maria sylvia di pietro - 2009 - parcerias na administração pública

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3 A DESCENTRALlZAGAO N A PRESTACAO D E SERVICOS PUBLICOS &1 DESCENTRALIZAGAO POLi TICA E ADMINISTRATIVA _ ~e dm i- se f~ ar ~ ce nS r rb al iz a~ ~o , deseesrrallzacao em se n ti do politico e em K!IWUtI a mstra nvo , 0 0 pnm eiro aspecto, elas designarn forrnas d - d ~~ d . e o r- ga - lUII9Io 0 zsta 0, em que se ccnrrapoem 0 Estado unltario (caracte" d tral - r ) 'd - nza a pela t'ell Iz a~ 1o po m ea eo Esra 0 federal (caracterizado pe la de sc e tr 1 1 - p o l i ti c a ) ; s o b 0 s eg un do a sp ec to , in die am forrnas diversas de 0' n, a ~a~aQ A d m in is tra - 'b " ,<; 19a111Za~ao d- ca o Pt i I ic a, c ~ nt:a liz ad a e d es ce nr ra liz ad a, a u, p ara em re ar _a ~~:.sagrada no direito positivo brasil ei ro, Cldm1l1islra~ao P~ h lf c[ ! ~ ~; :~ D o ponto de vista pohnco a central aa - , lmmas diversas de atribuit';; d' f _ sacao ea descentrallza~Eio constituem -..,;~...;__ ,_ ";,,,0 e un~oes aos emes locals (co '. ,. ... 1UI.I 4. ) r eg io es e tc ). N a c en tr aJ iz a 'a o 0" , "Illunas, mUnIcIpios, temsO [e m 0 v alo r ju rid ic o que II 1.1 P litica, as atn bul~ D es que des exer- -Geconem, com forca propria d~e~ emp,re~t: 0 e nte cen tral; suas atrl bui9 0es' na o Geotses Surd' ,OnStHUl~ao mas do d ea u (1949:320) "opoder I" ' po er central. Segundo saoJ'urid' po rtrco e Central' d ...~L:lico lcamenre qualifit:<ldo' c. iza 0 quando os agentes I"W em tod ~para razor prey' J .1:_ os os lugares e e d' " a ecer sua conccpcdo do IW todos os pr m 10 .IS as mater' 10 Ocessos de cria\ao do C! ' '. ,, l<tS e monopolizam, com pe falO de q treito pOslnvQ A _ '- ~1BIei~nPi" ue 0 Es~ado eo'" . ssim, a centraliza~ao ,seus 6" _ IJnlCO 1nLerl)fet rl b t. .t..1!__ rga.ossao os u ' e 0 em cornum e que .I"' 4WQ l que el flIeos COm peLent ' One! e POstula e para us s para editar a regula, r-tUltoriciarl"t" quer que se eXerc', c sar d a a U to .d d ad e necessaria para qu e , J po er public 0, e ern nome do ESLado p o lf ti ca O C O fi e que nao dec quandu Q ellte d. ' orrcm do cnte ce ,escenlJ'Clliztluo exerce ~ ntr al ; (' a Sittl<lt;Do dos E st ados- " ' I 4 r ne mb ro s d a le de rm .; ao c. no B r<l sil , r a mb er n d os M um dp lCJ 5, Cada l im d es se s e nt es locais dcreru cOnlpetclldl'l legisl auva propria qUI!' nao decorre da Umao nem a c ia s e s ubo rd i nn, m as en cor ur a s eu fm,c\UIl1(mt u na propri a Con5titui~O Federal, As nuvid ades j ll !' idi cas q ue u xer cer n D3( J constltuern d legacao ou concessso do govcrno central, puis de las S.iCJ t itularv» de maneira orrgmana. Nas palavras do r ne s rn o a ut or, 13tJrd eau [1949 :344) , ",I descentralizacao politica existe quando 0 entc detem, a par cia C I uio-o rgam ... a~[io, 0 d lr ei to d e p ar ti ci par c ia v om ad e e st at al eo direito de dar se norrnas que nao extra em seu valor jurfdico e nenhuma outra auw),i,dade, PratJcameme, esra forma de desccrurabzaca o serealiza quando 0 gntpo di spo e. de modo mais nu menus ample, de poder legislativo_ Mas hci u ma came, te rfs tic a fundamen tal da descenrrallzacao politica: e o dt ulo em vi r tu d e do qual 0 ente e xe rc e SUBS a ti vi da de s j ur id ic as, E st e t it ul o na o e o nc es sa o a u d e\ eg ac t ao do E st ad o, ma s aq ue lc que a proprio erne decem: 112, ima idei a de di reuo istinta da que fun dar nen ta 0 en re c ent ra l. E st a s uu ac ao e aquela dos Estados me bros de urn Estado federal que na o sornenre exercern, por suas proprtas femes, 0 poder legislative n05 lirnites fixa dos pela C005titui~ao Fe deral, mas aind a pa ruci pam POl- seus representanres (Senado) da Iorrnacao da voruade egisiativa do Estado federal no se n conjunto". 3. 2 DESCENTRALlZA< ;AO ADMI N1 STRATIV Indepemknlememe da forma centraHzada ou descentralizada de do Esta do. a ar ividade da Ad ministracao Publica pode ser exercida direrame nt e, meto de seus proprios orgaos (c ent ral iza cao adm ini st rat iva ou direta) ou indiretamente, pO l meio cia rransferencia d e a rri but co es a outras soas , ffsicas ou juridicas, publicas ULl privadas (descentralizacao "h-",t-i,Lri ou Adrnlnlstracao indireta). Par outrns palavras, quer se crate de centra polulca, propria dos Esiados umtarios. qucr se crate de descemralizac;aa propria dos Estados federais, ambas convivern p er fci rar ne nt e com a ue" ... ",,,u zat;ao administrativa, T ra dl rl on al ru er ue , a po n ta m -s e duns modalidadcs de descenttaliza~o rninistrativa: Ca)a te rr itor la l ou geografl ca ; e (b) a por servic es , funcional te cni ca , Pr ef er ir nos ac omp anh ar os a ut or es Que acrescenram, como autonorna, <1 descentralizacfio por colabora cdo, que apresenta p ro prla s, q ue justificarn $\1;1 inclu fio em categoria diversa de Em tcdas eSS<lS modalldades, a descenunlizarao caracreriza-se pela UtL•..,· .... ., . cia d( ; ut ri bui coes de uma pessoa jnridlca publico (Uniao, Esrados ou IYlLUU'-''''' '' [lu ra o utr n p es so a j urfd ic a. 0 ente descentralizado goza de capacidade de administrac;:ao, Oll seja, tit' cap aci dade de gerir os proprios n eg 6ci os , OUi,UDlg~ do-se, qua nto < 1 esse aspe cr o, clos entes Icderados, de scen rralizados nonneamea

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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3A DESCENTRALlZAGAO

NA PRESTACAO DE

SERVICOS PUBLICOS

&1 DESCENTRAL IZAGAO POLiTICA E ADMIN ISTRATIVA

_~edmi-sef~ar ~ cenSrrbaliza~~o,deseesrral lzacao em sentido politico e em

K!IWUtI a m stra nvo , 0 0 pnm eiro aspecto, elas designarn forrnas d- d ~~ d . • e o r- ga -

lUII9Io 0 zsta 0, e m q ue s e c cn rr ap oem 0 Estado unltario (caracte" d

t r a l - r) 'd - nza a pelat'ell Iz a~ 1o po m ea eo Esra 0 f ed e ra l ( ca ra c te ri za d o pela desce tr 1 1 -

poli tica); sob 0 s eg un do a sp ec to , in die am forrnas diversas de 0' n, a ~a~aQA d m in is tr a - 'b " ,<; 19a111Za~ao d-

ca o Pt i I ic a, c ~ nt:a liz ad a e d es ce nr ra liz ad a, a u, p ara em re a r _a

~~:.sagrada no direito posit ivo brasilei ro, Cldm1l1islra~ao P~hlfc[! ~~;:~

D o p o n t o de vista pohnco a centraliaa - ,l m m a s diversas de atribuit '; ; d' f _ sacao e a descentrallza~Eio constituem- ..,;~ ...;__ ,_ ";,,,0 e un~oes aos emes locals (co ' .,. ... 1UI.I4.) r eg io es e tc ). N a c en tr aJ iz a 'a o 0", "Illunas, mUnIcIpios,t e m s O [e m 0 v al o r j u ri d ic o q u e I I 1.1 P l i t i c a , a s atn bul~ D es qu e des exer-

- G e c o n e m , com forca propria d~e~ emp , re~ t : 0 e nte c en tr al; suas atrlbui90es' na oG e o t s e s Surd ' ,OnStHUl~ao mas do d

ea u (1949:320) "opoder I" ' po er central. Segundo

saoJ'urid' po rtrco e Central' d. . . ~ L : l i c o lcamenre qualif i t :<ldo' c. iz a 0 quando o s a ge nt esI"W em tod ~ para razor prey ' J.1:_ os os lugares e e d ' " a ecer sua conccpcdo doIW todos os pr m 10 .IS as mater'

10O c e s s o s d e c ria \a o d o C ! ' ' . , , l < t S e monopolizam , com

pe falO de q treito pOslnvQ A _ '-~1BIei~nPi" ue 0 Es~ado eo'" . ssim , a centraliza~ao

,seus 6" _ IJnlCO 1nLerl)fet rl bt. • .t..1!__ r ga .o s s ao o s u ' e 0 em cornum e que.I"'4WQl que el flIeos COm peLent '

O n e ! e POstula e para us es para editar a regu la ,

r-tUltoriciarl"t" q ue r q ue s e eX er c' , c sard

aaU to .d d ad e n ec es sa ri a para qu e

, J po er public •0, e ern nome do ESLado

po lf tica OCOfieque nao dec quandu Q ellte d. '

o rrcm do cnte ce ,escenlJ'Clliztluo exerce

~ ntr al ; ( ' a S ittl< lt;D o dos E st ados-

" ' I 4

rnembros da lederm.;ao c. no Br<lsil , rambern dos MumdplCJ5, Cada l im desses entes

locais dcreru cOnlpetclldl'l legislauva propria qUI!' nao decorre da Umao nem a

cia se subord inn, mas encorura seu fm,c\UIl1(mtu na propria Con5titui~O Federal,

As nuvidades jll!'idicas que uxercern D3(J constl tuern d legacao ou concessso do

govcrno central, puis delas S.iCJ t itularv» de maneira orrgmana. Nas palavras do

rnesrno autor, 13tJrdeau [1949:344), ",I descentralizacao politica existe quando 0

entc detem, a par cia C I uio-orgam ...a~[io, 0 dlreito de participar ciavomade estatal

eo direito de dar se norrnas que nao extra em seu valor jurfdico de nenhuma outra

auw),i,dade, PratJcameme, esra forma de desccrurabzacao serealiza quando 0 gntpo

dispoe. de modo mais nu menus ample, de poder legislativo_ Mas hciuma came,

terfstica fundamental da descenrrallzacao politica: e o dtulo em virtude do qual 0

ente exerce SUBS atividades jurid icas, Este t itulo nao e oncessao au de\egactao do

Estado, mas aquelc que a proprio erne decem: 112,ima ideia de di reuo distinta da

que fundarnenta 0 enre centra l. Esta suuacao e aquela dos Estados membros de

urn Estado federal que na o sornenre exercern, por suas proprtas femes, 0 poder

legislative n05 lirnites fixados pela C005titui~ao Federal, mas ainda parucipam

POl- seus representanres (Senado) da Iorrnacao da voruade tegisiativa do Estado

federal no sen conjunto".

3.2 DESCENTRALlZA<;AO ADMIN1STRATIVA

Indepemknlememe da forma centraHzada ou descentralizada de

do Estado. a arividade da Administracao Publica pode ser exercida direramente,

meto de seus proprios orgaos (centralizacao administrativa ou

direta) ou indiretamente, pO l meio cia rransferencia de arributcoes a outras

soas, ffsicas ou juridicas, publicas ULl privadas (descentralizacao "h-",t-i,Lri

ou Adrnlnlstracao indireta). Par outrns palavras, quer se crate de centra

polulca, propria dos Esiados umtarios. qucr se crate de descemral izac;aa

propria dos Estados federais, ambas convivern perfcirarnente com a ue" ...",,,u

zat ;ao administrativa,Tradlrlonalruerue , apontam-se duns modalidadcs de descenttaliza~o

rninistrativa: Ca)a territorlal ou geograflca; e (b) a por services, funcional

tecnica, Preferirnos acompanhar os autores Que acrescenram, comoautonorna, <1 descentralizacfio por colaboracdo, que apresenta

p ro prla s, q ue justificarn $\1;1 inclusfio em categoria diversa de

E m tcd as eSS<lS m odalldades, a descenunlizarao caracreriza-se pela UtL• ..,· .... .,.

cia d( ; utribuicoes de uma pessoa jnridlca publ ico (Uniao, Esrados ou IYlLUU'-''''' ''

[lu ra o utr n p es so a j urfd ic a. 0 ente descentralizado goza de capacidade de

administrac;:ao, Oll seja, tit' capacidade de gerir os proprios neg6cios, OUi,UDlg~

do-se, quanto < 1 esse aspecro, clos entes Icderados, descenrralizados nonneamea

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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, n 1 ' ' ' ' I N~~'"• j,1 " o r ' ' ' '' " . . . . . . . . . . ,

J nom ia ou ~(ji1.dt.' pod!,1 de l'll.t.ll leis, se m sullo '..J'-am uC auto ' , ' 1,,111'1("-

qat l,J- n nao I~ da pl't'pna L.pn:>UHIH;.It, ,<10 uC)UInIS n o n n ilS qUt • • , , ,,'

, ~ .• • , . .. . i 1 dl 'sc t'nl l~ liza r ; i' io .1l I I ll1 l11: .c rnr IV.J 'upoe ilII ClllsferenCt' d1\ 1 m u~"", 'I J ' a ~ II

arMdadt' p)'\)pn.l da Admin is t l'Ol l, ' ii o I 'l l) r ca : COf1~LlII1t'lllt', tnlla'St' de lim se ? J I !t..... I finido como "toda ati\'idadc material LJtle a lei atribui ae F . t'Vi~o

p d b I l \ . . . . . le I'd· I I o ,Staclue I l exeI\a dlretamente ou por mero e seus ( c egados, COlll 0 obt . 0

~ leazer concretllmenlC a s neccssidades colerivas, sob regime ' .~e~\loIO K 's a , . . . 0' P' I "OOQ 102) J U I , d l c or o t a ! ou pardalmente publico ( Ill' ro, .. .. , .

Quand( ) 0Bl.ldo e x cr ce u rn a auvidadc q l Je n ao e propria do Estado

In ro ati" p riv ad a, n ao s e c og ita d e descemmiiz£I(;:"io p ropria 11 1 en I { ' d it l] ' fm asda

I' td d •. . 0 qUe

r requando ceasslIme,urua atJV1 a e econormca com base no art. 17 3

Const irui l ;80 P l ; - d e r a l ; ( 10 c rr ar um e e rn pr es a e s t a t a l para desempenhiJI es s , d , a

d - • ' d ' 'I d a atl\li.dade . 0 E s t a 0 n ao e st a rransrenn 0 l ima an v I( a e su a (pois ninguern tr c

od d ' ' d d ' b' .. anSreremall ib~de res , °dqduf r e~ ldm iJ s s ~mu l ° d e ,s ua or Ita propria de a~a0 para atuar noam Ito a a nvt a e p nva a. a ut 0 e intervencao no donllnio econ 0 rnico ,

. , : r e m a e , ~E's:;erespeiro, <11i~aode ~elsO,Ant6nio B andeira de Mel lo (1975:10.

