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MANUAL DE PORTFÓLIO UM INSTRUMENTO EDUCATIVO NA VIDA ACADÊMICA Profa. Jocileide Sales Campos* Allana Mayara Fernandes Moreira*** Fernando Malinverno*** Júlia Guedelha** Sara Eglantine Martins Coelho** Marina Costa Campos*** Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Rubem Alves JANEIRO DE 2017 *Docente - Curso de Medicina da Unichristus e do Mestrado Profissional Ensino em Saúde da Unichristus; ** Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Christus - Unichristus. *** Médicos egressos de Medicina do Centro Universitário Christus - Unichristus

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MANUAL DE PORTFÓLIO

UM INSTRUMENTO EDUCATIVO NA VIDA ACADÊMICA

Profa. Jocileide Sales Campos*

Allana Mayara Fernandes Moreira***

Fernando Malinverno***

Júlia Guedelha**

Sara Eglantine Martins Coelho**

Marina Costa Campos***

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Rubem Alves

JANEIRO DE 2017

*Docente - Curso de Medicina da Unichristus e do Mestrado Profissional Ensino em Saúde da Unichristus;

** Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Christus - Unichristus. *** Médicos egressos de Medicina do Centro

Universitário Christus - Unichristus

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O Portfólio: um instrumento educativo na vida acadêmica

O atual contexto social, econômico, cultural e político proporcionou o surgimento de

uma demanda educacional por meio de metodologia ativa no processo ensino-

aprendizagem. Amplamente discutida nos últimos anos, a transição de um modelo

cristalizado para uma estratégia educacional focada no desenvolvimento de habilidades

humanísticas, técnicas e cívicas, em que o aluno é o protagonista da própria formação, tem

contado com a elaboração de diversas ferramentas para alcançar tal objetivo.

O processo da educação passa a questionar a antiga ideia de algo que deve ser

apenas recebido de forma passiva para dar lugar a uma ideologia mais ampla e participativa

do cotidiano, a qual estimula a busca, a troca de experiências e a produção do saber.

A nova definição do processo educacional propõe, portanto, formação de indivíduos

ativos, inquisitivos e participantes da transmutação da sociedade atual - criativos. É um

desafio, consequente ao encontro com uma realidade diferente que pode gerar certa

instabilidade, e que estimula a reflexão sobre as experiências já vivenciadas pelos

formandos, envolvendo sentimentos e racionalização capazes de fazê-los perceber, com

mais clareza, não somente um problema, mas os processos de condução à sua solução.

Entretanto, mudar a antiga forma de conceitualizar e entender a educação é um

processo que demanda tempo e requer uma ação conjunta de estudantes, professores, bem

como das instituições educadoras.

A partir desta nova maneira de produzir educação, os tipos de avaliação até então

empregados tornaram-se sozinhos, obsoletos. A mudança destes hábitos avaliativos não se

dá de forma tão natural quanto à “evolução” pretendida com o processo educativo. É algo

que ocorre de modo lento e baseado em novas experiências, abandonando antigas posturas

punitivas por parte dos professores e dando espaço à construção de posicionamentos mais

dialógicos e reflexivos por parte tanto do corpo discente quanto do docente.

Neste contexto, a implantação de novas formas que consigam avaliar o aluno de

forma mais profunda ganha força no ambiente acadêmico. Elas buscam contextualizar, por

meio de diversas linguagens, as informações repassadas pelos mestres e a adição de

outras fontes de conhecimento buscadas pelos alunos, fundamentando a aprendizagem

para aquele que aprende. Assim, os instrumentos que visam avaliar de maneia qualitativa o

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conhecimento perdem espaço para os métodos que utilizam a criatividade como forma de

registro na edificação do conhecimento. Contudo, a superação de uma perspectiva

meramente classificatória de avaliação não tem sido conquistada facilmente, principalmente

quando as formas de obtenção de resultados parecem completas de objetividade e

neutralidade e quando os escores que enunciam parecem refletir a quantidade e a qualidade

das aprendizagens efetivas.

