manual contabilista
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SIMPLES NACIONAL
Atualizado at a
Resoluo CGSN 29, de 21 de janeiro de 2008 .
SEBRAE Servio Brasileiro de
Apoio s Micro e
Pequenas Empresas
FENACON Federao Nacional das
Empresas de Servios
Contbeis e das
Empresas de
Assessoramento,
Percias, Informaes e
Pesquisas
Braslia
Janeiro de 2008
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SIMPLES NACIONAL
Copyright 2007, SEBRAE, Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas.
PERMITIDA A REPRODUO TOTAL OU PARCIAL MEDIANTE CITAO DA FONTE
FENACON Federao Nacional das
Empresas de Servios Contbeis e das Empresas de
Assessoramento, Percias, Informaes e Pesquisas
Presidente
Valdir Pietrobon
SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas
Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor de Administrao e Finanas
Carlos Alberto dos Santos
Diretor Tcnico Luiz Carlos Barboza
Gerente da Unidade de Polticas
Pblicas Bruno Quick Loureno de Lima
Consultor da Unidade de
Polticas Pblicas Andr Silva Spnola
Lusia Angelete Ferreira Consultoria de Contedo e Redao do Texto
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SIMPLES NACIONAL
Atualizado at a
Resoluo CGSN 29, de 21 de janeiro de 2008 .
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SIGLAS MAIS USADAS
CLT Consolidao das Leis do Trabalho
CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica
CODEFAT Conselho dos Depsitos do Fundo de Amparo ao Trabalhador
COFINS Contribuio para Financiamento da Seguridade Social
CGSN - Comit Gestor do Simples Nacional
CPMF Contribuio Provisria sobre Movimentao ou Transmisso de Valores de Crditos e
Direitos de Natureza Financeira
CSLL Contribuio Social sobre o Lucro Liquido
DCT Disposies Constitucionais Transitrias
EPP Empresa de Pequeno Porte
FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio
ICMS Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios de Comunicaes e Transporte
Interestadual e Intermunicipal
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IOF Imposto sobre Operaes Financeiras
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
ISS Imposto sobre Servio de Qualquer Natureza
LC Lei Complementar
ME Microempresa
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
MIDC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comercio Exterior
PIB Produto Interno Bruto
PIS Programa de Integrao Social
RAIS Relao Anual de Informaes Sociais
SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e
das Empresas de Pequeno Porte.
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NDICE
INTRODUO
MDULO 1 CONCEITOS E OPES DA MICRO E DA PEQUENA EMPRESA
1. Contedo da Lei Complementar 123/2006
2. Conceitos de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
3. Restries ao Enquadramento
4. Formalizao da Opo
MDULO 2 CLCULO DO SIMPLES NACIONAL
1. Conceito e Origem
2. Clculo Eletrnico
3. Base de Clculo
4. Identificao da Alquota
5. Simples Nacional nas Atividades Comerciais
6. Simples Nacional nas Atividades Industriais
7. Servios com INSS Includo no Simples Nacional
8. Servios com INSS devido em Separado no Simples Nacional
9. Clculo do Simples Nacional no Incio de Atividades
10. Clculo com Excesso de Receitas
11. Tributao Facultativa nos Estados
12. Recolhimento do Simples Nacional
MODULO 3 DISPENSAS E TRIBUTOS NO INCLUDOS NO SIMPLES
NACIONAL
1. Contribuies Dispensadas
2. Retenes Dispensadas
3. Iseno do Imposto de Renda Sobre Lucros Distribudos
4. Vedao a Crditos e Incentivos
5. Tributos No Includos no Simples Nacional
MDULO 4 OBRIGAES ACESSRIAS
1. Obrigaes Gerais
2. Documentos Fiscais
3. Contabilidade e Escriturao Fiscal
4. Declaraes
MODULO 5 HIPTESES DE EXCLUSO DO ESTATUTO NACIONAL
1. Excluso do Estatuto Nacional
2. Excluso do Simples Nacional
3. Tributao Aps a Excluso
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MDULO 6 ADMINISTRAO E FISCALIZAO DA LEI GERAL
1. Instituies Administrativas Competentes
2. Fiscalizao do Simples Nacional
3. Penalidades do Simples Nacional
4. Processo Administrativo Fiscal
5. Processo Judicial
ANEXOS
PERGUNTAS E RESPOSTAS
CDIGOS PREVISTOS NA CNAE IMPEDITIVOS AO SIMPLES NACIONAL
CDIGOS PREVISTOS NA CNAE QUE ABRANGEM CONCOMITANTEMENTE
ATIVIDADE IMPEDITIVA E PERMITIDA AO SIMPLES NACIONAL
PLANO DE CONTAS BSICO
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INTRODUO
A Constituio Federal de 1988 estabelece, em seu artigo 179, que a Unio, os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios devem dispensar tratamento jurdico diferenciado e favorecido s
microempresas e empresas de pequeno porte. O objetivo claramente expresso incentivar o
desenvolvimento dessas empresas atravs da simplificao de suas obrigaes administrativas,
tributrias, previdencirias e creditcias, ou pela eliminao destas por meio de lei.
A partir desse comando constitucional surgiram vrias leis concedendo benefcios para as
microempresas e empresas de pequeno porte. A Unio instituiu a Lei 9.317, de 1996, criando o
SIMPLES, um sistema simplificado de recolhimento de tributos e contribuies federais que,
mediante convnio, poderia abranger os tributos devidos aos Estados e aos Municpios. Os
Estados preferiram no aderir ao SIMPLES e instituram regimes prprios de tributao, o que
acabou resultando em 28 tratamentos tributrios diferentes em todo o Brasil. Poucos Municpios
aderiram ao SIMPLES federal e a maioria no estabeleceu qualquer benefcio para as
microempresas e empresas de pequeno porte estabelecidas em seus territrios.
O Estatuto Federal das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, aprovado pela Lei 9.841,
de 1999, instituiu benefcios nos campos administrativos, trabalhista, de crdito e de
desenvolvimento empresarial. Esses benefcios estavam limitados esfera de atuao do
Governo Federal porque lei ordinria federal no pode obrigar os Estados e os Municpios.
Como esse cenrio estava longe de representar a simplificao e o favorecimento propostos pela
Constituio Federal de 1988, o SEBRAE e representantes de entidades ligadas s
microempresas e empresas de pequeno porte exigiram a mudana e, em 2003, iniciaram um
movimento para a uniformizao das normas e ampliao dos benefcios. Como conseqncia
desses movimentos, em 19 de dezembro de 2003, foi aprovada a Emenda Constitucional 42,
alterando o artigo 146 da Constituio Federal, que passou a exigir lei complementar para
estabelecer normas nacionais uniformes sobre o tratamento tributrio dessas empresas.
As emendas Constituio tambm facultaram lei complementar estabelecer um regime
nacional nico de arrecadao para incorporar os tributos devidos pelas micro e empresas de
pequeno porte Unio, aos Estados e aos Municpios. So caractersticas exigidas:
1. Ser opcional para o contribuinte;
2. Permitir condies de enquadramento diferenciadas por Estado;
3. Unificar e centralizar o recolhimento dos tributos, com distribuio imediata da parcela de
recursos pertencentes aos respectivos entes federados, sem qualquer reteno ou
condicionamento;
4. Possibilitar o compartilhamento, pelos entes federados, da arrecadao, da fiscalizao e
cobrana, quando adotado o cadastro nacional nico de contribuintes.
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Em 2004, para regulamentar as emendas Constituio, foi apresentado Cmara de Deputados
um projeto que acabou resultando na Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, que
criou o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A Lei Complementar
123/2006 foi instituda com o objetivo de estabelecer normas gerais relativas ao tratamento
diferenciado e favorecido a ser dispensado s micro e pequenas empresas, no mbito dos
poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, especialmente no que se
refere:
a) apurao e recolhimento dos impostos e contribuies federais, estaduais e municipais,
mediante regime nico de arrecadao, inclusive obrigaes acessrias;
b) ao cumprimento de obrigaes trabalhistas e previdencirias, inclusive obrigaes
acessrias;
c) ao acesso ao crdito e ao mercado, inclusive quanto preferncia nas aquisies de
bens e servios pelos Poderes Pblicos, tecnologia, associativismo e regras de incluso.
A Lei Complementar 123/2007 foi posteriormente alterada pela Lei Complementar 127, de 14 de
agosto de 2007. As alteraes no texto inicial do Novo Estatuto tiveram como objetivos principais
o aperfeioamento do Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies
SIMPLES NACIONAL.
Os benefcios no tributrios vigoram desde 15/12/2006. O regime especial unificado de
arrecadao de tributos e contribuies - SIMPLES NACIONAL - entrou vigor em 01/07/2007.
Muitos dos dispositivos da Lei Complementar 123/2007 ainda esto pendentes de regulamentao
nos Estados e Municpios.
Nesta apostila examinamos, em 7 mdulos distintos, os benefcios da Lei Geral e as normas
aplicveis ao clculo dos tributos devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte
optantes pelo SIMPLES NACIONAL. No mdulo 1 so repassados os conceitos e condies para
fruio dos benefcios tributrios e no tributrios, bem como os procedimentos para
enquadramento das empresas.O mdulo 2 trata dos benefcios gerais concedidos s micro e
pequenas empresas que preencherem as condies legais para enquadramento, tais como
acesso ao crdito e ao mercado, participao em compras pblicas, abertura e baixa
simplificadas, dentre outros.
O mdulo 3 dedicado demonstrao prtica do clculo do SIMPLES NACIONAL nas diversas
atividades exercidas pelas mic ro e pequenas empresas. Nesse mdulo esto consolidadas as
alquotas das tabelas de incidncia, com ou sem substituio tributria, bem como aquelas
previstas para as empresas que pagam a contribuio previdenciria em separado do SIMPLES
NACIONAL.
No mdulo 4, so examinados o impostos e contribuies dos quais a micro e a pequena empresa
so isentas ou dispensadas do recolhimento. Tambm so examinados os impostos e
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contribuies que as microempresas e as empresas de pequeno porte devem pagar em separado
do SIMPLES NACIONAL.
