de Bombagem (Reservatório e Bombas).......................................................................... 7 3.7 Simulação da rede com CYPECAD, versão 2016 ............................................................................. 10 3.8 Verificação, ensaios e desinfecção................................................................................................... 10 4 REDE DE ESGOTOS.......................................................................................................................... 10 4.1 Concepção Geral ............................................................................................................................. 10 4.2 Materiais .......................................................................................................................................... 11 4.3 Cálculo............................................................................................................................................. 11 4.4 Ensaios ............................................................................................................................................ 11 5 REDE DE DRENAGEM E ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS ............................................... 11 5.1 Concepção geral .............................................................................................................................. 11 5.2 Materiais .......................................................................................................................................... 12

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Memória Descritiva de Hidráulica, rev01, 24/11/2017 KA1323-PE-HID-PJD-001 Página i

MISAU- Ministério da Saúde

CMAM – Central de Medicamentos e Artigos Médicos

PSM – Procurement and Supply Management Project

Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

PROJECTO TIPO PARA DEPÓSITO INTERMEDIÁRIO DE MEDICAMENTOS

MEMÓRIA DESCRITIVA DE HIDRÁULICA

INDICE

INDICE .......................................................................................................................................................... i 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................1 1.1 Generalidades.................................................................................................................................... 1 1.2 Descrição Geral do Projecto ............................................................................................................... 1 2 REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAS ..2 2.1 Descrição geral das redes .................................................................................................................. 2 2.2 Materiais ............................................................................................................................................ 3 2.3 Cálculo............................................................................................................................................... 3 2.4 Ensaios .............................................................................................................................................. 4 3 REDE DE COMBATE À INCÊNDIOS ....................................................................................................4 3.1 Descrição Geral da Rede ................................................................................................................... 4 3.2 Traçado e Instalação da Rede ............................................................................................................ 5 3.3 Natureza dos materiais ...................................................................................................................... 5 3.4 Elementos acessórios da rede ........................................................................................................... 5 3.4.1 Válvulas ........................................................................................................................................ 5 3.4.2 Hidrantes ...................................................................................................................................... 5 3.5 Elementos base para o cálculo da rede .............................................................................................. 6 3.5.1 Classificação do Edifício em Relação ao Grupo de Risco .............................................................. 6 3.5.2 Número de Bocas-de-incêndio em funcionamento simultâneo ....................................................... 7 3.5.3 Demanda de água para o combate a Incêndios ............................................................................. 7 3.6 Dimensionamento hidráulico .............................................................................................................. 7 3.6.1 Rede de Distribuição ..................................................................................................................... 7 3.6.2 Estacão de Bombagem (Reservatório e Bombas).......................................................................... 7 3.7 Simulação da rede com CYPECAD, versão 2016 ............................................................................. 10 3.8 Verificação, ensaios e desinfecção ................................................................................................... 10 4 REDE DE ESGOTOS .......................................................................................................................... 10 4.1 Concepção Geral ............................................................................................................................. 10 4.2 Materiais .......................................................................................................................................... 11 4.3 Cálculo............................................................................................................................................. 11 4.4 Ensaios ............................................................................................................................................ 11 5 REDE DE DRENAGEM E ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS ............................................... 11 5.1 Concepção geral .............................................................................................................................. 11 5.2 Materiais .......................................................................................................................................... 12

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CMAM – Central de Medicamentos e Artigos Médicos

PSM – Procurement and Supply Management Project

Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

5.3 Elementos de base para dimensionamento ...................................................................................... 12 5.3.1 Intensidade, duração e frequência ............................................................................................... 12 5.3.2 Coeficiente de escoamento ......................................................................................................... 13 5.3.3 Caudais de cálculo ...................................................................................................................... 13 5.4 Dimensionamento hidráulico ............................................................................................................ 14 5.4.1 Ramais de descarga ................................................................................................................... 14 5.4.2 Caleiras ...................................................................................................................................... 14 5.4.3 Tubos de queda .......................................................................................................................... 15 5.4.4 Colectores prediais ..................................................................................................................... 15 5.5 Acessórios ....................................................................................................................................... 16 5.5.1 Ralos .......................................................................................................................................... 16 5.6 Simulação da rede com CYPECAD, versão 2016 ............................................................................. 16 5.7 Ensaios ............................................................................................................................................ 16 5.7.1 Ensaios de estanquidade ............................................................................................................ 17 6 SÍNTESE ............................................................................................................................................ 17 7 ANEXOS ............................................................................................................................................. 18 7.1 Anexo 1 – Catálogos ........................................................................................................................ 18

INDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Imagem de hidrantes de coluna a colocar no pátio ....................................................................... 6

Figura 2 - Grupo de pressurização combate a Incêndios .............................................................................. 9

Figura 3 - Curvas IDF para Moçambique. ................................................................................................... 13

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Classificação dos edifícios em relação ao grupo de risco de acordo com NFPA 13 ..................... 6

Tabela 2 – Capacidade da fossa que recebe águas negras do(s) edifício(s) ............................................... 10

Tabela 3 - Dimensionamento de ramais de descarga ................................................................................. 14

Tabela 4 - Dimensionamento de tubos de queda ........................................................................................ 15

Tabela 5 - Dimensionamento de colectores prediais ................................................................................... 16

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PSM – Procurement and Supply Management Project

Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

PROJECTO TIPO PARA DEPÓSITO INTERMEDIÁRIO DE MEDICAMENTOS

MEMÓRIA DESCRITIVA DE HIDRÁULICA

1 INTRODUÇÃO

1.1 Generalidades

A presente memória descreve as redes hidráulicas do Armazém Intermediário de Medicamentos.

Foram concebidas redes com uma dimensão que permita um bom nível de conforto.

Esta Memória Descritiva inclui as seguintes redes hidráulicas:

• Rede de abastecimento de água potável;

• Rede de reaproveitamento de águas pluviais;

• Rede combate a incêndios;

• Rede de drenagem de águas residuais domésticas;

• Rede de drenagem de águas pluviais.

Os sistemas hidráulicos propostos neste projecto obedecem à regulamentação de sistemas prediais de

distribuição de água e drenagem de águas residuais e pluviais (RSPDADAR) em vigor no país, bem como a

normas técnicas seguidas em projectos similares.

1.2 Descrição Geral do Projecto

Os depósitos Intermédios de Medicamentos terão um edifício Central que será um depósito com capacidade

para 300, 600 ou 1.200 Paletes, rodeado por uma área de circulação de viaturas pesadas e serviços de

apoio.

As apoio serão contituidas por:

• Guarita;

• Posto de Transformação e Grupo Gerador;

• Área de Manutenção;

• Área de apoio a colaboradores externos (copa e balneários para motoristas);

• Depósito de água enterrado e outro elevado;

• Armazém de Produtos Tóxicos e Inflamáveis; e,

• Área de tratamento de lixos.

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PSM – Procurement and Supply Management Project

Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

De acordo com o projecto de arquitectura o número máximo estimado de colaboradores para o armazém de

1200 paletes é de 30 pessoas, valor considerado no dimensionamento dos sistemas hidráulicos.

Os edifícios do Depósito de Medicamentos, de apoio a colaboradores externos, de Produtos Tóxicos e

Inflamáveis, Manutenção e Guarita, dispõem de casas de banho, cozinhas/copas, etc., que necessitarão de

ser abastecidos com água potável, para as pias lava-loiças, lavatórios e chuveiros, e com água pluvial para

Mictórios e Autoclismos.

Importa referir que apenas os mictórios, Autoclismos e bocas de rega ou lavagens serão abastecidos, quer

por água potável, quer por águas pluviais, de alternada.

2 REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAS

2.1 Descrição geral das redes

As redes de água potável e de reaproveitamento de água pluvial são completamente independentes.

Devido ao facto do abastecimento de água em muitos pontos do país ser feito de forma intermitente e com

grande oscilação de pressão, optou-se por um sistema indirecto de abastecimento de água potável com

armazenamento de água obtida da rede pública ou do furo de água no reservatório inferior da torre pressão

com capacidade para 78 m³ de água.

