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 Manual Abrapa de Exportação de Algodão  1

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  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 1

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo

    NDICE

    APRESENTAO .................................................................................................................. 4

    (I) PREPARAO DE SAFRA ............................................................................................... 5. Mltiplos de Embarque ............................................................................................ 6

    (II) INCOTERMS 2000 ........................................................................................................ 7(III) TAKE-UP ................................................................................................................... 11

    1. HABILITAO PARA EXPORTAO ............................................................................. 13CERTIFICADO DIGITAL .......................................................................................... 13RECEITA FEDERAL / SISCOMEX ............................................................................ 14MINISTRIO DA AGRICULTURA ............................................................................ 15

    Particularidades nos Estados:. Bahia .................................................................................................................... 15. Gois .................................................................................................................... 15. Mato Grosso .......................................................................................................... 15. Mato Grosso do Sul ............................................................................................... 15. Maranho ............................................................................................................. 15. Minas Gerais ......................................................................................................... 15. Paran .................................................................................................................. 15. Piau ..................................................................................................................... 15. So Paulo ............................................................................................................. 15

    2. EXPORTANDO ............................................................................................................... 16 Procedimentos na Contratao de Terceiros:Beneficiadora de Algodo ............................................................................................ 16Laboratrio de Classificao e HVI ............................................................................... 18Empresa Transportadora ............................................................................................. 19Armazns, Controladoras de Peso e Despachantes ........................................................ 19Credenciamentos ........................................................................................................ 24

    3. INSTRUES DE EMBARQUE ....................................................................................... 25

    4. TERMOS DE PAGAMENTO E LIQUIDAO DE CONTRATO .......................................... 28

    5. REGRAS E ARBITRAGEM .............................................................................................. 31

    6. INFORMAES TEIS .................................................................................................. 33

    ANEXOS ............................................................................................................................. 34

    OUTROS ANEXOS .............................................................................................................. 58

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo

    Diretoria da Abrapa (Binio 2008/10)

    Haroldo Rodrigues da Cunha - PresidenteEduardo Silva Logemann - Vice-Presidente

    Srgio De Marco - Vice-PresidenteGilson Ferrcio Pinesso - Vice-Presidente

    Almir Montecelli - 1 SecretrioWalter Horita - 2 Secretrio

    Paulo Kenji Shimohira - 1 TesoureiroRudy Scholten - 2 Tesoureiro

    Conselho Consultivo

    Joo Luiz Ribas PessaJorge Maeda

    Eduardo Silva LogemannJoo Carlos Jacobsen Rodrigues

    Conselho Fiscal

    Srgio PittMrio Maeda Ide

    Darci Agostinho BoffLuiz Renato ZapparoliPaulo Henrique Piaia

    Conselho de Representantes:

    Joo Carlos Jacobsen Rodrigues - ABAPAJoo Antnio Franciosi - ABAPA

    Celito Missio - ABAPAIsabel da Cunha - ABAPAAlmir Montecelli - ACOPAR

    Marcelo Jony Swart - AGOPAArlindo Moura - AMAPA

    Incio Carlos Urban - AMIPAGilson Ferrcio Pinesso - AMPACarlos Ernesto Augustin - AMPA

    Pedro Valente - AMPAPaulo Srgio Aguiar - AMPAWalter Schlatter - AMPASULFbio Pereira Jnior - APIPA

    Ronaldo Spirlandelli de Oliveira - APPA

    Elaborao: Dianthus

    Projeto Grfico: Link Propaganda

    Fotos: Carlos Rudiney/Abrapa

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 4

    CARO PRODUTOR,

    A Abrapa est comemorando 10 anos. Neste ano, realizamos aes, eventos e projetos, especialmente para celebrar as conquistas e avanos da cotonicultura brasileira.

    A produo de algodo no Brasil evoluiu bastante. Alm do deslocamento para a regio dos cerrados, mudou tambm o sistema de produo, com base na adoo de alta tecnologia e mecanizao de todas as etapas de produo. Mas houve algo a mais: nessa mesma poca, o setor comeava a se organizar, tendo sido criados os fundos estaduais de desenvolvimento do algodo, as fundaes de pesquisa, as associaes estaduais e a Abrapa.

    Com isso, nossa produo cresceu rapidamente, e os ndices de produtividade deram um salto impressionante. De segundo maior importador em meados da dcada de 90, passamos a figurar entre os quatro principais exportadores mundiais h mais de trs safras, tendo, inclusive, atingido o posto de segundo maior exportador na safra 08/09. Alm dos ganhos quantitativos, tivemos tambm um avano enorme na qualidade da pluma produzida, o que garantiu ao Brasil a penetrao nos mercados mais exigentes do mundo. A organizao dos produtores foi fundamental neste processo.

    Entretanto, temos muitos desafios a ser suplantados e gargalos importantes a ser trabalhados, principalmente quanto exportao. Problemas que vo desde a concorrncia com subsdios desleais, at a gritante precariedade da logstica e infraestrutura brasileiras. A Abrapa tem se dedicado a trabalhar estas questes intensamente, de modo a solidificar as posies alcanadas e construir o caminho de consolidao do posto de segundo maior exportador mundial.

    Com esse intuito, estamos lanando o Manual Abrapa de Exportao de Algodo, para orient-lo quanto aos procedimentos da exportao, desde a venda do algodo at a liquidao total da operao, detalhando cada etapa. Esto descritos os procedimentos que devem ser tomados no momento da contratao de terceiros como beneficiadora, laboratrio de classificao e HVI, transportadora, armazns, controladoras de peso e despachantes e detalhes especficos da legislao de cada estado produtor. O texto traz tambm informaes fundamentais sobre instrues de embarque, os termos de pagamento e liquidao de contratos e as regras de arbitragem.

    Com a divulgao do manual, a Abrapa refora junto s estaduais e seus associados o propsito de sua existncia: contribuir para a evoluo da cotonicultura brasileira. Este projeto ser seguido de muitos que a associao comea a implementar, pensando no futuro do algodo do Brasil. Desde j, a Abrapa planeja e busca estar pronta para os prximos 10 anos. Boa leitura!

    APRESENTA O

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 5

    PREPARAO DE SAFRA

    A preparao de safra consiste na anlise pelo exportador da relao de vendas de algodo para o ano safra. Este livro de vendas representa a somatria dos compromissos que o exportador contraiu para uma dada safra e no somente dos seus compromissos de exportao imediatos. Tal providncia se torna necessria para coordenar adequadamente as atividades do prprio exportador, bem como as dos prestadores de servio terceirizados. O perfeito ajuste entre a usina de beneficiamento, as transportadoras e os armazns, por exemplo, fundamental para um bom desempenho de exportao e cumprimento do contrato dentro das suas clusulas.

    Os aspectos a serem considerados nessa anlise so trs:1. Modalidade de Vendas2. Quantidade e Qualidade de Vendas3. Prestao de Servios Necessrios

    No algodo, as modalidades de vendas para exportao ou Incoterms, como so conhecidos internacionalmente, so usualmente distribudas entre FCA tanto FCA Farm (a retirar na fazenda) quanto FCA buyers warehouse (entregue no armazm do importador) e FOB. (Definies no item Incoterm na pgina 3)

    O pleno entendimento destas modalidades e das responsabilidades e obrigaes contratuais nas quais elas implicam so fundamentais para a performance do exportador e de sua equipe durante o processo de exportao. Esse o passo inicial para a preparao de uma safra de exportao.

    Uma vez ciente dos deveres e direitos de cada modalidade de venda, o exportador dever estudar a distribuio dessas vendas em funo do tempo, qualidade e quantidade, ou seja, fazer uma anlise do livro de vendas considerando as quantidades vendidas (toneladas), qualidades vendidas (tipo e HVI) e perodos de embarque, e preparar tanto sua estrutura prpria quanto a de terceiros para o fiel cumprimento das clusulas contratuais de cada venda.

    O mapeamento de safra dar ao exportador as dimenses de suas necessidades logsticas para a safra como: produo mensal necessria de beneficiamento o que pode determinar, por exemplo,

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 6

    se ele vai precisar subcontratar beneficiamento externo, capacidade diria de carregamento de carretas da fazenda, ou a necessidade ou no de aumentar a capacidade de armazenagem na fazenda, no caso de um livro de vendas tardio, por exemplo.

    .Mltiplos de embarque

    Um dos aspectos mais importantes a ser determinado durante a anlise do livro de vendas o mltiplo de toneladas mais adequado para o processo de exportao na modalidade FOB Porto. Isto , qual a melhor quantidade para um lote de algodo a ser exportado.

    Tal situao criada pela diferena existente entre os limites de peso rodovirios e de contineres. No pas so permitidos para carga rodoviria (em peso lquido aproximado) 25.500 kg para carreta simples, 32.000 kg para carreta truck (LS) e 37.000 kg para Bi-trem. J o limite para carga em continer de aproximadamente 25.000 kg.

    A deciso de utilizao de mltiplo tambm deve levar em considerao o tamanho volumtrico de fardos, uma vez que existem diversos tamanhos de prensas em utilizao no pas. No existem regras absolutas nesse sentido, porm, de boa ordem manter uma densidade que permita, NO MNIMO, embarcar 24 toneladas dentro de um continer de 40 HC (High Cube), isto 76,2m3 (Maiores detalhes verificar o item Informaes teis na pgina 30).

    Dessa forma, vale ressaltar que a montagem de lotes de 27 toneladas, com aproximadamente .140 fardos, e a apresentao destes em take-up para vendas FOB pode acarretar em sobras de fardos no porto. importante, portanto, confrontar as despesas de frete e armazenagem. No caso dos gastos de armazenagem serem mais elevados do que a diferena de frete, o exportador dever dar preferncia a um empilhamento em lotes de 25 toneladas, com no mximo 124 fardos (ou 76,2m3) a fim de equiparar-se capacidade dos contineres de 40 HC.

    Uma vez decidido o mltiplo ideal, o exportador dever utiliz-lo para todos os passos do processo de exportao, notadamente, na formao de lotes, empilhamento no armazm, processo de Take-up, listagem de resultados de HVI, romaneios e embarque para o porto.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 7

    INCOTERMS 2000

    Os termos ou condies de venda definem, nas transaes internacionais de mercadorias, as condies em que os produtos devem ser exportados. As regras utilizadas para esse fim esto definidas nos INCOTERMS International Commercial Terms, segundo a verso de 1 de janeiro de 2000, editada pela ICC International Chamber of Commerce. Essas frmulas contratuais fixam os direitos e obrigaes, tanto do exportador como do importador, estabelecendo com preciso o significado do preo negociado entre ambas as partes. Uma operao de comrcio exterior com base nos Incoterms reduz a possibilidade de interpretaes controversas e de prejuzos a uma das partes envolvidas. A importncia dos Incoterms reside na determinao precisa do momento da transferncia de obrigaes, ou seja, do momento em que o exportador considerado isento de responsabilidades legais sobre o produto exportado. Os Incoterms definem regras apenas para exportadores e importadores, no produzindo efeitos com relao s demais partes, como transportadoras, seguradoras, despachantes, etc.

