manual de treinamento do líder de gps

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Página 1 Índice APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 5 CAPÍTULO 1 : CHAMADOS COM UM PROPÓSITO................................................................................ 7 1 IDENTIDADE: QUEM SOU EU?............................................................................................7 2 IMPORTÂNCIA: QUAL É O MEU VALOR?........................................................................ 8 2.1 Deus planejou você............................................................................................................ 8 2.2 Você foi programado por Deus.......................................................................................... 9 2.3 Você foi regenerado por Deus........................................................................................... 9 2.4 Deus tem algo para fazer através de você.......................................................................... 9 3 IMPACTO: QUE DIFERENÇA FAÇO NO MUNDO?.........................................................10 3.1 Deus tem atribuições para você....................................................................................... 10 3.2 A sua missão é a mais importante obra da sua vida.........................................................10 3.3 Sua missão é a obra mais impactante para a vida dos outros...........................................11 3.4 Sua missão é o custo mais precioso da sua vida.............................................................. 11 4 CHAMADOS COM UM PROPÓSITO..................................................................................11 4.1 Adão................................................................................................................................. 11 4.2 Abraão.............................................................................................................................. 12 4.3 Paulo.................................................................................................................................12 5 PERGUNTAS QUE VOCÊ DEVE RESPONDER................................................................ 12 CAPÍTULO 2 : TRANSMITINDO A VISÃO..............................................................................................13 1 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES HOJE? POR QUÊ?................................................13 2 QUAL É A BASE BÍBLICA PARO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES?...................14 3 O DESENVOLVIMENTO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE AO LONGO DA HISTÓRIA..................................................................................................................................... 15 4 IGREJA COM GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES E IGREJA EM GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES............................................................................................................16 CAPÍTULO 3: GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES................................................................................17 1 O QUE NÃO É GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?...................................................... 17 2 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES, PARA QUÊ?........................................................ 19 3 QUAIS OS OBJETIVOS DE UMO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?......................20 4 A REUNIÃO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE.................................................... 23 5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES:..............................................................................................25 6 A ESTRUTURA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE............................................... 26 6.1 LÍDER..............................................................................................................................26 6.2 LÍDER EM TREINAMENTO......................................................................................... 26 6.3 ANFITRIÃO.................................................................................................................... 27 6.4 SECRETÁRIO................................................................................................................. 27 6.5 MEMBROS......................................................................................................................27

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Manual de Treinamento para Líderes de Grupos Pequenos da PIB de Banco de Areia

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ÍndiceAPRESENTAÇÃO..............................................................................................................................5

CAPÍTULO 1 : CHAMADOS COM UM PROPÓSITO................................................................................7

1 IDENTIDADE: QUEM SOU EU?............................................................................................7

2 IMPORTÂNCIA: QUAL É O MEU VALOR?........................................................................8

2.1 Deus planejou você............................................................................................................8

2.2 Você foi programado por Deus..........................................................................................9

2.3 Você foi regenerado por Deus...........................................................................................9

2.4 Deus tem algo para fazer através de você..........................................................................9

3 IMPACTO: QUE DIFERENÇA FAÇO NO MUNDO?.........................................................10

3.1 Deus tem atribuições para você.......................................................................................10

3.2 A sua missão é a mais importante obra da sua vida.........................................................10

3.3 Sua missão é a obra mais impactante para a vida dos outros...........................................11

3.4 Sua missão é o custo mais precioso da sua vida..............................................................11

4 CHAMADOS COM UM PROPÓSITO..................................................................................11

4.1 Adão.................................................................................................................................11

4.2 Abraão..............................................................................................................................12

4.3 Paulo.................................................................................................................................12

5 PERGUNTAS QUE VOCÊ DEVE RESPONDER................................................................12

CAPÍTULO 2 : TRANSMITINDO A VISÃO..............................................................................................13

1 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES HOJE? POR QUÊ?................................................13

2 QUAL É A BASE BÍBLICA PARO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES?...................14

3 O DESENVOLVIMENTO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE AO LONGO DA HISTÓRIA.....................................................................................................................................15

4 IGREJA COM GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES E IGREJA EM GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES............................................................................................................16

CAPÍTULO 3: GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES................................................................................17

1 O QUE NÃO É GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?......................................................17

2 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES, PARA QUÊ?........................................................19

3 QUAIS OS OBJETIVOS DE UMO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?......................20

4 A REUNIÃO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE....................................................23

5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES:..............................................................................................25

6 A ESTRUTURA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE...............................................26

6.1 LÍDER..............................................................................................................................26

6.2 LÍDER EM TREINAMENTO.........................................................................................26

6.3 ANFITRIÃO....................................................................................................................27

6.4 SECRETÁRIO.................................................................................................................27

6.5 MEMBROS......................................................................................................................27

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7 A DISCIPLINA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE................................................28

7.1 A Influência dos discipuladores e dos líderes..................................................................28

7.2 Discipulador de Setor.......................................................................................................28

7.3 Mais funções do Discipulador..........................................................................................28

7.4 O alvo do Discipulador....................................................................................................28

7.5 Suplente............................................................................................................................29

7.6 O COORDENADOR.......................................................................................................29

7.7 Outras funções do Coordenador.......................................................................................29

7.8 O Pastor de Rede e o Pastor Presidente...........................................................................29

8 OS ESTÁGIOS DA VIDA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE...............................30

8.1 Estágio da descoberta - Lua-de-mel.................................................................................30

8.2 Estágio da transição - Etapa dos conflitos.......................................................................30

8.3 Estágio da comunidade....................................................................................................30

8.4 Estágio do ministério.......................................................................................................30

8.5 Estágio da Partida.............................................................................................................30

9 A IMPORTÂNCIA DAS METAS PARA A LIDERANÇA DE GRUPO DE PARTILHA E SUPORTES....................................................................................................................................30

9.1 Vantagem de se ter metas.................................................................................................31

9.2 Verdades ou mitos?..........................................................................................................32

9.3 A vontade de Deus...........................................................................................................32

9.4 Nossa atitude....................................................................................................................32

9.5 Princípios para o estabelecimento de Metas:...................................................................33

9.6 Perigos que devem ser evitados ao fixar metas................................................................33

9.7 Como alcançar as metas?.................................................................................................33

9.8 Papel dos Líderes.............................................................................................................34

10 PLANEJAMENTO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE.......................................35

10.1 Mas o que é planejamento?..............................................................................................35

10.2 Quais as vantagens de se planejar?..................................................................................36

10.3 Por que planejar?..............................................................................................................36

10.4 Por que temos tanta resistência em planejar?...................................................................37

10.5 Nossa atitude....................................................................................................................39

10.6 Planejando as reuniões de Grupo de Partilha e Suporte...................................................44

10.7 Planejando a multiplicação do Grupo de Partilha e Suporte............................................45

10.8 Eventos que favorecem a multiplicação...........................................................................46

11 MULTIPLICANDO O GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE.........................................49

11.1 Quais são os fatores que contribuem para a multiplicação do Grupo de Partilha e Suporte?......................................................................................................................................49

11.2 Há duas formas pelas quais os Grupos de Partilha e Suporte se multiplicam:................49

11.3 Os Grupos de Partilha e Suporte que se multiplicam.......................................................49

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11.4 O que influencia a multiplicação?....................................................................................49

11.5 Como perceber a hora de multiplicar?.............................................................................50

11.6 Três razões por que umo Grupo de Partilha e Suporte não se multiplica:.......................50

12 ELEMENTOS DA BOA LIDERANÇA.............................................................................53

12.1 Sabedoria..........................................................................................................................53

12.2 Retidão.............................................................................................................................53

12.3 Paciência..........................................................................................................................53

12.4 Amor................................................................................................................................53

12.5 Espiritualidade.................................................................................................................53

12.6 Maturidade.......................................................................................................................54

13 ERROS QUE DEVEMOS EVITAR NO SISTEMA DE GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE......................................................................................................................................55

13.1 Líder que faz todo o trabalho no Grupo de Partilha e Suporte........................................55

13.2 Líder que não participa das reuniões do seu GD nem acata orientações dadas pelo seu discipulador................................................................................................................................55

13.3 Quando um líder ou discipulador se afasta ou se recusa a seguir as orientações dadas pela liderança..............................................................................................................................55

13.4 Aconselha inadequadamente............................................................................................55

13.5 Deixa de desafiar e preparar novos líderes......................................................................55

13.6 O discipulador ou o líder impõe metas exageradas..........................................................56

13.7 Não direciona os membros do Grupo de Partilha e Suporte para a igreja.......................56

13.8 Aproveita a intimidade que o Grupo de Partilha e Suporte proporciona para alcançar objetivos pessoais.......................................................................................................................56

13.9 Mente ou omite os dados para aparentar que está tudo bem............................................56

14 COMO PROTEGER SUO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE...................................57

14.1 Membro Pecaminoso........................................................................................................57

14.2 Membro que se acha mais espiritual do que os outros.....................................................57

14.3 Membros de outras igrejas evangélicas...........................................................................57

14.4 Pastores que vem de fora, Missionários, Profetas etc......................................................58

14.5 O irmão muito falante......................................................................................................58

14.6 O crítico da Igreja............................................................................................................58

14.7 Anfitriões que não correspondem....................................................................................58

14.8 Crianças indisciplinadas...................................................................................................58

14.9 O Antagonista..................................................................................................................58

15 COMO SER UM LÍDER BEM-SUCEDIDO......................................................................60

15.1 Ore por suo Grupo de Partilha e Suporte.........................................................................60

15.2 Prepare adequadamente o estudo da lição........................................................................60

15.3 Dicas importantes sobre o estudo da lição.......................................................................60

15.4 Trate bem os convidados..................................................................................................61

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15.5 Seja um líder 24/7............................................................................................................61

15.6 Seja um líder apaixonado pelo seu trabalho.....................................................................61

15.7 Busque seu crescimento e aperfeiçoamento em todo o tempo.........................................61

15.8 Incentive os membros a se tornarem líderes como você..................................................61

15.9 Resumindo.......................................................................................................................62

16 COMO GERAR NOVOS LÍDERES...................................................................................63

16.1 Líder é a chave para a multiplicação dos Grupos de Partilha e Suporte..........................63

16.2 O modelo da Bíblia..........................................................................................................63

16.3 A base do modelo de igreja em Grupo de Partilha e Suportes é o líder...........................63

16.4 O CICLO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE...................................................63

16.5 Para conservar o ciclo de reprodução dos Grupos de Partilha e Suporte.........................63

16.6 Princípios Fundamentais Para Se Obter Novos Líderes..................................................64

16.7 O Alvo da Liderança........................................................................................................64

16.8 Você está disposto a aceitar o desafio?............................................................................64

16.9 Formas de ver o Grupo de Partilha e Suporte..................................................................64

16.10 A Capacitação Continua...............................................................................................65

16.11 Além do Necessário......................................................................................................65

16.12 O Caminho do Cristianismo.........................................................................................65

16.13 Uma Nova Idéia da Fé..................................................................................................65

16.14 Resumindo os Princípios..............................................................................................65

17 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE DE CRIANÇAS...................................................66

GRUPOS DE PARTILHA E SUPORTE

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APRESENTAÇÃOO esporte é uma das atividades humanas que mais lições nos ensinam a respeito da vida e

de nossas conquistas. É emocionante ver nos esportes individuais atletas, solitários, se entregando ao máximo e superando seus próprios limites ou, nos esportes coletivos, todos cooperando focados no mesmo objetivo: a vitória.

Há esportes coletivos em que alguns não têm a mesma habilidade, capacidade técnica ou compromisso, mas são supridos por outros atletas que reúnem tais características e tornam a equipe vitoriosa. Uma das modalidades de esporte mais extraordinárias e inspiradoras que existe é a corrida de revezamento no atletismo. Ela mostra com total nitidez a importância da capacitação individual e do coletivo. Nela, como em nenhum outro esporte, a preparação do homem, tendo em vista o desempenho da equipe, é tão relevante e tão decisiva. Não há como se ocultar, não há como se omitir ou transferir sua responsabilidade para outro mais capaz. Aquele que não tiver compromisso com o objetivo da equipe, que não estiver bem preparado individualmente compromete todo o trabalho da equipe.

O apóstolo Paulo provavelmente era um homem admirador do esporte. Ele sabia o que significava a preparação individual do atleta. Talvez, por isso, ele faz muitas referências a respeito da atividade esportiva, notadamente sobre as corridas.

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. I Co. 9:24.

Há um objetivo para a corrida, o prêmio. Somente um pode recebê-lo, o vencedor. Há um desafio para alcançá-lo, a preparação.

Paulo então nos ensina a ”tal maneira” para alcançarmos a vitória. Quais maneiras são essas?

Ser diligente. “Todo atleta em tudo se domina” (I Co. 9:25), ou seja, estabelece prioridades, dedica-se ao objetivo de sua vida, que é uma coroa, no nosso caso, incorruptível.

Planejar. Paulo se dá como exemplo ao dizer “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar”. Se há um alvo a ser alcançado, precisamos ter uma tática para alcançá-lo.

Ser aprovado.“...para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. (I Co. 9:27). Há também uma forma de atingir esse alvo. Ele não é a qualquer preço e tem um alcance muito maior, o respaldo e a coerência da própria vida.

Viver pela Palavra de Deus. Paulo nos ensina ainda “...o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” ( II Tm. 2:5). A vida desse atleta tem que ser vivida de acordo com a Palavra de Deus. Os atalhos o impedirão de ser coroado, ainda que alcance o alvo.

Não podemos correr a carreira cristã de qualquer maneira, como muitos tentam fazer e vivem vidas infelizes, são infrutíferos ou caem cansados pelo caminho.

Como ser um atleta vitorioso? Precisamos ser treinados. Somente assim, treinados e

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capacitados poderemos juntos correr a carreira que nos está proposta.

Pra. Ana Cláudia M. Borges Machado

Coordenadora do CCM - Igreja Batista Central BH

Este material foi elaborado pela Igreja Batista Central de Belo Horizonte e adaptado para a nossa igreja. Será utilizado para, através da Escola de Formação de Líderes, propiciar aos membros da nossa igreja mais uma ferramenta que poderá ajudá-lo a alcançar os seus objetivos pessoais e os objetivos da PIB de Banco de Areia de alcançar vidas para Jesus, integrando-as à nossa igreja, fazendo dessas vidas, verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, cumprindo a grande comissão dada por Jesus.

Nossa Missão: Alcançar vidas para Jesus; integrando-as a uma igreja alegre, dinâmica e que adora a Deus; discipulando-as e capacitando-as a exercerem seu ministério.

Nossa Visão: Uma igreja viva, alegre e acolhedora que glorifica a Deus através da proclamação do Evangelho e vive relacionamentos genuínos e saudáveis.

Nossos Valores

1. O Discipulado Cristão: todo cristão é um imitador do Mestre Jesus e em tudo procura obedecê-lo, amá-lo e estar em plena comunhão com Ele, diariamente (João 14:21; João 15:5; 1 Coríntios 11:1);

2. Os Grupos de Partilha e Suporte (GPS): Ambiente favorável para a prática da comunhão, edificação e evangelização (Atos 242-47);

3. A Adoração: espiritualidade, alegria e espontaneidade demonstrada no dia a dia, nos relacionamentos e nas celebrações (Romanos 12.1,2; Colossenses 3.16);

4. A Grande Comissão: obediência à ordem de Jesus de Fazer Discípulos, batizando-os, ensinando-os, capacitando-os e enviando-os para que sejam frutíferos (Mateus 28:19-20);

5. O Ministério Cristão: cada crente tem o potencial de influência e dons espirituais que os capacita a ministrarem aos outros, visando o crescimento do Corpo de Cristo (Efésios 4.11-16; 2 Timóteo 2.2);

6. As Famílias: O fortalecimento das famílias pela manifestação da presença de Deus e do fruto do Espírito, bem como a volta dos pais ao centro da formação cristã de seus filhos (Salmos 127; Gálatas 5.22-24; Deuteronômio 6.3-9);

7. A Palavra de Deus: única regra de fé e prática (2 Timóteo 2:14-17).

CAPÍTULO 1 : CHAMADOS COM UM PROPÓSITODesde que o homem habitava o Éden havia questões extremamente relevantes com as quais ele teria de lidar e que por isso mesmo o tornariam vulnerável.

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Não sem motivo, o inimigo o atacou exatamente no ponto, transformando em caos grande parte da criação de Deus e mais especificamente, o próprio homem, separado do seu criador pelo pecado.

Quais eram essas questões?

“Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, os vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” – Gn. 3:4-5 – foi o argumento usado por Satanás.

Controle sobre o destino, controle sobre a vida, sobre o ser, e mais ainda, ser como Deus! Que proposta fantástica estava sobre a mesa! Mas era falsa, como está provado.

Quem somos, afinal? Qual o nosso valor? A que viemos? Estas perguntas acompanham a existência humana e, para muitos, ainda sem resposta, embora elas já estejam claras na Palavra de Deus.

Estas são três questões básicas da vida:

1 IDENTIDADE: QUEM SOU EU?

Na criação, Deus deixou clara a sua intenção quando formou o homem.

“Façamos o homem a nossa imagem e conforme a nossa semelhança” – Gn. 1:26.

Não era algo acrescentado à criação, mais um elemento ou um ser vivo a habitar a face do planeta. Era um ser que tinha uma identificação, uma referência: o próprio criador. Não sabemos a abrangência de imagem e semelhança, mas podemos identificar alguns aspectos em que somos semelhantes a Deus:

Espirituais – o nosso espírito é imortal, viverá para sempre, eternamente;

Inteligentes – somos capazes de pensar, escolher, decidir;

Relacionais – desejamos, amamos, trocamos afetos;

Dotados de consciência moral – julgamos, discernimos o certo e o errado, responsáveis.

Todas as pessoas e não apenas os crentes trazem a imagem e semelhança de Deus, embora distorcida e afetada pelo pecado.

Jesus Cristo foi enviado por Deus para restaurar em nós sua imagem e semelhança plena.

“O Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa” - Hb 1:3

Tudo o que podemos saber e aprender de Deus está expresso em Jesus Cristo. Nem mais, nem menos. A proposta falsa de Satanás no Éden, perseguida em todos os tempos pelos homens é a mesma de hoje: ser como Deus. Mas nós não seremos como Deus. Somos a criação e não o criador. A proposta de Deus é nos fazer semelhantes a Jesus Cristo, que é a perfeita imagem do Pai. Isto não significa o sucesso do ponto de vista humano, facilidades, domínio e controle de todas as coisas, posses materiais, aliás, algo que vem sendo muito propalado e confundido no meio evangélico e não tem nada a ver com a vida abundante prometida por Jesus – Jo. 10:10.