A partir do reservatório inferior a água será bombeada, através de um sistema compacto composto por duas

bombas centrífugas multicelulares verticais de funcionamento alternado, GRUNDFOS Hydro Multi-E 2 CRE

3-5 (para um caudal, Q=4 m³/h e altura total de elevação, H=20 m) para um reservatório elevado em betão

armado, com capacidade de 10 m³ e uma altura, até a base do mesmo, de 13 m.

A tubagem de ligação das bombas de elevação de água ao reservatório superior, na ligação com o

reservatório inferior e na ligação entre bombas, até sair da casa das bombas da torre de pressão, será em

Ferro Galvanizado com um diâmetro de 2”.

A distribuição de água para o sistema de abastecimento de água do Depósito será a partir do reservatório

superior, descendo por uma baixada em Ferro Galvanizado de 4” de diâmetro ligada a tubagem PP-R PN12

ao nível do solo, cujos diâmetros estam indicados em desenhos da especialidade.

À entrada de cada compartimento e habitação a serem alimentados de água vinda da torre de pressão, está

prevista uma válvula de seccionamento (corte) de modo a permitir o seu isolamento em caso de

necessidade de manutenção.

Está previsto o fornecimento de água quente através de Termoacumuladores Eléctricos às cozinhas/ copas

com capacidade de 80 litros.

Caso se considere o furo de água como a fonte de água para o sistema de abastecimento de água potável,

dever-se-á avaliar a qualidade da água de modo a decidir-se o tipo de tratamento a submete-la, por forma a

torná-la potável.

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

De acordo com a Decreto-Lei x de 2005 de Moçambique, devem “Aproveitar-se águas pluviais que caiam

sobre as coberturas de edifícios públicos”.

Assim sendo, as águas Pluviais recolhidas na cobertura do Depósito de Medicamentos, serão armazenadas

num dos compartimentos do reservatório inferior da torre de pressão, cuja capacidade é de 55 m³ de água

pluvial, para que posteriormente se use a mesma no abastecimento de água aos autoclismos de bacia de

retrete, mictórios e bocas de rega e lavagens indicados em peças desenhadas. Este sistema de

reaproveitamento de águas pluviais terá um sistema compacto de pressurização composto por duas

bombas centrífugas multicelulares verticais de funcionamento alternado, GRUNDFOS Hydro Multi-E 2 CRE

10-3 (para um caudal, Q=20 m³/h e altura total de elevação, H=25 m) que alimentará directamente os

pontos de consumo abrangidos pela rede de reaproveitamento de água pluvial.

2.2 Materiais

A ligação à rede pública de fornecimento de água será em tubagem PEAD PN10 de 50 mm de diâmetro,

com bóia mecânica do mesmo diâmetro que o da tubagem, a entrada do compartimento do reservatório

inferior da torre de pressão (ver desenhos da especialidade). Está prevista a colocação de contador de água

no ramal de ligação à rede pública, incluindo válvulas de seccionamento à montante e à jusante do mesmo,

instalados dentro dum armário junto ao muro de vedação.

Nas redes gerais e interna de distribuição de água aos edifícios do Depósito de Medicamentos e às

torneiras de jardim será usada a tubagem em Polipropileno Randómico da classe 12 (PP-R PN12), com

acessórios de ligação do mesmo material ou outro compatível, adequadamente aprovado. Para estes

materiais, nas zonas onde a tubagem estiver à vista, o espaçamento entre as abraçadeiras deverá obedecer

às recomendações do fabricante, não devendo exceder 80 cm para tubagens com diâmetros até 40 mm e

150 cm para tubagens com diâmetros acima de 40 mm.

Todos os acessórios de ligação, válvulas e torneiras, deverão ser compatíveis com o material da tubagem e

a pressão de serviço da rede de distribuição de água, não devendo comprometer a potabilidade da mesma.

Estes deverão ser de elevada qualidade, cuja aplicação será antecedida da aprovação da fiscalização e/ou

do dono da obra.