O ensino precisa ser estimulante e acolhedor, para que o aluno execute as

atividades solicitadas e se sinta vinculado ao conteúdo desse aprendizado.

O professor, que acompanha os alunos, orientando-os e instigando-os na superação

dos desafios postos, necessita assegurar-se de que o compromisso com a aprendizagem e

a superação das dificuldades poderá envolver a cada um e a todos.

A ação docente carece ser orientada por escolhas sobre o porquê ensinar alguns

conteúdos de um determinado modo ou sobre o momento apropriado para introduzir uma

informação ou, ainda, sobre a maneira de acompanhar o aprendizado, na complexidade da

rotina na sala de aula e em outros cenários. Escolhas adequadas exigem fundamentação

teórica consistente e vivências diversificadas.

É a avaliação que possibilita aos educadores e professores reconhecer se os

métodos educacionais que utilizam como contribuintes para a construção de conhecimentos,

de atitudes do saber fazer, estão alcançando o propósito definido.

Ao longo da prática profissional, é importante, portanto, adquirir uma visão mais

realista e crítica, em que há a oportunidade de integrar novas atitudes que podem ser

fundamentais na formação de professores e educadores, contribuindo, assim, na

identificação dos medos, das angústias e falhas das quais podem ser vítimas, e a busca de

soluções por meio de uma reflexão crítica.

Ainda em 1949, surgiu proposta que conduziu a uma percepção da avaliação

fortemente centrada nos objetivos pretendidos do aprendizado, e, nesta perspectiva, a

avaliação é considerada como um processo para conhecer até que ponto os objetivos

educacionais são realmente alcançados.

A avaliação é, então, apresentada não como um teste, mas como um processo com

três etapas possíveis, que são: identificar, obter e proporcionar informação. De início, são

identificadas as necessidades e, a partir daí, procede-se à elaboração de programas que

englobem processos que possam não estar exclusivamente ligados aos resultados,

conforme explicitado por Fernandes, 2010.

De outro modo, a avaliação consiste, também, em ajudar o aluno a perceber seus

pontos fortes e fracos por meio de uma reflexão mútua entre o professor e o aluno, para

que, juntos, encontrem novas formas de abordagem de conhecimentos necessários.

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A dimensão didática na avaliação conduz à obtenção do diagnóstico das dificuldades

dos alunos, do ritmo de suas aprendizagens, para que seja possível intervir no sentido de

desenvolver processos formativos de aprendizagem adequados às caraterísticas percebidas

no aluno.

A expressão “avaliação formativa”, criada por Scriven em 1967, implicou uma

significativa renovação dos conceitos de avaliação escolar, enriquecendo-os, alargando-os,

tornando-os mais adaptados tanto à complexidade das situações de ensino-aprendizagem

quanto às necessidades específicas dos alunos.

Para alguns autores, este tipo de avaliação determina a posição do aluno ao longo

de uma unidade de ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes encontrar

solução. A avaliação formativa acompanha o processo de ensino-aprendizagem,

vislumbrando identificar as aprendizagens bem-sucedidas e as que necessitam ser

melhoradas.

O Portfólio - ferramenta facilitadora do aprendizado e de sua avaliação

O termo Portfólio é composto pelo prefixo port, que vem do latim e significa

“transportar”, e pela palavra folio, a qual, segundo o dicionário HOUSSAIS, significa “um

livro feito com páginas grandes; uma única folha de papel ou página de um livro”. Conota

certa relação com o diário ou livro de um artista.

A definição do conceito de portfólio é bastante diversificada e está na origem de

atividades profissionais, especificamente ligadas à imagem e ao grafismo, como a fotografia

e a pintura, entre outros. Desse modo, a este nível, pretende-se, com a sua utilização,

registar e apresentar trabalhos de acordo com uma área especificada.

