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1 Marketing aplicado às Universidades na captação de estudantes estrangeiros Cláudia Montenegro Moreira Marques Trabalho de Projeto de Mestrado em Ciências da Comunicação área de especialização em Comunicação Estratégica Dezembro de 2015

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1

Marketing aplicado às Universidades na captação

de estudantes estrangeiros

Cláudia Montenegro Moreira Marques

Trabalho de Projeto de Mestrado

em Ciências da Comunicação

área de especialização em Comunicação Estratégica

Dezembro de 2015

2

Trabalho de Projeto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à

obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação, área de especialização

em Comunicação Estratégica, realizado sob a orientação científica da Prof.ª Doutora

Ana Margarida da Silva Bebiano Barreto, docente do Departamento de Ciências da

Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA

de Lisboa (FCSH/NOVA)

3

Aos meus Pais, que me ensinaram a acreditar e a quem tudo devo

Ao Marco, companheiro inseparável e cúmplice nesta viagem

Ao Guilherme e à Clara, os Arco-íris da minha Vida

4

AGRADECIMENTOS

Este trabalho beneficiou de várias ajudas desinteressadas, que me permitiram

melhorá-lo e corrigir fragilidades.

A disponibilização de dados, comentários e sugestões de Catarina Bernardo,

Sara Recharte, Luís Reis, Miguel Correia, Telma Silva e Nuno Rosa, colaboradores da

Faculdade, e de Miguel Morelli, estagiário no Núcleo de Marketing e Comunicação,

permitiram-me perceber e colmatar lacunas, bem como amadurecer ideias. A toda a

equipa da Biblioteca Mário Sottomayor Cardia da FCSH/NOVA, em particular a Cátia

Carvalho, pelo apoio e simpatia.

À minha irmã, Elsa Montenegro, por ter sabido estar presente nos momentos

de desânimo e pelo seu amor incondicional.

À Ana Jorge, docente colaboradora do Departamento de Ciências da

Comunicação, pela partilha de bibliografia, orientação no grupo de foco, pela amizade

e palavras de ânimo.

Um especial agradecimento a Cristina Ponte, subdiretora adjunta para a

Comunicação e Fundraising e docente do Departamento de Ciências da Comunicação

da FCSH/NOVA, pela sua disponibilidade na discussão do tema, revisão crítica e

encorajamento neste meu percurso.

À minha orientadora, Ana Margarida Barreto, docente do Departamento de

Ciências da Comunicação, pela competência e visão, abertura na discussão de ideias,

compreensão pelos contratempos pessoais, e acima de tudo pelo valioso

conhecimento transmitido e pela inestimável confiança e entusiasmo que sempre me

demonstrou!

Ao ex-Diretor da FCSH/NOVA, João Costa, pela abertura e apoio na prossecução

deste projeto em prol da Faculdade.

5

TRABALHO DE PROJETO

MARKETING APLICADO ÀS UNIVERSIDADES NA CAPTAÇÃO DE ESTUDANTES

ESTRANGEIROS

PROJECT – MARKETING APPLIED TO THE UNIVERSITIES IN THE RECRUITMENT OF

FOREIGN STUDENTS

CLÁUDIA MONTENEGRO MOREIRA MARQUES

Palavras-chave: marketing no ensino superior, internacionalização, mobilidade no ensino superior, estudante estrangeiro, estudante internacional e plano de marketing

Keywords: higher education marketing, internationalization, cross-border higher

education, foreign student, international student and marketing plan.

[RESUMO]

O presente Trabalho de Projeto assume uma abordagem teórico-prática, apresentando primeiramente a temática da internacionalização do ensino superior, a caracterização do ensino como um serviço no âmbito do marketing de serviços, a aplicação do marketing relacional nesta atividade e a importância da planificação estratégica de marketing para uma maior captação de estudantes estrangeiros.

É desenvolvida uma proposta de plano de marketing estratégico para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (FCSH/NOVA), com o objetivo de aumentar o número de estudantes estrangeiros nos cursos de licenciatura, designadamente via Estatuto do Estudante Internacional (EEI), mecanismo legal aprovado em Portugal em 2014. O EEI visa reforçar a capacidade das universidades portuguesas, públicas e privadas, na captação de estudantes internacionais, possibilitando às universidades gerir o seu próprio concurso especial de acesso e ingresso nos cursos de licenciaturas e integrados de mestrado, com número de vagas a definir em cada ano letivo, bem como fixar propinas próprias e diferenciadas das que são praticadas para os estudantes que entram via regime geral de acesso, tendo em conta o custo real da formação.

O plano de marketing apresentado é composto por várias análises: a análise do ambiente externo ou análise PEST (Politic, Economic, Social e Technological), ferramenta útil na análise macro ambiental da organização e na deteção de forças e tendências; a análise do ambiente interno com apresentação do setor de actividade; a análise de mercado, de consumidor e da concorrência; e por fim a análise SWOT (Strengths/Weaknesses e Opportunities/Threats). Seguidamente é proposta a estratégia de marketing (posicionamento, segmentação e marketing mix). Por último, são apontados os objetivos estratégicos e é realizada uma análise crítica à estratégia

6

em curso com apresentação de um plano de ações, sua orçamentação e monitorização.

[ABSTRACT]

This Project assumes a theoretical and practical approach, presenting firstly the

theme of the internationalization of higher education, the characterization of

education as a service within the sub-field of services marketing, the application of

relationship marketing in this activity and the importance of strategic marketing

planning in the recruitment of foreign students.

A proposal of a strategic marketing plan is developed for the Faculty of Social

Sciences and Humanities of Universidade NOVA de Lisboa (FCSH/NOVA), with the aim

of increasing the number of foreign students attending undergraduate programmes,

namely through the Statute of the International Student (Estatuto do Estudante

Internacional – EEI), legal mechanism approved in Portugal in 2014.

The EEI intends to strengthen the capacity of Portuguese public and private

universities in recruiting international students by managing their special access and

enrolment regime in undergraduate programmes and integrated master programmes,

with a number of vacancies to be fixed each academic year, as well as to set their own

and differentiated tuition fees from those applied to the students who enrol via the

national access and enrolment regime, taking into account the effective cost of the

education.

The marketing plan presented is composed by several analysis: the analysis of

the external environment or PEST analysis (Politic, Economic, Social and Technological),

useful tool in the macro environmental analysis of the organization and in the finding

of strengths and trends; the analysis of the internal environment with the presentation

of the activity sector; the market, consumer and competition analysis; and finally the SWOT analysis (Strengths/Weaknesses and Opportunities/Threats). Furthermore, the

marketing strategy is proposed (the strategic positioning, the segmentation and the

marketing mix). Lastly, the strategic objectives are pointed out and it is performed a

critical analysis of the current institutional strategy with the submission of an action

plan, its budgeting and monitoring.

7

Índice

1. Introdução ............................................................................................................................. 9

2. Estado da Arte ..................................................................................................................... 11

2.1 A internacionalização do Ensino Superior ......................................................................... 11

2.2 O Marketing de Serviços e o Ensino Superior ............................................................. 14

2.3 Plano de marketing ..................................................................................................... 19

3. Apresentação e Diagnóstico – Plano de Marketing Estratégico – Estudo de caso

FCSH/NOVA ................................................................................................................................. 20

3.1 Implementação do EEI na FCSH/NOVA ................................................................................. 20

3.1.1 Serviço: Ensino na FCSH/NOVA .................................................................................. 21

3.1.2 Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas) ................................................ 22

3.1.3 Alunos ......................................................................................................................... 23

3.2 Análise do Ambiente Externo ............................................................................................ 24

3.3 Análise do Ambiente Interno ............................................................................................ 26

3.3.1 Sector de atividade ..................................................................................................... 26

3.3.2 Análise de mercado – “International Education” ....................................................... 29

3.3.3 Análise de mercado – Estudantes estrangeiros no Ensino Superior em Portugal ..... 33

3.3.4 Análise de consumidor ............................................................................................... 34

3.3.5 Análise da concorrência ............................................................................................. 36

3.3.5.1 – IES públicas ........................................................................................................... 36

3.3.5.2 IES privadas ............................................................................................................. 43

3.4 Posicionamento e segmentação ....................................................................................... 45

3.5 Marketing Mix ................................................................................................................... 47

3.5.1 Prestação de Serviço .................................................................................................. 47

3.5.2 Preço ........................................................................................................................... 49

3.5.3 Distribuição e processo .............................................................................................. 51

3.5.4 Comunicação .............................................................................................................. 53

3.5.5 Pessoas ................................................................................................................ 56

3.5.6 Physical Evidence ................................................................................................ 58

3.6 Análise SWOT .................................................................................................................... 60

4. Objetivos estratégicos ......................................................................................................... 62

5. Programa de ação ............................................................................................................... 62

5.1 Orçamento e monitorização ............................................................................................... 75

6. Conclusão ............................................................................................................................ 76

8

7. Bibliografia .......................................................................................................................... 78

8. Anexos ................................................................................................................................. 84

8.1 Figuras ............................................................................................................................... 84

8.2 Tabelas .............................................................................................................................. 87

8.3 Gráficos ........................................................................................................................... 116

8.4 Questionário .................................................................................................................... 120

9

1. Introdução

A captação de estudantes internacionais para as universidades, também

designada como “international education”, é uma das indústrias de serviços mais

significativas que emergiu nas décadas de 1980 e 1990 (Mazzarol, 1998). O

crescimento de estudantes internacionais passou de 800.000 em 1975, para 3,3

milhões em 2008 e, em quatro anos subiu mais de um milhão, atingindo os 4,5 milhões

em 2012 (OCDE, 2010 e 2014).

No caso específico de Portugal, as universidades recebem um número

crescente de estudantes estrangeiros. Os últimos dados da DGEEC – Direcção Geral de

Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014, demonstram esse crescimento do número

de estudantes inscritos de nacionalidade estrangeira, no período de quatro anos

letivos 2009/2010 a 2012/13 (o ciclo de estudos não é discriminado). Assim, no ano

letivo de 2009/10 existiam 18 425 alunos estrangeiros inscritos no universo das

universidades privadas e públicas portuguesas e, no ano letivo de 2012/13, esse

número subiu para 31 183, o que significa um aumento de 41% em três anos letivos.

Em 2014, foi publicado o Estatuto do Estudante Internacional1 (EEI) que visa

reforçar a capacidade das universidades portuguesas, públicas e privadas, de captação

de estudantes internacionais. Para tal, o diploma possibilita às universidades públicas e

privadas gerir o seu próprio concurso especial de acesso e ingresso nos cursos de

licenciaturas e integrados de mestrado, com número de vagas a definir em cada ano

letivo, bem como fixar propinas próprias e diferenciadas das que são praticadas para

os estudantes que entram via regime geral de acesso, tendo em conta o custo real da

formação. Os estudantes abrangidos são todos aqueles que não possuam a

nacionalidade portuguesa, nem dos países da União Europeia, que não residam em

Portugal há mais de dois anos ou sejam bolseiros de países africanos de língua oficial

portuguesa.2

1 In Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março.

2 In Excepções previstas no DL n.º 36/2014, de 10 de março, artigo 3.º n.º 2 e 3.

10

O reforço desta capacidade de atrair um maior número de estudantes

estrangeiros permitirá às universidades portuguesas obter receitas próprias, as quais

poderão ser investidas no reforço da qualidade do ensino ministrado.

No âmbito da frequência do curso de 2º ciclo em Ciências da Comunicação,

área de especialização em Comunicação Estratégica, e uma vez que exerço funções de

coordenação da área de Comunicação Institucional na Faculdade de Ciências Sociais e

Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA), proponho-me a realizar um

Trabalho de Projeto que consiste num Plano de Marketing Estratégico que visa a

exploração desta oportunidade pela FCSH/NOVA e contribuir para a captação de

estudantes estrangeiros, através do concurso especial de acesso para o Estudante

Internacional.

Segundo Kotler, “o plano de marketing é um dos produtos mais importantes do

processo de marketing”3, uma vez que permite avaliar a situação atual do prestador de

serviços, no caso das entidades de ensino superior; analisar as

oportunidades/ameaças, forças/fraquezas; definir objetivos financeiros e de

marketing; identificar a estratégia de marketing a seguir para alcançar esses objetivos;

e especificar programas de ação de marketing para atingir os objetivos de negócio.

Este Trabalho de Projeto terá uma abordagem teórico-prática, baseada nos

conhecimentos adquiridos na área da comunicação estratégica e do marketing. A

primeira parte aborda o estado da arte com a apresentação da temática da

internacionalização do ensino superior, a caracterização do ensino no âmbito do

marketing de serviços, a abordagem do marketing relacional e a planificação

estratégica de marketing.

A segunda parte consiste na proposta de plano de marketing para a

FCSH/NOVA com a apresentação da entidade, a análise do ambiente externo ou

análise PEST (acrónimo para Politic, Economic, Social e Technological), ferramenta útil

na análise macro ambiental da organização e na deteção de forças e tendências.

Realiza-se igualmente a análise do ambiente interno com apresentação do setor de

atividade, análise de mercado, de consumidor e da concorrência, bem como a análise

3 In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 110.

11

de oportunidades/ameças e forças/fraquezas. É igualmente descrita a estratégia de

marketing (posicionamento, segmentação e marketing mix).

Por último, são apontados os objetivos estratégicos e é realizada uma análise

crítica à estratégia em curso com apresentação de um plano de ações.

2. Estado da Arte

2.1 A internacionalização do Ensino Superior

A atividade das universidades consiste na produção e disseminação universal

do conhecimento, sendo que as mesmas possuem uma dualidade: são instituições

nacionais e internacionais, uma vez que a propriedade, a estrutura e a organização

institucional é nacional, enquanto que o conhecimento gerado é universal e

internacional (Varghese, 2008).

A importância da dimensão internacional no ensino superior nas últimas três

décadas é incontornável, concretizando-se através de atividades internacionais como

mobilidade académica de estudantes e docentes, oferta académica internacional,

redes de cooperação, parcerias e projetos de investigação internacionais, bem como

prestando o serviço de ensino a outros países através de novos campi, franchising ou

educação à distância (Knight, 2012). A internacionalização das universidades

apresenta-se como um processo que visa a transformação da missão tripartida da

universidade como local de ensino, investigação e de serviço à sociedade (Maringe e

Gibbs, 2009). Não é um processo isolado da atividade central da universidade, muito

pelo contrário, a internacionalização procura “impregnar uma dimensão internacional

à aprendizagem e ao ensino, investigação e serviço na cultura e etos da universidade”

(Maringe e Gibbs, 2009).

Knight (2012) apresenta uma definição de internacionalização como sendo “o

processo de integração das dimensões internacional, intercultural e global nos

objetivos, funções primárias e prestação de serviços de ensino superior ao nível

institucional e nacional”(Knight 2004, in Knight 2012). Esta definição considera a

internacionalização como um meio para atingir um fim e a sua conceptualização possui

12

dois eixos interdependentes: a) o interno, ou seja, a internacionalização na instituição

que visa o currículo, os docentes, os estudantes nacionais, os estudantes estrangeiros,

as atividades extracurriculares, a investigação); b) o externo, ou seja, a crossborder

education que visa a mobilidade de estudantes, docentes, investigadores (Knight,

2012).4

A internacionalização é muitas vezes confundida com globalização (Altbach,

2004, in Albatch e Knight 2007), mas esta última é o catalisador da internacionalização

(Fig. 1, in Knight, 2012), e podemos definir globalização como “o processo e estado de

interdependência entre as nações resultando no aumento da circulação de bens,

serviços, pessoas e ideias por todo o mundo” (UNESCO, 1998, in Maringe e Gibbs,

2009) ou como “as forças económicas, políticas e sociais que impulsionam o ensino

superior no séc. XXI para um maior envolvimento internacional” (Altbach e Knight,

2007). A internacionalização é assim um processo de resposta às forças da globalização

mas também “uma estratégia deliberada para aumentar a qualidade da educação ao

nível do ensino superior para um mercado de estudantes universitários de

mobilidade”(Maringe e Gibbs, 2009). O investimento nas indústrias do conhecimento a

nível mundial, incluindo o ensino superior e a formação especializada, espelha a

emergência da “sociedade do conhecimento5”, o crescimento do setor dos serviços e a

dependência de um maior número de países de produtos do conhecimento e de mão

de obra especializada para o seu crescimento económico (Altbach e Knight, 2007). Os

resultados da globalização incluem a integração da investigação, a utilização da língua

inglesa como língua franca na comunicação de ciência, o crescente mercado global de

trabalho para investigadores e cientistas e o uso de tecnologias de informação (Altbach

e Knight, 2007). Reforçando o papel das universidades nesta tendência mundial, a

4 Figura 1 – Two pillars of internationalization at home and crossborder, in Knight, Jane, “Student

Mobility and Internationalization: trends and tribulations”, Research in Comparative & International Education, Vol. 7 Number 1, 2012, p.22. 5 Segundo Maringe e Gibs (2009), o rápido crescimento das TICs e a Internet “ajudam a tornar a

transferência de conhecimento e a sua aplicação mais rápida, confiável e eficiente” (In Maringe e Gibs, “Marketing Higher Education – Theory and Practice”, pág. 85). Por seu lado, Manuel Castells defende que, em vez de sociedade da informação, que salienta o papel da informação, do conhecimento na sociedade, o melhor termo é sociedade informacional porque transmite a característica de uma “forma específica de organização social na qual a produção da informação, o seu processamento e transmissão se tornam nas fontes principais da produtividade e do poder em virtude das novas condições tecnológicas emergentes no atual período da história.” (In Castells, M., “A Sociedade em Rede”, Vol. I, pág. 25, n.30).

13

OCDE6 considera as universidades como atores chave na estratégia para a criação do

sistema de inovação a nível nacional, que gera crescimento económico através da

criação e transferência de conhecimento (Maringe e Gibbs, 2009).

Ao nível da cooperação internacional na área do comércio, o ensino foi

identificado como um serviço pelo GATS7, assinado no âmbito da OMC8 e com entrada

em vigor em 1995. Este acordo, que estabelece pela primeira vez regras multilaterais

para o comércio internacional dos serviços, num total de 12 setores de serviços

abrangidos, enquadra o ensino como um serviço que deve ser liberalizado e regulado

pela regulamentação do comércio nos seus quatro modos: i) prestação transfronteiriça

do serviço - os consumidores permanecem no país (ex.: educação à distância); ii)

consumo fora das fronteiras - os consumidores saem do país de origem para estudar

num país terceiro (ex.: obtenção de graus de ensino superior, programas de curso

conjuntos, intercâmbios ); iii) presença comercial do prestador no país estrangeiro (ex.:

uma filial – a Universidade de Chicago tem campus em Barcelona e em Singapura; um

franchising – prestação de cursos ou de partes de cursos nas instalações de

universidades que não aquela que detém a acreditação do curso; ou uma joint venture

– MBA conjunto entre universidades estrangeiras); iv) a presença de representantes da

universidade noutro país para prestar o serviço – são exemplos a mobilidade de

professores de universidades estrangeiras a lecionar em universidades de países

terceiros, como parte de parceria académica ou para ensinar numa filial) (Varghese,

2008).

A inclusão da educação nos acordos de livre comércio, coloca assim o ensino

superior como um bem transacionável, o que desafia os valores tradicionais das

universidades, designadamente a ideia do ensino superior como um bem público e

uma responsabilidade de cada Estado (Maringe e Gibbs, 2009). O processo de

globalização contribui para este enquadramento, ou seja, o do ensino ou educação

6 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), criada em 1961, conta com 34

países membros. 7 O General Agreement on Trade in Services (GATS) entrou em vigor a 1 de janeiro de 1995, após as

negociações do Uruguay Round. 8 Organização Mundial de Comércio (OMC), criada em 1995, conta com 160 países membros (foi

precedida pelo GATT – General Agreement on Tarifs and Trade)

14

como um serviço comercializável e sujeito às regras do mercado (Maringe e Gibbs,

2009).

2.2 O Marketing de Serviços e o Ensino Superior

A crescente importância do setor dos serviços nas economias nacionais, a partir

da década de 1980, autonomizou o marketing de serviços que até a essa data estava

subordinado ao marketing transacional (Mazzarol, 1998, in Hemsley-Brown e Oplatka,

2006) caracterizado pela abordagem do marketing-mix de McCarthy dos 4 P’s

(product/service, price, place, promotion) apresentado em 1960 (Gummesson, 2008).

O marketing de serviços alarga o marketing-mix para 7 P’s (people, process, physical

environment) como defendido por Booms e Bitner (1981) (Gummesson, 2008).

A definição de marketing da American Marketing Association (AMA) reflete as

mudanças na sociedade e na atividade de marketing: “Marketing é a atividade,

conjunto de instituições, e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas

que têm valor para os consumidores, clientes, sócios e sociedade em geral” (AMA,

2013).

Importa pois caracterizar o ensino no âmbito do marketing de serviços e para

tal o enquadramento de Lovelock (1983, in Mazzarol, 1998), com os seus cinco

critérios aplicados aos serviços, torna possível descrever serviços de ensino como

tendo as seguintes características:

1. A natureza do ato de serviço – é direcionado para pessoas, prestado por

pessoas e envolve ações intangíveis;

2. A relação com o consumidor – o ensino envolve uma relação longa e formal

com o cliente e a prestação contínua do serviço; permite ao prestador

desenvolver uma forte fidelidade do cliente e melhorar as valências do

serviço prestado.

3. O nível de customização e avaliação na prestação do serviço – varia

conforme a forma de prestação (as tutorias individuais são mais

personalizadas do que as aulas para classes); o corpo docente avalia, com

frequência, as necessidades individuais dos estudantes.

15

4. A natureza da procura em relação à oferta – no ensino, segundo Mazzarol

(1998), a procura está sujeita a flutuações mais pequenas ao longo do

tempo e, no que diz respeito à oferta, esta é por vezes difícil de gerir

devido, por exemplo, a escassez de docentes e restrições de número de

vagas nos cursos.

5. O método da prestação de serviço – os clientes podem deslocar-se ao

prestador de serviço ou este pode ir ao seu encontro; no que diz respeito

ao ensino, as novas tecnologias já permitem o ensino à distância.

Reforçando esta caracterização, para Zeithaml et al., os serviços possuem

quatro facetas primárias9, sendo que todas elas podem ser encontradas no ensino:

intangibilidade, inseparabilidade do ato de produção do ato de consumo,

heterogeneidade e perecibilidade (Zeithaml et al., 1985, in Mazzarol, 1998).

A intangibilidade é uma das principais características dos serviços mas aplica-se

particularmente à educação, uma vez que a natureza específica do serviço oferecido é

difícil de definir. De referir que um dos efeitos da intangibilidade é o facto de que os

serviços não podem ser armazenados, o que pode levantar problemas na área do

ensino, uma vez que as universidades podem ficar sobrelotadas ou em défice de

capacidade para o número de alunos que recebem (Sasser, 1976; Berry, 1980; Judd,

1968, in Mazzarol, 1998).

Quanto à inseparabilidade da produção do ato de consumo, a questão

principal prende-se com a necessidade de envolver o cliente na produção do serviço

(Booms and Nyquist, 1981, in Mazzarol, 1998), o que no ensino se aplica em toda a

linha, uma vez que a participação do estudante no processo de aprendizagem é um

factor crítico de sucesso (Shuell and Lee, 1976, in Mazzarol, 1998). Por seu lado, a

heterogeneidade dos serviços coloca questões na área do controlo de qualidade e

standardização, sendo que a gestão da qualidade de ensino recebe muita atenção em

países como a França, Reino Unido, Estados Unidos e Austrália (Edmond, 1995, in

Mazzarol, 1998). Por fim, a perecibilidade dos serviços significa que estes não podem

9 Estas facetas ou critérios usados para distinguir produtos de serviços são conhecidas como as IHIPs

(intangibility, heterogeneity, inseparability, perishability) (Gummesson, 2008).

16

ser colocados em inventário, criando questões de oferta deficitária ou em excesso

(Sasser, 1976, in Mazzarol, 1998).

Kotler e Fox avançaram com uma definição para o marketing na educação,

desde cedo em 1985, afirmando que o marketing em contexto de educação era: “a

análise, planeamento, implementação e controlo de cursos cuidadosamente

formulados e desenhados para promover trocas voluntárias de valor com um mercado

alvo para atingir os objetivos da organização” (Kotler e Fox, 1985, in Hemsley-Brown e

Oplatka, 2006).

A evolução do marketing nas universidades é caracterizada por Kotler como

um processo com quatro fases: inicialmente o marketing é visto como desnecessário,

depois como atividade de “promoção”, a seguir como “posicionamento” e finalmente

como “planeamento estratégico” (Sanders, 1999, in Rolfe, 2001). Esta evolução está

relacionada com a redução constante do financiamento público, o que conduz as

universidades a delinearem estratégias que visem, por um lado, a necessidade de

reduzir custos através de maior eficiência para gerar rendimento e, por outro lado, a

aposta na qualidade e na identidade como meios pelos quais as universidades

procuram manter ou melhorar a sua posição no mercado do ensino superior (Rolfe,

2001). A orientação para o mercado está presente como uma convergência de

marketing e de gestão estratégica (Binsardi e Ekwulugo, 2003).

A visão tradicional do conceito de marketing é a de que “as chaves para atingir

os objetivos da organização residem na identificação das necessidades e desejos dos

clientes” (Kotler e Anderson, 1987, in Binsardi e Ekwulugo, 2003). Existe debate

académico sobre quem são os clientes do ensino superior. Os estudantes podem ser

considerados clientes e os cursos os produtos do ensino superior (Conway et al, 1994,

in Hemsley-Brown e Oplatka, 2006), ou os estudantes podem ser vistos como produtos

e os empregadores como clientes (Kotler e Fox, 1985, in Binsardi e Ekwulugo, 2003).

Segundo Levitt10, o que as universidades têm para oferecer pode ser

classificado em três níveis distintos (Levitt, 1980, in Binsardi e Ekwulugo, 2003),: 1) o

10

Theodore Levitt apresentou os cinco níveis do produto (Diagrama de Levitt, 1986): nuclear (produto genérico/motivo que leva o cliente a comprar o produto), básico (atributos mínimos para se obter o benefício nuclear), esperado (possui atributos e condições esperados, para além do básico), ampliado

17

nuclear – os estudantes não compram os graus de ensino, estes adquirem os

benefícios que um grau pode facultar em termos de emprego, estatuto social, estilo de

vida, etc; 2) o tangível ou esperado – as instalações do campus, a biblioteca,

laboratórios, etc; 3) e o nível do produto ampliado – este é feito de atributos

intangíveis como os empréstimos a estudantes e condições de pagamento, o apoio na

entrada no mercado de trabalho (ex.: procura de estágio; taxa de empregabilidade);

ligação aos antigos alunos (ex.: vantagens na utilização da biblioteca, descontos em

cursos, eventos). Se estes patamares não forem alcançados, os estudantes não ficarão

satisfeitos. As necessidades e desejos dos estudantes internacionais encaixam

perfeitamente nesta classificação de Levitt (Binsardi e Ekwulugo, 2003).