Deus quer desenvolver em nós o caráter de seu filho Jesus;

Deus quer que sejamos santos. Ef4:22-24;

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Deus está muito mais interessado no que somos do que naquilo que fazemos.

Para isso, Deus usa um processo na nossa vida pelo qual somos tratados, provados e aperfeiçoados para cumprir o seu propósito. O processo de santificação, de moldar o caráter, é lento e será tanto mais demorado quanto menos nos submetermos ao tratamento de Deus conosco. Analogamente, dará resultados mais rápidos quanto mais nos submetermos a ele. É preciso haver sujeição a Deus. Vivemos na geração do imediatismo: CtrlC/CtrlV; fast-food, just in time; tempo real etc. Queremos ver resultados imediatos em tudo, preferencialmente sem nos dar trabalho. O tratamento de Deus conosco não é assim. Para restaurar a sua imagem em nossa vida, Deus desenvolveu um projeto fantástico:

Ele nos gerou novamente, por uma semente perfeita, mudando a nossa natureza de tal forma que agora podemos receber aquilo que por ele nos é dado. - I Pe. 1:4;

Deus criou novas bases de relacionamento conosco, recebendo-nos como filhos e não como estranhos e nos trata como tais. – Jo. 1:12;

Deus colocou em nós seu Espírito Santo, para fazer em nós e por nós aquilo que é de seu propósito – I Ts 4:7-8;

Restaurou a nossa identidade com ele a tal ponto que Jesus é a nossa própria vida – Cl 3:4.

Quando nos perguntarem qual é a nossa identidade, podemos responder que somos plenamente identificados com Jesus Cristo.

2 IMPORTÂNCIA: QUAL É O MEU VALOR?

Alguém já disse que o modo de enxergar a sua vida molda-a, e o modo como você a define determina o seu destino. A maneira como vemos a vida, e mais especificamente, a nossa vida, é expressa na forma como nos relacionamos com os outros, como nos vestimos, o que usamos - maquiagens, joias, tatuagens, adereços etc., nos nossos valores, prioridades, metas etc.

Que tipo de pessoas faz parte dos nossos relacionamentos e o que temos visto hoje desfilando diante de nossos olhos nas ruas? Como as pessoas estão se expressando? O que querem dizer?

Nós precisamos enxergar a vida e expressá-la do ponto de vista de Deus. Estamos vivendo no planeta Terra, nesta era, neste país, nesta cultura, nesta família, com esta estatura, peso e cor da pele e não há nada de errado nisto. Você precisa compreender o seu valor.

2.1 Deus planejou você

Você foi concebido na mente de Deus antes mesmo de ser concebido no ventre de sua mãe. Você pode ter sido um filho indesejado e não planejado por seus pais, mas você foi desejado e planejado por Deus. Você não é fruto do acaso. Você é exatamente dessa forma porque Deus tem um propósito em você ser assim – Sl 139:15-16.

Entender isso motiva a sua vida.

2.2 Você foi programado por Deus

Talvez já tenhamos pensado alguma vez que nascemos na época errada; que o mundo antigo ou dos nossos pais teria sido muito melhor, ou que o seu tempo ainda não chegou.

Muitas pessoas emigram na expectativa de uma vida melhor em outro lugar, de ver um mundo novo, outra cultura mais atraente etc.

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Se você está vivo, qualquer que seja a sua idade ou contexto em que estiver, é porque Deus programou você para estar aqui e agora e não em outro lugar, fruto de sonhos e fantasias ou até descontentamento. A menos, é claro, que Deus o esteja chamando com um propósito para uma obra específica em outro lugar.

Saiba que o seu lugar é aqui - Is 45: 18;

Saiba que o seu tempo é hoje - Ec7:10.

Entender isso dá sentido à sua vida.

2.3 Você foi regenerado por Deus

Algumas pessoas pensam muitas vezes que são apenas mais um no meio da multidão. Não são notadas nem queridas, nada de especial lhes foi reservado na vida. A sensação de solidão toma conta de muitos, levando-os ao desânimo, depressão, frustrações etc. Mas tudo está sob o controle de Deus. Mesmo as coisas que nos parecem insignificantes não o são para Deus, pois nada é insignificante na vida. A Palavra de Deus diz que você foi gerado novamente de uma semente incorruptível, que é a própria palavra de Deus. - I Pe 1:23. Isso não foi por acaso. Foi da vontade de Deus, uma escolha dele. Deus o escolheu no meio de bilhões de pessoas para se relacionar com você e porque tem um propósito para sua vida.

Entender isso valoriza a sua vida.

2.4 Deus tem algo para fazer através de você

Quantos planos você já fez? Quantos sonhos acalentou? Quantos conseguiu realizar? De todos eles, quais foram embasados nos planos e propósitos de Deus para sua vida?

Saiba que Deus tem muito a fazer por você e através de você e que somente a uma pessoa no mundo foi dado o privilégio de realizar: você mesmo. Quando Deus criou o homem, também tinha planos claros para ele, de cuidar daquilo que pertence a Deus. – Gn. 1:28. Deus o planejou, programou, regenerou e chamou porque também tem planos claros para sua vida: continuar a fazer aquilo que Jesus começou. Ele confiou isto a você. Mt. 25:21. Você só tem esta vida para fazer o que ele espera de você. O que ele lhe propõe aqui é temporário, mas o que ele lhe promete para depois é eterno – 2 Tm 4:7-8

Entender isso redireciona sua vida.

3 IMPACTO: QUE DIFERENÇA FAÇO NO MUNDO?

Muitos estão passando pela vida e seu modo de viver não afeta positivamente ninguém. Passam despercebidos. Deus não planejou isso para o homem. Jesus disse que veio para que nós tivéssemos vida e vida em abundância, isto é, primeiramente com significado e propósito e depois, eterna.

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Qual é o propósito da sua vida?

Quando atendemos ao chamado de Deus entendemos o significado e o propósito da vida. Talvez você pense que sua vida é inexpressiva, incapaz de afetar quem quer que seja. Saiba que Deus está atuando poderosamente no mundo e quer você ao lado dele, para formar uma equipe poderosa, capaz de transformar a vida das pessoas com algo que seja verdadeiramente impactante, duradouro, eterno.

Você precisa compreender que faz parte deste plano.

3.1 Deus tem atribuições para você

Cumprir sua missão no mundo é propósito de Deus para sua vida.

Você tem um MINISTÉRIO, que é seu serviço junto ao corpo de Cristo, discipulando vidas que se multiplicarão em outras vidas - Mt 28:19. Você tem uma MISSÃO no mundo, que é seu serviço junto aos que não crêem, levando a Palavra de Deus a eles. Parte dessa missão é compartilhada com o corpo de Cristo, e todos devem fazê-lo. Mas há uma responsabilidade que é específica e somente você pode atendê-la - 2 Co 5:18.

Entender isso motiva sua vida.

3.2 A sua missão é a mais importante obra da sua vida

Muitos têm seu nome lembrado ao longo da história por causa de grandes feitos, grandes obras, grandes descobertas. Mas nenhuma vida foi tão impactante quanto a de Jesus de Nazaré. E Deus nos chama para dar continuação à sua missão.

Jesus nos chamou não apenas para vir a ele, mas para ir por ele. A ordem de evangelização foi dada cinco vezes de formas diferentes - Mt 4:19. Isso foi colocado por ele, não como opção de vida, mas como compromisso - Mt 28:19-20. Partindo do Rei, a determinação é compulsória, ou seja, desprezá-la é desobediência – Ez3:18. Deve ser entendida como um privilégio, pois somos honrados com a posição de colaboradores de Deus na construção do seu reino – 2 Co 5:18. E não somente por isso, mas por trabalhar com Deus – 2 Co 6:1, e representá-lo no mundo como verdadeiros embaixadores – 2 Co5:20. Falhar em nossa missão é desperdiçar a vida que recebemos do Senhor – At 20:24.

Entender isso valoriza sua vida.

3.3 Sua missão é a obra mais impactante para a vida dos outros

Alguém já disse que nem todos os parlamentos que se reuniram, nem todos os exércitos que já marcharam, nada teve tanto impacto quanto a vida de Jesus de Nazaré. A sua mensagem atravessa os séculos transformando vidas. Tudo o que se pode fazer por alguém, fora de Jesus Cristo, terminará quando a vida dessa pessoa chegar ao fim. O melhor que se pode fazer por alguém é contar a ela como obter a vida eterna – At 4:2. O melhor para se fazer com a vida é gastá-la em algo que sobreviverá à própria vida, algo que permanecerá para sempre. Esta é a boa

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parte que não nos será tirada – Lc 10:42. A sua missão é a única no mundo e fará diferença no destino eterno das pessoas e no seu próprio destino – Jo 9:24.

Entender isso redireciona a sua vida.

3.4 Sua missão é o custo mais precioso da sua vida

Missão não é algo que agregamos à nossa vida. Substitui todas as outras coisas: sonhos, planos, ambições, privilégios etc. O enfoque tem de mudar: não é Deus abençoar o que eu estou fazendo, mas eu fazer o que Deus está abençoando – Rm 6:13. Nada fará tanta diferença na eternidade do que o cumprimento do seu propósito – 2 Tm 4:7-8.

Entender isso o colocará dentro do propósito de Deus para sua vida.

4 CHAMADOS COM UM PROPÓSITO

Já vimos até aqui que, pelo nosso relacionamento com Jesus Cristo, recebemos uma nova identidade, uma clara afirmação do nosso valor pessoal e um chamado para fazermos diferença em nossa geração. De modo a tornar mais clara a definição do Propósito de Deus para nossa vida, vamos exemplificá-la através de alguns personagens bíblicos:

4.1 Adão

Adão, o primeiro homem, foi criado à imagem de Deus. Ele já nasceu perfeito, sem pecados, com identidade e valor bem definidos. Mas mesmo assim Deus lhe deu um chamado, uma missão, um propósito bem claro:

“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” Gn 1:27-28.

Alguns cristãos pensam que o único e importante propósito de Deus para nós é sermos como ele. Ser é mesmo fundamental e todos devem buscar uma completa mudança de vida. Mas Adão já era como Deus e mesmo assim o Senhor o chamou para fazer algo para ele. E o chamado de Deus foi: Ser fecundo, multiplicar, encher a terra e dominá-la, ou seja, exercer liderança e influência. Quando Deus teve de trazer o juízo do dilúvio e recomeçar a história da humanidade por meio de Noé, o mesmo propósito de Deus lhe foi retransmitido, com as mesmas palavras, ou seja:

“Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” Gn. 9:1.

4.2 Abraão

Abraão foi chamado por Deus, que tratou profundamente com ele a ponto de transformá-lo num homem de fé e obediência, chegando até a mudar o seu nome de Abrão, Pai Exaltado, para Abraão, Pai de uma multidão. Seu próprio nome revela o propósito de Deus de fazer dele o pai de uma grande nação. Em Gn. 12:1-3 e 15:5-6 vemos claramente que o mesmo desejo que Deus tinha para Adão e para Noé agora é retransmitido a Abraão, ou seja, o pai de uma grande nação e que toda a terra fosse abençoada a partir dele e de sua descendência.

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O próprio Jesus sempre enfatizou que estava em missão, não apenas para salvar o povo judeu, mas a todos os moradores da terra. Ser e fazer sempre foram enfatizados por ele, pois dizia: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” – Jo. 14:23 e “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” –Jo. 15:14. Sua ordem final aos discípulos foi para irem por todo o mundo e fazerem discípulos de todas as nações.

4.3 Paulo

O apóstolo Paulo vivia em função do propósito de Deus para sua vida, e ele mesmo testemunha dizendo:

“Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.” – At 26:15-19.

Deus tem nos dado uma visão celestial e também não podemos ser desobedientes a ela. Cada um desses heróis bíblicos encontrou em Deus a sua identidade, cada um foi profundamente tratado em seu caráter e valor pessoal e todos foram grandemente usados por Deus, pagando o preço de completarem o chamado de Deus para eles. E Deus continua o mesmo. Nunca mudará. Jesus veio para formar uma geração de filhos crentes em Deus, regenerados, cada dia mais semelhantes a ele e que encham a terra de muitos outros crentes semelhantes a Jesus. Este é o propósito de Deus para a igreja: “Sermos uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus”.

Assim, não é coincidência que enfatizemos algumas palavras-chave na PIBBA, tais como: multiplicação, frutos, fertilidade, crescimento, liderança – RELACIONAMENTO.

Desde Adão, Deus mesmo expressou através delas o seu sonho para o nosso planeta: “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar” Hc 2:14.

Cremos fortemente que nestes dias, Deus nos tem dado uma estratégia de crescimento e pastoreio da igreja através da multiplicação de muitos e muitos Grupos de Partilha e Suporte (GPS). Através deles, todos poderemos cumprir o chamado de Deus, dando frutos, multiplicando e exercendo liderança transformadora em muitas vidas. E um dia, toda a terra se encherá mesmo da glória de Deus. Amém!

5 PERGUNTAS QUE VOCÊ DEVE RESPONDER

1. O que será o centro da sua vida? = Adoração.

Para quem você irá viver?

Em torno de que construirá sua vida?

2. Qual será o caráter da sua vida? = Discipulado - I Tm4:16

Que tipo de pessoa você quer ser?

Deus se interessa mais em quem você é do que em que você faz?

3. Qual será a contribuição da sua vida? = Serviço – Jo15:16

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O seu ministério no corpo de Cristo?

A sua missão no mundo?

CAPÍTULO 2 : TRANSMITINDO A VISÃO

1 GRUPO PEQUENO HOJE? POR QUÊ?

Por que “Grupo Pequeno”?

A biologia nos ensina que célula é a menor unidade estrutural de um organismo capaz de funcionamento independente. Uma gota de sangue, por exemplo, possui cerca de 300 milhões de glóbulos vermelhos. Assim como as células se juntam para formar o corpo humano, os Grupos Pequenos em uma igreja são células que formam o corpo de Cristo.

Posteriormente, cada célula cresce e reproduz suas partes até que se divide em duas células. Isto também ocorre na igreja através dos Grupos Pequenos.

Os Grupos Pequenos, que na nossa igreja são chamados de Grupos de Partilha e Suporte (GPS), não consistem apenas de uma reunião num lar, com um lanche no final. É bem mais que isso; é uma simplificação da estrutura da igreja, que direciona todos os membros a seguirem para o mesmo alvo que é Cristo Jesus.

Para você se tornar um líder de GPS é preciso estar disposto a se envolver em todo o aspecto da visão. Não é apenas começar a liderar um grupo de pessoas, mas levar adiante todo o ministério que Jesus nos confiou.

Ser líder de GPS é estar disposto a dar a “própria vida”; estar disposto a colocar nas mãos do Senhor tudo o que ele nos dá: talento, bens, recursos, tempo - o que ele pedir. Um líder de GPS acorda pensando no GPS, ora por seus membros; passa seu dia aproveitando as oportunidades para fazer contatos e falar de Jesus; nos intervalos, discipula um e outro; visita durante a semana; presta contas ao seu mentor; e dorme com um alvo em mente: levar o GPS à multiplicação como resultado de seu empenho.

Onde não há vinculo, não há vida. A interdependência dos órgãos promove o bom funcionamento do corpo físico; assim, coração e pé, embora não estejam diretamente ligados, trabalham juntos para o bem completo do corpo.

Assim também é o corpo de Cristo - seus discípulos lidam com membros que, embora nem sempre tenham uma ligação direta, trabalham para o perfeito funcionamento do Corpo; assim, todo o trabalho é conduzido pela cabeça, que é Jesus.

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A igreja trabalha para que a agenda dos Grupos de Partilha e Suporte (GPS) passe a ser a coluna vertebral da igreja e as demais atividades desta não prejudiquem ou coincidam com a agenda daquela.

Nesta situação, as pessoas não mais participam de uma “programação”. Na verdade, fazem parte de um ambiente natural, cercadas de amor, em que podem crescer em conhecimento e relacionamento com Deus.

2 QUAL É A BASE BÍBLICA PARA GRUPOS PEQUENOS (GPS)?

Antigo Testamento:

Jetro – Êx. 18:13-27 – Delegação de autoridade: um, cuidando de 10 – líder; outro, de 100 – Mentor; e outro, de 1000 - pastor de área.

Novo Testamento:

Jesus – Mt. 16:18

Iniciou seu ministério com um grupo pequeno de 12 discípulos – Mc 3:13-14;

Comissionou a Igreja – Jo. 20:21. A missão de Jesus Cristo, recebida do Pai, tem, por conseguinte, a sua continuação na Igreja – Mt. 28:18-20;

Alicerçou seu ministério em relacionamentos, entre outras atividades que desenvolveu para estar presente com seus discípulos. Pode-se vê-lo conversando, comendo e dormindo com eles durante o seu ministério, que era muito ativo – Jo. 1:39; 2:2; 4:7; Lc. 6:12; 11:1. Andaram juntos em estradas, visitaram cidades, viajaram de barco, pescaram no mar da Galileia, oraram juntos, foram às sinagogas e ao templo. Fizeram viagens a Tiro e a Sidom - Mc 7:24; Mt 15:21, para o “...território de Decápolis...” -Mc 7:31; Mt 15:29 - e para as “...regiões de Dalmanuta”, a sudeste da Galileia -Mc 8:10; e também para as “...aldeias de Cesareia de Filipe...” - Mc 8:27, no nordeste.

Local das Reuniões: no templo – sinagoga – e nas casas - At 2:42-47; Hb. 5:42. No templo se reuniam para adorar a Deus, para ouvirem os ensinos e a pregação das Sagradas Escrituras. Nos lares, os recém-convertidos eram acolhidos e alimentados espiritualmente. Ali aprendiam a respeito de Jesus, suas necessidades eram supridas, recebiam cuidados e acompanhamento até se sentirem aptos para cuidarem com carinho de outros.