É na perspectiva de avaliação e facilitação do aprendizado que o portfólio ganha

espaço em face da implantação destes novos métodos de ensino-aprendizagem, por se

encaixar perfeitamente como uma ferramenta que se adapta às necessidades avaliativas na

formação do aluno nestas novas circunstâncias de processo ativo de aprendizagem.

Assim é que o portfólio é visto, como instrumento de apoio a um método que

concede melhorias científicas e técnicas, propiciando a troca de informações e o

crescimento profissional tanto para alunos quanto para professores, permitindo que ambos

se responsabilizem com um modo mais competente de realizar seus cuidados na vida

daqueles que confiam em suas ações para seu processo de cura. Além disso, tem como

intuito, também, proporcionar ao aluno um espaço pessoal para o registro de suas reflexões,

aprendizados técnicos e humanísticos bem como a correlação das situações abordadas em

estudos teóricos e as proposições de solução nas vivências de situações representativas

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dessas teorias. O estudante se percebe incluso na dinâmica de seu objeto de estudo,

adquire ou fortalece responsabilidades, assume desafios desde as fases mais precoces de

sua formação.

No processo de construção do portfólio, o aluno pode possuir uma bagagem de

conhecimento sobre o tema tratado, de forma a aumentar sua capacidade de reflexão e

emissão de dúvidas pertinentes. A busca por referenciais teóricos na literatura enriquece,

amplia e aprofunda esse conhecimento prévio e também faz parte da confecção do portfólio,

de modo que as fontes devem ser evidenciadas no relato.

Nos campos educacional e avaliativo, o portfólio vem ganhando muita notoriedade

por conseguir reunir elementos de reflexão dos discentes sobre seus processos de

aprendizagem nas experiências cotidianas. Por tratar-se um processo que demanda tempo,

pode ser utilizado em seguimento periódico, conseguindo captar as etapas de

aperfeiçoamento dos acadêmicos. Portanto, representa uma forma de obter um processo

construído pelos alunos, orientado pelo professor/orientador, capaz de registrar as

evoluções de sua aprendizagem por meio do tempo, sem perda de uma ação dialógica.

A vantagem do portfólio sobre o uso exclusivo de provas no processo avaliativo é

que ele permite a correção da análise e do julgamento a respeito do desempenho do aluno

durante o curso, favorece amostras de comportamentos dos estudantes em várias situações

de ensino, induz o aprendiz a refletir acerca de seu desempenho, orienta-o mais claramente

em direção a determinados pontos fundamentais do curso e, permite, ainda, ao professor

uma avaliação mais ampla do aluno, indicando suas facilidades e dificuldades.

Além disso, é considerado como competência do professor e dos coordenadores de

cursos, ou módulos de cursos, identificar processos que permitam avaliar melhor o

desempenho de seus alunos e, em conjunto, desenvolver métodos para melhorar a

aprendizagem de todos – alunos e professores.

Na perspectiva de alguns estudiosos, um portfólio pode conter muitos objetivos de

natureza distinta ou se referir a um conceito vasto que compreende múltiplas possibilidades,

uma vez que pode ser utilizado em diferentes contextos. Algumas orientações ou

caraterísticas que são importantes na construção de portfólios são referidas por vários

autores:

a) Informação - antes de iniciar a construção do portfólio, é importante clarificar, junto aos

alunos e aos encarregados de educação, o que se entende por portfólio e quais as

potencialidades pedagógicas deste instrumento.

b) Apoio - o professor deve dedicar algumas aulas ou parte delas para apoiar os alunos em

sua elaboração. Se a sua construção é realmente importante, então é algo que deve ser

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discutido e trabalhado em sala de aula e em pequenos grupos. Pode-se construir um guia

de apoio a esta tarefa, incluindo questões orientadoras.