O mdulo 5 destina-se s novas obrigaes tributrias acessrias exigidas das microempresas e
empresas de pequeno porte aps a edio da Lei Complementar 123/2006. O mdulo 6 examina
as hipteses de excluso das empresas beneficiadas pelo Estatuto Nacional e a sua adaptao
aos regimes tributrios tradicionais.
O mdulo 7 trata da administrao do Estatuto Nacional, da fiscalizao do SIMPLES NACIONAL
e dos processos administrativo fiscal e judicial. Finalmente, os anexos contm as tabelas de
partilha do SIMPLES NACIONAL, Perguntas e Respostas emitidas pelo Comit Gestor do
SIMPLES NACIONAL, os Cdigos de Atividade Econmicas CNAE que impedem a opo das
micro e pequenas empresas a esse sistema especial de arrecadao tributria e o Plano de
Contas Bsico da Contabilidade.
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MDULO 1 CONCEITOS E OPES DA MICRO E DA
PEQUENA EMPRESA
1. CONTEDO DA LEI COMPLEMENTAR 123/2006
O Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi institudo pela Lei
Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006 e representa um conjunto de normas que
consolidam o tratamento diferenciado e favorecido, no mbito dos poderes da Unio, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municpios. Os benefcios abrangem os seguintes temas:
Inscrio e Baixa Simplificadas
Regime Unificado de Arrecadao Tributria SIMPLES NACIONAL
Acesso aos Mercados
Simplificao das Relaes de Trabalho
Fiscalizao Orientadora
Associativismo
Estmulo ao Crdito e Capitalizao
Estmulo Inovao
Regras Civis e Empresariais
Acesso Justia
Apoio e Representao
A LC 123/2006 contm, portanto, benefcios NO TRIBUTRIOS e benefcios TRIBUTRIOS
(SIMPLES NACIONAL). A fruio dos benefcios facultativa para as micro e pequenas
empresas. No entanto, condies foram impostas para a empresa usufruir dos benefcios, atravs
dos seguintes artigos da Lei Geral:
ARTIGO 3: estabelece as condies gerais que autorizam as empresas a usufruir
os benefcios no tributrios e as credencia para optar pelo regime especial de
arrecadao;
ARTIGO 17: relaciona as hipteses de impedimento ao sistema de arrecadao
tributria - SIMPLES NACIONAL.
Os benefcios tributrios no podero ser adotados por todas as microempresas e empresas de
pequeno porte, porque as imposies do SIMPLES NACIONAL so mais restritivas do que as
expressas no artigo 3 da LC 123/2006.
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2. CONCEITOS DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Para todos os efeitos da Lei Geral, sero consideradas microempresas e empresas de pequeno
porte, as sociedades empresariais, as sociedades simples e o empresrio individual que
obtiverem, em cada ano-calendrio, receita bruta em valor:
Microempresa: igual ou inferior a R$ 240.000,00
Empresa de pequeno porte : acima de R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$
2.400.000,00
Ateno: Veja limite adotado pelos Estados no item 2.4..
Conceito de Receita Bruta
Considera-se receita bruta, o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta
prpria, o preo dos servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, no
includas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Para efeito de
enquadramento, sero consideradas as receitas auferidas no ano-calendrio anterior, exceto no
ano de incio de atividades.
2.1. LIMITE PROPORCIONAL NO INCIO DE ATIVIDADES
No incio de atividade, os limites de receita bruta sero proporcionais ao nmero de meses em
que a microempresa ou a empresa de pequeno porte exercer atividades no perodo, includas as
fraes de meses. Os limites proporcionais ao nmero de meses em atividade sero considerados
quando:
a opo se der no ano de incio de atividades; ou
a opo se der no ano seguinte ao incio de atividades, hiptese em que o limite
proporcional do ano anterior servir como parmetro para o enquadramento.
Exemplo:
Incio de atividades: 16/05/2007
Nmeros de meses a considerar: 8 meses (includa a frao de maio)
Limite proporcional
Microempresa: R$ 240.000,00/12 x 8 = R$ 160.000,00
Empresa de pequeno porte: R$ 2.400.000,00/12 x 8 = R$ 1.600.000,00
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Ateno: A empresa de pequeno porte que auferir receita bruta igual ou inferior a R$
240.000,00, ou limite proporcional a esse valor, passar condio de microempresa no
ano-calendrio seguinte.
2.2. EXCESSO DE RECEITA BRUTA
O excesso de receita bruta poder desenquadrar a microempresa ou excluir a empresa de
pequeno porte para todos os efeitos legais.
2.2.1. Reenquadramento da Microempresa
Se a microempresa auferir receita bruta acima do limite anual de R$ 240.000,00, ser
enquadrada, automaticamente, como empresa de pequeno porte no ano-calendrio seguinte ,
desde que a receita auferida esteja dentro do limite de R$ 2.400.000,00.
Exemplo: microempresa
Limite a ser observado: R$ 240.000,00
Receita auferida no ano: R$ 330.000,00
Enquadramento no ano seguinte: empresa de pequeno porte
Ateno: Na vigncia da Lei 9841/1999, essa situao somente provocava o
desenquadramento para os efeitos tributrios, pois o desenquadramento dos demais
benefcios ocorria aps 2 anos consecutivos ou 3 anos alternados de excesso de receita.
2.2.2. Desenquadramento da Empresa de Pequeno Porte
A empresa de pequeno porte que exceder o limite de receita bruta anual de R$ 2.400.000,00 ser
excluda, no ano-calendrio seguinte, para todos os efeitos legais.
Quadro Auxiliar dos Limites Proporcionais de Receita Bruta ME EPP Meses em
Atividade (Limite Anual/12) x meses em atividade
(Limite Anual/12) x meses em atividade
1 20.000,00 200.000,00 2 40.000,00 400.000,00 3 60.000,00 600.000,00 4 80.000,00 800.000,00 5 100.000,00 1.000.000,00 6 120.000,00 1.200.000,00 7 140.000,00 1.400.000,00 8 160.000,00 1.600.000,00 9 180.000,00 1.800.000,00
10 200.000,00 2.000.000,00 11 220.000,00 2.200.000,00 12 240.000,00 2.400.000,00
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Exemplo: empresa de pequeno porte
Receita auferida no ano: R$ 3.000.000,000
Enquadramento no ano seguinte: sujeita s normas aplicveis s demais empresas .
Ateno: Na vigncia da Lei 9841/1999, essa situao somente provocava o
desenquadramento para os efeitos tributrios, pois o desenquadramento dos demais
benefcios somente ocorria aps 2 anos consecutivos ou 3 anos alternados de excesso de
receita.
2.2.3. Incio de Atividades com Excesso de Receita Bruta
A microempresa que apurar excesso de receita bruta no ano de incio de atividades passar, no
ano-calendrio seguinte, condio de empresa de pequeno porte. A pequena empresa, na
mesma situao ser excluda dos benefcios no ano seguinte.
Se a receita bruta apurada pela microempresa ou pela empresa de pequeno porte ultrapassar o
limite de R$ 200.000,00, multiplicados pelo nmero de meses de funcionamento no perodo, a
excluso ter efeitos retroativos ao incio das atividades. Mas os efeitos retroativos sero
suspensos se o excesso de receita no superar 20% dos respectivos limites proporcionais,
hiptese em que a excluso ocorrer a partir do ano-calendrio subseqente.
Exemplo:
Inicio de atividades: setembro/2008
Limite proporcional: R$ 800.000,00 (R$ 2.400.000,00/12 x 4)
Receita de setembro/2008 a dezembro/2008: R$ 1.000.000,00
Excesso: R$ 1.000.000,00 - R$ 800.000,00 = R$ 200.000,00
Percentual do excesso em relao ao limite:
R$ 200.000,00/800.000,00 x 100 = 25%
Nesse exemplo, a excluso ser retroativa a setembro/2008, porque o excesso ultrapassa em
mais de 20% o limite proporcional admitido.
Ateno: Se a empresa nessa situao estiver enquadrada no SIMPLES NACIONAL deve
recalcular os tributos considerando as normas gerais de tributao das empresas e pagar a
diferena ou o total, conforme o caso, acrescidos to-somente de juros de mora se
efetuado o pagamento antes de qualquer procedimento de ofcio. Para efeitos dos demais
benefcios, vale a regra de que o enquadramento ou o desenquadramento da
microempresa ou empresa de pequeno porte no implica alterao, denncia ou qualquer
restrio em relao a contratos por ela anteriormente firmados.
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2.3. RECEITA BRUTA ABAIXO DO LIMITE
Se a empresa de pequeno porte auferir receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00, ou limite
proporcional a esse valor no ano de incio de atividades, passar condio de microempresa no
ano-calendrio seguinte, para todos os efeitos.
Exemplo: empresa de pequeno porte
Limite a observar: R$ 2.400.000,00 (como EPP)
Receita auferida no ano 2007: R$ 220.000,00
Condio de enquadramento no ano seguinte: microempresa
2.4. LIMITES ALTERNATIVOS PARA ESTADOS E MUNICPIOS
Exclusivamente para efeito de recolhimento do ICMS atravs do SIMPLES NACIONAL, os
Estados e o Distrito Federal podem optar, em seus territrios, por limites diferenciados. A opo
dos Estados e do Distrito Federal por esses limites alternativos ser manifestada por decreto do
Poder Executivo, publicado at o ultimo dia til do ms de outubro de cada ano.
Ateno: Excepcionalmente no ano de 2007, os limites alternativos estabelecidos pelos
Estados e Municpios at 20 de agosto de 2007 foram adotados a partir de 01/07/ 2007.
Os limites alternativos vigoram a partir do ano seguinte sua adoo pelo Estado ou pelo Distrito
Federal e no prejudicam os demais benefcios das empresas regularmente enquadradas na Lei
Geral. So critrios observados na fixao dos limites alternativos:
Estados com participao no PIB (*) de at 1%: podero optar pelo limite de at R$
1.200.000,00;
Estados com participao no PIB (*) maior do que 1% e menor que 5%: podero
optar pelo limite anual de at R$ 1.800.000,00; e
Estados com participao no PIB (*) igual ou superior a 5%: devem adotar o limite
de at R$ 2.400.000,00.
