tanatologia forense. definições tanatologia tanatologia do grego tanathos (morte) + logia...

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TANATOLOGIA TANATOLOGIA FORENSE FORENSE

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TANATOLOGIA TANATOLOGIA FORENSEFORENSE

DefiniçõesDefinições

TANATOLOGIATANATOLOGIADo grego Do grego tanathostanathos (morte) + (morte) + logialogia (estudo). (estudo).

MORTEMORTEDo latim "Do latim "mors, mortismors, mortis", de "", de "morimori" (morrer)." (morrer).

CADÁVERCADÁVERDo latim "Do latim "caro data vermiscaro data vermis" (carne dada aos " (carne dada aos vermes)vermes)

DefiniçõesDefinições

TANATOLOGIATANATOLOGIAEstudo da morte (causas, circunstâncias, fenô-Estudo da morte (causas, circunstâncias, fenô-menos, repercussões jurídico-sociais).menos, repercussões jurídico-sociais).

MORTEMORTECessação total e permanente das funções vitais Cessação total e permanente das funções vitais (cerebral, respiratória e circulatória).(cerebral, respiratória e circulatória).

O momento exato da morteO momento exato da morte

Longe de se ter um consenso.Longe de se ter um consenso. Do ponto de vista biológico, a morte não é um Do ponto de vista biológico, a morte não é um

fato único e instantâneo, mas o resultado de uma fato único e instantâneo, mas o resultado de uma série de processos, de uma transição gradual. série de processos, de uma transição gradual.

Considerando-se a diferente resistência vital das Considerando-se a diferente resistência vital das células, tecidos e órgãos à privação de oxigênio, células, tecidos e órgãos à privação de oxigênio, é um processo que passa por diversos estágios é um processo que passa por diversos estágios no devir do tempo.no devir do tempo.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à extensãoQuanto à extensão

• Celular ou histológicaCelular ou histológicaPrimeiros a morrer: células nervosasPrimeiros a morrer: células nervosasÚltimos a morrer: fâneros (cabelos e unhas).Últimos a morrer: fâneros (cabelos e unhas).

AnatômicaAnatômicaMorte do organismo como um todo, seguida da Morte do organismo como um todo, seguida da morte dos tecidos.morte dos tecidos.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à reversibilidadeQuanto à reversibilidade

• AparenteAparenteEstados patológicos que simulam a morte. Estados patológicos que simulam a morte. Inconsciência, batimentos cardíacos e mov. res-Inconsciência, batimentos cardíacos e mov. res-piratórios imperceptíveis ou ausentes.piratórios imperceptíveis ou ausentes.

• RelativaRelativaParada efetiva e duradoura das funções nervo-sas, Parada efetiva e duradoura das funções nervo-sas, respiratórias e circulatórias. Reversível por manobras respiratórias e circulatórias. Reversível por manobras terapêuticas extraordinárias.terapêuticas extraordinárias.

• IntermédiaIntermédiaReaparecem alguns sinais vitais após mano-bras. Reaparecem alguns sinais vitais após mano-bras. Pode haver vida artificial por algum tempo.Pode haver vida artificial por algum tempo.

• Absoluta ou realAbsoluta ou realAusência definitiva de todas as atividades bioló-gicas.Ausência definitiva de todas as atividades bioló-gicas.

Classificação da morteClassificação da morteTipos de morte aparenteTipos de morte aparente

• SincopalSincopal: A mais freqüente. Perturbações cardiovascu-: A mais freqüente. Perturbações cardiovascu-lares, encefálicas e/ou metabólicas.lares, encefálicas e/ou metabólicas.

• HistéricaHistérica: Letargia e Catalepsia.: Letargia e Catalepsia.• AsfícticaAsfíctica: Mecânica ou não mecânica (absorção de CO, : Mecânica ou não mecânica (absorção de CO,

cianuretos e venenos metahemoglobinizantes).cianuretos e venenos metahemoglobinizantes).• TóxicaTóxica: Anestesia e uso de morfina ou alcalóides do ópio : Anestesia e uso de morfina ou alcalóides do ópio

(heroína) em doses tóxicas.(heroína) em doses tóxicas.• ApopléticaApoplética: Congestão e hemorragia na área de uma artéria : Congestão e hemorragia na área de uma artéria

encefálica. Antecedentes de HA.encefálica. Antecedentes de HA.• TraumáticaTraumática: Quando se produzem outros efeitos gerais : Quando se produzem outros efeitos gerais

simultâneos, como na eletroplessão ou fulguração e nas simultâneos, como na eletroplessão ou fulguração e nas termopatias e criopatias.termopatias e criopatias.

Causas geraisCausas gerais: Formas terminais de cólera, na eclâm-psia : Formas terminais de cólera, na eclâm-psia durante o período comatoso e em algumas formas de durante o período comatoso e em algumas formas de epilepsia.epilepsia.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• NaturalNatural• CConseqüência de um processo esperado e onseqüência de um processo esperado e

previsível como o envelhecimento natural.previsível como o envelhecimento natural.• Corolário de uma doença interna, a qual Corolário de uma doença interna, a qual

pode ter acontecido e transcorrido sem a pode ter acontecido e transcorrido sem a intervenção de qualquer fator externo ou intervenção de qualquer fator externo ou exógeno. exógeno. Strictu sensoStrictu senso, não é natural e sim , não é natural e sim patológica.patológica.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Violenta ou médico-legalViolenta ou médico-legalCausa externa de instalação abrupta (exceto Causa externa de instalação abrupta (exceto envenenamentos crônicos).envenenamentos crônicos).Pode ser acidental, criminosa ou voluntáriaPode ser acidental, criminosa ou voluntária..Médico-legalMédico-legal, porquanto no seu estudo e , porquanto no seu estudo e apreciação, deve mediar a intervenção médica apreciação, deve mediar a intervenção médica e judicial, ambas agindo em benefício da e judicial, ambas agindo em benefício da segurança coletiva e como tutela dos bens segurança coletiva e como tutela dos bens jurídicos da sociedade.jurídicos da sociedade.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Súbita e inesperadaSúbita e inesperadaImplica na morte de um sujeito em bom estado Implica na morte de um sujeito em bom estado de saúde aparente, com agonia breve e que, de saúde aparente, com agonia breve e que, pelo seu caráter inesperado, desperta dúvidas pelo seu caráter inesperado, desperta dúvidas médico-legais quanto à sua causa jurídica.médico-legais quanto à sua causa jurídica.A morte pode ser súbita mas esperada como A morte pode ser súbita mas esperada como no caso de úlcera péptica não tratada, que se no caso de úlcera péptica não tratada, que se perfura causando hemorragia fulminante.perfura causando hemorragia fulminante.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: SMorte duvidosa: Súbita e inesperadaúbita e inesperadaMas quando a patologia do paciente for desco-Mas quando a patologia do paciente for desco-nhecida da família, essa morte deixa de ser nhecida da família, essa morte deixa de ser um um fato previsívelfato previsível para transformar-se em um para transformar-se em um fato inexplicávelfato inexplicável, que a tornará suspeita para , que a tornará suspeita para eles, exigindo a intervenção do médico-legista.eles, exigindo a intervenção do médico-legista.É evidente que a conotação de inesperado ou É evidente que a conotação de inesperado ou inexplicável de um óbito, é diferente para os inexplicável de um óbito, é diferente para os populares leigos, que para o médico assisten-populares leigos, que para o médico assisten-te, que sabe da gravidade do caso.te, que sabe da gravidade do caso.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Súbita e inesperadaSúbita e inesperada

O diagnóstico final pode ser:O diagnóstico final pode ser:• Causa (com certeza) da morteCausa (com certeza) da morte

Achados da necropsia incompatíveis com a vida Achados da necropsia incompatíveis com a vida (ex.: ruptura de aneurisma de aorta).(ex.: ruptura de aneurisma de aorta).

• Causa sugestiva da morteCausa sugestiva da morte

Achados da necropsia não incompatíveis com a Achados da necropsia não incompatíveis com a vida mas, na ausência de outros dados, ex-vida mas, na ausência de outros dados, ex-plicam o óbito (ex.: hipertrofia concêntrica do plicam o óbito (ex.: hipertrofia concêntrica do miocárdio, pneumonia lobar).miocárdio, pneumonia lobar).