Kotler e Fox trazem também uma visão diferente do marketing na educação ao

introduzir o conceito de stakeholder (parceiro). Este conceito dá relevância ao

governo, aos pais e aos futuros empregadores, entre outros, como se todos tivessem

um “interesse” (stake) no processo educativo. Para além disso, é um serviço centrado

nas pessoas, o que reforça a importância das relações com os clientes (Kotler e Fox,

1985, in Mazzarol, 1998). Sendo assim, para as universidades serem bem sucedidas

precisam de desenvolver relações com os seus parceiros e com os seus clientes sendo

aplicáveis às instituições de ensino superior os pilares do marketing relacional,

orientado para as relações a longo prazo (Gummesson, 1987, in Antunes e Rita, 2008):

1) a relação - o marketing orientado para a criação, manutenção e desenvolvimento de

relações com os clientes; 2) a interação entre as partes – relações entre prestadores e

clientes para a criação e prestação de valor requerem uma comunicação muito intensa

e próxima entre ambos; 3) o longo prazo – é necessário um longo período temporal

para criar, manter e desenvolver as relações. Ainda segundo Gummesson, o marketing

relacional é definido como “interação em redes de relacionamento entre a organização

e os seus clientes” (Gummesson, 2008), pelo que esta abordagem na área do ensino

superior concorre com a abordagem do marketing transacional, cujo foco da atenção é

o consumidor e a satisfação das suas necessidades e desejos e está centrada no

modelo dos 7Ps (no caso dos serviços), uma vez que as universidades “procuram

(possui atributos que correspondem aos desejos e superam as expectativas dos clientes) e potencial (apresenta todos os atributos inovadores que demonstram evolução e diferenciação da concorrência; factor surpresa) (Rodriguez, M. e Ferrante, R. A. J., 2000).

18

desenvolver relações educacionais em vez de negócios de transação entre

comerciantes”(Gibbs, 2001, in Hemsley-Brown e Oplatka, 2006). Contudo, a natureza

dos produtos educacionais torna difícil a retenção a longo prazo dos clientes, pelo que

os esforços de marketing nas universidades não devam ser essencialmente

direcionados aos estudantes, cuja taxa de retenção para prosseguir cursos de pós-

graduação é baixa, mas a todos os tipos de parceiros (Ivy, 2001, Nicholls et al. 1995, in

Binsardi e Ekwulugo, 2003).

Quando para além dos esforços de marketing no recrutamento de estudantes

no mercado nacional, as universidades passam a focar a sua atenção no recrutamento

de estudantes internacionais através de estratégias de marketing, esta atividade torna-

se um assunto complexo devido às características do ensino superior como serviço

intangível e centrado nas pessoas (Mazzarol, 1998). Após análise de literatura relativa

ao marketing de serviços e a vantagens competitivas, bem como entrevistas a um

painel de peritos de várias universidades australianas, Mazzarol (1998) identificou os

seguintes fatores críticos para o sucesso das universidades que operam no mercado

internacional: qualidade de reputação e o nível de reconhecimento do mercado; deter

alianças ou parcerias internacionais estratégicas; deter serviços de recrutamento e de

cursos prestados no estrangeiro; corpo docente de qualidade e especializado; cultura

organizacional (contribui para a melhoria do desempenho da organização); inovação

(embora a cultura deva basear-se na organização, esta deve ser flexível para encorajar

a inovação); uso eficaz das tecnologias de informação e superioridade técnica; recursos

financeiros; oferta de um alargado leque de cursos; economias de escala (uma forte

base de alumni, o tamanho da população estudantil, a dimensão do campus e a

detenção de uma quota considerável de mercado são vistas como vantagens

competitivas); utilização de publicidade e de atividades de promoção; utilização de

agentes de recrutamento privados (assunto controverso nas universidades

australianas, mas estes podem ser uma importante fonte de informação – um estudo

revelou que 29% dos estudantes consultaram agentes de recrutamento para pedir

informações); e utilização de agências de promoção governamentais (países como a

Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido abrem centros de informação e

promoção do seu ensino superior em países considerados como mercados alvo).

19

Resumindo, a expansão e a diversidade têm estimulado a concorrência entre

universidades e o desenvolvimento de vantagens competitivas das mesmas,

resultando no alargar das escolhas para os estudantes e tornando as universidades

mais focadas nas necessidades dos estudantes do que, muitas vezes, nas próprias

competências (Maringe e Gibbs, 2009).

2.3 Plano de marketing

O gestor de marketing numa empresa segue um processo de marketing

elaborando planos de marketing para produtos individuais, linhas de produto e

serviços (Kotler, 2002). Segundo Kotler, o processo de marketing consiste em “analisar

oportunidades de marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando

estratégias, planeando programas, implementando e controlando o esforço de

marketing”.11

Kotler defende que o plano de marketing “é um dos produtos mais importantes

do processo de marketing”12, uma vez que permite (Kotler, 2002):

a) avaliar a situação atual do prestador de serviços – análise do ambiente externo

(análise PEST) e ambiente interno (análise do setor de actividade, do mercado,

do consumidor e da concorrência);

b) analisar as oportunidades/ameaças, forças/fraquezas (análise SWOT);

c) definir objetivos (resultados financeiros e de marketing em relação a volume de

vendas, quotas de mercado e lucros);

d) identificar a estratégia de marketing a seguir para alcançar esses objetivos

(posicionamento, segmentação e marketing mix);

e) especificar programas de ação de marketing para atingir os objetivos de

negócio;

f) projetar os resultados financeiros estimados;

g) indicar como o plano será monitorizado.

Em suma, o plano de marketing consiste numa ferramenta de gestão composta

pelas secções em cima apresentadas e que serve para determinar a forma de alcançar

determinados objetivos das empresas ou instituições.

11

In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 108. 12

In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 110.

20

3. Apresentação e Diagnóstico – Plano de Marketing Estratégico – Estudo de caso FCSH/NOVA

A primeira parte da proposta de plano de marketing estratégico para a

FCSH/NOVA com o objetivo de promover a captação de estudantes internacionais,

através do concurso especial de acesso para o Estudante Internacional (EI), consiste

numa apresentação geral da instituição de ensino superior (IES) pública que presta o

serviço de ensino na área das ciências sociais e humanas. Segue-se a análise do

ambiente externo e interno, posicionamento e segmentação, marketing mix e análise

SWOT.

Na parte final, apresentam-se os objetivos estratégicos e um plano de ação que

inclui considerações sobre a estratégia de marketing atualmente seguida pela

instituição e propostas de melhoria.

3.1 Implementação do EEI na FCSH/NOVA

A FCSH/NOVA publicou o seu regulamento de aplicação do EEI a 10 de julho de

2014 e lançou a primeira edição de candidaturas, para o ano letivo de 2014/15,

durante o mês de agosto de 2014.

Foi definido para esse ano letivo que o valor anual das propinas seria de 3.000€

e que os candidatos teriam de comprovar o conhecimento da língua portuguesa (nível

B2 do QECRL13, língua em que os 14 cursos de licenciatura são ministrados, pelo que a

captação de candidatos deve contemplar preferencialmente públicos cujo nível da

língua seja de intermédio a avançado. As vagas corresponderam a 10% do numerus

clausus, ou seja, a 146 vagas distribuídas pelos 14 cursos de licenciatura.

O período de divulgação foi efetivamente muito curto e não existiu um plano

de marketing com ações de comunicação e publicidade diversificadas. Houve cinco

manifestações de interesse de estudantes estrangeiros, no período de candidaturas

entre agosto e setembro de 2014, e registaram-se duas inscrições (1,36% das vagas

preenchidas; ambas de alunos de nacionalidade brasileira, uma na licenciatura em

História da Arte e outra na licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais).14

13

QECRL – Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. 14

Dados prestados pela Área de Serviço aos Alunos (ASA) da FCSH/NOVA, fevereiro de 2015.

21

Para o ano letivo 2015/16, as condições de propinas e vagas mantiveram-se e a

divulgação teve início a partir de fevereiro de 2015. As três fases de candidaturas

previstas já ocorreram e registou-se um total de 28 candidatos colocados15 (19,17%

das vagas), maioritariamente nos cursos de Ciências da Comunicação e Ciência Política

e Relações Internacionais, detentores das seguintes nacionalidades: angolana,

brasileira, argelina, colombiana e turca.

Torna-se crucial adotar uma abordagem estratégica de marketing para

impulsionar esta área de captação de estudantes estrangeiros na FCSH/NOVA.

3.1.1 Serviço: Ensino na FCSH/NOVA

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) é uma unidade orgânica da

Universidade Nova de Lisboa (NOVA) e uma pessoa coletiva de direito público, dotada

de autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira, cuja missão de

serviço público é a de qualificar ao mais alto nível os cidadãos e, em especial, os

cidadãos portugueses, nos domínios das ciências sociais e humanas.

A identidade própria da Faculdade resulta da coexistência das Ciências Sociais

com as Ciências Humanas, permitindo uma interdisciplinaridade pouco comum no

ensino universitário português.

Criada a 10 de novembro de 1977 pelo Decreto-lei nº 463-A/77, na sequência

do desenvolvimento da Área das Ciências Humanas e Sociais então já existente na

Universidade Nova de Lisboa e protagonizada por um grupo de docentes e

investigadores16, a FCSH/NOVA iniciou atividade a 2 de Janeiro de 1978. À data, eram

lecionados os cursos de Ciências Humanas e Sociais, Ciências Literárias, Antropologia,

História, Línguas e Literaturas Modernas e História da Arte, com um corpo docente

composto por 49 docentes.

Tendo completado 38 anos de existência em 2015, é de salientar que a

importância da internacionalização do ensino e da investigação está espelhada nos

15 1.ª fase: 18 de fevereiro a 16 de abril de 2015 – 13 candidatos; 2.ª fase: 1 a 30 de junho de 2015 – 11

candidatos; 3.ª fase: 1 a 15 de setembro de 2015 – 4 candidatos. 16

J. S. da Silva Dias, Leonor Buescu, João Morais Barbosa, Artur Nobre de Gusmão, Fernando Gil, Augusto Mesquitela Lima, A. H. de Oliveira Marques, José Augusto França, Vitorino Magalhães Godinho, José Mattoso, Raquel Soeiro de Brito, Teolinda Gersão, Leonor Machado de Sousa, Yvete Kace Centeno e Teresa Rita Lopes.

22

seus objetivos para a realização da sua missão17: a) a excelência no ensino e na

investigação nas áreas de especialização das ciências sociais e humanas, tanto no

plano nacional como internacional; b) um compromisso claro com a inovação e a

interdisciplinaridade; c) a criação, a difusão e o apoio da cultura humanista; d) a

prestação de serviços à comunidade nessas mesmas áreas.

3.1.2 Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas)

A FCSH/NOVA tem uma oferta curricular variada na área das Ciências Sociais e

Humanas, e todos os cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento estão

adaptados à reforma de Bolonha e foram acreditados pela Agência de Avaliação e

Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

Uma vez que a FCSH/NOVA encara como uma das suas missões fundamentais a

prestação de serviços à comunidade através de uma oferta letiva que possa garantir

uma aprendizagem ao longo da vida, tem tido a preocupação de disponibilizar os seus

cursos de formação pós-graduada - mestrados, doutoramentos e pós-graduação - em

regime pós-laboral e mais recentemente disponibiliza alguma oferta com recurso a e-

learning, de modo a que possam ser frequentados por pessoas já inseridas no mercado

de trabalho.

No que diz respeito ao 1.º ciclo, a Faculdade disponibiliza atualmente 14 cursos

de licenciatura e um destes cursos em regime diurno e pós-laboral (Sociologia).

A Tabela II apresenta a evolução das notas dos últimos colocados nos últimos

cincos anos letivos, sendo que o valor médio dos cursos de licenciatura é de 13,06

valores em 2014/15 e o valor médio mais baixo neste período de cinco anos foi em

2011/12 com 12,28 valores. De salientar que no ano de 2014/1518, de todas as

Faculdades da área das Ciências Sociais e Humanas do país, a FCSH/NOVA obteve a

melhor média nacional de colocação em quatro das suas 14 licenciaturas em regime

diurno. Como líderes nacionais na nota final do último colocado surgem os cursos de

Ciências da Comunicação (16,8 valores), Ciência Política e Relações Internacionais

(16,2), Tradução (15,4) e Arqueologia (12,9).

17

In Estatutos da FCSH, Art. 2.º, Despacho nº 3849/2009, 30 de janeiro de 2009. 18

In DGES - http://www.dges.mec.pt/coloc/2014/, 1 de agosto de 2015.

23

A taxa de ocupação global das vagas foi de 97,4% das vagas a concurso

ocupadas na primeira fase, a mais alta dos últimos quatro anos letivos19. Dos 726

alunos colocados na FCSH/NOVA, 70,1% escolheram-nos como primeira opção20.

O Gráfico I demonstra que o n.º total de alunos em frequência dos cursos de

licenciaturas se mantém relativamente estável. A média dos diplomados nos últimos

três anos letivos com dados disponíveis é de 566, o que revela uma boa taxa de

sucesso no término do 1.º ciclo, na ordem dos 80,7%, se se comparar com a média do

n.º de entradas no 1.º ano pela 1.ª vez na 1.ª fase do concurso geral de acesso ao

ensino superior (701 novos alunos)21.

3.1.3 Alunos

No que diz respeito ao ensino conferente de grau, a FCSH/NOVA é atualmente

a segunda maior unidade orgânica da NOVA em número de alunos, a seguir à

Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/NOVA).

No ano letivo 2014/15, a FCSH/NOVA teve em funcionamento 25 cursos de

doutoramento, 44 mestrados, 14 licenciaturas (duas em horário pós-laboral) e 12 Pós-

graduações.22 A Faculdade concentra um total de 4 826 alunos, dos quais 2 689 de

licenciatura, que corresponde a 55,71% da totalidade dos alunos, 1 391 de mestrado,

109 pós-graduações e 637 de doutoramento, perfazendo estes dois ciclos e os alunos

de cursos de pós-graduação um total de 44,29% dos alunos.

Embora ligeira, a tendência do n.º total de alunos nos últimos cinco anos letivos

é de decréscimo (-9,4%)23.

Em 2014, os alunos de nacionalidade estrangeira inscritos em todos os ciclos de

estudo eram 819 (destes 54% são provenientes da CPLP)24, representando 16,9% do

número total de alunos. Registou-se um decréscimo de alunos em 2.º e 3.º ciclos, os

quais passaram de 45% do total de alunos em 2013 para 41% do total de alunos da

Faculdade em 2014. Nesse mesmo período, a percentagem de alunos estrangeiros a 19 Ver Tabela III - Taxa de ocupação de vagas e N.º de Colocados | Licenciaturas 1.

ª fase de candidaturas.

20 In Relatório de Atividades de 2014 da FCSH/NOVA, pág. 17.

21 Ver Tabela IV - Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos | Total de alunos em frequência |

Total de Diplomados. 22

Ver Tabela I - Oferta letiva da FCSH/NOVA discriminada por ciclo de estudo – 2014. 23

Ver Tabela V - Evolução do número global de alunos; Gráfico II - Evolução do número global de alunos. 24

In Relatório de Atividades de 2014 da FCSH/NOVA, pág. 7.

24

frequentar esses dois ciclos subiu e passou de 15,40% em 2013 para 18,30% em

2014.25 Por último, o número de alunos estrangeiros que frequentam o ensino em

programas de mobilidade nesse período registou igualmente um crescimento de

19,4% (2013 – 291 alunos; 2014 – 361 alunos).26

3.2 Análise do Ambiente Externo

Na Europa, a nível demográfico registam-se duas tendências principais com

impacto no setor do ensino superior: o envelhecimento da população e a redução do

agregado familiar.

De acordo com os dados do Eurostat, a população europeia crescerá em média

0,2% por ano entre 2010 e 2030, enquanto a população com mais de 65 anos

aumentará em média 1,7% por ano no mesmo período.

Em Portugal, a tendência é semelhante. Em 2012, a população com mais de 65

anos é de 2.020.126, ou seja, 19,2% da população residente (10.514.844). O índice de

envelhecimento27 em 2012 é de 129,4%. Em cada cinco famílias, uma tem apenas uma

pessoa. Grande parte já passou os 65 anos. Estima-se que em 2030 a população idosa

represente 29% da população.

A diminuição das taxas de natalidade está ligada à segunda tendência –

redução do agregado familiar. As mulheres marcam mais presença no mercado de

trabalho (47%). Uma maior qualificação das mulheres, a estabilidade profissional e a

carreira na lista das suas prioridades, contribuem para o adiamento do primeiro filho e

para o declínio da taxa de natalidade (em 2012 o número médio de filhos por mulher é

de 1,28).

A diminuição do número de jovens terá impacto no número de alunos que

ingressam no ensino superior para realizarem os cursos de 1.º ciclo (licenciaturas), ou

seja, o universo de candidatos será menor para os mesmos players (ensino superior

público e privado). Por outro lado, o aumento da população em todas as faixas etárias

25 Ver Gráfico III - Evolução do total dos estudantes e dos estudantes estrangeiros em 2.º e 3.º ciclos,

da taxa de captação e da taxa de diplomação (2013 e 2014). 26 Ver Gráfico IV - Evolução do número de estudantes em programas de mobilidade e número de

mestrados e doutoramentos em colaboração com instituições internacionais (2013 e 2014). 27

Número de idosos por jovens. É habitualmente expresso em número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos.

25

a partir dos 45 anos pode reforçar a tendência da formação ao longo da vida e a

formação profissional, e constituir um desafio às universidades para captação de novos

alunos na vida ativa e na reforma.

Em Portugal, a atual conjuntura política e económica de crise financeira e

consequente desinvestimento em setores públicos como a educação e a saúde, tem

originado consecutivos e expressivos cortes orçamentais nestes setores28.

No que diz respeito ao ensino superior, as instituições estão perante desafios

para conseguirem diversificar as suas fontes de financiamento, para não dependerem

quase exclusivamente do financiamento público ou de fundos comunitários, e para tal

têm pugnado por internacionalizar o ensino de modo a captar estudantes estrangeiros

(2.º e 3.º ciclos)29 e defendido a aprovação do EEI30, que veio a concretizar-se em

março de 201431, o qual permite o ingresso de alunos estrangeiros no 1.º ciclo

(licenciaturas) mediante o cumprimento de determinados requisitos que procuram

não colocar em causa o acesso dos cidadãos nacionais.

Por último, ao nível das tendências socio-culturais, a massificação dos media, o

acesso generalizado ao computador pessoal e à Internet, bem como a emergência dos

social media (redes sociais como o Facebook, Twitter, Youtube) proporciona o acesso a

cada vez mais informação e a novas formas de comunicação. Cidadãos estrangeiros

conseguem aceder a informações sobre os rankings universitários internacionais a

partir de pesquisas na Internet, obter dados e esclarecimentos de forma rápida via

website e e-mail das universidades, realizar candidaturas online, bem como exames e

entrevistas para o processo de seleção, sem terem que viajar para os países das

universidades escolhidas.

Por outro lado, os indivíduos que pretendam estudar no estrangeiro vêm a

distância entre continentes diminuir através de uma viagem de avião, bem como o

28

In “Ensino Superior vai sofrer cortes de 15 milhões em 2015”, DE, 13/08/2014; “Em cinco anos SNS sofreu corte brutal de 5.584,8 milhões”, JornalMédico.pt, 16/07/2014. 29 No âmbito da necessidade de angariação de novos alunos como forma de gerar receitas, o ensino em

e-learning pode igualmente constituir uma forma alternativa de recrutamento na população adulta quer a nível nacional quer internacional, respondendo às necessidades de desenvolvimento profissional e de formação deste público-alvo. 30

In “Estatuto do Estudante Internacional é positivo mas gera dúvidas”, DN, 24/01/2014. 31

In Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março.

26

preço da mesma devido à liberalização do sector32 e ao aparecimento de novos

concorrentes, as companhias de baixo custo. O crescimento do setor do transporte

aéreo que se estima em 5% ao ano até 2030, medido em Revenue Passenger

Kilometers (RPK), está ligado ao desenvolvimento do comércio internacional e do

turismo33 (Teles, S. e Sarmento, M. 2012).34

Por último, as estimativas de crescimento do Banco Mundial relativamente aos

países em desenvolvimento são de 4,8% em 2015, com reforço do crescimento para

5,3% e 5,4% em 2016 e 2017, previsões acima do crescimento projetado para a

economia global com 3% em 2015, 3,3% em 2016 e 3,2% em 201735. A melhoria das

condições de vida nos países em desenvolvimento, designadamente nos países de

língua oficial portuguesa, pode promover o fluxo de estudantes destes países para as

universidades portuguesas, uma vez que as famílias terão melhores condições para

realizar este investimento na educação superior dos seus filhos.

3.3 Análise do Ambiente Interno

3.3.1 Sector de atividade

A FCSH/NOVA insere-se no sector de atividade do ensino superior público.

Neste ponto, apresentamos dados sobre a avaliação do sistema de ensino superior

português a nível internacional (Universitas 21 ranking) e sobre diferentes tipos de

rankings de avaliação das instituições universitárias a nível internacional e nacional

(Webometrics, ranking internacional de Xangai, o QS World Universities Ranking e o

Times Higher Education Top 100 under 50). Como unidade orgânica da Universidade

NOVA de Lisboa, a informação obtida nos rankings é sempre a da Universidade no seu

global e não ao nível da instituição como Faculdade.

32

Nos EUA, a liberalização do setor do transporte aéreo ocorre na década de 1970 e na Europa na década de 1990. 33 O transporte aéreo é responsável por 40% das viagens internacionais na indústria de turismo (Teles, S.

e Sarmento, M. 2012). 34

O Sudoeste Asiático e África deverão crescer acima da média mundial nos próximos vinte anos, fruto da modernização das suas economias e da sua indústria aérea (Teles, S. e Sarmento, M. 2012). 35 In “«As perspectivas económicas globais mostram melhorias em 2015, mas tendências divergentes

colocam riscos de abrandamento», afirma o Banco Mundial”, Banco Mundial, 13/01/2015.

27

Assim, o sistema do ensino superior nacional foi o 25.º melhor do mundo em

2015, tendo descido uma posição em relação ao ranking de 2014. O estudo realizado

pela rede internacional Universitas 21 é o único que compara sistemas de ensino em

vez de instituições. O posicionamento em 25.º do ensino superior português deve-se

sobretudo a dois parâmetros: conectividade internacional (percentagem de estudantes

internacionais inscritos e artigos em co-autoria internacional, como número de artigos

de acesso livre) e na avaliação dos recursos investidos, aspeto em que são tidos em

conta a despesa pública total com o ensino superior em comparação com o PIB, a

despesa anual por estudante e a despesa em investigação e desenvolvimento em

percentagem do PIB e por habitante.

O ranking da Universitas 2136 inclui os sistemas de ensino superior de 50 países

e é liderado pelos Estados Unidos. Suécia, Suíça, Finlândia e Dinamarca aparecem nos

restantes cinco lugares cimeiros. Imediatamente à frente de Portugal estão a Irlanda

(18.º), Espanha (24.º) e Japão (20.º), mas a rede nacional consegue melhores

prestações do que países como a Itália (29.º) ou Brasil (40.º).

O Ranking Web ou Webometrics37 é o maior ranking académico de Instituições

de Ensino Superior. Desde 2004 e a cada seis meses (em janeiro e julho de cada ano) é

levado a cabo pelo Cybermetrics Lab (Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol, CSIC)

um exercício científico para fornecer informação sobre a performance das

universidades de todo o mundo ao nível da sua presença e impacto online. Na segunda

década do século XXI, a web é a mais importante ferramenta de comunicação escolar,

é também o canal para a aprendizagem à distância e o fórum aberto ao envolvimento

da comunidade, surgindo como meio capaz de angariar talentos, fundos e recursos.

Este ranking internacional classifica a Universidade NOVA de Lisboa em 4.º

lugar ao nível nacional, 140.ª a nível europeu e na 354.ª posição ao nível mundial, na

avaliação de Julho de 2015. As três universidades portuguesas que aparecem em

36

In http://www.universitas21.com/article/projects/details/158/overall-2015-ranking-scores, 6 de setembro de 2015. 37

In http://www.webometrics.info/, 6 de setembro de 2015.

28

lugares cimeiros à NOVA por ordem decrescente são: Universidade do Porto,

Universidade do Minho e Universidade de Coimbra.38

No ranking internacional de Xangai39 ou Academic Ranking of World

Universities (ARWU), de 2015, a Universidade NOVA de Lisboa não aparece nas 500

posições. Portugal surge com três presenças, em primeiro lugar a Universidade de

Lisboa (entre as 201-300 posições), em segundo lugar a do Porto (entre as 301-400

posições), e a Universidade de Coimbra (que surgiu no índice de classificação este ano

entre as 401 e as 500 posições).

Este ranking compara a totalidade das universidades no seu desempenho

global, e não em dimensões setoriais, cursos ou especialização. Na metodologia

adoptada, são avaliados os seguintes indicadores: qualidade do ensino (10%),

qualidade do staff académico (40%), os resultados da investigação produzida (40%) e o

desempenho académico (10%).

O QS World Universities Ranking 2015/1640 posicionou a Universidade NOVA

de Lisboa em 351.º lugar a nível internacional num universo de 2 000 instituições

avaliadas, das quais somente 800 são classificadas, e destas só as que constam até ao

400.º lugar aparecem classificadas individualmente.

Das universidades portuguesas até ao 400.º lugar só constam três, a NOVA

como referido aparece em 2.º lugar a nível nacional, a Universidade do Porto em 308.º

lugar (1.º lugar) e a Universidade de Coimbra em 367.º lugar (3.º lugar). A Universidade

de Lisboa (já compreendendo a fusão com a Técnica de Lisboa), principal concorrente

da NOVA na cidade de Lisboa, foi classificada entre o 481.º - 490.º lugares. A

Universidade NOVA de Lisboa destaca-se, a nível nacional, no que diz respeito à

reputação junto das entidades empregadoras, ao rácio professor-aluno e corpo

docente internacional.

38 Ver Tabela VI - Resultados para Portugal do Ranking Web of Universities. 39

In http://www.shanghairanking.com/ , 6 de setembro de 2015; as universidades de Lisboa e Porto constam deste ranking desde 2011. 40

In http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings/2015#sorting=rank+region=+country=+faculty=+stars=false+search= , 6 de setembro de 2015.

29

Por último, a Universidade NOVA de Lisboa foi considerada uma das 100

melhores universidades com menos de 50 anos num ranking mundial compilado

pela Times Higher Education.41

3.3.2 Análise de mercado – “International Education”

Segundo Knight, a mobilidade de estudantes é vista como o rosto da

internacionalização nas universidades, uma vez que o enfoque contemporâneo no livre

comércio estimula esta mesma mobilidade internacional (2012). Na definição

apresentada pela OCDE, Eurostat e UNESCO42, o estudante internacional é designado

de “internacional” se sai do seu país de origem para outro país com o propósito de

estudar, não sendo residente do país onde estuda, e o estudante é designado de

estrangeiro se este não é cidadão do país onde estuda, ou seja, são definidos segundo

a sua cidadania (os estudantes internacionais são um subgrupo dos estudantes

estrangeiros).

Assim, a captação de estudantes internacionais para as universidades, também

designada como “international education”, é uma das indústrias de serviços mais

significativas que emergiu nas décadas de 1980 e 1990 (Mazzarol, 1998). O

crescimento de estudantes internacionais passou de 800.000 em 1975, para 3,3

milhões em 2008 e, em quatro anos subiu mais de um milhão, atingindo os 4,5 milhões

em 2012 (OCDE, 2010 e 2014).

Nas últimas estatísticas da OCDE relativas ao ano de 2012, os Estados Unidos

são o país líder no mercado da “international education”, seguido do Reino Unido,

Alemanha, França, Austrália e Canadá (OCDE, 2014)43. Estes seis países recebem 50%

dos estudantes internacionais a nível mundial. Os estudantes provenientes da Ásia

representam 53% dos estudantes internacionais inscritos em universidades por todo o

mundo e a maior parte destes é proveniente da China, Índia e Coreia (OCDE, 2014).

