maquiavel teoria política (capítulo 24, pág 298 a 302)

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MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

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Page 1: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

MAQUIAVEL

Teoria Política

(Capítulo 24, pág 298 a 302)

Page 2: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

MAQUIAVEL

Livros : O PRÍNCIPE e COMENTÁRIOS SOBRE A 1ª DÉCADA DE TITO LÍVIO

As obras de Maquiavel foram comentadas por Hobbes, Rousseau, Hegel, Napoleão e Gramsci, entre outros autores notáveis.

O Príncipe foi inserido na lista de livros proibidos (obras literárias pecaminosas) pela Igreja Católica, o Index Librorium Prohibitorium.

Page 3: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

MAQUIAVEL

• Sua forma de pensar fugiu do tradicional moralismo

piedoso. Teve um pensamento original, em oposição à

cultura dominante (ideais cristãos e aos ideais da

Antiguidade Clássica).

Suas ideias causaram enorme polêmica, muito maior

que o pensador poderia imaginar, pois à 1ª vista

pareciam defender o absolutismo e o imoralismo.

Page 4: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

MAQUIAVEL

Maquiavelismo, maquiavélico, Maquiavel, “the old

Nick”. Termos e expressões associados ao

pensador florentino Nicolau Maquiavel.  

Maquiavélico: pessoa sem escrúpulos, traiçoeira,

astuciosa, que, para atingir seus fins, usa da

mentira e má-fé (“os fins justificam os meios”).

Page 5: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Premissas: 

a) Os homens são amplamente suscetíveis a vícios e paixões, tais

como a covardia, a cobiça, a luxúria, a ingratidão, a inveja, etc.

Natureza humana: maligna.

b) Por causa das paixões e vícios, as agremiações humanas não

seguem uma ordem natural. Ao contrário, se deixados ao acaso, os

homens tendem à anarquia e à barbárie.  

c) Em toda sociedade há aqueles que querem oprimir (governantes)

e aqueles que não querem ser oprimidos (povo). Daí surge a

instabilidade das agremiações humanas.

d) Não há nada pior para os homens que a anarquia e a barbárie. 

TESES

Page 6: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

TESES

Donde se conclui que:  

a) O primeiro dever de todo Estado é instituir a ordem,

domesticando as paixões humanas pelo maior lapso

temporal possível.  

b) Estado bom é Estado estável. Os meios pelos quais o

soberano obtém a estabilidade contam muito pouco. Em

outras palavras, não há limites éticos ou morais na busca da

conquista e manutenção dos Estados.  

Page 7: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

c) A política segue uma lógica própria. O soberano não

pode se prender às virtudes cristãs se quer manter a

estabilidade de seu principado. 

d) É melhor ao soberano ser temido que amado. Os

homens traem menos os seus medos que o seu amor.

TESES

Page 8: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Realismo político. A busca pela “verdade efetiva das coisas”, isto é, do mundo que efetivamente existe, não do mundo que gostaríamos que existisse (ser X dever-ser). Abordagem desvinculada das abstrações filosóficas, etéreas e especulativas.

A separação clara entre o reino do ser e o reino do dever ser inaugura uma nova fase na filosofia e antecipa o surgimento da Ciência Política.

Estudo de fatos históricos para extrair as causas e os meios utilizados para enfrentar o caos resultante da expressão da natureza humana. Se os homens são os mesmos, deverão reagir da mesma maneira uma vez mantidas as mesmas condições.

Método

Page 9: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

As novas Ética e Moral Política

Virtude = força, valor, lutador e guerreiro.

Os Príncipes de grande virtú são capazes de grandes obras e provocar mudanças na história.

Não é a virtude da moral cristã de bom e justo, mas sim a agir com força e energia para conquistar e manter o poder.

No sentido empregado pelo

filósofo significa sorte, ocasião,

acaso, e não no sentido comum

de riqueza. Ou seja, o príncipe,

para agir bem, não deve deixar

escapar a ocasião oportuna. De

nada adianta ser virtuoso se não

for ousado e agir na ocasião

certa.

VIRTÚ FORTUNA

Page 10: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A Teoria Política

Modificou a abordagem

tradicional da política

elaborada pelos gregos e pelos

medievais

Maquiavel é

considerado fundador da Ciência Política

(desvinculada da ética e da religião)

Política realista

Políticas normativas que prescreviam as normas de um bom regime e as virtudes de

um bom governo.

Page 11: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A Teoria Política É considerada realista – baseada em como o homem age de fato, na realidade.