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Súbita e inesperadaSúbita e inesperada• Causa compatível com a morteCausa compatível com a morte

Decorre da análise da anamnese familiar, Decorre da análise da anamnese familiar, existindo ou não achados da necropsia, ou existindo ou não achados da necropsia, ou dos exames complementares que possam dos exames complementares que possam ser correlacionados com os dados obtidos ser correlacionados com os dados obtidos sobre a doença (ex.: paciente epiléptico, no sobre a doença (ex.: paciente epiléptico, no qual, eventualmente, poderá ser encontrado qual, eventualmente, poderá ser encontrado um tumor cerebral compatível com o óbito). um tumor cerebral compatível com o óbito).

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Súbita e inesperadaSúbita e inesperada• Causa indeterminada da morteCausa indeterminada da morte

Casos em que, nem as informações Casos em que, nem as informações colhidas, nem os achados da necropsia, colhidas, nem os achados da necropsia, apontam para uma causa provável que apontam para uma causa provável que determinara a morte.determinara a morte.São as denominadas São as denominadas autópsias brancasautópsias brancas..

Classificação da morteClassificação da morteMorte súbita e inesperadaMorte súbita e inesperada

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Súbita e inesperadaSúbita e inesperada• Causa violenta da morteCausa violenta da morte

Quando mesmo na ausência de dados de Quando mesmo na ausência de dados de anamnese ou de sinais externos de violên-anamnese ou de sinais externos de violên-cia, o exame necroscópico acaba revelando cia, o exame necroscópico acaba revelando uma causa violenta.uma causa violenta.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: SMorte duvidosa: Sem assistênciaem assistência

Óbito sem testemunhas, em locais isolados ou Óbito sem testemunhas, em locais isolados ou em pessoas que moram sozinhas.em pessoas que moram sozinhas.

Proceder ao exame necroscópico, incluindo o Proceder ao exame necroscópico, incluindo o exame toxicológico das vísceras, desde que exame toxicológico das vísceras, desde que nenhuma outra causa de morte natural nenhuma outra causa de morte natural exsurja, quer da perinecroscopia, quer da exsurja, quer da perinecroscopia, quer da própria necropsia.própria necropsia.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto à causa jurídicaQuanto à causa jurídica

• Morte duvidosa: Morte duvidosa: Morte suspeitaMorte suspeitaMesmo com testemunhas, e com alguns dados Mesmo com testemunhas, e com alguns dados de orientação diagnóstica, se mostra duvidosa de orientação diagnóstica, se mostra duvidosa quanto à sua origem, quer por atitudes estra-quanto à sua origem, quer por atitudes estra-nhas do meio ambiente, quer por indícios que nhas do meio ambiente, quer por indícios que impedem descartar a violência (possibilidade de impedem descartar a violência (possibilidade de intoxicação, presença de ferimentos, etc.).intoxicação, presença de ferimentos, etc.).Devemos fazer anamnese familiar, exame das Devemos fazer anamnese familiar, exame das vestes e dos documentos, onde podem encon-vestes e dos documentos, onde podem encon-trar-se dados de valor (carta de suicídio, bilhe-trar-se dados de valor (carta de suicídio, bilhe-tes anônimos, contas a pagar, etc.) que ajudam tes anônimos, contas a pagar, etc.) que ajudam a orientar se estamos em presença de um caso a orientar se estamos em presença de um caso de morte súbita, de causa natural ou violenta.de morte súbita, de causa natural ou violenta.

Classificação da morteClassificação da morteQuanto ao processamentoQuanto ao processamento

• Morte súbitaMorte súbitaInstala-se instantaneamente, havendo entre Instala-se instantaneamente, havendo entre seu início e fim apenas alguns minutos, não seu início e fim apenas alguns minutos, não dando tempo para um atendimento mais dando tempo para um atendimento mais efetivo.efetivo.

• Morte agônica ou lentaMorte agônica ou lentaArrasta-se por dias ou semanas após a eclo-Arrasta-se por dias ou semanas após a eclo-são da causa básica.são da causa básica.

TANATOGNOSETANATOGNOSE

TANATOGNOSETANATOGNOSE

• É a parte da Tanatologia Forense que estuda o É a parte da Tanatologia Forense que estuda o diagnóstico da realidade da morte.diagnóstico da realidade da morte.

• O diagnóstico da morte é baseado nos fenôme-O diagnóstico da morte é baseado nos fenôme-nos abióticos (cadavéricos):nos abióticos (cadavéricos): ImediatosImediatosConsecutivosConsecutivosTransformativosTransformativosConservadoresConservadores

TANATOGNOSETANATOGNOSEMOMENTO DA MORTEMOMENTO DA MORTE

Genival Veloso de FrançaGenival Veloso de França

Morte encefálicaMorte encefálicaCompromete irreversivelmente a vida de relação Compromete irreversivelmente a vida de relação e a coordenação da vida vegetativa.e a coordenação da vida vegetativa.

Morte cerebral ou corticalMorte cerebral ou corticalCompromete apenas a vida de relação.Compromete apenas a vida de relação.

É difícil precisar o exato momento da morte por-É difícil precisar o exato momento da morte por-que ela não é um fato instantâneo, e sim uma se-que ela não é um fato instantâneo, e sim uma se-qüência de fenômenos gradativamente processa-qüência de fenômenos gradativamente processa-dos nos vários órgãos e sistemas de manutenção dos nos vários órgãos e sistemas de manutenção da vida.da vida.

TANATOGNOSETANATOGNOSEMOMENTO DA MORTEMOMENTO DA MORTE

Genival Veloso de FrançaGenival Veloso de França

Atualmente, a tendência é dar-se privilégio à Atualmente, a tendência é dar-se privilégio à avaliação da atividade cerebral e ao estado de avaliação da atividade cerebral e ao estado de descerebração ultrapassada como indicativo de descerebração ultrapassada como indicativo de morte real.morte real.

Será que basta apenas a observação do traça-Será que basta apenas a observação do traça-do isoelétrico do cérebro para se concluir pelo do isoelétrico do cérebro para se concluir pelo estado de morte? Acreditamos que não.estado de morte? Acreditamos que não.

A morte não pode ser explicada pela parada ou A morte não pode ser explicada pela parada ou falência de um único órgão, por mais hierarqui-falência de um único órgão, por mais hierarqui-zado e indispensável que seja.zado e indispensável que seja.

TANATOGNOSETANATOGNOSEMOMENTO DA MORTEMOMENTO DA MORTE

Genival Veloso de FrançaGenival Veloso de França

A Resolução 1480/97 do CFM, dispõe sobre A Resolução 1480/97 do CFM, dispõe sobre critérios de constatação da morte encefálicacritérios de constatação da morte encefálica..Ausência da atividade motora supra-espinhalAusência da atividade motora supra-espinhalApnéiaApnéiaAusência da atividade metabólica cerebral ouAusência da atividade metabólica cerebral ouAusência de perfusão sangüínea cerebral.Ausência de perfusão sangüínea cerebral.

Assim, só há morte quando existe lesão irrever-Assim, só há morte quando existe lesão irrever-sível de todo encéfalo.sível de todo encéfalo.

TANATOGNOSETANATOGNOSEMOMENTO DA MORTEMOMENTO DA MORTE

Genival Veloso de FrançaGenival Veloso de França

Resumindo: O fato de um indivíduo, com priva-Resumindo: O fato de um indivíduo, com priva-ção irreversível da consciência, manter esponta-ção irreversível da consciência, manter esponta-neamente a integração das funções vitais neamente a integração das funções vitais (respiração e circulação), demonstra que é uma (respiração e circulação), demonstra que é uma pessoa viva.pessoa viva.

Tal afirmativa, no entanto, não é o mesmo que Tal afirmativa, no entanto, não é o mesmo que manter tecnologicamente um simulacro de vida, manter tecnologicamente um simulacro de vida, prolongar de forma artificial um sofrimento ou prolongar de forma artificial um sofrimento ou insistir no medicalismo obstinado da medicina insistir no medicalismo obstinado da medicina fútil.fútil.

RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMRESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMMORTE ENCEFÁLICAMORTE ENCEFÁLICA

Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias.determinadas faixas etárias.

Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte encefálica deverão quando da caracterização da morte encefálica deverão ser registrados no 'termo de declaração de morte ser registrados no 'termo de declaração de morte encefálica' anexo a esta Resolução.encefálica' anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão fazer acréscimos ao presente termo, que deverão ser fazer acréscimos ao presente termo, que deverão ser aprovados pelos CRMs da sua jurisdição, sendo vedada aprovados pelos CRMs da sua jurisdição, sendo vedada a supressão de qualquer de seus itens.a supressão de qualquer de seus itens.

RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMRESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMMORTE ENCEFÁLICAMORTE ENCEFÁLICA

Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa reconhecida.processo irreversível e de causa reconhecida.

Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia.apnéia.

Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da morte clínicas necessárias para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado:abaixo especificado: de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horasde 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horasde 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horasde 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas acima de 2 anos - 6 horasacima de 2 anos - 6 horas

RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMRESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMMORTE ENCEFÁLICAMORTE ENCEFÁLICA

Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação da morte encefálica deverão demons-trar de constatação da morte encefálica deverão demons-trar de forma inequívoca:forma inequívoca: ausência de atividade elétrica cerebral ou,ausência de atividade elétrica cerebral ou, ausência de atividade metabólica cerebral ou,ausência de atividade metabólica cerebral ou, ausência de perfusão sangüínea cerebral. ausência de perfusão sangüínea cerebral.

Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária, conforme abaixo especificado:etária, conforme abaixo especificado: acima de 2 A: Um dos exames citados no Art. 6º, alíneas acima de 2 A: Um dos exames citados no Art. 6º, alíneas

'a', 'b' e 'c';'a', 'b' e 'c'; de 1 a 2 A: Um dos exames do Art. 6º. Quando optar-se por de 1 a 2 A: Um dos exames do Art. 6º. Quando optar-se por

EEG, serão 2 exames com intervalo de 12 h.;EEG, serão 2 exames com intervalo de 12 h.; de 2 meses a 1 A: 2 EEG com intervalo de 24 h;de 2 meses a 1 A: 2 EEG com intervalo de 24 h; de 7 dias a 2 meses incompletos: 2 EEG com intervalo de de 7 dias a 2 meses incompletos: 2 EEG com intervalo de

48 h. 48 h.

RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMRESOLUÇÃO 1480/97 DO CFMMORTE ENCEFÁLICAMORTE ENCEFÁLICA

Art. 8º. O Termo de Declaração de Morte Encefálica, Art. 8º. O Termo de Declaração de Morte Encefálica, devidamente preenchido e assinado, e os exames devidamente preenchido e assinado, e os exames complementares utilizados para diagnóstico da morte complementares utilizados para diagnóstico da morte encefálica deverão ser arquivados no próprio prontuário encefálica deverão ser arquivados no próprio prontuário do paciente.do paciente.

Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica, Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica, deverá o Diretor-Clínico da instituição hospitalar, ou deverá o Diretor-Clínico da instituição hospitalar, ou quem for delegado, comunicar tal fato aos responsáveis quem for delegado, comunicar tal fato aos responsáveis legais do paciente, se houver, e à Central de Notificação, legais do paciente, se houver, e à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos a que estiver vincu-Captação e Distribuição de Órgãos a que estiver vincu-lada a unidade hospitalar onde o mesmo se encontrava lada a unidade hospitalar onde o mesmo se encontrava internado.internado.

TANATOGNOSETANATOGNOSEPARÂMETROSPARÂMETROS

Nenhuma respiração espontânea por um mínimo Nenhuma respiração espontânea por um mínimo de 60 minutos.de 60 minutos.

Nenhuma respiração reflexa e nenhuma altera-Nenhuma respiração reflexa e nenhuma altera-ção no ritmo cardíaco por pressão ocular ou do ção no ritmo cardíaco por pressão ocular ou do seio carotidiano.seio carotidiano.

EEG isoelétrico, sem ritmo em todas as suas EEG isoelétrico, sem ritmo em todas as suas derivações, pelo menos durante 60 minutos.derivações, pelo menos durante 60 minutos.

Dados de laboratório básicos, incluindo estudo Dados de laboratório básicos, incluindo estudo eletrolítico eeletrolítico e

Divisão da responsabilidade da morte com Divisão da responsabilidade da morte com outros colegas.outros colegas.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOSFENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS

• Aqueles que se seguem à morte, também chamados Aqueles que se seguem à morte, também chamados de presunçãode presunção::Parada cardio-respiratóriaParada cardio-respiratória Imobilidade Imobilidade Abolição do tônus muscularAbolição do tônus muscularAusência de circulação Ausência de circulação MidríaseMidríase Inconsciência Inconsciência Insensibilidade Insensibilidade PalidezPalidez

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOSFENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS

• MidríaseMidríase

No vivo, muitas drogas podem causar midríase, tais como anfetaminas, maconha, cocaína, clorofórmio e outras, além de lesões do sistema nervoso.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Evaporação tegumentar (desidratação)Evaporação tegumentar (desidratação)• Perda de peso (Perda de peso (8g/Kg de peso/dia8g/Kg de peso/dia em fetos e em fetos e

RN, e de RN, e de 10 a 18g/Kg de peso/dia10 a 18g/Kg de peso/dia em adultos); em adultos);• Apergaminhamento cutâneo;Apergaminhamento cutâneo;• Queda da tensão do globo ocular;Queda da tensão do globo ocular;• Mancha de Sommer-Larcher;Mancha de Sommer-Larcher;• Opacidade da córnea.Opacidade da córnea.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Mancha de Sommer-LarcherMancha de Sommer-LarcherMancha azul-enegrecida da esclerótica, que Mancha azul-enegrecida da esclerótica, que aparece primeiro no ângulo externo do globo aparece primeiro no ângulo externo do globo ocular e depois, também, no ângulo interno, ocular e depois, também, no ângulo interno, nos cadáveres que permaneceram com os nos cadáveres que permaneceram com os olhos abertos depois da morteolhos abertos depois da morte..É conseqüência da desidratação da escleró-É conseqüência da desidratação da escleró-tica.tica.O processo tem início 2 a 3 h tornando-se O processo tem início 2 a 3 h tornando-se negra em 6 horas.negra em 6 horas.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Mancha de Sommer-Larcher e opacidade da córneaMancha de Sommer-Larcher e opacidade da córnea

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Opacidade da córneaOpacidade da córnea

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Resfriamento do corpo (Resfriamento do corpo (Algor mortisAlgor mortis))• Tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, Tendência ao equilíbrio com o meio ambiente,

progressivo e não uniforme.progressivo e não uniforme.• Velocidade média do resfriamento: 1,5º/h.Velocidade média do resfriamento: 1,5º/h.• Mais lentaMais lenta nos obesos, nos envoltos em rou-pas, nos obesos, nos envoltos em rou-pas,

ambientes fechados ou sem circulação de ar, ambientes fechados ou sem circulação de ar, vítimas de insolação, intermação, envene-namento vítimas de insolação, intermação, envene-namento e doenças infecciosas agudas.e doenças infecciosas agudas.

• Mais rápidaMais rápida em crianças e velhos, doenças em crianças e velhos, doenças crônicas e grandes hemorragias.crônicas e grandes hemorragias.

• A temperatura do cadáver se iguala à do meio A temperatura do cadáver se iguala à do meio ambiente na 24ª hora depois da morte.ambiente na 24ª hora depois da morte.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Rigidez cadavérica Rigidez cadavérica (Rigor mortis)(Rigor mortis)• Após a morte há um relaxamento muscular Após a morte há um relaxamento muscular

generalizadogeneralizado• A rigidez se inicia 1 a 2 h após a morte, atin-A rigidez se inicia 1 a 2 h após a morte, atin-

gindo o máximo em 8 h e desfazendo-se 24 h gindo o máximo em 8 h e desfazendo-se 24 h após a morte.após a morte.

• Ordem de aparecimento: face Ordem de aparecimento: face mandíbula mandíbula pescoço pescoço membros superiores e tronco membros superiores e tronco membros inferiores.membros inferiores.

• Desaparecimento na mesma ordem.Desaparecimento na mesma ordem.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Rigidez cadavérica Rigidez cadavérica (Rigor mortis)(Rigor mortis)• Está ligada à incapacidade de ressíntese de ATP, Está ligada à incapacidade de ressíntese de ATP,

parcialmente suprida pela reserva existente e pelo parcialmente suprida pela reserva existente e pelo teor de glicogênio muscular que se converte em ácido teor de glicogênio muscular que se converte em ácido lático.lático.

