medicina legal tanatologia forense
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................
TANATOLOGIA FORENSE
1. CONCEITO DE TANATOLOGIA FORENSE.................................................
2. TIPOS DE MORTE........................................................................................
3. NATUREZA DO EVENTO MORTE................................................................
4. FENÔMENOS CADAVÉRICOS.....................................................................
5. CRONOTANATOGNOSE.................................................................................
6. FAUNA CADAVÉRICA...................................................................................
7. CLASSIFICAÇÃO DA MORTE COM BASE EM ASPECTOS JURÍDICOS...
CONCLUSÃO........................................................................................................
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................
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TANATOLOGIA FORENSE
Elen Cristiane Guida Vasconcellos1
Tanatologia é a parte da Medicina Legal que estuda a morte e suas
conseqüências jurídicas.
Independentemente do critério adotado para a caracterização da morte,
o que se procura determinar, na prática, são os sinais indiscutíveis de morte: a
cessação dos fenômenos vitais e o surgimento dos fenômenos ditos abióticos
ou avitais (imediatos e consecutivos).
Relacionados entre os fenômenos abióticos imediatos, ou seja, aqueles
que ocorrem imediatamente após a morte estão: a perda da consciência, a
cessação dos batimentos cardíacos com conseqüente ausência de pulso, a
cessação da respiração, a perda da sensibilidade cutânea, a abolição do tônus
muscular e o relaxamento dos esfíncteres.
Entre os fenômenos abióticos consecutivos, assim chamados os que se
seguem à morte, registram-se: a rigidez e o espasmo cadavéricos, os livores
de hipóstase, o dessecamento e o esfriamento corpóreo.
Outras alterações orgânicas, essencialmente de natureza bioquímica,
são descritas entre os fenômenos consecutivos à morte e são passíveis de
estudo, quando o diagnóstico cronológico da morte (cronotanatognose ou
tanatocronodiagnose) se faz necessário; entretanto, a maioria das alterações
bioquímicas requer, para sua caracterização e sistematização aparelhos
especiais e técnicas próprias, recursos estes nem sempre à disposição da
maioria dos serviços periciais do país.
Deve-se destacar que as condições em que ocorreu a morte a sim como
o local da mesma causam, de maneira geral, alterações significativas no
desenrolar dos fenômenos cadavéricos, havendo necessidade portanto, de
uma análise criteriosa de todos os dados obtidos para que se possa evitar
interpretações errôneas.
1. CONCEITO DE TANATOLOGIA FORENSE :
1 Graduada em Licenciatura Plena em História pelo ISE e Bacharelanda em Direito pela FDV, ambos pela Fundação Dom André Arcoverde, Valença/RJ.Brasil. E-mail: [email protected]
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A TANATOLOGIA vem do grego tanathos (morte) tem como raiz o Indo-
europeu dhwen, “dissipar-se, extinguir-se” + logia (estudo), MORTE: do latim
"mors, mortis", de "mori" (morrer) e CADÁVER: do latim "caro data vermis"
(carne dada aos vermes). Temos então Tanatologia a área da medicina legal
que se ocupa da morte e os fenômenos a ela relacionados.
A conceituação da morte é de extremamente dificultosa, assim como,
em algumas oportunidades, o diagnóstico da realidade de morte.
Há 460 a .C., Hipócrates definia o quadro de morte: “Testa enrugada e
árida, olhos cavos, nariz saliente cercado de coloração escura, têmporas
endurecidas, epiderme seca e lívida, pêlos das narinas e cílios encobertos por
uma espécie de poeira, córneas de um branco fosco, pálpebras semi-cerradas
e fisionomia nitidamente irreconhecível”. Durante muitos anos definiu-se morte
como a cessação da circulação (morte circulatória) e da respiração (morte
respiratória).
Até recentemente aceitava-se conceituar a morte como o cessar total e
permanente das funções vitais. Atualmente, este conceito foi ampliado a partir
do conhecimento de que a morte não é um puro e simples cessar das funções
vitais, mas sim uma gama de processos que se desencadeiam durante um
período de tempo, comprometendo diferentes órgãos.
Atualmente prevalecem dois conceitos de morte: a morte cerebral,
indicada pela cessação da atividade elétrica do cérebro e a morte circulatória,
indicada por parada cardíaca irreversível às manobras de ressuscitação e
outras técnicas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define morte como: Cessação
dos sinais vitais a qualquer tempo após o nascimento sem possibilidade de
ressuscitamento. Como a morte se apresenta como um processo (dinâmico) e
não como um evento (estático), quando se coloca a questão: “Quando ocorreu
a morte?” a resposta é dada quando se consegue definir o momento em que o
processo de morte atingiu o seu ponto irreversível.