Os governantes e os homens sempre agiram pela violência e corrupção,

pois a natureza humana é capaz do mal e do erro. Assim , Maquiavel,

analisa a ação política real.

Dessa forma, elabora uma Teoria Política UTILITARISTA voltada para

ser eficaz e imediata.

A Ciência Política só tem sentido se propiciar o melhor exercício da

arte política, portanto, voltada para a realidade e desvinculada da ÉTICA

PESSOAL E DA RELIGIÃO, mas em uma :

NOVA ÉTICA E UMA NOVA MORAL A ÉTICA E A MORAL

POLÍTICA.

Page 12: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

As novas Ética e Moral Política

As novas ÉTICA

e MORAL

POLÍTICA.

A ÉTICA E A

MORAL

PRIVADA. DIFERE

ANALISA AS AÇÕES

EM FUNÇÃO DE

UMA HIERARQUIA

DE VALORES.

ANALISA AS AÇÕES EM

FUNÇÃO DAS

CONSEQUÊNCIAS, DOS

RESULTADOS DA AÇÃO

POLÍTICA.

Distanciam-se das Políticas normativas gregas e medievais que prescreviam as normas de um bom

regime e as virtudes de um bom governo.

Page 13: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

As novas Ética e Moral Política

As novas ÉTICA

e MORAL

POLÍTICA.

AMORALISMO ?NÃO !

A NOVA MORAL IRÁ OCUPAR-SE COM O QUE É ÚTIL À

COMUNIDADE: A MORAL POLÍTICA, POIS A MORAL

PRIVADA (ou simplesmente MORAL, com NORMAS GERAIS

E ABSTRATAS) PODERÁ LEVAR À RUÍNA DO GOVERNANTE E

DE SUA AÇÃO POLÍTICA. DAÍ APOIAR O EMPREGO DA

FORÇA COERCITIVA DO ESTADO, A GUERRA, A ESPIONAGEM,

A VIOLÊNCIA.

Page 14: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

  A palavra virtude sugere a obediência ao bom, ao belo, ao justo. Sugere a permanente obediência aos valores cristãos, uma bondade angelical alcançada pela libertação das tentações terrenas.

Virtude, assim compreendida, tem pouco ou nada a ver com a virtú de Maquiavel. Ademais, pode significar a ruína do príncipe.

Virtú é o conjunto de qualidades demandadas de um soberano. Virtú é a capacidade de o soberano agir, ora como homem, ora como animal, no intento de manter-se no controle do Estado.

O soberano tem de saber ser homem, leão (para afugentar os lobos) e raposa (para conhecer os lobos).

Poder, honra e glória, considerados tentações pela doutrina cristã, são objetivos perseguidos pelo soberano.

Há que se observar, contudo, que o soberano tem de aparentar guiar-se pela virtude, a fim de não causar escândalo em seu povo.

Virtude x Virtú

Page 15: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Fortuna, para Maquiavel está associada ao Destino, às

contingências, ao imponderável, ao acaso.

O pensador admite o império das fatalidades sobre os

homens. Contudo, defende que o homem previdente, isto é,

o homem de virtú, pode se antecipar aos golpes da sorte,

para dificultar que tragédias lhe ocorram.

Exemplo do rio que inunda a planície.

Em outras palavras, o livre-arbítrio humano pode

arrefecer a força do destino.

Virtude x Fortuna

Page 16: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Democracia e conflito

ORDEM

Não é a ordem

hierárquica, que cria a

harmonia forçada, mas a

que resulta do

conflito.

ORDEM 2º Maquiavel

É a que resulta do conflito, porque as sociedades têm conflitos e

antagonismos (realidade).

O conflito é um fenômeno inerente à atividade política, e esta

atividade se realiza pela busca da conciliação do confronto, num

processo que nunca cessa.

FORÇAS EM LUTA LIBERDADEA RELAÇÃO ENTRE FORÇAS ANTAGÔNICAS É SEMPRE DE EQUILÍBRIO TENSO.

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Maquiavel e a República

Livro: Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio.

-Nesta obra Maquiavel expõe suas ideias democráticas e republicanas.

- Reconhece os riscos da corrupção, que faz prevalecer

os interesses particulares sobre os coletivos.

RECONHECE NA LEI O INSTRUMENTO EFICAZ PARA FAZER

RESPEITAR O BEM COMUM.

Page 18: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

AULA 7 – As teorias Absolutistas

(Cap 24, pág 302 a 305)

Page 19: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

•  Teoria política que defende que alguém (em geral,

um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente

de outro órgão.

