material de economia - parte 1

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   Janísio Salomão 1 ÍNDICE 1. Etimologia da palavra economia .............................................................. 2  2. DIVISÃO E DEFINIÇÃO DA ECONOMIA ................................................... 2  2.1 “ Porquê estudar a Economia?” ........................................................ 3 3. A globalização da economia e o mundo contemporâneo ...................... 4  4. Problemas básicos de organização económica ..................................... 5  5. A ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS ............ ............ 6  6. INTERLIGAÇÃO DA ECONOMIA COM OUTRAS CIÊNCIAS ................... 7  7. ACTIVIDADE ECONÓMICA E OS AGENTES ECÓNOMICOS ............. ..... 9  7.1 CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES ........................................... 9 7.2 BENS E SERVIÇOS ........................................................................... 10 7.3 CLASSIFICAÇÃO DE BENS .............................................................. 11 8. Estudo das funções económicas ........................................................... 13  8.1 FUNÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CORRECTO FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA COMO UM TODO .............................................................. 13 8.2 FUNÇÕES SECUNDÁRIAS ............................................................... 14 9. AGENTES ECONÓMICOS ........................................................................ 14  10. O consumidor como parte integrante do sistema económico ......... 15  10.1 A família e o consumo ...................................................................... 15 10.2 Factores que influenciam o consumo ............................................. 15 11. DIREITOS DO CONSUMIDOR .............................................................. 17  

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Material de Economia 10º ano.

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  • Jansio Salomo

    1

    NDICE

    1. Etimologia da palavra economia .............................................................. 2

    2. DIVISO E DEFINIO DA ECONOMIA ................................................... 2

    2.1 Porqu estudar a Economia? ........................................................ 3

    3. A globalizao da economia e o mundo contemporneo ...................... 4

    4. Problemas bsicos de organizao econmica ..................................... 5

    5. A ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CINCIAS SOCIAIS ........................ 6

    6. INTERLIGAO DA ECONOMIA COM OUTRAS CINCIAS ................... 7

    7. ACTIVIDADE ECONMICA E OS AGENTES ECNOMICOS .................. 9

    7.1 CLASSIFICAO DAS NECESSIDADES ........................................... 9

    7.2 BENS E SERVIOS ........................................................................... 10

    7.3 CLASSIFICAO DE BENS .............................................................. 11

    8. Estudo das funes econmicas ........................................................... 13

    8.1 FUNES INDISPENSVEIS AO CORRECTO FUNCIONAMENTO

    DA ECONOMIA COMO UM TODO .............................................................. 13

    8.2 FUNES SECUNDRIAS ............................................................... 14

    9. AGENTES ECONMICOS ........................................................................ 14

    10. O consumidor como parte integrante do sistema econmico ......... 15

    10.1 A famlia e o consumo ...................................................................... 15

    10.2 Factores que influenciam o consumo ............................................. 15

    11. DIREITOS DO CONSUMIDOR .............................................................. 17

  • Jansio Salomo

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    1. ETIMOLOGIA DA PALAVRA ECONOMIA

    A palavra economiaderiva do grego:

    Oikos (casa) + nomos (conhecimento)

    Etimologicamente, a Economia todo o conhecimento organizado que permite

    o governo ou a administrao da actividade caseira.

    Note bem que na sociedade primitiva, como na Grcia Antiga, as unidades de

    produo eram familiares: era no mbito da casa de famlia que se produzia

    praticamente todos os bens e servios necessrios subsistncia do agregado

    familiar, havendo, quando muito, algumas trocas com a vizinhana. Eram

    rarssimas as trocas de produtos oriundos de longas distncias.

    Tambm no repugna utilizar na definio do objecto da cincia econmica a

    palavra "economizar", no sentido mais corrente do termo. E assim, economia

    ser a cincia que estuda as formas de economizar, isto , de poupar, ou

    ainda, de no desperdiar. Que como quem diz: procurar obter a mesma (ou

    at maior) satisfao de necessidades (proveito) com o mnimo dispndio

    possvel de recursos (esforo e custo).

    2. DIVISO E DEFINIO DA ECONOMIA

    A economia divide-se em 2 (dois) grandes grupos que so:

    1- Economia Pura Ocupa-se da teorizao da matria econmica ou

    leis.

    2- Economia Social Ocupa-se da aplicao das teorias ou leis

    econmicas.