c) Representatividade - a natureza dessas tarefas é determinada pelo contexto no qual o

portfólio é proposto, que tanto pode ser no âmbito de uma disciplina como em um conjunto

de disciplinas e pelas experiências de aprendizagem que são, ao longo do tempo, ofertadas,

propostas aos alunos. Cabe, assim, ao professor discutir com os alunos o tipo de tarefa que

habitualmente são trabalhadas e, em conjunto, fazer uma listagem de diversidade de tarefas

que o portfólio deverá apresentar. Entretanto, nesta seleção de atividades, devem definidas

tarefas para cada tipo de atividade incluída no portfólio.

d) Flexibilidade - pode-se incluir uma nova reflexão a acompanhar a nova produção, conter

uma parte explicativa referente à nova inclusão ou à substituição de uma ação/produção

realizada.

e) Globalidade - uma das características do portfólio é a variedade de situações que podem

ser nele incluídas. Tal fato permite, portanto, concluir a inserção de várias dimensões de

aprendizagem, entendida, em seu sentido amplo, global.

f) Continuidade - outra oportunidade que o portfólio apresenta, quer por parte do professor,

quer do aluno, é ter acesso à evolução do aluno ao longo do tempo e, para que isso seja

possível, devem ser registradas as datas de entrada de cada elemento constitutivo do

portfólio, durante os diversos períodos cursados.

Uma avaliação contínua, aprendizado crescente

Um processo de avaliação contínua pelos professores orientadores tem permitido

identificar necessidades que passam a ser incluídas no aperfeiçoamento de sua formação e

avaliação.

O portfólio revela para o educando como estão processando-se sua aprendizagem e

seu desenvolvimento. Em decorrência, ele pode transformar, mudar, (re)equacionar esse

processo de aprendizagem, em vez de simplesmente saber sobre ele. Faculta ao professor

perceber a qualidade e a efetividade do ensino desenvolvido, suscita-lhe um permanente

repensar de sua prática e condutas pedagógicas, muito mais que, meramente, tecer juízos

que levam à classificação dos alunos e à sua separação em bons e fracos.

Uma finalidade essencial do portfólio é registrar a trajetória de aprendizagem dos

alunos, pois mantém armazenadas as principais etapas por eles vivenciadas na apropriação

do saber. Entretanto, não pode ser confundido com uma mera pasta de tarefas. É

comparado a um “diário do aluno”, uma vez que a preocupação é com o registro periódico,

feito pelo educando, de dados e impressões, mostrando suas reflexões, suas críticas, seu

aprendizado.

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Além disso, os portfólios representam, também, um espaço de diálogo entre

educadores e educandos, pois são construídos, elaborados e reelaborados, compartilhados

e interpretados no decorrer de todo o trabalho pedagógico. Eles possibilitam documentar,

registrar e estruturar as tarefas produzidas, as estratégias selecionadas para a resolução de

problemas, as aprendizagens edificadas – bem como aquelas ainda em curso. Evidenciam,

então, a dimensão formativa da avaliação da aprendizagem.

Enquanto ferramenta avaliativa, o portfólio favorece a reflexão sobre as

aprendizagens alicerçadas e aquelas ainda em construção, gerando uma aprendizagem

mais integral, na medida em que é contínua e progressivamente registrada, analisada,

revista, dialogada e repensada. Possibilita refletir sobre os assuntos abordados em sala de

aula, vivenciar na prática e verificar o que, de fato, foi aprendido, registrado. Outro aspecto a

ser ressaltado é a busca e o uso de material científico apropriado para a sustentação das

reflexões registradas que fortalecem a formação individual, o que leva a um comportamento

de respeito e corresponsabilidade com as atividades e o aprendizado do grupo, assim como

a valorização de pesquisas.

O Uso do Portfólio na Prática Acadêmica do Curso de Medicina

Para a construção adequada do portfólio, o acadêmico deve seguir uma série de

orientações acerca dos parâmetros que devem estar presentes no seu relato e que serão

avaliados pelo professor.

