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ESCOLA: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino Fundamental.
NRE: Apucarana
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: Matemática
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
PROFESSORES: Edilce de Carvalho
Elaine Travagli
Lourdes Silva Tschemerizja
Lucinda de Jesus Silva Farinazzo
Márcia de Fatima Leiroz
Teresa Ap. Domingues Pereira
Vilma Macário
BORRAZÓPOLIS-PARANÁ
2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os primeiros conhecimentos que compõe a Matemática de hoje , vieram de povos
de antigas civilizações. A álgebra elementar foi um dos primeiros registros matemáticos.
Surgiu do acúmulo de conhecimentos dos povos babilônios, por volta de 2.000 a.C. Para
Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática, porém foi só em solo
grego, pois só a partir dos séculos VI e V a.C., com a civilização grega, que ocorreram as
primeiras informações sobre a importância da Matemática no ensino e na formação das
pessoas.
Com os platônicos, a Matemática era usada para instigar o pensamento do homem,
de tal forma que influencia no ensino da Matemática até os dias de hoje.
No século VI a.C., somente os filhos da aristocracia grega se apropriava do ensino
da leitura e da escrita. O ensino da Matemática surgiu um século depois, valorizando o
raciocínio abstrato, tentando justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto
na natureza como na sociedade. Essa concepção de que a Matemática era tida como uma base
racional perdurou até o século XVII d.C. Houve então, nesse período, a sistematização das
matemáticas estáticas, ou seja, começaram a se desenvolver a aritmética, a geometria, a
álgebra e a trigonometria.
Nos séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e
enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números
naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição.
Durante algum tempo, o ensino da geometria e da aritmética ocorreu de acordo com
o pensamento euclidiano, que apresentava a base do conhecimento matemático por meio de
axiomas e postulados.. Ainda hoje, tais conteúdos continuam presentes na Educação Básica.
Na idade média, a Matemática era ensinada para atender os cálculos do calendário
litúrgico e determinadas datas religiosas. No oriente, ocorreram produções matemáticas entre
os hindus, árabes, persas e chineses que contribuíram com avanços importantes ao
conhecimento algébrico.
As navegações, as atividades comerciais e mais tarde, as industriais possibilitaram
novas descobertas da Matemática, cujos conhecimentos estavam voltados às atividades
práticas.
As descobertas matemáticas, no século XVI, contribuíram para uma fase de
grande progresso econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de
máquinas e equipamentos, tais como armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e
embarcações.
A Matemática era tradicionalmente vista como uma ciência exata, precisa e abstrata,
pois teria enquanto disciplina um conteúdo fixo e definido, não abrindo espaço para a
criatividade ou investigação.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o
conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes
para atuação profissional, pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou
indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática.
Por meio da História da Matemática, se tem a oportunidade de compreender esta
ciência desde suas origens até como a disciplina matemática está configurada no currículo
escolar brasileiro.
O ensino da Matemática está presente desde o inicio da escolaridade e por todo o
ensino básico, portanto o aprendizado desta disciplina não pode ser somente uma teorização
descolada da realidade.
Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante
construção, que se desenvolve enquanto é experimentada, no processo de investigação e
resolução de problemas, deixando de lado a possibilidade de ser vista de forma estática,
abrindo portas para a criação e para a emoção.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto
para aspectos cognitivos como relevância social do ensino da Matemática. Isso implica olhar
tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu fazer, do seu
pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los.
Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que
possibilita ao professor balizar a sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que
conceba a Matemática como atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes a
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Aprende-
se Matemática não somente sobre sua beleza ou pela sua consistência de suas teorias, mas,
para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para
o desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, o objetivo da disciplina de Matemática é
formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o
contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam
capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade em que está inserido.
Na disciplina de Matemática é imprescindível que o conteúdo matemático leve o
estudante a se apropriar do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça
suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (Seed, 2008).
O trabalho docente nesta dimensão, deve partir da disciplina Matemática e ser
organizado em torno do conteúdo matemático e, assim, se faz necessário uma fundamentação
teórica e metodológica.
Conceber que a Matemática implica na proposição de teorias e metodologias que
possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de
estabelecerem relações com a experiência anteriormente vivenciadas, ocorrendo a construção
de conceitos com a intenção de solucionar problemas, respondendo às exigências do contexto
em que esta inserido o aluno e não somente as expectativas do professor.
O aluno que vive no campo utilizara a matemática como meio de resolução de
problemas do seu cotidiano com conteúdos estruturantes e específicos voltados para suas
necessidades.
