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A22 Meio: Imprensa País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 32 Cores: Cor Área: 21,29 x 30,20 cm² Corte: 1 de 1 ID: 73620595 16-02-2018 1~~ FILIPE ALVES [email protected] Portugal continua no radar dos grandes fundos de investimento. Este mês, tiveram lugar três grandes operações envolvendo este tipo de investidores, com a compra da fabri- cante de máquinas ROQ pelos fun- dos Magnum e Alantra, a aquisição da Concessionária do Pinhal Interior pelo fundo Ardian e a venda da ca- deia de ginásios Fitness Hut "Além destas áreas, a indústria e infraestruturas, a energia, as teleco- municações, os serviços financeiros e o turismo são os setores em Portugal onde prevejo que continue a existir forte interesse dos fundos de private equity nacionais e internacionais", disse ao Jornal Económico o advoga- do Diogo Perestrelo, sócio da PLMJ e líder da equipa de M&A da firma, que assessorou os compradores nes- tas duas operações. "Por outro lado e considerando o excesso de liquidez que há no merca- do podemos vir a observar mais compras e vendas entre fundos, algo que não se via com regularidade há mais de dez anos em Portugal", acrescentou o advogado, numa alu- são ao facto de a ROQ ter mudado de mãos entre fundos. O grupo São Roque, que hoje ope- ra com a marca ROQ, fabrica maqui- naria para a indústria têxtil e estava no portefólio do fundo Explorer des- de 2013. Com esta operação, que se- gundo a imprensa espanhola ronda os 150 milhões de euros, a Magnum Industrial Partners e a Alantra Priva- te Equity ficarão cada uma com 44% da empresa. Os restantes 12% serão detidos pela equipa de gestão da ROQ. A companhia com sede em Braga, é uma das principais empresas mun- diais fabricantes de máquinas e equi- pamentos para indústrias de impres- são de têxteis, operando nos nichos em grande crescimento de impres- são de tecido e impressão direta em vestuário. Está comercialmente pre- sente em mais de 70 países em todo o mundo, com cerca de 90% das recei- tas totais provenientes dos mercados internacionais. Empregando mais de 430 pessoas atualmente, a empresa A questão em Portugal neste momento prende-se mais com a escassez e dimensão das empresas alvo e não é tanto um problema de falta de procura, disse Diogo Perestrelo 44 Duarte Schmidt Lino, sócio da PLMJ responsável pela área de Private Equity, liderou a equipa que assessorou a Oxy, a Edge Capital e a Uksa Malta na venda dos ginásios Fitness 1-lut 66 ASSESSORIA A FUSOES E AQUISIÇOES (M&A) Grandes fundos reforçam em Portugal Magnum e Alantra compram ROQ numa operação de 150 milhões, que teve o apoio da PLMJ. Firma assessorou também a venda dos ginásios Fitness Hut e a compra da concessionária Pinhal Interior. alcançou uma posição bem consoli- no M&A e no private equity", afir- dada no mercado de impressão em mou Diogo Perestrelo. tecido e procura agora aumentar a "A questão em Portugal neste mo- sua posição no mercado de impres- mento prende-se mais com a escas- são direta em vestuário, recorrendo sez e dimensão das empresas alvo e ao prestigio e renome da sua tecno- não é tanto um problema de falta de logia, aos bons relacionamentos com procura ou de interesse", concluiu. a sua grande base de dientes, e à re- putação da marca. PLMJ assessora venda A equipa multidisciplinar da do Fitness Hut e compra PLMJ que assessorou os fundos ibé- da Pinhal Interior ricos Magnum e Alantra na aquisi- A PLMJ assessorou ainda a Oxy Ca- ção do Grupo São Roque foi com- pitai, a Uksa Malta e Edge Capital na posta por Diogo Perestrelo, Nuno venda do Fitness Hut, à Fitness Marques e Rita Jardim (M&A), An- Bidco. A operação, que foi da res- dré Figueiredo (sócio de Financeiro), ponsabilidade da equipa de Private Miguel Reis (sócio de Fiscal ) e João Equity da firma, foi protagonizada da Velez de Lima e Mafalda Moreira por Duarte Schmidt Lino, sócio (Fiscal). coordenador da equipa de Private Por sua vez, o Fundo Explorer foi Equity da PLMJ, com as participa- assessorado pela Luiz Gomes & asso- ções de Alexander Ehlert, Pedro ciados e o BBVA, banco que finan- Gaspar da Silva e Manuel Sequeira, ciou a aquisição, teve o apoio da Mo- Associados PLMJ. rais Leitão, Gaivão Teles, Soares da Assessorou ainda o fundo Ardian Silva (MGLTS) . na compra da Concessionária do Pi- nhal Interior, com uma equipa lide- Há interesse em Portugal rada por Diogo Perestrelo, com as mas escasseiam empresas participações de Elsa Pardal e Gui- com a dimensão necessária Iherme Galante (M&A) e Tiago Segundo os últimos dados divulga- Duarte (Público). Por sua vez, a dos pelo directório internacional Mota Engil, que vendeu a concessio- Transactional Track Record (TTR), nária, foi representada na operação relativos a janeiro, as operações de por Maria Castelos. M&A envolvendo empresas portu- No ano passado, A Mota-Engil guesas ascenderam a 450 milhões de anunciou a venda ao fundo Ardian euros no primeiro mês deste ano, o das participações que detinha, atra- que representa uma subida de 40,7% vês da Ascendi, em cinco concessio- em relação a janeiro de 2016. Ao nárias de auto-estradas em Portugal, todo tiveram lugar 28 operações e por 384 milhões de euros. A primei- esta tendência de crescimento deverá ra fase do negócio incluiu as partici- continuar, segundo Diogo Pei estie- pações diretas e indiretas detidas pela lo. O sócio da PLMJ nora que existe Mota-Engil nas concessionárias de cada vez mais interesse em ativos auto-estradas Norte (AENOR) de portugueses, por parte de grandes ex-SCUT (sem cobrança ao utili7a- fundos internacionais. O problema é dor) do Grande Porto, Grande Lis- que, considera, não existem muitas boa, Beiras Litoral e alta e costa de empresas portuguesas que tenham a Prata, assim como as respetivas ope- dimensão necessária para serem radoras. O negócio acertado nesta atrativas para estes players. primeira fase incluiu também a ven- "Penso que vai ser um ano muito da de 75% da Ascendi - Serviços de positivo para o M&A em Portugal Assessoria, Gestão e Operação e de consolidando-se a tendência de 20% da Via Verde Portugal - Gestão 2017. A estabilidade da economia de sistemas Eletrónicos de Cobrança, portuguesa, a forte liquidez do mer- uma empresa liderada pela Brisa. cado, o eventual arrefecimento do Para a segunda fase ficou a aliena- mercado de capitais e a desaceleração çào das participações da Ascendi do mercado imobiliário, até por es- Group em três outras c - oncessioná- rAçsPz de oferta, podem levar os in- rias - Pinhal Interior e Douro Inte- vestidores profissionais e os grandes rior, em Portugal, e Autovia de los family offices a focarem-se ainda mais Viõedos, em Espanha. • Com A.S. Página 22