Primeiramente, o tema que será abordado deve ser do conhecimento do aluno, do

grupo, do próprio professor e dos facilitadores, para o estabelecimento das ideias bem como

dos objetivos pretendidos ao construir um portfólio. Os principais objetivos são o

desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas cotidianos, o estímulo à leitura

e à pesquisa e ao pensamento reflexivo por parte dos alunos, o encontro de novas

necessidades de saber para a completude individual e grupal na formação do profissional.

Uma das orientações mais importantes a ser seguida é a inclusão das reflexões ao

final do relato de cada atividade, pois é nesse momento que se pode observar, em roda de

conversa, o que o aluno entendeu sobre o quanto aprofundou seu conhecimento e o que

mais despertou sua atenção. Essa Roda de Conversa integra o processo participativo que

tem início nas experiências vivenciadas por duplas de acadêmicos, fazendo rodízio na

passagem por diversos serviços contemplados na Unidade de Saúde, sempre monitoradas

pelo preceptor e monitores da equipe. São trazidas, neste momento, experiências singulares

ou mesmo somatórias nas quais podem ser evidenciadas aplicação de princípios do

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Sistema Único de Saúde (SUS), atenção humanizada, empatia e vínculo, segundo preceitos

da medicina centrada no paciente.

Dessa forma, não deve apenas descrever de forma objetiva a atividade prática do

dia, pois o processo de aprendizagem se concretiza de maneira mais eficaz quando o aluno

é capaz de formar seus próprios pensamentos e opiniões acerca de determinado assunto e,

sobretudo, quando reflete no grupo e é suportado por evidências já existentes.

Para complementar o assunto discutido em cada relato do portfólio e para estimular a

busca pelo conhecimento, é necessária a pesquisa de referências bibliográficas, que podem

ser aulas, artigos científicos, reportagens, palestras, seminários, entre outros, e, assim,

enriquecer o relato, aportando o cuidado no uso da linguagem escrita.

Após o término de alguns relatos, que devem ser construídos periodicamente, o

portfólio deve ser entregue ao orientador para que seja feita a avaliação.

A avaliação do portfólio pelo orientador representa um dos critérios de avaliação

formativa do aluno, o que permite a constatação ampla do desenvolvimento do acadêmico

em um determinado espaço de tempo no que diz respeito não apenas ao conhecimento

teórico adquirido, mas à sua capacidade de resolução de problemas a partir dos referenciais

teóricos estudados e habilidades de reflexão e comunicação adquiridas durante as práticas

vivenciais.

Durante a avaliação formativa, são analisados, desta forma, os seguintes critérios:

participação/comprometimento/comunicação; pontualidade; registro das atividades no

portfólio; desenvolvimento e registro de pensamento crítico sobre a vivência e relação com o

SUS; referências bibliográficas pesquisadas e utilizadas.

Finalizada a avaliação, é estabelecido o feedback professor-aluno, em que o

professor fará comentários e observações sobre cada atividade que foi relatada no portfólio,

e apontará o que pode ser mais bem desenvolvido ou algum fato que deixou de ser

registrado/refletido/aprofundado. Neste momento, cabe ao orientador estimular o estudante,

por meio de suas observações, quanto à avaliação das reflexões descritas.

Essa avaliação é realizada de modo a monitorar e obter o crescimento pessoal e

acadêmico do aluno e do grupo de alunos, permitir aos professores um aprofundamento de

seus conhecimentos na medida em que eles se deparam com as reflexões pessoais de

cada indivíduo, as quais também devem ser discutidas no grupo de estudo.

Tal modo de avaliar, conhecido como avaliação formativa, conforme foi descrito

anteriormente, representa uma estratégia pedagógica que busca combater equívocos ou

inadequações encontradas no processo ensino-aprendizagem. De outro modo, ressalta-se a

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importância de dar oportunidade aos alunos para vivenciar situações interativas como

relatos de experiências vividas e trocas de argumentação, de maneira que eles também

possam se tornar mais habilitados na expressão escrita e oral.

