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1 POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DE ENSINO ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS “CORONEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO” CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DE POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA MATÉRIA 13: EDUCAÇÃO INSTITUCIONAL UD 01: PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPL INA Departamento de Ensino e Administração Divisão de Ensino e Administração Seção Pedagógica Setor de Planejamento APOSTILA ATUALIZADA EM ABRIL DE 2009 PELO SUBTEN PM ALBINO DA ESSd

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1

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE ENSINO

ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS

“CORONEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO”

CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DEPOLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO

DA ORDEM PÚBLICA

MATÉRIA 13: EDUCAÇÃOINSTITUCIONAL

UD 01: PRINCÍPIOS DEHIERARQUIA E DISCIPLINA

Departamento de Ensino e AdministraçãoDivisão de Ensino e Administração

Seção PedagógicaSetor de Planejamento

APOSTILA ATUALIZADA EM ABRIL DE 2009 PELO SUBTEN PM ALBINO DA ESSd

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ÍNDICE:

1. Dos Sinais de Respeito 1

2. Da Continência 53. Do Procedimento Normal 6

4. Do Procedimento em outras Situações 105. Da Apresentação 146. Da Continência da Tropa 167. Da Continência da Tropa a Pé Firme 178. Do Procedimento da Tropa em Si tuações Diversas 199. Da Continência da Guarda 2110. Da Continência da Sentinela 2211. Da Apresentação do Estandarte Histórico aos Recrutas 2312. Do compromisso dos Recrutas 2413. Das Escalas de Serviço 2514. Da Guarda do Quartel 2615. Dos Soldados da Guarda e das Sentinelas 2816. Do Reforço da Guarda 3017. DAS SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA TROPA17. Dos Plantões 3419. Dos Deveres Policiais-Militares 3920. Da Disciplina Policial -Militar 4321. Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina 4422. Da Transgressão Disciplinar 4523. Das Sanções Administrativas Disciplinares 59

24. Do Recolhimento Disciplinar 6525. Do Procedimento Disciplinar 68

26. Da Representação 7027. Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e do Cumprimento das Sanções

Disciplinares 7129. Do Comportamento 8030. Dos Recursos Disciplinares 8231. Das Recompensas Policiais -Militares 8632. Do Processo Regular 88

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CAPÍTULO llDos Sinais de RespeitoASSUNTOS DA I-21-PM

Art. 4º - Quando dois militares deslocam -se juntos, o de menor antigüidade dá a direita

ao superior.

Parágrafo único - Se o deslocamento se fizer em via que ten ha lado interno e lado

externo, o de menor antigüidade dá o lado interno ao superior.

Art. 5º - Quando os militares deslocam-se em grupo, o mais antigo fica no centro,

distribuindo-se os demais, segundo suas precedências, alternadamente à direita e à

esquerda do mais antigo.

Art. 6º - Quando encontrar um superior num local de circulação, o militar saúda -o e

cede-lhe o melhor lugar.

§ 1º - Se o local de circulação for estreito e o militar for praça, franqueia a passagem ao

superior, faz alto e permanece de frente para ele.

§ 2º - Na entrada de uma porta, o militar franqueia -a ao superior; se estiver fechada,

abre-a, dando passagem ao superior e torna a fechá -la depois.

Art. 7º - Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade cívico -militar,

bem como em reuniões sociais, o militar cumprimenta, tão logo lhe seja possível, seus

superiores hierárquicos.

Parágrafo único - Havendo dificuldade para aproximar -se dos superiores hierárquicos,

o cumprimento deve ser feito mediante um movimento de ca beça.

Art. 8º - Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento "Senhor" ou

"Senhora".

§ 1º - Para falar, formalmente, a um oficiaI -general, o tratamento é "Vossa Excelência",

"Senhor Almirante", "Senhor General" ou "Senhor Brigadeiro", conforme o caso. Nas

relações correntes de serviço, no entanto, é admitido o tratamento de "Senhor".

§ 2º - Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar,

o tratamento é "Senhor Comandante", "Senhor Diretor", "Senhor Chef e", conforme o caso;

nas relações correntes de serviço, é admitido o tratamento de "Comandante", "Diretor" ou

"Chefe".

§ 3º - No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o tratamento "você",

respeitadas as tradições e peculiaridades de cada Força Ar mada.

Art. 9º - Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento "você".

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Art. 10 - Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê -lo o mais

rápido possível, apressando o passo quando em deslocamento.

Art. 11 - Nos refeitórios, os Oficiais observam, em princípio , as seguintes prescrições:

I - aguardam, para sentarem à mesa, a chegada do Comandante, Diretor ou Chefe, ou

da mais alta autoridade prevista para a refeição;

II - caso a referida autoridade não possa comparecer à hora marcada para o início da

refeição, esta é iniciada sem a sua presença; à sua chegada, a refeição não é interrompida,

levantando-se apenas os Oficiais que tenham assento à mesa daquela autoridade;

III - ao terminar a refeição, cada Oficial levanta -se e pede permissão ao mais antigo

para retirar-se do recinto, podendo ser delegada ao mais antigo de cada mesa a

autorização para concedê-la;

IV - o Oficial que se atrasar para a refeição deve apresentar -se à maior autoridade

presente e pedir permissão para sentar-se;

V - caso a maior autoridade presente se retire antes que os demais Oficiais tenham

terminado a refeição, apenas se levantam os que tenham assento à sua mesa.

§ 1º - Os refeitórios de grande freqüência e os utilizados por Oficiais de divers as

Organizações Militares podem ser regidos por disposições específicas.

§ 2º - Nos refeitórios de suboficiais, subtenentes e sargentos, deve ser observado

procedimento análogo ao dos Oficiais.

Art. 12 - Nos ranchos de praças, ao neles entrar o Comandant e, Diretor ou Chefe da

Organização Militar ou outra autoridade superior, a praça de serviço, o militar mais antigo

presente ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda: "Rancho Atenção!" e

anuncia a função de quem chega; as praças, sem se levantare m e sem interromperem a

refeição, suspendem toda a conversação, até que seja dado o comando de "À vontade".

Art. 13 - Sempre que um militar precisar sentar -se ao lado um superior, deve solicitar -

lhe a permissão.

1.CAPÍTULO III Da Continência

Art. 14 - A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da

tropa.

§ 1º - A continência é impessoal; visa a autoridade e não a pessoa.

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§ 2º - A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; em

igualdade de posto ou graduação, quando ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor

precedência, deve se executada simultaneamente.

§ 3º - Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se

uniformizado, presta a continência individual; se em trajes civis, responde-a com um

movimento de cabeça, com um cumprimento verbal ou descobrindo -se, caso esteja de

chapéu.

Art. 15 - Têm direito à continência:

I - a Bandeira Nacional:

a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar o u cívica;

b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;

c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;

d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por

organização civil, em cerimônia cívica;

e) quando, no período compreendido entre 08:00 horas e o pôr -do-sol; um militar entra

a bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou, quando na situação de "embarcado", avista -

a ao entrar a bordo pela primeira vez, ou ao sair pela última vez;

II - o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;

III - o Presidente da República;

IV - o Vice-Presidente da República;

V - o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribuna l

Federal;

VI - os Ministros de Estado;

VII - os Governadores de Estado, de Territórios Federais, e do Distrito Federal, nos

respectivos territórios, ou em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;

VIII - os Ministros do Superior Tribunal Militar;

IX - os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; neste último caso,

quando for obrigatório o seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os

demais militares, quando reconhecidos ou identificados;

X - os militares da reserva ou reformados, quando reconhecidos ou identificados;

XI - a tropa quando formada;

XII - as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos dos incisos I e II

deste artigo;

XIII - as autoridades civis estrangeiras, corresponden tes às constantes dos incisos III a

VIII deste artigo, quando em visita de caráter oficial;

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XIV - os militares das Forças Armadas estrangeiras, quando uniformizados e, se em

trajes civis, quando reconhecidos ou identificados;

XV - os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares,

Corporações consideradas forças auxiliares e reserva do Exército.

Art. 16 - O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o superior pode conceder

ao mais moderno.

Parágrafo único - O militar não deve tomar a iniciativa de estender a mão para

cumprimentar o superior, mas se este o fizer, não pode se recusar ao cumprimento.

Art. 17 - O militar deve responder com saudação análoga quando, ao cumprimentar o

superior, este, além de retribuir a continência , fizer uma saudação verbal.

SEÇÃO IDo Procedimento Normal

Art. 18 - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando

uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada,

conforme estabelecido no Art. 15.

§ 1º - A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam

mutuamente, ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno.

§ 2º - A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, s ó podendo

ser dispensada nas situações especiais regulamentadas por cada Força Armada.

§ 3º - Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:

I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta

se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o

militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;

II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre -se e assume atitude

respeitosa;

III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação

com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.

Art. 19 - São elementos essenciais da continência individual: a atitude, o gesto e a

duração, variáveis conforme a situação dos executantes:

I - atitude - postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias

e ao ambiente;

II - gesto - conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas;

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III - duração - o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto

acima referido.

Art. 20 - O militar, desarmado, ou armado de revólver ou pistola, de sabre -baioneta ou

espada embainhada, faz a continência individual de acordo com as seguintes regras:

I - mais moderno parado e superior deslocando-se:

a) posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento

do superior;

b) com cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado da cobertura,

tocando com a falangeta do indicad or a borda da pala, um pouco adiante do botão da

jugular, ou lugar correspondente, se a cobertura não tiver pala ou jugular; a mão no

prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os dedos unidos e

distendidos; o braço sensivelmente ho rizontal, formando um ângulo de 45° com a linha dos

ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior. Para desfazer a continência,

baixa a mão em movimento enérgico, voltando à posição de sentido;

c) sem cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado direito da fronte,

procedendo similarmente ao descrito na alínea b), no que couber;

d) a continência é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais

moderno e desfeita quando o superior ultrapassa o mais moderno de um passo;

II - mais moderno deslocando-se e superior parado, ou deslocando -se em sentido

contrário:

- se está se deslocando em passo normal, o mais moderno mantém o passo e a direção

do deslocamento; se em acelerado ou correndo, toma o passo normal , não cessa o

movimento normal do braço esquerdo; a continência é feita a três passos do superior, como

prescrito no inciso I, alíneas b) e c), encarando -o com movimento vivo de cabeça; ao

passar por este, o mais moderno volta a olhar em frente e desfaz a continência;

III - mais moderno e superior deslocando -se em direções convergentes:

- o mais moderno da precedência de passagem ao superior e faz a continência como

prescreve o inciso I, alíneas b) e c), sem tomar a posição de sentido;

IV - mais moderno, deslocando-se, alcança e ultrapassa o superior que se desloca no

mesmo sentido:

- o mais moderno, ao chegar ao lado do superior, faz -lhe a continência como prescrito no

inciso I, alíneas b) e c), e o encara com vivo movimento de cabeça; apôs três pas sos, volta

a olhar em frente e desfaz a continência;

V - mais moderno deslocando-se, é alcançado e ultrapassado por superior que se

desloca no mesmo sentido:

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- o mais moderno, ao ser alcançado pelo superior, faz -lhe a continência, como prescrito

no inciso I, alíneas b) e c), desfazendo depois que o superior tiver se afastado um passo;

VI - em igualdade de posto ou graduação, a continência é feita no momento em que os

militares passam um pelo outro ou se defrontam.

Art. 21 - O militar armado de espada desembainhada faz a continência individual,

tomando a posição de sentido e em seguida perfilando a espada.

Parágrafo único - Na continência aos símbolos e autoridade mencionadas nos incisos I

a VIII e XII do Art. 15 e a Oficiais -generais, abate a espada.

Art. 22 - O militar, quando estiver as duas mãos ocupadas, faz a continência individual

tomando a posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do

deslocamento do superior.

§ 1º - Quando apenas uma das mãos estiver ocupada, a mão direita deve estar livre

para executar a continência.

§ 2º - O militar em deslocamento, quando não puder corresponder à continência por

estar com as mãos ocupadas, faz vivo movimento de cabeça.

Art. 23 - O militar, isolado, armado de metralhadora de mão , fuzil ou arma semelhante

faz continência da seguinte forma:

I - quando estiver se deslocando:

a) leva a arma à posição de "Ombro Arma", à passagem de superior hierárquico;

b) à passagem de tropa formada, faz alto, volta -se para tropa e leva a arma à posição

de "Ombro Arma";

c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posição de sentido, com sua frente

voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior.

II - quando estiver parado:

a) na continência aos símbolos e autor idades mencionadas nos incisos I a VIII do Art.

15 e a Oficiais-generais, faz "Apresentar Arma";

b) para os demais militares, faz "Ombro Arma";

c) à passagem da tropa formada, leva a arma à posição de "Ombro Arma";

d) com a arma tiracolo em bandoleira, toma apenas a posição de sentido.

Art. 24 - Todo militar faz alto para a continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional

e ao Presidente da República.

§ 1º - Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia religiosa, o militar participante

da cerimônia não faz a continência individual, permanecendo em atitude de respeito.

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§ 2º - Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente não faz a

continência, nem durante a sua introdução, permanecendo na posição de "Sentido" até o

final de sua execução.

Art. 25 - Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta -se para a direção de

onde vem a música, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução.

§ 1º - Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia à Bandeira ou ao Presi dente da

República, o militar volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da República.

§ 2º - Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em

ambiente fechado, o militar volta -se para o principal local da cerimônia e faz a continência

como estipulado no inciso I do Art. 20 ou nos Art. 21, 22 ou 23, conforme o caso.

Art. 26 - Ao fazer a continência para a Bandeira Nacional integrante de tropa formada e

parada, todo militar que se desloca, faz alto, vira -se para ela e faz a continência individual,

retomando, em seguida, o seu deslocamento: a autoridade passando em revista à tropa

observa o mesmo procedimento.

Art. 27 - No interior das Organizações Militares, a praça faz alto para a continência a

oficial - general e às autoridades enumeradas nos incisos III a VIII, inclusive, do Art. 15.

Art. 28 - O Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar tem, diariamente,

direito à continência prevista no artigo anterior, na primeira vez que for encontrado pelas

suas praças subordinadas, no interior de sua organização.

Art. 29 - Os militares em serviço policial ou de segurança poderão ser dispensados dos

procedimentos sobre continência individual constantes deste Regulamento.

SEÇÃO IIDo Procedimento em outras Situações

Art. 30 - O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da

seguinte forma:

I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência

individual sem se levantarem;

II - com o veículo em movimento, somen te o passageiro faz a continência individual.

§ 1º - Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no

interior de uma Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo

e fazem a continência individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre

que viável.

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§ 2º - Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o Comandante e

o Chefe de cada viatura fazem a continência individual. Os militares transportados tomam

postura correta e imóvel enquanto durar a continência do Chefe da viatura.

Art. 31 - O militar isolado presta continência a tropa da seguinte forma:

I - tropa em deslocamento e militar parado:

a) militar a pé - qualquer que seja seu posto ou graduação, volta -se para a tropa, toma

posição de "Sentido" e permanece nessa atitude durante a passagem da tropa, fazendo a

continência individual para a Bandeira Nacional e, se for mais antigo do que o Comandante

da tropa, corresponde a continência que lhe é prestada; caso contrário , faz a continência

individual ao Comandante da tropa e a todos os militares em comando de frações

constituídas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores;

b) militar em viatura estacionada - desembarca e procede de acordo com o estipulado

na alínea anterior;

II - tropa em deslocamento e militar em movimento, a pé ou em veículo: - o militar,

sendo superior hierárquico ao Comandante da tropa, para, volta -se para esta e responde a

continência que lhe é prestada; caso contrário, para, volta -se para aquela e faz a

continência individual ao Comandante da tropa e a todos os militares em comando de

frações constituídas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; para o

cumprimento à Bandeira Nacional, o militar a pé para e faz a continência i ndividual; se no

interior de veículo, faz a continência individual; sem desembarcar;

III - tropa em forma e parada, e militar em movimento:

- procede como descrito no inciso anterior, parando apenas para o cumprimento à Bandeira

Nacional.

Art. 32 - O Oficial ao entrar em uma Organização Militar, em princípio, deve ser

conduzido ao seu Comandante, Chefe ou Diretor, ou, conforme as peculiaridades e os

procedimentos específicos de cada Força Armada, à autoridade militar da Organização

para isso designada, a fim de participar os motivos de sua ida àquele estabelecimento.

Terminada a missão ou o fim que ali o levou, deve, antes de retirar -se, despedir-se

daquela autoridade.

§ 1º - Nos estabelecimentos ou repartições militares onde essa apresentação não se ja

possível, deve o militar apresentar -se ou dirigir-se ao de maior posto ou graduação

presente, ao qual participará o motivo de sua presença.

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§ 2º - Quando o visitante for do mesmo posto ou de posto superior ao do Comandante,

Diretor ou Chefe, é conduzido ao Gabinete ou Câmara do mesmo, que o recebe e o ouve

sobre o motivo de sua presença.

§ 3º - A praça, em situação idêntica, apresenta -se ao Oficial-de-Dia ou de Serviço, ou a

quem lhe corresponder, tanto na chegada quanto na saída.

§ 4º - O disposto neste artigo e seus parágrafos não se aplica às organizações médico -

militares, exceto se o militar estiver em visita de serviço.

Art. 33 - Procedimento do militar em outras situações:

I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver pé, deve p assar por este ao

passo; se ambos estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em andadura superior;

marchando no mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de pedir -lhe autorização; em

todos os casos, a continência é feita como prescrita no inciso II d o Art. 20 deste

regulamento.

II - O militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em

nível mais elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário;

III - se o militar está em bicicleta ou motoci cleta, deverá passar pelo superior em

marcha moderada, concentrando a atenção na condução do veículo;

IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado,

não modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um su perior e informa

em voz alta: "serviço urgente";

V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência como prescrito no

Art. 22.

VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para

verificar se há algum superior presente; se houver, o militar, do lugar em que está, faz -lhe a

continência;

VII - quando um superior entra em um recinto público, o mais moderno que ai está,

levanta-se ao avistá-lo e faz-lhe a continência;

VIII - quando militares encontrarem-se em reuniões sociais, festas militares,

competições desportivas ou em viagens, devem apresentar -se mutuamente, declinando

posto e nome, partindo essa apresentação do de menor hierarquia;

IX - seja qual for o caráter - Oficial ou particular - da solenidade ou reunião, deve o

militar, obrigatoriamente, apresentar -se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de

maior posto entre os Oficiais presentes de sua Organização Militar;

X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram -se com outros militares, todos

fazem a continência individual como se estivessem isolados.

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Art. 34 - Todo militar é obrigado a reconhecer o Presidente e o Vice -Presidente da

República, o Ministro da sua Força, os Comandantes, Chefes ou Diretores da cadeia de

comando a que pertencer a sua organização e os Oficiais de sua Organização Militar.

§ 1º - Os Oficiais são obrigados a reconhecer também os ministros Militares, assim

como os Chefes dos Estados-Maiores de suas respectivas Forças.

§ 2º - Todo militar deve saber identificar as insígnias dos postos e graduações das

Forças Armadas.

Art. 35 - O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.

§ 1º - O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos

cultos religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento

seja pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestação da

continência.

§ 2º - A prescrição do "caput" deste artigo não se aplica aos militares armados de

metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante ou aos militares em serviço de

policiamento, escolta ou guarda.

Art. 36 - Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre,

cumprimentando-os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno de c abeça.

