manual de auditoria operacional no pessoal

82
MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA MANUAL DE AUDITORIA OPERACIONAL NA ÁREA DE PESSOAL Equipe de Elaboração : Auditores da COAUD/CISET/MARE Técnicos da SRH/MARE 3ª VERSÃO : Outubro de 1997

Upload: jocyani-vieira-rosa

Post on 13-Aug-2015

111 views

Category:

Documents


15 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

MANUAL DE AUDITORIA OPERACIONAL NA ÁREA

DE PESSOAL Equipe de Elaboração: ✓ Auditores da COAUD/CISET/MARE ✓ Técnicos da SRH/MARE

3ª VERSÃO : Outubro de 1997

Page 2: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

2

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

“Os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento;

e os que a muitos ensinam a justiça como as estrelas sempre e eternamente.”

Daniel 12:3

Page 3: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

3

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

ÍNDICE

Apresentação 04 Introdução 05 Conceito 05 Objetivos 06 Composição da equipe 07 Duração dos trabalhos 08 Papéis de trabalho 09 Procedimentos e técnicas de auditoria 11 Controles internos 13 Metodologia empregada na realização dos trabalhos 15 Levantamentos preliminares 15 Planejamento dos trabalhos 16 Execução dos trabalhos de campo 19 Elaboração do relatório de auditoria 36 Acompanhamento das recomendações 38

Page 4: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

4

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

I - APRESENTAÇÃO Este manual tem por finalidade fornecer subsídios para a realização dos trabalhos de auditorias operacionais integradas na área de pessoal, em parceria com a Secretaria de Recursos Humanos-SRH/MARE; com os órgãos seccionais e regionais de controle interno aos quais o órgão auditado está jurisdicionado; e, ainda, com as Coordenações-Gerais de Recursos Humanos-CGRH dos ministérios supervisores das unidades/entidades examinadas. Os trabalhos de auditoria realizados propiciaram uma economia significativa na folha de pagamento dos órgãos auditados, além de contribuir, efetivamente, para a elisão de certas irregularidades, impropriedades e ilegalidades que vinham sendo praticadas nessa área de pessoal. Assim, diante da necessidade emergente de aprimorar a qualidade desse tipo de ação fiscalizatória, optamos por confeccionar o presente manual que, no nosso entendimento, será de grande valia aos profissionais encarregados de realizar essa importante tarefa. Nossa modesta pretensão foi apresentar ao sistema de controle interno e demais usuários, um documento simples, prático e ao mesmo tempo de fácil compreensão, que pudesse nortear, tecnicamente, a realização desse tipo de auditoria na área de pessoal. A Equipe encarregada da elaboração do presente manual, contou com a participação dos auditores da CISET/MARE e técnicos da área de auditoria da SRH/MARE, conforme seguir descrito:

Auditores/Técnicos Origem Leodelma de Marilac Félix COAUD/CISET/MARE Maria de Fátima Aires Leite COAUD/CISET/MARE José Carlos Moreira Pereira COAUD/CISET/MARE Gilberto Pereira Lopes COAUD/CISET/MARE Vera Alice Fragoso dos Santos COAUD/CISET/MARE Rubens Roriz da Silva COAUD/CISET/MARE Ildemar José Pimentel Trajano SRH/MARE

Page 5: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

5

Enfim, é importante ressaltar que a auditagem da folha de pagamento dos servidores civis da administração direta, autárquica e fundacional, no âmbito do Poder Executivo, é uma atividade que, com certeza, trará uma significativa parcela de contribuição para o equilíbrio dos gastos públicos, além de propiciar indicativos que norteiem a execução da gestão dos recursos humanos com eficácia, eficiência, efetividade e qualidade.

Equipes da COAUD/CISET/MARE e SRH/MARE.

Page 6: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

6

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO NO MARE COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA

II - INTRODUÇÃO: A concepção formulada para a realização das auditorias integradas na área de pessoal, tem como pressuposto básico a parceria, no intuito de alcançar objetivos comuns, de dois grandes sistemas, quais sejam: a) de Controle Interno do Poder Executivo, instituído pela Medida Provisória nº 480, de 27.04.94, e suas reedições. Sendo que, sua atuação está a cargo da Secretaria Federal de Controle-SFC/MF, que possui unidades seccionais, em cada Ministério, denominadas de Secretarias de Controle Interno (CISET) e unidades regionais, nos Estados, as Delegacias Federais de Controle (DFC/MF), além das unidades setoriais e órgãos equivalentes nos Ministérios Militares, na Presidência da República e no Ministério das Relações Exteriores. b) de Pessoal Civil do Poder Executivo Federal-SIPEC, instituído pelo Decreto nº 67.326, de 1.970, que regulamentou os art. 30 e 31 do Decreto-Lei nº 200, de 1.967. Sua atuação está a cargo da Secretaria de Recursos Humanos-SRH/MARE, que compõe-se de unidades setoriais, as Coordenações-Gerais de Recursos Humanos dos Ministérios e unidades seccionais, os Departamentos de Recursos Humanos das Autarquias e Fundações públicas. Da junção de esforços dos profissionais destes dois grandes sistemas, os quais estão localizados nas várias unidades que os compõem, produz-se um consistente trabalho de exames no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos-SIAPE. De um lado a SFC/MF atua na ótica do controle dos gastos públicos zelando pela boa e regular aplicação dos mesmos. Por outro lado, a SRH/MARE, tomando por base os resultados apontados nos trabalhos de auditoria, implementa rotinas e procedimentos com vistas a aperfeiçoar e aprimorar o SIAPE. III - CONCEITO: Auditoria operacional integrada na área de pessoal consiste em avaliar as ações gerenciais e procedimentos relacionados ao processo de gestão de informações da folha de pagamento dos servidores civis da administração direta, autárquica e fundacional, processada através do SIAPE, com a finalidade de apoiar e assessorar a administração na correção de desvios, no aprimoramento do sistema e observando a legalidade, legitimidade e economicidade na execução dos fatos administrativos, bem como propiciando a maximização da eficiência e eficácia dos mesmos. Para se entender este conceito, faz-se necessária a introdução de algumas definições importantes sobre palavras-chaves nele contidas. Podemos mencionar as seguintes, no intuito de produzir um entendimento completo da matéria:

Page 7: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

7

Legalidade: Pode-se definir como o atributo daquilo que está em conformidade com o ordenamento jurídico. Legitimidade: Diz respeito à qualidade do que é fundado na razão, na justiça, na equidade, na lógica (coerência de raciocínio e de idéias), no interesse geral. É o reflexo da legalidade, provida daquilo que é justo e correto, levando-se em consideração o ordenamento jurídico. Economicidade: É a atenção da gestão com o bom uso (qualitativo) dos recursos financeiros, por definição, escassos, desde a adequação da proposta orçamentária das metas (vinculação à realidade) a serem atingidas, passando pela evitação de desperdícios e pagamentos incorretos que possam causar prejuízo ao erário. Eficácia: É o grau de atingimento das metas específicas estabelecidas para serem atingidas pelo sistema de gerenciamento da folha de pagamento. É a razão entre a quantidade de produtos elaborados pela gestão (“output”) em contraposição às metas programadas. Eficiência: É a quantidade de recursos, “input,” empregados por unidade de produto (“output”) gerado. Significa, portanto, a produção de folhas de pagamento com a utilização adequada dos recursos disponíveis, bem como a correta utilização do sistema de gerenciamento das informações relacionadas à recursos humanos. IV - OBJETIVOS: O objetivo básico do trabalho desenvolvido, é verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade do gasto público com pessoal, alocado ao orçamento do órgão auditado, bem como observar a eficiência e a eficácia do SIAPE. Pode-se, ainda, delinear os seguintes objetivos: @ avaliar os controles internos quanto à sua adequação e eficácia, bem

como observar seus procedimentos na identificação e prevenção de falhas e irregularidades;

@ observar o cumprimento e aperfeiçoamento das normas legais

aplicáveis à área de pessoal; @ eliminar procedimentos desnecessários ou em duplicidade e, ainda,

aqueles que gerem ineficiência e desperdícios dos recursos disponíveis para o órgão auditado empregar na área de pessoal;

@ aferir a confiabilidade e a consistência do sistema de gerenciamento

da folha de pagamento; @ recomendar e assessorar a implementação de medidas corretivas com

vistas a dotar a folha de pagamento de legalidade, legitimidade e de pleno atendimento ao princípio da economicidade, bem como contribuir para a eficiência e eficácia do SIAPE;

Page 8: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

8

@ evitar o uso ineficiente e antieconômico de equipamentos e de recursos humanos disponíveis para o órgão examinado; @ avaliar a força de trabalho do órgão auditado em relação à demanda

de atividades desempenhadas pelos servidores, observando a existência de procedimentos desnecessários e de custos injustificados ou, ainda, a duplicação de esforços entre unidades da área de pessoal.

V - COMPOSIÇÃO DA EQUIPE: A equipe encarregada da realização dos trabalhos de auditoria, terá a seguinte composição: 01 Servidor da CISET, à qual o órgão está jurisdicionado 01 Servidor da DFC, quando a auditoria for realizada nos Estados da Federação 01 Servidor da CISET/MARE 01 Servidor da SRH/MARE 01 Servidor da CGRH do ministério supervisor Obs: A Equipe poderá ser diminuída ou aumentada em função das características próprias de cada órgão ou entidade a ser inspecionado. Os servidores encarregados da realização dos trabalhos, deverão observar e cumprir as normas de auditoria relativas à pessoa do auditor, bem como as relativas à execução dos trabalhos, quais sejam: Normas relativas à pessoa do auditor: a) Independência (soberania, imparcialidade e objetividade) b) Treinamento e competência (conhecimento técnico, capacidade profissional e atualização de conhecimentos) c) Zelo profissional (cautela e comportamento ético) Normas relativas à execução dos trabalhos: a) Planejamento e supervisão (exame preliminar e elaboração do programa de auditoria) b) Avaliação do sistema de controle interno (capacidade do sistema e prevenção de falhas) c) Elementos comprobatórios ( obtenção de evidências) O auditor deve possuir, ainda, as seguintes qualificações comportamentais, no que diz respeito ao seu relacionamento com os demais membros da equipe e com a pessoa do auditado: - gostar de pessoas

Page 9: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

9

- suscitar um baixo grau de rejeição - falar com pessoas sem feri-las - conviver harmoniosamente em grupo - agir com assertividade - agir com diplomacia - saber elogiar quando necessário e criticar quando for preciso Enfim, cumpre ressaltar que o auditor no exercício de suas funções deve atentar para as seguintes orientações, contidas no Manual de Auditoria do Tribunal de Contas da União, TCU, aprovado pela Portaria n° 63, de 27.02.96: “- manter atitude de independência em relação à unidade auditada; - manter atitude de imparcialidade, de modo a não distorcer os objetivos de seus

trabalhos, abstendo-se de emitir opinião preconcebida ou tendenciosa induzida por convicções políticas ou de qualquer outra natureza;

- emitir opinião sobre documentos ou situações examinadas apoiando-se em

fatos e evidências que permitam o convencimento razoável da realidade ou veracidade dos fatos;

- manter atitude de serenidade e comportar-se de maneira compatível com a

exigida pelo cargo, de modo a, demonstrando mérito para servir ao interesse comum, prestigiar o serviço público;

- guardar sigilo sobre dados e informações obtidos nos trabalhos pertinentes aos

assuntos sob sua fiscalização, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres e relatórios destinados à chefia imediata;

- zelar para que pessoas não autorizadas não tenham acesso aos papéis de

trabalho em que se registram as informações referentes a trabalhos de auditoria, de análise de processos, etc;

- buscar permanente aprimoramento profissional, mantendo-se atualizado

quanto a novas técnicas e instrumentos de trabalho relativos à sua área de atuação; e

- ser cortês com o auditado, sem contudo abrir mão das prerrogativas do

cargo.” VI - TRABALHO DE AUDITORIA 6.1 - Duração do Trabalho

Page 10: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

10

A força de trabalho disponibilizada para a realização destas auditorias, deverá efetuar seus trabalhos no período médio de 25 (vinte e cinco) dias úteis, que perfaz o quantitativo de 05 (cinco) semanas. Este período ora proposto, enfatiza a montagem da equipe de auditoria, considerando que seus componentes pertencem a variados órgãos e sistemas da administração pública. Assim, pode-se prever que esta equipe realizará seus trabalhos estabelecendo as fases relativas à levantamentos preliminares, planejamento do trabalho e elaboração do programa de auditoria, execução dos trabalhos de campo e confecção do pré-relatório de auditoria. Desta maneira, a disposição das horas trabalhadas, por fase de realização, é a seguinte: FASES DO TRABALHO N° DIAS (úteis) % Levantamentos preliminares 01 a 02 4% a 8% Planejamento e Programa de Auditoria 02 a 03 8% a 12% Execução dos trabalhos de campo 10 a 15 40% a 60% Elaboração do Pré-Relatório de Auditoria 03 a 05 12% a 20% Total 16 a 25 - Em função das dimensões do órgão ou entidade auditada recomenda-se adotar o seguinte quadro de tempo para a realização dos trabalhos:

Tipo da Equipe N.º Servidores (*)

Dias úteis Servidores/Equipe

Horas úteis

A -500 15 03 360 B 500 a 2000 20 04 640 C +2000 25 05 1200

(*) n.º de servidores da folha de pagamento do órgão/entidade inspecionado. 6.2 - Papéis de Trabalho Conforme definição de William Attie, in “Auditoria, Conceitos e Aplicações”, Atlas, 1992, página 69, entende-se por papéis de trabalho “o conjunto de formulários e documentos que contém as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações, os quais constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento da sua opinião.” Durante a execução dos trabalhos de auditoria o auditor se utiliza dos documentos comprobatórios originais apresentados pela Unidade Pagadora-UPAG examinada. Como não é possível tirar cópia de todos os documentos, devido a quantidade (volume) e custo, o auditor utiliza o papel de trabalho para registrar as descobertas por ele realizadas e para comprovar o trabalho cumprido. Evidentemente, que em alguns casos, além de preencher os papéis de trabalho, o auditor deverá providenciar a fotocópia do documento, devido a materialidade, relevância e substancialidade do achado de auditoria. Quando da elaboração dos papéis de trabalho (PT), o auditor deve levar em consideração que os mesmos serão apresentados com:

Page 11: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

11

a) concisão: deve ser concisos de forma que todos entendam sem a necessidade de explicações da pessoa que os elaborou; b) objetividade: devem ser objetivos, de forma que se entenda onde o auditor pretende chegar com seus apontamentos; c) limpeza: devem estar limpos de forma a não prejudicar o entendimento destes; d) lógica: devem ser elaborados de forma lógica de raciocínio, na sequência natural do objetivo a ser atingido; e) completos: devem ser completos por si só. Com vistas a otimizar a utilização dos papéis de trabalho, podemos delinear as seguintes finalidades dos mesmos: a) racionalizar a execução do trabalho; b) garantir o alcance dos objetivos; c) fundamentar o relatório do auditor com provas necessárias e suficientes; d) facilitar a revisão do trabalho; e) fornecer orientação para exames posteriores. Podemos, ainda, observar que os papéis de trabalho, quanto ao tipo podem ser: os preparados pelo próprio auditor, os preparados pelo auditado, os documentos originais ou cópias e outros documentos de terceiros envolvidos na análise efetuada. Nestes trabalhos é recomendável a utilização de PT de 14 e 07 colunas, conforme modelo anexo, a serem fornecidos pela CISET de jurisdição do órgão auditado, no qual conterá o timbre desse órgão seccional de controle interno. Além destes, existem papéis de trabalho padronizados como: controle de Comunicação de Auditoria-CA e Índice de Papéis de Trabalho-IPT. Os papéis de trabalho devem ser codificados e amarrados, quando se relacionarem entre si. Portanto, devem conter indicações precisas sobre a origem ou o destino das informações neles contidas. Assim, tomando por base o programa de auditoria, o auditor poderá assinalar no círculo estampado no prontispício do PT a codificação deste, como a seguir exemplificado: 08 - Folha de Pagamento 08 - A Vencimentos e proventos - pessoal civil 08 - A 1 Vencimento superior ao teto da Portaria

Page 12: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

12

Para auxiliar a conferência e revisão dos dados, costuma-se utilizar marcas chamadas tick-marks. A principal função de tais marcas é evidenciar qual o tipo de trabalho de revisão que foi efetuado sobre aquele dado marcado. As marcas mais usuais são as seguintes: a) conforme documento original examinado ( Ø ) b) conforme registro do SIAPE ( √ ) c) cálculo conferido ( Σ ) d) confere soma ( T) É importante frisar, também, que os papéis de trabalho devem ser revisados pelo coordenador de campo, com vistas a garantir que o serviço foi executado conforme o planejado e as conclusões estão de acordo com o apurado naqueles registros. 6.3 - Instrumento de Trabalho A equipe de auditoria deverá dispor para subsidiar os seus trabalhos os seguintes relatórios de informações cadastrais e financeiros extraídos do SIAPE: a) Fornecidos pelo órgão auditado, conforme AS:

• Folha de pagamento do mês - LA54120 BN INATIVO

- LA54120 AV ATIVO - LA54127 AV PENSIONISTA - LA54120 AX SUPLEMENTAR - L.A454120.AT

• Levantamento de situações já identificadas b) Fornecidos previamente pelo SERPRO:

• Fichas Financeiras dos 100 maiores salários pagos nos últimos 12 meses • Relação dos servidores que recebem rubricas específicas

c) Extraídos pela equipe de auditoria

• FPEMFICHAF • FPCOFICHAF

VII - PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE AUDITORIA: Segundo William Attie, em sua já citada obra, “procedimentos ou técnicas de auditoria são investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da opinião do auditor...”. A Instrução Normativa n° 16/90-DTN/SFN/MEFP trata como técnica de auditoria e a define como “conjunto de procedimentos a ser adotado no desenvolvimento dos trabalhos de auditoria”. Já o Manual de Auditoria do TCU, citado anteriormente, apresenta distinções entre procedimento e técnica de auditoria, quais sejam:

