17300 54 cor 18,60 x 22,50 cm² id: 64627380 01-06-2016 1 ... · tiragem: 17300 pág: 54 país:...

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Tiragem: 17300 Pág: 54 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 6 ( ) A nova rampa para lançar empresas start-ups sectores tradicionais e grandes empresas / Textos João Ramos / Fotos Lucília Monteiro c A Farfetch, o primeiro unicórnio de ori- gem portuguesa, já criou na região do Porto perto de 700 empregos. Um número que pode ser multiplicado nos próximos anos se surgirem na Invicta mais unicórnios, ou seja, start-ups avaliadas em mil milhões de dólares. Esta é a expectativa da Câmara Municipal do Porto e da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, dois dos organismos públicos da cidade que mais estão empenhados em desenvolver o ecossistema de empreende- dorismo da Invicta. Para o efeito foi lançada a iniciativa ScaleUp Porto, que visa apoiar as scale-ups, empresas tecnológicas que, segundo a deftnição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económi- co (OCDE), têm mais de 10 colaboradores e conseguem ao longo de três anos ter uma média de crescimento anual de colaborado- res (ou volume de negócios) superior a 20%. “Queremos demonstrar que é possí- vel criar em Portugal algumas empresas de crescimento exponencial e que criam emprego qualiftcado cuja competitividade assenta no conhecimento”, defende Car- los Melo Brito, pró-reitor da Universidade do Porto. Uma estratégia que é concertada a ní- vel europeu, uma vez que o Porto faz parte da recém-criada rede europeia de cidades ScaleUp. E acaba de lançar o Manifesto ScaleUp do Porto (ver caixa). “Queremos criar um modelo de empreendedorismo adaptado à realidade europeia, e não tanto plica Filipe Araújo, vereador da Câmara Municipal do Porto com os pelouros da inovação e do ambiente. Através da rede de contactos direcionados que esta rede europeia de cidades ScaleUp vai propor- cionar, o autarca espera que as tecnoló- gicas portuenses possam acelerar a sua internacionalização. O ponto de partida é prometedor, uma vez que, além do unicórnio português fundado por José Neves, há na região do Porto uma mão-cheia de tecnológicas com grande potencial de crescimento. Algumas são nomes conhecidos, como a Blip e a Veniam. Outras scale-ups começam a dar nas vistas, como a Jscrambler, InovRetail e Mendira, que a EXAME apresenta nas pá- As indústrias tradicionais na região do Porto são uma mais-valia para a fixação de tecnológicas de comércio eletrónico ginas seguintes. “A escala é essencial para criarmos os milhares de empregos quali- ftcados que permitam ftxar na região os nossos estudantes que formamos todos os anos”, aftrma o pró-reitor da Universidade do Porto. A meta de Carlos Melo Brito é que a UPTEC se torne, até 2020, num parque tecnológico de referência a nível mundial e que sejam criadas 350 novas empresas e cinco mil postos de trabalho qualiftcados. Uma ambição fundamentada no facto de a Universidade do Porto ser um esta- belecimento de ensino com 32 mil alunos que já contribui com 23% para a produ- ção científtca nacional. Para transformar o conhecimento em riqueza, Carlos Melo Brito diz que estão a ser usados dois meca- nismos: um consiste na venda de proprie- dade intelectual através do departamento de patentes da Universidade e outro na in- cubação de start-ups na UPTEC. “Somos provavelmente o maior parque de ciência e tecnologia de base universitária do país”, salienta. Ligar start-ups a sectores tradicionais Nesta altura, o ecossistema de em- preendedorismo do Porto gira sobretu- do em torno de dois polos. Um situa-se na Baixa portuense, por ser o local onde algumas das empresas em rápido cres- cimento preferem instalar-se. O outro é a incubadora da UPTEC, que ftca no Campus Universitário da Asprela, uma zona que concentra os principais esta- replicar o modelo de Silicon Valley”, ex- belecimentos de ensino superior Z

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Page 1: 17300 54 Cor 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016 1 ... · Tiragem: 17300 Pág: 54 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016

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ID: 64627380 01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 6

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A nova rampa para lançar empresas

start-ups sectores tradicionais e grandes empresas / Textos João Ramos / Fotos Lucília Monteiro

c A Farfetch, o primeiro unicórnio de ori- gem portuguesa, já criou na região do Porto perto de 700 empregos. Um número que pode ser multiplicado nos próximos anos se surgirem na Invicta mais unicórnios, ou

seja, start-ups avaliadas em mil milhões de dólares. Esta é a expectativa da Câmara Municipal do Porto e da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, dois dos organismos públicos

da cidade que mais estão empenhados em desenvolver o ecossistema de empreende- dorismo da Invicta. Para o efeito foi lançada a iniciativa ScaleUp Porto, que visa apoiar as scale-ups, empresas tecnológicas que, segundo a deftnição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económi- co (OCDE), têm mais de 10 colaboradores e conseguem ao longo de três anos ter uma média de crescimento anual de colaborado- res (ou volume de negócios) superior a 20%.