Novos concorrentes estão a emergir neste mercado como a Nova Zelândia, Espanha,

Rússia e Coreia (OCDE, 2013), e por seu lado, a quota de mercado dos Estados Unidos

41

In https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2015/one-hundred-under-fifty#!/page/0/length/25 , 15 de novembro de 2015. 42

In “Education Indicators in Focus”, 2013/05, julho, OCDE. 43

Ver Figura 2 – Trends in International Education Market Shares (2000 e 2012), in Education at a Glance 2014 – Highlights, OCDE, 2014, pág.35.

30

e da Alemanha que ocupam respetivamente o 1.º e 3.º lugares, em quota de mercado,

tem decrescido no período entre 2000 e 2012 (menos 7% para os EUA e menos 3%

para a Alemanha)44. Esta indústria de serviços gera importantes rendimentos para os

países, quer através das propinas pagas, quer em alojamento e nas despesas de custo

de vida (alimentação e outros) dos estudantes internacionais, e é criadora de emprego

(Mazzarol, 1998). No Canadá, os gastos dos estudantes internacionais em propinas,

alojamento e despesas de custo de vida contribuíram mais de 8 mil milhões de dólares

canadianos (CAD) para a economia em 2010. Este valor é superior ao valor das

exportações de alumínio (CAD 6 milhões) ou de helicópteros, aviões ou veículos

espaciais (CAD 6,9 milhões) (OCDE, 2013). Quando os estudantes permanecem após a

graduação, estes possuem uma influência de longo termo na economia sendo que,

segundo dados da OCDE de 2008 e 2009, a taxa de permanência nos países da OCDE

podia ir até aos 25% (OCDE, 2013).

Por último, é importante identificar os factores que influenciam os fluxos de

estudantes internacionais45. Uma das principais mudanças na mobilidade do ensino é a

de que a influência política e os legados coloniais deram lugar a princípios de mercado

na hora da tomada de decisão do país de destino para estudar (Varghese, 2008), uma

vez que a maioria dos estudantes paga a sua educação de fundos próprios. Para

Varghese (2008), os principais fatores que influenciam o fluxo dos estudantes são:

a) O custo da educação – estudar no estrangeiro é dispendioso e se no

passado havia financiamento dos países que detinham as colónias para os

estudantes provenientes das mesmas, à medida que esta realidade se

extingue e os estudantes passam a autofinanciar-se, o custo e o retorno

deste investimento tornam-se elementos cruciais na escolha dos

indivíduos. Somente a partir da década de 1980 é que os países começam a

diferenciar o valor das propinas46 entre os estudantes nacionais e os

estudantes internacionais, designadamente o Reino Unido, os Estados

44

Idem. 45

Ver Figura 3 – “Top countries of origin of foreign students, by regions of the world, in 2011”, Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013. 46

Ver Figura 4 – “Structure of tuition fees in OECD countries” – Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013.

31

Unidos, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Há ainda países que não

aplicam uma distinção entre os estudantes internacionais e os nacionais

quando fixam o valor das propinas (França, Alemanha, Itália, Japão,

México) e países onde o ensino é gratuito e que ainda não cobram

propinas aos estudantes internacionais (Finlândia e Noruega) (OCDE 2013).

Uma das razões para o decréscimo do fluxo de estudantes para o Reino

Unido e para os Estados Unidos pode dever-se ao elevado valor das

propinas e do custo de vida nestes países em comparação, por exemplo,

com a Austrália, Irlanda e Nova Zelândia.

b) Afinidade ideológica – a influência ideológica como fator na escolha do país

anfitrião entrou atualmente em declínio, uma vez que o custo da educação

é cada vez mais financiado, na sua totalidade, pelo estudante. Contudo, a

afinidade ideológica foi um importante motivo na escolha do país de

estudo durante o período colonial e no período da Guerra Fria. A existência

de bolsas e de apoio financeiro influenciavam os fluxos de estudantes

nestes períodos.

c) Proficiência da língua – este é um importante fator na escolha de um país

anfitrião. Os fluxos inter-regionais ocorrem geralmente entre países com

familiaridade linguística (ex.: os estudantes argelinos e marroquinos

escolhem universidades em França). A introdução de cursos lecionados em

inglês, designadamente na área de economia e gestão, torna atrativo, para

os estudantes internacionais, os países não-anglófonos como a Bélgica,

França, Alemanha e Japão.

d) Reconhecimento de superioridade académica das instituições nos países

anfitriões – geralmente o fluxo dos estudantes internacionais ocorre de

países menos desenvolvidos para países desenvolvidos, uma vez que os

estudantes têm consciência de que o setor educativo nacional não possui

níveis de qualidade elevados. O prestígio académico das universidades

também é tido em consideração pelos candidatos, bem como a

especialização numa área específica do conhecimento. Os rankings

mundiais de universidades colocam as instituições dos Estados Unidos em

lugares cimeiros, pelo que podemos associar o facto de deterem o primeiro

32

lugar de quota de mercado de estudantes internacionais a esta

classificação de reconhecimento académico, que leva a que os estudantes

as procurem como primeira opção.

e) Aquisição de língua estrangeira e cultura – um dos objetivos dos

estudantes de países desenvolvidos em estudar em países em vias de

desenvolvimento é o de obter experiência em ambiente multi-cultural e

competência linguística (o programa Erasmus na União Europeia tem

proporcionado essa experiência) (Maiworm, 2001, in Varghese, 2008).

f) Oportunidades de emprego – obter um curso no estrangeiro traz prestígio

e emprego, uma vez que melhora o currículo do candidato e essas

vantagens são mais elevadas em países em vias de desenvolvimento do

que em países desenvolvidos. O investimento estrangeiro nos países em

vias de desenvolvimento provoca procura de profissionais para as novas

empresas e sucursais de multinacionais, pelo que as oportunidades de

emprego com salários elevados surgem no país de origem para indivíduos

com formação de qualidade. Por outro lado, o estudante internacional

poderá escolher estudar num país onde poderá ter facilidade em ficar a

residir após o término do estudo, ou seja, a formação no estrangeiro torna-

se “uma avenida para a migração profissional internacional”.

g) Aumento do nível de rendimento nos países de origem – os países que

enviam o maior número de estudantes para estudar no estrangeiro,

registaram um forte crescimento económico e melhoria das condições de

vida, o que possibilitou um maior rendimento para que os indivíduos

pudessem custear as suas próprias despesas de estudo e de custo de vida

no estrangeiro (ex.: China, Coreia, Índia e Malásia).

h) Facilidade nas formalidades de atribuição de vistos – Após o incidente do

11 de setembro, as restrições aos vistos aumentaram muito nos Estados

Unidos e Europa. Esta é apontada como uma das principais razões para o

decréscimo do n.º de estudantes internacionais nos Estados Unidos.

Outros fatores que podem ser avançados são, por exemplo, os apoios à

formação superior que os Estados procuram disponibilizar através da concessão de

33

bolsas de estudo, atribuição igualmente deste tipo de apoios por parte de mecenas,

instituições privadas como fundações e bancos; a difusão do acesso à Internet a nível

mundial que facilita o conhecimento sobre estes meios de financiamento e sobre os

cursos prestados nas universidades estrangeiras (Gomes e Murphy, 2003, in Hemsley-

Brown e Oplatka, 2006), bem como o acesso à frequência de cursos por e-learning; e

por último o acesso alargado a transportes aéreos, o que permite uma maior

mobilidade de pessoas.

3.3.3 Análise de mercado – Estudantes estrangeiros no Ensino Superior em

Portugal

No caso específico de Portugal, as universidades recebem um número

crescente de estudantes estrangeiros. Os últimos dados da DGEEC – Direcção Geral de

Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014, demonstram esse crescimento do número

de estudantes inscritos de nacionalidade estrangeira, no período de quatro anos

letivos 2009/2010 a 2012/13 (o ciclo de estudos não é discriminado). Assim, no ano

letivo de 2009/10 existiam 18.425 estudantes estrangeiros inscritos no universo das

universidades privadas e públicas portuguesas e, no ano letivo de 2012/13, esse

número subiu para 31.183, o que significa um aumento de 41% em três anos letivos47.

Nesse mesmo período de três anos, se somarmos os estudantes inscritos por

país, os países que aparecem nos primeiros cinco lugares48 são todos da CPLP, com o

Brasil a liderar com 25.856 estudantes a frequentar o ensino superior português,

seguido de Cabo Verde (13.277 estudantes), Angola (13.244), São Tomé e Princípe

(3.188) e Moçambique (2.777). A Guiné Bissau e Timor Leste situam-se em 7.º lugar

(1.702 estudantes) e 14.º lugar (677) respetivamente.

Os estudantes chineses aparecem em 8.º lugar (1.113 estudantes), os

provenientes de Macau em 24.º (130) e os da Índia em 16.º lugar (372) . Dos países da

América do Norte, os EUA aparecem em 13.º lugar (764 estudantes), o Canadá em 15.º

(543) e o México em 19.º (228).

47

Os valores indicados na lista disponível no website da DGEEC incluem alunos em regime de mobilidade internacional. 48

Ver Tabela VII - Top 30 do número total de inscritos de nacionalidade estrangeira nas universidades portuguesas (públicas e privadas) - Período de 4 anos letivos (2009/2010 a 2012/2013).

34

Quanto à América Latina, regista-se a presença de estudantes provenientes em

maior número da Venezuela (11.º lugar – 775 estudantes), da Colômbia (20.º lugar –

217), da Argentina (21.º lugar – 157) e Peru (22.º lugar – 145). Da América Central, os

estudantes cubanos aparecem em 23.º lugar (141 estudantes).

Por último, do continente africano, para além dos países da CPLP mencionados

anteriormente ainda podemos assinalar a presença neste ranking da Guiné em 17.º

lugar (367 estudantes) e a África do Sul em 18.º lugar (339).

Em janeiro de 2014, à data de aprovação em Conselho de Ministros do Estatuto

do Estudante Internacional, o então Presidente do Conselho de Reitores das

Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, referia à imprensa que “as

apostas passam pelos países asiáticos, mas sobretudo, até por uma questão de

proximidade linguística, pela América do Sul”.49

Da análise dos dados dos estudantes estrangeiros a frequentar o ensino

superior em Portugal e das declarações do Presidente do CRUP propõem-se os

seguintes mercados como os potencialmente mais favoráveis à captação de

estudantes estrangeiros via EEI:

• Público da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)50;

• Público de países da América do Sul pela proximidade linguística;

• Público das comunidades portuguesas na diáspora (ex.: Estados Unidos,

Canadá, Venezuela, África do Sul);

• Público das comunidades com afinidade histórica com Portugal (ex.: Índia -

Goa, Damão e Diu - e Macau);

• Público das instituições ligadas ao ensino do português na China.

3.3.4 Análise de consumidor

Qualquer consumidor possui necessidades, motivações e preferências pessoais

relacionadas com a sua idade, personalidade, com a sua classe social, categoria

49

In “Estatuto do Estudante Internacional é positivo mas gera dúvidas”, DN, 24/01/2014. 50 Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné

Equatorial.

35

profissional, família, entre outras. Assim sendo, as variáveis que influenciam o

comportamento do consumidor podem ser agrupadas em:

• variáveis individuais (necessidades, motivações e atitudes);

• características dos indivíduos (personalidade, estilo de vida e imagem de si

próprio);

• variáveis sociológicas e culturais como as de grupo (grupos de referência,

líderes de opinião seguidos) e as de classe social que determinam o modo de

consumo, os locais de consumo e atitudes de diferenciação social pelo modo de

consumo.

Os candidatos aos cursos de licenciatura da FCSH/NOVA, ao abrigo do EEI, são

indivíduos que, na generalidade, se podem caracterizar por:

� Indivíduos com interesse em iniciar a sua formação académica ou universitária,

detentores de diploma de término de ensino secundário ou equivalente, bem

como alunos finalistas deste nível de ensino;

� Indivíduos com interesse em complementar/diversificar a sua formação

académica, com um curso de licenciatura a realizar em Portugal, ou seja, já são

possuidores de formação universitária realizada no seu país de origem;

� Relativamente às classes socioeconómicas, sendo a propina anual dos cursos de

licenciatura da FCSH/NOVA para o EI de 3.000 euros e tendo em consideração

que este estudante tem que fazer face a despesas de deslocação do seu país e

de custo de vida em Portugal, podemos estimar que os candidatos aos cursos

serão na sua maioria provenientes das classes A (Muito Alta), B (Alta), C1

(Média Alta), com expressão muito reduzida ou mesmo nula das classes C

(Média), C2 (Média Baixa) e D (Baixa).

� Indivíduos que valorizam e procuram a progressão e desenvolvimento

profissional através do aumento das qualificações académicas, com vista à

aquisição de novas competências profissionais.

A necessidade de segurança e de realização pessoal podem estar por detrás

desta motivação do indivíduo em prosseguir os estudos. O cidadão estrangeiro

poderá procurar formação prestada por instituições universitárias cuja

36

qualidade de ensino seja reconhecida internacionalmente e provavelmente de

nível superior às do seu país de origem, se avaliarmos, por exemplo, o universo

dos sistemas de ensino dos países de língua oficial portuguesa, uma vez que

todos são países em desenvolvimento ou economias emergentes como o Brasil.

� Predominância de cidadãos de países da CPLP, bem como indivíduos das

comunidades portuguesas na diáspora e comunidades com afinidade histórica

com Portugal, ainda que em países cuja língua oficial não seja o português

(Índia, China), uma vez que a avaliação do nível de português é um elemento da

candidatura51 e o ensino dos cursos de licenciatura é realizado em português.

3.3.5 Análise da concorrência

Os potenciais concorrentes ao nível nacional são instituições de ensino superior

(IES)52 na área das ciências sociais e humanas, as quais se dividem em dois universos:

13 IES públicas53 e 8 IES privadas. Foi feito um levantamento sumário da situação em

cada uma destas instituições que consta nas Tabelas VIII e IX. Apresentam-se de

seguida as principais comparações e resultados por grupo de IES.

3.3.5.1 – IES públicas

Após a publicação do EEI pelo Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março, todas as

IES públicas avançaram com a publicação do regulamento interno antes do início do

ano letivo 2014/15, de modo a conseguirem lançar ainda uma fase de candidaturas, à

exceção de três - a Universidade dos Açores54, do Minho55 e muito provavelmente a

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) pois não tem disponível online o

regulamento. Tal facto demonstra que estavam a aguardar com expetativa esta

possibilidade de recrutamento de alunos estrangeiros. A Universidade da Madeira é a

única que tem o regulamento disponível no website institucional em língua inglesa. Há

três universidades que só disponibilizam online o regulamento como despacho interno

(Universidade de Aveiro - UA, Universidade da Beira Interior – UBI e Universidade do

51

In Regulamento n.º 326/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante Internacional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, de 22 de julho de 2014, art.º 2.º, n.º 4, al. b. 52

Não se incluiu nesta análise as instituições do ensino politécnico. 53

A Universidade Aberta foi excluída desta análise pelo cariz do ensino – ensino em e-learning 54

In Regulamento 1137/2015, publicado em Diário da República a 3/02/2015. 55

In Despacho RT-55/2014, de 5 de dezembro.

37

Minho) e uma que não disponibiliza qualquer tipo de regulamento interno, a

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), publicitando em página web as

condições do concurso e disponibilizando uma publicação electrónica intitulada “Guia

para o Estudante Internacional” em inglês. A UTAD possui ainda um website autónomo

do website institucional em versão inglesa totalmente dedicado ao Estudante

Internacional.56 Relativamente à Universidade NOVA de Lisboa, a estratégia seguida foi

de descentralização e não há um regulamento da universidade, mas um regulamento

por Faculdade.

Quanto às candidaturas, estas são feitas online no website de 10 das 13 IES

públicas analisadas, à exceção da Universidade de Lisboa (ULisboa) e da NOVA que

remete para o website de cada Unidade Orgânica, e da U. Minho que só disponibiliza a

candidatura via presencial ou enviada via postal. A taxa de candidatura varia entre 20€

(Universidade da Madeira) e os 100€ (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas -

ISCSP – UL e Faculdade de Letras da Universidade do Porto - FLUP), sendo que na

Universidade do Algarve a candidatura é gratuita. A FCSH/NOVA cobra 70€ de taxa,

sendo esta inferior à do ISCSP - UL mas superior à praticada pelos outros dois

concorrentes em Lisboa, ainda não citados, que cobram 65€ (ISCTE) e 60€ (FLUL –

ULisboa). Houve três instituições que eram omissas quanto à taxa de candidatura.57

Relativamente às fases de candidaturas, seis das 13 IES possuem duas fases

durante o 2.º semestre do ano letivo em curso (U. Açores, U. Évora58, ULisboa, U.

Minho, U.Madeira, ISCTE); há três IES que possuem três fases de candidaturas onde se

inclui a FCSH/NOVA, a U. Algarve, a U. Coimbra e a U. Madeira; uma com quatro fases

(a UBI); a FLUP da U.Porto só tem uma fase de candidaturas e a UTAD não apresenta

informação.

Quanto ao período temporal em que as fases se desenrolam, as universidades

que começam mais cedo nesse 2.º semestre, ou seja em fevereiro, são a UBI e a

FCSH/NOVA, e as que possuem a primeira fase mais tardia são a U. Açores que começa

56

In http://study.utad.pt/index.php/home-en, 14 de agosto de 2015. 57

U. Açores, U. Évora e UTAD - Ver Tabela VIII 58

A U. Évora tem uma fase a que chama de pré-candidaturas a partir de 14/04/2015 em diante e uma fase de candidaturas de 6 a 31/07/2015 – integrei-a no grupo de universidades com duas fases de candidaturas, mas não quero deixar de referir esta particularidade.

38

a 28 de julho até 1 de setembro e tem a 2.ª fase de 9 a 16 de Setembro (14 vagas para

7 cursos) e a FLUP que tem a sua única fase de candidaturas a decorrer de 1 a 15 de

julho (110 vagas para 13 cursos). De salientar ainda os casos particulares de duas

universidades, designadamente:

� A UBI que possui quatro fases de candidaturas tem a 4.ª fase a iniciar-se a 14

de dezembro de 2015 e a terminar a 22 de janeiro de 2016, ou seja, já a cobrir

o fim do primeiro semestre do ano letivo seguinte e a terminar no início do 2.º

semestre desse ano letivo seguinte – tem fases que cobrem dois anos letivos

(ex.: 2014/15 – três fases durante o 2.º semestre; 2015/16 – uma fase que

apanha os dois semestres). O objetivo que transparece será o de captar os

alunos brasileiros que terminam o ensino secundário em dezembro. Os

resultados desta fase são publicados a 22 de janeiro, de modo a permitir o

ingresso no 2.º semestre (os alunos pagam somente metade - 2.500€ - da

propina anual). A UBI tem ainda um programa intitulado “Ano Zero” com um

custo adicional (75€ mensais por 10 meses), cujos objetivos são o de permitir o

contacto com o ensino superior português (inscrevem-se em unidades

curriculares dos cursos de licenciatura), preparar os estudantes para os exames

nacionais de acesso (Matemática A e/ou Física e Química A) e dotar os

estudantes estrangeiros do conhecimento da língua portuguesa. Está aberto a

candidatos que possam não ter concluído o ensino secundário. No ano

seguinte, estes estudantes podem candidatar-se ao concurso para estudantes

internacionais, sendo-lhes creditadas as unidades curriculares às quais

obtiveram aprovação no Ano Zero. Excetuam-se as UCs de Matemática e

Física/Química por não terem correspondência e por se tratar de um curso

preparatório. Para além desse Ano Zero, a UBI tem ainda um curso de língua

portuguesa com um custo adicional (100€ - acresce ainda a taxa de candidatura

online – 15€ - e a de inscrição – 25€).

� A U. Coimbra que possui três fases de candidaturas tem a 1.ª fase a começar no

final do 1.º semestre, ou seja, de 1 de dezembro de 2014 a 19 de janeiro de

2015. Esta fase possibilita igualmente captar o interesse de candidatos

brasileiros, mas a U. Coimbra não tem disponível um curso específico de

39

preparação até ao início do ano letivo seguinte. Possui somente um curso anual

de língua portuguesa, de setembro a maio, com um custo adicional de 750

euros por semestre.

Há seis IES que definiram provas de ingresso a realizar na própria instituição:

a) Na U. Aveiro estão previstas provas de ingresso de Português, Inglês, Aptidão

Musical para o Curso de Música e uma prova de outra língua (alemão, francês

ou espanhol) para o curso de Tradução, mas a universidade prevê também

isenções (ex.: ENEM – alunos do Brasil; GAOKAO – alunos chineses, etc);

b) A UBI prevê provas de ingresso como Redação, Ciências Humanas e suas

Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, bem como uma prova de

português para quem não entregue o certificado que comprove o nível B2

(nível máximo de utilizador independente do QECRL) e não tenha feito o ensino

secundário em língua portuguesa;

c) Na ULisboa – cada unidade orgânica pode prever provas de ingresso: a FLUP

não prevê; o ISCSP prevê provas de História, Geografia ou Português (vale 60%

da pontuação final) e uma entrevista (40% da pontuação final);

d) A U. Minho realiza provas de ingresso consoante os cursos e o tipo de

candidato (aluno brasileiro com o ENEM59 e aluno que seja titular do ensino

secundário português) de 20 a 24 de julho, logo a seguir ao término da 2.ª fase

de candidaturas (15 de julho), depreende-se que só haja um edital de

resultados e que os candidatos à 1.ª fase (7/03 a 15/04/2015) fiquem a

aguardar pela realização das provas;

e) Na U. Madeira, o regulamento prevê “a possibilidade de exames realizados pela

Universidade para verificação da qualificação académica específica para acesso

e ingresso no ciclo de estudos pretendido”60;

f) No ISCTE-IUL está prevista avaliação documental e/ou provas (escritas e/ou

orais) a determinar pela Direção de cada Escola (ex.: História, Português).

59

ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio (Brasil) – prova de seleção no final do ensino secundário para acesso às universidades públicas federais. 60

In Regulamento n.º 236/2014, 12 de junho de 2014, art.º 4, n.º 1, alínea d), item v).

40

Quanto ao valor da propina anual, quase todas as IES (9), possuem propinas

superiores para os cursos na área das ciências sociais e humanas à propina anual

cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€), à exceção de alguns cursos da Universidade do

Algarve (propina anual de 1.750€, mas aplica a outros o valor de 4.000€). A U. Açores

não apresenta informação sobre a propina anual no website e a UTAD só apresenta

valores para dois cursos de engenharia lecionados em inglês (6.500€). Das 9 IES com

preços superiores, a que se situa imediatamente a seguir à FCSH/NOVA é o ISCSP com

propina anual de 3.500€ e a que apresenta a propina mais elevada é a U. Coimbra com

propina anual de 7.000€. As IES da área de Lisboa, principais concorrentes da

FCSH/NOVA praticam os seguintes valores de propina anual para o EI: 3.500€ (ISCSP),

4.000€ (FLUL) e 5.500€ (ISCTE-IUL).

Há ainda cinco IES que publicitam incentivos ou descontos no valor da propina:

a) a U. Porto que pratica um desconto de 50% na propina anual para estudantes

provenientes dos PALOPS, o que aplicado à FLUL (4.000€ de propina anual para o EI)

provoca uma redução para os 2.000€, valor que fica abaixo do praticado pela

FCSH/NOVA; b) a U. Algarve não cobra taxa de candidatura e refere que os candidatos

seriados com as melhores classificações ficam habilitados a beneficiar de uma

anuidade reduzida, no valor de 1.000€ (não aplicável a todos os cursos) c) a U. Aveiro

poderá atribuir bolsas que permitem aos estudantes internacionais o pagamento de

uma propina de montante equivalente à propina nacional, de acordo com os

mecanismos de incentivo à inscrição de estudantes internacionais previstos pela

Direção Geral do Ensino Superior; d) a UBI anuncia a atribuição de bolsas para alunos

de licenciatura fixadas anualmente e que permitem que os EI paguem uma anuidade

igual à paga pelos estudantes portugueses (1.037,20€.; e) a FCSH/NOVA menciona

somente em edital que existe a possibilidade de se obter desconto de modo a que o EI

pague somente 1.000€ de propina – estudantes 1.º ano/1.ª vez; poderá manter-se o

incentivo se houver mérito escolar. A U. Coimbra e a U. Minho referem a possibilidade

do EI concorrer a bolsas de mérito mas abertas a toda a comunidade estudantil.

Relativamente ao nível de proficiência na língua portuguesa ou outra, seis IES

referem o nível B2 de português como requisito, onde se inclui a FCSH/NOVA (UBI, U.

Coimbra, ULisboa e ISCTE-IUL). De salientar que a U. Coimbra não impede a

41

candidatura de estudantes com nível B1, desde que se comprometam a frequentar um

curso anual de língua portuguesa, tal como a ULisboa que prevê que caso o estudante

não tenha o nível B2, o tenha que adquirir até à conclusão do grau que está a

frequentar. O ISCTE-IUL só anuncia o curso de gestão como sendo lecionado nas duas

línguas (português e inglês); toda a oferta letiva de 1.º e 2.º ciclos é lecionada em

português.

A U. Açores também refere o nível B2 mas quer para o português como para o

inglês, fazendo a ressalva que é em função do idioma de lecionação do curso a

frequentar, idioma esse definido anualmente. A U. Minho refere o B2 quer para a

língua portuguesa como inglesa, mas em simultâneo explícita no website que todos os

cursos são lecionados em português.

A U. Algarve refere quer o nível B1 quer o B2 para o português e o inglês,

também referindo que anualmente é definido o idioma de lecionação dos cursos.

São duas as IES que referem o nível B1 de português (U. Aveiro e U. Évora).

A U. Porto refere que não impõe requisitos de língua obrigatórios aos

estudantes internacionais, contudo clarifica que a maior parte das disciplinas são

lecionadas em português. A FLUP refere no seu website o nível B1 de uma das

seguintes línguas: português, espanhol, francês ou inglês.

As universidades que são omissas a níveis de competência linguística são: a U.

Madeira que no regulamento do EEI refere somente que o candidato deve ter

competência linguística na língua ou línguas em que o ciclo de estudos será

ministrado61; e a UTAD que refere a possibilidade em ingressar nos cursos quer o

candidato possua conhecimentos de língua portuguesa, quer de língua inglesa.

Quanto a formação complementar, para além da referida anteriormente sobre

o Ano Zero e o curso de português para estrangeiros da UBI e o curso anual de língua

portuguesa da U. Coimbra, importa ainda destacar que mais oito IES prevêem cursos

de português com custo adicional. A U. Açores e a U. Algarve para além do curso de

português, também providenciam cursos de inglês de modo a que os estudantes

possam atingir o nível B2 (U. Açores) ou o B1 e B2 (U. Algarve), caso seja nessa língua

61

In Regulamento n.º 236/2014 de 12 de junho de 2014, art.2, n.º 5, al. b).

42

que pretendam efetuar o curso. A U. Porto disponibiliza um curso anual e um curso

intensivo de português. A UTAD apelida de Ano Zero a formação em língua portuguesa

que disponibiliza para quatro níveis, do A1 até ao B2.

A U. Minho publicita um curso de Preparação para Acesso ao Ensino Superior

dos EI que visa proporcionar as ferramentas e os conhecimentos específicos

necessários para o ingresso num curso de licenciatura, o aprofundamento do nível

cultural, prestar informações relativas à organização e funcionamento dos cursos, bem

como as saídas profissionais existentes, com o objetivo de clarificar opções e de

reorientação vocacional. Não disponibiliza a duração do mesmo nem o preço na página

online. As candidaturas para o curso de preparação do ano letivo 2015/16 decorreram

de 27/07 a 28/08/2015.