1 1) , C or ne e s ab id o 0 E stad o tan to p od e aglr com capacidads de dlreit ., iblio co ,'I d d d" . ~ 0 pu leo

00111 m capauc a e e ire ito priva do . E m ou tra s palavras: 0 E dpran d direi ib li . sta 0 tanto

ea a res e irene pulC O

c om o a to sd e d ir ei to

privadoPOI' I'

r o d ' d . S SO 1 11es m o ne rnualifi o s a las prau ca o s pelo corpo organico da Administra~ao (Bxecut! ') ~

q cadescomo atos admini s rr ti _, _. vo, saopUbbco portam ., d I a VOS, ma s t<'lO-SO aqueles rides com o de direitose' 0, npiros 0 Estado, expressivos de suafuneao administrati D'

segue. consequentememe d d .... va , a th ad esc en rra lh ~'';oa dm ' , ,e ,e a co r 0 com cxig~ncia de carater J6gico que 86, ...... ... l!l..LStrauvaqua do i " '

lalscaracteres. Se a "d d ' n ? < 1 atrvtdade d es ce ntra Jiz ad a re pro du zahi descentralizal'a o aa[1dm\ '1 ,eau S:fVlC;O nao se Cjualifica c omo ad r ui ni st ra ti va nao

.. lrustrativa o· ,', 'emdescentraliza¢o quando b ' . UrrOSSlITI, cornu so tern sentido 0 falar-seem b ee " '~ '. 0 0 je ro a s er d esc e t li d

\II:atiVidades pub li . . n ra za a compete ao centro s6q u e se coloca cas e admlDJstrativ: - . ' ..... ~., 0 problema Logo e d as, que sa o merenres ao Esrado, e~ '. espropositado it d d .-d.-__-a quando se tratar de ativj ,C?g . ar ~ escenrralizaeao

--=ll lJlGlbada POtuma peSSoa o d.ade de direito pnvado - ainda qu eoOvetnamental. "

'" !N t r 1111 I ~ Vt

3. dclimll.l(;ilO geogrM1l'a;

4, (. ;a po clo ad c g en en cn , 0 11 seia, paid ('](1reef a ~<)tdall~adl"u rnaior parte

dos encargos pLlhlicm.de interesse dr coletivi <Ill •

5, s uj et ~i io ~ IC'O!ILIllll' pelo poder central,

E stc tip o d c d e~ t. :e l1 trflli~ at; ao a dm in i:o :a nu iv a o co rrc n os . K c; [~ d( )~ u m~ ari,o s,

c om o F ra nc ;a .1 tO l ia , Belgka, COllStitUldus po: uepartameruos, RcglQ('S, l>rrWlDClas.

COIDlIna);, e e 0 que se verif icava no Brasil, a epoca do Imperio,

No Brasil de hoje, podem ser inclu'dos nt-ssa mod ilidade r'e descenrrahzacao

os ter r it6lios federais, que, tal COIIIO estao dlse.pllnados pela Constituicao rembo -

ra nao lenham eXlstcnCIa f:ilica), nao mregrarn a Federac;fio, mas tern personalidade

jurldlca de direiro publico, sa o geograllcamente delumts dos e possuem capacidade

'gent!rica, que abrangc services de seguranca, saude, justica etc .

E tmportanre realcar que a degcentraliz<l~~o adrninistranva terri torial nero

sempre impede <1 capacidade legislar iva; .,0 que es ra Cexercida sern autonomia

porque suhordinada a ncrmas emanadas do poder central,

3.2.2 Descentraliza~aopOl' servicos, b~cnicaoufnncional

Descentralizacao par services, recnica au funcional e a que se verifica

quando 0 poder ptiblico (Uni50. Estados ou Municipios) cria urna pessorl juridica

de direito publico au privado e a ela atribui C 1 rirularidade e a execucao de deter-

rrunado service publico. No Brasil, essa crlacfio sornente pode dar-sf'. por meio de

lei c corresponde, bnsicamente. ft figura ciaautarquia, mas abrange tarnbern as

fU11da~oesgovernamentais, sociedades de economia rnista e empresas publi-

cas, que exercarn services piihlicos.

Trudieionalmenro, as aurores indlcam apenas a aurarquia CO I II 0 fonna de

ut'scent:raliza~ao por servico, defirundo-a, 1 ' 0 1 ' i5S0 mesmo, como service publico?e~c~nLra,liz~do. u'~:a-gede dererrninado service publico qu e se destaea da pessoa

~ur:d~capu~hca (Ul1laO, Fs tac10s au Municipios) l' no qua).se atIibui personalidade

Jundlca propria, larnbcm de natureza publica: emend -se que 0 ente instituido

de;e ~era meSnl<'l capatitlade puhlrca. com todos as privih~gios e prerrogativas!1I0PI'lOS clo eme insti[uidoJ' , N. io e pOl' aUlr;) razao que 0 Decreta·lei n O 200. de

25~.fl7. iJpegadn 11essa dUlIrr ina l radicional, define ;: tpenas a autarquia como

entlciade q ue p rl 's ta sel'viljo publico Lipico do Estauu,

llJllavi"l 0 "'St'll.1 j. 1 - dr' M

, '. " " lIO l d evo lJ~an as rormas de descentraliza~ao revela queSI:'encuam C'111"sCom e·' I'd d d j " , •, , .,' P 1son <1 1 a I:! C ( I rc .l to pnvado e a e1es se r raos. feDIaIa . .lltulandade e· . - ,I ' "

. _ ,d exccm;;ao ue servl<;opublico. com 0 mesmo processode_ellraiJz""ao' 'I I r , • t

"" , .- l ll ('ICI1<;a csta Pin que os privik'gios e prerrogativasslo~

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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I. 'XI,,"C'~:1J1WIIll.' ('C11I.L r rdos jwl:t ""j jllS~1I '

utl1l1 d,l tj ll l' es e: f . U1cIQI"_lIde u~ . ' lI1~eClI(nC'dt' St'l)'. III . ij,.

- c s s : t no.' IXl li l 1 I(t , . , ,' • ..

~ ~ 1 '_ ,.j )1'I)rSt"YI~tl, Q cnrc du;u:'IIII<llizadu pns'J Jrs(~.11I!·] I,J~.I 'I' ,:;;,1 deII, _ J 1 'l',", t~'ll:l'111l'(lIlSI'q\J{'llcm, C' e d('~ernn('nl tilr

. . . . . . . . . ._.. .&.Uti I c .! \CCUf;ao ( t " .1 . ' ,. 1i1 q .CI l II I i" . . .. . -l' r:, . I ' !C I(JO ,{ p lC~S(l :1 que lhc ueu \'11.1;1 pc.cll:!ndoo '~~I'.

de l~nd "I IC J (l em t f . - rI . " ~. I' Por-St • .c o n i n 'd' "[,,'~()IJ1(,11IeSlm;) n1ISSIHI1iIlO, 111IIfl'~I'X]lJe~'. d

ln ie \ " as: es ••!S. . _' ScllTl{:hI1CIlIS J I 'I' }' (ll..)·t'livu ",trnl1Uf qll(, I I e li ! nladc 11(11) 51' , (",. . '.1(,~ Jt'J e re m ,I "." . '·,,,Vll;' I

ecuClSCnl f,' l<:lilUidrt ESSi:1:1 r;1zao dll t:(Hllrolc till tilleia ii "U Cos

oS qUSIS .)1 II • ' , . '1 e t"il id . s , ~ubn1t 'r (' n1nos l imue~ da II~I. 8

_ d deSI,·cnll;JJiz;.u,30 cnvol v e. p o r ra r uo :1 " ct'SSO e

rt. ' t '<Jnhedmen1o de personalidade jurfdica no em e descenl raliz<ldo.

~ e\lSt incl3 de Orgaos. prdprios, . l'OlI1 c:ra.dd~i~lce auto8dmin.istra~a~e~c. 'n"d'l com certa mdepl'ndem:I.l t lTI ri'Iac;ao <10poder central;

3 , patrimonio p r6p r io , n e ce s sa r io a consecucao d e scus fins;

4, capaddade especifica, Oll seja, lirnitada a execucao do senrit;o pLiblico

d er er rm na do q ue l he f oi t ra n sf e ri do , ( ) que i rn pl ic a sujdr;ao ao princi i'ali - . I d _1 d Pod a e sp ec i zacan, qu e Im]J('( to 0 e m e . e sc en tr an za 0 de desviar.s

, . ~ , _ e

d os f in s q ue justincaram sua cnacao:) . S U. if .' I~ O a cnntrole ou tutela, exercido nos I rmues da lei, pelo ente

in su un do r; e ss e c on ir ol e te rn q ue ser limirado p ela le i p re cis am em e

pa ra a s scgura r certa margem de independencia ao erne desc : e n t r a l ' Z < 1 _do , $f.'ID Q q ue n ao s e j us tif ic ar ia s ua Insrituicao.

3.2.3 Descentraliza~ao por colaboraeao

1l'.O~u-alizad ~aop a r c o la b o ra~ a e a que se verifica quando por meio dee vonta es ou ato administr tivo 'J I

d e detenninadoser\'i~ 'bli a . v~ ~ ateral, se tra nsfere a execucao

ensrerlte..conse"'-~..I 0 pu dCO

a ? es soa ju rfd ic a d e direito privado previamente",llllJO a po er pUblico- a tirul id '

C o 1 an ade do servico,mparando-se esra mOdalidad . . .

adtsc:entraJiza~o e f ei ta p o r I' e COm a antenor, verifica-se que, naquela,. t i t a I a r i d a d e e a e xecu~o do el, q ue c na urna pessoa juridlca, a qual atrib ul a

\ t d e d i z e r qu e 0 e nt e q ue t ri a : e~ 'V I ~~ ,c o lo c a nd o -a s o b a tutela do p od e r p ub ll co ,

. P a i s . para retoma-!o, d ep en de d ~ u I , a de perde a dispon ib i l idade sabre 0 servi~o,$ O b r e ° c e l . P Or iS SQ

em e descentralizad mesmo, 0 commle ou tutela qu e

~_1lCIP!i1'a 8C o n c i l i a r a neeess 'd d O te~ que ser delimitado, com precisao, pela: r . : do e Ia e de l,:Olltroj. .___ ._ nte descellU'alizad ' e com a alltonomia adminisrratlvCl

( f U L C l a l U te ll a s i 0 /, D a l 0 principia de qu e fl10 h3 tmelD scmT Ie eg e null l C

, U I t l t e . la praeter legem, null" tutdla

4

• " C ! f H l() l' acordo d • vontades 011 atOA dl'Sl:el1lrall7.lH.;ao pur colauoracao CII. ~ . r • do a. . '. nilateral pelo qual S(' glt ibui a uma Pt.',,;'Od de due It ) po,:",

adnllnlstrallVOU , ' i 0 r dor cuncp.dcnI(, sua titulandade.

exccU(;ao de scrvlco pl'lhlll,:U, eonservam (J l) '

, . d de vorrtacles pmlem ~,c:rmr'ndonndtls. !:-nlrt outras mndahda-COIIlU acor os c. , r ., 24 a saber, O J concessao

d . uri s forrnas de (IJIlC'CSSaopmd Icat as 110Item •• .' .

es: (,1) ,IS v~,I IJ~' l J IC'10D.r! prececlicla r iu nan de uhra publica, e as duas modalidcservu:;optlJlCO 1< 1 < , • - '. 'bl di .

clades de rarcerias publIco,privadas; (b} a p1 ."TIT115S .m

de se-rvu;u pu 1 : : 0 . como "I~, ' d IT' ." 987/95' (r') os CUlllrmofo de gestao com a s orgamzacoes sociais

crpllOl-l a 11<1 ~el n 0 .- \ .

CSt:! c ; a n de SI!I'V11'OS publ icos como ocorrc, po r exemp 0, na area~tJ(, ~~~LlI:1~~ ~ Aan~l1ia que tcnll:1 por ohjero a delPl:"iJ~iiode S(;I'VI<;n pUbl tCh . rl

a sau e,. ,< 10 a C lu es e c on e de no ambito do c o rr e i o (dis 'iplmLlda pela U : : : lq\le constrrUl exemp .

t1!111,668, de 25-95)

Como exemplos de atos adrninistrativos unilaterars, podern ser cirados: (a)

a a~ l to r iz a c ;ao de servic;o publico, referida, ~o r exemp~o. nO,art: 21. U1ClSOSXl eXII da Ccwsllluir;8o Pederal: e (b ) a perrnissao de sefVIC;? ~u~hco, que, emb_ora

ref~ rjd a no art. 17 5. paragrafo unico, incise L, da Consm_w?ao, como. co~trat?

continua a ser tratada como ato unilateral em algumas leis mfraconsmuoonal~,como a Lei Geral de Telecomunicacoes (Lei nil9.427. de 16-7-97, art. l lB, para-

grafo unico).E importante lernbrar ql1e.nem todas as forrnas de parceria implicarn d.escen-

tralizacao de service publico. Eo caso, par exemplo, dos terrnos de parce~~ co m

as organizacoes da sociedade civil de interesse publico, que prestam atividade

privada, e, exatamente pOTaruarem no campo dos services sociais nao exclusives

do Esrado, recebern ajuda do poder publico, dentto de sua atividade defomento.

Na mesma categoria entram os convenios com entidades do terceiro setor (as

deelaradas de urilidade publica, as filanrropicas e outras), que presram atividade

privada de interesse publico e tambem t~m parceria com 0 pader publico para

fins de fomento.

Tambem nao constituern formas de descentrallzacao de services publicos as

terceirizacoes que tenham par objeto a prestacao de services e obras, como disci-plinados pels Lei nO 8.666/93, Nesses casas, ocorre a simples execucao material

da atividade au obra, sem transferencia da gestae de service publico.

Replta-se, portanro, que e essencial ao conceito de descenrralizacao a ideia

d e tra nsfe rc nc ia d a gestae d e s er vi <; o pltblico Oll de outra atividade propria do

Estado, 0 4ue n ao o co ne na aLividaue (Ie fomenta ~ atividade privada, ainda que

esta seja de intere~se publico. Nem rocla atividade de interesse publico ronstitui

servi~o publico de titularidade do Estado.

N os casas de descenlTaliza~ao por colabora\5.o, como se reals:ou no conceito

supra, 0Estado nlTIserva a litlliaridade do servic;o. s o transferindo a s u a ex ecu~o .

Ista Ihe permite dispor du servic;ode acordo com 0 imeresse publico, envolvendo aPossibiUdade de aiterar 1Il1iIateralmt'!nle as conrlic;oes de sua execuc;ao , e de retoma.