2. TIPOS DE MORTE
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Não há consenso quanto ao momento real da ocorrência da morte, pois
a morte, observada desde o ponto de vista biológico, e atentando-se para o
corpo como um todo, não é um fato único e instantâneo, antes o resultado de
uma série de processos, de uma transição gradual.
Quando se leva em consideração a diferente resistência vital das
células, tecidos, órgãos e sistemas que integram o corpo à privação de
oxigênio, é necessário admitir que a morte é um verdadeiro "processo
incoativo", que passa por diversos estágios ou etapas no devir do tempo.
Cada campo do conhecimento e cada ramo da medicina acabaram por
tomar um momento desse processo, adotando-o como critério definidor de
morte. A Medicina Legal teve de adotar uma determinada etapa do citado
processo como o seu critério de morte e, para tanto, optou pela etapa da morte
clínica.
Há pouco tempo atrás uma das grandes questões era poder determinar
se uma pessoa, realmente, estava morta ou se encontrava em um estado de
morte aparente. Tudo isto visando evitar a inumação precipitada, que seria fatal
nesta última situação. O fato assumiu tal importância que chegou a influenciar
aos legisladores que acabaram por colocar, na legislação adjetiva civil, prazos
mínimos para a implementação de certos procedimentos como o sepultamento
e a necropsia.
O aparecimento das modernas técnicas de ressuscitação e de
manutenção artificial de algumas funções vitais como a respiração -
respiradores mecânicos, oxigenadores - e a circulação - bomba de circulação
extracorpórea - mesmo na vigência da perda total e irreversível da atividade
encefálica, criou a necessidade de rever e readaptar os critérios de morte.
A atividade neurológica é a única das funções vitais que, até o presente
momento, não teve condições, em que pesem os avanços tecnológicos, de ser
suplementada nem de ter suas funções mantidas por qualquer meio artificial.
Daí que os seus prejuízos, sua irrecuperabilidade ou a sua extinção sejam,
praticamente, sinônimos da própria extinção da vida.
Mas, e quiçá por isso mesmo, é a nível neurológico que ocorrem os mais
variados e sutis estados intermediários entre a vida e a morte, denominados
"estados fronteiriços". Alguns destes "estados fronteiriços" se encontram mais
próximos da morte, como aqueles chamados "estados de vida parcial", como
os "comas ultrapassados" (carus ou "coma dépasé"), com desaparecimento da
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vida de relação e conservação da vida vegetativa; de duração variável, como
os sub-crônicos ou "prolongados", com duração superior a três semanas, e os
crônicos ou irreversíveis. Outras formas, contrariamente, se encontram mais
próximas da vida como os denominados estados de "morte aparente".
A morte aparente se apresenta através de estados patológicos do
organismo simulam a morte, podendo durar horas, sendo possível a
recuperação pelo emprego imediato e adequado de socorro médico. Ocorre
uma diminuição das funções vitais a um mínimo que dão a impressão errônea
de morte, exemplo disso são as intoxicações graves produzidas por soníferos
ou nos congelamentos.
Já a morte relativa estado em que ocorre parada efetiva e duradora das
funções circulatórias, respiratórias e nervosas, associada à cianose e palidez
marmórea, porém acontecendo a reanimação com manobras terapêuticas
(reanimação). Enquanto a morte absoluta ou morte real estado que se
caracteriza pelo desaparecimento definitivo de toda atividade biológica do
organismo, podendo-se dizer que parece uma decomposição.
Na morte real ou absoluta ocorre paralisação total, definitiva e
irreversível de todos os fenômenos e atividades vitais. Atualmente os critérios
atuais para o diagnóstico de morte é o estabelecido pelo CFM (Resolução
1480/97), ou seja, parada total e irreversível das atividades encefálicas
3. NATUREZA DO EVENTO MORTE
A natureza do evento morte pode ocorrer de diversas maneiras,
chamamos de morte natural aquela que sobrevém por causas patológicas ou
doenças, como malformação na vida uterina; de morte suspeita aquela que
ocorre em pessoas de aparente boa saúde, de forma inesperada, sem causa
evidente e com sinais de violência definidos ou indefinidos, deixando dúvida
quanto à natureza jurídica, daí a necessidade da perícia e investigação. È
denominada morte súbita quando acontece de forma inesperada e imprevista,
em segundos ou minutos e de morte agônica aquela em que a extinção
desarmônica das funções vitais ocorre em tempo longo e neste caso, os livores
hipostáticos formam-se mais lentamente. Ainda há a conhecida morte reflexa,
que é aquela em que se faz presente a tensão emocional, ou seja, uma
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irritação nervosa (excitação) de origem externa, exercida em certas regiões,
provoca, por via reflexa, a parada definitiva das funções circulatórias e
respiratórias. E entendemos por morte violenta aquela que resulta de ação
exógena e lesiva, mesmo tardiamente no organismo; ocorre em razão de
práticas criminosas ou acidentais e na infortunística (relações de trabalho),
podendo ser: morte acidental, morte criminosa, morte voluntária ou suicídio.
