manual de acolhimento no acesso ao sistema de saúde de cidadaos estrangeiros

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MANUAL DE ACOLHIMENTO NO ACESSO AO SISTEMA DE SAÚDE DE CIDADÃOS ESTRANGEIROS

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  • MANUAL DE ACOLHIMENTO NO ACESSO AO SISTEMA DE SADE DE CIDADOS ESTRANGEIROS

  • 2

    Ficha Tcnica:

    Ttulo: Manual de Acolhimento no Acesso ao Sistema de Sade de Cidados Estrangeiros. Editor: PORTUGAL, Ministrio da Sade.

    Equipa tcnica que elaborou o Manual de Acolhimento: Sofia Caetano (ACSS); Cludio Correia (DGS); Elisabete Silveira (DGSS).

    Colaborao: Direo-Geral da Segurana Social, Alto-Comissariado para a Imigrao e Dilogo Intercultural, IP; Administrao Regional de Sade do Norte, Administrao Regional de Sade

    do Algarve.

    Ilustrao e composio grfica: Luciano Chastre Direo-Geral da Sade.

  • 3

    INDCE

    I. NOTA INTRODUTRIA 6

    II. ENQUADRAMENTO 7

    III. IDENTIFICAO E NORMALIZAO DE PROCEDIMENTOS 9

    1. Acesso ao sistema de sade de cidados nacionais dos Estados-Membros da Unio

    Europeia (UE), Espao Econmico Europeu (EEE) e Sua 9

    1.1.Cidados nacionais de outro Estado-Membro segurados do sistema de segurana

    social portugus 12

    1.2.Cidados nacionais segurados do sistema de segurana social de outro Estado-

    Membro a exercerem atividade em Portugal e respetivo agregado familiar que residam

    em Portugal 12

    1.3.Pensionistas que recebem uma penso de outro Estado-Membro e respetivo

    agregado familiar que residam em Portugal 14

    1.4.Cidados no ativos nacionais de outros Estados-Membros que residam em

    Portugal 15

    1.5.Cidados de outros Estados-membros que se encontrem em estada em Portugal

    (turistas, estudantes no residentes, trabalhadores destacados no residentes ou

    pessoas noutra situao de estada temporria) 18

    1.5.1 Cidados de outros Estados-membros que se encontrem em estada em Portugal

    (turistas, estudantes no residentes, ou pessoas noutra situao de estada temporria)18

    1.5.2 Trabalhadores de outro Estado-Membro destacados no residentes 19

    1.6.Cidados segurados de outro Estado-Membro que se deslocam a Portugal com o

    objetivo de receberem um tratamento previamente autorizado pelo Estado-Membro

    competente 21

    2. Acesso ao sistema de sade de cidados nacionais de pases terceiros abrangidos

    por conveno internacional celebrada entre Portugal e pases terceiros 23

    2.1. Convenes Internacionais celebradas por Portugal com Pases Terceiros no

    domnio da Segurana Social 24

    2.2. Acordos de Cooperao no Domnio da Sade celebrados entre Portugal e os

    PALOP 27

    2.3. Acesso ao sistema de sade ao abrigo de outras convenes ou acordos de

    cooperao celebradas pelo Estado Portugus 30

    3. Acesso ao sistema de sade por cidados nacionais de pases terceiros no

    abrangidos por conveno internacional celebrada entre Portugal e os pases em causa31

    3.1. Cidados nacionais de pases terceiros com autorizao de residncia em Portugal32

    3.2. Cidados nacionais de pases terceiros em situao irregular em Portugal 35

  • 4

    3.3. Cidados nacionais de pases terceiros que visitam Portugal em situao de estada

    temporria ou visita turstica 38

    3.4 Acesso ao sistema de sade por cidados estrangeiros com estatuto de refugiado

    ou direito de asilo em Portugal 40

    Equipa de apoio, acompanhamento e avaliao da implementao do Manual de

    Acolhimento no Acesso ao Sistema de Sade de Cidados Estrangeiros 43

    ANEXOS 44

    SIGLAS

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Agradece-se, em particular, o apoio tcnico prestado pela equipa da Direco de

    Servios de Negociao e Coordenao da Aplicao dos Instrumentos Internacionais,

    da Direo-Geral da Segurana Social, que de forma empenhada e competente,

    integrou a equipa tcnica que elaborou o presente Manual de Acolhimento.

    Agradece-se, ainda, os contributos dados para a elaborao do presente Manual, das

    seguintes entidades:

    Alto-Comissariado para a Imigrao e Dilogo Intercultural, IP;

    Administrao Regional de Sade do Norte, IP;

    Administrao Regional de Sade do Algarve, IP.

  • 6

    I. NOTA INTRODUTRIA

    O presente Manual de Acolhimento tem como objetivo geral disponibilizar um conjunto

    de orientaes que assegurem a identificao e os procedimentos necessrios

    inscrio e acesso de cidados estrangeiros ao sistema de sade portugus 1.

    Os cidados nacionais segurados noutro pas ou com direitos prioritrios noutro pas por

    fora de instrumento internacional a que Portugal se encontre vinculado devem,

    igualmente, ser sujeitos aos procedimentos referidos neste Manual.

    So objetivos especficos do Manual de Acolhimento:

    i) Identificar os cidados estrangeiros e os cidados nacionais com direitos

    prioritrios noutro pas assistidos nas unidades prestadoras de cuidados de

    sade, ao abrigo do direito da Unio Europeia sobre coordenao dos sistemas

    de segurana social e dos acordos internacionais sobre segurana social que

    vinculam o Estado Portugus.

    ii) Clarificar os procedimentos necessrios de inscrio de cidados estrangeiros e

    de cidados nacionais com direitos prioritrios noutro pas2 no sistema de sade,

    atravs do carto do Utente ou de outro mecanismo de identificao de Utentes

    em vigor no SNS.

    iii) Identificar os cidados estrangeiros assistidos nas unidades prestadoras de

    cuidados de sade, ao abrigo dos acordos de cooperao no domnio da sade

    com os Pases Africanos de Lngua Oficial Portuguesa (PALOP) que vinculam o

    Estado Portugus.

    iv) Identificar e determinar a entidade responsvel pelo pagamento dos servios

    prestados a cidados estrangeiros, e a cidados nacionais com direitos

    prioritrios noutro pas, designadamente os Terceiros Pagadores, em todas as

    situaes em que sejam susceptveis de serem responsabilizados.

    1 Ficam abrangidas pelo mbito do presente Guia, as unidades pblicas prestadoras de cuidados de sade e as unidades privadas prestadoras de cuidados de sade com conveno com o Servio Nacional de Sade. 2 Existe um direito prioritrio noutro Estado-membro sempre que, por fora das regras de prioridade previstas no Regulamento (CE) n. 883/2004, o direito a cuidados de sade noutro Estado-membro, ainda que adquirido como direito derivado, prevalece sobre o direito prprio a cuidados de sade em Portugal. Por exemplo, no caso de um cnjuge no ativo (mesmo de nacionalidade portuguesa) residente em Portugal (onde tem um direito prprio), de um trabalhador a exercer atividade noutro Estado-membro onde haja um direito derivado a cuidados de sade para esse cnjuge (enquanto membro da famlia), prevalece o direito derivado, uma vez que o direito prprio em Portugal existe diretamente e apenas com base na residncia (n. 1, segunda frase, do artigo 32. do citado Regulamento). Assim, o direito a cuidados de sade em Portugal do referido cnjuge deve ser atestado pelo Estado onde exercida a atividade (atravs do Documento Porttil S1), ao qual cabe reembolsar as despesas com aqueles cuidados.

  • 7

    II. ENQUADRAMENTO

    Nos termos da Lei de Bases do Servio Nacional de Sade, aprovada pela Lei n 48/90,

    de 24 de agosto, bem como de outra legislao avulsa aplicvel, podemos caracterizar

    os cidados estrangeiros com acesso ao sistema de sade nas seguintes categorias:

    1. Cidados nacionais dos Estados-Membros da Unio Europeia (UE), Espao

    Econmico Europeu (EEE) e Sua abrangidos pelos regulamentos da UE sobre

    coordenao dos regimes de segurana social;

    2. Cidados nacionais de pases terceiros abrangidos por acordo bilateral celebrado

    entre Portugal e o pas terceiro em causa;

    3. Cidados nacionais de pases terceiros no abrangidos por acordo bilateral

    celebrado por Portugal;

    4. Cidados nacionais de pases terceiros com estatuto de refugiados ou com

    direito de asilo em Portugal.

    IMPORTANTE

    Atenda o utente com cortesia, simpatia e educao, pois afinal cada colaborador

    projeta em cada utente que o atende, a imagem da unidade de sade onde trabalha,

    do sistema nacional de sade e do nosso Pas.

  • 8

    O esquema seguinte sintetiza os procedimentos no domnio do acesso dos

    cidados estrangeiros ao sistema de sade.