2.3 Cálculo

Para o dimensionamento da rede de distribuição quer geral, assim como dos edifícios (interna e externa),

teve-se em conta os caudais instantâneos regulamentares previstos para cada tipo de aparelho de

utilização. Na posse desses caudais instantâneos, faz-se a sua acumulação e em função do nível de

conforto pretendido (para este projecto, considerou-se um conforto médio), associado aos coeficientes de

simultaneidade, é achado o caudal de cálculo para cada troço. De seguida, para cada troço e em função da

rugosidade do material considerado, é feito o dimensionamento dos diâmetros das tubagens.

Este dimensionamento tem em vista garantir um eficiente desempenho hidráulico do sistema, respeitando

as velocidades mínimas (0,5 m/s) e máximas (2 m/s) estabelecidas no regulamento em vigor no país e,

fornecer no ponto hidraulicamente mais afastado, um caudal e pressão mínima (de cerca de 5 m.c.a)

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

necessários. No presente projecto, recorreu-se ao Software Cype, no módulo de Instalações do Edifício

para efeitos de dimensionamento.

2.4 Ensaios

A verificação da conformidade do sistema implantado com o projecto e com as especificações técnicas deve

ser feita com as canalizações e respectivos acessórios à vista. Antes de se tapar qualquer troço de

tubagem, a mesma deverá ser inspeccionada, e aprovada.

O ensaio de estanqueidade deve ser conduzido com as canalizações, juntas e acessórios à vista,

convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilização.

O processo de execução do ensaio deverá seguir o descrito abaixo:

a) Ligação da bomba de ensaio com manómetro, localizada tão próximo quanto possível do ponto de menor

cota do troço a ensaiar;

b) Enchimento das canalizações por intermédio da bomba, de forma a libertar todo o ar nelas contido e

garantir uma pressão igual a uma vez e meia a máxima de serviço com o mínimo de 900 kPa (9 bar);

c) Leitura do manómetro, que não deve acusar redução durante um período mínimo de quinze minutos,

d) Esvaziamento do troço ensaiado.

Após construído, será ensaiado o sistema num todo, devendo-se para isso proceder-se ao seu enchimento

tendo especial cuidado em que o mesmo se faça lenta e gradualmente, a fim de evitar roturas na tubagem e

como forma de verificar o comportamento hidráulico do sistema.

Antes da entrada em funcionamento do sistema, este deverá ser desinfectado.

Depois de concluída a rede e já com os dispositivos de utilização colocados, será feita a limpeza e

desinfecção de todo o sistema com uma solução à base de cloro.

3 REDE DE COMBATE À INCÊNDIOS

3.1 Descrição Geral da Rede

Trata-se de uma rede independente e autónoma de combate a incêndios do tipo armada/molhada,

constituída por bocas-de-incêndio armadas dispostas no perímetro do Depósito de Medicamentos cada uma

cobrindo um raio de acção de 30 m.

Em caso de combate a incêndios, a água será bombeada a partir do reservatório inferior de água da torre

de pressão de 78 m³ de capacidade útil, para as bocas-de-incêndio por meio de tubagem em aço

galvanizado de diferentes diâmetros.

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3.2 Traçado e Instalação da Rede

A instalação da rede de incêndio deverá ser feita de acordo com as pecas desenhadas do projecto e demais

aspectos relativos aos fabricantes dos equipamentos, especificações técnicas gerais de Engenharia civil e

de acordo com as sugestões da fiscalização. A tubagem será instalada enterrada e no tecto, fixa por

braçadeiras com espaçamento adequado.

As bocas-de-incêndio foram posicionadas em locais de fácil acesso e visíveis nomeadamente nos

corredores próximo das escadas de acesso, cada uma cobrindo um raio de acção de 30 m (comprimento

das mangueiras).

3.3 Natureza dos materiais

As tubagens e todos os acessórios que constituem a rede de incêndio deverão ser em ferro galvanizado FG.

A escolha destes materiais prende-se com o facto de serem materiais com disponibilidade no mercado

nacional e, não ser adequado o uso de tubagem plástica não enterrada, para o combate a incêndios.

3.4 Elementos acessórios da rede

3.4.1 Válvulas

Serão instaladas válvulas de seccionamento na tubagem de sucção das bombas, imediatamente a jusante e

montante das bombas de incêndio e a montante das bocas-de-incêndio e em outros pontos estratégicos na

rede de incêndio.