Uma reconhecida importância do uso do portfólio é a organização de todos os

registros de trabalhos dos alunos durante o semestre ou ano. Dessa maneira, o aluno pode

perceber seu progresso, e o professor tem a oportunidade de analisar o processo como um

todo, observando quais as atividades que tiveram resultados mais eficazes ou quais as que

devem ser modificadas por não terem obtido êxito. Além disso, o portfólio pode ser utilizado

quando se deseja uma revisão dos assuntos já vistos durante o semestre e que estão ali

registrados.

Reflexões do Instrumento Portfólio

O portfólio tem representado uma das tendências das mais robustas para que

professores e estudantes compreendam suas trajetórias de ensino e de aprendizagem.

Pode-se constituir em diálogo e reflexão acerca dos processos de aprender-ensinar-

aprender e, muito mais, pode ser capaz de concretizar uma avaliação mais justa e,

sobretudo, participativa, dinâmica e criativa.

As narrativas, tanto do estudante quanto do professor, evidenciam o que e como foi

construído o conhecimento, os caminhos percorridos e aqueles que necessitam ainda ser

desvelados.

É percebido que o portfólio potencializa um ensino prático reflexivo, mostrando que

os estudantes não só reproduzem o que é ensinado, mas vivenciam-no, participando dos

processos, apropriando-se e recriando os conhecimentos. Um bom exemplo tem sido a

realização de atividades de educação em saúde nas salas de espera. Para promover essa

atividade, os alunos apropriam-se de saberes relativos à temática, que representa a

necessidade sentida pela comunidade e pelos profissionais, por meio de leitura de

publicações atualizadas. Em seguida, sob a orientação de preceptores, eles constroem

folder educativo para revisitar conhecimentos sobre comunicação com linguagem apropriada

somada a um visual estimulante, inspirador da curiosidade nas informações contidas. A

conversa com os usuários tem início com diálogo acerca de suas experiências e

comentários entre eles sobre solução de situações; assim, vão-se encaminhando para o

folder que é distribuído e trabalhado dialogicamente.

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Mais Considerações sobre o Portfólio na Avaliação Formativa

Ao considerar a avaliação como um processo formativo, são ressaltadas três

características fundamentais para esse tipo de avaliação: uma delas refere-se aos

dispositivos de avaliação que possibilitam a observação dos saberes, das habilidades e

competências dos estudantes, objetivando a formação de seres humanos autônomos e

conscientes. Outra característica é que a avaliação formativa precisa comunicar aos

envolvidos – professores e estudantes – seus processos de aprendizagem. A terceira é

representada pela função corretiva, na qual os sujeitos envolvidos podem ressignificar suas

ações e superar seus desafios, seus medos e seus insucessos.

O portfólio é, portanto, um instrumento capaz de romper com o conceito de avaliação

redutora e fragmentada, sinalizando para uma avaliação narrativa que dá voz aos

estudantes, ao professor e à comunidade, dando visibilidade às vivências e aos saberes

singulares e coletivos. O portfólio, segundo diferentes autores, como elemento integrador de

um currículo, privilegia a integração afetivo-cognitiva, considerando a diversidade da

experiência humana, o aprendizado compartilhado, como já defendido por diversos autores,

e maior vínculo professor-aluno e aluno-aluno.

Embora o aluno tenha uma participação mais autônoma nos cursos universitários,

permanece a necessidade de um acompanhamento constante, de natureza metodológica e

pedagógica. Neste contexto, a Coordenação do Módulo: Integração Serviço Ensino

Comunidade (ISEC), no Curso de Medicina do Centro Universitário Christus (Unichristus),

estruturou o portfólio inserindo conteúdo relacionado às práticas vivenciadas, bem como

orientações para seu uso e critérios de avaliação.

A busca permanente de aprimoramento do portfolio visa a alcançar um melhor

instrumento formativo e avaliativo. Como resultado desta assertiva, os critérios de avaliação

têm sido modificados ou acrescentados.

Após uma discussão entre professores da Coordenação Geral e de cada semestre

do ISEC, foi estabelecida reformulação de critérios de avaliação, de acordo com

necessidades percebidas na avaliação formativa por meio do portfólio para o ano de 2017.

