material facesf - parte geral - direito penal i - 2012.1 - 1a. parte

Upload: olavo-balbino

Post on 05-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    1/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    FONTES DO DIREITO PENAL.

    CONCEITO: o lugar onde se origina o direito penal.

    CLASSIFICAO: - MATERIAIS ou de produo = Estado (criam, constituem o

    direito);

    ] PRIMRIAS = Lei (de forma geral,inclusive

    - FORMAIS ou de cognio ] as LOJEs (Estad. EFed.)

    ] SECUNDRIAS = Costumes,Princpios

    Gerais do Direito,Analogia (somente inbonam partem)

    PARTE GERALTTULO I

    DA APLICAO DA LEI PENAL(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Anterioridade da Lei

    Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prviacominao legal. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    PRINCPIO DA ANTERIORIDADE/LEGALIDADE (ReservaLegal) Inscrito no Art. 5, XXXIX da CF, com a mesmaredao, consagra um postulado do direito penal queexige previa inscrio normativa para se estabeleceruma conduta reprimida pelo ordenamento jurdico penal.Requer a elaborao e formatao legislativa da norma,evidenciando os meios democrticos de criao dasano por fato criminoso. O Princpio do nullum crimen,

    nulla poena sine praevia lege, aponta, tambm, oPrincpio da Taxatividade, que requer, alm daanterioridade da lei penal, que a mesma seja taxativa,clara, precisa, de forma que no paire dvidas sobre asua adequao.

    Lei penal no tempo

    Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar

    crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentenacondenatria. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art1
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    2/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    PRINCPIO SUPERVENINCIA DA LEI PENAL (AbolitioCriminis) aponta que havendo norma posterior que nomais define uma conduta anteriormente punida comocrime, os efeitos penais sero cessados, bem como aexecuo da pena.

    HABEAS CORPUS. PENAL. TRFICO DE ENTORPECENTES. LEI N.11.343/2006. RETROATIVIDADE MITIGADA S HIPTESES EM QUE MAISBENFICA AO RU. CASO CONCRETO. DESCABIMENTO. ART. 18, INCISOIII, LEI N. 6.368/76. ABOLITIO CRIMINIS. OCORRNCIA. PROGRESSODE REGIME. DELITO ANTERIOR LEI N. 11.464/2007. ART. 112 DA LEP.1. cabvel a aplicao retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que oresultado da incidncia das suas disposies, na ntegra, seja maisfavorvel ao ru do que o advindo da utilizao da Lei n. 6.368/76, sendovedada a combinao de leis.2. No caso, a pena-base foi fixada em 8 (oito) anos, nos termos da Lei n.6.368/76. Se a pena fosse recalculada, segundo os limites previstos na Lein. 11.343/2006, mas com a utilizao dos parmetros e proporeslanadas na sentena e no acrdo impetrado, verifica-se que a novapenalidade obtida no seria mais benfica ao Paciente, ainda que com aeventual aplicao da causa de diminuio do art. 33, 4, da novel

    legislao.3. A causa especial de aumento pela associao eventual de agentes para aprtica dos crimes da Lei de Txicos, anteriormente prevista no art. 18,inciso III, da Lei n. 6.368/76, no foi mencionada na nova legislao.4. Diante da abolitio criminis trazida pela nova lei, impe-se retirar dacondenao a causa especial de aumento do art. 18, inciso III, da Lei n.6.368/76, em observncia retroatividade da lei penal mais benfica.5. Em razo da declarao de inconstitucionalidade do bice progressode regime prisional aos condenados pela prtica dos delitos elencados na

    Lei n. 8.072/90, passou-se a aplicar o art. 112 da Lei n. 7.210/84 (LEP),que prev a possibilidade de progresso de regime aps o cumprimento de1/6 (um sexto) da pena.6. A Lei n. 11.46/2007, por ser mais gravosa, no pode retroagir paraalcanar os delitos praticados antes de sua entrada em vigor.7. Ordem concedida parcialmente a fim de reconhecer a abolitio criminisda causa especial de aumento do art. 18, inciso III, da Lei n. 6.368/76 e,de ofcio, para determinar que a progresso de regime observe o dispostono art. 112 da Lei de Execues Penais, estendendo o writ ao Corru,

    PAULO JORGE LOUREIRO LEANDRO, nos mesmos termos, ficando reduzidas

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    3/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    as penas de ambos, segundo explicitado no voto. (HC 93593 / SP;2007/0256344-0; Ministra LAURITA VAZ; DJe 08/02/2010).

    Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-

    se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada emjulgado. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    PRINCPIO RETROATIVIDADE DE LEI PENAL MAISBENFICA esculpido no Art. 5, XL, da CF (a lei penalno retroagir, salvo para beneficiar o ru), consagraque, havendo supervenincia de lei penal, sendo elamais benfica ao ru, os efeitos prticos e jurdicosretroagem data em que foi cometido o crime.

    PENAL. HABEAS CORPUS. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. AUMENTOPREVISTO NO ART. 9 DA LEI N 8.072/90. VIOLNCIA REAL E GRAVEAMEAA. INCIDNCIA. SUPERVENINCIA DA LEI N 12.015/2009. HABEASCORPUS DE OFCIO.I - Esta Corte firmou orientao de que a majorante inserta no art. 9 daLei n 8.072/90, nos casos de presuno de violncia, consistiria emafronta ao princpio no bis in idem. Entretanto, tratando-se de hiptese deviolncia real ou grave ameaa perpetrada contra criana, seria aplicvel a

    referida causa de aumento, como na espcie. (Precedentes).II - Com a supervenincia da Lei n 12.015/2009 restou revogada amajorante prevista no art. 9 da Lei dos Crimes Hediondos, no sendo maisadmissvel a sua aplicao para fatos posteriores sua edio. Noobstante, remanesce a maior reprovabilidade da conduta, pois a matriapassou a ser regulada no art. 217-A do CP, que trata do estupro devulnervel, no qual a reprimenda prevista revela-se mais rigorosa do que ado crime de estupro (art. 213 do CP).III - Tratando-se de fato anterior, cometido contra menor de 14 anos e comemprego de violncia ou grave ameaa, deve retroagir o novo comandonormativo (art. 217-A) por se mostrar mais benfico ao acusado, ex vi doart. 2, pargrafo nico, do CP. Ordem denegada. Habeas corpus concedidode ofcio para fazer incidir retroativamente espcie a Lei n 12.015/2009por ser mais benfica ao paciente. (HC 131987 / RJ; 2009/0053103-2;Ministro FELIX FISCHER; DJe 01/02/2010).

    HABEAS CORPUS. TRFICO DE DROGAS. ARMA DE FOGO. PORTE ILEGAL.

