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Anais do VIII Encontro de Pós- graduandos UNESP – Jaboticabal – 2014 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” UNESP - Jaboticabal

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Anais do VIII Encontro de Pós-graduandos

UNESP – Jaboticabal – 2014

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”UNESP - Jaboticabal

VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Alteração da densidade e crioscopia do leite pela adição de diferentes concentrações de citrato e

fortificante

Paulo Eduardo Carraro1, Rafael Fagnani2, Carla Resende Bastos3

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de citrato e de fortificante na densidade e na crioscopia do leite. A amostragem foi obtida pela coleta de leite cru refrigerado à 4ºC. Para o citrato, sete concentrações foram feitas, 0% (controle), 0,05%, 0,075%, 0,1%, 0,125%, 0,15% e 0,175%. As concentrações feitas com fortificante foram 0% (controle), 0,007%, 0,014%, 0,056%, 0,22% e 0,44%. Cada concentração foi mensurada em triplicata para crioscopia e densidade à 15ºC. A adição de 0,1% de citrato, o limite máximo regulamentado pela legislação brasileira, foi suficiente para diminuir (p<0,05) a média do ponto de congelamento em 0,021ºH e aumentar a média da densidade em 0,0008g/cm3. Nessas amostras foi possível adicionar até 5,6% de água sem ultrapassar os padrões brasileiros de densidade e crioscopia. O fortificante adicionado ao leite em concentrações maiores que 0,05% diminuiu a média da crioscopia em 0,0024ºH quando comparada ao tratamento controle. A média da densidade diferiu (p<0,05) apenas no grupo com adição de 0,44% de fortificante, com aumento de 0,0034g/cm3

em relação ao tratamento controle. Porém, na diluição preconizada pelo fabricante (0,007%) e até oito vezes mais concentrado (0,056%), o fortificante não alterou (p>0,05) as médias de densidade e crioscopia do leite. Os resultados mostraram que a adição de citrato, mesmo dentro da porcentagem permitida pela legislação, foi capaz de alterar o ponto de congelamento e a densidade do leite. Considerando-se que no processo UAT direto, a evaporação do excesso da água do leite com 0,1% citrato é baseada em -0,530ºH, é possível que a retirada da água incorporada no beneficiamento não seja completa, podendo estar presente em porcentagens superiores a 5%. Por sua vez, a adição de fortificante na concentração recomendada pelo fabricante não alterou a crioscopia e a densidade do leite, não deixando margem para a adição fraudulenta de água pela indústria.

Palavras-chave: Citrato; Fortificante; Crioscopia; Densidade; Leite Cru.

1Mestrando no Programa de Medicina Veterinária, área de concentração Medicina Veterinária Preventiva da FCAV/UNESP/Jaboticabal – Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP: 14884-900, Jaboticabal-SP2Docente do Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados. Univ. Norte do Paraná (UNOPAR), Centro de Pesquisa e Pós Graduação3Mestranda no Programa de Medicina Veterinária, área de concentração Medicina Veterinária Preventiva da FCAV/UNESP/Jaboticabal – Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP: 14884-900, Jaboticabal-SP.

Anais do VIII Encontro de Pós Graduandos – UNESP Jaboticabal (2014).ISBN: 978-85-61848-13-2 - http://www.fcav.unesp.br/apg

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Descrição da estrutura morfológica do proventrículo em três especies de carabidae (coleoptera)

Danilo Henrique da Matta1, Francisco Jorge Cividanes2, Robson José da Silva3, Alessandra Karina Otuka4, Ezequias Teófilo Correia4, Mariana Nardin Batista5

Resumo

Estudos da morfologia do proventrículo evidenciam a diversificação existente entre as espécies de insetos, sendo considerada a possibilidade de se delimitar subfamílias e gêneros através das características do proventrículo. O objetivo do trabalho foi descrever a estrutura morfológica do proventrículo de três espécies de carabídeos. Para a análise de ultraestrutura, fragmentos do proventrículo foram fixados em solução constituída de glutaraldeído 3%. Posteriormente, as amostras foram pós-fixadas em tetróxido de ósmio 2%, permanecendo no mesmo tampão, por 12 horas. Após o tratamento com tetróxido de ósmio, as amostras foram lavadas quatro vezes consecutivas em solução tampão pura, num intervalo de 15 minutos, desidratadas em série gradual de acetona 30%, 50%, 70%, 80%, 90%, 100%, por 20 minutos em cada passo, e secas em secador de ponto crítico, utilizando-se CO2. Em seguida foram montadas e recobertas com 35nm de ouro. Finalmente, os fragmentos do proventrículo foram observados e eletromicrografados em microscópio eletrônico JEOL JSM 5410, operado em 15kV. Os resultados evidenciam que o proventrículo da espécie Galerita brasiliensis Dejean, 1826 (Dryptinae), apresenta-se com o comprimento de 2 mm e 1 mm de largura, revestido por membranas. Em Calosoma granulatum Perty, 1830 (Carabinae), o proventrículo é maior na região anterior e diminui gradativamente na região posterior do ventrículo, enquanto na espécie Scarites sp. (Scaritinae), o proventrículo se mostrou uma estrutura rígida, esclerotizada, com ondulações e estrias definidas na região posterior.

Palavras-chave: predador, besouro, morfologia.

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP

1Biólogo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade2Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, Departamento de Fitossanidade3Prof. Dr. Instituto Federal de Tocantins (IFTO) - Câmpus de Araguatins4Engenheira Agrônoma, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade5Bióloga, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade.

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Influência da cor policromática na atratividade de insetos

Alessandra Karina Otuka1, Francisco Jorge Cividanes2, Marina Aparecida Viana1, Leandro Aparecido de Souza1, Bruno Henrique Sardinha de Souza1, Danilo Henrique

