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Page 1: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

1p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

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E Q U I P E E D I T O R I A L

Armênio Bello Schimidt Eliane Alves de MeloEliete Ávila WolffIvanilde Oliveira de CastroRosimar da Silva Feitosa Soares CostaSisley Cíntia Lopes RochaViviane Costa MoreiraWanessa Zavareze Sechim A S S E S S O R I A P E D A G Ó G I C A

Ana Maria MoraisAngélica Maria Frazão de SouzaSisley Cíntia Lopes RochaÉlida Fiorot

P R O J E T O G R Á F I C O e D I A G R A M A Ç Ã O

André Carvalho & Iluminura Design

D E S I G N d e P E R S O N A G E N S

Estevan Gracia

I L U S T R A Ç Õ E S

Edson Farias

R E V I S Ã O

Denise Goulart

D A D O S I N T E R N A C I O N A I S D E C A T A L O G A Ç Ã O N A P U B L I C A Ç Ã O ( C I P )

C E N T R O D E I N F O R M A Ç Ã O E B I B L I O T E C A E M E D U C A Ç Ã O ( C I B E C )

Lopes, Janine Ramos.Caderno de ensino e aprendizagem : alfabetização e letramento 3 / Janine Ramos Lopes, Maria Celeste Matos de Abreu, Maria Célia Elias Mattos. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. 192 p. : il. -- (Programa Escola Ativa)

1. Educação no campo. 2. Alfabetização. 3. Letramento. 4. Programa Escola Ativa. I. Abreu, Maria Celeste Matos de. II. Mattos, Maria Célia Elias. III. Título. IV. Série.

ISBN: 978-85-7994-023-1 CDU 373.3(1-22)

Coordenação Geral de Educação do Campo – CGEC/SECAD/MECSGAS Quadra 607, Lote 50, sala 104CEP: 70.200-670 – Brasília - DF(61) 2022- [email protected]

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3p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

Selma Alves Passos Wanderley Dias

1ª edição

Brasília – dF2010

Janine ramos lopesmaria celeste mattos de abreu

maria celia elias mattos

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Caro educador,

pretendemos, com este livro, proporcionar aos educandos da Escola Ativa a construção de leitura e escrita através de atividades agradáveis, prazerosas e, ao mesmo tempo, desafiadoras.

Buscar novos caminhos e novas posturas de trabalho para a alfabetização tem sido uma das metas essenciais do educador alfabetizador.

Sabemos que a alfabetização é um processo, e não se limita apenas a ler e escrever os signos do alfabeto, mas, sim, compreender como funciona a estrutura da língua e a forma como é utilizada.

Dessa forma, entendemos a aprendizagem da leitura e da escrita como um processo dinâmico, que se faz por duas vias de acesso, uma técnica (alfabetização) e outra que diz respeito ao uso social (letramento).

Acreditamos que é possível, e necessário, alfabetizar com uma diversidade de textos que circulam socialmente para garantir tanto o domínio da técnica (conhecer a orientação da escrita, grafar e reconhecer as letras, segurar no lápis, relacionar som/grafia, usar o papel etc.) como saber usá-la e dominá-la com competência, para que a linguagem escrita cumpra sua função social.

Entendemos que esses dois caminhos, apesar de diferentes, devem ser traçados simultaneamente, pois essas aprendizagens não são pré-requisito uma da outra; essas aprendizagens acontecem ao mesmo tempo.

Desde pequenas, as crianças pensam sobre a leitura e a escrita quando estão imersas em um mundo onde há, com frequência, a presença desse objeto cultural.

Todo indivíduo tem uma forma de contato com a língua escrita, já que ele está inserido em um mundo letrado.

Segundo a educadora Telma Weiz, “a leitura e a escrita são o conteúdo central da escola e têm a função de incorporar à criança a cultura do grupo em que ela vive”.

Este desafio requer trabalho planejado, constante e diário, além de conhecimento sobre as teorias e atualizações.

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A proposta da escola ativa

Alfabetização e letramento se somam, e para atender à mudança ocorrida no processo de ensino e aprendizagem da língua escrita, a Escola Ativa baseia esse conhecimento em torno de cinco eixos. São eles:

• 1º EIXO – COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

• 2º EIXO – APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

• 3º EIXO – LEITURA

• 4º EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

• 5º EIXO – DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE

1º EIXO – COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

Ao trabalhar esse eixo, educador, você está introduzindo seus educandos no mundo letrado. Trata-se do processo de letramento que não deve ser trabalhado separado do trabalho específico da alfabetização. É preciso investir nos dois ao mesmo tempo.

2º EIXO – APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

Nosso sistema de escrita é alfabético. Seu princípio básico é o de que cada “som” é representado por uma “letra”. Esse aprendizado é decisivo no processo de alfabetização, e se realiza quando o educando entende que o princípio que regula a escrita é a correspondência grafema-fonema.

3º EIXO – LEITURA

Não é necessário esperar que seu educando já saiba ler e escrever para iniciar o trabalho com a leitura.

Para atender a esse eixo, você poderá trabalhar, desde o início da escolaridade, com os textos que pertencem à tradição oral. São textos que as crianças normalmente conhecem, gostam de cantar ou recitar, e memorizam com muita facilidade. Eles possibilitam avanços em suas hipóteses a respeito da língua escrita, e propiciam problemas para diferentes níveis de conhecimento. São os gêneros: parlendas, cantigas, músicas, poemas, quadrinhas etc.

Você deve, também, cuidar para que os textos sejam adequados, próprios das brincadeiras de infância, divertidos e com um forte comprometimento lúdico. Uma vez memorizados, o trabalho com eles flui com muita naturalidade.

4º EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

Ao trabalhar com a produção escrita, estamos aqui iniciando um trabalho com a escrita de textos.

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Podemos definir muito simplesmente o que é um texto quando dizemos que é algo que nos comunica alguma coisa. Não importa o tamanho, podendo existir textos grandes ou pequenos, ou até mesmo textos com uma só palavra:

Ex.: CACHORRO, quando colocado em uma placa, na porta de uma casa.

5º EIXO – DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE

Este eixo introduzido há bem pouco tempo no currículo da língua portuguesa, e reconhecido pela Linguística e pela Pedagogia, é de grande importância na vida das pessoas, portanto, deve ser também na escola objeto de atenção e estudo.

É importante propiciar aos educandos, principalmente às crianças oriundas de um meio social menos favorecido, a ter acesso a uma língua de prestígio, mas precisamos também respeitar a língua que ela adquiriu no meio familiar e social em que vive, sem discriminá-la.

Lembre-se, educador, que ao trabalhar qualquer conteúdo, você deverá sempre iniciá-lo com atividades orais.

Outros fatores necessários para facilitar as ações da alfabetização:

Ambiente alfabetizador: fazer da sala de aula um espaço onde ricos estímulos de aprendizagem estejam sempre presentes. É um ambiente que promove um conjunto de situações de uso real de leitura e de escrita, em que os educandos têm a oportunidade de participar. Um ambiente alfabetizador não é apenas aquele em que aparecem diferentes tipos de texto, é mais que isso: é aquele que tem diferentes tipos de texto que são consultados frequentemente, com diferentes funções sociais. Eles devem ser substituídos de acordo com sua funcionalidade, além de estarem ao alcance do grupo.

ATIVIDADES SIgNIfICATIVAS: para favorecer uma alfabetização de qualidade, é necessário propor atividades de leitura e escrita que fazem sentido para as crianças. É necessário que as atividades de leitura e escrita aconteçam de forma prazerosa, contextualizada, e de acordo com a realidade social dos educandos.

CAPACITAÇÃO DOCENTE: o educador necessita conhecer o nível conceitual e as capacidades cognitivas de seus educandos para acreditar que níveis de conhecimentos variados constituem uma riqueza para o trabalho em sala de aula.

O embasamento teórico através de estudos, leituras e cursos leva o alfabetizador a acreditar em seu trabalho, e que cada criança aprende no seu tempo, de acordo com suas diferenças e suas capacidades cognitivas.

AUTOESTIMA: o trabalho de autoestima dos educandos é outro fator relevante em qualquer processo de aprendizagem, para reavivar a confiança em suas capacidades de dar conta dos desafios e dificuldades que terão de vencer.

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INTERVENÇõES: mais uma vez, o papel do alfabetizador é preponderante, e necessário, nas intervenções que faz para levar o educando a avançar no seu processo de construção de conhecimento.

As intervenções devem ser problematizadoras, ou seja, devem colocar bons problemas para serem resolvidos pelos educandos.

Conhecer a gênese da leitura e da escrita: um educador competente conhece profundamente a gênese da língua escrita, formulada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, para saber mediar as intervenções e atividades necessárias a obter sucesso no processo de alfabetização.

Utilizando-se dessas estratégias em seu trabalho, sem dúvida, o resultado será bastante compensador.

REALIZAR DIAgNóSTICOS: diagnosticar o que os educandos já sabem, antes de iniciar o processo de alfabetização, é condição para o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Identificar os conhecimentos prévios e saber explorá-los é fundamental para qualquer aprendizagem.

Por isso, preparamos uma lista no início de cada unidade, e no final da última, que servirá de diagnóstico para você acompanhar a hipótese de escrita dos educandos. A análise das listas ajudará você a organizar duplas de trabalho produtivas, e a planejar situações de aprendizagem que tenham intervenções apropriadas ao conhecimento dos educandos.

Esperamos que esse material proporcione aos educandos boas questões a resolver, já que aprendemos à medida que os desafios colocados obrigam a pensar, a reorganizar o conhecimento que temos, a buscar mais informação, a refletir para buscar resposta.

Mãos à obra!

Aspectos psicolinguísticos da alfabetização

AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

Emília Ferreiro, em sua pesquisa sobre o processo de construção da leitura e da escrita, ao lado de Ana Teberosky, faz uma descrição mapeadora do processo que cada indivíduo percorre para aquisição da língua escrita.

Essa pesquisa, além de ter levado a um redirecionamento das questões da aprendizagem, coloca em xeque a ideia de “prontidão” para a alfabetização, segundo a qual a aprendizagem da língua escrita não depende, fundamentalmente, de habilidades consideradas como pré-requisitos para que a criança possa ser alfabetizada, mas resulta da interação entre o indivíduo e a língua escrita, como sujeito de conhecimento.

Sem sombra de dúvidas, existe uma história pré-escolar da escrita. A criança não espera ter seis anos, e nem ter uma educadora responsável pela sua aprendizagem, para começar a refletir sobre o que é ler e escrever. Ao ingressar na escola, ela já formulou as mais variadas hipóteses sobre este objeto de conhecimento, as quais devem ser respeitadas pelo educador.

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A pesquisa de Emília Ferreiro permitiu-lhe identificar quatro níveis de evolução da escrita, até o momento em que se pode considerar que a criança venceu as barreiras do sistema, sendo capaz de interpretar (ler) e reproduzir (escrever) símbolos gráficos.

O fracasso ou o sucesso da alfabetização depende de entender o nível de evolução conceitual da criança. É importante para o educador alfabetizador conhecer os caminhos que a criança percorre, para estabelecer e compreender o processo de construção do sistema, intervindo de modo a levá-la a refletir sobre suas hipóteses.

Níveis de evolução da escrita

1 NÍVEL PRÉ-SILÁBICO:

Inicialmente, a criança não diferencia o desenho da escrita, e não dá nenhum significado ao texto. Ela pensa que os desenhos dizem os nomes dos objetos.

Em seguida, começa a produzir riscos ou rabiscos típicos da escrita que tinha como forma básica (modelo). Se a forma básica for letra de imprensa, fará rabiscos separados, com linhas retas e curvas; se for a letra cursiva o modelo com que ela tem contato, fará rabiscos ondulados.

Outros elementos podem aparecer em sua escrita, como pseudoletras ou números.

Fatos conceituais observados no nível pré-silábico: A criança pensa que é possível ler nomes diferentes com grafias iguais. Elas ainda não conseguem entender que o que a escrita representa no papel são os sons da fala.

EX.: Gelatina – S R I O B

Bala – S R I O B

Cocada – S R I O B

Posteriormente, a criança nega essa sua hipótese, porque diz que, para ler nomes diferentes, eles devem ser escritos com letras diferentes.

EX.: Gelatina – A U O T

Bala – A C V E

Cocada – N O S D

Eixo quantitativo: A criança, de um modo geral, exige um mínimo de três letras para ser uma palavra. As palavras como pé, sol, rua, lar etc., segundo ela, não poderão ser lidas porque têm “poucas letras”. São rejeitadas, em função do critério interno de quantidade.

Eixo qualitativo: Para que se possa ler ou escrever uma palavra, torna-se necessário, também, uma variedade de caracteres gráficos. As palavras que possuem letras iguais são também rejeitadas.

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Outro ponto a ressaltar é que numa determinada fase, a criança não separa letras de números. Costuma, às vezes, escrever colocando numerais junto às letras, já que ambos os caracteres envolvem linhas retas e curvas.

Outra característica observada é que a criança acredita que os nomes de pessoas (realismo nominal), animais e coisas têm relação com o seu tamanho, peso ou idade. As pessoas, animais ou objetos grandes devem ter nomes grandes. Por conseguinte, as coisas pequenas terão nomes pequenos.

O maior desafio desse nível é auxiliar os educandos a perceber que a escrita representa os sons da fala.

Quando a criança é convidada a ler a sua escrita, ela passa o dedo direto pela palavra, demonstrando não representar a pauta sonora das palavras.

EX.: Rato – T C R C U S

2 NÍVEL SILÁBICO:

Essa escrita constitui um grande avanço, e se traduz num dos mais importantes esquemas construídos pela criança, durante o seu desenvolvimento. Pela primeira vez, ela trabalha com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala, porém, com uma particularidade: cada letra vale por uma sílaba. Assim, utiliza tantas letras quantas forem as sílabas da palavra.

EX.: Jacaré – F R A (silábico restrito) – a escrita da criança está restrita a letras de sua experiência no momento da escrita.

Jacaré – J K R, J C E, A K E ou A A E (silábico evoluído) – a escrita da criança contém a correspondência sonora das vogais ou consoantes.

Alguns conflitos são vivenciados nesta fase, como:

Hipótese da quantidade mínima: elas acreditam que existe uma quantidade mínima de três letras para escrever. Desta forma, palavras monossílabas e dissílabas precisam ser escritas com um mínimo de três ou quatro letras.

EX.: Ao escrever P A T O, representa A O T B (ela representa AO, como acha pouco, ela acrescenta mais duas letras aleatórias).

Hipótese da variedade de letras: a criança acredita que uma mesma palavra não pode ser escrita com letras repetidas de forma sequenciada.

EX.: Ao escrever B A R A T A, ela escreveria A A A, mas por achar essa escrita impossível, representa: A T C.

No nível silábico, quando a criança é convidada a ler sua escrita, ela mostra para cada pauta sonora uma letra representada.

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EX.: Jacaré – T C N

3. NÍVEL SILÁBICO-ALfABÉTICO:

Esta fase apresenta-se como uma transição entre o nível silábico e o nível alfabético.

Diante dos conflitos da hipótese silábica, a criança descobre que o esquema de uma letra para cada sílaba não funciona e, assim, procura acrescentar letras à escrita da fase anterior.

Emília Ferreiro nos lembra que um adulto mal informado poderá, nessa fase, achar que a criança está omitindo letras, o que não é verdade. A criança está é acrescentando letras à sua escrita da fase anterior. Trata-se de um progresso, e não de um retrocesso.

Ex.: Pato – P T U

Macaco – M C A C O

4 NÍVEL ALfABÉTICO:

É a fase final do processo de alfabetização de um indivíduo. Nesse nível, pode-se considerar que a criança venceu as barreiras do sistema de representação da linguagem escrita. Ela já é capaz de fazer uma análise sonora dos fonemas das palavras que escreve. Isso, porém, não significa que todas as dificuldades foram vencidas. A partir daí, surgirão os problemas relativos à ortografia, entretanto, trata-se de outro tipo de dificuldade que não corresponde ao do sistema de escrita que ela já venceu.

EX.: Cachorro – C A X O R O

Gorila – G U R I L A

Alfabetização e letramento

Acreditamos que a aprendizagem da leitura e da escrita depende de duas portas de entrada, distintas, mas indissociáveis e que necessitam ser trabalhadas ao mesmo tempo: ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO.

A alfabetização é a aquisição do código da escrita e da leitura. Segundo Magda Soares, esta se faz pelo domínio de uma técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas; a criança perceber unidades menores que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras).

Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de escrita.

Como diz Soares (2003), não adianta aprender uma técnica e não saber usá-la.

Diante dessas afirmativas, não podemos perder o foco e desconsiderar a especificidade da

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aquisição do sistema de escrita (ensinar a técnica), sem perder de vista as práticas sociais de leitura e escrita.

Dessa forma, além de trabalharmos com uma diversidade de textos que circulam socialmente, devemos levar os educandos a construir o sistema de escrita alfabético, cabendo à escola pensar em considerações tão importantes como: Alfabetizar letrando e letrar alfabetizando.

Formas de agrupamento

Quando pensamos em agrupar os educandos de forma produtiva, pensamos em organizar duplas ou pequenos grupos, em que umas crianças possibilitem proporcionar, através de ideias e questões, aprendizagens às outras.

Para que isso aconteça, devemos fi car atentos a algumas questões:

• O educador precisa saber, entender e dominar o que seus educandos sabem, analisando se grafa e reconhece as letras; têm capacidade de refl etir sobre os sons da fala (consciência fonológica); entendem a função da leitura e da escrita; percebem as unidades menores que compõem o sistema de escrita, dentre outras.

• O nível de escrita do educando: devemos agrupar os educandos por níveis próximos. Educandos pré-silábicos com educandos silábicos, silábicos com silábico-alfabéticos e silábico-alfabéticos com alfabéticos.

Como nem sempre em uma sala de aula estes agrupamentos são possíveis, às vezes não temos tanta diversidade de escrita, e pensamos em outras possibilidades: os que sabem letras com os que não sabem; os que grafam letras com os que não grafam; os que já refl etem sobre os sons das palavras, com os que ainda não refl etem, e assim por diante.

• O comportamento dos educandos: não adianta formarmos uma dupla em que as crianças são muito tímidas ou muito agitadas. Isso impossibilitará o trabalho e não proporcionará momentos de aprendizagens signifi cativas.

A parceria torna-se produtiva quando reúne educandos com hipóteses diferentes, porém próximas, para que haja troca entre eles.