    VACATIO LEGIS. ARTS. 30 E 32 DA LEI DO DESARMAMENTO. APLICAOSOMENTE NOS CASOS DE POSSE. NO INCIDNCIA NA REFERIDAFIGURATPICA. INEXISTNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    4/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    MINORANTE PREVISTA NO ART. 33, 4., DA NOVA LEI DE TXICOS.PRINCPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENFICA. REGIMEINICIAL FECHADO PARA CUMPRIMENTO DA PENA. IMPROPRIEDADE.INOBSERVNCIA DO DISPOSTO NO ART. 33, 2., ALNEA B, E 3., DOCDIGO PENAL.1. A apreenso de arma de fogo em poder de acusado que surpreendido,dormindo, no interior de fazendo desativada, se adqua na conduta deporte ilegal, sendo invivel o reconhecimento de que ofato cinge-se mera posse do objeto.2. luz do entendimento consagrado pela doutrina e pela jurisprudnciadeste Tribunal, a vacatio legis, decorrente do teor dos arts. 30 e 32 daLegislao Especfica, aplica-se somente posse de arma de fogo, motivo

    pelo qual no configura constrangimento ilegal a condenao pela prticada referida conduta, mesmo que o fato tenha ocorrido durante o lapsolegalmente previsto abolitio criminis das demais condutas da Lei10.826/2003.3. Encaixando-se a hiptese no disposto no 4. do art. 33 da Lei n.11.343/06 tratando-se de ru primrio, de bons antecedentes, que nose dedique a atividades criminosas, nem integre organizao criminosa, de rigor a aplicao da causa de diminuio, quando favorvel ao ru.Considerando-se que o Paciente portava dois tipos diferentes de drogas

    42,1 g de maconha e 65,9 g de crack, de se aplicar a minorante em seupatamar mnimo, quantum adequado e necessrio reprovao epreveno do delito.4. Fixada a pena-base no mnimo legal, porque reconhecidas ascircunstncias judiciais favorveis ao ru primrio e de bons antecedentes,no possvel infligir-lhe regime prisional mais gravoso apenas com basena gravidade do delito. Inteligncia do art. 33, 2. e 3., c.c. o art. 59,ambos do Cdigo Penal. Incidncia das Smulas n. 718 e 719 do SupremoTribunal Federal.

    5. Ordem parcialmente concedida para reformar o acrdo recorrido e asentena condenatria, a fim de aplicar a causa de diminuio prevista no 4. do art. 33 da Lei n. 11.343/06, fixando, em relao ao crime previstono art. 12 da Lei n. 6.368/76, a reprimenda em 3 (trs) anos e 4 (quatro)meses de recluso, bem assim fixar o regime semiaberto de cumprimentode pena. (HC 136180 / RJ; 2009/0091259-7; Ministra LAURITA VAZ; DJe09/11/2009).

    RETROATIVIDADE DA LEI PENAL EM BRANCO (Vaga,incompleta, de contedo a ser complementado)

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    5/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    Havendo revogao de norma complementar, no seopera a retroatividade, mas sim a ultratividade, uma vezque a lei revogada no exclusivamente a lei penal,mas sim o seu complemento. As normas penais embranco podem ser complementadas por outra normapenal, ou mesmo por norma administrativa.

    Contrabando ou descaminho

    Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ouiludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ouimposto devido pela entrada, pela sada ou peloconsumo de mercadoria:

    Pena - recluso, de um a quatro anos.

    1 - Incorre na mesma pena quem: (Redao dadapela Lei n 4.729, de 14.7.1965)

    a) pratica navegao de cabotagem, fora dos casospermitidos em lei; (Redao dada pela Lei n 4.729,de 14.7.1965)

    b) pratica fato assimilado, em lei especial, acontrabando ou descaminho; (Redao dada pela Lei n4.729, de 14.7.1965)

    HABEAS CORPUS. PACIENTE DENUNCIADO POR INFRAO ORDEMECONMICA. ABSOLVIO EM PRIMEIRO GRAU. CONDENAO PELOTRIBUNAL A QUO A 1 ANO DE DETENO, EM REGIME ABERTO, COM ASUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE

    DIREITOS. ART. 1o., I DA LEI 8.176/91. NORMA PENAL EM BRANCO.DESNECESSIDADE DE COMPLEMENTAO POR LEI EM SENTIDO FORMAL.PRECEDENTE DESTE STJ. COMERCIALIZAO IRREGULAR DE DERIVADOSDE PETRLEO. COMPRA, ARMAZENAMENTO E VENDA DE COMBUSTVELORIUNDO DE DISTRIBUIDOR DE BANDEIRA DIVERSA DAQUELAOSTENTADA PELO ESTABELECIMENTO. DESCRIO DE CONDUTA TPICA.PARECER DO MPF PELA DENEGAO DA ORDEM, COM A CONCESSO DAORDEM PARA TRANCAMENTO DA AO PENAL, EM RAZO DA INPCIA DADENNCIA. ORDEM DENEGADA, NO ENTANTO.

    1. O art. 1, I, da Lei 8.176/91, ao proibir o comrcio de combustveis emdesacordo com as normas estabelecidas na forma da lei, norma penal em

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    6/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    branco em sentido estrito, porque no exige a complementao mediantelei formal, podendo s-lo por normas administrativas infralegais, estas sim,estabelecidas "na forma da lei" (RHC 9.834/SP, Rel. Min. FELIX FISCHER,DJU 05.06.01).2. Descreve a denncia condutas que, em tese, se amoldam ao delitoprevisto no art. 1o, I da Lei 8.176/91 e normas complementares citadas, oque autoriza a continuidade da persecuo penal em juzo, visto que opaciente comercializava derivados de petrleo de fornecedor diversodaquele que representa.3. Parecer do MPF pela denegao da ordem; opina pela concesso daordem para o trancamento da ao penal, por inpcia da denncia.4. Ordem denegada. (HC 98113 / MS; 2008/0000483-7; Ministro

    NAPOLEO NUNES MAIA FILHO; DJe 15/06/2009).Lei excepcional ou temporria (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de suadurao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fatopraticado durante sua vigncia. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    ULTRATIVIDADE DAS LEIS EXCEPCIONAIS OUTEMPORRIAS Leis temporrias so as que vigem por

    tempo determinado, por disposio expressa do prpriodiploma penal. Leis Excepcionais so as destinadas aviger em situaes de emergncia, a exemplo dosestados de calamidade pblica. Cessada tal situao deemergncia, perde vigncia. Na exegese do art. 3 doCP, essas leis tem ultratividade, ou seja, aplicam-se aofato cometido sob o seu imprio, mesmo depois derevogadas pelo decurso do tempo ou superao doestado emergencial.

    Tempo do crime

    Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, aindaque outro seja o momento do resultado.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    Teoria do RESULTADO considera o tempus delicti nomomento da produo do resultado.Teoria MISTA (umbiquidade) Seria indiferente tempo

    do crime para efeito de sua configurao, ou na ao ouno resultado.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art4
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    7/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    Teoria da ATIVIDADE Entende-se como o momento daprtica da ao ou omisso ( o que foi adotado peloCdigo Penal).

    Como o CP aderiu a teroria da atividade, para seintegrar a conduta reprimida pela norma penal, bastaque se inicie a conjugao do ncleo do verbo descritona lei penal. Ex: Matar algum. Ao se iniciarem osprimeiros atos que coloque a vida da vtima em risco, overbo matar estaria sendo pronunciado na conduta,seja na forma tentada ou consumada. Assim, nomomento da conduta que o agente revela a sua

    vontade.INCIDNCIAS

    Prescrio; Imputabilidade; Benefcios Penais e processuais; Competncia; Jurisdio; Retroatividade de lei mais benfica. Etc.

    TEMPUS DELICT COMMISSI REGIT ACTUM (Otempo do delito cometido rege o ato)

    Nos crimes permanentes; Nos crimes continuados; Nos crimes de consumao formal; Nos crimes omissivos; Nos crimes culposos;

    Territorialidade

    Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regrasde direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional. (Redao dada pelaLei n 7.209, de 1984)

    1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacionalas embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governobrasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    8/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, noespao areo correspondente ou em alto-mar. (Redao dada pela Lei n 7.209, de1984)

    2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo deaeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelasem pouso no territrio nacional ou em vo no espao areo correspondente, e estasem porto ou mar territorial do Brasil.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    Trata-se de uma regra que advm do conceito desoberania. o espao onde o Brasil a exerce. Inclui-se,portanto, o solo e o subsolo; os rios, lagos e maresinteriores (incluindo a linha fronteiria); os golfos, as

    baias, e os portos; a faixa de mar exterior (200 milhas);os navios e aeronaves nacionais; o espao areofronteirio.

