medição e monitoração de redes

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INFRAESTRUTURA Capítulo 5 Crovella, M, Krishnamurthy, B. Internet Measurement: infrastructure, traffic & applications. John Wiley & Sons, 2006. 1

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Page 1: Medição e monitoração de redes

INFRAESTRUTURA Capítulo 5

Crovella, M, Krishnamurthy, B. Internet Measurement: infrastructure, traffic & applications. John Wiley & Sons, 2006.

1

Page 2: Medição e monitoração de redes

Roteiro 2

Propriedades

Desafios

Ferramentas

Estado da Arte

Page 3: Medição e monitoração de redes

Propriedades 3

Page 4: Medição e monitoração de redes

Propriedades 4

Nesta seção são revistas as propriedades

importantes da infraestrutura da Internet.

Nossa abordagem será “bottom-up”:

Propriedades físicas dos componentes

Topologia (interconexão dos componentes)

Caminhos na Internet (rotas)

Interação do tráfego com a infraestrutura física

Page 5: Medição e monitoração de redes

Links 5

Visto da camada IP, o progresso de um pacote através da rede consiste da passagem de nó para nó por uma sequência de etapas.

Cada etapa pode ser considerada um link.

Um link pode ser:

Um meio de transmissão ponto a ponto

Sequência de conexões comutadas abaixo da camada IP

Meio de difusão

Propriedades de interesse:

Atraso de propagação

Capacidade

Propriedades de desempenho:

Atraso dos pacotes

Perda de pacotes

Jitter (variação do atraso)

Page 6: Medição e monitoração de redes

Roteadores

Roteadores movem pacotes de um link de entrada

para um link de saída.

6

Page 7: Medição e monitoração de redes

Roteadores 7

Organização interna do motor de encaminhamento:

Estratégias para os buffers de saída:

Disciplina de serviço drop-tail

Gerenciamento ativo de filas

Page 8: Medição e monitoração de redes

Roteadores 8

Muitas técnicas de medição de rede dependem da

obtenção de respostas dos roteadores.

Os detalhes da arquitetura interna podem afetar o

tempo gasto para a geração de respostas.

Em particular, o tempo necessário para um roteador

responder a uma mensagem de um protocolo como

um pacote ICMP pode ser substancialmente

diferente do tempo que ele leva para repassar um

pacote.

Page 9: Medição e monitoração de redes

Roteadores 9

Propriedades que temos interesse de medir:

Ponto de vista estático:

Endereços IP usados nas interfaces dos roteadores

Localização geográfica do roteador

Tipo particular do roteador

Variantes dos protocolos suportados

Ponto de vista dinâmico:

Tempo necessário para responder a uma mensagem ICMP

Tempo necessário para repassar um pacote.

Page 10: Medição e monitoração de redes

Sem Fio 10

As conexões sem fio normalmente são usadas

apenas como tecnologias de acesso e não fim-a-

fim.

A escolha da tecnologia sem fio determina:

Alcance máximo,

Taxa de transferência de dados,

Confiabilidade

Interferência potencial

Número de usuários concorrentes

Page 11: Medição e monitoração de redes

Tecnologias Sem Fio 11

Família 802.x

Wi-fi

Bluetooth

PAN – Personal Area Network

WiMAX

Page 12: Medição e monitoração de redes

Medições envolvendo Comunicação

Sem Fio 12

Força do sinal

Potência consumida

Taxa de transferência de bits

Grau de cobertura

Informações relacionada com a sessão:

Duração

Tempo de estabelecimento da conexão

Lista das aplicações usadas

Handoffs entre pontos de acesso (caso haja algum)

Taxas de erros

Page 13: Medição e monitoração de redes

Medições Tradicionais 13

Capacidade do link:

Em rede sem fio ela muda com o tempo devido a mobilidade do usuário, obstruções físicas, tráfego cruzado na mesma frequência, etc.

Largura de banda disponível e efetiva

Identificação de links gargalo

Etc.

As medições tendem a ser complicadas pela combinação de redes cabeadas e sem fio.

Page 14: Medição e monitoração de redes

Propriedades da Topologia 14

A interconexão de componentes da Internet pode

ser visualizada em quatro níveis:

Sistema autônomo (AS)

Ponto de presença (PoP)

Roteador

Interface

Page 15: Medição e monitoração de redes

Topologia: Interconexão de ASes 15

A interconexão de ASes forma um grafo conhecido

como grafo AS.

Neste grafo os vértices são os ASes e

As arestas conectam ASes que trocam tráfego

diretamente.

Esta é a visão mais grosseira da topologia da

Internet.

Page 16: Medição e monitoração de redes

Topologia: Interconexão de PoPs 16

Dentro de um AS, os roteadores são

frequentemente reunidos em localidades físicas

identificáveis, chamadas de pontos de presença

(PoPs).

Um PoP consiste de um ou mais roteadores num

único local.

Um grafo neste nível (PoP) é normalmente a visão

mais detalhada que um ISP disponibiliza

publicamente.

Page 17: Medição e monitoração de redes

Topologia: Grafo de roteadores 17

Neste grafo:

Os vértices são roteadores, e

As arestas são conexões de uma etapa entre roteadores.

É importante distinguir entre uma conexão em uma etapa de um link físico ponto a ponto.

Pode-se associar a cada aresta (link) o seu atraso de propagação e capacidade.

E os vértices podem ser rotulados com sua localização física e AS proprietário. Pode ser útil rotulá-los também com a identificação do PoP correspondente.

Page 18: Medição e monitoração de redes

Topologia: Grafo de interfaces 18

Fornece a visão mais detalhada.

Neste grafo:

Vértices são interfaces de roteadores e

Arestas são conexões de uma etapa.

Este grafo é importante por ser diretamente

medido pela ferramenta traceroute

Um grafo de roteador pode ser obtido do grafo de

interfaces agrupando os vértices de interfaces

associados a cada roteador.

Page 19: Medição e monitoração de redes

Interação do Tráfego com a Rede 19

Certos aspectos da estrutura da rede restringem as

propriedades de tráfego:

Menor atraso possível

Vazão máxima possível

Page 20: Medição e monitoração de redes

Atraso de Pacotes 20

O atraso experimentado por um pacote ao passar pela rede corresponde à soma da contribuição de diversos fenômenos:

Atraso de Roteamento

Atraso de processamento do pacote

Atraso de enfileiramento

Outros atrasos

Atraso de Transmissão

𝑠/𝑡 onde 𝑠 é o tamanho do pacote e 𝑡 é a capacidade do link

Atraso de Propagação

𝑑/𝑣 onde 𝑑 é a distância física e 𝑣 é a velocidade de propagação

Page 21: Medição e monitoração de redes

Atraso de Pacotes 21

O atraso de pacotes é uma métrica aditiva.

Cada um dos fenômenos listados anteriormente potencialmente ocorrem em cada etapa ao longo de um caminho.

Os atrasos por etapa são aditivos ao longo de um caminho.

Dado um conjunto de atrasos por etapa 𝑑 (ℎ) e uma

matriz de roteamento 𝐺 = 𝐴𝑇, podemos expressar o

conjunto de atrasos por caminho 𝑑 (𝑝) como sendo 𝑑 (𝑝)

=𝐺𝑑 (ℎ) .

Page 22: Medição e monitoração de redes

Perda de Pacotes 22

Causas:

Descarte explícito por um elemento de rede, ou

Descarte por erro de transmissão identificado pela verificação de erros.

A fonte mais significativa de perda de pacotes é o congestionamento.

A perda explícita de pacotes poderia ser caracterizada como um processo de chegada de eventos de descarte. No entanto, normalmente é difícil obter informações sobre os instantes das perdas.

Portanto, as perdas são normalmente caracterizadas como uma série temporal de contagens. E a quantidade de perdas por unidade de tempo podem ser interpretadas como estimativas das taxas de perdas de pacotes.

Page 23: Medição e monitoração de redes

Perda de Pacotes 23

A medida mais comum é a taxa relativa de perda de pacotes: fração de pacotes perdidos durante um certo intervalo de tempo:

ℓ𝑛 = 𝐿𝑛/𝐶𝑛 onde 𝐶𝑛 é o número de pacotes que entraram no elemento de rede no período de tempo 𝑛 e 𝐿𝑛 é o número de pacotes perdidos neste mesmo intervalo de tempo.

A perda relativa de pacotes ao longo de um caminho (assumindo independência das perdas) é dada por:

ℓ𝑛 = 1 − (1 − ℓ𝑛,𝑖)𝑖

Que pode ser convertida para uma relação linear usando logaritmos:

Seja 𝑙 (ℎ) = log 1 − ℓ(ℎ)

Então log 1 − ℓ(𝑝) = 𝑙 (𝑝) = 𝐺𝑙 (ℎ)

Page 24: Medição e monitoração de redes

Vazão (Throughput) 24

Taxa na qual o tráfego pode fluir através da rede.

Limitada pelos limites de capacidade dos elementos de rede e pelo congestionamento.

Considerando um intervalo de tempo 𝑇 grande o suficiente em relação ao tempo necessário para atravessar um caminho da rede, então a vazão do caminho durante o período 𝑛 pode ser estimado como 𝐶𝑛/𝑇, onde 𝐶𝑛 corresponde ao número de pacotes que atravessam o caminho sem perdas.

