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Conheça algumas provas que podem entrar no seu calendário CORRIDAS Dicas de segurança para subir a montanha Mar / Abr / Mai » 2014 » Ed. 2 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Kilian Jornet Os novos desafios do melhor do mundo Entenda como é possível planejar as provas que fará no ano PLANEJA - MENTO ORIENTAÇÃO

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Conheça algumas provas que podem

entrar no seu calendário

CORRIDASDicas de segurança para subir a montanha

Mar / Abr / Mai » 2014 » Ed. 2

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Kilian Jornet

Os novos desafios do melhor do mundo

Entenda como é possível planejar as provas que fará no ano

PLANEJA -MENTO

ORIENTAÇÃO

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Não foi fácil! Esta segunda edição da Revista TRAILRUNNING foi ainda mais desafiadora, pois sabíamos do peso de manter a mesma qualidade da primeira edição. Todos que contribuíram de alguma forma na revista seja com textos, anúncios ou mesmo palpites nos ajudaram a chegar no nível em que queríamos.

Conseguimos fazer uma distribuição nacional que superou as expectativas. Revistas foram entregues em diversos estados brasileiros, inclusive Amazônia, e atingindo diversos nichos dos esportes de aventura, fazendo com que muitos, que nem sabiam da existência da corrida de montanha, se tornassem admiradores.

Estamos unidos com todos vocês para transformar o cenário nacional e mostrar o tamanho e a força desse nosso esporte que une todos os aspectos físicos e psicológicos do ser humano e ainda trabalha a preservação do meio ambiente e oferece uma espécie de turismo de montanha de forma segura e divertida.

Nesta edição trouxemos uma entrevista exclusiva com o ídolo Kilian Jornet. Um atleta admirado por todos e que tem muito a nos contar e ensinar.

Boa montanha, ou melhor, boa leitura a todos.

Equipe Revista TRAILRUNNING.

E D I T O R I A L Í N D I C E

EXPEDIENTE

PUBLISHERRaphael Bonatto eRicardo Tourinho Beraldi

DIREÇÃO DE JORNALISMO E REVISÃOMarcella de Paula - MTb 6012/PR.

DIREÇÃO DE ARTECarlos Aladim Cordeiro Jr.

FOTOGRAFIAWladimir Togumi e Thiago Diz

COLABORARAM NESTA EDIÇÃOCamile Carnasciali, Cassiana Rodrigues, Daniel Meyer, Décio Ribeiro Santos Júnior, Fe Seixas, George Volpão, Giuliano Bertazzolo, Saulo Oliveira e Sibila Antoniazzi.

IMPRESSÃOGráfica Capital

TIRAGEM5.000 exemplares

COMERCIALRaphael Bonatto - [email protected]

www.REVISTATRAILRUNNING.com.br [email protected]

CLUBE / O Número Um!

ORIENTAÇÃO / Programa de Análise de Riscos no Esporte.

CLUBE / Novidade no Trail Running Club Brasil.TRAIL RUN / Saiba mais sobre as principais provas de montanha.

TREINO / Monte seu Calendário de Provas do Ano.

ESTILO VEGANO / Veganismo Muito Além do Veganismo.

MERCADO / Calçados para Trail Running.

08

22

NUTRIÇÃO / A Importância da Alimentação de Atletas de Longas Distâncias.

30

EQUIPAMENTOS /32

CAPA / MOVIDO PELA PAIXÃO.26

CALENDÁRIO /38

10

12

18

36

34

RESULTADOS /40

SOUL RUNNING / Joguei Fora o Meu Polar.44

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La Mission13 de dezembro de 2012 - Villa Traful - Argentina Wladimir Togumi

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08

Clube

O Número Um! O CORREDOR DE

MONTANHA CHARLES ZWICKER É O PRIMEIRO ASSOCIADO DO CLUBE.

empre achei importante termos um clube específi co para

esta corrida que pra mim é singular. Temos uma maneira diferente de treinar, correr, compartilhar e vivenciar o momento da corrida”. Assim Charles Zwicker defi ne a importância de se ter um Clube de Corredores de Montanha. Para ele, a criação do Clube vai dar uma força ainda maior para essa modalidade que vem crescendo no país.

Médico oftalmologista, morador de Blumenau (SC), Charles é o primeiro associado do Clube. Ele conta que sempre praticou esportes e que o preferido era squash. Porém, em função de dores na

“S região lombar e nos joelhos deu um tempo no squash e, por convite de um professor da academia, foi fazer um treino de corrida. Zwicker confessa que não gostava de correr, mas naquele dia algo mudou. Talvez pela metodologia utilizada ou pelo grupo que treinava junto. Mudou tanto que, desde esse dia, ele nunca mais parou de correr. Isso já faz cinco anos.

“Senti uma alegria e uma motivação tão grande que

naquele momento (enquanto corria naquela dura prova) percebi que eu realmente queria fazer aquilo para o

resto da minha vida”

Charles Zwicker

Assim como grande parte dos atletas, começou pelas corridas de rua, mas o gosto pelas atividades relacionadas à aventura e à natureza levaram-no a buscar algo novo. Logo fi cou sabendo de uma corrida de trilhas em Bombinhas (SC) e fez sua inscrição. “Senti uma alegria e uma motivação tão grande que naquele momento (enquanto corria naquela dura prova) percebi que eu realmente queria fazer aquilo para o resto da minha vida”, conta o médico.

Zwicker prefere correr as provas de longas distâncias (endurance). Entre as que já participou estão K42 Bombinhas (todas as edições), Mountain Do Praia

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do Rosa, Mountain Do Lagoa da Conceição, Mountain Do Atacama, Revezamento da Volta à Ilha (Floripa), Mountain Do Canela, Desafrio Urubici e Trail dos Ambrósios.

OS TREINOS

A planilha de treinos é feita de acordo com o calendário programado. Mas, normalmente, são seis dias de treino por semana, sendo três ou quatro dias de corrida. Os outros treinos são de natação, bicicleta e funcional.

Zwicker está se preparando para o Ironman Brasil, que acontecerá no mês de maio, em Florianópolis (SC). “Percebi no triathlon como é interessante fazer um cross training que pode também me ajudar nas corridas de montanha sem me machucar tanto”.

Além dos treinos, o cuidado com a alimentação está fazendo diferença nos resultados de Charles. Desde 2013 faz um acompanhamento nutricional e afi rma que teve uma melhora signifi cativa em sua performance, além de aprender sobre alimentação e hidratação durante as provas.

Charles faz parte de duas equipes de treino: a Adventure Sports e a KOT (Keep on Trekking). E foi com esse grupo de trekking que viveu algo incrível, “tive uma das mais incríveis experiências de toda minha vida, fi zemos em janeiro de 2013 uma expedição de cinco pessoas do grupo para escalar a maior montanha das Américas: o Cerro Aconcágua com seus 6962 metros de altitude.

Cheguei ao cume dia 18 de janeiro de 2013 e meus treinos de corrida em montanha me ajudaram muito”, conta.

OS PLANOS PARA 2014

No início de fevereiro, Zwicker participou do El Cruce - Columbia e terá o Ironman Brasil no mês de maio. Para o segundo semestre ainda está defi nindo seu calendário de provas, mas um desafi o que pretende enfrentar é a Maratona dos Perdidos.

CORRER NA MONTANHA...

“É o meu momento, minha oportunidade de me desligar de todas as outras coisas e me deixar levar apenas pela simples sensação da liberdade e prazer. A corrida na montanha eleva este prazer à décima potência. Entro em comunhão com Deus e a natureza. É ali que sinto o sangue correr com força nas veias! Quanto mais afastado da cidade e quanto mais selvagem melhor. Nas corridas de montanha não há espaço para monotonia, não há preocupação com o tempo ou a velocidade. Mas há muito espaço para companheirismo. Fiz muitas e grandes amizades nas corridas de montanha. Muito mais do que nas corridas de rua.

É como diz o grande montanhista Reinhold Messner: “Mas os dias que estes homens passam nas montanhas são os dias em que realmente vivem”. Charles Zwicker.

Divulgação

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Novidade no Trail Running

Club Brasil

este ano de 2014, os participantes do Circuito TRC Brasil de Corrida de Montanha

entrarão no ranking organizado pelo Clube. Nele entrarão todas as distâncias de provas, assim o atleta será pontuado de acordo com a sua colocação em cada prova que participar e com o “peso” da distância que percorrer. Ao fi nal do Circuito, acontecerá a premiação geral e por faixas etárias.

O Circuito TRC Brasil de Corrida de Montanha é composto por quatro provas com grande difi culdade técnica e elevado desnível altimétrico.

NClube

22/02 - CORUPÁ EXTREME MARATHON / CORUPÁ - SC

06/04 - ARAÇATUBA HALF MARATHON / TIJUCAS DO SUL - PR

19/07 - MARATONA DOS PERDIDOS TIJUCAS DO SUL - PR

08/11 - TRAIL DOS AMBRÓSIOSTIJUCAS DO SUL - PR

Saiba mais sobre o ranking e sobre as provas em:www.trcbrasil.com

CONFIRA O CALENDÁRIO

Araçatuba Half Marathon / Tijucas do Sul - PR - Luiz Fabiano Pinheiro

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» Plaqueta de Estabelecimento

Conveniado;

» Carteirinha do clube para os

sócios da empresa;

» Camiseta ofi cial para o(s) sócio(s);

» Descontos exclusivos para

anunciar na Revista TrailRunning;

» Participação na lista de

conveniados do material gráfi co

(revistas e informativos) e link

para busca de conveniados e

benefícios no site

www.trcbrasil.com;

» Revista TrailRunning entregue no

estabelecimento.