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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I I.d)' ~ll'l)ntr llt't ll11qo, I;li . 1 1 1 1 1 110 u n

'sta )C CCI I, qUe, , , I e d pl'3T.1c, " r ~ ' iio )7o rSCf\'U,'l). porq lll o podcr puhlicu e <l(IUel~

n:l de''t''l'nllilIZ ":If'Il.i

(lCOI r IH,:~!il ulumu. t]lJ~ ci(oll,lqu~

-: .•_ Mi dl1 I=l'n'Ji;O, 0 4 . I I I ilu r u u u - ( ' .t t' -1'\ (11el1l.11 C (elll SU~1HI7.:1O de Sl'r. 0 se .....:

.1 'ritll,"lO!.: UllL. • • 'f,;O nf i s S 3 ulS " t:'~r;'tdl) prt't' is;tI111'J1l!. ' por :>L'I L11'l l; ] ati\, Idad, , t ' l J h 1 l c - "

d 1'01 leI . • ID t:.;" • ' • I { cons' -, " ~

O. ..1 d C l ul~ P I) 1' r ss o 111es!l10. , . ; E ' su nnere a um r> 1 U e t a d

IJI'olrH\IUIl t:'. I -. _'I l'&1111e' ~

a c d l direilO publico, a St'l \ )1,;0 (JU )IICI Ie co isa "/ I U t l c ! i "........"mUlanrClllente e _ 1 r , ,( ex " ct C 'Q

p"'-"'~': 0 en d (I.cOml1 ta I. set objelO de rc ~l~'oes J W·II.!1 c~s regid<I.~P('I;JI1~'I]~f.• OR p o d _ lade~ que tcnh;nl1 por objeru LIm servrco Pl'lblic I dlreil~

: a d o li).ilU a " r e • ')'t • 0 t e V eI direloo pliblico. III~~t

tra ( 37;30 q ue a C o ns ti l u i< ;i io Federal. (''111 dois disl)O S' ,e pOI oU • '. der mi , ' 1I1VOS

Publtcos s('jan1 pi estaJos pclo po er publico, diretarn , e ! ( 1 8 e

Que ser\1:{b . _ ' ~ .. " el1te

m('tfianle permlssao au concess30 (arts 21 . U1ttsoX IJ ,ao,

iodlrttruTlt!nte, . , . " ' C 175)~ ; < ' b ' \ m e s n lO ~ de conSl1tuclonLll!dpc ie bastante duvidosa a dcscel1tr-!· 'rvr.., .~' C • di b " UIZ'!r'

d. p ti bl ic os ( on 'j qu ei ram en re terra. 110 Irena rasilelro, a enti l d ',~o

e-seJ\1\"S .' . d : - . d d i " (a e S s o b'me ju r id i rode d i re l tO pnvado ( J11 Il ,H ; oe s e J1 ella privado, empresas 'b '

'!...edades

de e c o n o m 1 3 mista): que adquirem , POI' Iorca de lei, a ti[UIPU

, e a sf~ , ,,_. d i ' - c a l ' l d a d eobre-0 se f \l ~ , A ConslltUl~ao IO ic on . c om p re cis ao . a rorma pela qual ad '

a de ' cen tT Jl iza~ f lO ,r ec is ame .nt e po rque as in st it u to s escolhidos (cone ~teib li • J id e s s l I o e

n P r m i ss a o) n a o renram do poder pu 1(;0 a titu an ade do s e r v i c e e per 'r--, . ..... ml tem

W D ~n t ro l e ma i e r s ob r e o : l1te d e s c e n t . 1 al izado l < 1 lined lata r e ~ o n 1 C l d a do Serl'lto

U b l i c o q u a n d o su a execucao pelo particular s e reve lar co m raria ao intere sse '_1:_. . id d da nara afastar a i pUU\,U. A r me rp re ia ca o q ue t er n ~ 0 a ~t:a a ~m~a atastar a ll1constitucionalidade

e a qu e en ten de q ue n a ex pres sa o sen'l~os[Jublleos presrados cliretamente I

poder'br .. cl d _. petl

pu ICO e st an am ~n Ul a s a p re st aG i1 0 que se laz pela A ci minisITa ~5_(llli rel~

m rambem iJ . que se ta z pe las entidad£'s da Admill i~rrac;ao i n d i r e L C l . '

.Diferente € a ~ i! ua ~a o n o e .a so d a s autarquias e das funda.;6es d e d ir ei U!

publ ico , po rq~e ne ss e ca~o , ambas l(~m personalidade Juridica publica, s U J ' e i

tando-se a r eglJ l1 f J 'undico e. < d Ih . -,centralizada, m .U 0 seme ante ao da A dmmlS lJ (l~ aO d ue ta 0\ 1

A descentraliza~ao de . . b .privado cr i d . . Sf.'rvl~OS u heos feita a pessoas jL u i d i c a s de d l l ' e l t o

Nu;";"" a as, por leI. p ara cssa finalidade levou a celtas tomradir'oes na C o n s '

--r"....m especial ao faro de' . '\B K i d a d e s da adminis _. ~raucamente ter·se 1gual ac..l00 r eg im e J \ld dko d as

d o - e 0 regimeJ 'u r id ' t rda~o m~l~e[a com pe rs onal id ad e j u d d tea de direito pr iv a·

t.....I_._ ICO a admm lstra - d i r ' • 't I'~-st em term d . c;ao eta, autarquias e fundacoes pu 11C~S,

os eosemdo 'bl' . -~_ato, connole. res pu leas (an. 3 7 c..laConsLirui \ao) I I c l t aC

ao.

~nao ~se lel qualquer disti ~ . .1 l'lI.illlllidatjk> etonollli n<;ao entre as em presus estatwS que u e s

e n,

~~l~em:llPrlh"'_ca:o~o forma de intervenc;ao no dominiO CCOJ1~

T V U ; Opublico, l o m o f o rm a de descentraliza~ao

f \ Cons .ltuciona\ n

d ' . corrin ida pela men( a .Essa ano:rnalia fOI en: gr.an_C p.lr~\" do :,r tigc .} 173 da Con unl1~() d{:~O~

19/9B que tl() liar nova Icd<u;ao ao ~ , s: c f'~tat'l'l5 que des(:mpcn\ ern au -'. I' "buir-se {ISempll'! .1" ..' c

dam 3 pnssilJilJdacll' l e '1\1\, I d'",~osilivl' (pM motivo de ,>cgurant;a.' . n base nu CVpll1 (0 I_~ • d'f do

viu.,dl:: ct0110J11IC(l CUI , . I ) <.;tattllO J. urldico pr6pn(), 1 ercot1a, • > 'ok'nVO! c evfll l lE ' c - b rxado

nation'-ll Oil mlere~s~ c. - '. nu'bli"o E<;"~(:5WtUtO.;} ser a xa_. id d i jt "p rc st llm SC1-VU; :Ol' ~. -~. t

em rcJ_m;:10s en n a es q "1 [I "8-0 sLId al e formas d c fiscalt7.a~ao pc 0

d ' d'~por sob rc ' - sua ln.." . d apOl' le i, evenl. 1. .' • '. ao r""ime iuddico proprio as empres sI c' ,dade' 11~ a SllJe1liao , ':.0 • b \h'E ,stado e ~c a s~ Ie, os dirciros e obrigac;oe<; civi5, comrrciaL'; . t ra. a l~taS

Privadas, mc!milve quanto a _ c l - _ obra" "erviros compras L' ah,~na<;oes.

,. H I r · · t ' " d c ; a o c contrata ao e'," , ,e tributanas; -: leI .. , drni '. a no publica; IV - a constitu11;ao e 0 ~CIO'

observados os pl1ndPIOS da a untstr 5 . . '.' ac;aode aciomsta!tnamenlO dos CDllSclhos de aciminismT,IO': f i~~.a~e~~:;:~:~~ reo;ponsabil idade

rninoritarios; V _ as mandatos, [lava W~30 l: .

dos adro ini s tr adores". .' - d r a dPOl ' esse dispositivo se verificCl que a slIbmissaO ao d~relt~ pn~~do se a .. e

f.

. d te ";,.,"lLiSive quanlO aos direitos e obngac;oes CIVl.S. C'omerC1alS,onna pt-epon enln· , '-'" . - brerrabalhistas e tributanSS", e que. embora sujeitas as \icl tac;oes, as norm

as.so

esse

rocedlmentoe sobre a conu-ata<;aopodl'rao ser diversas das e~tabele~d~ p~ra ~

~dmiJliSlra~_ao direta e demais eI1tidades imegranLeS da ~d~ITI1S~ac;~o i~d\feta.

exige-se

tao-somente observancia dos princlpios da Adnllrnsua~ao Pllbhea.

E m bo ra 0 dispositivo da Constitui<;ao nao seja <luroap l icave1,l'0rque. depende

de lei que venhu estabelecer 0 estatuto juridico, e ,evi~:nte~~e fic~raro abertas,

para 0 legislador, as portas para [nstituir regime JundlcO dlteren:-,ado .en:rreas

empresas que atuaffi no dominio economico e as que prestam service publico,

Na real idade, melhor seria que as servic;os p(iblicos comerciais e indusaiais

do EstCldD fOsseDl semple dest:entralizados pelo instiruto cia concessao ou permis-

sao , em que a empresa. au mesnl0 tcmpo em que atua como e_rnpresa privada

sem as amarras do regime.juridico aciministrarivo, tern que respeitar. por m.\ITO

lado, no que diz respcilo ao servic;o pOblico, certaS regras qtle sao unpostas pelo

poder coneedente t1a regulamcnta.;ao du serv1i;O concedido. Concilimn,se a neees-sidade de impor-se, de um Indo, 0 regime jurfdico dt! direito publico quanta nos

aspectos em que ek e indispensc'lvel para assegurar :1 continuidade. a igualdade

dos usuarios e a mutahilidade, e, de oulro lado, respeit<Usc a fOlma de Cilua<;a

das etnpreSaS pri'vadas. nos relaciol1r1mel ltos com sellS t:mpregados e com tercei-

ros, na organiza~flo, estnllura etc. 0 capital Ja empresa e privado; os ri~cos

empref'l1dimento sao tla empresa privada, co m a panidpa,ao do poder p uapenas para a rcstabelecirneIlto do equilibria ecouomiro eventualmente

salvo n a s p a rc e ll as p ub lico -p riva da s, e m que 0 risco pode se r compartilhado.

empres,irio ob_ietiv,l 0 lucro e procura por ele. a mati funciollamento da

penaliza 0 emrresilrio privat1o,

Quando 0 servic;o e descmpenhado pdo proprio poder publico, pe r m eiosuns emprl"J;as, II dinheiro e total uU majori[ariamente Pllblico, a E s ta d e a 5: ;U IM

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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f 1 os risCO~e l l > t 'lIlpr ( l nd n lenIn: n ( 'T l lJ 1 1' "'OllOt,:lO. 101 l:> " {Sa n"j ,

n it m e s m llPI" d 1 '(I l l~ Im~ i ll iz , o s !>.t() ..r ss un n. lo s [1 ('l os tOlre .' 0 ~ i l l l

Jh tl\'O e ucro: t. S !luili' 1

v id a p t'o 0 f C ' , . . 'J11lll ' !>.l p e l1 ;t Ii ZL l U p ro p na ('ulelhll.i<lUl' ! - I . e . , 1~C)s 'I.. C 1 n a u ll 'n l o ( .. t , • ' .1 'lllid' '

mau . .. .0' ' l"nl(, (Il l POd~T Ext'( 'ut 1\'0 na vida d;ls l'111111e < I a n~

'n"l'rrnc!.l , 'ons .. . . S!Js esmalar JlI.o.o I '" r' , ria se r urn controle lirnitudo pelu lei [lO r . 81~lili\ '

doaqUloqU.:ll •• , ., .,', umn:'su~l1rwn c . • lon"'l11i'! ( 1 < 1 enudadl ' , nlcrn de contllhuir f )r ll '! "1' f' &eSln n

d q ue I l' rE ' a au ,., " , , _ ' ~ , ' u Jll' lei' ,i n c f e \ , 11 "~O mesmo. I'SSil JOlllHI de dCliCl'lltl.;J!IZ:H,:ilO d!;!vc s(') encl~

em pr es ,l 1 \1 1 I S~ J 'I I' .e " reSl'rli j

• "dJ.le~ ( ' 1 1 1 uue a a l u < l( fi o do p o ~ I pun re o I:" l1ecl~ss,l.titl n a a t "~·t 11 . : t u n II- '1 " I d c n i , " I ra Q IU-'I" I na o d'~ersr~ctl\ ,Ide ucro all on c j' 1[]ICI<llJv.'l do IX I t', ~rn o d 0 partICU ar '".' ' r • . I '(\llar;

~ ) 0 p od er p uh li co p od e n ru ar com I'll CJUIZO, qu e C l 'Obe l ~insUfit:lell( ', pOb ~l . - r 0 tOI

r e c u r s o s pro\ 'cnicntl '~ dos trib utes. n

3 .3 E VOLU~O D AS FORMAS DE DESCENTRAL I ZA« ; AO

ADM IN ISTRAT IVA

A epoca do E .mdo liberal, em que sua arividade se restri ngia quase e x c : l l l s i .

vam ente A d efesa exrerna e ,I scguranca m terna, nao havia grande n e c e s s i d a d r

de descen rra liz ac so da s a r iv idades adrninisuarivas, mesmo porque a s f un ~ ii es de

polic ia sao, em ge ra l , ind elegr ivels, pe lo fa ro d e implicarern a utoridade, coer~ao

s ab re 0 ind ivid uo e m b en effc io d o bem-estar gera I: com relacao a elas, sao in

c om p ati ve is o s m e to do s d o d ir ei to p ri va do , baseados no prlnc ipio da igualdade.

~ es sa epoca , 0 c on ce it o d e service publico l i gava-se sern contestacao ao r e g im e

jundll:o administrative. E sse po dia ser co nsid erad o a criterio mais adequado pan

distinguir 0 s er vi co p ub li co d a a r iv i da d s p a rt ic u la r ,

A pro~ r~ ao q ue 0 E sta do fo i a ss urn in do < Ju tra s e n c arg os no s c a m p o s s o-e economlco sentiu s . id d d d -d o . " ' - e a necessl a e e enconrrar novas formas e g es ta e

,.~~r,o , pu h li co e d a a ti vi da de privada exercida pela Adnunlstracac. D e umIIIIW a Idela de especial' - .•

q u e ) l lS t i f i - ,1Z3c;aO, com vistas a obtencao d e m elh ore s resultados,e ou e a in da )Ustific:a '..oDleSmo b - , , , a eXIStencla d e a ut ar qu ia s; d e o utre ledo, e elJlll

o ~ etl vo . a Utt lJzal'a d' _ .' is e.aeis " " ~ L _ ' " \ '0 e metodos de gestao prlvada, rnais f iex lV< 'LS

" "" "l 'l 4V e lS a o n o vo r ip o d ivid ' I aD i I t 1 l n ! z a co ' . e a tiv i ade assum ida pelo E stado , em especI3

I lt er cl a! e in d ustri 1 ' [011M ""~m fins de -. _ 1 1 \ ; e m a lg un s p ais es , c o m o a A l cm a nh a, J _ S S O~~stas SOoal12.a¥!,Q eel 'dosra 8O!iesenv 1 ' m outros, especialmente nos subdesenvo VI '

...... 0 Vlmenm el.:Onomico.~ opr6 .