“Queremos demonstrar que é possí- vel criar em Portugal algumas empresas de crescimento exponencial e que criam emprego qualiftcado cuja competitividade assenta no conhecimento”, defende Car- los Melo Brito, pró-reitor da Universidade do Porto.

Uma estratégia que é concertada a ní- vel europeu, uma vez que o Porto faz parte da recém-criada rede europeia de cidades ScaleUp. E acaba de lançar o Manifesto ScaleUp do Porto (ver caixa). “Queremos criar um modelo de empreendedorismo adaptado à realidade europeia, e não tanto

plica Filipe Araújo, vereador da Câmara Municipal do Porto com os pelouros da inovação e do ambiente. Através da rede de contactos direcionados que esta rede europeia de cidades ScaleUp vai propor- cionar, o autarca espera que as tecnoló- gicas portuenses possam acelerar a sua internacionalização.

O ponto de partida é prometedor, uma vez que, além do unicórnio português fundado por José Neves, há na região do Porto uma mão-cheia de tecnológicas com grande potencial de crescimento. Algumas são nomes conhecidos, como a Blip e a Veniam. Outras scale-ups começam a dar nas vistas, como a Jscrambler, InovRetail e Mendira, que a EXAME apresenta nas pá-

As indústrias tradicionais na região do Porto são uma

mais-valia para a fixação de tecnológicas de comércio eletrónico

ginas seguintes. “A escala é essencial para criarmos os milhares de empregos quali- ftcados que permitam ftxar na região os nossos estudantes que formamos todos os anos”, aftrma o pró-reitor da Universidade do Porto. A meta de Carlos Melo Brito é que a UPTEC se torne, até 2020, num parque tecnológico de referência a nível mundial e que sejam criadas 350 novas empresas e cinco mil postos de trabalho qualiftcados.

Uma ambição fundamentada no facto de a Universidade do Porto ser um esta- belecimento de ensino com 32 mil alunos que já contribui com 23% para a produ- ção científtca nacional. Para transformar o conhecimento em riqueza, Carlos Melo Brito diz que estão a ser usados dois meca- nismos: um consiste na venda de proprie- dade intelectual através do departamento de patentes da Universidade e outro na in- cubação de start-ups na UPTEC. “Somos provavelmente o maior parque de ciência e tecnologia de base universitária do país”, salienta.

Ligar start-ups a sectores tradicionais

Nesta altura, o ecossistema de em- preendedorismo do Porto gira sobretu- do em torno de dois polos. Um situa-se na Baixa portuense, por ser o local onde algumas das empresas em rápido cres- cimento preferem instalar-se. O outro é a incubadora da UPTEC, que ftca no Campus Universitário da Asprela, uma zona que concentra os principais esta-

replicar o modelo de Silicon Valley”, ex- belecimentos de ensino superior Z

Page 2: 17300 54 Cor 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016 1 ... · Tiragem: 17300 Pág: 54 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016

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ID: 64627380 01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 6

A ESCADA PARA O CRESCIMENTO

Manifesto ScaleUp quer via europeia

stand

start scale-ups

,

Manifesto ScaleUp,

Manifesto ScaleUp

start-ups

Carlos Melo Brito O pró-reitor da Universidade do Porto espera que até 2020 o seu polo tecnológico (UPTEC) tenha criado 350 start-ups, que deem origem a cinco mil postos de trabalho qualificados

Page 3: 17300 54 Cor 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016 1 ... · Tiragem: 17300 Pág: 54 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 18,60 x 22,50 cm² ID: 64627380 01-06-2016

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ID: 64627380 01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 6

350

Z (Universidade do Porto e Universi- dade Católica), os centros de investigação (INESC-Porto, IPATIMUP - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular) e o Hospital de São João.