    Cidados dos

    PALOP

    abrangidos

    pelos Acordos de

    Cooperao no

    domnio da sade:

    Angola

    Cabo Verde

    Guin Bissau

    S. Tom e Prncipe

    Moambique

    Cidados abrangidos

    pelas Convenes

    Internacionais:

    Andorra,

    Brasil,

    Cabo Verde,

    Marrocos,

    Quebec,

    Tunsia

    Cidados de

    pases terceiros

    sem Acordo

    bilateral

    Carto de

    Utente/

    comprova-

    tivo de

    inscrio

    no centro

    de sade

    Documento

    comprovativo

    de estatuto de

    asilo/

    refugiado

    SINUS/

    SONHO

    EFR

    (ANEXO)

    Documento identificador do seguro de

    sade

    CESD ou

    CPS

    Estados-Membros da Unio Europeia,

    Espao Econmico Europeu e Sua

    Cidados Estrangeiros em situao de estada temporria / residncia temporria em Portugal

    Cidado nacionais de pases terceiros abrangidos por acordo bilateral

    Cidados estrangeiros com residncia permanente em

    Portugal

    Cidados

    estrangeiros

    requerente

    de asilo

    ou com

    Estatuto

    de refugiado

    Trabalhadores

    destacados por

    um perodo

    no superior

    a 2 anos

    Cidados

    Europeus

    portadores

    do CESD

    ou CPS

    Cidados

    estrangeiros

    de pases

    terceiros com

    autorizao

    residncia

    em Portugal

    Cidados

    estrangeiros

    de pases

    terceiros

    em situao

    irregular

    CESD ou

    CPS

    Documento

    comprovativo

    emitido pela

    DGS

    Documento

    comprovativo

    emitido pelo

    respetivo Pas

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHOSINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    Cidados nacionais de pases

    terceiros no abrangidos por acordo

    bilateral

    Estados-Membros da Unio

    Europeia, Espao

    Econmico Europeu e Suia

    SINUS/

    SONHO

    a) Cuidados de sade urgentes e vitais e de proteco da sade pblica

    Estrangeiro

    menor

    residente em

    Portugal

    em

    situao

    irregular

    Cidado

    Europeu sem

    inscrio em

    qualquer sistema

    de segurana

    Social da EU

    e fixam

    residncia

    em Portugal

    Cidados

    europeus

    pensionistas

    ou

    trabalhadores

    no ativo e

    agregado

    familiar titulares

    do Formulrio

    S1

    Autorizao

    Residncia

    emitido pelo

    SEF

    Atestado de

    residncia

    emitido

    pela

    Junta de

    Freguesia

    Registo

    no ACIDI

    Certificado

    de

    registo na

    Cmara

    Municipal

    da rea de

    residncia

    Validao

    do

    Formulrio S1

    pelo CDSS/

    Envio da

    cpia para

    o centro

    de sade

    Documento

    comprovativo

    de registo

    no ACIDI

    a) Atestado

    de

    residncia

    Carto de

    Utente/

    comprovativo

    de inscrio

    no centro

    de sade

    Carto de

    Utente/

    Comprovativo

    de inscrio

    no centro

    de sade

    Cidados

    Europeus

    portadores

    do

    Formulrio S2

    Cuidados Programados

    Formulrio

    S2

    Carto Europeu

    de Seguro

    de

    Doena ou

    Carto Provisrio

    de Substituio

    com validade

    Carto Europeu

    de Seguro

    de

    Doena ou

    Carto Provisrio

    de Substituio

    com validade

    Formulrio

    S2

    Doentes com

    estatuto

    de evacuado

    (Notificao da

    DGS)

    Condio de

    acesso atestado

    por formulrio

    prprio:

    Andorra: AND/PT 3

    Brasil: PT/BR13

    Cabo Verde:

    CV/PT 6 e 7

    Marrocos: MA/PT 4

    Quebec: QUE/POR 4

    Tunsia: TN/ POR 4

    Estatuto de

    asilado

    ou

    refugiado

    Beneficirio

    de Seguro

    de Sade

    SINUS/

    SONHO

    Faturao ao EM devedor atravs do S080

    EFR(ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR(ANEXO)

    EFR(ANEXO)

    EFR(ANEXO)

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    Faturao ao

    EM devedor

    atravs do

    S090/s095

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    Cidados

    abrangidos

    por outros

    acordos ou

    convenes

    internacionais:

    - Cabo Verde:

    Acordo no domnio

    do ensino e

    formao profissional

    (Bolseiros e

    equiparados)

    10A

    Estatuto de

    Bolseiros ou

    equiparados

    Declarao

    emitida pela

    embaixada

    EFR

    (ANEXO)

    SINUS/

    SONHO

    Outras

    situaes

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 9

    III. IDENTIFICAO E NORMALIZAO DE PROCEDIMENTOS

    1. Acesso ao sistema de sade de cidados nacionais dos Estados-Membros da Unio Europeia (UE), Espao Econmico Europeu (EEE) e Sua

    A partir de 1 de maio de 2010 entraram em vigor os novos regulamentos da UE

    relativos coordenao dos sistemas de segurana social, a saber:

    Regulamento (CE) n 883/2004, de 29 de Abril de 2004, relativo coordenao

    dos sistemas de segurana social, alterado pelos Regulamentos (CE) n

    988/2009, de 16/9/2009, n. 1244/2010, de 9/12/2010, n. 465/2012, de

    22/5/2012, e n. 1224/2012, de 18/02/2013;

    Regulamento (CE) n 987/2009, de 16 de Setembro de 2009, que estabelece as

    modalidades de aplicao do Regulamento (CE) n 883/2004, alterado pelos

    Regulamentos (CE) n. 1244/2010, de 9/12/2010, n. 465/2012, de 22/5/2012,

    e n. 1224/2012, de 18/02/2013;

    Regulamento (UE) n. 1231/2010, de 24/11, que torna extensivos os

    Regulamentos anteriores aos nacionais de pases terceiros que ainda no

    estejam abrangidos por esses Regulamentos por razes exclusivas de

    nacionalidade.

    A legislao acima enunciada aplica-se aos Estados-Membros da Unio Europeia, do

    Espao Econmico Europeu e Sua. O Regulamento n. 1231/2010, no se aplica

    Dinamarca, ao Reino Unido e Sua.

    Salvo indicao em contrrio, as referncias feitas no presente Manual aos Estados-

    Membros devem ser entendidas como abrangendo os Estados-Membros da UE e do EEE

    e a Sua.

  • 10

    Esto abrangidos pelo mbito de aplicao dos regulamentos de coordenao dos

    sistemas de segurana social as seguintes categorias de pessoas:

    Os trabalhadores3 nacionais de um Estado-Membro e membros das suas

    famlias;

    Os pensionistas nacionais de um Estado-Membro e membros das suas famlias;

    As pessoas no ativas seguradas 4 que so tratados como segurados de um

    Estado-Membro quando esse Estado-Membro lhes concede direitos na qualidade

    de no ativos;

    Os aptridas e refugiados residentes num Estado-Membro que estejam ou

    tenham estado sujeitos legislao de um ou mais Estados-Membros, bem

    como os seus familiares e sobreviventes;

    Os nacionais de pases terceiros com residncia legal num Estado-Membro

    desde que no tenham provindo diretamente de um pas terceiro e se

    encontrem numa situao transfronteiria.

    O fluxograma abaixo indicado sintetiza as condies de acesso dos cidados dos

    Estados-Membros da Unio Europeia, do Espao Econmico Europeu e da Suia

    ao sistema de sade.

    3Integra o conceito de trabalhador qualquer pessoa a receber prestaes pecunirias por fora do exerccio de uma

    atividade profissional anterior ou um desempregado procura de emprego.

    4 considerada pessoa no ativa qualquer pessoa segurada que no seja um trabalhador, uma pessoa a receber prestaes pecunirias por fora do exerccio de uma atividade profissional anterior ou um desempregado procura de emprego, pensionista ou membro da famlia de qualquer pessoa das categorias anteriores.

  • 11

    CESD ou

    CPS

    Estados-Membros da Unio Europeia,

    Espao Econmico Europeu e Sua

    Cidados Estrangeiros em

    situao de estada temporria /

    residncia temporria em Portugal

    Cidados estrangeiros

    com residncia

    permanente em Portugal

    Trabalhadores

    destacados por

    um perodo

    no superior

    a 2 anos

    Cidados

    Europeus

    portadores

    do CESD

    ou CPS

    CESD ou

    CPS

    SINUS/

    SONHOSINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    Estados-Membros da Unio

    Europeia, Espao

    Econmico Europeu e Suia

    SINUS/

    SONHO

    Cidado

    Europeu sem

    inscrio em

    qualquer sistema

    de segurana

    Social da EU

    e fixam

    residncia

    em Portugal

    Cidados

    europeus

    pensionistas

    ou

    trabalhadores

    no ativo e

    agregado

    familiar titulares

    do Formulrio

    S1

    Certificado

    de

    registo na

    Cmara

    Municipal

    da rea de

    residncia

    Validao

    do

    Formulrio S1

    pelo CDSS/

    Envio da

    cpia para

    o centro

    de sade

    Carto de

    Utente/

    Comprovativo

    de inscrio

    no centro

    de sade

    Carto de

    Utente/

    Comprovativo

    de inscrio

    no centro

    de sade

    Cidados

    Europeus

    portadores

    do

    Formulrio S2

    Cuidados Programados

    Formulrio

    S2

    Carto Europeu

    de Seguro

    de

    Doena ou

    Carto Provisrio

    de Substituio

    com validade

    Carto Europeu

    de Seguro

    de

    Doena ou

    Carto Provisrio

    de Substituio

    com validade

    Formulrio

    S2

    SINUS/

    SONHO

    Faturao ao EM devedor atravs do S080

    EFR

    (ANEXO)

    4 5 6 7 8

    Faturao ao

    EM devedor

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 12

    Os Regulamentos prevem um captulo relativo proteo na doena, no qual se encontra estabelecido um conjunto de regras relativas ao acesso a cuidados de sade e a determinadas prestaes para pessoas dependentes, bem como regras relativas ao pagamento e reembolso dos respetivos custos. Nos termos dos Regulamentos, um cidado europeu que reside num Estado-membro diverso daquele onde est segurado tem direito a cuidados de sade concedidos nos termos da legislao do Estado-Membro onde fixa residncia.

    Assim, os cidados abrangidos por um sistema de segurana social ou de sade

    de outro Estado-Membro, desde que respeitem determinados procedimentos

    para transferirem a sua residncia para Portugal, passam a ter acesso ao

    sistema de sade, em igualdade de tratamento com os utentes nacionais.

    1.1.Cidados nacionais de outro Estado-Membro segurados

    do sistema de segurana social portugus

    Os trabalhadores nacionais de um outro Estado-Membro e respetivos membros da

    famlia, a residir em Portugal e a exercer atividade laboral no nosso pas, com inscrio

    no sistema de segurana social portugus, por via da qual lhes foi atribudo um Nmero

    de Identificao de Segurana Social (NISS), so utentes do SNS em condies idnticas

    aos cidados nacionais residentes em Portugal.

    Para estes casos, aplicam-se os procedimentos em vigor data da inscrio no Servio

    Nacional de Sade de cidados nacionais abrangidos pelo sistema de segurana social

    portugus.