Nome próprio

Trabalhar o nome próprio no início da alfabetização é ter uma valiosa fonte de informação disponível para outras indagações e aprendizagens, que servirão para produzir outras escritas e leituras, além de ter estreita relação com a construção da identidade da criança.

A escrita do nome próprio é uma importante conquista da criança que se alfabetiza. Além de ter um valor social muito grande, favorece a refl exão sobre o sistema.

Lembre-se, educador!

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Trabalhamos bastante o nome próprio e dos colegas no início do processo da alfabetização, para que essas palavras tão significativas se tornem referência para as crianças, em variadas situações:

• Ao escrever seu nome e o dos colegas, as crianças vão aprender a traçar letras.

• Aprendendo a letra inicial dos colegas, elas aprendem a nomear as letras do alfabeto (M, de Maria; P, de Pedro).

• Esses nomes podem servir de consulta para escrever e ler outras palavras.

“Como se escreve macaco? Já sei! Começa com ‘ma’, de Maria”.

“Descobri onde está escrito gato porque começa com Gabriel”.

• É uma ótima fonte de comparação e questionamento.

“Por que meu nome tem sete letras e o seu quatro?”

• Ajuda a perceber a ordem não aleatória dentro de um conjunto de letras (não vale colocar qualquer letra, além de existir uma ordem obrigatória).

• Possibilita a reflexão sobre as unidades que compõem a palavra: como as sílabas e as letras.

• Ajuda na construção da consciência fonológica.

“Paula e Pedro começam com P”. “Olha! Mariana rima com Ana!”

Diante disso, percebemos que se o educador levar os educandos a refletirem sobre os nomes, com intervenções que as crianças compreendam, melhora o funcionamento do sistema alfabético.

SUgESTõES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR O NOME PRóPRIO COM CRIANÇAS:

1 Familiarizar-se com o nome, escrevendo-o nos materiais do educando.

2 Unir fotos dos colegas ao crachá correspondente.

3 Comparar nomes maiores e menores.

4 Concurso entre os educandos para verificar quem sabe identificar o maior número de nomes dos colegas, através da ficha.

5 Formar o nome próprio com letras móveis.

6 Bingo com a ficha do nome.

7 Descobrir as letras do nome em um texto.

8 Forca com os nomes próprios.

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13p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

9 Caça-palavras com os nomes da turma. Os educandos deverão procurar e circular os nomes encontrados.

10 Bingo com a assinatura dos educandos.

11 Jogo da memória com os nomes dos educandos e letra inicial.

12 Nomes mágicos: com as fichas dos nomes, o grupo tenta formar palavras trocando as letras de lugar.

13 Acróstico: o educador escreve o nome de um educando na lousa ou em uma folha de papel na vertical. As crianças, em duplas ou em grupos, descrevem palavras positivas sobre a criança, de cujo nome estão sendo usadas as letras iniciais.

14 Classificar as fichas da turma de várias formas:

> Letra inicial

> Número de letras

> Nomes compostos

> Nomes dos meninos

> Nomes das meninas

15 Adivinhar os nomes próprios através de pistas.

16 Apresentar, em uma folha ou na lousa, nomes parecidos e pedir aos educandos que identifiquem as diferenças e semelhanças: Diogo – Diego, Márcio – Márcia, Daniel – Daniela etc.

17 Construir nomes compostos: o educador apresenta uma folha com o nome de toda a turma. Em grupo, os educandos vão unir alguns nomes, formando nomes compostos.

18 O educador escreve os nomes dos educandos na lousa e pede para a classe observar. Em seguida, pede aos educandos que abaixem a cabeça e apaga um ou mais nomes. O grupo tentará descobrir quais os nomes que desapareceram.

19 Jogo da memória (foto e nome): as crianças devem relacionar a imagem a cada nome disposto em uma mesa.

20 Fichas com nomes embaralhados: cada criança deve sortear uma ficha e entregá-la ao respectivo dono.

21 Agrupar os crachás pela letra inicial.

22 Pedir, a cada dia, a um educando para fazer a distribuição do crachá.

23 Fazer um calendário com os nomes de todos os meses do ano na sala. Pedir para a turma fixar o seu crachá no mês de seu aniversário.

24 Agrupar os nomes que terminam com as mesmas letras.

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25 Fazer cartelas de bingo, baralho, dominó, com a assinatura dos educandos.

26 O educador mostra fi chas com as letras dos nomes invertidas. Os educandos recompõem os nomes na ordem certa.

27 Quebra-cabeça com nomes próprios.

28 Recortar de jornais e revistas as letras dos nomes dos colegas do grupo e colar no caderno.

29 Baralho com os nomes da turma X a letra inicial.

30 O educador dita os nomes dos educandos para todos. Eles escrevem apenas a letra inicial do nome ditado.

31 Classifi car as fi chas dos nomes pelo número de letras dos mesmos.

As fi chas (ou crachás) com os nomes devem fi car disponíveis na sala de aula, em um local de fácil acesso e visibilidade.

Dicas para confeccionar a fi cha (ou crachás) dos educandos:

• Escreva apenas o primeiro nome das crianças (ex.: Joana – João Pedro).

• As fi chas devem ter o mesmo tamanho.

• Todas devem estar escritas com letra de imprensa maiúscula do mesmo tamanho.

• A folha escolhida deve ser da mesma cor para todos os educandos, assim como a cor da letra.

Essas iniciativas são importantes para que os educandos não tenham pistas para identifi car os nomes através de tamanho, cores, etc., mas, sim, por causa das letras que o compõem.

Leitura

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho de construção de signifi cado do texto.

O signifi cado construído está diretamente relacionado com nossos conhecimentos prévios, no momento da leitura. Assim, nossos conhecimentos prévios sobre o tema a ser tratado no texto facilitam nossa leitura e contribuem para a sua compreensão.

O CONHECIMENTO PRÉVIO NA LEITURA

A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimentos prévios: o leitor utiliza, na leitura de um texto, os conhecimentos que já possui a respeito do conteúdo desse texto e que foram adquiridos ao longo de sua vida. É mediante a interação

Lembre-se, educador!

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15p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

dos diversos níveis de conhecimentos prévios, que o leitor consegue construir o sentido do texto. E porque ele utiliza-se de diversos níveis de conhecimentos que interagem entre si, no ato de ler, é que a leitura é considerada um processo interativo.

 n g e l a K l e i m a n

NÍVEIS DE CONHECIMENTO PRÉVIO

São três os níveis de conhecimento prévio que entram em jogo durante a leitura:

• Conhecimento Prévio Linguístico

• Conhecimento Prévio Textual

• Conhecimento Prévio de Mundo

CONHECIMENTO PRÉVIO LINgUÍSTICO

É um conhecimento que não está de uma maneira clara no texto e que exige do leitor uma competência abrangente, como: vocabulário rico, conhecimento de regras ortográficas e gramaticais e o conhecimento sobre o uso da língua. O conhecimento linguístico desempenha um papel fundamental na compreensão das palavras no texto. É ele que permitirá ao leitor identificar as categorias das palavras e as suas respectivas funções no texto.

CONHECIMENTO PRÉVIO TEXTUAL

Outro conhecimento de suma importância para a compreensão é o conjunto de noções e conceitos que temos sobre a tipologia do texto, chamado de conhecimento prévio textual. Abrange o conhecimento dos aspectos relativos à forma composicional e ao estilo de linguagem.

Quanto à TIPOLOgIA TEXTUAL, ou seja, à estrutura como o texto foi organizado, veja as características que permitem diferenciar um tipo de outro:

TIPO TEXTUAL

narração

CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA

• ApresentAmfAtosouAçõesemumAsequênciA

temporAlecAusAl.

• centrAdosnAAção.

• emfunçãodAAção,pode-sediferenciArAutor,

nArrAdor(vozquenArrAosfAtos,nAprimeirAou

nAterceirApessoA)epersonAgens(Aquelesque

vivemAAção).

• presençAcomumdemArcAdoresdetempo(um

diA,quAndo,depois...)eindicAdoresderelAções

cAusAis(Assim,comoresultAdo,finAlmente...).

EXEMPLO

contos,fábulAs,

romAnces,biogrAfiAs...

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TIPO TEXTUAL

descrição

dissertação,

exposição,

argumentação

CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA

• gerAlmente,seorgAnizAmemtrêspArtesbásicAs:

• AmbientAção–pArteemqueseApresentAmos

personAgenseAsituAção,relAtAm-seeventos

Anteriores,situAm-seoespAçoeotempo;

• complicAção–conjuntodefAtosquegerAmum

conflito,trAnsformAndoAsituAçãoiniciAl;

• desfechoouresolução–voltAAumAsituAção

deequilíbrio.

• representAmverbAlmenteumobjeto,umA

pessoA,umlugAr,mediAnteAindicAçãode

AspectoscArActerísticos,depormenores

individuAlizAntes.requerobservAçãocuidAdosA

pArAtornArAquiloquevAiserdescritoum

modeloinconfundível.nãosetrAtAdeenumerAr

umAsériedeelementos,mAsdecAptArostrAços

cApAzesdetrAnsmitirumAimpressãoAutênticA.

• ossubstAntivoseAdjetivossãorelevAntesnA

construçãoecompreensãodessetipodetexto.

Quase sempre os textos não se limitam a ser

puramente dissertativos, expositivos ou

argumentativos. normalmente, um texto é um

complexo, uma composição, uma redação, onde se

misturam aspectos dissertativos com momentos

expositivos e argumentativos e, para classiFicá-

los, procure oBservar Qual o componente

predominante.

• emgerAl,essestextosexpõemumAopinião

sobredeterminAdotemAouideiA,explicAndo,

comentAndo,AvAliAndo,refletindo,

ArgumentAndoAfAvoroucontrA,comoobjetivo

detorná-lAreconhecidAeAceitA.

• ostrêstipossãogerAlmentecomplementArese

empregAdosquAndosedesejAinformAr,explicAr

ouinterpretArobjetivAmentedeterminAdotemA.

• utilizAmverbosnA1ªe3ªpessoAsdopresentedo

indicAtivo.

• sãoorgAnizAdosemtrêspArtes:introdução–

desenvolvimento–conclusão.

EXEMPLO

mAnuAldeinstrução,

verbetededicionário,

certospoemAsou

crônicAs…

Artigocientífico,

Artigosdeopinião,

monogrAfiA,editorAis…

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17p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA

• levAmoleitorAmAisqueumAsimples

informAção.otextoinjuntivoéinstrucionAl.são

textosdetrAtAmentodiretocomointerlocutor,

cArregAdosdetrAçosdeconversAção,diálogo

oufAlApresenciAl.mAs,Alémdisso,ApresentAm

comAndos,ordens,conselhosoumorAis.

• usodeverbosnoimperAtivo.

TIPO TEXTUAL

inJunção

EXEMPLO

prescrições

médicAs,bulAsde

remédio,mAnuAis

deinstrução...

Existem também outros fatores importantes responsáveis pela textualidade de um discurso: a coerência e a coesão.

Coerência: é a busca de sentido do texto. Em um texto coerente, todas as partes se encaixam, não existindo nada sem sentido, desconexo ou contraditório.

Coesão: é a ligação entre os vários enunciados presentes no texto. As relações de sentido se manifestam através de elementos que fazem a ligação ou substituição no texto. São os conectivos ou elementos de ligação.

Conhecimento prévio de mundo

É o conhecimento ativado pela mente ou adquirido informalmente, através de nossas experiências e convívio numa sociedade, e cuja ativação no momento oportuno é essencial à compreensão de um texto.

A ativação do conhecimento prévio é, então, essencial à compreensão, pois é o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer inferências necessárias para relacionar diferentes partes discretas do texto num todo coerente.

O conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo devem ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento de compreensão do texto.

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Há experiências evidentes que mostram com clareza que o que lembramos, após a leitura de um texto, são as inferências que fizemos durante a leitura do mesmo.

Todos nós sabemos que quando decoramos um texto, sem tentar procurar um sentido global, isto é, sem fazer as inferências necessárias, esquecemos o conteúdo quase que imediatamente, evidenciando, com isso, que não houve compreensão, apenas um passar de olhos superficial, sem que o material percebido sequer pareça ter entrado na consciência.

O ato de ler ativa uma série de ações e pensamentos que ocorrem ao mesmo tempo:

ESTRATÉgIAS DE LEITURA

• Decodificação: aprender a decodificar pressupõe aprender as correspondências que existem entre sons da linguagem e os signos, ou os conjuntos de signos gráficos.

• Inferência: contexto para interpretar o texto. Usar os conhecimentos de mundo para entendê-lo.

• Antecipação: não está escrito no texto. Vai se confirmando ou não, de acordo com a leitura.

• Seleção: utilização durante a leitura do que é útil para a interpretação do texto, desprezando o que não é importante.

• Verificação: confirmação e checagem das demais estratégias na medida em que se lê.

Para tentar atribuir significado a um texto, o educando colocará em foco tudo o que sabe sobre a língua.

Uma boa situação de aprendizagem é aquela em que o educador propõe atividades desafiadoras, ou seja, ao mesmo tempo difíceis e possíveis.

O educador deve criar situações didáticas em que seus educandos leiam antes de aprenderem a ler convencionalmente. Para isso, deve planejar atividades de leitura, em que coloca os educandos a refletirem sobre o conhecimento que já possuem, podendo observar a letra, inicial ou final, associar o som inicial ou final da palavra (como do seu nome ou de algum colega), estabelecer semelhanças e diferenças entre as palavras etc.

Para que as atividades de leitura sejam significativas, elas devem cumprir diferentes propósitos: buscar informações, divertir, estudar, seguir instruções etc.

CONDIÇõES A SEREM gARANTIDAS NAS SITUAÇõES EM QUE O EDUCADOR LÊ PARA OS EDUCANDOS (*)

Quando o objetivo é ler para os educandos buscando garantir a semelhança com as situações sociais em que faz sentido ler para outras pessoas, é importante que o educador:

• Explicite sempre os motivos pelos quais deseja compartilhar a leitura com eles: porque o texto trata de uma questão interessante, porque conta uma linda história, porque é

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19p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

atual, porque está relacionado com um tema que se está trabalhando, porque está bem escrito, porque é original, divertido, surpreendente, porque ajudará a classe a resolver um problema ou uma questão com a qual esteja envolvida.

• Demonstre que a qualidade do texto é o que motivou a sua escolha como algo que vale a pena ser lido: porque é interessante, instigante, intrigante ou emocionante...

• Em se tratando de textos literários, evite escolher aqueles em que o “didático” – a intenção de transmitir um ensinamento moral, por exemplo – supere a qualidade literária, em que o texto é utilizado principalmente como pretexto para ensinar algum conteúdo escolar.

• Em se tratando de gêneros informativos, evite escolher textos com informações banalizadas, incompletas, distorcidas, simplificadas; supostamente escritos para um público infantil.

• Compartilhe com os educandos seu próprio comportamento de leitor experiente, mostrando-se interessado, surpreso, emocionado ou entusiasmado com o texto escolhido – relendo certos trechos, sempre que valha a pena, ou seja, sempre que necessário, como a passagem mais surpreendente da história, a parte mais complexa do texto, a questão central da notícia, entre outras possibilidades.

• Opine sobre o que leu, coloque seus pontos de vista aos educandos e convide-os sempre a fazer o mesmo – quer dizer, aja como qualquer leitor “de verdade”.

• Ajude os educandos a descobrirem o significado do texto a partir do contexto, em vez de ficar explicando a toda hora as palavras que considera difícil.

• Ofereça elementos contextuais que conferem sentido à leitura e favorecem a antecipação do que o texto diz. Isso se dá quando, por exemplo:

> comunica aos educandos onde e como encontrou o texto;

> mostra a eles o portador do texto: se é um livro, mostra a capa na qual lê os dados (título, autor, editor); se é um jornal, faz referência à seção na qual o texto aparece, procurando-a diante deles; se é uma carta, diz como chegou às suas mãos e a quem está dirigida etc.;

> oferece informações complementares sobre o texto, o autor, o portador: se o que vai ler é um conto ou um poema, lê também partes do prólogo do livro, ou conta dados biográficos do autor; se é uma notícia, faz referência a outras notícias parecidas; se é um texto de uma enciclopédia, pode investigar o que os educandos já sabem sobre o tema.

• Enfim, para que o educador possa saber quais são as melhores formas de trazer a leitura para dentro de sua sala de aula como algo atraente e interessante, talvez o critério mais eficaz seja o seguinte: agir com seus educandos como gostaria que seus educadores tivessem agido com eles próprios, para ajudá-los a serem leitores interessados e dispostos a “enfrentar” qualquer tipo de texto.

(*) Adaptado por Rosaura Soligo e Rosângela Veliago a partir do texto original, de autoria da pesquisadora argentina Délia Lerner, contido no documento Atualización Curricular – EGB – Primer Ciclo. Secretaria de Educación/Dirección de Curriculum. Municipalidad de la Ciudad de Buenos Aires.

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No início de cada atividade, sugerimos, através dos ícones, algumas possibilidades propostas.

Elas são apenas sugestões, que devem ser seguidas apenas se atenderem à realidade da sua turma.

Acreditamos que todas as formas de agrupamento são importantes; e cada uma delas proporciona aprendizagens diferentes.

Atividades coletivas: com a ajuda do educador, todos pensam juntos sobre a construção da leitura e da escrita, dão opiniões, formulam questões. É um momento único, que proporciona aprendizagens diferentes. O educador deve pedir a colaboração dos educandos para ajudá-lo na escrita das palavras, na estruturação dos textos, a pensar onde estão escritas determinadas palavras etc.

Atividades em grupo: o ideal é que ele tenha até quatro educandos, e que eles sejam agrupados de forma que todos participem da atividade. O educador deve levar em consideração os conhecimentos dos educandos e o comportamento de cada um.

Atividades em dupla: as duplas possibilitam aos educandos mais tímidos tomar coragem para participar das atividades. Além disso, é um rico momento de promover trocas signifi cativas entre as crianças e uma grande interlocução de ideias, em que a dupla deve colocar em jogo tudo o que sabe. Para que este trabalho seja produtivo, as crianças deverão ter autonomia, não precisando do direcionamento constante do educador.

Atividades individuais: é um momento em que o educando pode organizar seus conhecimentos, sistematizando suas aprendizagens. O educador deve realizar intervenções pontuais que atendam às demandas individuais dos educandos.

Lembre-se, educador!