Decidiu-se pela atribuição de uma nota para cada atividade do aluno, sendo lançada a

média das notas das atividades realizadas no período, respeitando critérios acordados para

as avaliações.

Os critérios utilizados atualmente estão relacionados a seguir.

- O aluno que não comparecer a uma atividade ou que não a registre perderá a avaliação,

uma vez que não foi vivenciada a atividade formativa.

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- A entrega do portfólio com atraso terá como consequência a redução na pontuação média

das atividades.

- Assiduidade e pontualidade - essa mudança tem o propósito de edificar responsabilidade

no compromisso individual com o horário e proporcionar chances iguais ao processo

formativo do grupo.

- Comunicação em grupo – Roda de Conversa. Uma das principais mudanças foi a

introdução desse critério avaliativo que propicia uma maior interação entre os alunos e o

compartilhamento do aprendizado entre eles. Essa comunicação em grupo é amplamente

utilizada em muitas organizações para a tomada de decisão e resolução de problemas e

promove a facilitação da exploração de novas ideias e conceitos; além disso, precisa ser

estimulada pelos preceptores, para que sejam analisadas dificuldades encontradas pelos

alunos e verificado o que pode ser feito para facilitar o processo de aprendizado.

- Registro das atividades - requer, além da informação sobre a vivência, uma escrita clara,

abordagem linguística e completude da vivência, inclusive na Roda de Conversa em grupo.

- Reflexões sobre as vivências relacionadas ao SUS, à comunidade usuária, trazendo aporte

de conhecimentos adquiridos em aulas, leitura de artigos e de livros-texto.

- Referências bibliográficas é um critério que permanece, tendo em vista a necessidade de

fundamentar reflexões e aprendizado. Cada vez mais é solicitado o encontro de referências

atualizadas, relacionadas à vivência, bem como a citação correta no corpo do texto e ao

final, conforme normas da ABNT.

A transformação da avaliação formativa em nota requer pontuação adicionada aos

critérios, o que foi pactuado entre os professores do módulo ISEC.

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Quadro 1. Critérios avaliativos – Portfólio, Medicina Unichristus, 2017.

E= excelente; B= bom. R- regular; I= insuficiente; A- ausente. * Justificado pelo professor, até 1.0 pt

O quadro 1 mostra os critérios atualizados para a Avaliação Formativa utilizada no ano

de 2017, no módulo ISEC/Medicina/Unicrhistus.

Algumas percepções sobre atividades realizadas por profissionais auxiliares bem

como ausência de instrumentos, equipamentos na unidade de saúde, registrados no

portfólio são temas para atuação da Unichristus na realização de aquisição desses

equipamentos e, sobretudo, na capacitação dos profissionais.

Vale ressaltar que o ISEC é um módulo horizontal, do primeiro ao oitavo semestre do

Curso de Medicina, e que, em relação ao segundo e terceiro semestres, são utilizadas

características diferenciadas, de acordo com atividades direcionadas ao processo de

pesquisação desenvolvido em equipamentos sociais no território da Unidade de Saúde, com

propósito de mostrar e discutir a base epidemiológica utilizada no Sistema Único de Saúde

(SUS) para seleção e intervenção em problemas na comunidade.

Os demais semestres têm como cenário a área de abrangência das Unidades de

Atenção Primária à Saúde (UAPS) e as atividades na própria Unidade.

Está sendo discutida a elaboração do portfólio para a aplicação no primeiro

semestre, ocasião em que é concebido o conhecimento acerca do processo saúde-doença,

sobre evolução e organização do sistema de saúde e produção e sobre uso das

informações na produção e análise dos indicadores de saúde,

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Portfolio Eletrônico na Modernidade Tecnológica. Confiabilidade assegurada?