(*) A participao no Produto Interno Bruto brasileiro ser apurada levando em conta o
ltimo resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.
Limites Adotados pelos Estados Brasileiros
No ano de 2008, os Estados adotaram os seguintes limites para aplicao do SIMPLES
NACIONAL (Resoluo 24 CGSN, de 24 de dezembro de 2007):
a) Limite de receita anual de at R$ 1.200.000,00: Acre, Amap, Alagoas, Maranho,
Paraba, Piau, Rio Grande do Norte, Rondnia, Roraima, Sergipe, Tocantins.
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b) Limite at R$ 1.800.000,00: Amazonas, Cear, Esprito Santo, Gois, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Par e Pernambuco.
c) Limite at R$ 2.400.000,00: demais Estados e o Distrito Federal.
Obrigatoriedade dos Municpios no Mesmo Territrio
Se Estado optar pelos limites diferenciados de receita bruta, os Municpios nele localizados devem
adotar o mesmo limite para fins de arrecadao do ISS.
2.4.1. Limites Alternativos no Incio de Atividades
No Distrito Federal e nos Estados que adotaram os valores alternativos de receita bruta, sero
observados os seguintes limites proporcionais de receita bruta, em funo do nmero de meses
em atividade:
LIMITES ALTERNATIVOS PROPORCIONAIS
Meses em atividade/Receita
Proporcional
1.200.000,00/12 x numero de meses
R$ 1.800.000,00/12 x numero de meses
R$ 2.400.000,00/12 x
numero de meses
1 100.000,00 150.000,00 200.000,00 2 200.000,00 300.000,00 400.000,00 3 300.000,00 450.000,00 600.000,00 4 400.000,00 600.000,00 800.000,00 5 500.000,00 750.000,00 1.000.000,00 6 600.000,00 900.000,00 1.200.000,00 7 700.000,00 1.050.000,00 1.400.000,00 8 800.000,00 1.200.000,00 1.600.000,00 9 900.000,00 1.350.000,00 1.800.000,00
10 1000.000,00 1.500.000,00 2.000.000,00 11 1.100.000,00 1.650.000,00 2.200.000,00 12 1.200.000,00 1.800.000,00 2.400.000,00
Exemplo:
Incio de atividades: setembro/2007
Meses em atividade: 4
Limite alternativo proporcional:
Estados com PIB de at 1% = R$ 400.000,00 (R$ 1.200.000,00/12 x 4)
Estados com PIB acima de 1% e inferior a 5% = R$ 600.000,00 (R$ 1.800.000,00/12 x 4)
Estados com PIB acima de 5% = R$ 800.000,00 (R$ 2.400.000,00/12 x 4)
2.4.2. Enquadramento no Ano Seguinte ao Incio de Atividades
O limite proporcional alternativo ser observado, inclusive, quando a opo pelo SIMPLES
NACIONAL for realizada no ano seguinte ao incio de atividades. Nesse caso, se a receita bruta
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do ano anterior superar os limites alternativos proporcionais, a empresa ficar impedida de
recolher o ICMS e o ISS atravs do SIMPLES NACIONAL.
Exemplo:
Inicio de atividades: setembro/2007
Limite alternativo proporcional:
R$ 600.000,00 (R$ 1.800.000,00/12 x 4)
Receita de setembro/2007 a dezembro/2007: R$ 800.000,00
Conseqncia: empresa impedida de pagar o ICMS ou ISS pelo SIMPLES NACIONAL em 2008,
mas podem permanecer enquadrada para os demais benefcios da lei Geral, porque no houve
excedente em relao ao limite de R$ 2.400.000,00.
2.4.3. Excesso de Receita Bruta nos Estados e Municpios
A empresa ficar automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS atravs do SIMPLES
NACIONAL, no ano-calendrio seguinte, caso a receita bruta auferida supere os limites de R$
1.200.000,00, R$ 1.800.000,00 ou R$ 2.400.000,00, conforme o caso.
Exemplo:
Limite adotado pelo Estado: R$ 1.200.000,00
Receita apurada pela Empresa no ano-calendrio: R$ 1.500.000,00
Conseqncias:
A empresa deixar de recolher o ICMS ou o ISS pelo SIMPLES FEDERAL.
Manuteno do Recolhimento do ICMS e/ou do ISS
Se o Estado ou o Distrito Federal adotar faixa de receita bruta superior a que vinha utilizando no
ano-calendrio em que ocorreu o excesso de receita bruta no haver a excluso por esse fato.
Exemplo:
Novo Limite de receita adotado pelo Estado: R$ 2.400.000,00
Limite facultativo adotado anteriormente: R$ 1.800.000,00
Receita apurada pela empresa: R$ 2.000.000,00
Nesse caso, a empresa no ser excluda, uma vez que a receita inferior ao novo limite pelo
Estado.
2.4.3.1. Excesso no Incio de Atividades
No caso de excesso no ano de incio de atividades, a empresa deixa de recolher o ICMS e ISS
atravs do SIMPLES NACIONAL, de forma retroativa ao primeiro ms de atividades. Nesse caso,
ficar obrigada a pagar a diferena ou totalidade dos tributos devidos, com acrscimo to-somente
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de juros de mora, quando o pagamento for efetuado antes de qualquer procedimento de oficio. A
retroatividade no ser aplicada se o excesso de receita do ano de incio de atividades no
superar 20% dos respectivos limites, hiptese em que os efeitos do impedimento sero sentidos
somente a partir do ano seguinte.
Apesar de impedidas de efetuar o recolhimento do ICMS e do ISS de forma simplificada, a ME e a
EPP permanecero enquadradas no SIMPLES NACIONAL em relao aos tributos e
contribuies federais, desde que atendidas as condies pertinentes. Quando o recolhimento do
ICMS ou do ISS no estiver sendo efetuado por meio do SIMPLES NACIONAL, as respectivas
alquotas sero reduzidas dos percentuais relativos a esses impostos.
Exemplo:
Limite alternativo adotado pelo Estado: R$ 1.800.000,00
Inicio de atividades: setembro/2008
Limite proporcional: R$ 600.000,00 (R$ 1.800.000,00/12 x 4)
Receita de setembro/2008 a dezembro/2008: R$ 1.000.000,00
Excesso: R$ 1.000.000,00 - R$ 600.000,00 = R$ 400.000,00
Percentual do excesso em relao ao limite:
R$ 400.000,00/600.000,00 x 100 = 33%
Conseqncias: a empresa no poder continuar recolhendo o ICMS e/ou o ISS atravs do
SIMPLES NACIONAL. Tambm no poder recolher os demais tributos nesse sistema porque
apurou receita acima do limite proporcional admitido (R$ 2.400.000,00/12 x 4 = R$ 800.000,00).
Nesse caso deve pagar os tributos devidos utilizando os sistemas tradicionais de tributao,
retroativamente ao inicio de atividades, acrescidos de juros de mora se liquidados antes do
procedimento fiscal.
3. RESTRIES AO ENQUADRAMENTO
A empresa no ser enquadrada no tratamento diferenciado e favorecido se no observar as
demais condies previstas no Estatuto Nacional das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte. A Lei Complementar 123/2006 criou dois conjuntos de restries: um desses
conjuntos impede a empresa de se usufruir qualquer beneficio e, o outro, impede a opo da
empresa ao SIMPLES NACIONAL. Nos itens a seguir, demonstramos cada uma dessas
restries.
3.1. RESTRIES QUE IMPEDEM QUALQUER BENEFCIO
Mesmo que obtenham receita bruta anual abaixo dos valores limites estabelecidos pela Lei Geral,
as empresas esto impedidas de efetuar o seu enquadramento se apresentarem qualquer uma
das seguintes caractersticas:
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a) tiver como scio outra pessoa jurdica;
b) for filial, sucursal, agncia ou representao, no Pas, de pessoa jurdica com sede no
exterior;
c) tiver scio ou titular, inscrito como empresrio ou scio de outra empresa que receba o
tratamento jurdico diferenciado previsto no Estatuto Nacional, se a receita bruta
global ultrapassar o limite de R$ 2.400.000,00, ou limite proporcional ao incio de
atividades;
d) tiver titular ou scio com participao maior do que 10% do capital de outra empresa
no beneficiada pelo Estatuto, se a receita bruta global ultrapassar o limite de R$
2.400.000,00, ou limite proporcional ou incio de atividades;
e) tiver scio ou titular como administrador ou equiparado de outra pessoa jurdica com
fins lucrativos, se a receita bruta global ultrapassar o limite de R$ 2.400.000,00, ou
proporcional ao incio de atividades;
f) estiver constituda sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
g) participar do capital de outra pessoa jurdica (*);
h) exercer atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econmica, de sociedade de crdito, financiamento e investimento ou de crdito
imobilirio, de corretora ou de distribuidora de ttulos, valores mobilirios e cmbio, de
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalizao ou de
previdncia complementar;
i) for resultante ou remanescente de ciso ou qualquer outra forma de desmembramento
de pessoa jurdica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendrio anteriores;
j) estiver constituda sob a forma de sociedade por aes.
(*) Essas restries no se aplicam participao no capital de cooperativas de crdito,
bem como em centrais de compras, bolsas de subcontratao, no consrcio SIMPLES e
associaes assemelhadas, sociedades de interesse econmico, sociedades de garantia
solidria e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva
dos interesses econmicos das microempresas e empresas de pequeno porte.
Excluso e Retorno
Na hiptese de estar enquadrada no Estatuto Nacional e sofrer qualquer uma dessas restries, a
empresa ser excluda do regime favorecido a partir do ms seguinte ao respectivo evento.
No entanto, poder retornar condio de micro ou pequena empresa a partir do ano seguinte
aquele em que no estiver mais presente a situao ou o fato que provocou a sua excluso.
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3.1.1. Restries Relativas aos Scios ou Titulares
Para fins de enquadramento na Lei Geral relevante a constituio do quadro societrio, porque o
fato de existir um scio ou o prprio titular participando de outra empresa pode restringir o acesso
aos benefcios do Estatuto Nacional ou excluir empresa j enquadrada. As restries impostas
pela Lei Geral tambm levam em considerao a receita bruta global auferida pelas empresas
com scios em comum.