Essas sugestões serão produtivas se houverem intervenções do educador que, durante as atividades, deve circular entre os educandos, formulando perguntas, dando pistas e tentando entender o pensamento das crianças.

A proposta do livro

Trabalhamos, nos três capítulos, algumas questões que consideramos importantes no processo de construção da leitura e da escrita:

DESENVOLVIMENTO DA LINgUAgEM ORAL: propiciamos momentos de trocas, interações, exposição de opiniões, elaboração de ideias, organização de atividades, dentre outros, para explorar a linguagem oral. Buscamos sugerir para o educador, durante as unidades, a necessidade de

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21p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

buscar os conhecimentos prévios dos educandos e colocá-los como sujeitos participantes das propostas escolares.

LER E ESCREVER: acreditamos que, a todo o momento, os educandos devem colocar em jogo todos os seus conhecimentos sobre a língua, além de sentirem-se encorajados a escrever e a ler, demonstrando suas hipóteses sem medo. Para que isso aconteça, precisamos criar situações didáticas que rompam com a ideia de que apenas quem lê e escreve convencionalmente pode fazê-lo.

Precisamos proporcionar atividades desafiadoras e que, ao mesmo tempo, sejam possíveis de serem executadas.

Quando a criança se sente capaz de ler e escrever, mesmo não fazendo isso convencionalmente, percebemos um grande avanço em suas hipóteses.

DIVERSIDADE TEXTUAL: é preciso oferecer textos à criança, textos com os padrões textuais que circulam na sociedade, desde o início do ano, inserindo-as nas primeiras atividades de alfabetização. Conhecer seus usos e suas funções sociais favorece a reflexão sobre o sistema de escrita, além de ajudar a desenvolver as estratégias de leitura.

Trabalhamos com textos reais para aproximar os educandos de diferentes gêneros. Acreditamos que os educandos precisam conhecer e apropriar-se desses textos que circulam na sociedade para conhecer, entender sua função e dar sentido ao mundo.

gÊNERO TEXTUAL: os gêneros textuais, orais ou escritos, têm sua existência no cotidiano das pessoas e expressam-se em designações diversas, como: poema, trava-língua, quadrinho, conto, fábula, lenda, parlenda, adivinha, carta, bilhete, sermão, receita culinária, notícia de jornal, piada, conversa ao telefone etc.

O objetivo do educador que se preocupa em alfabetizar letrando inclui a produção e análise de diferentes gêneros textuais, a fim de que o educando possa aprender o uso social de cada um deles.

Como existem diferentes textos que circulam socialmente, cada um atendendo a um uso específico, é impossível não se comunicar através de algum gênero.

LETRAMENTO: buscamos uma proposta que possibilite inserir os educandos em situações em que a escrita apareça de forma dinâmica, para atender às suas diferentes funções sociais. Escrevemos sempre com um objetivo, e de acordo com esse objetivo, buscamos o texto mais adequado ao momento para nos comunicar. Acreditamos que apropriar-se das práticas letradas é incluir-se nas práticas sociais e culturais, que possibilitam o exercício da cidadania.

CONSTRUÇÃO DA AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALfABÉTICO: para que o educando possa participar da cultura escrita, ele precisa ir além de conhecer e saber quando usar os textos

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que circulam socialmente. Ele precisa apropriar-se de uma técnica que lhe garantirá esse acesso. Temos que saber diagnosticar com clareza o grau de conhecimento que os educandos possuem sobre o sistema, pois a apropriação do sistema de escrita alfabética tem suas especificidades que precisam ser trabalhadas.

CONSCIÊNCIA fONOLógICA: é a capacidade de identificar e discriminar diferentes sons. Ela é fundamental para o desenvolvimento da consciência fonêmica (identificar que as palavras têm sons) e da decodificação (identificar a correspondência entre os sons e as letras).

Ter consciência fonológica implica saber identificar e discriminar diferentes sons e suas nuanças – como alto, baixo, grave, agudo, próximo, distante, suave, estridente, esganiçado, os sons dos animais, dos instrumentos, dos diferentes objetos.

Num ambiente sadio e rico de estímulos, as crianças não apenas ouvem os diversos sons como são levadas a prestar atenção, identificar, discriminar e agir em função de sons: a mãe que chega, o pai que sai, o vizinho que perturba a vizinha, o carro ou o trem que se aproximam, o sino que bate na torre, a sirene de ambulância, o som estridente do vizinho, o ruído do rato roendo a parede ou o gambá que se aninha no teto... E não só a vida real: as brincadeiras e os brinquedos infantis estão cheios de oportunidades para o educando ir aprendendo a prestar atenção nos diferentes sons – os instrumentos, as músicas e suas letras, as cantigas de roda, parlendas, poesias e tantas outras brincadeiras que impõem ritmos (“Marcha, soldado”, “Caranguejo não é peixe”), rimas (“Unidunitê”), sequências (“Cadê o toucinho que estava aqui?”) e aliterações e assonâncias que, além de divertirem e encantarem as crianças, contribuem para enriquecer-lhes o vocabulário, conhecer as letras (jogo da amarelinha), decorar a ordem alfabética e os números (1,2,3,4, por aqui passou um gato etc.).

PARA A APROPRIAÇÃO DA TÉCNICA, fAZ-SE NECESSÁRIO: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar e, principalmente, construir a consciência fonológica (capacidade de estabelecer relações entre sons da fala e sua organização nas palavras – entender a correspondência entre sons e letras, de fonemas e grafemas, perceber unidades menores que compõem o sistema de escrita – palavras, sílabas, letras).

Durante o trabalho da alfabetização, não podemos perder o foco de alguns aspectos:

> ler para os educandos;

> fazer com que os educandos leiam e escrevam, mesmo antes de fazê-lo convencionalmente;

> tornar-se escriba dos educandos para que produzam textos oralmente.

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23p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

Atividades e ações do educador relacionadas à prática de leitura

A n a T e b e r o s k y / M a r t a S o l e r G a l l a r t

1 Exposição de cartazes com palavras estáveis, como: personagens de histórias ou revistas em quadrinhos, nomes próprios, títulos de poemas ou histórias, nomes de autores diversos etc.

2 Escrita da rotina na lousa. Num primeiro momento, escrevemos sempre as mesmas palavras, como roda de história, artes, música, recreio etc. Podemos escrever palavras estranhas, atividades absurdas, como: “comer sabão” no meio da rotina, com o objetivo de chamar a atenção para as palavras e fazer com que as crianças se esforcem para ler, tentando descobrir a ação desafiadora que foi colocada pelo educador.

3 Incentivo de leitura de gibis nos cantos e em momentos planejados. A leitura em duplas também é muito apreciada pelos educandos.

4 Leitura e memorização de poemas para diagramação do texto.

5 Aproximação das crianças dos livros de histórias já trabalhados em classe.

6 Leitura ou reconto de histórias na roda.

7 Desafios de leitura de legendas relacionados aos projetos ou sequência didática.

8 Bingo de nomes diversos.

9 Forca de nomes próprios ou palavras estáveis.

10 Caça-palavras de poemas, parlendas, canções etc.

11 Leitura dos combinados da classe.

12 Leitura de recados na lousa.

13 Leitura de cartas, convites, avisos e bilhetes recebidos.

14 Leitura de parlendas ou poemas cujos textos já foram memorizados.

15 Leitura de desafios de adivinhas ou tirinhas de jornal.

16 Leitura de listas contextualizadas em um mesmo campo semântico.

Atividades e ações do educador relacionadas à prática da escrita

1 Confecção de listas contextualizadas.

2 Confecção de álbuns de figurinhas feitos pelas crianças.

3 Cruzadinhas.

4 Forca de nomes diversos.

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5 Escrita de convites.

6 Escrita de bilhetes.

7 Escrita coletiva de cartas.

8 Escrita de parlendas e poemas conhecidos.

9 Cópias de escritas na lousa de lições de casa.

10 Confecção de livros de rimas.

11 Produção ou reescrita de histórias trabalhadas em classe.

12 Escrita de finais diferentes de histórias conhecidas.

13 Parlendas com lacunas.

14 Escrita de legendas relacionadas à gravura.

15 Escrita de títulos para história em quadrinhos.

16 Escrita coletiva de combinados para uma excursão.

17 Descrição escrita de personagens de histórias conhecidas.

18 Listas de assuntos a serem pesquisados durante o estudo de um projeto.

19 Escrita de adivinhas.

20 Escrita coletiva de cartas, bilhetes, avisos etc.

21 Ditado em duplas (de educando para educando).

22 Escrita de legendas em fotos trazidas pelas crianças.

23 Confecção de um livro de histórias.

É importante o educador saber como as crianças lidam com a leitura e a escrita de uma forma geral, como enfrentam desafios e quanto são capazes de arriscar-se, colocando em jogo suas hipóteses e compartilhando-as com os colegas. É fundamental que o educador dê grande ênfase ao trabalho de leitura e escrita, como também que promova situações de conversas e discussões em que o valor social e a função da leitura e escrita estejam constantemente presentes em sala de aula.

Sugestões de atividades para o trabalho

de alfabetização com músicas

1) Cantar a letra da música, acompanhando com o dedo.

2) Procurar e listar no caderno palavras do texto que comecem com a mesma letra.

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25p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

3) Apagar algumas palavras que compõem cada verso e pedir aos educandos para completar, escrevendo a palavra que falta.

4) Completar as letras que faltam nas palavras ou sentenças tiradas da música.

Exemplo:

M A C H S O D A D

a) Procurar e listar palavras do texto com a mesma quantidade de letras.

b) Procurar e listar palavras da música que terminam com o mesmo som.

c) Formar novas palavras a partir de algumas palavras do texto.

EX.: SOLDADO - SOL E DADO

OUTRAS SUgESTõES:

1) Dramatizar a música associando à expressão corporal.

2) Montar uma lista, com algumas palavras do texto, para o educando colocar o significado.

3) Ilustrar com desenhos partes da música.

4) Reescrita em dupla da letra da música.

5) Copiar os versos da música em tiras de papel para recompor novamente todo o texto.

6) Destacar algumas frases da música de forma incompleta para o educando descobrir o que falta.

7) Organizar um álbum de músicas significativas com a classe.

8) Consultar o significado de uma lista de palavras do texto e colocá-las em ordem alfabética.

9) Recompor versos ou todo o texto da música com as letras móveis.

10) Procurar em um caça-palavras algumas palavras da música e passar o lápis em torno delas. Reescrever estas palavras por ordem crescente, de acordo com o número de letras.

11) Fazer uma lista de palavras do texto e ligar: palavra à letra inicial ou ao desenho.

12) Copiar do texto todas as palavras com uma determinada letra escolhida.

13) Transcrever algumas palavras do texto com letras diferentes: cursiva, manuscrita, impressa etc.

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14) Montar quebra-cabeça com palavras da música:

ÇA BE CA DO SOL DA gO fO CO A DE

15) Formar sentenças dos versos apresentados fora da ordem.

16) Explorar o título, autores e mensagens da música.

17) Recompor todo o texto com fichas contendo palavras da música que os educandos têm em mãos.

18) Representação da música em outra linguagem: desenho, pintura, colagem, mímica, coreografia etc.

19) Completar as palavras que faltam nas frases da música.

20) Cantar trechos de músicas diversas para os educandos dizerem o título.

21) Fazer concurso entre dois grupos de educandos: pedir que digam o nome da música através de palavras ditas pelo educador. Ex.: soldado, mão, anel, Natal etc.

22) Adivinhar o nome do autor de uma música através do título.

23) Descobrir o nome da música através do movimento da boca.

24) Adivinhar o título de uma música através de pistas.

Trabalho com poemas, canções, parlendas e quadras.

JUSTIfICATIVA:

A música, quadras, poemas, parlendas, como uma proposta de trabalho nas classes de alfabetização, atende o educando integralmente, enriquecendo o seu universo de conhecimentos e, ao mesmo tempo, resgata o lúdico, o prazeroso no processo de aprendizagem. Ao selecionar uma canção, poema, parlenda ou quadra, é importante que o educador faça antes de começar o trabalho, uma seleção de acordo com a necessidade do grupo, com a qualidade do texto, o interesse do conteúdo, a adequação aos temas de trabalho.

SUgESTõES DE ATIVIDADES:

> Expor na sala, para futuras reflexões e consultas, a letra da música, poemas, parlendas etc.

> Ouvir a música através de disco ou cantada pelo educador.

> Destacar algumas palavras para: contar o número de letras, colocar em ordem alfabética, destacar a sonoridade.

> Procurar no dicionário o significado das palavras desconhecidas.

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27p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

> Escrita do texto no quadro, pelo educador, ditado pelos educandos. Eles vão cantando ou declamando e o educador registra verso por verso. Através desta atividade, eles perceberão que existe certa correspondência entre o que se fala e o que se escreve;

> Distribuir a canção ou poemas mimeografados e pedir aos educandos que pintem os espaços entre as palavras (fronteiras vocabulares).

> Fazer caça-palavras com algumas palavras da canção. Passar o lápis em torno delas e reescrevê-las no papel.

> Fazer a diagramação da música ou poema, com sentenças ou palavras do texto.

> Trabalhar a forca ou texto lacunado com algumas palavras do poema ou canção.

> Distribuir a letra da canção para que os educandos façam a pseudoleitura.

> Reescrever a letra da música, parlenda ou poema, em dupla.

> Expor em sala a música ou o poema com letra de tipos diversos.

> Fazer cruzadinhas e outros passatempos com palavras do texto escolhido.

> Remontar a letra da canção ou poema a partir de sentenças, palavras, letras móveis etc.

> Dramatização da música associada à expressão corporal.

> Jogos: bingos, baralhos, dominós, memórias etc., com palavras e frases do texto.

> Procurar palavras do texto no dicionário.

> Reconstruir o poema ou a canção a partir dos fragmentos desordenados, usando os indicadores textuais.

Trabalho com os contos no processo de alfabetização

1 JUSTIfICATIVA

Os contos de fadas mexem com os sentimentos mais primitivos do indivíduo. Neles, o bem e o mal aparecem claramente esboçados, auxiliando as crianças a identificar seus problemas, suas emoções, suas limitações e suas possibilidades de resolução das dificuldades.

2 OBJETIVOS

> Reconhecer obras e autores consagrados.

> Apropriar-se da linguagem escrita própria desse gênero literário.

> Ter procedimento de sentar para ouvir contos.

> Ampliar o repertório linguístico.

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c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r28

> Fazer reconto e reescrita dos contos trabalhados.

> Identificar marcas linguísticas.

3 CONHECIMENTO PRÉVIO

> Organização de uma biblioteca literária em sala de aula.

> Seleção do conto a ser trabalhado com a turma.

> Leitura pelo educador do conto escolhido, 2 ou 3 vezes antes de ler para os educandos.

> Observação e manuseio do livro pelas crianças: tamanho, capa, ilustrações, o que ele nos sugere, quantidade de letras etc.

> Análise biográfica do autor.

> Antecipação do conteúdo: tema, personagens, hipóteses da trama, cenários etc.

ORIENTAÇõES DIDÁTICAS:

> Leitura do título: o que será que quer dizer?

> Leitura da história pelo educador.

> Provocar os educandos a fazerem leitura por imitação ou leitura virtual.

> Trabalhar a estrutura textual do conto (ambientação, desenvolvimento da trama e finalização).

> Chamar a atenção para o tempo em que se desenrola a história: cronologia.

> Reconto da história pelo educador, aproximando-se o máximo possível da linguagem do autor.

> Estimular as crianças para o reconto (trecho de que mais gostaram; ambientação; início ou final da história; todo o texto; continuando a fala do educador).

> Reescrita do educador no quadro, a partir do reconto oral dos educandos.

> Cópia pelos educandos da reescrita coletiva de trechos da história.

> Distribuir a história com trechos em lacunas, para o educando completar as palavras que faltam.

> Reescrita em dupla de trechos ou de todo o texto trabalhado.

> Transformar a história em outro tipo de linguagem: carta, bilhete, mensagem, desenhos etc.

> Escrita pelos educandos do título da história, nomes dos personagens, de expressões típicas imutáveis etc.

> Reescrita pelos educandos de alguns fragmentos previamente memorizados.

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29p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

gLOSSÁRIO

Alfabetização: Emília Ferreiro considera atualmente alfabetização não como um estado, mas como um processo contínuo que começa bem cedo e não termina nunca. O conceito de alfabetização, segundo a autora, mudou em decorrência das pesquisas realizadas, da época atual, da cultura e da chegada da tecnologia. “Ignorar que a criança desde cedo pensa e tem condição de ler e escrever é um retrocesso”, afirma a pesquisadora.

Autoestima: confiança em nossa capacidade de pensar, para dar conta dos desafios da vida. Às vezes, uma palavra, um sorriso, um olhar de aprovação ou um simples aceno de cabeça pode nutrir a nossa autoestima ou, ao contrário, pode derrubar os nossos sonhos.

Autonomia: não significa a liberdade de fazer o que se quer, mas a responsabilidade em decidir sobre seu próprio comportamento, assumindo seus direitos e deveres e respeitando o ponto de vista do outro. Na escola, significa o educando se desenvolver sendo menos governado pelo educador.

Base alfabética: são atividades diversas, feitas através de textos significativos, com o objetivo de levar a criança a interpretar e reproduzir o sistema alfabético para a aprendizagem da leitura e da escrita. Ex.: alfabeto, palavras estáveis, listas contextualizadas etc.

Cognição: refere-se ao intelecto do indivíduo, à sua maneira de raciocinar, é o que chamamos de pensamento humano.

Coerência: é o sentido do texto. Em um texto coerente, todas as partes se encaixam, não existindo nada ilógico, desconexo ou contraditório.

Campo semântico: são palavras próximas pelo sentido, não sendo necessariamente sinônimos. São classificação de palavras ou conceitos de termos afins.

Competência linguística: capacidade de o sujeito usar qualquer forma de linguagem apropriada às demandas das situações sociais.

Consciência fonológica: conscientização dos sons constituintes das palavras. É reconhecer os fonemas que formam as palavras e discriminá-los entre si.

Contextualizado: refere-se à linguagem que pode ser facilmente assimilada em um esquema existente.

Conflitos cognitivos: são os desafios lançados pelo educador para levar o indivíduo a raciocinar.

Construtivismo: corrente educacional apoiada no principio de que o conhecimento não é ensinado, mas sim estimulado; e no qual o educando participa ativamente de seu aprendizado.

