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MANEJO DE MATRIZES II 1 Allan Reis Troni [email protected] Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Avicultura - 9070

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MANEJO DE

MATRIZES II

1

Allan Reis Troni

[email protected]

Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e

Veterinárias

Avicultura - 9070

Manejo da Alimentação e Controle

de peso de Reprodutoras Pesadas

Como controlar o peso e condição

corporal das matrizes?

Objetivos do Controle de Peso

Melhorar a uniformidade de peso;

Maturidade sexual no período recomendado

Maior peso nos primeiros ovos

Maior produção de ovos durante a vida reprodutiva;

Reduz o custo do pintinho produzido;

Aumento da incubabilidade – fertilidade – qualidade

de pintinho.

Fases Fisiológicas

Porque Fase de Crescimento e

Manutenção?

Estimulo

luminoso

Ganho

peso:

30 a 35%

Programa Nutricional

Programa Nutricional

Controle do Peso Corporal

Por meio de amostragens, obter uma

representação verdadeira do crescimento e

desenvolvimento do lote

A cada 1% na melhora na uniformidade é um

ovo a mais no final do lote.

Melhor resposta a estimulo luminoso

Controle do Peso Corporal

Balanças

Pesar todas aves

Pesar amostra representativa

Calcule peso médio e CV;

Calcule a quantidade ração (mantida ou aumentada)

Controle do Peso Corporal

Controle do Peso Corporal

Controle do Peso Corporal

Método preciso:

Fórmula simplificada para estimar a % CV :

Controle do Peso Corporal

Tamanho da Amostra

Valor de F Tamanho da Amostra

Valor de F

25 3,94 75 4,81

30 4,09 80 4,87

35 4,20 85 4,90

40 4,30 90 4,94

45 4,40 95 4,98

50 4,50 100 5,02

55 4,57 > 100 5,03

Manual de Manejo de Matrizes AgRoss (2003)

Fatores da Desuniformidade

Mistura de pintinhos de pais de diferentes idades

Debicagem incorreta

Extremos de temperatura

Má distribuição na ração

Ração em quantidade insuficiente

Alta densidade de alojamento

Fatores da Desuniformidade

Fornecimento insuficiente de água

Níveis energéticos insuficiente ou excedente

Iluminação insuficiente no arraçoamento

Altura incorreta nos comedouros

Doenças ou parasitoses

Metas de Uniformidade

Hubbart

1 a 8 semanas: 90%

8 a 12 semanas: 85%

12 semanas até início de produção: 80 – 85%

Metas de Uniformidade

Metas de Uniformidade

Seleção de 100% das aves?

3 e 4 semana

8 semana

12 semana

19 a 22 semanas

Aproveitar as vacinações!!!

Maturidade Sexual

Uniformidade de

Maturidade Sexual

Lote Preparado

Acumulo de Gordura

nos Ossos Pélvicos

Abertura de mais

de um dedo entre

os osso pélvicos

Maturidade Sexual

Sem Depósito de Gordura

Deposito de Gordura ao redor Ossos

Pélvicos

Início da Postura Sem Reserva Suficiente

Crescimento

Lote

Despreparado Depósito de Gordura ???

Maturidade Sexual

Maturidade Sexual

Maturidade Sexual

Uniformidade de Massa corporal

Maturidade Sexual

Deposito Gordura ao redor Ossos Pélvicos

Maturidade Sexual

Aparecimento das características sexuais

secundárias

Maturidade Sexual

Qual o peso ideal?

Manuais de Linhagem

Manejo Alimentar

Consumo controlado

Varia conforme o esquema de

arraçoamento da granja

Manejo Alimentar

Bom manejo

+

Equipamento

adequado

Manejo ruim

+

Equipamento

deficiente Tempo de consumo

Menor Maior

Tipos de programas

Diário 6:1 5:2 4:3 Skip

Manejo Alimentar Skip a day

8 a 9 semana de vida

Fonte: manual Cobb

Manejo Alimentar 5/2

8 a 9 semana de vida

Fonte: manual Cobb

Manejo Alimentar

Espaço no comedouro

Distribuir o alimento o mais rápido possível

Espaço suficiente do comedouro

Arraçoamento no escuro

Alimentação manual é uma das principais

causas de desuniformidade

Manejo Alimentar

Idade Espaço de Comedouro

< que 35 dias 5 cm por ave

35 – 70 dias 10 cm por ave

> que 70 dias 15 cm por ave

Manejo Alimentar

Manejo

Alimentar

Manejo Alimentar

Produção

Fase de pico: máximo de 164 g por ave

38 Sem.: Inicia retirada da ração, de forma

intercalada finalizando c/ aprox. 142 g

Desenvolvimento Fisiológico

Pode ser dividido em 5 fases

FASE 1 – De 1dia a 6 semanas

Desenvolvimento do Sistema Cardiovascular;