da Matta3

Resumo

Diferentes tipos de armadilhas são utilizados em estudos de ecologia de insetos, para se conhecer a distribuição, dispersão e até mesmo a interação entre espécies. A eficiência das armadilhas depende de sua atratividade, sendo que características visuais, juntamente com odor e textura, são componentes de atração primária. Armadilhas tipo bandejas d’água coloridas são comumente utilizadas em estudos que pretendem demonstrar a preferência de determinados grupos e mesmo espécies de insetos por alguma cor policromática. Nessas armadilhas, os insetos são atraídos visualmente pela cor ficando retidos pela água com detergente existente nas mesmas. Neste trabalho utilizaram-se armadilhas de diferentes cores com o objetivo de determinar a cor preferida por grupos de insetos. Cinco armadilhas do tipo bandeja d’água colorida e nas cores branca, azul, amarela, vermelha e verde foram instaladas na área experimental da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, ficando separadas 10m entre si e localizadas entre um pomar de citros, Citrus sinensis L. e cultura de couve, Brassica oleracea. As bandejas contendo água e detergente ficaram expostas no campo por 48 horas. Os insetos capturados foram mantidos em álcool 70%. Os insetos capturados foram classificados e separados por ordem, família e, em alguns casos, por espécie. A cor policromática amarela mostrou ser a mais atrativa para coleta de insetos em geral (564 indivíduos), seguida da cor branca (107), azul (83), verde (75) e vermelha (56). Em relação aos insetos coletados, nas armadilhas branca e vermelha coletaram-se mais famílias de Diptera (8), seguidas pela armadilha amarela (7), azul e verde (4). Na ordem Diptera, representantes da família Dolicophodidae foram coletados em grande número pela armadilha amarela (128 indivíduos), a armadilha branca foi a mais eficiente para coleta de Musca domestica (20), a vermelha foi coletada um exemplar de Mycetophilidae e Sciaridae. Um exemplar de Drosophilidae foi coletado na armadilha amarela. Representantes da família Culicidae foram coletados somente nas armadilhas de cor branca, azul e verde. O tipo de armadilha utilizado não foi eficiente para coleta de Orthoptera e Lepidoptera. Conclui-se que a cor da armadilha permite direcionar a coleta para grupos específicos de insetos, sendo a cor amarela mais atrativa para insetos de diferentes categorias taxonômicas.

Palavras-chave: Bandeja d’água, artrópodes, armadilha colorida, amostragem.

1Engenheiro(a) Agrônomo(a), aluno(a) de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade2Prof. Dr. do Dep. de Fitossanidade (Unesp – Jaboticabal) (orientador)3Biólogo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade.

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Desenvolvimento de laranjeiras cultivadas em solo com aplicação de cinza de bagaço de cana-de-

açúcar

Priscila Roberta Volante1, José Eduardo Corá2

Resumo

A indústria sucroenergética produz como resíduo a cinza de bagaço de cana-de-açúcar, gerada na queima do bagaço em caldeiras para geração de energia. A cinza vem sendo aplicada ao solo sem critérios agronômicos. Desta forma, estudos visando avaliar o efeito da aplicação da cinza nos atributos do solo e no desempenho das culturas se tornam necessários. Com base no exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de doses de cinza de bagaço de cana-de-açúcar aplicadas ao solo no desenvolvimento de laranjeiras. O experimento foi instalado em Argissolo Vermelho, no município de Taquaritinga-SP. Adotou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com 5 repetições. Os tratamentos testados foram doses de cinza de bagaço de cana-de-açúcar (0, 5, 10, 20 e 40 t ha-1), aplicadas ao solo e incorporadas com auxílio de grade, antes da implantação do pomar, o que se deu em maio de 2011. Após 6 e 12 meses da aplicação da cinza ao solo, realizou-se avaliação do desenvolvimento das laranjeiras, a qual constituiu do seguinte: altura da planta, diâmetro e volume da copa e diâmetro do tronco. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e, quando significativos, realizou-se regressão polinomial entre os parâmetros de planta e doses de cinza. O desenvolvimento das plantas não foi afetado pelas doses de cinza. Os resultados indicam que a cinza de bagaço de cana-de-açúcar, até a dose de 40 t ha-1, pode ser utilizada como alternativa para disposição desse resíduo gerado na produção de açúcar e etanol.

Palavras-chave: resíduo; cana-de-açúcar; desenvolvimento; citrus

Agradecimentos: À CNPq pela concessão da bolsa de estudos.

1Engenheira Agrônoma, aluna de pós-graduação do curso de doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (Unesp - Jaboticabal2Prof. Dr. do Departamento de Solos e Adubos (Unesp - Jaboticabal) (Orientador). E-mail: [email protected]

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Aplicação de cinza de bagaço de cana-de-açúcar ao solo: efeito nos atributos químicos

Priscila Roberta Volante1, José Eduardo Corá2

Resumo

A sustentabilidade é característica imprescindível para o sucesso da produção agrícola, principalmente, quando se trata de produção de alimento. Dessa maneira, a busca por destino e reutilização adequados de resíduos gerados nas agroindústrias é assunto recorrente na atualidade. Estudos visando avaliar o efeito da disposição de resíduos da agroindústria no ambiente são escassos na literatura. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da incorporação de cinza de bagaço de cana-de-açúcar nos atributos químicos do solo. O experimento foi instalado em Argissolo Vermelho, no município de Taquaritinga-SP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com 5 repetições. Os tratamentos testados foram doses de cinza de bagaço de cana-de-açúcar (0, 5, 10, 20 e 40 t ha-1), aplicadas ao solo e incorporadas com auxílio de grade. Após 6 e 12 meses da incorporação da cinza ao solo foram realizadas avaliações dos atributos do solo nas camadas 0,00-0,15 e 0,15-0,30 m. Nas amostras de terra coletadas nas respectivas camadas foram determinados: teores de P, Mg, Ca e K, pH (CaCl<sub>2<sub>), acidez potencial e carbono orgânico. A partir desses resultados, foram calculados valores de capacidade de troca de cátions, soma de bases e porcentagem de saturação por bases no solo. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, procedeu-se à regressão polinomial entre atributos do solo e doses de cinza. Os teores de potássio e de magnésio aumentaram com o incremento de doses de cinza em decorrência da presença desses elementos na composição da cinza. Os resultados sugerem que a cinza de bagaço de cana-de-açúcar pode ser aplicada ao solo, substituindo parcialmente fertilizantes.

Palavras-chave: resíduo; cana-de-açúcar; citrus; atributos químicos; solo

Agradecimentos: À CNPq, pela concessão da bolsa de estudos.

1Engenheira Agrônoma, aluna de pós-graduação do curso de doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (Unesp - Jaboticabal)2Prof. Dr. do Departamento de Solos e Adubos (Unesp - Jaboticabal) (Orientador). E-mail: [email protected]

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Avaliação da germinação de Croton urucurana em substratos formulados com resíduos da poda de