Descontextualizado: literalmente, “fora do contexto”, sem sentido para o leitor, como acontece no conteúdo de muitos livros pedagógicos (cartilhas), principalmente os de alfabetização.

Diagnóstico: é a verificação dos conhecimentos prévios que o educando possui com relação a um determinado conteúdo.

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c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r30

Erros construtivos: são erros que assumem um caráter produtivo, pois revelam o raciocínio da criança, sua lógica, e não uma incapacidade de aprender. Dessa forma, o erro auxiliará o educador no entendimento do pensamento do educando. Será mais uma ferramenta de seu trabalho, um aliado que resultará em sucesso, se bem administrado.

Esquemas: são, segundo Piaget, os responsáveis por nossa maneira de perceber, compreender e pensar para interpretar o objeto de conhecimento.

Inferir: deduzir ou tirar conclusão por meio de raciocínio.

Interação: é a troca entre as experiências adquiridas. É o contato entre o sujeito e objeto de conhecimento.

Mediação: qualquer forma de interferência que possibilite a aprendizagem de um novo conhecimento (educador, colegas, materiais didáticos etc.).

Níveis conceituais: são etapas, fases, períodos ou hipóteses pelas quais as crianças passam por ocasião de seu desenvolvimento.

Palavras estáveis: são palavras cuja grafia convencional foi memorizada pela criança e que servem como fonte de informação para escrever outras palavras. Ex.: nome próprio. São uma ou duas palavras que formam um contexto.

Pseudoleitura ou leitura virtual: leitura feita através de indícios tirados das figuras ou palavras impressas ou a leitura de um texto cuja memorização já foi garantida.

Psicogênese da leitura e escrita: é o estudo da construção do conhecimento da leitura e escrita preconizado por Emilia Ferreiro, levando em conta a existência de um sujeito que, a partir do seu pensamento e de seus próprios recursos em interação com o meio em que vive, escolhe seu caminho para uma alfabetização significativa.

Este primeiro livro de alfabetização da Escola Ativa tem como objetivo apresentar alternativas para a Educação do Campo, para que as aprendizagens da leitura e da escrita na alfabetização considerem as especificidades do processo de alfabetização e letramento.

Acreditamos que, dessa forma, contribuiremos para a melhoria da qualidade do ensino no campo, considerando, sobretudo, a realidade social dos educandos das classes multisseriadas.

Trata-se de um apoio para o educador alfabetizador que não tem um fim em si mesmo, mas procura somar as outras situações didáticas planejadas, que atendam à realidade do processo de aprendizagem dos educandos da Escola Ativa.

Abraços e bom proveito!

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31p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

Bibliografia:

FUNDESCOLA/MEC. Alfabetizando: Livro do educando, 2007.

BRANDÃO, H.; Froeseler, M. G. O livro dos jogos e das brincadeiras para todas as idades: Belo Horizonte, Editora Leitura, 1997.

CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem Ba, Be, Bi, Bo, Bu: São Paulo, Scipione,

CAVALCANTI, Zélia. Alfabetizando. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.

CHARTIER, Anne Marie; CLESSE, C. e HEÉBRARD, Jean. Ler e escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1966.

COLL, César, O construtivismo na sala de aula. São Paulo, Ática, 1997.

CURTO, L. Maruny, MINISTRAL, M. Maribel e MIRALLES, T. Manuel. Como as crianças aprendem e como o educador pode ensiná-las a escrever e a ler. Vol. 1. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

CURTO, L. Maruny, MINISTRAL, M. Maribel e MIRALLES, T. Manuel. Material e recursos para a sala de aula. Vol. 2. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, Cortez, 1985.

KLEIMAN, Ângela. Os significados do letramento. Porto Alegre, Mercado das Letras, 1996.

NEMIROVSKY, Myriam. O ensino da língua escrita. Porto Alegre, Artmed, 2001.

PAUSAS, A.; DIEZ DE ULZURRUN e colaboradores. A aprendizagem da leitura e da escrita a partir de uma perspectiva construtivista. Porto Alegre, Artmed, 2004.

Programa de Formação de Educadores Alfabetizares (Profa), Módulo 3, Unidade 4, Texto 4, Brasília: MEC/SEF, 2001.

PROMEF 1 Programa Marista de Educação Fundamental - 1ª à 4ª série. Referencial teórico-prático para o ensino de Língua Portuguesa nas séries iniciais da Educação Fundamental, nas Escolas da Província Marista do Rio de Janeiro. Belo Horizonte, 1998.

SARAIVA, A. Juracy. Literatura e alfabetização. Porto Alegre, Artmed, 2001.

SMOLKA, Ana Luiza B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo, Cortez, 1988.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 1998.

TEBEROSKY, Ana e COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever. Porto Alegre, Artmed, 2001.

TEBEROSKY Ana, GALLART, Marta S. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre, Artmed, 2004.

TOLCHINSKY, Liliana e TEBEROSKY, Ana. Além da alfabetização. Porto Alegre, Ática, 1996.

WACHOWICZ, Teresa Cristina. EUTOMIA – Revista Online de Literatura e Linguística. Quando a semântica entra nos textos. Universidade Federal do Paraná.

Page 32: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

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Unidade 1EU EXISTO

estediagnósticoéumaformadeverificarseoseducandosestãolendoeescrevendocomautonomia.

porisso,sigaosdetalhesquefavorecemasuarealização:

1 preenchanafolhaonomedacriançaeadataemquefoiaplicado.

2 comuniqueaoseducandosoobjetivododiagnósticoantesdeiniciá-lo.conteparaelesaimportânciadevocêsaberseelesentendemoqueleemecomoelespensamparaescrever,paraajudá-losaavançar.

3 incentive-osarealizaraescritadojeitodeles,masmostre-lhesaimportânciadeinvestirnatarefa,pensandobastanteantesdeiniciá-la.

4 realizeosdiagnósticosindividualmentecomcadaeducando.

5 casooseducandosnãoleiamconvencionalmente,leiaparaelesedeixequepromovamaescritaaseumodo.

6 Apósresponderatodasasperguntas,peça-lhesquereleiam.incentive-osamudaralgo,sedesejar.

7 peçaqueleiamasrespostasparavocê,mostrandocomodedoqueparterepresentaoqueeleestãolendo.

8 Apósterminar,avisequevocêiráguardaraquelaescritaparaque,futuramente,acompanhem,juntos,asuaevolução.

9 escrevaoqueanalisousobreodesempenhodoeducando,naleituraenaescrita,duranteatarefa.

Aobservaçãodaproduçãorealizadaeaanálisedoeducadordevemevidenciarosaspectosqueoeducandoavançou.

12

Atividade Diagnóstica n° 1

Escreva em uma folha um pouquinho sobre você e entregue para o(a) educador(a).

Qual a sua brincadeira preferida?

Qual o seu brinquedo preferido?

Qual o seu bicho predileto?

Qual a sua comida preferida?

Para qual time você torce?

Quem é o seu melhor amigo?

Criançada, já que formamos um grupo,

que tal a gente se conhecer melhor?

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33p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

16

O alfabeto cursivo é muito utilizado. É com ele que escrevemos cartas, bilhetes, listas, copiamos receitas, anotamos endereços, lições e fazemos o para casa.

Envelope Lista de compras

Agenda de endereçosBilhetes

Convites

17

1 O alfabeto cursivo abaixo está completo, mas as letras estão fora de ordem. Complete em seu caderno, organizando a ordem alfabética.

Você sabe onde podemos usar a ordem alfabética?

O que você conhece que é organizado em ordem alfabética?

B

todasaladeveterumalfabetobemgrandeelegível,aoalcancedascrianças.evitecolocá-lonoaltoeforadasuaordem.

émuitoimportante:paraaprenderalereaescrever,ascriançasprecisamsaberonomedasletras.

conteaoseducandosemquaisgênerostextuaisescrevemoscomaletracursivaobservandoasilustraçõesdapágina.

deixequetroquemsuasexperiências.

promovaumarodaparaquesejapossívelsocializarosconhecimentospréviosdogrupo.

chameatençãoparaotraçadodecadaletra.

casosejanecessário,traceasletrasnoquadro,escrevendojuntocomoseducandos.

educador,peçaaoseducandosquepreenchamoquesepedeemseucaderno.sefornecessário,completeaatividadeeutilizeomodeloexpostonasalaouomodelodapáginaanterior.

pergunteaoseducandosseelesconhecemalgumgêneroorganizadoemordemalfabética.casonãosaibam,exemplifique.ex.:agendas,dicionários,enciclopédias,catálogos,fichadepresençadasuaclasse…

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13

VAMOS RECORDAR TODAS AS LETRAS DO ALFABETO.

Querida turma,vocês já conhecem o alfabeto com

letra maiúscula e minúscula. Vamos agora recordar todas as

letras do alfabeto.

Maiúsculas

A

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

Minúsculas

14

Muito bem! De agora em diante, vamos ler e identificar as letras maiúsculas e minúsculas do nosso alfabeto de imprensa.

Vamos continuar aprendendo mais sobre as letras.Temos um outro alfabeto que usamos para escrever,

é o alfabeto cursivo. Ele também tem letras maiusculas e minúsculas.

15

Vamos conhecê-lo!

Alfabeto cursivo minúsculo

Alfabeto cursivo maiúsculo

educador,recordeinicialmentecomseuseducandossetodosjáconhecemoalfabetodeimprensamaiúsculoeminúsculoesereconhecemenomeiamtodasasletras,condiçãoessencialparasaberlereescrever.

educadorcomuniqueaoseducandosqueagoraelesvãolercomestetipodeletra–imprensaminúsculaeescrevercomoutrotipodeletra–alfabetocursivo,maiúsculoeminúsculo.

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35p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

18

Poesia do Alfabeto

Do alfabeto eu precisoVinte e seis letras saber.Rimas e lindas históriasAgora já posso escrever.

Do alfabeto eu conheçoVinte e seis letras já sei.Muitas palavras e frasesEu agora já posso escrever.

VAMOS LER O POEMA ABAIXO

Poema é um texto que é apresentado em forma de versos. Cada linha do poema é um verso e cada grupo de versos chama-se estrofe. 

A pessoa que cria poemas é o poeta (masculino) ou poetisa (feminino).

Vamos agora conversar sobre o poema.

Do que ele fala?

Com que tipo de letra ele foi escrito?

Poesia de José Paulo Paes

20

Jogo da Memória

Veja que jogo legal! Siga as instruções:

1 Copie as letras do alfabeto, conforme o modelo das páginas seguintes, em uma cartolina. Em cada uma delas tem uma ficha com vários retângulos com letras maiúsculas e minúsculas.

2 Na cartolina, você deverá recortar cada retângulo com as letras maiúsculas e minúsculas. Seu jogo está pronto!

3 Agora podemos começar a jogar.

Vamos às regras:

a) Joga-se em dupla.b) Embaralhe as cartas e distribua na mesa com as letras

viradas para baixo. c) Procure por duas cartas iguais, formando o par.d) O vencedor é aquele que conseguir o maior número

de pares.

Boa sorte, meninada!

osjogos,passatemposebrincadeirassãosituaçõesprivilegiadasparalevaroeducandoadesenvolverumaaprendizagemsignificativa.quandoacriançajoga,elaestádesenvolvendoacapacidadederepresentaresimbolizaromundo,aculturaeosobjetos,bemcomoconstruirnovosconhecimentos.

educador,orienteoseducandosacopiaremoureproduziremojogodamemóriaqueestácomonoexemplodolivro.

proporcioneaoseducandosquejoguemestejogováriasvezes,deformaintensaeprazerosa.

objetivo:proporcionarummaiorcontatocomosdoisalfabetos.

Ajudaacriarmaisintimidadecomasletras.

19

Agora, copie em seu caderno o poema com a letra cursiva.

2 Vamos identificar algumas palavras do nosso poema que foram escritas de modo diferente. Copie e preencha o quadro em seu caderno.

Imprensa maiúscula

Imprensa minúscula Cursiva

educador,orienteoseducandosapreencherosquadrosemseucadernoecolocarcadapalavranacolunaadequada.

objetivo:diferenciarostiposdealfabeto.

pedirparaoseducandoscopiaropoemautilizandoaletracursiva.

objetivo:treinaraescritaemletracursiva.

Antesdeiniciaraleitura,chameaatençãodoseducandosparaoselementosquedãoinformaçãosobreotexto:ilustração,título,nomedoautor,editora,fonte.

chameaatençãotambémparaadisposiçãográficadopoema,queédiferentedadisposiçãográficadeoutrostextos.destaforma,criaremosumafamiliaridadecomogênero.

éimportantequenoprimeiromomentodotrabalhocomopoema,elesejaapresentadoemumafolhagrande,escritacomletradeimprensaminúscula,paraqueoeducadorfaçaaleituraparaoseducandos.

consulteoutrassugestõesdeatividadescompoemasnapágina.

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25

Procure em sua casa materiais escritos em letra cursiva. Faça uma lista dos materiais que encontrou e apresente para a sua turma.

Que tal construirmos um alfabeto com a letra cursiva para servir de consulta para as nossas próximas escritas?

Veja o alfabeto abaixo e faça um parecido para colocar no seu quarto e para utilizá-lo todas as vezes que precisar.

Vamos trabalhar!

Você encontrou materiais impressos com a letra cursiva?

Convide alguém da sua família para conhecê-lo.Consulte o alfabeto cursivo que construíram

todas as vezes que precisar.

C

Lembre-se de fazê-lo com letras bem grandes e colocá-lo em um lugar em que todos possam vê-lo.

26

VAMOS APRENDER A RESPEITO DE UM DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO.

Qual é o dia do seu aniversário?Você sabe onde nasceu?

Eu sei e sei também que o dia do meu aniversário é o dia

em que nasci!

A

Que a certidão de nascimento é um documento importante?

A certidão de nascimento é um documento de identificação, gratuito e de direito de todos os brasileiros. Ela mostra o dia, o local e a hora em que nascemos. Nela está escrito o nosso nome e sobrenome e de nossos pais e avós.

É o documento mais importante para todas as pessoas, pois comprova que existimos para o país e somos cidadãos.

27

Vamos ler com atenção o

modelo de certidão de nascimento

ao lado:

Certidão de Nascimento.

Ajudeoseducandosnestabusca,umavezqueexistempoucosmateriaisimpressosemletracursiva.

objetivo:mostrarquealetracursivaémuitautilizadanaescritapessoalepouconaescritaimpressa.

todasaladeveterumalfabetobemgrandeelegível,aoalcancedascrianças.evitecolocá-lonoaltoeforadasuaordem.

émuitoimportante:paraaprenderalereaescrever,ascriançasprecisamsaberonomedasletras.

chameatençãoparaotraçadodecadaletra.

casosejanecessário,traceasletrasnoquadro,escrevendojuntocomoseducandos.

objetivo:proporcionarafixaçãodoalfabetocursivo.

Antesdeiniciaraleitura,chameaatençãodoseducandosparaoselementosquedãoinformaçãosobreotexto.

chameaatençãotambémparaadisposiçãográfica,queédiferentedadisposiçãográficadeoutrostextos.

conversesobreafunçãodessetextonasociedade,eaimportânciadomesmonavidadoscidadãos.

objetivo:conhecerogênerotextual–certidãodenascimento.

promovaumaroda,paraouvirasrespostasdecadaeducandodasperguntasqueestãonobalão.

objetivo:promoveratrocadeexperiênciaseinformaçõesdoseducandos.

explicaraimportânciadestedocumentoparaexercersuacidadaniaetambémpesquisarseexistealgumeducandonasaladeaulaquenãopossuicertidãodenascimento.

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37p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

28

O que é certidão de nascimento?

Qual a importância da certidão de nascimento?

No Brasil, a certidão de nascimento é paga ou gratuita?

Que informações importantes contem uma certidão de nascimento?

BVamos conversar sobre

a certidão de nascimento de Ana Maria Mello Santos:

30

E você, amiguinho?Você tem uma certidão

de nascimento?Caso você não tenha, converse com seus pais para que eles

possam providenciá-la, pois só assim você será um

cidadão brasileiro.

Vamos levar o livro para casa e peça ajuda a alguém da sua família para preencher em seu caderno a certidão abaixo, usando os dados da sua certidão de nascimento.

Certifico que...

sexo...

nascida(o) em...

no dia...

filha(o) de...

avós maternos...

avós paternos...

C

31

Escreva um aviso para o mural da sua escola informando sobre a importância da certidão de nascimento.

32

Raimundo José Ribeiro

Antônia Maria de Jesus

Ana Maria Mello Santos

Uirá Abaré

Francisco Pereira

Agora é a sua vez! Apresente-se para a sua turma dizendo o seu nome e sobrenome. Copie no seu caderno o quadro abaixo e escreva nele o seu nome e sobrenome.

A Olá, crianças. Vamos conhecer o nome completo

dos nossos amigos da turma do campo.

Nome Sobrenome

promovaumarodaparaouvirasrespostasdoseducandosdasperguntasaolado.cadaeducandodeveresponderàsquestõesemseucadernodeacordocomaatividadequefoiproposta.objetivo:compreensãodotexto.

promovaumarodaeinformeaoseducandosquealémdonometemosumsobrenome.Apresenteparaelesossobrenomesdosseusamigos,ascriançasdocampo.objetivo:informaraoseducandosdaexistênciadosobrenomeedeondeelesvieram.informeaelesquenomeesobrenomeemassinaturassãosempreescritoscomletrascursivas.objetivo:produzirescritacursiva.

preenchaacertidãoemseucaderno,peçaajudaemcasaeconsulte,sefornecessário,asuacertidão.objetivo:conhecerdadosdasuacertidãodenascimento.

educador,orienteoseducandosnaescritadogêneroaviso.trabalheinicialmenteoutrosmodelosdeavisoatravésdaleituradessesgênerostextuais.Èprecisoqueelessaibamoqueseescreveemumaviso(assunto),comoeleseapresentaesuaforma.objetivo:Apropriarcorretamentesobreomodeloaviso.

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34

Consulte a ficha do controle da presença da sua sala e faça uma lista dos nomes e sobremomes da sua turma em ordem alfabética, no seu caderno.

Nome

Ana

Antônia

Francisco

Raimundo

Uirá

01 02 03 04 05

educador,peçaparacadaeducandoescreverseunomeesobrenomeemumafolhadepapelerecortar.emseguida,ajudeoseducandosacolaremosnomesemumcartaz,deacordocomaordemalfabética.

exemplo:pergunteparaeles:

qualnomevemprimeiro:Anamaria

oufrancisco?

objetivo:promoverumaatividadecoletivaemsaladeaula.

treinarcomoseducandosaorganizaçãoemordemalfabética.