    A fim de facilitar o entendimento, os Incoterms 2000 foram agrupados em quatro categorias:

    Grupo E (Partida) EXW Ex Works A partir do local de produo (... local designado: fbrica armazm, etc.)

    Grupo F (Transporte principal no pago)

    FCAFASFOB

    Free Carrier Transportador livre (... local designado)Free Alongside Ship Livre junto ao costado do navio (... porto de embarque designado)Free on Board Livre a bordo (... porto de embarque designado)

    Grupo C (Transporte principal pago)

    CFRCIFCPTCIP

    Cost and Freight Custo e frete (... porto de destino designado)Cost, Insurance and Freight Custo, seguro e frete (... porto de destino designado)Carriage Paid to Transporte pago at (... local de destino designado)Carriage and Insurance Paid to Transporte e seguro pagos at (... local de destino designado)

    Grupo D (Chegada)

    DAFDESDEQDDUDDP

    Delivered at Frontier Entrega na fronteira (... local designado)Delivered Ex Ship Entregue a partir do navio (... porto de destino designado)Delivered Ex Quay Entregue a partir do cais (... porto de destino designado)Delivered Duty Unpaid Entregue com direitos no pagos (... local de destino designado)Delivered Duty Paid Entregue com direitos pagos (... local de destino designado)

    Fonte: Equipelog

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 8

    Por tratarem-se de denominaes abrangentes a todas as cadeias de produtos, os Incoterms acabam por incorporar as particularidades de cada mercado, ou seja, os termos passam a subentender as prticas usuais de mercado que so tcitas entre os agentes. Assim, modificada a modalidade, mantm-se a nomenclatura incorporando as caractersticas de cada mercado.

    Os principais INCOTERMS utilizados no mercado algodoeiro de exportao so: FCA e FOB.

    FCA Free Carrier (local) Free Carrier quer dizer que o vendedor entrega os bens liberados para exportao ao transportador nomeado pelo comprador, num local definido. importante notar que o local de entrega tem um impacto nas obrigaes de carregamento e descarga do produto. Se a entrega ocorre no recinto do vendedor, o vendedor responsvel pelo carregamento. Se a entrega ocorre em qualquer outro local, o vendedor no responsvel pela descarga. Caso o comprador nomeie outra entidade (pessoa ou local) para recebimento dos bens, a entrega do vendedor ser validada quando este entregar o produto a essa entidade.

    No preenchimento do item local, existem no mercado algodoeiro basicamente duas variaes mais usuais: FCA Farm e FCA Buyers Warehouse, ou seja, a retirar e posto armazm do comprador. Como vimos, no caso de a retirar (FCA Farm) o custo e risco de carregamento fica por conta do vendedor e aps isso, toda e qualquer responsabilidade de exportao fica por conta do comprador. Na modalidade posto armazm do comprador (FCA buyers warehouse), a responsabilidade do vendedor se encerra na chegada da carga ao local determinado pelo contrato, ficando a custo e risco do comprador a descarga do algodo e o processo de exportao subseqente.

    FOB Free on Board (porto) Free on Board quer dizer que o vendedor entrega os bens quando estes cruzam o costado do navio no porto nomeado para embarque. Isso quer dizer que o vendedor deve assumir todos os custos e riscos a partir desse ponto. A modalidade FOB requer que o vendedor desembarace os bens para exportao. O termo FOB s pode ser usado para embarques martimos ou fluviais.

    Quando definido o porto ou os portos de possvel entrega, todas as despesas, at o momento em que se transpuser a amurada do navio nomeado, so de responsabilidade do vendedor. O vendedor dever atentar-se ao fato de que diferentemente da modalidade FCA, na qual somente a Nota Fiscal necessria para desembarao da mercadoria. Na modalidade FOB, existem vrios outros tipos de documentao necessrios.

    A ttulo de informao, destacamos abaixo as principais modalidades de entrega no destino final usadas no algodo:

    CFR Cost and Freight (porto de destino) Cost and Freight quer dizer que o vendedor entrega os bens quando estes cruzam o costado do navio no porto nomeado de embarque. O vendedor deve pagar os custos e frete necessrios para levar os bens at o porto de destino, porm o risco de perda ou dano aos bens, assim como todo e qualquer gasto adicional devido a eventos ocorridos aps a entrega, transferido do vendedor para o comprador. A modalidade CFR requer que o vendedor faa o desembarao da carga para exportao. Essa modalidade deve ser usada somente para embarques martimos ou fluviais.

    CIF Cost, Insurance and Freight (porto de destino) Cost, Insurance and Freight quer dizer que o vendedor entrega os bens quando estes cruzam o costado do navio no porto nomeado para embarque. O vendedor deve pagar os custos e fretes necessrios, para levar os bens at o porto de destino, porm o risco de perda ou dano aos bens, assim como todo e qualquer gasto

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 9

    adicional, devido a eventos ocorridos aps a entrega, transferido do vendedor para o comprador. Entretanto, no termo CIF, o vendedor tambm deve providenciar seguro martimo contra o risco do comprador de perda ou dano aos bens durante o transporte.

    DDU Delivered Duty Unpaid (destino) Delivered duty unpaid quer dizer que o vendedor entrega os bens ao comprador no local determinado em contrato, porm sem desembarao alfandegrio de importao. O vendedor assume todas as despesas e riscos para levar a mercadoria at o destino indicado, exceto os gastos com pagamento de direitos aduaneiros, impostos e demais encargos da importao. Este termo pode ser utilizado para a qualquer modalidade de transporte.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 10

    Quadro-Resumo simplificado das principais atribuies do Importador/Comprador (I) e do Exportador/Vendedor (E):

    Modalidades IncotermsEXW

    FAS

    FOB

    FCA

    CFR

    CPT

    CIF

    CIP

    DAF

    DES

    DEQ

    DDU

    DDP

    Formalidades alfandegrias (pas de origem) I E E E E E E E E E E E E

    Seguro I I I I I I E E E E E E E

    Embarque I I E I E E E E E E E E E

    Transporte I I I I E E E E E E E E E

    Desembarque I I I I I I I I I I E I I

    Formalidades Alfandegrias I I I I I I I I I I I I E

    Marco de Transferncia de risco da mercadoria negociada 1 2 3 4 3 4 3 4 5 6 7 8 9

    Fonte: Equipelog

    1. O exportador assume os riscos at o momento de colocar o produto disposio do importador, no estabelecimento do exportador.

    2. O exportador assume os riscos at o momento de colocar o produto desembaraado para exportao fica, junto ao costado do navio, no porto de embarque.

    3. O exportador assume os riscos at o momento em que a mercadoria, j desembaraada para exportao, tenha cruzado a amurada do navio, no porto de embarque.

    4. O exportador assume os riscos at o momento da entrega da mercadoria, liberada para exportao, custdia do transportador.

    5. O exportador assume os riscos at o momento de colocar a mercadoria disposio do importador, dentro do meio de transporte, no desembaraada, no local de entrega, na fronteira.

    6. O exportador assume todos os riscos at o momento em que a mercadoria colocada disposio do importador, no ponto de destino, a bordo do navio.

    7. O exportador assume todos os riscos at o momento em que a mercadoria, no desembaraada para importao, seja entregue no ponto pactuado, no local de destino. Ao importador cabe obter as licenas de importao.

    8. O exportador assume todos os riscos at o momento da entrega da mercadoria no ponto pactuado, no local de destino designado, por qualquer meio de transporte, no desembarcada nem desembaraada.

    9. O exportador assume os riscos at o momento em que o produto seja colocado disposio do importador, no meio de transporte no local de destino, no desembarcada, mas desembaraada.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 11

    TAKE-UP

    O take-up consiste na verificao visual, por parte do comprador, da qualidade dos lotes de algodo vendidos, por meio de amostras retiradas de cada fardo. As amostras so disponibilizadas em lotes representativos de cada pilha de fardos, na sala de classificao de um laboratrio, ou da prpria fazenda, para que o classificador do cliente possa examinar fisicamente os lotes, checando a cor e a aparncia do produto, aprovando-o ou rejeitando-o de acordo com a qualidade contratada.

    Segue abaixo os principais aspectos a considerar para uma apresentao de qualidade:Usualmente, de cada fardo devero ser obtidas 02 amostras com aproximadamente 120g cada. .A primeira ir para a classificao e a segunda para o HVI. Caso possvel, sugerimos a confeco de uma terceira amostra para arquivo.O HVI (High Volume Instrument) a anlise das caractersticas intrnsecas do algodo como .comprimento, resistncia e espessura da fibra entre outros. Essa anlise ser obtida com a contratao e envio de amostras aos laboratrios de teste especializados. Vale ressaltar que a montagem de lotes de 27 toneladas, com aproximadamente 140 fardos, e a .apresentao destes em take-up para vendas FOB, podem acarretar sobras de fardos no porto, cujo risco e custo sero por conta do vendedor. importante, portanto, confrontar as despesas de frete e armazenagem.No caso de venda FOB, reiteramos a importncia de um empilhamento com lotes de 25 toneladas .e, no mximo, 124 fardos (ou 76,2m3) a fim de equiparar-se ao acondicionamento dos contineres de 40 HC.Ressaltamos que as amostras so obtidas retirando-se algodo dos dois lados do fardo, .combinando-o em uma s amostra e que assim representa cada fardo em sua totalidade.Como sugerido no captulo (I), a apresentao em take-up dever levar em considerao o .mltiplo de empilhamento decidido pelo vendedor, para que no haja discrepncias entre o nmero de fardos pertencentes ao lote.Antes do agendamento de um take-up, o vendedor dever ter 100% das amostras dos lotes .disponveis, cada lote com o seu romaneio (listagem de fardos) e listagem HVI completos e impressos. Somente aps isso, o vendedor dever agendar a data da anlise visual com o comprador, preferencialmente antes do ms de embarque e usualmente, com 10 dias de antecedncia. Para evitar contratempos, a solicitao de agendamento devera ser feita e confirmada por escrito, preferencialmente via e-mail.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 12

    Recomendamos que, caso seja requerido pelo comprador, o relatrio de HVI seja tambm .apresentado ao comprador em arquivo eletrnico do tipo PDF. Um arquivo do tipo Excel tambm poder ser disponibilizado mediante o aceite por parte do comprador de sua responsabilidade sobre toda e qualquer alterao de formato ou contedo. As amostras de classificao pertencero ao comprador quando da aprovao dos lotes. Se .houverem, os custos de envio e retirada das amostras sero repassados para o comprador, desde que os valores sejam negociados anteriormente entre as partes.Desde que acordado entre as partes, recomendamos que a aprovao ou recusa dos lotes seja .feita em lotes inteiros, isto , sem quebra de pilha.Com o take-up finalizado, dever ser elaborada uma rpida mensagem de resultado de take-.up para informao das partes, bem como dos seus agentes quando existirem. Em ambos os casos (aprovao ou recusa), esta dever ocorrer por escrito, imediatamente aps o firmado entre as partes e, preferencialmente via correio eletrnico, descrevendo-se os nmeros dos lotes envolvidos.