    1.2.Cidados nacionais segurados do sistema de segurana

    social de outro Estado-Membro a exercerem atividade em

    Portugal e respetivo agregado familiar que residam em

    Portugal

    Nos termos do Regulamento n. 883/2004, os trabalhadores nacionais de um Estado-

    membro e respetivos membros da famlia que pretendam residir em Portugal adquirem

    a qualidade de utentes do Servio Nacional de Sade se forem titulares do Documento

    Porttil S1 (atestado de direito) validamente emitido pelo Estado-Membro por cujo

    sistema de segurana social se encontram abrangidos e que deve ser entregue no

    Centro Distrital do Instituto da Segurana Social, I.P. (doravante ISS, IP) da rea de

    residncia.

    O Centro Distrital do ISS, IP valida o Documento Porttil S1 e devolve uma cpia ao(s)

    interessado(s), informando-o(s) sobre qual o Centro de Sade onde deve ser

    apresentado aquele Documento para proceder respetiva inscrio como utente(s) do

    SNS.

  • 13

    O Centro Distrital do ISS, IP informa a instituio competente do Estado-Membro

    emissor de que procedeu inscrio do(s) interessado(s) para efeitos de acesso ao

    sistema de sade.

    O Centro de Sade deve proceder inscrio do(s) interessados como utente(s) do SNS

    no Registo Nacional de Utentes (RNU), com base no atestado de direito (S1) e

    disponibilizar-lhes o respetivo comprovativo de inscrio.

    No RNU este utente deve ficar registado como residente Migrante

    Portugus/Estrangeiro residente Seg. Estrangeiro no campo Tipo de utente.

    Com a inscrio do trabalhador e/ou membros da famlia no Centro de Sade, os

    mesmos tm acesso ao sistema de sade em igualdade de tratamento com os utentes

    nacionais.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento do acesso destes cidados europeus ao Servio Nacional de Sade:

    a) Confirme a validade do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio no Centro de Sade.

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio no Centro de Sade e o seu titular so a mesma pessoa.

    d) Abra uma ficha de identificao para este utente certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto.

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme, sempre,

    possveis alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de

    contacto.

    f) No caso do utente estrangeiro referir ser beneficirio do SNS, mas no ter na

    sua posse o Carto de Utente ou a Prova de inscrio no Centro de Sade,

    dever consultar a plataforma eletrnica do Registo Nacional de Utentes (RNU),

    para confirmar a inscrio do utente, mediante a introduo dos dados presentes

    nos documentos de identificao.

    g) Se a busca no RNU, no devolver resultado algum, ou se o utente, no

    apresentar nenhum documento de identificao vlido, este dever ser

    informado (telefone, e-mail etc) que tem 10 dias para apresentar os documentos

    que comprovem a sua situao de beneficirio do SNS, devendo este caso ficar

    assinalado para ser revisto no prazo de 11 dias.

    h) Dever ser utilizado o cdigo referente ao fluxo 5 para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel (EFR), nas situaes de acesso destes utentes

    ao sistema de sade.

    i) O utente pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    j) A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo o

    valor da taxa moderadora paga pelo utente.

  • 14

    k) Esta faturao deve ser comunicada Administrao Central do Sistema de

    Sade (ACSS), atravs dos procedimentos em vigor, para posterior envio aos

    respetivos Estados-Membros competentes.

    1.3.Pensionistas que recebem uma penso de outro Estado-

    Membro e respetivo agregado familiar que residam em

    Portugal

    Nos termos do Regulamento n. 883/2004, os pensionistas5 que recebam uma penso

    de outro Estado-Membro e respetivos membros da famlia, para adquirirem a qualidade

    de utentes do Servio Nacional de Sade tm que ser titulares do Documento Porttil S1

    (atestado de direito), validamente emitido pelo Estado-Membro que lhes atribui a

    penso e que deve ser entregue no Centro Distrital do ISS, IP da rea de residncia.

    O Centro Distrital do ISS, IP valida o Documento Porttil S1 e devolve uma cpia ao(s)

    interessado(s), informando-o(s) sobre qual o Centro de Sade onde deve ser

    apresentado aquele Documento para proceder respetiva inscrio como utente(s) do

    SNS.

    O Centro Distrital do ISS, IP informa a instituio competente do Estado-Membro

    emissor de que procedeu inscrio do(s) interessado(s) para efeitos de acesso ao

    sistema de sade.

    O Centro de Sade deve proceder inscrio do(s) interessados como utente(s) do SNS

    no RNU, com base no respetivo atestado de direito (S1) e disponibilizar-lhes o

    comprovativo de inscrio.

    No RNU este utente dever ficar registado como Migrante Portugus/Estrangeiro

    Residente Seg. Estrangeiro no campo Tipo de utente.

    Com a inscrio do pensionista e/ou membros da famlia no Centro de Sade, os

    mesmos tm acesso ao sistema de sade em igualdade de tratamento com os utentes

    nacionais.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento do acesso destes utentes ao sistema de sade:

    a) Confirme a validade do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio do pensionista no Centro de Sade.

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio no Centro de Sade e o seu titular so a mesma pessoa

    5Tenha em ateno que existem cidados nacionais que, apesar de residirem em Portugal, so pensionistas de um outro Estado-Membro onde, por essa razo, tm um direito prioritrio, pelo que lhes so aplicveis os mesmos procedimentos abaixo descritos.

    Tenha em ateno que os titulares de uma penso de outro Estado-Membro e de uma penso portuguesa, com residncia em Portugal, so utentes do Servio Nacional de Sade sem necessidade de qualquer atestado de direito, j que esto abrangidos pelo sistema de segurana social portugus e so titulares do respetivo nmero de identificao de segurana social portugus.

  • 15

    d) Proceda abertura de uma ficha de identificao para este utente

    certificando-se da correta introduo da nacionalidade, da morada e dos

    meios de contacto

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme sempre

    possveis alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios

    de contacto.

    f) No caso do utente estrangeiro referir ser beneficirio do SNS, mas no ter na

    sua posse o Carto de Utente ou a Prova de inscrio no Centro de Sade,

    dever consultar a plataforma eletrnica do Registo Nacional de Utentes

    (RNU), para confirmar a inscrio do utente, mediante a introduo dos

    dados presentes nos documentos de identificao

    g) Se a busca no RNU no devolver resultado algum, ou se o utente no

    apresentar nenhum documento de identificao vlido, este dever ser

    informado, que tem 10 dias para apresentar os documentos que comprovem

    a sua situao de beneficirio do SNS, devendo este caso ficar assinalado

    para ser revisto no prazo de 11 dias.

    h) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 5 para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel (EFR), nas situaes de acesso destes

    utentes ao sistema de sade.

    i) O utente pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    j) A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo

    o valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    k) Esta faturao deve ser comunicada ACSS, atravs dos procedimentos em

    vigor, para posterior envio aos respetivos Estados-Membros competentes.

    1.4.Cidados no ativos nacionais de outros Estados-

    Membros que residam em Portugal

    O Regulamento n 883/2004, de 29/04/2004, veio alargar o mbito da coordenao dos

    sistemas de segurana social dos Estados-Membros da Unio Europeia aos cidados no

    ativos, nos termos das disposies conjugadas dos seus artigos 2 e 11, n 3, alnea

    e)6.

    Resulta da legislao citada que considerada pessoa no ativa qualquer pessoa

    segurada que no seja um trabalhador, uma pessoa a receber prestaes pecunirias

    por fora do exerccio de uma atividade profissional anterior ou um desempregado

    procura de emprego, pensionista ou membro da famlia de qualquer pessoa das

    categorias anteriores.

    Considera-se "pessoa segurada" aquela que satisfaz as condies exigidas pela

    legislao do Estado-Membro competente para ter direito s prestaes previstas no

    Regulamento.

    6 Cfr: Circular de Informao Tcnica n 7, de 11.05.2012, da Direco-Geral da Segurana Social.

  • 16

    Assim, uma pessoa no ativa nacional de um Estado-Membro da UE que resida em

    Portugal tem direito a cuidados de sade prestados neste pas j que, luz do

    Regulamento, tais cuidados constituem um ramo de seguro e o direito de acesso

    depende apenas da condio de residncia, nos termos da legislao nacional.

    Por sua vez, a Lei n. 37/2006, de 9/8, que transps para a ordem jurdica nacional a

    Diretiva 2004/38/CE, de 29/4/2004, relativa ao direito de livre circulao e residncia

    dos cidados da Unio e dos membros das suas famlias no territrio dos Estados-

    Membros, estabelece que os cidados da Unio Europeia tm o direito de residir no

    territrio nacional por perodo at trs meses sem outras condies e formalidades alm

    da titularidade de bilhete de identidade ou passaporte.

    Tm igualmente direito de residncia por perodo superior a trs meses se reunirem as

    condies previstas no artigo 7, designadamente, caso no exeram atividade

    profissional, se dispuserem de recursos suficientes para si prprio e para os seus

    familiares, bem como um seguro de sade, desde que tal seja exigido no Estado-

    Membro da sua nacionalidade aos cidados portugueses (alnea b) do n 1).

    Assim, abrangendo o Regulamento os cidados no ativos e dependendo a qualidade de

    utente do SNS da residncia em Portugal, nos termos da legislao nacional, os

    cidados no ativos nacionais de outros Estados-membros residentes em Portugal ficam

    abrangidos pelo sistema de sade e so cidados segurados para efeitos de aplicao

    do Regulamento.

    Para que os cidados no ativos europeus possam adquirir a qualidade de utentes do

    SNS devem ser cumpridos os seguintes procedimentos:

    O interessado deve apresentar no centro de sade da rea de residncia o

    certificado de registo de residncia em territrio nacional obtido junto da

    Cmara Municipal.

    O Centro de Sade deve proceder inscrio do(s) interessados como

    utente(s) do SNS no RNU, com base no certificado de registo de residncia e

    disponibilizar-lhes o respetivo comprovativo de inscrio.

    No RNU este utente dever ficar registado como Migrante estrangeiro

    Residente Seg. Portugal no campo Tipo de utente.