Por fim, é pertinente referir a estratégia de divulgação através do website

institucional de cada IES: a) 12 IES62 têm uma estratégia de comunicação centralizada

no website da Universidade com a oferta letiva de todas as UOs e os valores de

propina diferenciados por curso, os procedimentos de candidatura e as informações

gerais sobre a instituição, sobre a cidade e país, sobre formação complementar, caso

exista, e do nível de língua(s) exigido, remetendo para cada UO sempre que se

justifique ou haja informações específicas definidas por essa UO (ex.: U. Lisboa); b) três

possuem link direto para o Estudante Internacional na homepage (U. Minho, U. Porto e

ISCTE-IUL); nas restantes o acesso realiza-se via separadores da homepage como, por

exemplo, “Condições de Acesso” (U. Algarve), “Ensino” (U. Aveiro), “Candidatos” (UBI,

NOVA), “Estudar” (ULisboa). A UTAD possui um site único em língua inglesa com toda a

informação.

Há universidades que disponibilizam perfis diferenciados por Candidato

Internacional:

� A U. Algarve tem um perfil para Estudantes Brasileiros, cujas páginas estão

escritas em português do Brasil;

� A U. Aveiro tem perfil para Estudantes Brasileiros, Chineses (mas a página está

em português), Colombianos e um perfil para “Outros países”; os conteúdos

62

Excetua-se a Universidade NOVA de Lisboa – ver secção 3.5.4 Comunicação, pág. 54.

43

para além de estarem em português, estão em inglês e espanhol, uma vez que

o website institucional tem essas duas versões em línguas estrangeiras; possui

uma secção de perguntas frequentes com uma parte intitulada “Perguntas dos

Pais”;

� A UBI tem perfil para Estudantes Brasileiros (com um blogue e página de

Facebook – Brasileirosnacovilha), PALOP e Timor-Leste, Chineses (em chinês) e

Outros países (conteúdos em inglês)

� A U. Coimbra tem perfil para Estudantes Brasileiros (conteúdo em português do

Brasil), Chineses (conteúdo em chinês) e Candidatos Internacionais (conteúdos

em português e em inglês, uma vez que o website tem as duas versões), todos

estes com link direto na homepage; disponibilizam um atendimento telefónico

com horário específico (das 16h às 18h – hora de Portugal) e um n.º de telefone

direto;

Os vídeos promocionais de apresentação da instituição e da cidade onde a IES

está localizada são muito utilizados (9 IES) e na U. Aveiro e na UBI existem também

vídeos com testemunhos individuais (ex.: alunos provenientes de Angola, S. Tomé e

Príncipe, Índia, Ucrânia).

Vale ainda a pena mencionar a iniciativa de Buddy Mentoring anunciada pelo

ISCTE-IUL e que permite aos atuais alunos portugueses, mediante inscrição, poderem

acompanhar um estudante estrangeiro no início da sua estadia, apoiando-o na visita

ao campus, à cidade, na eventual procura de alojamento e na integração na turma do

curso e nas atividades académicas. Se um EI não pretender ter um Buddy, deve

informar a instituição no processo de candidatura.

3.3.5.2 IES privadas

Das oito IES privadas, somente três avançaram com a publicação do

regulamento interno do EEI antes do início do ano letivo 2014/15, de modo a

conseguirem lançar ainda uma fase de candidaturas (Universidade Autónoma de

Lisboa – UAL, Universidade Católica Portuguesa – UCP e Universidade Lusíada), duas

publicaram o regulamento em 2015 (o ISPA - Instituto Universitário de Ciências

Psicológicas, Sociais e da Vida – ISPA-IU e a Universidade Lusófona) e três não possuem

o regulamento disponível online (Universidade Atlântica, Universidade Europeia e

44

Universidade Fernando Pessoa). De assinalar que somente uma, a Universidade

Fernando Pessoa não tem qualquer referência ao concurso do EI nem informação

relacionada quando se efetua pesquisa no website da instituição, pelo que o universo

desta análise passa a contar com sete IES privadas nas informações que se seguem.

Quanto às candidaturas, estas são feitas online nas sete IES privadas, à exceção

da UCP que só prevê a candidatura online no pólo do Porto, sendo que nos pólos de

Braga, Viseu e Lisboa a candidatura é realizada por e-mail com os documentos

necessários em anexo. A taxa de candidatura varia entre 50€ (ISPA-IU) e 200€ (U.

Atlântica, UCP e U. Lusíada), sendo que a U. Lusófona não cobra taxa de candidatura e

a U. Europeia não apresenta valores no website.

Relativamente às fases de candidaturas, a U. Atlântica possui uma fase (1/07 a

18/09 com provas de ingresso de 20 a 24/07), quatro IES privadas possuem duas fases

(UAL, UCP, ISPA-IU e U. Europeia) e U. Lusófona possui cinco fases que decorrem de

12/03 a 28/09/2015. Todas as sete IES privadas possuem provas de ingresso ou

internas, sendo que a UCP prevê a aceitação de “prova equivalente” e o ISPA-IU para

além das provas prevê a realização de entrevista aos candidatos. De destacar o facto

da U. Lusíada possuir o maior número de provas (13), todas concentradas na 1.ª

semana de setembro de 2015, após o término da primeira e única fase de

candidaturas.

Quanto ao valor da propina anual, seis IES privadas possuem propinas

superiores para os cursos na área das ciências sociais e humanas à propina anual

cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€). Os valores mais altos são praticados pela

Universidade Lusófona (ex.: 4.161€ - curso de sociologia) e a U. Atlântica com cursos

cuja propina varia entre os 3.000€ e os 4.500€. A U. Europeia não disponibiliza valores

e a U. Lusíada e o ISPA-IU não praticam valores diferenciados para os EI dos que

praticam para candidatos nacionais63. Relativamente a descontos, somente duas IES

praticam 3,5% de desconto com o pagamento total da propina no ato da matrícula (U.

Atlântica e UAL, sendo que esta última está com uma campanha transversal a qualquer

aluno em que oferece 50% de desconto na propina).

63

Os valores disponíveis online são por unidade curricular.

45

Quanto ao nível de proficiência na língua portuguesa, duas IES não especificam

o nível (ISPA-IU e a U. Lusófona), duas mencionam o B1 (U. Atlântica e a U. Europeia) e

três o B2 (UAL, UCP e U. Lusíada). Contudo, a UAL e a U. Lusíada permitem a

candidatura com o B1, desde que o estudante realize um curso de português para

atingir o nível B2. A U. Lusíada refere ser obrigatório atingir o nível B2 para o estudante

poder transitar para o 2.º ano de licenciatura.

Quanto a formação complementar, não há programas específicos a referir, a

não ser que a UAL e a U. Lusíada possuem cursos de português para estrangeiros.

Por fim, é pertinente referir a estratégia de divulgação através do website

institucional: a) seis IES privadas têm uma estratégia de comunicação centralizada no

website da Universidade com a oferta letiva de todas as áreas e os valores de propina

diferenciados por curso, os procedimentos de candidatura, sobre formação

complementar, caso exista, e do nível de língua(s) exigido; somente a Universidade

Lusíada possui uma estratégia de comunicação descentralizada pelos três pólos

(Lisboa, Porto e Vila Nova de Famalicão); b) duas possuem link direto para o Estudante

Internacional na homepage (UCP e U. Lusófona); nas restantes cinco o acesso realiza-

se via separadores da homepage como, por exemplo, “Estudante” (U. Atlântica), “Área

do Candidato” (UAL, ISPA-IU), “Internacional” (U. Europeia), “Ingresso” (U. Lusíada).

Somente a UCP possui perfis diferenciados por Candidato Internacional,

designadamente Candidato Brasileiro, Candidato de outras nacionalidades e Candidato

da U.E. (esclarecendo que neste perfil não se aplica o EEI).

Na área dos conteúdos online do EI não são utilizados vídeos promocionais de

apresentação da instituição e da cidade onde a IES privada está localizada, nem vídeos

com testemunhos (só no site da U. Europeia foi encontrado um vídeo com testemunho

de um estudante estrangeiro mexicano). Quando existem vídeos institucionais, estes

estão na homepage da instituição como apresentação a todo o visitante (U. Lusófona,

UAL).

3.4 Posicionamento e segmentação

No que diz respeito ao posicionamento da unidade orgânica, FCSH/NOVA, esta

assume-se como a instituição de ensino superior em Portugal que agrega o ensino e a

46

investigação de ciências sociais e de ciências humanas, coexistência essa que permite

uma interdisciplinaridade invulgar no ensino universitário português. Outros dois

traços distintivos são: a cultura de escola em que a proximidade entre os estudantes e

os docentes é uma característica quase única no ensino superior nacional; e a

existência de uma forte massa crítica ao nível da investigação desenvolvida por 16

centros, destes quatro foram classificados com Excelente e oito com Muito Bom na

avaliação realizada em 2015 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). O

posicionamento pode espelhar-se em síntese como: “Uma Faculdade interdisciplinar

que promove a construção do conhecimento em conjunto”.

A segmentação dos clientes pode ser realizada por variáveis sociodemográficas

e económicas, combinadas com variáveis psicográficas (desejos, personalidade,

necessidades, estilo de vida).

No mercado internacional, o segmento de potenciais alunos que os cursos de

licenciatura da FCSH/NOVA podem captar segundo a análise de consumidor realizada

(secção 3.3.4), possui as seguintes características:

� Indivíduos com domínio da língua portuguesa; maior predomínio de potenciais

clientes vindos dos países de língua oficial portuguesa;

� Habilitações: indivíduos detentores de diploma de término de ensino

secundário ou equivalente; ou indivíduos com grau de licenciatura realizada no

seu país de origem, com interesse em complementar/diversificar a sua

formação académica;

� Idade: ≥ 18 anos de ambos os sexos (idade de término do ensino secundário);

� Classes socioeconómicas: classes A (Muito Alta), B (Alta) e C1 (Média Alta);

� Situação profissional: não inseridos na vida ativa com total disponibilidade para

o ensino presencial;

� Indivíduos que valorizam e procuram a progressão e desenvolvimento

profissional através do aumento das qualificações académicas obtidas em

instituições de ensino superior estrangeiras, com maior prestígio e reconhecida

qualidade de ensino a nível internacional.

47

3.5 Marketing Mix

A análise que se segue dos quatro Ps do marketing (product/service, price,

place, promotion), procura igualmente refletir a passagem do marketing puramente

transacional para o marketing relacional, integrando na reflexão e abordagem os

quatro Cs do marketing (product/service - customer needs/wants; price - cost to

costumer; place – convenience; promotion – communication). A estes quatro Ps, visto

estarmos a analisar a área dos serviços, acrescentam-se outros três: processo

(process), pessoas (people) e evidências físicas (physical evidences).

3.5.1 Prestação de Serviço

No ponto 3.1.2 intitulado “Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas)”

apresentou-se a oferta dos 14 cursos de licenciatura que atualmente são oferecidos

pela FCSH/NOVA. Para além do serviço básico, o ensino em português destes cursos

conferentes de grau de licenciatura, organizados de acordo com o Processo de

Bolonha (cursos de licenciatura de três anos – 180 créditos ECTS64), os planos de

estudo estão construídos numa perspetiva multidisciplinar que permite complementar

a formação de base com outras possibilidades: a) unidades curriculares isoladas ou

organizadas em minors de outros departamentos da Faculdade, de outras faculdades

da NOVA ou de outras IES nacionais ou estrangeiras com as quais haja protocolo

(Erasmus+, bolsas Santander, Almeida Garret ou protocolos de intercâmbio); b)

voluntariado curricular; c) estágio curricular.

Do ponto de vista da análise dos níveis da oferta, há todo um conjunto de

condições esperadas que podem ser prestadas para além do nível básico do serviço, ou

desenvolvidas para responder aos desejos e superar as expetativas dos estudantes

(nível ampliado do serviço). Quando são acrescentados atributos inovadores que

demonstram evolução e diferenciação face aos concorrentes, a instituição está a

posicionar-se no nível potencial do serviço.65 De seguida, enumeram-se várias

valências e atividades desenvolvidas atualmente pela instituição e que poderão ser

alargadas aos estudantes internacionais ou repensadas para, de certa forma, os incluir.

64

ECTS - European Credit Transfer System. 65

Diagrama de Levitt, 1986, in Rodriguez, M. e Ferrante, R. A. J., 2000.

48

As UC são oferecidas essencialmente em português, mas existe oferta curricular

lecionada em inglês, programada por ano letivo (cerca de 25 UC distribuídas pelos três

ciclos de estudos).66

Ministrado em língua inglesa, existe ainda o programa “Language+Culture” com

seminários sobre história, cultura e língua portuguesa, prestado anualmente a cerca de

40 alunos dos EUA que frequentam a Faculdade ao abrigo da parceria com o Council

for International Educational Exchange (CIEE).67 A FCSH é a única instituição de ensino

superior portuguesa com um acordo com o CIEE, uma organização, fundada em 1947,

cujo objetivo é a promoção do intercâmbio de jovens universitários norte-americanos,

assegurando-lhes uma experiência cultural e de ensino enriquecedora.

A Faculdade possui ainda um curso de verão de língua e cultura portuguesas

para estrangeiros, organizado pelo Departamento de Linguística, lecionado no mês de

julho e com atividades culturais. Este Departamento é igualmente responsável por

cursos intensivos, cursos semestrais e aulas individuais.68

A Área de Serviço aos Alunos promove várias atividades de acolhimento aos

estudantes Erasmus que passam por um Welcome Meeting no início de cada semestre,

que consiste numa sessão de apresentação dos serviços da Faculdade, da Associação

de Estudantes e dos núcleos e atividades académicas. É organizado um jantar convívio

no espaço da cantina e oferecido um brinde a cada estudante com o logótipo impresso

(ex.: saco para livros, carregador portátil de baterias de telemóvel, etiqueta para mala

de viagem). Estas atividades de acolhimento podem ser alargadas para os estudantes

estrangeiros que entrem via EEI.

Os estudantes estrangeiros usufruem de alimentação a preços subsidiados nas

cantinas dos Serviços de Ação Social da NOVA (SASNOVA), bem como de acesso ao

alojamento em residências dos SASNOVA, mediante o número de vagas, e

possibilidade de participar nas atividades desportivas organizadas ao nível dos SAS. Os

estudantes que entrem via EEI têm acesso a estas condições.

66

In http://fcsh.unl.pt/internacionalizacao/formacao-internacional/english-curricula, 6 de novembro de 2015. 67

In http://fcsh.unl.pt/internacionalizacao/mobilidade/ciee-council-for-international-educational-exchange, 6 de novembro de 2015. 68

In http://www2.fcsh.unl.pt/clcp/, 6 de novembro de 2015.

49

A sala do centro de informática está aberta nos dias úteis das 9h às 22h e ao

sábado até às 18h, o que permite a realização de trabalhos e estudo nas instalações da

Faculdade em horário alargado. A biblioteca também tem um horário alargado em

período letivo das 8h30 até às 20h durante a semana e aos sábados das 9h30 às 15h.

Existem ainda cinco salas de estudantes distribuídas pelo campus com horário

alargado até às 18h aos sábados e a funcionar durante os dias úteis até às 00h00. Os

alunos podem contar ainda com parte do refeitório (Torre B, Piso 0) acessível entre as

15h00 até às 8h00 da manhã durante a semana, e até às 18h00 ao sábado.

Para além da associação de estudantes com os seus núcleos promotores de

várias iniciativas, existem ainda vários outros grupos que promovem atividades

extracurriculares como um grupo de teatro, de ambiente, de programação

cinematográfica, um grupo de debate, uma tuna, entre outros.69

3.5.2 Preço

A taxa de candidatura é de 70€ e pode ser paga via transferência bancária,

multibanco ou presencialmente na tesouraria em cheque ou numerário.

A propina dos cursos de licenciatura da FCSH/NOVA para o EI é de 3.000,00€70

por ano, enquanto que o valor anual dessa mesma propina para o aluno que ingressa

via concurso nacional de acesso é de 1.063,47€71, o que significa um aumento do valor

de propina anual na ordem dos 282%.

A FCSH/NOVA instituiu várias modalidade de pagamento da propina anual: a)

na totalidade no ato da inscrição; b) em duas prestações de 1.500€, uma no ato da

inscrição em setembro/outubro, outra até 30 de março do ano civil seguinte ao da

inscrição; c) em seis prestações de 500€ até 30 de abril do ano civil seguinte ao da

inscrição. Os estudantes terão ainda que pagar na inscrição o seguro escolar (2€) e

uma taxa de inscrição (35€).

O pagamento da propina é realizado nas caixas multibanco ou presencialmente

no serviço de Tesouraria. A gestão dos pagamentos das propinas e taxas adicionais é

69

In http://fcsh.unl.pt/associativismo-na-fcsh/associativismo-na-fcsh, 6 de novembro de 2015. 70

In Regulamento de propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado (1.º Ciclo), Despacho n.º 32/2015, 16 de julho de 2015. 71

Idem.

50

feita através de consulta da secretaria virtual pelos alunos, disponível online na

intranet da FCSH/NOVA.

A FCSH/NOVA instituiu ainda um incentivo à candidatura através da redução da

propina anual em 1.000€ com base no desempenho académico ou da classificação de

término do ensino secundário ou equivalente, em vigor a partir do ano letivo 2015/16;

medida instituída para captar os melhores alunos estrangeiros finalistas do ensino

secundário ou equivalente e para promover a permanência dos melhores alunos

estrangeiros que entraram via EEI que já frequentem os cursos de licenciatura.

Contudo, este incentivo não é publicitado com destaque na página online do EI,

está somente referido no Edital de Abertura do Concurso (documento para download)

e a sua atribuição está sujeita aos seguintes critérios:

- até 50% do número de vagas fixadas para cada curso para os estudantes

internacionais; desta percentagem, 30% dos incentivos serão atribuídos a estudantes

dos PALOP e 20% a estudantes provenientes de outros países que se enquadrem na

figura do estudante internacional;

- depende da seriação dos candidatos a realizar pelo júri nomeado pelo

Conselho Científico da FCSH/NOVA e só incide nos candidatos que tenham comunicado

por e-mail ao Núcleo de Cooperação e Relações Internacionais (NCRI) o interesse no

incentivo;

- a manutenção do incentivo de redução da propina depende do

aproveitamento académico, o qual deve permitir que o aluno possa concluir o ciclo de

estudos dentro do período da sua duração normal.

Se na primeira fase de candidaturas, o número de estudantes objeto de

incentivos atribuídos corresponda a 50% do número de vagas fixadas para estudantes

internacionais para um dado curso, não há lugar a atribuição de incentivos na 2.ª e 3.ª

fase de candidaturas.

Em relação à propina anual dos outros cursos de licenciatura na área das

ciências sociais e humanas, oferecidos pelas universidades públicas via concurso do EI,

os dados foram já apresentados na secção “3.3.5 – Análise da Concorrência”. Em

síntese, quase todas as IES públicas (9 das 13 analisadas), possuem propinas superiores

à propina anual cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€), à exceção de alguns cursos da

Universidade do Algarve (propina anual de 1.750€, mas aplica a outros o valor de

51

4.000€). As IES públicas da área de Lisboa, principais concorrentes da FCSH/NOVA,

praticam os seguintes valores: 3.500€ (ISCSP), 4.000€ (FLUL) e 5.500€ (ISCTE-IUL).

3.5.3 Distribuição e processo

A cadeia de distribuição define-se como B2C (Business to Consumer) ou de

vendas diretas, o produtor do serviço presta-o diretamente ao consumidor. Os cursos

de licenciatura são fornecidos pela FCSH/NOVA diretamente ao consumidor sem

qualquer mediação.

A FCSH/NOVA é a responsável pela prestação do ensino presencial, produção e

disponibilização de conteúdos na plataforma de campus virtual para apoio ao ensino

presencial e em regime de e-learning, bem como pela avaliação dos alunos, mas é

igualmente responsável pelo seguimento pedagógico e interação/tutorias (funções

adicionais). Uma vez inscritos, os alunos podem aceder à plataforma de gestão de

conteúdos Moodle72 quer via website, quer via intranet da FCSH. A plataforma

Moodle, software open source e de acesso gratuito é, assim, o LMS (Learning

Management System) escolhido pela instituição.

O website oficial73 é o local de publicitação dos cursos (objetivos e estrutura

curricular), os quais estão igualmente publicitados no website da Universidade NOVA

de Lisboa, em Guia de Cursos.74

O processo de candidatura aos cursos de licenciatura ao abrigo do concurso do

Estudante Internacional está descrito no website da Faculdade, no separador

Admissões75, na área Estudante Internacional (entrada permanente na homepage

através de botão). O concurso possui três fases de fevereiro a setembro e a

candidatura pode ser feita à distância através de preenchimento de formulário online

no portal de candidaturas. Os documentos necessários são: a) fotocópia do Cartão de

Identificação/Passaporte; b) documento comprovativo da conclusão do ensino

72

“A Moodle - Modular Object-Oriented Dynamic Learning - constitui uma Plataforma de e-Learning de acesso livre. Refere-se a um sistema virtual de gestão de aprendizagem que disponibiliza um conjunto de recursos variados tendo em vista proporcionar a criação de contextos electrónicos de aprendizagem, nomeadamente de natureza colaborativa. Foi criada em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas e é atualmente uma das plataformas de e-Learning mais difundida e utilizada”, in website oficial da Universidade Aberta. 73

In www.fcsh.unl.pt, 6 de novembro de 2015. 74

In www.unl.pt/guia/2015, 6 de novembro de 2015. 75

In http://fcsh.unl.pt/internacional/admissoes, 6 de novembro de 2015.

52

secundário português ou equivalente ou documento comprovativo da conclusão do

Ensino Médio ou de outra habilitação de acesso ao ensino superior no país de origem,

validado pelas entidades oficiais (Ex.: Consulado de Portugal, no estrangeiro, ou

Direção-Geral do Ensino Superior, em Portugal); c) carta de intenções (em Português);

d) declaração de honra.

Está estabelecida uma prova de aferição do nível de proficiência em português,

escrita e/ou oral (nível mínimo de acesso: B2 do QECRL). As provas serão adaptadas às

condições particulares do estudante no momento da candidatura, nomeadamente

através de videoconferência.

Há candidatos que se encontram dispensados de realização destas provas: a)

candidatos que tenham concluído o ensino secundário/ou equivalente em países de

língua oficial portuguesa; b) candidatos que tenham concluído o ensino secundário ou

o equivalente em Portugal ou em escola que ministre o ensino em português no

estrangeiro; c) qualificação específica para ingresso no ensino superior, nas matérias

correspondentes às das provas de ingresso fixadas para a licenciatura a que se

candidata.

Os critérios de seriação passam pela classificação do ensino secundário no país

de origem, quando convertida para nota na escala de classificação portuguesa e a

avaliação da carta de intenções. O júri é nomeado pelo Conselho Científico da

Faculdade. A classificação de candidatura é composta por: 80% da classificação final do

ensino secundário — convertida proporcionalmente à escala de 0 a 200 sempre que

expressa em outras escalas —, 20% da valoração atribuída à carta de intenções.

No concurso para o ano letivo 2015/16, o n.º total de vagas foi de 149,

distribuídas na medida de 10% do numerus clausus para cada curso de licenciatura.

O NCRI é o serviço que presta um atendimento personalizado e apoio aos

candidatos, via e-mail específico ([email protected]) ou telefone direto.

53

3.5.4 Comunicação

Os dados recolhidos no inquérito RAIDES76 aos novos alunos da FCSH/NOVA

revelam que os alunos que se inscreveram no 1.º ano/1.ª vez nas licenciaturas no ano

letivo 2014/1577 indicam os antigos alunos e amigos (50,60%) como o meio mais

mencionado quando questionados sobre como tomaram conhecimento da oferta

formativa, seguido da família (21,60%), da publicidade online (21,20%) e das redes

sociais (19,64%)78. Quando o meio é a publicidade online, os anúncios no Facebook são

referidos por 11,93%, seguidos da página Fórum Estudante – Salão Virtual com 4,70% e

do Expresso online com 3,98%.79 Nas redes sociais, o Facebook destaca-se com 50%,

seguido do Youtube com 9,76%.80

Quanto à Internet como meio de tomar contacto com a instituição81, os 830

novos alunos de licenciatura, que preencheram o inquérito, referiram a utilização das

pesquisas no motor de busca Google (41,20%), o website da Faculdade (40,36%) e a

página da FCSH na wikipedia (6,02%).

A FCSH/NOVA assumiu essencialmente uma estratégia de marketing digital

para a promoção dos cursos de licenciatura e das candidaturas através do EEI, em 2014

e 2015. As ações de divulgação passaram pelos seguintes canais:

� Website – botão de entrada permanente na homepage intitulado “Estudante

Internacional” que dá acesso a várias páginas com informação sobre os cursos,

as condições de admissão, sobre Lisboa (com vídeos do Turismo de Lisboa),

visto e autorização de residência, seguro de saúde e existe ainda um separador

específico com informação para o estudante brasileiro (escrito em português

do Brasil e informação sobre a conversão da nota do ENEM – exame de término

do ensino secundário); a landing page desta área possui uma breve

apresentação da instituição, dois testemunhos de alunos estrangeiros, ligação a

76 Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior – é um inquérito que tem como

finalidade a recolha de informação estatística, de todos os inscritos e diplomados no ensino superior, no âmbito das atribuições desenvolvidas pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). 77

830 inquéritos respondidos por alunos de licenciatura 1.º ano/1.ªvez. 78

Gráfico V – “Obteve Informação sobre a Faculdade através de?”, Inquérito RAIDES 2014/15. 79

Gráfico VI – “Como obteve informação: Publicidade Online”, Inquérito RAIDES 2014/15. 80

Gráfico VII - “Como obteve informação: Redes Sociais”, Inquérito RAIDES 2014/15. 81

Gráfico VIII – “Como obteve informação: Internet”, Inquérito RAIDES 2014/15.

54

factos e números, e um vídeo promocional com testemunhos de alunos

estrangeiros; nas fases de candidatura, o carrossel do site apresenta um banner

sobre o EI e o rodapé dos vídeos também dá destaque ao vídeo promocional;

os conteúdos estão disponibilizados em versão portuguesa e inglesa;

� Redes sociais82: campanhas de posts durante as três fases de candidaturas na

página oficial da Faculdade e anúncio pago na 1.ª fase de 19 de março a 9 de

abril de 2015 (20 dias) – 2.489 pessoas alcançadas (destas 1.613 do Brasil, 410

da Venezuela e 294 de Moçambique) e 2.089 cliques;

� Google AdWords: anúncio pago durante a 1.ª fase de 20 de março a 16 de abril

de 2015 (28 dias) com 3.066 cliques (2.198 – Brasil; 438 – Moçambique; 317 –

Angola);

� Website Reitoria: presença permanente no Guia de Cursos da NOVA -

homepage do website da Universidade NOVA de Lisboa (ambas disponíveis em

português e inglês); referência ao Estudante Internacional na página do

Candidato com o regulamento da FCSH/NOVA e das outras Unidades Orgânicas

(só pdf – não existiu link para as páginas das UOs relativas ao EI onde consta

informação mais detalhada sobre os cursos e processo de candidatura);

� Outros portais: Presença no Salão Virtual do website da Revista Fórum

Estudante e no portal europeu EUStudyPortal;

� Mailing: foi concebido um e-mail marketing para entidades externas chave (ex.:

embaixadas, associações, imprensa internacional e escolas secundárias

privadas dos países de língua oficial portuguesa) bem como para os alunos da

Faculdade com nacionalidade estrangeira, mas este envio não foi realizado por

não se ter concluído o levantamento dos contactos de e-mail. Foi contudo

enviado esse e-mail marketing aos docentes da Faculdade para terem

conhecimento do concurso a decorrer e com pedido para divulgarem nas suas

redes de contactos e a potenciais interessados.