4. FENÔMENOS CADAVÉRICOS
Os fenômenos transformativos do cadáver ocorrem de forma progressiva
e promovem a destruição ou a conservação do corpo inerte.
Os Fenômenos Destrutivos: iniciam-se logo após a cessação da vida, a
partir da lise das células, agora destituídas de nutrição e oxigenação. No
entanto, só começarão a ser percebidos na exterioridade do cadáver de forma
mais tardia. São eles:Autólise, Putrefação, Maceração .
A autólise é um processo auto-destrutivo de células e tecidos, que se
opera sem interferência externa, decorrente do aumento da permeabilidade das
membranas plasmáticas, que possibilita a liberação enzimas proteolíticas
contidas nos lisossomas ("suicide bags"). Isto leva a uma acidez temporária
que, pela putrefação se neutraliza e inverte pela alcalinização progressiva com
valores de pH da ordem de 8,0 a 8,5.
Quando há um o processo de decomposição da matéria orgânica por
bactérias e pela fauna macroscópica, que acaba por devolvê-la à condição de
matéria inorgânica, chamamos de putrefação. A putrefação do corpo não é um
processo resultante do evento morte, apenas. É necessária a participação ativa
de bactérias cujas enzimas, em condições favoráveis, produzem a
desintegração do material orgânico. Daí, que nas condições térmicas que
impeçam a proliferação bacteriana, ou pela ação de substâncias antissépticas,
o cadáver não se putrefaz. As bactérias encarregadas da putrefação do
cadáver, na sua maioria, são as mesmas que, em vida, formam a flora
intestinal do indivíduo.
Algumas das substâncias intermediárias formadas durante o processo
de decomposição das proteínas são altamente fétidas, tornando-se as
responsáveis pelo cheiro característico dos corpos em putrefação. A
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decomposição catalítica dos glúcides e dos lípides, praticamente não exala
odores nauseabundos.
Este processo de decomposição paulatina, é bastante lento. As larvas
de insetos todas com atividade necrofágica, se deixadas agir livremente,
podem destruir o cadáver em um tempo bem menor: de 4 a 8 semanas.
Com efeito, em um cadáver exposto à intempérie, a putrefação se vê
acelerada, sendo certo que os corpos enterrados, têm a sua decomposição
retardada até em oito vezes, com relação aos primeiros.
A putrefação se desenvolve em quatro fases ou períodos distintos e
consecutivos, a saber: 1º - Período cromático (período de coloração, período
das manchas; 2º - Período enfisematoso (período gasoso, período
deformativo); 3º - Período coliquativo (período de redução dos tecidos) e o 4º -
Período de esqueletização. No final do período coliquativo, a putrilagem acaba
por secar, desfazendo-se em pó. Desta maneira, aparece o esqueleto ósseo,
que fica descoberto e poderá conservar-se por longo tempo.
Ainda encontramos no cadáver a maceração, que é o processo de
transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento dos tecidos e órgãos
quando os mesmos ficam submersos em um meio líquido e nele se embebem.
O mais freqüente é que aconteça com a água e o líquido amniótico.
Na maceração, a pele se torna esbranquiçada, friável, corruga-se e faz
com que a epiderme se solte da derme e possa até se rasgar em grandes
fragmentos. Isto é bastante evidente nas mãos, onde a pele de desprende a
modo de "luvas". Externamente, a derme, pelas razões acima apontadas, fica
exposta, mostrando-se em geral vermelha brilhante, luzidia, por causa do
próprio edema que a embebe e a torna túrgida.
