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Ricardo Gemes tem 33 anos e olha para o empreendedorismo COMO algo natural e que aprendeu com o pai, emigrante na Venezuela. FOTOS HELDER SANTOS/ASPRESS

*EMPRESA VISTA POR DENTRO O QUE NOS k tSTINGI E DA CONCORRÊNCIA

CONQUISTAR UM SC O desafio foi lançado a Ricardo Gómez aos 31 anos. Com `genes' de empreendedor, além de formado em Gestão de Empresas, arriscou, investiu e hoje tem um negócio que, na base do `franchising, vende iogurtes gelados e relacionados. Esta é a Weeel Madeira

FRANCISCO JOSÉ CARDOSO fcardoso@dnoticias.pt

Ricardo Gómez é um empreende-dor por excelência. Tem 32 anos, nasceu na Venezuela, mas como muitos luso-descendentes tem raí-zes na Madeira, terra que em De-zembro de 2015 escolheu viver para, também como muitos, fugir da cres-cente onda de criminalidade que se vivia na sua terra-natal. A situação

2015 A EMIGRAÇÃO

Em 2015, Ricardo Gomez veio para a Madeira decidido em não mais ficar na Venezuela assolada

por insegurança e violência. Emigrou para a terra do pai,

sozinho à procura de vida nova.

hoje é mais dramática, mas inver-tendo o que o pai, madeirense e nas-cido no Lugar de Baixo, fez há cerca de 60 anos, veio à procura de uma oportunidade de vida.

Trabalhou numa papelaria e numa rent-a-car, depois de fazer formação pelo Pólo de Emprego para ganhar competências para o mercado laboral, isto apesar de já ter uma licenciatura em Gestão de Em-presas e ter um curso de Direito. E,

2017 O INÍCIO

Depois de lhe ser apresentada a ideia, abraçou com garra o

projecto de abrir um franchising da marca portuguesa `Weeel',

especializada em iogurtes gelados.

por isso, nem pestanejou quando surgiu a hipótese de criar um pro-jecto empresarial, de passar a de-pender de si. O verdadeiro espírito empreendedor sempre esteve lá, olhando ao que o pai conquistou na Venezuela, mas agora o filho faz o mesmo aqui, na Madeira.

Tinham-se passado um ano e meio, quando abriu o primeiro es-paço móvel com base num franchi-sing português, apesar do nome

anglófono, sendo que Ricardo Gó-mez, como muitos dos seus con-terrâneos está mais familiarizado com a fonia castelhana, mas tam-bém das próprias leis. Pelo que a primeira coisa que teve de fazer antes de aderir ao Weeel, negócio de iogurtes gelados servidos atra-vés de um atrelado, foi conhecer melhor as leis nacionais.

Criou a empresa 'Paladares Prin-cipescos, Unipessoal Lda.', com data

2018 OCRESCIMENTO

Um ano e meio depois da primeira carrinha no La Vie, em Setembro do ano passado abre a segunda unidade no Forum Madeira. A

aventura no empreendedorismo é o caminho e o futuro nas mãos.

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Dois dos principais produtos do cardápio. Verdadeiras refeições geladas e saudáveis.

>\ HO SOBRE RODAS de constituição a 9 de Março de 201Z ou seja há pouco mais de dois anos. Meses depois concorreu aos apoios de fundos comunitários, através do Instituto de Desenvolvi-mento Regional (IDR) e do 'Em-preender 2020 - Sistema de Incenti-vos ao Empreendedorismo da Re-gião Autónoma da Madeira', e no âmbito do reforço da Competitivi-dade das Pequenas e Médias Em-presas (PME), candidatura esta ao Fundo Europeu de Desenvolvimen-to Regional (FEDER) que mereceu aprovação a 21 de Novembro do mesmo ano.

Com a "ajuda preciosa" do Mil-lennium BCP e do IDR, organismo do Governo Regional da Madeira, foi aprovado o projecto, entre ou-tras 112 operações aprovadas pela 32.' Unidade de Gestão do Madei-ra 14-20 num total de 2,3 milhões de euros de fundos comunitários. A sua parte foram 42.889 euros, dos quais 36.455,65 euros do FE-DER, de um investimento total elegível de 77.980 euros. Ou seja, foi preciso investir 45% do valor, pois os 55% foram assegurados pela comparticipação pública (Governo mais UE).