VANTAGENS PARA AS EMPRESAS ASSOCIADAS

VANTAGENS PARA OS ASSOCIADOS (PESSOA FÍSICA)» Revista TrailRunning entregue em domicílio;

» Carteirinha do clube;

» Camiseta ofi cial;

» 10% de desconto nas inscrições de provas

organizada pela TRC BRASIL;

» Vaga garantida em qualquer corrida de

montanha organizada pela TRC BRASIL até

a data estipulada pela organização;

» Descontos em provas de parceiros;

» Direito a compra de hospedagem na casa

de montanha CT Prof. Hamilton (quando

estiver pronta);

» Treinamentos e palestras gratuitas;

» Descontos e benefícios exclusivos em

estabelecimentos comerciais parceiros.

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Venha Fazer Parte Dessa Equipe!

CONFIRA ABAIXO AS VANTAGENS PARA OS ASSOCIADOS DO TRAIL RUNNING CLUB BRASIL.

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12Trail Run

WTR Arraial do Cabo

Patagônia Run

orrer por trilhas, asfalto, escadarias, areia fofa e encarar muitas subidas e

descidas. É isso o que atleta vai encontrar no WTR Arraial do Cabo. O percurso passa pela Praia Grande, Prainha, Morro da Antena, Morro do Forno, Praia dos Anjos, entre outros belíssimos lugares.

No site da prova, o atleta encontra o percurso detalhado, com o tipo de terreno e a distância de cada trecho.

Serão 21km que podem ser feitos individualmente ou em duplas. O limite é de 2 mil participantes. As inscrições podem ser feitas até dia 05 de março e a prova acontecerá no dia 24 de maio.

Saiba mais:www.worldtrailrun.com.br

C

COM DATA MARCADA PARA O DIA 12 DE ABRIL, A PATAGÔNIA RUN PARTE DA CIDADE DE SAN MARTÍN DE LOS ANDES, DA PROVÍNCIA DE NEUQUÉN. OS ATLETAS VÃO SE ENCANTAR COM AS BELEZAS NATURAIS DA PATAGÔNIA. SÓ NA EDIÇÃO DE 2013 FORAM MAIS DE 2.500 PARTICIPANTES.

Divulgação

Divulgação

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A prova é individual e realizada em apenas um dia. O participante pode escolher entre seis opções de percurso: 10km, 21km, 42km, 63km, 84km e 100km.

Pensando na segurança de todos os participantes, alguns itens são obrigatórios para a realização da prova, como o uso da camiseta por todos os atletas; os apitos (a partir da distância de 21km) e a luz frontal (para quem vai correr a partir de 42km).

O dia 26 de janeiro foi movimentado no Clube de Campo de Mairiporã. Localizada na Região Metropolitana de São Paulo, Mairiporã fi ca na Serra da Cantareira, considerada a maior fl oresta urbana nativa do mundo, tombada pelo patrimônio natural da UNESCO.

Oferecendo as opções de percurso de 8km e 12km, o atleta passa por áreas de proteção ambiental, sobem

o Pico do Olho d’água, com, aproximadamente, 1.180m. Desse ponto, é possível visualizar toda a região.

O participante é responsável por levar seu próprio sistema de hidratação, podendo reabastecê-lo nos postos disponibilizados pela organização.

I Etapa do Copa Paulista de Corridas de Montanha

Divulgação

Os percursos envolvem trilhas de montanha, lindas planícies e vales, mirantes, cruzamentos de rios e áreas protegidas pelo Bosque Patagônico, dentro do Parque Nacional Lanín. Com essas belas paisagens, cada opção de prova tem um grau diferente de desnível. Veja ao lado o acumulado para cada distância:

10km - Distância total: 10,7kmAltura acumulada: 419mAltura máxima alcançada: 1.152m

21km - Distância total: 21,9 kmAltura acumulada: 867mAltura máxima alcançada: 1.335m

42km - Distância total: 42,3kmAltura acumulada: 1.424mAltura máxima alcançada: 1.335m

63km - Distância total: 63,7kmAltura acumulada: 2.606mAltura máxima alcançada: 1.672m

84km - Distância total: 85,2kmAltura acumulada: 3.276mAltura máxima alcançada: 1.672m

100km - Distância total: 103,2kmAltura acumulada: 4.737mAltura máxima alcançada: 1.785m

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Saiba mais: www.patagoniarun.com

Essa I Etapa da Copa Paulista de Corridas de Montanha foi conquistada por Célio Augusto da Rosa, com o tempo de 55m30s. Em segundo lugar, Paulo Tadeu Moreira (55m45s) e, em terceiro, Ailton Rodrigues Afonso (58m08s). No feminino quem garantiu o primeiro lugar foi a atleta Daiane Aguiar Barros (1h12m48s), seguida por Mirlene Picn (1h14m27s) e Luzia Aluízio Mesquita (1h14m44s).Saiba mais:

www.corridasdemontanha.com.br

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Trail Run14

K42 Argentina Adventure Marathon

assando pela Cordilheira dos Andes, o corredor passa por trilhas,

montanhas e cross country, sempre enfrentando obstáculos naturais, com as mais belas paisagens.

Além do percurso de 42km, o atleta tem a opção de fazer 15km, além de levar os filhos para participarem dessa grande aventura no Salomon Kids 42.

Quem conquistou os 42km foi o atleta Miguel Angel Heras, com o tempo de 3h23m01. Em segundo lugar, chegou o atleta Raúl Cámara Pérez (3h34m15s) e, em terceiro, Sergio Trecaman (3h44m06s). Entre as mulheres, a atleta Natalia Castillo Salazar garantiu a vitória com o tempo de 4h36m21s. Seguida por Marlene Flores (4h41m48s) e por Gilda Flores (4h42m19s).

A prova acontece em Villa La Angostura, na Patagônia Argentina, e a próxima edição está agendada para os dias 14, 15 e 16 de novembro.

PA K42 LEVA O ATLETA A CORRER POR LUGARES FASCINANTES.

Saiba mais: www.k42series.com/argentina/ Divulgação

A BR135 é uma prova diferente. Ela envolve muita fé e, de acordo com o Diretor Executivo da Revista TrailRunning que fez a prova, Raphael Bonatto, também é mística, “pois ocorre numa região onde podemos sentir uma presença superior no ar”. Isso porque ela é realizada no Caminho da Fé (leia mais no quadro ao lado), entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.

A largada acontece na cidade de São João da Boa Vista

Brazil 135 Ultramarathon

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The North Face Endurance Challenge Series - Califórnia

la é realizada na Baía de São Francisco e está prevista para

acontecer nos dias 6 e 7 de dezembro deste ano.

Correr por paisagens impressionantes vai motivar e encantar os participantes. Serão 50 milhas, cerca de 80km, percorrendo diversas trilhas, por meio de campos, fl orestas e até pela costa, com o Oceano Pacífi co ao lado.

EA THE NORTH FACE ENDURANCCE CHALLENGE CALIFÓRNIA REÚNE OS MELHORES ATLETAS, POIS É A FINAL, OU MELHOR, A ÚLTIMA ETAPA DO TNF SERIES.

Saiba mais: www.thenorthface.com/en_US/endurance-challenge/

(SP) e, depois de 13 cidades e de percorrer 217km, chega na cidade de Paraisópolis (MG). Os atletas encontram asfalto e diversas trilhas durante todo o percurso. São mais de 10.000m de desnível positivo e 9.800m de desnível negativo.

Durante todo o trajeto o corredor pode ser acompanhado por um pacer. Enquanto correr a noite, o atleta deve utilizar roupas refl etivas e Leds para garantir sua segurança, além de ser acompanhado, obrigatoriamente, pelo carro de apoio ou o pacer.

Para participar da BR135 o currículo do corredor deve ser aprovado pelo Diretor de Prova, pois os desafi os

são grandes, e o atleta deve estar muito bem preparado para fazê-la.

A prova foi realizada no início de janeiro deste ano e teve um novo recorde. Quem garantiu o melhor tempo foi o brasileiro Oraldo Romualdo, fi nalizando a prova em 24h41m30s. Em segundo lugar fi cou o australiano, Grant Maughan, (25h40m40s) e, em terceiro, o costa riquenho, Kurt Lindermuller (26h56m47s). A primeira mulher a completar a prova foi a americana Maggie Beach, com o tempo de 31 horas.

Raphael Bonatto fechou a prova em 41 horas. O diretor da revista correu como convidado, com

o nome do seu grande amigo Nestor Júnior. Pois fi zeram juntos o percurso em 2009 e, infelizmente, Júnior faleceu há três anos num acidente de moto.

CAMINHO DA FÉ

Inspirado no Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), o Caminho da Fé foi idealizado para oferecer uma estrutura aos peregrinos que vão até o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. É um percurso de fé e de integração do homem com a natureza.

Ele foi inaugurado em fevereiro de 2003, na cidade de Águas da Prata (SP) e tem 497km de extensão, sendo mais de 300km atravessando a Serra da Mantiqueira.

Saiba mais: www.br135.com.br

O primeiro lugar geral dos 50km fi cou com o atleta Chris Campbell, que fechou a prova em 4h17m34s. Em segundo lugar chegou o atleta Joshua Korn (4h18m49s) e, em terceiro, o brasileiro Iazaldir Feitoza (4h19m14s).