    Um dos aspectos fundamentais a ser lembrado na questo do take-up, que, quando bem organizado e bem sucedido, configura-se no passo inicial para uma boa performance de exportao. Muitos atrasos e erros so gerados por processos de take-up mal organizados ou mal conduzidos de ambos os lados que acabam por dificultar o restante do processo de exportao. Todo bom desempenho num processo de exportao comea a partir de lotes de algodo entregues no tempo e qualidade contratados.

    Recapitulando:A Classificao dever providenciar 100% de amostras dos lotes disponveis, cada lote com o seu

    romaneio (listagem de fardos) e listagem HVI completos e impressos;O agendamento do Take-up dever ser feito, preferencialmente, antes do ms de embarque e

    usualmente com 10 dias de antecedncia;A solicitao do Take-up dever ser feita e confirmada por escrito;As amostras de classificao pertencero ao comprador e os custos de envio e retirada destas,

    sero repassados ao mesmo;A aprovao ou recusa dever ocorrer sobre lotes inteiros, isto , sem quebra de pilha;Dever ser elaborada uma rpida mensagem com os resultado do Take-up para informao das

    partes.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 13

    HABILITAO PARA EXPORTAO

    P RODU TOR

    CERTIFICADO DIG ITAL

    DESP ACHAN TE SISCOM EX

    M AP A

    RECEITA FEDERAL

    CERTIFICADO DIGITALPara exportar deve-se providenciar o Certificado Digital. Trata-se de um documento eletrnico que identifica pessoas e empresas no mundo digital, provando sua identidade e permitindo acessar servios on-line com as seguintes garantias:

    Autenticidade garantia da identidade de quem executou a transao; Integridade garantia de que o contedo da transao no foi alterado; No-repdio garantia de que quem executou a transao no pode negar que foi ele mesmo quem executou;

    Concesso e restrio de acesso garantia de impedimento que pessoas no autorizadas possam acessar transaes e servios.

    Somente atravs do Certificado Digital as empresas que pretendem operar no Comrcio Exterior podero se habilitar e cadastrar seu responsvel legal no SISCOMEX.

    Como obter o Certificado Digital: acessar o link Anexo 1.

    1

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 14

    RECEITA FEDERAL / SISCOMEXEm regra geral, o despacho aduaneiro deve ser processado no SISCOMEX, Sistema Integrado de Comrcio Exterior. Entretanto, para que seja efetuada uma exportao ou importao de mercadorias, por meio do SISCOMEX, primeiramente, o interessado deve providenciar, junto Secretaria da Receita Federal (SRF), sua habilitao, por meio de senha, para operao no sistema e o credenciamento de seus representantes para a prtica de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

    Habilitao do Responsvel Legal: A atuao da pessoa jurdica em operaes de comrcio exterior (importao, exportao, trnsito aduaneiro e internao da Zona Franca de Manaus) depende de anlise prvia pela SRF de suas informaes cadastrais e fiscais. Com a empresa autorizada a operar no comrcio exterior, a SRF cadastra a mesma e efetua a habilitao do seu responsvel legal (dirigente, diretor, scio-gerente). Esta pessoa fsica habilitada credencia os representantes da empresa (prepostos ou despachantes aduaneiros) diretamente no SISCOMEX.

    Credenciamento de Representante Legal: Aps a habilitao do responsvel legal pela pessoa jurdica junto SRF, este poder credenciar no SISCOMEX as pessoas fsicas que atuaro como representantes da empresa para a prtica dos atos relacionados com o despacho aduaneiro.

    No caso de pessoa fsica, o credenciamento de seu representante pode ser feito pelo prprio interessado, se ele for habilitado a utilizar o SISCOMEX, ou mediante solicitao para a unidade da SRF de despacho aduaneiro.

    O interessado, pessoa fsica ou jurdica, somente pode exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro:

    Por intermdio do despachante aduaneiro;1. Pessoalmente, se pessoa fsica;2. Se pessoa jurdica, tambm mediante:3. a. Dirigente;b. Empregado;c. Empregado de empresa coligada ou controlada, tal como definida, nos 1 e 2 do

    art. 243 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976;d. Funcionrio ou servidor especificamente designado, no caso de rgo da administrao

    pblica, misso diplomtica ou representao de organizao internacional.Em conseqncia, somente essas mesmas pessoas podem ser credenciadas como representantes do interessado para atuar em seu nome no SISCOMEX.

    Como obter a Habilitao no SISCOMEX: acessar o link Anexo 2.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 15

    MINISTRIO DA AGRICULTURAO Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento MAPA constituiu o Manual de Procedimentos Operacionais do Sistema de Vigilncia Agropecuria Internacional (VIGIAGRO), que tem como objetivo consolidar em um nico instrumento, as normas e diretrizes que regulamentam a fiscalizao do trnsito internacional de animais, vegetais, seus produtos e subprodutos, derivados e partes, resduos de valor econmico e insumos agropecurios disponibilizando aos Fiscais Federais Agropecurios e aos usurios do Sistema, uma ferramenta para orientar e harmonizar os procedimentos, bem como agilizar a liberao das mercadorias nos portos organizados, aeroportos internacionais, aduanas especiais e postos de fronteira, por meio de uma fiscalizao eficiente e eficaz.Como obter o cadastramento no MAPA: acessar o link Anexo 3.

    Particularidades dos EstadosPara cada associada da ABRAPA foram detalhadas as suas particularidades, listando, inclusive, a relao de documentos e exigncias de cada regio para se tornar um exportador de algodo.

    BAHIAParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 4.

    GOISParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 5.

    MATO GROSSOParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 6.

    MATO GROSSO DO SULParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 7.

    MARANHOParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 8.

    MINAS GERAISParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 9.

    PARANParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 10.

    PIAUParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 11.

    SO PAULOParticularidades e exigncias deste Estado, acessar o link: Anexo 12.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 16

    EXPORTANDO

    Uma vez tomadas as providncias para se tornar um exportador, o vendedor dever dar incio contratao e organizao dos meios logsticos (transportadoras e armazns) e tcnicos (beneficiadoras, laboratrios de HVI e despachantes etc...) para a exportao propriamente dita. As necessidades j foram determinadas durante a anlise do livro de vendas, bastando a contratao dos meios terceirizados e os ajustes dos meios prprios. Assim, segue abaixo algumas informaes importantes e sugestes as serem observadas para uma boa performance no processo de exportao.

    PROCEDIMENTOS NA CONTRATAO DE SERVIO DE TERCEIROS:

    BENEFICIADORA DE ALGODOAs responsabilidades so as mesmas em caso de benefcio terceirizado ou prprio:

    A empresa beneficiadora dever assumir compromisso de beneficiar o algodo no prazo necessrio para cumprimento dos contratos de exportao e manter informado o vendedor para que esse possa realizar as vendas.Responsabilidade do transporte do algodo da lavoura para a algodoeira:- o algodo dever estar protegido durante todo o trajeto, isto , coberto com lona que evite contato com poeira, sujeira ou umidade, bem como o desperdcio durante o transporte.

    - dever prover local para descarga do algodo isento de contaminao. No dever colocar o fardo ou o algodo a granel em pisos que os contaminem, seja com terra ou qualquer outro produto.

    Durante o beneficiamento, dever manter as qualidades do algodo conforme produzido na lavoura, permitindo-se apenas as alteraes aceitveis decorrentes do processo.Padronizar a prensa de fardos para ajuste a uma calibragem mnima de 360 kg/m 3; ou seja, na prtica, uma presso mnima que permita a produo de fardos de aproximadamente 200 kg no tamanho padro (1,05x0,95x0,55m) e 220 kg no tamanho grande (1,37x0,95x0,55m), (neste caso, a calibragem mnima muda para 305 kg/m3). Este item de grande importncia, pois afeta o processo de transporte dos fardos at o porto na modalidade FOB, alm do processo de seleo de mltiplos de embarque discutidos no captulo (I).

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  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 17

    Ateno: De acordo com a definio da modalidade FOB, no caso de sobra de fardos aps processo de estufagem dos contineres, as despesas de armazenagem e seguro continuam sendo por conta do vendedor/exportador.Tirar amostras dos fardos produzidos conforme o padro (tirar dos dois lados do fardo para compor cada amostra) e quantidade especificada para cada passo do processo de classificao.Utilizar tela ou, preferencialmente, saco para proteger o fardo com material de qualidade, que garanta a proteo at o seu destino final. Se efetuados, os cortes de onde foram tiradas as amostras devero ser cobertos.Utilizar arame, fitas e sacos de qualidade. O vendedor responsvel pelo estado exterior dos fardos at a entrega.Utilizar a identificao dos fardos, conforme prescrito no Sistema ABRAPA de Identificao SAI , afixando etiquetas em local especfico de modo que facilite a identificao quando for estocado, no devendo ser afixado nas partes laterais ou superior dos fardos. Providenciar as listagens de romaneio por lote em arquivo Excel e PDF.Dever armazenar os fardos conforme suas caractersticas e de maneira que facilite o embarque por qualidade. Preferencialmente, montar blocos que evitem o excessivo manuseio dos fardos.Dever armazenar os fardos, seja em armazm ou a cu aberto, utilizando estrados e lonas de proteo para garantir a no contaminao at o embarque. Em caso de cu aberto, preciso evitar o empoamento, providenciando o escoamento das guas.Em caso de cu aberto, os fardos devero ser empilhados em lotes de 25 toneladas ou por outros mltiplos escolhidos pelo produtor para exportao, sendo cada lote isolado dos demais, com espaamento entre os blocos de 60 cm e com espaamento entre as ruas de 5 metros. No local de cada pilha devero ser colocados caibros de madeira no piso com medidas de 6 x 8 cm, posicionados de forma a parecer trilhos de uma linha frrea, sobre os quais colocada uma lona plstica de no mnimo 150 micras, de maneira a proteger a base da pilha contra a umidade do solo e/ou da chuva. Sobre esta lona so colocados os fardos que formam a base da pilha. As laterais da lona plstica acima descrita, so levantadas sobre a primeira camada de fardos permitindo que a segunda camada quando colocada sobre a primeira, fixe a lona contra os fardos da primeira camada. As demais alturas devero ento ser colocadas (geralmente em 6 camadas) e finalmente ser disposto o ltimo nvel que servir de cumeeira (telhado) para toda a pilha. Sobre a pilha ser colocada outra lona de alta resistncia, que dever ser amarrada com cabos de nylon, de forma semelhante amarrao de cargas rodovirias. Desta maneira, as pilhas podero permanecer nos ptios devidamente protegidas durante vrios meses antes do embarque para o destino final. Exemplo: com pilhas de 124 fardos, montar 5 camadas de 22 fardos cada e finalizar com a disposio dos 14 fardos restantes como cumeeira.Ser responsabilidade da algodoeira vistoriar o caminho que transportar o produto para evitar que carrocerias sujas ou com buracos permitam a contaminao do algodo. Caso o caminho no apresente boas condies, ele dever ser limpo ou ento, em casos graves, recusado para o embarque.Dever exigir da transportadora, ou seu preposto, o recibo atestando que o produto foi entregue para embarque em perfeitas condies.A algodoeira dever observar a ordem de carregamento, assim que o transporte for disponibilizado. Esta tambm dever informar ao produtor a sua capacidade de carregamento diria para evitar a ocorrncia de estadia de caminhes por no carregamento.