    Lugar do crime(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ouomisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se oresultado.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    Teoria MISTA (umbiquidade) Seria indiferente o tempodo crime para efeito de se estabelecer o lugar do crime,seja na ao ou no resultado.

    Extraterritorialidade(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    CRITRIOS Extraterritorialidade condicionada: Ointeresse punitivo da justia brasileira deve ser exercidode qualquer maneira, independentemente de qualquer

    condio; Extraterritorialidade condicionada: Somenteh interesse do Brasil em punir o autor de crimecometido no exterior se preenchidas as condiesdescritas no art. 7, 2, a, b, c, d, e, e 3do CP.

    PENAL. HABEAS CORPUS. INSTITUIO FINANCEIRA. QUEBRA DE SIGILO.EMPRESTIMO VEDADO. PRINCPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE DA LEIBRASILEIRA. Cod. Penal, art. 7.. Lei n. 4.595, de 1.964, art. 38, par-7.;art-34, I, par-1.. I. Sujeio a lei penal brasileira de delitos praticados noexterior, porque ocorrente a hiptese inscrita no art. 6., 2. parte, e tendo

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    9/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    em vista o que dispe o art. 7., II, "b", ambos do Cod. Penal. II. -Imputao do delito de quebra de sigilo. Lei 4.595/64, art. 38, par-7.:denuncia inepta, porque no h meno nem descrio da conduta tpicaatribuda aos rus (C.P.P., art. 41). III. - Emprstimo vedado: concesso deemprstimo a diretores da instituio financeira; Lei 4.595/64, art. 34, I,par-1.: a) emprstimo de US$ 1.242.673,40 que teria sido obtido junto aagencia Comind de Nova Iorque: a denuncia e inepta, no ponto, porinexistir fundamento que viabilize a ao penal; b) emprstimos de 700 e800 mil dlares na subsidiaria do banco em Grand Cayman: tem-se comoocorrente, no ponto, pelo menos em tese, a figura penal inscrita no art. 34,I, par-1., da Lei 4.595/64, pelo que prosseguira a ao penal. IV.Possibilidade de o Ministrio Pblico Federal aditar a denuncia no tocante ao

    delito do art. 38, par-7., da Lei 4.595, de 1.964. V. - "Habeas Corpus"deferido, em parte. (HC 67913 / SP; Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO;Julgamento: 16/10/1990).

    EMENTA: EXTRADIO. Passiva. Pena. Priso perptua. Inadmissibilidade.Necessidade de comutao para pena privativa de liberdade por prazo nosuperior a 30 (trinta) anos. Concesso com essa ressalva. Interpretao doart. 5, XLVII, "b", da CF. Precedentes. S se defere pedido de extradiopara cumprimento de pena de priso perptua, se o Estado requerente se

    comprometa a comutar essa pena por privativa de liberdade, por prazo outempo no superior a 30 (trinta) anos. (Ext 1104 / UK- REINO UNIDO DAGR-BRETANHA E DA IRLANDA DO NORTE ; Extradio; Relator(a): Min.CEZAR PELUSO; Julgamento: 14/04/2008).

    Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:(Redao dada pela Lei n 7.209, de 1984)

    I - os crimes: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica; (Includo pela Lei n7.209, de 1984)

    b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, deTerritrio, de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista, autarquiaou fundao instituda pelo Poder Pblico; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio; (Includo pela Lein 7.209, de 1984)

    d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Includopela Lei n 7.209, de 1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    10/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    II - os crimes: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) que, por tratado ou conveno, o Brasil se obrigou a reprimir; (Includo pela Lein 7.209, de 1984)

    b) praticados por brasileiro; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, mercantes ou depropriedade privada, quando em territrio estrangeiro e a no sejam julgados.(Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    1 - Nos casos do inciso I, o agente punido segundo a lei brasileira, ainda queabsolvido ou condenado no estrangeiro.(Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    2 - Nos casos do inciso II, a aplicao da lei brasileira depende do concursodas seguintes condies: (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    a) entrar o agente no territrio nacional; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    b) ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado; (Includo pela Lei n7.209, de 1984)

    c) estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a

    extradio; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)d) no ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena;

    (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    e) no ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estarextinta a punibilidade, segundo a lei mais favorvel. (Includo pela Lei n 7.209, de1984)

    3 - A lei brasileira aplica-se tambm ao crime cometido por estrangeiro contra

    brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condies previstas no pargrafo anterior:(Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    a) no foi pedida ou foi negada a extradio; (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    b) houve requisio do Ministro da Justia. (Includo pela Lei n 7.209, de 1984)

    Pena cumprida no estrangeiro (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 8 - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo

    mesmo crime, quando diversas, ou nela computada, quando idnticas. (Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    11/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    EMENTA: EXTRADIO. CONFIRMAO, PELO EXTRADITANDO, DASIMPUTAES QUE LHE SO FEITAS. PEDIDO PARA CUMPRIR A PENA NOBRASIL, ANTE A CIRCUNSTNCIA DE O EXTRADITANDO POSSUIR FAMLIANO PAS. CIRCUNSTNCIA QUE NO ELIDE O DEFERIMENTO DO PEDIDO.SMULA 421. Preenchidas todas as condies de admissibilidade, defere-seo pedido de extradio. Ressalva para que seja detrado o tempo de prisocumprido no Brasil em razo deste pedido extradicional. (Ext 973 / IT-ITLIA ; EXTRADIO; Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA; Julgamento:01/07/2005)

    - SOBRE AS IMUNIDADES.

    IMUNIDADES: Imunidades Diplomticas e Consulares

    (Conveno de Viena 1961, relaes diplomticas;1963, relaes consulares); os representes diplomticosde governos estrangeiros gozam de imunidade penal,tributria (exceto os impostos indiretos, ex: preos dosprodutos) e civil (excees: direito sucessrio; outrasfunes diversa da diplomtica). ImunidadeParlamentar: Inscrita no art. 53, caput, da CF: OsDeputados e Senadores so inviolveis, civil e

    penalmente, por quaisquer de suas opinies, palavras evotos. Assim, no respondem pelos crimes de palavra,ou seja, aquele que envolvem a opinio (crimes contra ahonra, apologia ao crime e incitao ao crime), aimunidade substantiva. Divide-se a opinio doutrinriano que se refere ao lugar onde se processaria aimunidade, se restrita ao exerccio do mandato oumesmo fora do mbito funcional quando relacionada aoseu munus. O STF se inclinou nesta ultima

    interpretao:QUEIXA. ART. 22 C/C 23, II, DA LEI N 5.250/67. ENTREVISTA. PROGRAMADE TV. DEPUTADA FEDERAL. IMUNIDADE PARLAMENTAR EM SENTIDOMATERIAL. ART. 53 DA CF. 1. "(...) a prerrogativa constitucional daimunidade parlamentar em sentido material protege o congressista emtodas as suas manifestaes que guardem relao com o exerccio domandato, ainda que produzidas fora do recinto da prpria casa legislativa(...)" (INQ 681 QO, rel. Min. Celso de Mello). 2. Caso em que as

    declaraes relacionam-se ao exerccio do mandato parlamentar e,portanto, atraem a incidncia da imunidade em sentido material, nos

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    12/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    termos do art. 53 da Constituio Federal. 3. Queixa rejeitada. (Inq 1944 /DF; Relator(a): Min. ELLEN GRACIE;Julgamento: 01/10/2003).