Page 13: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

13

Procedimento de auditoria: conjunto de verificações e averiguações previstas num programa de auditoria, que permite obter e analisar as informações necessárias à formulação da opinião do auditor. Técnica de Auditoria: análise de um elemento selecionado com vistas a determinar se um objetivo específico de auditoria é ou não alcançado. Sem entrar no mérito da questão, podemos elencar os seguintes procedimentos ou técnicas de auditoria nas atividades relacionadas à área de pessoal: a) exames físicos; b) circularizações e confirmações formais; c) exame da documentação original; d) conferência de somas e cálculos; e) exames de registros no SIAPE; f) investigação minuciosa e entrevistas; g) correlação entre as informações obtidas; h) observação das atividades; i) amostragem. Nos trabalhos de auditoria operacional integrada na área de pessoal os auditores devem utilizar as técnicas e procedimentos, anteriormente descritos, com o intuito de emitir opinião sobre a gestão de recursos humanos, de determinado órgão examinado. Assim, a prática adequada dessas técnicas, conjugada com os objetivos traçados, permitirá ao auditor executar o programa de acordo com tais objetivos e com a segurança fornecida pelos sistemas de controles internos avaliados. Dos procedimentos anteriormente destacados, podemos analisar um dos mais importantes, qual seja, a amostragem. Neste trabalho de auditoria na área de pessoal é relevante destacar que seria impossível verificar todas as fichas financeiras dos servidores públicos vinculados a determinada UPAG. Assim, temos que selecionar uma amostra consistente e representativa dos assentamentos e registros financeiros dos servidores sob exame, com vistas a emitir uma opinião sobre os fatos observados. A IN n° 16/90-DTN/SFN/MEFP conceitua amostragem como sendo “o processo pelo qual se obtém informação sobre um todo (população), examinando-se apenas uma parte do mesmo (amostra)”. A amostra tem desta que ser representativa do universo de registros financeiros funcionais a serem auditados. Desta forma, para que uma amostra seja representativa, cada item da população deve ter a mesma chance de ser selecionado, ou seja, de ser incluído na amostra. Ela deve, também, fornecer informações suficientes sobre o conjunto de atividades referentes à área auditada, assumindo as seguintes características:

Page 14: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

14

a) deve possuir as características de todos os elementos do universo auditado; b) deve proporcionar prova suficiente para o auditor. A amostra pode ser obtida por método estatístico, probabilístico, não estatístico, não probabilístico ou subjetivo. A amostra estatística, não muito usual pela sua complexidade e conhecimentos técnicos, é aquela em que a determinação e seleção dos elementos se fazem baseadas em cálculo de probabilidades. Normalmente utilizamos a amostra não estatística, haja vista sua baixa complexidade operacional. Dentre as técnicas de amostragem não estatística, distinguem-se: a) amostragem por período determinado; b) amostragem sistemática; c) amostragem pela materialidade. Desta forma, quando selecionamos as 200 maiores remunerações de uma UPAG, estamos nos valendo da amostragem pela materialidade. Enfim, a seleção da amostra, por qualquer método, obedece as seguintes fases: a) quantificação da amostra dimensionada em função dos controles internos existentes na organização auditada e dos objetivos da auditoria; b) seleção e identificação da amostra; c) seleção de procedimentos de auditoria aplicáveis à amostra; d) avaliação dos resultados da amostra. Nesta primeira versão do Manual apresentaremos apenas estes tópicos relacionados a amostragem. Nas futuras versões é pretensão da equipe apresentar maiores informações técnicas sobre amostragem estatística, bem como a confecção de uma matriz de risco para exame da folha de pagamento de uma UPAG qualquer. VIII - CONTROLES INTERNOS: Efetuando uma adaptação da definição de controles internos do já citado Manual de Auditoria do TCU, para o tipo de auditoria na área de pessoal, podemos apresentar o seguinte conceito:

a) veracidade das informações introduzidas no SIAPE; b) prevenção de fraudes e desperdícios com pagamentos indevidos; c) estímulo à eficiência do pessoal; d) introdução de medidas que visem salvaguardar e controlar a administração de recursos humanos.

Page 15: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

15

No que diz respeito à avaliação dos controles internos, podemos relevar os seguintes pontos: 1. definição de responsabilidade e autoridade; 2. segregação de funções; 3. exigências de comprovação e documentação original; 4. métodos de processamento e acesso a terminais; 5. confidencialidade; 6. treinamento, capacitação e rodízio de servidores; 7. completabilidade de rotinas e interação de procedimentos; 8. pontualidade e oportunidade em relação a conclusão de tarefas; 9. planejamento, coordenação, execução, controle e organização; 10. exatidão em relação aos cálculos (memória de cálculos); 11. grau de informalidade dos controles; 12. existência e observância de instruções, normas, políticas e legislações; 13. adequação de procedimentos administrativos e operacionais; 14. informações gerenciais satisfatórias e fidedignas; 15. observância da relação custo/benefício; Os controles internos implantados em uma unidade de gerenciamento da folha de pagamento, deve, prioritariamente, ter caráter preventivo e estar voltado, permanentemente, para a correção de eventuais desvios em relação aos parâmetros legalmente estabelecidos para a execução desta folha de pagamento. Enfim, deve-se ter em mente que quanto maior o grau de adequação dos controles internos, menor será a vulnerabilidade desses controles. IX - METODOLOGIA EMPREGADA NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS: A metodologia adotada para o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria operacional integrada na área de pessoal prevê 5 (cinco) etapas para sua realização completa. A

Page 16: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

16

seguir, apresentamos as etapas, discorrendo em cada uma delas os procedimentos necessários para sua conclusão:

a) Levantamento Preliminares; b) Planejamento do Trabalho e elaboração do programa de auditoria; c) Trabalho de Campo; d) Elaboração de Relatórios; e) Acompanhamento das recomendações apontadas em relatório.

✓ 9.1 - Levantamentos preliminares Os trabalhos desta fase, devem ser executados pela CISET de jurisdição do órgão auditado, SRH/MARE e a equipe de auditores. A abordagem típica desta etapa é fazer uma ampla avaliação do que faz a organização e como realiza suas operações. Sinteticamente, busca-se nesta etapa a familiarização com o ambiente a auditar. Os resultados do levantamento realizado, devem ser registrados em papéis de trabalho. Os itens a serem pesquisados são os seguintes: a) identificar a missão ou tipo de negócio do órgão auditado;

b) levantamento de informações econômico-financeiras da folha de pagamento;

c) confecção de demonstrativo da força de trabalho estrutura em diversos tipos de indexadores de informações; d) conhecimento da estrutura organizacional; e) outros levantamentos julgados relevantes pelos auditores. Os levantamentos preliminares vão nortear a fase de planejamento dos trabalhos de auditoria e, portanto, devem ser realizados com consistência e apresentando resultados que propiciem a tomada de decisão quanto ao tipo de exame a ser empregado na auditoria.

✓ 9.2 - Planejamento do trabalho e elaboração do Programa de Auditoria Nesta fase a equipe de auditoria é composta, com os servidores oriundos de vários órgão da administração pública federal, conforme já indicado anteriormente, para dar início aos procedimentos de planejamento dos trabalhos a serem realizados. Assim, é salutar a realização de

Page 17: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

17

uma reunião de abertura, para que os auditores possam se conhecer e estabelecer um amigável relacionamento, que será de grande valia para a consecução da atividade de auditoria. Para o desenvolvimento desse tipo de fiscalização, faz-se necessário adotar um adequado planejamento, com vistas a garantir que os resultados das ações atinjam os objetivos colimados. Nesta etapa elabora-se o programa de auditoria que consiste, basicamente, “num plano de ação detalhado destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas o recomendarem”. Apresentaremos seguir os itens básicos que nortearão a composição de um programa de auditoria. É salutar que o auditor na fase de planejamento, elabore, previamente, as Solicitações de Auditoria relacionadas a documentos ou fatos que já possam ser questionados, antes do início dos trabalhos de campo. A “S.A” nada mais é que “um expediente utilizado pelo auditor para solicitar documentos e informações e, ainda, justificativas do órgão, a propósito de falhas, omissões, impropriedades, irregularidades verificadas no exercício de suas atividades ou qualquer outro tipo de verificação que requeira a manifestação do auditado.”

✓ 9.3 - Execução dos Trabalho de Campo Consiste na verificação “in loco”, da legalidade, legitimidade e propriedade dos pagamentos efetuados pelo órgão auditado, mediante análise dos documentos e registros existentes e dados do SIAPE, de conformidade com o programa de auditoria. Com o propósito de orientar o trabalho de campo, são elencados a seguir, os principais pontos de referências para auditoria, com os procedimentos correspondentes e a indicação da legislação aplicada. PONTOS SOBRE GESTÃO DE PESSOAL, ORGANIZAÇÃO E CONTROLE REGISTROS FUNCIONAIS Itens para exame:

a) ficha funcional - verificar se é adotado modelo adequado para registro dos dados funcionais dos servidores;

b) registros funcionais - verificar se os dados funcionais são criteriosamente registrados, se estão atualizados e se conferem com os dados do SIAPE;

PASTAS FUNCIONAIS. Itens para exame:

a) deve ser observado se os documentos referentes à vida funcional do servidor são arquivados em pastas adequadas;

b) verificar se há pastas específicas para o arquivamento das declarações de bens dos servidores, principalmente dos ocupantes de cargos em comissão;

c) observar se são arquivados nas pastas funcionais os processos que tratam de interesses de cada servidor.

CONTROLE DE FREQUÊNCIA

Page 18: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

18

Itens para exame: a) há controle de freqüência de conformidade com o disposto no Decreto n.º

1.590/96? b) são tomadas as medidas previstas em lei, quando registradas faltas

injustificadas por mais de 30 dias? CONTROLE DE LICENÇAS E AFASTAMENTOS Itens para exame:

a) verificar se há controle das licenças e afastamentos; b) verificar se são constituídos processos para a concessão ou autorização de

licenças e afastamentos, c) verificar se são observados os procedimentos legais para a concessão de

licenças e afastamentos; d) verificar se os períodos de afastamentos e licenças são anotados na ficha

funcional dos servidores. CONTROLE DAS PENSÕES TEMPORÁRIAS Itens para exame:

a) verificar se há cadastro dos beneficiários das pensões temporárias; b) verificar se há controle da idade dos beneficiários das pensões temporárias; c) verificar se são excluídos os pagamentos de pensões cujos pensionistas

perderam a condição de beneficiários, na forma do artigo n.º 222 da lei n.º 8.112/90.

CONTROLE DA CESSÃO DE SERVIDOR Itens para exame:

a) verificar se há comprovante de freqüência mensal do servidor cedido; b) verificar se o servidor cedido assinou termo de opção referente à forma de

pagamento da sua remuneração; c) verificar se o órgão cedente tem conhecimento da forma do pagamento feito

pelo órgão cessionário ao servidor cedido; CONTROLE DA DISTRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS.

Itens para exame: a) verificar se há relação mensal dos beneficiários de auxílio alimentação com

assinatura de cada um, comprovando a entrega dos tickets; b) verificar se os ticktes são entregues a terceiros somente quando autorizado pelo

beneficiário.

✓ 9.4 - Pontos Específicos 9.4.1 - ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS 9.4.2 - ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO 9.4.3 - ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 9.4.4 - ADICIONAL DE IRRADIAÇÃO IONIZANTE 9.4.5 - ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Page 19: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

19

9.4.6 - ADICIONAL NOTURNO 9.4.7 - AJUDA DE CUSTO 9.4.8 - ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR 9.4.9 - APOSENTADORIA (FOLHA DE PAGAMENTO) 9.4.10 - AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 9.4.11 - AUXÍLIO FUNERAL 9.4.12 - AUXÍLIO NATALIDADE 9.4.13 - CESSÃO/REQUISIÇÃO 9.4.14 - CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA 9.4.15 - DECLARAÇÃO DE BENS E RENDAS 9.4.16 - FÉRIAS 9.4.17 - GRATIFICAÇÃO DE LOCALIDADE 9.4.18 - INCORPORAÇÃO 9.4.19 - INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE 9.4.20 - JORNADA DE TRABALHO 9.4.21 - LICENÇA-PRÊMIO 9.4.22 - PENSÕES 9.4.23 - SENTENÇAS JUDICIAIS 9.4.24 - SUBSTITUIÇÃO 9.4.25 - TITULAÇÃO 9.4.26 - VALE TRANSPORTE 9.4.1 - ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS OU FUNCÕES PÚBLICAS. OBJETIVO: Verificação da legalidade da acumulação de cargos, empregos e funções públicas, de acordo com a legislação vigente. VEDAÇÃO: O exercício de mais de um cargo público, em nível federal, estadual e municipal, abrangendo servidores públicos da administração direta, autárquicas, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, regra geral, é proibida por força do art. 37, inciso XVI da Constituição Federal. EXCEÇÕES: A própria Constituição, entretanto estabelece as seguintes exceções , no caso de comprovada compatibilidade de horário: a) de dois cargos de professor ( C.F. Art. 37 XVI “a”); b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico (C.F. Art. 37 XVI “b); c) de dois cargos privativos de médico (C.F. Art. 37 XVI “c”); d) de cargos de carreira do Ministério Público com outro de Magistério (C.F., Art. 128, § 5º II, “d”);. e) de cargo de juiz com outro de magistério (C.F. Art. 95, Parágrafo Único); f) de dois cargos privativos de médico que estivessem sendo exercidos por

Page 20: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

20

médico militar na Administração Pública direta ou indireta em 05.10.88 (ADCT, Art. 17, § 1º );

g) de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, que estivessem sendo exercidos na Administração Pública Direta ou Indireta em 05.10.88, assim considerados aqueles cujas atribuições estejam voltadas, exclusivamente, no sentido estrito, para a saúde, como por exemplo: enfermeiro, farmacêutico, odontólogo, técnico de laboratório etc. (ADCT, Art. 17, § 2º e Ofício Circular DRH/SAF n.º 07/90, item XIV); h) de cargo, emprego ou função pública com mandato de vereador, em que haja

compatibilidade de horário (C.F, art. 38,III); INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Embora as hipóteses de acumulação permitida estejam definidas expressamente no texto da Constituição Federal, ainda são suscitadas dúvidas na aplicação, de alguns desses dispositivos pelos órgãos do sistema, tais como:

a) acumulação de um cargo de professor com outro técnico ou científico Há dúvida quanto a definição de cargo técnico ou científico, devendo o auditor para dirimi-la observar o seguinte:

• Caberá ao órgão ou entidade interessada examinar se os cargos ou empregos são técnicos; a caracterização far-se-á mediante análise das respectivas atribuições.

• Considera-se cargo técnico ou científico, nos termos do art. 3º do Decreto n.º 35.956, de 02 de agosto de 1954, aquele para cujo exercício seja indispensável e predominante a aplicação de conhecimentos científicos ou artísticos obtidos em nível superior de ensino.

• Também pode ser considerado como técnico ou científico o cargo para cujo exercício seja exigida a habilitação em curso legalmente classificado como técnico, de grau ou de nível superior de ensino.

• Os cargos e empregos de nível médio, cujas atribuições lhe emprestem característica de “técnico”, poderão, em face do entendimento firmado no Parecer C.G.R. n.º CR/AS 28/29 (DOU de 15.06.89 - Seção I, pág. 9502), ser acumulados com outro de Magistério (alínea “b”, item XVI, do art. 37 da Constituição Federal). Exemplos: Desenhista, Técnico de Laboratório, Técnico de Contabilidade, Auxiliar de Enfermagem, Programador etc.

• Os cargos e empregos de nível médio, cujas atribuições se caracterizam como de natureza burocrática, repetitiva e de pouca ou nenhuma complexidade, não poderão, em face de não serem considerados técnicos ou científicos ser acumulados com outro de Magistério. Exemplos: Agente Administrativo, Assistente de Administração, Agente de Portaria, Datilógrafo etc.

b) Compatibilidade de horário Deve ser observado o seguinte: Em qualquer caso de acumulação de cargos permitida por lei, é indispensável que

haja compatibilidade de horários.

Page 21: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

21

• É indispensável compatibilidade de horário, para o cumprimento integral da jornada ou do regime de trabalho, de acordo com as regras de funcionamento do órgão ou entidade e a localização geográfica dos locais de trabalho, mostre-se materialmente possível de conciliar as atividades, (Lei n.º 8.112/90, Art. 118, § 2º, Decreto n.º 97.595/89, Art. 3º, Pareceres n.º CGR FC-20/90 e AGU n.º GQ-07/93, Ata n.º 8/93, Decisão 56) c) Licença ou afastamento sem remuneração.

São freqüentes os questionamentos sobre a possibilidade do servidor licenciado ou afastado sem remuneração ocupar outro cargo público, quando os cargos envolvidos são inacumuláveis. Sobre esta questão deve ser observado:

• A suspensão do contrato de trabalho e a licença para tratamento de interesses particulares não descaracterizam o regime de acumulação, porquanto permanece a titularidade dos cargos ou empregos ocupados (Parecer C.G.R.G - 559, in DOU de 15.09.67 e Parecer/DRH n.º s 246, de 20.06.90)

• Os servidores em licença para tratar de interesses particulares e com contrato suspenso não poderão exercer cargos, empregos ou funções públicas (Ofício-Circular SRH n.º 03/89, item IV e SAF/DRH n.º 07/90, item IX; Pareceres CGR nº 559-H/67 e SAF/DRH n.º 248/90; Ata 10/91, Anexo III, 55/91, Decisão 362, 28/94, Decisão 521);

d) Percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, quando os cargos são inacumuláveis.

• Esta situação foi definida como acumulação ilícita pelo art. 118 da Lei n.º 8.112/90, na redação dada pela Medida Provisória n.º 1573-7 de 02/05/97. •O cumprimento desse dispositivo, entretanto, vem sendo prorrogado por decisão do Poder Executivo, conforme os termos da Instrução Normativa n.º 11 de 17/10/96, que dispõe sobre a opção pela remuneração do cargo efetivo ou pelos proventos da inatividade para efeito de regularização da acumulação.

e) acumulação de cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, conforme o art. 17, § 2º do ADCT. As dúvidas sobre esta questão referem-se à definição dos cargos abrangidos pelo ADCT e à situação dos ocupantes desses cargos, exigida para que possa ser considerada lícita a acumulação. A respeito de tais dúvidas deve ser observado o seguinte:

• São considerados cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde aqueles cujas atribuições estão voltadas, exclusivamente, e no sentido estrito, para a área de saúde.

Exemplos: Enfermeiro, Farmacêutico, Odontólogo, Técnico de Laboratório, Auxiliar de Laboratório, Técnico de Enfermagem, Fisioterapeuta, Auxiliar Operacional de Serviços Diversos que presta serviços na área de atendimento em hospitais; Técnico em Radiologia, etc. • É lícita a acumulação de dois cargos da área de saúde somente se o ingresso em

ambos os cargos tiver ocorrido antes da data de vigência da Constituição Federal, ou seja , até 04/10/88.

Page 22: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

22

f) Sobre acumulação de cargo há ainda que observar o seguinte:

• É vedada a acumulação de dois ou mais cargos em comissão. (art. 119 da Lei nº 8.112/90);

• Não é permitida a acumulação de cargo em comissão com qualquer outro cargo ou emprego, ressalvado o instituído da cessão (art. 93, da Lei nº 8.112/90); ressaltando que o pagamento integral da remuneração do cargo efetivo e da remuneração do cargo em comissão ao servidor cedido caracteriza;

• Quanto aos processos de apuração de acumulação de cargos deve ser verificado se os trabalhos das comissões foram concluídos e se foram regularizadas as acumulações ilícitas, na forma de art. 133 da Lei n.º 8.112/90, na redação dada pela MP 1573-7, de 02/05/97.