E os 80km foram conquistados pelo atleta Robert Krar, como tempo de 6h21m10s. Seguido pelos atletas Cameron Clayton (6h31m17s) e Chris Vargo (6h33m33s).

Divulgação

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Trail Run16

El Cruce Columbia uito aguardado por atletas do mundo inteiro, o El Cruce Columbia aconteceu

no início de fevereiro. Foram mais de 2800 atletas, de 30 países diferentes.

A prova é realizada na Patagônia Chilena e Argentina e, todo ano, tem seu percurso alterado. Tudo para aumentar o desafio do atleta.

De acordo com a organização, para participar do El Cruce, o atleta precisa atentar para três pontos básicos: ter quilômetros rodados, ou melhor, deve ser capaz de correr mais de 30km num dia e saber que o corpo aguenta correr mais no dia seguinte; estar com a musculatura preparada para as descidas e, ter um bom treinamento para subidas contínuas.

Além disso, o participante deve prestar atenção em todo o material enviado pelos organizadores, e em tudo o que deve levar, como roupas adequadas para altas e baixas temperaturas, bem como chuva e neve.

MA K42 LEVA O ATLETA A CORRER POR LUGARES FASCINANTES.

O El Cruce Columbia é formado por paisagens fascinantes e grandes desafios. São 103km divididos em 3 dias:

Dia 1: 39km - Desnível positivo acumulado de 1.540m e negativo de 1.674m;

Dia 2: 31km - Desnível positivo acumulado de 1.691m e negativo de 904m;

Dia 3: 33km - Desnível positivo acumulado de 1.416m e negativo de 1.955m.

Saiba mais:

www.elcrucecolumbia.com

Divulgação

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O Brasil Conquistou o EverestA ultramaratonista Fernanda Maciel garantiu o primeiro lugar na Everest Trail Race 2013 depois de seis dias correndo. Ela fechou a prova em 26h00m29s. “Correr uma prova como a da Everest é uma experiência única, uma prova dura, bonita, um sonho para qualquer corredor de montanha!”, declara. Foram 160km, com desnível acumulado de mais de 29 mil metros.

De acordo com Fernanda, o diferencial desta prova é que são poucos atletas competindo. São apenas 32 participantes, “somos poucos, somos bem cuidados, somos como uma família. Viver e sobreviver a esta experiência selvagem e abençoada é a vitória”, conta.

A experiência que a atleta trouxe dessa prova foi mais confi ança em si mesma, um maior espírito de compaixão, humildade e respeito e muita vontade de meditar. Para ela o primeiro lugar foi apenas uma consequência de muito treino, meditação e alimentação correta. O que vale mesmo é cruzar a linha de chegada, fechando todo o ciclo de preparação.

Jordi Vila

Jordi Vila

Ian Corless

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“SUPERANDO

BARREIRAS ANTES

INTRANSPONÍVEIS,

O ALUNO SE TORNA

MAIS CONFIANTE EM

RELAÇÃO ÀS SUAS

ATITUDES NÃO SÓ

NA CORRIDA, MAS

TAMBÉM NA VIDA”

Monte seu Calendário de Provas do Ano

isciplina. É o que o atleta deve ter para cumprir seus objetivos. Essa

disciplina fica um tanto mais atenuada quando se sabe aonde quer chegar. É isso o que pode ser definido ao montar um calendário de provas a serem feitas no ano. A partir disso, os treinamentos tornam-se mais específicos e a evolução pode ser mais rápida. Além de diminuir o risco de lesões dos atletas.

Fazer esse planejamento é essencial para o corredor sentir-se mais motivado nos seus treinos. Para o Diretor Técnico da Equipe de Corrida Cia dos Cavalos, Cleimar Rodrigo Tomazelli, “treinar apenas por treinar acaba ficando monótono e a pessoa acaba se desmotivando com o tempo, o que pode facilitar que pare de treinar”. Ter esse objetivo aumenta a vontade de treinar, melhora a interação com os colegas da equipe, pois poderão planejar e fazer provas juntos.

Toda a motivação e a dedicação decorrentes desse planejamento trazem também um aumento da autoestima. “Superando barreiras antes intransponíveis, o aluno se torna mais confiante em relação às suas atitudes não só na corrida, mas também na vida”, afirma o diretor técnico.

D COMO MONTARO CALENDÁRIO

É claro que não existe uma receita pronta. É preciso levar em conta o condicionamento físico do atleta, se é amador ou profissional, e, também, a sua condição financeira. Hoje, a oferta de provas é imensa, por todo o país e no exterior também. Basta saber escolher.

“Se a pessoa tem boas condições financeiras, sugiro que faça, no mínimo, uma prova a cada semestre em cidades diferentes, pois conhecerá outros ambientes, culturas e pessoas, aliando a prática esportiva com diversão”, explica Tomazelli. Mas ele alerta quem está começando a correr. É preciso ter calma. “Programe uma prova para daqui a três meses como objetivo e, após superar o primeiro desafio, programe outro, um pouquinho mais difícil. Isso ajudará a treinar com cada vez mais dedicação e, consequentemente, evoluirá mais rápido”, completa.

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Treino

UM BOM PLANEJAMENTO FAZ A DIFERENÇA NA HORA DE PROGRAMAR OS TREINOS E, PRINCIPALMENTE, NOS RESULTADOS DAS PROVAS.

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Os intermediários e avançados precisam atentar também no treinamento, para que este não seja prejudicado. Deve ser algo bem pensado, talvez uma ou duas por mês, dependendo das distâncias escolhidas.

Os atletas devem tomar cuidado com o intervalo entre uma prova e outra. Nas distâncias acima de 30km, o ideal é que haja espaço de tempo de quatro meses entre elas. Assim, pode ser feita uma boa preparação.

Já no caso dos profi ssionais, Cleimar trabalha com duas possibilidades. A mais indicada é a que prioriza a preparação do atleta, mesmo assim é a menos utilizada. “Ela tem um ciclo de preparação de três meses de treinamentos escalonados, seguido de três meses de competições aliadas a manutenção do treinamento e, ao fi m desses três meses de competições, dez dias de férias das corridas, começando um novo ciclo”, explica.

Porém, o atleta profi ssional vive das corridas e a grande maioria não possui patrocínio e, por isso, participa de muitas competições para conseguir manter-se fi nanceiramente. Assim, a opção de planejamento citada anteriormente não funciona. Os treinos são intensos até no meio da semana, os dois dias pré-competição seguem com treinos leves. Tomazelli conta que ainda existe o caso dos viciados em competição. Estes correm mais de uma prova num único fi m de semana. Mas o preço pode ser caro, pois o copo precisa de um tempo de descanso e um preparo adequado.

19

Para quem está vindo da corrida de rua para a corrida de montanha, é ideal vivenciar essa experiência com outras pessoas, numa competição de revezamento, por exemplo. “O contato com os colegas de equipe ajudará o atleta a perder o medo e perceber que a montanha não é aquele bicho de sete cabeças que ele tinha em mente. Muito pelo contrário, a natureza da montanha será sempre sua aliada e servirá como combustível para ser mais um apaixonado por esse tipo de prova”, explica.

Luiz Mazzotini / Atleta Decio Ribeiro Santos Jr.

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AS PROVAS

Na hora de um atleta profissional montar seu calendário, ele vai dar prioridade às provas com maior premiação em dinheiro, as que possui maior chances de ganhar, pois a corrida é o seu trabalho.

Já o amador leva em consideração suas preferências pessoais, a diversão, as distâncias e a diversidade do terreno de cada prova. Nesse caso, o planejamento pode ser feito junto como técnico que saberá avaliar as reais condições do seu aluno para realizar cada prova sugerida.

Arquivo Pessoal da Atleta Sibilia Antoniazzi

20

Tomazelli, “numa preparação para uma maratona, por exemplo, sugiro que realize duas meias maratonas, 60 dias e 30 dias, antes da prova-alvo, pois já estará na programação do treinamento e servirá como prova teste para avaliarmos como está a condição competitiva do atleta”.

O importante é saber dar o intervalo correto entre uma prova e outra. No caso de maratonas, o indicado é dar um tempo de quatro a seis meses entre uma e outra. Para as provas menores, esse intervalo pode ser de 15 a 30 dias. Mas, se for uma ultramaratona, o ideal é uma por ano.

AS DISTÂNCIASMAIORES

Para correr uma meia maratona ou uma maratona o atleta deve ter bom preparo e bom condicionamento. De acordo com o diretor técnico da Cia dos Cavalos, os iniciantes devem programar uma meia maratona um ano após terem iniciado os treinos. Se o objetivo for a maratona, ele vai precisar de mais quilômetros rodados. Neste caso, Tomazelli indica dois anos de treino antes da primeira prova de 42km.

Mas, se for um atleta intermediário ou avançado, por terem um bom condicionamento, esse período pode ser menor, de 45 dias para fazer 21km e 90 dias para a maratona.

NESSE CASO,

O PLANEJAMENTO

PODE SER FEITO

JUNTO COMO TÉCNICO

QUE SABERÁ AVALIAR

AS REAIS CONDIÇÕES

DO SEU ALUNO

PARA REALIZAR CADA

PROVA SUGERIDA

As provas-treino também são uma boa opção. Elas simulam o que o atleta vai passar no dia da sua prova-alvo. Para

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Programa de Análise de Riscos no Esporte

istema de hidratação, manta térmica, camiseta da prova, apito, corta-vento e sistema de comunicação (telefone

celular ou rádio). De acordo com o chefe de segurança do P.A.R.E. (Programa de Análise de Riscos no Esporte), Nelson Mendes, estes são os itens de segurança obrigatórios que o atleta deve levar para suas provas de corrida de montanha.