árvores e lodo de esgoto doméstico

Anaira Denise Caramelo1, Denise Aparecida Chiconato2, João Antonio Galbiatti3

Resumo

A destinação final inadequada dos resíduos orgânicos urbanos representa uma barreira frente ao desenvolvimento ambiental sustentável, sendo assim, a busca por soluções e alternativas voltadas ao reaproveitamento destacam-se quanto à gestão integrada e gerenciamento do lixo, principalmente a partir da instituição da (Política Nacional dos Resíduos Sólidos), por intermédio da Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Com o objetivo de promover o reaproveitamento dos resíduos provenientes da poda de árvores do município de Pirangi, SP, bem como do lodo de esgoto gerado na estação de tratamento de efluentes (ETE), realizou-se o presente estudo com vistas à obtenção de um composto orgânico para a formulação de substratos alternativos, com vistas à germinação de Croton urucurana. Após a coleta e caracterização dos resíduos, estes foram submetidos à compostagem em porcentagens iguais, sendo 50% de lodo de esgoto e 50% de poda de árvore triturada. Em seguida, após a obtenção do material estabilizado, este foi fracionado e distribuído nos seguintes tratamentos: T1-100% de composto orgânico (100%CO); T2-75% de composto orgânico + 25% de terra de barranco (75%CO); T3-50% de composto orgânico + 50% de terra de barranco (50%CO); T4-100% de terra de barranco (100%TB). A partir desta etapa, foi realizada a semeadura e em seguida avaliações e regas diárias, com vistas a observar as porcentagens de emergência em função do período requerido. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 4 tratamentos e 3 repetições, sendo em seguida as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A partir dos dados obtidos, verificou-se que os tratamentos 100%CO e 75%CO diferiram estatisticamente dos demais quanto à quantidade de sementes germinadas em um menor período, apresentando 97% das sementes germinadas de 15 a 20 dias após a semeadura, seguido pelo tratamento 50%CO, que apresentou 88% das sementes germinadas no mesmo período. Dados inferiores foram obtidos para o tratamento 100%TB, em que o composto orgânico não foi adicionado, sendo requerido um período de 25 a 35 dias para a germinação de 57% das sementes. Sendo assim, observou-se que o lodo de esgoto associado à poda de árvore triturada auxiliou no processo germinativo de Croton urucurana, oferecendo às sementes condições de aeração e umidade requerida pela espécie avaliada, além de estimular a projeção do eixo hipocótilo radicular das plântulas na superfície do solo.

Palavras-chave: destinação final, emergência, gestão integrada, sangra d’água, matéria orgânica

Agradecimentos: FCAV/UNESP e Prefeitura Municipal de Pirangi

1Doutoranda em Agronomia (Ciência do Solo), Departamento de Engenharia Rural da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP2Doutoranda em Agronomia (Produção Vegetal), Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP3Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP.

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Matéria fresca de sangra d’água (Croton urucurana) desenvolvida em substratos compostos de lodo de

esgoto e poda de árvore

Anaira Denise Caramelo1, Denise Aparecida Chiconato2, João Antonio Galbiatti3

Resumo

O lodo de esgoto, também conhecido como biossólido, possui matéria orgânica, que por meio do tratamento biológico é absorvida e convertida, integrando a biomassa microbiana e consequentemente, o produto final. Sendo assim, apesar de caracterizar-se como resíduo, este possui potencial à compostagem e desenvolvimento de plantas. Outro resíduo doméstico gerado em grandes quantidades nos municípios é a poda de árvore, que assim como o lodo de esgoto, também apresenta potencial ao reaproveitamento. Portanto, como o objetivo de avaliar a influência do composto de lodo de esgoto e poda de árvores na matéria fresca de plantas da espécie Croton urucurana, desenvolveu-se o presente estudo no Campus da FCAV/Unesp, Jaboticabal, SP. O composto orgânico foi obtido a partir da mistura de 50% de lodo de esgoto desaguado, com 50% de agente estruturante, caracterizado como poda de árvore. Decorrido os 90 dias do processo de bioestabilização, o composto foi utilizado e distribuído de acordo com os seguintes tratamentos: T1-100% de composto orgânico (100%CO); T2-75% de composto orgânico + 25% de terra de barranco (75%CO); T3-50% de composto orgânico + 50% de terra de barranco (50%CO); T4-100% de terra de barranco (100%TB). A partir da semeadura, foram realizadas regas diárias pelo período de 150 dias, e ao final do estudo, foram feitas as coletas e avaliações da matéria fresca total. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 4 tratamentos e 3 repetições, sendo em seguida as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em função dos dados obtidos, verificou-se que as plantas submetidas aos tratamentos onde as doses do composto orgânico foram maiores, tais como em 100%CO, 75%CO e 50%CO, a matéria fresca foi significativamente superior aos demais tratamentos, com valores médios de 118,0 g, 113,5 g e 111,4 g respectivamente. Quanto ao tratamento onde a quantidade de matéria orgânica foi inferior (25%CO), bem como na ausência desta, caracterizada pelo tratamento 100%TB, os dados relativos à matéria fresca mostraram-se inferiores, sendo de 96,4 g e 84,6 g, respectivamente. Sendo assim, verificou-se que tanto o resíduo composto de poda de árvore, quanto o lodo de esgoto, apresentam potencial agronômico para a composição de substratos, visto que influenciaram diretamente na obtenção de dados relativos ao aumento da matéria fresca em plantas da espécie Croton urucurana, além de auxiliarem na destinação final adequada desses resíduos.

Palavras-chave: compostagem, desenvolvimento vegetal, resíduo orgânico

Agradecimentos: FCAV/UNESP e Prefeitura Municipal de Pirangi

1Doutoranda em Agronomia (Ciência do Solo), Departamento de Engenharia Rural da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP2Doutoranda em Agronomia (Produção Vegetal), Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP3Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP.

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Descrição da estrutura morfológica do proventrículo, ventrículo e íleo do aparelho

digestivo de Odontocheila nodicornis (dejean, 1825) (Carabidae: Cincidelinae)

Danilo Henrique da Matta1, Francisco Jorge Cividanes2, Robson José da Silva3, Maria José Araújo Wanderley4, Alessandra Karina Otuka5

Resumo

O aparelho digestivo dos insetos apresenta grande diversidade na sua morfologia e função, além da digestão e assimilação de nutrientes, podendo refletir as interações entre estes organismos e o meio ambiente. Os insetos da família Carabidae são eficientes predadores encontrados em diferentes ambientes. O objetivo do trabalho foi descrever a estrutura morfológica do proventrículo, ventrículo e íleo do aparelho digestivo do carabídeo Odontocheila nodicornis (Dejean, 1825). Para a análise de ultraestrutura, fragmentos do proventrículo, ventrículo e do íleo foram fixados em solução constituída de glutaraldeído 3%. Posteriormente, essas amostras foram pós-fixadas em tetróxido de ósmio 2%, no mesmo tampão, por 12 horas. Em seguida, as amostras foram lavadas quatro vezes consecutivas em solução tampão pura, num intervalo de 15 minutos, desidratadas em série gradual de acetona a 30%, 50%, 70%, 80%, 90% e 100%, por 20 minutos em cada passo, e secas em secador de ponto crítico, utilizando-se CO2. Após esse processo, os fragmentos foram montados em Stubs e recobertos com 35 nm de ouro. Finalmente, o proventrículo, ventrículo e íleo foram observados e eletromicrografados em microscópio eletrônico JEOL JSM 5410, operado em 15kV. Os resultados obtidos mostraram que o proventrículo possui forma oval com estrias longitudinais; o ventrículo apresenta-se na forma circular com projeções formadas por cercos ordenados e o íleo é curvado com estrias que contornam todo sua estrutura, apresentando comprimento de 8 mm.