O recíproco da vazão é o 𝑇/𝐶𝑛 é o intervalo de tempo médio entre chegadas de pacotes durante o intervalo 𝑛.

Page 25: Medição e monitoração de redes

Vazão 25

A vazão pode ser expressa também em bytes por unidade de tempo: 𝐵𝑛/T

A vazão através de uma sequência de etapas é determinada pelo elemento com a menor capacidade disponível.

O gargalo pode ser um sistema final ou um dos elementos internos à rede.

Limitando a restrição aos elementos internos, a vazão em um conjunto de caminhos 𝑡 (𝑝) é determinada pela

capacidade por etapa 𝑡 (ℎ) por 𝑡 (𝑝) = 𝐺𝑡 (ℎ), onde a multiplicação da matriz é efetuada usando a álgebra (min,×)

Page 26: Medição e monitoração de redes

Jitter de Pacotes 26

É uma medida da suavidade do processo de chegada de pacotes e pode ser expresso como a variabilidade do intervalo de tempo entre chegada de pacotes.

O jitter pode ocorrer devido à variação no tempo dos atrasos das filas nos roteadores ao longo do caminho.

Chegada de pacotes com baixo jitter são mais previsíveis e leva a um desempenho na camada de aplicação mais confiável.

Page 27: Medição e monitoração de redes

Jitter 27

A caracterização do jitter requer medições dos

intervalos entre chegadas.

Uma caracterização completa é dada pelo

processo entre chegadas 𝐼𝑛

Medidas mais econômicas e mais usadas são os

momentos da distribuição 𝐼𝑛 , a variância dos

intervalos entre chegadas, por exemplo.

Page 28: Medição e monitoração de redes

Conexões 28

Podem ser importantes medidas de taxa de perda de pacotes, atraso de pacotes e vazão para conexões individuais, por exemplo para o TCP.

Como a taxa média de pacotes do TCP depende do tamanho da sua janela e do tempo de ida e volta (RTT), medidas de RTT de uma conexão pode ser muito valiosa.

Como há retransmissões, nem todos os bytes recebidos são repassados para a aplicação.

Chamamos de goodput à taxa na qual a aplicação recebe dados com sucesso.

Page 29: Medição e monitoração de redes

Desafios 29

Page 30: Medição e monitoração de redes

Desafios 30

Simplicidade do Núcleo

Camadas Escondidas

Pedaços Escondidos

Barreiras Administrativas

Page 31: Medição e monitoração de redes

Simplicidade do Núcleo 31

Os elementos de comutação da Internet são projetados para ser “sem estados” em relação às conexões e fluxos que passam por eles.

Este princípio de projeto permitiu aos roteadores Internet ser muito simples.

Qualquer forma de instrumentação, mesmo simples contadores por pacote ou por byte, adicionam custo e complexidade ao projeto.

Isto prejudica a observabilidade em muitos pontos da rede.

Medições de atraso e perda de pacotes assim como vazão são fornecidos apenas de forma agregada através do SNMP. Para a obtenção de medições detalhadas seria necessária uma captura de pacotes.

Page 32: Medição e monitoração de redes

Camadas Escondidas 32

Abaixo da camada IP a transmissão de pacotes pode ser implementada de formas muito diferentes.

Estes detalhes estão escondidos no nível do IP. Nem mesmo a captura de pacotes pode detectar estas diferenças.

Pacotes que passam por uma etapa do IP podem na verdade estar passando por:

Um enlace sem fio com sinalização complexa e retransmissões na camada de enlace

Caminho comutado por rótulos envolvendo diversos elementos de comutação de nível 2.

Redes ópticas...

Page 33: Medição e monitoração de redes

Pedaços Escondidos 33

O argumento fim-a-fim indica que certas funções devem ser executadas apenas nos sistemas finais.

No entanto, há diversos dispositivos que desviam deste princípio:

Coletivamente chamados de middleboxes: firewalls, tradutores de endereços e proxies

Razões para o uso de middleboxes:

Segurança

Gerenciamento

Desempenho

Tradução de endereços

Page 34: Medição e monitoração de redes

Pedaços Escondidos 34

Cada um destes tipos de middleboxes impede a

visibilidade de alguns componentes da rede.

Firewalls bloqueiam pacotes UDP ou ICMP usados pelo

traceroute.

NAT pode impedir a descoberta de sistemas finais via

ping.

Page 35: Medição e monitoração de redes

Barreiras Administrativas 35

ISPs normalmente escondem os detalhes de suas

redes do público externo.

Detalhes de configuração de roteadores

individuais, padrões de interconexão, e a

quantidade de tráfego transportado nos links são

todos considerados sensíveis à competição.

Page 36: Medição e monitoração de redes

Barreiras Administrativas 36

Os ISPs bloqueiam tráfego que possa ser usado para medir a infraestrutura:

Pacotes de eco ICMP são bloqueados nos roteadores de entrada

Tentativas de estabelecer conexões SNMP são bloqueadas.

Informações fornecidas como as de topologia são normalmente simplificadas.

Portanto, pode ser difícil obter uma figura detalhada de porções da infraestrutura da Internet simplesmente porque os ISPs procuram ativamente esconder estes detalhes.

Page 37: Medição e monitoração de redes

Ferramentas 37

Page 38: Medição e monitoração de redes

Ferramentas 38

Medições Ativas:

Adicionam tráfego na rede para obter as medições

desejadas

Medições Passivas:

Captura de dados gerados por outros usuários e

aplicações e não pelo processo de medição

Page 39: Medição e monitoração de redes

Ferramentas de Medições Ativas 39

Ping

OWAMP

Traceroute

Medições de Largura de Banda (adiante)

Page 40: Medição e monitoração de redes

Ping 40

Envia um pacote ICMP de Eco para o destino e captura o pacote de Resposta do Eco.

Útil para:

Checar a conectividade até o destino

Medir o atraso de ida e volta (RTT – round trip time) entre o transmissor e o destino.

Vantagem: o destino apenas responde da sua forma normal (não precisa estar instrumentado).

Desvantagem: em caso de congestionamento, não dá para identificar se ocorre na ida, na volta, ou em ambos.

Page 41: Medição e monitoração de redes

OWAMP 41

One-Way Active Measurement Protocol

Definido na RFC 4656

Necessita de relógios sincronizados ou um método

para remover o offset e skew dos relógios a partir

das medições.

Elementos:

Protocolo de controle

Protocolo de teste

Implementação de ambos os protocolos

Page 42: Medição e monitoração de redes

OWAMP: Resultados obtidos 42

Métricas:

Atraso em um sentido (OWD – One Way Delay)

Pacotes perdidos em um sentido

Variação do atraso em um sentido

Outros Resultados:

Pacotes duplicados

Reordenamento de pacotes (pacotes fora de ordem)

Número de Hops (indicação de alteração)

Page 43: Medição e monitoração de redes

OWAMP: Protocolo de Controle 43

Implementado usando o TCP

Utiliza a porta 861

Suporte a AA

Utilizado para:

Configurar os testes Número de portas controladas no receptor (EndPoints)

Agenda de envio extremamente configurável

Permite alterar o tamanho dos pacotes

Marcar DSCP, etc.

Inicializar a conexão, iniciar e parar os testes

Receber os resultados Possibilidade de receber resultados parciais de uma medição

Page 44: Medição e monitoração de redes

OWAMP: Protocolo de Teste 44

Responsável pela execução dos testes

Utiliza o UDP

Utiliza portas aleatórias > 1024 para executar os

testes

As sessões podem ser:

Não autenticadas (“Open”)

Autenticadas, ou

Criptografadas

Page 45: Medição e monitoração de redes

OWAMP: Arquitetura 45

Page 46: Medição e monitoração de redes

Traceroute 46

O campo de TTL (Time To Live) do cabeçalho do IP

é decrementado de um toda vez que um pacote

passa por um roteador.

Se o contador chegar a zero, o protocolo IP requer

que o pacote seja descartado e seja enviada uma

indicação de erro para o remetente original,

através de um pacote ICMP TIME EXCEEDED.

O endereço origem deste pacote é a interface do

roteador que descartou o pacote original.

Page 47: Medição e monitoração de redes

Traceroute 47

Portanto, se um pacote que possui um pacote com o TTL

setado para 𝑛 for enviado para um determinado

destino, o roteador que estiver a uma distância 𝑛 no

caminho poderá ser identificado pelo pacote ICMP

TIME EXCEEDED desde que o caminho até o destino

possua mais do que 𝑛 etapas.

Page 48: Medição e monitoração de redes

Traceroute 48

Dificuldades:

Assimetria dos caminhos de ida e de volta

Caminhos instáveis e falsos enlaces

Roteador com Balanceamento de Carga

Resolução de apelidos (identificação de duas

interfaces que pertencem ao mesmo roteador)

Carga da medição

Page 49: Medição e monitoração de redes

Assimetria dos caminhos de ida e de

volta 49

Os nós visitados pelo traceroute são aqueles

encontrados no caminho de ida (forward) da origem

até o destino.

Estes não são necessariamente os mesmos nós do

caminho reverso!

Page 50: Medição e monitoração de redes

Caminhos instáveis e falsos enlaces 50

Se os caminhos não forem estáveis durante o período de medição, então pacotes de teste seguirão caminhos diferentes.