• É uma organização política na qual o soberano concentrava

todos os poderes do Estado em suas mãos.

ABSOLUTISMO

QUANDO: aproximadamente entre os séculos XV e XVIII.

ONDE: sobretudo na França, Inglaterra, Portugal e Espanha.

Page 20: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

- Jean Boudin Direito Divino

- Jacques Bossuet Direito Divino

- Thomas Hobbes Contratualismo

- Maquiavel a unidade política é fundamental para a grandeza da

Nação – “os fins justificam os meios”.

Teóricos do absolutismo monárquico :

Page 21: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A Teoria do Direito Divino como

argumento para o Absolutismo

Na Teoria do Direito Divino dos Reis o rei é predestinado por

Deus a ocupar o trono. Quem desobedecesse o Monarca seria

inimigo do Estado e de Cristo.

Page 22: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A Teoria do Direito Divino

dispõe de um poder extraordinário conferido

por Deus

O Rei Essa ideia impõe-

se lentamente durante a Idade

Média

Portanto, a ideia do Direito Divino para a

monarquia

Não é nova

mas, houve um vigoroso fortalecimento dessa ideia nos séculos XVI e XVII para a construção da Monarquia Absoluta

Page 23: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

“Política” retirada da “Sagrada Escritura” – defendia a Teoria do Direito Divino

dos Reis.

Jacques Bossuet

• Sua teoria influenciou os reis franceses da dinastia Bourbon, Luís XIV, XV e XVI.

“Aquele que deu reis aos homens quis que eles fossem respeitados como Seus

representantes”, afirmava Luís XVI .

Page 24: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Jacques Bossuet (francês,teólogo, filósofo e historiador) defende o absolutismo retomando argumentos clássicos da Bíblia:

“ a desigualdade entre os homens é consequência do pecado original”

assim

A concentração do poder nas mãos do rei é uma necessidade para controlar uma sociedade voltada aos vícios e às divisões.

Page 25: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A vontade do rei, encarnação dos desígnios divinos, não poderia

conhecer nenhum entrave. Sua potência é absoluta. Cabe aos súditos

obedecerem fielmente, cegamente.

Inversamente, a desobediência é um sacrilégio, um ultraje à Deus. É

uma negação de Deus.

O rei é um “ministro de Deus”.

Page 26: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Jean Bodin

O soberano, representante da

vontade divina é perpétuo, absoluto

e capaz de impor as leis.

 Nasceu em Angers , França, em 1530, e faleceu em 1596. Foi jurista, membro do parlamento de Paris e professor de direito.

Page 27: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Jean Bodin - ideias

- A fonte de legitimidade do soberano era a lei natural e o direito divino dos reis.

Respectivamente, o código moral da sociedade e o direito do monarca de

governar, ambos vindos direto de Deus.

- A soberania para ser efetiva teria de ser absoluta.

- Para evitar conflitos, o soberano não deveria ser restrito por leis, obrigações

ou condições.

- Apesar de não aceitar a democracia como forma de governo popular, não

concordava com Maquiavel de o soberano agir e governar sem limites. Os

governantes precisavam do poder absoluto, mas teriam de prestar contas a

Deus e à Lei Natural.

Page 28: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Estruturas de poder em conflito levam a guerra civil e ao caos.

..de modo que deve haver um único soberano com poder absoluto, respondendo somente a Deus.

Para que o poder de um soberano seja absoluto, ele deve ser perpétuo, não garantido pelos outros (pessoas e poderes) e nem

limitado no tempo.

A soberania é o poder ABSOLUTO é perpétuo de uma comunidade.

Jean Bodin - ideias

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O Contratualismo de Hobbes como

argumento para o Absolutismo

Page 30: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Na Inglaterra, os teóricos afirmam que:

o soberano tem o direito de fazer o que quiser, inclusive em matéria de religião (separação e

submissão da religião ao Estado).

O poder do soberano só é limitado por ele mesmo.

Inglaterra

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Thomas HOBBES

O poder centralizado em um só homem, este governaria

eliminando a desordem, dando segurança a todos.

Obra principal: LEVIATÃ.

Page 32: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A Teoria Política de Thomas Hobbes

O absolutismo se justifica pela visão muito pessimista da

natureza humana.

O homem, para Hobbes, é desprovido de bondade: é egoísta,

vaidoso, ciumento e violento. É naturalmente levado ao conflito.