    Com esta inscrio o cidado no ativo europeu passa a ter acesso ao

    sistema de sade, em igualdade de tratamento com os utentes nacionais.

    Estes cidados europeus tm direito ao Carto Europeu de Seguro de Doena emitido pelo sistema de segurana social portugus, nos termos dos procedimentos

    definidos na Circular de Informao Tcnica n 7, de 11.05.2012, da Direco-Geral da

    Segurana Social.

    As Administraes Regionais de Sade devem apresentar, anualmente, Direo-Geral da Sade e Administrao Central do Sistema de Sade, relatrio relativo aos

    cidados europeus no ativos que recorreram aos servios do sistema de sade,

    indicando os respetivos custos.

  • 17

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento do acesso destes utentes ao sistema de sade:

    a) Confirme a validade do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio do cidado no ativo no Centro de Sade.

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do Carto de Utente ou do documento comprovativo de

    inscrio no Centro de Sade e o seu titular so a mesma pessoa.

    d) Proceda abertura de uma ficha de identificao para este utente certificando-

    se da correta introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme sempre

    possveis alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de

    contacto.

    f) No caso do utente estrangeiro referir ser beneficirio do SNS, mas no ter na

    sua posse o Carto de Utente ou a Prova de inscrio no Centro de Sade,

    dever consultar a plataforma eletrnica do Registo Nacional de Utentes (RNU),

    para confirmar a inscrio do utente, mediante a introduo dos dados presentes

    nos documentos de identificao

    g) Se a busca no RNU, no devolver resultado algum, ou se o utente no

    apresentar nenhum documento de identificao vlido, este dever ser

    informado, que tem 10 dias para apresentar os documentos que comprovem a

    sua situao de beneficirio do SNS, devendo este caso ficar assinalado para ser

    revisto no prazo de 11 dias.

    h) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 4 para identificao da Entidade

    Financeira Responsvel, nas situaes de acesso destes utentes ao sistema de

    sade.

    i) O utente pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

  • 18

    1.5.Cidados de outros Estados-membros que se encontrem

    em estada em Portugal (turistas, estudantes no residentes,

    trabalhadores destacados no residentes ou pessoas noutra

    situao de estada temporria)

    1.5.1 Cidados de outros Estados-membros que se encontrem em

    estada em Portugal (turistas, estudantes no residentes, ou pessoas

    noutra situao de estada temporria)

    Para serem assistidas no mbito do sistema de sade, estas pessoas devem ser

    portadoras do Carto Europeu de Seguro de Doena (CESD) ou do Certificado Provisrio

    de Substituio do Carto Europeu de Seguro de Doena (CPS) que garante o acesso

    aos cuidados de sade clinicamente necessrios, tendo em conta a natureza das

    prestaes a conceder e a durao prevista da sua estada em Portugal, de modo a

    evitar que a pessoa seja obrigada a regressar prematuramente ao seu pas para receber

    os cuidados requeridos.

    Tenha em ateno que o Carto Europeu de Seguro de Doena ou o Certificado Provisrio de Substituio, para alm de atestar o direito de acesso a cuidados de

    sade, no contexto do aparecimento de um episdio sbito de doena, que pode

    ocorrer no mbito de uma estada noutro Estado-Membro, garante ainda o acesso a

    determinado tratamentos necessrios e vitais que apenas estejam acessveis em

    unidades especializadas e/ou equipadas com material e pessoal adequado,

    nomeadamente os tratamentos de dilise renal, oxigenoterapia, tratamento especial da

    asma; ecocardiografia em caso de doenas auto-imunes crnicas e a quimioterapia7, nas

    mesmas condies dos cidados nacionais.

    O Carto Europeu de Seguro de Doena e o Certificado Provisrio de Substituio, devem ser obrigatoriamente aceites por todas as unidades prestadoras de cuidados de

    sade do sistema de sade, desde que o perodo dos cuidados prestados esteja

    assegurado pela validade do carto ou do certificado.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento do acesso destes utentes ao sistema de sade:

    a) Confirme a validade do CESD ou o CPS (atestados de direito).

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do CESD ou do CPS e o seu titular so a mesma pessoa.

    d) Proceda abertura de uma ficha de identificao para este utente, identificando-

    o com o n de beneficirio (campo 6), instituio responsvel (campo 7) e n. de

    7 Cfr. Deciso n 3, de 12 de junho de 2009, da Comisso Administrativa para a Coordenao dos Regimes de Segurana

    Socia na Unio Europeia.

  • 19

    CESD (campo 8) constante no CESD, certificando-se da correta introduo da

    nacionalidade, da morada e dos meios de contacto.

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme possveis

    alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    f) No caso do utente no apresentar o CESD ou o CPS, o mesmo deve ser

    informado das duas opes possveis:

    I. Assumir o pagamento direto dos cuidados de sade prestados e solicitar

    o reembolso instituio de seguro competente quando regressar ao seu

    Pas.

    II. Solicitar atravs da instituio competente do Ministrio da Sade o

    Certificado Provisrio de Substituio do Carto Europeu de Seguro de

    Doena, instituio competente onde o utente est inscrito.

    III. Caso o utente opte pela 2 soluo, deve ser enviado um pedido para a

    respetiva Administrao Regional de Sade8, no sentido desta solicitar

    junto da instituio do Estado-Membro competente a emisso do

    Certificado Provisrio de Substituio do Carto Europeu de Seguro de

    Doena9.

    g) Para a prescrio de medicamentos e meios complementares de diagnstico o

    utente dever ser identificado com o n. de CESD.

    h) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 7 para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel, nas situaes de acesso destes utentes ao

    sistema de sade.

    i) O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    j) A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo o

    valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    k) Esta faturao deve ser comunicada ACSS, de acordo com os procedimentos

    em vigor.

    1.5.2 Trabalhadores de outro Estado-Membro destacados no

    residentes

    Um trabalhador destacado uma pessoa que normalmente est empregada num Estado

    mas enviado temporariamente para outro Estado para a trabalhar para a sua

    empresa. O perodo mximo de destacamento de 24 meses.

    Nos termos dos regulamentos de coordenao dos regimes de segurana social, o

    trabalhador destacado tem direito a cuidados de sade no Estado para onde foi

    8 Nos termos do Regulamento 883/2004, relativo coordenao dos regimes de segurana social, no diretrio das instituies competentes, as administraes regionais de sade so o organismo competente de Portugal, para tratar desta matria.

    9 O cidado europeu deve ser inscrito com um nmero de identificao prprio, que depois dever ser corrigido pelo

    nmero do Certificado Provisrio de Substituio do Carto Europeu de Seguro de Doena.

  • 20

    destacado, independentemente do facto de ter ou no transferido a sua residncia para

    esse Estado.

    O trabalhador destacado para Portugal continua segurado no Estado-Membro onde

    trabalha habitualmente, continuando abrangido pelo sistema de segurana social desse

    Estado-Membro.

    Tenha em ateno que os trabalhadores destacados em Portugal, tm acesso ao SNS, nas mesmas condies dos cidados nacionais, atravs do Carto Europeu de

    Seguro de Doena ou Certificado Provisrio de Substituio.

    Tenha em ateno aos seguintes procedimentos no momento do acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    a) Confirme a validade do Carto Europeu de Seguro de Doena ou Certificado

    Provisrio de Substituio (atestados de direito).

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do Carto Europeu de Seguro de Doena ou do Certificado

    Provisrio de Substituio e o seu titular so a mesma pessoa.

    d) Proceda abertura de uma ficha de identificao para este utente, identificando-

    o com o n de beneficirio (campo 6), instituio responsvel (campo 7), e n.

    de Carto Europeu de Seguro de Doena (campo 8) constantes no Carto

    Europeu de Seguro de Doena certificando-se da correta introduo da

    nacionalidade, da morada e dos meios de contacto.

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme possveis

    alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    f) No caso do utente no apresentar o Carto Europeu de Seguro de Doena, ou o

    Certificado Provisrio de Substituio, o mesmo deve ser informado das duas

    opes possveis:

    i) Assume o pagamento direto dos cuidados de sade prestados e solicita o

    reembolso instituio de seguro competente quando regressar ao seu

    Pas.

    ii) Seja solicitado pela instituio competente do Ministrio da Sade o

    Certificado Provisrio de Substituio do Carto Europeu de Seguro de

    Doena instituio competente onde o utente est inscrito.

    iii) Caso o utente opte pela 2 soluo, deve ser enviado um pedido para a

    respetiva Administrao Regional de Sade, no sentido desta solicitar

    junto da instituio do Estado-Membro competente a emisso do

    Certificado Provisrio de Substituio do Carto Europeu de Seguro de

    Doena.

    g) Para a prescrio de medicamentos e meios complementares de diagnstico e

    teraputica o utente dever ser identificado com o n. de Carto Europeu de

    Seguro de Doena.

  • 21

    h) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 8 para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel (EFR), nas situaes de acesso destes cidados

    ao sistema de sade.

    i) O utente pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    j) A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo o

    valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    k) Esta faturao deve ser comunicada ACSS, de acordo com os procedimentos

    em vigor.

    1.6.Cidados segurados de outro Estado-Membro que se

    deslocam a Portugal com o objetivo de receberem um

    tratamento previamente autorizado pelo Estado-Membro

    competente

    Nos termos do Regulamento n. 883/2004, uma pessoa segurada que viaje, por sua

    iniciativa, para outro EstadoMembro com o objetivo de receber cuidados de sade

    programados, deve solicitar autorizao prvia instituio competente daquele Estado-

    Membro.

    necessrio que a instituio competente do cidado europeu emita o Documento Porttil S2, documento que atesta o direito deste cidado a receber

    tratamento em Portugal. Com base neste documento, o cidado europeu ter direito ao

    tratamento autorizado no sistema de sade, em igualdade de tratamento com os

    cidados nacionais.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento do acesso destes cidados ao sistema de sade:

    a) Confirme a validade do Documento Porttil S2.

    b) Solicite um documento de identificao (passaporte, ou carto de identidade em

    vigor no seu pas de origem).

    c) Verifique se o titular do Documento Porttil S2 e o seu titular so a mesma

    pessoa.

    d) Proceda abertura de uma ficha de identificao para este utente certificando-

    se da correta introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto.

    e) Se o utente j possuir uma ficha na unidade de sade, confirme possveis

    alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    f) No caso do utente no apresentar Documento Porttil S2, deve ser informado

    das seguintes opes:

  • 22

    i) Assumir o pagamento direto dos cuidados de sade prestados e solicitar o

    reembolso instituio de seguro competente quando regressar ao seu Pas

    ou;

    ii) Apresentar, no incio do tratamento que pretende realizar em Portugal, o

    Documento Porttil S2.

    g) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 6 para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel, nas situaes de acesso destes cidados ao

    sistema de sade.

    h) O utente pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    i) A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo o

    valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    j) Esta faturao deve ser comunicada ACSS, atravs dos procedimentos em

    vigor.