Parágrafo único - Ao dirigir-se a uma senhora para cumprimentá -la, o militar fardado,

exceto, se do sexo feminino, descobre -se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo, se

estiver desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda qu e a senhora lhe

estenda a mão.

Art. 37 - O militar armado de espada, durante solenidade militar, não descalça as luvas,

salvo ordem em contrário.

Art. 38 - Nos refeitórios das Organizações Militares, a maior autoridade presente ocupa

o lugar de honra.

Art. 39 - Nos banquetes, o lugar de honra situa -se, geralmente, no centro, do lado maior

da mesa principal.

§ 1º - Se o banquete é oferecido a determinada autoridade, deve sentar -se ao seu lado

direito o Comandante da Organização Militar responsável pela h omenagem; os outros

lugares são ocupados pelos demais participantes, segundo esquema previamente dado a

conhecer aos mesmos.

§ 2º - Em banquetes onde haja mesa plena, o homenageante deve sentar -se em frente

ao homenageado.

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Art. 40 - Em embarcação, viatura ou aeronave militar, o mais antigo é o último a

embarcar e o primeiro a desembarcar.

§ 1º - Em se tratando de transporte de pessoal, a licença para início do deslocamento é

prerrogativa do mais antigo presente.

§ 2º - Tais disposições não se aplicam a situações operacionais, quando devem ser

obedecidos os Planos e Ordens a elas ligados.

CAPÍTULO IVDa Apresentação

Art. 41 - O militar, para apresentar-se a um superior, aproxima-se deste até a distância

do aperto de mão; toma a posição de "Sentido", f az a continência individual como prescrita

neste Regulamento e diz, em voz claramente audível, seu grau hierárquico, nome de

guerra e Organização Militar a que pertence, ou função que exerce, se estiver no interior da

sua Organização Militar; desfaz a cont inência, diz o motivo da apresentação,

permanecendo na posição de "Sentido" até que lhe seja autorizado tomar a posição de

"Descansar" ou de "A Vontade".

§ 1º - Se o superior estiver em seu Gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar

sem arma ou armado de revólver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a

mão direita. Em se tratando de boné ou capacete, coloca -o debaixo do braço esquerdo com

o interior voltado para o corpo e a jugular para frente; se de boina ou gorro com pala,

empunha-o com a mão esquerda, de tal modo que sua copa fique para fora e a sua parte

anterior voltada para a frente. Em seguida, faz a continência individual e procede à

apresentação.

§ 2º - Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de m ão, o

militar faz alto à distância de dois passos do superior e executa o "Perfilar Espada" ou

"Ombro Arma", conforme o caso, permanecendo nessa posição mesmo após

correspondida a saudação; se o superior for Oficial -General ou autoridade superior, o

militar executa o manejo de "Apresentar Arma", passando, em seguida, à posição de

"Perfilar Espada" ou "Ombro Arma", conforme o caso, logo após correspondida a saudação.

§ 3º - Em locais cobertos, o militar armado nas condições previstas no parágrafo

anterior, para apresentar-se ao superior, apenas toma a posição de "Sentido".

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Art. 42 - Para retirar-se da presença de um superior, o militar faz -lhe a continência

individual, idêntica à da apresentação, e pede permissão para se retirar; concedida a

permissão, o Oficial retira-se normalmente, e a praça, depois de fazer "Meia Volta", rompe

a marcha com o pé esquerdo.

CAPÍTULO VDa Continência da Tropa

SEÇÃO IGeneralidades

Art. 43 - Têm direito à continência da tropa os símbolos e autoridades relacionadas nos

incisos I a IX e XI a XIV do Art. 15.

§ 1º - Os Oficiais da reserva ou reformados e os militares estrangeiros só tem direito à

continência da tropa quando uniformizados.

§ 2º - Às autoridades estrangeiras, civis e militares, são prestadas as continên cias

conferidas às autoridades brasileiras equivalentes.

Art. 44 - Para efeito de continência, considera -se tropa a reunião de dois ou mais

militares devidamente comandados.

Art. 45 - Aos Ministros de Estado, aos Governadores de Estado e do Distrito Fed eral e

aos Ministros do Superior Tribunal Militar, são prestadas as continências previstas para

Almirante-de-Esquadra, General-de-Exército ou Tenente-Brigadeiro.

Parágrafo único - Os Ministros da Marinha, Exército, Aeronáutica, Chefe do Estado -

Maior das Forças Armadas, Ministros do Superior Tribunal Militar, Chefe da Casa Militar da

Presidência da República, nesta ordem terão lugar de destaque nas solenidades cívico -

militares.

Art. 46 - Aos Governadores de Territórios Federais são prestadas as continência s

previstas para Contra-Almirante, General-de-Brigada ou Brigadeiro.

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Art. 47 - O Oficial que exerce função de posto superior ao seu, tem direito a continência

desse posto apenas na Organização Militar onde a exerce e nas que lhe são subordinadas.

Art. 48 - Nos exercícios de marcha, inclusive no altos, a tropa não presta continência;

nos exercícios de estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Seções II e III

deste Capítulo.

Art. 49 - A partir do escalão subunidade, inclusive, toda tropa arma da que não conduzir

Bandeira, ao regressar ao Quartel, de volta de exercício externo de duração igual ou

superior a 8 (oito) horas, e após as marchas, presta continência ao terreno antes de sair de

forma.

§ 1º - A voz de comando para essa continência é "E m continência ao terreno -

Apresentar Arma!".

§ 2º - Os militares não integrantes da formatura fazem a continência individual.

§ 3º - Por ocasião da Parada Diária, a tropa e os militares não integrantes da formatura

prestam a "Continência ao Terreno", na forma estipulada pelos parágrafos 1° e 2° deste

artigo.

§ 4º - Estas disposições poderão ser ajustadas às peculiaridades de cada Força

Armada.

Art. 50 - A continência de uma tropa para outra está relacionada à situação de

conduzirem, ou não, a Bandeira Nacional e ao grau hierárquico dos respectivos

comandantes.

Parágrafo único - Na continência, toma-se como ponto de referência, para início da

saudação, a Bandeira Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa não conduza

Bandeira.

Art. 51 - No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no

dia seguinte, a tropa apenas presta continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao

Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a outra tropa.

Parágrafo único - Excetuam-se as guardas de honra que prestam continência à

autoridade a que a homenagem se destina.

SEÇÃO IIDa Continência da Tropa a Pé Firme

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Art. 52 - A tropa em forma e parada, à passagem da outra tropa, volta -se para ela e

toma a posição de sentido.

Parágrafo único - Se a tropa que passa conduz Bandeira, ou se seu Comandante for

de posto superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a

continência indicada no Art. 53; quando, do mesmo posto e a tropa que passa não conduz

Bandeira, apenas os Comandantes fazem a continência.

Art. 53 - Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a outra

tropa formada, nas condições mencionadas no Art. 15, executando os seguintes comandos:

I - na continência a Oficial subalterno e intermediário:

- "Sentido!"

II - na continência a Oficial-superior:

- "Sentido! Ombro Arma!"

III - na continência aos símbolos e autoridades mencionadas nos incisos I a VIIl do Art.

15, a Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes: "Sentido! Ombro Arma! Apresentar

Arma! Olhar a Direita (Esquerda)!".

§ 1º - Para Oficial-General estrangeiro, só é prestada a continência em caso de visita

oficial.

§ 2º - No caso de tropa desarmada, ao comando de “Apresentar Arma!” todos os seus

integrantes fazem continência individual e a desfazem ao Comando de "Descansar Arma!".

§ 3º - Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim até o escalão Unidade, e à

viva voz, no escalão Subunidade; os Comandantes de pelotão (seção) ou de elementos

inferiores só comandam a continência quando sua tropa não estiver enquadrada em

subunidades; nas formações emassadas, não são dados comandos nos escalões inferiores

a Unidade.

§ 4º - Em formação não emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim são

dados sem a nota de execução, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo

porta-símbolo da Unidade, a banda é comandada à viva voz pelo respectivo mestre; o

estado-maior, pelo Oficial mais antigo; a Guarda -Bandeira, pelo Oficial Porta-Bandeira.

§ 5º - Os comandos são dados de forma a serem executados quando a autoridade ou a

Bandeira atingir a distância de dez passos da tropa que presta a continência.

§ 6º - À continência é desfeita ao comando de "Olhar em Frente!", "Ombro Arma!”,

"Descansar Arma!" e, "Descansar", conforme o caso, dados pelos mesmos elementos que

comandam sua execução e logo que a autoridade ou a Bandeira tenha ultrapassado de

cinco passos a tropa que presta a continência.

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§ 7º - As Bandas de Música ou de Corneteiros ou clarins e Tambores permanecem em

silêncio, a menos que se tratem de honras militares prestadas pela tropa, ou de cerimônia

militar de que a tropa participe.

Art. 54 - A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte

forma:

I - estando o pessoal embarcado, o Comandante e os Oficiais que exercem comando

até o escalão pelotão, inclusive, levantam -se e fazem a continência; se não for possível

tomarem a posição em pé no veículo, fazem a continência na posição em que se

encontram; os demais Oficiais faz em, sentados, a continência individual, e as praças

conservam-se sentadas, olhando a frente, sem prestar continência.

II - estando o pessoal desembarcado, procede da mesma maneira como na tropa a pé

firme, formando à frente das viaturas.

Parágrafo único - Quando o pessoal estiver embarcado e os motores das viaturas

desligados, o Comandante desembarca para prestar a continência; os demais militares

procedem como no inciso I.

Art. 55 - A autoridade civil ou militar estrangeira, que passar revista à tropa postada em

sua honra, são prestados esclarecimentos relativos ao modo de proceder.

SEÇÃO VDo Procedimento da Tropa em Situações Diversas

Art. 64 - Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montar, apear,

tomar a posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente.

Art. 65 - Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais

antigo passa em primeiro lugar.

Art. 66 - Se uma tropa em marcha alcançar outra deslocando -se no mesmo sentido,

pode passar-lhe à frente, em princípio pela esquerda, mediante licença ou aviso do mais

antigo que a comanda.

Art. 67 - Quando uma tropa não estiver em formatura e encontrar -se em instrução,

serviço de faxina ou faina, as continências de tropa são dispensáveis, ca bendo, entretanto,

ao seu Comandante, Instrutor ou Encarregado, prestar a continência a todo o superior que

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se dirija ao local onde encontra -se essa tropa, dando-lhe as informações que se fizerem

necessárias.

Parágrafo único - No caso do superior dirigir -se pessoalmente a um dos integrantes

dessa tropa, este lhe presta a continência regulamentar.

Art. 68 - Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência, preleção ou

atividade semelhante, e chegar o seu Comandante ou outra autoridade de posto superior

ao mais antigo presente, este comanda "Companhia (Escola, Turma, etc.) - Sentido!

Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!". A esse comando, levantam -se

todos energicamente e tomam a posição ordenada; correspondido o sinal de respeito pe lo

superior, volta a tropa à posição anterior, ao comando de "Companhia (Escola, Turma, etc.)

- À vontade!". O procedimento é idêntico quando se retirar o comandante ou a autoridade

em causa.

§ 1º - Nas reuniões de Oficiais, o procedimento é o mesmo, usan do-se os comandos:

"Atenção! Comandante de Batalhão (ou Exmo. Sr. Almirante, General, Brigadeiro

Comandante de ...)! À vontade"!, dados pelos instrutor ou Oficial mais antigo presente.

§ 2º - Nas Organizações Militares de ensino, os alunos de quaisquer po stos ou

graduações aguardam nas salas de aula, anfiteatros ou laboratórios a chegada dos

respectivos professores ou instrutores. Instruções internas estabelecem, em minúcias, o

procedimento a ser seguido.

Art. 69 - Quando um Oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o

militar de serviço ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda "Alojamento

(Vestiário) - Atenção! Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!". As praças,

sem interromperem suas atividades, no mesmo local e m que se encontram, suspendem

toda a conversação e assim se conservam até ser comandado "À vontade!".

SEÇÃO VIDa Continência da Guarda

Art. 70 - A guarda formada presta continência:

I - aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, referidos nos incisos I a VIII, XI e XII

do Art. 15;

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II - aos Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nas

sedes dos Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente;

III - aos Oficiais-Generais, nas sedes de Comando, Chefia ou Direção privativos dos

postos de Oficial-General;

IV - aos Oficiais-Generais, aos Oficiais Superiores e ao Comandante, Chefe ou Diretor,

qualquer que seja o seu posto, nas Organizações Militares;

V - aos Oficiais-Generais e aos Oficiais Superiores das Forças Armadas das Nações

Estrangeiras, quando uniformizados, nas condições estabelecidas nos incisos anteriores;

VI - à guarda que venha rendê-la.

§ 1º - As normas para a prestação de continência guarda formada, a Oficiais de

qualquer posto, serão reguladas pelo Cerimonial de cada Força.

§ 2º - A continência é prestada por ocasião da entrada e saída da autoridade.

Art. 71 - Para a continência à Bandeira e ao Presidente da República, a guarda forma

na parte externa do edifício, à esquerda da sentinela do portão das armas (sentinela da

entrada principal), caso o local permita; o corneteiro da guarda ou de serviço dá o sinal

correspondente ("Bandeira" ou "Presidente da República"), e o Comandante da guarda

procede como estabelecido no inciso III do Art. 53.

Art. 72 - A guarda forma para prestar continência à tropa de efetivo igual ou superior a

subunidade, sem Bandeira, que saia ou regresse ao quartel.

Art. 73 - Quando em uma Organização Militar entra ou sai seu Comandante, Chefe ou

Diretor, acompanhado de Oficiais, a continência da guarda formada é prestada apenas ao

Oficial de maior posto, ou ao Comandante, se de posto igual ou superior ao dos que o

acompanham.

Parágrafo único - A autoridade a quem é prestada a continência destaca -se das

demais para corresponder à continência da guarda; os acompanhantes fazem a continência

individual, voltados para aquela autoridade.

Art. 74 - Quando a continência da guarda é acompanhada do Hino Nacional ou da

marcha batida, os militares presentes voltam a frente para a autoridade, ou à Bandeira, a

que se presta a continência, fazendo a continência individual no início do Hino ou marcha

batida desfazendo-a ao término.

Art. 75 - Uma vez presente em uma Organização Militar autoridade cuja insígnia esteja

hasteada no mastro principal, apenas o Comandante, Diretor ou Chefe da Organização e

os que forem hierarquicamente superiores à referida autoridade têm direito à continência da

guarda formada.

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SEÇÃO VIIDa Continência da Sentinela

Art. 76 - A sentinela de posto fixo, armada, presta continência:

I - apresentando arma:

- aos símbolos e autoridades referidos no Art. 15;

II - tomando a posição de sentido:

- aos graduados e praças especiais das Forças Armadas nacionais e estrangeiras;

III - tomando a posição de sentido e, em seguida, fazendo Ombro Arma:

- à tropa não comandada por Oficial.

§ 1º - O militar que recebe uma continência de uma sentinela faz a continência individual

para respondê-la.

§ 2º - A sentinela móvel presta continência aos sí mbolos, autoridades e militares

constantes do Art. 15, tomando apenas posição de sentido.

Art. 77 - Os marinheiros e soldados, quando passarem por sentinela, fazem a

continência individual, à qual a sentinela responde tomando a posição de "Sentido".

Art. 78 - No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada do

dia seguinte, a sentinela só apresenta armas à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao

Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a tropa formada, qua ndo

comandada por Oficial.

Parágrafo único - No mesmo período, a sentinela toma a posição de "Sentido" à

passagem de um superior pelo seu posto ou para corresponder à saudação militar de

marinheiros e soldados.

Art. 79 - Para prestar continência a uma tr opa comandada por Oficial, a sentinela toma

a posição de "Sentido", executando o "Apresentar Arma" quando a testa da tropa estiver a

10 (dez) passos, assim permanecendo até a passagem do Comandante e da Bandeira; a

seguir faz "Ombro Arma" até o escoamento completo da tropa, quando volta às posições de

"Descansar Arma" e "Descansar".

SEÇÃO VI

Da Apresentação do Estandarte Histórico aos Recrutas

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Art. 170 - Em data anterior à da apresentação da Bandeira Nacional, deverá serapresentado aos recrutas, se pos sível na data do aniversário da Organização Militar, oEstandarte Histórico.

Art. 171 - A cerimônia de apresentação do Estandarte Histórico aos recrutas deveobedecer às seguintes prescrições:

I - a tropa forma desarmada;II - o Estandarte Histórico, conduzido sem guarda, aproxima -se e ocupa um lugar de

destaque defronte à tropa;III - o Comandante da Organização Militar faz uma alocução de apresentação do

Estandarte Histórico, abordando:a) o que representa o Estandarte da Organização Militar;b) o motivo histórico da concessão, inclusive os feitos da Organização Militar de origem

e sua atuação em campanha, se for o caso;c) a identificação das peças heráldicas que compõe o Estandarte Histórico.IV - após a alocução do Comandante, a Orga nização Militar cantará a canção da

Unidade;V - neste dia, o Estandarte Histórico deverá permanecer em local apropriado para ser

visto por toda a tropa, por tempo a ser determinado pelo Comandante da OrganizaçãoMilitar.

CAPÍTULO IVDos Compromissos

SEÇÃO IDo compromisso dos Recrutas

Art. 172 - A cerimônia do Compromisso dos Recrutas é realizada com grandesolenidade, no final do período de formação.

Art. 173 - Essa cerimônia pode ser realizada no âmbito das Organizações Militares oufora delas.

Parágrafo único - Quando várias Organizações Militares das Forças Armadas tiveremsede na mesma localidade, a cerimônia pode ser realizada em conjunto.

Art. 174 - O cerimonial deve obedecer às seguintes prescrições:I - a tropa forma armada;II - a Bandeira Nacional sem a guarda, deixando o dispositivo da formatura, toma

posição de destaque em frente da tropa;III - para a realização do compromisso, o contingente dos recrutas, desarmados, toma

dispositivo entre a Bandeira Nacional e a tropa, de fre nte para a Bandeira Nacional;IV - disposta a tropa, o Comandante manda tocar "Sentido" e, em seguida, "Em

Continência à Bandeira - Apresentar Arma", com uma nota de execução para cada toque.O porta-bandeira desfralda a Bandeira Nacional;

V - o compromisso é realizado pelos recrutas, perante a Bandeira Nacional desfraldada,com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos unidos,palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras:"INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL (OU AO EXÉRCITO BRASILEIRO OUAERONÁUTICA BRASILEIRA) - PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE - AS ORDENSDAS AUTORIDADES - A QUE ESTIVER SUBORDINADO - RESPEITAR OSSUPERIORES HIERÁRQUICOS - TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS - E

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COM BONDADE OS SUBORDINADOS - E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇODA PÁTRIA - CUJA HONRA - INTEGRIDADE - E INSTITUIÇÕES - DEFENDEREI - COMO SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA";

VI - em seguida, o Comandante manda tocar "Descansar Arma"; os recrutas baixamenergicamente o braço, permanecendo, porém, na posição de "Sentido";

VII - em prosseguimento, é cantado o Hino Nacional, ao qual segue a leitura da Ordemdo Dia alusiva à data ou, na falta desta, do Boletim alusivo à solenidade;

VIlI - os recrutas desfilam em fren te à Bandeira Nacional, prestando -lhe a continênciaindividual;

IX - terminada a cerimônia, e após a Bandeira Nacional ter ocupado o seu lugar nodispositivo, a tropa desfila em continência à maior autoridade presente;

X - nas unidades motorizadas, onde a Bandeira Nacional e respectiva guarda sãotransportadas em viatura especial, o Porta -Bandeira conserva-se, durante o desfile, em pé,mantendo-se a guarda sentada.