    Ambas so muito importantes mais a 2 de maior importncia pelo

    facto de atravs dela fazer-se o uso dos bens materiais e das leis que se

    regem.

    No que diz respeito a definio de economia com cincia, podemos dizer

    que so muitas as definies dadas por vrios especialistas.

  • Jansio Salomo

    3

    Mas antes de abordarmos as vrias contradies existentes no que tange a

    definio da economia, vamos fazer uma breve anlise:

    2.1 Porqu estudar a Economia?

    A produo, o investimento, o consumo, a poupana e a repartio do

    investimento constituem os principais fenmenos estudados pela cincia

    econmica. Cabe Economia estudar os problemas associados a esses

    fenmenos. na compreenso desses problemas que reside a importncia do

    estudo da Economia.

    De forma sintetizada daremos algumas respostas em funo da questo que

    se levanta. Estudamos economia para:

    1- Para: Compreender os problemas que se colocam ao cidado e a famlia.

    2- Para: Ajudar os governos tanto de naes subdesenvolvidas como de

    naes avanadas ou desenvolvidas a promover o crescimento, melhorar a

    qualidade de vida ao mesmo tempo contornar a recesso e a inflao.

    3- Para: Analisar os padres de comportamento sociais.

    4- Para: Compreender e alternar as desigualdades na repartio de

    rendimentos e das oportunidades.

    5- Para: Gerir da forma mais proveitosa possvel, um confronto permanente

    entre recursos escassos (mas polivalentes) e necessidades humanas mltiplas

    (mas desigualmente importantes, logo hierarquizveis).

    As vrias opinies dadas por vrios economistas:

    Paul Anthony. Samuelson: economia a cincia que se ocupa com o

    estudo das leis econmicas indicadoras do caminho que deve ser

    seguido para que seja mantida em nvel elevado a produtividade,

    melhorando o padro de vida das populaes e empregados

    correctamente os recursos.

    Raymond Barre: a cincia voltada para administrao dos escassos

    recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas

    pelo comportamento humano na disposio onerosa do mundo exterior

  • Jansio Salomo

    4

    em decorrncia da tenso existente entre os desejos ilimitados e os

    meios limitados aos agentes da actividade econmica.

    Stonie e Hague: Se no houvesse escassez nem necessidade de

    repartir os bens entre os homens, no existiriam tampouco sistemas

    econmicos nem economia. A economia , fundamentalmente, o estudo

    da escassez e dos problemas dela decorrentes.

    No entanto podemos chegar a concluso de que:

    Segundo Paul Anthony Samuelson e William D. Nordhaus, economia

    pode ser definida como a cincia que estuda a forma como as sociedades

    utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor, e de como os

    distribuem entre os vrios indivduos. Nesta definio esto implcitas duas

    questes fundamentais para a compreenso da economia: por um lado a ideia

    de que os bens so escassos, ou seja, no existem em quantidades suficientes

    para satissfazer plenamente todas as necessidades e desejos humanos; por

    outro lado a ideia de que a sociedade deve utilizar os recursos de que dispe

    de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar formas de utilizar os seus

    recursos de forma a maximizar a satisfao das suas necessidades.

    3. A GLOBALIZAO DA ECONOMIA E O MUNDO CONTEMPORNEO

    Antes de abordarmos o tema em anlise de importncia definirmos o sentido

    lato da palavra globalizao, mais ento qual o significado de globalizao que

    tanto se fala?

    Chama-se globalizao, ou mundializao, o crescimento da interdependncia

    de todos os povos e pases da superfcie terrestre. Alguns falam em aldeia

    global, pois parece que o planeta est ficando menor e todos se conhecem

    (assistem programas semelhantes na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que

    ocorre no mundo inteiro).

    Economia Global significa que as actividades econmicas no ficam

    restringidas em exclusivos aos espaos nacionais de cada pas nao ou

    regio.

  • Jansio Salomo

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    Os actos de produo, investimento, comrcio, envolvem vrias zonas e

    recursos produtivos podendo definir-se como transaccionais, onde se perde

    todos os significados das fronteiras politicas ou econmicas.

    A economia surge como um conjunto de processos que se desenvolvem em

    forma global transpondo as fronteiras e os estados e aproveitando as

    vantagens relativas e os recursos de cada regio.