    Quanto aos advogados (CF, Art. 133. O advogado

    indispensvel administrao da justia, sendoinviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da

    profisso, nos limites da lei; CP: Excluso do crime -Art. 142 - No constituem injria ou difamao punvel:I - a ofensa irrogada em juzo, na discusso da causa,

    pela parte ou por seu procurador; Lei 8.906/94(estatuto da OAB) - Art. 2 O advogado indispensvel administrao da justia. 3 No exerccio da

    profisso, o advogado inviolvel por seus atos emanifestaes, nos limites desta lei e Art. 7, 2 Oadvogado tem imunidade profissional, no constituindoinjria, difamao ou desacato punveis qualquermanifestao de sua parte, no exerccio de suaatividade, em juzo ou fora dele, sem prejuzo dassanes disciplinares perante a OAB, pelos excessos quecometer.). Apesar de se referir a uma imunidadesubstantiva, em que se contesta a igualdade com outros

    profissionais de classe, persiste a prerrogativa doadvogado, no uso de suas atribuies, exceto no que serefere ao crime de desacato, por fora da ADIN 1.127-8.

    SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

    PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.INDENIZAO. ADVOGADO. EXCESSO. EXPRESSES EM PETIO. OFENSA

    MAGISTRADO. CASO CONCRETO. AS LIES DE RAFAEL MAGALHES EMILTON CAMPOS. DISSDIO NO CARACTERIZADO. RECURSODESACOLHIDO.

    I - Na linha da jurisprudncia deste Tribunal, a imunidade profissional,garantida ao advogado pelo Estatuto da Advocacia, no alberga os excessoscometidos pelo profissional em afronta honra de qualquer das pessoasenvolvidas no processo. (RESP 438734/RJ;2002/0061256-7; Min Slvio deFigueiredo Teixeira; DJ 10.03.2003 P. 233 RSTJ VOL. 173 P. 324).

    SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    13/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    EMENTA: Advogado: imunidade judiciria: (CF art. 133; C.Penal., art. 142,I; EAOAB, art. 7, 2): no compreenso do crime de calnia. 1. O art.133 da Constituio Federal, ao estabelecer que o advogado "inviolvelpor seus atos e manifestaes no exerccio da profisso", possibilitou fossecontida a eficcia desta imunidade judiciria aos "termos da lei". 2. Essavinculao expressa aos "termos da lei" faz de todo ocioso, no caso, oreconhecimento pelo acrdo impugnado de que as expresses contraterceiro sejam conexas ao tema em discusso na causa, se elasconfiguram, em tese, o delito de calnia: que o art. 142, I, do C. Penal,ao dispor que "no constituem injria ou difamao punvel (...) a ofensairrogada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seuprocurador", criara causa de "excluso do crime" apenas com relao aos

    delitos que menciona - injria e difamao -, mas no quanto calnia,que omitira: a imunidade do advogado, por fim, no foi estendida calnianem com a supervenincia da L. 8.906/94, - o Estatuto da Advocacia e daOAB -, cujo art. 7, 2, s lhe estendeu o mbito material - alm dainjria e da difamao, nele j compreendidos conforme o C.Penal -, aodesacato (tpico, contudo, em que teve a sua vigncia suspensa peloTribunal na ADInMC 1127, 5.10.94, Brossard, RTJ 178/67). (HC 84446 /SP; Relator(a): Min. SEPLVEDA PERTENCE; Julgamento: 23/11/2004).

    Eficcia de sentena estrangeira(Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    Art. 9 - A sentena estrangeira, quando a aplicao da lei brasileira produz naespcie as mesmas conseqncias, pode ser homologada no Brasil para: (Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    I - obrigar o condenado reparao do dano, a restituies e a outros efeitos civis;(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - sujeit-lo a medida de segurana.(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Pargrafo nico - A homologao depende: (Includo pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Includopela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    b) para os outros efeitos, da existncia de tratado de extradio com o pas decuja autoridade judiciria emanou a sentena, ou, na falta de tratado, de requisio doMinistro da Justia. (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    14/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    SENTENA PENAL ESTRANGEIRA (CRIME DE APROPRIAO INDEBITA).PRODUTO DO CRIME (DINHEIRO) DEPOSITADO EM ESTABELECIMENTOBANCARIO NO BRASIL. II. PEDIDO DE HOMOLOGAO DO DECISORIOPARA OS EFEITOS CIVIS FORMULADO PELA VTIMA DO DANO SOFRIDO.III. HARMONIA DA PRETENSAO COM OS DISPOSITIVOS DA LEGISLAOBRASILEIRA (C.P., ART. 7. E PARAGRAFO NICO, 'A'; C.P.P., ART. 790, EREGIMENTO INTERNO, ARTS. 211 E 212). IV. PEDIDO DEFERIDO. (SE 2290

    / SU - SUECIA; Sentena Estrangeira; Relator(a): Min. THOMPSONFLORES; Julgamento: 17/11/1976).

    Contagem de prazo(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo. Contam-se os dias, os

    meses e os anos pelo calendrio comum. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    A contagem do prazo no direito penal diferente dodireito processual penal. Neste, o primeiro dia - quedeve ser til - desprezado. J para o D.Penal, conta-seo primeiro dia e despreza-se o ultimo, com ou sem apresena de dias teis.

    Fraes no computveis da pena(Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas dedireitos, as fraes de dia, e, na pena de multa, as fraes de cruzeiro. (Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Legislao especial (Includa pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 12 - As regras gerais deste Cdigo aplicam-se aos fatos incriminados por lei

    especial, se esta no dispuser de modo diverso. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    CONFLITO APARENTE DE NORMAS

    Ao nos depararmos com um fato tpico, previsto na norma penal e que se acompanhade culpabilidade, aparentemente, poderemos nos deparar com mais de uma normatratando do mesmo assunto, o que se inclinaria a pensar que haveria um conflito

    entre elas.Na verdade, no h conflito, mas apenas uma preferncia na aplicao de uma sob a

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art10http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art12
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    15/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    outra. Ex: Ao se importar substncia entorpecente, levaria logo ao pensamento daaplicao do Art. 334 do CP (contrabando ou descaminho), porm a conduta deimportar entorpecente est prevista no art. 33 da Lei de Txico. Esta disposiosegue alguns critrios:

    CRITRIO DA SUCESSIVIDADE Havendo duas normas separadas por umdeterminado espao de tempo, e que tratem do mesmo assunto, aplicvel asucessora (Lex posterior derogat priori);

    CRITRIO DA ESPECIALIDADE Art. 12 do CP - A Lei especial afasta aaplicao da Lei geral (Lex specialis derogat generalis). No necessrio que anorma especial esteja prevista apenas em Lei prpria. A especialidade daconduta pode estar no mesmo texto legal, a exemplo dos crimes de homicdio(Art. 121. Matar algum) e do crime de Infanticdio (Art. 123 Matar, sob a

    influncia do estado puerperal, o prprio filho, durante o parto ou logo aps); CRITRIO DA SUBSIDIARIEDADE Quando uma norma considerada

    subsidiria de outra (Lex primria derogat subsidiariae). Pode se considerar naforma Explcita, quando norma aponta expressamente a subsidiariedade deoutra, constante nas expresses, como exemplo, de: se o fato no constituicrime mais grave ou se o fato no constitui elemento de outro crime.