LEGISLAÇÃO BÁSICA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 37, XVI e RE STF n.º 163.204-6 CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 38, III ADCT, Art. 17 parágrafos 1º e 2º Decretos n.º 97.595/89, Art. 6º; Decreto n.º 99.177/90, Art. 2º, com a redação dada pelo Dec. n.º 99.210/90, Lei n.º 8.027/90, art. 7º Parágrafo 2º; Lei n.º 8.112/90, art. 118 Parágrafo 2º; Lei n.º 8.216/91, Art. 25; . Portaria SEPLAN n.º 422/89, art. 4º; e Parecer CGR n.º FC-20/90 e AGU n.º GQ-07/93; Parecer CGR n.º 559-H/67; Parecer SAF/DRH n.º 248/90; Ata n.º 5/95, Decisão 18, 1ª Câmara; Ata n.º 8/93, Decisão 56 Ata nº10/91, Anexo III; Ata n.º 55/91, Decisão 362, 28/94, Decisão 521; Ofício-Circular DRH/SAF n.º 07/90, item XIV; e Ofício-Circular SRH n.º 03/89, item 4; Ofício-Circular SAF n.º 07/90, item IX MP N.º 1.522, de 11.10.96 Decreto nº2.027, de 11.10.96 IN/MARE N.º 11, de 17.10.96 9.4. 2 - ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do adicional de tempo de serviço (ATS) artigo 67 da Lei n.º 8.112/90 e suas alterações. CONCEITUAÇÃO COM A NOVA REDAÇÃO:

O adicional de tempo de serviço é devido à razão de 5% a cada 5 anos de serviço público efetivo prestado à União, às Autarquias e às Fundações Públicas Federais, observado o limite máximo de 35% incidente exclusivamente sobre o vencimento básico do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança.

Page 23: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

23

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: O auditor deverá extrair em rubrica específica, do sistema SIAPE, a relação dos servidores que recebem o ATS e verificar:

• se está sendo cumprido o limite máximo de 35% para o pagamento do adicional, conforme determinado, pela MP 1.195, de 24/11/95;

• se está sendo concedido o ATS à razão de mais de 5% a cada 5 anos de serviço público efetivo, o que não é permitido conforme nova redação dada, à época, pela MP 1.480-19, de 04/07/96 e transposta para a MP 1573-9, 03/07/97 e reedições;

• se o ATS incide sobre valor superior ao vencimento básico do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança, o que não é permitido, devendo o valor ser exclusivamente sobre o Vencimento Básico do cargo efetivo.

observações:

o adicional de tempo de serviço não é devido a servidor ocupante de cargo em comissão que não seja titular de cargo efetivo. (Ata 10/93, Acórdão 40, 2ª Câmara, 35/94, Decisão 477 e 29/95, Acórdão 170, 1ª Câmara).

fica resguardado o direito à percepção do anuênio aos servidores que, em 05/07/96, já o tiverem adquirido, bem como o cômputo do tempo de serviço residual para concessão desse adicional. (Artigo 7º da MP 1.480-19, de 04/07/96 e artigo 6º de suas reedições).

LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8.112/90 - Art. 67 MP 1.195, de 24/11/95 MP 1.480-19, de 04/07/96 MP 1.480-32, de 11/07/97 artigo 6º MP 1.573-9, de 03/07/97 e reedições. 9.4.3 - ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU ATIVIDADE PENOSA OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do adicional de insalubridade, periculosidade ou atividade penosa, de acordo com a legislação que rege a matéria. DEFINIÇÃO: Os adicionais de insalubridade e periculosidade, previstos no Inciso XXIII do Art. 7º da Constituição Federal e disciplinados, no âmbito do Serviço Público Federal, pelas Leis nºs

Page 24: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

24

8.112/90 e 8.270/91, são vantagens concedidas aos servidores quando, em suas atividades, estiverem sujeitos, permanentemente, a determinadas condições de trabalho. São consideradas atividades insalubres, de acordo com o art. 189 da CLT, aquelas que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Atividades perigosas são aquelas que, por sua natureza ou método de trabalho, impliquem o contato permanente com substâncias, agentes, etc., em condições de risco acentuado, a exemplo dos inflamáveis, explosivos, energia elétrica, etc. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: - Extrair na rubrica específica quais os servidores que recebem o adicional; - De acordo com as normas que disciplinam as referidas vantagens, deve ser observado o seguinte:

a) se os adicionais foram concedidos com fundamento em laudo pericial, conforme o Decreto n.º 97.458, de 15/01/89;

b) se os laudos periciais foram renovados anualmente, conforme o Decreto n.º 97.458/89;

c) se o laudo pericial foi emitido por profissional qualificado, de conformidade com o Decreto n.º 97.458/89;

d) se o pagamento dos adicionais cessou com a eliminação das condições ou dos da Lei n. 8.112/90;riscos que deram causa à sua concessão, conforme o art. 68, § 2º

e) se há pagamento de adicionais a servidor em gozo de licença prêmio ou afastado para exercer mandato classista, conforme Parecer SAF/DRH/Nº 174/91, item 8 e ATA/TCU n.º 34/92, Acórdão 111.

f) se os adicionais estão sendo incorporados aos proventos da aposentadoria, contrariando a Orientação Normativa SAF/Nº 111/91;

g) se os valores dos adicionais pagos estão sendo calculados sobre o vencimento básico do servidor e nos percentuais previstos no art. 12 da Lei n.º 8.270/91, a seguir discriminados:

Adicional de Insalubridade: • grau mínimo 5% • grau médio 10% • grau máximo 20%

Adicional de Periculosidade • 10%

h) se está sendo observado o requisito da habitualidade do trabalho em locais insalubres ou perigosos para a concessão dos adicionais, conforme o Art. 68 da Lei n.º 8.112/90;

i) se está sendo efetuado pagamento cumulativo dos adicionais, em desacordo com § 1º do Art. 68, da Lei n.º 8.112/90;

j) se estão sendo observadas as exigências impostas pelo Decreto n.º 97.458/89, para a concessão desses adicionais, como:

• requisitos para expedição do laudo pericial, estabelecidos no art 2º; • óbices ao pagamento dos adicionais constantes do art. 3º;

Page 25: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

25

• concessão mediante portaria de localização do servidor periciado ou portaria de designação para exercer atividade objeto de perícia;

• autorização do pagamento dos adicionais somente após a conferência pela autoridade pagadora da exatidão da Portaria de Localização ou designação, do laudo pericial e do ato de concessão dos adicionais.

* No caso de pagamento indevido ou no percentual incorreto, o auditor deverá efetuar os cálculos e recomendar a devolução do valor indevido. LEGISLAÇÃO BÁSICA Constituição Federal - art. 7º, inciso XXIII Lei n.º 8.112, de 12/12/90, artigos 61, 68, 69, 70, 71 e 72 CLT, artigos 189 e 193 Decreto n.º 97.458, de 15/01/89 decreto-lei n.º 1.873 de 27.05.81 IN/SRH/SEPLAN/PR N.º 02, de 12.07.89 (DOU 14.07.89) Art.12 da Lei n.º 8.270 de 17.12.91 ON/SAF N.º 17 ON/SAF N° 58 ON/SAF/N° 111 Parecer SAF N.º 502/92 (DOU 28.10.92) Decisão n.º 475/95 - TCU - Plenário (DOU 02.10.95) Decisão n.º 678/95 - TCU - Plenário ( DOU 28.12.95) 9.4.4 - ADICIONAL DE IRRADIAÇÃO IONIZANTE (rubrica SIAPE 667) OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do adicional de irradiação ionizante a servidores, de acordo com a legislação. DEFINIÇÃO: O adicional de irradiação ionizante foi instituído, por força dos mesmos dispositivos constitucionais e legais que criaram os adicionais de insalubridade e periculosidade, ou seja, o art. 7º, inciso XXIII da Constituição Federal, o art. 68 da Lei nº 8.112/90 e o art. 12 da Lei n.º 8.270/91. Embora as atividades tomadas para efeito de concessão deste adicional sejam também classificadas como perigosas, os servidores sujeitos aos riscos decorrentes da irradiação ionizante não são contemplados com o adicional de periculosidade, e sim com o “adicional de irradiação ionizante”, previsto no parágrafo 1º do art. 12, da Lei nº 8.270/91. QUEM RECEBE:

O Adicional será devido aos servidores civis da União, das Autarquias e das Fundações Federais que estejam efetivamente desempenhando suas atividades em áreas envolvendo fontes de irradiação ionizante. A concessão será de acordo com laudo técnico

Page 26: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

26

emitido por comissão interna do Órgão, dentro das normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN. O adicional será concedido também a servidor não pertencente ao quadro permanente, apenas detentor de cargo em comissão, desde que exerça suas atividades em local de risco potencial. Os servidores expostos às irradiações ionizantes serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. Sempre que houver alteração nas condições técnicas que justificaram a concessão, haverá revisão do percentual do adicional. E se descaracterizada as condições de que resultaram na concessão do adicional cessará o direito a sua percepção. O adicional será concedido de acordo com a tabela abaixo TABELA PARA DEFINIÇÃO DE ADICIONAL DE IRRADIAÇÃO IONIZANTE

UNIDADES

ENVOLVIDAS

RISCO POTENCIAL

ADICIONAL COM TEMPO DE PERMANÊNCIA

NA ÁREA DE TRABALHO LIMITE DE DOSE ANUAL

PARA O SERVIDOR

I I R O R N

Mínimo de 1/16 da carga horária semanal de trabalho

Mínimo de 1/10

20%

A I D Z I A

Menor do que 1/6 da carga horária e maior do que 1/80

Entre o valor para o grupo crítico do público e 1/10

10%

A N Ç T Ã E O .

Exercício de atividades no raio de risco de exposição

5%

TODOS OS CÁLCULOS DEVEM ESTAR BASEADOS EM 2.000 HORAS DE TRABALHO POR ANO

CIVIL

O valor limite para o grupo crítico do público e aquele especificado para indivíduos do público obedecidas as Normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear. DOSE ANUAL: Aquela dose de irradiação recebida pelo indivíduo e acumulada durante

um ano, cujo cálculo deve levar em conta a dose potencial. RISCO POTENCIAL: Leva em conta a probabilidade de ocorrência de uma atuação anormal,

bem como as doses possíveis de serem recebidas como conseqüência da situação (FONTE DECRETO N.º 877/93).

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Deve ser observado:

Page 27: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

27

• Se foi emitido laudo técnico para a concessão do adicional de irradiação

ionizante, conforme o art. 2º do Decreto nº 877/93; • Se está sendo feita a revisão dos percentuais do adicional quando há alteração

nas condições técnicas que justificaram as concessões, conforme o art. 4º do Decreto nº 877/93;

• No cálculo do valor do adicional, se foi tomado por base o vencimento básico do cargo efetivo e aplicados corretamente os percentuais devidos, segundo o art. 5º do Decreto nº 877/93;

• Se os servidores beneficiados com o adicional semestralmente a exame médico, conforme determina o art. 3º do Decreto nº 877/93.

LEGISLAÇÃO BÁSICA Constituição Federal - art. 7º inciso XXIII Lei n.º 8.112/90, artigos 68 e 72 Lei n.º 8.270/91, art. 12 Decreto n.º 877, de 20/07/93. 9.4.5 - ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO - rubricas-SIAPE N.º 00080,00081 e 00082. OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do adicional por serviço extraordinário a servidores, de acordo com as normas vigentes. DEFINIÇÃO: O adicional por serviço extraordinário, instituído pela Lei nº 8.112/90, artigos 73 e 74, com fundamento no art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, é devido em decorrência da prestação de serviços extraordinários para atender a situações excepcionais e temporárias VALOR: O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho, e o mesmo será permitido para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 2 horas por jornada. (Lei 8.112, artigos 73 e 74) O pagamento será efetuado juntamente com a remuneração do mês em que ocorre o serviço extraordinário, e o mesmo será previamente autorizado pelo dirigente de Recursos Humanos do órgão ou entidade. A proposta será acompanhada da relação nominal dos servidores que o executará. O limite do serviço extraordinário é de quarenta e quatro horas mensais e noventa horas anuais, consecutivas ou não, podendo ser acrescido de quarenta e quatro horas, mediante autorização do MARE (Decreto n.º 948 de 05/10/93). PROIBIÇÃO:

Page 28: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

28

O Decreto n.º 2.030 de 11/10/96, proíbe, no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, a execução de serviços extraordinários, até 31/12/97, não se aplicando aos hospitais públicos federais. Excepcionalmente, o Ministro do MARE poderá autorizar a realização de serviços extraordinários em atividades específicas exercidas pelos respectivos órgãos ou entidades, mediante proposta fundamentada do Ministro de Estado interessado. Não é permitido o pagamento de horas-extras a servidores ocupantes de FG (rubrica 00560) DAS (rubrica 00025) e substituição (rubrica 00024).( Decreto n.º 74.851, art. 4º, “b” e Ata n.º 20/91, Decisão 16). CÁLCULO: Tomando por base a remuneração de um servidor que percebe: Vencimento + Adicional por Tempo de Serviço + GAE ÷ 240 = (Y). Valor da Hora extra = (y) x 1,50. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Examinar a situação de excepcionalidade para a execução de serviços extraordinário, bem como a comprovação das horas-extras trabalhadas no registro de freqüência. LEGISLAÇÃO BÁSICA: - Constitução Federal, art. 2º - inciso XVI - Lei 8.112, art. 73 e 74. - Decreto n.º 948 de 05/10/93. - Decreto n.º 2.030 de 11/10/96 - Decreto n.º 74.851/74

9.4.6 - ADICIONAL NOTURNO OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do adicional noturno a servidores, de acordo com as normas vigentes. DEFINIÇÃO: O serviço noturno, conforme os termos do Art. 75 da Lei n.º 8.112 de 1990, é aquele prestado em horário compreendido entre 22 horas de uma dia e 5 horas do dia seguinte. A hora para efeito de cálculo do Adicional Noturno deve ser computada como 52 minutos e 30 segundos. O serviço noturno terá o valor acrescido de 25%. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

Page 29: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

29

- Selecionar na rubrica específica ( 00028) a relação dos servidores que recebem o adicional;

- Verificar a documentação comprobatória que originou o pagamento do Adicional Noturno, para esses servidores, tais como:

• Solicitação da Chefia e a respectiva justificativa; • folha de freqüência do servidor; • se está no assunto de cálculo 30 ( emitir FPCOFICHAF); e • memória de cálculos dos minutos informados, se estão sendo computados da seguinte

forma: O Órgão informará a quantidade de minutos trabalhados no período compreendido entre 22:00 horas e 05:00 horas e no total de dias, ou seja:

7 horas (de 22:00 às 5:00) X n.º de dias trabalhados X 60 minutos * = X *corresponde a 01 hora normal, uma vez que o sistema está parametrizado para

converter essa uma hora de 60 minutos para uma hora de 52 minutos e trinta segundos (hora noturna).

X = total de minutos informado pela unidade. - caso os minutos informados estejam incorretos o valor pago a título de adicional noturno estará incorreto, devendo o auditor efetuar os cálculos e recomendar a devolução do valor pago a maior. INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

Ao servidor ocupante de cargo em comissão pode ser concedido o adicional noturno, tendo em vista que “o adicional noturno não se vincula a jornada de trabalho, mas tão-somente ao horário de trabalho prestado, compreendido entre as 22 e 05 horas da manhã, independentemente de seu titular ser detentor de cargo em comissão ou não, portanto aquele adicional tem caráter autônomo e independente”. ( Ata 42/95, Decisão 281, 1ª Câmara).

O Órgão deverá informar no SIAPE assunto de cálculo 30. O assunto de cálculo 30, está parametrizado para efetuar os cálculos do valor do adicional noturno, da seguinte forma:

CÁLCULO DO ADICIONAL NOTURNO 1) SOMATÓRIO DAS RUBRICAS COM INCIDÊNCIA

transação SIAPE - TBRUBRICC Corresponde a remuneração definida pela Lei n.º 8.852 2) JORNADA DO SERVIDOR EM MINUTOS JS / ( JS x 360) JC No caso de jornada do servidor 40 horas semanais e jornada do cargo 40 horas = 40 / (40 X 360) = 0,0000694 40 No caso de jornada do servidor 40 horas semanais e jornada do cargo 20 horas(caso dos médicos)= 40 / (40 X 360) = 0,00013880 20

Page 30: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

30

No caso de jornada do servidor 20 horas semanais e jornada do cargo 20 horas = 20 / (20 X 360) = 0,00013880 20 3) (QUANTIDADE DE MINUTOS INFORMADOS x 60) / 52,30 ( transformação da hora noturna de uma hora =

52´30´´ ADICIONAL NOTURNO = (1) x (2) x (3) = Y x 25% = VALOR DEVIDO DO ADICIONAL no item 2 verificar o caso específico. JS = JORNADA DO SERVIDOR JC = JORNADA DO CARGO Quantidade de minutos informados = minutos brutos = n.º de horas noturnas X n.º de dias X 60 minutos LEGISLAÇÃO BÁSICA: Constituição Federal, art. 7º, IX Lei n.º 8.112 - artigos, 19 e 75 Lei n.º 8.270/91 - art. 22 Decreto n.º 74.851/74 - art. 4º Ata TCU n.º 24/94, Decisão 190, 1ª Câmara. 9.4.7 - AJUDA DE CUSTO OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento da ajuda de custo a servidores, de acordo com a legislação que disciplina a matéria. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

Verificar se foram compensadas as despesas de instalação do servidor que, no interesse da Administração Pública, passou a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. 1. Os processos estão assim constituídos:

• portaria ou documento de remoção ex-ofício, com indicação da publicação; • indicação da classificação funcional/servidor; • cópia da carteira profissional da empregada doméstica (quando for o caso); • relação dos dependentes; • indicação do número da NE e OB ou cópia dos mesmos; • Nota Fiscal, fatura ou conhecimento (referente ao transporte de mobiliário/bagagem); • memorando ou ofício de apresentação para a nova sede.

2. O formulário de classificação do servidor informa:

• matrícula

Page 31: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

31

• nome • cargo ou função • referência • número de dependentes • remuneração no mês da transferência • declaração de que não recebeu outra concessão nos últimos 12 meses

3. O valor da ajuda de custo corresponde à remuneração do servidor percebida no mês de deslocamento para outra sede (IN/DTN 10/91 e art. 3º do Decreto 1.445/95) 4. No caso em que o servidor tenha 02 dependentes, o valor da ajuda corresponde ao dobro da remuneração e, se tiver 03 dependentes ou mais, o triplo (§ 2º do art. 3º do Decreto n.º 1.44/95) 5. O servidor se apresentou na nova sede no prazo de 30 dias (art. 57, Lei n.º 8.112/90) 6. Restituiu a ajuda de custo, caso não tenha se apresentado (art. 57, Lei n.º 8.112/90) 7. Foi observada a proibição de conceder ajuda de custo a servidor que tenha se afastado do

cargo ou reassumido em razão de mandato eletivo (art. 55, Lei n.º 8.112/90) ; 8. Foi feito seguro dos objetos transportados. 9. Foi observada a proibição de conceder ajuda de custo ao servidor que tenha recebido

indenização dessa espécie dentro do período de 12 (doze) meses imediatamente anterior (art. 4º do Decreto n.º 1.445, de 05.04.95)

10. Foi instituída a ajuda de custo no caso da não efetivação do deslocamento do servidor e cada

dependente para a nova sede no prazo de trinta dias contados da concessão (art. 57, Lei n.º 8.112/90 e inciso I do art. 9º do Decreto n.º 1.445/95)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES: • São considerados dependentes do servidor (art. 7º do Decreto n.º 1.445/95: o cônjuge ou a

companheira legalmente equiparada; o filho de qualquer condição ou enteado, bem assim o menor que, mediante autorização judicial, viva sob a sua guarda e sustento; os pais, desde que, comprovadamente, vivam às suas expensas; um empregado doméstico, desde que comprovada regularmente essa condição.