É claro que os itens obrigatórios variam de acordo com a distância e o percurso que o participante está inscrito. Mas ele deve estar atento ao regulamento da prova para saber o que deve levar, pois deve apresentar esses itens à equipe de resgate antes da larga-da da prova. Caso não esteja por-tando os equipamentos exigidos, infelizmente, não poderá partici-par da corrida. Segundo Mendes, esse procedimento é feito para garantir a segurança do atleta.

Além desses itens, o participante deve observar com atenção a apresentação técnica enviada pela organização. Este material é feito pela equipe de segurança que, ao fazer o mesmo percurso que os atletas farão, faz o mapeamento da prova e analisa cada detalhe do caminho: se é subida, descida, se é estrada de chão ou mata fechada, onde é preciso tomar mais cuidado. Enfim, é a descrição do percurso para que o atleta saiba o

que esperar da prova. “Nessa apresentação colocamos também onde serão encontradas as placas do P.A.R.E., que é quando o atleta deve redobrar sua atenção, pois é uma área de risco”, explica Mendes. Mas são as fitas de sinalização que vão guiar o corredor. Elas ficam, em média, 100 metros de distância umas das outras, são elas que marcam o caminho a ser percorrido. É por elas que o atleta deve se orientar.

A EQUIPE

“A equipe de segurança é uma das questões mais importantes da prova, ela visa preservar a integridade do atleta”, afirma Mendes. Por isso, para dar esse suporte e garantir essa segurança, todos os staffs são socorristas ou bombeiros, ou seja, estão preparados para atender o atleta se necessário.

Os staffs ficam a cada dois ou quatro quilômetros uns dos outros. Todos possuem kit de primeiros socorros e equipamento de comunicação. Segundo Mendes, as equipes têm o controle da prova, elas sabem como e onde estão os atletas. “Temos o staff ‘fecha-fila’. Este também corre a prova, vai atrás do último atleta e, muitas vezes, faz um trabalho psicológico, passando motivação e força para que o participante continue a corrida”, completa.

S

22

Orientação

DICAS DE SEGURANÇA

EQUIPE DE SEGURANÇA É FUNDAMENTAL EM PROVAS DE CORRIDA DE MONTANHA

“A EQUIPE DE

SEGURANÇA É UMA

DAS QUESTÕES MAIS

IMPORTANTES DA

PROVA, ELA VISA

PRESERVAR A

INTEGRIDADE

DO ATLETA”,

» LEVE TODOS OS ITENS DE SEGURANÇA OBRIGATÓRIOS: SISTEMA DE HIDRATAÇÃO, MANTA TÉRMICA, APITO, CAMISETA DA PROVA, SISTEMA DE COMUNICAÇÃO.

» PRESTE MUITA ATENÇÃO NAS FITAS DE SINZALIZAÇÃO.

» EM CASO DE SITUAÇÃO ADVERSA, VÁ ATÉ UM STAFF, ELE SABERÁ COMO PROCEDER.

Wladimir Togumi

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Racing The Planet 2013Deserto do Atacama - Chile Thiago Diz

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KILIAN JORNET É O MELHOR ATLETA DE CORRIDAS DE MONTANHA DO MUNDO E ENFRENTA O DESAFIO DECOMPLETAR O PROJETO "SUMMITS OF MY LIFE".

Movido pela Paixão

Divulgação

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competir em alto nível. Mas estava enganado. Recuperou-se e evoluiu ainda mais como atleta. Conquistou diversos títulos nas competições mais importantes do mundo como corredor de montanha e como esquiador.

ara um menino que cresceu numa estação de esqui na montanha Cap del Rec, nos Pirineus, Kilian Jornet não tinha

muita opção para o seu futuro, como ele mesmo brinca. Durante o verão, ele e sua irmã íam para a escola de bicicleta e, durante o inverno, de esqui. O esporte fazia parte da vida da família diariamente.

Foi aos 13 anos, na escola, que Kilian tomou conhecimento do Centro de Modernização de Esqui de Montanha. Fez alguns testes e foi selecionado para fazer parte da equipe. Foi assim que conheceu as competições de esqui alpino. Com o auxílio e orientação dos técnicos, começou a treinar com dedicação e planejamento. Foi com eles que aprendeu sobre o amor ao esporte e a paixão pela competição.

Os treinamentos eram intensos. Mas no verão, sem a neve para treinar, Kilian foi apresentado por seus colegas de esqui às corridas de montanha. Elas faziam parte do treino. Eram praticadas para que os atletas pudessem manter a forma durante essa época do ano e também para participar de algumas competições. Assim, Kilian começou a equilibrar os dois esportes.

Depois de muitas vitórias, em 2006, por causa de uma lesão na patela, Kilian achou que não voltaria a

P

Divulgação

Para o atleta, o treinamento é baseado no sentimento, no desejo que tem de subir uma montanha, de descobrir um vale. Ele acredita que as pessoas possuem características e motivações diferentes, e os treinos devem adaptar-se a isso para poder funcionar.

Ele divide o ano em duas temporadas. Pratica esqui de alpino de novembro a maio, duas vezes ao dia. Chega a treinar entre 30 e 35 horas semanais (em semanas normais) e 15 horas em semanas de competição.

E de maio a novembro, Kilian se dedica à corrida. A maior parte de seus treinos, cerca de 80%, é feita na montanha, mas treina também com bicicletas pela manhã, treina de três a cinco horas e a tarde de uma hora a uma hora e meia. Os treinos sempre são feitos na montanha. E o ritmo do treino depende de como está se sentindo.

O TREINO

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TR: O QUANTO OS COMPROMISSOS PROFISSIONAIS COM OS PATROCINADORES INFLUENCIAM NO SEU TREINAMENTO?

KJ: Na verdade, eu tenho a sorte de poder fazer o que eu amo a maior parte do tempo. Os patrocinadores me dão suporte e me deixam viver a minha paixão.

TR: VOCÊ AINDA TREINA COM A MESMA INTENSIDADE COMO NO COMEÇO DE SUA CARREIRA?

KJ: Bem, os treinos têm evoluído, assim como eu. Antigamente, eu costumava treinar para objetivos específi cos, provas específi cas. Agora, eu continuo treinando, mas também para outros desafi os, como o "Summits of my life".

TR: SOBRE ALIMENTAÇÃO. VOCÊ SEGUE ALGO RÍGIDO, ALGUMPLANO NUTRICIONAL OU NÃO TOMA MUITA ATENÇÃO COM ISSO? DURANTE OS TREINOS, O QUE VOCÊ COME E BEBE? FAZ ALGO DIFERENTE NO DIA DA PROVA?

KJ: Não muito, na verdade. Dieta é algo que eu deveria realmente melhorar. Eu como e bebo bem pouco enquanto estou treinando, sendo a maior parte gel e água.

TR: QUAL É O FATOR EXTERNO QUE VOCÊ CONSIDERA MAIS DETERMINANTE EM UMA PROVA?

KJ: O clima, as condições do terreno e,

claro, os outros corredores!

TR: DURANTE SUA TEMPORADA DE CORRIDA DE MONTANHA, VOCÊ FAZ ALGUM OUTRO TIPO DE ATIVIDADE ALÉM DA CORRIDA E ALGUMAS ESCALADAS EM ROCHA? BICICLETA, ACADEMIA, ALGO DO GÊNERO?

KJ: Eu faço um pouco de ciclismo, mas, basicamente, corrida e escalada. E esqui alpino no inverno.

TR: É MUITO COMUM VER ATLETAS LESIONADOS APÓS GRANDES CORRIDAS OU MUITAS PROVAS SEGUIDAS, MAS NUNCA O VEMOS LESIONADO. QUAL É O SEGREDO PARA CORRER TANTO SEM LESÕES?

KJ: Eu, na verdade, tive uma lesão esse ano na fáscia latta porque eu corri no asfalto e minhas pernas não estavam acostumadas a isto.

TR: QUAL O MAIOR DESAFIO DE SUA VIDA QUE AINDA TEM POR CONQUISTAR?

KJ: Os desafi os do projeto "Summits of my life".

TR: PODE NOS REVELAR O SEU CALENDÁRIO DE 2014?

KJ: Nós ainda estamos terminando os detalhes.

TR: QUAL O LIMITE DE KILIAN JORNET?

KJ: Eu ainda não descobri. Tenho muitos limites. O importante é chegar o mais próximo deles, mas nunca ultrapassá-los.

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA À REVISTA TRAILRUNNING, KILIAN DIZ TER CONHECIMENTO SOBRE AS CORRIDAS DE MONTANHA NO BRASIL E QUE TEM VONTADE DE VIR CORRER AQUI UM DIA. ACOMPANHE A ENTREVISTA A SEGUIR:

REVISTA TRAILRUNNING: EXISTEM ALGUMAS PROVAS REALMENTE DESAFIADORAS NO BRASIL. UMA DELAS É A MARATONA DOS PERDIDOS QUE A TRC BRASIL REALIZA EM PARCERIA COM A SALOMON. SÃO 45KM COM, APROXIMADAMENTE, 3000M DE DESNÍVEL POSITIVO. VOCÊ PRETENDE CORRER ALGUM DIA EM NOSSO PAÍS? O QUE FALTA PARA TERMOS KILIAN JORNETNAS MONTANHAS TUPINIQUINS?