Receita Global: Entende-se por receita bruta global, a soma das receitas brutas anuais
auferidas pelas empresas que tenham scio(s) em comum (empresas interligadas).
Assim, se o scio ou titular participar ou administrar outra empresa, importante verificar a receita
global e o grau de participao da pessoa fsica em cada uma. A(s) empresa(s) ser (ao)
impedida (s) sempre que a soma da receita global das empresas interligadas ultrapassar a R$
2.400.000,00 e houver, simultaneamente, participao de um scio ou titular:
em qualquer percentual, de outra empresa tambm beneficiada pelo Estatuto Nacional;
com mais de 10% do capital de outra empresa no beneficiada pelo Estatuto Nacional;
na qualidade de administrador ou equiparado de outra empresa com fins lucrativos.
Nos exemplos a seguir verificamos as restries relativas participao dos scios em outras
empresas:
SITUAO 1 Scio/Empresa A B
Scio X 50% 50% Scio Y 50% -
Receita Anual R$ 1.200.000,00 R$ 800.000,00 Receita Global R$ 2.000.000,00
Na primeira situao, as duas empresas interligadas so admitidas nos benefcios do Estatuto
Nacional porque a receita bruta global no supera o limite de R$ 2.400.000,00. No importa,
nesse caso, o percentual de participao do scio X no capital das empresas ou a sua qualidade
de administrador. O relevante a receita global manter-se no limite admitido.
SITUAO 2 Scio/Empresa A B
Scio X 50% 15% Scio Y 50% 85%
Receita Anual R$ 1.200.000,00 R$ 1.600.000,00 Receita Global R$ 2.800.000,00
Na situao dois, nenhuma empresa interligada poder optar pelos benefcios do Estatuto
Nacional porque a receita bruta global supera o limite de R$ 2.400.000,00 e a participao dos
scios superior a 10% do capital social de ambas as empresas.
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SITUAO 3 Scio/Empresa A B
Scio X 50% 8% Scio Y 50% -
Receita Anual R$ 1.200.000,00 R$ 1.600.000,00 Receita Global R$ 2.800.000,00
Na situao trs, a empresa B no poder ser enquadrada de forma alguma porque a soma das
receitas das empresas interligadas maior do que R$ 2.400.000,00 e a participao do scio X na
empresa A superior a 10%. Apesar de a soma das receitas superar o limite, a empresa A ser
enquadrada porque o scio X tem menos de 10% do capital da empresa B, que no usufrui os
benefcios da Lei Geral.
SITUAO 4 Scio/Empresa A B
Scio X 5% 8% Scio Y 95% -
Receita Anual R$ 1.200.000,00 R$ 1.600.000,00 Receita Global R$ 2.800.000,00
Na situao 4, as empresas tm o mesmo scio X, mas com participao abaixo de 10%. Como a
soma das receitas ultrapassa o limite, apenas uma empresa poder ser enquadrada na Lei Geral.
SITUAO 5 Scio/Empresa A B C
Scio X 50% 15% - Scio Y 50% 5% 50% Scio W - 80% 50%
Receita Anual R$ 400.000,00 R$ 900.000,00 R$ 200.000,00 Receita Global R$ 1.500.000,00
Na situao 5, se no houver outra restrio as empresas A, B e C podem ser enquadradas nos
benefcios do Estatuto Nacional porque a receita global no supera o limite de receita bruta.
3.2. RESTRIES AO SIMPLES NACIONAL
Ainda que esteja enquadrada como micro ou pequena empresa, o contribuinte pode ter negada a
sua opo pelo SIMPLES NACIONAL. Isso porque, alm das condies examinadas no item
anterior, as empresas interessadas nos benefcios tributrios devem observar as restries
especficas da Lei Complementar 123/2006. So situaes ou fatos especficos que impedem a
empresa de optar pelo SIMPLES NACIONAL, alm das restries examinadas anteriormente:
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Possuir scio residente ou domiciliado no exterior;
Manter em seu quadro societrio entidade da administrao pblica, direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal;
Possuir dbitos com o INSS, com as Fazendas Pblicas Federal, Estadual ou
Municipal, cuja exigibilidade no esteja suspensa;
Exercer atividades econmicas vedadas.
3.2.1. Empresas Impedidas Por Atividades Vedadas
Para fins tributrios, esto impedidas de optar pelo SIMPLES NACIONAL as empresas com as
seguintes atividades econmicas:
a) prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria creditcia, gesto de
crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber,
gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditrios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring);
b) servios de comunicao;
c) servios de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
d) geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia eltrica;
e) importao ou fabricao de automveis e motocicletas;
f) importao de combustveis;
g) produo ou venda no atacado de bebidas alcolicas, bebidas tributadas pelo IPI com
alquota especfica, cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo,
munies e plvoras, explosivos e detonantes. (A redao original da LC 123/2006
impedia a opo apenas para a venda de cigarros e tambm de outros produtos
tributados pelo IPI com alquota ad valorem superior a 20% ou com alquota
especfica, o que foi modificado pela LC 127/2007);
h) cesso ou locao de mo-de-obra;
i) consultoria;
j) loteamento e incorporao de imveis;
k) prestao de servios decorrentes do exerccio de atividade intelectual, de natureza
tcnica, cientfica, desportiva, artstica ou cultural, que constitua profisso
regulamentada ou no, bem como a que preste servios de instrutor, de corretor, de
despachante ou de qualquer tipo de intermediao de negcios.
Atividades Admitidas
O SIMPLES NACIONAL admite o ingresso de empresas com quaisquer atividades que no
estejam expressamente vedadas, desde que no incorram em outros impedimentos. So
admitidas no SIMPLES NACIONAL porque foram excetuadas da lista de impedimentos, as
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empresas que se dedicam exclusivamente s seguintes atividades ou as exercem em conjunto
com outras atividades autorizadas:
a) creche, pr-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
b) agncia terceirizada de correios;
c) agncia de viagem e turismo;
d) centro de formao de condutores de veculos automotores de transporte terrestre de
passageiros e de carga;
e) agncia lotrica;
f) manuteno e reparao de automveis, caminhes, nibus, outros veculos
pesados, tratores, mquinas e equipamentos agrcolas;
g) instalao, manuteno e reparao de acessrios para veculos automotores;
h) manuteno e reparao de motocicletas, motonetas e bicicletas;
i) instalao, manuteno e reparao de mquinas de escritrio e de informtica;
j) reparos hidrulicos, eltricos, pintura e carpintaria em residncias ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manuteno e reparao de
aparelhos eletrodomsticos;
k) instalao e manuteno de aparelhos e sistemas de ar condicionado, refrigerao,
ventilao, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados;
l) veculos de comunicao, de radiodifuso sonora e de sons e imagens, e mdia
externa;
m) construo de imveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de
subempreitada;
n) transporte municipal de passageiros;
o) montagem de estandes para feiras;
p) escolas livres, de lnguas estrangeiras, artes, cursos tcnicos e gerenciais;
q) produo cultural e artstica;
r) produo cinematogrfica e de artes cnicas;
s) administrao e locao de imveis de terceiros, cumulativamente;
t) academias de dana, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
u) academias de atividades fsicas, desportivas, de natao e escolas de esportes;
v) elaborao de programas de computadores, inclusive jogos eletrnicos, desde que
desenvolvidos em estabelecimento do optante;
w) licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;
x) planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas, desde
que realizados em estabelecimento do optante;
y) escritrios de servios contbeis;
z) servio de vigilncia, limpeza ou conservao.
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Utilizao do CNAE para Identificar a Atividade Admitida
A LC 123/2006 relacionou, no seu artigo 17, as atividades cujo exerccio impede a opo da
empresa pelo SIMPLES NACIONAL. Para evitar dvidas na interpretao do texto legal, o Comit
Gestor optou por adotar a Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, como
parmetro de identificao das atividades cujo exerccio impede a empresa de optar pelo
SIMPLES NACIONAL.
A Resoluo 6 CGSN, de 18/06/2007, alterada pela Resoluo 20 CGSN, de 15/08/2007,
relaciona os cdigos do CNAE das atividades vedadas no SIMPLES NACIONAL. Os cdigos do
CNAE impeditivos de opo pelo SIMPLES NACIONAL encontram-se em anexo a essa apostila.
No caso de alterao do cdigo CNAE considerado impeditivo ou ambguo, sero observadas as
seguintes regras:
se determinada atividade econmica deixar de ser considerada como impeditiva ao
SIMPLES NACIONAL, as ME e EPP que exercem essa atividade passaro a ser
admitidas no regime tributrio a partir do ano seguinte ao da alterao do cdigo,
desde que observadas as demais condies legais;
se determinada atividade econmica passar a ser considerada impeditiva, as ME e
EPP optantes que exercem essa atividade devem efetuar a sua excluso obrigatria,
porm com efeitos para o ano-seguinte.
3.2.2. Empresas com Dbitos Tributrios e Previdencirios
A empresa ficar impedida de optar pelo SIMPLES NACIONAL se possuir dvidas com o Instituto
Nacional do Seguro Social INSS - ou com as Fazendas Pblicas Federal, Estadual ou Municipal,
se a exigibilidade no estiver suspensa. Da mesma forma, poder ficar impedida de utilizar o
tratamento beneficiado a empresa que possuir titular ou scio com dvida tributria ou
previdenciria.
Para regularizar as dvidas, a empresa pode optar pelo pagamento integral ou pelo seu
parcelamento. O parcelamento deve ser solicitado repartio fiscal responsvel pela
administrao do dbito, tendo em vista as competncias privativas de cada ente federativo.
Para permitir o ingresso de micro e pequenas empresas no SIMPLES NACIONAL, a Lei
Complementar 123/2006 concedeu um parcelamento especial em 120 meses, para os fatos
geradores ocorridos at 31/05/2007. O prazo para solicitao do parcelamento terminou em
20/08/2007 e o de regularizao dos dbitos em 31/10/2007. As empresas que optaram pelo
SIMPLES NACIONAL, mas no regularizaram seus dbitos tiveram anuladas as suas opes .