Atendendo as diversidades dos alunos como: raça, religiosidade, pertencimentos
étnicos culturais, saberes acumulados e logo diferentes, há a necessidade de práticas
pedagógicas diferenciadas atendendo a todos, proporcionando a inclusão destes no sistema
escolar. Para que isso ocorra há a necessidade de pensar as bases teóricos – metodológicas
sobre as quais sustentara a implementação de um processo de ensino, voltado para a
construção dos conceitos e significados em matemática.
Uma prática de ensino da matemática numa perspectiva crítica articula o
conhecimento matemático com as outras áreas, contribuindo na solução de problemas
presentes no meio sócio-político, econômico e histórico com abordagens experienciada pelo
formativo possibilitando a eles criar, no seu imaginário, uma heurística que, por meio de
manejo de hipóteses, orienta, busca soluções para as situações-problema.
O objeto de estudo da Matemática se encontra em construção, porém, está centrado
na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático, e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e
se apropria da própria Matemática. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do
conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua
formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão
histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
O processo pedagógico em Matemática deve contribuir para que o estudante tenha
condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada
para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Assim, na Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-
se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para
que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o
desenvolvimento da sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os Conteúdos Estruturantes do Ensino da Matemática, segundo as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, nas séries finais do Ensino Fundamental, e portanto, deste
Estabelecimento de Ensino,são:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da informação
I. NÚMEROS E ÁLGEBRA
Deve-se compreender que os números estão inseridos em contextos articulados com
os demais conteúdos da Matemática. Os números se encontram nas abstrações oriundas não
só do Conteúdo Estruturante Números e Álgebra, como também: das Geometrias, das
Funções, do Tratamento da Informação, das Grandezas e Medidas.
Na Educação Básica, segundo as DCE's, no contexto da Educação Matemática, é
necessário que analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as
abordagens matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir
destes conteúdos.
Ler os números, compará-los e ordená-los são procedimentos indispensáveis para a
compreensão da notação numérica, tendo como meta primordial no campo da Aritmética – a
resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao conceito de
quantidades. Devendo também estudar os processos que viabilizam a compreensão das
ferramentas necessárias para resolução de algoritmos( técnicas operatórias). Relacionar
sempre que possível com o cotidiano dos alunos. Lembrar que a Álgebra deve procurar
métodos eficazes de analisar e resolver todos os tipos de problemas quantitativos capazes de
serem expressos em problemas algébricos.
A Álgebra deve ser tratada também como eixo e agregada aos números, uma vez que
estes podem ser considerados como casos particulares dos estudos desta. Deve-se, também,
considerar a Álgebra enquanto instrumento formalizador de um grande número de relações
matemáticas, o que reforça sua importância enquanto eixo e ainda tornar mais práticas as
resoluções de muitas situações problemas.
É fundamental que os alunos consigam interpretar problemas e situações
matemáticas, escrevendo as respectivas sentenças numéricas ou algébricas bem como
representando-as gráfica e geometricamente.
Desse modo o aluno poderá estar capacitado para agir de modo transformador sobre
si mesmo e a realidade que o cerca.
Os Conteúdos Estruturantes Números e Álgebra se desdobra nos conteúdos:
Conjuntos numéricos e operações;
Equações e inequações;
Polinômios
Proporcionalidade
II. GRANDEZAS E MEDIDAS
O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de
antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de
tempo, necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que
pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir e criar instrumentos de
medida. A necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar.
Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à
realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um dos
principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações estabelecidas
por meio das compras e vendas, pela criação dos padrões que mensuram a produção e pelo
suporte dimensional para as Ciências e a Tecnologia.
Medir o comprimento como parte do próprio corpo foi a forma inicial que o homem
encontrou para fazer medições, só que estas eram passivas de erros, pois não havia
padronização. Com o passar do tempo, devido a intensificação das relações sociais,
econômicas e a expansão do comércio, houve uma necessidade de criar um único padrão de
medida, universalizou-se o metro, seus múltiplos e submúltiplos, assim como as medidas de
massa e capacidade.
São pertinentes para os dias de hoje que o uso das medidas seja como um elemento
de ligação entre os conteúdos de Numeração e os conteúdos de Geometria, visando a ideia de
que medir é essencialmente comparar. Essa ideia pode ser trabalhada em várias situações, que
envolvam o aluno, ao observar os tamanhos dos objetos na exploração do espaço, através de
comparações, classificando-os em pequenos e grandes, compridos e curtos e também ao
mesmo tempo, observando as distâncias.
Quando o resultado da medida não puder ser representado por um valor inteiro
(número natural) é a ocasião para apresentar noções sobre frações e números decimais.
Faz-se necessário também trabalhar com as medidas de valor, pois, é imprescindível
saber manusear e trabalhar com valores monetários. Uma vez que o conhecimento sobre o
sistema monetário é necessário para que o aluno da Educação Básica tenha condições de
estabelecer relações entre o conjunto de moedas legais em circulação em diferentes países.