Palavras-chave: microscopia eletrônica de varredura, besouro predador, morfologia interna

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP

1Biólogo, aluno de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade2Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, Departamento de Fitossanidade3Prof. Dr. Instituto Federal de Tocantins (IFTO) – Câmpus de Araguatins4Prof. Dra. Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, Departamento de Agropecuária – Bananeiras, PB, Pós-Doutoranda na FCAV/UNESP5Engenheira Agrônoma, aluna de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade.

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Caracterização molecular de Cryptosporidium spp em bezerros e humanos de dois assentamentos

rurais na região de araçatuba, são paulo

Lucas Vinicius Shigaki de Matos1, Bruno César Miranda Oliveira2, Milena Araúz Viol2, Mirian Yumi Makatu2, Luiz da Silveira Neto1, Roberta Lomonte Lemos de

Brito1, Weslen Fabricio Pires Teixeira1, Alvimar José da Costa1, Katia Denise Saraiva Bresciani2

Resumo

Coccídio intracelular obrigatório das células epiteliais do trato gastrointestinal e respiratório do homem e de alguns animais, o gênero Cryptosporidium ocasiona deficiente absorção nutritiva, compromete a produtividade animal e conduz a expressivas perdas econômicas em animais de produção. As formas de transmissão documentadas são zoonóticas, antroponóticas e por meio de ingestão de alimento ou água contaminada direta ou indiretamente por resíduos fecais com a presença de oocistos esporulados. Neste estudo foram utilizados 231 bezerros, com faixa etária compreendida desde o nascimento até seis meses de idade, sendo 128 fêmeas e 103 machos, 100 animais da raça holandesa e 131 cruzada. O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência da infecção por Cryptosporidium spp. em bezerros e humanos de dois assentamentos rurais na região Noroeste do Estado de São Paulo. As colheitas amostrais foram realizadas nos assentamentos São José I e Salvador, localizados na latitude de -21.166062º e longitude -50.186433° entre os municípios de Birigui e Brejo Alegre, SP (BRASIL). As fezes foram colhidas diretamente da ampola retal dos animais, utilizando-se sacos plásticos, acondicionadas em recipiente isotérmico, levadas ao laboratório de parasitologia, onde foi feita a pesquisa de oocistos do referido protozoário nas amostras fecais bovinas por meio da técnica de nested-PCR. Do total de amostras analisadas, 17/231 (7,36%) dos bezerros e 1/54 (1,85%) dos humanos mostraram-se positivos com o emprego da referida técnica. Na estatística foi utilizada análise de correspondência múltipla e mostrou uma associação entre a presença do Cryptosporidium spp. por meio da reação em cadeia da polimerase, nested-PCR com a consistência de fezes aquosa. As análises das sequências revelaram, em uma amostra, 100% de identidade (JN247404.1) com Cryptosporidium parvum, 15 amostras semelhança com Cryptosporidium andersoni (JQ313952.1) e uma amostra Cryptosporidium bovis (JX416364.1). A partir dos resultados obtidos, foi possível comprovar a ocorrência de Cryptosporidium spp. na espécie bovina e humana, sendo particularmente incidente em fezes com maior hidratação.

Palavras-chave: criptosporidiose; ruminantes; humanos, nested-PCR; assentamentos

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (UNESP/FCAV-Jaboticabal)2Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (UNESP/FMVA-Araçatuba)

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Avaliação clínica de ovinos (Ovis aries) da raça Santa Inês induzidos experimentalmente à acidose

láctica rumenal

Annita Morais Girardi1, Amanda Festa Sabes1, Luiz Carlos Marques1

Resumo

Considerando-se o aumento do número de ovinos de corte confinados no Brasil, este estudo teve por objetivo descrever as alterações clínicas de ovelhas Santa Inês induzidas experimentalmente à acidose láctica rumenal (ALR). Foram utilizadas 7 ovelhas adultas, hígidas, mantidas em baias sob dieta com feno de tifton (Cynodon dactylon), água potável e mistura mineral ad libitum. Os animais passaram a receber dieta, baseada no consumo médio do período de adaptação (2 kg de matéria orgânica/animal/dia), na qual foram incluídos, diariamente, 10% de alimento concentrado farelado, à base de milho e soja, até completar 80%. O período experimental foi de 19 semanas. A avaliação clínica foi realizada diariamente por 15 dias, em dias intercalados por 2 semanas e semanalmente até o fim do experimento. A pesagem dos animais ocorreu semanalmente. Os controles foram as médias dos valores obtidos 15 dias, 7 dias e imediatamente antes o início do fornecimento de concentrado. O escore corporal antes da indução foi 4, passando a ser considerado 5 (máximo) a partir da 9ª semana. Houve 10,8% de diminuição do peso corporal médio após o rápido aumento de concentrado na dieta na 1ª semana, aumentando posteriormente até superar o controle na 4ª semana e terminando com elevação de 33,2%. A hidratação corporal manteve-se dentro da normalidade, exceto por 4 ocorrências de desidratação leve entre o 6º e 9º dias. As mucosas mantiveram-se normocrômicas. Foram observados 4 episódios de apatia, coincidindo com a ocorrência de diarréia e dor podal. A temperatura corporal média variou pouco, entre 37,2ºC e 38,6ºC. A freqüência de movimentos rumenais foi, na maioria das observações, de 2 movimentos/2 minutos. As freqüências cardíaca e respiratória médias mantiveram-se próximas aos intervalos fisiológicos da espécie, porém durante o 1º mês pós-indução, percebeu-se um tendência de elevação da FC e de diminuição da FR. A observação de diarréia se iniciou 4º dia e cessou 22 dias após a indução. Os sinais de laminite começaram no 5º dia pós-indução, aumentando sua ocorrência até atingir 3 animais acometidos simultaneamente, entre o 14º e 18º dias, quando passou a diminuir até zerar no 24º dia. Após esta fase, os sinais de laminite e diarréia tiveram ocorrência esporádica até a 13ª semana pós-indução.Conclui-se que a rápida inserção de alimento concentrado na dieta causa alterações clínicas nos animais, as quais vão diminuindo de intensidade com a adaptação dos ovinos à nova dieta.

Palavras-chave: acidose; alimento concentrado; laminite; ovelhas; parâmetros fisiológicos

Agradecimentos: Ao apoio financeiro concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio de Bolsa de Doutorado (Processo FAPESP nº 2012/09111-7) e Auxílio à Pesquisa (Processo FAPESP nº 2012/09220-0).