Page 33: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

O ESTADO NATURAL OU O ESTADO DE NATUREZA DO

HOMEM

É UMA CONCEPÇÃO DE FICÇÃO FILOSÓFICA E NÃO HISTÓRICA!

É UMA CONCEPÇÃO QUE DESIGNA UMA SITUAÇÃO NA QUAL O SER HUMANO

SE ENCONTRA ANTES DE ENTRAR NA SOCIEDADE, ANTES DE SER

SUBMETIDO A UMA AUTORIDADE POLÍTICA. É O ESTADO DO HOMEM

“PRIMITIVO” PARA HOBBES.

A Teoria Política de Thomas Hobbes

Page 34: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

1.O ESTADO DE NATUREZA

Direito de Natureza = jus (direito) naturale.

“ É a liberdade que cada homem possui de usar seu

próprio poder, da maneira que quiser, para preservação

de sua própria natureza, ou seja, sua vida; e,

consequentemente, de fazer tudo aquilo que seu

próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios

adequados a esse fim” (pág 303).

OU SEJA, PARA HOBBES, O HOMEM NO ESTADO DE NATUREZA TEM DIREITO

A TUDO.

Page 35: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

2. CONSEQUÊNCIAS DO ESTADO DE NATUREZA (O HOMEM TER DIREITO A

TUDO) PARA A SOCIEDADE:

- Não é possível segurança nem paz;

- Os indivíduos deixados a si próprios são levados à anarquia, gerando a

insegurança, angústia e medo;

- Os interesses egoístas predominam e cada um torna-se um lobo para o

outro (“O homem é o lobo do homem” – homo homini lupus);

- As disputas provocam a guerra de todos contra todos , com graves prejuízos

para a economia, a ciência e a população.

Page 36: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

3. O CONTRATO SOCIAL

Vivendo sob o Direito Natural, o indivíduo reconhece a necessidade de

“renunciar a seu direito a todas as coisas” (O HOMEM NO ESTADO DE

NATUREZA TEM DIREITO A TUDO), em virtude da anarquia e a

insegurança que tal estado proporciona.

MAS QUANDO RENUNCIA AO SEU DIREITO A TODAS AS COISAS ESTÁ

RENUNCIANDO PARCIALMENTE À SUA PRÓPRIA LIBERDADE . ESTARÁ

RENUNCIANDO ENTÃO A FAVOR DE QUEM ?

Page 37: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

ESTARÁ TRANSFERINDO O SEU PODER A DETERMINADA PESSOA OU

PESSOAS PARA EXERCER TAL DIREITO EM FAVOR DA COLETIVIDADE,

QUE PASSARÁ(ÃO) A SER(EM) SEU(S) REPRESENTANTE(S).

ESSA TRANSFERÊNCIA DAR-SE-IA MEDIANTE UM CONTRATO QUE É UM

PACTO PELO QUAL TODOS ABDICAM DE SUA VONTADE A FAVOR DE UM

REPRESENTANTE (UM HOMEM OU UMA ASSEMBLEIA DE HOMENS).

3. O CONTRATO SOCIAL (Continuação)

ESTARÁ RENUNCIANDO ENTÃO A FAVOR DE QUEM ?

Page 38: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

- SEGUNDO HOBBES, O CONTRATO SOCIAL NASCE TAMBÉM PELO FATO DE

O HOMEM NÃO SER SOCIÁVEL POR NATUREZA, TENDO DE O SER POR

ARTIFÍCIO ! (OPÕE-SE A ARISTÓTELES), PORQUE O MEDO E O DESEJO DE

PAZ LEVAM OS INDIVÍDUOS A FUNDAREM UM ESTADO SOCIAL E A

AUTORIDADE POLÍTICA, ABDICANDO DE SEUS DIREITOS EM FAVOR DE SEU

SOBERANO.

3. O CONTRATO SOCIAL (CONTINUAÇÃO)

Page 39: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

O PODER ABSOLUTO DE HOBBES - SÍNTESE

• A TEORIA CONTRATUALISTA DE HOBBES É UMA VISÃO AUTORITÁRIA DO PODER.

• O SOBERANO NÃO ESTÁ OBRIGADO PELO PACTO COM OS HOMENS, POIS O PACTO É

CELEBRADO NÃO PELO POVO COM O SOBERANO , MAS DE CADA UM COM CADA UM.

O SOBERANO NÃO FAZ PARTE DELE.