As válvulas serão em ferro galvanizado ou outro material que reúna as necessárias condições de utilização

desde que previamente aprovado pela fiscalização.

Dever-se-á garantir o fácil acesso para manutenção e manuseio das válvulas. No pátio as mesmas deverão

ser instaladas em caixas de válvulas, munidas com todos os acessórios para o manuseio das mesmas a

partir do topo de acordo com as peças desenhadas do projecto.

3.4.2 Hidrantes

No pátio exterior do Depósito de Medicamentos deverão ser instalados hidrantes de coluna derrubáveis em

ferro fundido dúctil com 100 mm de diâmetro nominal e três saídas (100x65x50mm) de cor vermelha.

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

Figura 1 - Imagem de hidrantes de coluna a colocar no pátio1

No pátio perimetral do Depósito de Medicamentos serão instaladas bocas-de-incêndio de tipo carretel no

interior de armários e munidas de todos os acessórios necessários ao combate a incêndios.

3.5 Elementos base para o cálculo da rede

3.5.1 Classificação do Edifício em Relação ao Grupo de Risco

De acordo com a National Fire Protection Association, NFPA 13 (ver tabela 1) o edifício em causa é

classificado com sendo de risco Ordinário Grupo 3.

Tabela 1 – Classificação dos edifícios em relação ao grupo de risco de acordo com NFPA 13

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

3.5.2 Número de Bocas-de-incêndio em funcionamento simultâneo

Foi assumido que funcionarão em simultâneo 2 bocas-de-incêndio tipo hidrante de coluna.

3.5.3 Demanda de água para o combate a Incêndios

A quantidade de água necessária para o combate a incêndio foi determinada em função de número de

bocas-de-incêndio em funcionamento simultâneo durante 120 min (2 horas) correspondendo a um volume

de água de cerca de 43,2 m³.

3.6 Dimensionamento hidráulico

3.6.1 Rede de Distribuição

O dimensionamento hidráulico da rede de incêndio composta bocas-de-incêndio armadas foi efectuado de

acordo com os seguintes elementos:

• Caudais de cálculo;

• Velocidades entre 0,5 m/s e 2,0 m/s;

• Rugosidade do material;

• Pressão mínima nas bocas-de-incêndio: 250 kPa;

• Diâmetros mínimos dos ramais: 50 mm (2”);

• Bocas-de-incêndio de posicionamento hidraulicamente mais desfavorável.

3.6.2 Estacão de Bombagem (Reservatório e Bombas)

Foi estabelecido um volume do reservatório de incêndio de 78 m³. Este valor é superior ao necessário ao

combate com 2 bocas-de-incêndio durante 2 horas tendo em consideração que o mesmo reservatório é

usado para o abastecimento de água.

A estação de bombagem é o coração do sistema e será constituída por 2 bombas, sendo uma bomba

eléctrica e outra uma bomba Jockey.

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

As bombas devem ter accionamento directo e arranque automático. Deve existir a possibilidade de arranque

manual. Estando ligadas, as bombas devem funcionar continuamente até ordem de comando manual de

paragem.

Deve ser fornecido um quadro geral de sinalização com botões de comando, teste de lâmpadas pilotos que

indicam o estado de funcionamento e alarme, e mostradores tensão e correntes.

Será fornecido um equipamento de escorva automática para garantir que as bombas estejam com água

todo o tempo, com eliminação do ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção.

Qualquer queda de pressão no sistema que origine o arranque automático das bombas deve produzir um

sinal visual e audível de alarme em local apropriado das instalações.

Deverá estar previsto um sistema de válvulas que permita o teste de arranque automático das bombas de

forma periódica, para efeitos de manutenção.

Os manómetros a serem instalados no sistema de tubagem deverão indicar as pressões relevantes no

sistema.

As bombas de água serão instaladas dentro de uma casa de bombas construída para o efeito, sendo este

abrigo resistente ao fogo. O compartimento das bombas deve ser acessível de fora e deve ser de

dimensões tão pequenas quanto possível de modo a desencorajar a sua utilização para outros propósitos.