33

N J E S U S K Ç P X

T P E R E I R A T U

O D R I B E I R O M

N J E Q V M E L L O

I A L G A B A R E Q

F R A N C I S C O A

W R A I M U N D O H

Brincando de caça-palavras

Construa com seu(sua) educador(a) no quadro da sua sala de aula um caça-palavras, usando alguns sobrenomes da sua turma.

Vamos encontrar no caça-palavras abaixo alguns nomes e sobrenomes da turma do campo e escreva em seu caderno.

B

educador,expliqueparaoseducandosofuncionamentodojogodecaça-palavras.caberáaoseducandosencontrarosnomesesobrenomesdascriançasdaturmadocampoemmeioàsletrasembaralhadas.

objetivo:oreconhecimentodasletrasquecompõemosnomesatravésdaleituraedaobservação.

oseducandosdeverãoescolherossobrenomesquecolocarãonocaça-palavraseescrevê-lospondocadaletraemumretângulo.

deverãotambémescreverletrasaleatoriamente,emmeioaossobrenomes,paradificultarumpoucoojogo.

objetivo:oconhecimentodemaisumgênerotextualeseufuncionamento.

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39p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

35

Pesquise em sua comunidade outros nomes com os sobrenomes e escreva-os em seu caderno.

SobrenomeNome

C

Você encontrou sobrenomes iguais aos seus? Por que isso acontece?Discuta com seus colegas o que descobriram.Registre o que você aprendeu sobre a importância do

sobrenome no seu caderno e mostre na sua casa.

37

Podemos representar a nossa família através de uma árvore genealógica.

Você sabe o que é uma árvore genealógica?

É um registro em forma de árvore. Nos ramos escrevemos os nomes das pessoas de uma família. Uma árvore genealógica contém os nomes dos nossos avós, pais, irmãos, tios e tias. Enfim, todos os membros da nossa família!

Você saberia construir a árvore genealógica de sua família?

38

VovóVovô

Papai Mamãe

Filho Filha

1 Veja a árvore genealógica de uma família. Faça em seu caderno, junto com seu(sua) educador(a), a árvore de sua família.

B

DICAConsulte a sua certidão para

preencher a árvore

genealógica.

oeducandodeverábuscaremsuacomunidadeoutrosnomesesobrenomes,anotá-loseregistrá-losemsaladeaulaobservandoaorganizaçãodoquadroaolado.

objetivo:oconhecimentodogênerotextual“quadro”eoseufuncionamento.

paraaatividadesermaisproveitosa,sugiraporossobrenomesemordemalfabética.comisso,reforça-seoestudodoalfabeto.

Atividadeoralemqueoseducandosdeverãoperceberquepessoasdiferentespodemtersobrenomesiguais,podendoserparentesounão.

emseguida,registrarporescritoessadescoberta.

oeducandodeverásocializarparaosseusfamiliaresoqueaprendeuarespeitodossobrenomes.

objetivo:desenvolveraoralidadeepromoverainteratividade“escola–saber–família”.

separarosespaços‘vovôevovó’paraosavósporpartedepaieporpartedemãe.

caberáaoeducandoconsultarasuacertidãodenascimento,trabalhadaemsaladeaulaanteriormente,eextrairdelaasinformaçõesnecessáriaseconstruiraárvoregenealógicadafamíliadoeducandoemseucaderno.

objetivo:oconhecimentodemaisumgênerotextual“árvoregenealógica”eoseuusosocial.

perguntaraoseducandos,apartirdoconceitoestudado,oqueentenderamarespeitodaárvoregenealógicaeseconseguiriamfazê-lamentalmente.

educador,dêaoseducandosoutrasinformaçõessobreessetexto.

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39

2 Agora vamos desenhar em seu caderno você e sua família.

3 Escreva abaixo do desenho os nomes de todas as pessoas e dê um título ao seu desenho.

Ah... Se você tiver um bicho de estimação, coloque-o também no desenho de sua família...

4 Dê um título a seu desenho.

40

Vamos planejar um encontro de nossa turma com um parente

Convide uma pessoa mais velha de uma das famílias de sua turma para vir até a escola contar a sua história de vida:

• De onde vieram;

• Há quanto tempo moram na comunidade;

• Ir à escola para estudar é importante, por quê?

C

41

CHEGOU A HORA DA HISTÓRIA.

Observe o título e os desenhos e tente descobrir o que ela vai contar.

Você gosta de histórias? Quais você já conhece?

Na sua casa tem livros de histórias? Alguém lê ou conta histórias para você? Quem? Em que momento?

Alguém mais participa desse momento?

Cachinhos de Ouro

A

Atividadelúdicaemqueoseducandosdeverãoilustrarosmembrosdesuafamília,reconhecendoopapelsocialdecadaum.percebertambémqueodesenhoéumaformaderepresentaçãoedecomunicação.

levaroeducandoaperceberqueosanimaismuitasvezessãoconsideradospartedafamília,tamanhocarinhoecuidadodestinadosaele.

umexemplode“humanização”desseanimal(muitasvezesconsideradomembrodafamília)éonomequerecebeecomqueéchamadopelaspessoas.

levantarjuntoaoseducandososconhecimentospréviosquetêmsobrehistóriaseseéumapráticafamiliarcontaressashistórias.

levaroseducandosainferirem,apartirdotítuloedasilustrações,sobreoqueahistóriavaicontar.oeducandodeveráativaroseuconhecimentoefazerassociações.

promoverainteração“família-escola”.

promoveravalorizaçãodosmembrosdafamíliacomidademaisavançadaereconhecernessaspessoasumpotencialdeexperiênciaeboashistórias.

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41p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

44

Vamos discutir sobre o texto em nossa roda de conversa.

Você já conhecia esta história?

Como era a família de ursos?

Você acha que esta família era feliz? Por quê?

Esta família se parece com a sua?

Bichos também têm família?

Responda às perguntas abaixo em seu caderno, com atenção:

1 Escreva o título da história.

2 Por que Cachinhos de Ouro entrou na casa dos ursos?

B

46

8 No seu caderno, desenhe e escreva os nomes dos personagens, conforme modelo abaixo.

DICAVocê sabia que chamamos de personagens quem

participa dos fatos de uma história?

Escreva o nomeDesenho

47

9 Descubra as palavras do texto observando os códigos abaixo e responda em seu caderno:

ME CA MA MI DA

SA NI NA CO

educador,conduzaumainterpretaçãodetextocoletivaeoralparaaferiroqueosseuseducandosentenderam.

oseducandosdeverãoresponderàsquestõessobreotexto“cachinhosdeouro”.essasduasquestõesestãoexplícitasnotexto.basta,portanto,voltaraotextoparaconferi-lasecopiá-las.

educador,estaatividaderefere-seàapropriaçãodosistemadeescrita.

pretende-sequeoeducandosaibatrabalharcomcódigos.juntandoassílabas,eleformarápalavrasquepertencemaoconto“cachinhosdeouro”.

introduçãodoconceitode“personagens”einterpretaçãodetexto,ondeoeducandodeveráidentificaraspersonagensqueparticipamdahistórialida.

Ailustraçãoéumaformadeoeducandorepresentaroqueacaboudeler,oseuentendimento.

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48

+ =

=

=

=

=

+ +

+

+

+

+

1

2

3

4

5

50

Olá, crianças!

Conte esta história na sua família. Convide amigos e vizinhos para compartilhar deste

momento de leitura.

Agora vamos trabalhar com os personagens do texto Cachinhos de Ouro.

Você vai desenhar cada um, levá-los para casa e apresentá-los para sua família.

Coeducandodeverádesenharecolorirospersonagensesercapazderecontarahistóriaestudada,socializandooqueaprendeuecriandoumespaçodeinteratividadeescola-família.

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43p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

Unidade 2VIVA O FOLCLORE BRASILEIRO

estediagnósticoéumaformadeverificar,maisdetalhadamente,comooseducandosestãopensandoemrelaçãoàescrita.

porisso,sigaosdetalhesquefavorecemasuarealização:

1 preenchanumafolhaavulsaonomedacriançaeadataemquefoiaplicado.

2 comuniqueaoseducandosoobjetivododiagnósticoantesdeiniciá-lo.conteparaelesaimportânciadevocêsabercomoelespensamparaescrever,paraajudá-losaavançar.

3 incentive-osarealizarumaescritadojeitodeles,masmostre-osaimportânciadeinvestirnatarefa,pensandobastanteantesdeiniciá-la.

4 realizeosdiagnósticosindividualmentecomcadaeducando.contequeeleescreveráahistóriaqueeleconhece.

5 peça-lhepararecontarahistóriaoralmenteantesdeiniciaraescrita.

6 Àmedidaqueeleescrever,peçaquereleiaseutextoparaversenãopulounenhumaparte.

7 Apósterminaraescrita,peçaquereleiaotextointeiroeobserveseescreveutodasaspalavras.incentive-oamudaralgo,seeledesejar.peça-lheparamostrar,comodedo,queparterepresentaoqueeleestálendo.

8 Apósterminar,avisequevocêiráguardaraquelaescritaparaque,futuramente.vocêsacompanhemasuaevolução.

9 escrevaoqueanalisousobreodesempenhodoeducandoduranteatarefa.

Aobservaçãodaproduçãorealizadaeaanálisedoeducadordevemevidenciarosaspectosqueoeducandoavançou.

54

Atividade Diagnóstica n° 2

Reescreva em uma folha a história “Cachinhos de Ouro”, que você conheceu na unidade l.

Siga as orientações:

• A primeira parte será a apresentação da menina Cachinhos de Ouro, contando como ela é e o que ela fez.

• Na segunda parte, você contará onde ela foi e tudo o que aconteceu por lá.

• A terceira parte é o final da história.• Junte as três partes e reescreva toda a história.

Page 44: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r44

55

Crianças, vamos conhecer as histórias, músicas, adivinhações, crenças

e lendas da nossa comunidade. Alguém já ouviu a lenda do saci-pererê?

Quais as outras histórias imaginárias que você conhece?

Olhe as ilustrações! Em que você pensa?

Tudo isso faz parte da cultura e da história de um povo.É isso que chamamos de folclore!

A

56

E aí, criança? Afinal, o que é

folclore?

Folclore é o conjunto de crenças, lendas, festas, superstições, artes e costumes de um povo. Tal conjunto normalmente é passado de geração a geração, por meio dos ensinamentos e dos costumes. De origem inglesa, o folclore é uma palavra originada pela junção das palavras folk, que significa povo, e lore, que significa sabedoria popular. Formou-se então a palavra folclore, que quer dizer sabedoria do povo.

O folclore do Brasil é riquíssimo. Para sua formação, colaboraram, principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano. Estes três povos constituíram as raízes de nossa cultura.

A comemoração do Dia do Folclore é em 22 de agosto, data em que a palavra folclore foi empregada pela primeira vez.

57

Os personagens abaixo fazem parte do folclore brasileiro. Você os conhece?

1 Desenhe cada personagem em seu caderno e escreva o nome de cada um ao lado do desenho bem bonito que você vai fazer!

B

Escrevendo sobre os personagens…

2 Pesquise sobre estes personagens e escreva um texto contando sobre as informações e curiosidades que você descobriu de cada um deles.

educador,emroda,conversecomosseuseducandossobreostextosquefazempartedonossofolclore.porserumtemamuitoricoemuitoapreciadopelascrianças,válistandotudooquedisserem.Aoregistraressasinformaçõesvocêmostraaelesousodaescrita.leiacomeleso“vocêsabia?”.

educador,estaatividadepedequeoseducandosleiamimagens,identificando-as.registreonomedospersonagens,desenharopersonagemnocaderno.

educador,ajudeseuseducandosnestapesquisa.leve-osaocantinhodeAprendizagempararealizarestatarefa.sefornecessário,organizeoutrosmateriaisparaenriquecerotrabalho.lembre-sequeorganizarãoumálbumqueficarátambémnocantinho.

Aproveitetambémotextodofolclore.peçaaelesparaleremeproponhaquestõesoraisparaverificarsecompreenderamesteassunto.

Page 45: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

45p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

58

1 Converse com sua família sobre algumas fábulas, lendas, quadrinhas, adivinhações que eles conheçam.

2 Anote o que você achar interessante.

3 Convide alguém da sua família para falar sobre o folclore na escola.

C

59

Oi, crianças!As fábulas fazem parte do folclore brasileiro.

Vocês conhecem alguma fábula?

A fábula é uma das mais antigas formas de narrativa. São curtas, bem humoradas e suas mensagens e ensinamentos estão relacionados com os fatos do cotidiano. Transmitem mensagens de conteúdo moral e nos ensinam alguma coisa.

A

60

1 Vamos organizar uma lista das fábulas que você e seus colegas já conhecem.

2 Leve para comentar na roda de conversa.

3 Vá até o Cantinho de Leitura, descubra outras fábulas e complete sua lista.

4 Leia a fábula com a ajuda do(da) seu(sua) educador(a).

A Raposa e o Corvo

O corvo conseguiu arranjar um queijo em algum lugar. Veio voando, com o queijo no bico, até que pousou numa árvore. A raposa viu e resolveu apoderar-se dele. Chegou-se ao pé da arvore e começou a bajular o corvo. – Ó, senhor corvo, o senhor é certamente o mais belo dos animais! Se souber cantar tão bem quanto a sua plumagem é linda, não haverá ave que possa comparar-se ao senhor. O corvo, acreditando nos elogios, pôs-se imediatamente a cantar para mostrar que tinha linda voz. Mas, abrindo o bico, deixou cair o queijo. A raposa, mais que depressa, abocanhou o queijo e foi-se embora.

Esta fábula faz parte das obras de Esopo, reproduzida por Ruth Rocha no Livro do Educando, Volume 3.

B

considerandoofolclorecomo“conjuntodecrenças,lendas,festas,superstições,artesecostumesdeumpovo,normalmentepassadodegeraçãoageraçãopormeiodosensinamentosedoscostumes”,pretende-secomestaatividadequeoeducandodiscutacomasuafamíliasobreofolclorelocal,conhecidoevividoporeles,comoashistórias,dançasebrincadeiras.

Ascriançasdeverãoescreverosnomesdasfábulasqueelasconhecem.naroda,essasfábulasserãocitadasporelasecaberáaoeducadorler,diariamente,umafábulaemsaladeaulaparaqueoseducandosconstruamumbomrepertórioeapropriem-sedessegênerotextualquefazpartedouniversoliterário.

realizarleituradafábula.

seoseducandosjásouberemlercomautonomia,sugerirdepoisdaleituraemvozalta,umaleituraindividualesilenciosa.

desenvolvimentodaoralidade.propõe-seumaconversaparaintroduzirumnovoconteúdoasertrabalhado.éprecisoquevocê,educador,façaumlevantamentodosconhecimentospréviosdoseducandossobreotema.Apósdiscussão,leiaparaelesoconceitodefábula.

Page 46: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r46

61

5 Discuta com a sua turma qual foi o plano da Raposa.

Faça uma dupla com o colega e reconte a fábula. Não se esqueça dos detalhes.

6 Aprendemos que as fábulas terminam sempre nos ensinando alguma coisa para nossa vida.

O que aprendemos então com a fábula A raposa e o Corvo? Responda no seu caderno.

7 Procure e liste em seu caderno palavras do texto “A Raposa e o Corvo” que terminem com o mesmo som de ‘comparar’ e de ‘imediatamente’.

62

Oi, turma. A fábula está escrita fora de ordem. Coloque em ordem em

seu caderno.

A raposa viu e resolveu apoderar-se dele. Chegou-se ao pé da arvore e começou a bajular o corvo.

Veio voando, com o queijo no bico, até que pousou numa árvore.

O corvo, acreditando nos elogios, pôs-se imediatamente a cantar para mostrar que tinhalinda voz.

A Raposa e o Corvo

64

Agora, você vai ler outra fábula da raposa. Preste muita

atenção para reparar o que acontece com a raposa nesta

fábula de Esopo.

A Cegonha e a Raposa

Um dia, a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar. Mas preparou para a amiga uma porção de comidas moles líquidas, que ia ser servida sobre uma pedra lisa. Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse, só conseguia bicar a comida, machucando seu bico e não comendo nada.

desenvolvimentodalínguafalada.

oeducandodeverásercapazderecontarahistóriacomasprópriaspalavras.

lembre-sedeorientá-lodequetodahistóriatemcomeço,meioefim.

questãodecompreensão,derespostapessoal.

estaéumaatividadedeconsciênciafonológica(rima).

realizarleituradeoutrafábulaenvolvendoaraposa.

seoseducandosjásouberemlercomautonomia,sugerirdepoisdaleituraemvozalta,umaleituraindividualesilenciosa.

Afábulalidafoiseparadaemparágrafosdesordenados.caberáaoeducandoorganizarcolocando-osemordemnoseucaderno.

emseguida,colaraspartesnafolhaembranco.

estaatividadedecompreensãoéchamadade“textofatiado”.

Page 47: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

47p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

66

comidas amiga raposa vasos casa focinho focinho

raposa casa pedra comidas bico comida bico

1 Copie em seu caderno a fábula com as palavras que estão faltando. Veja a lista de palavras abaixo no quadro DICA.

A Cegonha e a Raposa

Um dia, a raposa, que era da cegonha, convidou-a para jantar. Mas preparou para a amiga uma porção de moles líquidas, que ia ser servida sobre uma lisa. Ora, a cegonha, com seu longo , por mais que se esforçasse, só conseguia bicar a , machucando seu bico e não comendo nada. A insistia para que a cegonha comesse, mas ela não conseguia, e acabou indo para com fome. Então a cegonha, em outra ocasião, convidou a para jantar com ela. Preparou cheirosas e colocou em compridos, altos, onde seu entrava com facilidade, mas o da raposa não alcançava. Foi a vez da raposa voltar para desapontada e faminta.

Dica: consulte o texto se for necessário.

67

As duas personagens prepararam comidas diferentes e serviram em vasilhas diferentes. Por quê? Responda no seu caderno.

Copie e complete em seu caderno o quadro abaixo de acordo com o texto e explique por que os jantares foram servidos assim.

Personagem Tipo de comida

Como ela foi servida?

O que fez a convidada?

Raposa

Cegonha

2

68

3 Esta fábula nos ensina uma lição:

“Um dia é da caça... Outro, do caçador.”Isso é um provérbio popular.