Ateno: Ainda que a ME ou a EPP exera exclusivamente atividade no includa na
competncia tributaria municipal, se possuir dbitos tributrios junto Fazenda Municipal,
o municpio poder proceder sua excluso do SIMPLES NACIONAL (Resoluo CGSN
23, de 13 de novembro de 2007).
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Dbitos Tributrios Diferidos
As microempresas e empresas de pequeno porte que tiverem dbitos diferidos de impostos e
contribuies, relativos a perodos anteriores opo pelo SIMPLES NACIONAL, devem efetuar o
seu pagamento no prazo de 30 dias, contados do deferimento da opo.
4. FORMALIZAO DA OPO
O enquadramento da microempresa e da empresa de pequeno porte na Lei Complementar
123/2006 obedece a trmites distintos, porque existem condies distintas para fruio dos
benefcios tributrios e dos no tributrios. Dessa forma, se no houver qualquer restrio, a
empresa poder ser enquadrada para usufruir todos os benefcios legais. Se existir restrio
especifica do SIMPLES NACIONAL, a empresa no poder manter a opo pela arrecadao
tributria unificada.
Considerando que as condies so complementares, nos deparamos com as seguintes
situaes:
a) haver empresas que podero ser enquadradas para todos os efeitos da LC
123/2007, inclusive o tributrio;
b) haver empresas que no podero ser enquadradas para os efeitos tributrios por
no atenderem as condies para tanto. Nesse caso, podero obter apenas os
benefc ios no tributrios.
4.1. ENQUADRAMENTO GERAL
Para obter os benefcios no tributrios e ser credenciada a optar pelo SIMPLES NACIONAL, a
empresa est subordinada aos trmites legais estabelecidos pelos rgos de registro pblico. As
sociedades empresariais e os empresrios devem ser enquadrados na Junta Comercial do Estado
onde estiverem localizadas. As sociedades simples devem observar os procedimentos
estabelecidos pelos respectivos cartrios de Registro Civil das Pessoas Jurdicas.
O enquadramento da micro e da pequena empresa no obrigatrio e nem existe prazo para a
sua realizao. No entanto, enquanto no efetuado, a empresa no poder usufruir qualquer
beneficio da LC 123/2006, inclusive do SIMPLES NACIONAL.
4.1.1. Procedimentos nas Juntas Comerciais
A Instruo Normativa 103, de 30 de abril de 2007, do Departamento Nacional de Registro do
Comercio, estabeleceu que o registro da micro e da pequena empresa ser realizado mediante
arquivamento de declarao do empresrio ou da sociedade empresarial que contenha:
a) titulo Declarao;
b) requerimento dirigido ao Presidente da Junta Comercial da Unidade da Federao
respectiva, solicitando o enquadramento, com o seguinte contedo: nome
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empresarial, endereo, numero de identificao da empresa (NIRE), data de registro
do ato constitutivo e numero de inscrio no CNPJ (se houver);
c) declarao, sob as penas da lei, de que o empresrio ou a sociedade empresarial se
enquadra na situao de microempresa ou empresa de pequeno porte.
As declaraes de enquadramento podem ser emitidas diretamente atravs dos endereos
eletrnicos das Juntas Comerciais.
Comprovao do Enquadramento
Aps o enquadramento, a comprovao da condio de microempresa ou empresa de pequeno
porte ser efetuada mediante certido expedida pela Junta Comercial.
ME/EPP Enquadradas Antes da LC 123/2006
As microempresas e as empresas de pequeno porte enquadradas antes da vigncia da Lei
123/2006 foram automaticamente recepcionadas pelo novo Estatuto, exceto as incursas em
alguma das situaes impeditivas para enquadramento.
As sociedades annimas e cooperativas, anteriormente admitidas pelo Estatuto da Lei 9841/1999
(revogado em 30/06/2007), foram automaticamente desenquadradas da condio de
microempresa ou empresa de pequeno porte, tendo em vista que a nova lei no recepciona esses
tipos jurdicos. Somente as sociedades cooperativas de consumo permanecem enquadradas por
permisso legal.
4.1.2. Procedimentos dos Cartrios de Registro das Pessoas Jurdicas
Esses cartrios obedecem legislao especfica dos respectivos Estados onde estiverem
localizados. De uma forma geral, os cartrios costumam solicitar declarao de enquadramento
da microempresa e empresa de pequeno porte, nos mesmos moldes da Junta Comercial da
respectiva unidade federativa. No entanto, alguns exigem que, no incio de atividade, a empresa
inclua uma clusula no prprio contrato social, declarando a sua condio de micro ou de
pequena empresa.
4.2. OPO PELO SIMPLES NACIONAL
Uma vez enquadrada no registro pblico, a micro e a empresa de pequeno porte podero
pleitear o enquadramento no SIMPLES NACIONAL, de acordo com as normas institudas
pelo Comit Gestor. Para obter esse enquadramento, as empresas devem observar as
condies do regime especial de arrecadao tributria.
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4.2.1. Formalizao da Opo
A opo pelo SIMPLES NACIONAL ser realizada por meio da Internet, no Portal do SIMPLES
NACIONAL: www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/outrosservios - solicitao de opo
pelo simples nacional. No momento da opo, o contribuinte deve declarar se no est impedido,
considerando as vedaes impostas pela LC 123/2006 para fruio dos benefcios tributrios
concedidos.
O acesso ao aplicativo de opo depender de um pr-cadastro para obteno de uma senha a
ser utilizada em todos os servios concernentes ao SIMPLES NACIONAL. Para obter a senha,
ser necessrio informar o nmero do CNPJ e o nmero do CPF do representante da empresa e
aguardar a resposta pelo correio eletrnico. Caso o contribuinte possua Certificao Digital, os
servios estaro disponveis no Centro de Atendimento Virtual do sitio da Receita Federal do
Brasil, onde o contribuinte poder ter acesso opo pelo SIMPLES NACIONAL.
No ato do pedido de inscrio sero informadas as pendncias que impedem a empresa fazer a
opo desejada. Havendo pendncias, o contribuinte deve dirigir-se repartio fiscal pertinente
para sua regularizao. O resultado do pedido de opo ser disponibilizado no Portal do Simples.
4.2.2. Prazos e Validade da Opo
A opo ser realizada durante o ms de janeiro, at o seu ltimo dia til. A opo regular e
tempestiva produzir efeitos irretratveis para todo o ano calendrio, a partir de 1 de janeiro.
Excepcionalmente no ano de 2007, a opo pelo SIMPLES NACIONAL produziu efeitos a partir
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de 01/07/2007, se realizada at 20 de agosto de 2007. No caso de empresas com dbitos na data
da opo e que solicitaram parcelamento, o deferimento foi condicionado:
a) apresentao dos documentos requeridos pela respectiva legislao de cada ente
federativo; e
b) ao pagamento da primeira parcela de cada pedido de parcelamento.
Opo no Incio de Atividades
No caso de incio de atividades, a nova empresa far a opo no prazo de at 10 dias, contados
do ltimo deferimento das suas inscries no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas CNPJ e,
conforme o caso, nos cadastros das fazendas estadual e municipal. A opo produzir efeitos:
a) para as empresas com data de abertura constante do CNPJ at 31 de dezembro de
2007, a partir da data do ltimo deferimento da inscrio nos cadastros estadual e
municipal;
b) para as empresas com data de abertura constante do CNPJ a partir de 1 de janeiro de
2008, desde a respectiva data de abertura, salvo.
Ateno: A opo ser considerada indeferida se o ente federativo considerar invlidas as
informaes prestadas pela ME ou EPP nos cadastros estadual e municipal.
Se as informaes forem validadas, ser considerada como data de incio de atividade:
a) para as empresas com data de abertura constante do CNPJ at 31 de dezembro de
2007, a do ltimo deferimento da inscrio nos cadastros estadual e municipal;
b) para as empresas com data de abertura constante do CNPJ a partir de 1 de janeiro de
2008, a da respectiva abertura.
Ateno: Depois de decorridos 180 dias da data de abertura da constante do CNPJ, a
empresa no ser considerada empresa em incio de atividades e, portanto, no poder
efetuar a opo pelo SIMPLES NACIONAL naquele mesmo ano (Resoluo CGSN 23, de
13 de novembro de 2007).
Informaes aos Estados e Municpios
Aps a formalizao da opo, a SRFB disponibilizar aos Estados, Distrito Federal e Municpios
a relao dos contribuintes para verificao das informaes prestadas. Sob pena de ser vlida a
informao prestada pelo contribuinte, os respectivos entes federativos devem comunicar RFB o
deferimento das inscries efetuadas:
at o dia 5 de cada ms, para informaes entre os dias 20 e 31 do ms anterior
at o dia 14 de cada ms, em relao s informaes disponibilizadas do dia 1. Ao dia 9
do mesmo ms.
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At o dia 25 de cada ms, em relao s informaes disponibilizadas do dia 10 ao dia
19 do mesmo ms.
4.2.3. Indeferimento da Opo
Se a opo for indeferida, ser expedido termo de indeferimento pela autoridade fiscal integrante
da estrutura administrativa do respectivo ente federado que decidiu pelo indeferimento, inclusive
na hiptese de existncia de dbitos tributrios. O contribuinte poder recorrer atravs de
processo administrativo, na forma da legislao vigente no respectivo ente federado. Se, aps o
recurso, houver deciso favorvel ao contribuinte, com opo retroativa, os tributos e
contribuies devidos pelo SIMPLES NACIONAL podero ser recolhidos sem cobrana de multa
de mora, mas com incidncia dos juros de mora.
4.2.4. Empresas Optantes pela Lei 9.317/1996
As microempresas e empresas de pequeno porte regularmente inscritas no SIMPLES da Lei
9.317/1996 foram automaticamente acolhidas pelo SIMPLES NACIONAL, a partir de 1 de julho
de 2007, exceto se impedidas por alguma nova vedao imposta pelo Estatuto Nacional. Para
verificar se a opo foi mantida, o contribuinte deve acessar o Portal do SIMPLES NACIONAL e,
no menu Servios, acessar Consulta do Resultado da Opo Automtica. Se houver pendncia,
o contribuinte deve dirigir-se repartio fiscal pertinente para sua regularizao.