Entretanto, prima-se que o aluno conheça, primeiro, o sistema monetário do país onde vive.
Manejar o sistema monetário é inteirar-se das situações que mensuram o valor das
mercadorias, possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de
ordem econômica do país.
No que se refere à organização cronológica é importante que haja maior
organização do tempo, e ainda que se possibilite o conhecimento de suas unidades de medida
Quanto à informática, não se pode negar a sua presença no campo educacional, materializada
pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes, megabytes, gigabytes ou terabytes,
medidas que representam a capacidade de armazenamento temporário ou permanente de um
computador, passam a fazer parte da linguagem do aluno. É necessário, então, abordá-los nas
aulas de Matemática, pois contribui para compreensão de significados matemáticos e o
conhecimento sobre a tecnologia.
Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas,
pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo,
relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do homem de determinar, por exemplo,
distâncias inacessíveis (a altura das pirâmides, distância entre os astros, largura de rios, etc.).
III. GEOMETRIA
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos
seguintes conteúdos:
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria analítica
Noções básicas de geometrias não-euclidianas
A aprendizagem da geometria exige do aluno uma maneira específica de raciocinar,
levando-o a explorações e descobertas.
Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos
geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra. Interliga-se
com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das
outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser
clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz.
Existe uma carência muito grande de conhecimentos geométricos por parte dos
alunos, devido ao abandono do ensino da Geometria no Brasil. Fazendo-se necessário então,
iniciar o aluno, com exploração do espaço para que ele consiga situar-se nele e analisá-lo,
percebendo a posição dos objetos, tendo noção de profundidade, lateralidade, anterioridade,
perto, longe, fronteira e vizinhança. Visto que ela deve começar no espaço e não na reta, ou
no ponto ou no plano.
A Geometria deve ser considerada como ferramenta para a compreensão, descrição e
inter-relação com o espaço em que vivemos.
IV. FUNÇÕES
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes
conteúdos:
Função afim
Função quadrática
Segundo as Diretrizes Curriculares, de 1880 a 1959, a ideia de que o conceito de
função deveria estar contemplado no currículo de Matemática foi amplamente debatida
porque permitia estabelecer uma correspondência entre as leis matemáticas e as leis
geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares geométricos (conjunto de todos os
pontos que gozam de uma mesma propriedade).
Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão presentes nas
diversas áreas do conhecimento e modelam matematicamente situações que, pela resolução de
problemas, auxiliam o homem em suas atividades. As Funções devem ser vistas como
construção histórica e dinâmica, capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas,
por conta da variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua
atuação em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a
noção analítica de leitura do objeto matemático.
No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é
necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas
grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que
permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos.
O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável
independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das
funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma
maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações-
problema.
V. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
O Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os seguintes conteúdos:
Noções de probabilidade
Estatística
Matemática financeira
Noções de análise combinatória
A estatística, tornou-se um conteúdo matemático importante ao ter seus conceitos
aplicados em vários campos do conhecimento. Entre eles destacam-se: as Ciências Sociais, a
Genética e a Psicologia. Pela necessidade de quantificar os dados coletados nas pesquisas, a
aplicabilidade de métodos estatísticos se tornou essencial. Como resultado, novos conceitos
como os de correlação e regressão foram introduzidos na Matemática.
O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para
interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou
descrever informações.
Propõe-se que o trabalho com estatística, nesta modalidade de ensino, se faça por
meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua coleta até
os cálculos finais. Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros
conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar,
analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do
cotidiano.
É importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler
e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos
em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é
necessário que o aluno colete dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência
e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada,
mediana e moda.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR ANO
6º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
Números Decimais.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Tempo;
Medidas de Ângulos;
Sistema monetário.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Dados, tabelas e gráficos;
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
Porcentagem.
7º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números
Inteiros;
Números Racionais
Equação e Inequação do 1º Grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
8º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números Racionais e
Irracionais;
Sistemas de Equações do 1o grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não- euclidianas.
Gráfico e informação;
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
População e amostra.
9º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2o grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;
Trigonometria no Triângulo
Retângulo.
FUNÇÕES
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometria não-euclidiana.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No ensino da Matemática deve ser tratado como uma educação matemática, onde a
construção do conhecimento matemático, por uma visão histórica, em que os conceitos a
serem apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciem na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio de idéias e das tecnologias.
O professor nessa perspectiva desenvolve-se intelectual e profissional, refletindo
sobre a sua prática sendo um educador matemático e pesquisador, não vendo a matemática
como uma ciência pronta e acabada, mas como atividade humana que se encontra em
construção.