• POR ISSO, REALIZADO O CONTRATO, O SOBERANO POSSUI UM PODER INDIVISÍVEL,

ILIMITADO. NÃO ESTÁ SUJEITO NEM ÀS LEIS DIVINAS , NEM AS LEIS HUMANAS.

• TODOS OS HOMENS SÃO SÚDITOS SEUS, DEVENDO DOBRAREM-SE À SUA VONTADE

OU À DE UMA ASSEMBLEIA.

• PROIBE TODA FORMA DE RESISTÊNCIA, POIS ISSO CONTESTARIA O PODER SUPREMO

DO SOBERANO.

Page 40: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

O PODER ABSOLUTO

• HOBBES, NO ENTANTO, NÃO DEFENDE A TIRANIA, POIS LEMBRA QUE O PAPEL DA

PESSOA PÚBLICA É O DE GARANTIR A PAZ NO REINO. O CUIDADO COM A SEGURANÇA

E A PRESERVAÇÃO DA VIDA SÃO AS SUAS PRIMEIRAS EXIGÊNCIAS.

• EM MATÉRIA ESPIRITUAL, RESPEITA A RELIGIÃO, MAS NÃO ENTENDE QUE O PODER

ESPIRITUAL SEJA AUTÔNOMO. O DEVER DA IGREJA É O DE COLOCAR-SE SOB A

AUTORIDADE DO SOBERANO.

• ENFIM, DEFENDE QUE A POTÊNCIA ABSOLUTA ACARRETA A AÇÃO RACIONAL, VISTO

QUE O BEM DO POVO E O PRÓPRIO BEM DO SOBERANO NÃO ESTÃO SEPARADOS.

Page 41: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

AULA 8 – Uma nova visão: o

Contratualismo de John Locke

como argumento à favor da

liberdade

(Cap 24, pág 304 a 307)

Page 42: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Obras : Ensaio sobre o entendimento humano e

Tratado sobre o governo civil.

Deu fundamento filosófico às revoluções liberais na Europa e nas Américas.

John Locke

Filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato

social. .

Page 43: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

1. ESTADO DE NATUREZA

- Como Rousseau, entende que os indivíduos isolados no

estado de natureza unem-se mediante CONTRATO SOCIAL

para constituir a sociedade civil. No entanto, as pessoas

coexistiam, em relativa harmonia, mas sem um poder político

legítimo, ou juiz, para arbitrar disputas com neutralidade.

Assim, só o pacto social torna legítimo o poder do estado.

Page 44: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

1. ESTADO DE NATUREZA (Continuação)

- Contrariamente à Hobbes, não entende o Estado de Natureza como um

ambiente de guerra e egoísmo. Mas entende que o estado natural do

homem é o de ser juiz em causa própria, ver o seu interesse em primeiro

lugar. Então, para se manter a segurança e a tranquilidade no uso da

propriedade, todos concordam em estabelecer o corpo político.

- Locke achava que as pessoas poderiam agir de acordo com a razão e

com a tolerância no estado de natureza. Os conflitos não seriam

necessariamente comuns. No entanto, com o aumento populacional, os

recursos se tornam escassos e surge a desigualdade econômica,

aumentando os conflitos e a sociedade precisaria de leis reguladoras e

juízes para arbitrar disputas.

Page 45: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

2. O GOVERNO

- Locke concordou com Hobbes que um governo legítimo seria baseado

num contrato social entre os indivíduos na sociedade.

- Para Locke, um governo legítimo se efetivaria por um consenso do

povo, mas isso não significava, necessariamente, uma democracia. A

maioria poderia, de forma racional, decidir que um monarca, uma

aristocracia, ou uma assembleia deveria governar. O povo poderia,

portanto, garantir a alguém o direito de governar, mas tinha também o

direito de anular essa decisão.

- Locke era contrário ao absolutismo, como defendia Hobbes, pois a

subordinação total era perigosa. A função primária de um bom governo

era a de fazer boas leis para proteger os direitos do povo e impô-las com

o bem público em mente.

Page 46: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

3. O DIREITO À REVOLTA

- Locke entende que no jusnaturalismo – o direito natural,

os direitos naturais não desaparecem em consequência

do pacto social, mas continuam a existir para limitar o

poder do Estado. (difere de Hobbes).

- Justifica, assim, o direito à insurreição, pois a relação

governados – governantes é de confiança e se o governante

não buscar o bem público, é permitido aos governados

retirarem-no do poder e oferecer o poder a outrem.

(GRANDE DIFERENÇA COM HOBBES).