A bomba eléctrica foi calculada por forma a garantir o caudal mínimo necessário ao funcionamento 2 Bocas-

de-incêndio simultaneamente e com pressões mínimas adequadas e estabelecidas.

As características das bombas eléctricas podem ser visualizadas nos catálogos do projecto hidráulico ou na

figura abaixo.

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

Figura 2 - Grupo de pressurização combate a Incêndios

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Projecto Tipo para Depósito Intermediário de Medicamentos

3.7 Simulação da rede com CYPECAD, versão 2016

Após o cálculo manual, a rede foi simulada com o cypecad, versão 2016.

3.8 Verificação, ensaios e desinfecção

A verificação da conformidade do sistema com o projecto aprovado e com as disposições legais em vigor

deve ser feita com as canalizações e respectivos acessórios à vista de acordo com o descrito no ponto 2.4.

4 REDE DE ESGOTOS 4.1 Concepção Geral

O objectivo fundamental da concepção e do dimensionamento desta rede é de recolher os esgotos dos

aparelhos sanitários do edifício e evacuá-los até ao ponto de descarga final (sem que coloque em perigo a

saúde dos utentes do local) também localizado no mesmo recinto. A drenagem desses esgotos será feita de

forma separativa, o que significa que as águas brancas serão encaminhadas directamente para o dreno de

infiltração e as águas negras, provenientes das descargas de sanitas, serão encaminhadas para fossas

sépticas e, após sofrerem um pré-tratamento, serão encaminhadas para o dreno de infiltração.

A condução das águas tanto para o dreno, assim como para as fossas sépticas será por tubagens em uPVC

intercaladas por caixas de visita. As caixas de visita serão em alvenaria de blocos de cimento e areia, com

dimensões internas mínimas de 50x50cm2, com profundidade mínima de 40 cm e, deverão estar espaçadas

a não mais de 15 m (de acordo com as peças desenhadas).

Todas as caixas de visita, para além de serem sifonadas, levarão tampas hidráulicas em betão, apropriadas

para sistemas de saneamento. No caso de caixas de águas negras estas deverão ser isoladas mediante o

enchimento entre cantoneiras com massa ou outro material isolante que não permita a saída dos gases

para o exterior destas.

As fossas sépticas previstas no projecto têm as seguintes capacidades:

Edifício Capacidade da Fossa Guarita

25 pessoas Manutenção

Armazém de Produtos Tóxicos e Inflamáveis 3 pessoas Depósito de Medicamentos 25 pessoas

Tabela 2 – Capacidade da fossa que recebe águas negras do(s) edifício(s)

O traçado da tubagem, assim como os seus calibres são indicados nos desenhos anexos a esta memória.

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4.2 Materiais

O material da tubagem a aplicar no projecto de drenagem de esgotos será o uPVC PN6, da Marley, DPI ou

MACNEIL, ou ainda de outro fabricante sendo da melhor qualidade e previamente aprovado pela

fiscalização, do seguinte tipo:

• tubagem homologada como cumprindo com a norma SABS 967 - para ser utilizada embutida nas

paredes ou à vista fixa por abraçadeiras;

• tubagem homologada como cumprindo com a norma SABS 791 ou 1601 - para ser utilizada

enterrada.

4.3 Cálculo

Para o dimensionamento tanto dos ramais de descarga, assim como dos colectores, teve-se em conta os

caudais de descarga regulamentares para cada tipo de aparelho de utilização. Na posse dos caudais, faz-se

a sua acumulação e de seguida, para cada troço é definido o caudal de dimensionamento tendo em

consideração a simultaneidade nas descargas.

Assim, em função da rugosidade do material considerado e intervalo de variação da inclinação das

tubagens, é feito o dimensionamento das tubagens, considerando um escoamento a meia secção para os

ramais e colectores.

No presente projecto, para efeitos de dimensionamento, recorreu-se ao Software Cype, no módulo de

Instalações do Edifício.

4.4 Ensaios

Será obrigatória a realização de ensaios de estanqueidade e de eficiência, com a finalidade de assegurar o

correcto funcionamento da rede de drenagem de águas residuais.