No Novo Testamento encontramos uma variedade de textos que atestam a existência de grupos pequenos:

At 2:42-47 - “…partindo o pão de casa em casa”

At 5:42 - “... no templo e de casa em casa”

At 20:20 - “.... ensinando-vos publicamente e de casa em casa”

Rm16:3,5,10 - “....a igreja que está na casa deles”

Cl 4:15 - “... a igreja que está em sua casa”

Fm 1:2 - “... à igreja que está em tua casa”

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3 O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS PEQUENOS AO LONGO DA HISTÓRIA

No ano de 312 a igreja começou a perder o equilíbrio entre as reuniões de celebração no templo e nas casas.

No ano de 1517, Martinho Lutero deu início à reforma protestante e transformou a teologia, mas não conseguiu mudar a estrutura da igreja.

Logo depois da reforma surgiram os anabatistas, vindos das igrejas reformadas. Estes não só mantiveram a mudança na teologia feita pelos reformadores como também começaram a mudar a estrutura da igreja.

Posteriormente surgiram os puritanos, considerados os primeiros crentes da igreja evangélica. Um dos dirigentes puritanos foi Felipe Spener, que continuou fazendo reuniões de grupos pequenos nas casas.

No ano de 1738, João Wesley, inspirado no Movimento Moravio deu início a reuniões de pequenos grupos denominados Círculos Santos em que os crentes oravam, estudavam a Bíblia e encorajavam-se mutuamente.

Assim chegamos ao século XX, época em que começa o que chamamos “o movimento celular moderno” no qual nos encontramos hoje. O pai do movimento de células moderno é o Pastor David Yonggi Cho. Esse movimento nasceu em 1964, em Seul, Coréia, com 20 grupos pequenos.

Fazemos parte então do modelo de Deus para a igreja do Novo Testamento, cujo resultado se vê no decorrer da história. Somos testemunhas deste mover de Deus através do trabalho com Grupo de Partilha e Suportes nestes dias finais da história da igreja. Hoje, à semelhança da igreja cristã primitiva, ênfase total é concedida aos cultos de celebração e às reuniões nos lares e em outros locais.

4 IGREJA COM GRUPOS DE PARTILHA E SUPORTE(GPS)

Igreja estruturada em Grupo de Partilha e Suportes é simplesmente uma igreja que colocou os grupos pequenos de evangelismo – Grupo de Partilha e Suporte (GPS) – no centro do seu ministério. Nada é feito fora dos GPS. Tudo aquilo que a igreja precisa fazer: treinamento, preparo,

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discipulado, evangelismo, oração, adoração, é feito por meio dos GPS. Assim, o culto dominical é uma grande celebração coletiva.

Muitas vezes, visualizamos a igreja com um conjunto de departamentos, em vez de vê-la como um conjunto de relacionamentos. É preciso enxergar os Grupos de Partilha e Suporte (GPS) como sendo a igreja e não como um prédio. O mover de Deus diz: “ide”, mas nossos prédios dizem “fiquem”. O mover de Deus diz para “buscarmos os perdidos”, mas os prédios dizem: “deixe que eles venham até nós”. Fomos criados em uma cultura que tem o templo como o local em que encontramos a Deus, ou seja, o estar na “igreja” é o mais importante. Com os GPS tudo é muito diferente, pois precisamos aprender que nós somos o templo de Deus.

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” - 1 Co. 3:16.

Assim, uma igreja em Grupos Pequenos é caracterizada pela mudança de estrutura, em que se centralizam todas as ações de governo e atividades da igreja para os Grupos Pequenos.

CAPÍTULO 3: GRUPOS DE PARTILHA E SUPORTE

1 O QUE NÃO É GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?

Para explicarmos o que é um Grupo de Partilha e Suporte, primeiramente precisamos dizer o que não é um Grupo de Partilha e Suporte.

Grupo de Partilha e Suporte não é:

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o Grupo de Oração - Este tipo de grupo está interessado somente em crescer no movimento de oração. Os grupos familiares são recheados de muita oração e os dons do Espírito fluem com liberdade; no entanto, quem vai ao grupo está se vinculando e crescendo como igreja. Precisamos saber que a oração e os dons são apenas os ingredientes; o prato principal ainda precisa ser preparado.

o Grupo de Estudo Bíblico - Este tipo de reunião não estimula a comunhão e geralmente são liderados por pessoas que se consideram grandes mestres e que gostam de demonstrar conhecimento teológico; o incrédulo não é bem-vindo. São estéreis e não servem como estrutura de igreja.

o Grupo de comunhão entre crentes ou Grupo de Crescimento - As pessoas interessadas neste tipo de grupo desejam um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista. Importante salientar que o crescimento apenas acontece quando estamos em contato e interagindo com o ambiente que nos rodeia.

o Grupo de cura interior e de apoio - Os que desejam participar deste tipo de grupo estão interessados em terapias para a cura de seus traumas emocionais. Neste tipo de grupo as pessoas têm um problema real e querem se livrar dele. São grupos semelhantes aos Alcoólicos Anônimos, em que as pessoas falam de seus problemas vez por vez, semana após semana. Este tipo de grupo leva o amor, mas falha em levar os membros a Cristo.

o Ponto de Pregação - São grupos conhecidos como aquele em que as pessoas frequentam sem compromisso. Elas vêm e vão, e o grupo é apenas um ajuntamento. Tais grupos têm como deficiência básica o fato de não compartilhar a realidade da vida do Corpo.

Então, o que é o Grupo de Partilha e Suporte (GPS)?

O Grupo de Partilha e Suporte é a igreja que se reúne aos domingos nos cultos de celebração e durante a semana nas casas com o objetivo de evangelizar, confraternizar, edificar e servir.

Grupo de Partilha e Suporte é RELACIONAMENTO, é ESTILO DE VIDA!

O Grupo de Partilha e Suporte é uma estratégia eficaz de evangelização, de discipulado e de pastoreio e não um sistema de governo de igreja. São grupos que se reúnem nos lares, escolas, empresas ou no trabalho, gerando vida e desempenhando um papel de grande importância para alcançar pessoas para Cristo. Ali elas são cuidadas e pastoreadas por líderes capacitados pela Escola de Formação de Líderes.

É um “grupo de seis a quinze pessoas que se reúnem regularmente para cumprir os mandamentos das Escrituras de amar uns aos outros, estando ao mesmo tempo integralmente ligados a uma igreja local e com olhar voltado para o mundo.” NEWMANN, Mikel. Alcançar a cidade. São Paulo: Vida Nova, 1993.

O grupo busca ser uma comunidade e para isso precisamos entender que o GPS é muito mais do que reunião semanal. Quando nossa percepção do grupo é limitada à reunião semanal, então não estamos envolvidos em comunidade. A vida em comunidade existe fora dos cultos e das reuniões.

O relacionamento é mais importante que a reunião. É no relacionamento que crescemos como servos, aprendemos a viver a vida cristã, somos supridos e também suprimos os outros em amor.

O Grupo de Partilha e Suporte visa à edificação dos crentes - o foco é o evangelismo e a multiplicação, mas o objetivo específico da reunião é a edificação.

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O Grupo de Partilha e Suporte almeja a multiplicação - apesar de a reunião não ser apenas evangelística, todo o projeto final de edificação do grupo visa à multiplicação: crentes comprometidos são crentes frutíferos.

O Grupo de Partilha e Suporte tem um lugar definido para a reunião, criando um senso de identidade, constância e segurança; é impossível produzir um ambiente familiar se nos reunirmos a cada semana em uma casa diferente. Por isso, não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo se reúna numa base regular.

O Grupo de Partilha e Suporte tende a ser homogêneo porque quando participamos de um grupo, buscamos nele aquelas características que nos identificam com os demais e nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Além disso, ao evangelizar nossa tendência é priorizar pessoas do nosso círculo de amizade. Normalmente estudantes se reúnem com estudantes, profissionais com profissionais; se é jovem, a tendência é evangelizar outro jovem, se é casado vai procurar outro casado.

Também devemos levar em conta o seguinte:

Os Grupos de Partilha e Suporte não sobrevivem quando as funções substituem Jesus;

Somente quando Jesus é o centro é que ela alcança todo o seu potencial e podemos dizer que é um Grupo de Partilha e Suporte verdadeiro;

O Grupo de Partilha e Suporte permite que a igreja aumente sua influência e sua presença na sociedade;

O alvo do Grupo de Partilha e Suporte é a multiplicação. A multiplicação deve ser a principal motivação de todo Grupo de Partilha e Suporte.

CUIDADO! Grupo de Partilha e Suporte não é:

Grupo de oração;

Grupo de estudo bíblico;

Grupo de comunhão entre crentes;

Grupo de cura interior e de apoio;

Ponto de pregação;

Grupo de Partilha e Suporte não é um ministério que toma uma parte de nossa vida. Ela está centrada em Cristo e tudo o que fazemos se dá em função de cumprir o “Ide” de Jesus.

Os quatro Cs da igreja:

CRESCIMENTO: a prioridade é gerar filhos para Deus; o mais importante é que cada membro da PIBBA se comprometa a conquistar vidas para Cristo. Cada crente é um ministro.

Principal foco: Testemunho, Evangelismo, Encontros com Deus e Integração nos Grupos de Partilha e Suporte.

CUIDADO: o propósito é ajudar as pessoas a crescerem na sua fé e em seu relacionamento com Deus e a experimentarem uma vida transformada e frutífera.

Principal foco: Discipulado, Edificação, Integração na igreja e Batismo.

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COMUNHÃO: o projeto é edificar uma igreja viva, renovada e acolhedora; é encorajar as pessoas a viverem em união e a perseverarem na comunhão da igreja.

Principal foco: Comunidade, Relacionamento, Família e Amor.

CELEBRAÇÃO: a firme intenção é multiplicarmos Grupos de Partilha e Suporte a cada ano, capacitando as pessoas a servirem a Deus e a compartilharem sua fé em Cristo aqui e por todo o mundo.

Principal foco: Festa da Colheita, Multiplicação, Capacitação e Compromisso.

2 GRUPOS DE PARTILHA E SUPORTE, PARA QUÊ?

Os Grupos de Partilha e Suporte conduzem as pessoas a um comprometimento real com o Senhor Jesus Cristo e de uns para com os outros. Esta estratégia leva à permanência dos crentes na Igreja e promove um crescimento espiritual nos novos membros, bem como um crescimento numérico sustentável, evitando a evasão, fechando a “porta dos fundos”, para que as pessoas conheçam a Deus e tenham intimidade com ele.

A comunhão fortalece o Corpo de Cristo e traz à unidade do Espírito, conforme vemos no livro de Atos e de Efésios. Esta comunhão tem motivo duplo: ajudar e ser ajudado, edificar e ser edificado. No grupo há crescimento espiritual, aprendizado prático e comunhão em amor. A expressão “uns aos outros”, no Novo Testamento - Rm 12.10; I Pe 1.22; I Jo 3.23 -, refere-se a mandamentos, a aprofundamento de relacionamentos entre irmãos. Isso se torna possível quando a família da fé se aproxima e caminha em comunhão, como os crentes da Igreja Primitiva.

À medida que a Igreja cresce numericamente, Deus abençoa o seu Corpo com os diferentes dons, utilizando-os na sua edificação – Ef. 4:11-14. Através dos Grupos de Partilha e Suporte todos poderão exercer seus dons e os relacionamentos vão se estreitando, criando um clima de apoio e ajuda mútua. O impacto da igreja grande e cheia do Espírito Santo impressiona, mas o cuidado pastoral se tornará muito mais eficaz no relacionamento desenvolvido nos Grupos de Partilha e Suporte. Queremos que cada membro seja pastoreado, cuidado e amparado e isso só se materializa nos Grupos de Partilha e Suporte.

Assim, os Grupos de Partilha e Suporte foram criados:

Para desenvolver o espírito comunitário, nutrindo seus membros, capacitando-os a serem testemunhas do evangelho e do poder de Deus;

Para que seus membros se tornem íntimos, ajudando-se mutuamente, praticando o amor e o serviço, aprendendo a orar, perdoar, amar o próximo, compartilhar a fé, suas necessidades, enxergar as necessidades do irmão e exercitar os dons espirituais;

Para que seus membros sejam levados ao treinamento de liderança, multiplicando os Grupos de Partilha e Suporte;

Para desenvolver a visão de ministério para o serviço, assim como o evangelismo e o discipulado.

3 QUAIS OS OBJETIVOS DE UM GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE?

ADORAÇÃO – Desenvolvimento de uma espiritualidade contagiante, alegria e

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espontaneidade demonstrada no dia a dia, nos relacionamentos e nas celebrações (Romanos 12.1,2; Colossenses 3.16); A adoração é demonstrada através de uma prática devocional consistente (quarto de escuta), de uma vida piedosa e obediente a Deus e a seus mandamentos. Retidão e integridade fazem parte da vida do verdadeiro adorador e em tudo busca glorificar a Deus, pois entende que essa é a razão da sua existência. O Grupo de Partilha e Suporte é um encontro que estimula a verdadeira adoração.

COMUNHÃO – Desenvolvimento de vida compartilhada, alvos comuns e aliança mútua. Isso significa fomentar o amor de uns pelos outros.

A comunhão retira as impurezas – Em primeiro lugar, assim como o sangue tem o poder de retirar as impurezas do nosso organismo, a vida de Deus circulando entre membros do corpo expele todo tipo de impureza na vida dos membros. Quanto mais a vida de Deus fluir em um grupo, maior será a expressão da santidade pessoal.

A vida de Deus se manifesta plenamente nos relacionamentos. Quando estamos conectados uns aos outros, em vínculos de amor é comum vivermos a vida espontaneamente, eliminando as impurezas do pecado. Se tudo na igreja se resume em fazer coisas, então nos tornamos uma organização morta. Uma organização morta é apenas uma instituição, um monumento. Mas um corpo existirá quando formos membros uns dos outros, pois “ajudados e consolidados pelo auxílio de toda junta, efetua o seu próprio crescimento pela vida de Cristo” Rm. 12:5; Ef. 4:l6

A comunhão mata os germes – Um dos componentes do sangue são os leucócitos ou glóbulos brancos, cuja função é promover a defesa do organismo celular. Em outras palavras, eles são os agentes de defesa do corpo humano e têm a propriedade de atacar e destruir os germes invasores do organismo. Semelhantemente, a vida de Deus, que circula entre os membros do corpo de Cristo, destrói as setas do diabo e expulsa os demônios invasores.

Cada membro precisa compreender a importância de estarmos juntos, de ministrarmos uns aos outros, de funcionarmos como um só corpo e não tem nada a ver com o prédio, é uma relação viva desenvolvida nos Grupos de Partilha e Suporte.

A comunhão alimenta os Grupos de Partilha e Suporte – Assim como os membros do corpo humano são supridos e alimentados pelo sangue, a vida de Deus também supre e alimenta os membros do Corpo de Cristo, na comunhão uns com os outros. Os membros podem ser muitos, mas a vida que circula entre eles é a mesma: a vida de Deus.

Muitos podem argumentar que são alimentados nos cultos pela Palavra ministrada, e isto é bom e necessário. Mas há um tipo de fortalecimento que é mais que aprender algo novo, é ver e ouvir repetidamente o mesmo ensino, no relacionamento espontâneo entre irmãos. A comunhão alimenta o membro e fortalece a vida.

A comunhão traz energia – Ainda que a forma e o estilo de comunhão possam variar, o crente que não experimenta uma vida de intimidade num Grupo de Partilha e Suporte já perdeu o real sentido do que significa ser membro do corpo.

Quando estamos vinculados uns aos outros, somos supridos de energia e vigor espiritual. O poder de Deus é a sua própria vida, liberada na comunhão. Uma coisa é a oração individual, outra, muito diferente e mais poderosa, é a oração em um grupo. O mesmo se pode dizer da adoração, do louvor e da celebração. O sangue da vida de Deus é o poder disponível a todos quando estamos conectados no corpo.

A comunhão mantém a temperatura – Assim como o sangue tem a propriedade de manter

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a temperatura do corpo humano, um Grupo de Partilha e Suporte cheio de vida, invariavelmente, é um lugar quente, cheio do fogo do Espírito. Quando não há vida, os membros se tornam frios; mas onde o sangue circular, a temperatura se elevará. Existem muitas pessoas que se esfriaram porque estão sós. Individualismo, definitivamente, é uma palavra que não combina com cristianismo. Uma brasa sozinha logo se apaga.

É curioso que a Bíblia fala muito mais de comunhão na igreja do que de evangelismo. Talvez a melhor estratégia de evangelismo seja a verdadeira e genuína comunhão entre os irmãos. Jesus disse que o mundo nos reconheceria como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros. É na comunhão que testemunhamos esse amor.

Você notou quantas coisas a vida de Deus pode operar em nós? Basta que os membros estejam devidamente ligados pelo auxílio “de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte” – Ef. 4:16.

Precisamos ser cuidadosos para que a nossa comunhão não se transforme em clube social e, assim, sermos distraídos por outras coisas. Tudo isso foi dito para mostrar o quanto são importantes os vínculos de comunhão na Igreja. Por isso, cada líder deve priorizar a comunhão do seu grupo.

Cada membro do Grupo de Partilha e Suporte deve estar vinculado a outro membro em amor. Cada um deve ter a quem se sujeitar em amor para receber edificação pessoal e suprimento. O discipulador natural de uma pessoa é aquele que o ganhou para Cristo, mas mesmo aqueles que já têm muitos anos de convertidos devem se submeter a outro que seja reconhecido como mais maduro e experiente na fé. Não deve existir ninguém sem vínculo.

EDIFICAÇÃO – O Grupo de Partilha e Suporte oferece o ambiente para o crescimento espiritual, aprendizado prático de disciplina e amor através do ouvir a palavra de Deus e do comprometimento com as funções e privilégios da igreja local. Este é o terceiro objetivo do Grupo de Partilha e Suporte: compartilhar a palavra de Deus com vida. Ou seja, não é ensinar muito, mas ensinar de forma correta, com revelação.

Cada Grupo de Partilha e Suporte precisa ter um nível forte de compartilhamento da Palavra. Quando falamos de nível, não nos referimos à erudição nem à cultura dos irmãos, mas ao fogo que queima quando a Palavra é ministrada. Quando temos o coração incendiado pela palavra, contagiamos todo o grupo. O ensino ministrado deve ser fruto de revelação. O líder não precisa saber muito, mas aquilo que ele falar, por mais simples que seja, deve ser de coração, fruto da luz de Deus no seu espírito, uma palavra forte, não necessariamente profunda ou erudita. Talvez o grupo não tenha aprendido algo profundo, mas foram ministrados de forma correta.