Já os fenômenos Conservadores são as ocorrências biológicas ou físico
químicas – artificiais ou naturais, provocadas ou espontâneas –, determinam a
preservação, por maior ou menor tempo, dos tecidos orgânicos e inorgânicos
formadores do cadáver. Em alguns casos chega haver paralisação de um
estado de putrefação já iniciado. As condições de clima e ambiente influenciam
significativamente estes processos.
Nem sempre o destino do cadáver é a sua transformação destrutiva.
Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas, podem ser
relativamente conservadas pela saponificação, a mumificação, a congelação,
petrificação e a coreificação.
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A saponificação acontece quando o corpo ou parte dele, seja, colocado
em um meio que obedeça a duas exigências: ambiente muito úmido (pântano,
fossa séptica, alagado ou terra argilosa), e ausência de ar ou escassa
ventilação. O processo tem início por volta de dois meses após a inumação e
se completa em torno de um ano. A putrefação este sofre um desvio, pára, e
algumas enzimas microbianas provocam mudanças nas estruturas moles que
se transformam em sabões de baixa solubilidade, conhecidos pela
denominação genérica de adipocera. Esta é uma substância de início branco-
amarelada, de consistência mole, com aspecto característico de sabão ou de
queijo, e com um cheiro próprio, rançoso, "sui generis". Com o passar do
tempo, esta massa passa a apresentar uma cor mais escura, amarelo-
pardacenta, tornando-se mais seca, dura, friável e quebradiça.
Como na saponificação, a mumificação também depende que o corpo ou
parte dela seja colocado em um meio que obedeça a certas exigências. No
caso da mumificação é necessário que esteja em ambiente muito seco, em
torno de 6% de umidade relativa do ar, e temperatura elevada, acima dos 40ºC;
tudo com abundante ventilação. O processo tem início desde logo, uma vez
que é impedida a putrefação e se completa entre seis meses e um ano.
Todavia em climas propícios a mumificação pode ocorrer em poucas semanas.
Em decorrência da perda de água, a pele fica coriácea, se retrai, enruga
e endurece, adquirindo uma coloração terrosa, entre marrom e preto. O
processo tem início na parte distal dos quirodáctilos e dos pododáctilos, nos
lábios e no dorso e ponta do nariz. A perda da água de constituição faz com
que o corpo diminua notavelmente o ser peso, chegando a atingir valores da
ordem de 10 a 5 kg, ao todo.
A congelação ocorre quando o corpo fica conservado por meio de sua
manutenção em ambientes de baixa temperatura (locais de neve permanente,
câmera frigorífica, tambores de nitrogênio líquido) O tempo de conservação é,
nestes casos indeterminados, enquanto durar o processo de congelamento.
Esta técnica apresenta relevância cientifica, uma vez que presta para
conservação de cadáveres, ou mesmo de partes ou apenas material genético,
para fins de estudo.
A Petrificação ou calcificação trata-se de um processo transformativo
cada vez mais raro, em que ocorre a infiltração dos tecidos do cadáver por sais
de cálcio, as quais acabam por precipitar em meio às estruturas celulares e
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teciduais. Assume o aspecto de uma verdadeira "calcificação" generalizada.
Sói encontrar-se, quase que exclusivamente nos embriões ou fetos mortos, por
vezes "intra utero" e, mais freqüentemente, nos resultantes de gravidezes
ectópicas, tubárias ou peritoniais, retidos, nos quais, até pelas próprias
características individuais do meio ou do local, o corpo asséptico, ao invés de
entrar em maceração, sofre uma incrustação por sais calcários. O resultado
deste processo é a formação de um litopédio (criança de pedra), somente
passível de retirada cirúrgica.
A coireficação representa uma modalidade de processo transformativo
que ocorre em cadáveres conservados em urnas metálicas - notadamente de
zinco galvanizado - herméticamente seladas. O ambiente assim criado dentro
da urna, inibe parcialmente os fenômenos de decomposição. A pela do cadáver
assume o aspecto, a cor e a consistência uniforme de couro recentemente
curtido. Começa a observar-se no primeiro ano de colocação do cadáver na
urna metálica, atingindo o seu máximo no segundo ano. Excepcionalmente,
pode completar-se em apenas dois ou três meses.
5. CRONOTANATOGNOSE
Não há técnica que precise o tempo do óbito, no entanto, diversas
técnicas são utilizadas em conjunto para proporcionarem uma avaliação
aproximada.
De forma bem simplista apresentaremos abaixo um calendário
tanatológico, claro que outros dados mais complexos serão levados em conta
pelos peristas legistas.