• A ajuda de custo será calculada com base no vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias de natureza permanente.

Obs.: não poderá exceder a importância correspondente a 3 meses (art. 54, Lei n.º 8.112/90. • A gratificação de função será incluída no cálculo da ajuda de custo, se tiver sido incorporada

a remuneração do servidor (Mensagem CONED/DTN 941.456, de 05.03.93)

Page 32: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

32

• As pessoas sem vínculo com o serviço público, nomeadas para cargo em comissão, com mudança de domicílio, fazem jus a ajuda de custo (art. 56 da Lei n.º 8.112/90)

• À família do servidor que falecer na nova sede são asseguradas ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 01 (um) ano, contado do óbito (§ 2º, art. 53 da Lei nº 8.112/90)

• Nos afastamentos para exercício de cargo em comissão ou função de confiança, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível (parágrafo único do art. 56 da Lei n.º 8.112/90 e Nota n.º 39 - SFC, de 08.09.95)

• É facultado ao servidor requisitado para o exercício dos cargos de Ministro de Estado, titulares de órgãos essenciais da Presidência da República, ocupantes de cargos de Natureza Especial e do Grupo Direção e Assessoramento Superiores - DAS, optar pela ajuda de custo em valor equivalente à remuneração integral do respectivo cargo (§ 1º do art. 3º do Decreto n.º 1.445/95)

• Na hipótese em que o servidor fizer jus à percepção da ajuda de custo e que, da mesma forma, o seu cônjuge ou companheiro o fizer, a apenas um serão devidas as vantagens de ajuda de custo, transporte e transporte de bagagem (art. 8º do Decreto n.º 1.445/95)

• A ajuda de custo não será restituída quando o regresso do servidor ocorrer “ex-ofício” ou em virtude de doença comprovada e havendo exoneração após noventa dias do exercício na nova sede (parágrafo único do art. 9º do Decreto n.º 1.445/95)

LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8.112, de 11.12.90 IN/DTN/Nº 10, de 02.10.91 Mensagem CONED n.º 941456, de 05.03.93 Decreto n.º 1.445, de 05.04.95 Mensagem SFC n.º 010977, de 11.04.95 Mesagem SFC n.º 066592, de 18.05.95 Nota n.º 39 - SFC,de 08.09.95 Decreto n.º 1.637, de 15.09.95 9.4.8 - ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR OBJETIVO: Verificação de aspectos legais do pagamento da assistência pré-escolar aos servidores, de acordo com a legislação vigente. DEFINIÇÃO: A assistência Pré-Escolar será prestada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, que estejam na faixa etária compreendida desde o nascimento até 6( seis) anos de idade, em período integral ou parcial, a critério do servidor, nos termos do Decreto n.º 977/93; Consideram-se como dependentes o filho e menor sob tutela do servidor na faixa etária acima establecida e quando se tratar de dependentes excepcionais, será considerada a idade mental comprovada em laudo médico, na mesma faixa etária retromencinada (art.4º,Decreto n.º 9677/93);

Page 33: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

33

A cota-parte referente à participação do servidor nos percentuais abaixo indicados na tabela de Cota-Parte (Port./SAF/PR nº82,de 11.01.94), incidirá sobre o valor-teto, constante da Portaria/SAF n.º 1.106/94 e 658/95, proporcional ao nível da remuneração do servidor;

TABELA DE COTA-PARTE

FAIXA DE REMUNERAÇÃO- ( COM BASE NA LEI Nº8.622, DE 19.01.93 - ANEXO III )

EM R$ PARTICIPAÇÃO DO SERVIDOR (%)

ATÉ 5 VEZES O VALOR CORRESPONDENTE AO VB, INCLUSIVE

ATÉ 368,10 5

DE 5 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 10 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

368,11 736,20

10

DE 10 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 15 VEZEZ O VB, INCLUSIVE

DE A

736,21 1.104,30

15

DE 15VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 20 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.104,311.472,40

20

ACIMA DO VALOR CORRESPONENTE A 20 VEZES O VB.

ACIMA DE

1.472,41 25

FONTE: PORTARIA/PR/SAF N.º 82, DE 11.01.94(DOU 12.01.94) B= Valor Base, (R$73,62 ), corresponde ao vencimento do nível auxiliar classe D, padrão I (NA,D,I). Tabela de Vencimento de acordo com a Portaria Interministerial n.º 026/95- DOU 23.01.95.

TABELA DE VALORES-TETO

UF valores - 1995 UF valores - 1995 UF valores - 1995 Port.SAF/PR

1.106/94 Port.MAR

E 658/95

Port.SAF/PR 1.106/94

Port.MARE

658/95

Port.SAF/PR 1.106/94

Port.MARE

658/95 JAN/MAR ABR/DEZ JAN/MAR ABR/DEZ JAN/MAR ABR/DEZ

AC 52,00 66,00 RN 52,00 66,00 MT 58,00 74,00 RO 52,00 66,00 PB 52,00 66,00 MS 58,00 74,00 AM

52,00 66,00 PE 52,00 66,00 PR 64,00 81,00

RR 52,00 66,00 AL 52,00 66,00 SC 64,00 81,00 AP 52,00 66,00 SE 52,00 66,00 RS 64,00 81,00 PA 52,00 66,00 CE 58,00 74,00 SP 70,00 89,00 TO 52,00 66,00 BA 58,00 74,00 RJ 70,00 89,00 MA

52,00 66,00 ES 58,00 74,00 MG 70,00 89,00

PI 52,00 66,00 GO 58,00 74,00 DF 75,00 95,00

exemplificando: servidor em exercício em Brasília remuneração: R$ 4.000,00 n.º de dependentes na faixa de 0 a 6 anos de idade: 01 valor do auxílio Pré-escolar: R$ 95,00 valor do desconto da cota parte Pré-escolar: R$ 23,75; INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

Page 34: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

34

• A partir da implantação do módulo cadastro de dependentes (junho de 1995), não é permitido como “valor informado”o pagamento do benefício da Assistência Pré-Escolar (Ofícío-Circular/MARE/SRH n.º 6/95);

• Quando os cônjuges forem servidores da Administração Pública Federal direta, autárquica e

Fundacional, o auxílio Pré-Escolar será concedido somente a um deles ( item 10, da IN/MF/SAF nº12/93);

• No auxílio Pré-Escolar incidirá retenção de imposto de renda na fonte (art.8º, inciso IX,

IN/SRF n.º 25/96 e Of.Circ.SRH/MARE nº23/96); PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Examinar o sistema de controles do benefício mantido pelo Órgão o qual deverá conter as informações e documentações do servidor e seus dependentes verificando ( item 25, IN/MF/SAF/93): nome do servidor; órgão de lotação; local de trabalho do cônjuge ou companheiro; nome e data de nascimento do dependente (consultar no SIAPE a transação CDCONDEP ( consulta dependente); modalidade de atendimento; faixa de remuneração e cota-parte; laudo médico para excepcionais; evolução mensal das despesas; e cadastro de informações do SIAPE. Verificar na pasta funcional do servidor se consta a documentação comprobatória que deu origem no cadastro e consequentemente ao pagamento do auxílio ( certidão de nascimento dos dependentes). LEGISLAÇÃO BÁSICA Decreto n.º 977, de 10.11.93 IN/MF/SAF n.º 12, de 23.12.93 ( D.O.U. 28.12.93) Portaria/PR/SAF n.º 82, de 11.01.94(D.O.U. 12.01.94) Portaria n.º 2.286, de 11.07.94, combinada com a Port.nº1.106,de 13.04.94 Ofício-Circular MARE/SRH n.º 6, de 02.03.95( D.O.U. 03.03.95) Portaria/MARE n.º 658, de 06.04.95 Ofício-Circular/MARE N.º 23, de 10.06.96 MSG/DRH/MARE n.º 247639, de 27.06.96 9.4.9 - APOSENTADORIAS - PROVENTOS/VANTAGENS

OBJETIVO:

Page 35: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

35

Verificação da legalidade do pagamento aos servidores aposentados de acordo com a legislação que regem a matéria e Decisões do Tribunal de Contas da União. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: VERIFICAR SE:

A)para servidores que se aposentaram sob a égide da LEI n.º 8.112/90

•vencimento integral - o servidor que aposentou com proventos integrais está de

acordo com a tabela vigente à data da concessão da aposentadoria;

•vencimento proporcional - está sendo pago calculado proporcionalmente ao tempo de serviço na razão de 1/35, 1/30, ou 1/25, de acordo com cada caso, obedecendo o valor fixado na tabela vigente à data do ato de aposentação;

•os anuênios são calculados sobre o vencimento integral, mesmos nas aposentadorias proporcionais;

•as gratificações inerentes à carreira ou ao cargo estão sendo pagas de acordo com a legislação pertinente e incorporadas aos proventos no seu valor integral, no caso das aposentadorias que preencheram os requisitos temporais exigidos e no seu valor proporcional no caso das aposentadorias com proventos proporcionais;

•vantagem do art. 192, da Lei n. 8.112/90 - devida ao servidor que contar tempo de aposentadoria integral até out/96, data da edição da MP 1.522/96, que extinguiu essa vantagem.

a)O valor da vantagem do art. 192, inciso I- equivalente ao inciso I do artigo 184 da Lei 1.711/52 - está sendo paga ao servidor que no ato da aposentadoria não era ocupante da última classe da carreira, e se está sendo calculada tomando por base a remuneração do padrão da classe imediatamente superior àquela em que se encontra posicionado.

Exemplificamos: quando o servidor se aposentar na classe B/padrão

V(NS/contador-PCSCC/Lei 5.645/70), com vencimento básico conforme Portaria Interministerial n.º 26/95, e remuneração de R$ 1.023,30, passando para R$ 1.415,61, neste caso, a vantagem será calculada da seguinte forma:

Remuneração

(a) Classe B Padrão V

(b) Classe superior

(A III)

(b-a) Vantagem do artigo 192

“I” Vencimento 379,00 524,30 145,30ATS 37,90 52,43 14,53GAE 606,40 838,88 232,48TOTAL 1.023,30 1.045,61 392,31

Page 36: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

36

b)o valor da vantagem do art. 192, inciso II, esta sendo calculada tomando por

base a diferença entre da última classe da carreira e o padrão da classe imediatamente anterior.

Exemplificamos: quando o servidor se aposentar na classe A/padrão III -

NS(contador - Lei 5.645/70), com vencimento básico conforme Portaria Interministerial n.º 26/95, e remuneração de R$ 1.045,61, passando para R$ 1.582,47, acrescido do valor de R$ 166,86, neste caso, a vantagem será calculada da seguinte forma:

Remuneração (a)

Classe A Padrão III

(b) Classe anterior

(B III)

(a-b) Vantagem do artigo 192

“II” Vencimento Básico 524,30 (357,44) 166,86ATS 52,43 - -GAE 838,88 - -TOTAL 1.045,61 - -

•é vedada a percepção cumulativa de quintos com a vantagem do artigo 192 da

Lei 8.112/90, nos termos do parágrafo 2º do artigo 193 da mesma Lei. (Decisão n.º 243/97 - TCU-1ª Câmara - DOU 07/10/97).

•vantagem do artigo 193, da Lei n. 8.112/90 - equivalente ao artigo 180 da Lei

1.711/52 - devida ao servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistência ou cargo em comissão, por período de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) interpolados, concedida até 19/01/95, data da publicação da MP 831/95, que extinguiu essa vantagem, e convalidada pelo artigo 7º da MP 1.480-35, de 09/10/97, que assegura o direito à essa vantagem, aos servidores que até 19/01/95, tenham completado todos os requisitos para obtenção de aposentadoria dentro das normas até então vigentes.

-Os proventos de aposentadoria com essa vantagem serão reajustados em decorrência da remuneração fixada pela Lei 9.030, de 1995, para os DAS 4,5,6 e Natureza Especial.

-A aplicação do disposto no artigo 193 da Lei 8112/90 (percepção da gratificação da função ou remuneração do cargo comissionado), exclui a incorporação de que trata o artigo 62 e as vantagens previstas no artigo 192, ambas da mesma Lei.

•vantagem do artigo 250, da Lei n.º 8.112/90 - equivalente ao inciso II do artigo

184 da Lei 1.711/52 - é devido ao servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 01 (um) ano (data da publicação do ato no Congresso Nacional - DOU 19/04/91), as condições necessárias para a aposentadoria, o acréscimo no provento de 20%, quando ocupante da última classe da respectiva carreira. B) Os processos de concessão de aposentadoria estão sendo remetidos ao Órgão de Controle Interno, com as informações consolidadas e documentação pertinente ao ato de aposentação, para exame prévio e parecer quanto a legalidade da concessão, com o objetivo de

Page 37: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

37

encaminhamento posterior ao Tribunal de Contas da União, para fins de apreciação da legalidade e registro. (IN-TCU n.º 16, de 29/09/97, DOU 09/10/97)

• incorporações - vantagem do artigo 2º da Lei 6.732/79 ou do artigo 62 da Lei 8.112/90, e alterações pela MP 1.573 e suas reedições, disciplinado pelo artigo 4º da Lei 8.911/94, alterado pela MP 1.480 e suas reedições - o servidor que tiver décimos incorporados, na atividade, poderá aposentar-se com essa vantagem. O assunto está abordado em tópico específico “ Incorporações”. LEGISLAÇÃO BÁSICA: Constituição Federal; Lei 8.112/90; Medida Provisória 1.522/96; Medida Provisória 1.480/96; Lei 9.030/95 Resolução 255/91 TCU IN-TCU n.º 16, 29/09/97 DOU 09/10/97 Decisão 481/97 - TCU plenário DOU 20/08/97 Decisão 565/97 - TCU plenário DOU 22/09/97 9.4.10 - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO OBJETIVO: Verificação da legalidade da concessão e do pagamento do auxílio-alimentação aos servidores, de acordo com a legislação. Procedimentos anterior a vigência da Medida Provisória n.º 1.522, de 11.10.96 e Decreto n.º 2.050 de 31.10.96 O Benefício-Alimentação será concedido a todos os servidores da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, independentemente da jornada de trabalho, na forma do Decreto n.º 969/93, alterado pelo Decreto n.º 1.181/94. NÃO RECEBE O BENEFÍCIO: Não fará jus ao benefício-alimentação o servidor que se encontra nas situações abaixo indicadas, vedado pelo § único do art.1º do Decreto n.º 969/93, alterado pelo Decreto n.º 1.181/94. a) licença para o serviço militar; b) licença para atividade política; c) licença para tratar de interesses particulares; d) licença por motivo de afastamento do cônjuge; e) afastamento para exercício de mandato eletivo; f) afastamento para estudo ou missão no exterior;

Page 38: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

38

g) afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere;

h) afastamento preventivo; i) afastamento por motivo de suspensão decorrente de sindicância ou instauração de processo disciplinar; j) afastamento por motivo de reclusão. O fornecimento dos 22 (vinte) cupons ou tíquetes de empresas especializadas para aquisição de refeição ou gêneros alimentícios referentes ao mês subsequentes, deverão serem entregues ao servidor até 02 (dois ) dias antes do término do mês em curso. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Avaliar os controles e se o reembolso de parcela de custo benefício da cota parte do servidor estão parametrizados, em índice proporcional a sua remuneração (entende-se como remuneração, aquela definida pela Lei n.º 8.852/94), com percentual que variam entre 1% a 20%, do valor total de cupons ou tíquetes fixado para a localidade, conforme estabelece a tabela da IN/SAF nº11/93, abaixo indicada: FAIXA DE REMUNERAÇÃO- ( COM BASE NA LEI Nº8.622, DE 19.01.93 - ANEXO III )

EM R$ PARTICIPAÇÃO DO SERVIDOR (%)

ATÉ 5 VEZES O VALOR CORRESPONDENTE AO VB, INCLUSIVE

ATÉ 368,10 1

DE 5 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 8 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

368,11 588,96

2

DE 8 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 11 VEZEZ O VB, INCLUSIVE

DE A

558,97 809,82

3

DE 11VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 14 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

809,831.030,68

4

DE 14 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 17 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.030,691.251,55

5

DE 17 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 20 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.251,56 1.472,40

6

DE 20 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 23 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.471,41 1 693,26

8

DE 23 VEZES O VB, EXCLUSIVE, ATÉ 26 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.693,27 1.914,12

10

DE 26 VEZES O VB, EXCLUSIVE,ATÉ 29 VEZES O VB, INCLUSIVE

DE A

1.914,13 2.134,98

15

ACIMA DO VALOR CORRESPONDENTE A 29 VEZES O VB

ACIMA DE

2.134,99 20

VB= Valor Base, (R$73,62 ), corresponde ao vencimento do nível auxiliar classe D, padrão I (NA,D,I). Tabela de Vencimento de acordo com a Portaria Interministerial n.º 026/95- DOU 23.01.95 VALOR BASE PARA CÁLCULO DO DESCONTO: O desconto referente ao custeio do benefício, deve tomar por base o total das remunerações, ou seja, faz-se necessário adicionar a remuneração do cargo efetivo aos valores recebidos a título de retribuição do cargo em comissão.

Page 39: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

39

O valor do custo unitário da refeição devido a servidor com carga horária inferior a 30 horas semanais corresponde a 50% do valor previsto aos que possuem carga igual ou superior a 30 horas semanais (Portaria SAF n.º 2.285/94); O custo unitário da refeição a ser fornecida ao servidor, em cada Unidade da Federação, são os constantes da Portaria n.º 2.082, de 17.06.94, (DOU 20.06.94):

UF

VALOR R$

UF VALOR

R$

UF VALORR$

MA 3,50 MS 3,50 AP 3,70 PI 3,50 MT 3,50 PA 3,70 TO 3,50 PR 3,50 CE 3,70 RN 3,50 SC 3,50 PE 3,70 PB 3,50 RS 3,50 BA 3,70 AL 3,50 AC 3,70 MG 4,00 SE 3,50 RO 3,70 RJ 4,00 ES 3,50 AM 3,70 SP 4,00 GO 3,50 RR 3,70 DF 4,50

Exemplificando: cálculo da cota-parte do servidor remuneração: R$ 4.500,00, o valor encontra-se acima de 29 vezes o valor do VB ( 29xR$ = 2.134,99) valor do desconto = 22 cupons x R$ 4,50 = R$ 99,00 20% de R$ 99,00 = R$ 19,80. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: A orientação do MARE, por intermédio do Comunica n.º 239468, de 30.04.96, disciplinou que: a) o talonário de tíquetes concedido a servidor antes da publicação de sua aposentadoria não deverá ser restituído ao Órgão, devendo apenas se proceder ao desconto da cota-parte; b) ao servidor na condição de exonerado, a restituição deverá ocorrer proporcionalmente, quando a fração mensal trabalhada for inferior a 15 (quinze) dias não há restituição por aplicar-se o que dispõe o parágrafo único da art. 63 da Lei n. 8112/90.