EVANGELISMO – O Grupo de Partilha e Suporte é o lugar onde inserimos novos membros. É onde alimentamos, guardamos e suprimos os novos irmãos. Isso significa ganhar almas perdidas.

O novo convertido precisa de cinco cuidados básicos:

1. Alimento – Todo novo convertido necessita de uma dieta equilibrada. Se não for alimentado nesta fase inicial da vida espiritual, poderá tornar-se um crente problemático, se não morrer antes, de inanição. No Grupo de Partilha e Suporte eles são alimentados com palavras de fé, de encorajamento e de ânimo;

2. Proteção – Além de alimento, o recém-nascido precisa de proteção. A rotatividade na igreja é fruto de falta de cuidado e proteção. O lobo entra e leva a ovelha, pois não há pastores guardando o rebanho. Líderes de Grupo de Partilha e Suporte são pastores vigiando o rebanho. Até que o novo convertido aprenda a caminhar sozinho, é

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fundamental a proteção de um pai espiritual;

3. Ensino – Aqui o termo ensino não se refere simplesmente ao aprendizado de doutrinas, mas à aquisição de hábitos espirituais. O ensino aponta para a conduta e as atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente. Se quando criança o crente não foi ensinando a ser dizimista, por exemplo, vai ser difícil mudá-lo depois de adulto na fé. É no Grupo de Partilha e Suporte que a criança espiritual recebe o ensino;

4. Disciplina – Todo novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado e também corrigido, quando sair do padrão da Palavra. O Grupo de Partilha e Suporte é o ambiente propício para a correção em amor;

5. Amor – Por último, a criança na fé precisa ser amada. Quase todos vêm para a vida da igreja com suas emoções destruídas. Entretanto, o amor paciente dos irmãos no Grupo de Partilha e Suporte restaura a alma. Uma criança só recebe amor e suprimento adequado em um ambiente familiar. E a proposta dos Grupos de Partilha e Suporte é justamente esta: ser uma família vinculada pelo amor. Neste ambiente familiar nossos filhos serão supridos e nenhum deles se extraviará.

SERVIÇO – Cada crente é um ministro e cada um recebeu um dom. No Grupo de Partilha e Suporte, os dons são exercitados para o serviço mútuo.

Muita gente pensa que servir a Deus é fazer coisas na igreja como cantar, orar e pregar. Poucos percebem que servimos a Deus quando exercitamos nossos dons e conhecimentos para ajudar e edificar as pessoas. São tantas as possibilidades de ajuda mútua e serviço que não poderíamos enumerá-las aqui.

Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros. Não existe melhor forma de expressar esse amor do que servindo os nossos irmãos. Suprindo suas necessidades.

Quando um Grupo de Partilha e Suporte atinge estes cinco objetivos: Adoração, comunhão, edificação, evangelismo e serviço, ela se torna uma pedaço do céu na terra.

4 A REUNIÃO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

1º Momento – QUEBRA-GELOÉ de suma importância, principalmente quando o grupo é novo e as pessoas não se conhecem. O quebra-gelo deve ser feito como o primeiro acontecimento da reunião. As pessoas, quando chegarem, devem encontrar um ambiente informal e nada assustador.

Características:

Quebra-Gelo não é um jogo;

É uma atividade que ajuda a pessoa a tirar a atenção de si mesma, para se sentir à vontade com os outros;

Ele concentra todos os participantes do Grupo de Partilha e Suporte em um assunto central;

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Como o nome sugere, ele quebra a hesitação inicial que cada pessoa tem para falar abertamente;

É preciso cuidado para não expor detalhes da intimidade de alguém.

Exemplos de perguntas:

Onde você morou entre os 7 e 12 anos de idade?

Quantos irmãos você tem?

Quem era a pessoa mais próxima de você?

Quando foi que Deus se tornou mais do que uma palavra para você?

2º Momento - LOUVOR E ADORAÇÃO Esta é uma parte extremamente importante da reunião. As pessoas agora movem o foco para o Senhor.

Escolha cânticos conhecidos e fáceis;

Providencie folhas de cânticos para ajudar as pessoas que não sabem as letras de cor;

Não fique pregando e falando entre os cânticos;

O líder precisa ter comunhão com Deus para que este momento realmente flua no Grupo de Partilha e Suporte.

3º Momento - EDIFICAÇÃO/ESTUDO DA PALAVRA O foco agora se move para as necessidades das pessoas presentes. A Bíblia é a ferramenta e não o ponto central.

Lembre-se de que o líder é um facilitador e não um professor.

Numa reunião de Grupo de Partilha e Suporte, o alvo são as verdades simples da Bíblia, ou seja, a prática destas verdades, a aplicação pessoal destes ensinamentos.

Os subgrupos formados no próprio Grupo de Partilha e Suporte, são extremamente importantes na época que precede a multiplicação, pois favorecem a participação de várias pessoas em diferentes funções.

Características de um bom estudo:

Relaciona-se com as coisas que estão acontecendo no Grupo de Partilha e Suporte;

Transmite ânimo, estímulo ou desafio;

O bom estudo ministra alguma necessidade;

O Grupo de Partilha e Suporte é um lugar onde se dá apoio espiritual e emocional a cada membro;

O bom tema focaliza-se na vida, não nos conhecimentos.

Proporcione experiências – não apresente uma preleção ou lição – Ajude o grupo a descobrir alguma coisa por meio de uma experiência;

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Organize as cadeiras em círculos;

Receba o retorno do grupo - feedback - Que conclusões podemos tirar do que acabamos de estudar?

Tente resumir as conclusões do grupo – ao fazer isso com regularidade você vai descobrir quais os tipos de experiências que melhor servem ao seu grupo;

Sonde para ver se os membros do grupo conseguiram reter os princípios ensinados;

Gaste um momento perguntando “desta nossa experiência o que você vai poder aplicar em sua vida?”.

4º Momento – COMPARTILHAMENTOEste momento dá a oportunidade para os membros testemunharem as bênçãos recebidas durante a semana anterior, ou compartilhar problemas que estejam enfrentando; também podem fazer pedidos específicos de oração. É como se fosse um “link” entre a lição ministrada na reunião passada e sua aplicação prática na vida das pessoas. Este momento poderá ocorrer também no início da reunião, após o quebra-gelo ou o louvor.

5º Momento – DESAFIOS PRÁTICOS E AVISOSNeste momento o líder desafia o grupo a colocar em prática o que os membros aprenderam naquele dia e dá os avisos necessários. É hora também de estabelecer ou relembrar os alvos e metas para a vida pessoal de cada um e para o Grupo de Partilha e Suporte.

6º Momento – LANCHE E COMUNHÃOMomento de descontração e de oportunidade para que as pessoas possam conversar e se conhecer um pouco mais. Poderá acontecer tanto no início como no fim da reunião.

5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES:

A reunião tem tempo, dia, hora e local definidos. É realizada durante a semana, considerando-se os seguintes aspectos:

É na reunião que se colhe o que foi planejado previamente;

A reunião de Grupo de Partilha e Suporte deve acontecer num ambiente de confiança, proporcionando o envolvimento e participação de todos;

Deve seguir todas as etapas propostas: Quebra-Gelo, Louvor, Oração, Ministração da Palavra, Compartilhamento, Desafios e Lanche;

A duração máxima da reunião é de duas horas, incluindo o lanche;

Evite cancelar reunião ou mesmo mudar seu local e horário;

Procure manter um ritmo constante. Isso gera confiabilidade para os novatos;

Respeite horário de início e término, não excedendo o tempo de uma hora e meia para a reunião e mais meia hora para o lanche, totalizando duas horas. Isso dá liberdade para

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quem precisa sair e previsibilidade de horário para quem tem outros compromissos;

Procure sempre equilibrar todos os momentos do Grupo de Partilha e Suporte.

Quebra-Gelo; 15

Louvor e Adoração; 20

Estudo e Compartilhar; 30Oração e Ministração; 10

Planejamento e Desafios; 15

Lanche; 30

CAPÍTULO 4 : A LIDERANÇA DO GPS

1 A ESTRUTURA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

LÍDER

LÍDER EM TREINAMENTO

SECRETÁRIOANFITRIÃO

GPS

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1.1 LÍDER

É a pessoa mais importante de uma igreja em Grupos Pequenos, pois é quem está verdadeiramente na linha de frente. É ele quem dá atenção personalizada aos membros de seu GPS, quem dirige as reuniões. É o líder também quem exerce, no GPS, os princípios bíblicos de um pastor. Os líderes de GPS, em vez de ensinar uma lição bíblica, dirigem o processo de comunicação, oram pelo grupo, visitam os membros do GPS e alcançam pessoas perdidas para Cristo, juntamente com seus auxiliares, os líderes em treinamento.

Sua responsabilidade principal é gerar novos líderes: perceber a potencialidade das pessoas, envolvendo-as no dia-a-dia do GPS, acompanhando-as e treinando-as para transformá-las em novos líderes. Para ser um líder de GPS os requisitos são mínimos e todo cristão pode alcançá-los com facilidade. São eles: ser nascido de novo, ser batizado, ter bom testemunho, ser membro da igreja, estar comprometido com ela e ser capacitado pelo treinamento de Líderes de Grupos de Partilha e Suporte.

1.2 LÍDER EM TREINAMENTO

É a pessoa que se tornará o novo líder e deve ser um dos membros do GPS. No processo de treinamento deverão ser-lhe delegadas certas funções do GPS. No caso da ausência do líder é o líder em treinamento quem irá substituí-lo.

Ainda que a pessoa pareça inadequada no momento, deve ser designada e preparada para liderar um novo GPS.

1.3 ANFITRIÃO

É a pessoa que abre as portas da sua casa para as reuniões, além de ser um fiel colaborador do líder, no sentido de ganhar seus familiares e amigos para trazê-los ao GPS.

Deverá ter um bom relacionamento com os membros do GPS e é responsável por receber e dar-lhes as boas-vindas, sempre se preocupando em criar um ambiente agradável e acolhedor.

1.4 SECRETÁRIO

É a pessoa responsável por preencher os relatórios do GPS, acompanhar datas importantes como aniversários e outras, fazer escala de lanches, auxiliar o líder no acompanhamento das pessoas, principalmente quando faltam. Deverá estar sempre atento às necessidades do GPS.

O GPS QUE NÃO TEM UM LÍDER EM TREINAMENTO DIFICILMENTE IRÁ MULTIPLICAR-SE.

1.5 MEMBROS

São os irmãos e os amigos de quem o líder deve cuidar. Os membros são os braços extensivos do GPS para atrair novos convidados.

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ANOTAÇÕES

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2 A DISCIPLINA DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

Disciplina é submeter-se às normas e aos princípios do modelo de igreja em Grupos Pequenos. Podemos comparar o modelo de GPS com um exército. Para que um exército possa ter vitória é necessário que seus integrantes sejam disciplinados.

Importante: À medida que cresce o número de membros na igreja, aumenta a possibilidade de haver falhas, erros ou deformações no sistema de GPS. Com o crescimento dos GPS a distância entre o Pastor Presidente e os membros é cada vez maior. Assim, a única maneira de se preservar a visão, de se manter a unidade no trabalho dos GPS é através de uma supervisão e um controle para desenvolver uma disciplina de trabalho que o torne mais eficiente.

2.1 O Mentor - A Influência dos mentores e dos líderes

Não devemos impor ou exigir autoridade, mas ela deve ser exercida de maneira natural e espontânea. O mentor e o líder ensinam com o exemplo. Quando crescem as virtudes cristãs e a humildade, cresce a autoridade da pessoa.

2.2 Mentor de Setor

Setor é o grupo formado por aproximadamente cinco GPS.

Mentor de Setor é aquele que é ou já foi um líder bem-sucedido, que já tenha multiplicado seu GPS duas ou mais vezes. É a pessoa encarregada de Mentorear líderes de alguns GPS, geralmente os que ele mesmo gerou.

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O Mentor reúne-se quinzenalmente com seu GM (Grupo de Mentoria) em que desenvolve um acompanhamento pastoral com seus líderes e também ajuda na administração dos GPS do seu setor.

É também responsável por visitar constantemente os GPS do seu setor e por acompanhar e dar suporte ao líder. O Mentor deve manter uma estreita relação com cada líder, como também com os seus superintendentes.

2.3 Mais funções do Mentor

Deve ser muito cuidadoso, examinando a saúde dos GPS do seu setor. Deve se preocupar sempre em guardar e manter a visão de GPS.

Deve se empenhar em realizar reuniões periódicas diversificadas, desafiadoras e cheias do Espírito Santo.

Deve cuidar permanentemente do estado físico, espiritual e material dos líderes.

Deve ter uma dedicação cuidadosa no crescimento do setor.

Deve apresentar um relatório mensal aos seus líderes sobre o avanço do setor.

Deve ajudar os membros do seu setor na solução de seus problemas e necessidades, por mais simples que pareçam.

2.4 O alvo do Mentor

O Mentor deve ser capaz de identificar e desenvolver o potencial de cada membro dos seus Grupos de Partilha e Suporte para que estes se tornem líderes de GPS. Tem o alvo constante de crescer e multiplicar seu setor.

2.5 Suplente

O mentor pode substituir o líder quando este, por força maior, não puder exercer a sua função, mas nunca deve assumir o GPS de maneira permanente.

A responsabilidade do mentor é com o setor e não com o GPS.

2.6 O COORDENADOR

O Coordenador de Área tem, sob sua responsabilidade, o cuidado de diversos setores, junto com os respectivos mentores, líderes e membros.

Suas funções são pastorais e sua obrigação é zelar pelo bem-estar da sua área, ao mesmo tempo em que cuida do seu crescimento e da multiplicação.

2.7 Outras funções do Coordenador

Deve preparar e oferecer material para os mentores e líderes da sua área.

Deve promover seminários e reuniões para ajudar no crescimento dos seus líderes.

Deve manter seu controle de resultados de avanço totalmente atualizado.

Deve organizar e dirigir Encontros com Deus, com o objetivo de evangelizar pessoas e integrá-las nos GPS.

Além disso

O Coordenador deve estar capacitado para o trabalho com os GPS, para ajudar os

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membros da sua área e encontrar respostas para suas dúvidas ou perguntas.

2.8 O Pastor de Rede e o Pastor Presidente

Seu trabalho principal é ser dependente da direção de Deus para a realização de suas obras na Igreja e nos Grupos de Partilha e Suporte.

Alimentam a visão e fortalecem os princípios do modelo da igreja em Grupos Pequenos, ensinando e respondendo a diversos anseios.

Estabelecem metas a serem alcançadas pelos Grupos de Partilha e Suporte.

Reúnem-se periodicamente com cada Coordenador para examinar o desenvolvimento do trabalho nos GPS.

ANOTAÇÕES

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3 OS ESTÁGIOS DA VIDA DO GPS

Geralmente os Grupos de Partilha e Suporte passam por cinco etapas até que se multipliquem:

3.1 Estágio da descoberta - Lua-de-mel

A princípio o GPS segue o seguinte padrão: inicialmente, os membros ficam olhando um para o outro e o primeiro estágio é destinado a que os membros possam se conhecer uns aos outros. Neste estágio devemos destacar e valorizar a amizade e os interesses em comum.

3.2 Estágio da transição - Etapa dos conflitos

No GPS, os membros tiram suas máscaras durante este estágio. Elas se veem como realmente são; isso dura cerca de um mês. Pode ser que alguém fale demais, ou seja, é insensível ao extremo, enquanto outro deseje ser sempre o centro das atenções. Aí serão necessários alguns ajustes e, como resultado, as pessoas aprenderão a confiar umas nas outras a ponto de deixarem de lado suas diferenças.

3.3 Estágio da comunidade

No corpo de Cristo, especificamente no GPS, os irmãos passam a se conhecer mais, aumentando sua expressão de comunhão. Isso produzirá enriquecimento, mas também poderá gerar algum

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perigo. Podem querer “fechar o grupo”, preferindo não se importar com a chegada de outros. Isso não deve acontecer nunca.

3.4 Estágio do ministério

Esta é a hora para desenvolvermos o potencial de cada membro. É hora de distribuir tarefas e focar no evangelismo e na consolidação (discipulado) de novos membros. O líder deve acompanhar bem de perto o líder em treinamento para que sua liderança cresça a cada dia.

3.5 Estágio da Partida

Neste estágio, líderes novos são levantados e treinados para liderar um GPS, enquanto novos membros se juntam ao grupo. Quando o grupo se torna grande suficientemente, ocorre a multiplicação.

4 A IMPORTÂNCIA DAS METAS PARA A LIDERANÇA DE GPS

Sonhar é preciso! Sem sonhos começamos a morrer ou vivemos para cumprir os sonhos de outrem. No entanto, nos Grupos de Partilha e Suporte, muitos sonham alto, mas não têm a mínima noção de como chegar ao sonho proposto no coração.

Deus sonhou em resgatar a humanidade e elaborou um plano para concretizar esse sonho maravilhoso. Com certeza, Deus pensou na maravilhosa bênção de voltar a ter o ser humano restaurado ao seu estado original, uma vez que o pecado tornou o homem um ser maldoso e distante do seu Criador. Mas Ele teve de idealizar uma estratégia para alcançar esse objetivo. A essa estratégia, que é um conjunto de ações e atitudes práticas e sequenciais para alcançar o objetivo, chamamos de metas.

O ponto-chave para a realização de um ministério de sucesso passa necessariamente pela obtenção de uma visão clara e divina daquilo que queremos, pela encarnação dessa visão, tornando-a missão de vida, e pelo estabelecimento de metas para aperfeiçoar esta visão para não se perder na caminhada ministerial.

O Líder de GPS precisa trabalhar dentro de uma visão clara. Todo líder precisa saber que a visão é o fundamento de toda tarefa em liderança. A visão exige ação e dedicação. Chamamos isso de missão. Contudo, sua visão de ministério não será realizada a não ser através de um ousado conjunto de metas.

Em Gênesis, nos deparamos com o chamado de Deus para Noé livrar a raça humana do extermínio. Nesse episódio Deus revelou a Noé o seu plano de preservá-lo juntamente com sua família e, ao mesmo tempo, destruir a raça humana através do dilúvio. Veja que Deus deu a visão, que se tornou a missão de sua vida, mas a realização desta missão foi levada a cabo através de um plano de metas bem rígido e sequencial estabelecido pelo próprio Deus, antes de qualquer coisa (Gn. 6: 13-22).