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1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP Univ Estadual Paulista

Eficácia de Metarhizium anisopliae no controle de ovos de Periplaneta americana (Linnaeus, 1758)

(Blattodea: Blattidae)

Mariah Valente Baggio1, Marcelo da Costa Ferreira2, Antonio Carlos Monteiro3, Ana Carolina Peterossi4

Resumo

Entomopatógenos têm sido utilizados com sucesso no controle de pragas. Contudo, pesquisas na área de tratamento domissanitário, abrangendo tais agentes, são escassas. Uma das pragas de grande preocupação doméstica são as baratas, por serem disseminadoras de patógenos e causadoras de alergias em humanos. Geralmente, os organismos alvo de controle são ninfas e adultos, mas existem relatos da ação ovicida de micro-organismos ao grupo. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi verificar a patogenicidade do isolado JAB 68 de Metarhizium anisopliae a ovos de Periplaneta americana. Os tratamentos foram constituídos como segue: Testemunha - sem aplicação, Tween 80® a 0,1% e suspensões do isolado JAB 68 de Metarhizium anisopliae com o adjuvante Tween 80® a 0,1%: 2 x 109 conídios/mL, 2 x 108 con./mL e 2 x 107 con./mL. Foi aplicado 100µL das caldas por ooteca com pulverizador manual, as quais foram colocadas em câmara climatizada no escuro e avaliada a mortalidade diariamente por 60 dias. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 5 repetições. Foi feita a análise de variância pelo teste F e a comparação de médias pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. O maior valor de mortalidade (84%) foi obtido para a concentração de 2 x 108 con./mL, divergindo dos controles, mas não diferiu significativamente das mortalidades obtidas para as demais concentrações (64 e 78%, respectivamente para 2 x 109 e 2 x 107

con./mL). Não foi observada diferença na porcentagem de extrusão do patógeno nas concentrações testadas. Todavia, o tempo de extrusão foi significativamente menor (cerca de 15 dias) para 2 x 109 con./mL. Vale ressaltar que não houve diferença no número médio de ovos por ootecas, mas o número total de ninfas eclodidas foi significativamente reduzido quando as ootecas foram pulverizadas com as caldas fúngicas. Tal fenômeno mostra a ação ovicida do entomopatógeno, merecendo destaque como nova técnica de controle da praga. Diante dos resultados obtidos é possível concluir que o isolado JAB 68 de Metarhizium anisopliae é patogênico a ovos de P. americana, o que sugere nova perspectiva e possibilidades para o seu controle.

Palavras-chave: ootecas, tratamento domissanitário, baratas

Agradecimentos: CAPES (concessão de bolsa de doutorado) e FAPESP - Processo no 2012/14503-1 (Auxílio financeiro)

1Bióloga, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP. E-mail: [email protected] Agrônomo, Professor Adjunto, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP3Biólogo, Professor Voluntário, Dep. Produção Vegetal, UNESP, Jaboticabal, SP4Biomédica, treinamento técnico 3 FAPESP, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil

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Beauveria bassiana como agente de controle de ovos de Periplaneta americana (Linnaeus, 1758)

(Blattodea: Blattidae)

Mariah Valente Baggio1, Marcelo da Costa Ferreira2, Antonio Carlos Monteiro3, Ana Carolina Peterossi4

Resumo

O uso de fungos entomopatogênicos recebe maior enfoque no âmbito agrícola. Contudo, sua aplicação pode ser estendida para pragas urbanas, como a barata de esgoto. Estudos mostram o grande potencial de entomopatógenos no controle desta praga. Todavia, a fase pós-embrionária é a que recebe maior atenção nos estudos de mortalidade, havendo escassez de dados sobre o efeito ovicida de fungos a ovos do inseto. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a patogenicidade do isolado IBCB 35 de Beauveria bassiana a ovos de Periplaneta americana e verificar se há diferença na agressividade do micro-organismo em função da concentração utilizada. Os tratamentos foram constituídos como segue: Testemunha - sem aplicação, Tween 80® a 0,1% e suspensões do isolado IBCB 35 de Beauveria bassiana com o adjuvante Tween 80® a 0,1%: 2 x 109 conídios/mL, 2 x 108 con./mL e 2 x 107 con./mL. Foi aplicado 100µL por ooteca com pulverizador manual, as quais foram colocadas em câmara climatizada no escuro e avaliada a mortalidade diariamente por 60 dias. O delineamento experimental foi o inteiramente o casualizado com 5 tratamentos e 5 repetições. Foi feita análise de variância pelo teste F e a comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O melhor resultado (mortalidade de 82%) ocorreu na concentração de 2 x 108 con./mL, divergindo dos controles, mas não diferiu significativamente da mortalidade obtida nas demais concentrações (68 e 62% para 2 x 109 e 2 x 107 con./mL, respectivamente). Não foi observada diferença na porcentagem e no tempo de extrusão do fungo nas concentrações testadas, que variou entre 29 e 33 dias, aproximadamente. Além disso, o número de ninfas foi significativamente reduzido quando as ootecas foram pulverizadas com o fungo, sendo que a aplicação da calda contendo 2 x 108 con./mL diminuiu o número total e médio de ninfas por ooteca, quando comparada com os demais tratamentos. Possivelmente, essa diferença entre suspensões ocorreu pelo fato de talvez existir uma competição entre conídios em concentrações superiores à 2 x 108 con./mL. Então, é possível concluir que o isolado IBCB 35 de Beauveria bassiana é patogênico a ovos de Periplaneta americana e a concentração de 2 x 108 con./mL foi considerada a mais adequada.

Palavras-chave: praga urbana, ação ovicida, fungo entomopatogênico

Agradecimentos: CAPES (concessão de bolsa de doutorado) e FAPESP - Processo no 2012/14503-1 (Auxílio financeiro)

1Bióloga, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP. E-mail: [email protected] Agrônomo, Professor Adjunto, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP3Biólogo, Professor Voluntário, Dep. Produção Vegetal, UNESP, Jaboticabal, SP4Biomédica, treinamento técnico 3 FAPESP, Dep. Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil

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Adubação potássica para alface em Latossolo com alto teor do nutriente disponível

Arthur Bernardes Cecílio Filho1, Giovani Donizete Bonela2, Mara Cristina Pessôa da Cruz3, Juan Waldir Mendoza-Cortez4, Carlos Rafael Paganini Toscano5