• O início do processo é bem variável, na dependência O início do processo é bem variável, na dependência principalmente da reserva de glicogênio do músculo.principalmente da reserva de glicogênio do músculo.

• Na verdade, Na verdade, rigidez cadavérica se instala simulta-rigidez cadavérica se instala simulta-neamente em toda a musculaturaneamente em toda a musculatura..

• O que sugere a ordem seqüencial alegada, é a óbvia O que sugere a ordem seqüencial alegada, é a óbvia percepção do fenômeno em primeiro lugar nos gru-percepção do fenômeno em primeiro lugar nos gru-pos musculares de menor porte, os de maior volume pos musculares de menor porte, os de maior volume requerendo inevitavelmente, maior margem de tempo requerendo inevitavelmente, maior margem de tempo para serem englobados por completo pelo processo.para serem englobados por completo pelo processo.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Livores hipostáticos (Livores hipostáticos (Livor mortisLivor mortis))• Sem circulação, sob a ação da gravidade, o Sem circulação, sob a ação da gravidade, o

sangue deposita-se nos pontos de maior de-sangue deposita-se nos pontos de maior de-clive, ou seja, nas regiões inferiores do cadá-clive, ou seja, nas regiões inferiores do cadá-ver, ver, excetoexceto nas regiões de pressão. nas regiões de pressão.

• Constantes, exceto nas grandes hemorragias.Constantes, exceto nas grandes hemorragias.• Manchas em forma de placas na pele ou livo-Manchas em forma de placas na pele ou livo-

res viscerais nos pulmões, fígado, rins, baço, res viscerais nos pulmões, fígado, rins, baço, intestinos, encéfalo.intestinos, encéfalo.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Livores hipostáticos (Livores hipostáticos (Livor mortisLivor mortis))• Coloração violácea, exceto na asfixia por CO Coloração violácea, exceto na asfixia por CO

(vermelha, rósea ou carmim) e no envenena-(vermelha, rósea ou carmim) e no envenena-mento por metahemoglobinizantes (marrom).mento por metahemoglobinizantes (marrom).

• Aparecem 2 a 3 h após a morte. Fixam-se em 8 Aparecem 2 a 3 h após a morte. Fixam-se em 8 a 12 h.a 12 h.

• Permite diagnóstico de alteração da cena do Permite diagnóstico de alteração da cena do crime.crime.

• Nos negros, podem não ser evidenciados.Nos negros, podem não ser evidenciados.• Diagnóstico diferencial com equimose (ao in-Diagnóstico diferencial com equimose (ao in-

cisar, o livor flui).cisar, o livor flui).

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores de hipostase no dorso Livores de hipostase no dorso

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores de hipostase no dorso Livores de hipostase no dorso

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores hipostáticosLivores hipostáticos

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores hipostáticosLivores hipostáticosManchas vinhosas que constituem sinal de certeza da morte. Com a parada da circulação, o sangue se deposita na luz dos vasos, nas regiões mais inferiores.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores hipostáticosLivores hipostáticos

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores hipostáticosLivores hipostáticos

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

Livores hipostáticosLivores hipostáticos

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS

• Espasmo cadavérico ou rigidez catalépticaEspasmo cadavérico ou rigidez cataléptica• Fenômeno controverso e raro.Fenômeno controverso e raro.• Manutenção da última posição antes de mor-Manutenção da última posição antes de mor-

rer. Afeta p. ex., a mão que empunhava um rer. Afeta p. ex., a mão que empunhava um revólver. Mas pode afetar o corpo todo.revólver. Mas pode afetar o corpo todo.

• Se instaura no momento da morte. Mantém-Se instaura no momento da morte. Mantém-se até a instalação da rigidez muscular.se até a instalação da rigidez muscular.

• Aparece nos casos de feridas por arma de Aparece nos casos de feridas por arma de fogo, grandes hemorragias cerebrais, fulgura-fogo, grandes hemorragias cerebrais, fulgura-ção, doenças convulsivantes e asfixias mecâ-ção, doenças convulsivantes e asfixias mecâ-nicas, sobretudo na submersão.nicas, sobretudo na submersão.

TANATOGNOSETANATOGNOSEFENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOSFENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS

• DestrutivosDestrutivos• Autólise Autólise • Putrefação Putrefação • MaceraçãoMaceração

• ConservadoresConservadores • Mumificação Mumificação • Saponificação Saponificação • Calcificação Calcificação • CorificaçãoCorificação

FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS

DESTRUTIVOS

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSFENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSAUTÓLISEAUTÓLISE

Fenômeno putrefativo anaeróbico intracelular.Fenômeno putrefativo anaeróbico intracelular. Há diminuição da oxigenação e nutrição celular, Há diminuição da oxigenação e nutrição celular,

metabolismo anaeróbico, acúmulo de ac. lático, metabolismo anaeróbico, acúmulo de ac. lático, rompimento de lisossomos e liberação de enzi-rompimento de lisossomos e liberação de enzi-mas proteolíticas.mas proteolíticas.

Processo Processo sem participação bacterianasem participação bacteriana.. As células mais afetadas são as que possuem As células mais afetadas são as que possuem

mais enzimas (mucosa gástrica, mucosa intesti-mais enzimas (mucosa gástrica, mucosa intesti-nal e pâncreas).nal e pâncreas).

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃOPUTREFAÇÃO

É o prosseguimento da autólise.É o prosseguimento da autólise. Ação dos microorganismos e suas toxinas.Ação dos microorganismos e suas toxinas. As fases da putrefação:As fases da putrefação:

Fase de coloraçãoFase de coloraçãoFase gasosaFase gasosaFase coliquativaFase coliquativaFase de esqueletizaçãoFase de esqueletização

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)

Mancha verde abdominalMancha verde abdominalEsverdeada, na pele da fossa ilíaca direita. Nos RN e Esverdeada, na pele da fossa ilíaca direita. Nos RN e

afogados, a mancha verde é torácica. afogados, a mancha verde é torácica. Aparece em 18 a 24h no verão e em 36 a 48h no Aparece em 18 a 24h no verão e em 36 a 48h no

inverno.inverno.Atividade bacteriana forma o gás sulfídrico que, Atividade bacteriana forma o gás sulfídrico que,

combinado com a hemoglobina, forma a sulfo-combinado com a hemoglobina, forma a sulfo-hemoglobina ou sulfometahemoglobina de cor verde. hemoglobina ou sulfometahemoglobina de cor verde.

Esta fase se prolonga por uma semana, quando toda a Esta fase se prolonga por uma semana, quando toda a pele fica verde-enegrecido a negro. A cabeça fica muito pele fica verde-enegrecido a negro. A cabeça fica muito negra.negra.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)

Pigmentação intra-abdominalPigmentação intra-abdominal Causada por pigmento biliar.Causada por pigmento biliar.Enegrecimento de parte das vísceras maciças Enegrecimento de parte das vísceras maciças

em contato com o intestino grosso.em contato com o intestino grosso.

Mancha verde abdominalMancha verde abdominal

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)

Mancha verde abdominalMancha verde abdominal

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)

Fase de coloração em evoluçãoFase de coloração em evolução

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Inicia-se na primeira semana e se estende, apro-Inicia-se na primeira semana e se estende, apro-ximadamente, por 30 dias.ximadamente, por 30 dias.

Ação de bactérias saprófitas.Ação de bactérias saprófitas. Os gases produzidos pela putrefação (gás sulfí-Os gases produzidos pela putrefação (gás sulfí-

drico, hidrogênio fosforado e amônia) se infiltram drico, hidrogênio fosforado e amônia) se infiltram o tecido celular subcutâneo modificando a fisio-o tecido celular subcutâneo modificando a fisio-nomia e a forma externa do corpo.nomia e a forma externa do corpo.

Esta distensão gasosa é mais evidente no abdo-Esta distensão gasosa é mais evidente no abdo-me e nas regiões dotadas de tecidos areolares me e nas regiões dotadas de tecidos areolares como face, pescoço, mamas e genitais externos.como face, pescoço, mamas e genitais externos.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Os próprios gases destacam a epiderme do có-Os próprios gases destacam a epiderme do có-rion, formando extensas rion, formando extensas flictenasflictenas putrefativas, putrefativas, cheias de líquido transudado.cheias de líquido transudado.