, pno cOnceito d ' . , e oS""lImrlrtY...induStria" e servl~o publiro entrou em crise, Ja qL l

P a B s a t a t n a s I Sd e c :o m e rC ia is , a n te s executados exdusivame'U(e P~er esem p h d '~ p i l h ! t ·

::-1~3 ,Q u linant.. ' e~ a os r amhem pela A dm inism ll;(lo ,d e dlTelto p' I ' e " Tl}l1e

~:;Rt'!SI b a 1 i z a ,nv3C 0; Como cun5eqLII~nCJ.a, 0 r ~-

q U e dehm i tava o s c o nc e ilu s dE ' s e rv ic ;o p (lb l! C ( ) r

" 1

I' t \rlilizat!(I inle ia lll1e ntc', f< )1 a d e lf 'g n c- ,a o d a I?XCC ' " af)! 1e s er -

rUrL1 III1CII 0 •• _. _ "

o ~ ..os " cmprcsas [Jar!I Cl li ;u es , p o r m~l() de c on ce ss ao , lllj :- i vantazem,

vi~os public ·.'.1 pussibllid"Jf ' que rlnha 0 Estado de presrar s e rv i co , Pl ,b l ic o. I lla da cr.l, . 'b

jli a~S1!1' , ,no~id:1de e l l ! invei ter recu rsos pu ucos e iern cnrrer 0: ; nscos dl Jcss('ndal, scrn nec",.,. '

recnd imf'I11'o.ernp , . I 0 poder pll blico foi u-ndo que iruerferir nil vida da ernpresa

A medIca que ~ .\ " . Foi •_ _f. ".'1

asscgllral 11c:onseCLlc;aouos rntcrcsses gerais, 01 necessarianreSSlOnilflll, pal .,.--." " dco ", .' I" '1nancein cada vez ruaior; t.oustrurrarn '51;' ieonas objerivan 0bern su a flJUC ,' I I - < • _ ' ". _

tam . IJlbrio ecouornicu do contraro e possihilltar a continurdadc nasegurar 0 equ ,

as _ d "'-;"0 PU<lnr10 0 F.sLad(l cornecou a parncrpar dos fI:iCO', do em-sraf'30 0 serv, . .. ' < ! . ' ,

pres 'T _ c on ce ss ao f oi perdendr s eu m re re ss e e h us ca ra rn Sf' n o va s f orm asp re en d Im en t~ , ade descenlraJ lzac;ao-

- 'as POI- terern capacidade publica sernelhante it da AdminisrracaoA s au ta lqm , . . _"d' f ram cunsideradas mars adequadas para a presracao de servicos

publca Ireta. 0 di . 1 ilei , h id 'I· 6 ios do Fsiado embora 1 1 0 irerto ) f < J S I eiro muitas ten 11 m SI 0 c na -

pub lCOS pr pn " • . ," , .

d.. d em penhar atividade eCOnO JD lC a,c omo a s Caixas ECOnOmIG1S ,epotsas pal a es ,- - . I idei d ializacatransformadas em ernpresas publicas, Foi, em especia , a lela e especi &;ao

qu e 110.rLEOll a c rt ac ao d es sa s entidades. , ,

Ja para a atividade comcrdal OLl indust rial do Estado, mostrou-se mats ade-

quada a forma empresadal.

3.3.1 Concessao a empresas privadas

A prim eira fo rlllu ia q ue a p od er pu blico a do to u para transferi.r_a lerceiro~ a

exscucao de services publ icos cornercials e indusrriais fo i a c on ce ss ao d e Ser\'H;O

publico.

o procedimeruo utilizado, inicialrnenre. foi a delegacao da exeeucao de

services publicos a empresas particulates, mediante concessao Par rneio dela . 0

particular (concessiomirio) executa 0 service, em seu proprio nome e por sua contae risco m as m ediante f iscalizacao e conrrole da Administracao Publica , inclusive

sob 0 aspecto da retnuneracjio cobrada ao USUi:100 - a ta r ifa - que er a fixada pelo

pode r concedente ,

'~ grande vantagern do regime de concessao para. 0Estadolibernl", d iz Bilac

Pi,nt~ lRDA 3 2:3 ), "era <l de q ue, pO l' m eio dela, 0 E ~tad o pre s lava u rn ser\'i~ o

pUbJlt 'O e ssenc it ' l] scm qu e dves.~e necessidade de invt:fler reCllrsos d o T e so ur o e,

s o b rc tL l d o, s em Cafrer os riscos econBm kos de toda explora~ao i nd us tr ia l. E s ta s

caracteristicas originarias da cOllcessao d e s er vi G o p li b li co f o rt lm , enrretanto, sensi-velmeme arte""d ' d ' d' , " tarde

. _ > 0 ' as, e c om cr;o p el a s clausulils d e ' ga ra nn a s C)uros e m ru spela U[lfLca<;ao d' ! teorl ' · I' . - - d I'f- - tru r>;"U c a ( a llnprevlsao, E m razao estas mOl I Ica~oes es ..... .o ~onrt·at~ lit! concessao, emre 0 concedefltl' e 0 concessiomirio, comO que surgiu

lIll1<1 ASSocla\~o fi 'I' be efi 'nanCCl1 '3 eSIVi ] ao Poder Publico que, privado dos n ClQS

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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tu,', csrava l'IlUl.'t:1Il1I, oht 19ad,) n rath'II'l! .I_

n '" - , , • u.IS Perd .l l'ubhc(I concedido, Quand,) il ",'volll\'au do in" 'I' f l : o ; tin ell"l

' ", 'd I" IUto dt. "ora _ltnh) <!(" rornou lI1l'l'Ir. \'C • . q~l)ll 11A ~al)"seu l ec "Sic 1 'II

(' )m~ Ji. Jr:w Rivero ( 1971:4 J 7), "n ; : H I t ' ) 1 id<lll.• 'I ' r ) ' 1 1 1 1 1 1 n

' , , ~ , u) len r ' ,.. O~~11I~oderes sohre 0 con('~SslOn:ino, ..,11m 1,1(" n II ,,' 01It!va{1

enr.u A ., . I; IT18;u' . a a" 'I (' , TJ \ u s d e u u er es se gel < 1 1 . conrrupsu Lultl I1I't"I'SS,ll'i,1lit'S' i] reg~t.~, ' il~,

m. 'J - j ,_ ~ , las Iflte ' c Il~1I.1\.lnl 0 1l,~L'O e pOI ' em c reque as pI (!vrsoc:s tJlld llceir . d ,IVe0C ;-O o ~ ,

)lIp< " . id as 0 eo "'('Impr imerer; pl"1asua nuna, a connnui dd~ do sen'i,oo I' 11c!;'SSIIl11~

" " d ' ..., QI;I OUlo ' Il~ifn 1 0 1 0 de l imn iJ)ud.1 t inancerra ca a vez ma lO l , 0 c<JSRnlel1L I gi l < 1 0~ I )

. ivad d ' 0 da fit !}~,m 0 ernpresa no pnva 0 J1O'1SS0U t! um rcgmw tie sep"I" 'I0till."., r, . ~ . , , . _ ," i'l\;; 'IO de b ",,~

' ~1 l111. 'de comunhfio. PO I lS S O 0 processo de concessao perdia , <lOs en s DUt i jpuhlro; , muito do Sell mteresse e. aos olbos dos elllprcsafl olho

sd

p.x!(f" as capltal' 0rmnr d, s ua s ed U~.1D . I$l~s,

3.3.2 Surgimentodas sociedades de econoltlia Inist~ eempresas pliblicas ..

Com o dedinio das conces soes , s u rg ir a rn as sociedades de econoJUia Ill'

' , . d ib li . IStaee cp re sa s p ub lic as , N a s p nm er ra s, 0 qu e atraru 0 po er pu ICO f ol , d e llll1lad

~( l~~ 'bl i iddde de. em um a, uni~lIempresa \'oltada para a execu~ao de servi~

"'tiro d e n atu re za ro merc ia l e IDd~stnal. aCll~~lar 81ande volume de reCllrsos

'1. ne ei ro s q u e 0 E s ta do , s oz in ho , n ao c on se gu tn a levanrar, e, de Out ro , 1 1p os sj .

L 3Je dearuar sob o mesmo regime das empresas privadas,

'J initio d o seculo X X , comecou-ss a a po nr ar 0 principal aspecto negalivQ

xiedade de economia misra, a saber; 0 confliro de lnteresses entre 0 EUado

1~ cular: 0 primeiro, \~s(lmlo ao interesse gerat, procura fixar pre~os mai l ;

, < C[ ssiveis pam a populacao; 0 seg undo objeti va 0 IIIere e, por essa raz~o,') s p re eo s r na is elevados.

D ai d ins ti t uI~ao de empresas publicas, em que 0 capital e imeirnrnenle p il

:presas,blicoS a em:. ospu

.. de servtcr

concesSao

s a{ses, ocorreu ~o3.3.3 estatidS • " ve,Hiead. em ou~o tOPdaconcessao. ~ao

a rnesma tendellcla se a uti1izar 0 inS,tltU cmltrole acionarlO

A.Companhando

fenornen o: vottoU-, resas estatalS sob, C.omoria forma

di r ei ro b r as il ei l' O O \ l. ~~ a particular, m afs a elUdeue 0 E sm do mal1te;~~n;irlO, i.nclusiver0servic 0 ann ato 'I b conces. c 5 . 'am

a ra c l el ega. vantagelll es t ntr01e SO re 0 . endime

nt oI..

Pd poderPllhlico

,A ~ seu poder de co risco!) do enlp\e e 1 '0 aciorustad ncessao, d rodo~ os " ue ee

origtniina e co os: pot outre 1<1o, ;ncessionario), ja q de vantagem dana fixa~aode prec d~nte le nao mais do C rocedimenw, a ?ran . a de prestarp or c on ra d o conce , Perde .se, l'01n.esse P, 'Ira seu surglJuento. <

aJorilario da emples8: 6pria justlfiCallvd pc 't:lis do Estado.

mr fio 'lue constllUI a pr. .' ~stir grandes capl ,concess -cessttai IIWC.

5"1'"\/[I'OS pllbliros sern ne d

" 't r diferentes torm;as: . illenre da fe e-

lsso se deu po "\' \. '0 foi aniblutio a ll. .' '0 de ourro' '\'1<;0pl.Wu; \ aClonan

<1 , Em alguns t:a~os, Q s~~ resa estatal sob con~~o ede

navega~5.o ae~ea,(aC;~10 e cle\egddo a e P, ide energia eh~tm:~, 'ole acionano

' . des SCrvlC;OS , sob corm _ ,ente: 1010 case dtdos a empresas '_1 p etc)' tal 0

• ' " 'D e s <;onceul 1 V1SP T t = J . e s . , .de teleCOffilll1lUl<; .• C ~ Ekrropau 0, ., MUlliciplOS e

do Eslado (em Sao p<llllo, a esp, nlento atf iDUidos aos.cos de sane"caso tambcm dos servic "

bli

E m am bas as hlporese<; (empresas publicus e sociedades d e e co nom ia misinj,

·erifica·se 0 feno meno d a descentraliza~ao p ur s er vi r; os , em qu e 0 poder publico

rna, p ar l ei . a p es so llju rid ic a, e a el a otuorga a titularidade de determinado servico

p ub li co , Em v ez d e i ns ti tu ir -s e a l. lt ar qu ia OU Iundacao puh lica (que t~m regime

J u nd J~ s eme ll ia n te a o d a Adminisrrar;ao d l re ta ), d a -s c preferencla a s fo rr na s em ,

p re s an a ts . p re c is am eme p e lo f at o d e q u e seu regimejuddico d e d ire ito p riva do I

sua f o~ de (Jrgalliza~o e funClOnamento silo m ais c or np atfv eis c or n 0 earnerindUStrial o u comer ci aJ d e d e re rr ni na d os s er vi c; o s piibllcos.

. O co rre . q ue, co m a ne cE ssid ade de Inl( ;rvem;ao do Estado no dominie econf

~ ~enle apOsa S egu l1~ a GU"n" . Mun ll i~ l" a ll lp li nl l- se . m a is uma v;:<, p ar a abranger, nao apenas as atlvldades de nat u rez ..i r ndu5111.d

Page 7: Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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. " soh l'on, II Ie ,n i01ll1rio LI n ESl : td"...-d~ esralUI:;. ' o (em

cmr~--' . "1

.SlbesP)· ,"co (Uniiio. ESlllclo-l11cmhro ou M .IMIioRHII~ 'Ilte po III • • I' lillie'

( ' l l s o . ~ .0 e d · ' • I d'~rnns!,' . 1'IL1. p rJ I' . e r, <I exccu,..- '-... iIo -flap·'" ~ e ,'url ,e :l t.' r . I - I I t . . .<10 tl

~U II p e ss l l " . _ ' , 011 indUSlllll • uanr ~)- H ~. no C 'l1t e""- ,'romt'I(Jll • " anlo

,,,,.;'IRnIl\Vpub ICO d " mprcsas ('uncessmnana:;; mistu rar '... til 'co ao as e . 'd 1 ;I 111'5e

....-cnro id (J .• de d ' s cenual i. z iKi io . 011 se.la,;1 ~,<;cenlaliz _JlnllCforrna5 J i v e r s < l S . td C 'e i J e a descen u3Iiz: l~ · rJ ( J POf COl<lbor,a)~O...- { or melD e rer. d ~- j' J. aC;ao

~(OS P .r Municipio f'Sao <Ill 0 ~l'.rvt' de eXen Jcontfllto). I~ O d -' . rp 0· .. lIIielOII.l< _ 'J DIO socieda (' :momma, com naLUfez'

for tn :lU:J , a , f ' r: " deC M T C que 'ista com a q ua l 0 MlllllC pm "oj JUtoriz< td "

" _ , , , . . A . . A J a d e t 'conoOlJa 1 Il • _ ," I .• 'd' e 0 alIJDP""'- d e c once s s ao para exp orar; com ex lIslv idad_w... .rnovorontroro 'd ' . e,~:- blico de rransporle t :oJel: l \ 'O e passageiros, no MuniciPio

o se IV l~ ~ u Le ' MLlnicipal nIB.242. de 18-8-76, regulamemada pe tc ia C IIp lt al ( I hind ~. d 0_nr 14,62] , de18.7~77),A ~pote:e e I1lenCIJO~R a apeJlas C0010

_...~ .- ue hO le CSS3sl tua~ao es ta a terada ,U e m P W . uma v el q , " ,

ft,Ioexamed a legisla~-a~,~rerific,a~s:q.uea Cr\n:-~tmJ,la autono~1ia pa'ra

a r Jmjni smr r se u parr irnomo e dmgll seu s sel \f !~OS~ corn orgalllza~ao e

p e s s o a I p ro p ri os , e e rn _ responsih:el, p e r a n t ~ terceiros, p e l o s prejuizos

derorrenresdaexe(U\CiOdo s serviens au O b l 3 S , ou pa r atos de seu pes-s o a 1 , decorrente5 d e c ul pa al de dolo ; m as 0Municipio er a a detentor

damaiona das a~oescom direito a voro e rinha ro do s o s poderes qu e

c a b e m norma lmenre ao eonceden te : a l te r a r un ll a te r a lmen rs 0 COI1-

t r a m , mantendo 0 e q u~ J i br io economico-,fi~1anceiro; fixar tanfas que

a s s e g u r a s s e m a o bt en cs o d e r ec ur so s s uf lc ie nte s para as uespesas de

~o e melboria~os s e rv ice s, h em como a rernuneracao adequada

-c Io ~~ ento ~ fis~ za r o s er vic o c onc ed ld o; encampar a ccncessao,

m e d i a n te l nd e n iz a ca o ; e p ro c ed e r a r ev er sa o d os h e n s ao termino do

amaro, 0 qu e ,8 l e i n ao d iz ia e como ficana a empresa instituidaQI ID b a s e em lei para - d o servi '.........! a ~res la~ao 0 service de transporres coletivos

,_....O e c or re s s e a rescIS30 d o tr la nrati ''-objero. E~' lm con ato, E a prancarnenre perderia01 rea erne 0que o co rr eu .

QSO d a C M T c , f i c o u e x p r e s I '~_dede .,' s a n a e. l a dupla natureza da entidade:

e c o n o m la m ls [ a d o M . "d o m e s m o M un ' , . UIlICIPlO e concessionana d e servi~o

IClplO.