KILIAN JORNET: Existem muitas corridas por aí! É muito difícil escolher somente algumas que eu possa correr durante a temporada, mas com certeza eu gostaria de ir para o Brasil algum dia!

TR: HOJE VOCÊ É UM GRANDE ÍDOLO MUNDIAL, QUAL A SENSAÇÃODE CHEGAR AO TOPO?

KJ: Eu não me sinto como um líder. Na verdade, eu não entendo porque um esportista, somente porque ele é um pouco mais rápido do que os outros, é considerado um líder. Para mim, tem muito mais importância o trabalho feito por um professor ou por um médico, por exemplo. Eles dão à sociedade muito mais do que eu dou.

A ENTREVISTA

“TENHO MUITOS LIMITES

O IMPORTANTE É

CHEGAR O MAIS PRÓXIMO

DELES, MAS NUNCA

ULTRAPASSÁ-LOS”

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Com base no que estudou, Kilian coloca em prática os princípios de treinamento que aprendeu para sempre melhorar os seus treinos.

• Princípio da Individualidade:cada pessoa é única. Não se pode esperar as mesmas reações de pessoas diferentes.

• Princípio da Especifi cidade: o treinamento deve ser o mais próximo possível da competição.

• Princípio da Sobrecarga: O treino é um trabalho e, como tal, precisa de uma pausa. É preciso um período de descanso para que o corpo não entre em overtraining.

• Princípio da Continuidade: A continuidade é essencial para que o atleta mantenha um bom condicionamento físico.

• Princípio da Recuperação: A recuperação é parte essencial do treinamento.

Fonte: www.kilianjornet.cat www.summitsofmylife.com

Os desafi os são muitos, muitas provas a correr ainda. Mas Kilian não para. Em 2012, deu início ao "Summits of my life", que vai durar quatro anos. O projeto tem como objetivo estabelecer novos recordes de velocidade, subindo e descendo alguns dos principais picos do mundo. Conheça os desafi os propostos por Kilian (alguns deles já completados):

1. 2012: CRUZAR O MONT BLANC

Parte 1: Cruzar o Mont Blanc de leste a oeste praticando esqui, alpinismo e grandes travessias dos oito cumes. Nesta etapa, Kilian viu seu amigo Stephanie morrer. Mas, de acordo com o próprio Kilian, o amigo morreu feliz, estava fazendo o que gostava.

Parte 2: Conectar os cumes Courmayer e Charmonix, as duas mecas do alpinismo.

2. 2013: CUMES EUROPEUS – MONT BLANC, FRANCE. 4.810M

Quebrou o recorde de 5h10m44s. Fechou o percurso em 4 horas e 57 minutos.

3. 2013: CUMES EUROPEUS. MATTERHORN, ITÁLIA. 4.478M

É a montanha perfeita. Tinha como objetivo quebrar o recorde de 3h14m44s. Finalizou em 2 horas e 52 minutos.

4. 2013: CUMES EUROPEUS

Monte Elbrus, Rússia. 5.642m.

Considerado o teto da Rússia, um lugar para desbravar e se adaptar ao frio extremo.

5. 2014: CUMES AMERICANOS

Aconcágua, Argentina. 6.959m.

O desafi o é bater o recorde de 5h57m.

6. 2014: CUMES AMERICANOS

Monte Mckinley, EUA. 6.186m.

Vai explorar e escalar as geladas paredes do Alaska.

7. 2015: COMPLETAR O SONHO DO TOPO DO MUNDO.

Monte Everest. 8.848m.

“Uma travessia de desafi os e emoção para completar o sonho”.

Mas ele completa o desafi o, com o objetivo da quebra de recorde que é de 20h24m.

Saiba mais sobre o projeto em www.summitsofmylife.com

"SUMMITS OF MY LIFE" CONQUISTAS

VALORES

PRINCÍPIOS

Em oito anos, Kilian já venceu mais de 80 corridas e quebrou diversos recordes. Veja abaixo algumas de suas conquistas:

ULTRA TRAIL

Três vezes campeão do UTMB;

Duas vezes campão do Grand Raid Reunion;

Campeão Transvulcania 2013;

Campeão Ice Trail Tarantaisse 2013;

Campeão d`Haut 2013;

Campeão Europeu 2013.

ESQUI ALPINO

Duas vezes campeão Mundial Individual;

Três vezes campeão de Corrida Vertical;

Campeão geral do Mundo em 2011;

Campeão geral europeu em 2012;

Duas vezes campeão europeu de Corrida Vertical.

Kilian trabalha e treina baseado em alguns valores que aprendeu quando criança e tenta transmitir isso para as outras pessoas.

1. Cada um é o que sonha. É preciso lutar pelos sonhos e aprender com cada tropeço.

2. Seja você mesmo e tome suas próprias decisões. Só assim será feliz. Um exemplo disso é quando está na montanha, é você que tem que decidir o que fazer, que caminho seguir.

3. Viva o presente.

4. Aprenda a viver com menos, adaptar-se ao meio ambiente, à natureza. De acordo com Kilian, a força está nos pés, nas pernas, na mente de cada um.

5. Cada pessoa é formada por seus sentimentos, suas emoções e suas memórias.

6. É preciso buscar a felicidade, mesmo sem a certeza de que vai encontrá-la.

7. Com simplicidade. O ser humano precisa aprender a coexistir com o mundo real, com o mundo que está sob o concreto.

8. Em silêncio. É só por meio do silêncio que é possível conhecer a si mesmo.

9. Responsabilidade. Cada um é responsável pela sua própria ação.

10. As pessoas vivem pelos sonhos, pelos sentimentos e pelas emoções.

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A Importância da Alimentação de Atletas de Longas Distâncias

alimentação é um dos pontos cruciais para o bom desempenho do atleta. Certamente está no topo dos fatores determinantes

como limitadores do treinamento. Gosto de comparar o nosso corpo como o “motor de um carro”, e a alimentação (nutrientes), como o “combustível desse carro”. Se consumirmos um “combustível” ruim, com certeza nosso “motor” irá responder de maneira fraca, não funcionando com todo o seu potencial; e pior, irá em certo momento, falhar de vez.

Não é segredo que o consumo impróprio de nutrientes e hidratação pode limitar o tempo de treino, levando rapidamente à fadiga, podendo ainda levar à problemas mais sérios de saúde. Como no esporte, principalmente, nos de longa duração, a exigência orgânica e metabólica desse treinamento é muito intensa. A nutrição desse atleta deve ser específica e balanceada, fornecendo todos os nutrientes e hidratação necessários para uma performance máxima. Por isso, uma nutrição adequada melhora a saúde, a força, a potência, a velocidade e o rendimento desse atleta, enquanto ajuda na manutenção do sistema imunológico, peso e composição corporais.

Essa alimentação deve ser composta de todos os nutrientes essenciais, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, fitoquímicos e água. O carboidrato é o principal combustível para o trabalho muscular. Ele é armazenado no músculo sob forma de glicogênio (molécula longa de glicose) e é utilizado apenas pelo próprio

por Cassiana Domingues

durante a atividade. Quando esse glicogênio diminui, o músculo começa a entrar em fadiga. Por isso, um dos principais objetivos é fornecer carboidratos suficientes antes, durante e após o treino/prova para evitar que isso aconteça. Recomendamos o consumo de 5g a 10g de carboidrato por kg de peso do atleta por dia, dependendo do nível de treinamento. Quanto maior o volume de treino, maior deve ser esse consumo.

A proteína, também essencial, age como um recuperador muscular. Porém, é muito importante que esse consumo seja aliado com o carboidrato, pois se consumir a proteína isoladamente, o metabolismo utiliza essas fontes para o fornecimento de energia, causando perda de massa muscular, levando a um maior risco de lesões e overtraining. O atleta de endurance deve consumir de 1.2g a 2.0g por kg de peso por dia de proteína, equivalente a 15-20% do valor calórico total do dia. As gorduras devem compor a alimentação do atleta em torno de 20% a 35% do valor energético total diário. Elas possuem várias funções vitais e energéticas essenciais para esse atleta, participando da formação de hormônios, reparação celular, como fonte de energia para exercícios de menor intensidade e longa duração, transporte de vitaminas lipossolúveis, entres outras funções, dependendo do tipo de gordura. Por isso, é muito importante consumir fontes das conhecidas “gorduras boas” (ômegas - poliinsaturadas e monoinsaturadas), como azeite de oliva, oleaginosas, linhaça, peixes de água fria, abacate, óleos vegetais, etc; e evitar alimentos com alto teor de gorduras saturadas (produtos de origem animal) e ingestão de gorduras trans.

A

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CONFIRA A CONTINUAÇÃO DESTE ARTIGO E MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE A ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO DE ATLETAS DE LONGA DISTÂNCIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA TRAILRUNNING.

Nutrição

As vitaminas e minerais agem como cofatores para o correto metabolismo energético, contração muscular, manutenção e reparação óssea e muscular, funções antioxidantes, entre outros. Os eletrólitos, como sódio, potássio, fósforo e cloro, são perdidos no suor, por isso, atletas de longa distância devem prestar ainda mais atenção ao correto consumo destes. Os fitoquímicos possuem grande poder antioxidante. Isso se torna ainda mais interessante para o atleta de endurance, quando a produção endógena de radicais livres é bastante alta.