PROCEDIMENTOS A PARTIR DA MP N.º 1.522/96 E DECRETO N.º 2.050/96 O auxílio-alimentação terá caráter indenizatório e será concedido em forma de pecúnia, a todos os servidores civis ativos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, independentemente da jornada de trabalho, desde que efetivamente em exercício

Page 40: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

40

nas atividades do cargo, na proporção dos dias trabalhados, salvo na hipótese de afastamento a serviço com percepção de diárias; O auxílio-alimentação será custeado com recursos dos Órgãos ou Entidades a que pertençam o servidor, aqueles que ainda mantém contratos deverão ajustar-se de modo a não mais descontar a contribuição do servidor; O auxílio-alimentação não será incorporado ao vencimento, provento ou pensão e nem sofrerá desconto de imposto de renda e contribuição para o Plano de seguridade Social; Fará jus a percepção de um único auxílio-alimentação, mediante opção, o servidor que acumule cargo ou emprego na forma da constituição federal; O servidor com jornada de trabalho inferior a 30 (trinta) horas semanais receberá auxílio-alimentação no limite de 50%, do valor a ser estabelecido pelo MARE, para o custo da refeição por Unidade da Federação; O Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado-MARE, fixará os novos valores unitários da refeição, de acordo com cada Unidade da Federação. LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei n.º 8.460 de 17.09.92 Decreto n.º 969 de 03.11.93 IN nº11, de 12.11.93 ( DOU 16.11.93) IN nº02, de 07.02.94 (DOU 08.02.94) Ofício Circular n.º 09, de 7.02.94 (DOU 08.02.94) Portaria /SAF nº2.082, de 17.06.94 Decreto n.º 1.181 de 06.07.94 Portaria nº2.285,de 11.07.94 Medida Provisória n.º 1.522, de 11.10.96 Decreto n.º 2.050 de 31.10.96 9.4.11 - AUXÍLIO FUNERAL OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento do auxílio funeral a servidores, de acordo com a legislação vigente. DEFINIÇÃO: O Auxílio Funeral é um benefício pago a família do servidor falecido na atividade ou aposentado. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Verificar se estão sendo cumpridos os prazos de pagamento, se os processos estão devidamente instruídos e se os valores pagos estão de acordo com os fixados na legislação em vigor, ou seja: 1- Os processos estão devidamente constituídos com as seguintes peças:

• requerimento da pessoa que custeou o funeral;

Page 41: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

41

• atestado de óbito do ex-funcionário • comprovação da despesa realizada; • certidão de nascimento, quando filho, e de casamento, quando cônjuge, do ex-

servidor; • indicação do número da NE e da OB ou cópia dos mesmos.

2 - Foi observado o prazo de 48 horas para o pagamento do benefício, a partir da entrada do requerimento (§ 3º, art. 226 da Lei nº 8.112/90) 3 - O requerimento efetuado por terceiros está acompanhado da certidão de óbito e das Notas Fiscais referentes às despesas com o sepultamento 4 - O valor do auxílio funeral corresponde:

• a 01 (um) mês de remuneração ou provento, quando requerido pelo cônjuge e/ou dependente (§ 3º do art. 226 - Lei 8.112/90;

• ao total das NFs apresentadas até o limite de 01 (um) mês de remuneração ou proventos, se requerido por terceiros (art. 227 - Lei 8.112/90);

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

• O Auxílio-Funeral no exterior é igual ao valor da retribuição mensal que o servidor

recebia normalmente no exterior (art. 39 da Lei n.º 5.809/72) • No caso de falecimento do servidor em serviço no exterior, em missão eventual, a

União custeia e promove o sepultamento ou translada o corpo para o Brasil (art. 41 da Lei n.º 5.809/72)

• Transladando-se o corpo para o Brasil, o Auxílio-Funeral, devido no País, é pago em moeda nacional, observadas as disposições legais aplicáveis (Parágrafo único, do art. 41 da Lei n.º 5.809/72).

LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei nº 5.809, de 10.10.72 (Art.37 a45) Parecer/DASP nº 850/80, de 02.12.80 Parecer/SEDAP n.º 035/87 Lei nº 8.112/90 9.4.12 - AUXÍLIO-NATALIDADE OBJETIVO: Verificação da legalidade da concessão e do pagamento do auxílio-natalidade a servidor, de acordo com a legislação que rege a matéria. DEFINIÇÃO: Benefício do Plano de Seguridade Social ao qual tem direito o servidor da administração pública direta, autárquica e fundacional.

Page 42: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

42

FATO GERADOR: É devido à servidora por motivo de nascimento de filho, inclusive no caso de natimorto (aquele que nasceu morto ou que, tendo vindo à luz com sinais de vida, logo morreu). BENEFICIÁRIO: A mãe, servidora pública ou o pai servidor público, quando a parturiente (a mulher que está prestes a parir, ou que pariu há pouco) não foi servidora. O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional, não terá direto aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. (artigo 183 da Lei 8.112/90) VALOR DO BENEFÍCIO:

O valor do auxílio-natalidade é equivalente ao menor vencimento do serviço público, o que corresponde ao valor do salário mínimo. *Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% por nascituro (recém-nascido). PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: - Verificar quais os beneficiários que perceberam o auxílio-natalidade, no decorrer do período sob análise, através do relatório da folha de pagamento, em rubrica específica. - Solicitar a documentação comprobatória que deu origem ao pagamento do benefício, correspondente a cada servidor e verificar:

• No caso do beneficiário ser o cônjuge ou companheiro, certificar-se de que a esposa não é servidora pública, e em caso positivo, verificar se esta já recebeu o auxílio. Neste caso, o servidor deverá devolver o valor percebido indevidamente (proibição contida no artigo 196 da Lei 8.112/90).

• No caso de ocupante de cargo em comissão, servidor sem vínculo, não poderá

perceber o benefício( artigo 183 da Lei 8.112/90).

• No caso de ocupante de cargo em comissão, com vínculo na administração, ocupante de cargo efetivo, o benefício deverá ser pago por um único órgão, quando ocupar cargo fora do órgão de origem.

• Se o valor pago corresponde ao menor vencimento, ou seja, equivalente ao salário

mínimo. Certificar se ocorreu parto múltiplo, verificando o acréscimo de 50% por nascituro. ( previsto no artigo 196 da Lei 8.112/90).

LEGISLAÇÃO BÁSICA:

Page 43: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

43

- Lei 8.112/90, artigo 196

9.4.13 - CESSÃO/REQUISIÇÃO OBJETIVO: Verificar se os afastamentos (cessão e requisição) de pessoal para servir em outros órgãos ou entidades estão de acordo com a legislação vigente. DEFINIÇÃO: O servidor da Administração Pública Federal poderá ser cedido a outros órgãos ou entidades dos poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, para exercício de Cargo em Comissão ou Função de Confiança e, ainda, nos casos previstos em leis específicas. ( Decreto nº 925 de 10.09.93). SOBRE AS HIPÓTESES DE OCORRÊNCIA DA CESSÃO:

As cessões podem ocorrer nas seguintes hipóteses:

a) para exercício de cargo em comissão ou função de confiança, assim entendidas as de Direção, Chefia ou Assessoramento, não se incluindo as Funções Gratificadas - FG, por serem privativas de servidores ocupantes de cargo ou emprego efetivo do Quadro do próprio do órgão ou entidade - Lei nº 8.216/91, art. 26, § 1º , (Lei n°8.112/9O, art 93, com redação dada pela Lei nº 8.270/91, art 22; Decreto n° 925/93, art 1º, in fine e Ata 57/91, Decisão 387);

b) nos casos previstos em lei específica ( Lei nº 8.112/90, art 93, II, com redação dada pela Lei nº 8.270/91, art 22; Decreto nº 925/93, art 1°, In fine e Ata 57/91, Decisão 387);

c) para exercício em órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal para fim determinado e prazo certo, mediante autorização expressa do Presidente da República (Lei n° 8.112/90, art 93, § 4°, com redação dada pela Lei n° 8.270/91, art 22);

d) cessão de servidores às entidades fechadas de Previdência Privada (Lei n° 8.020/90, art 6°, § 1º e Decreto nº 606/92, art 6º, § 1°);

e) para exercício na Presidência da República ou respectivos órgãos integrantes

(Decreto 925/93, art 3° e Ofício-Circular DRH/SAF nº 30/91); Observações:

1) Na hipótese da alínea “e”, o pedido de requisição é irrecusável e por tempo

indeterminado, devendo ser prontamente atendido, exceto nos casos previstos em lei - Decreto nº 925/93, art 3º, parágrafo único e Ofício Circular DRH/SAF nº 30/91.

Page 44: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

44

2) o período correspondente à cessão é considerado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção e progressão funcional - Decreto nº 925/93, art 4º. SOBRE OS CRITÉRIOS DE AUTORIZAÇÃO A cessão de servidor deve obedecer aos seguintes critérios quanto à autorização, ressalvada a hipótese da alínea “c” : a) se a cessão ocorrer no âmbito do Poder Executivo, a autorização deve ser dada pelo Ministro de Estado ou titular de Secretaria da Presidência da República - PR a que pertencer o servidor, mediante solicitação do Ministro de Estado ou titular de Secretaria da PR, interessada na colaboração do servidor;

b) se a cessão ocorrer para outro Poder, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a autorização deve ser dada pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado - MARE, mediante portaria publicada no Diário Oficial da União. A autorização do MARE está condicionada à anuência prévia do Ministro de Estado ou autoridade competente do órgão integrante da PR a que pertencer o servidor, de acordo com solicitação do dirigente máximo do órgão interessado na colaboração do servidor;

c) quando a cessão ocorrer para órgão da Administração Federal direta que não tenha

quadro próprio de pessoal e que seja para fim determinado e prazo certo, a autorização será do Presidente da República; SOBRE O ÔNUS DA REMUNERAÇÃO

O ônus da remuneração do servidor cedido deve está a cargo:

a) do cessionário (requisitante), na hipótese de servidores cedidos da União, Autarquias e Fundações públicas, para desempenharem cargos em comissão ou função de confiança em órgãos ou entidades estaduais, municipais ou do Distrito Federal ( Lei nº 8.112/90, art 93, § 1º com a redação dada pela Lei nº 8.270/91, art 22; Parecer SAF nº 232/92, item 5, a; Ata nº 3/95. Decisão 18, 1ª Câmara e 4/95, Decisão 11, 2ª câmara);

b) do órgão ou entidade cedente, quando efetuada a cessão no âmbito da União, autarquias e fundações, bem como na hipótese prevista acima, no subitem I c, ( Lei nº 8.112/90, art 93, § 1º, com redação dada pelaLei nº 8.270/91, art 22; Pareceres SAF nº 279/91, item 4 e 232/92, item 5 c); SOBRE O REEMBOLSO DAS DESPESAS a) o órgão ou entidade cedente deve ser reembolsado das despesas referentes a servidor cedido à sociedade de economia mista ou empresa pública, que tenha optado pelos estipêndios do cargo efetivo ( Lei nº 8.112/90, art 93, § 2º , com redação dada pela Lei nº 8.270/91, art 22 e Parecer SAF nº 232/92, item 5,c); b) no reembolso efetuado devem estar incluídos, além da remuneração do servidor, as contribuições para a Previdência Social, o PIS/PASEP e o salário família ( Parecer SRH/SEDAP nº 27/88, item 4);

Page 45: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

45

c) o órgão ou entidade cessionária ou requisitante deve adequar o somatório das retribuições provenientes de todas as fontes dos servidores ou empregados cedidos ou requisitados aos limites de remuneração e vencimentos ( Lei nº 8.852/94, art 4º , I ,e 5º, § 1º). SOBRE OS BENEFÍCIOS Devem ser verificados quanto aos servidores cedidos ou requisitados o recebimento, bem como o desconto de benefícios concedidos, tais como:

a) Vale - Transporte: o servidor cedido, mediante opção, pode receber o citado benefício tanto no órgão/entidade de origem quanto no de exercício. O desconto será calculado com base no vencimento básico percebido no órgão/entidade de origem. b) Benefício - Alimentação: o servidor cedido ou requisitado receberá o benefício alimentação pelo órgão/entidade em que estiver prestando serviço. O desconto deve ser feito com base no total das remunerações percebidas SOBRE O CONTROLE PELO SIAPE Os servidores cedidos de órgãos/entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC, serão controladas pelo SIAPE, sendo considerados cedidos, no órgão de origem, e requisitados no órgão cessionário ( IN/SAF nº 10, item 5). SOBRE A INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE CESSÃO A instrução do processo de cessão deverá conter (IN/SAF10, de 30.11.93): I - no âmbito do Poder Executivo: a) solicitação do Ministro de Estado, ou titular da Secretaria da

Presidência da República do órgão/entidade interessado na colaboração do sevidor;

b) autorização da cessão, mediante portaria publicada no DOU, pelo Ministro de Estado ou Titular de Secretaria da PR, do órgão/entidade de lotação do servidor, contendo:

-nome do servidor, cargo efetivo, matrícula SIAPE, órgão cessionário, cargo/função a ser ocupado, amparo legal, responsabilidade do ônus e n° do processo.

II - para a Presidência da República:

a) solicitação da Secretaria Geral da Presidência da República; b) apresentação do servidor pelo Ministro de Estado ou titular de

Secretaria da PR, do órgão/entidade de lotação do servidor.

Page 46: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

46

III- nos demais casos:

a) solicitação do dirigente máximo do órgão de outro poder, do Estado, do Distrito Federal e do Município interessado na colaboração do servidor;

b) anuência prévia do Ministro de Estado ou titular de Secretaria da Presidência da República do órgão/entidade de lotação do servidor;

c) autorização da cessão pelo SIPEC, publicada no DOU. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Solicitar o processo de cessão;

verificar se o referido processo está devidamente instaurado e com a documentação comprobatória das fases de solicitação, autorização publicação e apresentação;

verificar se o setor de pessoal tem controle efetivo sobre os rendimentos do servidor em todas as fontes, para pagamento de benefícios e limite de remuneração;

verificar a periodicidade da cessão e se tais prazos encontram-se expirados e, ainda, quais providências foram adotadas para sua prorrogação ou para retorno do servidor cedido;

verificar se no processo de cessão constam as varias opções quanto ao recebimento de benefícios e da função obedecendo corretamente a opção do DAS (integralidade ou proporcionalidade).

LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei 8.020/90, artigo 6º; Lei 8.112/90, artigo 93; Lei 8.216/93, artigo 26; Lei 8.270/91, artigo 22; Lei 8.852/94, artigos 4º e 5º; Decreto 606/92, art 6º; Decreto 925/93; IN/SAF nº 10/93; Ofício Circular DRH/SAF nº 30/91; Parecer SRH/SEDAP nº 27/88; Parecer SAF nº 232/92; Parecer SAF nº 279/91; Ata TCU nº 57/91, Decisão 387; Ata TCU nº 3/95, Decisão 18; Ata TCU n] 4/95, Decisão 11. 9.4.14 - CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

Page 47: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

47

OBJETIVO: Verificação da legalidade das contratações temporárias, de acordo com a legislação vigente.

DEFINIÇÃO: Contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Faz-se necessário analisar os seguintes tópicos: 1) verificar no órgão auditado se houve contratação de caráter temporário; 2) examinar se o recrutamento de pessoal temporário, efetivou-se através de processo seletivo simplificado divulgado amplamente e consignado no Diário Oficial da União; 3) se essas contratações tiveram dotação orçamentária específica à época de sua efetivação e, se houve a prévia autorização do Ministro de estado ou do Secretário da Presidência da República, sob cuja supervisão se encontra o órgão ou entidade contratante; (Lei nº 8.745/93 art. 5º)

4) observar se estão sendo encaminhados ao MARE, as cópias dos contratos efetivados pelas entidades contratantes; 5) observar se tais contratações em caráter temporário atendem ao art. 2º da Lei nº 8.745, de 09.12.93, no que tange a excepcionalidade de interesse público ( calamidade pública, surto endêmico, recenseamento, admissão de professor substituto e visitante, pesquisador visitante estrangeiro, para atender a Área Industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia); NOTA: verificar se, no caso da contratação de professor substituto, foi observado que o mesmo e para suprir a falta de docente da carreira, decorrente de exoneração ou demissão, falecimento, aposentadoria, afastamento ou licença de concessão obrigatória e licença para capacitação (art. 87 da Lei nº 8.112/90) 6) examinar se os prazos concedidos para as contratações em caráter temporário estão sendo observados de acordo com aquela estipulada no art. 4º da Lei supra mencionada:

I - seis meses, no caso dos incisos I e II do art. 2 º ( assistência a situações de calamidade pública e combate a surtos endêmicos) II- até 24 meses, no caso do inciso III do art. 2º (realização de recenseamentos) III- doze meses, nos casos dos incisos IV, VII, VIII e IX do art 2º (admissão de

professor substituto e professor visitante; atividades de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI; atividade de análise e registro de marcas e patentes

Page 48: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

48

pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI e atividade finalística do Hospital das Forças Armadas)

IV- até quatro anos, nos casos dos incisos V e VI do art. 2º (admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro e atividades especiais nas organizações das Forças armadas para atender a área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia).

NOTA: no caso do inciso III do art 2º, os contratos poderão ser prorrogados desde que o prazo não exceda 24 meses; e nos casos do incisos V e VI, os contratos poderão ser prorrogados desde que o prazo total não ultrapasse quatro anos. 7)observar a existência de contratos entre as partes, de tempo determinado e improrrogável excetuando as admissões de professores visitantes estrangeiros, podendo estes ser prorrogados, desde que o prazo total não ultrapasse a quatro anos; 8) se correu a contratação temporária de servidores da Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como servidores de suas Subsidiárias e Controladas, o que é vedado e, em caso afirmativo, se o contrato foi anulado ; 9) verificar se a remuneração paga aos contratados em caráter temporário obedece aos critérios estabelecidos pelos Incisos I e II, do art. 7º da Lei 8.745/93:

I - nos casos do inciso IV do art 2º, em importância não superior ao valor da remuneração fixada para os servidores de final de carreira das mesmas categorias, nos planos de retribuição ou nos quadros de cargos e salários do órgão ou entidade contratante;

II - nos casos dos incisos I a III e V a IX, do art. 2º, em importância não superior ao valor da remuneração constante dos planos de retribuição ou nos quadros de cargos e salários do serviço público, para servidores que desempenham função semelhante, ou, não existindo a semelhança, às condições do mercado de trabalho;

III - no caso do inciso III do art. 2º, quanto se tratar de coleta de dados, o valor da remuneração poderá ser formado por unidade produzida, desde que obedecido o disposto no inciso II desde artigo.