' _ ! D l £ o _ e m OUtras h i p 6 t e s e s ' ,rtgra, s o t : i e d a d e d ,0 e n t e pOlrtH.:o ('r ia , p ar 1 eiJ a p es so a

~1lID1:Jp d .. _ e ecuno' ,\ q; ~in ad o s er v' "mla mlsta) e a ela n-ansfere a

destentraliZ3l,_l\0 p ub lic o; a transferencia de atrihui-~qaub";"" "aD por s e r v o -

par colab _ I(;os (par meio de lei) e nao~~~_~in E x ora~ao ( P O T meio de contrMo) como

.~'~ISilP;i:elllplos de ' >~ Pod sse~lpo de ol.ltorga existira1l1e n d o - s e CIIa r a E M B H A T f - o ~ L c a ' fE,

'f'AS lin. eslera f. .dei [-II, d DbI1SA, d SABI,7,:)P> a H'.PN)A. no EstadoI.Eb, ~, d d - "de S~iol'rlllio. algumas J a priV'ft I/,a as ou ern vias pnv IZ cao.

lid. le '\ cor)l;csstln de scrvi<;o publico, de urn lauo, ( ,1> ernpre asN a ren I <It. < , - - I f b' " d des de econornia rnista, cl e OIU.rO, corresponr ern a ormas em

'I Lira:; e soc re a '_, -I 'l l 1 d d sCf'l1uahztlcfiO de st!lvi~()s pubiicos. C:onformc exposto, a pnrnerra i!l'veJ"sas e e . ,..[ • - d '

(I. t~'In em que 0 poder publico LWlIS ere apenas a execucao 0 service( 't' nor COil 1.1 , • i i l l -el a I ti tuLaridade' em decorre:m: ia dlsso, tnaruem a p ena drsponin dadee ' oL 1s er va sua ' , do a execuce dc alrerando as clausulas regulamentares, retornan o a execucao QSODL'e 0mcsmo, 0 ... '.\ " "

, .. cio de encarnpacao. hscaltzando (' punirulo, aumlnlstraUvameme, ()sefVlr.0 pOI m ,.

sl' '' 'u~rio em caso de madlmplememo.t:onces .., .. . -, .

A s empresas publicas e as sodedades. de e~op_omta rmsrn sao c.na?8S par Iei

• 0 direito a presiacao do service. dlrcito esse oponlve! ate rnesmo ae adqlllrem . - . idpess

oajuridka t~l le as crLo~J pais esra somt'nt€ po de interferir na VI ada ernpresa

no s lirnites preVlslO S em let.

Quando a lei cria ernpresa e a eJ~atribui ('l prestacao .de urn service ?ublico que

a C on s um ica o e xig e s ej a prestado duetamente (H,I tnedi~nte concessao, ale~ de

haver ofensa a Constitui(;ao, esta rlrando da Adrrurustraca 0 aquelas prerro?attva'i

de que so e detentor a pader concedenre, pela via contHltua:. Esse ~n~en~lm~nto

se reforr;a pelo faro de a arual Consrituicao, no art. 175, paragrafo uruco, moso I,deixar clare que a concessao tern que se r feira pa r contrato.

Diante dessa realidade, ou seja, diante do fato incoruestavel de que inumeras

empresas estatais prestam services publicos que deveriam ser prestados par meio

de concessao, qual 0 regune juridico a que as rnesmas se submerem?

Ernbora elas nao prestern services delegados por meio de conrraio de con-

cessso, seu regime jurfdico e . em sua maier parte, 0mesmo a que se subrnetern

as empresas concesslonarlas. Note-se que a propria Constituicao de 1988, em

sua redacao original, referia-se ao am de outorga como concessao, conforme se

verifies pelo art. 21, incise X I (q ue previa a exploracao dos services relefonicos e

outros mediante concessao a empresas sob controle acionano estatal) e pelo

art. 25 (que outorgava aos Estados a comperencia para explorar diretamente, ou

mediante concessao a empl'esa estatal, com exclu'llvidade de d i sc ri b ui c; ao , os

servi< ;os loca lS de gas canalizado),

Como empresas eIH~arregadas da execw;50 de serv' ir ;o publico, ainda que

"concedido" POl'meio de lei, DaO h a tOmo deL'J{ar de se lhcs aplicar 0 regime juri-

dieDproprio das e .m presas co nces sian arias, C OIl"lO ,par exemplo, as prindpios da

Inuti1bil idade do regime jurfdico cl a presrar;ao do s elY i ~o , 0 da condnuidade do

servi,o pllblico, a de ' igLlilldade de t r a lamemo dos usuarios, 0cia modicidade das

l at if as , 0 da obrigatoricdade de presta~ao de sen.rit;o adeqllado, 0 da fiscalizac;ao

pl"lo poder publ ico) 0 Ud possih ilidade de mterven(:lo, Apenas os atos de outorga

< : e~til1~aoc.la concessao sao d iv e rs (' )s c ia com:essao tradicional; po is, se a ourorgae fetta por lei, a extin~ao es[a slI.icita ao meSil la procedimento.

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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, r' -1'1 a I:>n~sibitidade r!,' S '1 oJ cone,,"' ,;ao dad.1 a «mpr ,a., esratais, porI~LO c ,IS.. " i . d ( " -"I lei te porquc 0 IJr6pno art. 175. p~r~gra[o UI1I(O. a .ons ituicao se

OlelCl ,e el,.1 'J. • tad

r:, C011C'l'SSaocomo contrnto, con,onntt.' [a <I',SIlI, In 0.

re erc .. . , -_ t. run i1 1('1 I' 8 987 nno ufa' ltoll a pm,<,lblhd,ld . de a concessao Set

Nu en d ,. ~- '" . .r sa estatal nem podcria fazE: lo, porque it epuca cit sua entrada em

dado fl emj'i1 e. . < " " -.- • . '

_ _ d" csnwam em vigor, ern sua Icd'Wao origlnal, os art s. 2\, XI. e 25. §vlgor;'lm <I •.•• ,.' d ,.'

J C Stiruira.o Illle csulbelecJ;, Inhlpote~es CIl\ que. a concessao evena ser

20 a ,on T di . . h id, 'sar'~~nlen[" ,'I crnpresas cstutais. ~mbura esses rsposuivos ten am ':>10

dada ncC€,s< ". '- . , - , ". c-

Idos pela Emenda COnS[lllll'Wll3\ rr 8. de 1995, essa nlreracao nao Impede aa le ra as a< ' , - -,', ;:;"a "mpl'P~i:lSestatais: apenas nao " impoc mats,

concess«",," ., .'N ao ha, pois, impeciimento a que a con~essao seja ~dda. a {'~presa ,€:Statal.

.1 d ue seiarn observmlas CI S normas da Lei rr 8.987. Esta impllcita a idera de

...es e q . 'd l" 6 ld dempresa estatal devera partlclpnr do proee imenro icitat no em 19uU a e

que a , • • f •. dd ndir6es com as ernpresas privadas, urna vez que 0 paragra 0 uruco 0 an.e co ~. .' . d id17 estabelece: "Considerar-se·a, rambern, desclassiiicadu a proposta e enn adest tal all1eia a esfera polit ico-admini: ;trilLiva do poder concedente que, para sua

~a~iliza~aol necessite de vnntagens ou subsidios do poder publico comrclador

cia referida entidade."

Esse dispositivo nfio impede que urna conccssionaria seja subsidiada pe\o po-

del' concedente; apenas 11aO quer que a concessao a uma empresa estatal seja con-dicionada a percepcao de substdios pelo proprio ente que instituiu a enridade.

Out ra s r e s rr i< ;oes podem decorrer do proprio objeto institucional da empresa,

pols esta, sendo criada poi lei. tern as seus fins definidos na lei instiruidorn, os

quais nao podem ser alierados pela vontade dos socios. Assim sendo, a empresa

estatal somente podera parricipar de l icitacoes para concessao ou permissao de

s erv ic ;o s piib lic os q ue s e e nq ua dre m n os fin s s oc ia ls legalmente definidos.

A ernpresa estatal nso podera participar tarnbern se 0 ediral da Hcilat.;ao puser

c omo c oudl ca o a licitanre v en ce tlo ra a c ria ca o d e D u tra pessoajuddka, tendo em

vista que a art 3 7, X X, da Conslit1li~ao Fedcrnl e x lg e a u ro r iz a ca o l eg is la ti va para

(1 criac;ao de subsidiaria.

3.3.4 De novo a concessao a empresa privada

E m rncados d o s cc ulo p as sa do , v olto u 0P od er P ub lic o a u tiliz ar- se d a conces

s ao d e se t v ic es p ub lic os c om o fo nn a LI edelegacao d e s er vic es p ub lic os a empresa

privadas, scm abandouar 1I possibilidade de coucessao 8. ernpresas estatais.

Isto ocorre, DO direito brasileiro, a partir dos anos 90, pOl' diferentes manei

H. pela venda de ac,:5esde cmpresus esratais ao serer privada (priwtizaf;i

em sentido estrito), com 0 que muda n natureza da cancession8ria: es t

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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n~n DONNi", . III l'U'Ull

'~tar,d l' raS~'\ a S"'I' nnw I mrll'~<l j 1 l i v a d a -l~ l'1I1prt'S3 L ' I 1 I I ' '

it' jx a l ie s er urn. ·, ' ,,11111'11[1'pclu c wm ll( n ,LI (.IS Pnvntiz'l_, • - d 's 'i ll hn ad ,l mIll,. I _ t

,1m.lrtna 10 1 I.l , 49l)) 1\OIe1(,\O~.ld,l pe a Le I n~ 9.491, de 9-a nt de 12-' . ,

" cs : LeIn" ool. ' -unn de I1l'SI?:;ldli td~ao; rncsmo as < t U v i d a d e s- 'n~da 11PlOgl,lIll!l . . .",'

Q_IoQ ,qUI.: P ., '~;('llais, pur lorru tins i ll I s, 21 . mCISO}\l. ' , . d e CllIPI e~,1S L. , ,

a nte s p lw :m , a s 1:, ',_ Ft ' l e ra l pndl'l::10 pilSS~11 I I s c r COllccuidas a~"1 & :1 Con~lltlll~\lO t. " - dac 1 I' ,

i!25. x ~ , • d • 'on end. ! d a ;111l'ra~aO a q ue e s c (S pa s]1 ivcs1 'In da s e om o l~

t ' m p ! e s a s J 1 • ,.. ,,~ n < J ~S l' S de 16·8·QS;

e J : 1 ~ E n l l ' l1 d 'l s C o n s t i r U C lO n a J . ~ . , . . ,p ,- .. - . o d a c onc ess :io d e se rv ic es p uh lic os, se J1 .1e m S U < I

10 rrwmo : .10UlSt1tUhl 1 Ill'h PI' ~', 1 )anir de sun disclplina ega pe as .eis nlll'8 .987,

torrna trtldll"lOnu , a I . d " b.... ~ O~4 de 7 "'_qS, seja sob a lonna e parcena pu lico.

d e 1 3---9 :> .e 9 "d ' ;eh L ei n Q11.079, de 3 0·12-2004. N esses casas

pll\dda.lmn.ldtuj: il,lt",~o dnt er io r : naquele ocorre venda de a~oes d~

o pr oc esso e Ien IL " "

sratais 'lD serer privaclo. d e tal m odo qu e a mesma em -el1lpre.~asf'" ' - " . ' I

c onc es si on .i Ji a d o scnll~O pu blic o, p or er n SO) COntra Iepresa connl1ua _, iblicovno cas d

" do partirular e n ao rna IS do Pod er Pu ICO, no caso a s n ov asacionano~ s der -rminadas a tiv id ad es q ue cram desernpenhada, peloconces:;oe. "t • ,

Poder Publico, e m g era l p or rne io d e e rn pre sa s es ta ta is, passam a se :

d ad as em r on ce ss ao a ernpresas privadas: a em presa estaral que exercia

tal a dv id ad e p er de a u re m reduzido se l l obicro: er n alguns c as es . p as sa

a atuar com o orgao regulador 0\ 1 como 6rgao tecnico Iiscalizador da

concessao, podendo m esrno ser pura e s irn pl es me nte c xtin ta p ar pe rd ~

d o o b je to .

~DS do i s c a sa s, ex is te 0 r en 6m en o d a privatizacao, entendida n o s en ti do

rn pl o re fe rid o no ite m 1 .1 .

\10 enranto, !laO h a dtivida de que a volta do institute da concessao se uii

com (I~ r ne sr no s i de ai s q ue inspiram 0 movim en 10 da privar izacao, razao pela

q ua l e p re (c rf ve J c :o ns id er a- la c omo uma d as r no da li da de s d e privatizacao e m seu

senndo ample

3.3.5 Outras formas de delegacra o de servi'ros publicos

T ra dl do na lm en re , a concessso e 3 p l'm1 is sa o de servicos publ icus constitwam

a s f orm a s, r Olls ag ri ld as n a ler, doutrina e Jurisprudencia de d t !scentTal iz( l~ao perc o J a b o r a c ; a o . '

Conrudo , nJals recent ' 111' 11 t ', ." t (- A ' d. ~ e ", ou l as nnnas de dclega~ao vern surg1l1 [J,

p or m e lD de atos u n r I a t e r a l S U . d d '• - (I ac :o r o s t> v on ta dc q ue n50 s e enqu tl dr am (01110c o n e s a o a u p e rm i s s a o m a s q L , ,

d d ~,ue tamoem POOl 'l T I S t :" 1 c on sid ' ra da s como jonnase e scent rahzac ;, ao po r C(JJabora~ao.

IIMht. ~,;) I1Ilr t

Essas novas inodalidadcs vao surgindo, a < ; veze scm qua lquer previsao I~.

gal, por decisao puramente admimsrrauva, enquadrundo-se como exernplo do J < l

mencionado avanco da Adrniuist ra~f1o £ 1 I . H > 1 1 0 1 em relucao Ciadir ito positive (Item

2.2); o ur ra s v ez es , c om p re vi sa o legal , porern atnda assirn de consutucionalidadeduvidosa, em alguns casas,

A nru lo de exem plo de inov;lI;oes, m er ec ern s er le rn br ad os a fr an qu ia (rraradano Capitulo 9); os conrratos de gest .ao com organizacces sociais (item 12.3.2);

a parceria com fundacoes de apoio, associacoes ou cooperanvas, em regra pormeio de convenio (Capftulo 13)_

Tais forrnas de delegacao nao consn tuern movacoes apenas no dire rt o bra-

silciro, As fundacoes 0(' apoio, POI exemplo, inspiraram-se no d'rcito norte-am -ricano.