    Recapitulando:A beneficiadora dever assumir compromisso de beneficiar o algodo no prazo necessrio para

    cumprimento dos contratos de exportao;

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 18

    Tirar amostras dos fardos produzidos conforme o padro;Utilizar arame, fitas e sacos de qualidade.Preferencialmente, montar blocos que evitem o excessivo manuseio dos fardos;Dever armazenar os fardos, seja em armazm ou a cu aberto, utilizando estrados e lonas de

    proteo para garantir a no contaminao at o embarque;Ser responsabilidade da algodoeira vistoriar o caminho que transportar o produto para

    evitar que carrocerias sujas ou com buracos permitam a contaminao do algodo.

    LABORATRIO DE CLASSIFICAO E HVIO exportador dever escolher laboratrio de reconhecida competncia e confiabilidade no mercado e apto a prestar os servios para os quais foi contratado. Sugerimos contratar laboratrios que participem do teste de aferio laboratorial (Round Test) do ICAC, alm de fazer as calibragens rotineiras. Solicitar ainda resultado de teste de calibragem de HVI para verificao da sua rotina.O exportador dever checar se os laboratrios de HVI possuem a infra-estrutura adequada para o bom acondicionamento das amostras e exigir destes o respeito aos perodos de acondicionamento de amostras necessrios a fim de obter os resultados mais confiveis possveis. Geralmente, so necessrias 48 horas de preparao.Na contratao dos servios, o exportador dever certificar-se de que o laboratrio possui a capacidade de processamento necessria para atender demanda de anlise e fornecer os resultados das mesmas com a velocidade demandada pelas equipes de empilhamento e de classificao.O laboratrio dever guiar o exportador na amostragem dos fardos, para que isto seja feito dentro dos padres exigidos no tocante a tamanhos e quantidades.Dever possuir informatizao adequada para aproveitar as vantagens do Sistema ABRAPA de Identificao, na disponibilizao dos dados.Providenciar as listagens de HVI, sempre respeitando a numerao dos fardos apresentados pela beneficiadora (romaneio), para que no haja discrepncia no confronto do packing list e a lista de HVI.O laboratrio dever disponibilizar os resultados de HVI no formato eletrnico, de preferncia do cliente, seja ele PDF , Excel ou outro.Dever assumir o compromisso de preparar as amostras para take-up assim que solicitado pelo produtor, obedecendo data compromissada para receber o classificador do comprador para checagem.Dever manter as amostras acondicionadas e organizadas na eventualidade de ser necessria uma checagem ou arbitragem.

    Recapitulando:O exportador dever, preferencialmente, contratar laboratrios que participem do teste de

    aferio laboratorial (Round Test) do ICAC, alm de calibragens rotineiras;Os laboratrios devero respeitar os perodos de acondicionamento de amostras;Devero possuir capacidade de processamento necessria para atender a demanda de anlise

    e fornecer os resultados das mesmas com a velocidade demandada;Devero providenciar as listagens de HVI, sempre respeitando a numerao dos fardos

    apresentados pela beneficiadora (romaneio), para que no haja discrepncia no confronto do packing list e a lista de HVI;

    Devero manter as amostras acondicionadas e organizadas na eventualidade de ser necessria uma checagem ou arbitragem.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 19

    EMPRESA TRANSPORTADORAAo contratar uma transportadora, o produtor dever precaver-se previamente, pesquisando a idoneidade da empresa, simplesmente consultando o rol de clientes e, inclusive aconselhando-se com os mesmos.A transportadora deve apresentar a estimativa do prazo de fornecimento de carretas posto na fazenda e, inclusive, a estimativa de chegada da carga ao porto de destino.O produtor dever ainda, pesquisar o fluxo de carregamento e a capacidade logstica da transportadora a fim de evitar atrasos nos compromissos de entrega do algodo, podendo incorrer at em perdas de embarque, caso a contratada no tenha frota e pessoal qualificado o suficiente para a movimentao desta.Os pontos mais sensveis a serem negociados e, se possvel a serem includos em contratos so:

    Apresentao da aplice de seguros, comprovao de averbao de cada carga. E garantia de rastreamento ou monitoramento durante todo o percurso da carga. Apresentar liberao do veculo pela gerenciadora de risco da aplice de seguros.Disponibilizao e previso de chegada do veculo quando da ordem de embarque.Garantia de envio de veculos limpos, com carrocerias e lonas que garantam a no contaminao da carga at o destino final.

    O exportador dever:Certificar-se de que a transportadora assinou o documento de recebimento de carga em perfeitas condies.Monitorar o transporte da carga at seu destino final, evitando desvios de rotas e prevenindo imediatamente atrasos decorrentes de interrupo da viagem por qualquer motivo.Avisar imediatamente, caso algum sinistro venha a ocorrer com a carga.Solicitar o recibo emitido pelo recebedor da mercadoria, no destino, de que ela foi entregue em perfeitas condies.

    Recapitulando:Pesquisar o fluxo de carregamento e a capacidade logstica da transportadora a fim de evitar

    atrasos nos compromissos de entrega do algodo;A transportadora dever apresentar aplice de seguro, comprovao de averbao de cada

    carga, garantia de rastreamento ou monitoramento durante todo o percurso da carga;A transportadora dever disponibilizar a previso de chegada do veculo quando da ordem de

    embarque;A transportadora dever garantir o envio de veculos limpos, com carrocerias e lonas que

    garantam a no contaminao da carga at o destino final;A transportadora dever monitorar o transporte da carga at seu destino final, evitando

    desvios de rotas e prevenindo imediatamente atrasos decorrentes de interrupo da viagem por qualquer motivo.

    ARMAZNS, CONTROLADORAS DE PESO E DESPACHANTESOs passos a seguir so para exportadores que tenham vendido na modalidade FOB. Nesta, a responsabilidade do vendedor encerra-se somente na entrega da carga no navio.Aconselhamos os exportadores a desenvolver um contrato conjunto de armazm com despachante para que suas responsabilidades sejam solidrias, tendo em vista que seus trabalhos so concomitantes. Desta forma, o exportador dever priorizar a escolha de despachantes e armazns com experincia no somente na operao de algodo, mas tambm no trabalho conjunto.Da mesma forma, quando da contratao da transportadora, o exportador dever procurar o rol

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 20

    de clientes dos armazns e despachantes na busca de referncias sobre os servios dos mesmos. sempre importante priorizar prestadores de servio que o faam com qualidade e no somente com preos atrativos.

    Responsabilidades do ArmazmPossuir infra-estrutura e equipamento adequado para a operao com fardos de algodo, tal como empilhadeira com garras de presso lateral. Tambm necessrio observar se o quadro de funcionrios possui experincia na operao logstica de algodo, como por exemplo, nunca arrastar o fardo ou deixar que sofra qualquer tipo de queda.Receber a mercadoria e proceder com a estufagem dos contineres desde que a instruo de embarque j tenha sido emitida. Caso contrrio, se estiver prevista em contrato com o produtor, fazer a armazenagem da carga de maneira adequada e de forma a poder proceder com o embarque assim que solicitado. Para isso sugerimos verificar se o armazm possui espaos de circulao (ruas e avenidas) desimpedidos e os locais de formao das pilhas previamente definidos, para facilitar e agilizar o empilhamento.Emitir documento de recebimento da mercadoria em perfeita ordem; durante o descarregamento, checar o estado dos fardos e proceder com a pesagem da carga.No caso de fardos que estiverem em ms condies para armazenamento (fitas ou amarras arrebentadas), ou de difcil identificao, o armazm dever mant-los em separado e o fato deve ser comunicado imediatamente ao produtor; quanto do recondicionamento dos fardos pelas controladoras ou seus agentes, o armazm dever providenciar funcionrios para acompanhar o servio. No caso de armazenagem, acondicionar os fardos de algodo em local adequado e limpo; utilizar as tcnicas de empilhamento e conservao corretas (estrados de madeira, lonas, etc.). O empilhamento dever ser feito de forma a permitir a perfeita visualizao das etiquetas do maior nmero de fardos. O armazm dever elaborar e manter atualizado o mapeamento do estoque depositado para consulta.Checar as condies do continer na sua retirada do terminal do armazenador; certificar-se que os mesmos estejam limpos e em perfeito estado (sem furos ou frestas) antes da operao de estufagem.Requisitar a presena da entidade controladora para verificao da pesagem e quantidade a ser embarcada.Requisitar e acompanhar a vistoria pelo Ministrio da Agricultura. No caso da necessidade do produto ser fumigado, este procedimento deve ser feito por empresa especializada e o processo acompanhado pelo armazm/despachante, ficando ento as vistorias a cargo do MAPA, aps a fumigao.Carregar o continer para pesagem a ser certificada pela entidade controladora.Confirmar a presena da carga, por meio do SISCOMEX, para liberao pela Receita Federal.Transportar para o porto ou at o costado do navio, a carga liberada pela Receita Federal, assegurando que ela esteja acompanhada durante todo o trajeto.

    Recapitulando:O armazm dever emitir documento de recebimento da mercadoria em perfeita ordem;No caso de fardos que estiverem em ms condies para armazenamento (fitas ou amarras

    arrebentadas), ou de difcil identificao, o armazm dever mant-los em separado e o fato deve sercomunicado imediatamente ao produtor;

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 21

    No caso de armazenagem, acondicionar os fardos de algodo em local adequado e limpo; utilizar as tcnicas de empilhamento e conservao corretas (estrados de madeira, lonas, etc.). O empilhamento dever ser feito de forma a permitir a perfeita visualizao das etiquetas do maior nmero de fardos. O armazm dever elaborar e manter atualizado o mapeamento do estoque depositado para consulta;

    Checar as condies do continer na sua retirada do terminal do armazenador; certificar-se que os mesmos estejam limpos e em perfeito estado (sem furos ou frestas) antes da operao de estufagem.