  • 23

    2. Acesso ao sistema de sade de cidados nacionais de pases terceiros abrangidos por conveno internacional celebrada entre Portugal e pases terceiros

    No quadro da cooperao internacional do Estado Portugus, encontram-se em vigor

    vrios acordos bilaterais celebrados entre Portugal e outros pases, nos quais esto

    contemplados, luz do princpio da reciprocidade, direitos que abrangem a proteo na

    doena.

    Os vrios acordos bilaterais em vigor que contemplam a proteo na doena,

    encontram-se resumidos no fluxograma seguinte:

    Cidados dos

    PALOP

    abrangidos

    pelos Acordos de

    Cooperao no

    domnio da sade:

    Angola,

    Cabo Verde,

    Guin Bissau

    S. Tom e Prncipe,

    e Moambique

    Cidados abrangidos

    pelas Convenes

    Internacionais no

    domnio

    da segurana social :

    Andorra,

    Brasil

    Cabo Verde,

    Marrocos,

    Quebec,

    Tunsia

    Documento

    comprovativo

    de estatuto

    de asilo/

    refugiado

    Cidados Estrangeiros em situao de estada temporria /

    residncia temporria em Portugal

    Cidado nacionais de pases terceiros abrangidos por acordo bilateral

    Cidados

    estrangeiros

    requerente

    de asilo

    ou com

    Estatuto

    de refugiado

    Documento

    comprovativo

    emitido pela

    DGS

    Documento

    comprovativo

    emitido pelo

    respetivo Pas

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    Doentes com

    estatuto

    de evacuado

    (Notificao da

    DGS)

    Condio de acesso

    atestado por

    formulrio prprio:

    Andorra: AND/PT 3

    Brasil: PT/BR 13

    Cabo Verde:

    CV/PT 6 e 7

    Marrocos: MA/PT 4

    Quebec: QUE/POR 4

    Tunsia: TN/PT 6

    Estatuto de

    asilado

    ou

    refugiado

    EFR(ANEXO)

    EFR(ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    9 10 11

    Cidados

    abrangidos

    por outros

    acordos ou

    convenes

    internacionais:

    - Cabo Verde:

    Acordo no domnio

    do ensino e

    formao profissional

    (Bolseiros e

    equiparados)

    10A

    Estatuto de

    Bolseiros ou

    equiparados

    Declarao

    emitida pela

    embaixada

    EFR

    (ANEXO)

    SINUS/

    SONHO

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 24

    2.1. Convenes Internacionais celebradas por Portugal com Pases Terceiros no domnio da Segurana Social

    No mbito das Convenes Internacionais no domnio da Segurana Social, os

    trabalhadores e respetivos membros da famlia abrangidos por um acordo de segurana

    social celebrado por Portugal que exeram atividade laboral no nosso pas, com

    inscrio no sistema de segurana social portugus, por via da qual lhes foi atribudo

    um Nmero de Identificao de Segurana Social (NISS), so utentes do SNS em

    condies idnticas aos cidados nacionais residentes em Portugal.

    Estes utentes devem dirigir-se ao centro de sade da rea de residncia e proceder

    respetiva inscrio. Os cidados abrangidos pelo sistema de segurana social de um pas

    com o qual Portugal tenha celebrado um acordo de segurana social que abranja a

    proteo na doena e maternidade no quadro do sistema de sade portugus podem

    aceder a cuidados de sade prestados no sistema de sade nacional desde que

    apresentem o respetivo atestado de direito, nas situaes de permanncia ou residncia

    em territrio nacional. Nesse caso, os procedimentos necessrios para o acesso aos

    cuidados de sade no mbito do SNS (permanncia) ou para a inscrio como utentes

    do SNS (residncia) so os mesmos que os referidos nos pontos 1.2., 1.3. e 1.5. supra,

    considerando a apresentao dos respetivos atestados de direito.

    O fluxograma seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao

    sistema de sade.

    Encontram-se abrangidos pelas referidas convenes bilaterais os trabalhadores,

    pensionistas e respetivos familiares.

    Cidados abrangidos

    pelas Convenes

    Internacionais no

    domnio

    da segurana social :

    Brasil,

    Andorra,

    Cabo Verde,

    Marrocos,

    Quebec

    Tunsia

    Cidados Estrangeiros em

    situao de estada temporria /

    residncia temporria em Portugal

    Cidado nacionais de pases terceiros

    abrangidos por acordo bilateral

    Documento

    comprovativo emitido

    pelo respetivo Pas

    SINUS/

    SONHO

    Condio de acesso

    atestado por

    formulrio prprio:

    Andorra: AND/PT 3

    Brasil: PT/BR 13

    Cabo Verde:

    CV/PT 6 e 7

    Marrocos: MA/PT 4

    Quebec: QUE/POR 4

    Tunsia: TN/PT 6

    EFR(ANEXO)

    10

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 25

    As convenes internacionais de Segurana Social celebradas por Portugal que

    abrangem a proteo na doena e maternidade so as seguintes:

    Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e Andorra e respetivo Acordo

    Administrativo (Decreto n 12/90, de 05 de maio, publicado no DR n 100, de

    02.05, I Srie)

    Acordo sobre Segurana Social ou Seguridade Social entre Portugal e Brasil e

    respetivo Ajuste Administrativo (Decreto n 67/94, de 27.08, publicado no DR n

    198, de 27.08, I Srie A; Resoluo da Assembleia da Repblica n 6/2009, de

    09 de Janeiro, publicada no DR n 40, de 26.02, I Srie )

    Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e Cabo Verde e Acordo

    Administrativo (Decreto n 2/2005, de 4 de Fevereiro, publicado no DR n 25, de

    04.02, I Srie A)

    Ajuste e Ajuste Complementar, ambos em matria de segurana social, entre

    Portugal e o Quebec, no mbito do Acordo sobre segurana social entre Portugal

    e o Canad.(Decreto n 34/81, de 05 de maro, publicado no DR n 53, de 05

    de maro, I Srie; Decreto n 61/91, de 05 de dezembro, publicado no DR n

    280, de 05.12, I Srie A).

    Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e Marrocos e respetivo Acordo

    Administrativo (Decreto n 27/99, de 23 de julho, publicado no DR n 170, de

    23.06, publicado na I Srie A)

    Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e a Tunsia e respetivo Acordo

    Administrativo. (Resoluo da Assembleia da Repblica n. 29/2009, de 05 de

    Fevereiro, publicada no DR n. 175, de 17.04, I Srie; Aviso n. 96.2010,

    publicado no DR n. 122, de 25.06, I Srie)

    Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e o Reino Unido da Gr-

    Bretanha e Irlanda do Norte, adiante Reino Unido, no tocante s Ilhas do Canal

    (Jersey, Guernsey, Alderney, Herm, Jethou e Man)( Decreto n 16/79, de 30 de

    dezembro, publicado no DR n 38, de 30.12, I Srie)

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    Pedir um documento de identificao do cidado estrangeiro;

    Solicitar o atestado de direito, emitido pela entidade competente do Pas de

    origem:

    Andorra: AND/PT 3 (estada) e AND/PT 4 a 6 (residncia)

    Brasil: PT/BR 13 (estada e residncia)

    Cabo Verde: CV/P6 (estada) e CV/PT 7 a 9 (residncia)

    Quebec: QUE/POR 4 (estada e residncia)

    Marrocos: MA/PT 4 (estada) e MA/PT 5 e 6 (residncia)

    Tunsia: TN/PT 6 (estada) e TN/PT 5, 7 e 8 (residncia)

  • 26

    Comprovada a validade do documento, o cidado estrangeiro tem acesso ao

    sistema de sade, nas mesmas condies que os cidados nacionais.

    Os episdios destes utentes devero ser codificados de acordo com os cdigos

    referente ao Fluxo 10, para a identificao da Entidade Financeira Responsvel,

    atribudos por pas:

    Andorra: Fluxo 10

    Brasil: Fluxo 10

    Cabo Verde: Fluxo 10

    Quebec: Fluxo 10

    Marrocos: Fluxo 10

    Tunsia: Fluxo 10

    O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida deduzindo o

    valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    Esta faturao deve ser comunicada ACSS, para envio aos respetivos Estados

    competentes.

  • 27

    2.2. Acordos de Cooperao no Domnio da Sade celebrados

    entre Portugal e os PALOP

    Os Acordos de Cooperao Internacional no Domnio da Sade visam assegurar, nas

    mesmas condies dos cidados nacionais, a assistncia mdica de doentes evacuados

    dos PALOP que se deslocam a Portugal, com o propsito de lhes serem prestados

    cuidados de sade hospitalares e em regime de ambulatrio no Servio Nacional de

    Sade, para os quais o sistema de sade do pas de origem no tem capacidade tcnica

    para os prestar.

    Estes doentes esto sujeitos a regras de procedimento de acesso ao Servio Nacional de

    Sade que os distinguem dos demais cidados estrangeiros que recorrem ao Servio

    Nacional de Sade, por fora da aplicao dos referidos acordos de cooperao.

    O fluxograma seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao

    sistema de sade.