    Perigo para a vida ou sade de outremArt. 132 - Expor a vida ou a sade de outrem a perigo direto e

    iminente:Pena - deteno, de trs meses a um ano, se o fato noconstitui crime mais grave.

    Ou pode se apresentar de forma Implcita, quando na norma primria se integrauma conduta tpica prevista em outra norma, a exemplo do crime de danorelacionado ao furto:

    Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mvel:Furto qualificado 4 - A pena de recluso de dois a oito anos, e multa, se ocrime cometido:I - com destruio ou rompimento de obstculo subtraoda coisa;

    CRITRIO DA ABSORO (OU CONSUNO) Quando o fato previsto emuma norma est, igualmente, contido em outra de maior amplitude, aplica-sesomente esta ltima. Verifica-se quando o crime absolvido simples fase darealizao da segunda infrao. Ex: No homicdio em que se utiliza arma de

    fogo. O porte da arma de fogo (crime autnomo) meio para a realizao docrime de homicdio, de maior amplitude;

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    16/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    ROUBOS. BANCO. ARMAS. VIGILANTES. Trata-se de paciente condenado porinfrao aos arts. 157, 2, I e II, por trs vezes combinado com os arts. 29, 70 e 71,pargrafo nico, e 72, todos do CP. Alega a impetrao que, na espcie, deveria ser

    aplicado o princpio da consuno, porque a subtrao das armas dos vigilantes fato necessrio para a execuo do crime de roubo de agncia bancria. No caso emcomento, o tribunal a quo considerou estarem caracterizados primeiro dois crimesdistintos: o roubo agncia bancria e empresa de segurana, com a subtraodas armas dos vigilantes, depois houve um roubo de um carro para a fuga do local.Ressalta o Min. Relator que h, nos autos, informao de que as armas subtradasdos vigilantes no teriam sido usadas na execuo do roubo. As armas utilizadas noevento criminoso foram passadas aos agentes por terceira pessoa no identificada,pela janela da agncia bancria, com elas que foram rendidos os vigilantes e

    subtradas suas armas. Explica que, no caso, a conduta do paciente ao praticar oroubo agncia, subtrair as armas dos vigilantes e roubar o automvel consistiu umanica ao, embora atingidas pessoas distintas, o que caracteriza o concurso formalde delitos previsto na primeira parte do art. 70 do CP. Observou que o noreconhecimento do concurso formal de delitos caracteriza constrangimento ilegal,devendo-se adequar as penas aplicadas. Por outro lado, a circunstncia de ter asentena condenatria transitado em julgado no impede a adequao das penas.Nesse contexto, a Turma concedeu a ordem em parte, ficando mantido o regimefechado. Precedentes citados: HC 43.704-PR, DJ 26/9/2005; REsp 662.999-RS, DJ21/2/2005; HC 10.452-RJ, DJ 20/3/2000, e HC 78.153-MS, DJ 17/3/2008. HC145.071-SC, Rel. Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP),

    julgado em 2/3/2010.

    TEORIA DO CRIME

    Conceito: (Teoria finalista/causalista da ao) O crime um fato tpico, antijurdicoe culpvel.Sujeito Ativo o autor da conduta delituosa, por ao ou omisso.Sujeito Passivo a vtima, seja pessoa fsica, entidade de direito pblico ou

    privado, a sociedade, o Estado, entre outros, ou seja, aquele a quem se dirige aao ou omisso negativa.Bem Jurdico Tutelado (objeto jurdico) o objeto da lesividade, oriundo daconduta tpica e antijurdica do sujeito ativo. o que se protegido da ao ouomisso do agente.Objeto Material o sujeito jurdico a que se destina a proteo da norma.Elemento Objetivo do Crime a conduta, ou as diversas condutas, que tipificam aproibio normativa penal, conceituada pela forma de agir durante o inter criminis.Elemento Subjetivo a anlise do comportamento do sujeito ativo, no tocante a

    existncia, ou no, de vontade (dolo) ou se a ao poder incidir em ato culposo.Elemento Subjetivo do Tipo Especfico Tambm configura o elemento subjetivo anatureza da conduta na relao de causalidade com a norma proibitiva, se esta

    http://bl147w.blu147.mail.live.com/mail/InboxLight.aspx?FolderID=00000000-0000-0000-0000-000000000001&InboxSortAscending=False&InboxSortBy=Date&n=1412703345http://bl147w.blu147.mail.live.com/mail/InboxLight.aspx?FolderID=00000000-0000-0000-0000-000000000001&InboxSortAscending=False&InboxSortBy=Date&n=1412703345http://bl147w.blu147.mail.live.com/mail/InboxLight.aspx?FolderID=00000000-0000-0000-0000-000000000001&InboxSortAscending=False&InboxSortBy=Date&n=1412703345http://bl147w.blu147.mail.live.com/mail/InboxLight.aspx?FolderID=00000000-0000-0000-0000-000000000001&InboxSortAscending=False&InboxSortBy=Date&n=1412703345
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    17/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    requer uma finalidade especfica.Tentativa se admissvel a existncia do crime na forma tentada, ou seja, se o atoexecutrio se perfaz no tempo de se evitar a consumao.Momento consumativo Quando o crime se consuma.

    CLASSIFICAO DOS CRIMES:

    Crimes Comuns cometidos por qualquer pessoa; Crimes Prprios Somente podem ser cometidos por determinada pessoa:

    Subdividem-se em Puros (quando somente o agente pode praticar o ato, sendodistinto, no h crime ex: Advocacia administrativa) Impuros (se nocometidos pelo agente especfico, constitui outro crime ex: Infanticdio;homicdio). Ainda, no tocante aos crimes prprios, encontram-se presentes os

    crimes de mo prpria (somente o agente qualificado pode cometer o crime,no admitindo co-autoria ex: falso testemunho); Crimes Instantneos So aqueles cuja consumao se d com uma nica

    conduta e no produzem um resultado prolongado no tempo (ex: homicdio,furto, roubo...);

    Crimes Permanentes So aqueles que se consumam com uma nica conduta,porm o resultado se arrasta no tempo (ex: seqestro; crcere privado);

    Crimes Comissivos So queles que se consumam mediante uma ao (ex:estupro, roubo, leso corporal);

    Crimes Omissivos So queles que se consumam mediante uma omisso;Distinguem-se em crimes: comissivos por omisso (omissivos imprprios),quando o agente tem o poder de agir e no o faz (art. 13, 2, CP):

    CRIME OMISSIVO IMPRPRIO- so crimes de resultado;- s podem ser praticados por certas pessoas, chamadas degarantes, que por lei tm o dever de impedir o resultado e aobrigao de proteo e vigilncia a algum;- a omisso no pode ser imputada ao acusado se o resultadoocorreria de qualquer forma, mesmo que ele agisse;

    O ru, com a sua omisso, responde pelo resultado lesivo desde que esteesteja tipificado como algum crime, p. ex., homicdio, leso corporal, etc. O paique deixa o filho morrer afogado na piscina responde por homicdio por que asua omisso foi causa principal do resultado morte, logo temos a combinaodo art. 121, caput, com o art. 13, 2, do Cdigo Penal. O Bombeiro em servio,p. ex., tem obrigao legal de socorrer quem se encontre em perigo de vida. Seele no agir incorrer em omisso, podendo responder por homicdio doloso ouculposo, a depender do caso concreto. Perceba que na omisso imprpria no

    se tem uma conduta descrita como omissiva, pois a omisso nestes casos somente a condio sine qua non para que ocorra um fato tpico descrito

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    18/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    no Cdigo Penal.