    Responsabilidades da Controladora de PesoQuando da contratao da controladora de peso, o exportador dever priorizar a controladora com as melhores referncias entre seus clientes, e com competncia e confiabilidade reconhecida pelo mercado.Dever ser uma controladora internacional, com servios disponveis nos pases de destino, para assim, poder controlar na partida e na chegada.A controladora dever certificar-se de que os contineres vazios esto limpos e em boas condies para estufagem e embarque, que os fardos esto em bom estado, sem nenhuma avaria ou sujeira excessiva e que a carga a ser embarcada a correspondente s instrues recebidas. Para isso, a controladora dever verificar fardo a fardo a numerao e estado dos mesmos durante a estufagem dos contineres.Cabe controladora verificar que o limite de peso mximo e mnimo estabelecido pelo comprador ser fielmente cumprido.Dever disponibilizar aos despachantes os pesos da carga e quantidade de fardos nos contineres imediatamente aps a estufagem e emitir os certificados de peso e listagem de fardos o mais rpido possvel dentro da maior preciso possvel. No certificado devero constar as informaes requeridas pelas instrues de embarque (Shipper, Consignee, Notify, alm de nmeros dos contineres, lacres, pesos lquido e bruto).A emisso do packing list dever ser feita em arquivo Excel, sempre respeitando a quantidade de fardos estufados e suas numeraes originais, isto , respeitando o romaneio e a listagem de HVI recebidos da fazenda. O acrscimo ou reduo do nmero de dgitos cria divergncias na documentao de embarque, o que causa transtornos no destino da carga alm de dificultar a identificao dos fardos, em caso de problemas com reclamaes e/ou arbitragens.Quando houver uma discrepncia muito grande entre os pesos de origem e os pesos de embarque, a controladora dever investigar a possibilidade de erro no processo para corrigi-lo. Caso a diferena persista, a controladora dever notificar as partes envolvidas.

    Recapitulando:Dever ser uma controladora internacional, com servios disponveis nos pases de destino,

    para assim, poder controlar na partida e na chegada;A controladora dever certificar-se de que os contineres vazios esto limpos e em boas

    condies para estufagem e embarque, que os fardos esto em bom estado, sem nenhuma avaria ou sujeira excessiva e que a carga a ser embarcada a correspondente s instrues recebidas;

    Dever disponibilizar aos despachantes os pesos da carga e quantidade de fardos nos contineres imediatamente aps a estufagem e emitir os certificados de peso e listagem de fardos o mais rpido possvel, dentro da maior preciso possvel;

    A emisso do packing list dever ser feita em arquivo Excel, sempre respeitando a quantidade de fardos estufados e suas numeraes originais, isto , respeitando o romaneio e a listagem de HVI recebidos da fazenda.

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    Responsabilidades do DespachanteA escolha do despachante de extrema importncia, pois ele quem representar o exportador no porto ou na fronteira, no tocante liberao da carga para exportao e emisso da documentao de embarque. A competncia deste trabalho de representao refletir no resultado final do vendedor como exportador.

    Lembramos que na modalidade FOB, a transferncia de responsabilidade sobre a carga s se faz aps a transposio da amurada do navio, com a mesma despachada para exportao.

    Assim sendo, recomendamos analisar toda a performance passada do despachante alm da sua carteira de clientes antes da contratao do mesmo, sempre se certificando de que este possui o conhecimento e mo de obra necessria para a boa realizao dos servios.

    aconselhvel que a proposta de servios prestados inclua os honorrios de despacho, a disponibilidade de um controle de estoque, o registro de exportao, a declarao de despacho (DDE), a confeco da fatura comercial, a confeco do espelho do BL, a averbao da carga e o envio de cpia dos documentos de embarque (BL, Fatura Comercial, RE, DDE/SD, Certificado de Fumigao, Certificado Fitossanitrio, Averbao da Mercadoria).

    Lembramos da necessidade de manter as procuraes de despacho constantemente validadas e atualizadas, se possvel, com ao menos 15 dias de antecedncia chegada das cargas ao porto de embarque, evitando assim atrasos.

    Recomendamos ainda ao exportador o monitoramento constante dos passos realizados pelo despachante durante o processo de exportao da carga, principalmente no tocante aos seguintes pontos:

    Checar se os valores efetivos da exportao esto em acordo com o contrato de venda e com o peso apurado pela controladora e, caso esteja tudo em ordem, emitir a Nota Fiscal de venda. Sendo este um documento fiscal, o exportador dever constantemente monitorar a operacionalizao por parte do despachante das notas fornecidas por ele. E prefervel que seja contemplado, em contrato, as condies dessa operacionalizao, alm das garantias de responsabilidade do despachante em caso de m utilizao.O produtor dever aconselhar-se com seu Despachante e sua Assessoria Contbil acerca dos Cdigos Fiscais de Operaes e Prestaes (CFOPs) a serem utilizados no processo de emisso de Nota Fiscal. Tais cdigos devero figurar no corpo da nota e referem-se natureza da operao a qual se destina a carga que a acompanha. Na exportao, as CFOPs podem constar como: Remessa para Formao de Lote (cd. 6504), Devoluo de Lote (cd. 6949), Nota Fiscal de Venda de Exportao (cd. 7101 Pessoa Fsica ou cd. 7102 Pessoa Jurdica), entre outras. de responsabilidade do despachante a emisso das Notas Fiscais de Exportao, bem como o envio das vias exigidas pelo Estado de cada origem da mercadoria, assim como das Notas Fiscais de Remessa emitidas pelo armazm em caso de devoluo de mercadoria enviadas para o porto como remessa para formao de lote.A partir do momento em que a mercadoria encontrar-se sob a responsabilidade do despachante, este dever manter constante atualizao sobre o status da mesma. Assim, o despachante dever fazer o acompanhamento da carga junto ao armazm, controladoras e terminais porturios e manter informado o exportador dos trmites realizados. A fim de tornar esta monitorao mais simples, relacionamos abaixo os principais passos do despacho de algodo:

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 23

    Acompanhar fluxo de recebimento da carga pelo armazm..Acompanhar retirada dos contineres vazios..Acompanhar a estufagem dos contineres..Emitir o Registro de Exportao (SISCOMEX)..Emitir a Declarao de Exportao (SISCOMEX)..Proceder liberao da carga junto a Receita Federal..Emitir Ordem de Embarque e entregar Agncia Maritima e ao Porto, para emisso .da Autorizao de Embarque.Retirar a Autorizao de Embarque e acompanhar a entrega do continer no Porto ou .no Costado do Navio.Confeccionar a Fatura Comercial (Invoice)..Confeccionar o Conhecimento de Embarque ou Bill of Lading (B/L) de acordo com as .Instrues de Embarque do comprador e recolher a taxa de emisso do mesmo.Recolher a taxa de capatazia ou Terminal Handling Charges (THC), que paga ao .Agente Martimo.Providenciar a emisso do Certificado de Origem e do Certificado Fitossanitrio, caso .requerido pelo comprador e de acordo com as especificaes das Instrues de Embarque.Providenciar a emisso dos Certificados de Agncia Martima, caso necessrio e pedido .na Instruo de Embarque.Enviar o rascunho da documentao para conferncia dos dados antes da confeco .definitiva dos documentos. Aps o sinal verde, confeccionar e enviar a documentao para o destinatrio mencionado nas instrues de embarque.Emisso de cpias de documentao no negociadas para fins de comprovao de .exportao.Efetuar correes posteriores nos documentos de embarque, caso necessrio..

    Dentre os principais portos de escoamento do algodo brasileiro esto Santos/SP e Paranagu/PR. Ilustraremos a seguir as particularidades para o credenciamento em cada um deles. O exportador dever credenciar-se em todos os portos da opo dos seus contratos de venda, antes do incio do processo de take-up.

    Recapitulando:A escolha do despachante de extrema importncia, pois ele quem representar o exportador

    no porto ou na fronteira;Dever certificar-se de que este possui o conhecimento e mo de obra necessria para a boa

    realizao dos servios; necessrio manter as procuraes de despacho constantemente validadas e atualizadas, se

    possvel com ao menos 15 dias de antecedncia chegada das cargas ao porto de embarque;O despachante dever emitir a Nota Fiscal de Venda e, sendo este um documento fiscal, o

    exportador dever constantemente monitorar a operacionalizao por parte do despachante das notas fornecidas por ele. prefervel que sejam contempladas em contrato as condies dessa operacionalizao, alm das garantias de responsabilidade do despachante em caso de m utilizao;

    A partir do momento em que a mercadoria encontrar-se sob a responsabilidade do despachante, este dever manter constante atualizao sobre o status da mesma;

    Principais passos do despacho de algodo, sob a responsabilidade do despachante:o Acompanhar a retirada dos contineres vazios.o Acompanhar a estufagem dos contineres.o Proceder liberao da carga junto Receita Federal.

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    o Confeccionar a Fatura Comercial (Invoice).o Confeccionar o Conhecimento de Embarque ou Bill of Lading (B/L) de acordo com as Instrues

    de Embarque do comprador e recolher a taxa de emisso do mesmo.o Providenciar a emisso do Certificado de Origem e do Certificado Fitossanitrio, caso requerido

    pelo comprador e de acordo com as especificaes das Instrues de Embarqueo Providenciar a emisso dos documentos originais de embarque em, no mximo, 10 dias

    alm da emisso de cpias de documentao no negociadas e todos os outros documentos necessrios para fins de comprovao de exportao.

    CREDENCIAMENTOSPara o credenciamento de Pessoa Fsica em SANTOS, acessar o link: Anexo 13.

    Para o credenciamento de Pessoa Fsica em PARANAGU, acessar o link: Anexo 14.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 25

    INSTRUES DE EMBARQUE

    Uma vez efetuados o processo de take-up, as contrataes dos prestadores de servio e os trmites do devido credenciamento como exportador, o produtor aguardar as Instrues de Embarque do comprador a serem enviadas em tempo suficientemente hbil para permitir o embarque durante o ms pactuado no contrato. Para isso, normalmente, as instrues devero ser enviadas nos primeiros dias do ms de embarque contratado, permitindo um embarque na terceira ou quarta semana do ms, considerando que o take-up tenha ocorrido fielmente no ms anterior.

    No caso de venda na modalidade FCA, as instrues de embarque so simples, coordenando apenas os lotes a serem disponibilizados ou entregues em armazm. Mesmo assim, recomenda-se verificar se o tipo do algodo, nmero de lote e quantidade instruda esto de acordo com os lotes aprovados em take-up.