Resumo

A adubação mineral é uma das práticas de manejo cultural que mais afeta a produção de hortaliças, uma vez que são muito exigentes em nutrientes. Sabedores desta característica, infelizmente, ainda hoje constata-se que a grande parte dos produtores de hortaliças fazem uso indiscriminado da fertilização de seus cultivos, aumentando consideravelmente a chance de ocorrer acúmulo de nutrientes no solo,o que, por sua vez, pode acarretar em prejuízo ao ambiente e à planta. Nesse contexto, realizou-se dois experimentos, em duas épocas diferentes, de 05/05 a 23/07/08 (E1) e de 24/03 a 14/05/2010 (E2), em Jaboticabal, São Paulo, com o objetivo de avaliar a resposta do cultivar de alface Amanda (grupo crespa), a cinco doses de potássio (0, 25, 50, 75 e 100 kg ha-1 de K2O), em um Latossolo com alto teor desse nutriente (E1=3,4 mmolc/dm3; E2=3,1mmolc/dm3), em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Avaliaram-se o teor de K nas folhas (KF), o número de folhas (NF), a área foliar (AF), a massa fresca da parte aérea (MFPA), a massa seca da parte aérea (MSPA) e o teor de K no solo (KS). A cv. Amanda apresentou maior NF e AF na E1, e maior MFPA e MSPA na E2. Exceto para KF e KS, a adubação potássica não influenciou significativamente as outras características da alface. Diante da ausência de resposta positiva da alface à adubação potássica, os resultados sugerem que o Latossolo com alto teor de K é capaz de suprir a demanda da planta e, portanto, dispensa-se a adubação potássica. Contudo, devido a forte redução do teor inicial de K no solo da E1 e E2 para 1,5 e 1,8 mmolc/dm3, quando a dose foi de 0 e 100 kg ha-1

de K2O, respectivamente, e sendo que a maioria dos produtores não fazem nova análise de solo para cultivo imediatamente sucessor à alface, deve-se, ao menos, realizar uma adubação de manutenção para manter a fertilidade do solo. Nesta adubação de manutenção, a quantidade de K a ser aplicada ao solo pode ser correspondente à exportada pela alface na MSPA. No presente trabalho, foi constatada exportação de 180 kg ha-1 de K2O, a qual foi obtida com a média dos teores foliares de K e da MSPA das épocas E1 e E2. Por outro lado, se deve ter em consideração a que grupo de alface a cultivar pertence para realizar uma adubação de manutenção mais adequada, já que se têm variações nas quantidades exportadas de K dos diferentes grupos de alface existentes.

Palavras-chave: Época de cultivo; crescimento; Lactuca sativa; potássio; produção

Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela concessão da bolsa de estudos ao segundo autor.

1Prof. do Departamento de Produção Vegetal, FCAV, UNESP2Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), FCAV, UNESP3Profa do Departamento de Solos e Adubos, FCAV, UNESP4Pós-Doutorando, FCAV, UNESP5Graduação em Agronomia, FCAV, UNESP.

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Sensibilização de alunos e professores sobre a proteção da bacia hidrográfica do córrego de

Jaboticabal, utilizando documentos cartográficos e geotecnologias

Franciele Morlin Carneiro1, Izilda Maria de Carvalho Máximo2, Janaína Ferreira Guidolini3, Gildriano Soares de Oliveira4, Maryelle de Freitas Nunes Cury5, Beatriz de Oliveira Costa6, Teresa Cristina

Tarlé Pissarra7

Resumo

Bacia hidrográfica é definida como um conjunto de terra drenada pelo curso d’água do rio principal e seus afluentes. Essa bacia é delimitada pelo relevo do terreno, sendo que as maiores altitudes, separa uma bacia hidrográfica da outra e propicia o escoamento da água durante a chuva, para o curso d’água do rio principal. Quando há separação de pequenas bacias hidrográficas, denomina-se divisor de água. Em dias atuais tem-se aumentado a preocupação, com a sustentabilidade e conscientização agrícola, ambiental e social da bacia. Na bacia hidrográfica do córrego Cerradinho ou do Jaboticabal, observa-se problemas referentes à poluição e ao processo erosivo acelerado. A poluição é ocasionada principalmente por entulhos, escoamento superficial, produtos químicos, resíduos dos animais domésticos e esgoto doméstico que, mesmo com a implantação de interceptores, ainda existe problema com qualidade hídrica na região. Já o processo erosivo acelerado na bacia hidrográfica, é decorrente do manejo inadequado do solo, sem a utilização de práticas sustentáveis e conservacionistas e ainda, observa-se solo nu, isto é, sem cobertura vegetal. Por esse motivo é relevante informar e conscientizar a importância da bacia, por meio da educação ambiental em escolas. Este trabalho tem por objetivo sensibilizar alunos e professores da rede pública, sobre a proteção da bacia hidrográfica de Jaboticabal por meio de documentos cartográficos e geotecnologias. São realizadas visitas em escolas públicas, com intuito de promover a conscientização agrícola, ambiental e social. Nelas, mostra-se durante a aula a maquete da bacia hidrográfica do córrego Cerradinho ou do Jaboticabal, tendo a intenção de melhorar o entendimento sobre o relevo, diferença de níveis e os fenômenos geográficos, que são: divisor de água; vertentes; rio principal com suas nascentes, afluentes e foz, salientando maior compreensão do conceito de bacia hidrográfica. Contudo, o presente trabalho encontra-se em andamento, e por este motivo, pretende-se alcançar o objetivo mencionado e promover conscientização agrícola, ambiental e social nas escolas de rede pública.

Palavras-chave: Bacia Hidrográfica; Córrego do Jaboticabal; conscientização agrícola, social e ambiental.

Agradecimentos: Agradecimentos ao Programa Núcleos de Ensino/PROGRAD/UNESP, pelo financiamento de projetos no Programa dos Núcleos de Ensino da Unesp. E a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de Mestrado.

1Mestranda em Agronomia (Produção Vegetal), UNESP-Jaboticabal. [email protected] de Suporte Acadêmico I, UNESP-Jaboticabal. [email protected] em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP-Jaboticabal. [email protected] 4Mestrando em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP-Jaboticabal. [email protected] Agrônoma. [email protected] em Agronomia (Produção Vegetal), UNESP-Jaboticabal. [email protected]

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7Professora Assistente Doutora do Departamento de Engenharia Rural, UNESP-Jaboticabal. [email protected]

Registro de ocorrência do parasitóide Cotesia glomerata (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Braconidae) em cultivo de couve em campo

experimental da FCAV/UNESP

Maria José Araújo Wanderley1, Francisco Jorge Cividanes2, Tatiana de Oliveira Ramos3, Sidnéia Terezinha Soares de Matos4, Patrícia Otsuji-Bióloga5