Os provérbios são frases curtas, transmitidas de geração em geração, que nos ensinam saberes para a nossa vida.

Vamos refletir sobre este provérbio.

O provérbio “Um dia é da caça... Outro, do caçador” combina com a fábula “A Cegonha e a raposa”?

Responda em seu caderno:

a) Isso acontece na nossa vida? b) Isso pode ser diferente? Justifique:

estaatividadeédeleituracomcompreensão.échamadade“textolacunado”.

oeducandobuscaráaspalavrasnoquadroabaixo,completandoosespaçosvazioscomapalavraquemelhorseencaixanotexto.

paraisso,énecessáriocompreenderosentidodotexto.

educador,discutacomosseuseducandososentidodesseprovérbiopopular.

éprecisotrabalhá-lobem,explicandoosvaloresqueestãonasentrelinhas.

emseguida,leiaparaoseducandosoconceitode“provérbio”.dêoutrosexemplos.

posteriormente,esseassuntoserátrabalhadocommaisprofundidade.

Atividadedeleituracomcompreensão.

propõe-setrazertalreflexãoparaavidacotidiana.

emseguida,fazeroregistropedido.oquepermitiráaoeducadoravaliaraescritaeoquepensaoeducando.

educador,foramapresentadasduasfábulasdaraposa.

Ambassãoatividadesdeleituracomcompreensão.Aqui,propomosumexercíciodecomparaçãoelevantamentodassemelhançasedasdiferençasentreashistórias,sendoessetipodeatividadeexcelenteparareflexão.

Page 48: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r48

69

4 Responda em seu caderno o quadro de acordo com as fábulas estudadas:

Onde sepassa a fábula?

Descreva as personagens da fábula.

Que lição você aprendeu com a fábula?

A Raposa e o Corvo

A Ctegonha e a Raposa

70

5 Vamos conhecer mais sobre as fábulas? a) Copie em seu caderno a característica mais adequada

para cada uma das personagens, ligando a segunda coluna com a primeira:

a) Vamos dar características positivas a estes personagens do quadro abaixo. Escreva em seu caderno outras características.

Raposa

Corvo

Cegonha

Raposa Vaidoso

Corvo Vingativa

Cegonha Esperta

71

6 Agora, sem voltar à história, observe as ilustrações e numere em seu caderno, na ordem em que os fatos aconteceram.

considerandoqueasfábulassãotextoscomsequênciaspredominantementenarrativas,caberáaoeducador,nestaatividade,levaroseducandosapensaremqueashistóriassepassamemumdeterminadoespaço(onde?),numtempo(quando?),envolvepersonagens(quem?),alémdeoutroselementosnarrativos:oquê?porquê?como?

éimportanteensinarquealiçãodemoraléumensinamentoqueaparecenodesfechodahistória.sãopossíveisváriasinterpretaçõesnessetrabalhodeconstruçãodesentido.

Apartirdafábula“Acegonhaearaposa”,proporaoseducandosqueleiamagoratodasasilustraçõesafimdeenumerarasequênciacorretadosacontecimentosdafábula.

Aatividadeproporcionatambémacompreensãodetextosatravésdeimagens(nãoverbal).

estaatividadepretendequeacriança,aotrabalharcomcaracterísticas,seapropriedaclassegramatical“adjetivo”,relacionandocadapalavraaopersonagemcorrespondente.

oadjetivotemafunçãodeacessório.oseuusofacilitademaisavidadoleitor.elenãoprecisaimaginarnada,estátudoalidescrito.

oadjetivoéumenfeite.cabeavocê,educador,ensinaraosseuseducandosausá-loaoproduziremtextos.

emprincípio,ensinarosignificadode“positivo”:virtuoso,bom,otimista.

emseguida,criarnovosadjetivosparacadapersonagem.

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49p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

72

I Grande Exposição sobre Fábulas da Turma do Campo

Reúna-se com um colega e forme uma dupla.

Escolham uma fábula que conheçam, escrevam numa cartolina, ilustrando com os seus personagens.

Traga o seu trabalho para a exposição que será realizada em sua sala.

Convide sua comunidade para visitar esta exposição.

C

Fale com eles sobre as fábulas.

Varal de Fábulas

73

VAMOS CONHECER MAIS UM TEXTO DO NOSSO FOLCLORE

Alguns exemplos de provérbios

“Quem quer colher rosas tem que suportar os espinhos’’.

“Quem espera sempre alcança”.

“Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.

“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.

“Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.

“Quem vê cara não vê coração”.

Vocês sabem o que é provérbio?São frases curtas, transmitidas de geração em geração, que nos

ensinam saberes para nossa vida.

A

74

Conversando sobre os provérbios

1 Você conhece algum provérbio? Escreva-o, em seu caderno, se souber.

2 Leia para os seus colegas de turma o provérbio que você escreveu e ilustre-o, em seu caderno.

B

Com as palavras do quadro abaixo, você poderá escrever no seu caderno dois provérbios da nossa lista.

colher

espinhos

ferreiro espeto

pau

casasuportar

Quem

temqueré

tem

o

de

em

rosas

que

os

de

Aoterminarotemafábula,ajudeosseuseducandosaorganizarestaatividadedeacordocomasorientações.

envolveracomunidadenestaatividadeéinseri-lanumambienteletrado(visitaàexposição).esteéoeixodacompreensãodaculturaescrita.

fazerumlevantamentoemsaladeauladosprovérbiosconhecidospeloseducandos.pediraelesqueescolhamum,escrevam,ilustremeleiamparaoscolegas.quetalexplicá-lostambém?podeserumótimoexercíciodedesenvolvimentodalínguaoral.

educador,aspalavrasaoladopertencemadoisprovérbiosjáestudadosnessaunidade.

peçaaoseducandosquedescubramquaissão.paraisso,elesdeverãoorganizaraspalavrasdando-lhesumaordemeumsentido.

paratornarotrabalhomaisfácil,cadapalavrausadaseráriscada.

educador,vocêjátrabalhouumpoucocomoseducandososprovérbios.Agora,vamosaprofundarnesseestudoeleroconceitodeprovérbiopopular,bemcomoconheceroutrosprovérbiosmuitoutilizadosnofolclorebrasileiro.

Page 50: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r50

75

Observe com atenção as figuras abaixo e mostre ao(à) seu(sua) educador(a) o provérbio correspondente.

Um dia é da caça... O outro, do caçador.

Quem fere com fogo, com fogo será ferido.

Cavalo dado não se olha os dentes.

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

76

Entreviste seus familiares, vizinhos e

amigos e pergunte sobre os provérbios que

eles conhecem.

Anote em seu caderno ou em uma folha

separada, com a letra bem caprichada.

De volta à escola, reúna-se com 3 ou 4

colegas, forme um grupo e escreva todos os

provérbios colecionados em folhas de papel.

Atenção para não repetir o provérbio que

seu colega também trouxe de casa. Tente fazer

seu álbum o mais diversificado possível.

Faça uma bonita ilustração dos provérbios.

C

77

ADIVINHAÇÕES

Hoje vamos pensar muito. Nossa tarefa é adivinhar!

Brincando, jogando, forçando nosso raciocínio...

Isto mesmo! Com rapidez e velocidade.

Ah! Já sei! Precisamos descobrir a resposta escondida

nos detalhes, não é?

Adivinhar, como?

1 Você já brincou de adivinhação com seus amigos?

2 Quais adivinhações você conhece?

3 Faça uma adivinhação em seu caderno para seus colegas, cuja resposta seja OVO.

A

paracadailustraçãohaveráumprovérbiocorrespondente.

Apartirdoconceitodoqueé“adivinha”,perguntaraoseducandosseconhecemessabrincadeira.

sugestão:oqueé,oqueé?umacasinhasemtrancaesemjanela?

resposta:ovo

fazerumlevantamentoemsaladeauladosprovérbiosestudados.Anotá-loseilustrá-los.

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51p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

78

O que é, o que é?

Copie as respostas abaixo e numere-as em seu caderno de acordo com as adivinhações.

1 Caixinha de bom parecer que carpinteiro nenhum pode fazer? 2 Tem bico, mas não bica. Tem asas, mas não voa? 3 Nasce verde, vive preto, morre vermelho e não pode faltar

no churrasco? 4 De dia tem quatro pés, à noite tem seis e às vezes 8 pés? 5 Tem coroa, mas não é rei, tem espinho e não é peixe? 6 A gente compra para comer mas não come? 7 Fica mais alto que um homem e mais baixo que uma galinha? 8 Foi feito para andar mas não anda? 9 Sobe e desce e não sai do lugar? 10 Tem linha mas não é carretel, fala mas não tem boca, ouve

mas não tem ouvido?

cama

amendoim

rua

carvão

garfo

bule

chapéu

telefone

escada

abacaxi

B

79

Copie a resposta certa, em seu caderno:

O passarinho que mais vigia a gente.

Quem entra na água e não se molha?

Tem cinco dedos, mas não tem carne nem ossos.

Sendo apenas seu, é usado mais pelos outros do que por você?

Tem barba mas não é homem; tem dente, mas não é gente?

Adivinhe se puder…

canário bem-te-vi sabiá

sombra barco jacaré

meias blusas luvas

pé nomes nariz

cebola alho batata

80

Com ajuda de seus familiares, escreva adivinhações em tiras de cartolina e espalhe na sua sala para seus colegas adivinharem.

Pesquise em casa, junto aos pais, outras adivinhações para aumentar a lista e expor na sala para ler e brincar.

Use a Caixa de Sugestões da sala para colocar as novas adivinhações.

O que é, o que é?C

leraperguntae,emseguida,procurararespostacertadentreasopçõesabaixo.

paracadaperguntahaveráapenasumarespostacorreta.ponhaonúmerocorrespondenteàperguntadentrodoretângulo.

propostadesocializaçãodesseconhecimento.

Alémdoaprendizado,éumaatividadelúdicaedegrandeprazer.Aoescrever,oeducadorteráaoportunidadedeavaliaraescritadoseducandos.

educador,aoampliaresseconhecimento,vocêestácolaborandoparaqueosseuseducandosaprendamsedivertindo,jáqueasadivinhassãoostextosquemaisagradamdentrodotemafolclore.

escolhaarespostacorretaparacadaadivinha.

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81

CURIOSIDADES SOBRE O FOLCLORE BRASILEIRO

Olá, amiguinhos. Já sabemos o quanto é rico o nosso folclore.Vocês agora vão conhecer outras

festas e danças folclóricas de outras regiões.

No folclore brasileiro, há muitas danças com cortejo ou procissão. Geralmente, nessas festas, muita gente da comunidade se reúne e participa, seja cantando, dançando, preparando as roupas, as comidas ou os enfeites.

Eu conheço dois tipos de danças folclóricas. Não sei se vocês já participaram de alguma delas, pois o nosso Brasil é muito grande e cada região tem suas

características.

A

86

Responda na roda de conversa:

Em sua região existe a festa do boi? Como é chamada? Você e seus familiares já assistiram ou participaram da festa? Esta dança é uma mistura de três raças. Vocês sabem quais são?

morreu, deita no chão, e é ressuscitado por um puxão no rabo, voltando a pular. Essa festa é uma mistura da cultura do negro, do índio e do branco e recebe vários nomes, conforme a região do Brasil: bumba-meu-boi, boi-bumbá, boi pintadinho, boi de reis, boizinho, bumba-boi e outros mais.

87

Caça-palavras

Copie no seu caderno os nomes das danças que você encontrou. Forme frases com estas palavras.

X C A T E R E T E Ç L

G M A R A C A T U E R

B O C O N G A D A K E

B U M B A M E U B O I

W F R E V O S D H S O

educador,leiaparaosseuseducandosoquedizemascriançasdocamposobreasfestaseasdançasfolclóricas.

fazerumlevantamentojuntoaoseducandossobreasfestasedançastípicasdasuacomunidade.

comofoiinformadonaunidade1,ojogodecaça-palavraséumgênerotextualquevisaencontrarpalavrasemmeioàsletrasembaralhadas.éumaatividadequemuitoagradaascriançasenaqualsetrabalhaaapropriaçãodosistemadeescrita.

emseguida,convideoseducandosaouvirahistóriadafestado“bumba-meu-boi”.

façaasperguntasafimdeavaliarseoseducandoscompreenderamotextolido.

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53p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

88

Agora vamos localizar cada dança no estado do Brasil onde ela é realizada. Responda no seu caderno.

Você ou algum de seus familiares já participaram de danças folclóricas? Quais? Responda em seu caderno.

Norte

Nordeste

Centro-Oeste

Sudeste

Sul

89

Festival de Dança Folclórica

Reúnam-se em grupos de 3 ou 4 coleguinhas e escolham uma dança folclórica qualquer para ensaiarem e ser apresentada para todos da escola e chame sua família no dia da apresentação.

C

90

AOi, meninada.

Vamos conversar sobre as lendas do folclore brasileiro.

Você conheceu alguma delas?

Vamos sim!Adoro lendas!

Conheço e acho que elas estão na minha imaginação

desde pequena.

mapaéumgênerotextual.saberlermapaséumconhecimentodeusosocial.

pediraoseducandosparalocalizarnomapaasregiõesondeacontecemasfestasedançasfolclóricaséproporumaatividadedeleituracomcompreensãoquerequersaberlocalizarinformaçõesnotexto.estaatividadedemandavoltaraostextoslidosanteriormente.

respostapessoal.

saberdascriançasqueconhecimentopossuemsobreaslendas,outrogênerotextualliterário.

daraelasinformaçõessobreaslendasmaisconhecidasnobrasil.

Atividadedeinteraçãoescola-comunidade.

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91

Uma lenda muito conhecida do nosso folclore, principalmente pelas crianças, é a do saci-pererê. Vamos conhecê-la melhor?

O saci-pererê é um afro-brasileiro com uma perna só, um gorro vermelho na cabeça e um cachimbo enorme na boca. É muito moleque e gosta de espantar o gado das fazendas e fazer os viajantes errarem o caminho.

Iara, mãe d’água – É uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) que vive no rio Amazonas e, nas noites de lua cheia, sentada nas pedras, atrai com seu lindo canto os rapazes com quem quer casar.

93

Vamos conhecer a lenda do saci através de um poema.Acompanhe a leitura do texto.

Lenda do saci-pererê

Conta-se que no sertão,Em noite de ventania,Arrebentou-se um bambuE dum seu broto saíaUm negrinho pelado,Sem juízo, endiabrado,Era o Saci que nascia.

Pulando numa só pernaCom o cachimbo na boca,Seus olhos reluziamO vermelho de sua touca;Montava em pelo cavalos,Assustava animais no pasto,Numa correria louca.

Em redemoinhos se deslocava Travesso, assustava viajantesEscondia objetosUm moleque como nunca visto antes;Trançava as crinas,Assobiava nos campos,Uma agitacão alucinante.

94

1 Descreva o saci-pererê em seu caderno:

2 Comente algumas de suas travessuras:

Adentrava as casas,Espalhava as brasas pelo fogão,Esturricava o arroz,Queimava o feijão;A criançada já sabia,Pois os mais velhos contavam Saci odediente só numa prisão.

Para capturar um saciAlguém deveria lançar uma peneiraDe taquara trançadaCom uma cruz na esteira,Prenderia o peraltinha,Mas coragem ninguém tinhaPara agir dessa maneira.

educador,jáiniciamosestaatividadeparavocê.Agora,ajudeosseuseducandosaprosseguiremcomapesquisa.

váaocantinhodeAprendizagemeosajudeaencontraroutrasinformaçõessobreaspersonagenslendárias.

umaoutraformadeobterinformaçõeséentrevistandoaspessoasmaisvelhasdacomunidade.

educador,deacordocomotexto,peçaaoseducandosparadescreveremascaracterísticasdopersonagemsaciemencionaremalgumasdesuastravessuras.

Apartirdastravessurasdopersonagem,questioneseopersonagemdeveserconsideradodobemoudomal.

poemaéumgênerotextual,comofoiditonaunidade1.eleéorganizadoemversoseestrofesepodemounãopossuirrimas.

educador,leiaotextoemvozaltaparaoseducandosepeçaaelesqueacompanhemaleitura,atentandoparaoritmodotexto.

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55p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

95

Escolha um dos personagens que você estudou ou pesquisou e faça uma dramatização da lenda com seus familiares. Convide a comunidade para assistir.

C

96

Parlendas são versinhos de rima fácil e rápida, por isso, tão populares entre as crianças. Elas são muito usadas nas brincadeiras, a fim de iniciar um jogo e divertir.

Oi, pessoal. Vamos brincar com

as parlendas?

A

BRINCANDO COM O(A) SEU(A) EDUCADOR(A)!

O(A) seu(sua) educador(a) vai falar bem alto uma frase e, em seguida, vocês vão repetir recitando o resto.

Prestem atenção!

Quando ele(a) falar lentamente, vocês responderão lentamente; quando ele(a) falar rápido, vocês deverão falar rápido, mas sempre todos ao mesmo tempo.

98

Um, dois, feijão com arroz Três, quatro, comida no prato Cinco, seis, bolo inglês Sete, oito, comer biscoito Nove, dez, comer pastéis.

Beterraba, raba, raba,Quem errar é uma piabaBorboleta, leta, letaQuem errar é um xereta.

Agora que vocês já conhecem as

parlendas, conheçam outras que eu trouxe

para vocês.

dramatizaréteatralizar,representar.portanto,ajudeoseducandosamontarumapeçadeteatroapartirdeumalendaestudada.escrevaasfalas,pensenumcenário,ensaieeconvideacomunidadeparaprestigiaraapresentação.

educador,leiaasparlendasemvozaltaepeçaaoseducandosparailustrá-lasdeacordocomotexto.

oseducandosjáconhecemmuitobemogênerotextualparlenda,umavezqueestudaramnoprimeiroenosegundoano.

Asparlendastambémfazempartedonossofolclore.

educador,leiaemvozaltaoconceitodeparlendaefaçaumpingue-pongcomaatividadeaseguir,ondevocêfalaeoseducandosrespondem

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c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r56

100

Esta parlenda foi organizada em 12 quadrinhos. Complete cada quadrinho, em seu caderno, com o nome da figura que aparece. Depois, leia em voz alta.

Atenção! Você vai ler da esquerda para a direita, completando. Eu já comecei a fazer para você.

B

Cadê o gato?Fugiu para o .

Cadê o mato?O queimou.

Cadê o fogo?A apagou.

Cadê a água?O bebeu.

Cadê o boi?Foi buscar .