Page 47: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

4. O Liberalismo político de John Locke

- É contrário ao absolutismo real e buscou nas teorias contratualistas

a sua legitimação do poder, que não mais de efetivava no Direito

Divino dos Reis, nem na tradição e herança, mas no consentimento

dos cidadãos (pag 306 livro texto).

- A defesa da liberdade. Em sua teoria política, afirma a necessidade

de limites ao poder do Estado.

- Com os filósofos Jean Jacques Rousseau e Montesquieu, ganhará

novos acréscimos que fundamentarão, por sua vez, uma nova visão

da política.

Page 48: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

4. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PODER

- Idade Média herdeiro do rei recebia os bens e o poder sobre os súditos.

- Locke estabelece a distinção entre o púbico e o privado, que

deveriam ser regidos por leis diferentes. O poder político , portanto, não

deve ser determinado pelas condições de nascimento, bem como o Estado

não deve intervir, mas garantir e tutelar o livre exercício da propriedade, da

palavra e da iniciativa econômica.

- O exercício do poder é o exercício de um cargo público e o “objetivo da

lei é preservar e aumentar a liberdade”.

- Enquanto para HOBBES o pacto concede o poder absoluto e indivisível ao soberano LOCKE o poder legislativo (aqui é entendido como o poder de cada membro da sociedade) é o poder supremo, ao qual se deve subordinar tanto o executivo quanto o poder federativo (encarregado das relações exteriores).

Page 49: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

O LEGADO DE LOCKE

- A Filosofia política de Locke ficou conhecida por Liberalismo – a crença

nos princípios da liberdade e da igualdade, sendo, dessa forma, contrário

ao Absolutismo.

- As Revoluções na França e na américa do Norte, no final do século XVIII,

tinham como base os ideais liberais de Locke.

- É um dos primeiros filósofos a defender a separação dos poderes: o

Executivo (encarregado de garantir a execução das leis), o Legislativo

(deliberar sobre as leis comuns) e o Federativo (destinado a garantir a

segurança nas relações com os outros Estados).

- A ênfase na proteção da vida, liberdade e propriedade, encontra-se na

Declaração de Direitos na Constituição americana, bem como, os direitos

inalienáveis à vida, liberdade e a busca da felicidade.

Page 50: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

AULA 9 – Rousseau e o

contratualismo a favor da

democracia

(Cap 24, pág 304 a 307)

Page 51: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Obra: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade

entre os homens.

Propõe igualmente o pacto social para legitimar o governo, no entanto, traz uma diferença fundamental: A IDEIA DE DEMOCRACIA DIRETA.

Jean Jacques Rousseau

 Filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais

filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo.

Page 52: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

1. O ESTADO DE NATUREZA PARA ROUSSEAU

- Todos os indivíduos viviam em estado de natureza,

cuidando da sobrevivência e eram todos bons por

natureza (“O BOM SELVAGEM”) até o aparecimento da

propriedade, que fez com que uns trabalhassem para

outros, gerando escravidão e miséria.

Page 53: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

3. A PROPRIEDADE E A ORIGEM DA DESIGUALDADE

- Quando a propriedade privada apareceu na sociedade, ela criou uma divisão

imediata entre aqueles que tinham a propriedade e aqueles que não tinham.

- Pessoas que tinham mais propriedade começaram a se julgar superiores às

que tinham menos.

- Dessa forma, a propriedade privada foi responsável por todas as divisões e

desigualdades que existem na sociedade de acordo com Rousseau e a

sociedade civil passou a ser o resultado da divisão e do conflito em oposição

à harmonia natural.

- As sociedades que existiam, não foram formadas no estado de natureza, mas

após o abandono desse e o estabelecimento dos direitos de propriedade,

levando à ocorrência de conflitos.

- Foi, portanto, segundo Rousseau, a sociedade civil e a propriedade que

levaram o homem à guerra, e o Estado o agente que instaurou os conflitos.

Page 54: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

4. O CONTRATO SOCIAL

- No Estado de Natureza de Rousseau (após a propriedade privada), há

um falso pacto social, pois a desigualdade (rico e pobre, forte e fraco,

senhor e escravo) faz predominar a lei do mais forte.

- Além disso, discordava da ideia de Hobbes quanto à transferência de

toda a liberdade individual ao soberano, pois considerava que a pessoa

renunciava a sua liberdade.

- Acreditava que ao se estabelecer um governante acima da sociedade,

transformava-se a igualdade natural em um desigualdade política

permanente.