Toda a tubagem instalada será submetida a ensaios de água de acordo com o especificado no

Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais, antes do

fecho de roços ou valas.

Não serão permitidos ensaios com o tubo coberto deixando apenas à vista as juntas dado não ser possível

avaliar dessa maneira as condições da tubagem. O resultado dos ensaios deve ser registado em módulos

criados para o efeito.

5 REDE DE DRENAGEM E ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

5.1 Concepção geral

No que diz respeito à drenagem de águas pluviais, o sistema projectado destina-se à recolha das águas das

chuvas que caem ao nível da cobertura do Depósito de Medicamentos, através de caleiras rectangulares e

sua condução até ao nível do pavimento, em caixas de inspecção, por tubos de queda circulares. Grande

parte dessas águas será conduzida por tubagem uPVC PN6 de diâmetros 160 e 200 mm, conforme

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desenhos em anexo, ligada a caixas de inspecção até um compartimento do reservatório inferior da torre de

pressão com capacidade para 55 m³ de água.

Nos edifícios da Guarita, de Manutenção e de Tratamento de Lixo, as águas pluviais serão descarregadas

directamente no passeio por tubagem de queda.

5.2 Materiais

Os tubos de queda e as caleiras a aplicar serão em chapa galvanizada. As caleiras serão quadrangulares

de 150 mm e 150 mm de secção (conforme as peças desenhadas), com espessura de 0,6 mm e os tubos

de queda serão circulares de 50 mm e 125 mm de diâmetro (conforme as peças desenhadas), com uma

espessura de 0,5 mm. Tanto as caleiras, assim como os tubos de queda e todos os seus acessórios serão

galvanizados a Z275 (Galvanização com 275 g/m2 de zinco).

Nas zonas de coberturas em lajes, onde se previu a recolha de águas pluviais, serão usados para a recolha

de águas pluviais, ralos ACO PASSAVANT, de acordo com as peças desenhadas e catálogo do fabricante.

Também está prevista a colocação de ralos da ACO PASSAVANT em pavimentos internos do armazém

para a recolha de águas resultantes da lavagem dos mesmos.

Os colectores serão em uPVC PN6, similares aos especificados para a drenagem de esgotos.

5.3 Elementos de base para dimensionamento

5.3.1 Intensidade, duração e frequência

O período de retorno considerado no dimensionamento hidráulico de uma rede predial de drenagem pluvial

foi de 5 anos. Para uma duração de precipitação de 5 minutos, teremos uma intensidade de precipitação de

400,65 mm/h (1,5 x 267,1 mm/h).

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Figura 3 - Curvas IDF para Moçambique.

5.3.2 Coeficiente de escoamento

Foi adoptado um coeficiente de escoamento igual a 1 para as coberturas.

5.3.3 Caudais de cálculo

Os caudais de cálculo de ramais de descarga de águas pluviais basearam-se nas áreas a drenar em

projecção horizontal, no coeficiente de escoamento e na precipitação e é feito pela fórmula racional:

Em que:

Q…caudal de cálculo (l/min);

C…coeficiente de escoamento, que depende da natureza e inclinação do terreno;

I…intensidade da precipitação (l/min*m²), dependendo do período de retorno e da duração da precipitação;

A …área a drenar, medida em projecção horizontal (m²).

a= 694,50

b = -0,5938

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5.4 Dimensionamento hidráulico

5.4.1 Ramais de descarga

5.4.1.1 Diâmetro mínimo

O diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga de águas pluviais é de 50 mm.

5.4.1.2 Sequência de secções

A secção do ramal de descarga não pode diminuir no sentido do escoamento.

5.4.1.3 Dimensionamento hidráulico

No dimensionamento hidráulico dos ramais de descarga de águas pluviais teve-se em atenção:

a) Os caudais de cálculo;

b) As inclinações, que não devem ser inferiores a 5 mm/m;

c) A rugosidade do material.

Os ramais de descarga de águas pluviais foram dimensionados para escoamento a secção cheia.