    Estas vantagens relativas e os recursos, no so equilibrados devido a

    especializao e a tecnologia de cada pas.

    Assim certos fluxos so mais valorizados do que outros dando origem ao

    crescente endividamento dos pases subdesenvolvidos relativamente aos

    pases mais desenvolvidos a quem compramos equipamento e tecnologia.

    Na tentativa de resoluo destes problemas estabeleceu-se uma nova ordem

    econmica internacional, esta ordem defende que o verdadeiro

    desenvolvimento tem de contar numa reciprocidade de interesses dos diversos

    pases e na valorizao do potencial dos pases subdesenvolvidos isto , dos

    seus prprios recursos e capacidades, mais no segundo uma lgica que,

    como at agora seja unicamente ditada pelo interesse dos pases mais ricos.

    4. PROBLEMAS BSICOS DE ORGANIZAO ECONMICA

    A economia procura responder a trs questes, as quais constituem os trs

    problemas de qualquer organizao econmica: o qu, como e para quem:

    O que produzir e em que quantidades? Quais os produtos e servios

    devero ser produzidos por forma a satisfazerem da melhor forma possvel as

    necessidades da sociedade?

    Ex: vamos produzir Maior quantidade de um bem com menor qualidade, vamos

    produzir uma menor quantidade e maior qualidade.

    Como devem os bens ser produzidos? Que tecnologias e mtodos de

    produo utilizar? Que matrias-primas devero ser utilizados para produzir

    determinado produto? Como maximizar a produo tendo em conta os

    recursos disponveis? Qual a tecnologia utilizada, e de que forma tecnolgica

    devem der eles produzidos?

  • Jansio Salomo

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    Para quem so os bens produzidos? Ser que vamos produzir para uma

    famlia com poucos recursos econmicos? Que ir ter o poder de compra?

    Como ir o produto ser repartido entre as diferentes famlias?

    5. A ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CINCIAS SOCIAIS

    O ser humano no vive isolado, mas em grupo. E pertence, normalmente, a

    vrios grupos: a um Estado, Nao ou Povo e tambm a sociedades ditas

    "menores" como sejam sindicatos, partidos, clubes desportivos, colectividades

    diversas. A Economia precisamente uma das Cincias do comportamento

    humano em sociedade. E estuda a forma como conjuntos de pessoas

    interdependentes desenvolvem e organizam actividades tendentes satisfao

    ordenada das suas necessidades pessoais e colectivas. A satisfao das

    necessidades humanas a finalidade ltima de todas as instituies e

    actividades econmicas. Isto no quer dizer que a Economia seja um

    compartimento isolado e estanque da vida social; pelo contrrio, todas as

    dimenses da vida humana, mesmo as que nada tm a ver com a produo e a

    troca, tm algum substrato econmico que mais ou menos de perto as

    condiciona. Por outro lado, em rigor, tambm no h problemas estritamente

    econmicos. Todas as Cincias Humanas (h quem prefira a designao de

    "Cincias Sociais") so chamadas a dar o seu contributo na explicao do

    comportamento humano em sociedade. Por isso a Sociologia diz que "todo o

    fenmeno social um fenmeno social total".

    Enquanto ramo do conhecimento cientfico, a Economia tambm tem leis. No

    so leis em sentido jurdico-legal, mas sim relaes de causa-efeito entre dois

    ou mais fenmenos.

    Atente na diferena fundamental entre as leis das Cincias Sociais e as leis

    das Cincias Naturais e das Cincias Exactas. Nas Cincias da Natureza, as

    leis obedecem a um certo determinismo e as relaes de causa-efeito podem

    ser estabelecidas e usadas com muito rigor:

    As leis das Cincias Sociais no so to exactas como esta, pela simples

    razo do comportamento humano no estar sujeito ao determinismo ou ao

    fatalismo. Na realidade, o ser humano no um robot telecomandado merc

    de leis que lhe so estranhas. As cincias sociais tem por funo analisar,

  • Jansio Salomo

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    investigar, compreender e explicar objectivamente o comportamento do homem

    na sociedade e das instituies sociais sobre diversos aspectos tais como: o

    psiclogo, o socilogo, o demogrfico, o econmico, o jurdico, o histrico, o

    politico, etc...

    Embora estas cincias se ocupem da mesma realidade social que o homem,

    elas so distintas entre si, no pela natureza do seu objecto que o mesmo,

    mas pelo seu particular ponto de vista ou ngulo de viso sobre a realidade

    social.