Formação óssea e massa muscular

Crescimento dinâmico dos músculos, tendões e ligamentos;

Seleção das aves por peso (peso aumento 12,5x);

Desenvolvimento das células de Sertoli;

Desenvolvimento Fisiológico

FASE 2 – De 7 a 12 semanas

Com 10 semanas a estrutura corporal está

90% formada;

Não existe estimulação hormonal;

Manter peso corporal ligeiramente inferior

ao padrão

Desenvolvimento Fisiológico

FASE 2 – De 7 a 12 semanas

Se o peso corporal estiver muito maior que o padrão não

aplicar restrição severa

Aumento da competição

Maior desuniformidade

Maior acréscimo de gordura nas aves

Se o peso corporal estiver abaixo do padrão: Não super

alimentar, aumente gradativamente o ganho semanal.

Desenvolvimento Fisiológico

FASE 3 – Da 13 semana ao início de produção Início da ação hormonal

É a fase de transição (puberdade): desenvolvimento

órgãos reprodutivos, crista, barbela e ganho acelerado de peso

Se o peso corporal estiver abaixo do padrão: Aumentar a ração para proporcionar rápido ganho nas 3 semanas antes da postura.

Se na 13 semana o peso estiver acima do padrão – Não se deve trazer para o padrão. Mas sim remanejar o ganho semanal traçando um paralelo ao padrão até o início da postura

Desenvolvimento Fisiológico

Período de Pré Postura – De 20 a 24

semanas

Ração pré-postura – menos Ca e mais PB

do que a de Postura

Mudança da ração crescimento para

postura entre 20-22 semanas.

Desenvolvimento Fisiológico

FASE 4 – Início de Produção até o Pico

Ave deve ganhar peso até o pico.

Aumenta de peso de 18 a 20% até inicio do pico de produção.

Nunca diminuir a ração até o lote atingir o pico.

Aumentar 5 g/ave a cada aumento de 8% na produção, até 35 % de produção.

Desenvolvimento Fisiológico

FASE 5 – Período pós pico

Reduzir o consumo gradualmente com a redução da produção.

Reduzir 2 g/ ave quando cair a produção 4 – 5% depois do pico.

Reduzir 1 g/ave a cada queda de 2 % na produção.

Desenvolvimento Fisiológico

crescimento

Maturidade física

Maturidade sexual

Crescimento e

deposição

gordura

Pes

o c

orp

ora

l (K

g)

% pico produção

Pico M.O

Critérios para ter uma boa

produtividade

Peso corporal uniforme

Programa de arraçoamento

Reserva de gordura para a condição de

produção

Estímulo de luz no momento certo

Atenção:

A maioria dos lotes ruins possui pouca reserva de gordura e excesso de conformação

Critérios para ter uma boa

produtividade

O apetite e ganho de peso aumenta com a idade.

Restrição muito severa prejudica a produção.

Engorda excessiva – Decréscimo na produção e fertilidade.

Peso e composição Corporal adequados – Maturidade sexual na idade ideal

Fêmeas devem ser alimentadas separadas dos machos

Programa de Luz

Primeiras 2 semanas: 23 hs (ou até consumir a ração preconizada;

3ª semana até a transferência – 8 hs de luz (dark / sombrite) c/ intensidade de 5 a 8 Lux;

Para lotes criados no sistema convencional, acompanhar tabela preconizada pela linhagem

Tabela de fornecimento de luz na postura

Idade em semanas

Lotes transf. nos meses de março a agosto

Lotes transf. nos meses de setembro a fevereiro

22 Luz Natural Luz Natural

23 12 hs Luz Natural

24 13 hs 14 hs

25 14 hs 14 hs

26 ou 30% postura

15 hs 15 hs

28 ou 70% de postura

16 hs 16 hs

Manejo de Machos

Transferir para a progênie ganhos na performance (peso, CA, viabilidade, etc);

Dar condições para o macho desenvolver testículos aptos à produzir espz viáveis;

Machos uniformes, no peso correto e com conformação corporal “ATLÉTICA”, para executar a cópula nas fêmeas;

1 macho influência a performance de pelo menos 12 fêmeas.