Cassiana DominguesNutricionista

Especialista em Fisiologia do Exercício (Unifesp/EPM) e em Cardiologia Básica e Avançada (PUC-PR).

www.cdnutri.com.br

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El Cruce Columbia 2013 Thiago Diz

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Equipamentos32

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É ajustável para diferentes usuários e com diversos bolsos de fácil acesso para celular, mapas, gel energético ou barras de cereal.

Possui bolso porta-garrafa e compartimento para hidratação com duas opções de saída superior e duas inferior da mangueira.

O Tênis Hyper-Track Guide The North Face, foi eleito pela revista Outside como Equipamento do Ano de 2013.

É um tênis leve que permite bom desempenho em corridas de aventura. A perfeita estrutura revestida por uma malha respirável reduz o atrito, enquanto a entressola de dupla densidade garante conforto.

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Calçados para Trail Running = Por que na Montanha nem Sempre Menos é Mais?

uando conversamos sobre produtos ou equipamentos esportivos muitos provavelmente

indicariam o fator peso como um dos fatores vitais para uma boa performance. No Running, nitidamente a indústria foca bastante a evolução dos calçados numa busca constante pela redução de peso, seja através de um EVA mais leve e resiliente, ou desenvolvendo um “upper” cada vez mais “minimalista”. Atualmente, com esta dinâmica os modelos de “amortecimento” se aproximam cada vez mais dos modelos de “performance”, mudando muitas vezes apenas a altura da entressola e o “drop”.

Quando projetamos isso para o lado mais “outdoor” do esporte, gosto de questionar um pouco mais isso tudo. Acredito que neste ambiente a “conta” de que sempre menos é mais torna-se um pouco mais complexa e não pode ser aplicada da mesma maneira a todos (cada atleta

Q

Mercado Trail Running

por Giuliano Bertazzolo

possui um nível técnico e físico distinto). Sugiro, então, sermos mais criteriosos para indicar um calçado de trilha, dando atenção especial ao corredor que está migrando para esta modalidade.

Voltando um pouco no tempo, tínhamos apenas um perfil de tênis de trilha, mais robusto, resistente e estável. Um exemplo clássico disso é o Salomon XA-PRO, que pesava aproximadamente 400 gramas. Este não era um tênis desenvolvido unicamente para o Trail Running, mas foi o melhor ponto de partida para a evolução da categoria e dar origem aos produtos que temos hoje disponíveis.

Atualmente, muitos produtos são projetados para diferentes tipos de percursos e pisos (mais ou menos técnicos) e também para distâncias distintas (Vertical K por exemplo ou Ultra Trails). Devemos também lembrar dos modelos “híbridos” indicados apenas para trechos curtos de asfalto, para

estradões de terra ou trechos menos técnicos em trilha (preferencialmente seca).

Em minha opinião, os melhores modelos são aqueles que conseguem entregar o melhor equilíbrio entre estabilidade, proteção e durabilidade, trazendo consigo amortecimento eficiente e flexibilidade. Portanto, a minha escolha sempre será por um modelo que possa ser usado em todas as condições outdoor, que apresente boa aderência e que mantenha, ao máximo, o conforto por uma quantidade maior de horas.

Gosto muito de usar um site espanhol para obter referências sobre a performance destes produtos, o www.trailrunningreview.com. Este permite que você acompanhe os reviews com notas para 22 quesitos técnicos. É possível aprender muito comparando suas próprias impressões com os reviews encontrados lá, sendo possível também analisar dois produtos

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espelhando estes lado a lado e comparar suas notas. Também é possível fi ltrar por marca e pelo quesito que você queira priorizar na busca por seu tênis de trilha ideal.

Descobriu porque na montanha nem sempre menos é mais e o peso na maioria das vezes não deve ser um fator prioritário?

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Como responsável por uma assessoria de qualidade de vida voltada para o Trail Running e atendendo diversos perfi s de alunos, antes de indicar qualquer material eu gosto de testar os produtos para melhor conhecer suas “funcionalidades”. Como ex-corredor de rua nato, eu sempre usei o conceito de tênis baixo para competir e um modelo mais alto para os treinos, mas, correndo nas trilhas, precisei rever bastante isso. No início pensava que o contexto era o mesmo, e, aos poucos, explorando as montanhas comecei a ter contato com as marcas e modelos específi cos para Trail Running e passei a prezar muito também por segurança, estabilidade e mais conforto. Para correr veloz na montanha nem sempre o melhor tênis é o mais baixo e

1) Flexibilidade; 2) Torção lateral; 3) Proteção;4) Refl etivos; 5) Costuras; 6) Altura; 7) Sistema de Amarração;8) Impermeabilidade; 9) Transpirabilidade;10) Aderência em subidas de terra; 11) Aderência em descidas de terra; 12) Aderência em rocha; 13) Aderência em rocha molhada; 14) Estabilidade; 15) Amortecimento na parte frontal do pé; 16) Amortecimento no calcanhar; 17) Fit;18) Durabilidade;19) Asfalto; 20) Pista;21) Trilha e 22) Trilha Extrema.

CONFIRA ABAIXO OS 22QUESITOS USADOS NOTRAIL RUNNING REVIEW:

Profissional especializado em Marketing Esportivo e produtos de alta performance, Giuliano Bertazzolo é o fundador da fanpage Go To Trail, página dedicada aos esportes outdoor. Já trabalhou na Salomon Brasil, Kailash e Puma. É praticante de Trail Running, Running, Mountain Bike e Montanhismo. Já esteve no Cruce de Los Andes, Mont Blanc e inúmeras travessias na Serra Fina. Participou de diversos eventos esportivos no Brasil, ora “competindo” ou trabalhando para alguma marca.

sem amortecimento, o mais leve pode atender, porém, devido às várias oscilações de terreno e à altimetria, um tênis mais estruturado pode ser bem mais efi ciente para uma prova longa. Hoje, eu uso um tênis bem rápido para as corridas de montanhas mais curtas como o Anakonda da La Sportiva. É um dos melhores que já usei devido ao equilíbrio perfeito entre velocidade e aderência. Para os treinos mais longos atualmente uso o Ultra Raptor e sua missão é enfrentar muitas pedras, buracos e raízes por muito tempo. Ainda tenho o Q-Lite, também da La Sportiva, que mescla um pouco de todas estas características. Sugiro que vocês sempre consultem um técnico ou um atleta especializado em Trail para que este possa lhe ajudar a escolher o modelo ideal para você.

Os Conceitos de UmBom Tênis para Trailpor José Virginio de Morais(Atleta de elite do Kailash Team Neptunia)

www.facebook.com/gototrail

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oje, abandonar todos os produtos de origem animal do carrinho do supermercado está mais “fácil”

do que nunca. Isto porque, à medida que o número de veganos cresce em todo mundo, aumenta paralelamente também a demanda por produtos considerados veganos e, consequentemente, o mercado responde a esta “necessidade” com uma avalanche de produtos industrializados substitutos aos de origem animal.

É aí que surge um paradoxo. Esta maior acessibilidade do consumidor à produtos veganos que, aparentemente parece ser algo imensamente positivo para o fim da exploração animal, pode não ser!

Basicamente o que existe hoje, não é uma maior oferta de NECESSIDADES veganas, como frutas, vegetais frescos, leguminosas e cereais, produtos de higiene e de limpeza, entre outras necessidades do homem contemporâneo. O que presenciamos atualmente é um verdadeiro mar de FU-TI-LI-DA-DES veganas, tal qual, o de futilidades onívoras! O que muda nesse contexto é apenas a origem dos insumos e a falsa sensação por parte do vegano consumista, de que está fazendo a sua parte para a construção de um mundo melhor, ledo engano.

HEste é um dos meus maiores temores, que o Veganismo de Conveniência tome o lugar do Veganismo de Consciência e que, no final das contas, muitas das atrocidades cometidas por nossa civilização contra a Natureza continuem sendo perpetuadas, porém, de agora em diante, com a chancela vegana.

O que precisa ser entendido é que as premissas de nosso sistema socioeconômico, como o consumismo, a competição e o desperdício são antagônicos ao ideal vegano, enquanto não combatermos a estrutura toda em que vivemos, direta ou indiretamente, nosso estilo de vida continuará impactando profundamente a Natureza, poluindo as águas e os ares, devastando florestas, destruindo ecossistemas e extinguindo espécies, tanto da fauna quanto da flora.

Existe uma infinidade de crimes ocultos em nossa sociedade, dos quais não só somos cúmplices, mas culpados. Pois consentimos, e o que é pior, em nome do progresso, do conforto, da conveniência e da ganância, preferimos não enxergar. Nossos automóveis, estradas, usinas, fábricas, shopping centers e cidades, de forma indireta, talvez matem tantos animais silvestres quanto os matadouros matem os animais de criação.

O Veganismo Muito Além do Veganismo

Estilo Vegano

Para respeitar a Natureza (inclui-se aqui obviamente todos os animais) não é preciso, necessariamente, ser vegano, diversos povos primitivos matavam animais para o consumo, porém, de uma forma “limpa”, dentro de uma atmosfera de respeito e equilíbrio, reconhecendo o valor de tudo que existe de forma anti-hierárquica. Para a Natureza não existem preferidos, seres humanos, outros animais, bactérias, rios e pedras, tudo possui a mesma importância. E, enquanto não reaprendermos esta lição, veganos ou não, continuaremos destruindo tudo ao nosso redor e por fim, a nós mesmos.