Realizado ainda na forma manuscrita, verificam-se alguns problemas no manejo de

recepção, avaliação e retorno dos portfólios aos alunos, fato que vem despertando a ideia,

não assumida anteriormente, do uso do material eletrônico. Com base nisso, foi discutida a

elaboração do e-portfólio para aplicação no primeiro semestre do Curso, quando são

concebidos conhecimentos sobre o processo saúde-doença, a evolução e organização do

sistema de saúde e a produção e uso das informações na produção e análise dos

indicadores de saúde.

Na universidade, no atual contexto, cada vez mais, estudantes estão conectados aos

dispositivos móveis, utilizando notebooks, smartphones ou tablets e, ainda, as redes de

dados sem fio, como 4G, com o intuito de mudar a forma como estudam, guardam e

arquivam seu material como textos, sínteses e reflexões produzidos no processo

educacional.

Mais recentemente, os portfólios digitais representam um novo aspecto em relação

ao portfólio tradicional, como um documento de texto, um arquivo PDF, imagens e outros

recursos digitais. É verdade que há uma preocupação, que já vem sendo discutida na

Instituição, relacionada à fidelidade de sua construção, mas que parece haver mecanismos

de inibição desta variável.

O e-portfólio pode significar uma técnica mais bem manejada dada a habilidade e a

competência dos jovens de hoje no uso da internet; pode facilitar o encontro e uso de

publicações em paralelo à elaboração do produto individual. Universidades de diferentes

países já utilizam o e-portfólio na educação médica e outras áreas.

As pesquisas avaliativas com estudantes usuários têm mostrado satisfação em seu

uso, embora alguns o tenham descrito como algo impessoal que diminui a proximidade

entre alunos e entre alunos e professores, características consideradas não positivas.

Pensando na Avaliação do Portfólio por Alunos para Embasar a Criação do E-portfólio

Estimulados por resultados encontrados em avaliações de e-portfólios pelos alunos

usuários e sua aplicação, o grupo de coordenadores e professores do ISEC está

conversando sobre mudança de portfólios manuscritos para e-portfólios, e está propondo

discutir essa ideia em reunião do Núcleo Docente Estruturante (NDE), do qual fazem parte.

Além disso, pretende realizar uma simulação do uso do e-portfólio e formar um grupo de

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discussão que inclui alunos, professores, técnicos auxiliares que participam do manejo dos

portfólios manuscritos atuais e técnicos da área de computação. Além da preocupação com

a fidelidade dos registros e das reflexões, é necessário que seja evitado o prejuízo da

redução da relação aluno-professor, a qual pode trazer falhas ao processo ensino-

aprendizagem.

Refletindo sobre o grande educador Paulo Freire, não existe ensinar sem aprender...

O processo de ensinar e aprender acontece simultaneamente de tal maneira que quem

ensina aprende; de um lado porque reconhece um conhecimento antes aprendido, e de

outro porque observa a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para

apreender o ensinado, sem o que não o aprende, o próprio ensinante se ajuda a descobrir

incertezas, acertos e equívocos.

Por fim, em conclusão, o portfólio facilita o processo de aprendizado na avaliação do

estudante, no estabelecimento do feedback professor-aluno para destacar aspectos

positivos e também deficiências a serem superadas. Desta forma, é possível acompanhar o

crescimento contínuo e progressivo do aluno, do professor e a conquista de qualidade na

formação médica, constituindo, assim, um paradigma educacional diverso, olhando o

passado, o presente e o futuro.

Folhear um portfólio avaliativo, como já descrito por alguém, é descortinar um ser

humano em processo de aprendizagem. Cada página revela um momento ímpar de

realização ou de dificuldade, de interesse ou de apatia, de envolvimento ou de cansaço, de

enriquecimento... Cada tarefa denota uma forma de elaboração e de apropriação do saber,

do modo como os conhecimentos estão sendo incorporados, compreendidos,

correlacionados, aplicados e redimensionados em uma prática contínua que pode incluir a

mudança de paradigma para o e-portfólio.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

Paulo Freire

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