Outro texto que ilustra claramente esse assunto é o de 1 Sm. 15: 1-35. Nessa passagem, vemos que Deus ordena a Saul, rei de Israel, através de Samuel, a destruição dos amalequitas. Veja a ordem: “Vai, pois agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde

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os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos”. Infelizmente Saul, ao invés de cumprir as metas de acordo com a visão que Deus lhe dera, fez do seu próprio jeito.

No primeiro texto vimos que Noé cumpriu as metas estabelecidas por Deus: construiu a arca, colocou os animais dentro dela literalmente como Deus lhe ordenara e teve seu nome eternizado como um líder fiel e vitorioso. Já no segundo exemplo, Saul não levou muito a sério a realização de sua tarefa ministerial de acordo com um plano de metas baseado na visão que Deus lhe dera, que era a de destruir completamente os amalequitas, e isso lhe custou o reinado e o seu nome passou para a história como um dos líderes bíblicos derrotados por infidelidade e incapacidade de dar conta da responsabilidade que recebera de Deus. Veja a importância das metas no ministério cristão.

4.1 Vantagem de se ter metas

Uma pesquisa entre igrejas em Grupos Pequenos demonstrou ser muito mais provável para o líder que tem uma data estabelecida multiplicar seu Grupo e alcançar seu objetivo do que aquele que não tem meta.

Crescimento: As metas nos desafiam! Ninguém sobrevive e se desenvolve sem desafios novos e interessantes. Desde a infância somos movidos por desafios: aprender a falar, andar, escrever, etc... Na vida temos de estabelecer metas para alcançarmos nossos sonhos. Caso contrário, nossos sonhos acabarão se tornando pesadelos, uma vez que os sonhos não se realizam sem trabalho e esforço. Todo esforço e trabalho sem etapas mensuráveis não produzem os efeitos desejáveis. As metas podem produzir uma atmosfera propícia para suportarmos a espera de uma conquista.

SEM DESAFIO NÃO HÁ CRESCIMENTO! A realização de metas nos consolida como líderes (1 Sm 15: 22): Saul não foi consolidado

como um rei de sucesso porque vacilou na hora de cumprir as metas estabelecidas por Deus através de seu líder espiritual que era Samuel. Cada pessoa que deseja tornar-se um líder de sucesso tem de cumprir suas metas na igreja. Na vida, de um modo em geral, só conseguimos êxito quando alcançamos nossos alvos. Cada área da nossa vida tem de ser consolidada por metas alcançadas. Estabeleça suas metas na sua vida espiritual, familiar, material e pessoal e lute porque o seu sucesso depende de sua capacidade de perseguir as metas. Ouça o seu líder e seja fiel a ele. Não seja como Saul, que ignorou Samuel e fez as coisas do seu jeito.

As metas dão objetividade ao ministério: Um ministro não pode perder tempo com coisas supérfluas, nem tampouco perder tempo realizando aquilo que, embora seja bom, não faça parte da sua visão de ministério. Há muita coisa boa desenvolvida no mundo cristão, mas nem todas têm relação com visão ministerial em questão. A visão correta não é fazer tudo aquilo que é bom, mas aquilo que Deus preparou para o ministério. Nesse caso as metas nos ajudam muito porque elas nos tiram do ativismo e nos colocam nos trilhos da visão de Deus pra nós. Jesus realizou seu ministério baseado numa visão clara revelada nos profetas. Encarnou sua missão de forma radical, mas com metas objetivas. Em Mc 1: 38, Jesus, que já havia curado muita gente no dia anterior, se recusa a ter sua agenda imposta pelo povo ou pelas circunstâncias daquele momento. A multidão queria que Jesus continuasse por ali para curar os demais enfermos daquelas cercanias que estavam vindo até ele. Mas ele disse: “Vamos às aldeias vizinhas, para que ali eu também pregue, porque

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para isso vim.” Isso deixa claro que o ministério cristão precisa de objetividade e não somente de ser preenchido com muitas atividades, por melhor ou mais interessantes que sejam.

4.2 Verdades ou mitos?

Algumas pessoas pensam que estabelecer metas é algo que não pode ser feito.

Só devemos esperar que a obra de Deus cresça tanto quanto ele deseje.

É inútil, pois afinal a vontade de Deus é que prevalecerá.

4.3 A vontade de Deus

Certamente é da vontade de Deus que os Grupos de Partilha e Suporte se multipliquem porque quanto maior o número de Grupos, maior a quantidade de vidas alcançadas.

Estabelecer metas tem o propósito de concentrar esforços para que a vontade de Deus seja feita.

4.4 Nossa atitude

Em vez de rotular as metas como algo negativo à vontade de Deus, devemos aceitá-las.

Agrada a Deus ver que nos propomos a fazer sua vontade.

4.5 Princípios para o estabelecimento de Metas:

M: mensuráveis– se você não puder medir o resultado, como saberá se conseguiu ou não atingir seu alvo? “Ter o máximo de membros no Grupo de Partilha e Suporte possível” não é uma meta, afinal, quanto representa o máximo? Se você considerar isto como meta, qualquer valor que atingir vai achar que este é o máximo...

E: específica– mais uma vez, deixar o mais claro possível aonde se quer chegar nos ajuda a descobrir o caminho e concentrar nossos esforços. Dizer “vou ter um computador” é bem menos potente do que dizer “terei um Core I7 e monitor de 23 polegadas”. Cuidado se definir uma meta como o primeiro exemplo poderá receber um 286...

T: temporal– outra arma poderosa no estabelecimento de metas é o prazo para se atingi-las. Não estabelecer um prazo não ajuda a nos organizarmos e geralmente se leva mais tempo do que o necessário para se atingir a meta. Afinal, se não tivermos prazo teremos a vida toda para tentarmos...

A: atingível– a meta precisa ser algo tangível. Estabelecer que vou visitar marte até o meu próximo aniversário certamente não me motivará buscar as formas de se realizar tal sonho. Por outro lado, estabelecer uma meta que não seja desafiante também não mobiliza esforços para atingi-la. A meta deve ter um significado pessoal. Algo que realmente faça com que você levante da cama de manhã com “pique” para trilhar mais uma etapa do caminho que te aproxima de sua realização. Devem ser criativas, desafiadoras, porém alcançáveis. As metas devem ser estabelecidas de acordo com as condições de cada igreja.

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“Não há ventos favoráveis para quem não sabe aonde quer chegar”.

4.6 Perigos que devem ser evitados ao fixar metas

Idealismo – é fácil cair no extremismo sob o pretexto da fé em Deus. Se as metas estabelecidas são exageradas, as pessoas ficam desanimadas e perdem o entusiasmo no evangelismo. Por isso as metas devem ser razoáveis e alcançáveis.

Temor – Cada meta é um desafio pelo seu tempo específico, se é alcançado ou não. Por isso muitas pessoas temem o estabelecimento de metas. Mas com a fé em Deus, para ele tudo é possível. Podemos trabalhar confiando.

Competição desleal – O propósito não é criar contenda nem competições entre irmãos.

O verdadeiro propósito é encontrar inspiração no triunfo do outro. Se outros alcançam suas metas, nós também podemos alcançá-las.

4.7 Como alcançar as metas?

Passo 1Assuma as metas estabelecidas para seu GPS e comece a planejar como irá alcançá-las. Isso indicará quanto você deve avançar cada semana para que sua meta se torne uma realidade.

Passo 2Destine responsabilidades específicas a cada um dos membros do GPS e especifique o tempo para cumpri-las. Cada membro do GPS deve ter uma meta pessoal. É a maneira de envolver todas as pessoas no esforço para alcançá-la.

Passo 3 Verifique semanalmente o estado de seu GPS. Certifique-se de que estejam trabalhando nas tarefas que lhes são dadas.

Passo 4Incentive os membros de seu GPS a trazer novos convidados. Uma pesquisa mostra que os líderes que incentivam seus membros a trazerem convidados dobram a capacidade de multiplicação da seu GPS, ao contrário do líder que menciona o tema só uma vez, de vez em quando ou nunca.

Passo 5Ore diariamente, colocando diante de Deus as metas e clamando para que todas as coisas saiam bem a fim de alcançá-las. Incentive os membros de seu GPS a se unirem em oração.

4.8 Papel dos Líderes

Façam sempre menção às metas.

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Dirijam o GPS em oração pelo alcance das metas.

Mencionem as metas tantas vezes quanto seja preciso para que cada membro se aproprie da visão e coloque o empenho necessário para alcançá-las.

Distribuam as metas no tempo que tiverem.

Para que as METAS sejam alcançadas é necessário um PLANEJAMENTO

Para refletir Você sempre soube das metas de seu GPS e da igreja como um todo?

Você menciona semanalmente aos irmãos as metas pelas quais se está batalhando?

Você delega a responsabilidade sobre algumas ações do GPS, de modo a mover os membros ao envolvimento com o grupo?

Você tem orado pelo cumprimento das metas da suo Grupo de Partilha e Suporte?

5 PLANEJAMENTO DO GPS

O mover de Deus em nosso meio é uma expressão da Sua bondade e de Sua fidelidade. Temos sido alvo da Sua misericórdia e amor. O avivamento é uma obra divina e mantido pelo compromisso de fé e determinação de cada membro. O sonho de nosso Deus é que todos conheçam as Boas-Novas.

Cremos que o desejo do Senhor é que nos organizemos para multiplicar. Daí surge uma pergunta: Por que alguns não conseguem se organizar e avançar? Percebemos que existem algumas áreas que estão enfermas e precisam de cura. Existem algumas coisas que não fazemos muito bem, mas outras não conseguimos sequer começar, quanto mais avançar.

Exemplo: Por que no trabalho eu consigo chegar às 7h da manhã, mas na reunião Do GPS só chego atrasado? Existe uma lei que diz que se não chegar no horário no trabalho serei punido, porém, como no GPS, na EBD, no Culto eu não tenho punição, não honro o compromisso com a mesma intensidade. Isso revela uma desorganização no caráter. Embora não seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior.

Se uma pessoa não consegue organizar pequenas coisas, também não consegue organizar outras tantas que são tão importantes quanto chegar no horário, como ler um livro até o final ou começar um curso de inglês e terminar. Jesus nos ensina em Lucas que aquele que começa um projeto e não termina, está sujeito a sofrer gozações e chacotas. “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar” (Lc 14.28-30). Se não organizarmos a visão, vamos multiplicar desorganizações e colheremos catástrofes.

Deus é um Deus organizado. Ele é o modelo de organização. Ele está completamente organizado.

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Ele vê todas as coisas e nada escapa aos Seus olhos. “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons” (Pv 15.3). Deus vê tudo e sabe quando eu estou sendo fiel ou infiel. Muitas vezes o nosso conceito de fidelidade não é o de Deus e o nosso conceito de organização não é o dEle. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Is 55.8).

5.1 Mas o que é planejamento?

Planejamento é uma das responsabilidades do Líder de Grupo de Partilha e Suporte e consiste em exercer uma função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. É uma criação de cenários que imaginamos acerca do futuro, nos quais estabelecemos quais recursos utilizaremos para alcançar nossas metas, qual é nossa missão etc., ou seja, de uma forma bem simples é “pensar antes de fazer”.

5.2 Quais as vantagens de se planejar?

Podemos citar inúmeros benefícios da utilização do planejamento como ferramenta estratégica para os Grupos de Partilha e Suporte, por exemplo:

Utilização eficiente dos talentos do GPS, potencializando a geração de novos líderes;

Mensuração de resultados;

Direção para o cumprimento do propósito do GPS, que é a multiplicação;

Manutenção do foco sob a visão, entre outros.

5.3 Por que planejar?

Um dos grandes Adoradores da Bíblia foi o Rei Davi. Davi era reconhecido por seu temor e intimidade com o Senhor. Observando seu exemplo de vida, podemos encontrar inúmeras definições para a adoração, mas podemos fazer algumas observações a partir do verso abaixo:

“Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o Seu Santo nome.” Salmos 34.3

Inspirados por este cântico pode-se concluir que, para Davi, tudo aquilo que cooperasse para o engrandecimento e exaltação do Santo nome do Senhor poderia ser considerado um ato de adoração.

Ao contrário desta afirmação, muitas vezes atribuímos o ato de adorar a disciplinas espirituais ou ações e reações que só podemos manifestar em celebrações ou ministrações na Igreja. Isso é um grande engano! Segundo Davi, tudo aquilo que fizermos com excelência, zelo, capricho e, sobretudo que cooperar para a exaltação do nome do nosso Pai é um ato de adoração.

Alguns anos mais tarde, o Apóstolo Paulo confirma-nos este estilo de vida na carta à Igreja de

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Colossos: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens…” Colossenses 3.23.

Podemos justificar a importância do planejamento à luz de razões espirituais e práticas, como descrito a seguir:

Razões Espirituais

Deus não abençoa na desorganização: Deus organizou a multidão. Deus organizou as multidões para que os milagres acontecessem. Organizou em grupos de 12 (Lc 6.12) e em grupos de 100 (Lc 15.3-7). Ele não abençoa na desorganização. Muita coisa você não conseguiu porque não se organizou. Quem quiser ver milagres, prodígios e maravilhas, faça o que Jesus ensina: organize-se. Havia uma multidão que estava ouvindo sua ministração há muito tempo, e Jesus disse: “deem-lhe de comer”. Os discípulos questionaram porque não tinham dinheiro. Jesus mandou que todos se organizassem em grupos de 50 e 100, e aí veio o milagre da multiplicação dos pães. Todos comeram se fartaram e sobejaram doze cestos cheios. Na desorganização não tem provisão, alimento, sucesso, só gente sem senso de direção. Quando organizamos, o povo se alimenta e se farta, nunca falta.

Razões Práticas

O atual cenário econômico mundial, com economias globalizadas e competição crescente, confirma-nos que as Organizações que não se conhecem e não definem um caminho a seguir, possuem curto prazo de existência. Para os empresários é cada vez mais imperativo um forte posicionamento estratégico e arrojadas ações para manter seus níveis de distribuição e vendas sadios. Podemos citar como características deste cenário:

Competição crescente;

Forte exigência por qualidade;

Redução sistemática nas margens de lucro;

Pressão por resultados financeiros;

Necessidade de atualização tecnológica;

Cenário político e econômico instável.

Uma ilustração muito atual deste contexto é a velocidade com que a tecnologia da informação tem transformado nossos hábitos e cotidiano. Se voltarmos no tempo 10 anos atrás, lembraremos a dificuldade (e a despesa) para se comunicar com familiares ou pessoas queridas residentes em outros países. Atualmente, todos nós assumimos o hábito de “teclar” gratuitamente com os mais distantes países e, se preferirmos, podemos pagar centavos para falar com aqueles que nestes residem. Os conhecidos e tão difundidos MSN e Skype revolucionaram a comunicação mundial e trouxeram a globalização ao alcance de todos nós. Se observamos o mercado de telecomunicações, veremos como as empresas reagiram a estas revoluções. Inúmeras incorporações e mudanças de controles acionários, criação de novas empresas e produtos, entre outros. O reflexo disso pra nossa vida foi uma amplitude de oferta de produtos e serviços para a população, decorrente da grande competitividade existente no setor. Tais empresas, se não estiverem bem estabelecidas, conscientes de seus recursos e estratégias, não sobreviverão.

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5.4 Por que temos tanta resistência em planejar?

Se consultarmos os livros históricos ou os registros de grandes pensadores do nosso século, encontraremos justificativa para a resistência com a disciplina de planejamento em razões culturais. Pode-se, de fato, creditar que o hábito ou cultura de um povo contribua para o agravamento de um comportamento. Entretanto, a partir do momento que somos resgatados por Cristo e passamos a fazer parte do povo de Deus, precisamos abrir mão de modelos mundanos ou culturais nos quais estávamos inseridos e adotar um estilo de vida condizente Àquele que nos resgatou e à promessa para a qual fomos resgatados. Assim, ao invés de justificarmos nosso desleixo ou descaso nesta disciplina, à luz dos benefícios e importância da mesma para as nossas vidas e Reino, devemos nos empenhar em conhecê-la e praticá-la de modo a desfrutarmos dos belos frutos que a mesma pode gerar. Se nos opomos ao conceito e benefícios que o planejamento e a organização podem trazer às nossas vidas, justificando tal comportamento em nosso estilo e personalidade, nos enganamos e dizemos não para um traço claro do comportamento do nosso Senhor. Ao invés de oposição, nossa atitude deve ser de reconhecimento que tal comportamento é fruto de uma desorganização em nosso caráter. Embora não seja necessariamente um mau-caratismo, é uma desestruturação interior.

Caráter, disse um sábio uma vez, é o modo como agimos quando ninguém está olhando. Caráter não é o que já fizemos, mas aquilo que somos. Um caráter íntegro se revela, diariamente, de muitas maneiras:

Um homem faz o propósito de levantar mais cedo, todas as manhãs, para correr em volta do quarteirão. Isso é disciplina.

Uma professora pacientemente investe num aluno desatento e descobre que é um escritor talentoso. Isso é visão.

Um universitário, já vencido pelas provas e monografias pensa em desistir, mas decide continuar e estudar. Isso é persistência.

Podemos constatar que esses três traços de caráter estão na lista dos “ameaçados de extinção”. Não são atraentes, nem fáceis. Por isso, muitos procuram ignorá-los. E, no entanto, por mais estranho que pareça, o traço de caráter mais ameaçado de todos é justamente aquele que todos nós afirmamos querer – o amor.

Muitas vezes, quando dizemos que queremos um amor marcado pelo caráter, isso significa apenas, e tão somente, que desejamos ser amados. Esperamos que as pessoas nos admirem e nos tratem com carinho. Nesse caso procuramos também fazer o mesmo com elas. Entretanto, as pessoas de caráter vão além do afeto superficial. Eles se empenham na difícil tarefa de amar.

O amor, diz o apóstolo Paulo, é o traço mais importante do caráter cristão (1Co 13.13), e provavelmente o menos compreendido. Contudo, é extremamente difícil aprender a amar, a menos que tenhamos também os outros atributos do caráter: a disciplina para tomar decisões e levá-las a termo; a visão para enxergar o futuro distante e perscrutar o coração das pessoas e a persistência para continuar, a despeito do escárnio, da inquietação ou do simples tédio.