    No caso das vendas na modalidade FOB, o exportador dever verificar, alm da conformidade dos lotes entregues aos instrudos, os seguintes pontos:

    O tempo disponvel para proceder com o embarque. No caso de embarque martimo, o 1. comprador deve permitir um mnimo de 15 dias entre a data de recebimento das instrues e a ltima data de entrega dos contineres estufados no porto (deadline). Atentar-se para a presena de nmero de booking vlido (reserva de espao no navio). Sem a presena deste, as instrues de embarque no so consideradas completas nem vlidas para movimentao da carga. recomendvel embarcar a mercadoria para o porto, caso tenha recebido a instruo de embarque, juntamente com o nmero de booking ou se houver contratado espao em armazm no porto para estocagem, independentemente de quando ser embarcada. A no observncia deste procedimento poder acarretar ao produtor a recusa de recebimento de sua mercadoria, ou ento, custos com armazenagem. Se o destino da carga demanda algum procedimento particular a ser adotado e, em caso de 2. dvida, questionar o comprador. Por exemplo: embarques martimos com destino ao Paquisto, de acordo com a legislao vigente, devem passar pela fumigao no porto, antes do embarque. Para o processo de fumigao, necessrio contratar os servios de uma empresa especializada em tratamentos fitossanitrios que visam resguardar os produtos agrcolas de cada pas das

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    pragas quarentenrias, bem como garantir a sanidade dos produtos vegetais que devero ser exportados.

    Uma vez analisadas as instrues e essas estando em ordem, o exportador dever providenciar a imediata separao dos lotes e quantidade de fardos instrudos para o devido deslocamento destes da fazenda ou local de armazenamento at o porto de sada e a solicitao de carretas junto transportadora, inclusive providenciando marcaes nos fardos quando solicitadas. Ao mesmo tempo, o exportador dever informar o despachante ou representante contratado no porto de sada, sobre as instrues de embarque recebidas, alm da previso de chegada das carretas no mesmo.O responsvel pelo recebimento da mercadoria dever, por sua vez, agendar a disponibilidade de descarregamento destas carretas no armazm contratado no porto e tambm a retirada dos contineres vazios no terminal porturio.

    O despachante contratado dever providenciar a devida estufagem dos fardos de algodo dentro dos contineres e a respectiva documentao de exportao (RE, SD, etc.), alm de agendar a vistoria da carga pelos rgos competentes (Receita Federal e, caso haja a necessidade de emisso do Certificado Fitossanitrio, o MAPA) observando e cumprindo as datas e prazos estipulados para a entrega do Draft (rascunhos) do B/L e da Lista de Contineres, alm da entrega fsica dos contineres no navio nomeado.

    dever do exportador informar ao comprador sobre a confirmao de embarque da carga para que este providencie seguro da mercadoria. Para isso, os detalhes do embarque devero constar numa correspondncia rpida, informando a quantidade de contineres embarcados, peso e nmero de fardos.

    O exportador, por meio do seu despachante, dever enviar os drafts dos documentos de embarque solicitados na respectiva Instruo de Embarque ao comprador para a devida anlise, condicionando a emisso destes respectiva aprovao.

    Aps a confirmao de embarque, o despachante dever efetuar o pagamento das taxas locais Companhia Martima para que haja a liberao do acesso ao conhecimento martimo (Bill of Lading B/L) original. Lembramos que a liberao do BL original somente ocorrer aps o pagamento das taxas locais e do frete martimo. Dever ainda enviar cpia dos demais documentos solicitados na Instruo de Embarque, respeitando a data limite para a entrega dos mesmos ao comprador.

    Durante a confeco dos documentos de embarque, o exportador, por meio do seu despachante, dever respeitar ao mximo as terminologias e textos enviados por Instruo de Embarque. Muitas vezes os requerimentos contidos nas instrues de embarque so provenientes de requisitos de cartas de crdito recebidas dos compradores finais da mercadoria e visam adequar a documentao aos requisitos de importao do pas de destino. Usualmente, o prazo para emisso de documentos de embarque no mximo 10 dias corridos, aps data de sada do navio.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 27

    Recapitulando:No caso de embarque martimo, o comprador deve permitir um mnimo de 15 dias entre a data

    de recebimento das instrues e a ltima data de entrega dos contineres estufados no porto (deadline);

    Pedir ao comprador, caso no esteja claro nas instrues de embarque, se o destino da carga demanda algum procedimento particular a ser adotado;

    Providenciar a imediata separao dos lotes e quantidade de fardos instrudos para o devido deslocamento destes da fazenda ou local de armazenamento at o porto de sada e a solicitao de carretas junto transportadora;

    dever do exportador, por meio do seu despachante, informar ao comprador da confirmao de embarque da carga para que este providencie seguro da mercadoria;

    Aps a confirmao de embarque, o despachante dever providenciar a emisso dos documentos de embarque conforme as instrues de embarque, respeitando o prazo mximo usual de 10 dias corridos, aps data de sada do navio.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 28

    TERMOS DE PAGAMENTO E LIQUIDAO DE CONTRATO

    Um dos aspectos mais importantes da exportao o processo de transferncia de titularidade do algodo e pagamento. Esse passo diretamente influenciado pela modalidade da venda efetuada juntamente com os termos de pagamentos acertados entre as partes. Usualmente na exportao, os agentes de mercado utilizam a modalidade de pagamento CAD (Cash Against Documents) isto , vista contra documentos e sua variveis: CAD Thru Banking Channels ( vista, por meio de canais bancrios) e CAD Faxed Copies ( vista, contra cpias de documentos originais de embarque). No algodo, pratica-se a tolerncia de 48 horas para crdito em conta, sendo considerado vista.

    CAD Cash Against Documents Cash against documents um tipo de transao na qual o ttulo dos bens adquiridos entregue ao comprador aps o pagamento do preo total da venda vista. A utilizao da modalidade CAD geralmente utilizada em transaes que envolvem a compra de produtos de exportao. O processo de CAD no ambiente de exportao bastante direto - aps acertar uma venda com um cliente internacional, o exportador prepara a documentao de exportao requerida tanto pelo pas de origem, quanto de destino.

    No mercado algodoeiro, o Cash Against Documents, se operacionaliza atravs dos seguintes passos: o exportador providencia os documentos de embarque (no caso de FCA Nota Fiscal para fins de exportao e no caso FOB, os documentos de embarque requeridos na instruo de embarque), entrega os originais dos mesmos ao comprador/importador e recebe o pagamento vista de 100% da fatura comercial emitida.

    No caso da varivel CAD Faxed Copies, o procedimento o mesmo a no ser que os originais fiquem em poder do exportador at o crdito em conta, ou seja, os documentos de embarque so emitidos pelo exportador/vendedor, sejam eles a Nota Fiscal ou Documentos de Embarque, que envia por fax ao comprador cpias dos originais juntamente com a fatura comercial e depois do recebimento de 100% do pagamento desta, entrega a documentao ao comprador.

    No CAD thru Banking Channels, alm dos documentos de embarque, o exportador prepara um

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  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 29

    documento usualmente chamado de Export Collection Form ou Formulrio de Pagamento de Exportao. Este documento, juntamente aos demais originais de exportao, dever ser enviado pelo exportador, ou seu representante, ao seu banco de preferncia. O prximo passo desta modalidade de pagamento ser o banco do exportador enviar os documentos necessrios ao banco designado pelo comprador/importador. Tais documentos so enviados com a condio de que no podero ser entregues ao importador antes que o pagamento pela carga seja efetivado. At que o pagamento seja recebido pelo banco do exportador, a transao no considerada completa. Quando o banco do importador receber a autorizao de honrar a fatura comercial do exportador, o pagamento vista eletronicamente transferido para a instituio financeira do exportador.Aps receber a confirmao que o pagamento foi executado e depositado corretamente, o banco do importador libera todos os documentos referentes a essa transao ao comprador. A maioria dos bancos cobra taxas para executar uma transao cash against documents. Algumas vezes, o comprador assume todas as taxas bancrias, porm mais comum que cada parte assuma as taxas dos seus prprios bancos.

    Podemos notar na definio de CAD que a emisso dos documentos de embarque originais, no caso FOB, ou Nota Fiscal para fins de exportao, no caso FCA, so condies imperativas para recebimento dos valores de exportao, ou seja, de completo interesse do produtor otimizar o processo documental para receber os respectivos pagamentos dentro do menor prazo possvel.

    Devemos lembrar que caso os documentos de embarque necessitem de correo aps a emisso, tendo esta sido autorizada por escrito pelo comprador, o exportador ou seu representante dever fazer a correo solicitada. No entanto, nestas circunstncias, ser possvel ao produtor solicitar o pagamento do algodo embarcado, visto que os documentos j haviam sido emitidos de acordo com as instrues recebidas do comprador.

    No tocante liquidao de contrato, ou seja, a finalizao de uma exportao, necessrio o exportador saber que no Brasil no permitido o livre curso da moeda estrangeira. As pessoas fsicas ou jurdicas s podem comprar ou vender moedas estrangeiras nos estabelecimentos legalmente autorizados pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Toda regulamentao do controle cambial exercido pelo BACEN se encontra no Regulamento do Mercado de Cmbio e Capitais Internacionais (RMCCI).

    O ingresso de moeda estrangeira correspondente ao recebimento das exportaes deve ser efetuado mediante a celebrao e liquidao de contrato de cmbio em banco autorizado a operar no mercado de cmbio. O Contrato de Cmbio o instrumento firmado entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se definem as caractersticas completas das operaes de cmbio e as condies sob as quais se realizam cujos dados so registrados no Sistema de Informaes do Banco Central do Brasil (SISBACEN). O contrato pode ser celebrado prvia ou posteriormente ao embarque das mercadorias para o exterior.