Para tornar este ecossistema mais conhecido a nível internacional, o mu- nicípio liderado por Rui Moreira tem em marcha uma estratégia, em coordenação com a UPTEC, que também visa atrair grandes empresas nacionais e internaci- onais a instalarem na cidade centros de competência e centros de serviços parti- lhados nearshore. “A UPTEC tem aplicado com bons resultados o modelo que reúne no mesmo espaço algumas grandes em- presas – por exemplo, Vodafone, Sonae, Amorim ou Efacec – e start-ups”, refere Carlos Melo Brito. Em complemento, Fili- pe Araújo defende que algumas das start- -ups tecnológicas também podem ajudar a promover o conceito Indústria 4.0 junto das empresas industriais da região, no- meadamente em sectores tradicionais, como o calçado ou o têxtil. “A existência deste tecido industrial na região também pode ser uma mais-valia para a ftxação de tecnológicas que atuam no comércio eletrónico do têxtil ou calçado. Assim, estão perto dos seus fornecedores”, de- fende o autarca. Também importante para o ecossistema de empreendedorismo da região é o papel do CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Au- tomóvel e o trabalho de investigação que tem sido feito na área do armazenamen- to de energia (baterias), que, na opinião de Filipe Araújo, pode dar origem a uma nova indústria de futuro.

Para que os empreendedores tenham mais hipóteses de transformar as suas sca- le-ups em projetos de sucesso, a UPTEC e o município querem organizar iniciati- vas de formação que lhes proporcionem competências de gestão. “Haverá um es- forço coordenado que vai envolver a Porto Business School, a Agência de Inovação, a Universidade do Porto e o Instituto Po- litécnico”, revela o vereador. A Câmara Municipal do Porto também está a dar o seu contributo ao nível da modernização da infraestrutura tecnológica. “Temos um operador, através da Associação Porto Di- gital, que gere toda a ftbra ótica da cidade e está a suportar a rede de Hi-Fi, as áreas

POTENCIAL DE INOVAÇÃO

167

88

31 campus

370

que reúne a PSP, bombeiros e proteção civil e ambiente”, defende Filipe Araújo.

Qualidade de recursos

humanos é vantagem

Questionado sobre as vantagens que o Porto pode oferecer a uma start-up ou a uma scale-up nacional ou estrangeira que pretenda instalar-se na cidade, o vereador destaca a “qualidade dos recursos huma- nos formados no eixo Porto/Braga” e “a qualidade de vida”.

Em termos de bloqueios, Filipe Ara- újo admite que no futuro poderá haver escassez de recursos humanos qualiftca- dos para trabalharem em algumas áreas. “Temos que atrair mais portugueses e es- trangeiros para virem trabalhar e estudar nesta cidade”, defende.

Sobre a disponibilidade de edifícios na cidade que permitam responder ao pre- visível aumento da procura, Filipe Araújo admite que tem faltado dinamismo ao mercado de escritórios. Para antecipar esta eventual escassez de espaços para as scale-ups e start-ups se instalarem, o mu- nicípio, através da APOR - Agência para a Modernização do Porto, vai recuperar quatro mil metros quadrados de um an- tigo edifício dos CTT no centro da cidade. Porém, o vereador aftrma que o objetivo da Câmara do Porto não é substituir-se ao papel dos privados no sector imobiliário e refere que também já há algumas em- presas nacionais e estrangeiras a investir em espaços de escritórios e de coworking na Invicta.

A melhoria das condições para ftxar start-ups não invalida que empresas como a Farfetch ou a Veniam, por questões legais e de mercado, acabem por criar as suas sedes em Londres ou em Silicon Valley. “O mais importante é que criem empregos qualiftcados na região do Porto”, defende o vereador, salientando que a Farfetch criou perto de 700 empregos e a Veniam tem o seu centro de investigação e desenvolvi- mento (I&D) no Porto, dando emprego a perto de 40 engenheiros. Diftcilmente as empresas conseguem escalar com sede em Portugal. “Quando uma empresa levanta 20 milhões de euros junto de investido- res internacionais, temos de valorizar o facto de grande parte desse dinheiro ser investido em centros de I&D em Portugal”,

analíticas de dados e a sala de operações defende Filipe Araújo. Z

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NEGOCIAR

01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 4 de 6

X MINDERA

Aplicações para o mundo

software

Fundadores

Trabalhadores

Mercados

VIA ZEN PARA CRIAR SOFTWARE

c Fazer um intervalo na absorvente tarefa de criar aplicações de software e aproveitar para jogar pingue-pongue ou matrecos, ou simplesmente para preparar uma refeição na cozinha. Estaremos a falar do campus de uma tecnológica de Silicon Valley? Não, isto acontece na Mindera, uma scale-up es- pecializada no desenvolvimento de soft- ware sediada no centro do Porto, que faz questão ter uma cultura de bem-estar para os seus trabalhadores pouco comum em Portugal. Sem chefes controladores, esta tecnológica dá liberdade aos seus enge- nheiros para gerirem não só o seu espaço como o tempo de trabalho. E também os encoraja a terem uma intervenção social.