Tabela 3 - Dimensionamento de ramais de descarga

5.4.2 Caleiras

No dimensionamento hidráulico caleiras deve ter-se em atenção:

a) Os caudais de cálculo;

b) A inclinação;

c) A rugosidade do material;

d) A altura da lâmina líquida, que não deve exceder 0,1 da altura da secção transversal.

As caleiras serão em ferro galvanizado com secção rectangular.

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5.4.3 Tubos de queda

Os caudais de cálculo de tubos de queda de águas pluviais devem ser o somatório dos caudais de cálculo

das caleiras e ramais de descarga que para eles descarregam.

5.4.3.1 Diâmetro mínimo

O diâmetro nominal dos tubos de queda de águas residuais, domésticas ou pluviais, não pode ser inferior

ao maior dos diâmetros dos ramais a eles ligados, com um mínimo de 50 mm.

5.4.3.2 Dimensionamento hidráulico

No dimensionamento hidráulico dos tubos de queda de águas pluviais deve ter-se em atenção:

a) Os caudais de cálculo referidos no artigo anterior;

b) A altura de água acima de tubo de queda, ou seja a carga na coluna.

Tabela 4 - Dimensionamento de tubos de queda

5.4.4 Colectores prediais

Os caudais de cálculo dos colectores prediais de águas pluviais devem ser o somatório dos caudais de

cálculo de tubos de queda e ramais de descarga que lhes estão directamente ligados e, eventualmente, de

águas freáticas.

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5.4.4.1 Diâmetro mínimo

O diâmetro nominal dos colectores prediais não pode ser inferior ao maior dos diâmetros das canalizações a

eles ligadas, com um mínimo de 100 mm.

5.4.4.2 Sequência de secções

A secção do colector predial não pode diminuir no sentido do escoamento.

5.4.4.3 Dimensionamento hidráulico

No dimensionamento hidráulico dos colectores prediais de águas pluviais deve ter-se em atenção:

a) Os caudais de cálculo;

b) A inclinação, que deve situar-se entre 10 mm e 40 mm/m podendo baixar até 5 mm/m;

c) A rugosidade do material.

Os colectores prediais de águas pluviais devem ser dimensionados para um escoamento com secção cheia.

Tabela 5 - Dimensionamento de colectores prediais

5.5 Acessórios

5.5.1 Ralos

Serão colocados nos locais nas caleiras de betão no topo dos tubos de queda.

Devem ter uma área útil igual ou superior a 1,5 vezes a área da secção daqueles tubos.

Os ralos podem ser de ferro fundido, latão ou outros materiais que reúnam as necessárias condições de

utilização.

5.6 Simulação da rede com CYPECAD, versão 2016

Após o cálculo manual, a rede foi simulada com o cypecad, cersão 2016.

5.7 Ensaios

É obrigatória a realização de ensaios de estanquidade, com a finalidade de assegurar o correcto

funcionamento das redes de drenagem de águas pluviais.

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5.7.1 Ensaios de estanquidade

Nos ensaios de estanquidade nas redes de águas pluviais interiores, deve verificar-se o seguinte:

a) Os sistemas são cheios de água pelas extremidades superiores, obturando-se as restantes, não

devendo verificar-se qualquer abaixamento de nível de água durante, pelo menos, 15 minutos;

b) Nestes ensaios pode também usar-se ar ou fumo, nas condições de pressão equivalentes às da

alínea anterior.

6 SÍNTESE

Relativamente aos traçados, diâmetros, equipamento e pormenores de execução, deverão ser seguidas

todas as indicações fornecidas pelo presente documento, bem como pelas Peças Desenhadas, mapa de

quantidades e catálogos.

Em toda a execução serão respeitadas as normas técnicas de execução aplicáveis, devendo todos os

materiais a aplicar ser possuidores de certificado de qualidade, e ser submetidos a aprovação prévia pela

fiscalização no caso de peças sanitárias e respectivos acessórios.

Em tudo o omisso ou não especificado no presente documento, será respeitada toda a legislação e

regulamentação em vigor, bem como as demais indicações da fiscalização.

Maputo, 24 de Novembro de 2017

_____________________

(Ivane Paulo, Hidráulico)

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7 ANEXOS

7.1 Anexo 1 – Catálogos