O início de tudo... mas não o fim Na descrição do projecto pode-se ler que o "Frozen Yogurt (ou iogur-te gelado, em português) é um pro-duto muito saudável e vem ao en-contro de um perfil de consumidor que se preocupa com a qualidade da alimentação e os beneficios da mes-ma para a sua saúde e a da sua famí-lia". E acrescentava: "Para além do sabor leve e a baixa quantidade de gordura, é um dos principais moti-vos que levam as pessoas a optarem por este tipo de produto. Preten-dem apostar num produto de quali-dade, servido em embalagens com design diferenciado, indo de encon-tro à pureza do produto:'

E já então queria abrir pelo me-nos dois espaços. "Vamos apostar em dois postos móveis que irão ficar localizados dentro de dois espaços comerciais", frisava a candidatura. "A imagem e o layout é também pela aposta na concepção dos quiosques para comercialização dos produtos. O conceito em si é original, tanto no que toca ao pro-duto como nos pontos de venda onde serão comercializados. No ac-tual projecto estão previstos dois pontos de venda no Funchal (C.C. La Vie Funchal e C.C. Fórum Ma-deira)", especificava. Mas Ricardo Gómez garante que não quis ficar

por aqui, pois além de ter pretendi-do outro espaço comercial de gran-de movimento, pondera levar o ponto móvel para a rua.

O único sócio-gerente da 'Palada-res Principescos' não pára e está sempre num lado ou no outro a tra-balhar para que o serviço seja sem-pre o desejado, não só pela marca que lhe garantiu a exclusividade do franchising para a Madeira, mas so-bretudo pela sua própria exigência e ambição. Ainda assim reconhece que "quando me foi apresentado o projecto da Weeel - Frozen Yogurt, não prestei muita atenção, mas deci-di que se era o que vinha parar às minhas mãos então teria de colocar

todo o empenho e seguir em diante. É que uma das frases que meu pai me ensinou sempre, ele que saiu da-qui da Madeira com 14 anos de ida-de, é que realmente temos de traba-lhar para conseguirmos algo na vida, mas também temos de ser empreen-dedores. Ele fez isso e chegou a co-merciante", conta.

Assim, tomou conhecimento da marca `Weeel' que apesar do nome é portuguesa - lançado no Verão de 2014 em Lisboa -, e já tem cerca de três dezenas de espaços semelhan-tes. Depois de tratar os trâmites le-gais, os contactos para instalação, a aquisição de equipamento vindo do continente e a contratação de pes-

soal (inicialmente eram dois, agora são quatro), começou a vender o io-gurte gelado e seus derivados.

"O inicio, sobretudo o primeiro ano, foi um bocado dificil", confessa. "Mas é claro que uma marca nova, com um conceito novo, desperta sempre curiosidade, por isso quan-do em Setembro do ano passado abri o segundo espaço no Forum Madeira, com uma carrinha maior já estava a pensar em também apro-veitar oportunidades, sempre que possível, para ir para a rua, aprovei-tando os muitos eventos que decor-rem fora dos centros comerciais", salienta.

Do que é feitoo iogurte gelado A segurança dos espaços comer-ciais, o movimento de pessoas, po-tenciais clientes, são a garantia que Ricardo Gómez tem para garantir que essa é uma ideia que é para con-tinuar. "Em termos de clientes te-mos 50/50 entre nacionais e estran-geiros, sobretudo turistas", calcula. "O que vendemos são iogurtes gela-dos naturais, baixo em caloria e sem glúten, além de uma variedade de `toppings' (coberturas) desde os crocantes, às frutas frescas, com-pradas e cortadas no dia e de ma-nhã, e aos molhos. O nosso gelado é feito aqui dentro das carrinhas e consiste em três produtos básicos: leite magro, iogurte natural e uns pós mágicos que fazem desta mistu-ra especial", resume.

Há ainda uma 'oferta' que faz sempre as delicias de miúdos e graú-dos, os refrescantes granizados. Da base e principal escolha dos clientes, muitos deles com esta marca como a única de referência de iogurtes gela-dos na Madeira, pode-se escolher vários tamanhos e variedades, além de poder ser levado para casa (take-away) em embalagem própria de um litro. Um festim para quem gosta de refeições ligeiras e saudáveis.

Ricardo Gómez é o sócio-gerente Actualmente emprega três Duas carrinhas em dois centros O investimento inicial do projecto Os clientes madeirenses, da empresa 'Paladares colaboradores comerciais, primeiro no La Vie que contou com 55%de apoio portugueses e estrangeiros,

Principescos, Unipessoal, Lda. centro do Funchal, depois no público e a outra parte é de capital sobretudo turistas, estão 'ela por Forum Madeira na zona da Ajuda próprio/credito ela', ou 50% para 50%