- Propõe, então, um novo pacto/contrato, no qual o povo esteja reunido

sob uma só vontade, sem constrangimentos, oriundo de um

consentimento unânime. Cada associada se aliena totalmente

abdicando de seus direitos em favor da comunidade.

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4. O CONTRATO SOCIAL (Continuação)

- Se Hobbes viu a lei apenas como uma limitação a liberdade vinculada

apenas à ausência da lei, Rousseau argumentou que as leis poderiam

ser uma extensão da nossa liberdade, pois os que estão sujeitos à lei

são os responsáveis por elas.

- A liberdade pode ser conquistada dentro do Estado, para tal o povo

inteiro teria de ser o soberano, o monarca.

- Dessa forma, as pessoas, para conseguirem uma liberdade legítima,

teriam de ser iguais. Ou seja, na proposta de Rousseau, liberdade e

igualdade caminham juntas.

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5. SOBERANIA E GOVERNO DO POVO

- IDEIA BASE: Como o indivíduo, no Pacto Social de Rousseau, abdica

de sua liberdade em favor de um representante, que será a sua voz no

governo, ele (indivíduo) não perde sua soberania, pois o Estado a ser

criado não está separado dele (indivíduo), mas será também ele.

- Se cada cidadão aceita submeter-se à vontade geral, é porque tem o

direito de participar na formação desta. Por esta razão, cada cidadão

tem uma parcela da soberania que ele deve se comprometer a exercer

e que ninguém poderá tirar dele.

- O soberano é o corpo coletivo, o povo, a vontade geral, manifestada

pelo legislativo (leis). E toda lei não confirmada pelo povo é nula.

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5. SOBERANIA E GOVERNO DO POVO(Continuação)

- Os governos, assim, não são superiores ao povo, mas

depositários do poder, podendo ser destituídos ou eleitos

conforme a conveniência que o povo desejar.

- Estabelece, dessa forma, a DEMOCRACIA DIRETA OU

PARTICIPATIVA, mantida por meio de assembleias

frequentes de todos os cidadãos.

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6. A VONTADE PARTICULAR E A VONTADE GERAL

- O soberano , como representante do povo, dita a vontade geral, manifestada na lei.

- Vontade particular ou individual é a de cada pessoa, que normalmente visa o próprio interesse.

- Se somar-se as vontades particulares ter-se-á a vontade de todos ou da maioria. Mas a vontade de todos não representa a vontade geral para Rousseau, pois a vontade geral diz respeito ao interesse comum. Ou seja, a vontade geral visa o bem comum e não apenas ao atendimento dos interesses particulares mesmo que expressando o desejo da maioria.

- A vontade geral é, portanto, a soma das diferenças das vontades particulares e não o conjunto das próprias vontades privadas. Percebe-se que a existência de interesses particulares  conflituosos entre si é a essência da vontade geral no corpo político, o que confere à política uma condição de arte construtora do interesse comum.

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1. QUAL A DIFERENÇA DE CONCEPÇOES PARA

HOBBES, LOCKE E ROUSSEAU DE :

• ESTADO DE NATUREZA;

• TIPO DE CONTRATO SOCIAL;

• TIPO DE SOBERANIA.

2. COMO LOCKE ENTENDIA A INSTITUCIONALIZAÇÃO

DO PODER?

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Aula 10 – Montesquieu e a separação dos poderes

Capítulo 24 - Página 307 do livro-texto

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Obra : O espírito das leis

Montesquieu

Charles de Montesquieu, filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do Iluminismo.

Page 62: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

- Preocupação fundamentada no modo de funcionamento do governo.

- As leis e o poder são suas grandes questões.

- Leis refletem as condições da natureza e a cultura de um povo.

- A religião deve se desvincular da política.

- Crítica ao absolutismo.

- Influência das ideias de Locke e da Inglaterra do século XVIII – onde

o rei é fiscalizado pelo parlamento.

Visão política e ideias

Page 63: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A TEORIA DO GOVERNO

Montesquieu conclui:

“Só o poder freia o poder”

“Quando os poderes Legislativo e Executivo estão

juntos, não pode haver liberdade” (Montesquieu).

Page 64: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

A TEORIA DO GOVERNO

Daí a necessidade de cada poder – Legislativo, Executivo

e Judiciário – manter-se autônomo e constituído por

pessoas diferentes.

Page 65: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Montesquieu era mais importante a existência de um constituição que evitasse o

despotismo. Isso se daria pela separação dos poderes dentro do governo em:

Executivo responsável pela administração.