Quanto mais próximos da Natureza estivermos, melhor a compreenderemos, quanto mais simplificarmos nossas vidas, melhor reconheceremos nossas reais necessidades. O veganismo como vem sendo propagado não passa de um pseudo-veganismo, apenas mais um ismo em nossas vidas repletas de contradições, precisamos enxergar o veganismo muito além do veganismo, respeitando a Natureza como um TODO e não apenas algumas partes dela.

Daniel Meyer (Ultra Corredor de Montanha e Triatleta Vegano).

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El Cruce Columbia 2013Envie suas fotos para a Revista TrailRunning. Elas podem ser publicadas na próxima ediçã[email protected] Saulo de Oliveira

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38Calendário

Março

Abril

01/03 - EL ORIGEN 2014Villa la Angostura (ARG)• 100km / 50kmwww.tmxteam.com

01/03 - TRANSGRANCANARIA ULTRATRAIL 2014Meloneras (INT)• 125km / 84km / 42km / 30km / 15kmwww.transgrancanaria.net

01/03 - 4 REFÚGIOS 2014Bariloche (ARG)• 70kmwww.4refugios.clubandino.org

09/03 - COPA CARIOCA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 – 2ª ETAPANiterói (RJ)• 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

15/03 - VIBRAM TARAWERA ULTRAMARATHON 2014Bay of Plenty, North Island, Nova Zelândia• 100kmwww.taraweraultra.co.nz

16/03 - CIR. METROPOLITANO DE CARRERAS EM MONTANHA 2014 – 2ª ETAPAFazenda Off-Road (SP)www.ritmocerto.esp.br

22/03 - COPA PAULISTA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 – 3ª ETAPASanto André (SP)• 50km, 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

23/03 - K42 MALLORCA 2014Mallorca, Espanha• 42km e 21 kmwww.K42mallorca.com

VEJA AQUI AS DATAS DAS PRINCIPAIS PROVAS DE CORRIDA DE MONTANHA DO PRÓXIMO TRIMESTRE E APROVEITE PARA PROGRAMAR SEUS TREINOS.

23/03 - ENDURANCE CHALLENGE ARGENTINA 2014San Martin de los Andes (ARG)• 80km, 50km, 21km e 10kmwww.endurancechallengeargentina.com

29/03 - ECO-TRAIL DE PARIS IDF 2014Paris (INT)• 80km/ 50km/ 30km / Caminhadawww.traildeparis.com

29/03 - VOLTA DOS ROMEIROS 2014Pirapora do Bom Jesus (SP)• 21km, 10km e kids

30/03 - IGARATÁ23K TRAIL RUNIgaratá (SP)• 23kmwww.igarata23k.com.brwww.ecomotion.com.br

06/04 - COPA CARIOCA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 – 3ª ETAPAPetrópolis (RJ)• 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

10/04 - MADEIRA ISLAND ULTRA TRAIL 2014Ilha da Madeira, Portugalwww.madeiraultratrail.com

12/04 - PATAGONIA RUN 2014San Martin de los Andes (ARG)• 100km, 84km, 63km, 42km, 21km e 10kmwww.patagoniarun.com

13/04 - CORRENDO NA TRILHA 2014 – 1ª ETAPAJardim Botânico, Brasília (DF)• 12km e 6kmwww.mksesportes.com.br

13/04 - ULTRARACE 2014 – 1ª ETAPALocal a divulgar (SP)• 27km, 12km, 6km e 3kmwww.ultraeventos.adv.br

20/04 - CIRC. METROPOLITANO DE CARRERAS EM MONTANHA 2014 – 3ª ETAPALocal a divulgar (SP)www.ritmocerto.com.br

25/04 - ULTRA-TRAIL MT FUJI 2014Fujikawaguchiko-cho, Yamanashi• 160km (+9.000) / 84km (+4.700)www.ultratrailmtfuji.com

04/04 - MARATHON DES SABLES 2014Marrocos • 240kmwww.marathondessables.com

06/04 - MOUNTAIN DO - FIM DO MUNDO 2014Ushuaia (ARG)• 42km/21km/10kmwww.mountaindo.com.br

06/04 - ARAÇATUBA HALF MARATHON 2014Tijucas do Sul (PR)• 21km/ 13km/ 4kmwww.trcbrasil.com

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Maio

Julho

25/04 - GERÊS TRAIL ADEVNTURE 2014Parque Nacional da Peneda-Gerês (Portugal)• 105km, 75km e 35kmwww.carlossanatureevents.com/index.php/pt/gta-apresentacao

26/04 - TUSCANY CROSSING 2014Itália• 100km, 50km e 25km (equipe ou individual)www.lostworldsracing.com

27/04 - COPA PAULISTA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 - 4ª ETAPAAtibaia (SP)• 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

03/05 - CAUSEWAY CROSSING 2014Irlanda• 100kmwww.lostworldsracing.com

03/05 - AYSEN RUN 2014Coyhaique - Chile• 60km, 42km, 21km e 10kmwww.aysenrun.com

04/05 - O REI DA MONTANHA 2014 – 1ª ETAPASabaúna, Mogi das Cruzes (SP)www.oreidamontanha.com.br

04/05 - DESAFIO CAMPOS DO JORDÃO 2014Campos do Jordão (SP)• 42km, 21km e 10kmwww.ritmocerto.com.br

09/05 - EL RAID COLUMBIA 2014Salta, Jujuy – Argentina• 70kmwww.clubdecorredores.com

10/05 - TRANSVULCANIA 2014La Palma, Espanha• 83km, 42km e 21kmwww.transvulcania.com

17/05 - INDOMIT COSTA ESMERALDA ULTRA TRAIL MARATHONBombinhas, Itapema, Porto Belo (SC)• 84km e 63kmwww.bombinhasrunners.com.br

17/05 - THE NORTH FACE 100 AUSTRALIA 2014Blue Mountain National Park, Australia• 100kmwww.thenorthface100.com.au

18/05 - COPA CARIOCA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 – 4ª ETAPATeresópolis (RJ)• 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

24/05 - WORLD TRAIL RUN 2014Arraial do Cabo (RJ)• 21km e 11kmwww.worldtrailrun.com

25/05 - COPA PAULISTA DE CORRIDA DE MONTANHA 2014 – 5ª ETAPAMogi das Cruzes (SP)• 12km e 6kmwww.corridasdemontanha.com.br

31/05 - LADONIA CROSSING 2014Suécia• 100kmwww.lostworldsracing.com

31/05 - AP TRAIL RUN VIDEIRAS 2014Videiras (RJ)www.aptrailrun.com.br

01/06 - GOBI MARCH 2014China• 250kmwww.deserts.com

06/06 - OH MEU DEUS ULTRA TRAIL® 100 MILHAS SERRA DA ESTRELASerra da Estrela, Portugal• 160km, 100km e 60kmwww.horizontes.com.pt

07/06 - XC RUN ITAIPAVA 2014Itaipava (RJ)• 42km (individual e equipe)www.xcrun.com.br

07/06 - VOLTA DO BAÚ 2014São Bento do Sapucaí (SP)• 30km, 8km e kidswww.ecomotion.com.br

07/06 - FIAMBALA DESERT TRAIL 2014Fiambala, Catamarca – Argentina• 80km, 50km e 27kmwww.fiambalatrail.com.ar

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40Resultados

CONFIRA AQUI OS RESULTADOS DA PRINCIPAIS PROVAS DE CORRIDA DE MONTANHA.

THE NORTH FACE ENDURANCE CHALLENGE - PERU

DATA: 27 de Outubro / ORGANIZADOR: The North Face

Masculino 10 km

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Efrain Sotacuro Quispe 59m22s

1 Klauss Zümbuhl 1h02m27s

2 Jorge Deza Leon 1h07m02s

Feminino 10 km

1 Natalia PerezCastellanos 1h15m02s

2 Rocio Romani Berrocal 1h18m57s

3 Patricia Saavedra Recharte 1h19m15s

Masculino 21 km

1 Humberto Obregon Flores 1h55m42s

2 Segundo De LaCruz Caja 2h01m22s

3 Rodrigo Medrano 2h03m39s

21 km

1 Rosa Osorio Pimentel 2h32m44s

2 Sandra Vargasde Almeida 2h34m08s

3 Lorena Ricalde Garcia 2h59m47s

Masculino 50 km

1 Emerson Trujillo Flores 4h49m26s

2 Vladimir Figari Testino 4h52m56s

3 Iazaldir Feitosa Santana 5h03m32s

Feminino 50 km

1 Adriana Tellez Villarraga 7h02m50s

2 Vanna Pedraglia Armendariz 7h18m46s

3 Lucia Carlessi 7h45m42s

Masculino 80 km

1 Remigio Huaman Quiroz 8h05m51s

2 Manuel Lago 8h53m32s

3 ManuelitoFigueroa Salva 9h26m31s

Feminino 80 km

1 Lidia Coloma Mugruza 10h13m51s

2 Fernanda MouraA. Maciel 11h28m14s

3 Diane Van Deren 13h21m21s

K42 ARGENTINA ADVENTURE MARATHON

DATA: 16 de NovembroORGANIZADOR: Patagonia Eventos

Masculino 42 km

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Miguel Angel Heras 3h23m01s

2 Raúl Cámara Pérez 3h34m15s

3 Sergio Trecaman 3h44m06s

4 Gustavo Reyes 3h47m46s

5 Israel Escudero 3h49m31s

K 42 / Feminino

1 Natalia Castillo Salazar 4h36m21s

2 Marlene Flores 4h41m48s

3 Gilda Flores 4h42m19s

4 Adriana Vanessa Vargas 4h45m45s

5 Andrea Monetta 4h56m39s

THE NORTH FACE ENDURANCECHALLENGE - CALIFÓRINA

DATA: 07 de DezembroORGANIZADOR: The North Face

Masculino 50 km

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Chris R. R. Campbell 4h17m34s