Seleção dos Machos

A primeira seleção: 28 dias de idade

Descartar aves muito leves (5%) Esse procedimento visa descartar os animais de

canela muito curta;

Correlação entre peso coporal e tamanho de canela

O lote deve ser dividido no minimo em três categorias em proporçoes iguais.

Recomenda-se não forçar os machos muito pesados a voltarem o peso padrão da linhagem

Seleção de Machos

Descarte da aves por categoria a partir da 10 semana

Seleção dos Machos

A diferenciação das células de Sertoli ocorre na fase inicial do

desenvolvimento (2 e 8 semanas)

mas não após esta idade

Crescimento rápido dos testículos

1 a 2g cada um, antes da maturidade;

15 a 20g, pós maturidade;

O desenvolvimento da crista (indicador de testosterona)

avaliar a maturidade dos machos;

Transferência Machos: 10 dias antes das fêmeas

Fêmeas: Alojadas por faixas de peso

Acasalamento

Máximo 10,5% em relação as fêmeas (médios

e leves)

Mantêm 1% para reposição até as 36

semanas

Realizar o Spiking (49 – 29 sem)+ Intraspiking

(25 – 100%) quando necessário

Fêmeas: Alojadas por faixas de peso

Arraçoamento dos Machos

22 – 28 Sem.: Incrementos constantes – aparelho reprodutivo;

Machos: máximo 134 gr. no restaurante;

Tipos de ração na produção:

Fêmeas 24 – 39 Sem. : Postura I – > EM, PB e + Ca

40 – 66 Sem.: Postura II – < EM, PB e ++ Ca

Ração p/ Macho : << EM, << PB e <<< Ca

Fatores que Afetam a

Fertilidade Relativos aos machos

Qualidade dos machos (peso e uniformidade)

Qualidade do espermatozóide

% em relação as fêmeas – excesso

Cópulas incompletas

N º de espermatozóides no oviduto

Taxa de “perfuração” do blastodisco

Fatores que Afetam a

Fertilidade

Relativos as fêmeas

Qualidade das fêmeas (peso e uniformidade)

Capacidade de armazenamento de espermatozóides na junção istmo-tubária

Stress calórico

Seleção de Machos na fase

de Produção

Galos podem realizar até 20 cópulas por dia –

dominância no lote;

Aves pequenos não conseguem segurar as fêmeas;

Aves grandes são ineficazes na cópula;

Machos que estão na média são os mais efetivos na

manutenção da fertilidade;

Obesidade em machos esta negativamente

associada com a produção de sêmen.

Seleção de Machos na fase

de Produção

Inicio da seleção com 18 semanas

Características secundárias não estão totalmente

desenvolvidas

Com 22 semanas, maior grau de uniformidade no desenvolvimento

Descartar machos com problemas físicos (capacidade de cópula)

Problemas na postura (pernas)

Desenvolvimento corporeo comprometido

Cegos

Bico torto

Excessivamente pesados

Seleção de Machos na fase

de Produção

Relação Macho x Fêmea

Idade

Dias semanas Nº machos/100fêmeas

147-161 21-23 10,5 - 10,0

210 30 10,0 - 9,5

245 35 9,5 - 9,0

280 40 9,0 - 8,5

315-350 45-50 8,5 - 8,0

420 60 8,0 - 7,0

Galo em Produção

Barbela e cristas bem

desenvolvidas;

Cloaca avermelhada e

úmida;

Canelas fortes e avermelhadas;

Virilidade e vigor físico;

Agressivo;

Peso adequado;

Bico inferior e superior do

mesmo tamanho;

Boa conformação de dedos;

Barbela inchada ou

enrugada;

Cloaca seca e

despigmentada;

Problemas de patas e

dedo tortos;

Bico torto ou curto;

Cauda caída;

Raquítico;

Peso excessivo;

Calo no coxim plantar.