Perda de fâneros.Perda de fâneros. Há decomposição protéica e liberação de com-Há decomposição protéica e liberação de com-

postos nitrogenados, as postos nitrogenados, as ptomaínasptomaínas (odor desa- (odor desa-gradavel).gradavel).

Aumento da pressão abdominal, com prolapso Aumento da pressão abdominal, com prolapso do útero (parto do útero (parto post-mortempost-mortem), prolapso do reto, ), prolapso do reto, elevação do diafragma (compressão pulmonar - elevação do diafragma (compressão pulmonar - saída de sangue pela boca e narinas).saída de sangue pela boca e narinas).

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Aspecto gigantesco: protusão ocular, protusão Aspecto gigantesco: protusão ocular, protusão da língua, distensão dos órgãos genitais mascu-da língua, distensão dos órgãos genitais mascu-linos, posição de lutador.linos, posição de lutador.

Vísceras maciças com amolecimento, superfície Vísceras maciças com amolecimento, superfície de corte com pequenas cavidades (queijo suíço). de corte com pequenas cavidades (queijo suíço).

Coração amolecido e pardo.Coração amolecido e pardo. Pulmões colabados, pardos escuros ou cinza-Pulmões colabados, pardos escuros ou cinza-

enegrecido, cavidades pleurais com até 200 ml enegrecido, cavidades pleurais com até 200 ml de líquido pardo-escuro.de líquido pardo-escuro.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Flictenas putrefativasFlictenas putrefativas

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Flictenas putrefativasFlictenas putrefativas

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Circulação Póstuma de BrouardelCirculação Póstuma de Brouardel

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Circulação Póstuma de Brouardel Circulação Póstuma de Brouardel

Vasos subcutâneos, dilatados pela decomposição do sangue e formação de sulfahemoglobina e hematina.Surge geralmente entre 36 e 48 horas da morte.Observam-se ainda bolhas na epiderme.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Circulação Póstuma Circulação Póstuma

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Circulação PóstumaCirculação Póstuma

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Fase inicial da Circulação PóstumaFase inicial da Circulação Póstuma

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Descolamento epidérmico com gás em seu interior. Descolamento epidérmico com gás em seu interior.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Destacamento da epidermeDestacamento da epiderme

Destacamento da epiderme, sem apresentar reação vital (não ocorreu o extravasamento de serosidade e sangue proveniente da derme).

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Protusão ocular e da línguaProtusão ocular e da língua

As alterações decorrentes da putrefação dependem da temperatura ambiente e das condições anteriores de saúde do indivíduo. No ar é mais rápida que na água e nesta é mais rápida que no solo.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)

Fase gasosa em estado avançadoFase gasosa em estado avançado

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)

Inicia-se no fim do primeiro mês e pode esten-der-se Inicia-se no fim do primeiro mês e pode esten-der-se por meses ou até 2 ou 3 anos.por meses ou até 2 ou 3 anos.

Amolecimento e desintegração dos tecidos, que se Amolecimento e desintegração dos tecidos, que se transformam em uma massa pastosa, semilí-quida, transformam em uma massa pastosa, semilí-quida, escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de putrilagemputrilagem..

A atividade das larvas da fauna cadavérica (A atividade das larvas da fauna cadavérica (mií-ase mií-ase cadavéricacadavérica), auxilia grandemente na des-truição ), auxilia grandemente na des-truição total dos restos de matéria.total dos restos de matéria.

A larvas podem destruir a matéria orgânica do A larvas podem destruir a matéria orgânica do cadáver em 4 a 8 semanas.cadáver em 4 a 8 semanas.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)

Fase coliquativaFase coliquativa

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)

Fase que se mescla à coliquativa.Fase que se mescla à coliquativa. Final do processo destrutivo cadavérico. Final do processo destrutivo cadavérico. O resultado final é o esqueleto livre de partes O resultado final é o esqueleto livre de partes

moles. moles. Início entre a 3ª e a 4ª semana.Início entre a 3ª e a 4ª semana. Término: 6 meses.Término: 6 meses. Fatores que interferem: clima, ambiente (+ fauna Fatores que interferem: clima, ambiente (+ fauna

cadavérica), ar livre, inumação, submersão.cadavérica), ar livre, inumação, submersão.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)

EsqueletizaçãoEsqueletização

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSFENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSMACERAÇÃOMACERAÇÃO

Só se observa em feto morto intra-uterinamente.Só se observa em feto morto intra-uterinamente. AssépticaAsséptica, pois o feto, morre numa cavidade , pois o feto, morre numa cavidade

asséptica (sem bactérias) e cheia de líquido.asséptica (sem bactérias) e cheia de líquido. Início: Poucas horas após a morte fetalInício: Poucas horas após a morte fetal Menor aderência epidérmica: Em 3 a 5 dias, Menor aderência epidérmica: Em 3 a 5 dias,

formação de bolhas epidérmicas com líquido formação de bolhas epidérmicas com líquido avermelhado, coalescência das bolhas, avermelhado, coalescência das bolhas, destacamento cutâneo, derme avermelhada destacamento cutâneo, derme avermelhada exposta, destacamento do couro cabeludo.exposta, destacamento do couro cabeludo.

FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSFENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOSMACERAÇÃOMACERAÇÃO

Maceração fetal intra-uterinaMaceração fetal intra-uterina

FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃOADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO

Fenômeno raro.Fenômeno raro. Há transformação da gordura em cera.Há transformação da gordura em cera. Depende de condições especiais do corpo, da Depende de condições especiais do corpo, da

umidade ambiental e de algumas enzimas mi-umidade ambiental e de algumas enzimas mi-crobianas que facilitam a reação química.crobianas que facilitam a reação química.

Aspecto de cera, consistência untuosa, mole e Aspecto de cera, consistência untuosa, mole e quebradiça, cheiro rançoso adocicado, colora-quebradiça, cheiro rançoso adocicado, colora-ção amarelado, róseo ou acinzentado.ção amarelado, róseo ou acinzentado.

Pode surgir após a 1ª semana.Pode surgir após a 1ª semana. Perceptível aos 3 meses.Perceptível aos 3 meses.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃOADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO

Necessidade ação bacteriana (principalmente Necessidade ação bacteriana (principalmente do gênero do gênero ClostridiumClostridium).).

Geralmente limitado a algumas partes do Geralmente limitado a algumas partes do cadáver.cadáver.

Predisponentes: obesos, água estagnada e Predisponentes: obesos, água estagnada e pouco corrente, solo argiloso e úmido, difícil pouco corrente, solo argiloso e úmido, difícil acesso ao ar atmosférico, freqüentemente acesso ao ar atmosférico, freqüentemente encontrado em valas comuns.encontrado em valas comuns.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃOADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃOADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO

Há uma desidratação tão intensa, que nem as Há uma desidratação tão intensa, que nem as bactérias que produzem a putrefação resistem.bactérias que produzem a putrefação resistem.

Meio quente, arejado e seco facilita o fenômeno.Meio quente, arejado e seco facilita o fenômeno. Mais comum nos magros e crianças.Mais comum nos magros e crianças. Peso e volume reduzidos, pele ondulada, endu-Peso e volume reduzidos, pele ondulada, endu-

recida, aspecto de couro (soa como cartão ao recida, aspecto de couro (soa como cartão ao toque), com coloração parda. toque), com coloração parda.

Pode possibilitar exame de lesões e identifica-Pode possibilitar exame de lesões e identifica-ção.ção.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO Múmia Guanches de Santo André (Museo Arqueológico Múmia Guanches de Santo André (Museo Arqueológico

del Cabido Insular de Tenerife)del Cabido Insular de Tenerife)

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO

É um tipo de alteração pós morte que detém, em parte, o processo da destruição tissular pela decomposição.O ressecamento dos tecidos ocorre em condições ambientais de alta temperatura, baixa umidade e boa ventilação.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO

Endoscopia da “Dama de Kemet”, múmia egípcia do Endoscopia da “Dama de Kemet”, múmia egípcia do período romano (Museu Egípcio de Barcelona)período romano (Museu Egípcio de Barcelona)

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

MUMIFICAÇÃOMUMIFICAÇÃO Radiografia convencional realizada na múmia de Dna. Radiografia convencional realizada na múmia de Dna.