Isto leva a uma inferência da existência de um caminho 𝐴 → 𝐵 → 𝑌, ou seja um falso link entre 𝐵 e 𝑌!

Page 51: Medição e monitoração de redes

Roteador com Balanceamento de

Carga 51

Resultado: Caminhos inexistentes e falsos links.

Solução: Paris Traceroute

www.paris-traceroute.net

Page 52: Medição e monitoração de redes

Paris

Traceroute 52

Balanceadores de carga por fluxo usam os campos em amarelo para identificar um fluxo.

As setas vermelhas mostram os campos incrementados pelo traceroute clássico.

O Paris Traceroute usa os campos em verde para identificar os pacotes de teste.

Page 53: Medição e monitoração de redes

Resolução de apelidos 53

O traceroute descobre interfaces e não

roteadores.

Cada roteador possui múltiplas interfaces.

Mas, nem sempre está claro que interfaces

pertencem ao mesmo roteador.

Foram propostos diversos métodos para descobrir

se duas interfaces pertencem ao mesmo roteador.

Page 54: Medição e monitoração de redes

Métodos para a

Resolução de apelidos 54

Envio de pacotes de Eco ICMP para ambas as

interfaces a partir do mesmo roteador.

Se ambas pertencerem ao mesmo roteador, as

respostas serão enviadas a partir da mesma interface.

Casando as mensagens de Eco que possuem a mesma

interface de origem pode-se inferir que os pacotes de

Eco originas foram enviados do mesmo roteador.

Page 55: Medição e monitoração de redes

Métodos para a

Resolução de apelidos 55

Uso dos campos de identificação e TTL:

Como o campo de identificação é normalmente incrementado, dois pacotes que venham do mesmo roteador têm a tendência a ter campos com valores próximos.

Além do mais, pacotes que vierem do mesmo roteador ao chegarem a um ponto comum devem ter o mesmo valor de TTL.

Portanto, se dois pacotes chegarem num ponto de medição com valores de TTL diferentes, é uma indicação de que são originados em diferentes roteadores.

Page 56: Medição e monitoração de redes

Métodos para a

Resolução de apelidos 56

Uso da opção de Registro de Rota:

Os roteadores que dão suporte a esta opção irão

inserir o endereço da interface através da qual o

pacote foi transmitido no cabeçalho do pacote durante

o processo de encaminhamento.

Esta interface é frequentemente diferente da que

aparece no pacote de resposta de Eco do ICMP.

Isto permite que as duas interfaces sejam associadas

com o mesmo roteador.

Page 57: Medição e monitoração de redes

Métodos para a

Resolução de apelidos 57

Adivinhação(!):

Por facilidade de gerenciamento, os links entre dois

roteadores normalmente recebem endereços que

diferem um do outro por apenas uma unidade:

200.0.0.1 e 200.0.0.2

Page 58: Medição e monitoração de redes

Carga da

medição 58

Na figura acima, o link de A a B é atravessado três vezes.

Em geral o traceroute pode impor uma carga considerável e alguns links sobretudo para a descoberta de topologia em grande escala.

Disparando testes de uma fonte para diversas origens provoca uma carga excessiva em links próximos à origem.

Disparando testes de múltiplas fontes para o mesmo destino, tende a impor uma carga pesada nos links próximos ao destino.

Page 59: Medição e monitoração de redes

Carga da

medição 59

Para otimizar o uso foram propostas algumas

ideias:

Rastrear as interfaces que já foram visitadas e parar

os testes quando se encontrar uma interface já visitada

Assume que as rotas sejam estáveis e que haja um único

caminho de modo que formem uma árvore.

No caso de múltiplas fontes é preciso trocar

informações entre as origens sobre nós anteriormente

vistos.

Page 60: Medição e monitoração de redes

Traceroute: outros usos 60

O traceroute pode ser usado também para

descobrir a topologia em termos de ASes.

A ideia básica é determinar a que AS pertence

cada um dos roteadores ou interfaces que estão no

caminho descoberto.

O mapeamento entre interfaces e ASes podem ser

extraídos de registros de rotas ou a partir de

tabelas BGP, mas elas devem ser usadas com

cuidado.

Page 61: Medição e monitoração de redes

Outros Métodos Ativos 61

Outra ferramenta útil para a medição de redes ativa é o multicast.

Dado que uma única cópia é replicada pelos roteadores ao longo do caminho, as condições de rede experimentadas por um único pacote são refletidas nas propriedades mensuráveis das múltiplas cópias do pacote.

Pacotes enviados aproximadamente no mesmo tempo pelo mesmo caminho experimentam condições de rede semelhantes.

Se dois pacotes são enviados próximos e um deles se perde, o outro fornece informações úteis sobre as condições da rede experimentada pelo pacote perdido.

Esta mesma ideia pode ser usada para inferir o tamanho das filas em roteadores de acesso.

Page 62: Medição e monitoração de redes

Suporte do Sistema a Medições Ativas 62

Muitos métodos de medição ativa envolvem a injeção de pacotes arbitrários na rede, ou na captura de pacotes arbitrários na rede.

Acesso irrestrito às interfaces de rede levanta questões de segurança e os administradores de rede frequentemente hesitam em garantir este acesso.

Além do mais, a injeção eficiente de pacotes e a medição precisa dos instantes de partida e chegada é feito mais facilmente ao nível do kernel do SO.

Por isto, foram definidos bibliotecas e interfaces de sistema especializados para a medição ativa de redes.

Page 63: Medição e monitoração de redes

Medições Passivas 63

A medição passiva consiste em capturar tráfego que foi gerado por outros usuários e aplicações e não pelo processo de medição.

O uso mais comum da medição passiva de tráfego é entender as propriedades do próprio tráfego e, portanto, será coberto no Capítulo 6.

Nesta seção o foco é apenas em métodos passivos para a medição da infraestrutura que consiste geralmente na captura e análise do tráfego do plano de controle (roteamento).

Page 64: Medição e monitoração de redes

BGP 64

Tabela de roteamento BGP provê informação

parcial sobre a topologia entre ASes.

Page 65: Medição e monitoração de redes

BGP 65

Vantagens:

Grande conjunto de conexões AS-AS que se aprende

apenas processando visões do BGP.

Desvantagens:

Todos os caminhos formam uma estrutura como uma

árvore, com raiz no AS alvo. Mas, nenhuma conexão

cruzada existente é descoberta (porque não são

usadas pelo roteamento até o prefixo alvo).

Agregação de rotas e filtragem tende a esconder

certas conexões entre ASes.

Page 66: Medição e monitoração de redes

BGP 66

Desvantagens:

Muitos ASes (especialmente os de tier 1) possuem

múltiplas conexões físicas.

Grandes ISPs fazem conexões com outros em diversas

localidades por questões de eficiência e redundância.

No entanto, apenas uma aresta entre os dois ASes irá

aparecer no gráfico resultante.

Page 67: Medição e monitoração de redes

Obtenção de dados do BGP 67

Além dos dados do routeview, é possível obter

atualizações do BGP diretamente registrando-se para

recebê-las através de uma sessão com um roteador que

fale BGP (vide detalhes na seção 6.3.1).

Dificuldades:

Pode não ser possível obter atualizações no ponto de

interesse.

A visão local obtida é necessariamente incompleta

Anomalias de roteamento e ‘ruído’ podem dificultar inferir o

estado real do sistema de roteamento interdomínio.

Page 68: Medição e monitoração de redes

OSPF 68

É possível obter passivamente medições de infraestrutura dentro de um AS, capturando tráfego gerado pelo plano de controle através dos protocolos de roteamento interno (IS-IS ou OSPF).

No caso do OSPF pode-se capturar anúncios dos estados dos enlaces dentro de um domínio de roteamento.

No caso do OSPF não é importante o ponto de captura pois todas as informações são enviadas para todos através de inundação.

Page 69: Medição e monitoração de redes

Medições Combinadas 69

Ao medir a infraestrutura ou descobrir características de topologia , frequentemente é útil fundir diferentes tipos de medições, combinando medições ativas e passivas.

Uma dificuldade com medições ativas é a grande quantidade de tráfego de testes que é necessária, mesmo quando a finalidade é a de mapear um único AS.

Usando dados do BGP é possível limitar os testes apenas para os endereços que provavelmente fazem parte do AS alvo.

Page 70: Medição e monitoração de redes

Medições Combinadas 70

Outro modo de melhorar os mapas de AS é aumentar passivamente topologias obtidas através do BGP com conexões adicionais inter-AS inferidas a partir de medições ativas (traceroute).

Da mesma forma podem se usados Registros de Roteamento Internet para ampliar as topologias derivadas através do BGP.

Ao estudar a dinâmica do congestionamento, é possível correlacionar grandes conjuntos de medições de RTT com dados de topologia derivados do BGP para localizar degradações de desempenho na Internet.

Page 71: Medição e monitoração de redes

Medições de Largura de Banda 71

Largura de banda ou vazão (throughput):

Quantidade de dados que pode ser transmitida por unidade de tempo.