No direlto Iranccs, cxistem \ anos exernplos, dos quais merecern ser citados,

a titulo ilustrativo, alguns extrafdos da obra de Gilles J. Guglielmi (1994:101 e

scgu inres j'

a. l ' a . f fe rmage (palavra que se rode t ra d u z ir proxirnameme pu r arrenda-

memo): cum coruraro pelo qual a pessoa juridica publ ica responsavel

pOI' UI11service publico encarrega urn terceiro (jennier - arrendarririo)de geri-lo, mediante 0pagamento de urna importancia calculada sobre

os recolhirnentos devidos pelos usuaries as obras acaso necessarias nao

sao consrruidas pelo arrendatdrio m a s pelo poder publico; em conse-

quencia, os CUSTOS para 0 arrendatario sa o men ores do que no caso da

concessao: 0 Jato do poder publico realizar as obras a s suas proprias

cnsras e que iustifica 0 pagamento de l ima rernuneracjio pelo arrenda-

rario; e 0 iipo d e co nt rn to usado, p o r e x er n pl o , para a dislribuit;B.o de

agua poravel e para os transportes publicos urbanos de passageiros;

b. r eg i« i n r e re s s e e : e LImcontraro ern que ocorre a uansferencia da gesrfio

oper acional de urn service piibnco cl tim terceiro (regl.5seur), au q ual

u p od er publico l><tgfllimaremuneracjio

sob a forma de porcenragemcalculada sob re as resu ltados oh tidos: aproxlm a se da concessao. no

sen tid o d e q uc_,h .1 a tr(lnsfcrenda da execucao material c da gestae

d e u rn s erv ic e publico, po rem d ela difcre p el a f or m a d e r elll ll ne ra <; ao

qUl\ na concessao, L paga pelo usuario ao concessionrino e, na r.f~ie

intercssee, e paga p r -l a Admin i s[ )3 \~O Publica; os bens utilizados per.

tencern ao poder ptlblico e corrern par sun coma todos os riscos do

ernpreendimento: 0 particular (rlgi,5,~e!ll') goza de nuronouua na gesrnodo service;

c. gerunce: lambCIIl e lim conlnllo em tlUe UC(lrre;] ddeg::I.I;ao da gestao

opernci( )mtl Ie l im se r"1<;0 P llh lk o, q u difele Od r€ J~ i r illlcres8cr quanto

~ lOrllla

deI em 1 I1 1 (; '11 (; a o, q u e n ; 'i o l~nn

bast' delim a p on :e nt~ lg el1 1 5 0-

hre os reslllm(jo~ \ lh t idos, mas lima i ll lpon. Ilcia fixa eSIipulnda pelas

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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to,IlPUlli'ul:tl )'{ I t

J l s 1 • t I III

crvico Pl'lhliclI

A I iv id ali l' S m u.

c on se qu en cia s d es se s m od es d e d ele ga ca o n ao e sr ao o br ig ar o-

n am en te a a ltu ra d as e sp era nc as. O s orgarusmos privados encarregados

g e til o o pe ra cio na l d e u rn se rvi ce publico nilo escapam a urna buro-

nzaca .cornparavel aqu el a dos services geridos p el as p es so as puhlicas.

us . r es O~ mais irnponanres pelas consequencias, foram euquadradcs

T ! c a te g or ia d o s a to s a dm in is rr ar iv o s pelo juiz administrnuvo. E nfim , a

unb ncacao esrrena entre pub lico e privado assirn realizada acarreta um a

n fu sa o n o espmro do s C l d a d a o que, em razfio das semelha ncas t i l > regi-

me, [em [ ndenria a ver 0 Estado em ioda i ns ti tu ic ao , m e sr no p ri va da ."

Corn~ al a anvidade d pohcn considerada indelegtivel, todos os demais

er v publico p od em se r objeto d d ele g(l ~a o unilateral, 0 qu e abrange. entre

n1~O a s au de p re vi de nc ia . o rg an1za~ao das p ro fi ss des, Iazer, ensino

au d~dPes~oad~bJl ! .ga taa pede ser considerada pessoa jurfdica de direito rrivado.. IfelLO pu ICO' ex Clem der . d . .

dem.1a adrninistrau· ermma O~ indices considerados, pela junspru:va, cemo m dlCJdor"s da .• . d . 'd' ibli ,~.mario pelo od bl ." uexistencia e pessoa Jun lea p11 tea:

~ P er pu ICO imaldad' . . Ia dmm is tr ao vo p 1 0po d lb l I C mSI!rUClOnal d e i nt er es se p ub li co , contrO e

er pu ICO. outorga de prerrogativas publicus.

o s c a se s d e 'assl) ' ia~o ao S b '" . ~ .como fo rmas d pa rc e ri a au d e co rv1 ro p u 11 J . qu e s ~ i nc lu er n ec;peclhcamcn1e

fra nc ese s e rnb ora so b form a de g e t~ o _n tre s 'tOI p ub lic o e pnvado, os cxt!mplosa ss () \: la ~a o. s ! a pr ox imam b as ra nr e d as f ll nd a~ f) es

de apoio que proliferarn n d ireiro hi <lSIJt:lrIJ 110 que diz ro 'P ito ao p

rles: nipeuham ('10 relalj5.o <i p S 03 jut Id ic a c um que fazern par eria. Iai

com pcrsouulidade de rlireito privado, sao criados . aumlll istrados por pe 0-

puhlicas, scm llns lucrntivos, corn 0 eviderue intulto de escapar ao regime jundiro

adrni nistraf ivo, especialmente as rcgras de contabilidade publica e aos contraros

adrninistrativos Essaannna~no e feira por Guglielmi (1<)94:149 151), q u e i nd ic a

[f~S ripos de situacoes:

< 1 . a associacao fictfcia: ela nao dispoe de persoualidade juridica senao

fe rm alr ne ntc (' n ao g oz a prartcarnenre d e n enh urna a nto no rrra . "F un-dada por inicuuiva de lima pessoa publica , ela e composta, rotalmenre

ou ql.lase de pessoas juridicas publicae: ela funciona gracas a fundos

publicos que constiruem a sua principal forue de receuas. Em resume

nao sc trata do urnn vcrdadeira pessoa moral, porque cia nao dispoe

de qualquer autonornia de decisao, ela to incapaz de se deterrninar par

ela rnesrna, Pode-se rnesmo contestar que se trate de instrumento de

delegacao da g e s l i ' i o operacional de 1 1 1 1 1service publico, uma ve.. que

as declsoes de gesLao njio sa o romadas pela associacao mas peJa pessoa

publica responsavel. A dislin~ao entre dclegante e delegatario e , elatarnbem, ficucia." Acrescenia 0 aurar (p. ]49-150) que, "justarnente

e regularmente denunciadas pela Corte de comas, elas proliferam

notadamente pflra assegurar cornplementacao de remuneracao ou de

varuagens in nahln! ; .10S funcionarios das pessoas piibllcas que a fun-

dam", objeuvo muito sernelhante ao das fundacees de apoio uaradas

no item 13.1 deste livre;

b. associacao rnista: disiingue-se da <Interior par possuir auronomia; ecnnsuunda por pessoas piiblicas e privadas; neste caso, 0 setor priva-

do participa eferivaruenre cia gestae do service publico, em regime de

cogestao com o setal publrco ;

c. assoelacao privada encarregada da gestae de urn service publico:a iniciativa de sua crlacao e de particulares: elas sau reconhecidas

pelo poder publico como associacces com [ins de utilidade publica e

recebern delegacao par" geri: urn service publico ou lim serer de ur n

s e rv ic o p u bl ic o .

Os exemplos do direito frances sfio citados com 0 intuito de tracar urn pa-

ralelo com 0 direlro br asileiro e dernonsrrar a exisieneia. 110 direito esrrangeiro,

de outras fO J mas de deh::,~a~;\odo service ptiblko ao particular ou de associacao,

c oge sta o pa rc eria , c ola bo ra ca o d o pan icu lar com a Administracao Pu blic a na

gestae do service publ ico,

Ha que se lembrar, cornudo, que 0 direito br asileiro vern se inspirando no

direlro estrangeiro, porern esbarmndo .r n rnai re s obices iuridicos: no direito

frances e em ourros que adotnram 0 si stema de jui isdicfio ndministrativa, os novos

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n o d e l o s n r m s e m p r e l > : I O i n $ li l u id l . C d i S l ' l p l i l l ' H l o ~ I 011 1 . ' 1 ,d :5 s~lrgclll p d ll p r i il ir il

j ims tr a uva , i IL i ll tudonah z ,l n lS en 'l 'e b r l( 'm (1 : 1 \ . 1 1 d o s )rgao!; r i l l C'Olllel1cio

admmistr.ur, t sso po rque 0 d l re i to admiu isr rat inl fl,\lH.:CS C. ern gl 311de [lar~O

e labo ra LlOjuri"pnldendal. Em r eg rn , s ur gi nc lo n s i tl l a~~ () coner c ra , ns dLlvida~

J (1m In iundica \~O s en do s up er ad as p el os l1 rgaos dn j u ri sd i ca o a dmin i st rm i va'

e rn e sp e ci al p el o s e u o rg ao d e ( l' lp u la . 0 Conselho d c ' ES la dl l, q ue ' V[11 ti l' nn in do o

c, m e ju ndico das novas eruidades e esrahelercnd o lim it eli Jllrlll!ros nao P ( ) S L o s

pe l direuo posu io.

[1 dire t adnu.m ;;u,1:1vohra.~ileiromsplrou-.se no direito europeu continental,

pe n l m e n t no d l re l~o f r ances , mco rpo rou m uu as d e suas doutrinas e pr incfpios,

per m 0 co locouno direuo pos iu vo ; s ua ha st : n ao l'junsprndencia I e encon tr a-U . . l le 1 D 1 L ' 1 I 1 1 m e ! l I ! ."a Cousnruiciio, Enquanio a s dout r i n as e p ri n ci p io s elab s ~Jo pel u 'd' d . ' & I", 0111

. 0 .1 n: I ~aoa mUUSLraUV ;lrmncesa VaG evoiuindo e sendo al ierados pela

me sm n to rm a ta m b~m p el o r ra ba lh o c ia j ur is pr ud eu cia , 0 regime iund icc a que

st' ubmere d \Jrnlnlsum;ao P,ihlica brasile lra decorre d o d ir ei to positivo d t, j

mOldtJque :'ISrnO\3:oes b usc ad as no d ire ho e sr ra nge ir o ne rn se rnp re sa o d e ~a~ Jp icacac, porque nao podern escapa . d ir CJ

"'pnnt'lpiotl I' afd d l ao ne lt opo s to . sohpen<lJeco Joc :a r emr isco

er ao apOntaad ; :n~ s ~aep~~ l~as r~ l l\ 'a r u;d au rk li ca (~ . Capitulo 141 , As d i fi culd adcs

, son e ca a Lema sera elesenvolvrde,A l em d n t ra d ic io n al in sp ir a - d i . - . 'r '0£-.:3 da zloba liza - , ,\a~00. i reno frances, UHllS !e ce nr er ne nt e s e nota

c» ,\ao, a mlluencw do ~is[(~m J t

mun, a rio europeu no q ~. . a a c o m m o / l I(lll' e d o d ireito'bli ,ue 'lIZ Tt!Speno iinsrir -. I 1

pli co-privadas l ema Que a . . ' J U IC ;C lO c as C ia rnadns parcerias, S f ' r ,rnallsado e m capitulo e s p e c f f i c o desre 1V { " ( J

4CONCESSAO E PARCER lA

PUBLlCO- PRlVADA

4.1 A QUESTAO DA TERMINOLOGlA

A instituiriio da charnada parceria publico-privada trouxe certa confllsiio

rerminclogica, em parte ja reIerida no item 2.4. que trata das rnodalidadcs de

parceria ern Iuncao do Lipode arividade administrative.

Algumas exprcssoes podem germ confusao: parcerla publico-privada,

concessao de service publico e eoncessao administrativa. A prirneira, porque

ja se uulizava Q vocahulo parceria, em sentido ample, par<l designer rodos os

ajustes entre 0 peeler publico e 0 particular para consecucao de fins de interes-

se plihlko (item 1.3), Agora surge a expressi ic parceria publico-privada p:ml

designar apenas dois rl pas de pat cerin: 1 1 coneessao patrodnada e a concessao

adminisrra tiva,

Em razjio disso, 0 vodbulo parceria continuarti a ser utilizndo em sentido

ample, para designar as varias modalidadcs tratndas neste livro. E a expressjio

parceria publico-privada, para desrgnur as duas modalidades instituidas pelaLei nn 11.079, de 30-12-2004. A propria siglu PPP - j<i amplarnentc urilizada

(praticarncnte insti tuclonalizada} lacil ita a iJist in{)io e evttu confusao enrre as

expressfies parceria, de urn Iado, e parcerla publico-privada, do outre.

Quaruo a ccncessao de service publico, irata-sc rlt~iusthuto dos mail' an-tigos do direito admlnistrattvo, j< i consHgrado no direito positive hrasilei, 0 desde

longa data. Arualrnerne, (~~aaisclplirmda pela Lei III8.987. clc 13-2-95. e pela Lei

nl!9.074. de 7-7-95, a lern ( \ ; - 1 iegisl,\!;iio esparsa sobre se-rvices especfficos, como

rc lecomunicncoes, e ne rg ia 121" "' Ti ca .pones, nav('gH~'aoaerca etc.

AgOT( I , com a Lei n o 11,079, silo criadas duas moual idadcs de PPPs intituladas

concessao pauociuada c conccssao admlnistra tiva. A (()nu ',"t it l pl ltrodl1oda, pelo

proprio conceim legnl comido 110 nrrigo 2°, ~ I' ', da Ll'i ni l 11.079, e modalidade

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.. ~, t\l

1 1' I I Obl'l 1 1 1 1 h l k n d q u i t r r u a II Lei n " ' " , q ~ 7

ervic Pll) ICOt)l L l ' .,'

. ,. ,1 'I' lUll i f ~ 1lohwd, \ d » nsuanos, oun api 'Slil\JO'I vob r rd i J 1 1 < 1 me n l • f ' . ,

'. bli 0 1 1 ' 1 1 cctro pd\ Ida. f\ COW'( $~IJ <l "111list mtfl'U11 1 par ire { 'Iu teo u , '1 ', \' lo no. I'" ~ 'II «. : ('I c on trn to de plesl._lr;dO (1:2 services de

nceuo ootl(Ono.II.~ ,:;-. .nbh c ~1:1'\ u su an a d ir et a Oll uulu 'Ll aindn que envolva

\ lml~lIa,ilO rUk' 1t,1. t ". _

I d e \b ra o u fomrcimenll1 e inslIlia,ao de hens.

tarat q ue existe m d ifcrentes cu tcgo r ias d l! corttratos emlst ) P mute cons , .~. ... . ...'.t .

ire , d ele ga ca o d a execucao ~ic!it'II'It;O publico ao COIl(lSSIOl1uflO, com

J glme 1 ' ), :a l um POllCOdiverse :

a. conce ao de service publico or linaria, comum ou tradicional,

em qu e a r emuner a cao h a i ra d e co r re de tal ifa ~ag~l pelo llSlHi~io 01]

ourra form a de temllOera \ 'ao decorrerue da propria cxploracfio do

SerY1Qo : s al ) a s f on tc s d e re ce ita s a lte r n ativ as , a cc ss oria s, c om ple rn en -

tares ou decorrentes de pro jetos associado s; nessa ca tegoria entram

a s c on ce ss oe s d is cip lin ad as p ela L ei n o:!8.987/95 e l eg is la< ;a o esparsa

sobre services piiblicos su je i tos a legi s lacao propria com 0 u s d e te le co -

municacoes. energia elerr ica erc. : note-se que a propria Lei n~ 11.079

refere-se a esse u po d e co nce ~ a o como concessdo co niu m (art. 2~ .§ 3):

b co ncessao patrocinada, em que se co njug arn a iarifa paga pclos usus-

rio e a contraprestacao pecurud: ra do concedente (pa: ceiro publ ico)

ao concessionario (pan:eiro privado); conforrne artigo 3', § 1", da Lei

n 11,079, el a e d is ci pl in ada po r e s sa lei. porem a Lei nil 8,987 a ela seap li c a subs id ia r iamenre ;

c. concessso administrativa. em que a r er nu ne ra ca o b as lc a e constituida

p o r c omr ap re s[ ~c ;a (J f ei ta pelo parceiro publico ao p ar ce ir o p ri va d o,

na fo~a do arugo 6 da L e i ng 11.079; ela e disciplinada po r essa lei

e , adlao~almenre , por alguns dispositivos da Lei n" 8.987; a leitura

d o I e n~ellO l eg a l d e c o n c e s s a o a dm in is tr al iv a d ei xa duvida quanto aorea ob jeto desse tipo d 0 ~ ,

d. e courraro: porern coniorm e s demonslrara

a lam e. o utro s dispoti d I . .'. ., 51 vos a ei p~rmJtcm concluir qu e de pode tel

p or o bj eio a t:x ec u~ o d e s er vi ~o p ub lic o,

Para evitar confusao entre do i "expre. ' isoes conces"a- d . os OI S pn me lfO S m sritu to s se rjio udlizadas ;JS

., 0 e servl~o 'bU ' .dade referida no item (a) e p~ co eomum au tradicional para a modall'

, eoncessao patroc' 'd ' dal'd det ra tada no Item (h). Ula a para deslgnar a mo 1 a

Quanto a concessao ad min isrra . > ., , . ' ' •

lugar, po rque lOda sa s cone _ ti va , a expressao e Inadeqllada em pi LmeliOPUbl' ~ eSSoes re I brCldns ' . fio

Lea,sao adrniOistra[ivas N , ' ,mmo COnLlalo:;, pela Admjlllstra~,

a e xp re s ao s er a u rt li za da ~ 0 ( ; ln tan to . p il la re sp ·ilH a v(Jlltade do legisladnr.mod I'd d este I fO exclu" , lasa I a e s d e parcc ria O b I ' . m am enlc p ara rcf'crir se a U ln a ( L

p u I co 'p nv ad a t n. }( it ui du p e. la r .e i n'l 11.079/2004.