Parágrafo único. Nas sedes de Grandes Unidades ou Guarnições:a) a direção de todo o cerimonial compete, neste caso, ao comandante da Grande

Unidade ou Guarnição;b) o cerimonial obedece, de maneira geral, as prescrições estabelecidas neste artigo.

ASSUNTOS DO RISG

CAPÍTULO III

DAS ESCALAS DE SERVIÇO

Art. 184. A escala de serviço é a relação do pessoal ou das frações de tropa que concorremna execução de determinado serviço, tendo por finalidade principal a distribuição eqüitativade todos os serviços de uma OM.

§ 1º Em cada unidade ou SU, as escalas respectivas são reunidas em um só d ocumento,devendo cada uma delas conter os esclarecimentos necessários relativos à sua finalidade.

§ 2º Todas as escalas são rigorosamente escrituradas e mantidas em dia pelas autoridadesresponsáveis, sendo nelas convenientemente registrados os serviços e scalados eexecutados, bem como as alterações verificadas por ordem ou motivo superior.

Art. 185. Serviço de escala é todo o serviço não atribuído permanentemente à mesmapessoa, ou fração de tropa, e que não importe em delegação pessoal ou escolha,obedecendo às seguintes regras:

I - o serviço externo é escalado antes do interno e, em cada caso, o extraordinário antes doordinário, tendo-se bem em vista a perfeita eqüidade na distribuição;

II - a designação para determinado serviço recairá em quem, no mesm o serviço, maiorfolga tiver;

III - em igualdade de folga, designar -se-á, primeiro, o de menor posto ou graduação, oumais moderno;

IV - as folgas são contadas separadamente para cada serviço;

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V - entre dois serviços de mesma natureza ou de natureza difere nte, observar-se-á, para omesmo indivíduo, no mínimo a folga de quarenta e oito horas, sempre que possível;

VI - é considerado mais folgado o último incluído na escala, excetuados os casos dereinclusão na mesma, quando não haja decorrido, ainda, o prazo dentro do qual lhehouvesse tocado o serviço;

VII - a designação para o serviço ordinário será feita de véspera, levando -se em conta asalterações desse dia e, para o extraordinário, de acordo com a urgência requerida;

VIII - quando qualquer militar tiver entrado de serviço num dia em que não haja expediente,evitar-se-á, na medida do possível, que a sua imediata designação para o serviço recaiaem um desses dias, sendo que, para isto, poderão ser organizadas escalas especiais,paralelas à comum;

IX - a troca de serviço não altera as folgas da escala e, conseqüentemente, o critério dadesignação;

X - só depois de apresentado pronto à unidade, poderá o militar ser escalado para qualquerserviço;

XI - para contagem de folga, o serviço individual será considera do como executado, desdeque o designado o tenha iniciado e, relativamente ao coletivo, desde que a tropa tenhaentrado em forma;

XII - em caso de estabelecimento de um serviço, levar -se-á em consideração, paracontagem das folgas, a escala anterior desse serviço;

XIII - a designação para os serviços da unidade é publicada, de véspera, no BI e a das SU,nos respectivos aditamentos; e

XIV - durante o período de gravidez e até que a criança atinja a idade de seis meses, amilitar não concorre aos serviços de escala.

Seção VIDa Guarda do Quartel

Art. 207. A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt econstituída dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas.

§ 1º Excepcionalmente, será a guarda do quartel comandada por ofic ial, neste caso,será acrescida de um corneteiro ou clarim, passando o sargento às funções de auxiliar doCmt Gd.

§ 2º Todo o pessoal da guarda manter -se-á corretamente uniformizado, equipado earmado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em f orma e atender a qualquereventualidade.

§ 3º Um rodízio de descanso entre os homens menos folgados poderá funcionar nodecorrer de todo o serviço, sob o controle do Cmt Gd, com a finalidade de permitir que ossoldados estejam descansados, vigilantes e al ertas, durante a permanência nos postos desentinela, particularmente no período noturno.

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§ 4º O período de descanso de que trata o § 3º deste artigo será gozado no alojamentoda guarda, de onde os homens somente afastar -se-ão mediante ordem ou com autori zaçãodo Cmt Gd; será autorizado que os soldados afrouxem o equipamento e durmam.

§ 5º As condições do rodízio tratado nos §§ 3º e 4º deste artigo poderão estar reguladasde forma pormenorizada nas NGA/U.

Art. 208. A guarda do quartel tem por principais finalidades:I - manter a segurança do quartel;II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os

primeiros saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem deautoridade competente;

III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas, sópermitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente autorização e,neste caso, convenientemente trajadas;

IV - só permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situaçõ es extraordinárias,mediante ordem ou licença especial e somente pelos locais estabelecidos;

V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e outros artigosproibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a uni dade;

VI - não permitir ajuntamentos nas proximidades das prisões nem nas imediações docorpo da guarda e dos postos de serviço;

VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridadecompetente, bem como exigir o cumprimento da s prescrições relativas à saída de viaturas;

VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento e ordemdo Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se aproximar do quartel;

IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou pessoasestranhas, sem licença do Of Dia, e que seja quebrada a incomunicabilidade dos que a talcondição estiverem sujeitos;

X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada de oficial estranho à unidadeno recinto do quartel;

XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no quartel;XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio

conhecimento e autorização do Of Dia;XIII - só permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a apresentação

do cartão de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U;XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à

distância, quando necessário;XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do

quartel;XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de fechado

o portão principal e permitir a saída, neste caso, somente das que estejam autorizadas peloOf Dia; e

XVII - prestar as continências regulamentares.Parágrafo único. Na execução dos serviços que lhes cabem, as guardas reger -se-ão

pelas disposições regulamentares vigentes, relativas ao assunto e instruções especiais doCmt U.

Art. 209. No corpo da guarda, é proibida a permanência de civis ou de praças estranhasà guarda do quartel.

Art. 210. No corpo da guarda serão afixados quadros contendo relações de materialcarga distribuído, dos deveres gerais do pessoal da guarda e ordens particulares do Cmt U.

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Art. 211. Os postos de sentinela, especialmente os das sentinelas das armas e dasprisões, serão ligados ao corpo da guarda por meio de campainha elétrica ou outros meiosde comunicação.

Seção IXDos Soldados da Guarda e das Sentinelas

Art. 216. Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de sentinela, competindo -lhes aobservância de todas as ordens relativas ao serviço.

Art. 217. A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e inviolável, sendo, por lei,punido com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pelaresponsabilidade que lhe incumbe, o soldado investido de tão nobre função portar -se-á comzelo, serenidade e energia, próprios à autoridade que lhe foi atribuída.

Art. 218. Incumbe, particularmente, à sentinela:I - estar sempre alerta e vigilante, em condições de bem cumprir a sua missão;II - não abandonar sua arma e mantê -la sempre pronta para ser empregada,

alimentada, fechada e travada, de acordo com as ordens particulares que tenha recebido;III - não conversar nem fumar durante a permanência no posto de sentinela;IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas ao serviço, chamando,

para isso, o Cb Gd, sempre que se tornar necessário;V - não admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspe ita nas proximidades de

seu posto;VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel portando quaisquer embrulhos,

sem permissão do Cb Gd ou do Cmt Gd;VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas;VIII - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura que pretenda entrar no quartel à

noite e chamar o Cb Gd para a necessária identificação;IX - prestar as continências regulamentares;X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; eXI - dar sinal de alarme:a) toda vez que notar reunião de elementos suspeitos na circunvizinhança do seu

posto;b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser identificado;c) na tentativa de arrombamento de prisão ou fuga de presos;d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens relativas ao seu posto;e) ao verificar qualquer anormalidade de caráter alarmante; ouf) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia.

§ 1º Em situação que exija maior segurança da sentinela para o cab al desempenho desua missão, incumbe-lhe, especialmente à noite, e de conformidade com as instruções eordens particulares recebidas, além das prescrições normais estabelecidas, as seguintes:

I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e veícul os;II - dar sinal de aproximação de qualquer força, logo que a perceba; eIII - fazer parar, a uma distância que permita o reconhecimento, pessoas, viaturas ou

força que pretendam entrar no quartel.§ 2º Para o cumprimento das disposições constantes do § 1º deste artigo, a sentinela

adotará os seguintes procedimentos:I - no caso do inciso I do § 1º deste artigo:a) comandar "Passe ao largo";

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b) se não for imediatamente obedecido, repetir o comando, dar o sinal de chamada oude alarme e preparar-se para agir pela força;

c) se ainda o segundo comando não for cumprido, intimar pela terceira vez, e tratando -se de indivíduo isolado, mantê -lo imobilizado a distância, apontando -lhe sua armacarregada e com a baioneta armada, até que ele seja detid o pelos elementos da guardaque tiverem acorrido ao sinal de alarme;

d) somente atirar no indivíduo isolado se houver manifesta tentativa de agressão;e) tratando-se de grupo ou de viaturas, fazer um primeiro disparo para o ar e, em

seguida, caso não seja ainda obedecida, atirar no grupo ou na viatura; ef) no caso de ameaça clara de agressão, a sentinela fica dispensada das prescrições

citadas nas alíneas deste inciso;II - na situação do inciso III do § 1º deste artigo:a) perguntar à distância conveniente "Quem vem lá?", se a resposta for "amigo", "de

paz", "oficial" ou "ronda", deixá-lo prosseguir se pessoalmente o reconhecer como tal;b) em contrário ou na falta de resposta, comandar "Faça alto!" e providenciar para o

reconhecimento pelo Cb Gd; ec) não sendo obedecida no comando "Faça alto!", proceder como dispõe a alínea "e"

do inciso I deste parágrafo.§ 3º Em situações excepcionais, o Cmt U poderá dar ordens mais rigorosas às

sentinelas, particularmente quanto à segurança desses homens; estas ordens serãotransmitidas por escrito ao Of Dia.

§ 4º Nos quartéis situados em zonas urbanas e de trânsito, o Cmt U determinará, emesboço, permanentemente afixado no corpo da guarda, os limites em que devam sertomadas as medidas acima.

Art. 219. A sentinela do portão principal denomina -se "sentinela das armas" e asdemais, "sentinelas cobertas".

§ 1º A sentinela das armas manter -se-á, durante o dia, parada no seu posto e,normalmente, na posição regulamentar de "descansar", tomando a pos ição de "sentido" nocaso de interpelação por qualquer pessoa, militar ou civil e, nos demais casos, comoprevisto no R-2.

§ 2º Depois de fechado o portão principal, a sentinela das armas posicionar -se-á nointerior do quartel, movimentando-se para vigiar de forma mais eficaz a parte daqueleportão e arredores, fazendo-o com a arma cruzada.

§ 3º A sentinela coberta manter -se-á com a arma em bandoleira ou cruzada, tomando aposição de "sentido" no caso de interpelação por qualquer pessoa, civil ou militar , etambém como forma de saudação militar; poderá se deslocar nas imediações de seu posto,se não houver prejuízo para a segurança.

Art. 220. As sentinelas poderão abrigar -se em postos em que haja guarita, ficandosempre, porém, em condições de bem cumpr ir suas atribuições.

Art. 221. As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda por meio de sinais, decampainha ou de viva voz e, conforme o caso, poderão dispor de telefones ou outros meiosde comunicação apropriados.

§ 1º Os sinais referidos neste ar tigo podem ser "de chamada" ou de "alarme".§ 2º No caso de sinal de viva voz, o de alarme será o brado de "Às armas!".

Art. 222. O serviço em cada posto de sentinela será dado por três homens ou mais,durante as vinte e quatro horas, dividido em quarto s, de modo que um mesmo homem nãopermaneça de sentinela mais de duas horas consecutivas.

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Parágrafo único. Em caso de necessidade, por motivos diversos, particularmente porrazões de segurança, a sentinela será dupla e, neste caso, um dos homens se manter á noposto e o outro assegurará permanente cobertura ao primeiro e ligação com os demaiselementos da guarda.

Seção XDo Reforço da Guarda

Art. 223. Sempre que a situação o exigir, as guardas serão reforçadas, geralmente parao serviço à noite, com o es tabelecimento de novos postos de sentinela e a intensificação doserviço de ronda; esse aumento é feito por meio de um "reforço" em praças,correspondente às necessidades.

Art. 224. As praças de reforço serão escaladas de modo semelhante às da guarda,formarão na Parada e serão apresentadas ao Of Dia, para o serviço, em horário definidopelo Cmt U; durante o dia, participarão dos trabalhos normais de suas SU.

Parágrafo único. Nos dias em que não houver expediente, o reforço permanecerá noquartel à disposição do Of Dia, desde a rendição da Parada.

DAS SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA TROPA

Art. 461. As situações extraordinárias da tropa são as decorrentes de ordens desobreaviso, de prontidão e de marcha.

Seção IDo Sobreaviso

Art. 462. A ordem de sobreaviso determina a situação na qual a unidade fica prevenidada possibilidade de ser chamada para o desempenho de qualquer missão extraordinária.

Art. 463. Da ordem de sobreaviso resultarão as seguintes medidas:I - todas as providências de ordem prev entiva, relativas ao pessoal e ao material, e

impostas pelas circunstâncias decorrentes da situação da tropa, serão tomadas pelosdiversos comandos e chefias de serviços, logo que a unidade receba a ordem desobreaviso;

II - obrigatoriamente, permanecerão no quartel um terço dos oficiais da unidade e, pelomenos, um oficial por SU;

III - obrigatoriamente, também permanecerão no quartel a metade dos subtenentes esargentos da unidade e, pelo menos, um sargento por pelotão ou seção;

IV - os demais oficiais, subtenentes e sargentos permanecerão no quartel ou em suasresidências, mas, neste caso, em estreita ligação com a unidade e em condições depoderem recolher-se imediatamente ao quartel, em caso de ordem ou qualquereventualidade;

V - todos os cabos e soldados permanecerão no quartel;VI - poderá ser permitido aos cabos e soldados, a juízo do Cmt U, sair à rua por tempo

fixado, em pequenas turmas por SU, desde que fiquem em condições de regressar aoquartel, dentro de uma hora;

VII - a instrução da unidade não será perturbada, restringindo o Cmt U, quandonecessário, a zona externa do quartel onde ela poderá realizar -se; e

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VIII - se a ordem de sobreaviso não atingir a totalidade da unidade, as presentesdisposições, inclusive as relativas a pess oal, só abrangerão os oficiais e praças da fraçãode tropa que tiver sido designada.

Seção IIDa Prontidão

Art. 464. A ordem de prontidão importa em ficar a unidade preparada para sair doquartel tão logo receba ordem, para desempenhar qualquer missão d entro da respectivaGu ou à distância tal que permita sejam atendidas suas necessidades com os recursos daprópria unidade.

Art. 465. Da ordem de prontidão resultarão as seguintes medidas:I - avisados os militares, estes ficam responsáveis pelo compar ecimento ao quartel no

mais curto prazo possível;II - todos os militares permanecerão uniformizados, equipados e armados;III - os oficiais permanecerão no quartel, ficando, permanentemente, um oficial em cada

SU;IV - as praças permanecerão em suas SU;V - a munição será distribuída aos Cmt SU;VI - a instrução será ministrada no âmbito do quartel;VII - ficam suspensas, automaticamente, todas as dispensas do serviço concedidas aos

militares da unidade que se encontrem na Gu, sendo -lhes expedidas ordens a respeito;VIII - se a ordem de prontidão não atingir a totalidade da unidade, as providências,

inclusive as relativas ao pessoal, só abrangerão os militares da fração que a receber;IX - todas as ordens e toques gerais constituirão atribu ição exclusiva do Cmt U;X - os elementos de tropa ou de serviço, em todos os escalões, ficarão sob as ordens

dos respectivos Cmt ou chefes, como em campanha; eXI - a fração que se achar de prontidão e deixar o quartel para apresentar -se a outra

autoridade, sob cujas ordens deva ficar, passa a depender diretamente dessa autoridadeque providenciará o estacionamento da tropa e seu aprovisionamento, caso já não o tenhasido pela autoridade competente.

Parágrafo único. Nos casos em que for determinada "p rontidão rigorosa", todos osoficiais permanecerão em suas SU, a instrução será ministrada no âmbito destas e serãointensificadas todas as medidas impostas pela situação.

Seção IIIDa Ordem de Marcha

Art. 466. A ordem de marcha impõe que a unidade fiqu e preparada, com todos osrecursos necessários à sua existência fora da Gu, e em condições de deslocar -se edesempenhar qualquer missão, dentro do mais curto prazo ou daquele que lhe fordeterminado.

Art. 467. A ordem de marcha impõe que sejam tomadas as seguintes medidas:I - permanência de oficiais e praças e a situação da tropa serão reguladas na ordem de

marcha, de conformidade com as circunstâncias;II - a instrução ficará reduzida à que possa ser ministrada no interior do quartel;III - consideram-se cassadas todas as dispensas do serviço concedidas aos militares,

que serão imediatamente avisados;IV - se a ordem não atingir a totalidade da unidade, as providências, inclusive as

relativas a pessoal, só abrangerão a fração que a receber;

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V - a fração da unidade que receber a ordem de marcha e for mandada apresentar aoutra autoridade, passa a depender diretamente desta, tão logo deixe o quartel;

VI - ordens e toques gerais constituirão atribuição exclusiva do respectivo Cmt;VII - os elementos de tropa ou de serviços, em todos os escalões, ficam sob as ordens

diretas dos respectivos Cmt ou chefes; eVIII - todas as providências que visam à adaptação da unidade às circunstâncias

impostas pela situação serão tomadas a partir do momento em que for recebida a ordem,dentro do prazo estabelecido.

Seção IVDas Prescrições Comuns às Situações Extraordinárias

Art. 468. Quando a uma tropa for determinada uma das situações extraordináriasdefinidas neste capítulo, o Cmt manterá ligação, perma nente e constantemente verificada,com a autoridade que tiver dado a ordem ou à qual estiver diretamente subordinado.

Parágrafo único. Na falta de nova ordem, cumpre -lhe provocá-la no fim de cada períodode vinte e quatro horas, contadas da primeira ordem recebida.

Art. 469. A ordem para adoção de uma situação extraordinária em qualquer Gu seráemitida, em princípio, pelo Cmt Mil A enquadrante.

Art. 470. Os Cmt Gu, nos casos de perturbação da ordem ou ameaça de suadeflagração, manterão os respectivos Cmt Mil A e o comando superior informados daevolução dos acontecimentos, utilizando o meio de comunicação disponível que ofereçamaior rapidez e confiabilidade.

Art. 471. Os Cmt Gu somente poderão tomar a iniciativa de emitir ordens para adoçãode situações extraordinárias quando a gravidade dos acontecimentos assim o exigir,informando sua decisão, imediatamente, ao Cmt Mil A e ao comando superiorenquadrantes.

Art. 472. A instrução intensiva, a rigorosa observância das regras de serviço interno eexterno e a facilidade de rápido e seguro comparecimento dos militares aos respectivosquartéis (por meio de um eficiente plano de chamada) evitarão os inconvenientes e asfadigas decorrentes de freqüentes sobreavisos, prontidões e ordem de marcha.