Resumo

O curuquerê-da-couve, Ascia monuste orseis (Lepidoptera: Pieridae), é considerado praga-chave da couve Brassica oleracea. Cotesia glomerata (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Braconidae) é um parasitoide de várias espécies de lagartas da família Pieridae. As fêmeas do parasitoide depositam seus ovos no interior do corpo das lagartas afetando o período de desenvolvimento e a sobrevivência. O objetivo do trabalho foi verificar a ocorrência do parasitoide C. glomerata em cultivo de couve manteiga B. oleracea var acephala existente na área experimental do Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP. Folhas da couve com lagartas do curuquerê foram coletadas e acondicionadas em recipientes plásticos de 500 ml, forrados com papel toalha e vedados com tecido “voile”, presos com elástico latex. As mesmas foram mantidas em câmara climatizada sob temperatura de 25±1ºC, UR 70±10% e fotofase de 14 horas. As lagartas de quinto instar que apresentaram mudança de comportamento, diminuindo suas atividades de movimentação e de alimentação, foram individualizadas em placas de Petri. Do interior das lagartas surgiram larvas do parasitoide que empuparam na parte externa do corpo do hospedeiro. As pupas foram observadas até a emergência do parasitoide, que foi identificado como C. glomerata pela Profª Draª Angélica M. Penteado-Dias, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, da Universidade Federal de São Carlos. Como constitui agente de controle biológico, a presença de C. glomerata em cultivo de couve tem grande importância para ajudar manter as populações do curuquerê-da-couve abaixo do nível de dano econômico, sendo um fator a ser considerado no manejo integrado dessa praga.

Palavras-chave: Controle biológico; parasitismo; curuquerê-da-couve.

1Prof. Dra. Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, Departamento de Agropecuária – Bananeiras, PB, Pós-Doutoranda na FCAV/UNESP.2Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, Departamento de Fitossanidade.3Aluna de Doutorado em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Jaboticabal, SP.4Aluna de Mestrado em Entomologia Agrícola. Departamento de Fitossanidade. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho” – Jaboticabal, SP.5Estagiária do Laboratório de Ecologia de Insetos. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, SP.

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Levantamento sobre as principais causas de condenações de carcaças de frangos no Estado de

São Paulo

Fernanda de Oliveira Barbosa1, Marcela da Silva Rubio2, Anny Lucia del Pilar Celis Estupinan1

Resumo

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Para que a indústria avícola aumente e melhore a eficiência da produção, busca-se a redução do desperdício durante o processamento. A maior parte ocorre dentro dos abatedouros, principalmente envolvendo as condenações de carcaça parciais e totais. Segundo as determinações legais, o SIF (Serviço de Inspeção Federal) é responsável pela avaliação da qualidade de produtos de origem animal, certificando os produtos aptos ao consumo em conformidade com a legislação. Este trabalho teve como objetivo analisar as principais causas de condenações total e parcial na inspeção post mortem de carcaças de frangos de corte, que ocorreram no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012.O presente trabalho foi desenvolvido mediante levantamento de dados gerados pelo Serviço de Inspeção Federal acessíveis pelo Sistema de Informações Gerenciais do SIF (SIGSIF). Durante o período analisado, foram abatidos 2.041.615.854 de frangos no Estado de São Paulo, das quais 82.878.410 carcaças foram condenadas pela fiscalização, sendo 0,32% condenação total e 1,59% de condenação parcial.As principais condenações totais de carcaça encontradas foram de aspecto repugnante, caquexia, síndrome ascitica e com as porcentagens de 25,87%, 13,58%, 6,07% e 5,8%, respectivamente. Com relação as condenações parciais de carcaça predominaram as causas de contaminação, lesões traumáticas e contusão com as porcentagens de 24,75%, 23,15% e 16,53%, respectivamente. Concluímos que as principais causas de condenação de carcaça total durante o período analisado foram de causas infecciosas e as condenações parciais são relacionadas aos processos de pré-abate e manipulação incorreta das carcaças durante a linha de processamento nos matadouros-frigoríficos. Sugere-se uma melhoria do manejo sanitário durante a criação através do controle de enfermidades e treinamento de funcionários durante todo o processo, a fim de reduzir os prejuízos econômicos, desperdício na produção e melhoria do bem estar animal na produção.

Palavras-chave: Avicultura; Inspeção; carne de frango

Agradecimentos: Capes

1Mestranda (Patologia Animal)/FCAV2Doutoranda (Patologia Animal)/FCAV

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Ocorrência da infecção por Cryptosporidium spp em cabritos do distrito Califórnia em Quixadá, Ceará

Roberta Lomonte Lemos de Brito1, Lucas Vinicius Shigaki de Matos1, Sandra Valéria Inácio2, Dalilian Antoniete dos Santos Oliveira3, Alex Akira Nakamura2, Marcelo

Vasconcelos Meireles2, Luiz da Silva Vieira4, Katia Denise Saraiva Bresciani2

Resumo

A criptosporidiose tem emergido como causa significante de perdas econômicas diretas e indiretas na caprinocultura, por comprometer o desenvolvimento ponderal e a produção leiteira dos animais acometidos, especialmente quando são mantidos em sistema de criação com falhas no manejo sanitário e nutricional. O presente estudo teve como objetivo determinar a ocorrência da infecção por Cryptosporidium spp em cabritos do distrito Califórnia pertencente ao município de Quixadá no estado do Ceará, Brasil. Fezes foram obtidas diretamente da ampola retal de 82 cabritos, coletadas no período seco (n=40 animais) e no chuvoso (n=42), em cinco estabelecimentos rurais com sistema de criação extensivo (n=4) e semi-intensivo (n=1). Os caprinos tinham idade entre três e 360 dias, de ambos os sexos, com e sem padrão racial definido. Uma quantidade de 200mg de fezes foi distribuída em micro tubo de 2mL e congeladas in natura a -20°C, até o momento da extração do DNA genômico do parasito com auxílio do QIAmp DNA Stool Mini Kit (50), cat. N° 51504 (QIAGEN®). Para amplificação de fragmentos da subunidade 18S do RNA ribossômico (rRNA) na Nested-PCR, foi utilizada metodologia descrita por XIAO et al. (2000). A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais da FCAV-UNESP, sob o protocolo 014465/12. As análises estatísticas foram realizadas no programa EPI Info 7.0 utilizando-se o teste Qui-quadrado, adotando-se 5% de significância. A positividade diagnóstica para Cryptosporidium spp nos cabritos do estudo foi de 4,88% (4/82). A frequência no período seco e no chuvoso foi de 7,50% (3/40) e 2,38% (1/42), respectivamente (χ2=1,15 e P>0,05). Amostras positivas foram identificadas em 80,00% (4/5) das propriedades estudadas, sendo três com criação extensiva e uma com sistema semi-intensivo (χ2=1,03 e P>0,05). Com relação à idade (χ2=4,73) e padrão racial (χ2=1,01) não foi observada diferença estatística significativa. Nenhuma fêmea foi considerada positiva para este parasito (χ2=4,64 e P<0,05) e a ocorrência do mesmo em machos foi de 4,88%. Pode-se concluir que a infecção por Cryptosporidium spp encontra-se presente em cabritos machos do distrito Califórnia em Quixadá-Ceará especialmente no período seco.