Inês Ruiz de Otarola, Reino de Navarra, século XVI.Inês Ruiz de Otarola, Reino de Navarra, século XVI.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

CORIFICAÇÃOCORIFICAÇÃO

Em cadáveres conservados em urnas metálicas Em cadáveres conservados em urnas metálicas (de zinco galvanizado) hermeticamente seladas.(de zinco galvanizado) hermeticamente seladas.

O ambiente dentro da urna inibe parcialmente O ambiente dentro da urna inibe parcialmente os fenômenos de decomposição.os fenômenos de decomposição.

A pele do cadáver assume o aspecto, a cor e a A pele do cadáver assume o aspecto, a cor e a consistência uniforme de couro recentemente consistência uniforme de couro recentemente curtido.curtido.

Começa a observar-se no 1º ano de colocação Começa a observar-se no 1º ano de colocação do cadáver na urna, atingindo o seu máximo no do cadáver na urna, atingindo o seu máximo no 2º ano.2º ano.

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

CALCIFICAÇÃOCALCIFICAÇÃO

Fenômeno muito raro.Fenômeno muito raro. Petrificação ou calcificação corporal.Petrificação ou calcificação corporal. A forma intra-uterina é a forma mais comum. A forma intra-uterina é a forma mais comum.

Ocorre na morte fetal retida (litopédio - criança Ocorre na morte fetal retida (litopédio - criança de pedra).de pedra).

Putrefação muito rápida.Putrefação muito rápida. Assimilação de sais calcários pelo esqueleto.Assimilação de sais calcários pelo esqueleto. Resultado de aparência pétrea e grande peso Resultado de aparência pétrea e grande peso

(fóssil).(fóssil).

FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORESCONSERVADORES

CALCIFICAÇÃOCALCIFICAÇÃO

LitopédioLitopédio

Lesões animais Lesões animais post-mortempost-mortem

Vários animais podem produzir alterações Vários animais podem produzir alterações post-post-mortemmortem..

Animais de médio e grande porte são respon-Animais de médio e grande porte são respon-sáveis por espalhar fragmentos por uma área sáveis por espalhar fragmentos por uma área considerável.considerável.

Lesões animais Lesões animais post-mortempost-mortem

Lesões palpebrais produzidas por formigas Lesões palpebrais produzidas por formigas

Lesões animais Lesões animais post-mortempost-mortem

A Entomologia Forense estuda os insetos e A Entomologia Forense estuda os insetos e respectivas larvas necrofágicas.respectivas larvas necrofágicas.

Cadáver com cerca de 48 a 72 h do óbito.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSE

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDEFINIÇÃODEFINIÇÃO

Capítulo da Tanatologia que estuda os meios de Capítulo da Tanatologia que estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico.morte e o exame necroscópico.

Serve-se de muitos sinais e métodos.Serve-se de muitos sinais e métodos. Baseia-se nos prazos em que se processam os Baseia-se nos prazos em que se processam os

diversos fenômenos transformativos, destrutivos diversos fenômenos transformativos, destrutivos ou conservadores que podem ser encontrados ou conservadores que podem ser encontrados no cadáver.no cadáver.

Assim é fácil compreender que a maioria das Assim é fácil compreender que a maioria das avaliações apenas possuem valor aproximativo. avaliações apenas possuem valor aproximativo.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Resfriamento do corpoResfriamento do corpo• É um bom sinal para a determinação da hora É um bom sinal para a determinação da hora

da morte.da morte. Sofre influência da temperatura e do arejamen-Sofre influência da temperatura e do arejamen-

to do ambiente, assim como da temperatura e to do ambiente, assim como da temperatura e do estado nutricional do corpo e das vestes do estado nutricional do corpo e das vestes que o cobrem.que o cobrem.

Em ambientes com temperatura entre 5° e 15°, Em ambientes com temperatura entre 5° e 15°, nas primeiras 12 h depois da morte, há uma nas primeiras 12 h depois da morte, há uma diminuição de 0,8 a 1°/ h; nas 12 h seguintes o diminuição de 0,8 a 1°/ h; nas 12 h seguintes o resfriamento é de 0,3 a 0,5° / h.resfriamento é de 0,3 a 0,5° / h.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Rigidez cadavéricaRigidez cadavérica• Instala-se de cima para baixo e desaparece na Instala-se de cima para baixo e desaparece na

mesma ordem.mesma ordem.• Depende da Depende da causa mortiscausa mortis, da temperatura do , da temperatura do

cadáver, das vestes, da idade, do estado nutri-cadáver, das vestes, da idade, do estado nutri-cional, da temperatura ambiente, etc.cional, da temperatura ambiente, etc.

O frio acelera a rigidez.O frio acelera a rigidez. O calor a retarda.O calor a retarda.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Rigidez cadavérica (algumas regras)Rigidez cadavérica (algumas regras) Regra de Bonnet:Regra de Bonnet: Inicia-se logo após a morte, Inicia-se logo após a morte,

atingindo o total desenvolvimento até a 15ª h e atingindo o total desenvolvimento até a 15ª h e depois desaparece lentamente.depois desaparece lentamente.

Regra de Fávero:Regra de Fávero: Inicia-se na 1ªh e se genera- Inicia-se na 1ªh e se genera-liza entre 2 e 3 h, atingindo o seu máximo após liza entre 2 e 3 h, atingindo o seu máximo após 5 a 8 horas.5 a 8 horas.

Regra de Niderkorn:Regra de Niderkorn: Precoce a rigidez que o- Precoce a rigidez que o-corre até a 3ª h; normal entre a 3ª e 6ª h; tardia corre até a 3ª h; normal entre a 3ª e 6ª h; tardia quando sobrevém entre a 6ª e 9ª h; e muito quando sobrevém entre a 6ª e 9ª h; e muito tardia, quando ocorre depois da 9ª h.tardia, quando ocorre depois da 9ª h.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Livores cadavéricosLivores cadavéricos• Surgem entre a 2ª e a 3ª h, tornam-se fixos Surgem entre a 2ª e a 3ª h, tornam-se fixos

entre a 12ª e a 14ª h.entre a 12ª e a 14ª h.• Desaparecem pela compressão inclusive digi-Desaparecem pela compressão inclusive digi-

tal, elemento este que serve para diferenciá-tal, elemento este que serve para diferenciá-las das equimoses, que são constantes.las das equimoses, que são constantes.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Nível de potássio no humor vítreoNível de potássio no humor vítreo• A quantidade de K aumenta progressivamente, A quantidade de K aumenta progressivamente,

à medida que transcorre o tempo de morte.à medida que transcorre o tempo de morte.• Os valores são confiáveis, nos climas quentes, Os valores são confiáveis, nos climas quentes,

apenas nas primeiras 12 h após o óbito.apenas nas primeiras 12 h após o óbito.• Em climas frios, a precisão pode estender-se Em climas frios, a precisão pode estender-se

por 24 horas.por 24 horas.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sanguesangue

• Resultam da decomposição das hemácias.Resultam da decomposição das hemácias.• Aparecem por volta do 3º dia da morte.Aparecem por volta do 3º dia da morte.• Desaparecem após o 35º dia após o óbito.Desaparecem após o 35º dia após o óbito. Crescimento do pêloCrescimento do pêlo• Pelos e unhas continuam a crescer.Pelos e unhas continuam a crescer.• Os pelos crescem Os pelos crescem 21 micra/h21 micra/h..