10) verificar se nos casos de contratações temporárias, existe pessoal exercendo atribuições, funções ou encargos não previstos nos respectivos contratos, o que é vedado; 11) verificar se há ocorrência de pessoal contratado temporariamente, exercendo, mesmo a título precário ou substituição, Cargo em Comissão ou Função de Confiança, o que é vedado; 12) observar se existem casos de recontratação de pessoal, nos termos do art. 9º, inciso III, da Lei 8.745/93; 13) Verificar qual verba esta sendo utilizada para pagamento dos servidores contratados temporariamente .

Page 49: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

49

14) se está sendo concedido ao pessoal contratado basicamente as vantagens previstas no RJU, além das enumeradas adiante, o que é vedado (Lei nº 8.745/93, art. 11)

I - ajuda de custo; II - diárias; III - gratificação natalina; IV - adicional de serviços extraordinário; V - adicional noturno; VI - adicional de férias; VII - férias; VIII - concessão do art. 97 do RJU

15) verificar se nos casos de extinção de contrato por parte da entidade contratante, houve o devido pagamento ao contratado por parte de Indenização correspondente a metade do que lhe caberia referente ao restante do contrato; 16) se ocorreu indenização nas seguintes hipóteses de extinção de contrato, o que é vedado (Lei 8.745/93, art. 12)

I - término do prazo contratual II - iniciativa do contratado

17) se nos casos de extinção do contrato por parte da entidade contratante, decorrente de conveniência, ocorreu o devido pagamento ao contratado de indenização correspondente à metade que lhe caberia referente ao restante do contrato. LEGISLAÇÃO BÁSICA: - Lei nº 8.745, de 09/12/93 - MP º 1.368, de 21/03/96 - MP nº 1.554-13, de 14/03/97 - MP nº 1.554-14, de 14/04/97 9.4.15 - DECLARAÇÃO DE BENS E RENDAS

OBJETIVO: Verificar se o órgão/entidade vem cumprindo o que determina a Lei n.º 8.730, de 10.11.93, que estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

DEFINIÇÃO:

É obrigatória a apresentação de declaração de bens, com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício de cargo emprego ou função, bem como no final de cada exercício financeiro ou término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo do:

- Presidente da República; - Vice - Presidente da República;

Page 50: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

50

- Ministros de Estado; - Membros do Congresso Nacional; - Membros da Magistratura Federal; - membros do Ministério Publico da União; e - Todos quantos exerçam cargos eletivos e cargos, empregos ou funções de confiança na Administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União.

ATRIBUIÇÕES DO CONTROLE INTERNO

A Instrução Normativa/TCU n.º 05 de, 10 de março de 1994, que estabelece os mecanismos de fiscalização , pelo TCU, das Declarações de Bens e Rendas, determina que o Controle Interno efetuará as seguintes atribuições:

Art. 5º - fiscalizar o cumprimento da exigência de entrega da Declaração de Rendas à

respectiva Unidade de Pessoal do órgão ou entidade jurisdicionado; - verificar a compatibilidade entre as variações patrimoniais e os rendimentos

declarados, exigindo do declarante esclarecimentos sobre eventuais Acréscimos patrimoniais. Art. 7º, parágrafo único - Encaminhar trimestralmente, ao TCU, relação de cargos,

nomes dos ocupantes, data da posse e o n.º do CPF das autoridades, lotadas no órgão ou entidade jurisdicionado.

Art. 8º, parágrafo único - atestar no Certificado de Auditoria da Tomada ou Prestação

de Contas, a compatibilidade entre as variações patrimoniais ocorridas e os rendimentos declarados pelos respectivos responsáveis.

Obs: Quanto à atribuição de verificar a compatibilidade entre as variações patrimoniais e os rendimentos declarados, a Secretaria Federal de Controle expediu orientações no sentido que essa atividade não seja exercida até que o TCU conclua estudos a respeito.

DA DECLARAÇÃO 1) O declarante deve entregar à Unidade de Pessoal cópia assinada da mesma declaração

apresentada à Secretaria da Receita Federal para fins de imposto de renda 2) A declaração constará das informações abaixo, que no país ou no exterior, constituam,

separadamente, o patrimônio do declarante e de seus dependentes, na data respectiva:

relação pormenorizada dos bens imóveis, móveis e semoventes; títulos ou valores mobiliários; direito sobre veículos automotores, embarcações e aeronaves; dinheiro ou aplicações financeiras.

3) Constará, ainda, menção a cargos de direção e de órgãos colegiados que o declarante exerça ou haja exercido nos últimos dois anos, em empresas privadas ou do setor público e outras instituições, no país e no exterior.

Page 51: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

51

4) As informações constantes do item acima, bem como outras que não constem da declaração entregue à SRF, devem ser transcritas em folha suplementar datada e assinada. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: O auditor nos seus trabalhos de campo no órgão/entidade auditada, deve: a) solicitar relação de todas as pessoas, que no exercício, exercem ou exerceram função de confiança, contendo as seguintes informações: nome, CPF, data de posse, e/ou de exoneração. b) de posse dessa relação, verificar se as referidas declarações, foram entregues na Unidade de Pessoal, do órgão ou entidade jurisdicionado, no máximo até 15 dias da data limite, de apresentação da mesma, fixada pela Secretaria da Receita Federal, para fins de Imposto de Renda. c) verificar se as respectivas Unidades de Pessoal estão autuando as cópias das declarações em processos devidamente formalizados, organizados e numerados seqüencialmente. d) verificar, nos casos de posse (requisição ou nomeação/ designação) ou entrada em exercício, se foi apresentado, no respectivo ato, cópia da última declaração entregue à SRF; e e) no caso de término de gestão ou de mandato, e nos de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo, se foi apresentada à Unidade de Pessoal, uma versão atualizada, até a data de qualquer destes fatos, da Declaração entregue à SRF, demonstrando em folha suplementar, datada e assinada, qualquer alteração ocorrida no patrimônio. f) caso não conste, na Unidade de Pessoal -UP, as declaração de todos as pessoas detentoras de função de confiança, o auditor encaminhará, à UP, Solicitação de Auditoria cobrando a entrega das respectivas declarações em falta. g) caso persistam as ausências, deve o auditor consignar em relatório, a ser encaminhado ao TCU, a omissão ou a não regularização da ilegalidade por parte órgão/entidade, além de mencionar as penalidades a serem imputadas. DAS PENALIDADES Os dirigentes das Unidades de Pessoal não poderão formalizar atos de posse ou de entrada em exercício nos cargos relacionados no tópico “fato gerador” acima descrito, de pessoa que não tenha previamente efetuada a entrega da declaração de bens e rendas, caracterizando infração com aplicação da pena prevista no parágrafo 1º do art.58 da Lei n.º 8.443/92 e no caso de reincidência a aplicação do disposto no art. 60 da mesma lei.

Será nulo o ato de posse ou de entrada em exercício em cargo, emprego ou função que se realizar sem a entrega da declaração; LEGISLAÇÃO BÁSICA

Page 52: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

52

Lei n.º 8.730/93, de 10.11.93; IN/TCU n.º 05/94, de 10.03.94; e Lei n.º 8.443/92, de 16.07.92 ( § 1º, art. 58 e art. 60) 9.4.16 - FÉRIAS OBJETIVO: Verificação dos aspectos legais da concessão e do pagamento de férias aos servidores, de acordo com a legislação vigente. DEFINIÇÃO: Direito que o servidor tem, de a cada ano de exercício, a 30 dias consecutivo de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 períodos, no caso de necessidade de serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja, legislação específica, observando que para o gozo do primeiro período aquisitivo de férias, faz-se necessário 12 meses de exercício.

O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativo ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias (Lei nº 8.112/90 art. 78 parágrafo 3º acrescido pelo art. 18 da Lei 8.216, de 13/08/91).

A referida indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório

O servidor que opera direta e permanentemente com Raio X ou substância radioativas gozará 20 dias consecutivos de férias, por semestre e atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, sendo que o período interrompido será gozado de uma só vez. (Lei 8.112/90 e Medida provisória nº 1.573-7, de 02/05/97).

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

Extrair através do GRRUBRICA todos os servidores que receberam a antecipação de férias ( rubrica 00073) com a restituição ( rubrica 00098)

analisar caso a caso e verificar se o valor antecipado foi restituído Faz-se necessário, ainda, a verificação dos seguintes tópicos: a) se o pagamento da remuneração de férias foi efetuado até 02 dias antes do

início do respectivo período ( art. 78 da Lei nº 8.112/90). b) se esta sendo concedido ao funcionário por ocasião das férias, adicional

correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.(art. 76 da Lei nº 8.112/90 e inciso XVII, art. 7º da Constituição Federal)

NOTA: caso o servidor exerça cargo em comissão ou função de confiança, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional.

c) se foi concedido ao servidor durante o referido período o auxílio alimentação, vale transporte e adicional noturno, o que é vedado. (MP nº 1.522/96 e Decreto nº 2.050/96)

Page 53: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

53

d) se o desconto na folha de pagamento da importância relativa à antecipação de férias, prevista no art. 78 da lei nº 8.112/90, está sendo feita no mês subsequente e de uma vez, não sendo admitido o parcelamento no mês posterior. ( Ata nº s 33/91, Decisão 263, 1a. Câmara; 48/92, Decisão 505; 12/93, Decisão 108; 31/93,Decisão 325; 09/94, Decisão 161 e 4/95, Decisão 23, 1 ª Câmara)

e) se o servidor requereu na época das férias, o adiantamento da Gratificação Natalina, caso já não tenha recebido no mês de junho/julho;

f)se estão sendo concedidos trinta dias de férias anuais, a partir do período aquisitivo de 1997, aos servidores ocupantes de cargo efetivo de advogado, assistente jurídico, procurador e demais integrantes do Grupo Jurídico, da administração pública federal direta, autárquica, fundacional, empresas públicas e sociedades de economia mista. (MP 1.522, de 14/10/96).

LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei nº 8.112/90 MP nº 1.522/96 Decreto nº 2.050/96 Constituição Federal art. 7º Inciso XVII Medida provisória nº 1.573-7, de 02/05/97 Lei 8.216 art. 18, de 13/08/91 Ata nº s 33/91, Decisão 263, 1a. Câmara; 48/92, Decisão 505; 12/93, Decisão 108; 31/93,Decisão 325; 09/94, Decisão 161 e 4/95, Decisão 23, 1 ª Câmara) 9.4.17 - GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE - rubrica SIAPE 00107 GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO EM DETERMINADAS ZONAS OU LOCAIS - rubrica SIAPE 00065 OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento da gratificação a servidores, de acordo com as normas legais. DEFINIÇÃO: Devida aos servidores em exercício em zonas de fronteiras ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem. INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

A Gratificação Especial de Localidade, especificada no artigo 17 da lei 8.270/91,

tem a mesma característica da Gratificação pelo Exercício em determinadas Zonas ou Locais, por conseguinte ficou tacitamente extinta.

A Gratificação Especial de Localidade, não poderá ser percebida cumulativamente com outras vantagens semelhantes. Não se incorpora ao provento de aposentadoria ou disponibilidade e não serve de base de cálculo para a contribuição previdenciária.

Page 54: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

54

Durante a licença para o desempenho de mandato classista, o servidor não fará jús a gratificação especial de localidade. (item 4.3, da IN/SAF n.º 05, de 11.06.93). Base de cálculo: Incide sobre o vencimento básico do cargo efetivo nos seguintes percentuais: - 15% (quinze), no caso de exercício em capitais - 30% (trinta) , no caso de exercício em outras localidades EXTINÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE LOCALIDADE A Gratificação de Localidade foi extinta pela MP n.º 1.573-7, de 02/05/97 (DOU 05/05/97), artigo 2º passando a constituir em caráter transitório, vantagem pessoal nominalmente identificada, sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. A vantagem não se incorpora aos proventos de aposentadoria e pensões, extinguindo-se o seu pagamento na hipótese em que o servidor passar a ter exercício, em caráter permanente, em outra localidade não discriminada expressamente nas normas vigentes à época de sua concessão. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: - Selecionar na rubrica específica os servidores que percebem a referida vantagem pessoal nominalmente identificada e verificar se:

• o servidor fazia juz, à época, a referida gratificação, verificando as localidades especificadas no Decreto n.º 493/92;

• o percentual pago estava de acordo com a norma; • a transformação em vantagem está correta, ou seja, sobre o vencimento básico

calcular 15% para capitais e 30% para outras localidade. • no caso de pagamento indevido ( quando não fizer jus ou pago no percentual

incorreto, o auditor deverá efetuar os cálculos para que o servidor devolva os valores indevidos, desde à época da concessão.

LEGISLAÇÃO BÁSICA Decreto-Lei n.º 1.341, de 22.08.74 Decreto n.º 75.539/75 Decreto n.º 83.084/79 Lei n.º 6.861/80 Lei n.º 7.923 de 12.12.89 Art. 71 da Lei n.º 8.112/90 Art. 17 da Lei n.º 8.270/91 Decreto n.º 493/92. Parecer/DRH/SAF/07/93(DOU 20.01.93)

Page 55: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

55

Medida Provisória n.º 1.573-7, de 02/05/97 9.4.18 - INCORPORAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO (DÉCIMOS) OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento das incorporações, de acordo com a legislação que regula a matéria. DEFINIÇÃO: A retribuição devida ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza especial, incorpora-se à sua remuneração, de conformidade com o disposto no artigo 62 da Lei 8.112/90, com nova redação dada pela Medida Provisória n.º 1573-9, de 03/07/97 e suas reedições, regulamentado pela Lei 8.911/94, que teve seus dispositivos alterados pela Medida Provisória n.º 1.480-32, de 11/07/97 e reedições. CRITÉRIOS VIGENTES PARA A INCORPORAÇÃO: a) A incorporação dar-se-á na proporção de 1/10 (um décimo) da retribuição ou parcela da mesma, por ano completo de exercício consecutivo ou não, nos cargos em comissão ou funções, até o limite de 10/10 (dez décimos); b) São exigidos 5 (cinco) anos para concessão da primeira fração e as subsequentes a cada ano em que completar o respectivo interstício. Aplica-se também o interstício de 5 (cinco) anos aos servidores que na data da edição da MP já tinham parcelas incorporadas e tempo de serviço residual para concessão de próxima parcela. (artigo 5º da MP 1.480-33, de agosto/97); c) O valor a ser incorporado terá como base de cálculo o cargo ou função exercido por maior tempo no período de um ano; d) Poderá haver a atualização progressiva das parcelas incorporadas quando ocorrer o exercício de cargo ou função de nível mais elevado por período de 12 meses, após a incorporação da fração de 10/10 (dez décimos); e) Os décimos já incorporados poderão ser convertidos, quando ocorrer transformação do cargo ou função, em parcelas equivalentes. FORMA DE CÁLCULO DO VALOR DA INCORPORAÇÃO: O valor a ser incorporado são discriminados conforme a seguir:

I) é a importância equivalente a um décimo, para os ocupantes de cargos em comissão do grupo DAS níveis 4,5,6 e Natureza Especial, observada a opção pela parcela variável, equivalente à diferença entre a remuneração do cargo efetivo e a remuneração total do cargo comissionado ou de natureza especial ou pelo valor correspondente a 25% da remuneração total do cargo em comissão ou Natureza Especial; no caso do servidor ter optado pela remuneração total do cargo em comissão considera-se, para efeito de incorporação dos décimos, a diferença entre a remuneração de origem na data em que o servidor completou o interstício e a remuneração do cargo em comissão exercido por maior tempo;

Page 56: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

56

II) para os ocupantes de cargos em comissão do grupo DAS níveis 1,2,3 e dos Cargos de Direção-CD, é a importância equivalente a um décimo do valor referente à representação mensal e da gratificação de atividade pelo desempenho de função; e

III) e a importância equivalente a um décimo da remuneração correspondente às funções de direção, chefia e assessoramento do Grupo FG, GR e Função Comissionada do Banco Central.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

• o auditor deverá extrair do SIAPE, o relatório das rubricas destinadas ao pagamento de incorporação (décimos, incorporação Lei 6.732/79, quintos, caso exista);

• caso exista registros na rubrica........ - incorporação Lei 6.732/79e na rubrica...... quintos, deverá ser recomendada a alteração para a rubrica de décimos;

• conferir os valores pagos com os valores vigentes da tabela; • solicitar esclarecimentos sobre os valores divergentes; • solicitar os processos de incorporação de cada servidor; • analisar os processos, e verificar:

a) Se o processo está instruído com os documentos indispensáveis à concessão da incorporação: - portarias de nomeação/designação e exoneração; mapa de apuração do tempo de exercício dos cargos ou funções; atos concessórios das incorporações e respectivas alterações e toda documentação que se fizer necessária;

b) Se o valor incorporado condiz com as informações constantes da documentação analisada;

c) Se as correlações foram efetivadas de conformidade com normas pertinentes;

d) Se foram observados os critérios legais para a concessão da incorporação. LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8.112/90 - Art. 67 MP 1.195, de 24/11/95 MP 1.480-19, de 04/07/96 MP 1.480-32, de 11/07/97 artigo 6º MP 1.573-9, de 03/07/97 e reedições. 9.4.19 - INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento de indenizações a servidores, de acordo com a legislação vigente. DEFINIÇÃO:

Page 57: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

57

Será concedida indenização de transporte ao servidor que realiza despesas com utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos por força das atribuições próprias do cargo (Art. 60, Lei n.º 8112/90); São beneficiários da indenização de transporte, os servidores que realizam despesas com locomoção para a execução de serviços externos de fiscalização, inspeção, auditoria, diligências e outros inerentes às atribuições dos respectivos cargos (item1, IN/MARE n.º 10/96); VALOR DA INDENIZAÇÃO A indenização de transporte corresponderá a 11,5% do maior vencimento básico do servidor público federal civil, de acordo com a tabela de vencimento em vigor (item n.º 2, da IN/MARE nº10/96); Para o recebimento do valor integral da indenização de transporte será necessário que o servidor tenha efetivamente realizado as atividades externas retromencionado pelo menos 20 dias no mês e proporcional a 1/20 do seu valor integral, quando for inferior a 20 dias trabalhados (item 5,IN/MARE nº10/96); INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Os atos de concessão, cancelamento ou anulação da indenização de transporte serão publicados em Boletim de Pessoal ou de serviço (item 10,IN/MARE nº10/96); É vedada a percepção de indenização de transporte ao servidor que utilizar veículo oficial para o seu deslocamento (Ata nas 15/93, Decisão 142 e 42/92, D, 1ª Câmara e 40/92, Decisão,411). LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8112/90, Art.60 Decreto n.º 1.238/94, de 01.09.94 Parecer/DRH/SAF, n.º 95/92 IN/MARE n.º 10, de 07.06.96 (D.O.U.17.06.96) 9.4.20 - JORNADA DE TRABALHO OBJETIVO:

Verificar o cumprimento da legislação que disciplina a jornada de trabalho dos servidores. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

Page 58: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

58

• Verificar se há irregularidades nas folhas de ponto, tais como: falta de registro do ponto, registro antecipado, habitualidade de atrasos e compensações e ocorrência de horas extras para futuras compensações e ocorrência de horas extras para futuras compensações;

• Verificar se o horário praticado por cada servidor confere com o publicado no Boletim de Pessoal;

• Verificar a presença dos servidores, certificando a veracidade dos horários registrados, por meio de exames “in loco”;

• as justificativas e comprovações de faltas, atrasos, saídas antecipadas e ausências (viagens a serviço, férias, consultas e outras).