    Cada cincia fornece a sua prpria viso parcelar da realidade pelo que s

    poder der completamente compreendida se conhecermos todas as vises

    parcelares fornecidas por cada cincia social. Por isso se diz que a realidade

    social e pluridimensional e as cincias sociais complementadas e

    interdependentes.

    6. INTERLIGAO DA ECONOMIA COM OUTRAS CINCIAS

    Economia embora seja uma cincia social to autnoma como as demais dever ser

    sempre estudada em interligao com todas as restantes cincias scias.

    Certamente economia sozinha no nos pode dar respostas completas sobre os

    problemas por ele estudados. De facto os problemas econmicos que resultam

    na vida social so problemas sociais, ento numa perspectiva de abordagem,

    devemos conjugar explicaes dadas pela economia com produzidas por

    outras cincias scias capazes de dar resposta ao problema que estuda.

    ECONOMIA

    EETTNNOOGGRRAAFFIIAA DDEEMMOOGGRRAAFFIIAA

    GGEEOOGGRRAAFFIIAA SSOOCCIIOOLLOOGGIIAA

    MMAATTEEMMTTIICCAA

  • Jansio Salomo

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    Ex: O desenvolvimento econmico de uma regio no pode ser estudado s

    pela economia.

    GEOGRAFIA Fornece aos economistas um conhecimento mais fecundo das

    condies fsicas e naturais das actividades econmicas informa-o sobre as

    concentraes espaciais da energia das meterias primas e da populao.

    DEMOGRAFIA a cincia que tem por objecto de estudo a populao tem

    interesse para a economia porque a populao e o fim ltimo de toda

    actividade econmica, isto porque pretende satisfazer as necessidades

    humanas. A populao representa a fora de trabalho sem no qual dever ver

    a actividade econmica e a capacidade de produo de uma economia

    fortemente da quantidade e sobretudo da qualidade da sua produo.

    SOCIOLOGIA Estuda o comportamento humano quando inserido nos

    diversos grupos sociais. Em matria econmica de grande interesse estudar

    a sociologia do trabalho humano, relativa ao comportamento do homem

    enquanto produtor inserido na sua comunidade de trabalho.

    ETNOGRAFIA Esclarece-nos como a referncia de prticas culturais de

    habitantes de uma localidade.

    MATEMTICA Fornece aos economistas dados histricos sistematizados e

    tratados cujo conhecimento permitir concluses sobre a evoluo conjuntural

    ou estrutural e reflectir sobre medidas mais ajustadas a tomar.

    Recordando as necessrias interligaes a economia com outras cincias do

    domnio social, o seu objectivo principal podemos afirmar que a economia a

    cincia que tem como dever estudar de uma forma articulada com outras

    cincias a problemtica econmica tendo em vista o bem estar e o progresso

    da humanidade.

  • Jansio Salomo

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    7. ACTIVIDADE ECONMICA E OS AGENTES ECNOMICOS

    7.1 CLASSIFICAO DAS NECESSIDADES

    O conceito econmico de necessidade pragmtico, emprico e totalmente

    abstrado de quaisquer conotaes ou valores de ordem tica, filosfica ou

    cultural:

    Necessidade humana relevante para a anlise econmica todo e

    qualquer estado de carncia, simples apetncia ou de insatisfao que

    move o indivduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou a

    prestao de servios) que julga capazes de preencher esse vazio ou a

    fazer cessar esse estado de insatisfao.

    As necessidades podem ser:

    1. Quanto a importncia

    2. Quanto ao dispndio na aquisio

    3. Quanto abrangncia

    4. Quanto ao processo de aquisio

    Quanto a importncia as necessidades podem ser:

    1. Bsicas ou Primrias So aquelas necessidades sem as quais

    o homem no vive. Ex: Alimentao, Vesturio, Sade, etc.

    2. Secundrias ou no essncias So aquelas que apesar de

    serem importantes delas no dependem a vida do homem, e

    podem ser adiadas para secundo plano. Ex: Cultura e lazer,

    educao, desporto e turismo.

    Quanto ao dispndio na aquisio as necessidades podem ser:

    1. Econmicas: Aquelas que para satisfazer necessitam da

    interveno da moeda, Ex: Po, sapato, peixe, etc.