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A22

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

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Área: 21,29 x 30,20 cm²

Corte: 1 de 1ID: 73620595 16-02-2018

1~~ FILIPE ALVES [email protected]

Portugal continua no radar dos grandes fundos de investimento. Este mês, tiveram lugar três grandes operações envolvendo este tipo de investidores, com a compra da fabri-cante de máquinas ROQ pelos fun-dos Magnum e Alantra, a aquisição da Concessionária do Pinhal Interior pelo fundo Ardian e a venda da ca-deia de ginásios Fitness Hut

"Além destas áreas, a indústria e infraestruturas, a energia, as teleco-municações, os serviços financeiros e o turismo são os setores em Portugal onde prevejo que continue a existir forte interesse dos fundos de private equity nacionais e internacionais", disse ao Jornal Económico o advoga-do Diogo Perestrelo, sócio da PLMJ e líder da equipa de M&A da firma, que assessorou os compradores nes-tas duas operações.

"Por outro lado e considerando o excesso de liquidez que há no merca-do podemos vir a observar mais compras e vendas entre fundos, algo que não se via com regularidade há mais de dez anos em Portugal", acrescentou o advogado, numa alu-são ao facto de a ROQ ter mudado de mãos entre fundos.

O grupo São Roque, que hoje ope-ra com a marca ROQ, fabrica maqui-naria para a indústria têxtil e estava no portefólio do fundo Explorer des-de 2013. Com esta operação, que se-gundo a imprensa espanhola ronda os 150 milhões de euros, a Magnum Industrial Partners e a Alantra Priva-te Equity ficarão cada uma com 44% da empresa.

Os restantes 12% serão detidos pela equipa de gestão da ROQ. A companhia com sede em Braga, é uma das principais empresas mun-diais fabricantes de máquinas e equi-pamentos para indústrias de impres-são de têxteis, operando nos nichos em grande crescimento de impres-são de tecido e impressão direta em vestuário. Está comercialmente pre-sente em mais de 70 países em todo o mundo, com cerca de 90% das recei-tas totais provenientes dos mercados internacionais. Empregando mais de 430 pessoas atualmente, a empresa

A questão em Portugal neste momento prende-se mais com a escassez e dimensão das empresas alvo e não é tanto um problema de falta de procura, disse Diogo Perestrelo