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Características chaves para um caráter aprovado:

Disciplina:

o Peça chave no desenvolvimento de qualquer área da nossa vida;

o Uma bela definição de disciplina é: “Retardar a autossatisfação é um modo de programar o sofrimento e os prazeres da vida, de forma a acentuar o prazer”. Isso significa começar encarando a dor, vivenciá-la e ultrapassá-la. É como os pais fazem com os filhos, sempre condicionando o tempo livre para brincadeiras após a conclusão dos estudos ou responsabilidades do lar;

o Disciplina traz recompensas que não são imediatas.

Visão:

o Ser um visionário significa enxergar além do óbvio. É como estar na prisão e enxergar as estrelas ao invés das barras de ferro;

o Implica também em esforço e disciplina. Dá muito trabalho fazer planos para os próximos meses ou ano. Nossa primeira reação é pensar que estes não se realizarão;

o Para Deus tudo é possível (Mt 19.26).

Perseverança:

o É infinitamente mais fácil desistir do que perseverar (Tg 1.12);

o Este traço de caráter tem se tornado mais raro em virtude do contexto “fastfood” que a sociedade tem nos imposto. Somos a geração do imediatismo. Nossa tendência neste contexto é abandonar os esforços caso não gerem resultados imediatos.

Amor:

o Uma característica evidente daqueles que amam é a doação. Aquele que ama não poupa esforços para oferecer o melhor.

o Nosso amor pelo Senhor deve gerar em nós o compromisso de oferecê-lo o melhor em todo o tempo, respondendo à altura do sacrifício que Ele fez (Jo 3.16);

o O Perfeito amor (1Jo 4.18) potencializa o sonho.

5.5 Nossa atitude

Em vez de rotular o planejamento como algo burocrático e negativo à vontade de Deus, devemos aceitá-lo e praticá-lo.

Se um de nossos principais objetivos como crentes no SENHOR é sermos transformado à

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imagem e semelhança de Jesus, devemos reconhecer que a organização e o planejamento são traços determinantes em seu comportamento.

Mude! De onde vem a ideia que é impossível mudar? Faz parte da sua natureza ter uma perna quebrada? O que você faz? Vai ao médico. Jesus pode mudar os nossos corações e dar-nos o Dele (Gl 2.20). Cristo vive em mim! Manter uma postura resistente e questionadora somente gera entrave para a atuação de Jesus em nossas vidas. É como ter eletricidade e não acender as luzes.

Conforme acabamos de observar, uma meta não deverá ser como uma barreira intransponível, mas tão somente uma forma ou ferramenta usada para alcançar objetivos que inicialmente possam ser sonhos, para transformá-los em uma realidade palpável.

Ao entender a necessidade do planejamento através das metas, podemos destacar que a dinâmica de crescimento de um Grupo de Partilha e Suporte envolve quatro direções, que são comparáveis a um banco de três pernas.

Para cima (acento) em direção a Deus;

Para dentro para edificar a Vida de Corpo;

Para fora, em direção aos incrédulos; e

Para frente para multiplicar.

Usando esta ilustração é possível observar que a oração, relacionamento para cima, é o ponto central, para o qual todos os outros se formam. Por meio da oração sustentamos as demais pernas do banco. Mas o banco não conseguirá se sustentar se faltar uma das demais pernas. Assim, nosso planejamento deverá observar estes quatro pontos.

Fazer planos é bíblico!!!

“Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem sucedidos” Pv 16:3

Deus também tem um plano para sua vida...

“Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.”Mt 28:18-20 (Mc 16.15-18; Lc 24.44-49)

Os planos de Deus começam com seguidores obedientes. Assim, Deus revela suas prioridades. Uma vida sem planos e prioridades é levada pela urgência. Um GPS cresce quando está focado nas prioridades e não nas situações urgentes!

“Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado”. Pv 19:2

Usando esta analogia vamos nos programar para uma análise da parte superior de nosso banco

“Para cima”.Como permanecer conectado com o poder de Deus?

Para buscarmos a permanência no Senhor é preciso entender o “permanecer”. O dicionário Aurélio da língua portuguesa traz o significado etimológico da palavra traduzido como “morar, habitar, ou descansar”. Jesus disse que Ele é nossa fonte de vida. Evangelho de João 15:5: “Eu sou

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a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. Quando se analisa o morar ou habitar é possível imaginar um lar, um lugar de descanso. Assim, permanecer é crer, é acreditar, é confiar, pois a confiança gera segurança; o crer é ter fé no que não se pode ver!

Quando se “permanece” no Senhor a videira dá frutos:

“Meu pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” - Jesus (João 15:8)

Para descansar no Senhor é preciso tempo com Deus, é preciso momento a sós com Deus . Separe um tempo constante, regular e diário para estar com Cristo. O líder de GPS precisa orar pelo Grupo, pelos membros, pela multiplicação, pelas vidas que Deus lhe confiou.

“Para Dentro”: Um olhar para a PIB de Banco de AreiaSegundo o livro de Atos, a igreja não é somente os GPS ou tão somente a grande reunião. A igreja de Cristo é a reunião dos membros do corpo. O “Corpo de Cristo” são os irmãos unidos por juntas e ligamentos. “Dele (Cristo) todo o corpo ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor; na medida em que cada parte realiza a sua função” Ef4:16

A PIB de Banco de Areia é sua comunidade, seu GPS é sua comunidade. Não criamos comunidade como em redes sociais utilizadas na internet “orkut, facebook, etc., nós participamos, entramos na comunidade. Você é ligado ao Corpo de Cristo através de seu GPS e sua igreja, esta é sua comunidade!

Conforme salientamos, sua comunidade é feita de pessoas, de pecadores que buscam o arrependimento. Não pense que em sua comunidade você não terá decepções, pois elas virão! A comunidade é feita por pecadores, como você ou como seu irmão, mas para cultivar sua comunidade adote medidas simples:

Seja modelo de transparência;

Compartilhe momentos de descontração;

Inclua pessoas na sua atividade do dia-a-dia;

Telefonem uns aos outros;

Não espere, mas ao contrário, disponha-se a servir!

“Para fora” EvangelizeNesta apostila teremos um capítulo destinado ao evangelismo. Salientando sua importância como um dos sustentáculos de ministério Cristão e de nosso “banco”, buscamos utilizar o Grupo de Partilha e Suporte como uma ferramenta para alcance dos perdidos e motivar os cristãos a cumprirem com a grande comissão, um mandamento Cristão!

Muitas pessoas tem uma imagem negativa a respeito do evangelismo, no entanto, quase todos os cristãos sentem-se bem com a maneira pela qual eles foram evangelizados.

O evangelismo leva tempo, por isso no capítulo 3, da primeira carta de Paulo a Igreja de Corinto ele descreve:

“Eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer. De modo que não importa

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nem o que planta nem o que rega, mas sim Deus, que dá o crescimento. Pois não existe diferença entre a pessoa que planta e a pessoa que rega. Deus dará a recompensa de acordo com o trabalho que cada um tiver feito. Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus, e vocês são o terreno no qual Deus faz o seu trabalho”. (1 Cor. 3: 6-9)

Os melhores evangelistas são cristãos comuns e geralmente há muitas pessoas envolvidas. Não se frustre nem desista, e tenha sensatez para não ser um “crente chato”!

As pessoas na Bíblia eram frequentemente trazidas a Cristo por meio de amigos e parentes.

André trouxe Pedro a Cristo (João 1:40-41)

Mateus trouxe seus companheiros de trabalho e amigos incrédulos (Mateus 9:10)

Cornélio influenciou parentes, soldados e amigos a receberem a Cristo (Atos 10:22-24)

Lídia e o carcereiro de Filipos trouxeram suas famílias a Cristo (Atos 16)

“Para frente” MultipliqueUm dos grandes desafios do Cristão é cumprir o mandamento do Senhor “Ide”. O que precisamos entender é que o ide não se relaciona a apenas uma função a ser realizada de pronto e imediato, mas “ide” durante sua vida, e pregai, esta é a “grande comissão”. Evangelizar é fazer discípulos. Em nossos Grupos de Partilha e Suporte quando falamos em multiplicar estamos dizendo: “leve a palavra de Deus a outros”!

Quando somos comissionados, ou seja, quando nos é delegada uma função, como a descrita no evangelho de Marcos 16:15: “E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. É preciso pensar e tratar este trabalho com zelo e eficiência, como o seu trabalho no dia-a-dia, como o pedido de seu chefe. E para facilitar a realização deste trabalho utilizamos o Grupo de Partilha e Suporte. Assim, um Grupo de Partilha e Suporte é uma ferramenta nas mãos do lavrador para facilitar seu trabalho.

É fácil entender a necessidade de uma multiplicação quando nos deparamos com a analogia de um celeiro. Imagine um celeiro onde se guarda toda a colheita de um ano de trabalho. Neste ano de trabalho a colheita foi farta e “lotou” seu celeiro. Para que você continue a plantar no ano seguinte é necessário construir outro celeiro, e assim com a multiplicação. Um GPS que está com muitos membros precisa multiplicar para que possam entrar novas pessoas, que não são apenas números, mas vidas!

O texto bíblico de Paulo em 2 Timóteo 2.2 esclarece o que é uma multiplicação:

“E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a pessoas fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros”...

Como vimos nas lições anteriores, multiplicar é fazer com que seus braços e membros cresçam para alcançar várias pessoas. Fazer sua capacidade multiplicar é treinar outros para que possam realizar o seu trabalho com a mesma eficiência que você realiza.

Como assentar no banco?

Após criar o seu banco, é preciso assentar nele. Mas como? É preciso aperfeiçoar seus planos! Estabelecer planos é criar metas e aperfeiçoar planos é gerir. E o que é gerir? O que é gestão?

Planejar: fixar objetivos;

Organizar e alocar recursos (financeiros, tecnológicos e pessoas);

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Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);

Negociar;

Controlar: Mensurar e avaliar.

Analisar: conhecer os problemas;

Solucionar problemas;

Decidir e agir (rapidamente e com precisão);

A gestão é bíblica: é possível encontrar ensinamentos sobre gestão em diversos livros: Lucas 14:28-30; Mateus 25:14-28; Provérbios 27:23; Romanos 12:8; I Pedro 5:2-4.

Ao soletrar a palavra M-E-T-A podemos usar as letras para formar palavras importantes na gestão, pois uma meta deve ser:

1. M (Mensurável) - o que pode ser medido, palpável, possível, etc.;

2. E (Específica) - destinado exclusivamente para um caso, situação ou pessoa;

3. T (Temporal) - por um tempo determinado;

4. A (Atingível) - chegar (justamente) a, compreender, alcançar, acertar em.

Outra ferramenta importante para gestão ou organização de seu Grupo de Partilha e Suporte é checar como estão seus resultados, ou seja, é preciso cuidar de sua ferramenta!

John Maxwell em seu livro as “17 Leis do Trabalho em Equipe” salienta que “Se uma equipe deseja alcançar suas metas, ela precisa saber como está a sua situação atual. O PLACAR é essencial. Nenhuma equipe pode ignorar a realidade da sua situação e ganhar”.

Para facilitar seu planejamento aplique o PDCA. Este mecanismo é utilizado largamente na administração, seja ela qual for, trabalho, atividades diárias e seu ministério.

A letra “P” significa “planejar”;

A letra “D” vem do inglês “do” que é “fazer”;

A letra “C” é de “checar” e por ultimo;

A letra “A” que significa “agir”.

Para facilitar o entendimento gerencial do PDCA, vamos elaborar uma situação real de organização de um GPS:

Meta do GPS: multiplicar uma vez por ano um GPS saudável. Diante desta meta, devemos observar que para alcançarmos este objetivo nosso GPS precisa de:

1. Data definida;

2. Presença de Deus;

3. Novo líder;

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4. Novos membros;

5. Novo anfitrião.

Observando estes objetivos podemos desmembrar nossa meta principal em outras cinco atividades que chamaremos de submetas. Então para alcançarmos nosso objetivo, teremos que galgar outros cinco caminhos, dos quais em todos eles poderemos aplicar o PDCA.

Ao analisar, por exemplo, a primeira submeta e aplicá-la ao PDCA, temos:

P - Planejar: para que o GPS se multiplique é preciso definir uma data; ao definir esta data você está planejando... É importante lembrar o que já estudamos, as metas devem ser alcançáveis, não estabeleça uma data impossível ou improvável;

D - Faça: fazer nesta submeta é compartilhar com o grupo a data proposta. Seu GPS achou viável? Ok! próximo passo:

C - Check: é preciso buscar no grupo empenho para cumprir a proposta, não deixe que o grupo esqueça a meta!

A - Agir: marque eventos evangelísticos, programe a festa de multiplicação, envolva seu GPS!

Da mesma forma que trabalhamos esta submeta, vamos trabalhar outra para melhor fixarmos nossa gestão: Analise agora a submeta 3 (Novo Líder);

P - Planejar: para que seu GPS tenha um líder em treinamento, é preciso observar dentre os membros algum que seja preparado; as vezes escrever os nomes e características de cada um dos candidatos em um papel poderá ajudá-lo. Caso não tenha um membro já preparado, é preciso influenciar um membro incentivando-o a se preparar para a liderança de um GPS. De toda forma, será preciso focar em alguém, talvez duas ou três pessoas.

D - Faça: quando nos deparamos com a necessidade de escolher um líder em treinamento é preciso fazer, mas como? O fazer aqui é fazer uma escolha, você sabe que é preciso ser preparado, então observe: seu LT deverá: Ser membro da PIBBA– Completar o Treinamento para Líder de GPS; Ser comprometido com Deus; Ser comprometido com o GPS; Ser comprometido com a PIBBA; Ter bom testemunho de vida; e Ter boa capacidade de liderança. Assim, escolha seu LT, comunique ao seu mentor e após aprovação, faça seu convite! Se seu LT precisa de preparo, matricule-o no Treinamento de Líderes de GPS, desafie-o a se envolver com o GPS e com a igreja, acompanhe-o em sua vida cristã, delegue funções!

C - Check: Procure saber: seus candidatos estão desenvolvendo a liderança, estão se aproximando do grupo? Tem bom testemunho de vida? Tem se envolvido com o GPS com a igreja?

A - Agir: Delegue ao seu ou aos seus candidatos funções do GPS, estudos, lanche, visitas, etc. conforme já aprendemos nos capítulos anteriores.

O PDCA é uma ferramenta de gestão como outras, ela está aqui apresentada apenas como um modelo, uma facilidade para que você pratique uma boa gestão.

5.6 Planejando as reuniões de Grupo de Partilha e Suporte

Um bom exemplo de planejamento dos GPS são nossos irmãos da Igreja Elim, em El Salvador, que

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realizam duas reuniões semanais, uma na terça e outro no sábado. O enfoque da reunião varia de acordo com o objetivo. Na terça-feira, o propósito é a “edificação” da igreja (buscam o crescimento espiritual dos membros e planejam a reunião evangelística do sábado). O encontro seguinte, no fim de semana, tem objetivos “evangelísticos” (eles convidam incrédulos e não apenas não crentes). O efeito dessa alternância do conteúdo das reuniões cria uma dinâmica semelhante à de um tiro de revolver. Na terça-feira, o grupo se retrai como o cão da arma (descansam, fazem planos e ministram uns aos outros). No sábado, eles “atiram” (evangelizam os conhecidos e vizinhos não crentes). Este sistema mantém o Grupo forte e bem orientado.

A reunião de planejamento tem os seguintes objetivos:

Planejar e estabelecer a data da próxima multiplicação do Grupo de Partilha e Suporte;

Avaliar as reuniões do GPS;

Planejar as próximas reuniões do GPS, os eventos evangelísticos e de comunhão;

Distribuir tarefas e delegar responsabilidades;

Acompanhar as anotações feitas no Diário do GPS;

Encorajar e desafiar os membros para que tragam seus convidados ao GPS;

Acompanhar e colocar em prática o planejamento para a próxima multiplicação do GPS;

Avaliar o acompanhamento e o preparo do líder em treinamento.

Essa reunião é especifica para os membros do GPS que são crentes; a ideia é não levar convidados.

Por quê? Porque na reunião de planejamento são dadas algumas recomendações que devem ser colocadas em prática nas reuniões do GPS.

Há alguns fatores que devem ser considerados no momento de planejar:

1. Uma boa reunião de planejamento dará como resultado uma boa reunião de GPS.

2. Uma boa reunião de planejamento ajudará a preparar os eventos agendados, facilitando assim a preparação para a multiplicação.

Reunião de planejamento não é:

Um culto;

Uma reunião de oração;

Para comemorar aniversários.

Reunião de planejamento é:

Uma reunião de trabalho;

Uma reunião de avaliação;

Uma reunião de distribuir e cobrar tarefas.

5.7 Planejando a multiplicação do Grupo de Partilha e Suporte

A multiplicação do GPS deve ser a principal meta do Líder. O Líder deve ser focado em atingir (e potencializar o atingimento) desta meta. Por mais adversas que sejam as circunstâncias, à luz do caráter aprovado em Cristo, da fé e do compromisso com o chamado para servir nesta obra, sua atitude sempre deverá ser condizente com o sonho. Se o Líder possui este conceito cravado em

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seu coração e se o estilo de vida e liderança exala o mesmo, contagiará seus liderados e facilmente (e rapidamente) atingirá seu propósito.

Para multiplicar o GPS, o Líder deverá definir uma data para a multiplicação e marcos importantes como eventos de colheita e outras atividades que levarão ao cumprimento do propósito. Recomenda-se fortemente que estas datas, marcos e objetivos sejam registrados e compartilhados continuamente com os membros do GPS. O compartilhamento e divisão de papéis e responsabilidade geram compromisso no grupo e é uma porta para a geração de novos Líderes.

O Diário de GPS possui um formulário semelhante à imagem abaixo que poderá ser utilizado para este fim. No mesmo, o Líder poderá também simular os novos grupos, nomear os novos Líderes, Líderes em Treinamento e Anfitriões.

Grupo de Partilha e Suportes da PIBBA - Planejamento da Multiplicação

Grupo de Partilha e Suporte Original Agenda:

Líder: Dia Tipo de evento DetalhesLíder em Treinamento: Evento social

Membros Membros Dia do amigo 1

Dia do amigo 2

Evento evangelísticoComemoração da Multiplicação

Novo Grupo de Partilha e Suporte 1 Novo Grupo de Partilha e Suporte 2Líder: Líder:Líder em Treinamento: Líder em Treinamento:

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5.8 Eventos que favorecem a multiplicação

Lembre-se: Defina e documente seus objetivos. Qualquer caminho é válido para aqueles que não possuem uma rota definida.