    2. No Econmicas: Aquelas que para satisfazer no necessitam a

    interveno da moeda. Ex: o ar, praia. etc.

  • Jansio Salomo

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    Quanto a abrangncia as necessidades podem ser:

    1. Individuais: So aquelas necessidades que satisfazem apenas um

    indivduo isolado. Ex: Estudo, alimentao, habitao. etc.

    2. Colectivas: Aquelas que atingem a comunidade. Ex: Segurana, defesa

    nacional.

    Quanto ao processo de aquisio:

    1. Inatas: So aquelas necessidades que nascem com homem. Ex:

    Alimentao.

    2. Adquiridas: So aquelas que adquirimos de acordo com o meio.

    Ex: Desporto.

    7.2 BENS E SERVIOS

    Os bens materiais so coisas ou objectos com realidade material (da

    esferogrfica ao avio). Podemos v-los, apalp-los, sentir-lhes o peso (e a

    sujeio atrs citada lei da queda livre dos graves).

    Os servios (bens imateriais) so actividades humanas cuja realidade, na

    maior parte dos casos, se esgota no momento em que acabam de ser

    prestados. o caso dos servios de transporte, de um espectculo, de uma

    aula, de um programa de televiso.

    Na maior parte dos casos, natural, ou pelo menos desejvel, que os efeitos

    da fruio da utilidade do servio no se esgotem no momento em que acaba

    de ser prestado, continuando a produzir novos efeitos durante muito tempo

    como por exemplo a lio de Economia (ou de Ingls)...

    Na realidade econmica h complementaridade absoluta entre bens materiais

    e servios: no possvel produzir e usufruir de um bem, sem obter em

    conjunto a prestao de alguns servios (o do transporte, o da venda, por

    exemplo). Tambm muito dificilmente se poder prestar hoje um servio sem a

    utilizao de vrios bens materiais.

    Matrias-primas / bens intermdios / bens de consumo final

  • Jansio Salomo

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    As matrias primas so bens tal qual so extrados da natureza, quando ainda

    no sofreram qualquer transformao indispensvel sua posterior utilizao

    na satisfao de necessidades.

    7.3 CLASSIFICAO DE BENS

    O conceito de bem econmico muito simples. Os bens so todo o tipo de

    meios, coisas ou actividades (prestao de servios) que julgamos capazes de

    atenuar ou fazer cessar situaes de carncia ou de simples apetncia. Ou,

    mais resumidamente, so meios, coisas ou actividades que presumimos serem

    capazes de satisfazer necessidades.

    Para alm da classificao de bens econmicos podemos ainda classificar os

    bens de acordo comos critrios o que natural.

    Se considerarmos a variedade de bens existentes e a infinidade que estes

    devem satisfazer podemos classifica-los da seguinte forma:

    Quanto a urgncia ou prioridade de consumo podem ser:

    1. Bens essncias So aqueles bens que necessitamos para a

    nossa satisfao diria. Ex: po, peixe, farinha, arroz.

    2. Bens de consumo suprfluo Aqueles que podem ser

    substitudos. Ex: Desporto, lazer

    Quanto funo econmica:

    1. Bens de consumo Aquele bem que destina ao consumo final, esta

    pronto a ser consumido. Ex: po, manga.

    2. Bens de Produo So aqueles bens utilizados na produo de

    outros, sofrem uma alterao. Ex: farinha, a manga para a produo

    do sumo de manga.

    Quanto a utilizao ou valor no mercado:

  • Jansio Salomo

    12

    1. Bens livres ou no econmicos So ou qualquer bem que no

    tem valor no mercado por no escassear existe em quantidade.

    Ex: O ar

    2. Bens econmicos Aquele bem que tem um valor, por ser um bem

    escasso. Ex: tomate, arroz, etc.

    Bens quanto ao mercado podem ser:

    1. De consumo final so aqueles bens que esto imediatamente a

    disposio do consumidor, no sendo necessrio acrescentar

    qualquer operao de produo. Ex: gasolina, po, energia.

    2. Bens de consumo intermdio Aquele bem que j sofreu

    transformao, ir sofrer vrias transformaes at atingir o produto

    final. Ex: Petrleo bruto.

    Quanto a sua relao recproca:

    1. Bens complementares So aqueles que se complementam, no

    se utilizam sem a utilizao de outros. Ex: o carro e as rodas; ou

    combustvel.