82

Criação em maio de 2011 de presenças institucionais no Facebook (15.080 amigos – página institucional; 2.085 amigos – página institucional para novos alunos destinada a alunos do secundário e candidatos), Twitter (1.028 seguidores), LinkedIn (2.216 seguidores), Google + (350 seguidores) e YouTube (443 subscritores) - Dados nas redes sociais da FCSH/NOVA à data de 21 de setembro de 2015.

55

Outras ações promocionais a registar, prendem-se com a publicação de três

anúncios em imprensa escrita:

� Reportagem no jornal 24 Horas de Newark83, jornal da comunidade emigrante

portuguesa em Newark, New Jersey (EUA) e na revista Africa Today – de Angola

para o Mundo84, revista mensal bilingue, edição em português e em inglês,

aborda os principais temas da atualidade angolana (ambas presenças gratuitas,

através de envio de comunicado de imprensa);

� Publicação de anúncio pago, com espaço para reportagem sobre um projeto de

investigação na área dos transportes marítimos, na revista Mobilidade85 (versão

impressa e online) - Edição de maio/junho 2015, distribuída às autoridades e às

empresas dos PALOP´s – principalmente Angola e Moçambique (300

exemplares), nos aviões da TAAG – Linhas Aéreas de Angola (1.500

exemplares), assim como, em vários postos de vendas nos países referidos

(1.200 exemplares). A tiragem total é de 3.000 exemplares.

Por último, uma síntese do que consiste a estratégia de divulgação da NOVA,

que das 13 IES públicas analisadas é a única que não possui uma estratégia

centralizada de comunicação desta informação86. O website da universidade não

possui uma entrada direta para “Estudante Internacional”, está é feita via separador

da homepage “Candidato”. O conteúdo é breve e simples (breve apresentação da

definição do EI e remissão para os regulamentos de aplicação do EEI de cada UO (pdf);

sem links para as páginas institucionais das quatro UOs que implementaram o

concurso via EEI, não criando sinergias). Não possui informação centralizada portanto

do universo NOVA, não tem informação promocional da cidade, informações úteis

para o EI, não tem vídeos de divulgação, nem disponibiliza conteúdos por perfil. O

separador Internacional da homepage não tem referência ao EI.

83

In fcsh.unl.pt/media/clipping/fcsh-nova-no-24-horas-de-newark-eua/at_download/filePressClip , 21 de setembro de 2015. 84

In http://www.africatoday.co.ao/sociedade/licenciaturas-para-nao-residentes-em-portugal/, 21 de setembro de 2015. 85

In http://issuu.com/tlpe/docs/mobilidade_35/87?e=17549344/13868060, 21 de setembro de 2015. 86

Ver secção 3.3.5.1 – IES públicas, pág. 37.

56

3.5.5 Pessoas

Em 2013, a FCSH/NOVA contava com um universo de 433 trabalhadores87, 57%

do género feminino e 43% do género masculino.

Quanto às categorias profissionais “docente de carreira” e “docente

convidado”, estas representavam 63% do total dos trabalhadores, com um total de

181 e 92 docentes, respetivamente. A categoria “investigador” representava 6% do

total dos trabalhadores e as restantes categorias profissionais que constituem o grupo

de pessoal não docente da FCSH representavam 31% dos trabalhadores (133).

A esmagadora maioria de docentes é de nacionalidade portuguesa e leciona em

português. O departamento de Estudos Políticos possui dois docentes de carreira de

nacionalidade belga e italiana e o departamento de Línguas, Culturas e Literaturas

Modernas conta com 14 leitores. A estes juntam-se os docentes visitantes ao abrigo do

programa Erasmus, que nos últimos dois anos (2012/13 e 2013/14) se manteve em 31.

Os escalões etários mais representativos eram o dos 50-54 anos (18,1%),

seguindo-se o escalão dos 55-59 anos (17,67%) e o de 45-49 anos (14,22%). É de

salientar que, nestes três escalões etários, a contribuição da categoria profissional

docentes é sempre superior a 60%. Na categoria profissional “não docente”, o escalão

etário mais representativo era o de 55-59 anos com 21%, seguindo-se o escalão 30-34

com 17,7% e o escalão 45-49 com 14,6%.

Quanto aos níveis de escolaridade, num universo de 433 trabalhadores, mais

de metade (242 ou seja 54%) tinham o nível de escolaridade “doutoramento”. Para

esta estatística, a contribuição mais elevada é dada pela categoria profissional

“docentes” (88%) seguida pela categoria “investigadores” com um contributo de 11%.

O segundo nível de escolaridade mais representativo é o grau de licenciado (92

trabalhadores) que representavam 22% do total de trabalhadores. A categoria

profissional “não docentes” foi a que mais contribuiu para a estatística anterior (54%).

O nível de escolaridade “mestrado” foi o terceiro mais representativo (um total de 60

trabalhadores com este grau de habilitações) sendo a categoria “docentes” a que tinha

maior representatividade (73%). Os níveis de escolaridade mais baixos (4 e 6 anos) são

87

Os dados apresentados foram retirados da “Análise do Balanço Social de 2013”.

57

os menos representativos face à população em análise (sete trabalhadores das

categorias profissionais “avenças” e “não docentes”) e representavam 1% dos

trabalhadores.

Relativamente à antiguidade, a maior concentração de trabalhadores verifica-

se no escalão de antiguidade “até 5 anos” com 133 trabalhadores (31,3%). Para este

valor contribuem em 64% os docentes e em 19% os investigadores.

O escalão de antiguidade em que ocorre a segunda maior concentração de

trabalhadores é o de 20-24 anos de antiguidade com 57 trabalhadores (13,4%). Para

este valor contribuem em 79% os docentes. O escalão de antiguidade 25-29 anos

apresenta a terceira maior concentração de trabalhadores e representa 12,2% do total

dos trabalhadores. Também neste escalão de antiguidade a maior contribuição é dada

pela categoria profissional “docentes”.

A categoria profissional “não docentes” tem uma representatividade muito

homogénea em todos os escalões de antiguidade com exceção dos escalões de até 5

anos e 5-9 anos que concentram 44% do total desta categoria profissional.

A FCSH/NOVA tem um Sistema de Garantia da Qualidade de Ensino, promovido

pela Reitoria para todos os ciclos de estudo das Unidades Orgânicas88, desde

2011/2012 para os cursos de licenciatura e mestrado, cujo objetivo é o de monitorizar

o funcionamento pedagógico das disciplinas e promover a melhoria dos processos de

ensino-aprendizagem (objetivos, aulas, tutorias, conteúdos e bibliografia

disponibilizados). O sistema prevê o preenchimento de um questionário por parte dos

alunos em regime de anonimato no final de cada semestre letivo. O questionário,

disponível online, passou a ser obrigatório em 2014 (do seu preenchimento depende o

acesso à secretaria virtual por parte dos alunos).89

A instituição não possui um sistema de gestão de qualidade para os serviços, o

que poderia contribuir para uma maior eficiência e organização. Contudo, desde 2011,

existe a preocupação de ter canais abertos à apresentação de reclamações e

88

Inhttp://www.unl.pt/pt/universidade/Sistema_de_Garantia_da_Qualidade_do_Ensino_da_NOVA/pid=358/ppid=97/, 9 de novembro de 2015. 89

In Despacho 50/2014 da FCSH/NOVA

58

sugestões, quer por via de um formulário eletrónico90 com link direto na homepage do

website quer pela disponibilização de pontos de recolha de questionários à qualidade

do serviço prestado em 13 serviços com atendimento ao público.

3.5.6 Physical Evidence

A FCSH/NOVA possui uma comunidade de alunos na ordem dos 5.154, 305

docentes e 99 colaboradores não docentes. O campus está claramente

subdimensionado para esta população e a Universidade planeia a construção de novas

instalações próximo do campus de Campolide (Lisboa) onde se situam três outras

unidades orgânicas, bem como o edifício da Reitoria.

O atual campus não foi construído de raiz como um projeto de arquitetura

único com a finalidade de espaço de ensino. Dos cinco edifícios, só dois foram

construídos com essa finalidade (a Torre A em 1986 e a Torre B em 1995) e os três

restantes foram integrados na instituição a partir de instalações do exército português.

A imagem que transparece não é de coesão na traça de arquitetura e os edifícios mais

antigos apresentam sinais mais evidentes de degradação das fachadas e paredes; os

vários espaços como salas de aulas (60), anfiteatros (6) e casas de banho são

antiquados e com necessidade de remodelação.

Os equipamentos informáticos, de ar condicionado, condutas de ar, estores das

salas de aula, a maior parte do mobiliário como mesas e cadeiras, e os placards são

antiquados, por vezes danificados, não conferindo aos espaços uma imagem moderna,

apelativa e acolhedora, como ambiciona a Direção da FCSH/NOVA.

O espaço da biblioteca não é o adequado para disponibilizar o espólio existente

e com frequência os alunos têm que esperar que o livro requisitado seja levantado das

salas de arquivo nos pisos subterrâneos. Há poucas mesas de trabalho, cacifos e

computadores neste espaço. Existem seis salas de informática e seis salas de alunos

que foram melhoradas mas não possuem uma imagem moderna e acolhedora. A

Faculdade dispõe ainda de um estúdio de televisão, uma mediateca e uma mapoteca,

seis laboratórios e um centro de documentação com as bibliotecas dos vários centros

de investigação. Em 2013, foi disponibilizado um espaço para incubação de empresas e

90

In http://www.fcsh.unl.pt/sugestoes-reclamacoes/, 9 de novembro de 2015.

59

em 2014, foi criado o Centro de Inovação e afeto um espaço pertencente à cantina,

que foi remodelado e decorado de forma jovem e funcional, para reunião das equipas

com projetos de constituição de start-ups.

No campus, a sinalética é muito deficiente. Não existe um mapa do campus na

entrada principal a indicar os vários edifícios e na Torre B as poucas placas de

sinalética, do projeto original, estão desactualizadas e danificadas, não existindo em

todo o campus indicações em língua inglesa.

Existe um grande pátio exterior que liga os vários edifícios, com área para

esplanada, e um pequeno anfiteatro, mas os espaços ajardinados não estão bem

cuidados. Recentemente, em setembro de 2015, abriu um novo espaço de restauração

no exterior com uma decoração jovial e original. Existe ainda uma loja do Banco

Santander Totta.

O muro que serve de principal fachada da instituição para a via pública é

facilmente associado a uma instituição militar ou quartel, conferindo uma imagem fria

e esteticamente agressiva. Por vezes é vandalizado com grafitis e cartazes

publicitários, apesar dos esforços da instituição em mantê-lo pintado e cuidado. Em

2014, a parede da Torre B exposta para a via pública foi alvo de um trabalho de arte

urbana por parte dos Underdogs com a colaboração de Vhils, parceria promovida por

um centro de investigação, o Instituto de História Contemporânea. O mural alusivo à

Revolução do 25 de Abril, representa o capitão Salgueiro Maia, e tem conferido

visibilidade à instituição através de várias presenças na imprensa nacional e

internacional.91 Ainda em 2014 foi colocada uma tela na fachada exterior da Torre B,

com o logótipo da instituição e o slogan “Pensar em Liberdade” no âmbito das

comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.

As evidências físicas afetam a perceção da qualidade do serviço prestado na

instituição. A Fórum Estudante realizou em 2012 um inquérito aos alunos do ensino

91

Referências às reportagens na Visão, Público, GloboNews - “Muro da FCSH/NOVA comemora revolução”, http://www.fcsh.unl.pt/media/noticias/muro-da-fcsh-nova-comemora-revolucao, 6 de novembro de 2015; “Europe’s Best Street Art Uncovered”, Huffington Post, 21/09/2015, http://www.huffingtonpost.com/trip4real/europes-best-street-art-uncovered_b_8159278.html , 6 de novembro de 2015.

60

secundário e as instalações das IES foram classificadas em 3.º lugar como elemento a

que conferiam importância na decisão da escolha e candidatura a uma universidade92.

A passagem para um novo edifício, moderno e acolhedor, bem equipado, e com

espaços exteriores agradáveis para o convívio dos alunos e docentes, seria promotor

de melhor imagem externa e de captação de novos alunos.

3.6 Análise SWOT

ANÁLISE DOS RECURSOS INTERNOS

Pontos fortes

� Corpo docente de carreira estável (181 docentes) versus corpo docente

convidado (92 docentes que representavam em 2013 só 32,5% do total dos docentes)

e elevada qualificação do corpo docente (213 são doutorados, ou seja 88% de um

universo de 242 trabalhadores com o grau de doutoramento, no qual se incluem

também os investigadores) – ver secção 3.5.5 Pessoas;

� Prestígio e notoriedade (universidade reconhecida nos principais

rankings internacionais – ver secção 3.3.1 Setor de atividade);

� Diversidade de oferta curricular e inovação pedagógica (cursos de

mestrado e de pós-graduação em e-learning, oferta de formação ao longo da vida –

cursos livres, de línguas, escola de verão – oferta de cursos de português para

estrangeiros, curso de preparação para Maiores de 23, formação em inglês para os

alunos dos EUA que frequentam a FCSH/NOVA ao abrigo do acordo com o CIEE);

� Construção contínua de atividades promotoras de um clima

organizacional positivo e aberto – organização da receção aos alunos estrangeiros

Erasmus / construção de clima positivo (receção – welcome meeting, oferta de brinde,

organização de jantar).

Pontos fracos

� Capacidade limitada das instalações e deterioração dos edifícios;

equipamentos antiquados; espaços pouco cuidados e apelativos; falta de sinalética

clara e moderna e só em português – necessidade de ser bilingue;

92

Dados apresentados no II Encontro de Gabinetes de Comunicação de Universidades e Politécnicos, organizado pela revista Fórum Estudante, novembro de 2013.

61

� Idioma dos cursos limitado ao português (oferta de unidades

curriculares em inglês é ainda reduzida);

� Concorrência de 12 universidades nacionais públicas com oferta de

cursos na área das ciências sociais e humanas; dessas duas são universidades

localizadas também em Lisboa, a saber o ISCTE-IUL e ULisboa (fusão da Universidade

de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa em 2013/14 cria uma entidade de

referência internacional com duas instituições concorrentes – ISCSP e Faculdade de

Letras) – ver secção 3.3.5.1 – IES Públicas;

� Concorrência de oito universidades nacionais privadas com oferta de

cursos na área das ciências sociais e humanas (sete estão localizadas em Lisboa ou

possuem pólos na cidade) - ver secção 3.3.5.2 – IES Privadas;

� Propina praticada para o EI mais baixa do que as praticadas pelos

concorrentes na área da grande Lisboa, quer por parte das IES públicas quer privadas.

ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE

Oportunidades

� Desenvolvimento de países emergentes de língua oficial portuguesa

(Brasil, Angola) e interesse crescente na língua portuguesa como língua estrangeira

(nomeadamente na China) – novos mercados com potencial de procura;

� Crescimento do terceiro setor enquanto empregador e setor

económico;

� Aumento do acesso generalizado à Internet e o uso de novas

tecnologias de informação e comunicação (TIC) proporcionam o acesso a novos

mercados-alvo para recrutamento de candidatos;

� Estabelecimento de parcerias com instituições de renome internacional.

Ameaças

� Envelhecimento da população;

� Desinvestimento público na Educação;

� Conjuntura de crise económica nacional e internacional (com aumento

do custo de vida, do desemprego e diminuição do poder de compra - as dificuldades

62

económicas das famílias e dos indivíduos dificultam o ingresso no ensino superior e o

investimento em formação pós-graduada);

� Mercado de trabalho saturado e tecido empresarial em contração.

4. Objetivos estratégicos

Após a análise SWOT, podem-se definir dois objetivos estratégicos

quantitativos e um qualitativo, apresentados de forma hierárquica e que irão nortear

o programa de ação:

1. Aumentar o número de estudantes estrangeiros que ingressam na Faculdade

via EEI (cursos de licenciatura) para contribuir para o aumento das receitas

próprias através das propinas;

2. Oferecer cursos de formação complementar (cursos de português e outros) que

diferenciem o serviço da Faculdade da forte concorrência existente, formação

essa que contribuirá igualmente para o aumento das receitas próprias através

das taxas de inscrição;

3. Aumentar a notoriedade e melhorar a reputação junto do público estrangeiro

dos países da CPLP, com especial enfoque no público definido na segmentação

(secção 3.4).

5. Programa de ação

A transformação dos objetivos estratégicos em metas mensuráveis facilita o

planeamento do programa de ação e a sua consequente monitorização:

Objetivo 1 – Aumento do número de Estudantes Internacionais: a meta

proposta para 2016/17 é um aumento de 50% de candidatos (total de 42

candidatos, ou seja, mais 14 candidatos em relação ao n.º de 2015/16 que registou

28 candidatos;

Objetivo 2 – Oferta de cursos de formação complementar para os

Estudantes Internacionais: a meta proposta para 2016/17 é a da inscrição de um

terço dos EI que estiverem a frequentar cursos de licenciatura na FCSH/NOVA;

63

Objetivo 3 – Aumentar a notoriedade junto do público estrangeiro:

medição do número de visitas por utilizadores estrangeiros, segmentados por país,

ao website e conteúdos relacionados com o EI, bem como aos anúncios realizados

online nos motores de busca e redes sociais (comparar o crescimento a registar no

ano letivo 2015/16 com o ano letivo 2014/15); medição do número de

contactos/solicitação de informações (e-mail, telefone e Skype) realizados ao NCRI

(comparar o crescimento a registar no ano letivo 2015/16 com o ano letivo

2014/15).

De seguida, apresenta-se uma proposta de programa de ação para decorrer no

primeiro semestre de 2016, quer ao nível da FCSH/NOVA quer ao nível da Reitoria da

NOVA, para atingir os objetivos estratégicos. As ações resultam da reflexão sobre as

análises efetuadas, principalmente a análise da concorrência, marketing mix e análise

SWOT, e tendo subjacente os mecanismos de incentivo à inscrição de EI93 e o n.º

máximo de vagas94 estipulados no Despacho da DGES para o ano 2015/1695.

Categoria Processo – Ação 1: Fases de Candidatura

A FCSH/NOVA deveria equacionar implementar uma fase de candidaturas de

outubro a dezembro, com resultados a publicar em janeiro, de modo a conseguir

captar os alunos estrangeiros, nomeadamente os brasileiros, que terminam o ensino

secundário no último trimestre do ano civil e que se pretenderem estudar em Portugal

terão que esperar, na maioria das universidades portuguesas, mais um semestre. A UBI

e a U. Coimbra já implementaram uma fase no mês de dezembro para possibilitar a

seleção de candidatos para o ano letivo seguinte (ex.: em dezembro de 2015, os

estudantes candidatam-se ao ano letivo 2016/17). A UBI disponibiliza um Ano Zero até

ao início do novo ano letivo e a U. Coimbra disponibiliza o curso de português anual.

93

Propina inferior ao valor fixado como propina do EI, igual ou superior ao valor máximo estabelecido pela lei para cursos de licenciatura; o n.º de EI abrangidos não pode ser superior a 50% das vagas fixadas para EI para esses cursos. 94

20% do n.º de vagas aberto no âmbito do regime geral de acesso. 95 Despacho 3152/2015 da Direção Geral do Ensino Superior, de 27 de março de 2015.

64

Calendarização: anunciar a 4.ª fase com a divulgação das fases de candidatura

em fevereiro de 2016.

Responsáveis: Diretor e Júri de Seleção dos candidatos.

Categoria Serviço – Ação 1: Língua de lecionação

A FCSH/NOVA deveria equacionar alterar no regulamento o nível B2 do QECRL

relativo ao português como requisito obrigatório para nível B1 a candidatos do 1.º ano,

que só transitariam para o 2.º ano dos cursos de licenciatura se obtivessem o grau B2.

Esta alteração teria impacto a partir do ano letivo 2016/17.

Apesar de existir alguma oferta de UC em língua inglesa, os docentes na sua

maioria não têm competência para lecionar em língua inglesa. Este ponto fraco,

identificado na SWOT, condicionou o segmento do recrutamento que está assim

restrito a estudantes com bom domínio do português, na sua maioria provenientes da

CPLP. Num cenário a médio prazo, a opção por este segmento converte uma fraqueza

num ponto forte.

Para se conseguir alargar o universo do recrutamento, o corpo docente deveria

estar qualificado para lecionar em inglês, cenário que já é uma realidade em UOs como

por exemplo a Faculdade de Economia e a Faculdade de Direito da NOVA. Num cenário

a longo prazo, o regulamento deveria possibilitar candidaturas de EI com o nível B2

de português ou de inglês, de modo a se conseguir abranger outros países e

comunidades que não as de língua portuguesa, abrindo a exceção de aceitar

candidaturas de estudantes com o B1 de uma destas línguas se se comprometessem a

adquirir o nível B2 durante o 1.º ano da licenciatura.

Calendarização: Alteração do regulamento deveria decorrer no 1.º semestre de

2016 para ser aplicado o regulamento do EI com a alteração no ano letivo 2016/17.

Responsáveis: Diretor e Júri de Seleção dos candidatos.

Categoria Serviço – Ação 2: Curso de português para estrangeiros

Uma vez que existe já oferta de cursos de português para estrangeiros na

FCSH/NOVA, uma das iniciativas a implementar seria a disponibilização de um curso

65

anual intensivo para os EI, mediante um pagamento adicional a estipular96 (ex.: a U.

Coimbra disponibiliza um curso anual de língua portuguesa, de setembro a maio,

cobrando por semestre uma propina de 750€ e uma taxa de inscrição de 20€).

Consistiria numa fonte de rendimento adicional, quer para os alunos estrangeiros

inscritos na FCSH/NOVA quer para os provenientes das outras UOs da NOVA. Seria

importante que esta informação sobre o curso e a sua promoção constasse do website

da Reitoria da NOVA e nos websites das outras UOs, nas página de divulgação do EEI.

No cenário a longo prazo apresentado na Ação 1, relativamente a se aceitar

estudantes com nível B1 de inglês, e uma vez que o ILNOVA – Instituto de Línguas da

NOVA, sediado no campus da FCSH/NOVA, leciona cursos de inglês seria de aplicar a

mesma estratégia que para o curso de português. Assim, poderia estipular-se uma

propina diferenciada e promover o curso no website da Reitoria e das várias UOs.

Calendarização: Curso a disponibilizar a partir de setembro de 2016 (início do

ano letivo 2016/17).

Responsáveis: Diretor, Júri de Seleção e Departamento de Linguística

responsável pela lecionação dos cursos de português para estrangeiros.

Categoria Serviço – Ação 3: Propina, taxa de candidatura e mecanismos de

incentivos

O valor da propina anual praticada pela FCSH/NOVA é em geral o mais baixo em

relação à concorrência. Um preço baixo pode criar no potencial candidato a perceção

de qualidade de ensino inferior e assim ter uma influência negativa na atração de EI.

Há que equacionar internamente a subida do valor da propina anual situada nos

3.000€.

Quase todas as IES públicas (9) possuem propinas superiores desde 3.500€ a

7.000€ e as IES privadas (6) desde 4.161€ e 4.500€. As IES públicas da área de Lisboa,

praticam os seguintes valores de propina anual para o EI: 3.500€ (ISCSP), 4.000€ (FLUL)

e 5.500€ (ISCTE-IUL). Seria de implementar um valor para a FCSH/NOVA que se

96

No ponto 3.3.5 Análise da Concorrência, oito IES públicas disponibilizam cursos de português com custo adicional e duas cursos de inglês (U. Açores e U. Algarve).

66

situasse na média dos concorrentes em Lisboa, ou seja, uma propina anual entre os

4.000€ e os 4.500€, subida essa aliada a uma divulgação de incentivos ou descontos

como os praticados pela U. Porto que reduz em 50% o valor da propina (4.000€) a

candidatos dos PALOPS97, a U. Atlântica pratica desconto de 3,5% se for efetuado o

pagamento total da propina no ato da matrícula e a UAL oferece 50% de desconto na

propina.

Atualmente, a FCSH/NOVA já possui um mecanismo de incentivo à candidatura

através da redução da propina anual em 1.000€ com base no desempenho académico

ou da classificação de término do ensino secundário ou equivalente, em vigor a partir

do ano letivo 2015/16. Sugere-se que este incentivo, aliado ao aumento do valor da

propina, passe a ser publicitado com destaque na página online do EI.

Relativamente à taxa de candidatura, a informação disponível online das IES

públicas demonstra um intervalo dos 20€ (Universidade da Madeira) aos 100€

(Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP – UL e Faculdade de Letras da

Universidade do Porto - FLUP). Os outros dois concorrentes em Lisboa, cobram 65€

(ISCTE) e 60€ (FLUL – ULisboa). Quanto às IES privadas a taxa de candidatura varia

entre 50€ (ISPA-IU) e 200€ (U. Atlântica, UCP e U. Lusíada). De referir ainda outro tipo

de estratégia, a da candidatura gratuita, seguida por duas universidades (U. Algarve e

U. Lusófona). No caso da FCSH/NOVA, o valor cobrado é de 70€, valor que se situa

entre os 60€ e os 100€ cobrados pelas IES públicas localizadas em Lisboa. Será um

valor a manter ou a instituição poderia optar por uma subida significativa da propina

anual com o incentivo da candidatura gratuita.

Por último, sugere-se que a NOVA equacionasse como universidade no seu

todo se teria condições para oferecer e divulgar um pacote com alojamento em

residências (quarto duplo) e alimentação (três refeições por dia), tal como a UBI

publicita (pratica uma propina anual de 5.000€, mas o EI poderá optar por este pacote

pagando 7.500€ anuais).

97

O n.º de EI abrangidos não pode ser superior a 50% das vagas fixadas para EI para esses cursos.

67

Calendarização: Alteração do regulamento da Faculdade deveria decorrer de

janeiro a junho 2016 para ser aplicado o regulamento do EI com a alteração no ano

letivo 2016/17; o pacote de propina com alojamento e alimentação deveria ser

implementado durante o 1.º trimestre de 2016, para poder ser publicitado no maior

número de fases de candidatura e ser aplicado no início do ano letivo 2016/17.

Responsáveis: Regulamento da Faculdade - Diretor; Pacote de propina com

alojamento e alimentação - Reitor da NOVA e Administração dos SASNOVA.

Categoria Serviço – Ação 4: Formação (Semestre Zero)

Como referido no ponto 3.3.5 Análise da Concorrência, a maior parte das IES

disponibiliza cursos de língua portuguesa ou inglesa aos EI que foram selecionados,

mas foram identificadas três que vão mais além e que organizam formação a que

intitulam de Ano Zero (UBI98 e UTAD99) ou “Curso de Preparação para o Acesso ao

Ensino Superior de Estudantes Internacionais” (U. Minho100).

Seria de considerar na FCSH/NOVA uma iniciativa semelhante com cursos

organizados por módulos, a decorrer durante todo um ano letivo ou de fevereiro a

julho/agosto, iniciativa esta orientada para poder reter os candidatos que se

inscrevessem na 4.ª fase de candidaturas de outubro a dezembro (com resultados a

publicar em janeiro) e para futuros candidatos. Estes módulos poderiam estar abertos

à inscrição de estudantes estrangeiros ou EI das outras Unidades Orgânicas e estar

divulgado no website da Reitoria, na área do Estudante Internacional.