Art. 473. Verificada freqüentemente, pelas autoridades superiores, a perfeita execuçãodas providências contidas no art. 472 deste Regulamento, as situações extraordináriasserão por elas adotadas somente nos seguintes casos:

I - sobreaviso, na iminência de pert urbação da ordem na Gu ou de prováveldeslocamento;

II - prontidão, na ocorrência de fatos graves que tornem iminente o emprego da tropa naGu ou em suas proximidades; e

III - ordem de marcha, quando expedida por autoridade competente, tendo em vista oiminente emprego da tropa fora da sua Gu.

Parágrafo único. Da situação de prontidão passar -se-á a uma das outras ou voltar -se-áà normalidade, consoante as circunstâncias e mediante ordem superior.

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Art. 474. Os Cmt U porão em prática, freqüentemente, m esmo em períodos normais esem aviso prévio, uma ou outra dessas situações extraordinárias, a título de verificação epor um período de tempo tal que não prejudique a instrução.

Art. 475. Com a finalidade de organizar a unidade, prepará -la materialmente e treinarseu pessoal para passar, em curto prazo, de uma situação normal para uma situação deordem de marcha, serão programados exercícios de apronto operacional, de acordo comnormas baixadas pelo COTER.

Seção XIVDos Plantões

Art. 235. O plantão de serviço (plantão da hora) é a sentinela da SU, competindo -lhe:I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento, participando imediatamente ao Cb

Dia qualquer alteração que verificar;II - proceder como estabelece o R-2, na entrada de qualquer ofic ial no alojamento;III - não permitir que as praças detidas no alojamento dele se afastem, salvo por motivo

de serviço e com ordem do Cb Dia;IV - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o asseio do alojamento e

das dependências que lhe caiba guardar;V - zelar para que as camas se conservem arrumadas;VI - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na dependência destinada a

dormitório, sempre que haja vestiário separado ou outro local apropriado à permanêncianas horas de folga;

VII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada,coadjuvando a ação do Cb Dia;

VIII - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que estejam devidamenteacompanhados por um oficial ou sargento;

IX - examinar todos os volumes que forem retirados do alojamento, conduzidos porpraças e que não tenham sido verificados pelo Sgt Dia ou Cb Dia, impedindo a retirada dosque não estejam devidamente autorizados;

X - impedir a retirada de qualquer objeto do a lojamento sem a devida autorização dodono ou responsável ou do Sgt Dia ou Cb Dia;

XI - não consentir que qualquer praça se utilize ou se apodere de objeto pertencente aoutrem sem a autorização do dono ou responsável;

XII - impedir a entrada de praças de outras SU depois da revista do recolher e, antesdesta, das que não possuam a autorização necessária;

XIII - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer perturbação do silêncio,depois do respectivo toque;

XIV - relacionar as praças que, estando no pernoite, se recolherem ao alojamentodepois do toque de silêncio e entregar a relação ao Cb Dia no momento oportuno;

XV - dar sinal de "silêncio" imediatamente após a última nota do respectivo toque;XVI - acender e apagar as luzes do aloj amento nas horas determinadas; eXVII - apresentar-se aos oficiais que entrarem no alojamento, quando ausente o Cb Dia.§ 1º Os plantões são substituídos, ordinariamente, às mesmas horas que as sentinelas

da guarda do quartel.§ 2º Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de um oficial no alojamento,

qualquer praça dará o sinal ou a voz que àquele compete.

Art. 236. Os plantões fazem a limpeza do alojamento e das dependências a cargo daguarda, sob a direção do Cb Dia.

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Art. 237. O posto de plantão da hora se localiza, normalmente, na entrada doalojamento, devendo o plantão percorrer, algumas vezes, esta dependência.

ASSUNTOS DO RDPM

PORTARIA DO CMT G Nº CORREGPM -001/305/01

COM AS ALTERAÇÕES DA PORTARIA DO CMT G Nº CORREGPM -004/305/01 (BG116/01), D. O. E DE 11/03/01, da LEI COMPLEMENTAR Nº 915/02 e PORT DO CMT GNº CORREGPM-3/305/02.

1. O Comandante Geral da Polícia Militar, no uso das atribuições inscritas

no artigo 88 da Lei Complementar nº 893, de 09 de março de 2001, que instituiu o

Regulamento Disciplinar da Polícia Militar – RDPM, baixa, neste ato, instruções

complementares, necessárias à interpretação, orientação e fiel aplicação do disposto no

novo Regulamento.

2. As instruções complementares estão estruturadas, nesta portaria, na

forma de definições, interpretações, procedimentos, modelos de documentos e formulários,

os quais serão revistos, ampliados, aperfeiçoados e republicados periodicamente, até que

ocorra ampla assimilação da inovadora legislação ético -disciplinar dos militares estaduais

paulistas.

3. As normas da Lei Complementar nº 893, de 09 de março de 2001,

aplicam-se a todos os processos e procedimentos pendentes, sem prejuízo da validade de

todos os atos já iniciados ou realizados sob a vigência do Regulamento Discipli nar anterior,

salvo o apenamento das infrações ainda não executadas e os prazos iniciados e não

findos, hipóteses nas quais será aplicado o termo mais benigno para o acusado.

4. Todo processo ou procedimento pendente, qual seja, aquele no qual não

tenha ocorrido a execução da punição imposta, deverá ser analisado e receber despacho

saneador, indicativo da situação processual no momento do início da vigência do novo

Regulamento e certificativo da situação descrita no parágrafo anterior.

5. As autoridades competentes deverão promover a atualização imediata e

total do Assentamento Individual de todo policial militar, de acordo com as regras definidas

no Capítulo IX – Do Comportamento – da Lei Disciplinar.

6. As presentes instruções, de cumprimento obrigatório para todos os

policiais militares subordinados, poderão ser objeto de consulta, formulada em trâmite

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direto à Comissão de Estudos, instituída pelo ato publicado no item 18 do BG nº 38, de 22

de fevereiro do corrente ano, cujo trabalho terá duração indeterm inada, até que seja

alcançado o objetivo proposto no segundo parágrafo deste ato.

7. Fica revogada a Portaria do Cmt G nº CORREGPM –001/214/96,

transcrita no item 24 do BG nº 159, de 16 de agosto de 1996, que disciplinava o rito

apuratório das transgressões disciplinares simples (PATDS), o qual é substituído pelo rito

descrito no Anexo III da presente Portaria, em consonância com os artigos 27 a 29 do

RDPM.

8. Ficam revogadas as disposições contidas no item 11 do Boletim Geral nº

14/86, no item 29 do Boletim Geral nº 103/96 e no item 01 do Boletim Geral nº 86/98,

referentes ao cumprimento das sanções de prisão e de prisões administrativas para

averiguações (artigos 36 e 47), previstas no Regulamento Disciplinar revogado.

9. Ficam instituídos os formulários co nstantes do anexo II à presente

Portaria.

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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICAPOLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR

ANEXO I À PORTARIA DO CMT G Nº CORREGPM -001/305/01

Instruções para a interpretação e f iel execução da Lei Complementar nº 893, de 9 de março

de 2001, que instituiu o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar.

CAPÍTULO IDas Disposições Gerais

Artigo 1º - A hierarquia e a disciplina são as bases da organização da

Polícia Militar.

Observar o artigo 42 da Constituição Federal.

Artigo 2º - Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar da Polícia Militar os

militares do Estado do serviço ativo, da reserva remunerada, os reformados e os

agregados, nos termos da legislação vigente.

Quanto aos inativos, observar também o §4º do artigo 8º.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica:

1 - aos militares do Estado, ocupantes de cargos públicos ou eletivos;

Incluem-se os militares colocados à disposição de outros órgãos.

2 - aos Magistrados da Justiça Militar.

Artigo 3º - Hierarquia policial-militar é a ordenação progressiva da

autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da

Polícia Militar, culminando no Governador do Estado, Chefe Supremo da Polícia Milita r.

§ 1º - A ordenação da autoridade se faz por postos e graduações, de

acordo com o escalonamento hierárquico, a antigüidade e a precedência funcional.

§ 2º - Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por ato do

Governador do Estado e confirmado e m Carta Patente ou Folha de Apostila.

§ 3º - Graduação é o grau hierárquico das praças, conferida pelo

Comandante Geral da Polícia Militar.

Artigo 4º - A antigüidade entre os militares do Estado, em igualdade de

posto ou graduação, será definida pela:

I - data da última promoção;

II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores;

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III - classificação no curso de formação ou habilitação;

IV - data de nomeação ou admissão;

V - maior idade.

Parágrafo único - Nos casos de promoção a aspirante -a-oficial, a aluno-

oficial, a 3º sargento, a cabo ou nos casos de nomeação de oficiais, alunos -oficiais ou

admissão de soldados prevalecerá, para efeito de antigüidade, a ordem de classificação

obtida nos respectivos cursos ou concursos.

Artigo 5º - A precedência funcional ocorrerá quando, em igualdade de posto

ou graduação, o oficial ou a praça:

I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade funcional sobre os

integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia;

II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos.

CAPÍTULO IIDa Deontologia Policial -Militar

SEÇÃO IDisposições Preliminares

Artigo 6º - A deontologia policial-militar é constituída pelos valores e

deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se impõem para que o exercíci o da

profissão policial-militar atinja plenamente os ideais de realização do bem comum,

mediante a preservação da ordem pública.

§ 1º - Aplicada aos componentes da Polícia Militar, independentemente de

posto ou graduação, a deontologia policial -militar reúne valores úteis e lógicos a valores

espirituais superiores, destinados a elevar a profissão policial -militar à condição de missão.

§ 2º - O militar do Estado prestará compromisso de honra, em caráter

solene, afirmando a consciente aceitação dos valores e deveres policiais-militares e a firme

disposição de bem cumpri-los.

SEÇÃO IIDos Valores Policiais-Militares

Artigo 7º - Os valores fundamentais, determinantes da moral policial -militar,

são os seguintes:

I - o patriotismo;

II - o civismo;

III - a hierarquia;

IV - a disciplina;

V - o profissionalismo;

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VI - a lealdade;

VII - a constância;

VIII - a verdade real;

IX - a honra;

X - a dignidade humana;

XI - a honestidade;

XII - a coragem.

SEÇÃO IIIDos Deveres Policiais-Militares

Artigo 8º - Os deveres éticos, emanados dos valores policiais -militares e

que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:

I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado de São Paulo e

da Polícia Militar e zelar por sua inviolabilidade;

II - cumprir os deveres de cidadão;

III - preservar a natureza e o meio ambiente;

IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de

preservar a ordem pública, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita

observância das normas jurídicas e das disposições deste Regulamento;

V - atuar com devotamento ao interesse público, colocando -o acima dos

anseios particulares;

VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo de

superiores e subordinados, e preocupação com a integridade física, moral e psíquica de

todos os militares do Estado, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem

encaminhar a solução dos problemas apresentados;

VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordinados;

VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições legalmente

definidas, a Constituição, as leis e as ordens legais das autoridades competentes,

exercendo suas atividades com responsabilidade, incutindo -a em seus subordinados;

IX - dedicar-se integralmente ao serviço policial-militar, buscando, com

todas as energias, o êxito e o aprimoramento técnico -profissional e moral;

X - estar sempre preparado para as missões que desempenhe;

XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios

que regem a administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências

indevidas;

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XII - procurar manter boas relações com outras categorias profissionais,

conhecendo e respeitando-lhes os limites de competência, mas elevando o conceito e os

padrões da própria profissão, zelando por sua competência e autoridade;

XIII - ser fiel na vida policial -militar, cumprindo os compromissos

relacionados às suas atribuições de agente público;

XIV - manter ânimo forte e fé na missão policial -militar, mesmo diante das

dificuldades, demonstrando persistência no trabalho para solucioná -las;

XV - zelar pelo bom nome da Instituição Policial -Militar e de seus

componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais;

XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional,

solidarizando-se nas dificuldades que esteja ao seu alcance minimizar e evitando

comentários desairosos sobre os componentes das Instituições Policiais;

XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou funçã o que

esteja sendo exercido por outro militar do Estado;

XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;

XIX - conduzir-se de modo não subserviente sem ferir os princípios de

respeito e decoro;

XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo para obter facilidades

pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das designações

hierárquicas em:

a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo;

b) atividade comercial ou industrial;

c) pronunciamento público a respeito de assunto policial, salvo os de

natureza técnica;

d) exercício de cargo ou função de natureza civil;

XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzin do-o como bom

chefe de família;

XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como

fundamentos de dignidade pessoal;

XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem

religiosa, política, racial ou de condição social;

XXV - atuar com prudência nas ocorrências policiais, evitando exacerbá -

las;

XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso

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ou de quem seja objeto de incriminação;

XXVII - observar as normas de boa educação e ser discreto nas atit udes,

maneiras e na linguagem escrita ou falada;

XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade visando a própria promoção

pessoal;

XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção,

eqüidade e absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade

pública para a prática de arbitrariedade;

XXX - exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagem

indevida, de qualquer espécie;

XXXI - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em

avaliação profissional, inclusive no âmbito do ensino;

XXXII - não abusar dos meios do Estado postos à sua disposição, nem

distribuí-los a quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública,

coibindo ainda a transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções

policiais;

XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e

conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for confiada;

XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com

abnegação e desprendimento pessoal;

XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar

a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de

serviço suficiente.

§ 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exer cer atividade de

segurança particular, comércio ou tomar parte da administração ou gerência de sociedade

comercial ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário.

Observar comentários aos números 26 e 27 do artigo 13.

§ 2º - Compete aos Comandantes de Unidade e de Subunidade destacada

fiscalizar os subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis

com a remuneração do respectivo cargo, fazendo -os comprovar a origem de seus bens,

mediante instauração de procedimento administrativo, observada a legislação específica.

A legislação específica é a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de

1992, que trata da improbidade administrativa. O artigo 9° da mencionada lei

define o ato de improbidade administrativa, que significa, importando

enriquecimento ilícito, auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em

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razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades

mencionadas no artigo 1° da mesma lei. É destacado, a seguir, no inciso VII, o

comportamento de adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato,

cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja

desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público.

A forma da apuração desta espécie de infração administrativa está

prevista no § 3º do artigo 14, e seguintes, da mencionada lei, a qual remete para os

termos processuais do RDPM.

§ 3º - Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações

coletivas sobre atos de superiores , de caráter reivindicatório e de cunho político -partidário,

sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento.

§ 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de opinar sobre

assunto político e externar pensam ento e conceito ideológico, filosófico ou relativo a

matéria pertinente ao interesse público, devendo observar os preceitos da ética policial -

militar e preservar os valores policiais -militares em suas manifestações essenciais.

Observar os artigos 42 e 142 da Constituição Federal.

CAPÍTULO IIIDa Disciplina Policial-Militar

Artigo 9º - A disciplina policial-militar é o exato cumprimento dos deveres,

traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento integral das leis, regulamentos,

normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Polícia Militar.

§ 1º - São manifestações essenciais da disciplina:

1 - a observância rigorosa das prescrições legais e regulamentares;

2 - a obediência às ordens legais dos superiores;

3 - o emprego de todas as energias em benefício do serviço;

4 - a correção de atitudes;

5 - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores e deveres

éticos;

6 - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na eficiência da

Instituição.

§ 2º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos,

permanentemente, pelos militares do Estado, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade.

§ 3º - A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio na Polícia

Militar, incumbindo aos comandantes incentivar e mante r a harmonia e a solidariedade

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entre os seus comandados, promovendo estímulos de aproximação e cordialidade.

§ 4º - A civilidade é parte integrante da educação policial -militar, cabendo a

superiores e subordinados atitudes de respeito e deferência mútuos.

Artigo 10 - As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo

inteira responsabilidade à autoridade que as determinar.

§ 1º - Quando a ordem parecer obscura, compete ao subordinado, ao

recebê-la, solicitar os esclarecimentos necessários ao seu tot al entendimento.

§ 2º - Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da ordem

recebida a responsabilidade pelo abuso ou excesso que cometer.

CAPÍTULO IV.

Da Violação dos Valores, dos Deveres e da DisciplinaSEÇÃO I

Disposições Preliminares

Artigo 11 - A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a disciplina policial -

militar, constituindo infração administrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativamente.

§ 1º - O militar do Estado é responsável pelas decisões ou atos que

praticar, inclusive nas missões expressamente determinadas, bem como pela não -

observância ou falta de exação no cumprimento de seus deveres.

§ 2º - O superior hierárquico responderá solidariamente, na esfera

administrativa disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da transgressão pratic ada por

seu subordinado quando:

Para caracterização do disposto no § 2º do artigo 11, não há

necessidade de que haja vinculação funcional, bastando a existência de superioridade

hierárquica, conforme definição do artigo 3º do RDPM.

1 - presenciar o cometimento da transgressão deixando de atuar para fazê -

la cessar imediatamente;

2 - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o cometimento da

transgressão, mesmo não estando presente no local do ato.

§ 3º - A violação da disciplina policial -militar será tão mais grave quanto

mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

SEÇÃO IIDa Transgressão Disciplinar

Artigo 12 - Transgressão disciplinar é a infração administrativa

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caracterizada pela violação dos deveres policiais -militares, cominando ao infrator as

sanções previstas neste Regulamento.

§ 1º - As transgressões disciplinares compreendem:

1 - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina policial -militar,

especificadas no artigo 13 deste Regulamento;

2 - todas as ações ou omissões não esp ecificadas no artigo 13 deste

Regulamento, mas que também violem os valores e deveres policiais -militares.

(AS INSTRUÇÕES REFERENTES AO DISPOSITIVO FORAM

SUPRIMIDAS PELA PORTARIA DO CMT G Nº CORREGPM -003/305/02 – publicada no

Bol G PM nº 222/02)

§ 2º - As transgressões disciplinares previstas nos itens 1 e 2 do § 1º, deste

artigo, serão classificadas como graves, desde que venham a ser:

1 - atentatórias às instituições ou ao Estado;

2 - atentatórias aos direitos humanos fundamentais;

3 - de natureza desonrosa.

§ 3º - As transgressões previstas no item 2 do § 1º e não enquadráveis em

algum dos itens do § 2º, deste artigo, serão classificadas pela autoridade competente como

médias ou leves, consideradas as circunstâncias do fato.

§ 4º - Ao militar do Estado, aluno de curso da Polícia Militar, aplica -se, no

que concerne à disciplina, além do previsto neste Regulamento, subsidiariamente, o

disposto nos regulamentos próprios dos estabelecimentos de ensino onde estiver

matriculado.

§ 5º - A aplicação das penas disc iplinares previstas neste Regulamento

independe do resultado de eventual ação penal.

Artigo 13 - As transgressões disciplinares são classificadas de acordo com

sua gravidade em graves (G), médias (M) e leves (L).

Parágrafo único - As transgressões disciplinares são:

1 - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão (G);

Os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão são aqueles

previstos nos incisos. LXII, LXIII e LXIV do artigo 5º da Constituição Federal.