    2. Bens sucedneos ou substituveis Aqueles que se podem

    substituir para uma satisfao idntica: Ex: Margarina e a manteiga

    Quanto a sua durao:

    1. Bens duradouros Aquele que ao satisfazerem uma necessidade

    no perdem as suas qualidades iniciais: Uma casa. etc.

    2. Bens no duradouros So aqueles que ao satisfazerem as suas

    necessidades perdem as suas qualidades iniciais. Ex: O combustvel.

    Os bens ainda podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens

    Pblicos.

    Os Bens Privados - so os produzidos e possudos privadamente.

    Como exemplo termos os automveis, aparelhos de televiso etc.

  • Jansio Salomo

    13

    Os Bens Pblicos - referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos

    pelo setor pblico: educao, justia, segurana, transporte, etc.

    8. ESTUDO DAS FUNES ECONMICAS

    Duma forma geral, segundo o efeito substituio quando o preo de um

    bem aumenta os consumidores tendem a substitui-lo por outros bens menos

    caros. Com o intuito de atingir a satisfao de uma forma mais barata.

    Uma vez que a produo limitada devido a escassez do produto

    necessrio fazer escolha entre os diversos tipos de bem isto leva-nos a um

    conceito que o custo de oportunidade. Significa que quando escolhemos

    um bem deixa de ser consumido isto o lucro mximo obtido se utilizarmos

    factores produtivos empregos noutros usos alternativos.

    Ainda em relao a classificao dos bens referimos as situaes psicolgicas

    e culturais ligadas a procura de ostentao um tipo de procura ligado ao

    estatuto do consumidor.

    Distinguimo-nos assim os chamados bem de consumo Superior e bem

    de consumo inferior.

    Bem de consumo Inferior um bem cujo consumo diminui quando

    aumenta o rendimento.

    Bem de consumo superior Neste caso o acto de consumo por

    vezes irracional aumentando quando os preos aumentam e baixando quando

    os preos baixam.

    8.1 FUNES INDISPENSVEIS AO CORRECTO FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA COMO UM TODO

    A produo O consumo A poupana A distribuio A repartio do rendimento A redistribuio do rendimento

  • Jansio Salomo

    14

    8.2 FUNES SECUNDRIAS

    A comercializao A armazenagem O transporte A publicidade Intermediao financeira

    Produo: a actividade que tem como objectivo a satisfao e obteno

    de bens e servios que satisfazem as necessidades e certamente uma das

    importantes actividades humanas.

    Consumo a dispesa total feito por cada indivduo ou pelo pas em bens

    durante um certo perodo.

    Poupana a parcela do rendimento que no consumida. a diferena

    entre o rendimento disponvel e o consumo. No se destina ao consumo

    imediato.

    Distribuio Trata-se da comercializao transporte e servios que

    apoiam as aces de venda. Faz chegar os produtos ou servios aos locais de

    consumo.

    Repartio do rendimento a forma como o rendimento total

    distribudo o u repartido entre os indivduos.

    A redistribuio do rendimento assegurada pelo estado e a

    segurana social, atravs da obteno do imposto e contribuies e a sua

    aplicao em benefcios sociais.

    9. AGENTES ECONMICOS

    Estado Famlia

    Empresas

    sfinanceirano

    sfinanceira

    /

    Agente Funes

  • Jansio Salomo

    15

    - Famlia....................................................................... Consumo - Empresa..................................................................... Produo - Estado.....................................................Administrao e Redistribuio H certas actividades que dado a sua natureza importante para a comunidade

    no podem ser desempenhadas pelos particulares que as poderiam desviar

    dos sus objectivos prprios.

    Assim sendo estas actividades por regras so desempenhadas pelo estado isto

    porque esto sujeitas a um certo controlo.

    Ex: Instituies de sade, Educao servios Administrao pblica, etc

    10. O CONSUMIDOR COMO PARTE INTEGRANTE DO SISTEMA ECONMICO

    10.1 A famlia e o consumo

    10.2 Factores que influenciam o consumo

    Econmicos Culturais Sociolgicos Polticos Psicolgicos

    Dentro dos factores econmicos temos as variveis

    O rendimento disponvel O nvel de preos O grau de informao econmico possuda

    O consumidor Ao afectar as suas escolhas deve ter em conta o melhor

    emprego dos recursos disponveis na economia.