F;1lal-s(' :J till concessao, P:lI.1 faz r I ferenda no r nero em C f nq u dran

lo dn s a s esped,'" releridns 11 item ubsequcnte (4 .2 ) N es senrido ampl q e

:I expressur t~ut ilizaclu no tuu lo Iado a es t capitu lo do liv re E m s gundo Jug r

a e x pr e ss a o e lna de qu ad a, p orq ue a c ha ma da "onC'( ' . ,SdO adrnrnlsrrauva regulada

pe la l.e i n il 1 1.0 79 a pro xirn a se basrantc, sob c er ro s a sp ec to s, d os ('o ~tI~ to s de

empreitatia, ticando 8 r ne io c am ln ho entre D concessao de <)(,IVJ~O publico e a

Lc,.ceiriza~50,

4.2 0 VOcABULO CONCESSAO EM SENTIDO AMPLO

o voca bu lo co nce ssao , no direiro administrative, c osru rna se r u nh za do

em diferentes seruidos, porque pode ter divers os objetos, como 3 delegacao da

execucao de service ptlbltc:o ao par icular (coricessao de servico publico. agora

ia mb ern so h a fn nn a d e c on ce ss ao pa rro clna da ). a d ek g:a Cfa o d a execucao de obra

publica (concessao de obra publica); a utilizacao de bern publico por particular,

com au sem possibilidsde de exploi (I~ao comercial tconcessao de usa, concessao

de direito real de uso, eoncessao de uso para fins de moradia, concessao para

exploracao de minas e jazidas), concessao para prestacao de services It Adminis

tracao, acornpanhada au nao da execucao de ohm ou fomedmento e instalacao

de bens (concessao adminisrrariva).

Todas essas modalidades sc enquadram em duas grandes caregor ias: (I con-

cessao translatlva e a concessao constitutiva. Nas palavras de Oswaldo Aranha

Bandeira de Mello (1969, v. 1:490~491J."corresponde a ato adminisrrativo trans-

lativo d e d ir ei to < 1 concessao pela qual a conced eru e at ribui ao concessionario

inalterados 1)5 poderes e deveres que lhe (ahem para exerce-los e curnpri-los

em seu Iugar, a rim de praucar aro jurtdico, como os de servenruario de oflcio

publico, ou de consuuir obra publica, cnmo de retificacao de rio, ou de presta"

s€lvic;opublico, como de fortrecimerno de energia eleu ica": e "corresponde a ato

adminisnarivo constiunivc de dlreito a concessao pela qual 0 concedente delega

ao conCC5S10J1<lJ '10 poderes para utilizer 011 cxplorar hem publico, mas as atribui

em qualidade inferior e quantidade menor dos que os lem, relatives it exploracao

de jazidas e forues minerals, f luri liz3\i :io de terrenos nos ccrnitcrios como tiimulos

de familia, a insra lacao de iudustrias de pesca ~lSmargens dos lias".

Por outras palavras, a ccncessao uanslanva importa a passagern, de urn

sujelro C I outre, de L I I l l bem ou de um direito title se pE'rde pelo primeiro e se

adquire pelo segundo; os dir('ilos derivados dessQ conc('ss5n ~;io proprius do E s-

t<ldo, pOl 'em transferidos ao c on cc ss iO J 1m i o; sa o dessa modalidade as concess6es

de s€lVifiO publico c de obra publica, as COIHt$SOes J illiocinadns e <IS l :om:essoesad m iIllstrativ:ls,

A l:OlH:l'ssao cQnslirmiv;1 ocorn~ ql1:1ndo, com b ' se 11\ lim poder m ais am -pia, 0 ESl:ld(l c :o ns ritU l, e.m fa v lr do C'onres:-:ionario, ur n poder menos amplo;

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I

I 1 d de .f mal 1131) In r l ist ll l (l1c l: 11111. \se , em qualquer das mO'; ' I 'r I aspecto or, '. . . "'. uu 1-

J ' dll11'lll\trmh ,I S\I]tiros n H'gllllt' I~u n Clio publll:o\I e contran s :I " • • .

~\.}b{lnspecro mat e ri a l. de ~~'UnIlHL'lll i,u. n ss i m se ~ i s li ng \lc rn . 113c o n c e s s a o

I 0 E rado ~"It' ' ' ' ' l ao com'l'~SIOIl:llIO :l execurno de U 111SCTVH, :O ou o b I "tt.!l' JU\d. s" ~", l:o ' • • 0

que ~ nam tie su a arribuicao: l' lima rdICt'~a de podcrcs , direitos, Vdlltagl"l1s 01 1

1tl!JJd~lll1eSf' destacam d a Admi l1 i~ tn l\a o ~ sc t 1an$~crcm an l'~~C~SSio1l(Irio,

\;1 -\.I xmsutunvr. 0 E . ~t .l do c ons on rr q ue 0 pauiculm se utilize t ie p aH : e.

, l b m pubiico, n1.lS0 d ir cu o q ue 0 ro nc essio na rio va i ex crce r sab re 0 bern e

de n t'T.:I Lve rs a d aq ue le q ue 0 e on ce d en te e xe rc e sobre 0 rn es mo b ern ; um a

I q ue n p ar ce l. do bem e destin ada ao lIS(} privauvo do con ce s sl o rn i I io.

J;1 coneessao t r a n s l a n v a , os d i r c n o s ou p o d e r e s transferidos 1'10 particular

preexistem 1 13 emidade concedenre : na c cn ce s sa o c cns ti tu ti va , derivarn do ala

de concess : O.

o p on te c om um , n as d uas rnodalidades, e a reserva que 0 co nceden te faz tic

,1 g un s d ire ho s, p od ere s e v an ta ge ns , c om o o s d e re sc ls fio u nil ate ra l d o c on tr ato ,

canza 50 p un ic ao e tc .

4.3 M OD AlJD AD ES D E CONCESSAO

P e lo e x p o s tQ n o n er n "llle' ,. 1 . . . ., (I no r. ja se co ne U I q ue eX J SL em v an as rn od alid ad es

de C O n t : e s ~ a o :

a Lco~cessao de s e ! V I ~ Op ii hl ic o ( em s ua f o rm a cornum discipl inada pclal'J n 8.987 95)' '

b c{)nces~o d e ob ra p ub li ca , disuplinada pela m esm a Lei nil 8.987/95

e ago ra tambem pel ILei , 11 0791uodwd . 1 n , 04, s ob a form a de concessao pa<! 3,

C c o n ce 5 S ao palrocm ada (d ' " .vada pr'\Js t [ urna as moda l Jdades de pa i ceria publico·prJ-

c: a na In] 1 .0 7Q /2 00 4) ,

d. conce5Sao ildminlSLI il l lva (Ot t d ' . .vada t am uem · . , I ra 010 ahdade de parceria pUblico-pn-

_ m s t l t L l l d a pela Lei n q Il.079/200~)'e . conce ssa o de U s a de be' . '

(disriplmada por I I ~ pubbeo, com ou scm exploracao do h e m('gl5 a c a v ( 'sparsa).

E m m u i t o s C O n t r a t o s e x ' .uma .. ISle (I C :O ll Ju g a ,- d d ,-

onSU tU i 0 ob,eto pr! . cao e Ilerenles rnodalidades, em qu e

exemplo, na concesf;fio din IpaJ e n(s) OUlra(s) ,Q

acessorlo. toque o co rre , pllrou c e f o d e rodovla 'm q . -rm a e ob ra p u b l i c a a ' lie 0 objero e a const ru~ao. am pl l i lr , :w

, companhada d, ~ I -a,I t xfl o r ac ao c om er ciu l d a o bra p a l t

fins ric -cmuneracao do .oncessiona: io; mas0mesrn contra I envolve, em regra,

i1 utJlizar;au de hens d.-. pan irnmin publico. Tamhem eo jue ocorre na Vande;

rnodnlidadcs de concessao de servico publico (e vai ocorrei nas parrerias publico-

p riv ac ],J s) , e m q ue a C X e('lH ;5 .odo se rvico depcnde do miliza~~o co nc om itante d o

uso de bern publico.

C om e xce cao d a c once ssa o d e u so d e b ern pu blico , to da s a s d e ma is m oda l id a-des de concessao serao ubjeto de estudo em capitulos proprios sendo a concessao

patrocinada e a adrninisrrat iva cnglobadas, lIO mesuto capitulo, sob 0 rfrulo de'

parcerias piiblieo-privadas.

4.4 CONCESSAO DE SERVI<;OPUBLICO E PARCERIAS

PUBLICO-PRIVADAS ,COMO FOR lV lA S DE

PRIVATIZA<;AO

N as edicoes anteriores j a havia s id o fe it a r ef er en da a c on ce ss ao d e se rv ic e

pub lico com o form a de pnvatizacao, considerada esta no senrido arnp lo referido

no item ] .1. A rncsma observacao pode ser feita agora em relacao a s duas rnoda-

lidades de eoncessao instiruidas como especies de parcerias piiblico-privadas.

Isto sejustifica porque iodas essas formas de concessao constiruern instrumen-

to s d e q ue 0poder publico pede utillzar-se p ar a d lmm u ir 0 ta ma nh o d b E stad o, pela

r ra nsfe re nc ia d e a irib uic oe s e sr ata is p am a se to r privado, A i nd o q ue a s c on ce sso es

s e fa ca rn p or c on tr ato admin istrativo, pO I tfl1110 r cg id as p elo d ire uo p ub lic o, e ainda

que 0 podei ptlblicu conserve a plena disponibilidade sobre n service, exerca a

fi scalizacao e fixe a iarifaC JU

ourra forma ci t remuneracao, a execucdo do servicee st ar a e n rr eg u e ;J lim a em presa privnda que atu ara pelo s m old es das eru plE ~sas

piivadas .I ivre de p ro cc dir ne nto s c om o c on cu rs os p ub hc os , licitacao, c on rr ole p elo

T ribunal de Com as e outros lm malisrnos qu e cosrurnam s er a po ru ad os c om o fo rr na s

de emperrar a aruacao ciaAlill1inisll"?l,fio Pt.'ihlil'a dircra e indireta,

Na realidade, 0 institute da rorrcessfio E o velho, pois, conforme vista, Ioi a pri-

n ie ira Iorma de descenrralizacao de services publiros; 0 objctivo de privatizar e que

e b ern m ais rece ru e, po rq uc su rgiu co m 0 m ovim cnto d a R ef 01111<1 d o E stad o. Q uer-

se su bs tiru ii a A d rn in is tra ca o P ub lic a, diretn Oil in dir ora , n o exercicio d e a lg um a s

fUJ1\ 'oes adminisu, I i vas <;\(1 ESl . IUO, pela ernpresa privada om lsto diminuindo-se

o ta rnanho rlo aparelhamcruo c dminisn 011vo e. preteusamcnre, UUlllentando f1

efid encia . .1 101 11de tentm se enfi enrtu ~Ic r is e f in ancei ra d o E sta do .

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(

, . AO DE

PUBLICO-

apr mulg . \ 3(1 da Le i 11 11.0-9, III ~U 12 _00 l, q ue l ns tit uiu normn~

r. Il;H,l~l(l c romra l : l\ , .!O dl', P,:IC(,II.l Pllbll~fl PIW,lLh\ no .1ll1ililO da A d .

h P uh lt l'a quando n COn sll l\! 1~ aO ,(, It 1(,11.1 d,CO.IlCl'S~.l(l. tinh.1 s~ que

rot ue re erenna ern a ('onCl'SS,IO ( . I t service pu hllco. E ra () 41 1l ' 0 0, ;0 1 ri1 ric, .1 ~ arng ~ 21 , inusos Xl e xu, 2 5 , § 2 Q (ahcrudos P ' I. 1~lllend<l Cons~

. . . n a n S Q S ,1 5 e 22 3 a CO l l s u t l l i ~ ; : 1 C ) F ederal, consriru indo lim a opta

p xl r u b l n : : o p•1rJ n presm ao de sen i~o p u h I ico. 0

pnm 11"00151 o~U\o_mdic'aIS S CI ~\()S qu e a U niao pod e J restar diretarnen.

te ou n-ed-ante autonzacao, concessao ou permissao, ~d incluindo os set I .a d' _ , . 1\ll~OS

r om umca co es r am o IIUSil(l sonora e de sons e irnagens: lnsralucoes de

{n ~ I c let ri ca e aprovelmmemo energe?~o d_os curses de agua, em aruculacao

o no E!.tilum onde se snuar n a s po re nc ra is hidroerrergeucos: navegacao 8 t ! 1 r e a

ae~oespa rl il l e d e l nf ra e su ur ur a n e ro po rt ua ri a; r ra n spo rt e ferroviarlo e aquav la r i~

eFnrrf 'dlX'rtosb J a S i I . e i r o s e fr~ nteira s nac lo nais, o u q ue t r a n s p o r r h a m os limites de

ta 0 a u T er nr or io : o s SefV1rQ d L' . d .•. .cior 'd . .' ~ , nspone 10 ovrano inrerestud ual e interna-a e p as sa ge ir os : o s p or to s mar idmo s, fluviais e lacustres.

o art. 25 , § ') prev e a c om pet~n . d E d fdiretamenrs ou - . di .: CIa os ssta os ederados para explorarem,

_ ~e rante concessao, os se n it; s lo ca ls d gcis canahzado.E tlan 1/5 d iz que incum be. P d

U o b r eg im e d e c on ce ss a ao ~ c_rPublico, na Iorm a da lei, diretamente

c, de selVl\Os PUbJioos".O;u :~~lIssa.o,.sempre c 1tf ~v es d e l ic it ac ao , a pres-

- regune cas empre,as Cone' p .:.~fo uruco . p r e v e le i qu e dispouha sobre: "[ur- r· C S S lo n an a s e ne rmls ' "I ' ona ' " d . •bl'. .. . c € e spc ci a ' d e s u c I'''' I m s e servl~os pu IfOS, 0

d~ o n t r a 0 e de l I 1 1 a p ~ . -

u cd ed e fista llz ar; ;o e r es ' :- d Iorrogacao, bern ('01110 as cond Il;oes des . .,.... c isao a eonces ' a . -ianos I I I - P 1 u i c a H i r i f a n a ' I V _ . : ; a o u p er rm s sa o : Il - os d i re i ro s d o s

o an.22,j t:

arad '

a oblJga~o dernaru

er servico adequado.'radi difu - iI ronee s ao perm's· -sao sonora d s ' I sao e autorizecao para 0 service de

ons !: Imagen , .. ,

Not se d es de l og o qu e 0 Ie 'em prego da tE fm inolo gi no p gl:; la~Qrpecou p ela fa lta d e u nifo rm id ad c noa HO;Jzarao" nmelro (.lSPOSlt·. j-'] , - -

~ ,no :;egundu Iida. 1\ 0 ,I ilem conCf'ssao perl1llS~ao eou pl.!nm~sao apenas em eonc -. .' -. essao . e, nn rercelro , em concessao

A dislin~o entre0 .

fella adiante s trl'S Institutos con" 'liens 5, 2 e 5 3 ). l'eSsao, pemnssao e ,1l l tOnzaJiao -:Ifni

Ap6s a Iflstl Ui~aodCon st lt ui <; a o co (jre~e legal das ,.' ..d r fI ndo d ntJn~f'a (alar e m COne p a r c t : . ' I I Q S publlco·privadCls, emhora Il

em le i S ISPOSluvo: ; on ituci . Sao dpl.!nas, lem se que induir so b a egtdi'COm oC o n essao d GnalS a conces - 'de servi~opubl' . sao patrocinada, que e def iDl a

leo, amd~ jU ., •• 'd' U IIsUJclIn i'l regmlcJlIll ItO I

pUlleo diverse, (om pi ito, os scrvicos P!C'ViSt05 n nrngo 21 X l x r r25 §.:!', ndrniundo a cobr .mca de t r l 1 ira dos U urirl1•P le i m r PH' t

1'01111,1da COllceSS:HI d, <;1''vi .o public tradicional ou ob d forma de ronr (

1 1 ,1 1o ci l1 a dl l, a c rt r \1 1 0 do I o de r p ub lic o.