    Os omissivos por comisso (omissivos prprios), So aqueles cuja natureza dainfrao prev o ato puramente omissivo:

    CRIME OMISSIVO PRPRIO- de mera conduta;- independe de resultado;- de simples atividade omissiva;- pode ser imputado a qualquer pessoa;- a lei pune a simples omisso, o que feito pela descrio daconduta omissiva em artigos do Cdigo Penal, c. p. ex., o crimede omisso de socorro (art. 135) e omisso de notificao de

    doena (art. 269).

    PrevaricaoArt. 319 - Retardar (comissivo) ou deixar de praticar (omissivoprprio), indevidamente, ato de ofcio, ou pratic-lo(comissivo) contra disposio expressa de lei, para satisfazerinteresse ou sentimento pessoal:Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    Crimes Formais (mera conduta) So aqueles delitos de atividade, ou seja, secontentam com a ao humana esgotando a descrio tpica, havendo ou noresultado naturalstico. (ex: porte de arma de fogo);

    Crimes Exauridos Mesmo com a consumao formal do delito, ele aindaatinge um resultado naturalstico, embora no seja integrante do tipo (Ex:Prevaricao, quando, mesmo deixando de praticar o ato de ofcio, aindapromover uma leso vtima, exaurindo a sua conduta);

    Crimes de Dano (materiais) So os que se consumam com a efetiva leso aobem jurdico tutelado;

    Crimes de Perigo So os que se contentam, para a consumao, com a mera

    probabilidade de haver um dano; Crimes Unissubjetivos Somente praticado por uma nica pessoa (Furto); Crimes Plurissubjetivos praticado por mais de uma pessoa, quando o tipo

    exige tal pluralidade (Rixa, Quadrilha, entre outros); Crimes Complexos e Progressivos Apresentam-se na forma Explcita: quando

    um tipo penal expressamente envolve outro (roubo envolve o furto, a ameaa ea ofensa integridade fsica); Implcita: quando um tipo penal tacitamenteenvolve outro, que crime progressivo (ex: para cometer homicdio,necessariamente passa o agente pelo crime de leso corporal);

    Crimes Habitual Prprios: So os cometidos com reiterao das condutas,configurando um estilo de vida (ex: furtos na repartio pblica de material deescritrio, em intervalos e repetidamente); Imprprios (pessoa que vive de

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    19/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    cometimentos de delitos - continuados); Crimes Unissubsistentes So os que admitem a sua configurao atravs de

    um nico ato, uma nica conduta prevista na norma penal; Crimes Plurissubsistentes So os que admitem a sua configurao atravs de

    vrios atos, vrias condutas previstas na norma penal; Crimes de forma livre ou vinculada So livres os delitos praticados de

    qualquer forma, sem mtodo estabelecido (ex: apropriao indbita; infanticdio;etc.). So vinculados os crimes que so cometidos atravs de formasexpressamente previstas no CP (Ex: curandeirismo);

    Crimes Vagos So queles que no possuem sujeito passivo determinado,sendo este a coletividade, sem personalidade jurdica (ex: violao desepultura);

    Crimes Remetidos So os que fazem expressa remisso a outros (ex: uso de

    documento falso art. 304, CP); Crimes Condicionados So aqueles que dependem d uma condio qualquer,

    prevista no tipo (interna) ou no (externa), para se configurarem (Ex: o delito deinduzimento ao suicdio depende do advento do suicdio ou, em caso detentativa de suicdio, da ocorrncia de leses graves para a vtima;

    Crimes de Atentado So os delitos que prevem, no tipo penal, a formatentada equiparada modalidade consumada (ex: art. 352 Evadir-se, outentar evadir-se o preso ou o indivduo submetido a medida de seguranadetentiva, usando violncia contra a pessoa).

    RESPONDA AS QUESTES

    1)A respeito da conduta, como elemento do fato tpico, correto afirmarque so relevantes para o Direito Penal:

    a) os atos de seres irracionais.b) o pensamento e a cogitao intelectual do delito.c) os atos realizados em estado de inconscincia.d) as omisses humanas voluntrias.e) os atos produzidos pelas foras da natureza.

    2)Marcelo, professor universitrio, ao passar nas proximidades de umaconstruo civil, deixou de prestar assistncia, quando era possvel faz-losem risco pessoal, a um pedreiro que acabara de se ferir gravemente emum acidente. Nesse caso, o delito praticado por Marcelo omissivo prprio

    e admite tentativa.

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    20/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    Certo Errado

    3) Todo crime tem resultado jurdico, porque sempre agride um bemtutelado pela norma.

    Certo Errado

    4) Fato tpico :

    a) o comportamento humano descrito em lei como crime ou contraveno.b) a modificao do mundo exterior descrita em norma legal vigente.c) a descrio constante da norma sobre o dever jurdico de agir.d) a ao esperada do ser humano em face de uma situao de perigo.e) a possibilidade prevista em lei do exerccio de uma conduta ilcita.

    5)Quando o tipo penal exige para a consumao do delito a produo de

    um dano efetivo, o crime :a) de perigo concreto.b) formal.c) material.d) de mera conduta.e) de perigo abstrato.

    TTULO IIDO CRIME

    Relao de causalidade(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 13 - O resultado, de que depende a existncia do crime, somente imputvela quem lhe deu causa. Considera-se causa a ao ou omisso sem a qual o resultadono teria ocorrido. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    So elementos do fato tpico a conduta (ao ouomisso), o resultado, a relao de causalidade e atipicidade. Para a teoria finalista, a conduta o

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    21/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    comportamento humano dirigido a determinadafinalidade. O resultado que, no sentido natural, aalterao do mundo exterior provocada pelo agente, considerado, num sentido normativo, como a leso ouperigo de leso ao bem jurdico. (MIRABETE, CdigoPenal Interpretado, 2007, p. 146).

    NEXO CAUSAL. o vnculo estabelecido entre a condutado agente e o resultado por ele gerado, com relevnciasuficiente para formar um fato tpico. Causa todaao ou omisso que indispensvel configurao doresultado concreto, por menor que seja o seu grau decontribuio. Para apurar se alguma situao ftica causa do crime, deve-se utilizar o critrio dojuzo hipottico de eliminao, ou seja, abstrai-sedeterminado fato do contexto e, se ainda assim oresultado se produzisse, no seria ele causa doresultado. (NUCCI, Manual de Direito Penal. 2007, p.197).

    TEORIAS DO NEXO DE CAUSALIDADE

    a) Teoria da equivalncia das condies (teoria da equivalncia dosantecedentes ou teoria da condio simples ou generalizadora) teoriaadotada pelo CP (conditio sine qua non) a causa da causa tambm causado que foi causado: Quaisquer das condies que compem a totalidadedos antecedentes causa do resultado, pois a sua inocorrncia impediria aproduo do evento.