Como planejar esses eventos observando as 4 estações

Estação do Crescimento

o Compartilhar o propósito do GPS;

o Orar por novos convidados e membros;

o Convidar novas pessoas;

o Realizar primeiro evento do dia do amigo;

o Realizar segundo evento do dia do amigo;

o Convidar amigos para o Encontro com Deus;

o Realizar evento de colheita;

o Delegar responsabilidades (louvor, secretariado, oração e escala de lanche).

Estação do Cuidado

o Criar estrutura de discipulado;

o Definir Pais, Jovens e Filhinhos;

o Realizar primeiro evento social;

o Matricular novos convertidos na EBD;

o Convidar novas pessoas;

o Criar escala de oração pelos membros e GPS;

o Programar uma ida de todo o GPS ao Culto de Celebração da Igreja;

o Verificar resultados do discipulado;

o Criar vínculos de oração entre os membros;

o Realizar segundo evento social;

o Identificar Líderes em potencial;

o Nomear Líder em Treinamento.

Estação da Comunhão

o Realizar evento social;

o Realizar mini vigília do GPS;

o Realizar visita à casa de um dos membros do GPS;

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o Incentivar encontros informais ao longo da semana;

o Realizar dia do amigo;

o Orar continuamente pelos membros do GPS;

o Orar pela multiplicação do GPS;

o Programar ida do GPS ao Culto de Celebração da Igreja;

o Realizar evento social;

o Comunicar a importância da multiplicação;

o Identificar novo anfitrião.

Estação da Celebração

o Realizar evento social;

o Realizar reunião em micro GPS;

o Definir os grupos a serem multiplicados;

o Definir a data de multiplicação;

o Orar pela multiplicação;

o Realizar evento de multiplicação.

“O nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará”. Isaías 32.8

ANOTAÇÕES

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6 MULTIPLICANDO O GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

É importante entender que a multiplicação de um GPS é um processo que inclui vários fatores.

6.1 Quais são os fatores que contribuem para a multiplicação do Grupo de Partilha e Suporte?

1. Convite

2. Comunhão

3. Pastoreio

4. Mentoreamento

5. Capacitação

Somente quando esses cinco fatores estão presentes é que há a multiplicação do GPS. Vamos acrescentar outros fatores que contribuem para que haja a multiplicação:

É preciso orar todos os dias pelos membros do GPS;

Deve haver confraternização entre seus membros;

Devemos incentivar cada membro para que façam parte do trabalho.

6.2 Há duas formas pelas quais os Grupos de Partilha e Suporte se multiplicam:

1. Multiplicação pai-filho – quando o GPS original gera outros grupos;

2. Abrir Grupos de Partilha e Suporte – quando novos GPS são abertos sem que se originem de um GPS.

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6.3 Os Grupos de Partilha e Suporte que se multiplicam...

São Grupos de Partilha e Suporte saudáveis, pois passaram por todas as etapas de desenvolvimento. Há uma motivação maior do líder em fazer novos discípulos. O grupo está aberto às pessoas de fora e tem estímulo em buscá-las, pois todos se sentem capazes de frutificar. Os membros se empenham em conquistar amigos e familiares e os novos se sentem à vontade no GPS, porque foi criado um ambiente para a multiplicação.

6.4 O que influencia a multiplicação?

Tempo devocional do líder e de preparação para as reuniões;

Intercessão pelos membros do GPS;

Cuidado pastoral;

Estímulo ao evangelismo e encontros sociais;

Número de visitantes no GPS;

Treinamento e preparação de auxiliares;

Estabelecimento de alvos, inclusive a data da multiplicação;

Ambiente para multiplicação.

É importante fazer com que as pessoas já comecem no GPS visando à multiplicação, pois ela é o “ponto alto”, o “clímax” do GPS.

6.5 Como perceber a hora de multiplicar?

O grupo começa a crescer comprometendo a intimidade entre as pessoas, as ausências passam a não ser notadas, o local começa a não comportar todas as pessoas, e outras situações começam a acontecer.

Ao multiplicar...

Considere os relacionamentos;

Os elos naturais devem permanecer juntos;

Considere a localização geográfica;

Recém-chegados ou os novos devem permanecer com o líder;

Os maduros devem sair com o novo líder.

6.6 Três razões por que um Grupo de Partilha e Suporte não se multiplica:

1. Os membros ficam confortáveis e apegados fortemente aos relacionamentos;2. Eles têm medo de que o novo grupo não seja tão bom quanto o atual;3. Desconhecem a alegria de gerar um novo GPS.

O que fazer neste caso?

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Estude uma possível troca de líder ou auxiliar; Mude o local quando há problemas com o anfitrião ou com a localização; Mude o dia ou o horário das reuniões; Intensifique a evangelização e as visitas aos novos membros; Peça orientação ao mentor.

Pastoreio sem evangelização é incompleto no que se refere a crescimento. Para que haja evangelização eficaz no GPS e consequentemente o crescimento, é necessário haver convidados.

O que é um convidado?

Durante séculos, em muitas partes do mundo, foram feitos estudos a respeito do evangelismo e como consequência disso, descobriram-se fatos interessantes como os seguintes:

1. A maior parte dos cristãos têm conceitos errôneos sobre o evangelismo.

2. Os convertidos que mais perseveram nos caminhos do Senhor são aqueles que foram evangelizados por cristãos comuns.

3. O amor em ação é o que mais atrai as pessoas para Jesus.

Lendas e realidade sobre evangelismo Lenda n º 1. Evangelismo é alcançar os desconhecidos.

Lenda n º 2. A maioria das pessoas é alcançada por pregadores experientes.

Lenda n º 3. Convertemo-nos depois de ouvir o evangelho uma vez.

Lenda n º 4. Para evangelizar é preciso muito treinamento.

Lenda n º 5. As pessoas entregam sua vida a Jesus por influência de uma só pessoa.

Realidade1. A maioria das pessoas é alcançada por amigos.

Realidade2. A maioria é alcançada por cristãos comuns.

Realidade3. A conversão geralmente é um processo.

Realidade4. As pessoas são tocadas muito mais por ações do que por palavras.

Realidade5. Quanto mais cristãos uma pessoa conhece, mais fácil é a sua conversão.

O que devemos fazer para evangelizar com sucesso Devemos evangelizar principalmente as pessoas que conhecemos.

Devemos incentivar-nos mutuamente a falar de Jesus; não devemos pensar que as pessoas só irão converter-se se o pastor fizer o apelo.

Devemos promover muitas oportunidades para que as pessoas ouçam o evangelho.

Devemos identificar a necessidade das pessoas para ajudá-las.

Devemos apresentar aos incrédulos tantos cristãos quanto seja possível.

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Alguns exemplos bíblicos a respeito de ganhar almas

1. Em João 4.37, a Bíblia fala da semeadura e da colheita. O que podemos aprender com este exemplo?

Podemos aprender que o evangelismo leva tempo. Quando falamos em semear e colher sabemos que temos de semear e esperar meses para obter frutos.

Podemos aprender que além de levar tempo para a sua efetiva realização, o evangelismo envolve várias pessoas. Por quê? Porque Jesus disse: um é o que semeia e outro é o que colhe.

2. Em Marcos 1.17, o Senhor diz: Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. O Senhor Jesus está falando aqui da salvação dos homens, mas no fim da pesca. É interessante que naquela época a pesca era feita com redes e para isso eram necessárias várias pessoas. O que aprendemos com esta passagem bíblica é que trabalhar juntos na evangelização produz mais resultado do que trabalhar sozinhos.

Por que tão poucos convidados acabam por converter-se?

Porque não aplicamos os princípios do evangelismo. É por isso que o GPS não cresce, não há muitas conversões e o GPS não se multiplica. Para aplicar os princípios do evangelismo no GPS temos de definir o que é um convidado. Antes vamos definir o que não é um convidado.

Um convidado não é:

Uma pessoa que convidamos somente para cumprir uma meta;

Alguém sobre quem pouco ou nada sabemos;

Alguém que encontramos na rua;

Alguém a quem vemos pela primeira vez.

Um convidado é:

Alguém, do nosso relacionamento, em quem aplicaremos os princípios de evangelismo citados anteriormente.

Como fazer o convite

Faça uma lista de pessoas do seu circulo de amizade - círculo de influência (lista de amigos);

Faça um círculo ao redor dos nomes de pessoas que estão mais abertas à mensagem do Evangelho e então comece a orar pela conversão delas;

Aprofunde mais sua amizade com essas pessoas e demonstre-lhes seu amor;

Procure a maneira de demonstrar-lhes algum detalhe amável;

Como parte de seu interesse em ajudá-las a resolver seus problemas, convide-as para a reunião do GPS.

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Esse é um verdadeiro convidado e certamente acabará convertendo-se a Cristo. Quando isso acontecer, continue sendo seu amigo, cuide do crescimento espiritual dessa pessoa. Só assim teremos resultados permanentes, só assim os GPS crescerão em assistência, haverá muitas conversões e os GPS se multiplicarão.

Para refletir e discutir

a) Estamos evangelizando ou somente convidando?

b) Poderia dizer que seu estilo de vida aplica-se ao de um evangelizador?

c) Numa escala de 1 a 20, como classificaria o evangelismo em suo Grupo de Partilha e Suporte?

d) Quais dos princípios do evangelismo estão sendo colocados em prática em suo Grupo de Partilha e Suporte?

7 ELEMENTOS DA BOA LIDERANÇA

Sabedoria

Retidão

Amor

Espiritualidade

Maturidade

7.1 Sabedoria

Uma boa liderança não requer necessariamente conhecimentos acadêmicos. Devemos começar sendo autênticos, expressando nossas necessidades e mostrando-nos como realmente somos. Ser sábio, algumas vezes, é não considerar as ofensas, comentários ou irritações de outras pessoas. A pessoa sábia não procura vingar-se, procura o melhor em quem o critica, a fim de resgatar o perdido.

7.2 Retidão

É a qualidade de ser imparcial e reto. Quem exerce a função de mentor ou líder nunca deve emitir um julgamento sem antes escutar os dois lados. Quem é sábio não pretende ser uma pessoa melhor que outra. A pessoa que lidera com retidão é aquela que está interessada em resolver as dificuldades que se apresentam. Uma maneira prática de mostrar retidão é sendo pontual. Aquele que exige, mas não é pontual, não cumpre com sua responsabilidade.

7.3 Paciência

Equivale a demorar a aborrecer-se e saber manter a serenidade quando as dificuldades se apresentam.

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7.4 Amor

É a virtude que gera maior responsabilidade no líder. O amor não busca receber, mas dar sem esperar nada em troca. Quem lidera com amor o faz dando-se a si mesmo, ainda que não ganhe nada em troca; é capaz de ver a necessidade das pessoas e buscar uma maneira de ajudar. O amor conduz a uma liderança melhor. Não usa a autoridade que lhe foi delegada para tirar proveito, mas para servir os outros, e, como consequência, em pouco tempo ganhará o respeito de todos.

A disciplina eficaz É aquela que se alcança por meio do amor;

É melhor do que qualquer outro elemento para estabelecer a disciplina ou a ordem.

7.5 Espiritualidade

Toda liderança precisa, em primeiro lugar, ser “cheia do Espírito Santo”, pois só ele poderá dar todas as diretrizes para um GPS vitorioso. É importante lembrar que as pessoas só seguirão aqueles que são verdadeiramente espirituais. Uma pessoa espiritual inspira a disciplina necessária para realizar o trabalho sem complicações e trabalha todas as pessoas com responsabilidade.

“Não repreenda asperamente o homem idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai; trate os jovens como a irmãos” 1Tm. 5:1

7.6 Maturidade

É o nível de crescimento espiritual alcançado por uma pessoa em sua semelhança a Jesus. Uma pessoa pode ter dons espirituais, pode ser ativa e servir, mas não ter maturidade. As pessoas buscam a quem seguir e seguirão com uma disciplina maior a quem mostrar uma maturidade verdadeira.

Quem é a pessoa madura?

É aquela que busca viver uma vida equilibrada em todas as áreas de sua vida, fundamentada nos princípios da Palavra de Deus, influenciando outros através do seu testemunho.

Para refletir:

De que maneira você estabelece sua autoridade?

AUTORIDADE

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8 ERROS QUE DEVEMOS EVITAR NO SISTEMA DE GRUPOS DE PARTILHA E SUPORTE

Todas as pessoas cometem erros, porém alguns trazem sérias consequências. O propósito é ajudar a superar os obstáculos que possam paralisar o sistema de GPS. Uma coisa é saber que errar é humano; e outra bem diferente é acomodar-nos ao erro.

8.1 Líder que faz todo o trabalho no GPSFicará cansado e não treinará novos membros que poderiam ser líderes. Aprenda a delegar e ensine adequadamente. Delegue aos membros dos Grupos de Partilha e Suporte as tarefas mais variadas como preparar o louvor, o lanche, telefonar, visitar, convidar, ministrar o estudo, orar etc.

8.2 Líder que não participa das reuniões do seu Grupo de Mentoria (GM) nem acata orientações dadas pelo seu Mentor

Liderar GPS requer comprometimento e responsabilidade, por isso é inadmissível que um líder deixe de participar das reuniões do seu GM, pois nelas é que será orientado com relação às diretrizes e à caminhada da Igreja.

8.3 Quando um líder ou mentor se afasta ou se recusa a seguir as orientações dadas pela liderança

Um GPS ou setor deformado não se desenvolve, porém GPS e setores saudáveis multiplicam-se. Por isso, reveja continuamente os princípios do sistema de GPS. Não invente coisas que, em sua opinião, podem funcionar. Siga sempre as orientações dadas pelo seu mentor.

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8.4 Aconselha inadequadamente

Seja humilde e saiba reconhecer seus limites para aconselhar. Não tenha medo, as pessoas irão respeitá-lo por ser sincero. Se o problema for muito difícil de resolver, leve-o ao mentor.

8.5 Deixa de desafiar e preparar novos líderes

Um líder que não se preocupa em delegar tarefas, em dar oportunidade para outros, em mentorear novos líderes, dificilmente multiplicará seu GPS. Portanto, é muito importante procurar identificar líderes em potencial entre os membros do GPS e desafiá-los a crescer, enviando-os à EFL para que sejam capacitados. Um bom líder acompanha bem de perto o seu liderado. Na ocasião oportuna, o líder deverá encorajá-lo a assumir um novo GPS.

8.6 O mentor ou o líder impõe metas exageradas

As metas estabelecidas para o GPS devem ser razoáveis para que não tragam desânimo e sim estímulo e desafio para todo o GPS. Não imponha suas próprias metas, apenas programe as que são estabelecidas pela Igreja, de forma a envolver todos os membros do GPS no seu cumprimento. As pessoas reagem melhor quando são motivadas do que quando são obrigadas a acatar algo que está acima de suas forças.

8.7 Não direciona os membros do GPS para a igreja

Se os membros participam somente do GPS, perdem sua identificação, e, além de ficarem isolados, tornam-se vulneráveis - os lobos atacam as ovelhas que se afastam do rebanho. Para evitar isto, esforce-se para trazê-los à igreja. Organize uma forma de despertar neles o interesse de participar da grande celebração e não apenas da reunião semanal do GPS. Na Igreja ele receberá um alimento mais sólido que no GPS.

8.8 Aproveita a intimidade que o GPS proporciona para alcançar objetivos pessoais

Um líder que se envolve pecaminosamente com algum membro do GPS, ou que usa o GPS para ganhar qualquer tipo de vantagem, causa um mal terrível. Se as pessoas notarem um interesse mesquinho ficarão desanimadas e não voltarão mais.

8.9 Mente ou omite os dados para aparentar que está tudo bem

Isso proporciona uma falsa base de dados, o que prejudica as projeções feitas pela igreja. Mentir impede que seja ajudado. Ao dizer a verdade é possível saber em que o líder pode ser ajudado.

“Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo” - Ef. 4:25.

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ANOTAÇÕES

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9 COMO PROTEGER SEU GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

É comum acontecerem situações difíceis, que trazem constrangimentos nos Grupos de Partilha e Suporte e nem sempre os líderes sabem como lidar com elas. Em primeiro lugar, o líder precisa ter bem claro, tanto a sua importância como líder como a importância do grupo e agir no sentido de proteger o GPS. Ele precisa ver as dificuldades de uma perspectiva correta, buscar ajuda quando necessário e orar sem cessar.

Existem algumas pessoas com personalidades destrutivas ou disfuncionais que participam dos GPS, muitas vezes até com o intuito de causar divisão. Estas pessoas precisam ser identificadas e encaminhadas para aconselhamento ou ajuda profissional, para que o GPS permaneça saudável. Eis alguns exemplos:

9.1 Membro Pecaminoso

Impureza - pecados sexuais como prostituição, adultério, linguagem obscena, gestos obscenos etc.;

Avareza - atitude exacerbada em relação ao dinheiro;

Idolatria e ocultismo - feitiçaria, ídolos, todos os tipos de adivinhação, prognósticos, consulta a mortos etc.;

Maledicência - falso testemunho, calúnia, difamação, infâmia, mexerico, fofoca etc.;

Bebedice - o que se embriaga com bebidas alcoólicas, drogas, remédios ou qualquer outro tipo de droga;

Furto - ladrão, assaltante, sonegador, chantagista, extorsão etc.

Como lidar? – Primeiro, deverá ser admoestado pelo irmão que presenciou os fatos. Se o faltoso vier a abandonar o erro, este deverá ser encoberto. Se voltar a pecar deverá ser admoestado pelo líder em companhia da testemunha do pecado, e, caso ele não mude de conduta, o líder deve entregar o caso ao mentor, evitando assim contagiar os demais.

9.2 Membro que se acha mais espiritual do que os outros

Esta pessoa irá criticar o líder para mostrar que é mais capacitada e experiente. Vai tentar

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impressionar e quase sempre polemizará a reunião, com a intenção de enfraquecer o líder e dividir o grupo.

Como lidar? O líder não deve encorajá-lo a falar de suas experiências, evitando que monopolize a reunião, mas deve mostrar-lhe os objetivos do grupo e como ele pode ser útil.

9.3 Membros de outras igrejas evangélicas

Membros de outras igrejas ou pessoas que são discipuladas por outros líderes e frequentam os GPS, normalmente são pessoas que gostam de estar sempre se referindo às doutrinas da outra Igreja. Gostam também de fazer comparações entre as duas igrejas, gerando polêmicas e questionamentos que podem trazer confusão e até mesmo levar o GPS à divisão.