Importância:

Aplicações multimídia podem ajustar suas taxas de transmissão

Seleção do servidor com conexão adequada

Estimativa do produto banda-atraso para o controle de fluxo do TCP

Redes overlay: identificação de “bons” caminhos

Verificação de SLAs entre usuários e provedores de rede

Page 72: Medição e monitoração de redes

Medições de Largura de Banda 72

Geralmente é um processo ativo, no qual pacotes são injetados na rede e o processo de medição é baseado na observação dos resultados.

Algumas vezes assume-se que:

ambos os lados do caminho de medição estejam instrumentados, enquanto que

outras vezes assume-se que um dos lados esteja instrumentado e o outro simplesmente deve responder a um pedido de eco ICMP ou algo semelhante.

Foram propostos também métodos passivos e as aplicações podem usar os seus próprios pacotes de dados como fonte de informação para a estimativa de largura de banda.

Page 73: Medição e monitoração de redes

Medições de Largura de Banda 73

Link gargalo: é aquele que possui a menor vazão

durante o período de medição.

Em alguns casos basta medir a largura de banda do

link gargalo. Enquanto que em outros casos deseja-se

obter a largura de banda de cada um dos links.

Nos casos em que uma única etapa do IP

corresponder a uma sequência de múltiplos links

físicos pode ser um desafio inferir a largura de

banda de cada link.

Page 74: Medição e monitoração de redes

Tipos de Largura de Banda 74

Capacidade

Banda disponível

Capacidade de transferência em lote (bulk)

Page 75: Medição e monitoração de redes

Capacidade 75

Vazão máxima que um enlace ou caminho pode

suportar.

Algumas vezes é chamada de largura de banda

‘sem congestionamento’

A capacidade é uma propriedade de um caminho

que não muda frequentemente.

Muda apenas quando a infraestrutura subjacente

(roteador e/ou velocidade dos links) muda.

Page 76: Medição e monitoração de redes

Banda disponível 76

Porção da capacidade que não está em uso

durante um certo intervalo de tempo.

Também chamada de capacidade residual.

Por exemplo:

Se um link possui uma capacidade de 1000 Mbps e

atualmente está fluindo 600Mbps através do link,

então a banda disponível é de 400Mbps.

Page 77: Medição e monitoração de redes

Banda Disponível 77

A utilização média durante o período (𝑡 − 𝜏, 𝑡] é definida como a fração de tempo durante aquele intervalo no qual a interface está ocupada transmitindo dados.

Ou seja, se 𝑢 𝑡 ∈ 0,1 denotar a atividade instantânea do link no instante 𝑡 (𝑢 𝑡 = 1 iff a interface estiver ocupada), então a utilização média do link associado é definida como

𝑢 𝑡 − 𝜏, 𝑡 =1

𝜏 𝑢 𝑥 𝑑𝑥𝑡

𝑡−𝜏

A largura de banda disponível de uma etapa com capacidade 𝐶 para o dado intervalo de tempo seria então:

1 − 𝑢 𝑡 − 𝜏, 𝑡 𝐶.

Page 78: Medição e monitoração de redes

Capacidade de transferência em lotes

(bulk) 78

A banda disponível não é necessariamente o que seria obtido por uma nova conexão fazendo uso do link ou caminho.

Muitas transferências de dados na Internet fazem uso do TCP para controle de fluxo e os algoritmos de controle do TCP interagirão com o tráfego competidor de uma maneira complexa.

Por exemplo, se a banda disponível num dado caminho for de 400Mbps, uma nova conexão fluindo por aquele caminho pode fluir a 400Mbps, 500Mbps ou até 300Mbps.

Taxa que seria obtida por uma nova conexão TCP que perdure por algum tempo naquele dado caminho.

Esta definição assume que a taxa da conexão está limitada apenas pela sua janela de congestionamento e não por outros fatores.

Page 79: Medição e monitoração de redes

Métodos de Medição de Largura de

Banda 79

Baseados em observar como o atraso dos pacotes

são afetados pelas propriedades do enlace.

Atraso de enfileiramento

Efeito depende do tamanho dos pacotes que estão

enfileirados na sua frente

Base para os métodos de pares de pacotes

Atraso de transmissão

Depende apenas do tamanho do próprio pacote

Base para os métodos de tamanho-atraso.

Page 80: Medição e monitoração de redes

Métodos de Pares de Pacotes 80

Medição de Capacidade

Pacotes de mesmo comprimento estão sendo transmitidos da esquerda para a direita e enfileiram no link mais estreito.

A capacidade mais baixa do link estreito impõe um atraso fixo entre a borda inicial de dois pacotes sucessivos, relacionado ao comprimento fixo do pacote.

Este atraso fixo é preservado quando os pacotes deixam este link mais estreito.

Este atraso pode então ser medido e serve para inferir a largura de banda do link mais estreito.

Page 81: Medição e monitoração de redes

Métodos de

Pares de Pacotes 81

Para um dado par de pacotes, definimos a diferença

entre pacotes Δ𝑖 como o tempo desde que a borda

inicial do primeiro pacote chega ao link 𝑖 e a borda

inicial do segundo pacote chega ao mesmo ponto.

No caso mostrado na figura não há pacotes

entremeados com os dois que formam o par de

pacotes.

Neste caso, se o primeiro pacote tiver comprimento 𝐿 e

a capacidade do link 𝑖 for C𝑖, então:

Δ𝑖+1 = max Δ𝑖 ,𝐿

𝐶𝑖.

Page 82: Medição e monitoração de redes

Métodos de

Pares de Pacotes 82

Note que para que isto ocorra os pacotes de teste devem estar enfileirados um após o outro no link mais estreito.

Se a capacidade do link estreito for 𝐶 e o intervalo entre pacotes na origem for Δ0, então, uma forma de tornar provável o enfileiramento no link mais estreito é enviar pacotes de teste com Δ0 < 𝐿/𝐶.

O princípio básico para estimar capacidade por este método é enviar pares de pacotes por um caminho de rede formado por 𝐻 links.

Então, se nenhum outro pacote estiver fluindo por nenhum dos links neste caminho, e se os pacotes de teste enfileirarem por serviço no link mais estreito,

Δ𝐻+1 = max𝑖∈0,…,𝐻

Δ𝑖 ,𝐿

𝐶𝑖=

𝐿

min𝑖∈0,…,𝐻

𝐶𝑖=

𝐿

𝐶.

Page 83: Medição e monitoração de redes

Métodos de Pares de Pacotes 83

Dificuldades:

É preciso garantir que os pacotes enfileirem no gargalo: a taxa de envio deve ser maior do que a capacidade do enlace gargalo

Efeito de tráfego cruzado:

Pacotes individuais do par podem experimentar diferentes atrasos de enfileiramento ao longo do caminho.

Este efeito pode ser difícil de prever.

Uma variação no tráfego cruzado pode causar que um determinado par de pacotes relatem uma estimativa de banda maior ou menor do que o valor real.

Page 84: Medição e monitoração de redes

Métodos de Pares de Pacotes 84

Largura de banda disponível

Assume:

Enfileiramento FIFO

Fila do roteador não esvazia entre as chegadas do primeiro e do

segundo pacote de teste

Assume que o enlace mais ocupado é também o mais estreito.

E que o intervalo final Δ𝐻+1, que é o que pode ser medido, é o

mesmo que o intervalo estabelecido pelo link mais estreito Δ𝑖+1

Page 85: Medição e monitoração de redes

Métodos de Pares de Pacotes 85

Largura de banda disponível

Se estas hipóteses forem verdadeiras então a largura

de banda disponível pode ser estimada como:

𝐴 = 𝐶 × 1 −Δ𝐻+1−Δ0

Δ0.

Estas hipóteses impõem uma alta carga no enlace

gargalo.

Page 86: Medição e monitoração de redes

Método de Comprimento-Atraso 86

Na ausência de tráfego cruzado, o atraso

experimentado por um pacote que passa através

de um enlace é afetado pelo comprimento do

pacote e pela capacidade do enlace.

Variando o comprimento do pacote pode-se

observar o efeito do atraso e inferir a capacidade

do enlace.

Page 87: Medição e monitoração de redes

Método de Comprimento-Atraso 87

A cada etapa, os atrasos principais experimentados por um pacote de teste são:

Atraso de enfileiramento

Atraso de transmissão e

Atraso de propagação.

O atraso de propagação é determinado pelo comprimento do link e a velocidade de propagação do sinal e é, portanto, independente do tamanho do pacote.

Da mesma forma, o atraso de enfileiramento é determinado pelos pacotes que estão na frente dos pacotes de teste e não é determinado pelas propriedades do pacote em si.

Apenas o atraso de transmissão é afetado pela capacidade do link e o tamanho do pacote de testes.

Page 88: Medição e monitoração de redes

Método de Comprimento-Atraso 88

Portanto, se não houver tráfego cruzado, podemos expressar o atraso de um pacote de comprimento 𝐿 após ter passado por 𝑖 etapas, como:

𝑇𝑖 𝐿 = 𝛼𝑖 + 𝐿

𝐶𝑘

𝑖𝑘=1 = 𝛼𝑖 + 𝛽𝑖𝐿

Onde 𝛼𝑖 consiste nos atrasos até a etapa 𝑖 que não dependem de 𝐿.

A última igualdade mostra que podemos capturar todas as capacidades até a etapa i com um único termo:

𝛽𝑖 = 1

𝐶𝑘

𝑖𝑘=1 .