    PENAL - RELAO DE CAUSALIDADE - RESULTADO DELITUOSO ELEMENTO

    SUBJETIVO EXISTNCIA TRANCAMENTO DA AO PENAL -IMPOSSIBILIDADE.- O Cdigo Penal, ao adotar a conditio sine qua non (Teoria dos antecedentescausais) para a aferio entre o comportamento do agente e o resultado, o fezlimitando sua amplitude pelo exame do elemento subjetivo (somente assume relevo acausalidade dirigida pela manifestao da vontade do agente - culposa oudolosamente).- Dentro da ao, a relao causal estabelece o vnculo entre o comportamento emsentido estrito e o resultado. Ela permite concluir se o fazer ou no fazer do agente foiou no o que ocasionou a ocorrncia tpica, e este o problema inicial de todainvestigao que tenha por fim incluir o agente no acontecer punvel e fixar a sua

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    22/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    responsabilidade penal. (RHC 11685 / RS; 2001/0094041-8; Ministro JORGESCARTEZZINI; DJ 18/11/2002 p. 235).

    b) Teoria da causalidade adequada (teoria das condies qualificadas): um

    determinado evento somente ser produto da ao humana quando estativer sido apta e idnea a gerar o resultado.

    E M E N T A: RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PBLICO - PRESSUPOSTOSPRIMRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DOESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITOINDISPENSVEL CONFIGURAO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR ODANO - NO-COMPROVAO, PELA PARTE RECORRENTE, DO VNCULOCAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTNCIA, NA ESPCIE, PELAS

    INSTNCIAS ORDINRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTOJURISDICIONAL EM MATRIA FTICO-PROBATRIA - INVIABILIDADE DADISCUSSO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINRIA, DA EXISTNCIA DONEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATRIA FTICO-PROBATRIA (SMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Oselementos que compem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civilobjetiva do Poder Pblico compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidadematerial entre o "eventus damni" e o comportamento positivo (ao) ou negativo(omisso) do agente pblico, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputvel a

    agente do Poder Pblico que tenha, nessa especfica condio, incidido em condutacomissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou no, do comportamentofuncional e (d) a ausncia de causa excludente da responsabilidade estatal.Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipteses de responsabilidade civilobjetiva do Poder Pblico, supe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.),a comprovada existncia do nexo de causalidade material entre o comportamento doagente e o "eventus damni", sem o que se torna invivel, no plano jurdico, oreconhecimento da obrigao de recompor o prejuzo sofrido pelo ofendido. - Acomprovao da relao de causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe d

    suporte doutrinrio (teoria da equivalncia das condies, teoria da causalidadenecessria o u teoria da causalidade adequada) - revela-se essencial aoreconhecimento do dever de indenizar, pois, sem tal demonstrao, no h comoimputar, ao causador do dano, a responsabilidade civil pelos prejuzos sofridos peloofendido. Doutrina. Precedentes. (481110 AgR / PE; Relator(a): Min. CELSO DEMELLO; Julgamento: 06/02/2007).

    -----

    Teoria conditio sine qua non No havernexo de causalidade entre a venda da arma eo resultado, pois B no agiu com dolo ou

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    23/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    A compra umaarma de fogo na lojade B, utilizando-apara matar C.

    culpa, uma vez que no haveria noo dautilizao da arma (teoria cega geradora darepresso ao infinito)

    -----

    Teoria da causalidade adequada a venda daarma ao lcita, no sendo idnea paracausar o resultado morte.

    Ainda h uma terceira teoria para a relao de

    causalidade, chamada Teoria da Imputao Objetiva,hodiernamente dominante na Alemanha e bastantedifundida na Espanha, que pretende sanar osproblemas existentes com as duas anteriores. Ela tempor finalidade imputar a prtica de um resultadodelituoso apenas quando o seu comportamento tivercriado, realmente, um risco no tolerado, nempermitido, ao bem jurdico. No exemplo acima, a vendada arma no considerado causa do resultado, j que

    a venda da arma foi feita de modo lcito e ocomerciante no tem obrigao de checar o uso dasmercadorias vendidas por quem quer que seja.

    EMENTA: APELAO-CRIME. DELITO DE TRNSITO. HOMICDIO CULPOSO - ART. 302, CAPUT, DA LEI N. 9.503/97. RELAO DE CAUSALIDADE EDETERMINAO ENTRE A CONDUTA DO AGENTE E A MORTE DA VTIMA.DVIDA. ABSOLVIO. A responsabilidade criminal pela morte da vtima que,

    embora transportada em local imprprio (entre a cabine e a caamba de caminho),vem a sofrer queda, no pode ser atribuda, de maneira objetiva, ao agente, existindodvida quanto circunstncia do veculo estar ou no em movimento no momento daqueda. Para a responsabilizao penal do ru, necessrio que se estabelea, comsegurana, o nexo causal entre a sua conduta e o evento danoso, ex vido art. 13,caput do Cdigo Penal, que consagra a teoria da equivalncia dos antecedentes noordenamento jurdico-penal ptrio. Ausente ou duvidosa a relao de causalidade ede determinao entre a conduta culposa e o resultado morte da vtima, restasomente a infrao administrativa, impondo-se a absolvio do agente na esferapenal. (Apelao Crime N 70009435546, Terceira Cmara Criminal, Tribunal deJustia do RS, Relator: Danbio Edon Franco, Julgado em 14/10/2004).

  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    24/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    Supervenincia de causa independente(Includo pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    1 - A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao

    quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se aquem os praticou. (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    As causas independentes (aquelas que surgem e, por simesmas, so aptas a produzir o resultado) cortam,naturalmente, o nexo causal. Ex: um raio que atinja avtima, antes de que esta seja alvejada por tiros, suficiente para retirar o nexo de causalidade

    (causalidade antecipada). Porm, existem causasrelativamente independentes, que surgem de algumaforma ligadas s causas geradas pelo agente, maspossuem fora suficiente para gerar o resultado por simesmas. Para se determinar a incidncia da causarelativamente independente, indaga-se se haveriaprevisibilidade do resultado. Havendo, consuma-se o delito (concausa), no havendo, respondero agente pelos atos at ento praticados, por

    fora da relatividade independente do resultado.

    CONCAUSA

    Concausas so as causas concomitantes que se unempara gerar o resultado. comum, na relao decausalidade, detectarmos a confluncia de uma causaprincipal associada a uma causa preexistente para quehaja fora para gerar o resultado. O mesmo se d na

    associao da causa principal com outras, consideradasconcomitantes (presentes) e supervenientes (futuras).Dentro da esfera da previsibilidade natural do serhumano mdio, no se corta o nexo causal se houver a

    juno de causa principal com a preexistente, nem daprincipal com a concomitante, abrindo-se exceo,dependente da prova, no tocante superveniente.

    --

    ... ao ser levado para o

    hospital, B morre porser hemoflico.

    Causapreexistente +

    Principal = Morte

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    25/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    A atinge B com umtiro (animus necandi),

    provocando leses

    corporais leves, noentanto este vem amorrer pelas seguintes

    circunstncias:

    --

    ... ao receber o tiro,estava na calada, emcima do canteiro,motivo pelo qual caiu

    na via pblica e foiatropelado.

    Causa Concomitante +

    Principal = morte

    --... levado ao hospital,

    B morre de choqueanafiltico.

    Causa superveniente +Principal = morte

    ... levado ao hospital,B morre por conta doincndio l ocorrido.