No (ILlC (liz n"~p('ilOao nrugo 175, iIpropria concessao admmistrativa re

q ue s er a hr an gid n, nO q ue cou ber, peJa norma nele coruida um a veil, que , ember

de Iorrna m eio cam uflada ua lei, CSStl m od alid ad e d e c onc essa o ta rnb ern po de

tel' par objeto ,1 Pfl'St<h:50 de serv i r ; q : > publicos, A expre si lo 110que couber leva e

conta 11 inaplicabilidade, a e ssa h rpotcse, da po li ti ca Irlrif.1l Ia r efe rid a n o p ara ge f

unico, inciso III, do di p o s n i v o onstnucional Todas as demais C'xigennas e o l

couridas nplicar-se-fio r im b e n a essa m od , lid ad I:' e cone SdO .

Havendo diferentes regimes de conces s ao d i sc ipl ln ado : em lei , cabe ao pede

publico oprar, em cadn cnso, por aquele C[11(' for considerado 0 rnais adequ d

dianre das exigencies legals e constitucionais (conforme 11 m 2.4),

1\ l e i r ef e nd a n o p ar ag ra 1' 0 unico do arngo 175 da ConSt11ui~ .ao er a fund m n

ralrnente a Lei nO 8.987/95 (alern da It'gislm:;50 esparsa sabre services especfficos

agora se acresceura a Lei nil 11.079/2004. que tambem esta sujeita aos preceito

conndos nos qU<lua incises do dispositive.A lei n~ 8.987. de 13-2-95, e a LeinO.9.074. de 7·7·95, alteradas pelas Leis n

9.648. de 27·598, e 11.196. de 21-11·2005, disciplinam It concessao de servic

publicos comum Oll tradicional. Porern, a Lei n!!8.987 aplica-se subsidianarnent

a concessao pauocinada (conforme art igos 3V, §§ lQ e 5~da Lei nil 11.079, de 3

12-200-1) C ;1conccssao ndrninisrrariva (conforme arrigo 3", caput. da mesma Lei

A Lei n o' 11.079 insdruiu a charnada parceria publico-privada, nas modalidad

de concessao patroclnada I concessao administrativa. estabelecendo 0 reglrn

jurklico .1 'JUt" elas se submetern: porum, repi ta-se, com apl icacao subsidiaria d

Le i n O 8 .987.

Alem disso, aplica-se tarnbetn subsidiariarnenre, em tudo 0 q ue nao conrrarir

suas leis de regencia , a Lein D 8,666, de 21-6-93 pO I Iorca do que dispoe seu artig1 24 . A s sim , o s c as es o mis so s 11:1leglsla<;ao c sp ec lflc a po de m s er re so lv idos, no q

fo r co rnpa t {vel, pela u plicacao da le t d e l icuacoes, com as alreracoes decorrentes d

Le~s11~ 8 .8 8 3, d e 6 -7 -9 4 , e 9.648. UP 7-7-95. Em nlL It'ria de lidLa~ao. 0 anigo 12

Lell1\l 11.079 expressamente estilbdece que 0 ccrtame obedecera ao proc .edimeLl

previsw na legjsla~ao vigcmt: sabre lidt<u;oes e contratos adminisITativos,

Existem (linda as concess6es disciplinadas por legisla<;5.o espedfic .a , como

o caso, por l 'xemplu, < 1 < 1 concessau eli' energj.1 eletrica, submctida a Lei nil 9.4::!de 26·6·96, e ao Decreto n" 2,33S, de 6-10-97, q u I. ' ~ 'o n sl it ui t1 a Agenda Nadon

de Encrg'ia Elelrico tANEEI.), (Jularquia sob regiml' e 'pecial; tal11bl:m e 0 ca

dos servi~os delelecOn1l1nica~oes.

que eSlao dls(,lpllllados pclnsLeiSn~

9.295,

19·7-96. e 9.472. de 16797. .

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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mllU'<'o;, In lIU Irill I r , o ; , )T) 110. t

ntv C n tlltll

Mil'll Iplr< 1< d« I i tT l

r mp t"illci

" " o t " ! . \ ~ } - ' 7 1

4 .6 COMPETENC IA LEGISLAT IVA le i antenor". Por t: '!><'(. disposinv (.I contin ariarn m p eno vigor s no; me. .cg i

ante rio res [ue discrolmas em rnoda ~d"des espe itica de ooncessoes, '\;0 (manto

a vista do disposro no p-iragrato uruco do art 1 . te..,· l que concluir QUt' rnesmo

J:" l eis c sp ec ff ic a o; :deve s er a d ap ta d a iln o v , legbhCdo. dlidS. pode-ve concluir

q u e o s d i 5i l0 < ;i ti vos dess: s Ie s que se am incomp..Il{\ e :> corn a 1( 'I n 8 987. estfio

r('\ogados.

T arno a co nc essao d e 5ervi~o p ub lic o, em su a f or r na tradiciona! c

r o rxessoes insu tu id as pe la lei nQ 1 t .07 9 sob 0 titu lo de parcerias Ptiblic~_pOn~vf)das

d"'Em •. a a s

[ e m : J n a t u re z a d e c o n r r a i o s a m m l s U 'a O V U S . consequencia, a eompeten( I, ' I di . l3 e·

gisla tlva sobre e s s < l S r na re na s r eg e-s e p e a s r n e s r n o s ISPOSIUVOS eonstiLur'; ,' . .. ..onals

A C(Jnstitui~ao Federal , no an . 175, paragrafo tinico. co nso an te ja m '

d . I I - d 1 . . J ' b eno».na 0, prevru a e a JOfat;BO e e r q u e vtesse a ( ispor so Ie concessso e perm ' -

de ~ervi~opub li co , n os v ar ie s a sp ec to s r ef er id os n os in ci se s d e J aN . issae

Nao ex ig iu 0 disposiuvo que Sf tr ata ss e d e l ei f ed er al , 0 qu e permits c I

d' d •. ,. one Ulr

q ue c a a e sr er a e g ov er no te rn c ompe re nc ia propna para legislar sobre a •.marern,

: ' 1 1 0entanto, h a que s e o bs erver que c a l t . 22 i n c i s e x x v n da C " ,. cJ I ' . . . .' ,onslItul\aoIn UIU entre ;IS marenas de competencia pnvauva da Uniao as eu I!"1 . d J " - '1 e es ta JC ecarn

J o nn as g era is e r cu ar ao e c crn ra ia ca o e rn to da s a s modalidad ., _ ,. , ' r es, para as adrni

msrraeoe s publ ic as d i re tas , au!;irf)t\ic<I~ e fundacionais da U'_ F . d ' ..Fed ' J M ,.. . '. mao, ssta os D l S t f l t o

ern e U 1 1 I C I P I (I S , obedrc III 0 0 disposto no a rt ') 7 X X I . '

Public~" le d d d' ,J" C para 8S emplesas

"5~' soee :I e s e e cc nn rn ta rn ista , 110S termos do art. ] 7 3 § l~ IJI"

C0 l11ug ;mdo s ' 0" d . d' .. ' . , •

. ,' . ' . e , 0 1 5 l ~p (J S! lI V (J 5. ehega-se a conelusfio i "CIIl l egi sla ti va nessa m alc~rl 'a(.nl le: U ,_ .' ( e que ,1 (OmpNcn·, j'''' u m oo 110 que ell]; r -'S '1 '

e aos E sr:1dus e M nniclpios no que . ,c .'. - ' t pel 0 <J~ no rm as g er ms ,~3 d ,_ sc lC1(!IC as normas suplern t I

1lI);j " 0 art. 241': no an 30 . \,' II . en arcs. co m )il)~(

•- I I I ( ISO n';~lJet:lJ\am t PM!c i t ' m;ltc~ri8de mmprlcnci" r ...> en 1:. or outras palavras II t

Ville dlzer qlle a 1 ('1 J. d °lilcorrenu da Lmae , r~wdos e Mun i ri pl o s..• . e ('ra n~ 8 9$ 7 ". "

da pela L ei 11~ 8 .0 06 , d e 21.6-93 ( gt ra a rnesrna pcrplexidade produn

d e ru ro d o ie xr n fI~ normas ., 1.U~I1tO f1m leqLldda defirueao dl ' qua.s senarnM ,. ' ,gCIHIS IIC observs 1" '

lIllJ("lpJi'lS, ',H1Cla o !fIgr:rlrlJia para E srado, ('

! ' I t ' ! qu e 0 u uuu o do 1 t > l I i s l " d o r Irod ,)'" .na ell,'86f16

0 15 ils n or m a s CIlmo geIClis r .' .un ,jl<lr et.:t: tcr sido 0 de " censidearos en tes [ I ; : . fed • ", POI tanto . de observf .' I' •." .. cra(ilO. (J art, J da L e i " . rvancia (}lng.l)ona pai a todos

~o r r llDs gc rn is 5uh lC Itdl iJ~oe~ t co n 11tJb6 dN ennma que "esta lei e s r a b e l e e e0 .987 d l 'l cnn ' nl ratns "J:i 0 t 1A s n o . l n o J qllt a lInt:lO, I, ~ Id d( l' ( ' M ' . , • ill, ',paragr,.(o urnco, d n Le I n

I I I I 1 1 S d a n ov a 1 I d un ICIPIOS dey ' IIllOdalirJ,ldes d «'I C ( ' ! ' : t l , "bllsc.lndo me .', uno H e n pl .1 r ~ lI a l e g H i a~i..

j U s S { 't 1~ ~l'rvi~(Js"E~" nd{ r < i s p l' cu i la t idarles i n : > dl\'€l'. ~a r r S C f ' V < I d e: ( e f t • J ~ .I 1 ( - ' 5 s a l v a II . fp al, s er np re d llk ~ m a rg cm d ~ m ; l lo . . a b l li d a d ( ' ;l~ P,R tlJ . lnCl I_do di : .pos il ivo md lc

s e p: J ri U a . n t hadd p L i D J~ llremwld' f I .Pd"· .1 J~gISI,,~aocstadudl c m u n tC I '01m a s &er'll~ d d r l.1 (' Cil tel' •

I : ' , . ' ~ .ISque I!~(J I~ lOSprCCISOs q l iE ' )Jt:ITTIltam

• IIlt,elr.s~<lr e nlj!i! r r m es sa n lHU r(!7.:1.

5(' qll(' Cxr~t\'nl WI c~fI ' JI~E'0 dl~P')Sl l ivoh1 . I 'COn( t ' Ssoes d '. (J a I ( , ' ( j t ' l " a I I I ') . ' • " F e r c n '1:.1 < Pl t ' JP I ie l LInl:10. S li'e

. I? SCIVII)OS l>ul'I' • S Pil IS a& q Ut > :I'nrt . 2 § 2. d L . U ICOS,('orno l l~pO(!n ' >ob r c d l J'llllllUdas

djsPOs;~6es g'('raa' ('I de I nt ro dl Jc ao a u (rol~ 'Xcmpln. a de:> net gia l,lelt I .1 rrloIS (IU rSl}Oc' .o( IgO Clv'l I' ., ... l illS.1 pal d'l" .~ J, <l I nl)V;j ~ 1 1 J l'stdbek,d

,,'J" eXI~I' ', I ntes. n ,h ) n 'V o ga m 111 m od itlca II

I('I n

Q.074 .Je -

7 ·< )S .que

e sr sb ele ce n orm ast ~ U It 2 \ < da ".1 l ni I

auronze

hast eo ("hmpeza ill' I iu e n<;iJt. Estadua.s ( ' ",1<; Le Or 1" as d Dlo,; l1 uo ',' IN 11(' "un: .p: ..

em qualquer caso os t I . :TTnO. da l In 9 tJ8 ', G it Iqa~

o dlspositivo padece , rnnnera C d 11.1~• l l g u m o de til{ onxutuc on.ihd.i

a Frn pI imeiro lugat .HI t xt i1 autorizar;i io legi 'lali a para ouror I J.'

o n e ss .ro : d a u to r tz u c. ro l eg i ,1J .l ivd porn qu e I' E:'euIU\ 0 I a trquc ,H(.

U celehr c nm I que ~(l liN 10m dcnrro das Iuncoes u p: am en te

.,dmmr trauv: (n utui JIO de conrrolc (previo) til' urn Podcrs btl: 0

ourro E por 1%0 OK 1110, ex e~.:\lI ao pnuclpto da separ.rcao dl I oderc •

omente ( . ..hl\...! 11r)~ casos I.'x.plesstl~ na Cnnstnu i .10 r cdcra l , na (,'iltl

u 1Uti 1 ' 1 < \ I I (J g , urea munkipal; note soque :1 Cous t inucuo Ft?'l.iCI al

t I nca, n d 41), 51 t; 52 os atos (jut' d \ em ~U'.uuorizados pelo

( r n « t ,ll.on 1 (till]!, t in s D e p ur ad n s C sen: d o l -e de ra l lnUL'

d I lUll uu n m tor ,I',Ill para 011('(''i.111 lIUpellnb~Jo de

t· \ \0 p~1II n mn J 1 JllllU , .11t 1" 1 I till 'XI'I essameun que ,I

I ( I uu It pod I It 11) dlretamentc au mcdrant

II I u t '. a ll dispens: r autor i-

nl III "C ulnas publicasladn<;(om 1 1 . . . . . . 1.t tIl n 8.987~ all, .0

IUE', un I. J l do PI1tl(ljl!Ucia IIrcnoati-

\ld i.ld c- d , • k' !"" l ('vlde'lrr qUI ; Ii' 111),..1 1 1 .1 ). 1I !n g " o s Ploccdlmemus

11lIllddoo; I1d \.io('ol..'.1 d 1 Il'l :mIP! 101

c

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8/2/2019 Maria Sylvia Di Pietro - 2009 - Parcerias na Administração Pública

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