Para que isto ocorra o professor poderá fazer uso dos recursos pedagógicos e
tecnológicos como: quadro de giz, livro didático, jornais e revistas, jogos, literatura, artes
plásticas, DVDs, computador, TV Multimidia (simulações/animações/jogos-Portal do dia a
dia educação do Paraná), TV pendrive, softwares didáticos, materiais manipuláveis,
confecção da representação de sólidos geométricos, instrumentos de medida, e outros. O
professor adequar-se-á os recursos pedagógicos de acordo com o conteúdo trabalhado.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de
cada conteúdo específico, garantindo, através de tendências metodológicas: resolução de
problemas, etnomatemática, modelagem matemática, uso das mídias tecnológicas, história da
matemática e investigação matemática, o crescimento de possibilidades da aprendizagem sem
fragmentação dos conteúdos. Todas essas tendências tem seu grau de importância e
complementam-se umas às outras.
I. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
É uma metodologia pelo qual o estudante tem a oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão
proposta.
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para sua resolução; elaborar um plano de
resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer novas estratégias, se necessário,
até chegar a uma solução aceitável.
II. ETNOMATEMÁTICA
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático.
Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática,
por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito
as suas raízes culturais, não rejeitando e ignorando as raízes do outro, mas reforçar as suas
próprias raízes. Tendo em vista aspectos como ”memória cultural, códigos, símbolos, mitos e
até maneiras específicas de raciocinar e inferir.
III. MODELAGEM MATEMÁTICA
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do
cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,
procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Contribuindo assim, para a formação crítica do aluno, pois parte de situações práticas e
questionamentos; formula, elabora e resolve expressões que servirão de suporte
posteriormente para outras aplicações e teorias.
IV. MÍDIAS TECNOLÓGICAS
Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e
potencializado formas de resolução de problemas.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações
em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos
enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.
O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender,
e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
V. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
No contexto da prática escolar, a história da Matemática está relacionado com um
dos objetivos primordiais da disciplina, em que os educandos compreendam a natureza da
Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
Essa tendência metodológica serve para elaborar atividades, criar situações-problema,
buscar referências para compreender melhor os conceitos matemáticos .E assim possibilita
ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos e raciocínios .
A história direciona explicações aos porquês da Matemática, promovendo ao
estudante uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender que o
conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e
necessidades reais.
VI. INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por
diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em
questão.
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem
ser desencadeadas a partir da resolução de simples de exercícios e se relacionarem com a
resolução de problemas.
Um problema é uma questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia
heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata;
enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já
conhecido.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de
forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não
é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por
exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de
investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação
distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de
investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.
Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de
toda ação pedagógica.
Cabe ainda ao professor dentro da nova proposta, utilizar a metodologia que em
consonância com os temas: Desenvolvimento Socioeducacional e Diversidade, de acordo
com a Lei 11645/08 – Historia e Cultura dos Povos Indígenas, a Lei 10639/03- História e
Cultura Afro-brasileira e Africana, a Lei 9795/99, a Política Nacional de Educação
Ambiental; a Cidadania e Direitos Humanos, a Educação Fiscal, o Enfrentamento à Violência
na Escola, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Educação do Campo, venha a
contribuir para uma melhor compreensão da disciplina de Matemática.
AVALIAÇÃO
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é
analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e
repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores,
a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,
preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua,
cumulativa, processual, diagnóstica e diversificada, utilizando vários instrumentos de
avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e
simples de conhecimentos, mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a
uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Matemática, serão:
Atividades de leitura e interpretação de texto, oral e escrita;
Atividades de pesquisa bibliográfica;
Produção de textos;
Palestras;
Apresentação oral de trabalhos;
Projeto de pesquisa de campo;
Relatórios;
Atividades com textos literários e/ou informativos;
Atividades a partir de recursos audiovisuais ( música, filmes, slides, imagens);
Questões discursivas;
Questões objetivas.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma avaliação
somatória e diagnóstica.
Todo o processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são
compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente
estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,
orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de
responsabilidade. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas desta disciplina
propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como
parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos
trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de
todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele
educando que não aprendeu.
A recuperação de estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de
ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se
do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e
participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 no Art. 13, os
docentes incumbir-se-ão de estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento.
Nesta perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja
realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de
diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos
instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina
de Matemática estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a
intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o
comprometimento com a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS
ANDRINI, Álvaro. Maria José C. de V. Zampirolo. Coleção Novo Praticando Matemática.
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. São Paulo: Editora do Brasil. 1 ed, 2007
ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO. Regimento
Escolar. Borrazópolis,2011.
ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO. Projeto
Político Pedagógico. Borrazópolis,2012.
GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, JUNIOR, José Ruy Giovanni. Coleção A
Conquista da Matemática. Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. São Paulo, FTD, 2002.
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