Essa opo tcita submeteu o contribuinte ao SIMPLES NACIONAL de forma irretratvel pelo
resto do ano-calendrio de 2007. Excepcionalmente, foi permitido s empresas optantes pelo
SIMPLES da Lei 9.317/2007 solicitar a sua excluso voluntria at 20/08/2007, hiptese em que
os efeitos da excluso passaram a vigorar a partir de 01/07/2007. Essas empresas tiveram de
adotar outra forma de tributao a partir daquela data.
A ME ou a EPP com atividade econmica cuja CNAE fosse considerada ambgua no foi
automaticamente migrada para o sistema. Alm disso, a excluso da empresa do SIMPLES da Lei
9.317/1996, verificada aps a migrao automtica, no implica anulao da opo pelo SIMPLES
NACIONAL. Nesses casos, o contribuinte deve confirmar a migrao automtica atravs de
consulta Internet ou diretamente repartio do ente arrecadador.
Os Estados e Municpios verificaram a regularidade fiscal da empresa optante pelo SIMPLES
NACIONAL e emitiram o Termo de Indeferimento ou providenciaram a excluso da empresa. Em
empresas com estabelecimentos devedores, localizados em mais de um ente federativo, houve
mais de um termo de indeferimento.
4.2.4.1. Tratamento Tributrio das Empresas Excludas ou No Recepcionadas
O artigo 79-C, includo pela LC 127/2007, regulamentou a situao das empresas optantes pelo
SIMPLES da Lei federal 9.317/1996 que no aderiram ou no foram recepcionadas pelo SIMPLES
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NACIONAL. De acordo com o novo dispositivo, a partir de 01/07/2007, essas empresas sujeitam-
se s normas de tributao aplicveis s demais pessoas jurdicas.
Em relao aos tributos federais, as empresas no includas no SIMPLES NACIONAL devem
escolher o lucro presumido ou lucro real, trimestral ou anual. A opo pelo lucro presumido ou real
ser realizada mediante recolhimento do IRPJ e da CSLL:
at o ltimo dia til do ms seguinte ao encerramento do 3 Trimestre/2007, ou seja, at
31/10/2007, para opes pelo lucro presumido ou lucro real trimestral;
at o ultimo dia do ms de agosto/2007, ou seja, 31/08/2007, em relao ao valor devido
por estimativa na ms de julho/2007, no caso de opo pelo lucro real anual.
conveniente ressaltar que estava autorizada a opo pelo lucro arbitrado se a empresa no
reunisse as condies necessrias para ingresso no lucro presumido ou no lucro real. O lucro
arbitrado foi uma opo voluntria se a empresa identificasse a receita bruta de cada trimestre.
Caso contrrio, o arbitramento ser realizado de ofcio pela administrao tributria federal.
Contribuintes do IPI
Os contribuintes do IPI, optantes pelo SIMPLES da Lei 9.317/1996 e no recepcionados pelo
SIMPLES NACIONAL, devem providenciar os livros de escriturao exigidos para apurao do
imposto mediante o sistema confronto. Apesar de a LC 123/2007 nada ter estabelecido nesse
sentido, o procedimento adotado na excluso da empresa de um sistema tributrio diferenciado
costuma ser o seguinte:
a) levantamento dos estoques de mercadorias, matrias-primas, produtos intermedirios e
materiais de embalagem existentes no ltimo dia da tributao diferenciada que, no
caso, foi o dia 30/06/2007;
b) atribuio de preos aos estoques fsicos, com base nos critrios admitidos pela
legislao tributria;
c) determinao, a partir da respectiva documentao de aquisio, do valor dos crditos
do IPI constantes dos estoques levantados, a fim de aproveit-los nos perodos de
apurao subseqentes;
d) incio da apurao pelo sistema de confronto, mediante a escriturao dos livros de
Apurao, Entrada e de Sadas do IPI a partir de 01/07/2007.
Tributao nos Estados e Municpios
Em relao ao ICMS e ao ISS, as empresas no includas no SIMPLES NACIONAL devem
observar a legislao vigente no(s) Estado(s) ou no(s) Municpio(s) onde estiver (em) situado(s) o
(s) seu (s) estabelecimento(s).
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MDULO 2 CLCULO DO SIMPLES NACIONAL
1. CONCEITO E ORIGEM
O SIMPLES NACIONAL foi institudo pela Lei Complementar 123/2006 com o objetivo de unificar
a arrecadao dos tributos e contribuies devidos pelas micro e pequenas empresas brasileiras,
nos mbitos dos governos federal, estaduais e municipais. O regime especial de arrecadao no
um tributo ou um sistema tributrio, mas uma forma de arrecadao unificada dos seguintes
tributos e contribuies:
Tributos da Competncia Federal
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica IRPJ;
Imposto sobre Produtos Industrializados IPI;
Contribuio Social sobre o Lucro Lquido CSLL;
Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINS;
Contribuio para o PIS;
Contribuio para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurdica (empresas com
certas atividades devem recolher a contribuio em separado).
Tributo da Competncia Estadual
Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e Sobre Prestaes de
Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao ICMS
Tributo da Competncia Municipal
Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS.
1.1. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA
Como regra, o SIMPLES NACIONAL abrange o recolhimento da contribuio previdenciria
devida pelo empregador sobre a folha de salrios e remuneraes pagas a terceiros,
administradores, titular ou scios. No entanto, existem empresas que, em virtude das atividades
econmicas desenvolvidas, devem recolher o INSS em documento de arrecadao separado, pois
as alquotas do SIMPLES NACIONAL no comportam a incidncia dessa contribuio.
Quando o valor da contribuio previdenciria estiver includo no SIMPLES NACIONAL, o
recolhimento abranger as seguintes parcelas:
a) a contribuio de 20% sobre as remuneraes pagas, devidas ou creditadas a
qualquer ttulo, durante o ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos,
para retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
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reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo
disposio do empregador ou tomador de servios;
b) a parcela devida sobre as remuneraes pagas a empregados ou trabalhadores
avulsos, destinadas ao financiamento da aposentadoria especial aps 15 ou 20 anos
de exposio a agentes prejudiciais sade e de benefcios concedidos em razo do
grau de incidncia de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho;
c) o seguro de acidente do trabalho, aos percentuais de 1, 2 ou 3%, conforme seja leve,
mdio ou grave o risco da atividade;
d) a contribuio de 20% sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas a
qualquer ttulo, no decorrer do ms, a segurados contribuintes individuais que lhe
prestem servios;
e) a contribuio de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de
servios, relativamente a servios que lhe so prestados por cooperados por
intermdio de cooperativas de trabalho;
f) a contribuio de 2,5% e de 0,1% devida sobre a receita bruta da pessoa jurdica, que
se dedique produo rural, em substituio prevista nas letras a e b anteriores.
1.2. ORIGEM DO SIMPLES NACIONAL
Para instituir o SIMPLES NACIONAL, o legislador baseou-se no pargrafo nico do artigo 146 da
Constituio Federal brasileira, que concede lei complementar competncia para instituir um
regime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios. O texto do artigo 146 o que a seguir se transcreve:
TTULO VI - Da Tributao e do Oramento CAPTULO I - DO SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL Seo I - DOS PRINCPIOS GERAIS Art. 146. Cabe lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre:
(a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes; (b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios; (c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II(*) , das contribuies previstas no art. 195, I e 12 e 13 (**), e da contribuio a que se refere o art. 239 (***) (Includo pela Emenda Constitucional 42, de 19.12.2003).
Pargrafo nico. A lei complementar de que trata o inciso III, d, tambm poder instituir um regime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do
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Distrito Federal e dos Municpios, observado que: (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003) I - ser opcional para o contribuinte; (Includo pela Emenda Constitucional 42, de 19.12.2003.) II - podero ser estabelecidas condies de enquadramento diferenciadas por Estado; (Includo pela Emenda Constitucional 42, de 19.12.2003). III - o recolhimento ser unificado e centralizado e a distribuio da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados ser imediata, vedada qualquer reteno ou condicionamento; (Includo pela Emenda Constitucional 42, de 19.12.2003) IV - a arrecadao, a fiscalizao e a cobrana podero ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional nico de contribuintes. (Includo pela Emenda Constitucional 42, de 19.12.2003)
(*) ICMS (art. 155,II) (**) Contribuio previdenciria a cargo do empregador (art. 195, I e 12 e 13); e (***) PIS/PASEP (art. 239)
Em complemento ao artigo 146, a Emenda 42/2003 incluiu nas Disposies Constitucionais
Transitrias DCT o seguinte artigo:
Art. 94. Os regimes especiais de tributao para microempresas e empresas de pequeno porte prprios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios cessaro a partir da entrada em vigor do regime previsto no art. 146, III, d, da Constituio.
Apesar de ter institudo um regime de arrecadao que abarca tributos da competncia dos trs
entes federativos, a Lei Complementar no anulou o direito dos Estados e do Distrito Federal de
legislar concorrentemente sobre a matria tributria, direito este consolidado no artigo 24 da
Constituio Federal de 1988, a seguir transcrito parcialmente:
Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico; ...................................................................................................................................... 1 - No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais. 2 - A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados. 3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4 - A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio.
Esse direito tambm no foi retirado dos municpios, a quem a Constituio Federal garante:
Art. 30. Compete aos Municpios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; ...............................................................
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Dessa forma, considerando as regras constitucionais vigentes, a arrecadao do ICMS e do ISS
atravs do SIMPLES NACIONAL dever ter regulamentao prpria dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios porque, em matria tributria, a lei federal no pode interferir na
competncia desses entes federativos. Essa regulamentao deve observar as normas fixadas
em lei complementar especfica como dispem os seguintes dispositivos da Constituio Federal:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior; .................................................................................................................................................. 2. O imposto previsto no inciso II atender ao seguinte: ................................................................................................................................................. XII - cabe lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituio tributria; c) disciplinar o regime de compensao do imposto; .................................................................................................................................................. f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados. .................................................................................................................................................. Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre: .................................................................................................................................................. III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar; .................................................................................................................................................. 3 Em relao ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe lei complementar: III - regular a forma e as condies como isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.