O relacionamento entre 𝛽𝑖 e 𝐿 é o que pode ser medido.

Page 89: Medição e monitoração de redes

Método de Comprimento-Atraso 89

A abordagem geral é enviar um certo número de pacotes com comprimento variável 𝐿, e estimar os valores de 𝛼𝑖 e 𝛽𝑖 a partir dos resultados medidos, por exemplo através de regressão linear.

Assim, a capacidade em cada etapa pode ser estimada como:

𝐶𝑖 =1

𝛽𝑖−𝛽𝑖−1, com 𝛽0 = 0.

Implementar este método na prática requer medir o tempo de propagação dos pacotes de teste.

Na ausência de instrumentação, usam-se pacotes com limites no TTL para provocar respostas ICMP TIME EXCEEDED.

Na ausência de tráfego cruzado o tempo gasto para receber esta mensagem ICMP é capturada pelo termo 𝛼𝑖 dado que as respostas têm todas o mesmo tamanho.

Vantagem em

Relação aos

Pares de Pacotes

Page 90: Medição e monitoração de redes

Problemas com o Método de

Comprimento-Atraso 90

Uma complicação considerável é a necessidade de que os pacotes de teste passem pela rede sem enfileirar atrás de tráfego cruzado.

Este problema é geralmente enfrentado enviando muitos pacotes de teste para cada etapa que está sendo medida, e observando o menor tempo de propagação obtido para cada etapa.

Com o crescimento do comprimento do caminho, esta hipótese fica mais suspeita, dado que fica mais difícil para um pacote passar por muitas etapas sem experimentar fila em nenhuma delas.

Page 91: Medição e monitoração de redes

Problemas com o Método de

Comprimento-Atraso 91

Outra preocupação é que com o crescimento do comprimento do caminho, fica mais difícil de medir a quantidade 1/(𝛽𝑖 − 𝛽𝑖−1) com precisão.

O fato de que os pacotes possuem uma faixa limitada de valores limita a precisão de uma estimativa de 𝛽𝑖.

Com o crescimento de 𝑖, as diferenças entre valores sucessivos de 𝛽𝑖 são cada vez menores, e pequenos erros na estimativa de 𝛽𝑖 se traduzem em grandes erros na estimativa de 𝐶𝑖 .

É, portanto, difícil usar este método para medir caminhos longos.

Page 92: Medição e monitoração de redes

Problemas com o Método de

Comprimento-Atraso 92

Este método assume que o comprimento do pacote

não varia ao atravessar um caminho.

Isto nem sempre é verdade: os cabeçalhos de camada

2 podem comprimentos diferentes em etapas distintas.

A extensão da imprecisão introduzida depende do

tamanho do pacote: os erros serão maiores para

pacotes menores.

Page 93: Medição e monitoração de redes

Combinação dos Métodos “Pares de

Pacotes” e “Comprimento-Atraso” 93

Uma ideia é enviar pares de pacotes de comprimentos variáveis.

Quando um par de pacotes consiste em um pacote grande seguido por um ou mais pacotes pequenos, é mais provável que o pacote maior enfileire em um dado link.

Se o pacote maior tiver um TTL limitado ele será descartado no link a ser medido, enquanto que o demais pacotes prosseguirão até o destino levando informação sobre o atraso experimentado pelo pacote maior até o link em que foi descartado.

Page 94: Medição e monitoração de redes

Congestionamento autoinduzido 94

Objetivo: Encontrar a taxa mínima dos pacotes de teste que criam congestionamento (enfileiramento) no caminho.

Usado normalmente para se obter a capacidade disponível

Ideia básica:

Enviar pacotes numa taxa 𝑅 e notar se aparentemente estão sendo formadas filas ao longo do caminho que está sendo medido.

Assume-se que a formação da fila está ocorrendo no link gargalo.

Mas, se a taxa 𝑅 for menor do que a capacidade disponível no link gargalo o atraso em um sentido não deverá crescer em média.

O comprimento usado do trem de pacotes determina a escala de tempo na qual os pacotes de teste interagem com o tráfego cruzado no caminho.

Este método dá uma resposta booleana para cada taxa 𝑅. Portanto, para se encontrar eficientemente a verdadeira capacidade disponível deve-se adotar uma estratégia de busca binária ou uma taxa com crescimento exponencial.

Page 95: Medição e monitoração de redes

Dificuldades dos Métodos de

Congestionamento autoinduzido 95

Devido à explosividade (burstiness) do tráfego possui uma tendência em subestimar a banda disponível.

Esta tendência diminui à medida que o comprimento do trem de pacotes aumenta.

O pacote de teste é, por definição, grande o bastante para afetar o tráfego cruzado e pode, portanto, mudar a própria quantidade que está sendo medida.

Assume-se que a formação de fila ocorre em um único link. A presença de múltiplos links com aproximadamente a mesma largura de banda disponível causará uma subestimação.

Page 96: Medição e monitoração de redes

Dificuldades dos Métodos de

Congestionamento autoinduzido 96

Assume-se que o tráfego cruzado varie lentamente

o suficiente que a quantidade que está sendo

medida esteja estável o suficiente para que o

método convirja.

Finalmente, estes métodos assumem um

enfileiramento FIFO em todos os roteadores, o que

nem sempre é verdade na Internet atual.

Page 97: Medição e monitoração de redes

Medição da Capacidade de

Transferência em Lote 97

Abre uma conexão TCP e envia tantos dados

quanto o caminho possa suportar.

Apesar de ser um método intrusivo, ele é mais simples e

mais robusto do que a maioria dos outros métodos de

estimativa de largura de banda.

Requer cooperação das duas extremidades, requer

a instalação de software (ex.: iperf).

Page 98: Medição e monitoração de redes

Medição da Capacidade de

Transferência em Lote 98

Fatores que influenciam a vazão TCP e que devem

ser consideradas:

Tamanho da transferência: É necessária uma

transferência longa (dezenas de segundos)

Natureza do tráfego cruzado: TCP x UDP; muitas x

uma conexão TCP

Comprimento dos buffers nos dois lados.

Variações na especificação e implementação da

variante do TCP utilizada.

Page 99: Medição e monitoração de redes

Desafios na Medição de Largura de

Banda 99

Nos enlaces de alta capacidade os atrasos são tão

pequenos que é muito difícil ou impossível de serem

medidos com precisão.

Enlaces sem fio: muda a taxa e não entrega de

acordo com FIFO.

Atrasos adicionais de dispositivos de nível 2 (ex.:

switches)

Page 100: Medição e monitoração de redes

Medição e Estimação de Latência 100

Além da medição de largura de banda, um segundo problema importante é a medição ou a estimação da latência ao longo de caminhos da Internet.

Importância em:

Redes de distribuição de conteúdo: fornecer objetos Web ao cliente a partir da réplica disponível mais próxima.

Redes P2P: recuperação de objetos a partir de pares próximos.

Jogos multiusuários: busca por jogadores que estejam próximos.

Seleção de servidores dinâmicos: fornecer objetos Web ao cliente a partir do servidor mais próximo que possua uma réplica dos mesmos.

Page 101: Medição e monitoração de redes

Latência da Rede 101

Uma indicador do desempenho que o caminho de

rede envolvido pode suportar.

RTT mínimo (minRTT): Interesse pois muda em escala

de tempos longa, i.e., apenas com a mudança da

topologia ou do roteamento.

RTT instantâneo: Varia dinamicamente de acordo

com o congestionamento

Pode também ser medido em um único sentido.

Page 102: Medição e monitoração de redes

Estimação da Latência 102

Se um dos lados do caminho puder ser instrumentado, a medição da latência é direta (usando ping).

Desafios (medição de atraso sem o envio de pacotes de teste entre eles):

Métodos baseados em proxy: quando nenhum dos dois pontos terminais de um caminho pode participar do processo de medição.

Métodos de incorporação: os hosts são capazes de efetuar medições, mas não se quer medir cada caminho de interesse diretamente.

Page 103: Medição e monitoração de redes

Elementos 103

Todos os métodos para estimativa da latência

contam com alguns nós fixos que agem como:

intermediários (proxies) ou como

pontos de referência (landmarks).

Page 104: Medição e monitoração de redes

Desigualdade Triangular 104

Dados três pontos: 𝑥, 𝑦 e 𝑧 e uma função 𝑑(⋅,⋅) que denota a distância entre dois pontos, a desigualdade triangular requer que:

𝑑 𝑥, 𝑦 + 𝑑 𝑦, 𝑧 ≥ 𝑑 𝑥, 𝑧

Esta propriedade se verifica para medidas de distância em espaços métricos (como o espaço Euclidiano).

Quando os pontos são nós de rede e a função distância é a latência da rede, a desigualdade triangular nem sempre se verifica:

As medidas instantâneas variam muito com o tempo e é difícil medi-las no mesmo instante de tempo.

Mesmo para minRTT em alguns casos os pacotes enviados de 𝑥 para 𝑧 podem não ser capazes de usar as rotas de 𝑥 para 𝑦 e de 𝑦 para 𝑧. Por exemplo, por causa de políticas de roteamento inter-AS.

Page 105: Medição e monitoração de redes

Métodos baseados em proxy 105

Tem como objetivo do RTT atual entre dois nós.