98 Na UBI, o Ano Zero tem por objetivos um primeiro contacto com o ensino superior português e

preparar os estudantes para os exames nacionais de acesso ao Ensino Superior (Matemática A e/ou Física e Química A). Estes estudantes deverão candidatar-se ao concurso para Estudantes Internacionais, sendo-lhes creditadas as unidades curriculares (UCs) às quais obtiveram aprovação no Ano Zero (à exceção das UCs de Matemática e Física/Química por não terem correspondência e por se tratar de um curso preparatório). Decorre durante 10 meses e com um custo de 75€ por mês. 99 Na UTAD, o Ano Zero possibilita a frequência de UCs de cursos de 1.º e 2.º ciclo e disponibiliza

igualmente cursos de português para estrangeiros de quatro níveis (Level A.1; Level A.2; Level B.1; Level B.2). 100 Na U. Minho, a apresentação do curso é muito geral e refere que visa proporcionar aos estudantes

internacionais as ferramentas e os conhecimentos específicos necessários para o ingresso num curso de licenciatura ou de mestrado integrado da U. Minho e apoiar na reorientação vocacional. As candidaturas decorrem no verão (27 de julho a 28 de agosto).

68

O “Semestre Zero” poderia integrar vários cursos de curta duração que o EI

escolheria consoante o interesse, com um custo adicional estipulado por curso ou

packs de cursos: a) curso de língua e cultura portuguesas concebido a partir da oferta

já existente ou recorrendo aos que já são oferecidos na Faculdade; b) Curso Livre de

Leitura e Produção de Textos Académicos e Científicos101, curso de formação já

existente e direcionado para os candidatos Maiores de 23 e que poderia ser adaptado

aos EI; c) um pack de seminários de história, história da arte, ciência política e outras

temáticas à semelhança das que já são providenciadas na oferta aos alunos dos EUA

que frequentam o programa do CIEE na Faculdade; d) curso de formação já existente e

prestado pela Divisão de Bibliotecas e Documentação (DBD) da Faculdade sobre os

recursos disponibilizados, as bases de dados bibliográficas e técnicas de acesso à

informação; e) cursos da Escola de Verão que decorrem de julho a setembro; f)

possibilitar a frequência de Unidades Curriculares dos cursos de licenciatura a que os EI

se candidataram ou pretendem vir a candidatar-se.

Este tipo de iniciativa gera valor acrescentado, uma vez que valoriza o serviço e

diferencia a oferta face à forte concorrência identificada como ponto fraco na análise

SWOT.

Calendarização: Preparação durante o primeiro semestre de 2016 de modo a

ser anunciado no maior número de fases de candidatura do EI (entrada em

funcionamento no 2.º semestre do ano letivo 2016/17 - fevereiro a julho).

Responsáveis: Departamento de Linguística (curso de português e Maiores de

23), outros departamentos que sejam responsáveis pelos seminários a identificar, DBD

e Escola de Verão.

Categoria Serviço – Ação 5: Sinalética no campus

Propõe-se a implementação de nova sinalética no campus, com um design

moderno e designações dos espaços e serviços em português e inglês. Uma vez que as

instalações foram identificadas como ponto fraco, esta ação é um passo na

101

Curso de 18h, 9 sessões, cujos objetivos são: desenvolver capacidades de expressão oral e escrita; agilizar tarefas de leitura em contexto académico; produzir textos escritos adequados ao contexto do ensino universitário e reconhecer diferentes formatos de texto académico e científico.

69

modernização das mesmas e um importante apoio na orientação e reconhecimento

dos espaços para um público estrangeiro.

Calendarização: 1º semestre de 2016.

Responsáveis: Núcleo de Marketing e Comunicação (NMC).

Categoria Comunicação | Universidade (Reitoria) – Ação 1: Website

Um estudante estrangeiro quando pesquisa na Internet uma universidade fá-lo

pelo nome da instituição e raramente pelo nome da escola ou faculdade. Nos rankings

internacionais das universidades também é o nome da universidade que consta e só

em casos muito específicos os das suas escolas. De modo a impulsionar a captação de

estudantes internacionais para todas as UOs da NOVA, o website da Universidade

NOVA de Lisboa é um instrumento crucial e atualmente não está a ser devidamente

aproveitado.

Sugere-se a implementação de uma estratégia de comunicação centralizada, tal

como existe em todas as IES públicas e privadas analisadas. Seguindo esta diretriz,

seria importante equacionar a implementação das seguintes medidas ao nível da

Reitoria da NOVA:

a) Website www.unl.pt

1. Entrada direta a partir da homepage para uma página própria do “Estudante

Internacional” de modo a criar visibilidade; colocar igualmente links para a página

do Estudante Internacional” nos atuais separadores “Internacional” e

“Candidatos” para criar sinergias e aumentar o número de visitas;

2. A página do Estudante Internacional deveria disponibilizar um menu com os

seguintes separadores: a) Apresentação da universidade (factos e números,

rankings, história, ligações para as UOs); b) Condições de candidatura (centralizar

informação sobre os cursos de todas as áreas científicas, vagas, propinas,

regulamentos e contactos de cada UO para esta temática, bem como redes sociais

(importante passar a colocar posts nas redes da Universidade sobre o EI durante o

período em que decorrem as candidaturas nas várias UOs); remeter para links nos

websites das UOs para outras informações relevantes do processo de candidatura

70

como fases de candidatura, documentos, provas, nível de língua, taxas de

candidatura e de inscrição, mecanismos de incentivo como descontos que podem

variar consoante a UO; c) Viver em Lisboa ; d) Perguntas Frequentes (custo de

vida, alojamento, vistos e autorização de residência, seguro de saúde, serviços de

assistência médica, informações sobre os SASNOVA, Desporto na NOVA e outras

atividades); e) Bolsas; f) Vídeos & Testemunhos (vídeo sobre Portugal e sobre

Lisboa do website do Turismo de Portugal; vídeo promocional da Universidade

(em português e legendado em inglês, com imagens dos campi) e pequenos vídeos

com testemunhos de estudantes estrangeiros de várias nacionalidades e de vários

cursos; g) Perfis para Estudante Brasileiro (em português do Brasil e com

informações sobre a aceitação do ENEM e a conversão da nota), para Estudante

Chinês, para Estudante PALOP, para Estudante de Outros Países (este perfil estaria

em inglês e em castelhano); h) Curso de Língua e Cultura Portuguesa (com link

para a página específica no website da FCSH/NOVA) e eventualmente para cursos

de inglês do ILNOVA, se esta língua for contemplada no processo de seleção das

outras UOs).

3. Algumas universidades criaram slogans para o Estudante Internacional com

imagem associada e traduzidos nas várias línguas (ex.: U. Aveiro – “Eu escolho o

mundo! UA Internacional”, “Yo elijo el mundo! UA Internacional”, “I choose the

world! International UA”; U. Coimbra – “Universidade de Coimbra: a escolha

inteligente para uma carreira académica internacional”).

Calendarização: 1.º semestre de 2016.

Responsáveis: Grupo de trabalho que envolveria os serviços de Comunicação e de

Relações Internacionais da Reitoria e os serviços de Comunicação, Recrutamento e

de Relações Internacionais das UOs.

Categoria Comunicação | Universidade (Reitoria) – Ação 2: Ações

promocionais

1. O slogan para o EI e a imagem associada poderiam ser utilizados em anúncios

pagos no Facebook e no Google Adwords com remissão para esta página do

Estudante Internacional no website da NOVA;

71

2. Envio de e-mail marketing para escolas portuguesas no mundo e para os

leitorados;

3. Considerar a participação numa ou mais feiras de ensino internacionais,

nomeadamente no Brasil;

4. Considerar a criação de um Facebook da comunidade de estudantes internacionais

da NOVA, dinamizado pelos próprios estudantes102.

Calendarização: 1.º semestre de 2016.

Responsáveis: Grupo de trabalho que envolveria os serviços de Comunicação e de

Relações Internacionais da Reitoria e os serviços de Comunicação, Recrutamento e

de Relações Internacionais das UOs.

Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 1: Marca NOVA – estratégia de

rebranding

Após a implementação da estratégia de branding em 2013 da universidade, que

substituiu a sigla UNL pela marca NOVA nas ações de marketing e comunicação

institucional da universidade, três UOs alteraram os logótipos e/ou designações para

incorporar a marca NOVA (NOVASBE, NOVA Medical School, NOVA IMS)103. Se a

FCSH/NOVA implementasse uma estratégia de rebranding com alteração da

designação e do logótipo para incorporar a marca NOVA, usufruiria de uma

identificação clara com a universidade quer ao nível nacional quer internacional, o que

contribuiria igualmente para melhorar a taxa de sucesso e reconhecimento nas

pesquisas por futuros candidatos estrangeiros e nas ações promocionais externas.

Calendarização: 1.º semestre de 2016.

Responsáveis: Diretor e subdiretora-adjunta para a comunicação; Divisão de

Relações Externas, Comunicação e Sistemas de Informação (DRECSI) e o seu Núcleo de

Marketing e Comunicação (NMC).

102

À luz do exemplo da UBI com blogue próprio e página de Facebook para os estudantes brasileiros que escolhem esta universidade para estudar: http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/ & https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha , 15 de novembro de 2015. 103

A NOVASBE – School of Business and Economics corresponde à Faculdade de Economia, a NOVA

Medical School à Faculdade de Ciências Médicas, a NOVA IMS Information Management School ao ISEGI – Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, a NOVA Direito à Faculdade de Direito.

72

Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 2: Website

1. Criação de uma página por curso de licenciatura com URL no website da

FCSH/NOVA (atualmente cada curso é remetido para o website Guia da UNL, o

que faz com que o visitante saia do website da Faculdade); é relevante a

participação dos docentes coordenadores do curso e do departamento nesta

reformulação de conteúdos;

2. Melhoria das páginas com os conteúdos do EI de forma a ficarem mais apelativas

com botões, nova imagens e fotografias, vídeos e menos texto;

3. Criação de um novo separador nos conteúdos do EI com informação sobre o

posicionamento da NOVA nos rankings internacionais;

4. Criação de um novo separador com “Perguntas frequentes”;

5. Tradução dos conteúdos do EI para espanhol e mandarim à luz do que acontece

com várias universidades portuguesas como a UBI e a U. Coimbra (se se

equacionar recrutar com nível B1 de português conforme apresentado na secção

4.1, este investimento justifica-se ainda mais);

6. Maior visibilidade da informação relativa ao incentivo/desconto na propina anual,

do contacto telefónico e do e-mail na área do website relativa ao EI;

7. Disponibilizar atendimento via videoconferência (ex.: Skype) com dia da semana e

horário específico como já acontece em várias universidades (ex.: todas as sextas-

feiras à tarde);

8. Produzir vídeos curtos de um minuto por estudante internacional de

nacionalidades diversas, cujo guião seria composto pelas seguintes questões:

dados biográficos (nome, idade, nacionalidade); o porquê da escolha de Portugal e

Lisboa para estudar; o porquê da escolha da FCSH/NOVA; qual a expetativa sobre

o curso escolhido; se aconselham a realização de um curso de ensino superior na

Faculdade.

Para o projeto de reformulação dos conteúdos online do EI no website da

Faculdade, propõe-se o recrutamento de um aluno de mestrado de ciências de

comunicação, área de especialização em comunicação estratégica que tivesse optado

73

pela realização de estágio para finalizar a componente não letiva. Este estagiário viria

reforçar os recursos humanos do Núcleo de Marketing e Comunicação (NMC).

Seria igualmente importante reforçar os recursos humanos do NCRI para que

um dos seus elementos pudesse ter funções específicas relacionadas com o

recrutamento do EI (quer ao nível da interação e apoio nas ações de marketing quer

ao nível da receção de candidaturas e apoio ao júri de seleção, esclarecimento de

dúvidas e prestação de informações adicionais nomeadamente no apoio aos vistos,

identificado como um dos assuntos mais recorrentes e que consome bastante tempo

ao núcleo, bem como outros apoios ao candidato e família).

Calendarização: 1.º semestre de 2016.

Responsáveis: Coordenadores dos cursos de licenciatura; Divisão de Relações

Externas, Comunicação e Sistemas de Informação (DRECSI) e o seu Núcleo de

Marketing e Comunicação (NMC), Área de Serviço aos Alunos (ASA) e o seu Núcleo de

Cooperação e Relações Internacionais (NCRI).

Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 3: Grupo de Foco

Seria relevante realizar anualmente, entre outubro e dezembro, um grupo de

foco com os estudantes que entraram via concurso do EEI, até seis elementos de várias

nacionalidades e de cursos diferentes. Os resultados apoiariam a definição de futuras

ações do plano de marketing a implementar pelo NMC. Esta atividade seria efetuada

em estreita articulação com o NCRI. Uma proposta de questionário encontra-se em

anexo (Questionário I).

Calendarização: fevereiro de 2016 (início do 2.º semestre do ano letivo

2015/16 – os estudantes internacionais já teriam frequentado um semestre de aulas).

Responsáveis: Subdiretora-adjunta para a comunicação; DRECSI – NMC e ASA –

NCRI.

Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 4: Ações promocionais

1. A aposta nas acções de marketing digital deveria continuar (anúncios no

Facebook, Google Adwords) e ser reforçada por ações de e-mail marketing para

74

escolas portuguesas no estrangeiro, embaixadas, leitorados, jornais de

comunidades emigrantes e alunos estrangeiros que já frequentem a FCSH/NOVA

devido à rede de contactos);

2. Publicação de anúncio online em revista/sites web brasileiros cujo público-alvo

sejam os alunos de secundário (à semelhança da Fórum Estudante ou da Mais

Educativa existentes em Portugal);

3. Caso a Reitoria não avance na participação em feiras internacionais, a FCSH/NOVA

deveria considerar a sua participação numa feira de ensino no Brasil e

eventualmente na China se se considerasse alterar o nível de proficiência do

português.

Calendarização: fevereiro a setembro de 2016 (período em que decorrem as

fases de candidaturas atualmente em vigor).

Responsáveis: Subdiretora-adjunta para a comunicação; DRECSI – NMC e ASA –

NCRI.

Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 5: Apadrinhamento

Para além das iniciativas de acolhimento que a FCSH/NOVA já realiza para os

alunos Erasmus e que poderão ser replicadas para este grupo alvo do EI ou, pelo

menos, tentar integrá-los no welcome meeting e jantar de Boas Vindas que já se

realiza, seria pertinente avançar com o “apadrinhamento” (buddy mentoring), uma

vez que os EI passarão mais tempo na instituição e toda a ação de acolhimento e de

melhoria da sua integração só contribuirá para diminuir a taxa de desistência. À luz do

que acontece no ISCTE-IUL, os alunos nacionais inscrevem-se para acolher e ajudar o

estudante internacional desde o primeiro momento: chegada ao aeroporto, procura

de alojamento, visita ao campus, apoio no reconhecimento da rede de transportes da

cidade, visitas aos locais turísticos, convívio na instituição e fora da mesma. Se o EI

não pretender um “padrinho/madrinha”, terá que informar a instituição na altura da

candidatura.

Calendarização: 1.º semestre de 2016 (para ficar operacional no início do ano

letivo 2016/17).

75

Responsáveis: Subdiretor para os Estudantes; ASA – NCRI e DRECSI – NMC.

5.1 Orçamento e monitorização

O orçamento total previsto é de 58.900€, sendo que 48.700€ são custos afetos

à Faculdade e 10.200€ são afetos à Reitoria.

Consulte-se a Tabela X respeitante à esquematização do programa de ação

apresentado na secção 5, onde se poderá encontrar a despesa prevista por ação.

Relativamente às ações a desenvolver ao nível da Reitoria, e tal como já

acontece com a presença da NOVA na maior feira de ensino nacional, a Futurália, as

despesas com a participação da NOVA numa feira internacional, com os materiais

promocionais e as ações de marketing digital poderiam ser acordadas e divididas pelas

UOs interessadas. Sendo assim, os custos estimados divididos pelas quatro Faculdades

ficariam por 2.550€ para cada uma, sendo que este valor teria que ser contemplado no

orçamento da FCSH/NOVA para este projeto. Se a Reitoria participasse na Feira

Internacional, esse seria um custo a deduzir da estimativa inicial realizada para a

FCSH/NOVA, pois só teria que suportar a parcela de 2.550€ (o total poderia registar-se

em 41.250€).

Por último, o tipo de monitorização por ação proposta é apresentado na

Tabela XI em anexo.

76

6. Conclusão

No contexto de crise económica e financeira que se vive em Portugal e de crise

política das instituições da União Europeia, onde nos integramos, o consequente

desinvestimento no setor do ensino superior e a falta de poder de compra dos

cidadãos portugueses, entre outros fatores, comprometem a boa saúde financeira da

instituição e da Universidade a que pertence.

A definição da captação de estudantes estrangeiros como público estratégico

da instituição para contrariar a tendência da diminuição de receitas, aliada a uma

estratégia de marketing eficaz que internacionalize a marca (NOVA), através de uma

forte presença na CPLP, podem assumir-se de importância vital.

Porém, as diferentes análises desenvolvidas neste trabalho revelam a falta de

uma estratégia de marketing centralizada para este segmento, acompanhada pela

descentralização da informação online nos vários websites das UOs da NOVA, o que

face à análise da concorrência, se apresenta como uma fraqueza a ultrapassar.

Para colmatar estas fraquezas e tendo em vista a exploração da oportunidade

detetada (aposta na atração do segmento de estudantes internacionais), propõe-se

uma estratégia que passa essencialmente por dois pilares:

a) O website da NOVA - pode tornar-se um instrumento de marketing

poderoso na captação de EI se disponibilizar informação detalhada e

centralizada de forma apelativa através do uso do vídeo, da imagem e de

um slogan, se possibilitar as candidaturas online; se divulgar as

classificações da Universidade em rankings internacionais e testemunhos

de alunos;

b) O marketing digital com ações publicitárias pagas nas redes sociais, no

Google AdWords, em revistas/websites online destinadas ao público que

frequenta o ensino secundário nos países alvo.

No que diz respeito à FCSH/NOVA, o plano de ações previsto neste relatório se

for implementado, mesmo que de modo parcial, irá seguramente contribuir para

melhorar a taxa de captação de estudantes internacionais. Qualquer estrutura de

77

gestão de uma instituição de ensino superior beneficiaria se encarasse o marketing

como uma área estratégica dos serviços. Constata-se ainda um certo “amadorismo”

nas instituições na forma como promovem o serviço, gerem a marca e implementam

atividades de marketing relacional. O planeamento estratégico com definição de

objetivos, ações, responsáveis, calendarização e monitorização ou acompanhamento

ainda é relegado para um lugar secundário e as atividades implementadas são

realizadas de forma reativa e descoordenada entre serviços. Na FCSH/NOVA, a

terminologia de marketing ainda é pouco aplicada e olhada com desconfiança pelos

responsáveis dos órgãos de gestão. Termos como cliente, posicionamento,

segmentação, objetivos estratégicos são ainda percecionados como “entes estranhos”.

Se esta espécie de resistência for ultrapassada e os benefícios do marketing

compreendidos pela direção da Faculdade, mais rapidamente a instituição melhora a

qualidade do serviço prestado, se diferencia da concorrência e assume um maior valor

acrescentado para o cliente.

Por último, o ensino como bem de exportação pode não só ajudar a superar as

consequências na FCSH/NOVA da conjuntura económica adversa e do impacto da

baixa taxa de natalidade do país na redução do universo de candidatos ao ensino

superior, bem como contribuir para a recuperação económica do país. Mais ainda, ao

nível internacional, promove a formação de cidadãos estrangeiros de países em

desenvolvimento e países menos desenvolvidos, os quais poderão assim contribuir

para o incremento das condições de vida nas suas próprias nações.

Termino com uma frase de Nelson Mandela, como forma de homenagem a este

incontornável líder da história mundial contemporânea e também como mote de

inspiração aos que escolhem trilhar o caminho da internacionalização do ensino

superior:

“A educação e o ensino são as armas mais poderosas que se podem usar para mudar o

mundo!” - Nelson Mandela | 1918-2013

78

7. Bibliografia

CASTELLS, Manuel - A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura – A

Sociedade em Rede. 4.ª ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian, 2011. ISBN 978-

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Douro. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real, Portugal,

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Legislação e Regulamentos

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Despacho 3152/2015 da Direção Geral do Ensino Superior, de 27 de março de 2015.

FCSH/NOVA

Regulamento n.º 326/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante

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Regulamento de propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado (1.º

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Universidades Públicas Portuguesas

Regulamento n.º 135/2014, Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do

estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e integrados de mestrado na

Universidade de Coimbra, 4 de abril de 2014.

Despacho n.º GR.01/04/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante

Internacional da Universidade do Porto, de 24 de abril de 2014.

80

Regulamento n.º 204/2014, Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do

estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e mestrado integrado na

Universidade do Algarve (UAlg), de 27 de maio de 2014.

Regulamento das Condições de Ingresso no ISCTE-IUL do estudante internacional, 28

de maio de 2014.

Regulamento n.º 236/2014, Regulamento do Concurso Especial e do Estatuto do

Estudante Internacional da Universidade da Madeira, de 12 de junho de 2014.

Despacho n.º 9101/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do

Estudante Internacional, da Universidade de Évora, de 15 de julho de 2014.

Despacho RT-55/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do

Estudante Internacional a Ciclos de Estudos de Licenciatura e Integrados de Mestrado

na Universidade do Minho, de 5 de dezembro de 2014.

Despacho n.º 1137/2015, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do

Estudante Internacional na Universidade dos Açores, de 3 de fevereiro de 2015.

Universidades Privadas Portuguesas

Despacho n.º 10/2015, Concurso Especial de Acesso e Ingresso para estudantes

internacionais na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), 20 de

fevereiro de 2015.

Regulamento de Aplicação do Estatuto do Estudante Internacional da Universidade

Católica Portuguesa, 13 de agosto de 2014.

Despacho n.º 7974/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do

Estudante Internacional na Universidade Lusíada de Lisboa, 18 de junho de 2014.

Regulamento n.º 230/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso

do Estudante Internacional a ciclos de estudo de licenciatura e mestrado integrado da

Universidade Autónoma de Lisboa, 6 de junho de 2014.

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2015_199551.html, última consulta a 15 de dezembro de 2015.

“Em cinco anos SNS sofreu corte brutal de 5.584,8 milhões”, JornalMédico.pt, 16/07/2014, in http://www.jornalmedico.pt/2014/07/16/em-cinco-anos-sns-sofreu-corte-brutal-de-5-5848-milhoes/, última consulta a 15 de dezembro de 2015.

“«As perspectivas económicas globais mostram melhorias em 2015, mas tendências divergentes colocam riscos de abrandamento», afirma o Banco Mundial”, Banco Mundial, 13/01/2015, in http://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2015/01/13/global-economic-prospects-improve-

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Universitas 21 ranking http://www.universitas21.com/article/projects/details/153/executive-

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Academic Ranking of World Universities (ARWU – Xangai ranking) - www.shanghairanking.com/index.html

QS World Universities Ranking - http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings/2015#sorting=rank+region=+country=+faculty=+stars=false+search= Times Higher Education Top 100 under 50 - https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2015/one-hundred-under-fifty#!/page/0/length/25

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Universidades Privadas Portuguesas – última consulta a 15 de dezembro de 2015.

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Universidades Públicas Portuguesas – última consulta a 15 de dezembro de 2015.

Universidade dos Açores – http://novoportal.uac.pt/ Universidade do Algarve – www.ualg.pt Universidade de Aveiro – www.ua.pt Universidade da Beira Interior – www.ubi.pt

Facebook da UBI - https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha Blogue Brasileiros na Covilhã - http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/

Universidade de Coimbra – www.uc.pt Universidade de Évora – www.uevora.pt Universidade de Lisboa – www.ulisboa.pt

Faculdade de Letras da UL - www.fl.ul.pt Instituto de Ciências Sociais e Políticas da UL - www.ics.ul.pt

Universidade NOVA de Lisboa – www.unl.pt Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA – www.fcsh.unl.pt

Universidade do Minho - www.uminho.pt Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UM – www.ics.uminho.pt Instituto de Educação (IE) da UM – www.ie.uminho.pt Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCS) da UM – www.ilch.uminho.pt

Universidade do Porto http://sigarra.up.pt Fac. Letras da UP – http://sigarra.up.pt/flup/pt Fac. Psicologia e Ciências da Educação da UP – http://sigarra.up.pt/fpceup/pt

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - www.utad.pt Escola de Ciências Humanas e Sociais da UTAD – http://echs.utad.pt Website para o Estudante Internacional da UTAD -http://study.utad.pt/index.php/home-en

Universidade da Madeira - www.uma.pt Centro de Ciências Sociais da Univ. da Madeira – http://ccs.uma.pt/

ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa - www.iscte-iul.pt Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE - http://iscte-iul.pt/espp.aspx Escola de Ciências Sociais e Humanas do ISCTE – http://iscte-iul.pt/ecsh.aspx

83

Páginas oficiais das Redes Sociais da FCSH/NOVA – última consulta a 15 de dezembro de 2015.

Facebook página oficial - www.facebook.com/FCSHUNL

Facebook Novos Alunos - https://www.facebook.com/novos.alunos.fcsh

Twitter página oficial - https://twitter.com/fcshunl

Twitter Novos Alunos - https://twitter.com/novosalunosfcsh

LinkedIn - www.linkedin.com/company/fcsh-unl

Google+ - https://plus.google.com/108057898656720551636/posts

YouTube - www.youtube.com/user/FCSHUNL

Blogue - http://blog.fcsh.unl.pt/

Página da FCSH/NOVA na Wikipedia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Ci%C3%AAncias_Sociais_e_Humanas_da_Universi

dade_Nova_de_Lisboa

Cursos de português para estrangeiros FCSH/NOVA - http://www2.fcsh.unl.pt/clcp/

Formulário para Sugestões ou Reclamações da FCSH/NOVA -

http://www.fcsh.unl.pt/sugestoes-reclamacoes/

Curso Livre de Atualização de Conhecimentos da FCSH/NOVA -

http://www.fcsh.unl.pt/media/noticias/maiores-de-23-2013-curso-livre-de-actualizacao-de-

conhecimentos

Sistema de Garantia da Qualidade de Ensino da NOVA –

http://www.unl.pt/pt/universidade/Sistema_de_Garantia_da_Qualidade_do_Ensino_da_NOV

A/pid=358/ppid=97/

84

8. Anexos

8.1 Figuras

Figura 1

Os dois pilares da internacionalização a nível nacional e internacional

Two pillars of internationalization at home and crossborder

Fonte: Knight, Jane, “Student Mobility and Internationalization: trends and tribulations”, Research in

Comparative & International Education, Vol. 7 Number 1, 2012, p.22.

85

Figura 2

Tendências nas quotas de Mercado da Educação Internacional (2000, 2011)

Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 3).

86

Figura 3

Top dos países de origem dos estudantes estrangeiros, por região do mundo - 2011

Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 2)

Figura 4

Estrutura das propinas nos países da OCDE

Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 3).

87

8.2 Tabelas

Tabela I

Oferta letiva da FCSH/NOVA discriminada por ciclo de estudo - 2014

Fonte: Relatório de Atividades da FCSH/NOVA relativo a 2014, pág. 22.