Produtivo Improdutivo

60

Avaliar

Constantemente

61

Problemas na Criação dos

Machos

Ganho de peso lento até 3 semanas

Ganho de peso rápido após esse período

Tendência a ter pernas mais curtas

Maturidade precoce

Maior exigência de ração

Manutenção do peso

Facilidade de ganhar peso após atingir a maturidade)

Problemas na Criação dos

Machos

Problemas metabólicos e sanitários

Falta de libido e interesse pela cópula

Incapacidade de completar a cópula:

Excesso de peso

Problemas de comportamento

Baixa fertilidade

Acasalamento com Rede

Transferência dos machos

Machos atingem a maturidade completa

Maior receptividade das fêmeas

Permite um comedouro mais baixo no início

Evita que a fêmea coma a dieta do macho

Acasalamento com Rede

Acasalamento com Rede

Box Restaurante

Transferir com 1 semana de

antecedência (treinamento)

Marcar o manejo com algum SOM

característico

Realizar o manejo sempre no mesmo

horário (Rotina)

Box Restaurante

Box Restaurante

Fertilidade das Fêmeas

Se o esperma estiver presente nas glândulas de estocagem do útero e a galinha ovular normalmente, o óvulo será fertilizado;

Algumas aves podem permanecer férteis por até 21 dias, após uma única copula;

Aves com excesso de peso (10% acima)

Diminuir a fertilidade,

Causada por mudanças físicas no oviduto Dificuldade para realizar o acasalamento.

Manejo dos Ninhos

Colocá-los antes do período de produção

Preparação da cama (maravalha, palha, ...)

Não devem ficar expostos à luz

Distribuição uniforme no galpão

Fechá-los à noite e abrir de madrugada

Desinfecção

Manejo dos Ninhos

Manejo dos Ovos na Granja

Resfriados e desinfetados a 20 a 23ºC

Desinfecção

Armazenamento

Temperatura: 20ºC

Umidade relativa: mínimo 80%

Final do dia

Destino é o Incubatório

Estocagem Temperaturas Umidade Relativa

dias ºC %

1 a 4 19 70 a 75

5 a 7 14 a 17 70

a 75

8 a 14 12 a 14 75 a 80

Número de Coletas

Ninhos: 6 - 8 coletas por dia

Cama: Início de produção ( máximo

possível – 15 a 20 coletas)

Separar o ovo de cama em incubável

(quente e limpo) ou comercial ( frio ou

muito sujo)

Classificação dos Ovos

Separar os ovos não incubáveis

Limpeza dos ovos

Não esfregar excessivamente (cutícula/poros

da casca)

Identificação do núcleo, data e funcionário

Separar as bandejas das matrizes mais velhas

(diferentes núcleos) para enviar ao

incubatório

76

Critérios para

Classificação de

Ovos

Desinfecção dos Ovos

Fumigação dupla

Máximo 2 horas após a coleta

Deixar os ovos na sala de espera após

fumigados

Sala de espera climatizada

Transportar diariamente para o incubatório

Caminhão climatizado

Desinfecção dos Ovos

Sala de Espera e Estocagem

Manejo Sanitário

Vacinação

Manejo Sanitário

Cuidados com a vacinação

Estabelecidos com base no monitoramento da região

Dependendo da região, as matrizes podem receber vacinas contra coriza infecciosa, laringotraqueíte, gumboro, ...

Obrigatoriamente todas as aves devem receber vacinas contra Marek no 1ºdia de vida

Manejo Sanitário

Programa de Vacinação

Manejo Sanitário

Doenças de Transmissão Vertical

Salmonelose

Atacam o trato digestivo, provocando queda na produtividade e possível contaminação humana (febre tifóide).

Micoplasmose Atacam o trato respiratório alterando a motilidade

dos cílios - degeneração ciliar e das células epiteliais – ambos sendo a primeira barreira física dos mecanismos de defesa (Konietzo, 1988).

Encefalomielite Sintomas nervosos causadas por infecção viral.

Mortalidade em aves de 3 a 4 dias de vida, não havendo morte em aves adultas.

Gumboro Acomete os sistemas imunológicos da ave (bursa de

fabrícius)

Manejo Sanitário

Período anterior a fase reprodutiva

Manejo Sanitário

Monitoramento Sorológico

Determinar os níveis de imunidade materna

Avaliar e reajustar o programa de vacinação

Diagnosticar surtos da doença

Avaliar a biossegurança da granja

OBRIGADO!!

[email protected]