44 Duarte Schmidt Lino, sócio da PLMJ responsável pela área de Private Equity, liderou a equipa que assessorou a Oxy, a Edge Capital e a Uksa Malta na venda dos ginásios Fitness 1-lut

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ASSESSORIA A FUSOES E AQUISIÇOES (M&A)

Grandes fundos reforçam em Portugal Magnum e Alantra compram ROQ numa operação de 150 milhões, que teve o apoio da PLMJ. Firma assessorou também a venda dos ginásios Fitness Hut e a compra da concessionária Pinhal Interior.

alcançou uma posição bem consoli- no M&A e no private equity", afir- dada no mercado de impressão em mou Diogo Perestrelo. tecido e procura agora aumentar a "A questão em Portugal neste mo- sua posição no mercado de impres- mento prende-se mais com a escas- são direta em vestuário, recorrendo sez e dimensão das empresas alvo e ao prestigio e renome da sua tecno- não é tanto um problema de falta de logia, aos bons relacionamentos com procura ou de interesse", concluiu. a sua grande base de dientes, e à re- putação da marca. PLMJ assessora venda

A equipa multidisciplinar da do Fitness Hut e compra PLMJ que assessorou os fundos ibé- da Pinhal Interior ricos Magnum e Alantra na aquisi- A PLMJ assessorou ainda a Oxy Ca- ção do Grupo São Roque foi com- pitai, a Uksa Malta e Edge Capital na posta por Diogo Perestrelo, Nuno venda do Fitness Hut, à Fitness Marques e Rita Jardim (M&A), An- Bidco. A operação, que foi da res- dré Figueiredo (sócio de Financeiro), ponsabilidade da equipa de Private Miguel Reis (sócio de Fiscal ) e João Equity da firma, foi protagonizada da Velez de Lima e Mafalda Moreira por Duarte Schmidt Lino, sócio (Fiscal). coordenador da equipa de Private

Por sua vez, o Fundo Explorer foi Equity da PLMJ, com as participa- assessorado pela Luiz Gomes & asso- ções de Alexander Ehlert, Pedro ciados e o BBVA, banco que finan- Gaspar da Silva e Manuel Sequeira, ciou a aquisição, teve o apoio da Mo- Associados PLMJ. rais Leitão, Gaivão Teles, Soares da Assessorou ainda o fundo Ardian Silva (MGLTS) . na compra da Concessionária do Pi-

nhal Interior, com uma equipa lide- Há interesse em Portugal rada por Diogo Perestrelo, com as mas escasseiam empresas participações de Elsa Pardal e Gui- com a dimensão necessária Iherme Galante (M&A) e Tiago Segundo os últimos dados divulga- Duarte (Público). Por sua vez, a dos pelo directório internacional Mota Engil, que vendeu a concessio- Transactional Track Record (TTR), nária, foi representada na operação relativos a janeiro, as operações de por Maria Castelos. M&A envolvendo empresas portu- No ano passado, A Mota-Engil guesas ascenderam a 450 milhões de anunciou a venda ao fundo Ardian euros no primeiro mês deste ano, o das participações que detinha, atra- que representa uma subida de 40,7% vês da Ascendi, em cinco concessio- em relação a janeiro de 2016. Ao nárias de auto-estradas em Portugal, todo tiveram lugar 28 operações e por 384 milhões de euros. A primei- esta tendência de crescimento deverá ra fase do negócio incluiu as partici- continuar, segundo Diogo Pei estie- pações diretas e indiretas detidas pela lo. O sócio da PLMJ nora que existe Mota-Engil nas concessionárias de cada vez mais interesse em ativos auto-estradas Norte (AENOR) de portugueses, por parte de grandes ex-SCUT (sem cobrança ao utili7a- fundos internacionais. O problema é dor) do Grande Porto, Grande Lis- que, considera, não existem muitas boa, Beiras Litoral e alta e costa de empresas portuguesas que tenham a Prata, assim como as respetivas ope- dimensão necessária para serem radoras. O negócio acertado nesta atrativas para estes players. primeira fase incluiu também a ven-

"Penso que vai ser um ano muito da de 75% da Ascendi - Serviços de positivo para o M&A em Portugal Assessoria, Gestão e Operação e de consolidando-se a tendência de 20% da Via Verde Portugal - Gestão 2017. A estabilidade da economia de sistemas Eletrónicos de Cobrança, portuguesa, a forte liquidez do mer- uma empresa liderada pela Brisa. cado, o eventual arrefecimento do Para a segunda fase ficou a aliena- mercado de capitais e a desaceleração çào das participações da Ascendi do mercado imobiliário, até por es- Group em três outras c-oncessioná- rAçsPz de oferta, podem levar os in- rias - Pinhal Interior e Douro Inte- vestidores profissionais e os grandes rior, em Portugal, e Autovia de los family offices a focarem-se ainda mais Viõedos, em Espanha. • Com A.S.

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