88

Tabela II

Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 1.ª fase

Evolução da nota do último colocado por curso de licenciatura

Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior

1.ª fase - evolução da nota do último colocado

2014/15 2013/14 2012/13 2011/12

2010/11

Antropologia 121,5 116,0 121,5 117,0 125,5

Arqueologia 129,0 110,5 126,5 117,0 129,0

Ciência Política e Relações Internacionais

162,0 159,5 158,5 156,5

159,5

Ciências da Comunicação 167,5 168,0 168,5 167,0 172,5

Ciências da Linguagem 99,0 102,0 106,5 122,0 109,5

Ciências Musicais 122,5 114,0 129,0 134,5 138,0

Estudos Portugueses 112,5 107,5 115,5 107,0 107,5

Estudos Portugueses e Lusófonos (pós-laboral) - - 142,5 118,0 105,0

Filosofia 122,0 111,0 108,0 105,0 122,5

Geografia e Planeamento Regional 126,5 122,0 126,5 123,5 133,0

História 141,5 132,5 133,5 136,0 148,0

História da Arte 113,5 109,0 120,5 113,0 130,5

Línguas, Literaturas e Culturas 128,5 137,0 133,5 124,0 138,5

Sociologia 131,5 127,0 130,5 134,5 139,5

Sociologia (pós-laboral) 96,5 97,0 104,5 103,5 107,0

Tradução 154,0 146,0 144,0 133,5 146,5

Valores Médios 130,6 123,9 129,3 122,8 131,8

Fonte: Direção Geral do Ensino Superior (DGES) - Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2010,2011,2012, 2013, 2014.

89

Tabela III

Taxa de ocupação de vagas e N.º de Colocados

Licenciaturas - 1.ª fase de candidaturas

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Taxa de ocupação global das vagas

93,0%

90,5%

93,2%

96,6%

97,4%

Número de colocados

693

674

694

720

726

Fonte: Gabinete de Planeamento da FCSH/NOVA.

Tabela IV

Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos

Total de alunos em frequência | Total de Diplomados

Anos Lectivos N.º de Colocados 1.º ano/1.ª vez

(1.ª fase)

Total de Alunos em frequência do 1.º

Ciclo

Total de Diplomados

1.º Ciclo

2010/2011 693 2839 571

2011/2012 674 2909 551

2012/2013 694 2698 555

2013/2014 720 2775 593

2014/2015 726 2689 N/D Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Tabela V

Evolução do número global de alunos

2010/2011 2011/2012 2012/13 2013/2014

2014/15

Variação (2014/15

face a 2010/11)

Variação (%)

1º ciclo 2 839 2 909 2 698 2 775 2 689 -150 -5,3%

2º ciclo e Pós- Graduações

1 573 1 718 1 488 1 469 1 500 -73 -4,6%

3º ciclo 916 642 928 807 637 -279 -30,5%

TOTAL 5 328 5 269 5 114 5 051 4 826 -502 -9,4%

Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

90

Tabela VI

Resultados para Portugal do Ranking Web of Universities

Fonte: Avaliação de Julho 2015, http://www.webometrics.info/en/Europe/Portugal

91

Tabela VII

Top 30 do número total de inscritos de nacionalidade estrangeira nas universidades portuguesas (públicas e privadas) Período de 4 anos letivos (2009/2010 a 2012/2013)

Países N.º total de estudantes

1.º Brasil 25856

2.º Cabo Verde 13277

3.º Angola 13244

4.º São Tomé e Príncipe 3188

5.º Moçambique 2777

6.º Ucrânia 1839

7.º Guiné-Bissau 1702

8.º China 1113

9.º Turquia 1021

10.º Rússia (Federação da) 819

11.º Venezuela, República Bolivariana da

775

12.º Irão (República Islâmica) 767

13.º Estados Unidos 764

14.º Timor Leste 677

15.º Canadá 543

16.º Índia 372

17.º Guiné 367

18.º África do Sul 339

19.º México 228

20.º Colômbia 217

92

21.º Argentina 157

22.º Peru 145

23.º Cuba 141

24.º Macau 130

25.º Chile 119

26.º Bangladesh 116

27.º Bielorrússia 115

28.º Paquistão 111

29.º Austrália 97

30.º Cazaquistão 82

Fonte: DGEEC – Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014

93

Tabela VIII Universidades Públicas Portuguesas – Implementação do Estatuto do Estudante Internacional (EEI)

Universidades Públicas Ano de

implementação / Regulamento

Fases de Candidatura e n.º

de vagas

Valor da propina anual

Incentivos/ Descontos

Línguas de Lecionação

Cursos complementares

Divulgação no website

Universidade dos Açores – Departamentos de Ciências da Educação | História, Filosofia e Ciências Sociais | Línguas e Literaturas Modernas

2015/2016 Regulamento 1137/2015 publicado em DR a 3/2/2015

Candidatura online 2 fases (28/07/2015 a 1/09/2015 e vagas sobrantes de 9 a 16/09/2015) Ciências Sociais: 14 vagas (2 vagas por curso)

N/D no website. Não menciona incentivos ou bolsas

Português e/ou inglês (nível B2 do QECRL) em função do idioma em que o ciclo de estudos é leccionado;

Prevê-se a frequência de um curso preparatório de língua em função do idioma em que o ciclo de estudos é lecionado com um custo adicional à propina.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto da homepage (entrada via candidaturas 2015/16) Só tem formulário de candidatura e dados das vagas e datas das fases de candidatura. URL - http://novoportal.uac.pt/pt-pt/resultados-candidaturas

Universidade do Algarve – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

2014/2015 Regulamento 204/2014 publicado em DR a 27/05/2014

Candidatura online – Candidaturas gratuitas 3 fases (2 a 27/03; 8 a 29/05 e 2 a 17/07/2015) Artes, Comunicação, Património, Ciências Sociais e da educação – 78 vagas (média de 5,6 vagas por curso)

Valor entre 1.750€ e 4.000€ (os cursos de ciências sociais situam-se em média nos 2.000€) 20% do valor é pago na inscrição e o restante é pago no máximo em 8 mensalidades.

Candidaturas gratuitas Os candidatos seriados com as melhores classificações habilitam-se a beneficiar de anuidade reduzida, no valor de 1000€ (não aplicável a todos os cursos)

O idioma em que o ciclo de estudos é ministrado é previsto anualmente (nível B1 e B2 do QECRL).

Os candidatos cujo grau de conhecimentos linguísticos corresponda apenas ao nível B1 do QECRL estão obrigados à frequência com aproveitamento de um curso anual da língua de ensino, ministrado na UAlg e sujeito aos emolumentos fixados.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Condições de Acesso) URL - https://www.ualg.pt/pt/content/estudantes-internacionais Banner destinado aos estudantes brasileiros com referência à aceitação da nota do ENEM) Texto em português do Brasil

94

Vídeo promocional Testemunhos Guia online sobre estudar na UAlg em inglês http://issuu.com/ualg/docs/algarve-is-our-campus Slogan – Estudar onde é bom viver / Study where living is good

Universidade de Aveiro (Licenciaturas em Educ. Básica; Línguas, Literaturas e Culturas; Música; Tradução)

2014/2015 (documento interno - versão publicada em DR não disponível no website da UA)

Candidatura online – 50€ 3 fases 20/04 a 15/05/2015; 6/07 a 14/08/2015 1 a 31/12/2015 Provas de ingresso: Português, Inglês, Aptidão Musical no caso do curso de Música e de outra língua (alemão, francês ou espanhol) no curso de Tradução Isenção das provas de ingresso: Brasil ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio China Gaokao Colômbia Examen de Estado, pelo Instituto

Valor entre 4.000€ e 5.500€ (os cursos de ciências sociais situam-se nos 4.000€, à excepção do curso de Música a custar 5.500€) Modalidades de pagamento: - Pagamento total no ato da inscrição - 6 prestações - A pedido do estudante, a propina pode ser dividida em mais prestações, cujo pagamento final não deve ultrapassar o mês de julho de cada ano. Disponível Pack alojamento e alimentação de 1500€/ano (referente a 10 meses em

A UA poderá atribuir bolsas que permitem aos estudantes internacionais o pagamento de uma propina de montante equivalente à propina nacional, de acordo com os mecanismos de incentivo à inscrição de estudantes internacionais previstos pela Direção Geral do Ensino Superior. Contudo, o site não apresenta mais informação.

Português – nível B1 do QECRL;

Caso não comprovem este nível com certificado, os alunos têm que realizar curso de português na Universidade com um custo adicional.

http://www.ua.pt/internationalstudent/Page

Text.aspx?id=19874

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Separador Ensino -URL https://www.ua.pt/internationalstudent/entrada ) Perfis distintos para: Estudantes Brasileiros, Chineses (mas em português com informações específicas para este público), Colombianos e um para Outros países O site está traduzido para inglês e espanhol e os conteúdos do estudante internacional também estão nessas duas línguas. Slogan – “Eu escolho o mundo! UA Internacional”

95

Colombiano para la Evaluación de la Educación (ICFES) Indonésia Certificado de ensino secundário (Ijazah Sekolah Menengah Atas, SMA) + o exame estatal (Surat Keterangan Hasil Ujian Nasional). Índia High School Certificate (Standard XII) México Bachiller ou Bachiller Técnico + EXANI II - prova de ingresso pelo Centro Nacional de Evaluación para la Educación Superior- (Ceneval) Turquia Undergraduate Placement Examination (LYS)

residência universitária da UA). – custo adicional às propinas http://www.ua.pt/internationalstudent/PageText.aspx?id=19872 com formulário de candidatura online.

“Yo elijo el Mundo! UA Internacional” “I choose the World! International UA” Vídeo de apresentação da UA (2014) https://www.youtube.com/watch?v=BcjHNtaPXg4 Possui testemunhos vídeo de alunos internacionais provenientes de Angola, Índia, S. Tomé e Príncipe. Possui uma secção de perguntas frequentes, com uma parte relativa às Perguntas dos Pais Aveiro é uma cidade segura? Quais as nacionalidades dos alunos internacionais na UA?

Os graus portugueses são reconhecidos no resto do mundo?

Quais são os serviços de assistência médica disponíveis?

É necessária vacinação para entrar em Portugal?

Portugal está envolvido em qualquer conflito

96

militar?

Existem algumas restrições à prática religiosa em Portugal?

Qual é a qualidade do ar e da água?

Universidade da Beira Interior – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

2014/15

Regulamento Despacho 2015/R/9 (versão publicada

em DR não disponível no

website da UBI)

Candidatura online - 30€

4 fases: 1ª fase: 9 de fevereiro a 27 de março 2015 2ª fase: 4 de maio a 1 de julho de 2015 3ª fase: 6 de julho a 21 de agosto de 2015 4ª fase: 14 dezembro de 2015 a 20 de janeiro de 2016 Divulgação de resultados: 22 de janeiro de 2016 (Matrículas apenas para o 2º semestre – alunos pagam metade da propina anual)

Mestrados e Doutoramentos também com 4 fases de candidaturas (mas a 4.ª fase termina a 22 de outubro 2015 para o 2.º ciclo e a 16 de dez. 2015 para o 3.º

5.000€

Disponível um pacote com alojamento em residências (quarto

duplo) e alimentação = 7.500€

Bolsas para alunos de licenciatura fixadas anualmente e que

permitem que os EI paguem uma

anualidade igual à que é paga pelos estudantes

portugueses (1.037,20€). - See

more at: http://brasil.ubi.pt/pag/mensalidadesebolsas/#sthash.84alb4t4.dp

uf

Possuem bolsas também para o 2.º e

3.º ciclos.

Português (nível B2 do QECRL) Prova de português a realizar na Faculdade de Artes e Letras da UBI para quem não entregue o certificado que comprove o nível B2 e não tenha feito o ensino secundário em língua portuguesa.

Curso de língua portuguesa com custo adicional http://ple.ubi.pt/ Possuem um Ano Zero http://brasil.ubi.pt/pag/anozero/ Regulamento

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Candidatos, subdividindo-se para Candidatos Internacionais: - Brasil (referem aceitar o ENEM; escrito em português do Brasil, realizam o câmbio para reais; colocam testemunhos, divulgam um blogue mantido pelos estudantes brasileiros (http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/) e Facebook https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha), vídeos promocionais (turismo, de apresentação, testemunhos de investigadores); clipping da UBI nos media brasileiros; divulgam o ano zero e as bolsas disponíveis; vistos do SEF, etc) - PALOP e Timor Leste (conteúdos idênticos mas adaptados; testemunhos em vídeo de alunos das

97

ciclo) Possuem provas com percentagem diferente consoante o curso (Redação; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ( http://brasil.ubi.pt/pag/cursosdegraduaoeprovas/#sthash.Z1bk6XEU.dpuf) Ciências Sociais: 50 vagas (média de 7,1 vagas por curso)

nacionalidades dos PALOP (http://palop.ubi.pt/pag/testemunhos/) - China (página em chinês - http://china.ubi.pt/) - outros países (conteúdos em inglês – testemunhos – vídeo de aluna ucraniana versão em russo - http://internacional.ubi.pt/pag/videosandtestimonials/ )

Universidade de Coimbra – Fac. Letras e Fac. Psicologia e Ciências da Educação

2014/15 Regulamento 135/2014 publicado em DR a 4/04/2014

Candidatura Online – 50€

4 fases de candidatura 1.ª fase – 1/12/2014 a 19/01/2015 2.ª fase – 1/02/2015 a 15/04/2015 3-ª fase – 13/06/2015 a 13/07/2015 4.ª fase – anunciada para dezembro de 2015 http://www.uc.pt/can

didatos-internacionais/oportunidades/1ciclo/candid

atura

7.000€ 700 euros por mês, vezes 10 mensalidades.

A matrícula e inscrição

só são confirmadas

após pagamento único

correspondente a 30%

da totalidade da

propina base (3

mensalidades),

acrescida da taxa de

inscrição.

As restantes 7

mensalidades podem

ser pagas de uma só

Possui divulgação de bolsas e apoios mas aberto a todos os estudantes (bolsas de mérito UC): http://www.uc.pt/academicos/premios_bolsas Divulgação de bolsas específicas para estudantes brasileiros (PLI, Banco Santander, CAPES…): http://www.uc.pt/brasil/financiamento

Português (nível B2, QECRL) Os candidatos internacionais que possuam apenas o nível intermédio de domínio da língua portuguesa (nível B1, de acordo com o QECRL) podem candidatar-se, desde que se comprometam a frequentar um curso anual de português com um custo adicional http://www.uc.pt/candidatos-internacionais/oportunidades/1ciclo/preparatorios/pplp

Curso anual de língua portuguesa (setembro a maio) com custo adicional

Propina 1º semestre:

750 Euros

Propina 2º semestre:

750 Euros

Taxa de inscrição: 20

Euros

Vídeo a promover os

cursos de português

http://www.uc.pt/fluc

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Futuros Estudantes) Vários perfis: - Candidatos Internacionais Brasileiros (aceitam o ENEM; escrito em português do Brasil) http://www.uc.pt/brasil - Candidatos Internacionais da China http://www.uc.pt/en/china/ch – pág. em chinês - Candidatos Internacionais http://www.uc.pt/candidatos-internacionais/

98

vez ou até ao último

dia do mês a que

digam respeito,

ficando sujeitas ao

cálculo de juros nas

situações de

incumprimento, sendo

a 4ª mensalidade paga

em setembro, a 5ª em

outubro e assim

sucessivamente até à

10ª mensalidade, paga

em março, ou

semelhantemente por

referência ao início do

período de estudos, se

este não ocorrer em

setembro.

A confirmação da inscrição na UC está dependente da obtenção do nível B1 de língua portuguesa; Se não for concretizada a confirmação referida, é adiada a colocação do candidato por um ano, durante o qual deve inscrever -se e frequentar um curso anual de língua portuguesa, e o pagamento do curso é transferido para a conta corrente do estudante, não sendo feito o seu reembolso; a concretização da inscrição no ciclo de estudos está sempre dependente da aprovação no curso de língua.

/ensino/cpe/calcp/ins

cricoes_taxas

Atendimento telefónico com horário específico das 16h00 às 18h00 (hora de Portugal) através do número

00351.239.247.195 E-mail específico: [email protected] Slogan na página do candidato brasileiro:

“Universidade de Coimbra:

a escolha inteligente para

uma carreira acadêmica

internacional”

Universidade de Évora – Escola de Ciências Sociais

2014/15

Despacho interno 67/2014, 4/07/2014

e Despacho n.º 9101/2014,

publicado em DR a 8/07/2014

Candidatura online (não apresenta valor)

Fase de Pré-candidaturas a partir de 14/04/2015 Prazo de candidaturas de 6 a 31/07/2015

A Escola de Ciências Sociais (10 cursos) abriu 70 vagas Não possui provas de ingresso específicas.

4.000€

Pagamento único ou em 6 mensalidades

Não menciona incentivos ou bolsas

Português (nível B1, QECRL)

Não disponibiliza informação sobre curso de português para estrangeiros.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via separador Informação Académica/Candidaturas) – URL http://www.estudar.uevora.pt/informacao_academica/candidaturas/Estudantes-Internacionais Informação não está organizada por perfis, não

99

está disponível em inglês, não tem vídeo promocional, divulga os regulamentos, calendário e as vagas preenchidas em 2015/16

Universidade de Lisboa – Faculdade de Letras (FLUL) e Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP)

2014/15

UL - Despacho n.º 8175-B/2014,

publicado em DR a 23/06/2014

(regulamento geral)

Regulamentos específicos por Escola: - FLUL - site é omisso; - ISCSP – julho de 2014 http://www.iscsp.ulisboa.pt/images/stories/secretaria_digital/regulamento_ingresso_acesso_para_estudantes_internacionais_iscsp.pdf

Candidatura online no site de cada Faculdade

e Instituto

FLUL – 60€ ISCSP – 100€

2 fases de candidaturas: 1.ª fase – 4 a 17/05/2015 2.ª fase – 8 a 21/06/2015 Caso as vagas não sejam preenchidas as candidaturas prolongam-se até 16/10/2015. FLUL – 2 vagas por curso ISCSP – entre 5 e 10 vagas por curso

Provas de Ingresso: ISCSP - História, Geografia ou Português (60%) + Entrevista (40%) A FLUL não tem provas de ingresso, a seriação é feita assim:

FLUL – 4.000€ (30% pagos no ato de

inscrição)

ISCSP – 3.500€ (pagamento em 4

prestações)

UL – não menciona incentivos ou bolsas

FLUL - não menciona incentivos ou bolsas

ISCSP – não menciona incentivos ou bolsas

Ter um nível de conhecimento da língua portuguesa requerido para a frequência desse curso (caso não tenha esse conhecimento, terá de obter o nível B2 / DIPLE até à conclusão do grau que está a frequentar)

A UL remete para cursos de língua

portuguesa na FLUL e no ISCSP

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via separador Estudar) - URL http://www.ulisboa.pt/home-page/estudar/estudantes-internacionais/ Não possui perfis diferenciados – só página geral EI em português e em inglês Possui brochura do EI para download com informação de todas as Faculdades / cursos- http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Brochura_estudante_completa_NET_.pdf Vídeo promocional da UL http://www.ulisboa.pt/home-page/estudar/estudantes-internacionais/a-ulisboa/ Possui separadores com informação prática, vistos,

100

FLUL –1.º Melhor

média no 12.º ano de

escolaridade (50%);

2.º Melhor média (às

décimas) das

classificações exigidas

nas provas específicas

para acesso ao curso

(50%);

A classificação

mínima de

candidatura para cada

ciclo de estudos é de

100, na escala de

aprovação de 100 a

200.

Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

2014/15

Regulamento n.º 326/2014 (FCSH)

Candidatura online – 70€

Três fases de candidatura: 1.ª fase: 18 de fevereiro a 16 de abril de 2015 2.ª fase: 1 a 30 e junho de 2015 3.ª fase: 1 a 15 de setembro de 2015 Vagas FCSH: 149 vagas (14 cursos)

FCSH - 3.000€

Modalidades de pagamento: - Totalidade na inscrição - 2 prestações - 6 prestações

Possibilidade de se obter desconto de modo a pagarem somente 1.000€ de propina – estudantes 1.º ano/1.ª vez. Somente referido em edital; os descontos não são publicitados claramente nas páginas do site. Poderá manter-se o incentivo se houver mérito escolar.

Prova de aferição do nível de proficiência em português, escrita e/ou oral (nível mínimo de acesso: B2 do QECRL) – referido em edital e não no regulamento como as outras universidades.

Não se faz referência à possibilidade de frequência de um curso de português, se o nível não for o B2.

Estratégia descentralizada de promoção/divulgação. No site da universidade, o EI vem referido no separador Candidatos, num local secundário e somente com disponibilização dos Regulamentos de Implementação das Unidades Orgânicas publicados em DR (pdfs para download – não há uma ligação aos websites das Faculdades.

101

Universidade do Minho – Instituto de Ciências Sociais (ICS); Instituto de Educação (IE); Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCS) e Escola de Economia e Gestão (EEG) – possui licenciatura em ciência política e em relações internacionais

2014/15

Despacho RT-55/2014, de 5 de dezembro https://alunos.uminho.pt/Module.aspx?mdl=/Modules/Avisos/PortalModules/ViewAviso.ascx&tabid=1&pageid=72&mid=84&na=215

Candidatura presencial ou enviada

via postal 65€

Boletim de candidatura disponível em pdf: https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Avisos/Boletim_Candidatura%20-%20CE_Estudante_Internacional_V1.pdf

Duas fases de candidaturas: 1ª Fase – 7 Março - 15 Abril 2ª Fase – 1 Junho - 15 Julho Possui provas de ingresso consoante os cursos a realizar na Uminho entre 20 a 24 de julho: https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Avisos/CEInternacional/Despacho-RT-56_2014.pdf Vagas: 174 (21 cursos das escolas mencionadas)

4.500€

Depreende-se pela informação geral relativa a propinas que poderão pagar em 6 prestações como os alunos que entram via Concurso Nacional de Acesso. https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Propinas1516/PROPINAS-InformacaoGeral_2015_2016.pdf

UM – não menciona incentivos ou bolsas na página do EI; somente o regulamento no art. 17.º contempla o seguinte:

“A UMinho pode atribuir bolsas de

mérito a estudantes internacionais com

elevado desempenho académico.”

Português ou inglês (nível B2, QECRL) mas a página do EI no site da Uminho refere explicitamente que: “Todos os cursos são lecionados em Português.”

Curso de Preparação para o Acesso ao Ensino Superior de Estudantes Internacionais - http://www.uminho.pt/noticias-press?codigo=10948&tipo=E Não menciona cursos de português

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Tem botão com link direto na homepage e entrada via separador Estudar - URL http://www.uminho.pt/estudar/estudantes-internacionais Tem vídeo promocional em inglês na página do EI e outro na página geral Estudar Link com informações práticas sobre alimentação, alojamento, custo de vida, bancos, cultura e desporto, etc – http://www.uminho.pt/informacao-ects/informacoes-praticas

Universidade do Porto - Fac. Letras (FLUP)

2014/15

Despacho Reitoral GR.01/04/2014, de 24 de abril de 2014

Candidatura online FLUP – 100€

FLUP – 1 a 15 de julho Vagas: 110 para 13

Na UP varia entre os 1.998€ e os 4.500€

Na FLUP é de 4.000€ tempo integral e 2.628,63€ tempo

Desconto de 50% aos alunos do PALOPS devido aos “laços que unem estes Estados a Portugal…”

A Universidade do Porto não impõe requisitos de língua obrigatórios aos seus

Cursos de Português para estrangeiros – curso anual e um curso intensivo

https://sigarra.up.pt/fl

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Tem botão com link direto na homepage - URL

102

Regulamento n.º 205/2014, publicado em DR a 27 de maio de 2014

cursos da FLUP

parcial; Alunos PALOP 2.000€ tempo integral e 1.314,31€ tempo parcial.

Pode ser paga em 10 prestações

estudantes internacionais. Contudo, a maior parte das disciplinas são lecionadas em Português. Na FLUP – é referido o seguinte: “conhecimentos linguísticos ( Nível B1.1) de uma das seguintes línguas: Português, Espanhol, Francês ou Inglês.”

up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=24

19

https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=gateway-estudantes-internacionais e https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=acesso-lmi-estudantes-internacionais Informação sobre candidatura, informações práticas e links para as escolas e oferta formativa; não tem informação organizada por perfil, só em português e inglês. No site da FLUP encontra-se toda a informação em http://www.letras.up.pt/gapro/default.aspx?l=1&m=137&s=0&n=0 A UPorto tem um v+ideo de apresentação institucional legendado em inglês.

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Escola de Ciências Humanas e Sociais

Não disponibiliza. Candidatura online O link pede password

Não se consegue

aceder a informação sobre as fases de

candidatura; preços de propinas

N/D

Somente para os cursos lecionados totalmente em inglês se consegue ter acesso ao valor da propina: 2 cursos de licenciatura (ex.: Engenharia electrotécnica e de

Não menciona incentivos ou bolsas

Cursos só em Português

Cursos lecionados em

Português e Inglês aparecem listados no guia com a % de aulas

em inglês (ex.: Ciências da

Comunicação + de 25%)

Possui um Ano Zero que consiste na possibilidade de frequentar unidades curriculares od 1.º e 2.º ciclos e em 4 cursos de português para estrangeiros, níveis: Level A.1 Level A.2 Level B.1

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade

Entrada através do separador Estudar / Internacional http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_stud

ents/Paginas/foreign-

103

computadores – 6.500 euros / ano) 6 cursos de mestrado – 6.500 euros/ano 12 cursos de doutoramento – 8.000 euros/ano O valor das propinas anuais cobre alojamento em quarto duplo nas residências (10meses/ano), alimentação (3 refeições por dia) e transfer aeroporto/universidade/aeroporto, visitas de estudo e materiais académicos (segundo cada Coordenador de curso)

Possuem oferta

totalmente em inglês e listam os cursos

dando aqui o valor da propina.

Cursos de verão e de inverno intensivos de

3 semanas – 1.500 euros – ver pág. 10

Level B.2

Link: http://study.utad.pt/i

ndex.php/course-catalog/year-zero

students.aspx

Possuem um site único em inglês para os estudantes

internacionais http://study.utad.pt/index

.php/home-en

Informação promocional sobre o Porto, o Gerês,

Terra Fria Region.

O site tem 3 vídeos sobre: UTAD and the city Vila Real; UTAD Frame by frame; Living UTAD

O site em PT possui um Guia para o Estudante Internacional (pdf) em inglês com informação

sobre os cursos, propinas e a % em que são ensinados em inglês / referem o Vale

do Douro como Património Mundial -

UNESCO http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_students/Documents/Guidebook%20of%20International

%20Students.pdf

Porssuem cursos intensivos para alunos

chineses

http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_stud

104

ents/Documents/Prep%20Course.pdf

Têm uma international

Welcome Week http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/International_Welcome_Week/Paginas/international_welcome_

week.aspx

Universidade da Madeira – Faculdade de Artes e Humanidades

2014/15

Regulamento 236/2014, publicado

em DR a 12 de junho de 2014

Possuem o

regulamento disponível em inglês

Candidatura online Inscrição – 20€

2 fases de inscrição 1.ª fase – 18/06 a 15/07/2015 2.ª fase – 1 a 27/08/2015 o regulamento prevê “a possibilidade de exames realizados pela Universidade para verificação da qualificação académica específica para acesso e ingresso no ciclo de estudos pretendido (Regulamento n.º 236/2014, 12 de junho de 2014, art.º 4, n.º 1, alínea d), item v).

4.000 euros/ano

Não menciona incentivos ou bolsas

Não referem o nível de Português, mas

têm uma referência a que o aluno deve

apresentar na candidatura um

documento comprovativo com o domínio da língua em que o ciclo de estudos

vai ser ministrado (pressupõe-se que será o português)

Prevêem uma prova de avaliação de língua portuguesa em ambas as fases de candidaturas mas não referem datas (componente escrita e componente oral)

Possuem um Curso de Português Língua Não Materna com inscrições em setembro e início a 1/10/2015

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade

Não tem entrada direta nem por separador; só consegui chegar ao Regulamento em pdf, versão portuguesa e em inglês, através da pesquisa por “Estudante Internacional” e às condições através da pesquisa “Concurso Estudante Internacional” http://uaa.uma.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1771 A homepage possui um vídeo de apresentação da Universidade.