    Nota:

    No podem ficar abrangidos pelo mbito dos Acordos de Cooperao no domnio da Sade,

    os pedidos de assistncia mdica de cidados dos PALOP, que no tenham sido aprovados

    pela Junta Mdica Nacional ou pela autoridade de sade competente do PALOP,

    rececionados e validados pela Direo-Geral da Sade. Os doentes dos PALOP que recorrem

    ao Servio Nacional de Sade que no estejam inseridos no Acordo de Cooperao no

    Domnio da Sade, no adquirem o estatuto de doentes evacuados ao abrigo dos Acordos de

    Cooperao no domnio da Sade, aplicando-se-lhes os procedimentos em vigor no domnio

    de acesso dos cidados estrangeiros ao Servio Nacional de Sade.

  • 28

    Cidados dos

    PALOP

    abrangidos

    pelos Acordos de

    Cooperao no

    domnio da sade:

    Angola

    Cabo Verde

    Guin Bissau

    S. Tom e Prncipe

    Moambique

    Cidados Estrangeiros em situao de

    estada temporria / residncia

    temporria em Portugal

    Cidado nacionais de pases

    terceiros abrangidos por

    acordo bilateral

    Documento

    comprovativo

    emitido pela DGS

    SINUS/

    SONHO

    Doentes com

    estatuto

    de evacuado

    (Notificao da

    DGS)

    EFR

    (ANEXO)

    9

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 29

    O fluxograma seguinte carateriza os principais procedimentos de evacuao de doentes

    ao abrigo dos Acordos de Cooperao no domnio da Sade entre Portugal e os PALOP.

    a) Principais Instrumentos Reguladores da Cooperao Internacional no

    domnio da Sade:

    Repblica de Cabo Verde - Decreto n 24/77, de 03 de Maro e Decreto n

    129/80, de 18 de Novembro

    Repblica Democrtica de S. Tom e Prncipe Decreto do Governo n 25/77,

    de 03 de Maro

    Repblica Popular de Angola - Decreto do Governo n 39/84, de 18 de Julho

    Repblica da Guin-Bissau - Decreto n 44/92, de 21 de Outubro

    Repblica Popular de Moambique Decreto do Governo n 35/84, de 12 de

    Julho.

    b) Responsabilidades do Estado Portugus no domnio da Sade:

    Assistncia mdica hospitalar (internamento hospitalar e ambulatrio)

    Meios complementares de diagnstico e teraputica quando efetuados em

    estabelecimentos hospitalares oficiais ou suas dependncias

    Transporte em ambulncia do aeroporto ao hospital quando clinicamente

    exigido. De todos os pases, exceciona-se a Repblica Popular de Angola, em

    que o Estado Portugus suporta metade (50%) das despesas com assistncia

    mdica a cidados oriundos dos PALOP.

    c) Responsabilidades dos PALOP:

    Transporte de vinda e regresso ao pas de origem

    Deslocao do aeroporto ao local de destino

    Enquadramento - Principais circuitos institucionalizados relativos a evacuao de doentes PA

    LOP

    Junta Mdica Nacional elabora Relatrio Clnico que fundamenta

    a necessidade de evacuao do doentepara Portugal

    O Relatrio Clnico submetido a homologao do Ministro da Sade

    de cada PALOP e o processo remetido

    Embaixada do PALOP em Portugal

    A Embaixada de cada PALOPremete o processo DGS

    com um pedido formal para aceitao do mesmo no mbito

    dos Acordos de CooperaoInternacional

    Portu

    gal

    A DGS aprecia o pedido e emite o respectivo parecer tcnico e autoriza a

    evacuao do doente, indicando o HospitalPblico para o qual dever ser solicitada

    a assistncia mdica

    A DGS dirige ofcio ao Serviode Gesto de Doentes do Hospital a solicitar a marcao de consulta

    O Hospital informa a DGS da data da marcao

    da consulta

    A DGS transmite a data da consulta Embaixada do PALOP em Portugal,

    Embaixada de Portugal no pas, a qualcomunica ao SEF para facilitar a obteno

    de visto especfico

    A Embaixada de cada PALOP em Portugal informa o respectivo

    Ministrio da Sade da marcao da consulta

    O Ministrio da Sadede cada PALOP acciona os procedimentos da

    deslocaodo doente

    2

    4

    3

    5 6

    7 8 9

    1

    Ministrio da Sade

  • 30

    Alojamento a doentes no internados ou em regime de internamento e

    ambulatrio

    Alojamento aps tratamento ter sido dado como concludo pelas competentes

    autoridades hospitalares

    Medicamentos e produto farmacutico prescritos em ambulatrio

    Funeral ou repatriamento do corpo em caso de morte

    Atribuio de Prteses

    Angola responsvel por 50% das despesas de internamento e tratamento de doentes,

    incluindo as despesas inerentes com exame radiolgicos e biolgicos. Tanto Angola

    como Moambique suportam metade das despesas relacionadas com alojamento a

    doentes no internados ou em regime de ambulatrio.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados

    estrangeiros ao Servio Nacional de Sade:

    Pedir ao cidado um documento de identificao (passaporte, carto de

    identidade em vigor no seu pas de origem).

    Solicitar credencial emitida pela Direo-Geral da Sade que certifica que este

    cidado est abrangido pelo Acordo de Cooperao no domnio da Sade.

    Abrir uma ficha de identificao para o cidado certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto

    Se o utente j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes nos

    dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    Os episdios destes utentes devero ser codificados de acordo com os cdigos

    referentes ao Fluxo 9, para a identificao da Entidade Financeira Responsvel,

    atribudos por pas:

    Angola: Fluxo 9

    Cabo Verde: Fluxo 9

    Guin-Bissau: Fluxo 9

    S.Tom e Prncipe: Fluxo 9

    Moambique: Fluxo 9

    O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    2.3. Acesso ao sistema de sade ao abrigo de outras

    convenes ou acordos de cooperao celebradas pelo

    Estado Portugus

    Ao abrigo dos Acordos de Cooperao nos domnios do Ensino e da Formao

    Profissional, cidados que vierem a beneficiar do regime previsto nos acordos

    celebrados, sero titulares dos mesmo direitos e obrigaes que os nacionais que

    realizam os mesmos cursos, especialidade, estgios ou projetos de investigao.

  • 31

    Por aplicao dos Acordos de Cooperao, os bolseiros tm direito assistncia mdica

    e medicamentosa nas mesmas condies que o Estado portugus presta aos seus

    nacionais.

    Os Acordos de Cooperao celebradas por Portugal que abrangem a assistncia mdica

    e medicamentosa so os seguintes:

    Acordo nos domnios do Ensino e da Formao Profissional entre Portugal e

    Cabo Verde (Decreto n 23/77, de 02 de Maro, publicado no DR n 51, de

    02.03, G.C.C)

    Acordo nos domnios da Educao, do Ensino, da Investigao Cientfica e da

    Formao de Quadros entre Portugal e Angola (Decreto n. 29/91, de 19 de

    Abril, publicado no DR n. 91, de 19.04, I Srie A)

    Protocolo de Cooperao nas reas do emprego, da Formao Profissional, das

    Relaes Laborais e da Segurana Social (Decreto n. 41/99, de 21 de Outubro,

    publicado no DR n. 246, de 21.10, I Srie A)

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao Servio Nacional de Sade:

    a) Pedir um documento de identificao do cidado (passaporte, carto de

    identidade em vigor no seu pas de origem).

    b) Solicitar declarao emitida pelo Consulado do Pas do cidado estrangeiro, que

    atesta o direito de acesso ao sistema de sade.

    c) Abrir uma ficha de identificao para o cidado certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto

    d) Se este cidado j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes nos

    dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    e) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 10.A para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel (EFR).

    f) O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados, nas mesmas condies aplicveis aos cidados nacionais.

    3. Acesso ao sistema de sade por cidados nacionais de pases terceiros no abrangidos por conveno internacional celebrada entre Portugal e os pases em causa

    A Lei de Bases da Sade, regulamentada pela Lei n 48/90, de 24 de Agosto, na Base

    XXV, determina que so beneficirios do Servio Nacional de Sade, para alm de todos

    os cidados portugueses e dos cidados nacionais dos Estados-Membros da Unio

    Europeia, do Espao Econmico Europeu e da Sua, os cidados estrangeiros residentes

    em Portugal, em condies de reciprocidade, e os cidados aptridas residentes em

    Portugal.

    O Despacho n 25 360/2001, de 16 de Novembro, do Ministro da Sade, publicado no

    Dirio da Repblica n286, II Srie, de 12 de Dezembro, estabeleceu os procedimentos

  • 32

    em matria de acesso dos cidados estrangeiros ao sistema de sade. O fluxograma

    seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de

    sade.

    O fluxograma seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao

    sistema de sade.

    3.1. Cidados nacionais de pases terceiros com autorizao

    de residncia em Portugal

    O Despacho n 25 360/2001, do Ministro da Sade, de 16 de novembro, publicado no

    Dirio da Repblica, II Srie, n 286, de 12 de Dezembro, estabelece as condies de

    acesso dos cidados estrangeiros de pases terceiros ao SNS.

    Esto abrangidos pelo mbito de aplicao do Despacho n 25 360/2001, de 16 de

    novembro, os cidados estrangeiros nacionais de um pas terceiro no pertencente ao

    espao da Unio Europeia ou Espao Econmico Europeu e Sua que residam no

    territrio nacional, nos termos regulados na legislao nacional que regula a entrada,

    permanncia, sada e controlo de cidados estrangeiros no territrio nacional10.

    10Cfr. Circular Informativa n. 12/DQS/DMD, de 07.05.2009, emitida pela Direo-Geral de Sade.