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

As fases da putrefaçãoAs fases da putrefaçãoa) Período cromáticoa) Período cromáticoInício com a mancha verde, entre a 18ª e 24ªh.Início com a mancha verde, entre a 18ª e 24ªh.A sulfometahemoglobina dá cor verde enegre-A sulfometahemoglobina dá cor verde enegre-cida ao corpo todo até o fim da 1ª semana.cida ao corpo todo até o fim da 1ª semana.b) Período enfisematosob) Período enfisematosoInicia-se por volta da 24ª h.Inicia-se por volta da 24ª h.O edema de face, genitália e Circulação Póstu-O edema de face, genitália e Circulação Póstu-ma de Brouardel, aparecem entre 48 e 72 h.ma de Brouardel, aparecem entre 48 e 72 h.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

As fases da putrefaçãoAs fases da putrefaçãoc) Período coliquativoc) Período coliquativoInicia-se no fim da 1ª semana e se prolonga de Inicia-se no fim da 1ª semana e se prolonga de maneira diversa, conforme o local.maneira diversa, conforme o local.d) Período de esqueletizaçãod) Período de esqueletizaçãoComeça entre a 3ª e 4ª semanas.Começa entre a 3ª e 4ª semanas.Mais rápida nos cadáveres expostos.Mais rápida nos cadáveres expostos.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Fauna EntomológicaFauna Entomológica• O estágio da metamorfose dos dípteros, cujas O estágio da metamorfose dos dípteros, cujas

larvas têm atividade necrofágica, permite larvas têm atividade necrofágica, permite estabelecer uma cronologia da morte.estabelecer uma cronologia da morte.

• Existem estudos adaptando as observações Existem estudos adaptando as observações dos autores europeus para o Brasil mas são dos autores europeus para o Brasil mas são pouco usados.pouco usados.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Estimativa da sobrevivência fetal Estimativa da sobrevivência fetal No encontro de cadáver de recém-nato, a No encontro de cadáver de recém-nato, a

estimativa do tempo de sobrevivência fetal até estimativa do tempo de sobrevivência fetal até o óbito pode ter interesse.o óbito pode ter interesse.

Salientar dificuldades práticas, tendo em vista Salientar dificuldades práticas, tendo em vista fatores mesológicos, variabilidade individual e fatores mesológicos, variabilidade individual e condições do local e do corpo (condições do local e do corpo (e.g.e.g. vestes). vestes).

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Estimativa da sobrevivência fetal Estimativa da sobrevivência fetal Minutos ou poucas horas no post-partoMinutos ou poucas horas no post-parto

Tumor do parto acentuado, sangue materno Tumor do parto acentuado, sangue materno sobre o corpo, pele avermelhada coberta por sobre o corpo, pele avermelhada coberta por vérnix caseoso, cordão umbilical branco azula-vérnix caseoso, cordão umbilical branco azula-do com perda progressiva do brilho e turgên-do com perda progressiva do brilho e turgên-cia, estômago com ar, saliva e muco, pulmões cia, estômago com ar, saliva e muco, pulmões com áreas de expansão e atelectasia.com áreas de expansão e atelectasia.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Estimativa da sobrevivência fetal Estimativa da sobrevivência fetal Várias horas até 24 horasVárias horas até 24 horas

Tumor do parto em fase de absorção, vérnix Tumor do parto em fase de absorção, vérnix caseoso ressecado, cordão umbilical achatado caseoso ressecado, cordão umbilical achatado e com início da orla de eliminação, evacuação e com início da orla de eliminação, evacuação de mecônio, mielinização do nervo óptico.de mecônio, mielinização do nervo óptico.

24 a 48 horas24 a 48 horasTumor do parto mais reduzido, descamação Tumor do parto mais reduzido, descamação epidérmica, cordão bastante dessecado com epidérmica, cordão bastante dessecado com orla de eliminação quase completa, maior orla de eliminação quase completa, maior quantidade de mecônio eliminado.quantidade de mecônio eliminado.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Estimativa da sobrevivência fetal Estimativa da sobrevivência fetal 48 a 72 horas48 a 72 horas

Tumor do parto quase desaparecido, cordão Tumor do parto quase desaparecido, cordão umbilical coriáceo, aumento da descamação umbilical coriáceo, aumento da descamação epidérmica, inocorrência de mecônio.epidérmica, inocorrência de mecônio.

4º a 5º dias4º a 5º diasSem tumor do parto, cordão umbilical mumifi-Sem tumor do parto, cordão umbilical mumifi-cado, intensa descamação epidérmica; mielini-cado, intensa descamação epidérmica; mielini-zação completa do nervo óptico.zação completa do nervo óptico.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSETÉCNICASTÉCNICAS

Estimativa da sobrevivência fetal Estimativa da sobrevivência fetal 6º dia6º dia

Queda do cordão umbilical, redução da desca-Queda do cordão umbilical, redução da desca-mação epidérmica, início da obliteração e fi-mação epidérmica, início da obliteração e fi-brose dos vasos umbilicais intra-abdominais.brose dos vasos umbilicais intra-abdominais.

Acima de 8 diasAcima de 8 diasDiminuição maior da descamação epidérmica, Diminuição maior da descamação epidérmica, obliteração completa dos vasos umbilicais obliteração completa dos vasos umbilicais intra-abdominais e fechamento da CIA intra-abdominais e fechamento da CIA ((foramen Botalisforamen Botalis).).

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEPROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINAPROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINA

Nos casos de suspeita de infanticídio, torna-se Nos casos de suspeita de infanticídio, torna-se necessário verificar se estamos em presença necessário verificar se estamos em presença de uma figura delituosa possível ou de um de uma figura delituosa possível ou de um crime impossível.crime impossível.

Faz-se necessário saber se a vítima do supos-Faz-se necessário saber se a vítima do supos-to infanticídio teria vivido antes do cometimen-to infanticídio teria vivido antes do cometimen-to do ilícito ou se, apenas, se tratava de um to do ilícito ou se, apenas, se tratava de um natimorto, cuja condição não chegou a ser natimorto, cuja condição não chegou a ser constatada pela mãe antes da prática de seu constatada pela mãe antes da prática de seu ato.ato.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEPROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINAPROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINA

No âmbito jurídico, se a pessoa vem à luz viva No âmbito jurídico, se a pessoa vem à luz viva ou morta, as conseqüências jurídicas serão ou morta, as conseqüências jurídicas serão diferentes em cada caso.diferentes em cada caso.

Exemplos:Exemplos: Quando um homem, ao morrer, deixa a mulher Quando um homem, ao morrer, deixa a mulher

grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimô-grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimô-nio do nio do de cujusde cujus transmitir-se-á aos herdeiros transmitir-se-á aos herdeiros deste, que poderão ser seus genitores.deste, que poderão ser seus genitores.

Se, por outro lado, a criança nascer viva e Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer imediatamente após o nascimento, o morrer imediatamente após o nascimento, o patrimônio do pai passará aos seus herdeiros, patrimônio do pai passará aos seus herdeiros, no caso, a mãe da criança.no caso, a mãe da criança.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIASDOCIMASIAS

São provas destinadas à verificação da vida fetal São provas destinadas à verificação da vida fetal "extra útero“."extra útero“.

Podem ser divididas em três modalidades:Podem ser divididas em três modalidades:Respiratórias diretas e indiretas;Respiratórias diretas e indiretas;Não respiratórias, eNão respiratórias, eOcasionais.Ocasionais.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS

1. Prova hidrostática de Galeno1. Prova hidrostática de GalenoRealizada em quatro tempos, iniciando-se pela Realizada em quatro tempos, iniciando-se pela ligadura da traquéia logo após a abertura do cor-po e ligadura da traquéia logo após a abertura do cor-po e preparando-se um recipiente grande conten-do água preparando-se um recipiente grande conten-do água abundante:abundante:1º tempo: 1º tempo: Mergulha-se o bloco das vísceras torá-Mergulha-se o bloco das vísceras torá-cicas na água: havendo flutuação houve respira-ção, cicas na água: havendo flutuação houve respira-ção, logo, houve vida.logo, houve vida.2º tempo: 2º tempo: Sem retirar o bloco da água, separam-se Sem retirar o bloco da água, separam-se os pulmões e após secionar os hilos dos ór-gãos os pulmões e após secionar os hilos dos ór-gãos observa-se se há flutuação: a interpretação é a observa-se se há flutuação: a interpretação é a mesma do primeiro tempo.mesma do primeiro tempo.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS

3º tempo: 3º tempo: Ainda sob a água, separam-se os lobos Ainda sob a água, separam-se os lobos pulmonares, e se cortam em pequenos pulmonares, e se cortam em pequenos fragmentos para verificar o comportamento de fragmentos para verificar o comportamento de cada um deles: se afundam, o pulmão não cada um deles: se afundam, o pulmão não respirou; caso flutuem, houve respiração.respirou; caso flutuem, houve respiração.4º tempo:4º tempo: Os fragmentos secionados no tempo Os fragmentos secionados no tempo anterior são espremidos, sempre sob a água, anterior são espremidos, sempre sob a água, contra a parede do recipiente observando-se a contra a parede do recipiente observando-se a saída de pequenas bolhas de ar junto com saída de pequenas bolhas de ar junto com sangue; abandonados os fragmentos, estes sangue; abandonados os fragmentos, estes também vêm à superfície quando, então, a prova também vêm à superfície quando, então, a prova se considera positiva.se considera positiva.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS

Causas de erro na realização desta prova:Causas de erro na realização desta prova:Putrefação (discutível)Putrefação (discutível) InsuflaçãoInsuflaçãoRespiração Respiração "intra útero“"intra útero“CongelaçãoCongelaçãoCocção (ação de cozinhar)Cocção (ação de cozinhar)HepatizaçãoHepatizaçãoAtelectasia secundária (Atelectasia secundária (expansão incompleta expansão incompleta

de um pulmão ou parte delede um pulmão ou parte dele))Asfixias mecânicas internas etc.Asfixias mecânicas internas etc.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS

Nestes casos, o exame histológico do órgão Nestes casos, o exame histológico do órgão pode esclarecer eventuais dúvidas, ao verificar pode esclarecer eventuais dúvidas, ao verificar o aspecto histológico do pulmão cujo epitélio de o aspecto histológico do pulmão cujo epitélio de monoestratificado cúbico, quando o órgão não monoestratificado cúbico, quando o órgão não respirou, passará a monoestratificado plano respirou, passará a monoestratificado plano após as primeiras inspirações.após as primeiras inspirações.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS

2. Tátil de Rojas2. Tátil de RojasNa palpação interdigital, o parênquima pulmonar Na palpação interdigital, o parênquima pulmonar dá a sensação de fofura e crepitação, se houve dá a sensação de fofura e crepitação, se houve respiração. respiração. 3. Óptica de Bouchut & Casper3. Óptica de Bouchut & CasperObservado a superfície do pulmão, tem um as-Observado a superfície do pulmão, tem um as-pecto parenquimatoso quando não houve respi-pecto parenquimatoso quando não houve respi-ração e de mosaico quando houve.ração e de mosaico quando houve.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETAS

Verificam se houve respiração, usando para tan-Verificam se houve respiração, usando para tan-to outros órgãos que não os pulmões.to outros órgãos que não os pulmões.1. Docimasia gastrintestinal de Breslau1. Docimasia gastrintestinal de BreslauBaseia-se na existência de ar no tubo digestivo, Baseia-se na existência de ar no tubo digestivo, ingressado por deglutição toda vez que o feto ingressado por deglutição toda vez que o feto tenha respirado.tenha respirado.Após forte ligadura acima do cárdia e na ampola Após forte ligadura acima do cárdia e na ampola íleo-cecal, secciona-se o tubo digestivo que é, íleo-cecal, secciona-se o tubo digestivo que é, então, retirado e colocado em um recipiente com então, retirado e colocado em um recipiente com água. Se flutuar, o feto respirou; se afundar, não água. Se flutuar, o feto respirou; se afundar, não houve vida extra-uterina.houve vida extra-uterina.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETASDOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETAS

Nos casos em que durante as manobras de res-Nos casos em que durante as manobras de res-suscitação houve insuflação de ar no estômago do suscitação houve insuflação de ar no estômago do feto, apenas este órgão flutuará, enquanto que o feto, apenas este órgão flutuará, enquanto que o resto do tubo digestivo afundará na água. resto do tubo digestivo afundará na água. 2. Docimásia auricular de Wreden-Wendt-Gelé2. Docimásia auricular de Wreden-Wendt-GeléBaseia-se na ocorrência de ar dentro do ouvido Baseia-se na ocorrência de ar dentro do ouvido médio que lá ingressara através da médio que lá ingressara através da Trompa de Trompa de EustáquioEustáquio desde que o RN tenha respirado. desde que o RN tenha respirado. Consiste na punção da membrana timpânica, com a Consiste na punção da membrana timpânica, com a cabeça do feto mergulhada na água. Caso o cabeça do feto mergulhada na água. Caso o mesmo tivesse respirado, surgirá uma bolha de ar mesmo tivesse respirado, surgirá uma bolha de ar que sobe até a superfície da água.que sobe até a superfície da água.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIASDOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIAS

São provas que não se baseiam na respiração São provas que não se baseiam na respiração fetal, mas em outras atividades vitais desenvol-fetal, mas em outras atividades vitais desenvol-vidas pelo RN, como a deglutição.vidas pelo RN, como a deglutição.1. Docimasia siálica de Dinitz-Souza1. Docimasia siálica de Dinitz-SouzaConsiste na pesquisa de Consiste na pesquisa de salivasaliva no estômago do no estômago do feto. A reação positiva é um indicativo de que feto. A reação positiva é um indicativo de que existiu vida extra-uterina. existiu vida extra-uterina. 2. Docimasia alimentar de Bothy2. Docimasia alimentar de BothyConsiste na pesquisa de leite ou outros alimen-Consiste na pesquisa de leite ou outros alimen-tos no estômago do feto. Referidos elementos tos no estômago do feto. Referidos elementos não existem no natimorto. não existem no natimorto.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIASDOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIAS

3. Docimasia bacteriana de Malvoz3. Docimasia bacteriana de MalvozOs fenômenos putrefativos, no feto natimorto, Os fenômenos putrefativos, no feto natimorto, começam pelos orifícios da boca, nariz e ânus. começam pelos orifícios da boca, nariz e ânus. Nos casos em que o feto teve vida extra-uterina, Nos casos em que o feto teve vida extra-uterina, a putrefação se inicia pelo tubo digestivo e pelo a putrefação se inicia pelo tubo digestivo e pelo sistema respiratório.sistema respiratório.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS OCASIONAISDOCIMASIAS OCASIONAIS

Não são provas técnicas, mas observações para Não são provas técnicas, mas observações para cuja ocorrência se torna necessário que o feto cuja ocorrência se torna necessário que o feto tenha tido vida extra-uterina.tenha tido vida extra-uterina.1. Corpos estranhos1. Corpos estranhosSua presença vias respiratórias implica que o Sua presença vias respiratórias implica que o feto tenha feito a sua inspiração.feto tenha feito a sua inspiração.2. Sinais de sobrevivência2. Sinais de sobrevivênciaComo descamação cutânea, orla de eliminação Como descamação cutânea, orla de eliminação peri-umbilical, dessecamento e mumificação do peri-umbilical, dessecamento e mumificação do cordão umbilical etc.cordão umbilical etc.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSEDOCIMASIAS OCASIONAISDOCIMASIAS OCASIONAIS

3. Lesões traumáticas3. Lesões traumáticasQuando o feto apresenta lesões traumáticas Quando o feto apresenta lesões traumáticas com características inequívocas de terem sido com características inequívocas de terem sido produzidas produzidas "intra vitam""intra vitam", é irretorquível que o , é irretorquível que o mesmo teve vida extra-uterina.mesmo teve vida extra-uterina.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

EsquartejamentoEsquartejamento

Inumados apenas a cabeça e as mãos, na tentativa (frustrada) de evitar a identificação.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

EsquartejamentoEsquartejamento

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

EsquartejamentoEsquartejamento

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

EsquartejamentoEsquartejamento

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

Perda post-mortem dos dentesPerda post-mortem dos dentes

Cadáver em adiantado estado de putrefação, com larvas de moscas.Nota-se a perda post-mortem de dentes (alvéolos íntegros).

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

Perda post-mortem dos dentesPerda post-mortem dos dentes

Alvéolos carbonizados e parcialmente destruídos guardam as formas radicula-res e indicam que as perdas dentárias ocorreram provavelmente post-mortem.

CRONOTANATOGNOSECRONOTANATOGNOSELESÕES POST-MORTEMLESÕES POST-MORTEM

Perda post-mortem dos dentesPerda post-mortem dos dentes

À esquerda, remodelação óssea alveolar completa significando perda dentária bem antes da morte.

À direita, alvéolos com margens afiladas e persistência da lâmina cribiforme alveolar, indicando perda dentária provavelmente post-mortem.