Legislativo aprovar, rejeitar e propor emendas as leis

Judiciário responsável por interpretar e aplicar as leis.

Page 66: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

Apesar das reações na França, na América foi empregada na

constituição do EUA.

Depois da Revolução Francesa tal separação também se tornou

modelo para a nova república. E conforme se formavam novas

democracias pelo mundo as constituições mantiveram, em geral,

esse modelo.

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A TEORIA DO GOVERNO

A concepção de Montesquieu influenciou a

redação do artigo 16 da Declaração dos Direitos do

Homem e do cidadão de 1789:

“Toda sociedade em que não for assegurada a

garantia dos direitos e determinada a separação

dos poderes não tem Constituição”.

Page 68: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

DIREITOS HUMANOS

Capítulo 22, página 276

Page 69: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

DIREITO NATURAL ou JUSNATURALISMO

- Vem de longa tradição e não era escrito.

- Eterno e imutável como a Natureza.

- Válido em qualquer lugar e em todos os tempos.

- Anterior e eticamente superior ao DIREITO POSITIVO.

Page 70: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

DIREITO NATURAL

LEIS ETERNAS E IMUTÁVEIS

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DIREITO POSITIVOÉ o conjunto de princípios e regras que regem a vida social de

determinado povo em determinada época. Diretamente ligado ao

conceito de vigência, o direito positivo, em vigor para um povo

determinado, abrange toda a disciplina da conduta humana e inclui

as leis votadas pelo poder competente, os regulamentos e as

demais disposições normativas, qualquer que seja a sua espécie.

 Por definir-se em torno de um lugar e de um tempo, é variável, por

oposição ao que os jusnaturalistas entendem ser o direito natural.

Page 72: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

LEIS feitas pelos homens sejam por normas escritas ou

costumes

DIREITO POSITIVO

Page 73: MAQUIAVEL Teoria Política (Capítulo 24, pág 298 a 302)

É a liberdade garantida por lei ao cidadão de participar

ativamente no exercício dos poderes estatais sejam eles

legislativos, executivos ou judiciários (daí o nome de

liberdade política) .

Liberdade positiva ou Liberdade política

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É entendida como a não-interferência do poder do Estado

sobre as ações individuais: o indivíduo é o mais livre

quanto mais o Estado deixar de regular a sua vida. A falta

de restrições é, portanto, diretamente proporcional ao

exercício da liberdade negativa.

Liberdade negativa ou Liberdade do não impedimento

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Bobbio reúne os propósitos de Hobbes, Locke e Montesquieu para afirmar que a

liberdade negativa consiste em poder fazer tudo o que a lei permite por nela

estar omisso.

Para Bobbio a liberdade negativa é a “ausência de impedimento, ou seja, a

possibilidade de fazer”. Assim o indivíduo não pode ser privado ou inibido de agir,

se lei nenhuma consignar aquela conduta como proibida, ou seja, o indivíduo pode

fazer tudo o que a lei não proibir.

Liberdade negativa ou Liberdade do não impedimento (2)

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De outra modo está – como parte integrante da liberdade negativa – a

“ausência de constrangimento, ou seja, a possibilidade de não fazer”.Essa acepção

institui, por sua vez, que ninguém é obrigado a agir, senão em virtude da Lei. A

ausência da lei, neste caso, possui um viés permissivo por omissão, de maneira

que a omissão da lei em obrigar o fazer, entende-se como a permissão do

indivíduo de não-fazer.

Deve ser respeitada pelo Estado, pois são comportamentos não regulados

por leis.

Ex: Não existe uma lei que impeça as pessoas a casarem com quem elas

quiserem.

Liberdade negativa ou Liberdade do não impedimento (3)

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Bobbio

Liberdade positiva

Trata da existência de um querer, do querer específico do indivíduo, o

que significa a capacidade de se mover para uma finalidade sem com

isso ser movido.

Liberdade negativa

Trata de ausências dispositivas.

Liberdade positiva Liberdade negativa

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Bibliografia

-Filosofando, Introdução à Filosofia – de Maria Lúcia de Arruda e Maria

Helena Pires Martins . Editora Moderna.

-Manual de Filosofia Política- de Flamarion Caldeira Ramos e outros. Editora

Saraiva.

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Orientações para estudo

O estudo para as provas não pode abranger apenas este esquema de

aula. O aluno deve associar as presentes informações ao seu próprio

resumo do capítulo e, quando for o caso, frequentar as aulas do plantão

de dúvidas do Colégio para uma melhor preparação para as avaliações.