    Isto a escolha econmica em relao ao consumo deve ser um acto

    verdadeiramente consciente.

    O que exige do consumidor necessria informao e uma formao para o

    consumo.

    Todos os consumidores independentes do seu estatuto econmico-social so

    influenciados por diversos factores que vo determinar as decises e escolhas

    relativas ao consumo. Assim sendo temos que ter em conta os chamados

  • Jansio Salomo

    16

    padres de consumo, isto formas tpicas de realizar gastos por diversos

    indivduos.

    Factores econmicos (varivel rendimento do consumidor)

    A medida que se eleva o rendimento os consumidores despenderam mais em

    bens essenciais e mais em bens no essenciais.

    E a medida que o rendimento baixa os consumidores gastaro cada vez menos

    em despesas essenciais, muito menos nas restantes despesas.

    O NVEL DOS PREOS Quando os preos sobem as pessoas tem menos rendimento para gastar tm

    menor rendimento real (isto a quantidade total de bens e servios que este

    dinheiro permite comprar diminui menor rendimento real) e o mesmo

    rendimento nominal (a quantidade de notas que possuem). Assim sendo ser

    necessrio abdicar de alguns bens e servios. As famlias de menor recursos

    comearam por eliminar tudo o que no essencial, tentando manter o mais

    possvel a quantidade de bens de 1 necessidade. J as famlias de maior

    capacidade de compra comearam por eliminar alguns consumos no

    essenciais, como o seu rendimento mais elevado em regra no precisara de

    efectuar cortes nos bens essenciais.

    Concluindo podemos dizer que a subida de preos afecta as famlias de mais

    baixo ou menor rendimento.

    FACTORES CULTURAIS

    Alguns podem ser intrnsecos a sua prpria pessoa e outros so externos ao

    consumidor.

    Em relao aos factores externos ao consumidor temos:

    Influencias culturais do meio envolvente. Os efeitos da publicidade, a

    tradio cultural do pais, a famlia em que estamos inseridos,

    comportamento do extracto cultural a que se pertence, os modelos

    importados por consumo.

  • Jansio Salomo

    17

    Em relao aos factores intrnsecos:

    Os conhecimentos e a formao que possumos fruto do nosso esforo

    pessoal, a educao adquirida, a formao profissional, etc.

    FACTORES SOCIOLGICOS

    Tem haver com os comportamentos que todo o homem tem pelo facto de viver

    num meio social ou seja em grupos complexos.

    Ex: a moda no vesturio, a pratica de certas modalidades no desporto, o

    modelo de carro utilizado. Etc.

    FACTORES PSICOLGICOS

    So factores que levam o consumidor a ter um comportamento irracional, Ex:

    publicidade e o meio.

    Para promover a racionalizao do consumo, de modo a evitar os excessos do

    consumo (consumismo) o consumidor devera ter em conta certos aspectos:

    Saber conhecer e distinguir os produtos,

    Classificar o que essencial e o que no

    Estabelecer prioridades, valorizar a poupana

    Olhar a economia com um todo

    Incentivar a pratica de protocolos entre os produtores e

    consumidores, e formao do consumidor, a sua informao quanto as

    alternativas de consumo, a quantidade dos produtos, os circuitos e

    modalidades de venda, a legislao sobre os direitos e deveres dos

    consumidores.

    11. DIREITOS DO CONSUMIDOR

    Os direitos dos consumidores so:

    1. Direito a segurana uma proteco contra os produtos, servios e

    modos de produo prejudiciais a sade e a vida do consumidor.

  • Jansio Salomo

    18

    2. Direito a livre escolha direito ao acesso a produtos e servios a

    preos competitivos, com garantia de quantidade satisfatria e preo

    justo.

    3. Direito a informao direito ao acesso informao que permita a

    realizao de escolhas conscientes e devidamente fundamentadas.

    4. Direito a representao direito a ser ouvido e a participar nas

    decises politicas e econmicas que lhes respeita.

    5. Direito a reparao de danos direito a satisfao de reclamaes

    justas.

    6. Direito educao direito aos conhecimentos e acesso aos meios

    que permitam ser um consumidor informado e consciente.

    7. Direito ao meio ambiente direito um meio ambiente saudvel que

    lhe garante uma boa qualidade de vida no presente e no futuro.