2 - usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de

efetuar prisão (G);

3 - deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física das

pessoas que prender ou detiver (G);

4 - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda ou

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permitir que outros o façam (G);

5 - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu poder

instrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a outrem (G);

6 - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não definida s por mais

tempo que o necessário para a solução do procedimento policial, administrativo ou penal

(M);

7 - faltar com a verdade (G);

8 - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não declare a verdade em

procedimento administrativo, civil ou penal (G);

9 - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G);

10 - envolver, indevidamente, o nome de outrem para esquivar -se de

responsabilidade (G);

11 - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita de fatos,

documentos ou assuntos administrativ os ou técnicos de natureza policial, militar ou

judiciária, que possam concorrer para o desprestígio da Polícia Militar, ferir a hierarquia ou

a disciplina, comprometer a segurança da sociedade e do Estado ou violar a honra e a

imagem de pessoa (G);

Observar o texto do número 128, onde está prevista transgressão

similar, mais branda.

12 - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa ordem

civil ou policial-militar ou do bom nome da Polícia Militar (M);

13 - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de alarmes

injustificados (M);

14 - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimizade entre

companheiros (M);

15 - liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência sem

competência legal para tanto (G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

16 - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o

faça, sem autorização de autoridade competente (M);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

17 - receber vantagem de pessoa interessada no caso de furto, roubo,

objeto achado ou qualquer outro tipo de oc orrência ou procurá-la para solicitar vantagem

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(G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

18 - receber ou permitir que seu subordinado receba, em r azão da função

pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo proprietário ou

responsável (G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares .

19 - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio público ou particular

(G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

20 - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qualquer meio

material ou financeiro sob sua responsabilidade ou não, para a execução de atividades

diversas daquelas para as quais foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem (G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

21 - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na esfera de

suas atribuições, para evitá-los (G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

22 - utilizar-se da condição de militar do Estado para obter facilidades

pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros

(G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

23 - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com finalidade de

retardar, apressar ou obter solução favorável em qualquer ato de serviço (G);

Observar a Lei Federal 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata da

improbidade administrativa, para a realização dos procedimentos complementares.

24 - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas

possibilidades, desde que venha a expor o nome da Polícia Militar (M);

25 - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agiotagem ou

transação pecuniária envolvendo assunto de serviço, bens da administração pública ou

material cuja comercialização seja proibida (G);

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26 - exercer ou administrar, o militar do Estado em serviço ativo, a função

de segurança particular ou qualquer atividade estranha à Instituição Policial -Militar com

prejuízo do serviço ou com emprego de meios do Estado (G);

A dedicação integral ao serviço policial -militar é dever ético definido

pela legislação policial-militar geral e pelo Regulamento Disciplinar.

São transgressões disciplinares de natureza grave ( G):

A - ADMINISTRAR OU EXERCER:

1 - função privada de segurança de p essoas, de bens móveis e

imóveis e contra incêndios, urbana e rural, sob qualquer nomenclatura que venha a

ser registrada

2 - qualquer atividade estranha à Instituição Policial -Militar com

prejuízo do serviço, demonstrado pelo cansaço físico e mental, pelo dispêndio de

tempo com contatos telefônicos e pessoais ou a elaboração de anotações e de

documentos, pela ocorrência de seqüelas físicas e mentais e conseqüente perigo ou

concretização de diminuição da capacidade laborativa em razão de restrições ou

afastamento médico da atividade policial -militar, entre outros resultados materialmente

verificáveis.

3 - qualquer atividade estranha à Instituição Policial -Militar com

emprego direto ou indireto de meios humanos, materiais e tecnológicos do Estado,

consistente em utilização de mão-de-obra de telefonistas ou de motoristas ou de

qualquer militar, de armamento, de papéis, de fotocopiadoras, de impressoras, de fac -

símile, telefones, de computadores, de programas eletrônicos, de viaturas, de

conhecimentos e de estudos de doutrina, de técnica e de estratégia policial, militar e

de bombeiros, entre outros itens de propriedade estatal.

4 - o comércio, que deve ser entendido no sentido amplo, como

prática costumeira de atos de comércio, de qualquer espécie.

B - TOMAR PARTE:

1 - na administração de sociedade comercial com fins lucrativos

ou dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comanditário

2 - na gerência de sociedade comercial com fins lucrativos ou

dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comanditár io

27 - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o comércio ou tomar

parte na administração ou gerência de sociedade comercial com fins lucrativos ou dela ser

sócio, exceto como acionista, cotista ou comanditário (G);

Observar instruções do número an terior.

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28 - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais exteriores de

riqueza incompatíveis com a remuneração do cargo (G);

A legislação específica é a Lei nº 8.429/92.

Observar também o § 2º do artigo 8º.

29 - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal

recebida (G);

30 - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal

recebida (M);

31 - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente ilegal que

possa acarretar responsabilidade ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida

(G);

32 - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou pelos praticados

por subordinados que agirem em cumprimento de sua ordem (G);

33 - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem legal

de autoridade competente, ou serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou

embaraçada a sua execução (G);

34 - interferir na administração de serviço ou na execução de ordem ou

missão sem ter a devida competência para tal (M);

35 – deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida,

no mais curto prazo possível (L);

36 - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de modo desrespeitoso

(G);

37 - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsiderá -lo (G);

38 - ofender, provocar ou desafiar superior ou subordinado hierárquico (G);

39 - promover ou participar de luta corporal com superior, igual, ou

subordinado hierárquico (G);

40 - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hierárquico (M);

41 - ofender a moral e os bons costumes por at os, palavras ou gestos (G);

42 - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela imprensa, os atos

ou decisões das autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo,

Judiciário ou de qualquer de seus representantes (G);

43 - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por palavras, atos ou

gestos, no atendimento de ocorrência policial ou em outras situações de serviço (G);

44 - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou outros sinais de

honra e respeito previstos em regulam ento (M);

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45 - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordinado (M);

46 - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento de

identidade funcional ou recusar -se a declarar seus dados de identificação quando lhe for

exigido por autoridade competente (M);

47 - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como resistir a ela (G);

48 - retirar-se da presença do superior hierárquico sem obediência às

normas regulamentares (L);

49 - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar -se ao seu

superior funcional, conforme prescrições regulamentares (L);

50 - deixar, nas solenidades, de apresentar -se ao superior hierárquico de

posto ou graduação mais elevada e de saudar os demais, de acordo com as normas

regulamentares (L);

51 - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar (M);

52 - tendo conhecimento de transgressão disciplinar, deixar de apurá -la

(G);

53 - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver causa de

justificação (M);

54 - não levar fato ilegal ou irregularidade q ue presenciar ou de que tiver

ciência, e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso competente

(M);

55 - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na ausência deste, a

qualquer autoridade superior toda informação que tiver sobre im inente perturbação da

ordem pública ou grave alteração do serviço ou de sua marcha, logo que tenha

conhecimento (G);

56 - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem encaminhados,

exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta d e elementos,

hipótese em que essas circunstâncias serão fundamentadas (M);

57 - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais curto prazo e

pela via hierárquica, documento ou processo que receber, se não for de sua alçada a

solução (M);

58 - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qualquer documento,

dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos (G);

59 - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos de interesse da

administração pública ou de terceiros (G);

60 - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em qualquer serviço,

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instrução ou missão (M);

61 - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocorrência,

quando esta, por sua natureza ou amplitude, assim o exigir (G);

62 - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária militar que deva

promover ou em que esteja investido (M);

63 - desrespeitar medidas gerais de ordem policial, judiciária ou

administrativa, ou embaraçar sua execução (M);

64 - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados ou in struendos,

a dedicação imposta pelo sentimento do dever (M);

65 - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou

instrução (M);

66 - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a sentinela, na

formação de grupo ou permanência de pes soas junto ao seu posto (L);

67 - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de autoridade (L);

68 - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos, sem ordem de

autoridade competente (L);

69 - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares impróprios (L);

70 - deixar de comunicar a alteração de dados de qualificação pessoal ou

mudança de endereço residencial (L);

71 - apresentar comunicação disciplinar ou representação sem fundamento

ou interpor recurso disciplinar sem observar as prescriçõe s regulamentares (M);

72 - dificultar ao subordinado o oferecimento de representação ou o

exercício do direito de petição (M);

73 - passar a ausente (G);

74 - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou recusar -se a

executá-lo na forma determinada (G);

75 - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja nominalmente

escalado (G);

76 - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir, ou ainda,

retirar-se antes de seu encerramento sem a devida autorização (M);

77 - afastar-se, quando em atividade policial-militar com veículo automotor,

aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria permanecer ou não cumprir roteiro

de patrulhamento predeterminado (G);

78 - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de dispositivo

ou ordem legal (M);

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79 - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o qual esteja

nominalmente escalado ou a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir (L);

80 - deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente, a

impossibilidade de comparecer à Organização Policial Militar (OPM) ou a qualquer ato ou

serviço de que deva participar ou a que deva assistir (L);

81 - permutar serviço sem permissão da autoridade competente (M);

82 - simular doença para esquivar -se ao cumprimento do dever (M);

83 - deixar de se apresentar às autoridades competentes nos casos de

movimentação ou quando designado para comissão ou serviço extraordinário (M);

84 - não se apresentar ao seu superior imediato ao término de qualquer

afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha sido interrompido

ou suspenso (M);

85 - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segurança de pessoas

ou instalações (G);

86 - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M);

Aplica-se este dispositivo quando não presente q ualquer das

hipóteses previstas no número 85, por obediência ao princípio da especificidade.

87 - permanecer, alojado ou não, deitado em horário de expediente no

interior da OPM, sem autorização de quem de direito (L);

88 - fazer uso, estar sob ação ou ind uzir outrem ao uso de substância

proibida, entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi -las

em local sob administração policial -militar (G);

89 - embriagar-se quando em serviço ou apresentar -se embriagado para

prestá-lo (G);

90 - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou apresentar -se

alcoolizado para prestá-lo (M);

91 - introduzir bebidas alcoólicas em local sob administração policial -militar,

salvo se devidamente autorizado (M);

As autoridades competentes para autorizar a introdução de bebidas

alcoólicas são aquelas previstas pelo artigo 31.

92 - fumar em local não permitido (L);

93 - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os permitidos, em

local sob administração policial -militar, ou em qualquer outro, quando uniformizado (L);

94 - portar ou possuir arma em desacordo com as normas vigentes (G);

95 - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se achando de

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serviço (G);

96 - disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou

desnecessariamente (G);

97 - não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter cautela na

guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade (G);

98 - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração

policial-militar, substância ou material inflamável o u explosivo sem permissão da autoridade

competente (M);

99 - dirigir viatura policial com imprudência, imperícia, negligência, ou sem

habilitação legal (G);

Habilitação legal é a prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

100 - desrespeitar regras de trâns ito, de tráfego aéreo ou de navegação

marítima, lacustre ou fluvial (M);

101 - autorizar, promover ou executar manobras perigosas com viaturas,

aeronaves, embarcações ou animais (M);

Manobra perigosa é a geradora de perigo à integridade física de

pessoa ou patrimônio.

102 - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação oficial, sem

autorização do órgão competente da Polícia Militar, mesmo estando habilitado (L);

103 - transportar na viatura, aeronave ou embarcação que esteja sob seu

comando ou responsabi lidade, pessoal ou material, sem autorização da autoridade

competente (L);

104 - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade, pelas ruas da

cidade ou castigar inutilmente a montada (L);

105 - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar , por ação ou

omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular, que estejam ou

não sob sua responsabilidade (M);

106 - negar-se a utilizar ou a receber do Estado fardamento, armamento,

equipamento ou bens que lhe sejam destinados o u devam ficar em seu poder ou sob sua

responsabilidade (M);

107 - retirar ou tentar retirar de local sob administração policial -militar

material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir -se, sem ordem

do responsável ou proprietário (G);

108 - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de OPM, com tropa, sem prévio

conhecimento da autoridade competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo

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comando (G);

109 - deixar o responsável pela segurança da OPM de cumprir as

prescrições regulamentares com respeito a entrada, saída e permanência de pessoa

estranha (M);

110 - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou local interditado

(M);

O local mencionado deve estar sob responsabilidade do militar do

Estado transgressor.

111 - deixar, ao entrar ou sair de OPM onde não sirva, de dar ciência da

sua presença ao Oficial-de-Dia ou de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o

comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão

de sua presença, salvo as exceções regulamentares previstas (M);

112 - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos destinados a superior

ou onde este se encontre, bem como qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada

(M);

113 - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM , desde que não

seja a autoridade competente ou sem sua ordem, salvo em situações de emergência (M);

114 - permanecer em dependência de outra OPM ou local de serviço sem

consentimento ou ordem da autoridade competente (M); (D. O.E de 11Mar01).

115 - permanecer em dependência da própria OPM ou local de serviço,

desde que a ele estranho, sem consentimento ou ordem da autoridade competente (L);

116 - entrar ou sair, de qualquer OPM, por lugares que não sejam para isso

designados (L);

117 - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele solicitado,

objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer OPM (M);

118 - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em local sob administração

policial-militar, publicações, estampas ou jornais que atentem contra a disciplina, a moral ou

as instituições (L);

119 - apresentar-se, em qualquer situação, mal uniformizado, com o

uniforme alterado ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da

Polícia Militar ou norma a respeito (M);

120 - usar no uniforme, insígnia, medalha, condecoração ou distintivo, não

regulamentares ou de forma indevida (M);

121 - usar vestuário incompatível com a função ou descurar do asseio

próprio ou prejudicar o de outrem (L);

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122 - estar em desacordo com as normas regulament ares de apresentação

pessoal (L);

123 - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a regulamentação o

permitir (L);

124 - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reuniões de caráter

político-partidário, salvo por motivo de serviço (M);

125 - freqüentar ou fazer parte de sindicatos, associações profissionais com

caráter de sindicato, ou de associações cujos estatutos não estejam de conformidade com

a lei (G);

Observar artigo § 3º do artigo 8º.

126 - autorizar, promover ou participar de petições ou manif estações de

caráter reivindicatório, de cunho político -partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de

superior, para tratar de assuntos de natureza policial -militar, ressalvados os de natureza

técnica ou científica havidos em razão do exercício da função policial (M);

Observar o § 3º do artigo.

127 - aceitar qualquer manifestação coletiva de subordinados, com exceção

das demonstrações de boa e sã camaradagem e com prévio conhecimento do homenageado

(L);

Observar § 3º do artigo 8º.

128 - discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação,

sobre assuntos políticos, militares ou policiais, excetuando -se os de natureza

exclusivamente técnica, quando devidamente autorizado (L);

Observar o número 11, que trata de transgressão similar, mais grave.

129 - freqüentar lugares incompatíveis com o decoro social ou policial -

militar, salvo por motivo de serviço (M);

Compreende-se, preliminarmente, como lugar incompatível, aquele

em que ocorre:

1 - ato ofensivo aos bons costumes e à legislação vigent e; ou

2 - comportamento ofensivo aos valores e deveres do militar do

Estado, previstos nos artigos 7º e 8º.

130 - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições, exceto ao Poder

Judiciário, para resolver assunto de interesse pessoal relacionados com a P olícia Militar

(M);

Este dispositivo elide a aplicabilidade da última parte da letra “c” do

inciso I do artigo 2º da Lei Complementar 826, de 20 de junho de 1997 (Lei Orgânica

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da Ouvidoria da Polícia), no que se refere à possibilidade do militar do Estado prestar

queixa, naquele órgão, sobre assunto de interesse pessoal relacionado com a Polícia

Militar.

São Paulo, 19 de março de 2002.

BOLETIM GERAL PM 053

1ª PARTE

2 - RDPM - REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA MILITAR - INSTRUÇÕESCOMPLEMENTARES - INTERPRETAÇÃO - SUPRESSÃO

Portaria do Cmt G PM1-1/02/02

O Comandante Geral da Polícia Militar, no uso das atribuições inscritas no artigo 88 da LeiComplementar 893, de 9 de março de 2001, que instituiu o Regulamento Disciplinar daPolícia Militar - RDPM, considerando a interpretação dada pela Portaria do Cmt GCORREGPM-1/305/01, ao número 130, do artigo 13, do RDPM, bem como considerando ofato de que o referido estatuto disciplinar trata de todos os meios e rotinas necessárias paraque todos os policiais militares possam se reportar e recorrer às autoridades competentesda Polícia Militar acerca de eventuais irregularidades praticadas por subordinados, iguaisou superiores, bem assim para resolver assunto de interesse pessoal relacionado com aCorporação decide:

1. suprimir da Portaria do Cmt G CORREGPM -1/305/01, publicada em anexo ao Bol G PM052, de 16 de março de 2001, a interpretação colocada imediatamente após o 130, doartigo 13, do RDPM.

2. determinar a todas as autoridades com competência disciplinar par a que, a partir dapublicação desta Portaria, desconsiderem a referida interpretação, adotando osprovidências disciplinares cabíveis nas hipóteses dos policiais militares incidirem naconduta vedada.

(NOTA PM1-3/02/02).

131 - assumir compromisso em nome da Polícia Militar, ou representá -la

em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado (M);

132 - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou

regulamentares, na esfera de suas atribuições (M).

CAPÍTULO VDas Sanções Administrativas Disciplinar es

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SEÇÃO IDisposições Gerais

Artigo 14 - As sanções disciplinares aplicáveis aos militares do Estado,

independentemente do posto, graduação ou função que ocupem, são:

I - advertência;

II - repreensão;

III - permanência disciplinar;

IV - detenção;

V - reforma administrativa disciplinar;

VI - demissão;

VII - expulsão;

VIII - proibição do uso do uniforme.

Parágrafo único - Todo fato que constituir transgressão deverá ser levado

ao conhecimento da autoridade competente para as providências disciplinares.

A expulsão não se aplica a oficiais, em razão do disposto no artigo 24.

SEÇÃO II

Da Advertência

Artigo 15 - A advertência, forma mais branda de sanção, é aplicada

verbalmente ao transgressor, podendo ser feita particular ou ostensivamente, sem constar

de publicação ou dos assentamentos individuais.

Observar as instruções do artigo 39.

Parágrafo único - A sanção de que trata o "caput" aplica -se exclusivamente

às faltas de natureza leve.

SEÇÃO III

Da Repreensão

Artigo 16 - A repreensão é a sanção feita por escrito ao transgressor,

publicada de forma reservada ou ostensiva, devendo sempre ser averbada nos

assentamentos individuais.

Parágrafo único - A sanção de que trata o "caput" aplica -se às faltas de

natureza leve e média.

SEÇÃO IV

Da Permanência Disciplinar

Artigo 17 - A permanência disciplinar é a sanção em que o transgressor

ficará na OPM, sem estar circunscrito a determinado compartimento.

A sanção será cumprida na OPM designada pela autoridade que a

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aplicou, sendo necessário que, em obediência aos princípios de hierarquia e

disciplina, haja fiscalização permanente de superior hierárquico ao militar do Estado

punido.

Parágrafo único - O militar do Estado nesta situação comparecerá a todos

os atos de instrução e serviço, internos e externos.

Artigo 18 - A pedido do transgressor, o cumprimento da sanção de

permanência disciplinar poderá, a juízo devidamente motivado, da autoridade que aplicou a

punição, ser convertido em prestação de serviço extraordinário, desde que não implique

prejuízo para a manutenção da hierarquia e da disciplina.

A expressão “autoridade que aplicou a punição” será compreendida

como a autoridade que elaborou o enquadramento disciplinar.

Este dispositivo não se aplica aos inativos.

O pedido de conversão poderá ser formulado pelo punido de form a

parcial, ou seja, parte do total de dias da sanção em cumprimento e parte em

prestação de serviço extraordinário, e a decisão da autoridade competente, nos

termos do artigo 18 do RDPM, ficará condicionada ao limite do pedido.