    Na exportao, a liquidao do contrato se d mediante a entrega da moeda estrangeira ou do documento que a represente ao banco com o qual tenha sido celebrado o contrato de cmbio. O recebimento em moeda nacional decorrente da exportao deve ocorrer mediante crdito do correspondente contravalor em conta titulada pelo comprador ou acolhimento de cheque de emisso do banco, nominativo ao exportador, cruzado e no endossvel. Desta maneira, para a liquidao de contrato, proceder com a cpia de todos os documentos de embarque, enviando-os ao SISBACEN para a devida comprovao e finalizao do processo.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 30

    Programas de Incentivo do GovernoNo caso da presena de subveno econmica ou prmio concedido ao produtor rural e/ou sua cooperativa para venda do seu produto (por exemplo: PEPRO), existe a necessidade de obteno de cpias adicionais de documentos de embarque para comprovao de exportao e da realizao de certos procedimentos adicionais, averbao, por exemplo, antes de dar entrada na documentao requerida por tais programas. Como esses programas so conjunturais e variam de tempos em tempos, sugerimos a consulta aos rgos pblicos responsveis alm das Associaes Estaduais para maiores explicaes e procedimentos.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 31

    REGRAS E ARBITRAGEM

    A maioria dos contratos de compra e venda de algodo no pas so celebrados sob a tutela de duas associaes comerciais com instncias de arbitragem: a ICA International Cotton Association e a BBM Bolsa Brasileira de Mercadorias.Tais rgos tm por objetivo regulamentar, por meio de suas regras, o comrcio de algodo no Brasil e no exterior.Na exportao utiliza-se com mais freqncia as Regras e Instncias de Arbitragem da ICA, o que faz com que a maioria das disputas seja decidida pelas suas cmaras de arbitragem.Convidamos os exportadores a consultar a pgina www.ica-ltd.org/our-services/bylaws-and-rules onde existe um link para o arquivo em lngua portuguesa com o detalhamento das regras.

    Um dos aspectos mais importantes para o processo de exportao a questo dos carrying charges ou custos de carregamento. Apresentaremos a seguir, algumas diretrizes sobre o tema.

    Carrying Charges Carrying Charges so os custos de armazenamento, seguro e custo financeiro, incorridos quando do armazenamento de uma commodity fsica.

    Na prtica, no caso do algodo, a questo dos carrying como so usualmente chamados, ir incorrer quando do no cumprimento dos prazos estipulados em contrato por uma das partes.

    Os carrying podero ser diretos ou reversos dependendo do responsvel pelo atraso. Eles so chamados de diretos quando o atraso no embarque do algodo de responsabilidade do comprador/importador, fazendo com que o vendedor/exportador armazene os fardos de algodo, aps o perodo de embarque contratado. Os custos de armazenamento, seguro e juros financeiros pelo no recebimento do pagamento, constituem os carrying charges diretos devidos ao exportador pelo comprador.

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    The International Cotton Association Limited620 Cotton Exchange Building, Edmund Street, Liverpool L3 9LQ, UKThe International Cotton Association operates on a not-for-profit basis

    03 - Incorrectlogo use

    Artwork

    The logo must only be taken from themaster artwork supplied (Fig 1).

    Do not attempt to recreate the logo or alter it in any way (Fig 1.2).

    Backgrounds

    Do not use the logo on a complicatedbackground (Fig 2).

    Colours

    Do not change or introduce new colour(s)to the logo (Fig 3).

    Proportions

    Do not stretch or distort the logo in anyway, it should always be used in thesame proportions (Fig 4).

    Fig 1 Fig 1.2

    Fig 2

    Fig 3

    Fig 4

    x

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  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 32

    Na mesma linha, os carrying charges reversos so os custos incorridos do comprador devido ao atraso no recebimento do algodo pelo vendedor. Salvo em circunstncias excepcionais, os carrying charges reversos somente se referem aos custos financeiros incorridos pelo importador pela no entrega de algodo no perodo contratado.

    Na ocasio do aparecimento da questo de carrying charges, recomenda-se notificar as partes envolvidas por escrito e importante ressaltar que a ocorrncia deste no modifica em nenhum aspecto as condies das vendas para exportao e/ou do processo de exportao devendo somente entrar em pauta na liquidao do contrato.

    importante lembrar que os carrying charges so uma situao anormal do contrato de exportao e que ambos, exportador e comprador, devero buscar evitar ao mximo a ocorrncia dos mesmos. Portanto, caso o importador/comprador no tenha previso de embarque, as partes devero negociar uma soluo rpida para o caso. Listamos abaixo algumas opes a considerar:

    - O vendedor entrega o produto no armazm escolhido pelo comprador, recebendo um pagamento contra emisso de documento que ateste a transferncia de titularidade da mercadoria. Quando da exportao efetiva, emitem-se os documentos necessrios e faz-se o acerto final, considerando as possveis mudanas ocorridas entre o contrato original e a nova realidade.

    - O exportador entrega o produto em um armazm alfandegrio ou EADI, e procede com a liberao do algodo para exportao no regime de DAC Depsito Alfandegado Certificado, que permite a sada da figura do exportador do processo de exportao. Aps a emisso do Certificado de Depsito Alfandegado (CDA), o comprador pagar o exportador, considerando as possveis diferenas entre o contrato original e a nova modalidade de entrega.

    - De comum acordo entre as partes, o algodo contratado mantido no armazm do vendedor/exportador e o pagamento parcial da mercadoria efetuado. O comprador faz o pagamento de um percentual do valor total do algodo mediante a emisso, por parte do vendedor, de documentos que atestem a transferncia de titularidade e fiel depsito ou de qualquer outro documento acordado entre as partes. Recomenda-se deixar documentado o valor negociado para cobrir as despesas com armazenagem e seguro, e que as diferenas de preos existentes entre os custos da poca prevista em contrato para entrega da mercadoria e a nova data de embarque, sero de responsabilidade do comprador.

    Como concluso, sugerimos que, sempre que possvel, as partes faam uma negociao anterior das providncias a serem tomadas na ocorrncia de atrasos e consequentemente, na cobrana de carrying charges. Uma vez acertadas as responsabilidades das partes, valores de carrying e disposies a serem tomadas, essas devem figurar em seus contratos de exportao.

  • Manual Abrapa de Exportao de Algodo 33

    INFORMAES TEIS

    Dimenses de contineres:STANDARD DRY CARGO CONTAINER 20 (S2)

    Dimenses Internas: (P) 5.899 mm(L) 2.352 mm(A) 2.386 mm

    Capacidade Interna: 33,1 m3 Tara: 2.280 kg Carga til: 28.200 kg

    STANDARD DRY CARGO CONTAINER 40 (S4)Dimenses Internas: (P) 12.033 mm

    (L) 2.352 mm(A) 2.386 mm

    Capacidade Interna: 67,5 m3 Tara: 3.740 kgCarga til: 28.780 kg

    STANDARD DRY HIGH CUBE CARGO CONTAINER 40 (C4)Dimenses Internas: (P) 12.033 mm

    (L) 2.352 mm(A) 2.691 mm

    Capacidade Interna: 76,2 m3Tara: 4.000 kgCarga til: 26.480 kg

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  • ANEXO 1 Como obter o Certificado Digital no site dos Correios (www.correios.com.br): - PPrroodduuttooss ee SSeerrvviiooss

    - CCeerrttiiffiiccaaoo DDiiggiittaall - SSoolliicciittaarr CCeerrttiiffiiccaaddoo DDiiggiittaall

    Documentos necessrios para Pessoa Fsica (e-CPF):

    a) Cdula de identidade ou passaporte, se brasileiro; b) Carteira Nacional de Estrangeiro CNE, se estrangeiro domiciliado no

    Brasil; c) Passaporte, se estrangeiro no domiciliado no Brasil; d) Comprovante de residncia ou domiclio, emitido h no mximo 3 (trs)

    meses da data de validao presencial; e) Cadastro de Pessoa Fsica (CPF); f) 01 fotografia 3x4 recente e ntida; g) 02 vias do Termo de Titularidade (Geradas durante a solicitao do

    certificado); h) Nmero de Identificao Social NIS (PIS, PASEP ou CI) - (opcional); i) Cadastro Especfico do INSS (CEI) (opcional); j) Nmero do Ttulo de Eleitor; Zona Eleitoral; Seo; Municpio e UF do

    Ttulo de Eleitor (opcional). Documentos necessrios para Pessoa Jurdica (e-CNPJ): Primeiramente ser feita a confirmao da identidade da organizao e da(s) pessoa(s) fsica(s) representante(s) legal(s) da pessoa jurdica, mediante a presena fsica desse(s) representante(s).

    a) Relativos sua habilitao jurdica: i) Se pessoa jurdica criada ou autorizada a sua criao por lei, cpia do

    ato constitutivo ou de eleio/posse do representante; ii) Se entidade privada:

    1. Ato constitutivo, devidamente registrado no rgo competente (Junta Comercial); e

    2. Documentos da eleio de seus administradores, quando aplicvel; b) Relativos sua habilitao fiscal:

    iii) Prova de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas - CNPJ; ou

    iv) Prova de inscrio no Cadastro Especfico do INSS CEI.

  • ANEXO 2 Como obter a Habilitao no SISCOMEX no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br): - AAdduuaannaa ee CCoommrrcciioo EExxtteerriioorr - SSIISSCCOOMMEEXX - IInnffoorrmmaaeess ee DDoowwnnllooaaddss

    - HHaabbiilliittaaoo ddee RReessppoonnssvveell LLeeggaall nnoo SSIISSCCOOMMEEXX - IInnssttrruuoo NNoorrmmaattiivvaa SSRRFF nn 665500 - AAttoo DDeeccllaarraattrriioo EExxeeccuuttiivvoo CCooaannaa nn 33

    - HHaabbiilliittaaoo nnoo SSIISSCCOOMMEEXX MMooddaalliiddaaddee SSiimmpplliiffiiccaaddaa ddee PPeeqquueennaa MMoonnttaa Basicamente existem 04 modalidades: Ordinria, Simplificada, Especial e Restrita. Elas variam de acordo com o tipo e a operao do interveniente, conforme resumido a seguir: 1) Habilitao Ordinria: destinada pessoa jurdica que atue habitualmente no

    comrcio exterior. Nesta modalidade, a empresa est sujeita ao acompanhamento da Receita Federal com base na anlise prvia da sua capacidade econmica e financeira.

    2) Habilitao Simplificada: para as pessoas fsicas, as empresas pblicas ou sociedades de economia mista, as entidades sem fins lucrativos e, tambm, para as pessoas jurdicas que se enquadrem nas seguintes situaes: a) Obrigadas a apresentar, mensalmente, a Declarao de Dbitos e

    Crditos Tributrios Federais (DCTF); b) Constitudas sob a forma de sociedade annima de capital aberto, bem

    como suas subsidirias integrais; c) Habilitadas a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul); d) Que atuem exclusivamente como pessoa jurdica encomendante; e) Que realizem apenas importaes de bens destinados incorporao ao

    seu ativo permanente; f) Que atuem no comrcio exterior em valor de pequena monta, conforme

    definido no art. 2, 2 e 3, da prpria IN SRF n 650/06, tambm includo nessa modalidade o importador por conta e ordem de terceiros.

    3) Habilitao Especial: destinada aos rgos da administrao pblica direta, autarquia e fundao pblica, rgo pblico autnomo, e organismos internacionais;

    4) Habilitao Restrita: para pessoa fsica ou jurdica que tenha operado anteriormente no comrcio exterior, exclusivamente para realizao de consulta ou retificao de declarao.