Esta aparente ausência de hierarquia e o regime de autorresponsabilização “não afeta a produtividade e até estimula a cria- tividade dos programadores”, garante José Fonseca, presidente executivo da Mindera. “É importante proporcionarmos um espa- ço onde os nossos engenheiros gostem de trabalhar todos os dias”, sublinha o em- preendedor. Esta forma de organização, que privilegia o conforto e o respeito pelos seus colaboradores, já tinha sido posta em

na cidade do Porto por José Fonseca e que

foi vendida em 2010 à multinacional Bet- fair. “Num trabalho criativo como o desen- volvimento de software é importante que os trabalhadores se sintam bem”, reforça Paul Evans, cofundador da Mindera, um londrino que se diz apaixonado pelo Porto e que tece rasgados elogios à qualidade dos engenheiros informáticos portugueses.

Os resultados estão à vista. Fundada em 2011, a Mindera passou rapidamente de uma start-up para uma scale-up emblemá- tica da Invicta. Atualmente conta com perto de 150 colaboradores, conseguindo entre- gar as aplicações de software aos clientes (maioritariamente do Reino Unido) “com qualidade e dentro do prazo. Construímos relações de parceria com os nossos clientes e fornecedores”, diz José Fonseca.

A empresa especializou-se no desen- volvimento de software para várias pla- taformas que tira partido das chamadas metodologias ágeis (agile software), que permitem encurtar signiftcativamente o tempo de programação face aos métodos tradicionais de criar software. “O agi- le software também ajuda a criar maior proximidade com o cliente, porque os re- José Fonseca. Z

prática pela Blip, outra empresa fundada sultados surgem mais depressa”, defende

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Tiragem: 17300 Pág: 60

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Mensal Área: 18,60 x 23,91 cm²

ID: 64627380 01-06-2016 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 5 de 6

X

Segurança Web

SURFAR NA INTERNET SEM MEDO

c A linguagem de programação JavaScript é uma ilustre desconhecida da esmagadora maioria de utilizadores da Internet, embo- ra seja muito popular entre os programa- dores de aplicações Web de todo o mundo. Como foi criada nos EUA no longínquo ano de 1995, tem algumas vulnerabilidades em termos de segurança. Um defeito original que é a razão da existência e do sucesso da Jscambler. Hoje esta start-up, hospedada no UPTEC, já presta serviços a 25 mil uti- lizadores de 145 países e tem como grandes clientes algumas grandes multinacionais da lista Fortune 500, como, por exemplo, Samsung, Bandai Namco ou Splunk. “Já protegemos até à data 540 milhões de li- nhas de código JavaScript”, salienta Pedro Fortuna, cofundador da empresa.

Curiosamente, a Jscrambler não era o projeto inicial de negócio de Pedro Fortuna e Rui Ribeiro, o outro fundador. Este dois empreendedores, ambos com 38 anos, começaram por criar, em 2009, a Audit- Mark, vocacionada para fazer a gestão de campanhas de marketing online. Como usavam a linguagem Javascript para criar as suas aplicações, aperceberam-se de que havia grandes vulnerabilidades a nível da

dade de criar ferramentas tecnológicas como antídoto.“Apercebemo-nos de que não era apenas um problema nosso, mas um problema do mercado mundial”, refe- re Rui Ribeiro. A prestação de serviços de segurança informática (na nuvem ou nos servidores do cliente) passou, assim, a ser o principal foco da Jscrambler (o antigo nome, AuditMarket, caiu). “Há cada vez mais aplicações em equipamentos móveis, PC ou Smart TV que precisam de seguran- ça para não defraudarem os utilizadores”, salienta Pedro Fortuna.

Após um investimento da Portugal Ventures em 2010, a empresa começou a vender desde o momento zero e cresceu rápido. “A maior parte do nosso mercado é internacional. As primeiras vendas foram para Israel e Irão, mas agora os Estados Unidos são o nosso maior mercado”, refere Rui Ribeiro. Hoje tem 24 pessoas, a maioria engenheiros a trabalhar na sede do Porto. Entretanto abriu escritórios em Lisboa e São Francisco. Apesar de o investimento da Portugal Ventures não ter sido todo gasto, a aceleração do crescimento dos próximos anos irá implicar uma nova ronda de inves- timento de capitais de risco internacionais,

segurança. É então que surge a necessi- que já está em fase de negociação. Z