As Leis Complementares 87, de 13 de setembro de 1996 e 116, de 31 de julho de 2003,
estabeleceram as normas gerais de incidncia do ICMS e do ISS, respectivamente. As normas
fixadas por essas leis complementares regulamentam a incidncia desses tributos no mbito dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. Mas como no estabelecem tratamento especifico
para as micro e pequenas empresas, os governos estaduais e municipais podem adapt-las ao
SIMPLES NACIONAL. Poucos Estados se dispuseram a fazer tal adaptao legislao interna
e a maioria dos municpios tambm se omitiu nesse aspecto.
2. CLCULO ELETRNICO
O clculo e a emisso da guia para pagamento do SIMPLES NACIONAL sero realizados
eletronicamente, atravs do Portal do SIMPLES NACIONAL, no seguinte endereo na Internet:
http://www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional. Para utilizar o programa de clculo e emisso
de guias, o contribuinte usar a senha de acesso que obteve na opo pelo SIMPLES NACIONAL
ou a senha da sua Cerificao Digital, se possuir.
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Uma vez acessado o programa de clculo, o contribuinte deve informar a receita bruta auferida
nos ltimos 12 meses ou desde o incio de atividade, no caso de novas empresas. Alm disso,
devem ser informados o perodo de apurao, a receita apurada no regime de competncia, se o
Estado ou o Municpio adotaram valor fixo para o ICMS ou o ISS. A partir das informaes
geradas, o aplicativo de clculo emite o Documento de Arrecadao - DAS, para pagamento do
SIMPLES NACIONAL na rede bancria credenciada.
Ateno: A Secretaria da Receita Federal do Brasil disponibiliza, no endereo na Internet
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Manual.asp, o Manual de Ajuda ao
Progama Gerador do DAS.
3. BASE DE CLCULO
O SIMPLES NACIONAL incide sobre a receita bruta mensal. Por receita bruta, entende-se o
resultado das atividades constantes dos objetivos sociais da empresa. A receita bruta abrange,
portanto, o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preo dos
servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, excludas as vendas canceladas
e os descontos incondicionais concedidos.
No devem ser consideradas no clculo dos tributos integrantes do SIMPLES NACIONAL, as
demais receitas auferidas pela empresa, no originrias de seus objetivos sociais, como o caso
das receitas de aplicaes financeiras, ganhos obtidos em bolsa de valores, no mercado de
balco ou de mercadorias, juros recebidos, descontos auferidos, etc.
A LC 123/2006 no estabeleceu expressamente sobre a tributao de receitas excludas da base
de clculo do SIMPLES NACIONAL. Mas, como o inciso XV do 1 do seu artigo 13 no exime a
cobrana de outros tributos, essas receitas permanecem sujeitas s formas de incidncia
previstas no mbito das legislaes federal, estaduais e municipais.
Empresa com Filiais
As empresas com filiais, inclusive em outros Estados ou Municpios, devem incluir na base de
clculo do SIMPLES NACIONAL o somatrio das receitas brutas auferidas por todos os seus
estabelecimentos.
Regime de Caixa ou de Competncia
As alquotas do SIMPLES NACIONAL sero aplicadas sobre a receita bruta auferida (faturada) em
cada ms, ou seja, pelo regime de competncia. No entanto, o Comit Gestor poder facultar a
tributao sobre as receitas efetivamente recebidas, segundo o regime de caixa. Enquanto a
autorizao no for divulgada, as empresas devem permanecer submetidas ao regime de
competncia. A opo pelo regime de tributao ser irretratvel para todo o ano-calendrio e
somente poder ser modificada no inicio de cada ano civil.
Ateno: O Comit Gestor ainda no foi autorizou a utilizao do regime de caixa.
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3.1. SEGREGAO DAS RECEITAS
Para clculo do SIMPLES NACIONAL, as empresas com uma nica atividade em seus objetivos
sociais precisam apenas somar os valores do faturamento mensal e acumular a soma com o total
auferido durante o ano. As empresas com mais de uma atividade devem manter controles
distintos para cada tipo de receita porque a incidncia tributria diferenciada por atividade.
Alm disso, preciso segregar as receitas submetidas ao regime de substituio tributria de
alguns tributos includos no SIMPLES NACIONAL, como o caso da COFINS, do PIS, do ICMS e
do IPI. O ISS tambm pode ser cobrado por substituio tributria ou por reteno na fonte.
A substituio tributria prev a existncia de um contribuinte substituto que aquele que recolhe
o tributo pelo contribuinte substitudo, que sofre o nus tributrio. A reteno de fonte exige da
fonte pagadora a reteno e o recolhimento do tributo que suportado pelo sujeito passivo que
sofre a reteno.
Os tributos cobrados por substituio tributria ou retidos na fonte no esto includos no
SIMPLES NACIONAL e devem ser recolhidos em separado pelo contribuinte substituto ou pela
fonte pagadora, na forma da legislao aplicvel. A microempresa e a empresa de pequeno porte,
na qualidade de contribuintes substitutos ou de fontes pagadoras, devem observar as normas da
legislao aplicvel a cada tributo e efetuar a reteno e o recolhimento normalmente exigidos.
As micro e pequenas empresas substitudas no recolhimento suportam o nus tributrio e, por
isso, no podem sofrer nova tributao sobre as receitas de suas vendas ou servios. Como as
tabelas de alquotas aprovadas pela Lei Complementar 123/2006 comportam os percentuais de
todos os tributos devidos atravs do SIMPLES NACIONAL, necessria a segregao das
receitas no clculo do valor mensal a pagar.
A mesma segregao deve ser observada em relao s receitas de exportao de bens ou
servios, que so isentas do PIS, da COFINS do ISS e do ICMS. No caso dos servios sujeitos
ao ISS, o 4 do artigo 21 da LC 123/2006 estabelece que se houver reteno na fonte desse
imposto, esta tributao ser definitiva e deduzida da parcela do SIMPLES NACIONAL
correspondente. Por esse motivo, a Resoluo CGSN 5/2007 determina a segregao tambm
desse tipo de receita.
Ateno: Est dispensada a reteno na fonte do IR, do PIS, da CSLL e da COFINS sobre
servios prestados por micro ou pequena empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL.
3.1.1. Segregao nas Atividades Comerciais ou Industriais
O tributo cobrado por substituio tributria no integra o SIMPLES NACIONAL e por isso a
segregao deve considerar as receitas em funo dos diversos tributos objetos da substituio,
conforme a seguir.
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Nas atividades comerciais no Brasil, devem ser segregadas as receitas de:
1. Revendas de mercadorias no sujeitas substituio tributria de nenhum
tributo;
2. Revendas de mercadorias sujeitas a substituio tributria:
(a) apenas do ICMS;
(b) apenas do PIS e do ICMS;
(c) apenas da COFINS e do ICMS;
(d) do PIS, da COFINS e do ICMS.
(e) apenas do PIS;
(f) apenas da COFINS.
(g) do PIS e da COFINS.
Nas atividades industriais no Brasil, devem ser segregadas as receitas de:
1. Venda de produtos no sujeitos substituio tributria;
2. Venda de produtos sujeitos substituio tributria:
a) apenas do IPI;
b) do IPI e do ICMS;
c) do IPI e do PIS;
d) do IPI e da COFINS;
e) do IPI, do PIS e da COFINS;
f) do IPI, do ICMS e do PIS;
g) do IPI, do ICMS e da COFINS;
h) do IPI, do ICMS, do PIS e da COFINS;
i) somente do ICMS;
j) do ICMS e do PIS;
k) do ICMS e da COFINS;
l) do ICMS, do PIS e da COFINS;
m) somente do PIS;
n) do PIS e da COFINS;
o) somente da COFINS.
3.1.2. Segregao por No Incidncia
Devem ser destacadas das demais receitas, as decorrentes da exportao de produtos
industrializados ou mercadorias revendidas para o exterior porque essa operao imune
incidncia do PIS, da COFINS, do ICMS e do ISS. O destaque abrange, inclusive, as vendas
realizadas atravs de empresa comercial exportadora ou do consrcio SIMPLES.
Tambm devem ser destacadas:
a) as receitas da locao de bens moveis porque no esto sujeitas incidncia do ISS
b) as receitas de servios sujeitas ao ISS fixo mensal.
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Responsabilidade da Comercial Exportadora
As receitas de exportao so imunes ao PIS, COFINS, ao ISS e ao ICMS. A iseno abrange
as vendas feitas s empresas comerciais exportadoras com o fim especfico de exportao.
A empresa comercial exportadora que adquirir mercadorias de pessoa jurdica optante pelo
SIMPLES NACIONAL, com o fim especfico de exportao para o exterior, deve embarc-las no
prazo de 180 dias da data de emisso da nota fiscal pela vendedora. Se o embarque no for
comprovado nesse prazo, a comercial exportadora ficar sujeita ao pagamento de todos os
impostos e contribuies que deixaram de recolhidos pela empresa vendedora.
Os tributos sero calculados de acordo com a forma prevista na legislao aplicvel prpria
comercial exportadora e acrescidos de juros de mora e multa, de mora ou de ofcio. A contribuio
patronal devida pela vendedora tambm deve ser paga pela empresa comercial exportadora ao
percentual de 11% sobre o valor das mercadorias no exportadas.
O vencimento da obrigao ser a data em que a empresa vendedora deveria ter recolhido o
imposto, caso a venda houvesse sido efetuada para o mercado interno. A empresa comercial
exportadora dever pagar, ainda, os impostos e contribuies, devidos nas vendas para o
mercado interno, caso venha alienar ou utilizar as mercadorias de qualquer forma.