• Verificar se na concessão da licença especial ao servidor estudante, está havendo a devida compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício.

Observação:

1 O art. 11 do Decreto n.º 1.590/95 dispõe sobre a competência do Controle Interno para o controle de ponto;

2 São dispensados do controle de freqüência, os DAS iguais ou superiores ao nível 4; 3 Podem fazer jornada de 20 horas semanais os Médicos, Médicos de Saúde Pública; 4 Os Terapeutas Ocupacionais, podem fazer no máximo 30 horas semanais; 5 Podem fazer jornada de 30 horas semanais as Secretárias do Ministro e do Chefe de

Gabinete, até o limite de quatro, desde que seja publicado no Boletim de Serviço e caso não seja detentora de Cargo Comissionado.

6 Os Agentes de Portaria(em exercício em atividade de ascensorista), Odontólogo (Admitido em 16/02/76, optante por 30 horas), Técnicos em Assuntos Culturais(Especialista em Música), Técnicos de Laboratórios (Admitidos até 16/02/76, optante por 30 horas), Fonoaudiologo e Fisioterapeuta, também podem fazer jornada de 30 horas semanais;

LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8.112/90 - Art. 19 Lei n.º 8.270/91 Decreto-Lei n.º 2.140, de 28/06/84 Decreto-Lei n.º 1.445/76 - Art. 16 Decreto nº 1.590, de 10.08.95 Decreto n.º 1.867, de 17/04/96 Decreto n.º 1.927, de 13/06/96 Portaria MARE n.º 2.561, de 16.08.95 Ofício-Circular n.º 41, de 19/09/95 Ofício-Circular n.° 43, de 02/10/95 Decisão TCU n.º 005/95, de 07/02/95 Decisão TCU n.º 349, de 24/08/93 Parecer 161/91, de 31/07/91 Parecer AGU GO, de 24/08/94.

Page 59: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

59

9.4.21 - LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE/LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO OBJETIVO: Verificação da legalidade quanto ao gozo da licença-prêmio por assiduidade, na forma da Lei 8.112/90, concernentes aos períodos adquiridos, até 15/10/96, em razão da revogação dos artigos 88 e 89 e a substituição do artigo 87 pela licença para capacitação conforme MP 1.522, de 14/10/96. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: O auditor deverá solicitar a relação dos servidores que usufruiram de licença-prêmio, num determinado período, com os respectivos processos de concessão.

VERIFICAR: • se foi considerado para fins de concessão de licença-prêmio o tempo de

serviço prestado à Administração Federal por servidores regido pela CLT, até 11/12/90, o que é vedado. O referido período poderá ser computado em dobro para aposentadoria. ( Lei n.º 8.162/91 art. 5º e IN/SAF 4/94 item 3.4)

Page 60: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

60

• se o servidor ocupante de cargo em comissão ou função de confiança recebeu apenas a remuneração do cargo efetivo. (ON SAF n.º 36/90; IN SAF 8/93 item 24; 4/94 item 1.5; Ofício Circular SRH/MARE n.º 69/95; Ata 37/91, Decisão 80 e 42/95; Decisão 286, 1ª Câmara)

• se a licença-prêmio foi transformada em pecúnia, o que não é permitido. Somente é devido a pecúnia aos beneficiários do instituidor de pensão (pensionistas) referente as licenças adquiridas e não gozadas na atividade pelo servidor, proibido a contagem desse tempo em dobro, para fins de pagamento da pecúnia. (Ata 09/94, Decisão 161). (ver observações).

• se a prestação de serviços no âmbito da administração estadual, municipal ou no Distrito Federal, registradas na certidão/mapa de apuração de tempo de serviço, estão sendo aproveitada na esfera federal, o que é vedado. ( Lei n.º 8.112/90 art. 103 inciso I; IN SAF 4/94 item 3.3 e Parecer SAF n.º 526/92 item 14).

• se houve concessão a servidor que no período aquisitivo sofreu penalidade disciplinar de suspensão; afastou-se do cargo em virtude de: licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração, licença para tratar de interesse particular; condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva ou afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro, o que é vedado. (ver observações).

• se para cada falta injustificada do servidor, o órgão ou entidade não retardou a concessão da licença-prêmio em um mês para cada falta.

Observações:

a licença-prêmio por assiduidade prevista na Lei 8112/90, até 15/10/96, ou seja edição da MP 1.522, deve ser concedida ao servidor que completou 5 anos ininterruptos de exercício em cargo efetivo de serviço público federal. ( IN SAF n.º 4/94 item 1.1).

o servidor poderá gozá-la de uma só vez ou parceladamente, não podendo, neste caso, ser inferior a 30 dias consecutivos ( IN SAF n.º 4/94, item 2.1 e Ofício Circular SRH/MARE n.º 69/95).

nos casos de afastamento do cargo em virtude de licenças, mencionados anteriormente, os 5 anos de serviço, exigidos para o deferimento da licença-prêmio, serão contados a partir do reinício do exercício, desprezando-se o tempo anterior. (ON SAF n.º 34/91, IN SAF n.º 8/93, item 26 e 4/94 item 3.1).

a penalidade de suspensão quando convertida em multa não caracteriza falta, caso o servidor continue trabalhando, não interrompendo a contagem do qüinqüênio, computando-se esse tempo para todos os efeitos. ( IN SAF n.º 8/93, item 17 e 04/94 item 1.4).

a pecúnia será paga, de acordo com a remuneração mensal a que o servidor faria jus na data do óbito, no total correspondente aos meses de licença-prêmio que poderia ter gozado em vida. O pagamento será efetuado de uma só vez.

LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei 8.112/90, artigos 87 a 89 ( 88 e 89 revogados) MP 1.522, de 14/10/96

Page 61: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

61

MP 1.573, de 02/05/97 e reedições 9.4.22 - PENSÕES

OBJETIVO: Verificar se o órgão/entidade vem cumprindo a legislação que regula a matéria, quanto à concessão de pensão mensal a que fazem jus os dependentes, quando da morte do servidor.

DEFINIÇÕES: Para efeito de concessão do referido benefício, considera-se: Instituidor - o servidor falecido que institui a pensão.

Beneficiário - a pessoa que legalmente faz jus a receber pensão instituída pelo servidor falecido ou concedido por lei.

PROCEDIMETOS INICIAIS DO AUDITOR:

1° - Solicitar ao setor de Recursos Humanos do órgão/entidade auditado:

Page 62: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

62

a) Os formulários encaminhados, mensalmente, pelo SERPRO referentes a: - dados financeiros do instituidor de pensão (base de cálculo) - relação de pagamento dos beneficiários de pensão ( AV - pensionista) 2° - verificar, de posse dos formulários acima, se o somatório dos pagamentos efetuados aos pensionistas corresponde ao valor da remuneração ou provento do instituidor, o que deve sempre ocorrer. 3° - solicitar os processos de concessão de pensão, para verificar se os pagamentos efetuados estão de acordo com os fundamentos legais da concessão ou se houve qualquer alteração nesses fundamentos.

OBS: Para se analisar adequadamente o fundamento legal dos processos de pensão, deve-se estar atento para a legislação, vigente à epoca do óbito, na qual fora enquadrada a concessão, qual seja:

Lei n.º 8.112/90, de 11.12.90 Lei n.º 3.373/58, de 12.03.58 Especial - Lei n.º 6.782/80, de 19.05.80 Especial - Lei n.º 3.738/60, de 04.04.60 Especial - Lei n.º 1.711/52, de 28.10.52 Especial - Judicial; e Especial - Graciosa.

CRITÉRIOS PARA ANÁLISE: De posse do processo de concessão e identificada a legislação que fundamenta a pensão,

verificar as peculiaridades de cada uma: PENSÃO DA LEI N.° 8.112/90 Com o advento da Lei n.° 8.112/90, de 11.12.90, a partir dessa data, a concessão de

pensão , para os servidores civis da União, das autarquias e das fundações, passou a ser regida pelos artigos 215 a 225 da referida lei.

Essa pensão é concedida para os dependentes de servidor falecido na vigência da Lei

8.112/90, ou seja, após 11.12.90 ( Decisão/TCU n.° 005/92, 2ª Câmara, Ata n.° 01/92), com efeitos financeiros a partir de 01.01.91.

Características principais A) Natureza

Page 63: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

63

As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em Vitalícias, Temporárias e Provisórias Pensão Vitalícia é aquela em que o beneficiário, ou beneficiários, recebe(m) cota(s) permanente(s) que somente se extingue(m) ou reverte(m) com a morte dos mesmos. Pensão Temporária é aquela em que o beneficiário, ou beneficiários, recebe(m) cota(s) que pode(m) se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação da invalidez ou maioridade do beneficiário. Pensão Provisória é aquela concedida ao(s) beneficiário(s) por morte presumida do servidor, nos seguintes casos: I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

II - desaparecimento ou desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.

Nota: a pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado. B) Beneficiários - São beneficiários da pensão vitalícia:

a) o Cônjuge; b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão

alimentícia ( no nome dela); c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade

familiar; d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e) pessoa designada, maior de 60 anos e a pessoa portadora de deficiência física, que

vivam sob a dependência econômica do servidor. Obs: a concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas a e c exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas d e e.

- São beneficiários da pensão Temporária: 1- os filhos, ou enteados, até 21 anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a

invalidez; 2- o menor sob guarda ou tutela até 21 anos de idade; 3- o irmão órfão, até 21 anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que

comprovem dependência econômica do servidor; 4- a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 anos de

idade, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

Page 64: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

64

Obs: a concessão de pensão Temporária aos beneficiários de que tratam os itens 1e 2

exclui desse direito os demais beneficiários referidos nos itens 3 e 4. C) Rateio da pensão

a) A pensão vitalícia é integral ao titular da pensão, exceto se existirem beneficiários de pensão temporária, nesse caso o rateio se faz da seguinte forma:

50% ao titular ou titulares da pensão vitalícia; e 50% rateada em partes iguais entre os titulares de pensão temporária

b) Ocorrendo somente habilitação para pensão temporária, o valor integral será

rateado entre os que se habilitarem. D) Prescrição

O direito à pensão não prescreve, ou seja, pode ser requerido a qualquer tempo, porém o respectivo pagamento não reclamado, prescreverá em 05 anos contados da data em que se tornar devido.

E) Extinção

Acarreta perda da qualidade do beneficiário:

o seu falecimento; a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;

a cessação da invalidez em se tratando de beneficiário inválido; a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 anos de idade; a percepção cumulativa de mais de duas pensões; e a renúncia expressa.

F) Ônus pelo pagamento

A partir de 12.12.90, cabe ao órgão a que pertencia o servidor, conceder e efetuar o pagamento aos dependentes pensionistas, ou seja o pagamento é integral pelo Tesouro Nacional. G) Vigência

A partir da data do óbito do servidor ( art 215 da Lei 8.112/90).

PENSÃO DA LEI N.° 3.373/58

Esta lei dispõe sobre o plano de assistência ao funcionário e sua família a que se refere os artigos 161 e 256 da Lei 1.711, de 28.10.52, na parte que diz respeito aos contribuintes da previdência.

Page 65: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

65

A) Natureza Vitalícia e Temporária

B) Beneficiários - São beneficiários da pensão vitalícia:

a) a esposa, exceto a desquitada que não receba pensão de alimentos; b) o marido inválido; c) a mãe viúva ou sob dependência econômica preponderante do funcionário, ou pai

inválido, no caso de ser o segurado solteiro ou inválido; - São beneficiários da pensão Temporária:

1- o filho de qualquer condição, ou enteado, até a idade de 21 anos de idade, ou, se

inválido, enquanto durar a invalidez; 2- o irmão órfão de pai e sem padrasto, até a idade de 21 anos , ou se inválido, enquanto

durar a invalidez, no caso de ser o segurado solteiro ou viúvo sem filhos nem enteados;

3- a filha solteira, maior de 21 anos, só perderá a pensão temporária quando ocupante de cargo público permanente.

OBS: Além dos beneficiários vitalícios e temporários acima elencados a Lei n.º

4.069, de 11.06.62, em seu art. 5º, parágrafos 3º, 4º,5º e 6º, acrescentou, ainda: 3º- “o servidor civil, militar e autárquico, solteiro, desquitado ou viúvo, poderá

destinar a pensão, se não tiver filhos capazes de receber o benefício, à pessoa que viva sob sua dependência econômica no mínimo há cinco anos, e desde que haja subsistido impedimento legal para o casamento”;

4º- “se o servidor tiver filhos, somente poderá destinar à referida beneficiária metade da pensão”; 5º- “o servidor civil, militar e autárquico, que for desquitado somente poderá

valer-se do disposto nos parágrafos anteriores se não estiver compelido judicialmente a alimentar a ex-esposa”; e

6º- “ na falta dos beneficiários referidos nos parágrafos anteriores o servidor, civil,

militar ou autárquico poderá destinar a pensão à irmã solteira, desquitada ou viúva, que viva sob sua dependência econômica”.

C) Rateio da pensão

a) A pensão vitalícia é integral ao titular da pensão, exceto se existirem beneficiários de pensão temporária, nesse caso o rateio se faz da seguinte forma:

Page 66: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

66

50% ao titular ou titulares da pensão vitalícia; e 50% rateada em partes iguais entre os titulares de pensão temporária

b) Ocorrendo somente habilitação para pensão temporária, o valor integral será

rateado entre os que se habilitarem. D) Extinção Por morte dos beneficiários ou por perda da condição essencial à percepção das pensões.

E) Ônus pelo pagamento Pagamento integral por conta do Tesouro Nacional

F) Vigência

Para os servidores com óbito entre 12.03.58 a 01.01.91, data esta em que entrou em vigor os efeitos financeiros da Lei n.º 8.112/90.

PENSÃO ESPECIAL DA LEI N.° 6.782/80

Para os servidores falecidos em virtude de doença profissional ou especificada em lei

Características principais A) Natureza Vitalícias e Temporárias B) Beneficiários Os enumerados no art. 5º da Lei 3.373/58, com as alterações introduzidas pelos parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 5º da Lei n.º 4.069/62 .

C) Rateio da pensão

A forma de distribuição da pensão é o mesmo regido pela Lei n.º 3.373/58.

D) Extinção Os casos de perda do benefício são os mesmos da Lei n.º 3.373/58.

E) Ônus pelo pagamento

Page 67: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

67

50% pago pelo Tesouro Nacional; e 50% pago pela Previdência Social. F) Vigência A data do óbito do instituidor, a partir de 20.05.80 vigência da Lei n.º 6.782/80.

PENSÃO ESPECIAL DA LEI N.° 3.738/60

Assegura à viúva de militar ou funcionário civil atacada por tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia malígna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave e que não tenha economia própria. OBS: a Lei n.° 7.670/88 - estende o benefício aos portadores de AIDS.

Características principais A) Natureza

Vitalícia B) Beneficiários

Apenas viúva do ex-servidor C) Extinção Extingue-se com o falecimento da viúva D) Ônus pelo pagamento Parte pelo Tesouro Nacional e parte pelo INSS. Ao Tesouro Nacional caberá o ônus de pagamento da diferença entre o valor da pensão e o da que for paga pela instituição da previdência E) Forma de Pagamento Será pago na base da remuneração do servidor falecido, entretanto, não é acumulável com quaisquer outros proventos recebidos dos cofres públicos.

F) Vigência Data da emissão do laudo médico. A pensão será deferida em qualquer época desde que constatada a moléstia.

PENSÃO ESPECIAL DA LEI N.° 1.711/52

Page 68: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

68

O Decreto n.º 76.954 de 30.12.95 dispõe sobre a concessão e o pagamento da pensão especial à família do servidor, em conseqüência de acidente no desempenho de suas funções prevista artigo 242 da Lei n.º 1.711, de 28.10.52.

A) Beneficiários Os enumerados no art. 5º da Lei 3.373/58, com as alterações introduzidas pelos parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 5º da Lei n.º 4.069/62 . B) Valor da Pensão Será igual ao vencimento do cargo ocupado pelo funcionário no dia do óbito, deduzida a pensão previdenciária.

C) Vigência

A partir de 30.12.95, com revisão de todas as pensões concedidas que tenham resultado de agressão ou acidente posteriores à Lei 1.711/52. ( para essas revisões os efeitos financeiros foram a partir 07.07.75).

OUTRAS PENSÕES ESPECIAIS Pensão Judicial Características: - é a concedida por sentença Judicial;

- o fundamento legal da concessão é a própria sentença, devendo constar dos seus termos a identificação nominal do(s) beneficiário(s);

- a vigência é a data da sentença. Pensão Graciosa Características:

- é a concedida por Decreto Presidencial; - o fundamento legal da concessão é o próprio decreto; - a vigência é a que consta do decreto.

PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES DOS AUDITORES Após a análise documental e legal da concessão o auditor deve verificar: a) se o cadastro está sendo atualizado anualmente; b) se o responsável pelo atendimento aos pensionistas exige que a procuração (se for o

caso) seja instituída em cartório ( há não mais de 180 dias do recadastramento );

Page 69: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

69

c) se ocorreram diligências quanto a habilitação e nesse caso se houve a devida suspensão no pagamento da pensão daquele beneficiário, enquanto perdurar a pendência;

d) se os processos de concessão autuados sob a égide da Lei 8.112/90, foram e vêm sendo formalizados e encaminhados aos órgãos integrantes do Sistema de Controle Interno, de acordo com as determinações da Resolução/TCU n.º 255, de 26.09.91, revogada pela Instrução Normativa/TCU n.º 16, de 29.09.97.