Cadê o toucinho que estava aqui?O comeu.gato

102

Escolha e recorte uma parlenda. Em seu caderno, escreva e ilustre a parlenda escolhida.

Apresente para a sua turma e coloque no Cantinho de Aprendizagem.

Leve para casa e mostre também para sua família.

C

103

As quadrinhas têm origem nas danças antigas e hoje em dia são consideradas uma das principais expressões da poesia popular. Elas brincam com os sons das palavras e com o seu significado. Quando cantadas, são conhecidas como “versos decorados”.

Na roda de conversa vamos escutar com atenção esta quadrinha.

Eu não vou em sua casaPra você não ir na minhaVocê tem a boca grandeVai comer minha galinha.

AOi, pessoal!

Vocês conhecem quadrinha?

educador,estetextotambéméumaparlenda,porém,apresentadaemquadrinhos.

éumaparlendamuitoconhecida.vejaseelesdescobremcomocompletá-la.o“pulo-do-gato”éperceberqueapalavraaserescritaestánopróximoquadrinho.eujácomeceiaatividadeparavocê.

Apartirdoconceitodoqueé“quadrinha”,perguntaraoseducandosseconhecemoutrosexemplos.

chamaratençãoparaoritmoeamusicalidadedessegênerotextual.

leiaparaoseducandosemvozaltaepeçaqueilustremcadaquadrinha.

propostadesocializaçãodesseconhecimento.

Alémdoaprendizado,éumaatividadedegrandeprazer.Aoescrever,oeducadorteráaoportunidadedeavaliaraescritadoseducandos.

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57p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

104

Fui comer na sua casaAté fiquei admiradaNão havia coisa boaNem mesmo uma limonada.

Fui à fonte beber águaNão foi por estar com sedeFoi só para ver os peixinhosPresos em uma rede.

A casa da velha bruxaÉ preta e amarelaTem um buraco na frente Que ela chama de janela.

Passei na pinguelinhaChinelinho caiu do péOs peixinhos responderam:Que cheirinho de chulé.

Vamos conhecer outras quadrinhas.

Vocês já conheciam esses versos?Qual o significado deles? Respondam em seu caderno.

105

1 Copie em seu caderno a quadrinha abaixo com a ajuda do(da) seu(sua) educador(a) e circule cada palavra da quadrinha.

Meio-diaMacaca SofiaPanela no fogoBarriga vazia

2 Vamos fazer agora a brincadeira do macaco mandou?

Você deve falar palavras que começam do mesmo modo que as palavras que o(a) seu(a) educador(a) disser.

3 Faça, em seu caderno, uma lista de alimentos que podem estar dentro da panela da macaca Sofia.

4 Escrever um bilhete para a macaca Sofia.

B

educador,questionarascriançassobreosentidodecadaumadasquadrinhaslidas.oqueelasqueremdizer?

escolhemosumaquadrinhaparamostrarparavocê,educador,queépossíveltrabalharomesmotextocomcriançasemdiferentesníveisdeaprendizagem.

Aproveiteassugestõesdeatividadesencontradasnaparteintrodutóriadapágina.

estabrincadeiraéoraleconsisteemvocê,educador,dizerumapalavra,porexemplo,macaco,quecomeçacom“ma”e,emseguida,cadaeducandodeverádizertambémumapalavraquecomececomasílaba“ma”,assim:maca,maçã,mamadeiraetc.

estaéumaboaatividadedeconsciênciafonológicaquetrabalhacomascriançasaidentificaçãodepalavrasquecomeçamcomamesmasílaba.

Atenção,educador!

Asduasatividadesaquipropostasvãopermitirvocêtrabalharomesmotextocomcriançasdediferentesníveisdeaprendizagem.fazerumalistaéumatarefamaisfácil.escreverumbilheterequerumconhecimentomaior.

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c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r58

106

1 Crie com sua família uma quadrinha e escreva em seu caderno.

2 Copie a sua quadrinha em uma folha de papel e coloque-a no Cantinho de Aprendizagem.

3 Lembre-se: consulte o Cantinho de Aprendizagem e divirta-se com as quadrinhas de seus colegas.

C

107

1ª Mostra de Literatura do Folclore da Turma do Campo para a Comunidade

1 Na sua turma, formem grupos de 3 a 4 alunos para escrever os textos folclóricos, com a ajuda do(a) seu(sua) educador(a).

2 Treinem a apresentação oral dos grupos de trabalho e

apresentem para a comunidade.

3 Façam uma exposição dos textos folclóricos no Cantinho de Aprendizagem de sua sala.

colecionarquadrinhasétambémumaatividadeprazerosaparaascrianças.estimuleosseuseducandosasempreaumentaressacoleção.

oeducadoravaliaráodesenvolvimentodaoralidadedoseducandos,aproduçãoescritaeauxiliaránaexposiçãodostextosnosvaraisparavisitaçãodacomunidade.

Page 59: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

59p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

Unidade 3MEIO AMBIENTE

estediagnósticoéumaformadeverificar,maisdetalhadamente,comooseducandosestãopensandoemrelaçãoàescrita.

porisso,sigaosdetalhesquefavorecemasuarealização:

1 preenchanumafolhaavulsaonomedacriançaeadataemquefoiaplicado.

2 comuniqueaoseducandosoobjetivododiagnósticoantesdeiniciá-lo.conteparaelesaimportânciadevocêsabercomoelespensamparaescrever,paraajudá-losaavançar.

3 incentive-osarealizarumaescritadojeitodeles,masmostre-lhesaimportânciadeinvestirnatarefa,pensandobastanteantesdeiniciá-la.

4 realizeosdiagnósticosindividualmentecomcadaeducando.

5 Àmedidaqueeleforescrevendo,peçaaelequereleiaseutextoparaversenãopulounenhumaparte.

6 Apósterminaraescrita,peçaquereleiaotextointeiroeobserveseescreveutodasaspalavras.incentive-oamudaralgo,seeledesejar.peça-lheparamostrarcomodedo,queparterepresentaoqueeleestálendo.

7 Apósterminar,avisequevocêiráguardaraquelaescritaparaque,futuramente,acompanhemjuntosasuaevolução.

8 escrevaoqueanalisousobreodesempenhodoeducandoduranteatarefa.

Aobservaçãodaproduçãorealizadaeaanálisedoeducadordevemevidenciarosaspectosqueoeducandoavançou.

112

Atividade Diagnóstica n° 3

Realizamos uma unidade estudando sobre o folclore.Você aprendeu muita coisa sobre ele, não é mesmo?Escreva um texto em uma folha, explicando o que você

entendeu e o que mais gostou sobre o folclore.

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113

FAÇA UMA RODA DE CONVERSA COM SEUS COLEGAS E DISCUTA AS SEGUINTES QUESTÕES:

• Você sabe o que significa meio ambiente?• Qual a importância da preservação ambiental para a vida das

pessoas?• O que você faz para preservar o meio ambiente?• Leia com seus colegas o trecho abaixo:

Eu digo sim para o meio ambiente!

AVocê se

preocupa com o meio ambiente?

Podemos dizer que nosso planeta é como uma imensa casa que abriga uma grande família. Tudo o que acontece no planeta Terra acaba interferindo na vida das pessoas que nele habitam.

114

A turma do campo está muito triste com o que vê em sua comunidade. Por onde eles andam, percebem uma imensa falta de respeito com o nosso planeta.

B

115

E você, já percebeu alguma falta de respeito com o meio ambiente?

Cite algumas em seu caderno e pense em como fazer para ajudar a mudar

esta realidade.

O texto que a educadora Joana leu para a sua turma diz:

“Tudo o que acontece no planeta Terra acaba interferindo na vida das pessoas que nele habitam”.

Você concorda com isso? Por quê?

Desenhe em seu caderno ações do ser humano que podem prejudicar o meio ambiente e escreva o que pode acontecer se continuar assim.

façaumarodaparaqueascriançaspossamverumasàsoutras.

deixequerelatemsuasexperiênciaseconhecimentossobreotema.

organizecomoseducandosaformacomoaconversaserárealizada(quemcomeçaráafalar,onderealizarãoaconversaetc.).

Antesdeiniciaraleitura,exploreoselementosquedãoinformaçõessobreotexto:ilustração,título,fonte,autor.

realizeantecipaçõessobreotextoqueserálido,paraqueativemosconhecimentospréviosdoseducandossobreoassunto.

comeceaconversaemumaroda.

coletivizeasrespostaselisteemseucaderno,outrasquestõesquesurgirem.

emseguida,façaumarodadeconversaparaqueoseducandoslevantemhipótesesdecomoresolverosproblemasdasociedade.

Analisecomoseducandosquaisdessesproblemasestãopresentesnasuacomunidade.deixequeexponhamoquesabemsobreeles.

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61p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

116

Você já discutiu e até compreendeu um pouco sobre meio ambiente.

Dê uma volta em sua comunidade com seus familiares e

registre os problemas com o meio ambiente

que encontrar.

Faça uma lista em seu caderno de soluções para que esses problemas sejam evitados.

Apresente em sua turma para o(a) educador(a) e seus colegas a lista feita e peça que ele registre o seu progresso.

C

117

Você cuida bem de seu corpo? Como?

Escova os dentes todos os dias?

Toma banho e lava a cabeça?

Corta as unhas?

Lava as mãos quando sai do banheiro?

ASSIM COMO O MEIO AMBIENTE, NOSSO CORPO PRECISA DE CUIDADOS.A

Quando pensamos em meio ambiente, pensamos, muitas vezes, em algo que está longe de nós e esquecemos que o ser humano faz parte dele.

118

Veja o que diz a turma do campo sobre os cuidados com o corpo e o meio ambiente.

A turma do campo já sabe que para cuidar da saúde, não pode se esquecer dos hábitos de higiene.

Cuidando do nosso corpo

Nosso corpo é nossa casa que devemos

preservar.

Quando tratamos bem o nosso corpo, ele reage dando-

nos saúde.

B

Lembre-se que você faz parte do meio ambiente.

Criança feliz cuida da sua saúde.

Corpo bem tratado faz a criança feliz!

nessepasseiocomoseducandos,incentive-osaidentificarosproblemasqueencontrarem.

devoltaàsaladeaula,deixequeregistremassuasobservações,escrevendoosproblemasencontrados.

emroda,socializeasinformaçõescolecionadaseproporcioneumaconversasobreamudançadeatitudequepodemosterparamelhorarasituação,tentandosolucionarosproblemasencontrados.

Acrescenteaatividadequerealizaramnoiníciodaunidadeosoutrosproblemasquesurgirameashipótesesquelevantaramparasolucionarosproblemas.

pergunteaoseducandosoquerepresentacadafaladospersonagens.

deixequeexponhamoqueentenderamesabemsobreoassunto.

façaumarodaparaqueascriançaspossamverumasàsoutras.

deixequerelatemsuasexperiênciaseconhecimentossobreotema.

organizecomoseducandosaformacomoaconversaserárealizada(quemcomeçaráafalar,onderealizarãoaconversaetc.).

Page 62: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

c o l e ç ã o d e l í n g u a p o r t u g u e s a — c a d e r n o d o e d u c a d o r62

119

Observe os desenhos e escreva em seu caderno os hábitos de higiene que a turma está praticando, de acordo com a numeração.

1

2

3

120

Que importância esses hábitos de higiene têm para a nossa vida? Responda em seu caderno.

4

5

6

121

Vamos lá, turma!

Faça, em seu caderno, um texto sobre os hábitos de higiene.

Que tal construí-lo em tirinhas, cartaz ou quadrinhas?

Converse com a sua turma e escolha um desses gêneros.

Após terminá-lo, leia o seu texto para o(a) seu(sua) educador(a) e seus colegas.

Vamos continuar trabalhando sobre os hábitos de higiene.

Que tal brincar de cruzadinha?

Que tal continuar nosso trabalho através de um passatempo?

Àmedidaqueforemidentificando,conversesobreaimportânciadesteshábitosdehigiene.

educador,lembre-sequeparaconstruirmosumtextoprecisamosterbastanteintimidadecomogênero.

casosejanecessário,leve-osparaasalaoudêasugestãoaoseducandosdeescolherumgêneroquejáfoiestudado.

façaumarodaepeçaqueoseducandosreflitamsobreosbenefíciosfísicosesociaisqueoshábitosdehigienetrazemparaanossavida.

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63p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

122

Copie e complete a cruzadinha em seu caderno, de acordo com a numeração das ilustrações:

1

2

3

4

5

4 5 3

21

124

Um dente branco

Um sabonete cheiroso

Uma pasta de dente

Um xampu cheiroso

Uma toalha sequinha

• Leia as frases abaixo e passe-as para o plural, em seu caderno:

As palavras que expressam uma só coisa estão no singular.Por exemplo: livro, dente, corpo, flor.

As palavras que expressam mais de uma coisa estão no plural.Por exemplo: livros, dentes, corpos, flores.

Singular Plural

125

Você se lembra do Uirá? Veja o que aconteceu com ele.

Vamos ajudá-lo?

Copie o início das frases em seu caderno, ampliando-as e dando sentido a elas.

• Para tomar banho, usamos

• Penteamos o cabelo para

• O cabelo deve estar sempre limpo para

• Cortamos as unhas para

• Devemos lavar as mãos antes e depois

Uirá começou a escrever algumas frases sobre os hábitos de higiene e precisa de ajuda para completá-las.

Ascruzadinhassãoótimasatividadesparaascriançaspensaremnaapropriaçãodosistemadeescritaenaortografia.

porteremonúmerodelacunasjádeterminadas,oseducandosnãopodempularletras(comooseducandosnonívelsilábicoalfabético)e,emmuitosmomentos,têmquepensaremumanovaformadeescreveraspalavras,paraquetodasaslacunassejampreenchidas.

incentiveoseducandosacriaremfrasesricas,queobtenhamcriatividadeebastanteinformação.

casosejanecessário,construaaprimeirafrasedandoummodeloaeles.

peçaqueescrevamoutrasfrasessobreoshábitosdehigieneelevemparasocializarcomosfamiliares.

leve-osaperceberoutrassituaçõesemqueopluraléempregado.dêexemplospráticos,relacionadoscomavidadoseducandos.

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126

Vamos continuar trabalhando!

Com seus colegas, façam um cartaz de combinados:

• Peguem uma folha bem grande de papel.• Escrevam os hábitos de higiene que não podemos

esquecer para manter nossa vida saudável.• Façam uma ilustração bem bonita e colorida.• Levem a sua produção para ser exposta em sala de aula.• Leia para seus colegas e combine com eles como cumprir

esses combinados.

Consulte-o quando precisar!

C

Cantinho de leitura

Hábitos de higiene

127

DESCOBRIMOS QUE OS HÁBITOS DE HIGIENE SÃO IMPORTANTES PARA NOSSA VIDA.

Fizemos alguns combinados que vão nos ajudar a preservar a nossa saúde.

– E o banho? Ele é importante para a nossa saúde?

– Você toma banho todos os dias?

Converse com seus colegas sobre a importância de tomar banho.

Francisco acredita que tomar banho é um hábito saudável.

A

128

E sobre os dentes? O que sabemos?Vamos fazer uma roda de conversa para falar sobre eles?

Quantos dentes nós temos?

O que devemos fazer para termos dentes saudáveis?

Eles são importantes para a nossa alimentação?

E para a nossa saúde e digestão dos alimentos?

O que devemos fazer quando sentirmos dor de dente?

Quantas vezes ao dia você escova os dentes?

Vamos saber mais um pouco sobre eles.

B

Você já teve dor de dente?

comoestecartazseráfeitoemcasa,incentiveascriançasausaremaimaginação,casonãotenhamumacartolina(usandopedaçosdepapelãooureaproveitandomateriais).

quandochegaremàsaladeaula,coletivizeasproduções,pedindoquecadaeducandoapresenteoseucartaz.

façaumarodaparaqueascriançaspossamverumasàsoutras.

deixequerelatemsuasexperiênciaseconhecimentossobreotema.

organizecomoseducandosaformacomoaconversaserárealizada(quemcomeçaráafalar,onderealizarãoaconversaetc.).

leve-osarefletiroqueaconteceriacomonossocorposenãotomássemosbanho.

levantecomogrupoasdiferentesformasquepodemosusarparatomarbanho.

Page 65: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

65p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

129

Veja o que aconteceu com Ana.

Ana ficou feliz com seu dente que caiu.

Ela sabe que as crianças, à medida que vão crescendo, trocam os seus dentes.

Vejam com que bela janelinha a Ana ficou!

1 Desenhe em seu caderno quantos dentes você tem:

Complete em seu caderno:

• Eu tenho dentes.

130

Todos nós temos duas dentições.Os dentes de leite começam a nascer quando

ainda somos bebê, geralmente aos 6 meses de idade. Aos 2 anos, todos os dentes de leite já nasceram. Geralmente, são 20 dentes (10 dentes na arcada de cima e 10 dentes na arcada de baixo).

2 Seus dentes de leite já começaram a cair?

3 Para que servem os dentes?

Por volta dos 6 anos, os dentes de leite começam a cair. No lugar deles nascem os dentes permanentes, que são ao todo 32 dentes (16 dentes na arcada de cima e 16 dentes na arcada de baixo).

Leia:

132

Crianças, vejam como devemos escovar os dentes!

Leiam o texto abaixo e aprendam como preservar seus dentes:

1 Comece pelos dentes do fundo, ao lado da bochecha.

Faça movimentos circulares, pequenos e suaves. Repita esse movimento dez vezes para cada par de dentes, tentando retirar os restos de comida que ficam entre a gengiva e os dentes.

2 Para limpar a parte de trás

dos seus dentes, segure a escova na posição vertical e escove em cima e embaixo, da gengiva para o dente.

3 O último passo para ficar

bem escovado é fazer movimentos de vaivém sobre os dentes e dar uma escovada na língua. Você está pronto para sorrir!

perguntequalacriançaquejáperdeualgumdente.

deixequerelatemcomofoiaexperiência.

peçaaoseducandosquelevemaescovadedenteparaaescolaetreinem,seguindoasinstruções.

deixequeoseducandosleiam,sozinhos,asinstruções,etentemdescobrircomoseescovaosdentes.

Ajude-os,casosejanecessário.

quandoterminarem,coletivizeasrespostas.

Page 66: Mec Escola Ativa Alfabetizacão e Letramento 3 Educador

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133

Curiosidades

Muitos produtos são usados para escovar os dentes: creme dental, bicarbonato e, em algumas regiões, usam até o carvão e certas folhas de plantas, como a folha de goiaba.