O pargrafo 11 do artigo 18 da Lei Complementar 123/2006 estabelece que a empresa comercial
exportadora no ter direito ao crdito do IPI, do PIS/Pasep ou da COFINS, decorrente da
aquisio das mercadorias e servios objeto da incidncia. Essa norma confirma a proibio de
apropriao e transferncia de crditos de tributos includos no SIMPLES NACIONAL, prevista
nos artigos 23 e 24 da mesma lei. No entanto, em 26 de setembro de 2007, a Secretaria da
Receita Federal do Brasil baixou o Ato Declaratrio Interpretativo 15, permitindo a apropriao de
crditos do PIS e da COFINS pelas empresas adquirentes de bens e servios de micro e
pequenas empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL. No foi esclarecido, no entanto, se essa
norma se estende s empresas comerciais exportadoras, na situao ora examinada.
3.1.3. Segregao dos Servios de Transportes
As receitas da prestao de servios de transportes devem ser destacadas considerando:
Servio de transporte intermunicipal e interestadual de cargas sem substituio tributria
do ICMS
Servio de transporte intermunicipal e interestadual de cargas com substituio tributria
do ICMS
Servios de transportes municipais.
3.1.4. Segregao dos Demais Servios
As receitas de servios devem ser segregadas em funo do recolhimento do INSS ser feito em
separado ou no do SIMPLES NACIONAL. Se o INSS no estiver includo no SIMPLES
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NACIONAL, as receitas devem ser novamente segregadas para determinar aquelas cuja
tributao varia em funo do volume da folha de pagamento.
Finalmente, deve-se segregar cada espcie de receita em virtude da cobrana do ISS pelo regime
de substituio tributria ou de reteno na fonte. Somente sero segregadas as receitas de
servios tributados regularmente na fonte pelo ISS, conforme as normas aprovadas pela Lei
Complementar 116/2003.
3.4.1.1.Servios com o INSS includo no SIMPLES NACIONAL
O INSS estar includo no SIMPLES NACIONAL, assim como o ISS (se no for cobrado por
substituio tributria ou retido na fonte), o PIS, a COFINS, o IRPJ e a CSLL, quando se tratar dos
seguintes servios:
a) locao de bens mveis;
b) creche, pr-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
c) agncia terceirizada de correios;
d) agncia de viagem e turismo;
e) centro de formao de condutores de veculos automotores de transporte terrestre de
passageiros e de carga;
f) agncia lotrica;
g) servios de manuteno e reparao de automveis, caminhes, nibus, outros veculos
pesados, tratores, mquinas e equipamentos agrcolas;
h) servios de instalao, manuteno e reparao de acessrios para veculos automotores;
i) servios de manuteno e reparao de motocicletas, motonetas e bicicletas;
j) servios de instalao, manuteno e reparao de mquinas de escritrio e de informtica;
k) servios de reparos hidrulicos, eltricos, pintura e carpintaria em residncias ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manuteno e reparao de aparelhos
eletrodomsticos;
l) servios de instalao e manuteno de aparelhos e sistemas de ar condicionado,
refrigerao, ventilao, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados;
m) veculos de comunicao, de radiodifuso sonora e de sons e imagens, e mdia externa;
n) transporte municipal de passageiros;
o) outros servios que no tenham sido objeto de vedao expressa
3.4.1.2. Servios com INSS Recolhido em Separado
O INSS deve ser recolhido em separado, estando incluindo no SIMPLES NACIONAL apenas o
IRPJ, a CSLL, o PIS, a COFINS e o ISS (se no cobrado por substituio tributria ou reteno na
fonte), no caso dos seguintes servios:
a) empresas montadoras de estandes para feiras;
b) escolas livres, de lnguas estrangeiras, artes, cursos tcnicos e gerenciais;
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c) produo cultural e artstica;
d) produo cinematogrfica e de artes cnicas;
e) construo de imveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de
subempreitada.
3.4.1.3. Servios com INSS Devido em Separado e em Funo da Folha de Salrio
Os seguintes servios devem ser segregados dos demais porque o INSS devido em separado
e o clculo do SIMPLES NACIONAL depende da proporo que a folha de salrios representar
em relao receita bruta auferida:
a) administrao e locao de imveis de terceiros, exercidas cumulativamente;
b) academias de dana, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
c) academias de atividades fsicas, desportivas, de natao e escolas de esportes;
d) elaborao de programas de computadores, inclusive jogos eletrnicos, desde que
desenvolvidos em estabelecimento do optante;
e) licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;
f) planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas, desde
que realizados em estabelecimento do optante;
g) servio de vigilncia, limpeza ou conservao;
h) servios contbeis.
3.2. Base de Clculo do ISS na Construo Civil
Para efeito exclusivo do ISS, as empresas de construo civil podero abater da base de clculo o
material fornecido, no caso dos seguintes servios:
7.02 Execuo, por administrao, empreitada ou subempreitada, de obras de
construo civil, hidrulica ou eltrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfurao de poos, escavao, drenagem e irrigao, terraplanagem,
pavimentao, concretagem e a instalao e montagem de produtos, peas e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
servios fora do local da prestao dos servios, que fica sujeito ao ICMS);
7.05 Reparao, conservao e reforma de edifcios, estradas, pontes, portos e
congneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
servios, fora do local da prestao dos servios, que fica sujeito ao ICMS).
4. IDENTIFICAO DA ALQUOTA
As alquotas das tabelas do SIMPLES NACIONAL devem ser aplicadas sobre a base de clculo
mensal. No entanto, para identificar a alquota correspondente, o contribuinte deve acumular o
total das receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao ms da tributao. Uma vez obtido o
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montante, deve compar-lo com as faixas de receita bruta da respectiva tabela de incidncia, a
fim de identificar a alquota a ser aplicada sobre a receita bruta daquele ms.
Passo a Passo para Determinao da Alquota Aplicvel
1o. passo: Identificar a (s) tabela (s) de incidncia de acordo com a(s) atividade (s)
2. passo: Segregar as receitas de acordo com a(s) tabela(s) de incidncia
3o. passo: Acumular as receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao da tributao
4. passo: Identificar a alquota da faixa correspondente receita acumulada
Exemplo:
Empresa de pequeno porte com atividade comercial
Receita mensal sem substituio tributria: R$ 13.000,00
Receita acumulada nos ltimos 12 meses: 220.000,00
Tabela de Incidncia: Tabela 1
Faixa da receita acumulada: de 120.000,00 a 240.000,00
Alquota da faixa de receita acumulada: 5,47%
A Lei Complementar 123/2006 contempla 5 Tabelas de Alquotas bsicas utilizadas no clculo do
SIMPLES NACIONAL. As tabelas de incidncia so comuns s microempresas e s empresas de
pequeno porte e variam conforme a atividade do contribuinte, ou seja:
Tabela 1 Comrcio
Tabela 2 Indstria
Tabela 3 Servios e Locao de Mveis
Tabela 4 Servios Especficos com INSS Separado
Tabela 5 - Outros Servios Especficos com INSS Separado e com incidncia proporcional
folha de salrios.
4.1. ADAPTAO DA TABELA PELO CGSN
As alquotas das Tabelas aprovadas pela Lei Complementar 123/2006 devem ser reduzidas do
tributo ou contribuio submetido ao regime de substituio tributria, reteno na fonte ou
dispensados por iseno. O montante a ser reduzido do SIMPLES NACIONAL corresponder
soma dos percentuais de partilha dos tributos submetidos iseno, reteno na fonte ou
substituio tributria.
Ao regulamentar a Lei Complementar 123/2006, o Comit Gestor, atravs da Resoluo 5, de 30
de maio de 2007, adaptou as tabelas de incidncia a essas hipteses, reduzindo os percentuais
correspondentes a cada tributo substitudo. As tabelas tambm foram adaptadas para considerar
as hipteses de tributao proporcional folha de salrios. Dessa adaptao resultaram 57
tabelas diferentes que foram incorporadas ao Programa Gerador do SIMPLES NACIONAL
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utilizado no clculo do valor mensal a pagar. As tabelas aprovadas pela Resoluo 5 CGSN/2007
constam do anexo desta apostila e esto consolidadas nos itens a seguir para facilitar o
entendimento.
5. SIMPLES NACIONAL NAS ATIVIDADES COMERCIAIS
As microempresas e as empresas de pequeno porte que se dedicarem s atividades comerciais
estaro sujeitas s alquotas da Tabela do Anexo I da LC 123/2006, que abrange os seguintes
tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS e INSS.
TABELA 1 SIMPLES NACIONAL - COMRCIO Revenda de Mercadoria No Sujeita Substituio Tributria Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALQUOTA
At 120.000,00 4,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 5,47%
De 240.000,01 a 360.000,00 6,84%
De 360.000,01 a 480.000,00 7,54%
De 480.000,01 a 600.000,00 7,60%
De 600.000,01 a 720.000,00 8,28%
De 720.000,01 a 840.000,00 8,36%
De 840.000,01 a 960.000,00 8,45%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61%
Exemplo:
Empresa de pequeno porte comercial
Ms da tributao: maro/2008.
Receita de marco/2008: R$ 23.000,00
Receita acumulada de marco/2007 a fevereiro/2008: R$ 350.000,00
Alquota da Tabela 1 aplicvel no ms de marco/2008: 6,84%
Valor a Pagar no Ms: 6,84% X R$ 23.000,00 = R$ 1.573,20
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5.1. OPERAES SUJEITAS SUBSTITUIO TRIBUTRIA
A Resoluo 5 CGSN/2007 adaptou as alquotas da Tabela 1 reduo determinada pela LC
123/2006 para as operaes com substituio tributria. Na tabela a seguir, esto consolidadas as
alquotas a serem aplicadas pelas empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL, na condio de
contribuinte substitudo. Todas as alquotas comportam os percentuais do INSS, do IRPJ e da
CSLL. No entanto, esto deduzidos os percentuais correspondentes aos tributos cobrados por
substituio tributria, nas respectivas operaes:
TABELA 1- SIMPLES NACIONAL - COMRCIO OPERAES COM SUBSTITUIO TRIBUTRIA PARA OS
SEGUINTES TRIBUTOS
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$)
ICMS ICMS/
PIS ICMS/