O pedido de conversão de Per manência Disciplinar em serviço

extraordinário, no caso de transferência e apresentação do militar do Estado em outra

Unidade, deverá ser decidido pela nova autoridade que detenha poder disciplinar

diretamente sobre o militar do Estado sancionado.

§ 1º - Na hipótese da conversão, a classificação do comportamento do

militar do Estado será feita com base na sanção de permanência disciplinar.

§ 2º - Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de serviço extraordinário

equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de p ermanência.

§ 3º - O prazo para o encaminhamento do pedido de conversão será de 3

(três) dias, contados da data da publicação da sanção de permanência.

§ 4º - O pedido de conversão elide o pedido de reconsideração de ato.

O pedido de conversão impede o ped ido de reconsideração da

sanção aplicada, ficando possibilitada, entretanto, a representação quanto à negativa

da conversão.

Artigo 19 - A prestação do serviço extraordinário, nos termos do "caput" do

artigo anterior, consiste na realização de atividades, internas ou externas, por período

nunca inferior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) horas, nos dias em que o militar do Estado

estaria de folga.

§ 1º - O limite máximo de conversão da permanência disciplinar em serviço

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extraordinário é de 5 (cinco) dias.

A juízo da autoridade competente para decidir do pedido de

conversão, a sanção disciplinar igual ou inferior à 5 (cinco) dias poderá ser

parcialmente convertida em prestação extraordinária de serviço, isto é, parte em

permanência disciplinar e parte em servi ço extraordinário.

§ 2º - O militar do Estado, punido com período superior a 5 (cinco) dias de

permanência disciplinar, somente poderá pleitear a conversão até o limite previsto no

parágrafo anterior, a qual, se concedida, será sempre cumprida na fase fina l do período de

punição.

§ 3º - A prestação do serviço extraordinário não poderá ser executada

imediatamente após o término de um serviço ordinário.

Entre o término do serviço ordinário e o início do serviço extraordinário

deve existir um intervalo mínimo de 8 (oito) horas, para fins de recuperação física e

mental.

Os serviços extraordinários deverão ser cumpridos seqüencialmente,

sem interrupção, ocupando todos os períodos de folga subseqüentes, até o integral

cumprimento da sanção.

SEÇÃO V

Da Detenção

Artigo 20 - A detenção consiste na retenção do militar do Estado no âmbito

de sua OPM, sem participar de qualquer serviço, instrução ou atividade.

A sanção será cumprida na OPM da autoridade competente, sendo

necessário que, em obediência aos princípios de hi erarquia e disciplina, haja

fiscalização permanente de superior hierárquico ao militar do Estado punido.

§ 1º - Nos dias em que o militar do Estado permanecer detido perderá

todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do posto ou graduação, temp o esse

não computado para efeito algum, nos termos da legislação vigente.

§ 2º - A detenção somente poderá ser aplicada quando da reincidência no

cometimento de transgressão disciplinar de natureza grave.

A reincidência, prevista neste dispositivo, não é a específica, uma vez

que, nos casos em que se exigiu a especificidade, isto expressamente foi ressaltado

pelo legislador (inciso III e § 2º do artigo 36 e inciso III do artigo 42).

Em assim sendo, quando aplicada esta sanção, os órgão diretamente

afetados pela aplicação da sanção terão de adotar, principalmente, as seguintes

providências administrativas, dentre outras:

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1 - exclusão do valor dos dias de sanção na folha de pagamento; e

2 - desconto no tempo de serviço, com os necessários reflexos deste

período debitado de seu tempo de serviço para a aposentação e outros benefícios.

Artigo 21 - A detenção será aplicada pelo Secretário da Segurança Pública,

pelo Comandante Geral e pelos demais oficiais ocupantes de funções próprias do posto de

coronel.

§ 1º - A autoridade que entender necessária a aplicação desta sanção

disciplinar providenciará para que a documentação alusiva à respectiva transgressão seja

remetida à autoridade competente.

A autoridade que entender necessária a aplicação da pena de

detenção deverá remeter a documentação àquela prevista no "caput" deste artigo,

atendendo ao canal hierárquico-funcional.

As autoridades previstas no “caput” deste artigo, se entenderem que o

fato não constitui motivo para aplicação de detenção, deverão aplicar a sançã o cabível,

não devendo restituir a documentação para que seja aplicada por autoridade

subordinada.

§ 2º - Ao Governador do Estado compete conhecer desta sanção disciplinar

em grau de recurso, quando tiver sido aplicada pelo Secretário da Segurança Públic a.

SEÇÃO VI

Da Reforma Administrativa Disciplinar

Artigo 22 - A reforma administrativa disciplinar poderá ser aplicada,

mediante processo regular:

I - ao oficial julgado incompatível ou indigno profissionalmente para com o

oficialato, após sentença passada em julgado no tribunal competente, ressalvado o caso de

demissão;

Este dispositivo revogou a alínea “c” do inciso I do artigo 29 do

Decreto-lei Estadual 260, de 29 de maio de 1970.

II - à praça que se tornar incompatível com a função policial -militar, ou

nociva à disciplina, e tenha sido julgada passível de reforma.

Este dispositivo revogou a alínea “d” do inciso II do artigo 29 do

Decreto-lei Estadual 260, de 29 de maio de 1970.

Parágrafo único - O militar do Estado que sofrer reforma administrativa

disciplinar receberá remuneração proporcional ao tempo de serviço policial -militar.

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SEÇÃO VIIDa Demissão

Artigo 23 - A demissão será aplicada ao militar do Estado na seguinte

forma:

I - ao oficial quando:

a) for condenado a pena restritiva de liberdade superi or a 2 (dois) anos, por

sentença passada em julgado;

b) for condenado a pena de perda da função pública, por sentença passada

em julgado;

c) for considerado moral ou profissionalmente inidôneo para a promoção ou

revelar incompatibilidade para o exercício d a função policial-militar, por sentença passada

em julgado no tribunal competente;

Estes dispositivos revogaram os incisos I, II e III e parágrafo único do

artigo 40 do Decreto-lei Estadual 260, de 29 de maio de 1970.

A aplicação da pena de demissão de Ofi cial exige o devido processo

legal previsto no § 1º do artigo 42 e nos incisos VI e VII do § 3º do artigo 142 da

Constituição Federal, e nos §§ 4º e 5º do artigo 138 da Constituição do Estado de São

Paulo.

II - à praça quando:

a) for condenada, por sentença passada em julgado, a pena restritiva de

liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos;

A aplicação da demissão não exige processo regular.

b) for condenada, por sentença passada em julgado, a pena de perda da

função pública;

A demissão será aplicada sem processo regular. Trata-se de

execução de um dos efeitos da sentença.

c) praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade com a função policial -

militar, comprovado mediante processo regular;

A instauração do processo regular é ato de ofício, obrigatório.

d) cometer transgressão disciplinar grave, estando há mais de 2 (dois) anos

consecutivos ou 4 (quatro) anos alternados no mau comportamento, apurado mediante

processo regular;

A instauração de processo regular é ato de ofício, obrigatório no qual

somente serão apuradas a existência da transgressão disciplinar grave e o tempo de

permanência no mau comportamento, sem qualquer verificação de ordem moral ou

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subjetiva.

O processo regular deve ser precedido de apuração preliminar do

cometimento da falta grave, por meio de qualquer instrumento administrativo ou de

polícia judiciária militar.

Será objeto de processo regular, nos termos deste dispositivo, apenas a

falta grave praticada na vigência do presente regulamento.

e) houver cumprido a pena conseqüente do cr ime de deserção;

A demissão será aplicada sem processo regular.

f) considerada desertora e capturada ou apresentada, tendo sido submetida

a exame de saúde, for julgada incapaz definitivamente para o serviço policial -militar.

A demissão será aplicada sem processo regular. Estes dispositivos

revogaram os incisos I a VI do artigo 45 do Decreto -lei Estadual 260, de 29 de maio de

1970.

Parágrafo único - O oficial demitido perderá o posto e a patente, e a praça,

a graduação.

SEÇÃO VIII

Da Expulsão

Artigo 24 - A expulsão será aplicada, mediante processo regular, à praça

que atentar contra a segurança das instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou

ofensivos ao decoro profissional.

Observar o inciso VII do artigo 14 e o artigo 48. Foram revogados os

incisos I e II do artigo 46 do Decreto -lei Estadual 260, de 29 de maio de 1970.

SEÇÃO IXDa Proibição do Uso de Uniformes

Artigo 25 - A proibição do uso de uniformes policiais -militares será aplicada,

nos termos deste Regulamento, temporariamente, ao inativo qu e atentar contra o decoro ou

a dignidade policial-militar, até o limite de 1 (um) ano.

Sanção referida no inciso VIII do artigo 14. A aplicação da sanção

será feita mediante procedimento disciplinar.

CAPÍTULO VIDo Recolhimento Disciplinar

Artigo 26 - O recolhimento de qualquer transgressor à prisão, sem nota de

punição publicada em boletim, poderá ocorrer quando:

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Havendo necessidade de preservação da integridade física do

recolhido ou de terceiros, a prisão mencionada no artigo 26 do RDPM, atendidas as

demais características estipuladas na Portaria do Cmt G nº CORREGPM -001/305/01,

poderá ser dotada de grades.

I - houver indício de autoria de infração penal e for necessário ao bom

andamento das investigações para sua apuração;

II - for necessário para a preservação da ordem e da disciplina policial -

militar, especialmente se o militar do Estado mostrar -se agressivo, embriagado ou sob ação

de substância entorpecente.

Prisão é o local fechado, do tipo alojamento, com acesso restrito e

identificado na entrada com placa contendo a denominação “prisão“ seguida do posto

ou graduação do recolhido, destinada ao cumprimento do recolhimento disciplinar de

militar do Estado, nos termos do artigo 26.

Quando não houver disponibilidade de local que atenda aos requisitos

da “prisão”, a autoridade que determinou o recolhimento disciplinar deverá designar

OPM que possa dar atendimento ao previsto, mediante prévio entendimento.

Os Comandantes de Unidades que possuam “prisão”, deverão

recolher presos de outras Unidades, bem com o manter registro e controle próprios.

As autoridades que apresentarem militares do Estado para o

cumprimento de recolhimento disciplinar deverão providenciar roupa de cama, vales

de alimentação, bem como prestar -lhes a assistência necessária, inclusive mé dica.

Caso o militar do Estado prefira realizar sua alimentação por meios

próprios, deverá manifestar-se por escrito, assumindo tal encargo, expondo seus

motivos e indicando o modo pelo qual se alimentará, sendo certo que todas as

refeições deverão ser realizadas no local determinado para o cumprimento da medida.

Deverão ser disciplinados pelos Comandantes de Unidades os dias,

horários, locais e condições em que o militar do Estado será autorizado a receber

visitas, consideradas as peculiaridades de cada Un idade, respeitando o intervalo

máximo de 02 (dois) dias e mínimo de 02 (duas) horas.

Devem ser asseguradas ao recolhido as garantias constitucionais,

principalmente a de receber assistência de advogado, independente do horário, ainda

que este não esteja de posse de procuração, conforme preceitua o inciso LXIII do artigo

5º da Constituição Federal e o inciso III do artigo 7º da Lei Federal 8.904/94 – Estatuto da

Advocacia.

O executor do recolhimento, logo ao efetuá -lo, indagará ao militar do

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Estado a quem deseja comunicar sobre sua situação, e providenciará o aviso

solicitado, no mais breve prazo.

§ 1º - São autoridades competentes para determinar o recolhimento

disciplinar aquelas elencadas no artigo 31 deste Regulamento.

§ 2º - A condução do militar do Estado à autoridade competente para

determinar o recolhimento somente poderá ser efetuada por superior hierárquico.

§ 3º - As decisões de aplicação do recolhimento disciplinar serão sempre

fundamentadas e comunicadas ao Juiz Corregedor da polícia judiciária mi litar.

Todo recolhimento disciplinar, bem como a soltura, deverá ser

imediatamente comunicado por telex, fax ou qualquer meio eletrônico escrito, ao

Meritíssimo Juiz-Auditor Corregedor da Justiça Militar Estadual, constando:

1. 1. Nome e RE do militar do Estado recolhido ou solto;

2. 2. Unidade a que pertence;

3. 3. Data-hora precisa do recolhimento ou soltura;

4. 4. Síntese da acusação motivadora do recolhimento; e

5. 5. Local de recolhimento.

§ 4º - O militar do Estado preso nos termos deste art igo poderá permanecer

nessa situação pelo prazo máximo de 5 (cinco) dias.

Aplica-se a regra do § 1º do artigo 52, ou seja, deve -se considerar o

horário em que se iniciou o recolhimento para contagem do tempo em dias, por

períodos de 24 (vinte e quatro) hor as. O tempo de recolhimento disciplinar não será

descontado da sanção aplicada ao final da apuração.

CAPÍTULO VIIDo Procedimento Disciplinar

SEÇÃO IDa Comunicação Disciplinar

Artigo 27 - A comunicação disciplinar dirigida à autoridade policial -militar

competente destina-se a relatar uma transgressão disciplinar cometida por subordinado

hierárquico.

A autoridade competente para a aplicação da sanção disciplinar que

presenciar o cometimento de transgressão ou a transgressão for praticada contra si

pode, por despacho fundamentado, formalizar a acusação, observando o disposto no

“caput” e §§ 3º e 5º do artigo 28.

Artigo 28 - A comunicação disciplinar deve ser clara, concisa e precisa,

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60

contendo os dados capazes de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data

e a hora do fato, além de caracterizar as circunstâncias que o envolveram, bem como as

alegações do faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo signatário das razões da

transgressão, sem tecer comentários ou opiniões pessoais.

Revogada a Portaria CORREGPM – 001/214/96 (PATDS), deve-se

obedecer o rito previsto no Anexo III da presente Portaria.

§ 1º - A comunicação disciplinar deverá ser apresentada no prazo de 5

(cinco) dias, contados da constatação ou conhecimento do fato, ressalvad as as disposições

relativas ao recolhimento disciplinar, que deverá ser feita imediatamente.

§ 2º - A comunicação disciplinar deve ser a expressão da verdade, cabendo

à autoridade competente encaminhá -la ao acusado para que, por escrito, manifeste -se

preliminarmente sobre os fatos, no prazo de 3 (três) dias.

§ 3º - Conhecendo a manifestação preliminar e considerando praticada a

transgressão, a autoridade competente elaborará termo acusatório motivado, com as

razões de fato e de direito, para que o militar d o Estado possa exercitar, por escrito, o seu

direito a ampla defesa e ao contraditório, no prazo de 5 (cinco) dias.

A instrução pode ser delegada, após a elaboração do Termo Acusatório.

§ 4º - Estando a autoridade convencida do cometimento da transgressão ,

providenciará o enquadramento disciplinar, mediante nota de culpa ou, se determinar outra

solução, deverá fundamentá-la por despacho nos autos.

§ 5º - Poderá ser dispensada a manifestação preliminar quando a

autoridade competente tiver elementos de conv icção suficientes para a elaboração do

termo acusatório, devendo esta circunstância constar do respectivo termo.

Situação especialmente aplicável na hipótese de conhecimento direto

da infração por uma das autoridades previstas no artigo 31.

Artigo 29 - A solução do procedimento disciplinar é da inteira

responsabilidade da autoridade competente, que deverá aplicar sanção ou justificar o fato,

de acordo com este Regulamento.

§ 1º - A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do

recebimento da defesa do acusado, prorrogável no máximo por mais 15 (quinze) dias,

mediante declaração de motivos no próprio enquadramento.

A prorrogação independe de aprovação ou autorização. Os motivos

que geraram a prorrogação do prazo deverão ser expostos no enquadramento.

O descumprimento dos prazos estipulados neste artigo constitui

infração disciplinar do responsável, mas não gera nulidade do procedimento.

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§ 2º - No caso de afastamento regulamentar do transgressor, os prazos

supracitados serão interrompidos , reiniciada a contagem a partir da sua reapresentação.

A interrupção deverá gerar os efeitos da suspensão, ou seja, os

prazos terão continuidade a partir da reapresentação.

§ 3º - Em qualquer circunstância, o signatário da comunicação deverá ser

notificado da respectiva solução, no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data da

comunicação.

§ 4º - No caso de não cumprimento do prazo do parágrafo anterior, poderá o

signatário da comunicação solicitar, obedecida a via hierárquica, providências a respeito da

solução.

SEÇÃO IIDa Representação

Artigo 30 - Representação é toda comunicação que se referir a ato

praticado ou aprovado por superior hierárquico ou funcional, que se repute irregular,

ofensivo, injusto ou ilegal.

A representação a que se refere o “caput” deve ser utilizada

exclusivamente para assuntos que versem sobre matéria disciplinar. Contra outras

espécies de atos administrativos, reputados pelo representante como ilegais,

irregulares, ofensivos ou injustos, deve -se observar o disposto na legislação

específica.

§ 1º - A representação será dirigida à autoridade funcional imediatamente

superior àquela contra a qual é atribuída a prática do ato irregular, ofensivo, injusto ou

ilegal.

§ 2º - A representação contra ato disciplinar será feita somente após

solucionados os recursos disciplinares previstos neste Regulamento e desde que a matéria

recorrida verse sobre a legalidade do ato praticado.

Os recursos disciplinares próprios estão previstos no Capítulo X

(artigos 56 a 61). Nos termos deste parágrafo, a re presentação contra sanção

disciplinar é recurso disciplinar impróprio.

§ 3º - A representação nos termos do parágrafo anterior será exercida no

prazo estabelecido no § 1º, do artigo 62.

O prazo para representação contra sanção disciplinar que contenha

ilegalidade será de 5 (cinco) anos a contar da data da publicação da mesma. O prazo

de prescrição para ação disciplinar da administração constante no artigo 85 é de 5

(cinco) anos a contar da data do fato que resultou na sanção.

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§ 4º - O prazo para o encaminhamento de representação será de 5 (cinco)

dias contados da data do conhecimento do ato ou fato que a motivar. (D. O.E de 11Mar01).

A representação contra sanção disciplinar terá o prazo mencionado no

§ 3º acima. Nos demais casos de representação aplica -se o prazo previsto no § 4º.

CAPÍTULO VIIIDa Competência, do Julgamento, da Aplicação e do Cumprimento das

Sanções DisciplinaresSEÇÃO I

Da Competência

Artigo 31 - A competência disciplinar é inerente ao cargo, função ou posto,

sendo autoridades competentes para aplicar sanção disciplinar:

I - o Governador do Estado: a todos os militares do Estado sujeitos a este

Regulamento;

II - o Secretário da Segurança Pública e o Comandante Geral: a todos os

militares do Estado sujeitos a este Regulamento, exceto ao Chef e da Casa Militar;

III - o Subcomandante da Polícia Militar: a todos os integrantes de seu

comando e das unidades subordinadas e às praças inativas;

IV - os oficiais da ativa da Polícia Militar do posto de coronel a capitão: aos

militares do Estado que est iverem sob seu comando ou integrantes das OPM

subordinadas.

§ 1º - Ao Secretário da Segurança Pública e ao Comandante Geral da

Polícia Militar compete conhecer das sanções disciplinares aplicadas aos inativos, em grau

de recurso, respectivamente, se oficia l ou praça.

§ 2º - Aos oficiais, quando no exercício interino das funções de posto igual

ou superior ao de capitão, ficará atribuída a competência prevista no inciso IV deste artigo.