105

ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa – Escola de Sociologia e Políticas Públicas; Escola de Ciências Sociais e Humanas

2014/15 Regulamento n.º 258/2014, publicado em D.L. Nº. 120, de 25.06.2014

Candidatura online Taxa de candidatura –

65 euros e de Inscrição 30 euros

/ano

2 fases de inscrição 1.ª fase – 18/03 a 30/04/2015 2.ª fase – 1/05 a 30/06/2015 Avaliação documental e/ou provas (escritas e/ou orais) a determinar pela Direcção de cada Escola (ex.: História, Matemática, Português, etc) http://iscte-iul.pt/internacional/studying_at_iscte/programmes_available.aspx

5.500 euros / ano para os cursos de ciências

sociais

7.000 euros / ano para os de gestão, engenharias, arquitectura,

psicologia

Não menciona incentivos ou bolsas

Português (nível B2, QECRL) quer para os

cursos de licenciatura quer de mestrado.

Só o curso de gestão

tem a possibilidade de ser leccionado nas

duas línguas: http://iscte-

iul.pt/internacional/studying_at_iscte/programmes_available.aspx

Possuem diferentes níveis de Cursos de

Português (preço 106,35€) – inscrições até 10 de julho.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade

Tem entrada direta na homepage – Menu Internacional – separador Candidato Internacional URL - http://iscte-iul.pt/internacional/studying_at_iscte/ISCTE_IUL_Estudantes_Internacionais.aspx Prestam informação sobre habilitações legalmente equivalentes com as portarias de 2006

Alemanha, Angola, Cabo Verde, Federação Russa, Grécia, México, Moçambique, República Popular da China e Ucrânia - Portaria n.º 224/2006

África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Bulgária, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Guiné Bissau, Indonésia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Moldávia, Países Baixos, Paquistão, Roménia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Suíça, Timor Leste, Tunísia, Turquia, Venezuela e Zimbabwe -Portaria n.º

106

699/2006 Têm informações sobre custo de vida, fotografias e vídeos sobre Lisboa, Portugal e o Campus http://iscte-iul.pt/internacional/Overview/overview_lisbon.aspx Página sobre alojamento: http://iscte-iul.pt/internacional/Study_at_ISCTE-IUL/Housing.aspx Têm um handbook (em inglês) para download – simples pdf com texto informativo – vistos, alojamento, custo de vida e informações mais completas do que as páginas anteriores. Têm um sistema de Buddy

Mentoring

http://iscte-iul.pt/internacional/Study_

at_ISCTE-IUL/Buddy_Mentoring_co

py1.aspx

Fonte: Websites das IES públicas de 26/08/2015 a 25/09/2015. | *Dados das vagas e propinas contemplam a área das ciências sociais e humanidades.

107

Tabela IX Universidades Privadas Portuguesas – Implementação do Estatuto do Estudante Internacional (EEI)

Universidades

Privadas* Ano de

implementação / Regulamento

Fases de Candidatura e n.º de vagas

Valor da propina

anual

Incentivos/ Descontos

Língua de lecionação

Oferta de cursos complementares

Divulgação no website

Univ. Atlântica

N/D no website nem o regulamento; só o

edital de candidatura do ano 2015/16

Candidatura online Taxa de candidatura varia entre 150 a 200 euros / taxa de inscrição na prova de ingresso – 75 € Candidaturas extra - +25€ 1 fase (1/07/2015 a 18/09/2015) Vagas – entre 4 a 8 vagas por curso Possui provas de ingresso realizadas na Univ. Atlântica de 20 a 24/07 (matemática, biologia e economia)

Desde 3.000€ até 4.500€ para engenharias e enfermagem

3,5% de desconto com o pagamento total da propina no ato da matrícula

Português/inglês Requisito de admissão correspondente ao nível B1 (domínio intermédio) ou B2 (domínio independente) de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas.

Não tem cursos de português para estrangeiros.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem entrada direta na homepage. Entrada indireta via Estudante / Admissões / Concurso Especial de Acesso para Estudantes Internacionais URL: http://site.newatlantica.pt/index.php/component/content/article?id=1442 Página clara com toda a informação sobre o processo de candidatura – não tem vídeos, nem testemunhos, nem informações sobre as condições de vida ou sobre Lisboa, Portugal. A página tem versão em inglês e espanhol.

Univ. Autónoma de Lisboa

2014/15

Regulamento n.º 230/2014, publicado em DR a 6/06/2014

Candidatura online Taxa de candidatura – 185€ Taxa de matrícula – 185€ Prevê provas de ingresso por cada curso N.º de vagas não disponível no site.

Grupo 1 – 3.382,50€ (inclui licenciatura de História e de Rels. Internacionais) Grupo 2 – 3.360,00€ (inclui licenciatura em

3,5% de desconto com o pagamento total da

propina no ato da matrícula

Português

Requisito B2 (domínio independente)

segundo o QECRL; podem candidatar-se com o B1 ou inferior

desde que se comprometam a

frequentar curso de português na UAL durante o 1.º ano

Segundo o Regulamento parece ter um curso de

português mas uma pesquisa no site não devolve resultados

concretos.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem entrada direta na homepage. Entrada indireta via Área do Candidato / Estudantes Internacionais URL: http://autonoma.pt/pt/?det=15443&section=Area_do_Candidato&title=Concurso-Especial-de-Acesso-para-Estudantes-Internacionais&id=2920&mid=&mid=243

108

1ª fase de candidatura - até ao dia 2 de julho de 2015 e a prova escrita e entrevista - 4 de julho de 2015 A 2ª fase de candidatura - até ao dia 10 de setembro de 2015 e a prova escrita e entrevista decorrerá no dia 12 de setembro de 2015

Ciências da Comunicação e de Psicologia)

lectivo (com custo adicional)

Página clara com toda a informação sobre o processo de candidatura – não tem vídeos, nem testemunhos, nem informações sobre as condições de vida ou sobre Lisboa, Portugal.

O site tem versão em inglês mas os conteúdos do Estudante Internacional não estão traduzidos.

Univ. Católica Portuguesa

2014/15

Disponível o despacho 1155/2014, de 13 de

agosto de 2014.

Candidatura online só para o pólo no Porto; Nos pólos de Braga, Lisboa e Viseu, a candidatura é realizada com envio de e-mail e os documentos em anexo. Taxa de candidatura: 200€ (taxa especial de acesso para alunos que concluíram o ensino secundário no estrangeiro) 2 fases de candidatura mas as datas são diferentes em cada pólo Classificação para entrar:

A página do EI não refere o valor da propina; a tabela de emolumentos e propinas refere um valor por Unidade Curricular.

Não menciona incentivos ou bolsas

Português ou Inglês

(domínio PT – B2)

Não refere ter cursos de português e a pesquisa

não gera resultados.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade (com referência às várias cidades do país onde a Universidade tem pólos e respectivos cursos) Entrada direta na homepage com imagem – Candidatos Internacionais / International

Applicants

URL: http://www.ucp.pt/site/custom/template/ucptpl_infopara.asp?sspageID=5289&lang=1 Separadores: Boas-vindas Que estudar? Condições de acesso Calendário Informações úteis (Visto, Alojamento, Saúde, Viver em…) Perfis por: Candidato Brasileiro Candidato da U.E. (referem que não se aplica o EI) Candidato de outras nacionalidades

109

60% nota do ensino secundário e 40% prova de ingresso ou equivalente

Univ. Europeia

N/D no website nem o regulamento

Candidatura Online

1.ª fase – 20/05 a 27/07/2015

2.ª fase – 1/08 a 1/09/2015

Provas internas:

Economia, Matemática, Português e Economia

Não foi possível

encontrar informação no site

sobre os valores das taxas de

candidatura e inscrição nem o n.º

de vagas.

Não foi possível encontrar

informação no site, na página

do EI, informação da propina, nem

em Admissões – estudante nacional

A pesquisa por

propina também não

devolve resultados.

Têm disponível um número de

telefone gratuito para informações;

um formulário eletrónico

Não menciona incentivos ou bolsas para os estudantes

internacionais

Português (B1)

Inglês (B1) para as licenciaturas

leccionadas em inglês (só a de Management

and Business Administration)

https://www.europeia.pt/internacional/mobilidade-internacional/estudantes-internacionais/international-students/academic-offer/

Não refere ter cursos de português e a pesquisa

não gera resultados.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Entrada via separador Internacional URL https://www.europeia.pt/internacional/estatuto-estudante-internacional/

Têm disponível um número de telefone gratuito para informações; um formulário electrónico; e um e-mail Documentos para admissão aqui e em inglês https://www.europeia.pt/en/admissions/international-students-non-european/ Vídeo testemunho estudante mexicano https://www.europeia.pt/en/lisbon-experience/testimonials/

Univ. Fernando Pessoa

N/D – a pesquisa não devolve resultados

para “Estudante Internacional”

N/D N/D N/D N/D N/D N/D Site da FCHS http://fchs.ufp.pt/contactos/contactoselocalizacao/ Site da Universidade http://www.ufp.pt/

ISPA-Instituto Universitário

2014/15

Despacho interno – Regulamento 110 de 11 de agosto de 2015

Candidatura online

Taxa de candidatura – 50€

Taxa de inscrição – 355€

Propina anual é de 3.938,00€ (não há referência a propina diferenciada para os

Possui um separador com informação sobre

bolsas (por mérito, carência económica

mas não há referências a descontos ou

O Regulamento não especifica o nível de

português e depreende-se que possa haver cursos

ministrados também em inglês:

Não refere ter cursos de português e a pesquisa

não gera resultados.

O ISPA não tem entrada direta para o Estudante Internacional. Encontra-se informação sobre o regulamento, propinas e calendário das provas e das candidaturas ao entrar em Candidatos / Normas e Regulamento / Acesso e Ingresso –

110

2 Fases 1.ª fase de 4/05 a 25/07/2015 2.ª fase de 7/08 a 19/09/2015 Provas internas + Entrevista Não se encontrou o n.º de vagas.

estudantes internacionais)

vantagens para os EI. “A verificação do conhecimento da (s) língua (s) em que o ciclo de estudos é

ministrado, podendo a competência oral,

quando necessária, ser verificada com

recurso à videoconferência – art.2.º, n.º 6 b) do

regulamento

mas não está centralizado tudo numa página destinada ao estudante internacional URL - http://www.ispa.pt/regulamentos-academicos#7506

Univ. Lusíada 2014/15 Regulamento 7974/2014, publicado em DR a 18 de junho de 2014.

Candidatura online Taxa de candidatura – 200€ Inscrição – 310€ 1 fase – 1/06 a 21/08/2015 13 Provas internas realizadas na 1.ª semana de setembro 2015 Não foi possível encontrar informação no site o n.º de vagas.

Propina anual vai desde 3.256€ a 3.905€ conforme os cursos (não há referência a propina diferenciada para os estudantes internacionais)

Não menciona incentivos ou bolsas para os estudantes internacionais

Português (B2) Caso o candidato não tenha esse nível, deve comprometer-se a atingi-lo com a frequência de um curso anual de português Só poderá inscrever -se no 2.º ano curricular do ciclo de estudos mediante a comprovação da aquisição das competências (PT – nível B2).

A pesquisa no site leva-nos a identificar dois cursos que não são adequados a atingir o nível B2, sendo assim, somos levados a concluir que a Universidade em Lisboa não oferece essa formação. Os cursos que possui são: - curso de português língua não materna (mas é um curso livre para domínio do português básico em situações da vida quotidiana) - curso "Intensive course of portuguese language and culture" para alunos Erasmus com visitas de estudo incluídas.

Estratégia de comunicação descentralizada pelos 3 pólos: Lisboa, Porto e Vila Nova de Famalicão. Foi analisada a Universidade Lusíada em Lisboa. Entrada via separador Ingresso / 1.º ciclo Licenciaturas e mestrados integrados URL: http://www.lis.ulusiada.pt/pt-pt/ingresso/1516/1%C2%BAciclo%E2%80%93licenciaturasemestradosintegrados/estudantesinternacionais.aspx Página com alguma informação sobre o processo de candidatura; por exemplo, as propinas só se conhecem através de pesquisa no site.

Univ. Lusófona

2015/16

Despacho interno 10/2015 de 20/02/2015

Candidatura online gratuita

5 fases de

candidatura que vão de 12 de março a 28 de Setembro 2015

Provas internas

Valores vão desde 4.161€ (sociologia) a

7.508€ (Ciências Farmacêuticas)

Têm um separador sobre bolsas mas mencionam as da CAPES e as do Santander para estudante brasileiros http://www.ulusofona.pt/admissoes/estudante-internacional

É omisso em relação ao nível de português.

Não refere ter cursos de português e a pesquisa

não gera resultados.

Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Link direto na Homepage – Internacional / Estudante Internacional URL: http://www.ulusofona.pt/admissoes/estudante-internacional

111

(Biologia, Matemática,

Português e Física e Química)

Os alunos com Exame Nacional do Ensino Médio ENEM (Brasil) válidos e exames nacionais de acesso ao ensino superior ficam dispensados da realização das provas internas.

Informação sobre o processo de candidatura e um separador sobre estudar em Lisboa com o Guia Lisbon Experience – Study in Lisbon da CML - http://www.ulusofona.pt/pt/media/lisbon_experience_pt.pdf

Fonte: Websites das IES privadas de 26/09/2015 a 27/09/2015 | *Dados contemplam a área das ciências sociais e humanidades.

112

TABELA X – PLANO DE AÇÕES

AÇÕES RESPONSÁVEL CUSTO ESTIMADO

PERÍODO jan. a jun. 2016 jul. a dez. 2016

PROCESSO - AÇÃO 1 – Fases de candidatura FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 1 – Língua de lecionação FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 2 –Curso de português FCSH/NOVA -104 X SERVIÇO - AÇÃO 3 - Propina FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 4 - Formação FCSH/NOVA -105 X SERVIÇO - AÇÃO 5 - Sinalética FCSH/NOVA 15.000€ X COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 1 - Website REITORIA - X COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 2 – Ações promocionais REITORIA 200€ - anúncios

10.000€ - Feira

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 1 – Marca NOVA FCSH/NOVA 20.000€ - agência X COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 2 - Website FCSH/NOVA 1.500€ -

Tradução mandarim

X

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 3 – Grupo de foco FCSH/NOVA - Fev. COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 4 - Ações promocionais FCSH/NOVA 200€ - anúncios

2.000€ - anúncio online site brasileiro

10.000€ Feira

X

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 5 - Apadrinhamento FCSH/NOVA - X TOTAL DE CUSTOS - REITORIA - 10.200€ - -

TOTAL DE CUSTOS - FCSH/NOVA - 48.700€ - -

TOTAL DE CUSTOS - 58.900€ - -

104

O curso já existe por isso a sua estrutura de custos já se insere nas despesas de funcionamento da FCSH/NOVA. 105

Os cursos já existem por isso a sua estrutura de custos já se insere nas despesas de funcionamento da FCSH/NOVA.

113

TABELA XI – ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO

AÇÕES

PROCESSO - AÇÃO 1 – Fases de candidatura Acrescentar mais uma fase de outubro a dezembro é uma tarefa exequível. Exigirá uma monitorização mensal do n.º de candidaturas e um balanço final de quantos alunos se inscrevem para o próximo ano letivo, com um ano letivo ainda a decorrer. Requer abertura da instituição para inscrição em seminários do 2.º semestre (fevereiro a julho) que depois deverão ser creditados no ano letivo seguinte.

SERVIÇO - AÇÃO 1 – Língua de lecionação Alterar o regulamento é uma medida que requer uma decisão por parte dos Órgãos de Gestão (Diretor e Conselho Pedagógico). Requer publicação em Diário da República para entrar em vigor e poder ser anunciado no website institucional e nas ações de divulgação externa. Poderá alargar o universo de candidatos a estudantes internacionais e consequentemente a um aumento das receitas.

SERVIÇO - AÇÃO 2 – Curso de português A disponibilização do curso com programa específico e uma propina própria para o estudante internacional está dependente da aprovação por parte do Diretor. É uma tarefa exequível a desempenhar com a estrutura existente de formação de cursos de português para estrangeiros. Poderá originar um aumento das receitas e ser um fator diferenciador do serviço oferecido.

SERVIÇO - AÇÃO 3 - Propina O aumento do valor da propina requer aprovação por parte do Diretor e uma alteração ao Regulamento. Requer publicação em Diário da República para entrar em vigor e poder ser anunciado no website institucional e nas ações de divulgação externa. Poderá originar um aumento das receitas.

SERVIÇO - AÇÃO 4 - Formação Considera-se que esta proposta de Semestre Zero tem viabilidade, uma vez que os cursos de curta duração e seminários já existem. Seria necessário aprovar uma propina própria por curso ou pack de curso dependente da aprovação por parte do Diretor. Poderá originar um aumento das receitas e ser um fator diferenciador do serviço oferecido. Se não se verificar a implementação desta ação por falta de adesão, tal não compromete as outras ações descritas no plano.

Se for implementada esta oferta formativa, no final do ano letivo 2015/16 deve ser

114

verificado se se conseguiu atingir a meta do 2.º objetivo estratégico (inscrição de um terço dos EI a frequentar cursos de licenciatura na Faculdade).

SERVIÇO - AÇÃO 5 - Sinalética Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor.

COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 1 - Website Considera-se exequível mas requer aprovação por parte do vice-reitor para a internacionalização e pró-reitor para a comunicação. O sucesso desta ação depende igualmente da criação de um grupo de trabalho e do grau de envolvimento dos vários membros das UOs.

COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 2 – Ações promocionais Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte dos Diretores de cada UO.

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 1 – Marca NOVA Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor.

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 2 - Website Considera-se exequível visto que não implica custos, a não ser o da tradução para mandarim caso haja aprovação do Diretor para criação do perfil do Estudante Chinês no website (está indiretamente relacionado com a passagem para o B1 como nível de língua exigido). O grau de sucesso desta ação depende igualmente do envolvimento dos docentes coordenadores dos cursos de licenciatura, dos recursos humanos dos núcleos NMC e NCRI e da possibilidade de recrutar um estagiário para reforçar a equipa do NMC neste projeto.

As visitas a estas páginas de conteúdo do EI no website da FCSH/NOVA devem ser mensalmente monitorizadas através da sua contabilização via Google Analytics para se aferir quais as que são mais vistas e o tempo que um visitante gasta em cada uma em média. Pode-se igualmente obter dados das nacionalidades dos visitantes.

O aumento da notoriedade (3.º objetivo estratégico ) pode ser medido no final do ano letivo 2015/16 por comparação ao n.º de visitas ao website e aos conteúdos relacionados em 2014/15.

115

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 3 – Grupo de foco Considera-se exequível visto que não implica custos. Requer uma colaboração entre o NMC e o NCRI.

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 4 - Ações promocionais Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor. Os anúncios pagos nas redes sociais e a campanha no Google AdWords deverão ser monitorizados semanalmente, de modo a ajustar o valor por clique e analisar a evolução do n.º de cliques nos anúncios/campanhar e dados por nacionalidades.

O aumento da notoriedade (3.º objetivo estratégico ) pode ser medido no final do ano letivo 2015/16 por comparação ao n.º de visitas aos anúncios nos motores de busca e nas redes sociais (por público estrangeiro, segmentado por país).

COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 5 - Apadrinhamento Considera-se exequível visto que não implica custos. Requer o envolvimento do NCRI na operacionalização e do NMC na divulgação junto da comunidade estudantil e divulgação externa.

116

8.3 Gráficos

Gráfico I

Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos

Total de alunos em frequência | Total de Diplomados

Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Gráfico II

Evolução do número global de alunos

Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

693 674 694 720 726

2839 29092698

27752689

571 551 555

593

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

N.º de Colocados 1.º ano /1.ª vez

Total de Alunos emfrequência do 1.º Ciclo

Total de Diplomados 1.ºCiclo

,0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

1º ciclo

2º ciclo e Pós-Graduações

3º ciclo

TOTAL

117

Gráfico III

Evolução do total dos estudantes e dos estudantes estrangeiros em 2.ºs e 3.ºs ciclos,

da taxa de captação e da taxa de diplomação (2013 e 2014)

Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2014 e Divisão Académica da FCSH.

Gráfico IV

Evolução do número de estudantes em programas de mobilidade e número de mestrados e doutoramentos em colaboração com instituições internacionais

(2013 e 2014)

Fonte: Gabinete para o Estudante e Mobilidade Internacional e Núcleo de Gestão Curricular da FCSH.

45.00%

15.40%

43.00%

35.00%

41.00%

18.30%

32.00%

22.00%

0.00%

5.00%

10.00%

15.00%

20.00%

25.00%

30.00%

35.00%

40.00%

45.00%

50.00%

Estudantes em 2.ºe 3.º Ciclos (%)

Alunos estrangeirosem 2.º e 3.º Ciclos

(%)

Taxa de captaçãoentre ciclos de

estudos

Taxa de diplomaçãonos três ciclos de

estudos

2013

2014

291

102

2

361

114

20

50

100

150

200

250

300

350

400

N.º de estudantes emprogramas de mobilidade

(incoming)

N.º de estudantes emprogramas de mobilidade

(outgoing)

N.º de mestrados edoutoramentos com

instituições internacionais

2013

2014

118

Gráfico V

Fonte: Resultados Inquérito Raides 2014/15

Gráfico VI

Fonte: Resultados Inquérito Raides 2014/15

119

Gráfico VII

Fonte: Resultados Inquérito Raides 2014/15

120

8.4 Questionário

Questionário I

Grupo de Foco – Estudante Internacional

Inicialmente deve realizar-se uma breve introdução aos objetivos do grupo de foco e solicitar aos alunos participantes que se apresentem dizendo o nome, curso e ano, e o seu país de origem e cidade.

Nota: A sessão será gravada. Grupo composto por um máximo de seis elementos, de várias nacionalidades e a frequentar cursos de licenciatura diferentes, e se possível desde o ano letivo da introdução do Estatuto do Estudante Internacional (EEI), ou seja, 2014/15.

1.º bloco – COMUNICAÇÃO | MOTIVAÇÃO

Vamos realizar agora um exercício de memória… e recuar ao momento em que começaram a

pensar em tirar um curso superior…

Caso se aplique (dependerá da idade)

Já tinham frequentado o ensino superior?

Se sim, onde (país de origem? Outro país?)

O que mais vos motivou quando pensaram em ingressar no ensino superior num país

estrangeiro? O que vos motivou a procurar estudar fora do vosso país?

Já tinham tido uma experiência internacional de estudos ou esta é a primeira?

Houve alguém que vos influenciasse na vossa escolha do país?

Houve alguém que vos influenciasse na vossa escolha do curso ou da universidade?

Quando e como é que conheceram a Universidade NOVA e em particular a FCSH?

- meios (site, redes sociais, escolas, consulados, embaixadas…)

- pessoas (alunos, amigos, antigos alunos, familiares, professores, outros…)

- Marketing (anúncios, feiras, …)

O que é que souberam sobre a NOVA e esta Faculdade antes de entrar cá?

- familiares, amigos, professores, psicólogos

- feiras, escola secundária

- rankings

Que expetativas tinham:

- acerca de Lisboa, Portugal…

- acerca da Faculdade

- acerca dos cursos

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- acerca dos professores

- acerca dos colegas

- acerca das instalações…

Como se deu a decisão de escolher a FCSH? (Foi a vossa primeira escolha?)

Que fatores levaram a que escolhessem a FCSH? (notoriedade / prestígio, professores,

família, rankings)

Os fatores económicos afetaram a vossa decisão de vir para Portugal, para a FCSH?

2.º bloco – PROCESSO DE CANDIDATURA

Quais as dificuldades sentidas no processo de candidatura?

- obtenção de vistos /documentos (certificados de consulados, embaixadas)

- informação disponibilizada no site da FCSH

- esclarecimento pelos serviços de dúvidas/questões colocadas

- prazos de candidatura (as fases correspondem ao calendário escolar do país de

origem)

- utilização da plataforma de candidatura online

3.º bloco – Expectativas | Integração (Depois da entrada no curso)

Satisfação geral com o Ensino

No primeiro momento, houve algum aspeto que se destacasse?

• Pela positiva

• Pela negativa

Essa percepção alterou-se ao longo do tempo que têm estado na FCSH?

Se o ensino / os cursos de licenciatura fossem lecionados em língua inglesa, ter-se-ia

candidatado?

Maiores dificuldades que sentiram?

Trabalhar durante o curso? Alguém? Dificuldades em conciliar?

Satisfação sobre espaços

Qual é o espaço de que mais gostam neste momento? (escrever num papel)

(todos apresentam a sua opção) Porquê?

E o que acham de:

• Biblioteca

• Cantina

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• Salas de aula

• Sala de informática

• Salas de Alunos

• Esplanada

• …

E sobre os serviços, o que têm a dizer? Há algum que destaque pela positiva ou pela

negativa? Porquê?

• Serviços académicos (Divisão Académica)

• Secretariados (dos departamentos)

• Outros Serviços de apoio: GEIM - Mobilidade, GIPAA (estágios profissionais,

voluntariado), Biblioteca, Informática…

Se pudessem alterar uma pequena coisa, o que sugeriam?

A exigência do ensino da FCSH veio ao encontro das vossas expetativas?

Comunicação - FCSH

A FCSH tem vários canais para comunicar com os alunos, quer com os candidatos quer com

os antigos alunos.

Que meios conhecem?

O que acham desses meios e da sua utilidade?

• Site

• Intranet

• Facebook

• Twitter

• LinkedIn

• Blogue…

Participou em eventos / conferências organizados pela FCSH ou pelos seus centros de

investigação?

• Sim / Não

• Caso a resposta seja negativa, porquê: falta de tempo, desconhecimento…

Integração

Associativismo - Participa em algum núcleo estudantil da FCSH ou da NOVA?

• Sim / Não

• Se sim qual?

- Associação de Estudantes

- Real Tuna Académica NeOlisipo - Tuna Mista da Faculdade de Ciências Sociais e

Humanas

- NECPRI – Núcleo de Estudos de Ciência Política e Relações Internacionais

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- Núcleo de Ambiente

- Núcleo de Programação Cinematográfica

- Grupo de Teatro da NOVA

- NOVA Debate Club

- Associação do Coro da Universidade Nova de Lisboa

- Outros…

Realiza algum tipo de voluntariado?

• Sim / Não

• Se sim, o quê, onde, se foi através da FCSH…

Conhece alunos de outras licenciaturas (do mesmo país de origem, portugueses, outras

nacionalidades) e do 2.º ciclo (mestrados) e 3.º ciclo (doutoramentos) a estudar na FCSH?

Sentem que os alunos nacionais contribuíram para a vossa integração? E os docentes?

4.º bloco: Depois de terminar o curso de licenciatura

Pensa prosseguir os seus estudos em Portugal depois de terminar o curso de licenciatura?

Pensa prosseguir os seus estudos na FCSH depois de terminar o curso de licenciatura?

• Sim – na mesma área?

• Não

Consideram que a FCSH vos prepara para entrada no mercado de trabalho e procura do

primeiro emprego?

Se não, o que poderia ser feito?

O que pensam fazer depois de terminado o vosso curso?

- Conhece a oferta de cursos da FCSH de mestrados e doutoramentos?

- Trabalhar? Onde? Em Portugal, no país de origem ou outro país?

Pensam que ter um curso da FCSH vai facilitar a vossa procura de trabalho?

Estágios - Conhecem os serviços que a FCSH tem para apoiar a integração profissional?

Como conheceram? Acham útil?

Que sugestões têm de melhorias?

Se não conheciam, como acham que poderia ser mais divulgado?

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O que esperam da FCSH neste momento?

Recomendariam a FCSH?

O que mudariam?

O que mais destacam como positivo da vossa experiência com a FCSH?