Um método simples pode ser formulado baseado na hipótese de roteamento pelo caminho mais curto e, portanto, na validade da desigualdade triangular.

Um conjunto de proxies {ℓ𝑖} é selecionado.

Para dois nós 𝑛1 e 𝑛2, a desigualdade triangular requer que 𝑑(𝑛1, 𝑛2) seja limitado por baixo por

𝐿 = max𝑖

𝑑 𝑛1, ℓ𝑖 − 𝑑 𝑛2, ℓ𝑖

E limitado por cima por

𝑈 = min𝑖

𝑑 𝑛1, ℓ𝑖 + 𝑑 𝑛2, ℓ𝑖

Médias ponderadas de 𝐿 e 𝑈 podem ser usados como estimativas de 𝑑(𝑛1, 𝑛2). Infelizmente elas são bem grosseiras dependendo da localização dos proxies.

Page 106: Medição e monitoração de redes

Métodos baseados em proxy 106

IDMaps:

Faz uso de uma infraestrutura de medição especialmente instalada.

Assume a disponibilidade de proxies particulares chamados de tracers.

A latência entre os nós 𝑛1 e 𝑛2 é estimada como a latência entre 𝑛1 e o tracer mais próximo dele, mais a lantência entre 𝑛2 e o tracer mais próximo dele, mais a latência medida entre estes dois tracers.

O sistema também usa uma coleção de servidores que respondem a consultas dos clientes e retorna a estimativa da latência na rede.

A acurácia do IDMaps é limitada quando um ou os dois nós estão distantes dos tracers mais próximos.

Page 107: Medição e monitoração de redes

Métodos baseados em proxy 107

King:

Aborda algumas das desvantagens do IDMaps

explorando o sistema DNS

Ao invés de contar com tracers instalados especialmente

para esta finalidade, ele usa o servidor DNS local de

um nó como o seu proxy de medição.

Page 108: Medição e monitoração de redes

Métodos baseados em proxy 108

King:

O método é baseado nas seguintes observações: Muitos nós na Internet estão próximos de seus servidores locais

DNS.

É possível disparar trocas entre servidores DNS arbitrários usando consultas DNS recursivas. Dados dois servidores de nomes em domínios diferentes (ex., dns.first.com e dns.second.com), uma consulta recursiva a dns.first.com para um nome como any.second.com irá disparar uma consulta DNS de dns.first.com para dns.second.com.

Ele mede o tempo de uma consulta recursiva do dns.first.com para any.second.com para estimar a latência entre um host no domínio first.com e um host no domínio second.com.

Page 109: Medição e monitoração de redes

Métodos de Incorporação 109

A abordagem da incorporação está geralmente focada em estimar o minRTT.

Nesta abordagem, atribui-se a cada nó uma localização em um espaço Euclidiano abstrato de alta dimensionalidade ℝ𝑟.

A localização de um nó neste espaço pode ser fixada usando um conjunto de medições para landmarks.

Apenas as landmarks precisam realizar medições de latência entre cada par delas, e não é necessário um grande número de landmarks para se obter estimativas acuradas.

Page 110: Medição e monitoração de redes

Métodos de Incorporação: GNP 110

Na inicialização as 𝑁 landmarks

ℓ1, ℓ2, … , ℓ𝑁 efetuam medições de latência entre

todos os pares fornecendo um conjunto de medições

𝑑 ℓ𝑖 , ℓ𝑗 .

É atribuído então a cada landmark ℓ𝑖 um vetor de

coordenadas 𝑥 𝑖 ∈ ℝ𝑟 . Esta atribuição é obtida

pela minimização da função objetivo:

𝑓ℓ 𝑥 1, … , 𝑥 𝑁 = 𝑒𝑟𝑟 𝑑 ℓ𝑖 , ℓ𝑗 , 𝑥 𝑖 − 𝑥 𝑗 2𝑖,𝑗∈1,…,𝑁

onde 𝑒𝑟𝑟 𝑎, 𝑏 = (𝑎 − 𝑏)2.

Page 111: Medição e monitoração de redes

Métodos de Incorporação: GNP 111

Esta formulação resulta num problema de otimização não linear cuja solução aproximada é obtida por métodos iterativos.

A dimensão do espaço Euclidiano (𝑟) é um parâmetro ajustável.

Cada nó 𝑛𝑖 encontra o seu próprio vetor de coordenadas 𝑥 𝑖 através da minimização de uma função objetivo semelhante:

𝑓𝑛 𝑥 𝑖 = 𝑒𝑟𝑟 𝑑 𝑛𝑖 , ℓ𝑗 , 𝑥 𝑖 − 𝑥 𝑗 2𝑗∈1,…,𝑁

O benefício deste procedimento é que, depois que cada nó tiver o seu vetor de coordenadas, a latência entre os nós 𝑛𝑖 e 𝑛𝑗 pode ser estimada sem nenhuma medição adicional por:

𝑑 𝑛𝑖 , 𝑛𝑗 ≈ 𝑥 𝑖 − 𝑥 𝑗 2

Page 112: Medição e monitoração de redes

Métodos de Incorporação: GNP 112

Dado que a carga de medições para cada

landmark pode ser alto,

As landmarks podem ser divididas em conjuntos, onde

cada alvo realiza medições apenas para um destes

conjuntos.

Como dois nós podem usar conjuntos distintos, pode-se

aplicar uma função de transformação para mapear

cada conjunto de coordenadas locais num sistema

canônico de coordenadas global.

Pode-se também eliminar as landmarks, usando os

próprios nós para isto.

Page 113: Medição e monitoração de redes

Geolocalização 113

Problema: Dado o endereço de rede de um host alvo, qual é a localização geográfica deste host?

É importante reconhecer que muitos métodos de geolocalização comumente usados podem ser muito imprecisos.

Razões:

O endereço que está sendo localizado não está correto

Pode não ser possível realizar as medições necessárias para realizar corretamente a geolocalização

Alguns métodos contam com bases de dados que mapeiam redes, organizações ou blocos de endereços inteiros num único local.

Usuários podem usar contramedidas para não serem localizados.

Page 114: Medição e monitoração de redes

Geolocalização e Privacidade 114

Os usuários podem não querer divulgar suas

localizações

Enquanto outros podem permitir a divulgação mas

restringir a precisão da mesma, além de restringir

se pode ou não ser armazenada.

O GT geopriv do IETF definiu um conjunto de

padrões para tratar informações de localização.

Page 115: Medição e monitoração de redes

Geolocalização baseada em Nome 115

Abordagem simples:

Inspecionar os nomes DNS do host alvo, ou de hosts próximos topologicamente ao host alvo.

Este método se baseia na observação de que os operadores de rede frequentemente atribuem nomes com significado geográfico a suas interfaces.

Quando o host alvo não é um roteador, procurando o roteador que esteja próximo em termos da topologia da rede pode fornecer informações úteis.

Este método é sujeito a erros pois nem sempre os roteadores têm nomes com significado geográfico.

Page 116: Medição e monitoração de redes

Geolocalização baseada em Atrasos 116

Outra abordagem é explorar o relacionamento entre o atraso de rede medido e a distância.

Medições do atraso mínimo em um dado caminho.

Os caminhos medidos certamente serão mais longos do que a distância real entre os pontos terminais.

Métodos principais:

Melhor landmark

Baseado em restrições

Em ambos assume-se a existência de um conjunto de 𝑁 landmarks {ℓ𝑖 , 𝑖 = 1,… , 𝑁} com localizações geográficas conhecidas.

Representamos o atraso mínimo entre os nós 𝑛1e 𝑛2 como 𝑑 𝑛1, 𝑛2 .

Page 117: Medição e monitoração de redes

Geolocalização:

Método da Melhor Landmark 117

Mapeia o nó alvo à localização da landmark mais próxima.

O método inicia com a medição do atraso de rede de cada landmark para todas as demais:

ℓ𝑖 = 𝑑 ℓ𝑖 , ℓ1 , 𝑑 ℓ𝑖 , ℓ2 , … , 𝑑(ℓ𝑖 , ℓ𝑁)

Para localizar um nó alvo 𝜏, são realizadas medidas de latência mínima para todas as landmarks e construído o vetor de medições correspondente

𝜏 = 𝑑 𝜏, ℓ1 , 𝑑 𝜏, ℓ2 , … , 𝑑(𝜏, ℓ𝑁)

Escolhe-se a melhor landmark como sendo aquela cujo vetor de medição é mais semelhante a 𝜏 : 𝑚 = argmin

ℓ𝑖ℓ𝑖 − 𝜏

2

Page 118: Medição e monitoração de redes

Método da Melhor Landmark:

Limitações 118

A acurácia da localização inferida é limitada pela

distribuição espacial das landmarks.

Se não houver landmarks próximas ao alvo, a

localização inferida será inacurada.

Page 119: Medição e monitoração de redes

Geolocalização baseada em

Restrições 119

Nesta abordagem são exploradas as propriedades

conhecidas da propagação do sinal em uma fibra

A luz se propaga a aproximadamente 2/3 da sua

velocidade no vácuo.

Encontra-se uma estimativa da localização de um

host alvo através de multilateração

Processo de estimar a posição usando um número

suficiente de distâncias até pontos fixos (por exemplo,

usado por GPSs).