Observar o artigo 32.

SEÇÃO IIDos Limites de Competência das Autoridades

Artigo 32 - O Governador do Estado é competente para aplicar todas as

sanções disciplinares previstas neste Regulamento, cabendo às demais autoridades as

seguintes competências:

I - ao Secretário da Segurança Pública e ao Comandante Geral: todas as

sanções disciplinares exceto a demissão de oficiais;

II - ao Subcomandante da Polícia Militar: as sanções disciplinares de

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advertência, repreensão, permanência disciplinar, detenção e proibição do uso de

uniformes de até os limites máximos previstos;

III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções disciplinares de

advertência, repreensão, permanência disciplinar de até 20 (vinte) dias e detenção de até

15 (quinze) dias;

IV - aos oficiais do posto de tenente -coronel: as sanções disciplinares de

advertência, repreensão e permanência disciplinar de até 20 (vinte) dias;

V - aos oficiais do posto de major: as sanções disciplinares de advertência,

repreensão e permanência disciplinar de até 15 (quinze) dias;

VI - aos oficiais do posto de capitão: as sanções disciplin ares de

advertência, repreensão e permanência disciplinar de até 10 (dez) dias.

SEÇÃO III

Do Julgamento

Artigo 33 - Na aplicação das sanções disciplinares serão sempre

considerados a natureza, a gravidade, os motivos determinantes, os danos causados, a

personalidade e os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau da culpa.

Observar o artigo 37.

Artigo 34 - Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando for

reconhecida qualquer das seguintes causas de justificação:

I - motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente comprovados;

II - benefício do serviço, da preservação da ordem pública ou do interesse

público;

III - legítima defesa própria ou de outrem;

IV - obediência a ordem superior, desde que a ordem recebida não seja

manifestamente ilegal;

V - uso de força para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o

seu dever, no caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública ou manutenção da

ordem e da disciplina.

Artigo 35 - São circunstâncias atenuantes:

I - estar, no mínimo, no bom comportamento;

II - ter prestado serviços relevantes;

III - ter admitido a transgressão de autoria ignorada ou, se conhecida,

imputada a outrem;

A atenuante diz respeito à apuração da autoria da transgressão.

IV - ter praticado a falta para evitar mal m aior;

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V - ter praticado a falta em defesa de seus próprios direitos ou dos de

outrem;

VI - ter praticado a falta por motivo de relevante valor social;

VII - não possuir prática no serviço;

VIII - colaborar na apuração da transgressão disciplinar.

A atenuante diz respeito à materialidade da transgressão.

Artigo 36 - São circunstâncias agravantes:

I - mau comportamento;

II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;

III - reincidência específica;

IV - conluio de duas ou mais pessoas;

V - ter sido a falta praticada durante a execução do serviço;

VI - ter sido a falta praticada em presença de subordinado, de tropa ou de

civil;

VII - ter sido a falta praticada com abuso de autoridade hierárquica ou

funcional.

§ 1º - Não se aplica a circunstância agravante prevista no inciso V quando,

pela sua natureza, a transgressão seja inerente à execução do serviço.

§ 2º - Considera-se reincidência específica o enquadramento da falta

praticada num mesmo item dos previstos no parágrafo único do artigo 13 ou n o item 2 do §

1º do artigo 12.

A falta que tenha resultado em aplicação de advertência não deve serconsiderada para efeito de reincidência específica, visto não ser objeto depublicação e registro em Assentamento Individual.

Para a apreciação da reincidência específica não devem ser utilizadassanções disciplinares publicadas na vigência dos regulamentos Disciplinaresanteriores.

(INSTRUÇÃO COM REDAÇÃO MODIFICADA PELA PORTARIA DO CMT GNº CORREGPM-003/305/02 – publicada no Bol G PM nº 222/02)

SEÇÃO IVDa Aplicação

Artigo 37 - A aplicação da sanção disciplinar abrange a análise do fato, nos

termos do artigo 33 deste Regulamento, a análise das circunstâncias que determinaram a

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transgressão, o enquadramento e a decorrente publicação.

Observar o artigo 33.

Artigo 38 - O enquadramento disciplinar é a descrição da transgressão

cometida, dele devendo constar, resumidamente, o seguinte:

Para fins de aferição do prazo prescricional, no enquadramento

disciplinar deverá constar, obrigatoriamente, a data exata do co metimento da

transgressão ou, se não conhecida com precisão, o período (datas inicial e final) em

que teria sido praticada, fundamentada em elementos dos autos.

I - indicação da ação ou omissão que originou a transgressão;

II - tipificação da transgressão disciplinar;

III - discriminação, em incisos e artigos, das causas de justificação ou das

circunstâncias atenuantes e ou agravantes;

IV - decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção;

V - classificação do comportamento policial -militar em que o punido

permaneça ou ingresse;

VI - alegações de defesa do transgressor;

VII - observações, tais como:

a) data do início do cumprimento da sanção disciplinar;

b) local do cumprimento da sanção, se for o caso;

c) determinação para posterior cumprimento, se o transgr essor estiver

baixado, afastado do serviço ou à disposição de outra autoridade;

d) outros dados que a autoridade competente julgar necessários;

VIII - assinatura da autoridade.

Observar modelo no anexo II da presente Portaria.

Artigo 39 - A publicação é a divulgação oficial do ato administrativo

referente à aplicação da sanção disciplinar ou à sua justificação, e dá início a seus efeitos.

Em se constatando a inexistência de transgressão disciplinar, o

acusado e o signatário da comunicação deverão ser cienti ficados da solução da

autoridade, sem necessidade de publicação.

Parágrafo único - A advertência não deverá constar de publicação em

boletim, figurando, entretanto, no registro de informações de punições para os oficiais, ou

na nota de corretivo das praças .

Para a aplicação da sanção de advertência deve -se realizar o devido

procedimento disciplinar, entretanto, não deve a sanção ser objeto de publicação em

boletim e, portanto, não se insere no Assentamento Individual. É obrigatória a

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elaboração do enquadramento disciplinar, tomando o acusado ciência da punição

aplicada.

Fica instituído o documento denominado “Registro de Informações de

Punições de Oficiais” com a finalidade única de transcrição das advertências para

oficiais, constante no anexo II da present e Portaria. A advertência não será utilizada

para classificação de comportamento, conforme entendimento do § 4º do artigo 54.

Artigo 40 - As sanções de oficiais, aspirantes -a-oficial, alunos-oficiais,

subtenentes e sargentos serão publicadas somente para c onhecimento dos integrantes dos

seus respectivos círculos e superiores hierárquicos, podendo ser dadas ao conhecimento

geral se as circunstâncias ou a natureza da transgressão e o bem da disciplina assim o

recomendarem.

Artigo 41 - Na aplicação das sanções disciplinares previstas neste

Regulamento, serão rigorosamente observados os seguintes limites:

I - quando as circunstâncias atenuantes preponderarem, a sanção não será

aplicada em seu limite máximo;

II - quando as circunstâncias agravantes preponderarem, poderá ser

aplicada a sanção até o seu limite máximo;

III - pela mesma transgressão não será aplicada mais de uma sanção

disciplinar.

Artigo 42 - A sanção disciplinar será proporcional à gravidade e natureza da

infração, observados os seguintes limites:

I - as faltas leves são puníveis com advertência ou repreensão e, na

reincidência específica, com permanência disciplinar de até 5 (cinco) dias;

A reincidência específica de falta leve implica na aplicação de

permanência disciplinar, sendo vedada a cominaçã o de sanção de advertência ou de

repreensão.

II - as faltas médias são puníveis com permanência disciplinar de até 8

(oito) dias e, na reincidência específica, com permanência disciplinar de até 15 (quinze)

dias;

De acordo com a interpretação do contido no parágrafo único do

artigo 16, é possível a aplicação de repreensão nas faltas médias, desde que não haja

reincidência específica. A reincidência específica de falta média implica na aplicação

de permanência disciplinar em quantidade de dias superior à apl icada na sanção

anterior.

III - as faltas graves são puníveis com permanência de até 10 (dez) dias ou

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detenção de até 8 (oito) dias e, na reincidência específica, com permanência de até 20

(vinte) dias ou detenção de até 15 (quinze) dias, desde que não cai ba demissão ou

expulsão.

A reincidência específica de falta grave implica na aplicação de

permanência disciplinar ou detenção, de forma mais severa, quer em relação ao tipo

de sanção, quer em relação à quantidade de dias.

Artigo 43 - O início do cumprimento da sanção disciplinar dependerá de

aprovação do ato pelo Comandante da Unidade ou pela autoridade funcional

imediatamente superior, quando a sanção for por ele aplicada, e prévia publicação em

boletim, salvo a necessidade de recolhimento disciplinar prev isto neste Regulamento.

Observar os artigos 31, 62 e 86.

O início do cumprimento da sanção não deverá ser aprovado

previamente, no entanto depende ele da aprovação da reprimenda e de sua

publicação, o que significa a aprovação total do ato.

Os atos praticados pelo Comandante Geral e pelo Subcomandante

PM não precisam ser aprovados, tendo em vista o disposto nos incisos II e III do artigo

31.

O ato sancionatório não poderá ser aprovado pela mesma pessoa que

o aplicou, mesmo tendo sido praticado no exercício de função distinta.

Todo oficial que exercer funções privativas de Coronel ou Tenente

Coronel (Chefes de Departamento, de Seção do EM/PM, de Estado Maior de Unidade

Operacional etc.) tem competência para prática dos atos próprios de Comandante de

Unidade.

Artigo 44 - A sanção disciplinar não exime o punido da responsabilidade

civil e criminal emanadas do mesmo fato.

Parágrafo único - A instauração de inquérito ou ação criminal não impede a

imposição, na esfera administrativa, de sanção pela prática de tran sgressão disciplinar

sobre o mesmo fato.

Artigo 45 - Na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre

elas, serão impostas as sanções correspondentes isoladamente; em caso contrário,

quando forem praticadas de forma conexa, as de menor gravidad e serão consideradas

como circunstâncias agravantes da transgressão principal.

Artigo 46 - Na ocorrência de transgressão disciplinar envolvendo militares

do Estado de mais de uma Unidade, caberá ao comandante do policiamento da área

territorial onde ocorreu o fato apurar ou determinar a apuração e, ao final, se necessário,

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remeter os autos à autoridade funcional superior comum aos envolvidos.

Entende-se por envolvidos os eventuais autores da transgressão. Nas

situações previstas no presente dispositivo, a a puração deverá limitar-se à coleta

preliminar de provas, antes da instauração do Procedimento Disciplinar , visto que este

só pode iniciar-se com a formulação do termo acusatório, ato de competência

exclusiva da autoridade que disponha de poder disciplinar sobre o envolvido. Na

apuração preliminar, caracterizada pela celeridade e informalidade, dispensa -se a

formalização dos depoimentos.

Artigo 47 - Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes,

ambas com ação disciplinar sobre o transgressor, co nhecerem da transgressão disciplinar,

competirá à de maior hierarquia apurá -la ou determinar que a menos graduada o faça.

Parágrafo único - Quando a apuração ficar sob a incumbência da

autoridade menos graduada, a punição resultante será aplicada após a ap rovação da

autoridade superior, se esta assim determinar.

Neste caso, a apuração será efetivada com a elaboração do

Procedimento Disciplinar, decorrendo de determinação de autoridade disciplinar

competente e iniciada com a formal acusação, eventualmente em basada nas

informações obtidas na coleta preliminar de provas.

Artigo 48 - A expulsão será aplicada, em regra, quando a praça policial -

militar, independentemente da graduação ou função que ocupe, for condenado

judicialmente por crime que também constitua infração disciplinar grave e que denote

incapacidade moral para a continuidade do exercício de suas funções.

A expulsão ocorrerá após o trânsito em julgado da sentença

condenatória e elaboração do devido processo legal, na esfera disciplinar. Observar

também o inciso VII do artigo 14 e o artigo 24. Este dispositivo revogou os incisos I e II

do artigo 46 do Decreto-lei Estadual 260, de 29 de maio de 1970.

SEÇÃO VDo Cumprimento e da Contagem de Tempo

Artigo 49 - A autoridade que tiver de aplicar sanção a su bordinado que

esteja a serviço ou à disposição de outra autoridade requisitará a apresentação do

transgressor.

Entende-se como aplicação da sanção o cumprimento da reprimenda.

Parágrafo único - Quando o local determinado para o cumprimento da

sanção não for a respectiva OPM, a autoridade indicará o local designado para a

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apresentação do punido. (D. O.E de 11Mar01).

Artigo 50 - Nenhum militar do Estado será interrogado ou ser -lhe-á aplicada

sanção se estiver em estado de embriaguez, ou sob a ação de substâ ncia entorpecente ou

que determine dependência física ou psíquica, devendo se necessário, ser, desde logo,

recolhido disciplinarmente. (D. O.E de 11Mar01).

Entende-se como aplicação da sanção o cumprimento da reprimenda.

Artigo 51 - O cumprimento da sanção disciplinar, por militar do Estado

afastado do serviço, deverá ocorrer após a sua apresentação na OPM, pronto para o

serviço policial-militar, salvo nos casos de interesse da preservação da ordem e da

disciplina.

Parágrafo único - A interrupção de afastamento regulamentar, para

cumprimento de sanção disciplinar, somente ocorrerá quando determinada pelo

Governador do Estado, Secretário da Segurança Pública ou pelo Comandante Geral.

A interrupção tem, neste caso, os efeitos jurídicos de suspensão, ou

seja, significa que os prazos do afastamento deverão ter continuidade após cumprida

a sanção disciplinar, sem que haja reinício de contagem.

Artigo 52 - O início do cumprimento da sanção disciplinar deverá ocorrer no

prazo máximo de 5 (cinco) dias após a ciênci a, pelo punido, da sua publicação.

A ciência deverá ser lançada nos autos do procedimento e o prazo de

5 (cinco) dias para início do corretivo deverá começar a fruir a partir do momento em

que ocorrer a decadência dos prazos recursais, previstos nos artigo s 57 e 58.

No caso de interposição de recurso disciplinar, o prazo para início do

cumprimento é de 3 (três) dias, conforme o disposto no artigo 60.

§ 1º - A contagem do tempo de cumprimento da sanção começa no

momento em que o militar do Estado iniciá -lo, computando-se cada dia como período de 24

(vinte e quatro) horas.

Aplica-se a presente regra para o Recolhimento Disciplinar.

§ 2º - Não será computado, como cumprimento de sanção disciplinar, o

tempo em que o militar do Estado passar em gozo de afastamen tos regulamentares,

interrompendo-se a contagem a partir do momento de seu afastamento até o seu retorno.

A interrupção terá efeitos de suspensão, ou seja, os prazos terão

continuidade a partir do momento do retorno do militar do Estado.

§ 3º - O afastamento do militar do Estado do local de cumprimento da

sanção e o seu retorno a esse local, após o afastamento regularmente previsto no § 2º,

deverão ser objeto de publicação.

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CAPÍTULO IXDo Comportamento

Artigo 53 - O comportamento da praça policial -militar demonstra o seu

procedimento na vida profissional e particular, sob o ponto de vista disciplinar.

Artigo 54 - Para fins disciplinares e para outros efeitos, o comportamento

policial-militar classifica-se em:

Observar o § 4º abaixo.

I - excelente - quando, no período de 10 (dez) anos, não lhe tenha sido

aplicada qualquer sanção disciplinar;

II - ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe tenham sido aplicadas

até 2 repreensões;

III - bom - quando, no período de 2 (dois) anos, lhe tenham sido aplicadas

até 2 (duas) permanências disciplinares;

IV - regular - quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sido aplicadas

até 2 (duas) permanências disciplinares ou 1 (uma) detenção;

V - mau - quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sido aplicadas

mais de 2 (duas) permanências disciplinares ou mais de 1 (uma) detenção.

Quadro demonstrativo de correlação de comportamentos:

R-2-PM antigo R-2A-PM antigo novo RDPMexcepcional = 9 anossem sanção

excepcional = 9anos sem sanção

excelente = 10 anos semsanção

ótimo = 5 anos semsanção

ótimo = 5 anossem sanção

ótimo = 5 anos com até 2repreensões

bom = 2 anos comaté 2 prisões

bom = 2 anos comaté 2permanências

bom = 2 anos com até 2permanências disciplinares

insuficiente = até 2prisões em 1 ano

insuficiente = até 2permanências nasede em 1 ano

regular = até 2permanências disciplinaresou 1 detenção em 1 ano

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mau = mais de 2prisões em 1 ano

mau = mais de 2permanências nasede em 1 ano

mau = mais de 2permanências disciplinaresou mais de 1 detenção em 1ano

§ 1º - A contagem de tempo para melhora do comportamento se fará

automaticamente, de acordo com os prazos estabelecidos neste artigo.

§ 2º - Bastará uma única sanção disciplinar acima dos limites estabelecidos

neste artigo para alterar a categoria do comportamento.

Visto que a sanção de advertência não é objeto de publicação em

boletim e registro em Assentamento Individual (artigo 15 e § 4º do artigo 54), não deve

ela ser utilizada para aferição de comportamento.

§ 3º - Para a classificação do comportamento fica estabelecido que duas

repreensões eqüivalerão a uma permanência disciplinar.

§ 4º - Para efeito de classificação, reclassificação ou melhoria do

comportamento, ter-se-ão como base as datas em que as sanções foram publicadas.

Para classificação do comportamento militar de que trata o presente

artigo, tomar-se-á como base a data da publicação do ato punitivo em boletim,

consoante o artigo 39.

Para aferição do comportamento, deve -se iniciar a verificação da

situação do militar do Estado pelo melhor comportamento, ou seja, pelo

comportamento excelente. Caso não se enquadre no comportamento excelente, deve -

se seguir a verificação pelas classificações seguintes, até atingir o primeiro

comportamento que se enquadre ao caso analisado, n o qual será classificado.

Para essa verificação, observar -se-á a escala de rigor das sanções

previstas no artigo 14 e no § 2º do artigo 54. Isso significa que ao aferir o

comportamento ótimo, por exemplo, uma detenção extrapolaria o limite previsto no

inciso II do artigo 54, remetendo a situação do militar do Estado a comportamento

imediatamente inferior. Em outra hipótese, a existência de pelo menos uma detenção

no período de 2 (dois) anos também refutaria a classificação do militar do Estado no

comportamento bom.

As reclassificações, efetuadas de acordo com os novos critérios

estabelecidos pelas regras de classificação de comportamento do Regulamento

Disciplinar, deverão ser consideradas a data em que a sanção foi publicada, de

acordo com o § 4º do artigo 54, portanto, não se computando as advertências.

Quadro demonstrativo de correlação de sanções:

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R-2-PM antigo R-2A-PM antigo RDPM novoprisão sem fazerserviço

permanência na sede semfazer serviço

detenção

prisão permanência na sede permanência disciplinardetenção recolhimento permanência disciplinarrepreensão escrita repreensão escrita repreensãorepreensão verbal repreensão verbal advertência

Artigo 55 - Ao ser admitida na Polícia Militar, a praça policial -militar será

classificada no comportamento "bom".

CAPÍTULO XDos Recursos Disciplinares

Artigo 56 - O militar do Estado, que considere a si próprio, a subordinado

seu ou a serviço sob sua responsabilidade prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de

superior hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares.