    Exigncias e documentao necessrias para o cadastro

  • ANEXO 3 O exportador necessita proceder com o cadastramento e obteno de um nmero de registro que ser utilizado para o agendamento de vistoria do algodo a ser exportado. Atravs do site (www.agricultura.gov.br) devem-se acessar os seguintes passos: - VViiggiillnncciiaa AAggrrooppeeccuurriiaa VViiggiiaaggrroo (onde poder obter todas as informaes pertinentes ao cadastro) - FFoorrmmuullrriiooss

    - FFiicchhaa CCaaddaassttrraall ddee PPeessssooaa FFssiiccaa II oouu ddee PPeessssooaa JJuurrddiiccaa IIII - RReeqquueerriimmeennttoo ppaarraa FFiissccaalliizzaaoo ddee PPrroodduuttooss AAggrrooppeeccuurriiooss-- VV

    Dever providenciar ainda a autorizao para contato conforme o anexo: Autorizao para Contato Prazo de finalizao do trmite: feito na hora do cadastramento. OBS: todos esses procedimentos sero feitos pelo despachante indicado pelo produtor.

  • ANEXO 4

    BAHIA Certificado Digital: 1. Atravs do site www.correios.com.br; ou 2. Atravs das agncias credenciadas:

    - Salvador: Agncia Centro (71) 3346-2030 Agncia Pituba (71) 3346-9408

    - Ilhus: (73) 3633-4132 - Feira de Santana: (75) 3623-1466

    OBS: O atendimento feito mediante o agendamento por telefone. O credenciamento de autorizao para exportao feito atravs da Secretaria da Fazenda local (www.sefaz.ba.gov.br) acessando os passos a seguir: - DDooccuummeennttooss NNeecceessssrriiooss - BBeenneeffcciiooss FFiissccaaiiss ee PPeettiieess DDiivveerrssaass - AAuuttoorriizzaaeess ee CCrreeddeenncciiaammeennttooss

    - CCrreeddeenncciiaammeennttoo ppaarraa EExxppoorrttaaoo IInnddiirreettaa Documentos bsicos: (1). Requerimento dirigido ao Inspetor Fazendrio da circunscrio do requerente (Requerimento), o qual dever constar de: a) Identificao completa do contribuinte: Inscrio Estadual, n do CNPJ e

    endereo; b) Descrio da autorizao ou credenciamento que deseja; c) Identificao da localizao do destinatrio das mercadorias para exportao

    indireta: se no Estado da Bahia ou fora do Estado da Bahia. (2). Cpia em disquete da petio, salvo relativamente aos documentos anexados, quando no for possvel a sua produo em meio magntico. Documentos complementares para situaes especficas: a) Procurao, caso o requerimento seja assinado por procurador. b) Documento de identidade, caso o requerimento seja assinado por

    procurador.

    - AAuuttoorriizzaaoo ppaarraa RReemmeessssaass ddee MMeerrccaaddoorriiaass ppaarraa FFoorrmmaaoo ddee LLootteess ((EExxppoorrttaaoo DDiirreettaa)) Documentos bsicos: (1). Requerimento dirigido ao Inspetor Fazendrio da circunscrio do requerente (Requerimento), o qual dever constar de: a) Identificao completa do contribuinte: Inscrio Estadual, n do CNPJ e

    endereo; b) Pedido de autorizao para remessa de mercadorias destinada formao

    de lotes em recintos alfandegados para posterior exportao, com o benefcio da no incidncia do ICMS.

    Documentos complementares para situaes especficas: a) Procurao, caso o requerimento seja assinado por procurador.

  • b) Documento de identidade, caso o requerimento seja assinado por procurador.

    Importante: - Todos os documentos devem ser preenchidos sem rasuras - Os documentos devem se apresentados em fotocpias legveis, autenticadas ou acompanhadas da documentao original. OBS: Os modelos de requerimento oferecidos acima podero ser substitudos por outro confeccionado pelo requerente. Este somente ser aceito se atender as formalidades requeridas pela legislao tributria. OBS: Todas as exigncias e documentaes necessrias encontram-se no site. Prazo de finalizao do trmite: entre 10 a 30 dias teis, dependendo da

    modalidade de habilitao. Vale observar que os produtores dos municpios de Barreiras, Baianpolis, So Desidrio, Luis Eduardo Magalhes, Formosa do Rio Preto e Riacho das Neves pertencem jurisdio de Feira de Santana onde os processos so analisados pela Receita Federal local Contatos: (75) 2102-8809/8827 planto (75) 2102-8861 (das 08h s 13h). Produtores dos municpios de Jaborandi, Serra do Ramalho e Regio Sudoeste da Bahia pertencem jurisdio de Vitria da Conquista Contatos: (77) 3424-8859 Luiz Alberto. O Estado da Bahia no exige Regime Especial, no entanto, deve atender alguns pr-requisitos, conforme o Convnio 83/2006 e Art. 582 do RICMS/BA. Pr-Requisito para Formao de Lotes em Recinto Alfandegado: Credenciamento prvio do Recinto Alfandegado para o qual sero enviadas

    as mercadorias para formao de lotes para posterior exportao, conforme dispe o Art. 582 2 do RICMS/BA.

    Para efetuar o credenciamento, deve ser preenchido formulrio padro que consta no site www.sefaz.ba.gov.br onde sero informados os dados do armazm e protocolar na Inspetoria da jurisdio da empresa. (Formulrio anexo a este material).

    Devem ser anexados ao formulrio cpia dos documentos comprobatrios do representante legal da empresa (procurao e cpia do RG e CPF).

    Emisso da NF de Remessa para Formao de Lotes: Para Recinto Alfandegado => A NF deve ser emitida nos termos do convnio 83/2006 (O destinatrio o prprio remetente). No incidncia de ICMS conforme art. 582 5 do RICMS/BA, combinado com Convnio 83/2006; Para Recinto No Alfandegado => A NF deve ser emitida normalmente, tendo como destinatrio o armazm de destino. ICMS Incide sobre a operao.

  • Exigncias Adicionais: Todos os documentos comprobatrios da exportao devero ser guardados para posterior exibio ao fisco, caso seja solicitado; Informaes sobre o RICMS BA Artigos sobre Exportao.

  • ANEXO 5

    GOIS Certificado Digital: 1. Atravs do site www.correios.com.br; ou 2. Atravs das agncias credenciadas:

    - Goinia: Agncia Central (62) 3226-2110 Agncia Setor Campinas (62) 3226-2140

    - Itumbiara: (64) 3431-4435 - Rio Verde: (64) 3621-0051 - Anpolis: (62) 3361-4018

    OBS: O atendimento feito mediante o agendamento por telefone. Para o processo de habilitao como exportador neste Estado, o produtor, atravs do seu nomeado despachante, efetua o registro de exportao junto a Secretaria Estadual do Estado de Gois; cadastra-se junto a Receita Federal, ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) e, ao SISCOMEX. Na Secretaria da Fazenda do Estado de Gois (www.sefaz.go.gov.br), a Instruo Normativa 881/2007-GSF traz os formulrios necessrios para: Requerimento, Credenciamento, Habilitao e Descredenciamento. Prazo de finalizao dos trmites: - Receita Federal, MAPA e SISCOMEX em mdia 30 dias - Secretaria da Fazenda em mdia de 1 a 7 dias O Estado de Gois no exige Regime Especial, no entanto, h obrigao de se cadastrar no SISEX (Sistema de Exportao) e inserir no site do SEFAZ/GO todas as Notas Fiscais de Remessa para formao de Lotes emitidas, bem como efetuar a comprovao das exportaes referente a estas notas fiscais, tambm no site. Base Legal: Convnio 83/2006 e IN GO 881/2006 - GSF Exigncias a serem atendidas nas remessas para formao de lotes de exportao (IN 881/2006): Art. 1 Fica institudo o Sistema de Exportao - SISEXP -, com o objetivo de monitorar, por meio eletrnico, mediante os procedimentos indicados neste ato: I - a sada de mercadorias para o exterior realizada diretamente pelo remetente; II - a sada de mercadorias com o fim especfico de exportao para o exterior, destinada empresa comercial exportadora, inclusive trading, ou a outro estabelecimento da mesma empresa remetente; III - a sada de mercadorias para formao de lote de exportao em recinto alfandegado; IV - a comprovao da efetiva exportao. Pargrafo nico. O SISEXP, a ser administrado pela Gerncia de Arrecadao e Fiscalizao - GEAF - da Superintendncia de Gesto da Ao Fiscal - SGAF -, constitudo dos seguintes mdulos:

  • I - MDULO CONTRIBUINTE, disponvel, via internet, no endereo eletrnico www.sefaz.go.gov.br, que deve ser utilizado pelo contribuinte: a) antes da sada de mercadoria, para o registro de informaes das operaes de exportao e dados das notas fiscais e para emisso do Documento de Controle de Exportao - DCE -; b) aps a efetivao da exportao, para registro do documento Comprovao da Exportao; II - O MDULO SEFAZ que deve ser utilizado por servidor fiscal: a) na baixa do DCE; b) na conferncia e validao da exportao. Art. 2 Para ter acesso ao SISEXP, o contribuinte exportador, regularmente inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado - CCE -, deve requerer, por meio do formulrio previsto no Anexo I desta instruo, delegacia regional ou fiscal em cuja circunscrio estiver estabelecido: I - o credenciamento de seu estabelecimento; II - a habilitao, a qualquer momento, de pessoas para realizar, em seu nome, registros no SISEXP. Pargrafo nico. O requerimento deve ser assinado pelo representante legal do contribuinte ou por procurador legalmente constitudo e estar acompanhado de cpias autenticadas dos documentos de identificao pessoal e do CPF do representante legal, do procurador e das pessoas a serem habilitadas. Art. 3 Deferido o requerimento pelo delegado regional ou fiscal, no sistema integrado de processamento de dados da Secretaria da Fazenda - SEFAZ - deve ser efetuado o registro do contribuinte e das pessoas habilitadas, sendo gerados: I - o nmero de credenciamento do estabelecimento e o nmero de matrcula de cada pessoa habilitada; II - o Termo de Credenciamento para Exportao e o Termo de Habilitao de Usurio, conforme modelos constantes dos Anexos II e III, respectivamente, e que, depois de assinados, constituem comprovao do credenciamento e da habilitao. Pargrafo nico. A cada uma das pessoas habilitadas sero atribudos um nmero de matrcula e uma senha que lhes sero fornecidos, mediante recibo. Art. 6 Antes da sada fsica de mercadoria destinada ao exterior, o contribuinte deve inserir, via internet, no MDULO CONTRIBUINTE do SISEXP, o registro de informaes da operao e dos dados das respectivas notas fiscais. 1 Registradas as informaes, deve ser emitido, em du