Page 120: Medição e monitoração de redes

Multilateração

Para cada landmark ℓ𝑖 podemos usar 𝑑(ℓ𝑖 , 𝜏) para obter um limite superior na distância até o alvo.

Cada landmark ℓ𝑖 calcula a distância geográfica restrita a um host alvo 𝜏 multiplicando a latência mínima medida pela velocidade da luz na fibra.

A restrição na distância geográfica calculada é dada por:

𝑔 𝑖𝜏 = 𝑔𝑖𝜏 + 𝛾𝑖𝜏

A localização do host 𝜏 está em algum lugar na região cinza.

120

Page 121: Medição e monitoração de redes

Banco de Dados de Localização 121

Construção manual de uma grande base de dados com

mapeamentos entre endereços IP e suas localizações

conhecidas.

Informações de localização podem ser fornecidas por

administradores de rede.

O DNS foi proposto como repositório para esta informação.

Bancos de dados do serviço whois inclui entradas de

localização para sistemas autônomos e blocos de

endereços alocados.

Estas informações podem ser imprecisas ou desatualizadas.

Page 122: Medição e monitoração de redes

Inferência 122

Dados escondidos na medições de infraestrutura podem às vezes ser reconstruídos através de procedimentos de inferência (Tomografia de rede).

Topologia da rede

Atrasos internos à rede

Taxas de perdas de pacotes

Tomografia da rede baseada na equação

𝑦 = 𝐺𝑥 Onde:

𝑦 é um conjunto de 𝑚 medições fim-a-fim

𝐺 = 𝐴𝑇 é a matriz de roteamento 𝑚 × 𝑛 e

𝑥 são as 𝑛 medições individuais de cada link

Page 123: Medição e monitoração de redes

Atrasos Internos e Taxas de Perdas 123

Hipóteses para a estimativa:

Links: unidirecionais ou bidirecionais

Caminhos: simétricos ou assimétricos

Medições dos caminhos: ida-e-volta (RTT) ou em um

sentido (OW)

Estratégia de testes: multicast ou unicast.

Hipóteses mais realistas:

Links unidirecionais e caminhos assimétricos.

Page 124: Medição e monitoração de redes

Soluções 124

Em geral a equação 𝑦 = 𝐺𝑥 pode:

Não ter nenhuma solução para 𝑥

Ter uma única solução ou

Ter um número infinito de soluções.

Se 𝐺𝑇𝐺 for uma matriz com posto máximo, então a

equação pode ser resolvida diretamente para

todas as medições nos links sendo a solução dada

por

𝑥 = 𝐺𝑇𝐺 −1𝐺𝑇𝑦

Page 125: Medição e monitoração de redes

Inferências em todos os links 125

É preciso fazer hipóteses adicionais.

Uma estratégia geral é olhar soluções de máxima

verossimilhança:

Dadas medições 𝑦 podemos definir a probabilidade de

uma solução particular 𝑙(𝐺, 𝑥 ) como:

𝑙 𝐺, 𝑥 = p(𝑦 |G, 𝑥 )

Onde p(𝑦 |G, 𝑥 ) é a probabilidade de ver as observações 𝑦 dada uma matriz de roteamento particular e um conjunto de

parâmetros de link.

As hipóteses adicionais que são incluídas tomam a forma de

modelos ou restrições que afetam como calculamos p(𝑦 |G, 𝑥 )

Page 126: Medição e monitoração de redes

Tomografia de rede:

Métodos baseados em Multicast

Abordagem MINC baseada no uso de testes em multicast.

Problema de tomografia na sua forma mais simples:

Cada um dos links possui uma taxa de perdas associada 𝛽𝑖 .

O objetivo é estimar as três taxas de perda a partir de medições de taxa de perdas realizadas apenas nos caminhos 0 → 2 e 0 → 3.

Como temos três links e apenas duas medições, o problema é indeterminado (múltiplas soluções estão consistentes com os dados observados).

Na abordagem MINC, ao invés de trabalhar com taxas de perdas trabalharemos com eventos de perdas.

126

Page 127: Medição e monitoração de redes

Tomografia de rede:

Métodos baseados em Multicast 127

A fonte dos testes (nó 0) envia pacotes multicast em em em direção aos nós terminais (nós 2 e 3).

Quando os pacotes multicast alcançam o ponto de bifurcação 1, uma cópia do pacote é enviada por cada um dos links 1 → 2 e 1 → 3.

Se o pacote se perder no link 0 → 1 não chegará nem ao nó 2 nem ao nó 3. Portanto, os pacotes que não chegarem nem a 2 nem a 3 devem ter se perdido no link 0 → 1.

Os pacotes que forem vistos em um nó mas não no outro, devem ter se perdido no link que leva ao nó onde ele não chegou.

Repetindo este experimento diversas vezes podemos construir uma estimativa das taxas de perdas nos três links.

Page 128: Medição e monitoração de redes

Tomografia de rede:

Métodos baseados em Unicast 128

Algumas redes não suportam multicast.

Ao usar unicast tentaremos imitar o ‘destino compartilhado’ dos pacotes de teste multicast.

Para este fim podemos usar pares de pacotes dado que eles tendem a sofrer as mesmas consequências de enfileiramento e perda.

Métodos unicast são mais imprecisos que os multicast, mas são mais flexíveis.

Por exemplo, podem ser estendidos a medições passivas.

Page 129: Medição e monitoração de redes

Tomografia de Rede:

Links Congestionados Dominantes 129

Em alguns casos pode haver um link ao longo do caminho que seja responsável pela maioria das perdas ou atrasos, que é chamado de link congestionado dominante.

Pode ser suficiente determinar se existe um link congestionado dominante e

Em caso afirmativo, identificar este link

Uma abordagem é enviar pacotes periódicos ao longo do caminho e observar a sequência de valores de atrasos.

O atraso sofrido pelo pacote perdido pode ser inferido pelos atrasos dos pacotes não perdidos.

Se a maior parte dos pacotes perdidos tiver atrasos inferidos semelhantes pode ser inferido que existe um link congestionado no caminho.

Page 130: Medição e monitoração de redes

Tomografia de Rede:

Links Congestionados Dominantes 130

A identificação do link congestionado pode ser

feita (assumindo que a incidência dos mesmos seja

baixa) através da interseção de desempenho ruim

entre caminhos diversos.

Page 131: Medição e monitoração de redes

Projetos Eficientes de Medição 131

Um papel relacionado para a inferência é na redução da carga requerida para a obtenção das medições de rede.

Realizar medições em 𝑘 caminhos linearmente independentes de modo que possam descrever completamente todos os 𝑂 𝑚2 caminhos.

Da mesma forma, se quisermos monitorar a falha de links podemos encontrar o número mínimo de caminhos a serem monitorados.

Estimação estatística (resultados aproximados)

Page 132: Medição e monitoração de redes

Outras ferramentas 132

Identificação da Topologia:

Árvores multicast

Taxa de reordenação de pacotes:

observando as propriedades de conexões TCP

Taxas de perdas de pacotes em um sentido

Envio de pacotes TCP selecionados e deduzir a

quantidade de pacotes perdidos em cada direção em

função das respostas do host remoto.

Page 133: Medição e monitoração de redes

Estado da Arte 133

Page 134: Medição e monitoração de redes

Roteiro 134

Propriedades dos Equipamentos

Propriedades das Topologias

Interação do Tráfego com a Rede

Page 135: Medição e monitoração de redes

Propriedades dos Equipamentos:

Roteadores 135

Através de avaliações experimentais dos

roteadores de backbone mostraram que o atraso

experimentado por um pacote quando passa por

um roteador é muito pequeno:

≥ 20 microssegundos: quando o pacote chega e sai da

mesma interface com pouco tráfego adicional na

mesma.

Dezenas de microssegundos: quando o pacote entra e

sai por interfaces distintas.

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Propriedades dos Equipamentos:

Roteadores 136

No entanto, se o roteador estiver bem carregado, os atrasos de enfileiramento podem ser da ordem de dezenas de milissegundos.

Uma outra fonte de atrasos (que pode estar na faixa dos milissegundos) ocorre quando o pacote contém opções IP.

Em algumas raras ocasiões o roteador atrasa a transmissão de pacotes mesmo na ausência de tráfego esperando para ser transmitido no link de saída (isto afeta menos de 1% do tráfego).

Estes atrasos são da ordem de milissegundos e

Parecem ocorrer com a ativação periódica de software no roteador.

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Propriedades dos Equipamentos:

Roteadores 137

É útil também entender como os roteadores produzem e consomem tráfego

por exemplo, mensagens de roteamento.

Mensagens de anúncio do estado de enlaces (LSAs) requerem da ordem de 100 microssegundos para serem processadas.

Boa parte disto pode ser atribuída à cópia de dados dentro do roteador.

O tempo necessário para processar os pacotes OSPF tende a variar linearmente com o número de LSAs contidos no pacote

Enquanto que o tempo associado ao cálculo do caminho mais curto cresce de forma quadrática em relação ao número de nós.

Page 138: Medição e monitoração de redes

Propriedades dos Equipamentos:

Middleboxes 138

Caixas intermediárias tais como NATs e firewalls.