Como lidar? Não permita que este tipo de pessoa influencie ninguém do grupo. Encoraje-o a reunir-se em Grupo de sua própria igreja.

9.4 Pastores que vem de fora, Missionários, Profetas etc.

Normalmente eles vão ao grupo e resistem à autoridade do líder, muitas vezes até tentando controlar o líder e ostentando posições.

Como lidar? O líder não deve se intimidar com o título de pastor, deve dizer que é bem-vindo, como ouvinte, e ter bem claro o seu papel de líder, na direção da reunião. Deve evitar também que eles monopolizem a reunião.

Não é permitido que pastores, missionários ou profetas de outras igrejas ministrem nas reuniões do Grupo de Partilha e Suporte.

9.5 O irmão muito falante

Normalmente não consegue falar um assunto coerente e conta longas histórias sem objetivo e muda de assunto o tempo todo.

Como lidar? O líder deve intervir e ajudar o irmão a responder as perguntas, mas se persistir deve dizer, por exemplo, que as respostas estão limitadas a 30 segundos por pessoa. O líder deve conversar em particular com o irmão e dizer-lhe “com amor e cuidado” para que seja mais sucinto, evitando assim gerar desinteresse por parte do grupo e até antipatia.

9.6 O crítico da Igreja

Este tipo de pessoa pode fazer com que um espírito de divisão penetre no grupo e poderá se tornar um tropeço na vida da igreja.

Como lidar? Todos podem fazer críticas, mas deverá ser colocado de forma bem clara que o grupo não é o lugar ideal para estas críticas, e que ele deverá fazê-las pessoalmente. O líder deverá mostrar que as críticas em público devem ser evitadas, principalmente no Grupo de Partilha e Suporte.

9.7 Anfitriões que não correspondem

Um anfitrião que fica no quarto ou que tenta manipular o grupo, ou ainda, que deixa um ambiente hostil à reunião do GPS.

Como lidar? O líder deve admoestá-lo em amor e mostrar-lhe o seu papel no grupo. Se os problemas continuarem, a solução é mudar o local da reunião.

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9.8 Crianças indisciplinadas

Uma repreensão pública pode inibir os pais a levarem seus filhos na reunião, mas se o problema persistir pode sobrecarregar o anfitrião.

Como lidar? Se os pais forem novos, temos de agir com paciência, mas se forem maduros, a solução é uma conversa objetiva e clara em particular, e se necessário, a orientação pública sobre o problema.

9.9 O Antagonista

Este tipo de pessoa traz muitas dificuldades para o líder e, geralmente, tem algumas características que lhe são peculiares. Muda de GPS várias vezes porque não se adapta a nenhuma delas. Sempre tem uma crítica aos líderes anteriores e gosta muito de usar a expressão “os outros estão dizendo que...”, para encobrir sua própria opinião.

Como lidar com o antagonista? O líder deve sempre se antecipar ao antagonista, procurando agir tão logo qualquer situação conflitante surgir. Deverá ser firme para que o grupo fique protegido, porém deverá ter habilidade para não rotular o antagonista. Quando necessário, deverá indicar a ele um local adequado para tratamento.

ANOTAÇÕES

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10 COMO SER UM LÍDER BEM-SUCEDIDO

O sonho de todo líder é fazer um trabalho com sucesso. Seu desejo é que as pessoas continuem em seu GPS, cresçam diante de Deus e dos homens e deem frutos. Também deseja que os parentes e amigos conheçam o Senhor Jesus e sejam fiéis durante toda sua vida. Desejam multiplicar seu GPS e trabalham arduamente para conseguir este objetivo.

NÃO EXISTE SUCESSO SEM SUCESSOR.

Como é possível realizar este sonho?Vivendo uma vida de intimidade com Deus; priorizando o momento devocional, tendo tempo de oração e leitura da Palavra de Deus; orando pelos membros de seu GPS diariamente; preparando e acompanhando os novos líderes; estabelecendo metas, sonhando com elas e se preparando para alcançá-las; estando submisso à autoridade de seus líderes e demonstrando um total comprometimento com a Igreja e com seu GPS.

10.1 Ore por seu Grupo de Partilha e Suporte

A oração é o primeiro elemento para que um líder seja bem-sucedido. É mais importante que qualquer convite para reuniões sociais. Se o líder ora diariamente pelos membros do GPS terá melhores resultados. Devemos orar não só pelos irmãos, mas também pelos amigos.

Normalmente fazemos coisas que julgamos urgentes e descuidamo-nos das importantes. Importante é que você se preocupe diariamente com os membros de seu GPS. Urgente é tudo aquilo que nos afasta do trabalho que devemos dedicar a Deus. Pare tudo que estiver fazendo, pelo menos meia hora antes do início da reunião do GPS e dedique este tempo para buscar a capacitação, a direção e o enchimento do Espírito Santo. Busque estar a sós com Deus.

10.2 Prepare adequadamente o estudo da lição

A fidelidade do líder à lição do GPS é de suma importância para que os Grupos falem a mesma linguagem, seguindo a orientação da Igreja. A lição da semana sempre será enviada a todos os líderes por e-mail ou cópia xerocada. A primeira página da lição sempre tem orientações, avisos e desafios. É responsabilidade de o líder repassá-las aos membros do GPS. Evite ler a lição. Ela deverá ser estudada anteriormente, compartilhada, discutida com os membros e não apenas lida. NÃO É AULA, PALESTRA OU PREGAÇÃO. É um compartilhar em que todos podem e devem

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participar.

Para ser um líder bem-sucedido é necessário preparar adequadamente a lição e com antecedência. O ideal é que todo líder comece a preparar a lição com bastante antecedência, buscando de Deus a direção para aquela reunião. A lição é feita para facilitar a participação de todos os integrantes do GPS.

10.3 Dicas importantes sobre o estudo da lição

A ministração da lição no GPS não é uma pregação, é compartilhar o evangelho com um grupo de amigos;

Apresente sempre mensagens evangelísticas e faça apelos para que as pessoas tenham oportunidade de entregar sua vida a Jesus;

Promova sempre um ambiente de liberdade, onde todos possam perguntar, argumentar e esclarecer suas dúvidas;

Lembre-se: Você não está pregando, mas apenas compartilhando o evangelho;

Não use palavras que podem ofender as pessoas;

A mensagem que mais toca os amigos é o amor expresso em ações;

Mantenha uma mensagem simples e sem complicações. A lição tem um tom simples, não a complique.

10.4 Trate bem os convidados

Aprenda a escutar;

Todos nós preferimos os lugares onde nos sentimos confortáveis e bem tratados;

Seja amável ao extremo, não seja seco nem ríspido;

As pessoas só voltarão ao GPS se se sentirem bem, para isso é preciso acolhê-las com alegria;

A maior parte das pessoas vai ao GPS porque tem necessidades profundas;

Ajude seus convidados a resolver seus conflitos e dê a eles as orientações necessárias;

Não finja escutá-los, ouça-os com verdadeira atenção.

10.5 Seja um líder 24/7

O líder não é líder somente quando está ministrando no GPS, mas durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana. Considerando que a maior parte dos líderes lidera seus Grupos na sua própria vizinhança, eles estarão permanentemente na mira dos incrédulos. Uma boa ação tem um efeito maior que mil palavras. Não faça uma boa ação para satisfazer os homens, mas por amor a Deus e às almas perdidas. Seja ardentemente dedicado ao trabalho em todos os aspectos do GPS, trabalhe com entusiasmo.

10.6 Seja um líder apaixonado pelo seu trabalho

Trabalhe com paixão, tenha amor genuíno pelo GPS e pelos membros e não descarregue suas frustrações no GPS. Dispomo-nos a servir e não a ser servidos, como Jesus nos ensinou a fazer, para sermos grandes no reino dos céus.

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10.7 Busque seu crescimento e aperfeiçoamento em todo o tempo

A Escola de Líderes é apenas o começo.

Reúna-se com os seus líderes e mentores;

Procure aprender e crescer sempre.

10.8 Incentive os membros a se tornarem líderes como você

Aprenda a olhar para cada um dos membros como um líder em potencial. Envie-os à ESCOLA DE FORMAÇÃO LÍDERES. Invista no preparo e acompanhamento dos novos líderes.

10.9 Resumindo

Pare qualquer atividade pessoal meia hora antes do Grupo de Partilha e Suporte para buscar a presença e a intimidade com Deus;

Ore pela suo Grupo de Partilha e Suporte;

Prepare adequadamente o estudo da lição;

Trate bem os convidados;

Seja um líder 24/7;

Trabalhe apaixonadamente;

Busque o seu crescimento e aperfeiçoamento em todo o tempo;

Aprenda a olhar cada um dos membros como um líder.

ANOTAÇÕES

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11 COMO GERAR NOVOS LÍDERES

11.1 Líder é a chave para a multiplicação dos Grupos de Partilha e Suporte

O valor dos líderes Jesus dedicou mais da metade de seu ministério para treinar seus discípulos. Destinou 51%

do seu ministério para capacitar seus discípulos, e o resto, ou seja, 49% para atender o público.

11.2 O modelo da Bíblia

A Bíblia dá ênfase à seleção de discípulos que se tornarão líderes.

Moisés foi tutor de Josué.

Elias treinou Eliseu.

Paulo desenvolveu Timóteo.

E você? Pode mencionar uma pessoa que capacitou para líder?

11.3 A base do modelo de igreja em Grupo de Partilha e Suportes é o líder

O crescimento de uma igreja em Grupo de Partilha e Suportes está diretamente ligado ao número de líderes que capacita.

Não se deve cometer o erro de focalizar o número de Grupo de Partilha e Suportes.

O enfoque deve ser no número de líderes.

O crescimento de uma igreja em Grupo de Partilha e Suportes consiste no resultado de sua eficiência em manter novos líderes.

As igrejas em Grupo de Partilha e Suportes bem-sucedidas são as que ganham virtude treinando todos os santos para a obra do ministério.

Todo membro deve ser visto como um futuro líder.

11.4 O CICLO DO GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE

Novos líderes = mais GPS = mais pessoas = novos cristãos = novos candidatos =

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novos líderes = mais GPS

Para se ter um viveiro de líderes é necessário cuidar de cada um dos elementos do ciclo.

O descuido com qualquer elemento conduz a um rompimento e trará como consequência um estancamento no crescimento.

11.5 Para conservar o ciclo de reprodução dos Grupos de Partilha e Suporte

Convide novas pessoas para o GPS.

Ore pela conversão dos convidados.

Cuide dos novos convertidos.

Faça de cada recém-convertido um candidato a líder.

Faça de cada candidato um novo líder.

Delegue um novo GPS para cada novo líder.

11.6 Princípios Fundamentais Para Se Obter Novos Líderes

Tome a decisão de ser um gerador de novos líderes.

Proponha-se transformar cada membro de seu GPS em um novo líder.

Tenha como alvo acompanhá-los bem de perto, tornando-se um mentor de novos líderes.

11.7 O Alvo da Liderança

Os que levam outros à grandeza buscam desenvolver e acertar. Os líderes são pioneiros, gente disposta a aventurar-se no desconhecido, a correr riscos, a ser inovador para encontrar novas e melhores formas de fazer as coisas.

11.8 Você está disposto a aceitar o desafio?

1. O que devemos buscar em um candidato à liderança?

a. Comece com aqueles membros do GPS que tenham as seguintes características:

i. Dependência de Deus;

ii. Caráter piedoso;

iii. Atitude de servo;

iv. Disposição para trabalhar.

b. Se nenhum dos membros de seu GPS tem essas características, você deve começar a promover isso neles.

2. Adote como sua principal tarefa desenvolver o seu líder em treinamento. O líder pode levar convidados à Grupo de Partilha e Suporte, mas seu trabalho principal é identificar e treinar o próximo líder.

11.9 Formas de ver o Grupo de Partilha e Suporte

Os membros veem o GPS como o ambiente adequado para alcançar outros para Cristo.

O líder vê o GPS como o ambiente que favorece a formação de novos líderes. Permita que

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os membros de seu GPS realizem ações significativas.

Você pode permitir que seu líder em treinamento faça a oração inicial, dirija o louvor e em algumas ocasiões, dê a lição do GPS.

Certifique-se de que seu líder em treinamento esteja recebendo o treinamento adequado. Acompanhe-o na Escola Formação de Líderes para que receba as ferramentas que o transformarão em um novo líder.

Uma vez que seu líder em treinamento já esteja capacitado, incentive-o a assumir um novo GPS e inicie o processo com uma nova pessoa.

Todo o processo de formação de um novo líder deve estar regado de oração. Ore diariamente por seus candidatos a líderes para ajudá-los a formar-se e a superar suas fragilidades.

11.10 A Capacitação Continua

A capacitação de um líder é uma questão permanente. Não há princípio nem fim.

Cada novo líder deve ter seu mentor com quem possa compartilhar suas dúvidas ou perguntas.

11.11 Além do Necessário

Treine mais candidatos a líder do que o necessário para multiplicar seu GPS.

Não poupe tempo nem recursos na motivação dos futuros líderes.

11.12 O Caminho do Cristianismo

Na visão de uma igreja em Grupos, a ideia é que a capacitação do líder comece já no momento de sua conversão.

A atenção que se é dada imediatamente após a conversão deve estender-se até culminar com a formação do novo líder.

11.13 Uma Nova Ideia da Fé

Na organização da igreja, chegar a ser líder deve ser um fato natural para todos os crentes. Toda pessoa que se converte um dia chegará a ser líder de GPS.

11.14 Resumindo os Princípios

Disponha-se a ser um gerador de novos líderes.

Tenha como tarefa principal gerar novos líderes.

Permita que os membros de seu GPS exerçam funções significativas.

Certifique-se de que seu candidato está recebendo o curso de Formação de Líderes na Escola de Formação Líderes.

Ore diariamente pelos seus candidatos a líderes.

ANOTAÇÕES

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12 GRUPO DE PARTILHA E SUPORTE DE CRIANÇAS

12.1 O que é um GPS de Crianças?

É um GPS formado por crianças que se reúne em torno de um líder. Os GPS de crianças devem se reunir normalmente em paralelo a um GPS de adultos. No GPS as crianças recebem cuidados, ministrações bíblicas e oração, participando de questionamentos e discussões. Vivendo juntas a vida cristã, elas ajudam umas as outras e buscam alcançar outras crianças para Cristo.

12.2 Objetivos de um Grupo de Partilha e Suporte de Crianças:

Envolver crianças, membros e líderes para que se tornem parte de um organismo vivo;

Levar as crianças a desenvolverem amizades sadias, conhecer a Deus e atrair seus amigos, pais e familiares;

Fazer com que cada criança do GPS sinta-se reconhecida e respeitada como parte importante da Igreja. Crianças não são receptores passivos, mas ativos. Elas podem ajudar a expressar Cristo umas as outras;

Ajudar as crianças a envolverem-se com a Palavra de Deus, contextualizando os princípios bíblicos com o dia-a-dia delas;

12.3 Funcionamento de um Grupo de Partilha e Suporte de Crianças:

O GPS de crianças funciona paralelamente ao GPS de adultos – na mesma casa, em outro espaço;

Os GPS de adultos que desejarem ter um GPS de crianças em paralelo são os responsáveis em levantar seus líderes. Não se deve importar pessoas de outro GPS;

Havendo interesse em abrir um GPS de crianças, primeiramente converse com a liderança da sua Rede e somente depois de devidamente instruído, abra o GPS nos padrões adequados;

O líder do GPS de adultos é sempre desafiado a gerar novos líderes também para os GPS de crianças. Caso contrário elas podem não se multiplicar e dificultar também a multiplicação do GPS de adultos.

12.4 Liderança de um GPS de Crianças:

Os mesmos requisitos para líderes de GPS de adultos se aplicam aos líderes de GPS de crianças. São eles:

Ser batizado e membro da PIB de Banco Areia;

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Ter completado o currículo obrigatório de Discipulado e Escola de Formação de Líderes;

Participar de um GM regularmente, prestando contas de seu GPS.

Um líder de Grupo de Partilha e Suportes de criança também precisa ser: facilitador, amigo, modelo e pastor.

12.5 Reunião de um GPS de Crianças:

Proposta de tempo máximo de reunião: duas horas

o 30 min de brincadeira e lanche na chegada;

o 1h e 30 min com oração, louvor (CD ou instrumentos); lição (conforme currículo unificado com o desenvolvido nas atividades dos Domingos); atividades de artes/manuais.

No horário estabelecido para o término, as crianças serão liberadas e o líder do GPS também.

Por isso a reunião dos adultos deverá respeitar os horários estabelecidos para evitar problemas.

12.6 Multiplicação de um GPS de Crianças:

O GPS de criança tem o desafio de multiplicar-se uma vez a cada ano;

Acima de 10 crianças, torna-se necessário multiplicar o GPS. No caso do GPS de adultos não estar preparado para a multiplicação simultânea, o GPS de crianças se multiplicará assim mesmo, separando as crianças por faixa etária (com um líder para cada faixa), mas a reunião deverá continuar na mesma casa, porém em ambientes separados;

Quando o GPS de adultos multiplicar-se, o de crianças também se multiplicará independente do número de crianças (neste caso será pela necessidade de um novo GPS acompanhando o de adultos).

Os líderes de GPS de crianças serão gerados dentro do próprio GPS de adultos. A responsabilidade pelos novos líderes é de cada GPS.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:A Igreja em Células - Larry Stockstill – Editora Betânia

Alcançar a cidade - MikelNewmann – Editora Vida Nova.

Crescimento Explosivo da Igreja em Células- Joel Comiskey – Ministério Igreja em Células

Igreja em Células - Dinamárcia Faria Barbosa Moreira – Promove Artes Gráficas.

Manual da Visão de Células – Aluízio A. Silva - Editora Videira.

Manual do Líder de Células – Ralph W. Neighbour Jr. - Ministério Igreja em Células.

Page 67: Manual de Treinamento do Líder de GPS

Pági

na67

Uma vida com Propósitos – Rick Warren – Editora Vida.

Apostila: Seminário de Capacitación para Líderes Celulares – Pastor José Reyes Rivas – Misión Cristiana Elim – San Salvador

Colaboração : Weliton Rodrigues , Wéssila Cruzeiro e Marco Antonio Ferreira

Adaptado com permissão verbal em seminário DNA, para a estrutura da Primeira Igreja Batista de Banco de Areia.