    Carto de

    Utente/

    Comprova

    tivo de

    inscrio

    no centro

    de sade

    SINUS/

    SONHO

    Cidados estrangeiros com

    residncia permanente em Portugal

    Cidados

    estrangeiros

    de pases

    terceiros com

    autorizao

    residncia

    em Portugal

    Cidados

    estrangeiros

    de pases

    terceiros

    em situao

    irregular

    SINUS/

    SONHO

    SINUS/

    SONHO

    Cidados nacionais de pases terceiros no

    abrangidos por acordo bilateral

    a) Cuidados de sade urgentes e vitais e de proteco da sade pblica

    Estrangeiro

    menor

    residente em

    Portugal

    em

    situao

    irregular

    Autorizao

    residncia

    emitido pelo

    SEF

    Atestado de

    residncia

    emitido

    pela

    Junta de

    Freguesia

    Registo

    no ACIDI

    Documento

    comprovativo

    de registo

    no ACIDI

    a) Atestado

    de

    residncia

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    EFR

    (ANEXO)

    1 2 3

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 33

    Para que estes cidados estrangeiros possam inscrever-se no Servio Nacional de Sade

    e, por consequncia, obtenham o nmero de utente devero apresentar nos servios de

    sade da rea de residncia, o ttulo de autorizao de residncia no territrio nacional,

    emitido pelo Servio de Estrangeiros e Fronteiras.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao Servio Nacional de Sade:

    a) Inscrio de cidados estrangeiros de pases terceiros no Servio Nacional

    de Sade

    Estes cidados estrangeiros inscrevem-se no Servio Nacional de Sade, atravs do

    Centro de Sade da sua rea de residncia.

    Pedir o ttulo de autorizao de residncia emitido pelo Servio de Estrangeiros e Fronteiras.

    O Centro de Sade procede inscrio do cidado no RNU, com a atribuio de nmero de utente do SNS e disponibiliza o respetivo comprovativo a este

    novo utente do Servio Nacional de Sade.

    Com a inscrio do cidado estrangeiro no SNS o mesmo passa a ter acesso

    ao sistema de sade, em igualdade de tratamento que os utentes nacionais.

    Para a prescrio de medicamentos e meios complementares de diagnstico o utente dever ser identificado com o n. de utente que lhe foi atribudo.

    b) Cidado estrangeiro que seja titular de carto de utente do SNS ou Prova

    de inscrio

    Confirmar a validade do Carto de Utente ou Prova de Inscrio no Centro de Sade.

    Pedir um documento de identificao (titulo de autorizao de residncia).

    Abrir uma ficha de identificao para o utente certificando-se da correta introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto.

    Se o utente j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes nos dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    No sistema informtico, os episdios destes utentes devero ser codificados

    com o cdigo referente ao Fluxo 1 para a identificao da Entidade

    Financeira Responsvel e identificado com o respetivo n de beneficirio

    SNS.

    Nota:

    Para a inscrio e respetiva obteno do nmero de utente do Servio Nacional de Sade, no

    requisito que o cidado estrangeiro apresente comprovativo em como se encontra inscrito na

    segurana social, atravs da atribuio do nmero de identificao de segurana social.

  • 34

    Caso o utente refira ser beneficirio do SNS, mas no tenha na sua posse o

    Carto de Utente ou a Prova de inscrio no Centro de Sade, dever-se-

    utilizar a plataforma eletrnica do RNU para confirmar a inscrio, mediante

    a introduo dos dados presentes nos documentos de identificao.

    Se a busca no RNU no devolver resultado algum, ou se o utente no

    apresentar nenhum documento de identificao vlido, este dever ser

    informado que dispe de 10 dias para apresentar os documentos que

    comprovem a sua situao de beneficirio do SNS, devendo este caso ficar

    assinalado para ser revisto no prazo de 11 dias.

    O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade prestados, nas mesmas condies aplicveis aos cidados nacionais.

    A faturao correspondente prestao destes cuidados de sade, considerada encargo do SNS.

    c) Cidado estrangeiro que apresente documento referente a terceiro

    pagador (Termo de Responsabilidade ou Seguro de Sade)

    Confirmar a validade do documento apresentado.

    Pedir um documento de identificao (ttulo de autorizao de residncia).

    Abrir uma ficha de identificao para o utente certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da residncia e dos meios de contacto. Se o

    utente j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes nos dados

    com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    No sistema informtico, nos episdios destes utentes devero ser

    introduzidos os cdigos das respetivas entidades responsveis, e

    subsequentemente o n de beneficirio, o n do termo de responsabilidade

    ou da aplice conforme for o caso.

    No sistema informtico, os episdios destes utentes devero ser codificados

    com o cdigo referente ao Fluxo 12 para identificar a Entidade Financeira

    Responsvel.

    O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    A fatura correspondente aos cuidados prestados deve ser emitida ao terceiro

    pagador, deduzindo o valor da taxa moderadora paga pelo utente.

    d) Cidado estrangeiro com visto de residncia e visto de estada temporria

    que apresente documento comprovativo de pedido de autorizao de

    residncia emitido pelo SEF

    A Lei n. 23/2007, de 4 de julho, alterada pela Lei n. 29/2012, de 9 de agosto que

    aprovou o regime jurdico de entrada, permanncia, sada e afastamento de

    estrangeiros do territrio nacional permite que cidados estrangeiros entrem no

    territrio nacional com visto de estada temporria e com visto de residncia.

    Tendo em conta que estes cidados so titulares de um visto de estada temporria ou

    visto de residncia vlido por um determinado prazo, o cidado estrangeiro para

  • 35

    continuar a residir legalmente em Portugal, tem que solicitar aos Servios de

    Estrangeiros e Fronteiras uma autorizao de residncia a fim de passar a residir

    permanentemente em Portugal.

    Face a este contexto, entre o visto de estada temporria e o visto de residncia que

    entretanto caducou e a concluso do processo de autorizao de residncias11, estes

    cidados estrangeiros, desde que apresentem recibo de pedido ou renovao do pedido

    de autorizao de residncia, emitido pelos Servios de Estrangeiros e Fronteiras,

    continuam a ter acesso ao Servio Nacional de Sade, em igualdade de tratamento que

    os cidados nacionais, em virtude de se encontrarem no territrio nacional com titulo

    vlido de residncia.

    Para estes cidados, no momento de acesso ao Servio Nacional de Sade, devem ser

    cumpridos os seguintes procedimentos:

    a) Pedir documento de identificao (visto legal de estada temporria ou visto

    residncia ou recibo de pedido/renovao de autorizao de residncia),

    sempre acompanhado de passaporte

    b) Na inscrio do interessado deve identifica-lo ao abrigo do Despacho n. 25

    360/2001

    c) O cidado pagar as taxas moderadoras aplicveis aos cuidados de sade

    prestados.

    d) A faturao correspondente prestao destes cuidados de sade,

    considerada encargo do SNS.

    3.2. Cidados nacionais de pases terceiros em situao

    irregular em Portugal

    A Lei de Bases da Sade, regulamentada pela Lei n 48/90, de 24 de Agosto, na Base

    XXV determina que so beneficirios do Servio Nacional de Sade, para alm de todos

    os cidados portugueses e dos cidados nacionais dos Estados-membros da Unio

    Europeia, do Espao Econmico Europeu e da Sua, os cidados estrangeiros residentes

    em Portugal, em condies de reciprocidade e os cidados aptridas residentes em

    Portugal.

    O Despacho n 25.360/2001, de 16 de Novembro, do Ministro da Sade, publicado no

    Dirio da Repblica n286, II Srie, de 12 de Dezembro, estabeleceu os procedimentos

    em matria de acesso dos cidados estrangeiros ao Servio Nacional de Sade.

    Assim, os cidados estrangeiros que sejam titulares de autorizao de residncia,

    emitida pelos Servios de Estrangeiro de Fronteiras, tm acesso ao sistema de sade,

    nas mesmas condies e em igualdade de tratamento que os demais cidados

    nacionais.

    11 Nos termos do n 7 do artigo 78 da Lei n 29/2012, de 9 de agosto, O recibo de pedido de renovao de autorizao de residncia produz os mesmos efeitos do ttulo de residncia durante o prazo de 60 dias, renovvel.

  • 36

    O Despacho n 25 360/2001, do Ministro da Sade, de 16 de novembro determina que

    aos cidados estrangeiros que no sejam titulares de autorizao de residncia, nos

    termos do disposto na al. c), do n. 2, da Base XXXIII, da Lei de Bases da Sade,

    devem ser cobradas as despesas efetuadas, excetuando a prestao de cuidados de

    sade em situaes que ponham em perigo a sade pblica, mediante a apresentao

    de atestado de residncia, emitido pela Junta de Freguesia da rea de residncia, de

    que se encontram a residir em Portugal h mais de noventa dias.

    Configuram situaes que podem colocar em perigo a sade pblica12, as seguintes

    situaes:

    Cuidados de sade urgentes e vitais;

    Doenas transmissveis que representem perigo ou ameaa para a sade pblica

    (tuberculose ou sida, por exemplo);

    Cuidados no mbito da sade materno-infantil e sade reprodutiva,

    nomeadamente acesso a consultas de planeamento familiar, interrupo

    voluntria da gravidez, acompanhamento e vigilncia da mulher durante a

    gravidez, parto e puerprio e cuidados de sade prestados aos recm nascidos;

    Cuidados de sade a menores que se encontram a residir em Portugal, nos

    termos definidos no Decreto-Lei n 67/2004, de 25 de Maro;

    Vacinao, conforme o Programa Nacional de Vacinao em vigor;

    Cidados em situao de excluso social ou em situao de carncia econmica

    de acordo com o comprovativo a emitir pelas entidades competentes.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    Dever informar-se o cidado sobre a necessidade de proceder regularizao

    da sua situao recorrendo ao Centro Nacional de Apoio Imigrao (CNAI)

    Dever ser comunicada a situao ao CNAI de Lisboa, Porto ou Faro ou ao CLAII

    mais prximo, utilizando o modelo de informao em anexo (ANEXO 1). Os

    contatos atualizados podero ser obtidos atravs do endereo

    www.acidi.gov.pt/es-imigrante

    Na inscrio do interessado deve identifica-lo ao abrigo do subsistema

    Despacho n. 25 360/2001

    Procedimentos de faturao:

    i) Cuidados urgentes e vitais e situaes de sade que coloquem em risco a

    sade pblica13,

    ii) A Entidade Financeira Responsvel (EFR) o SNS.

    iii) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 2 para a identificao da

    EFR.