Estes dispositivos podem introduzir atrasos de um

milissegundo a centenas de milissegundos para

encaminhar os pacotes.

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Propriedades das Topologias 139

Propriedades estáticas do Grafo de Sistemas Autônomos:

Alta variabilidade da distribuição de graus:

Grafos aleatórios tradicionais apresentam baixa variabilidade na distribuição dos graus.

Mas este não é o caso para o grafo de ASes.

𝑦 = 𝑎𝑥𝑘 + 𝜀

Page 140: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 140

Alta variabilidade da distribuição de graus: Consequências:

Esta é uma invariante importante que deve estar presente em qualquer modelo realista de topologia de ASes.

Alguns ASes são muito bem conectados, enquanto que outros são muito pouco conectados. Papeis muito diferentes: grau do nó parece estar altamente correlacionado com o tamanho do AS.

Mecanismos de crescimento da Internet:

Nós adicionais se conectam com nós existentes com uma probabilidade proporcional ao grau do nó existente.

Nós adicionais conectam a nós existentes de modo a minimizar tanto o comprimento físico da nova conexão como o número médio de etapas para outros nós na rede

Se novos ASes surgirem com uma taxa de crescimento exponencial e cada AS também crescer exponencialmente. Se o tamanho do AS estiver correlacionado com o seu grau então obteremos distribuições de graus altamente variáveis.

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Propriedades das Topologias 141

Propriedades de Mundo Pequeno:

Diz respeito ao relacionamento de duas propriedades dos

grafos: diâmetro e agrupamento (clustering):

Normalmente têm um alto grau de agrupamento e pequenos

diâmetros!

Grafos de ASes são grafos de mundo pequeno:

Dados de Janeiro 2002 continham 12.709 ASes e 27.384

arestas. Comprimento médio do caminho é de 3,6 e o coeficiente

de agrupamento é 0,46 (grafos aleatórios semelhantes

apresentam um coeficiente de 0,0014).

Page 142: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 142

Relacionamentos entre ASes:

Os ASes podem ser identificados de acordo com os papeis que desempenham na rede.

O relacionamento comercial entre dois ASes pode ser classificado como:

Cliente-provedor

Parceiros

Trânsito mútuo

Backup mútuo

Estes relacionamentos são aplicados através da escolha de que rotas são anunciadas através do BGP, e para quem elas são anunciadas.

Portanto, pode ser difícil identificar a natureza dos relacionamentos sem o acesso direto ao tráfego BGP entre os ASes de interesse.

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Propriedades das Topologias 143

Propriedades estáticas dos Grafos de Roteadores:

Grafo de roteadores: grafo no qual os nós são os

roteadores e as arestas são conexões diretas (1 etapa)

entre roteadores.

Obter uma visão completa do grafo de roteadores da

Internet hoje é impossível.

É mais fácil focar em pequenos pedaços, ou seja, subgrafos

correspondentes a um único AS ou rede.

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Mapa da ARPANET em 30/12/1972 144

Page 145: Medição e monitoração de redes

Mapa da Rede Abilene em 2005 145

Page 146: Medição e monitoração de redes

Mapa da Rede Ipê em Maio 2011 146

Page 147: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 147

Propriedades estáticas dos Grafos de Roteadores:

Alta Variabilidade na Distribuição dos Graus:

Como os grafos de ASes, medições dos grafos de

roteadores mostraram que eles também apresentam uma

alta variabilidade na distribuição dos graus.

Muitos nós têm graus menores do que 5 mas alguns têm graus

maiores do que 100 (provavelmente em pontos de acesso na

borda da rede).

Ao contrário da medição de grafos de ASes que são

passivas (a partir do BGP), as medições de grafos de

roteadores são ativas (com o uso do traceroute).

Page 148: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 148

Propriedades estáticas dos Grafos de Roteadores:

Alta Variabilidade na Distribuição dos Graus:

Grafo sintético respeitando as restrições técnicas para os

roteadores:

Page 149: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 149

Propriedades estáticas dos Grafos de Roteadores:

Propriedades dos Caminhos:

Como no caso dos grafos de ASes, os caminhos típicos

através dos grafos de roteadores tendem a ser curtos

Medidas do número de etapas IP entre nós na Internet

mostram valores médios em torno de 16, enquanto que

caminhos com mais de 30 etapas são raros.

Apesar de serem curtos, as medições têm mostrado que eles são

mais longos do que necessário.

Este efeito parece ser devido principalmente a políticas de

peering entre ASes e roteamento interdomínio.

Page 150: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 150

Aspectos Dinâmicos da Topologia:

Também temos interesse em observar como a infraestrutura da Internet muda com o tempo.

Crescimento e mudança:

Fonte: bgp.potaroo.net

Page 151: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 151

Aspectos Dinâmicos da Topologia:

Crescimento e mudança:

Observar o crescimento da Internet ao nível dos roteadores ou dos sistemas finais é mais complicado e muito mais dinâmico.

Alternativas:

Contar o número de endereços que foram alocados pelos Registros Regionais.

Este seria um superdimensionamento pois é conhecido que muitos endereços alocados não estão em uso.

Contar o número de endereços anunciados pelo BGP.

Mesmo assim muitos endereços anunciados não estão em uso.

Testar todos os endereços anunciados usando o ping

Mas, muitos hosts estão conectados de forma intermitente ou estão atrás de NATs ou firewalls que bloqueiam as respostas e produzem um número subestimado.

Consulta ao DNS para encontrar o conjunto de todos os endereços IP que possuem nomes DNS alocados.

Mas este seria também um valor subestimado dado que nem todos os hosts estão cadastrados no DNS.

Page 152: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 152

Aspectos Dinâmicos da Topologia:

Crescimento e mudança:

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Evolução do Número de Hosts do Brasil

Número de Hosts

153

Posição Relativa

Fonte: www.cetic.br

Page 154: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 154

Aspectos Dinâmicos da Topologia:

Estabilidade:

Mudanças na topologia da rede podem resultar da

instabilidade do sistema.

Os componentes da infraestrutura da rede estão

continuamente sujeitas a falhas, reinicializações e

reconfigurações.

Isto provoca alterações na topologia com nós e arestas

desaparecendo e depois reaparecendo.

Reflete também na instabilidade das rotas.

Page 155: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 155

Aspectos Dinâmicos da Topologia:

Estabilidade:

Instabilidade no BGP:

Provocam sequências longas de atualizações.

Podem causar loops de roteamento e um crescimento no atraso e

perdas de pacotes.

Aparentemente afeta uma pequena parte do tráfego da

Internet.

Num backbone a maioria das falhas dos links está

concentrada num pequeno subconjunto dos mesmos.

E duram menos do que 10 minutos.

Page 156: Medição e monitoração de redes

Propriedades das Topologias 156

Localização Geográfica:

Page 157: Medição e monitoração de redes

Interação do Tráfego com a Rede 157

Muitas propriedades importantes do tráfego são

influenciadas pelas condições da rede.

Atraso dos Pacotes:

Determinísticos:

Atrasos de transmissão e propagação

O atraso de transmissão é significativo apenas em links lentos.

O atraso de propagação é influenciado pela distância geográfica.

Estocásticos:

Atraso de encaminhamento (sobretudo de enfileiramento)

Boa parte do atraso total observado é devido a este atraso.

São normalmente observados grandes picos de atraso.

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Interação do Tráfego com a Rede 158

Perdas de Pacotes:

Normalmente ocorrem em rajadas (bursts)

provavelmente por eventos de congestionamento

persistente nos roteadores.

Medições sugerem que as taxas de perdas em

caminhos ‘cabeados’ são, em geral, inferiores a 0,1%

Por outro lado, taxas de perdas em caminhos que

incluem links sem fio podem ser bem altos – 2% ou

mais.

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Interação do Tráfego com a Rede 159

Reordenamento de Pacotes, Duplicação e Jitter:

Causas do reordenamento dos pacotes:

Paralelismo em um roteador

Balanceamento de carga entre múltiplos caminhos na rede

Mudanças de rotas

O reordenamento dos pacotes têm um efeito importante no comportamento do TCP.

No TCP os pacotes podem chegar fora de ordem por diversos motivos:

Reordenamento real dentro da rede

Duplicação de pacotes dentro da rede

Retransmissão pelo transmissor TCP (maior parte)

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Interação do Tráfego com a Rede 160

Largura de Banda e Vazão:

Há poucos dados sobre a distribuição de larguras de

banda entre caminhos na Internet.

As velocidades dos links estão crescendo firmemente e

continuamente.

Portanto, a medição de taxas em lotes tem crescido em

certos caminhos.

Page 161: Medição e monitoração de redes

Lei da Largura de Banda de Edholm

Fonte: IEEE Spectrum July 2004

10 Gb/s

Ethernet

161

Page 162: Medição e monitoração de redes

Interação do Tráfego com a Rede 162

Largura de Banda e Vazão:

Em escalas de tempo menores, a vazão em caminhos

individuais é uma métrica relativamente firme.

Ao contrário do RTT e taxas de perdas, as taxas de vazao

do TCP variam lentamente.

As taxas de vazão podem variar por um fator menor

do que três durante uma hora.

Isto é importante para medições de largura de banda

disponível e indica que estas medições são úteis por pelo

menos um período da ordem de horas.