Os recursos disciplinares de que trata o presente artigo versam

apenas sobre a aplicação de sanção disciplinar. Nos demais casos, o instrumento

adequado é a representação prevista no artigo 30.

No caso de transferência e apresentaç ão do militar do Estado em

outra Unidade, o recurso disciplinar deverá ser encaminhado pelo canal hierárquico -

funcional e decidido pela autoridade que aplicou ou aprovou a sanção, ou por seu

substituto legal no exercício da função.

Parágrafo único - São recursos disciplinares:

1 - pedido de reconsideração de ato;

2 - recurso hierárquico.

A representação contra sanção disciplinar, prevista no § 2º do artigo

30, é recurso disciplinar impróprio.

Artigo 57 - O pedido de reconsideração de ato é recurso interpost o,

mediante parte ou ofício, à autoridade que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se

reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine.

O pedido de reconsideração de ato deve ser encaminhado à

autoridade que aprovou a sanção. No caso em que a aprovação da sanção é

desnecessária, a reconsideração deverá ser encaminhada à autoridade que praticou o

ato, ou seja elaborou o enquadramento disciplinar. Observar o artigo 43.

No caso de transferência e apresentação do militar do Estado em

outra Unidade, o recurso disciplinar deverá ser encaminhado pelo canal hierárquico -

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funcional e decidido pela autoridade que aplicou ou aprovou a sanção, ou por seu

substituto legal no exercício da função.

§ 1º - O pedido de reconsideração de ato deve ser en caminhado,

diretamente, à autoridade recorrida e por uma única vez.

Visando a agilização da decisão, o pedido deve ser entregue

diretamente à autoridade competente, sem obediência ao canal hierárquico ou

funcional.

§ 2º - O pedido de reconsideração de ato, que tem efeito suspensivo, deve

ser apresentado no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a contar da data em que o militar do

Estado tomar ciência do ato que o motivou.

A ciência do militar do Estado punido deverá ser procedida após a

publicação da sanção em boletim.

§ 3º - A autoridade a quem for dirigido o pedido de reconsideração de ato

deverá, saneando se possível o ato praticado, dar solução ao recurso, no prazo máximo de

10 (dez) dias, a contar da data de recebimento do documento, dando conhecimento ao

interessado, mediante despacho fundamentado que deverá ser publicado.

§ 4º - O subordinado que não tiver oficialmente conhecimento da solução

do pedido de reconsideração, após 30 (trinta) dias contados da data de sua solicitação,

poderá interpor recurso hierárquico no prazo previsto no item 1 do § 3º, do artigo 58.

§ 5º - O pedido de reconsideração de ato deve ser redigido de forma

respeitosa, precisando o objetivo e as razões que o fundamentam, sem comentários ou

insinuações, podendo ser acompanhado de docum entos comprobatórios.

§ 6º - Não será conhecido o pedido de reconsideração intempestivo,

procrastinador ou que não apresente fatos novos que modifiquem a decisão anteriormente

tomada, devendo este ato ser publicado, obedecido o prazo do § 3º deste artigo.

Artigo 58 - O recurso hierárquico, interposto por uma única vez, terá efeito

suspensivo e será redigido sob a forma de parte ou ofício e endereçado diretamente à

autoridade imediatamente superior àquela que não reconsiderou o ato tido por irregular,

ofensivo, injusto ou ilegal.

No caso de transferência e apresentação do militar do Estado em

outra Unidade, o recurso disciplinar deverá ser encaminhado pelo canal hierárquico -

funcional e decidido pela autoridade que aplicou ou aprovou a sanção, ou por seu

substituto legal no exercício da função.

§ 1º - A interposição do recurso de que trata este artigo, a qual deverá ser

precedida de pedido de reconsideração do ato, somente poderá ocorrer depois de

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conhecido o resultado deste pelo requerente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º do

artigo anterior.

§ 2º - A autoridade que receber o recurso hierárquico deverá comunicar tal

fato, por escrito, àquela contra a qual está sendo interposto.

§ 3º - Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:

1 - para interposição: 5 (cinco) dias, a contar do conhecimento da solução

do pedido de reconsideração pelo interessado ou do vencimento do prazo do § 4º do artigo

anterior;

2 - para comunicação: 3 (três) dias, a contar do protocolo da OPM da

autoridade destinatária;

3 - para solução: 10 (dez) dias, a contar do recebimento da interposição do

recurso no protocolo da OPM da autoridade destinatária.

§ 4º - O recurso hierárquico, em termos respeitosos, precisará o objeto que

o fundamenta de modo a esclarecer o ato ou fato, podendo se r acompanhado de

documentos comprobatórios.

§ 5º - O recurso hierárquico não poderá tratar de assunto estranho ao ato

ou fato que o tenha motivado, nem versar sobre matéria impertinente ou fútil.

§ 6º - Não será conhecido o recurso hierárquico intempestivo ,

procrastinador ou que não apresente fatos novos que modifiquem a decisão anteriormente

tomada, devendo ser cientificado o interessado, e publicado o ato em boletim, no prazo de

10 (dez) dias.

Artigo 59 - Solucionado o recurso hierárquico, encerra -se para o recorrente

a possibilidade administrativa de revisão do ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de

representação previstos nos §§ 3º e 4º do artigo 30.

Artigo 60 - Solucionados os recursos disciplinares e havendo sanção

disciplinar a ser cumprida, o m ilitar do Estado iniciará o seu cumprimento dentro do prazo

de 3 (três) dias:

I - desde que não interposto recurso hierárquico, no caso de solução do

pedido de reconsideração;

II - após solucionado o recurso hierárquico.

Artigo 61 - Os prazos para a interposição dos recursos de que trata este

Regulamento são decadenciais.

CAPÍTULO XIDa Revisão dos Atos Disciplinares

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Artigo 62 - As autoridades competentes para aplicar sanção disciplinar,

exceto as ocupantes do posto de major e capitão, quando tiverem conhe cimento, por via

recursal ou de ofício, da possível existência de irregularidade ou ilegalidade na aplicação

da sanção imposta por elas ou pelas autoridades subordinadas, podem praticar um dos

seguintes atos:

I - retificação;

II - atenuação;

III - agravação;

IV - anulação.

§ 1º - A anulação de sanção administrativa disciplinar somente poderá ser

feita no prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data da publicação do ato que se pretende

invalidar.

§ 2º - Os atos previstos neste artigo deverão ser motivados e pu blicados.

Artigo 63 - A retificação consiste na correção de irregularidade formal

sanável, contida na sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por autoridade

subordinada.

Artigo 64 - Atenuação é a redução da sanção proposta ou aplicada, para

outra menos rigorosa ou, ainda, a redução do número de dias da sanção, nos limites do

artigo 42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a ação educativa sobre o militar do

Estado.

Artigo 65 - Agravação é a ampliação do número dos dias propostos para

uma sanção disciplinar ou a aplicação de sanção mais rigorosa, nos limites do artigo 42, se

assim o exigir o interesse da disciplina e a ação educativa sobre o militar do Estado.

Parágrafo único - Não caberá agravamento da sanção em razão da

interposição de recurso disciplinar.

Artigo 66 - Anulação é a declaração de invalidade da sanção disciplinar

aplicada pela própria autoridade ou por autoridade subordinada, quando, na apreciação do

recurso, verificar a ocorrência de ilegalidade, devendo retroagir à dat a do ato.

CAPÍTULO XIIDas Recompensas Policiais-Militares

Artigo 67 - As recompensas policiais-militares constituem reconhecimento

dos bons serviços prestados pelo militar do Estado e consubstanciam -se em prêmios

concedidos por atos meritórios e serviço s relevantes.

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Artigo 68 - São recompensas policiais -militares:

I - elogio;

O elogio independe de aprovação por autoridade superior que o

formulou. São autoridades competentes para a concessão as especificadas no artigo

31.

II - cancelamento de sanções.

Parágrafo único - O elogio individual, ato administrativo que coloca em

relevo as qualidades morais e profissionais do militar, poderá ser formulado

independentemente da classificação de seu comportamento e será registrado nos

assentamentos.

Artigo 69 - A dispensa do serviço não é uma recompensa policial -militar e

somente poderá ser concedida quando houver, a juízo do Comandante da Unidade, motivo

de força maior.

As dispensas recompensas concedidas e publicadas até a data de

sanção da lei que institui o Regu lamento Disciplinar poderão ser usufruídas

normalmente.

Parágrafo único - A concessão de dispensas do serviço, observado o

disposto neste artigo, fica limitada ao máximo de 6 (seis) dias por ano, sendo sempre

publicada em boletim.

A dispensa do serviço não poderá ser concedida para gozo oportuno.

Artigo 70 - O cancelamento de sanções disciplinares consiste na retirada

dos registros realizados nos assentamentos individuais do militar do Estado, relativos às

penas disciplinares que lhe foram aplicadas.

As punições canceladas deverão ser retiradas do Assentamento

Individual, da Nota de Corretivo e do Registro de Informações de Punições de Oficiais,

e não poderão ser utilizadas para nenhum fim.

§ 1º - O cancelamento de sanções é ato do Comandante Geral, pratica do a

pedido do interessado, e o seu deferimento deverá atender aos bons serviços por ele

prestados, comprovados em seus assentamentos, e depois de decorridos 10 (dez) anos de

efetivo serviço, sem qualquer outra sanção, a contar da data da última pena impos ta.

A expressão “bons serviços por ele prestados” significa ausência de

punições e a existência de elogios, conforme indica o artigo 67, acrescidos dos

cursos, láureas, medalhas, condecorações, participação em comissões entre outros

atos meritórios.

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§2º - O cancelamento de sanções não terá efeito retroativo e não motivará

o direito de revisão de outros atos administrativos decorrentes das sanções canceladas.

CAPÍTULO XIIIDo Processo Regular

SEÇÃO IDisposições Gerais

Artigo 71 - O processo regular a que se refere este Regulamento, para os

militares do Estado, será:

I - para oficiais: o Conselho de Justificação;

II - para praças com 10 (dez) ou mais anos de serviço policial -militar: o

Conselho de Disciplina;

III - para praças com menos de 10 (dez) anos de s erviço policial-militar: o

Processo Administrativo Disciplinar.

Este dispositivo revogou o artigo 48 do Decreto -lei Estadual 260, de

29 de maio de 1970.

Na hipótese de o militar do Estado completar 10 (dez) anos de serviço

durante a instrução do PAD, deve -se dar continuidade ao processo já instaurado, sem

qualquer prejuízo para a sua validade.

Artigo 72 - O militar do Estado submetido a processo regular deverá,

quando houver possibilidade de prejuízo para a hierarquia, disciplina ou para a apuração do

fato, ser designado para o exercício de outras funções, enquanto perdurar o processo,

podendo ainda a autoridade instauradora proibir -lhe o uso do uniforme, como medida

cautelar.

A proibição do uso de uniforme mencionada neste artigo caracteriza

uma medida cautelar, não se confundindo com a previsão do artigo 14, onde está

estabelecida como pena.

SEÇÃO II

Do Conselho de Justificação

Artigo 73 - O Conselho de Justificação destina -se a apurar, na forma da

legislação específica, a incapacidade do oficial para perma necer no serviço ativo da Polícia

Militar.

A legislação específica trata-se da Lei Federal 5836/72 e da Lei

Estadual 186/73.

Parágrafo único - O Conselho de Justificação aplica -se também ao oficial

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inativo presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade.

Artigo 74 - O oficial submetido a Conselho de Justificação e considerado

culpado, por decisão unânime, poderá ser agregado disciplinarmente mediante ato do

Comandante Geral, até decisão final do tribunal competente, ficando:

A agregação disciplinar é figura criada pelo Regulamento Disciplinar,

visto inexistir tal previsão no Decreto -lei 260/70.

O Presidente de Conselho de Justificação, ao final da apuração,

deverá remeter cópia do Relatório ao Comandante Geral, via Corregedoria PM, para

subsídio de eventual ato de agregação.

I - afastado das suas funções e adido à Unidade que lhe for designada;

II - proibido de usar uniforme;

III - percebendo 1/3 (um terço) da remuneração;

IV - mantido no respectivo Quadro, sem número, não concorrendo à

promoção.

Artigo 75 - Ao Conselho de Justificação aplica -se o previsto na legislação

específica, complementarmente ao disposto neste Regulamento.

SEÇÃO III

Do Conselho de Disciplina

Artigo 76 - O Conselho de Disciplina destina -se a declarar a incapacidade

moral da praça para permanecer no serviço ativo da Polícia Militar e será instaurado:

I - por portaria do Comandante da Unidade a que pertencer o acusado;

II - por ato de autoridade superior à mencionada no inciso anterior.

Parágrafo único - A instauração do Conselho de Disciplina poderá ser feita

durante o cumprimento de sanção disciplinar.

O Conselho de Disciplina instaurado deve ter fato gerador diverso

daquele, cujo cumprimento está ocorrendo.

Artigo 77 - As autoridades referidas no artigo anterior podem, co m base na

natureza da falta ou na inconsistência dos fatos apontados, considerar, desde logo,

insuficiente a acusação e, em conseqüência, deixar de instaurar o Conselho de Disciplina,

sem prejuízo de novas diligências.

Artigo 78 - O Conselho será composto por 3 (três) oficiais da ativa.

§ 1º - O mais antigo do Conselho, no mínimo um capitão, é o presidente, e

o que lhe seguir em antigüidade ou precedência funcional é o interrogante, sendo o relator

e escrivão o mais moderno.

§ 2º - Entendendo necessário, o presidente poderá nomear um subtenente

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ou sargento para funcionar como escrivão no processo, o qual não integrará o Conselho.

Artigo 79 - O Conselho poderá ser instaurado, independentemente da

existência ou da instauração de inquérito policial comum ou mil itar, de processo criminal ou

de sentença criminal transitada em julgado.

Parágrafo único - Se no curso dos trabalhos do Conselho surgirem indícios

de crime comum ou militar, o presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo -os por

ofício à autoridade competente para início do respectivo inquérito policial ou da ação penal

cabível.

Artigo 80 - Será instaurado apenas um processo quando o ato ou atos

motivadores tenham sido praticados em concurso de agentes.

§ 1º - Havendo dois ou mais acusados pertencen tes a OPM diversas, o

processo será instaurado pela autoridade imediatamente superior, comum aos respectivos

comandantes das OPM dos acusados.

§ 2º - Existindo concurso ou continuidade infracional, deverão todos os atos

censuráveis constituir o libelo acus atório da portaria.

§ 3º - Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos de autoria e

materialidade de infração disciplinar conexa, em continuidade ou em concurso, esta poderá

ser aditada, abrindo-se novos prazos para a defesa.

Artigo 81 - A decisão da autoridade instauradora, devidamente

fundamentada, será aposta nos autos, após a apreciação do Conselho e de toda a prova

produzida, das razões de defesa e do relatório, no prazo de 15 (quinze) dias a contar do

seu recebimento.

Artigo 82 - A autoridade instauradora, na sua decisão, considerará a

acusação procedente, procedente em parte ou improcedente, devendo propor ao

Comandante Geral, conforme o caso, a aplicação das sanções administrativas cabíveis.

Parágrafo único - A decisão da autoridade instaurado ra será publicada em

boletim.

Artigo 83 - Recebidos os autos, o Comandante Geral, dentro do prazo de

45 (quarenta e cinco) dias, fundamentando seu despacho, emitirá a decisão final, da qual

não caberá recurso, salvo na hipótese do que dispõe o § 3º do arti go 138 da Constituição

do Estado.

ARTIGO COM A REDAÇÃO ALTERADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº

915, DE 22 DE MARÇO DE 2002 (PUBLICADA NO DOE DE 23 DE MARÇO DE 2002)

O rito, prazos e regras de funcionamento do Conselho de Disciplina

deverão atender ao disposto nas I-16-PM (Instruções do Processo Administrativo da

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Polícia Militar).

SEÇÃO IV

Do Processo Administrativo Disciplinar

Artigo 84 - O Processo Administrativo Disciplinar seguirá rito próprio ao qual

se aplica o disposto nos incisos I, II e parágrafo único do artigo 76 e os artigos 79, 80 e 82

deste Regulamento.

Parágrafo único - Recebido o processo, o Comandante Geral emitirá a

decisão final, da qual não caberá recurso, salvo na hipótese do que dispõe o § 3º do artigo

138 da Constituição do Estado.

PARÁGRAFO ÚNICO COM A REDAÇÃO ALTERADA PELA LEI

COMPLEMENTAR Nº 915, DE 22 DE MARÇO DE 2002 (PUBLICADA NO DOE DE 23 DE

MARÇO DE 2002)

O rito, prazos e regras de funcionamento do Processo Administrativo

Disciplinar deverão atender ao disposto nas I -16-PM (Instruções do Processo

Administrativo da Polícia Militar).

CAPÍTULO XIV

Disposições Finais

Artigo 85 - A ação disciplinar da Administração prescreverá em 5 (cinco)

anos, contados da data do cometimento da transgressão disciplinar.

Na hipótese da data exata da transg ressão disciplinar ser

desconhecida, deve-se tomar como data inicial do prazo prescricional o último dia do

período em que teria sido ela praticada.

§ 1º - A punibilidade da transgressão disciplinar também prevista como

crime prescreve nos prazos estabelec idos para o tipo previsto na legislação penal, salvo se

esta prescrição ocorrer em prazo inferior a 5 (cinco) anos.

§ 2º - A interposição de recurso disciplinar interrompe a prescrição da

punibilidade até a solução final do recurso.

A Representação sobre sanção disciplinar tem efeitos de recurso

disciplinar, portanto, também interrompe a prescrição.

A instauração de processo regular, procedimento disciplinar ou

sindicância não interrompe a prescrição.

A interrupção terá efeito de suspensão do prazo prescric ional até a

decisão final do recurso.

Artigo 86 - Para os efeitos deste Regulamento, considera -se Comandante

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de Unidade o oficial que estiver exercendo funções privativas dos postos de coronel e de

tenente-coronel.

Todo oficial que exercer funções privativ as de Coronel ou Tenente

Coronel (Chefes de Departamento, de Seção do EM/PM, de Estado Maior de Unidade

Operacional etc.) tem competência para prática dos atos próprios de Comandante de

Unidade.

Parágrafo único - As expressões diretor, corregedor e chefe têm o mesmo

significado de Comandante de Unidade.

Artigo 87 - Aplicam-se, supletivamente, ao Conselho de Disciplina as

disposições do Código de Processo Penal Militar.

Artigo 88 - O Comandante Geral baixará instruções complementares,

necessárias à interpretação, orientação e fiel aplicação do disposto neste Regulamento.

Artigo 89 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Todos os prazos previstos pelo RDPM contam -se de modo contínuo,

atendidas as seguintes regras:

- o cumprimento de sanção (§ 1o do artigo 52 do RDPM) e

recolhimento disciplinar (§ 4o do artigo 26 do RDPM) começam a contar a partir do

momento em que houver o início do cumprimento ou recolhimento;

- os demais prazos, começam a corre r a partir da data da cientificação

oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo -se o do vencimento; e

- considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte, se o

vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da

hora normal.

Bibliografia

1- DECRETO FEDERAL Nº 2243, DE 03JUN97 (RCONT)

2 - I-21 PM (INSTRUÇÕES PARA CONTINÊNCIAS, HONRAS, SINAIS DE

RESPEITO E CERIMONIAL MILITAR NA POLÍCIA MILITAR), p ublicado no Bol G

PM 164/98.

3- Lei Complementar 893/01, de 09MAR01.