Se você quiser ter dentes saudáveis, não deixe de fazê-lo, pois escová-los é muito importante para a saúde.

135

Peça uma visita de um agente de saúde na sua escola para fazer uma palestra sobre a importância de tomar banho diariamente.

Faça um texto em seu caderno, explicando o que entendeu da palestra e leve-o para ler com os seus familiares.

136

PRESERVAR PARA CONSERVAR

Você já discutiu sobre a importância de preservar o meio ambiente e cuidar do corpo para ter uma vida saudável.

Em uma roda de conversa, vamos discutir juntos:

1 A relação entre a saúde do corpo e do meio ambiente.

2 A forma de preservação do meio ambiente.

3 Os aspectos que contribuem para devastar o nosso planeta.

E o lixo? É um problema na sua comunidade?Você sabe o que podemos fazer para reduzi-lo?Você acha que o lixo também devasta o meio ambiente? Como?Converse com seus colegas sobre este grave problema.

A

deixequerelatemoqueusamparaescovarosdentes.

leve-osaperceberqueasaúdedocorpotambémestáligadaàsaúdedosdentes.

mostreaimportânciadeescovarosdentes,tantoparaanossasaúdefísicacomosocial.

façaumarodaparaqueascriançaspossamverumasàsoutras.

deixequerelatemsuasexperiênciaseconhecimentossobreotema.

organizecomoseducandosaformacomoaconversaserárealizada(quemcomeçaráafalar,onderealizarãoaconversaetc.).

depois,sistematizeosconhecimentos,pedindoquerelatemnocadernoosaspectosmaisimportantes.

façaumconviteevácomoseducandosconvidá-lo.casonãosejapossívelrecebê-lo,chameoutrapessoadacomunidadeparafalarsobreoassunto.

verifiqueseotextoconstruídotemsentidoeseascriançasserãocapazesderealizaraleituraparaseusfamiliares.

façaumarevisãodotextocomoseducandos,orafocandonaapropriaçãodosistemadeescrita,orafocandonaestruturaeorganizaçãodotexto.

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67p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

137

Lixo é tudo aquilo que sobra e é considerado inútil para o consumo humano. Existe o lixo que tem origem natural- vegetal ou animal, chamado de lixo orgânico: restos de alimentos, folhas, sementes, frutas, restos de carnes, ossos etc. Esse lixo é muito útil à agricultura, pois se transforma em excelente adubo. O lixo inorgânico é o que foi produzido ou modificado pelos humanos, como: plásticos, vidros, metais, pneus etc. O grande problema é que esse lixo não é reaproveitado pela natureza, e leva muitos anos para decompor, sendo necessário reciclar este material. Você sabia que no Brasil já existem regiões rurais com a coleta seletiva do lixo inorgânico para reciclagem? São muitos bons exemplos, com ideias simples, que todos nós devemos conhecer. Faça a sua parte. Organize um movimento junto à sua comunidade sobre a questão do LIXO. Busque com sua comunidade soluções para diminuir ou aproveitar o LIXO em sua região. A natureza agradece!

Lixo no campo também é problema.

B

139

Uirá, Francisco e Raimundo viram detetives!

A turminha do campo resolveu investigar os lixos da comunidade.Veja o que eles mais encontraram:

1 Litro

Quanto lixo!

Olhe quantas embalagens

que não foram aproveitadas!

Quanto lixo orgânico e inorgânico!

E na sua comunidade, muita comida

vira lixo?

Vejo muito desperdício de comida.

Precisamos dar um jeito nisso!

quandoterminarem,coletivizeasrespostas.

esseéumótimomomentodeaprendizagem.oseducandosconfrontamsuasrespostaseopiniõescomoscolegasedescobremqueumamesmarespostapodeserredigidadediferentesformas.

combinecomoseducandosdeanalisaremolixodasaladeauladuranteunsdias.

oseducandoscomeçarãoaperceberquepodemosreduzir,consideravelmente,aquantidadedelixoqueproduzimos.

Antesdeiniciaraleitura,exploreoselementosquedãoinformaçõessobreotexto:ilustração,títuloeestruturadogênero.

peçaqueleiamotítuloe,antesdelerareceita,tentemdescobrircomosefazumsucodeabacaxi.

dessaforma,realizamosantecipaçõessobreotextoqueserálido,queativarãoosconhecimentospréviosdoseducandossobreoassunto.

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141

Receita de suco de casca de abacaxi

Ingredientes:• Casca de um abacaxi picada• 1 prato de sobremesa de

folhas de hortelã• Suco de 1 limão• 2 litros de água filtrada• 3 colheres de sopa de açúcar

Modo de fazer:Lave bem as cascas do abacaxi.

Coloque para cozinhar em uma panela com a água filtrada e o açúcar, por 15 a 20 minutos. Retire as cascas da água, coloque a água numa jarra, acrescente as folhas de hortelã e o suco de limão. Sirva o suco gelado.

143

Caçando os ingredientes da receita

Procure no caça-palavras ingredientes usados na receita e escreva em seu caderno.

Á G U A B C E L S J K X V LH O R T E L Ã T S V Ã V X ES A R T L I M Ã O L O T I SL N V S O I E A Ç U C A R VC A S C A D E A B A C A X IM G E R L K N I A T U S E M

Responda em seu caderno:

Em sua comunidade há plantação de abacaxi?

Escreva também os nomes de outras frutas que têm na sua comunidade.

144

d o c e a s b n

Minha mãe faz um delicioso doce

usando casca de fruta!

Troque o símbolo pelas letras e descubra o nome dodoce que Antônia vai ensinar.

Escreva no seu caderno.

reconstruaoralmenteotextocomoseducandos,evolteaele,casosejanecessário.

émuitoimportantequeoseducandosdeemcontadereconstruirotextoseguindoasuasequêncialógica.

verifiqueseoseducandosconhecemalgumsímbolodaatividade.

oscaça-palavrassãodivertidoseajudamoseducandosapensaremnaapropriaçãodosistemadeescrita.

permitaqueescrevamcolocandoemjogoseusconhecimentos.

duranteaatividade,passepeloseducandos,fazendointervençõesqueoslevemarefletirsobreosistemadeescrita.

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69p r o g r a m a e s c o l a a t i v a

146

Batata Bolo

Bolacha Beterraba

Azeite Amendoim

Açúcar Amora

Bala Banana

Ameixa Água

Descubra e escreva em seu caderno quantas vezes apareceu abaixo a palavra banana:

Beterraba Batata Brigadeiro

Banana Bala Bolsa

Bola Batata Bule

Batata Batalhão Banana

Copie e complete em seu caderno.

A palavra banana apareceu vezes.

Copie em seu caderno apenas os ingredientes do doce de casca de banana:

147

Observe os desenhos e descubra como é feita esta receita.

Receita de chá de casca de maçã

Eu também quero ensinar uma

receita para vocês!Mas terão que descobrir como

se faz...

Ingredientes:

• 3 copos de...

• 1\2 xícara de...

• Cascas de 3...

• Gotas de...

145

Antes de ler, tente descobrir com seus amigos como é a receita que Antônia vai ensinar.

Doce de casca de banana

Ingredientes• 5 copos de cascas de banana nanica, bem lavadas e picadas• 2 e 1\2 (meio) copos de açúcar• Água

Modo de preparo• Cozinhe as cascas, em pouca água, até amolecerem. • Retire do fogo, escorra, reserve o caldo do cozimento e

deixe esfriar.• Bata as cascas e o caldo no liquidificador e passe por

peneira grossa.• Junte o açúcar e leve novamente ao fogo lento, mexendo

sempre, até o doce desprender do fundo da panela.

comotodasaspalavrascomeçamcomasletrasiniciaisdeáguaebanana,oseducandostêmquecolocaremjogotodososseusconhecimentossobreosistemadeescrita.

Alémdepensarnaletrainicial,têmqueobservartambémasoutrasletrasquecompõemaspalavras.

estaéumaótimaatividadeparadesenvolverasestratégiasdeleitura.

peçaaoseducandosque,inicialmente,tentemconstruirotextooralmente.

depois,deixequecoloquememjogoseusconhecimentossobreosistemadeescrita.

passepeloseducandos,duranteatarefa,realizandointervençõespontuaisàssuasnecessidades.

incentive-osaler,àmedidaqueforemconstruindootexto,paraverificarasuacoerência.

comotodasaspalavrascomeçamcomamesmaletra,oseducandostêmqueficaratentosàsdiferençasentreelas.

Ascriançasqueaindanãoleemconvencionalmente,ebuscamcomopistadeleituraaletrainicialefinal,têmquebuscarnovasestratégiasparaexecutaratarefa.

issofazcomqueelescomecemabuscarnovaspistas,atravésdasletrasqueestãonointeriordapalavra.

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149

1 Copie em seu caderno a receita de cascas de frutas que mais gostou:

Suco de cascas de abacaxi

Doce de cascas de banana

Chá de cascas de maçã

2 Copie e separe em seu caderno os nomes das frutas em sílabas.

3 Junte as sílabas das mesmas cores e forme os nomes de algumas frutas. Escreva em seu caderno.

MO LA MÃO

JA U RAN

PE RAN VA

MA GO RA

Abacaxi

Maçã

Banana

150

• Você aprendeu várias receitas que reaproveitam alimentos que seriam jogados fora na escola.

• Faça uma pesquisa de outras receitas com seus familiares, ou com sua comunidade, e conheça como eles reaproveitam alimentos.

• Anote todas as receitas que encontrar.• Faça um livro de receitas ecologicamente corretas.• Apresente-o aos amigos e coloque no Cantinho de

Leitura, para pesquisar quando precisar.

Convide seu(sua) educador(a) para acompanhar seus progressos.

Lembre-se:não desperdice

alimentos!

Mãos à obra,

turma!

C

151

Após a discussão, responda:

1 Essa frase tem alguma importância para você? Por quê?

2 De que forma você pode contribuir em relação à água, para a preservação da natureza?

3 Você acredita que usando a água de forma correta está conservando o meio ambiente?

4 De que forma você pode relacionar a preservação do meio ambiente com os cuidados com o corpo?

Faça uma lista de suas respostas em seu caderno.

Continue refletindo e apresente suas ideias para o(a) educador(a) e para a sua turma.

“Usar a água corretamente é também uma forma de preservação do meio ambiente”.

A COM SEU PROFESSOR E COLEGAS, DISCUTA SOBRE A AFIRMAÇÃO:

relembrecomoseducandosasreceitasestudadas,eincentive-osadarasuaopinião.

Ascriançasdevemtomarconsciênciadequeaspalavrassãocompostasdeunidadesmenores,quesãoassílabas.

mesmoquedescubramrapidamenteonomedasfrutas,permitaqueascriançasfaçamváriasexperiências,misturandodeváriasformasassílabasdamesmacor.

Aatividadeficadivertida,atraindoaatençãodoseducandos.

façaumarodaparaqueascriançaspossamverumasàsoutras.

permitaquerelatemsuasexperiênciaseconhecimentossobreotema.

organizecomoseducandosaformacomoaconversaserárealizada(quemcomeçaráafalar,onderealizarãoaconversaetc.).

educador,incentiveseuseducandosabuscaremreceitasvariadasquereaproveitemalimentos.

permitaqueparticipemativamentedaconstruçãodolivro.

construamcoletivamenteosbilhetes,pedindoasreceitas.

distribua-osaosfamiliareseàcomunidade.

deixequeoseducandosajudemnaconstruçãodoíndicedolivro,reescrevaasreceitaseilustre-as.

quandooseducandosparticipamativamentedeumaproposta,elasetornaprazerosaesãoconstruídasgrandesaprendizagens.

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154

Consumo diário de água:

Atividade Litros Como economizar?

100 L Não demorar no banho

25 L Escovar os dentes com a torneira fechada

20 LNão jogue lixo no vaso

sanitário e use a descarga somente quando necessário

46 LMantenha as torneiras

fechadas e evite vazamentos

Leia o quadro abaixo.

• Observe onde o consumo é maior.• É possível reduzir esse consumo? Como?

Dê exemplos.

152

A existência de tudo que é vivo no nosso planeta depende da água.

B

Utilizar não é estragar!

155

Observe as cenas do dia a dia. Em qualquer dessas cenas você pode economizar água?

Anote em seu caderno.Explique como você pode economizar água nas

cenas que você anotou.

incentiveoseducandosarealizaremumaleituradetalhadadaimagem,ativandoseusconhecimentospréviossobreoassunto.

façaumarodaparaquepossamresponderàsquestõespedidas,eexporsuasideiassobreoassuntodotexto.

oseducandosdevemperceberqueelespodemcontribuirnaeconomiadaágua,tantomudandoalgunshábitoscomotambémconscientizandoosfamiliareseacomunidade.

pergunteaoseducandossetinhamconsciênciadaquantidadedeáguaquedesperdiçamosdiariamente.

listecomogrupoquaissãoassituaçõesemqueelesdesperdiçammaiságua.

tracemetascomelesparadiminuíremoconsumo,tantonaescola,comocomafamília.

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156

Curiosidades...

Cerca de 75% do nosso planeta é coberto por água. A imensa maioria está nos oceanos, é salgada e não pode ser utilizada. A água doce restante, que pode ser usada pelos seres vivos, é uma parte pequena e está ameaçada pela poluição e pelo desperdício.

Responda em seu caderno:

Qual água é apropriada para o consumo do ser humano, a água doce ou a água salgada?

Na sua casa, a sua família se preocupa em economizar água? Como?

Escreva em seu caderno uma frase respondendo essas perguntas.

Para se divertir...

O que é, o que é, que cai em pé e corre deitado?

157

Vamos trabalhar!

Visite a sua comunidade e observe:

• Como as pessoas tratam e conservam as fontes de água (poços, rios, cisternas e açudes).• Se a água é bem utilizada na sua casa e na sua comunidade.• Se as pessoas sabem da importância de utilizar bem a água.

Agora que você descobriu de que forma a água é utilizada na sua casa e na sua comunidade, faça folhetos informativos, orientando as pessoas sobre a necessidade de preservar e fazer bom uso da água. Apresente seu trabalho em sua classe e, junto com o(a) educador(a) e seus colegas, distribua os folhetos informativos criados na comunidade.

C

permitaqueexponhamseusconhecimentossobreoassunto.

incentive-osaidentificarosproblemasqueencontrarem.

devoltaàsaladeaula,deixequeregistremassuasobservações,escrevendoosproblemasencontrados.

emroda,socializeasinformaçõescolecionadaseproporcioneumaconversasobreamudançadeatitudequepodemosterparamelhorarasituação,tentandosolucionarosproblemasencontrados.

coletivizeasrespostasdoseducandoseescrevaemumafolhatodasasiniciativasdeeconomiadasfamílias.

tracemetascomelesparaque,futuramente,todasasfamíliassemobilizemnaeconomiadeágua.

nessepasseiocomoseducandos,aoredordaescola,incentive-osaidentificarosproblemasqueencontrarem.

casosejapossível,façaumavisitaaoslocaisdasuacomunidadeemqueasituaçãoestejagrave.

devoltaàsaladeaula,permitaqueregistremassuasobservações,escrevendoosproblemasencontrados.

emroda,socializeasinformaçõescolecionadaseproporcioneumaconversasobreamudançadeatitudequepodemosterparamelhorarasituação,tentandosolucionarosproblemasencontrados.

Antesdeconstruirospanfletos,analiseoutrospanfletos,paraqueelessirvamdemodelodestegênero.

deixequeoseducandosdeempalpiteseparticipemativamentedoprocesso.

traceumroteirodeentregadospanfletos,noslocaismaisabrangentes,edemaiordivulgação.

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Seminário: O Dia das Conquistas: Meio Ambiente e Saúde do Corpo Físico

Para finalizar a unidade, organize com seus colegas um seminário.

Este seminário será apresentado para seus colegas, familiares e para sua comunidade. Desta forma, você poderá construir novos conhecimentos sobre o assunto e divulgar as importantes informações que aprendeu.

• Convide as pessoas da comunidade que entendam sobre ações ambientais e de saúde do corpo para dar palestras e cursos no dia combinado. Temas sugeridos: preservação ambiental, vacinação, higiene e saúde etc.

• Chame todos os colegas da sua turma para participar e divida as tarefas de organização do seminário com eles.

161

Você achou que foi importante estudar sobre a preservação do meio ambiente? Por quê?

As suas atitudes mudaram após conhecer mais sobre a preservação? Como?

Faça o diagnóstico escrevendo o seu texto em uma folha.

Não se esqueça... Sua atitude faz diferença!

Atividade Diagnóstica n° 4

estaseráaculminânciadaunidade.

planejecomantecedência,paraquetodospossamparticipar.

organizecomoseducandoscomoseráotrabalho.

leveàescolatodaacomunidade.

façaumeventosimples,masdegrandeimportânciaparatodos.

nãoseprendaapenasnassugestõesdolivro,crieoutrasopçõesdetrabalho,casodesejeme/ouatendamàrealidadedevocês.

motiveoseducandosefaçacomqueelesparticipemdetodooprocesso.

quandooseducandosparticipamativamentedeumaproposta,elasetornaprazerosaesãoconstruídasgrandesaprendizagens.

estediagnósticoéumaformadeverificar,maisdetalhadamente,comooseducandosavançaramemrelaçãoàescrita.

porisso,sigaosdetalhesquefavorecemasuarealização:

1 preenchanumafolhaavulsaonomedacriança,onomedoaplicador,adataeaescolaondeacriançaestuda.

2 comuniqueaoseducandosoobjetivododiagnóstico,antesdeiniciá-lo.conteparaelesaimportânciadevocêsabercomoavançaramduranteoano.

3 incentive-osarealizarumaescritadojeitodeles,masmostre-lhesaimportânciadeinvestirnatarefa,pensandobastanteantesdeiniciá-la.

4 realizeodiagnósticoindividualmentecomcadaeducando.contequeiráconstruirumtextosobreomeioambiente,jáqueestefoioassuntotrabalhadonessaunidade.

5 Apósacriançaescrever,peçaqueleia,mostrandocomodedoqueparterepresentaoqueelaestálendo.

6 Apósterminar,pegueasescritasdiagnósticasanterioresparaqueacompanhemjuntosasuaevoluçãoduranteoano.

Aobservaçãodasproduçõesrealizadaseasanálisesdoeducandoduranteoanoajudarãoaverificarosaspectosqueoeducandoavançou.

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