    Causa RelativamenteIndependente + Principal =

    tentativa de homicdio

    Relevncia da omisso(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir

    para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Includo pela Lei n 7.209,de 11.7.1984)

    a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia; (Includo pela Lei n7.209, de 11.7.1984)

    b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Includo

    pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do resultado.(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 14 - Diz-se o crime: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Crime consumado (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    I - consumado, quando nele se renem todos os elementos de sua definio

    legal; (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Tentativa(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - tentado, quando, iniciada a execuo, no se consuma por circunstnciasalheias vontade do agente. (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Pena de tentativa(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Pargrafo nico - Salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a penacorrespondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros.(Includo pela Lein 7.209, de 11.7.1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    26/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    Desistncia voluntria e arrependimento eficaz(Redao dada pela Lei n7.209, de 11.7.1984)

    Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou

    impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.(Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    - DESISTNCIA VOLUNTRIA

    Por motivos de poltica criminal, estimulando-se oagente a no consumar o crime, prev a lei no art. 15do CP, duas hipteses de tentativa abandonada: adesistncia voluntria e o arrependimento eficaz. No

    se trata de caso de iseno de pena ou de extino depunibilidade, pois a desistncia voluntria exclui aprpria tipicidade da tentativa, uma vez que o crimeno se consumou por vontade do prprio agente,eliminando-se, portanto, o segundo elemento datentativa. Na desistncia voluntria, o agente, emboratenha iniciado a execuo, no leva adiante, desistindoda consumao.

    TACRSP: Para a configurao da desistncia voluntria necessrio que oagente no tenha sido coagido, moral ou materialmente, interrupo doInter Criminis. (RJDTACRIM 5/89).

    PENAL. RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO. TENTATIVA. NO CONFIGURAODE DESISTNCIA VOLUNTRIA.Dado incio a execuo do crime de estupro, consistente no emprego degrave ameaa vtima e na ao, via contato fsico, s no se realizando aconsumao em virtude de momentnea falha fisiolgica, alheia vontade

    do agente, tudo isso, caracteriza a tentativa e afasta, simultaneamente, adenominada desistncia voluntria. (Precedente desta Corte). (REsp792625 / DF; 2005/0162903-8; Ministro FELIX FISCHER; DJ 27/11/2006 p.316).

    - ARREPENDIMENTO EFICAZ

    Tambm hiptese de inadequao tpica de tentativa,pois o agente, aps ter esgotado os meios de que

    dispunha para a prtica do crime, arrepende-se,evitando que o resultado ocorra. Tambm no se exigeque o agente atue espontaneamente, bastando sua

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art15
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    27/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    vontade de evitar o resultado, praticando atos paraimpedir o evento. o que se denomina ponte de ouropara o agente retroceder. imprescindvel, para acaracterizao do arrependimento eficaz, que a ao doagente seja eficaz, que efetivamente impea ele aconsumao. Se esta ocorre, no obstante os esforosdo agente, responde ele por crime consumado,podendo beneficiar-se, conforme o caso, na fixao dapena.

    RESP - PENAL - ARREPENDIMENTO EFICAZ - O ARREPENDIMENTO EFICAZ,"PONTE DE OURO", NA AFIRMAO DE VON LISZT, SITUA-SE ENTRE AEXECUO E A CONSUMAO. ESGOTADOS OS MEIOS EXECUTORIOSIDONEOS, ANTES DE ALCANADA A CONSUMAO, O AGENTE PRATICACONTRA-AO PARA IMPEDIR A CHEGADA A META OPTADA. HA, POIS,EVIDENTE MUDANA DE ORIENTAO SUBJETIVA; O AGENTE ABANDONAO ANIMUS INICIAL DE QUERER O RESULTADO, OU ASSUMIR O RISCO DEPRODUZI-LO. CONSEQUENTEMENTE,DECORRE DE DELIBERAO DEINICIATIVA DO PROPRIO AGENTE. BASTA A VOLUNTARIEDADE, AINDAQUE NO SEJA ORIENTADA POR MOTIVO NOBRE. A FINALIDADE DA LEI EPRESERVAR O BEM JURIDICO, CONFERINDO AO AGENTE O BENEFICIO DE

    RESPONDER SO PELOS ATOS JA PRATICADOS.Arrependimento posterior(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa,reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa,por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros. (Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    PENAL. CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS. RECOLHIMENTO PARCIAL

    ANTES DA DENNCIA E ANTES DA FALNCIA DA EMPRESA. ART. 16 DOCDIGO PENAL. APLICABILIDADE.1. Tem aplicabilidade a letra do art. 16 do Cdigo Penal, impondo areduo da pena restritiva de liberdade, quando o acusado, responsvel

    pela empresa, poucos dias antes da decretao de sua falncia, regularizao recolhimento de contribuies previdencirias descontadas dos salrios eno recebidas. O pagamento em causa, ainda que parcial, pois promovidosem a incidncia da multa e dos juros moratrios, incluindo-se nomontante recolhido apenas o principal acrescido de correo monetria,antes do recebimento da denncia, no extinguindo a punibilidade (art. 34,

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art16
  • 8/2/2019 Material FACESF - Parte Geral - Direito Penal I - 2012.1 - 1a. Parte

    28/58

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTODO SO FRANCISCO - FACESF

    DIREITO PENAL II Prof. Arnaldo Escorel Jnior

    da Lei 9249/95), pelo menos ameniza "em homenagem conduta doacusado o rigor penal", como ensina DELMANTO.2. Recurso especial conhecido e provido para reduzir a pena imposta pelasentena em 2/3 (dois teros). (REsp 450229 / RS; 2002/0087780-6;Ministro FERNANDO GONALVES; DJ 04/08/2003 p. 463, RSTJ vol. 176 p.540).

    PENAL. RECURSO ESPECIAL. PECULATO. RESTITUIO DO BEM OBJETO DEAPROPRIAO POR GENITOR. IMPOSSIBILIDADE. DOENA MENTAL NOCONHECIDA.I - No est caracterizado o arrependimento posterior se a restituio dobem se deu por terceira pessoa, independente da vontade do ru. (REsp

    232718 / SC; 1999/0087802-7; Ministro FELIX FISCHER; DJ 19/03/2001 p.130, JBC vol. 40 p. 297, LEXSTJ vol. 143 p. 380, RT vol. 792 p. 601).

    RECURSO ESPECIAL. PENAL. PROCESSO PENAL. ESTELIONATO.CONCURSO DE PESSOAS. REPARAO DO DANO ANTES DOOFERECIMENTO DA DENNCIA POR UM DOS AGENTES. ARREPENDIMENTOPOSTERIOR CONFIGURADO. ART 16 DO CDIGO PENAL. CIRCUNSTNCIAOBJETIVA QUE ALCANA OS DEMAIS PARTCIPES. PENA. REFLEXOS.EXTINO DA PUNIBILIDADE.

    A reparao do dano no se restringe esfera pessoal de quem a realiza,desde que a faa voluntariamente, sendo, portanto, nestas condies,circunstncia objetiva, estendendo-se, assim, aos co-autores e partcipes.Precedente. (REsp 122760 / SP; 1997/0016798-4; Ministro JOS ARNALDODA FONSECA; DJ 21/02/2000 p. 148, JSTJ vol. 14 p. 221).

    Crime impossvel (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 17 - No se pune a tentativa quando, por ineficcia absoluta do meio ou porabsoluta impropriedade do objeto, impossvel consumar-se o crime.(Redao dadapela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Tambm chamado de tentativa impossvel, tentativainidnea, tentativa inadequada e quase crime, em queo agente de forma alguma conseguiria chegar consumao, motivo pelo qual a lei deixa deresponsabiliz-lo pelos atos praticados. Apresenta-se

    de duas maneiras: ineficcia absoluta do meio e pelaabsoluta impropriedade do objeto.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/198