2 Joshua Korn 4h18m49s

3 Iazaldir Feitoza 4h19m14s

4 Christopher DeNucci 4h21m25s

5 Matt Skenazy 4h22m39s

Feminino 50 km

1 Laura O’Meara 4h55m20s

2 Karen Holland 4h59m59s

3 Courtenay Brown 5h05m00s

4 Nikki Dinger 5h13m21s

5 Caroline Boller 5h14m08s

Masculino 80 km

1 Robert Krar 6h21m10s

2 Cameron Clayton 6h31m17s

3 Chris Vargo 6h33m33s

4 Daniel Kraft 6h35m56s

5 Dylan Bowman 6h37m14s

Feminino 80 km

1 Michele Yates 7h21m51s

2 Magdalena Boulet 7h31m12s

3 Emelie Forsberg 7h46m24s

4 Aliza Lapierre 7h46m58s

5 Cassandra Scallon 7h50m42s

MITRA SOL EXTREME

DATA: 08 de Dezembro de 2013ORGANIZADOR: Wol Extreme

Geral 8km

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 William Fabrício 36m25s

2 Diego Macedo Dias 37m05s

3 Gustavo Luz Tavora 38m58s

4 Bruno Chagas do Nascimento 39m02s

5 Rodrigo Marques Sampaio 39m07s

6 Carlos Henrique Barth 40m24s

7 Jonas Matos da Silva 41m16s

8 Marcelo Ribeiro J. de Mattos 41m57s

9 Mariana de C. Brito 47m33s

10 Ricardo Azambuja 48m57s

Geral 22km

1 Leonardo Torres Alves 2h14m24s

2 Edson Maisonnette Junior 2h32m30s

3 Eronildo Jose da Silva 2h33m43s

4 Antonio Josiano Britto 2h34m24s

5 Pablo Diego T. Alves 2h36m36s

6 Bruno de Azevedo Vianna 2h37m38s

7 Marcos Fernandes Lopes 2h39m40s

8 Carlos Andre Vierira 2h40m31s

9 Raphael Oliveira Turczine 2h41m31s

10 Anderson Cruz 2h43m36s

BRAZIL 135 ULTRAMARATHON

DATA: 17 de Janeiro de 2014ORGANIZADOR: Mario Lacerda

Geral

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Oraldo Romualdo 24h41m30s

2 Grant Maughan 25h40m40s

3 Kurt Lindermuller 26h56m47s

4 Rodrigo Pereira 27h54m24s

5 Reinaldo Tubarão 28h09m44s

6 Aureo Adriano 29h12m32s

7 Marco Farinazzo 29h28m45s

8 Chris Roman 30h03m03s

9 Ariovaldo Branco 30h20m52s

10 Maggie Beach 31h00m00s

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VIBRAM HONG KONG 100 ULTRA TRAIL RACE

DATA: 18 e 19 de Janeiro de 2014ORGANIZADOR: Bombinhas Adveture Runners

Geral

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Thirta Bahadur Tamang 10h02m04s

2 Bed Bahadur Sunuwar 10h06m37s

3 Vlad Ixel 10h11m53s

4 Vajin Asmstrong 10h18m29s

5 Scott Hawker 10h18m56s

6 Ram Bhandari 10h19m35s

7 Shunsuke Okunomiya 10h28m45s

8 Dave Mackey 10h36m46s

9 Tsang Siu Keung 10h40m08s

10 Jez Bragg 10h58m39s

I ETAPA COPA PAULISTA DECORRIDA DE MONTANHA - MAIRIPORÃ

DATA: 26 de janeiroORGANIZADOR: Corridas de Montanha

Geral Masculino

COLOCAÇÃO ATLETA TEMPO

1 Célio Augusto da Rosa 55m30s

2 Paulo Tadeu Moreira 55m45s

3 Ailton Rodriigues Afonso 58m08s

4 Ivan dos Reis Prado 1h00m25s

5 Edson Pereira Lima 1h03m41s

6 Marcos de Oliveira 1h04m03s

7 Fabrício Henrique Barbosa

1h06m27s

8 Adevaldo Pereira Sodre 1h06m50s

9 Wilson Pereira Arantes 1h07m27s

10 Everaldo Verissimo Silva 1h08m21s

Geral Feminino

1 Daiane Aguiar Barros 1h12m48s

2 Mirlene Picin 1h14m27s

3 Luzia Aluízio Mesquita 1h14m44s

4 Adelia Ferreria Batista 1h21m46s

5 Maria A. Nogueira Leite 1h22m42s

6 Elizabete Aparecida Dias 1h25m42s

7 Silvia Souza de Araújo 1h29m48s

8 Dalva Maria de Oliveira 1h30m25s

9 Tatiana Hartori Vidal 1h31m25s

10 Karine Parússolo 1h32m14s

Thiago Diz

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ps, na verdade não era um Polar, era um Timex HRM 2004. Mas era sim um monitor cardíaco, cuja marca finlandesa

tornou-se praticamente sinônimo do artefato tal qual lâmina de barbear é Gillete e comida-lixo (junk food) é McDonald’s.

O caso é que joguei fora sem dó. Aterrissou em um matagal próximo de onde me escondo às noites de dias úteis e, principalmente, nos dias inúteis, onde sua única utilidade é fornecer-me um pouco de luz para atirar-me passada após passada. Só assim mesmo para livrar-me da escuridão úmida e fria das encostas da Serra do Mar, quando de Lunes a Viernes as obrigações diárias obrigam-me a correr bem no horário em que os galos cantam.

O caso é que joguei fora sem dó. Com certeza sua pulseira estava mais partida que coração de emo. Os trezentos mangos investidos agora irão se decompor vagaro-samente (muito feio isso de jogar lixo no mato, George, principal-mente para um metido ambien-talista que és!), o aço, o cristal e o petróleo em breve estarão sepultados, cobertos de matéria orgânica que se forma indelevel-mente naqueles matos úmidos.

Sem dó. Pois eu estava sentindo dó de mim, isso sim. Dó de parecer robozinho controlando

minha pulsação, porque me disseram que eu corria riscos se ultrapasse XYZ % de alguma fórmula complicada. Dó de entrar na dança da generalização de planilhas - cada site, cada blog, cada matéria de revista parece ter a solução para os seus problemas. Algo como do 0 aos 10K em cinco passos, mas sem esquecer de fazer o teste da pisada, correr com monitor e - olha que fantástico - até mesmo com uma explosão de decibéis de músicas (?!) no seu ouvido para se motivar. What a fucking joke? Tem gente que precisa de música no ritmo certo para se motivar a correr? Hum...ok. Individualidades à parte, eu prefiro a minha.

E por isso é que joguei fora sem dó o Pol...ops, monitor cardíaco. E se eu quisesse dar um tiro de 200 metros na subida durante meu longão? O monitor iria reclamar e meu treinador iria brigar? Opa, não tenho mais Polar, nem nunca tive treinador. Quem me treina são as pernas, o humor e o clima (correr com o frio e a chuva só é legal nas redes sociais, eu não curto).

Hoje corro livre. Sim, ainda rola um relógio pendurado no pulso direito. Admiro esses tipos que prezam pela simplicidade. Correm sem tênis, sem relógio, sem treinador, sem frescuras. Mas corre também em minhas veias um interesse sincero por tecnologia. O meio termo que tento aplicar às minhas atividades tem-me feito

O

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correr feliz, que é o que sempre busquei. Tênis, relógio, óculos de sol (olhos verdes sofrem demais com a luminosidade, cof-cof), tecidos de compressão - para que sofrer de dores, cãimbras e assaduras? – Isso me basta. Ah, nas longas trilhas rola também uma mochila de hidratação, mas em vez de me hidratar com o líquido dos “atletas” o que rola mesmo é uma boa água de côco. Uma simplicidade voluntária.

E com isso, joguei fora o meu Polar. Mesmo não sendo ele um Polar.

(*) Calma gente. Jogar no mato é sentido figurado, uma romanceadazinha. Até mesmo porque seria capaz de os eco-chatos de plantão acusarem-me de dano ambiental. O Timex HRM está em alguma gaveta esquecida de um guarda-roupas, ok? Mas que não uso ele mais... ah, isso não uso mesmo. Troço inútil. Fim.

George José Volpão

Montanhista e corredor, George José Volpão nasceu em Curitiba – PR há 37 anos, onde vive até hoje, a apenas 30 quilômetros das encostas da Serra do Mar. Além do Estado natal, já correu em trilhas por Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Argentina e Chile. Passar a vida nas montanhas é a sua atividade favorita, porém George se dedica também a escrever bastante, tendo uma grande coleção de textos já publicados em sites e revistas. Você pode fazer contato com ele através do seu site: www.georgevolpao.com.br

Soul Running

Joguei Fora o Meu Polarpor George Volpão

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