LEGISLAÇÃO BÁSICA:

Lei n.º 8.112/90, de 11.12.90 Lei n.º 3.373/58, de 12.03.58 Lei n.º 6.782/80, de 19.05.80 Lei n.º 3.738/60, de 04.04.60 Lei n.º 1.711/52, de 28.10.52 Lei n.º 4.069/62, de 11.06.62 Decreto n.º 96.954, de 30.12.75 Decreto n.º 58.100, de 29.03.66 Resolução/TCU n.º 255, de 26.09.91 IN/TCU n.º 02, de 15.12.93 IN/TCU n.º 16, de 29.09.97 Decisão/TCU n.° 005/92

9.4.23 - SENTENÇAS JUDICIAIS OBJETIVO: Verificar a legalidade da aplicação das sentenças judiciais nos pagamentos dos servidores da Unidade. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

a) identificar as rubricas de sentenças judiciais que a unidade vem pagando, através do Sistema WINSAPE, identificando os servidores que estão recebendo a vantagem;

b) solicitar os dossiês e todas as peças processuais, para analisar o caso em

questão; c) verificar se a base de cálculo está de acordo com o que determina a sentença; d) verificar se os servidores requerentes das ações são os mesmos da que estão

percebendo na folha de pagamento, observando se não foram estendidos administrativamente a outros servidores;

e) omissão quanto a interposição de recurso até a última instância, inclusive

rescisória, quando cabível, caso dos planos econômicos quando concedidos por decisão judicial transitada em julgado a menos de dois anos:

f) descumprimento dos procedimentos estabelecidos pelo Decreto n.º 526/92;

Page 70: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

70

g) verificar se nas decisões judiciais relativas aos planos econômicos, contém determinação da continuidade do seu pagamento na folha do servidor, caso contrário providenciar a suspensão do pagamento, em conformidade com a Decisão n.º 239/96 - TCU 1.ª Câmera Ata 37/96.

Obs: Verificar se no julgamento das sentenças judiciais houve perda de prazo, julgamento a revelia e defesa inconsistente pelo órgão. LEGISLAÇÃO BÁSICA: Decreto n.º 526/92 Decisão TCU n.º 239/96 9.4.24 - SUBSTITUIÇÃO OBJETIVO: Verificação da legalidade do pagamento a título de substituição, de acordo colm a legislação vigente. DEFINIÇÃO: Os servidores ocupantes de cargo ou função de direção ou chefia e o de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou , no caso de omissão, previamente designado pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. OCORRÊNCIA: A substituição, no exercício do cargo ou função de direção ou chefia, ocorrerá nos afastamentos ou impedimentos legais ou regulamentares do titular, assumindo automática e acumulando o cargo em que ocupa, sem prejuízo deste. PAGAMENTO: O substituto fará jus à retribuição nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA:

Verificar quais os servidores que receberam na rubrica específica de substituição.

Page 71: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

71

solicitar documentação comprobatória, ou seja, ato designatório da substituição, ou regimento interno, informação da ausência do titular e conseqüente substituição, constando o período de afastamento

efetuar os cálculos da retribuição, observando o prazo devido para pagamento (superiores a 30 dias) sendo, a diferença do valor do cargo do titular com o que ocupa, observando nos casos de DAS 4,5 e 6, verificar a opção.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Atentar para: o substituto acumulará o cargo em que ocupa com o do titular, não pode haver o efeito cascata, ou seja cada um substitui o outro quanto ocupar o cargo acima. NÃO EXISTE O EFEITO CASCATA LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n.º 8.112/90, art. 38 § 1º e § 2º, e art. 39, nova redação dada pela Medida Provisória 1.573, e reedições. 9.4.25 - TITULAÇÃO (Carreira de Ciência e Tecnologia) OBJETIVO: Verificar a legalidade na aplicação da vantagem de titulação nos pagamentos aos servidores da Unidade. PROCEDIMENTO DE AUDITORIA: O Auditor deverá fazer um rastreamento nas rubricas da Entidade e verificar quais os servidores que percebem a vantagem de titulação e solicitar os respectivos processos de concessão. Verificar ainda, se:

1. Os servidores que percebem a vantagem de titulação, são portarores de títulos de Doutor, de Mestrado e de Certificado de aperfeiçoamento ou especialização.

2. A entidade vem efetuando o pagamento da vantagem da seguinte forma:

• 70 % - para servidores portadores de títulos de Doutor; • 35 % - para servidores portadores de títulos de Mestrado; e • 18 % - para servidores portadores de certificado de aperfeiçoamento ou de

especialização.

3. Os títulos de Doutor e o Grau de Mestre estão compatíveis com as atividades dos órgãos ou entidade onde o servidor estiver lotado

Page 72: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

72

4. Os cursos de Doutorado e Mestrado são credenciados pelo Conselho Federal de Educação

5. Os cursos de Doutorado e Mestrados, realizados no exterior, são revalidados por instituição nacional competente.

6. Os cursos de Aperfeiçoamento/Especialização serão considerados quando julgados de interesse pela Instituição e aprovados pelas respectivas comissões constituídas na unidade, conforme os seguintes requisitos:

• CARGA HORÁRIA: a) Para o servidor de nível superior serão considerados cursos obtidos

posteriormente à graduação com carga mínima de 360 horas-aula, permitida a acumulação de cursos correlatos com duração mínima de 30 horas-aula;

b) Para o servidor de nível intermediário e auxiliar serão considerados cursos obtidos posteriormente à sua formação básica com carga horária mínima de 180 horas-aula, permitida a acumulação de cursos correlatos com duração mínima de 15 horas-aula.

c) A comprovação é feita por meio de diploma, certificado, atestado, declaração ou documento similar, emitido pela instituição responsável pelo curso com indicação de sua conclusão e respectiva carga horária, excluindo-se certificados apenas de freqüência.

d) os cursos correlatos com duração inferior, realizados até 01.07.94, em caráter excepcional, poderão ser considerados para o alcance das cargas horárias de 360 e 180 horas, desde que sejam julgados de interesse e pela Instituição e aprovados pelas respectivas comissões internas.

e) Os estágios visando o aperfeiçoamento em áreas específicas realizados após o ingresso nos órgãos, excluindo-se os de caráter curricular ou probatório, terão equivalência aos cursos de Aperfeiçoamento/Especialização. A carga horária mínima para esses estágios é de 720 horas para servidores de nível superior e 360 horas para servidores de nível médio e comprovados por meio de respectivos certificados ou equivalentes.

OBS:

1. Os servidores ocupantes dos cargos de Pesquisador Associado, Pesquisador Adjunto, Assistente de Pesquisa, Tecnologista e Analista em Ciência e Tecnologia, quando possuidores de títulos de Doutor ou de habilitação equivalente, poderão, após cada período de sete anos de efetivo exercício de atividades, requerer até seis meses de licença sabática para aperfeiçoamento profissional, sem prejuízo da licença-prêmio.

LEGISLAÇÃO BÁSICA: Lei n.º 8691, de 28.07.93. Resolução n.º 01, de 06.07.94.

Page 73: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

73

9.4.26 - VALE-TRANSPORTE OBJETIVO: Verificação de aspectos legais da concessão de vale-transporte aos servidores, de acordo com a legislação que regula a matéria. DEFINIÇÃO: O vale-transporte constitui benefício que o Órgão empregador antecipará ao servidor para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa; Estão isentos da obrigatoriedade do vale-transporte os Órgãos empregadores que proporcionam por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, de seus servidores; CUSTO DO BENEFICIÁRIO: Será custeado pelo servidor na parcela equivalente a 6% (seis por cento) do seu vencimento básico, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens na forma abaixo indicada: Y = valor do desconto = (vencimento básico÷30 dias x dias úteis) X 6% exemplo: out/96 = 22 dias úteis Valor do desconto = * 357,44 ÷ 30 X 22 dias utéis/out/96 = 262,02 X 6% = 15,72 * classe B /padrão III- Portaria Interministerial /MF/MARE n.º 026/95 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Quanto aos controles: Avaliar e examinar se os controles existentes para a aquisição, guarda e distribuição dos vales-transporte são satisfatórios, verificando :

Page 74: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

74

- os recibos de aquisição que deverá conter período a quem se referem e quantidade de vales-transporte fornecidos e número dos beneficiários a quem se destinam; - mapas de distribuição de entrega dos vales-transporte, contendo o nome do servidor com a devida assinatura e no caso de impedimento documento que autorize o recebimento por terceiro; - termo de adesão ao programa vale-transporte constando: endereço residencial, percurso e meios de transporte a ser utilizado pelo servidor no seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa, com o respectivo nome da empresa. - servidores em férias, licenças não receberão o benefício. Quanto aos descontos devidos pelos beneficiários: - Verificar se os valores calculados para o desconto estão na forma descrita anteriormente; - no caso do valor calculado para o desconto ser maior do que o valor facial do vale, o beneficiário custeará o valor facial do vale pelos dias devidos. LEGISLAÇÃO BÁSICA Lei n. 7.418, de 16.12.85 Lei n. 7.619, de 30. 09. 87 Decreto n. 95.247,de 17.11.87 IN/SAF n. 013, de 12.11.90 MSG/DTN/CONED n. 439280, de 08.08.91 Parecer/SAF n.º 282/92 (D.O.U. 27.07.92) MSG/CONED/SNT n. 753.736, de 31.10.94 MSG/CONED/STN n. 958839, de 09.03.95

Page 75: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

75

✓ 9. 5 - Elaboração do Relatório de Auditoria A fim de que seja conseguido êxito na preparação do relatório, deve este ser cuidadosamente imaginado, planejado e muito bem escrito. Ele deve apresentar, de uma forma clara e objetiva, o resultado do trabalho efetuado e as recomendações do auditor para o aprimoramento ou saneamento da falha verificada. Portanto, para planejar um bom relatório o auditor deve preparar um esboço, listando todos os assuntos a serem nele abordados. Em seguida, deve estabelecer uma ordem de prioridades nos assuntos, procurando comentar, em primeiro lugar, os assuntos mais importantes e, depois, aqueles de menor importância. Se essa seqüência não for obedecida a eficiência do relatório será diminuída em muito. Após estas providências, fará a revisão do esboço e, logo a seguir, a redação final.

ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO CONSIDERAÇÕES GERAIS

O relatório tem como finalidade apresentar, de forma clara e sucinta, os fatos considerados relevantes pela equipe de auditoria, e que se caracterizem como:

• Irregularidades reais: fatos, procedimentos ou atos cuja ilicitude seja da aquiescência dos dirigentes do órgão. Nestes casos, é recomendado a solicitação de regularização imediata através de Nota de Auditoria. Havendo pronto atendimento, devidamente documentado, o relatório apenas citará o fato.

• Irregularidade presumível: fatos ou procedimentos considerados irregulares segundo o ponto de vista da equipe de auditoria, com base na sua legislação de apoio, mas que são objeto de interpretação divergente por parte do órgão auditado.

• Indícios de irregularidade: suspeita de irregularidade não constatada formalmente, seja por falta de elementos técnicos e normativos, seja por insuficiência de informações.

Page 76: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

76

• Ausência de informações e de dados indispensáveis: situações em que a instituição não mantenha os arquivos, pastas de servidores e demais informações necessárias à comprovação da legalidade dos atos e fatos administrativos.

• Sonegação de informações: negativa voluntária de servidores ou dirigentes diante da solicitação de informações para auditoria.

• Ocorrências de empecilho aos trabalhos da auditoria: ações e posturas de servidores e dirigentes que criem dificuldades ao andamento dos trabalhos de auditoria.

Os fatos e procedimentos considerados corretos não devem ser mencionados, já que as

pesquisas são por amostragem, e por simples amostras não se pode deduzir a real situação do todo. Não se deve ratificar ações ou informações corretas.

A redação deverá ser apresentada na forma mais didática possível, dirigida para o leitor leigo em assuntos técnicos de recursos humanos, especialmente em legislação. A indicação da referência legislativa deverá constar do relatório, porém apenas como informação documentacional e nunca como conteúdo da informação principal.

Cada ponto deverá ser apresentado sob título indicativo, de maneira a poder ser referenciado em outros documentos derivados do relatório. O problema identificado deverá ser definido com todos os dados quantitativos e valores financeiros, inclusive com a nominação dos envolvidos. Sempre que possível, descrever e quantificar a situação ideal, ou seja, como deveria se configurar a ocorrência analisada. A folha de fechamento do relatório poderá ser assinada por todos os membros da equipe antecipadamente à formatação final do texto. Apresentar em uma página ao final do texto do relatório, em formato de tópicos, um resumo de todos os pontos identificados pela auditoria realizada, com a correspondente repercussão financeira.

ANEXO: MODELO DE RELATÓRIO

AUDITORIA OPERACIONAL INTEGRADA

RELATÓRIO ÓRGÃO:

Page 77: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

77

UNIDADE: DATA DA REALIZAÇÃO: De a I. APRESENTAÇÃO: Sr. Secretário Federal de Controle, Em cumprimento ao disposto no ofício nº. /SFC/DEAUDI/MF, de , apresentamos a V.S.ª. o relatório da auditoria operacional integrada realizada n , no período de . II. INTRODUÇÃO: Os trabalhos tiveram como objetivo principal a análise das informações e procedimentos relativos à folha de pagamentos, e foram realizados através de amostragens levadas a efeito nas documentações dos servidores e nas informações constantes em arquivos convencionais e magnéticos dos cadastros mantidos pela instituição, tomando como base o mês de . III. PONTOS DE AUDITORIA: 1. Ocorrência 1 (TÍTULO): • Descrição da irregularidade ou impropriedade. (descrever clara e objetivamente a ocorrência, apresentando a

fundamentação legal); • Identificação dos envolvidos (identificar e nominar os servidores e outros envolvidos); • Situação ideal (procurar dar esclarecimentos sobre a forma correta de proceder); • Quantificação (apresentar os dados levantados em cada ocorrência, em quadros demonstrativos quando

necessário, quantificando os servidores envolvidos e a repercussão financeira); • Recomendações Específicas (as equipes de auditoria devem apresentar recomendações específicas em cada

ocorrência identificada, estabelecendo prazos para o cumprimento das mesmas); 2. Problema 2 (TÍTULO): • idem • idem IV. RESUMO DAS OCORRÊNCIAS • Enumerar as ocorrências com os respectivos montantes de repercussão financeira.

Page 78: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

78

V. CONSOLIDAÇÃO DOS VALORES APURADOS VI. RECOMENDAÇÕES GERAIS • Os relatórios a serem produzidos ao final dos trabalhos de auditoria operacional integrada na área de pessoal,

devem conter as recomendações a serem adotadas pelo órgão examinado, com vistas a elidir as impropriedades e irregularidades detectadas. Entretanto, podem surgir recomendações, apresentadas em separado no relatório de auditoria, que extrapolam a competência do órgão auditado, ou seja, proposições que somente o órgão central de pessoal podem cumprir. Tais recomendações podem ser no sentido de aperfeiçoar o sistema SIAPE, ou mesmo adotar determinado procedimento quer somente a Secretaria de Recursos Humanos-SRH/MARE, pode faze-lo.

• Caso se julgue necessário, referir-se especificamente a determinadas questões, apresentando as recomendações

peculiares. VII. APURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE VALORES VI. CONCLUSÕES VII. ENCERRAMENTO <encerramento do trabalho e assinaturas dos integrantes da equipe>

Page 79: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

79

✓ 9.6 - Envio do Relatório de Auditoria para o auditado De acordo com os procedimentos dispostos na Instrução Normativa n.º 03/96-SFC/MF, deve ser encaminhado ao auditado um relatório prévio a fim de colher as eventuais justificativas e esclarecimentos ainda necessários ou que o auditado entenda cabíveis. Este procedimento garante o devido exercício do consagrado direito de defesa pelo auditado, bem como evita que a Equipe de Auditoria chegue a conclusões precipitadas ou equivocadas, por erro de interpretação ou falta de mais informações, além de permitir que o auditado apresente seu ponto de vista para análise dos auditores. Este procedimento deve ser adotado pela CISET de jurisdição do órgão/entidade inspecionada. Após o recebimento das justificativas, informações e alegações aduzidas pelo auditado, a CISET de jurisdição do mesmo, deverá elaborar o relatório de auditoria definitivo, que será encaminhado àquela unidade/entidade, bem como à SRH/MARE para implementação das rotinas/procedimentos de sua alçada. Vale destacar, que a SRH/MARE deverá adotar os procedimentos de sua alçada, a nível externo, somente após o recebimento do relatório definitivo de auditoria, encaminhado pela CISET coordenadora dos trabalhos de campo. Por fim, é conveniente destacar que o Ministro supervisor da área deve tomar conhecimento dos resultados apontados no relatório final de auditoria.

Page 80: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

80

✓ 9.7 - Acompanhamento da implantação das recomendações O acompanhamento do cumprimento pelo órgão auditado das recomendações de auditoria será efetuado pela CISET de jurisdição, CISET/MARE e SRH/MARE, conforme o quadro a seguir.

TIPO DE RECOMENDAÇÃO QUEM DEVE CUMPRIR ACOMPANHAMENTO Recomendações que versem sobre procedimentos a serem adotados pela UPAG auditada, com vistas a elidir as impropriedades/irregularidades identificadas.

Órgão auditado CISET de jurisdição e SRH/MARE

Recomendações relacionadas a aperfeiçoamentos do sistema SIAPE e outras de competência da SRH/MARE.

SRH/MARE CISET/MARE

As CISET devem proceder ao acompanhamento utilizando-se do módulo “ACOMPANHAMENTO DAS CONSTATAÇÕES”, constante do sistema ATIVA. A cada semestre a SRH/MARE e SFC/MF devem trocar informações sobre o andamento da implantação das recomendações a fim de conhecer os resultados alcançados, com as inspeções realizadas. Antes da realização de qualquer novo trabalho de auditoria na mesma unidade/entidade, a SFC/MF e SRH/MARE devem assegurar-se de que a mesma já implementou as recomendações anteriores de modo que se evite reexaminar situações já evidenciadas e que não foram devidamente corrigidas.

Page 81: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

81

X - CONCLUSÃO O presente Manual de Auditoria é fruto da experiência colhida, por esta Equipe, ao longo da realização dos trabalhos de auditoria operacional integrada na área de pessoal. Mesmo diante da vasta e complexa legislação que disciplina a área em comento, procuramos selecionar aqueles temas, que ao nosso ver, são preponderantes e ao mesmo tempo relevantes em qualquer análise que venha a ser feita sobre a folha de pagamento dos servidores civis do Poder Executivo Federal. Vale destacar, que este trabalho não tem o condão de esgotar, nem tampouco elidir as incertezas que porventura possam, ainda, pairar sobre os temas aduzidos. Desta forma, a característica primordial do Manual é sua flexibilidade para posteriores inserções ou mesmo supressões que se fizerem necessárias, considerando o dinamismo da legislação que rege a matéria em causa, bem como pelas falhas, não intencionais, que ele venha a apresentar. Assim, está Equipe está a disposição para acolher quaisquer sugestões e subsídios que venham contribuir para o aprimoramento do presente Manual de Auditoria. Por fim, esperamos

Page 82: Manual de Auditoria Operacional No Pessoal

NOSSA MISSÃO: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos” NOSSO LEMA: “Assessorar para prevenir - Fiscalizar para sanear - Auditar para garantir resultados”

82

manual de pessoal.doc