    12Cfr: N 7 da Circular Informativa n. 12/DQS/DMD, de 07.05.2009

    13 Cfr: N 7 da Circular Informativa n. 12/DQS/DMD, de 07.05.2009

  • 37

    iv) O cidado pagar ou estar isento do pagamento das taxas moderadoras

    aplicveis aos cuidados de sade prestados, nas mesmas condies

    aplicveis aos cidados nacionais.

    Numa prxima situao de acesso ao sistema de sade se este cidado

    apresentar ttulo de autorizao de residncia, dever proceder-se atualizao

    da sua inscrio no RNU.

    Aos cidados que se encontrem em situao irregular e que acedem ao SNS para obteno de cuidados de sade fora das situaes acima elencadas, as unidades

    prestadoras desses cuidados devem exigir a cobrana dos cuidados prestados de acordo

    com a Tabela de Preos em vigor.

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    Pedir documento de identificao (passaporte, carto de identidade em vigor no

    seu pas de origem).

    Confirme que o cidado no tem n. de utente, atravs da consulta ao RNU.

    Verifique que o imigrante no portador de nenhum documento comprovativo

    de residncia ou do documento que certifique que se encontra a residir em

    Portugal h mais de 90 dias.

    Este cidado inscrito com o nome e morada indicada pelo prprio.

    Dever informar-se o cidado sobre a necessidade de proceder regularizao

    da sua situao recorrendo ao Centro Nacional de Apoio Imigrao (CNAI).

    Dever ser comunicada a situao ao CNAI de Lisboa, Porto ou Faro ou ao CLAII

    do ACIDI mais prximo, utilizando o modelo de informao em anexo (ANEXO

    1). Os contatos atualizados podero ser obtidos atravs do endereo

    www.acidi.gov.pt/es-imigrante

    Procedimentos de faturao:

    i) Cuidados de sade fora das situaes susceptveis de colocar em causa a

    sade pblica14.

    ii) A Entidade Financeira Responsvel ser o prprio considerado como terceiro

    pagador.

    Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 12 para a identificao da EFR.

    Numa prxima situao de acesso ao sistema de sade se este cidado

    apresentar ttulo de autorizao de residncia, dever proceder-se sua

    inscrio no RNU.

    14Cfr: N 7 da Circular Informativa n. 12/DQS/DMD, de 07.05.2009

  • 38

    3.3. Cidados nacionais de pases terceiros que visitam

    Portugal em situao de estada temporria ou visita turstica

    Portugal considerado um dos destinos mundiais de turismo, pelo seu clima, pela sua

    costa, gastronomia e histria.

    Nesse sentido, importa definir os procedimentos relativamente a cidados estrangeiros

    que visitam Portugal e que, por qualquer motivo de sade, necessitam de recorrer

    rede de cuidados de sade do Servio Nacional de Sade.

    O fluxograma seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao

    sistema de sade.

    Cidados de

    pases terceiros

    sem Acordo

    bilateral

    EFR

    (ANEXO)

    Documento identificador do seguro de sade

    Cidados Estrangeiros em situao de

    estada temporria / residncia

    temporria em Portugal

    SINUS/

    SONHO

    Beneficirio

    de Seguro

    de Sade

    12

    Outras

    situaes

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    S

    I

    T

    U

    A

    O

  • 39

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    a) Pedir documento de identificao do cidado estrangeiro (passaporte, carto

    de identidade em vigor no seu pas de origem).

    b) Abrir uma ficha de identificao para o cidado certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto

    c) Se este cidado j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes

    nos dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    d) Solicitar documento comprovativo do seguro de sade vlido.

    e) Caso o cidado estrangeiro no apresente comprovativo do seguro de sade

    dever ser informado que ter que suportar o pagamento integral dos

    cuidados.

    f) Os episdios destes utentes devero ser codificados de acordo com o cdigo

    referente ao Fluxo 12, para a identificao da Entidade Financeira

    Responsvel.

  • 40

    3.4 Acesso ao sistema de sade por cidados estrangeiros

    com estatuto de refugiado ou direito de asilo em Portugal

    Nos termos da legislao em vigor, reconhecido aos requerentes de asilo ou de

    proteo subsidiria e respetivos membros da famlia o acesso ao Servio Nacional de

    Sade.

    O reconhecimento do acesso ao sistema de sade de todos os requerentes de asilo

    insere-se dentro das medidas previstas no novo regime jurdico-legal em matria de

    asilo e refugiados, no sentido de dotar o sistema nacional de apoio aos requerentes de

    asilo e refugiados de mecanismos que permitam ao Estado Portugus assegurar aos

    requerentes de asilo, at deciso final do pedido, condies de dignidade humana, de

    forma mais consentnea com normas internacionais a que Portugal aderiu.

    O artigo 52. da Lei n. 27/2008, de 30 de junho, reconhece aos requerentes de asilo,

    desde o momento da emisso de declarao comprovativa da apresentao do pedido

    de asilo, o acesso ao sistema de sade, nos termos fixados pela Portaria n 30/2001, 17

    de Janeiro e Portaria n 1042/2008, de 15 de setembro.

    Os requerentes de asilo tm acesso gratuito ao sistema de sade para efeitos de

    cuidados de urgncia, incluindo diagnstico e teraputica, e de cuidados de sade

    primrios, bem como assistncia medicamentosa, a prestar pelos servios de sade da

    sua rea de residncia.

    Os cuidados de sade primrios referidos anteriormente, cujos encargos so suportados

    pelo Servio Nacional de Sade, incluem:

    a) A preveno da doena e promoo da sade e os cuidados de tipo

    ambulatrio, abrangendo os de clnica geral, materno-infantis e de

    planeamento familiar, escolares e geritricos;

    b) Cuidados de especialidades, abrangendo nomeadamente as reas da

    oftalmologia, da estomatologia, da otorrinolaringologia e da sade mental;

    c) Internamentos que no impliquem cuidados diferenciados;

    d) Elementos complementares de diagnstico e teraputica, incluindo a

    reabilitao;

    e) Cuidados de enfermagem, incluindo os de visitao domiciliria.

    Para efeitos de acesso ao sistema de sade, os requerentes de asilo devero ser

    titulares e portadores de declarao comprovativa de apresentao de um pedido de

    asilo ou de autorizao de residncia provisria vlidos.

    O reconhecimento aos requerentes de asilo do direito de acesso ao sistema de sade

    cessa com a deciso final que recair sobre o seu pedido de asilo, salvo quando, avaliada

    a situao mdica do requerente, esta no permita a sua cessao.

    O fluxograma seguinte sintetiza as situaes de acesso destes cidados estrangeiros ao

    sistema de sade:

  • 41

    Documento

    comprovativo

    de estatuto de

    asilo/

    refugiado

    Cidados Estrangeiros em situao de

    estada temporria / residncia

    temporria em Portugal

    Cidado nacionais de

    pases terceiros

    abrangidos por acordo

    bilateral

    Cidados

    estrangeiros

    requerente

    de asilo

    ou com

    Estatuto

    de refugiado

    SINUS/ SONHO

    Estatuto de

    asilado

    ou

    refugiado

    EFR

    (ANEXO)

    11

    S

    I

    T

    U

    A

    O

    C

    O

    N

    D

    I

    O

    D

    O

    C

    U

    M

    E

    N

    T

    O

    F

    A

    T

    U

    R

    A

    O

  • 42

    Tenha em ateno os seguintes procedimentos no momento de acesso destes cidados estrangeiros ao sistema de sade:

    a) Pedir um documento de identificao do cidado estrangeiro (passaporte, carto

    de identidade em vigor no seu pas de origem).

    b) Solicitar declarao comprovativa do pedido de asilo.

    c) Abrir uma ficha de identificao para o cidado certificando-se da correta

    introduo da nacionalidade, da morada e dos meios de contacto

    d) Se este cidado j possuir uma ficha, confirmar sempre possveis alteraes nos

    dados, com especial ateno para a morada e meios de contacto.

    e) Dever ser utilizado o cdigo referente ao Fluxo 11, para a identificao da

    Entidade Financeira Responsvel (EFR).

  • 43

    Equipa de apoio, acompanhamento e avaliao da implementao do Manual de Acolhimento no Acesso ao Sistema de Sade de Cidados Estrangeiros

    Administrao Central do Sistema de Sade - Departamento de Gesto e Financiamento de Prestaes de Sade, Ncleo de Acordos Internacionais e

    Cuidados de Sade Transfronteirios

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Telefone: 217 925 800

    Fax: 217 925 848

    Direo-Geral da Sade - Diviso da Mobilidade Internacional de Doentes (Departamento da Qualidade na Sade)

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Telefone: 218 430 800

    Fax: 218 430 846

  • 44

    ANEXOS

    Anexo 1

    Modelo de minuta de comunicao ao Centro Nacional de Apoio ao Imigrante

    Comunicao ao Centro Nacional de Apoio ao Imigrante de

    ______________________________

    Comunicao ao Centro Local de Apoio Integrao dos Imigrantes de

    ___________________

    Para os devidos efeitos informamos que o cidado [NOME] __________residente na

    morada ___________[MORADA indicada pelo utente] recorreu aos servios desta

    unidade de sade, no tendo apresentado nmero de identificao de utente do SNS ou

    visto, prorrogao de permanncia, ou autorizao de residncia vlidos.

    Vimos, por este meio, dar conhecimento da situao referida, para que possa ser

    prestado a este/a cidado/ toda a informao e apoio necessrios sua regularizao.

    Solicita-se ainda que se informe o cidado que dever inscrever-se no Centro de Sade

    da sua rea de residncia apresentada a autorizao de residncia vlida, para que lhe

    possa ser atribudo n. de utente, passando, assim, a ter acesso ao sistema nacional de

    sade nos termos da legislao nacional em vigor.

  • 45

    Anexo 2

    Mapa dos Fluxos de Acesso de Cidados Estrangeiros ao Sistema

    Nacional de Sade respetivos cdigos de Entidade Financeira

    Responsvel (EFR).

    Cidados dos

    PALOP

    abrangidos

    pelos Acordos de

    Cooperao no

    domnio da sade:

    Angola

    Cabo Verde