CORPO QUENTE, FLÁCIDO E SEM LIVORES MENOS DE 2 HORAS
RIGIDEZ:
DA FACE, NUCA E MANDÍBULA
DOS MÚSCULOS TÓRACO-ABDOMINAL
DOS MEMBROS SUPERIORES
1 A 2 HORAS.
2 A 4 HORAS
4 A 6 HORAS
10
GENERALIZADAS Mais de 8H e menos
de 36 HORAS
LIVORES CADAVÉRICOS:
INICIO
FIXAÇÃO MACROSCÓPICA
2 A 3 HORAS
8 A 12 HORAS
MANCHA VERDE ABDOMINAL ENTRE 18 A 24
HORAS
EXTENSÃO DA MANCHA VERDE ABDOMINAL 3 A 5 DIAS
FLACIDEZ:
INICIO
GENERALIZADA
CERCA DE 36
HORAS
MAIS DE 48 HORAS
GASES DE PUTREFAÇÃO ENTRE 9 E 12
HORAS
FAUNA CADAVÉRICA:
INICIO
“FINAL”
8 DIAS
36 MESES
ESQUELETIZAÇÃO MAIS DE 36 MESES
Fonte: CD MEGA CURSOS.
6. FAUNA CADAVÉRICA
A fauna cadavérica nada mais é que um conjunto de pequenos animais
(principalmente insetos), de diferentes espécies que se nutrem de restos
cadavéricos em decomposição, ajudando na consumação da matéria orgânica
apodrentada. Aparecem em cadáveres que não foram sepultados, que
permanecem sobre o solo por algum tempo.
A importância destes animais na perícia é a questão de
cronotanatognose, haja vista que eles seguem uma ordem cronológica para se
apresentarem no cadáver. Há uma “ordem” de instalação destes animais:
moscas comuns; moscas verdes; coleópteros, lepidópteros etc.
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A fauna cadavérica pode ser classificada em aquática (Exemplo:
piranhas, jacarés, caranguejos, etc.), terrestre (Exemplo: cães, lobos, besouros
não voadores, etc.) e aérea (Exemplo: urubus, gaviões, insetos voadores, etc).
Ao se levar em conta a época do ano, o clima de cada região e o
conhecimento científico sobre os ciclos vitais dos insetos necrófagos permite
uma datação do óbito o mais aproximadamente possível.
7. CLASSIFICAÇÃO DA MORTE COM BASE EM ASPECTOS JURÍDICOS
7.1) Morte natural (Patológica; Etária)
7.2) Morte violenta (Suicídio; Homicídio;Acidente)
7.3) Morte suspeita (Sem evidências ou imprevista; ou ainda simuladamente acontecida)
7.4) Morte agônica (previsível e esperada, dentro de um prognóstico médico como conseqüência da evolução de uma doença ou após um estado pós-traumático;
7.5) Morte súbita (inesperada ou imprevista). O paciente apresentava boa saúde, mas, na maioria dos casos, já era portadora de qualquer doença potencialmente fatal.
CONCLUSÃO:
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Juridicamente, morte é a ausência da vida, representada pela atividade
cerebral da qual depende a realização de todas as funções do encéfalo e por
conseguinte, de todo o corpo humano.
Todos os fenômenos relacionados à morte são passíveis de estudo,
quando o diagnóstico cronológico da morte (cronotanatognose ou
tanatocronodiagnose) se faz necessário; entretanto, a maioria das alterações
bioquímicas requer, para sua caracterização e sistematização aparelhos
especiais e técnicas próprias, recursos estes nem sempre à disposição da
maioria dos serviços periciais do país. O sujeito é considerado morto quando
sua passagem pelo protocolo não revela possibilidade de sobrevivência. Este
conceito clínico é albergado juridicamente para permitir o transplante de
órgãos. Quando os peritos atestam a respeito da cessação da atividade
cerebral, apontam que, na prática, não exista mais vida, ao menos do ponto de
vista jurídico, já que o paciente perde o direito sobre o seu próprio
corpo,cedendo-o ao transplante de órgão.
Enfim, a polêmica quanto ao fato de não haver consenso entre as
definições de início e fim da vida é grande e não temos a pretensão de findá-lo
com este trabalho, apenas apresentamos de forma resumida este estudo sobre
o evento morte (tanatologia) dentro da Medicina Legal, com ênfase aos
aspectos jurídicos e cruciais para o aluno de Direito.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FÁVERO, F. Medicina legal: introdução ao estudo da medicina legal,
identidade, traumatologia. 12.ed. Belo Horizonte: Villa Rica, 1991.
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