Palavras-chave: Caprinos, criptosporidiose, nested-PCR

Agradecimentos: Financiamento FAPESP

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, FCAV UNESP, SP2Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, FMVA UNESP3Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA, Sobral, CE4Pesquisador na EMBRAPA Caprinos e Ovinos, Sobral, CE

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Leucograma de equinos submetidos à obstrução do cólon menor

Amanda Festa Sabes1, Kamila Gravena1, Mariana Gesualdo de Oliveira1, Lina Maria Wehrle Gomide1, Maria Cristina Hernandez-Tovar1, Vinícius Athaydes Canello1,

Nara Saraiva Bernardi1, André Desjardins Antunes1, Daniela Junqueira de Queiroz1, Luiz Felipe Chioda Crialesi2, José Corrêa de Lacerda Neto1

Resumo

O objetivo desse estudo foi determinar as alterações leucométricas de oito equinos adultos submetidos à celiotomia mediana transumbilical, através da obstrução intestinal por meio de implantação de bola de borracha no lúmen do cólon menor. A bola foi inflada até atingir pressão de 80 mm/Hg promovendo compressão da parede intestinal. Decorrido quatro horas do início da obstrução, o cólon foi exposto e a bola retirada, realizando-se enterorrafias e síntese da cavidade abdominal. Foram colhidas amostras de 4 ml de sangue nas fases: antes da indução anestésica, 4 horas após obstrução e no pós cirúrgico em intervalos de 12 horas completando-se 72 horas, utilizando-se o sistema de colheita a vácuo em frascos de vidro siliconizados com o anticoagulante EDTA. As amostras colhidas foram homogeneizadas e as contagens de leucócitos totais foram realizadas em hemocitômetro e esfregaços corados com May-Grunwald-Giemsa. As análises estatísticas foram realizadas a partir do delineamento em parcelas subdivididas (splitplot) com medidas repetidas no tempo e o valor de F foi considerado significativo para p≤0,05. Foi observada diferença nos valores dos leucócitos totais, eosinófilos, neutrófilos bastonetes e segmentados e linfócitos. Na fase inicial dos transtornos abdominais, os valores podem estar próximos dos normais ou ligeiramente alterados, porém com estímulos ao eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e, liberação de corticosteróides pelo córtex adrenal, observam-se alterações, destacando-se leucocitose, neutrofilia e linfopenia. Observou-se leucocitose por neutrofilia, com desvio à esquerda, pois os neutrófilos respondem a estímulos quimiotáxicos relacionados ao processo inflamatório, causando aumento na marginação e migração destes, verificado com 12 e 24 horas após a obstrução. A contagem de linfócitos foi menor com 04 e 36 horas após a obstrução, não sendo rara a ocorrência de linfopenia em casos de neutrofilia decorrente de infecção bacteriana ou toxemia. Após 12 e 24 horas da obstrução ocorreu diminuição do número de eosinófilos dos animais, como possível causa da eosinopenia temos a excitação, dor e o estresse decorrentes da fase de reversão da obstrução, fatores que desencadeiam a liberação de cortisol endógeno, induzindo a eosinopenia. De acordo com os resultados apresentados conclui-se que a utilização do leucograma têm valor prognóstico, avalia o quadro clinico e auxilia no direcionamento do tratamento em casos de obstrução do cólon descendente.

Palavras-chave: leucograma, equinos, obstrução

Agradecimentos: Agradecimentos à FAPESP - Processos nº 2010/07824-0 e nº 2009/07284-9

1Departamento de Clinica e Cirurgia Veterinária, FCAV/UNESP2Centro Universitário Barão de Mauá

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Qualidade do recolhimento mecanizado de amendoim em espaçamento duplo

Cristiano Zerbato1, Ariel Muncio Compagnon1, Murilo Aparecido Voltarelli1, Aline Spaggiari Alcântara1, Rouverson Pereira da Silva1

Resumo

Com o aumento da área destinada à cultura do amendoim no Estado de São Paulo, principal produtor do País, aliado à necessidade de diminuição dos custos de produção, remete-se à busca da redução de perdas durante a colheita. Objetivou-se, por meio de estatística descritiva e controle estatístico de processos, avaliar a qualidade do recolhimento mecanizado de amendoim em espaçamento duplo entre linhas (0,18 x 0,77m). O trabalho foi realizado em área do município de Tupã - SP, cultivar de amendoim Granoleico, que apresentava produtividade média de 5580 kg ha-1. Foi utilizada uma recolhedora de duas leiras, trator de 110 cv no motor, operando a 6 km/h na marcha 3ª reduzida, em solo arenoso. As perdas no recolhimento apresentaram média de 336,2 kg/ha (6% da produtividade), observando-se que se mantiveram sob controle estatístico, porém com a variação muito alta deste indicador de qualidade demonstrado pela alta amplitude, sendo a variabilidade causada por fatores comuns (aleatórios) do processo de recolhimento, ou seja, é intrínseca ao processo. Este fato refletiu na alta distância entre os limites de controle da carta de amplitude móvel que representa a variação do processo, subjugando-o como de média qualidade devido à alta variação.

Palavras-chave: Arachis hypogaea L.; CEP; colheita

1FCAV-UNESP/Jaboticabal

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Resistência mecânica à penetração de latossolo vermelho escuro eutroférrico submetido à aplicação de diferentes concentrações de efluente de esgoto tratado (EET) e dois níveis de palha em coberturaGilberto Aparecido Rodrigues1, Gilmar Oliveira Santos2, Ubajara Cesare Mozart

Proença3, Ariel Muncio Compagnon4, Rosemary Cintia De Oliveira5

Resumo

O efluente de esgoto tratado (EET) é o principal resíduo gerado nas estações de tratamento de esgoto (ETE), e pode ser aproveitado como fertilizante de modo sustentável na agricultura. Entretanto, a compreensão de sua ação nas propriedades físicas do solo, ainda é pouco estudada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) fertirrigado com EET, com dois níveis de palha de B. brizantha sob o solo. O experimento foi instalado no Departamento de Engenharia Rural, FCAV, UNESP, Jaboticabal, SP, no ano agrícola 2013/2014. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram E0SN(11% de EET e Solo Nú); E0CP (11% de EET e Solo com Palha); E1SN(60% de EET e Solo Nú), E1CP(60% de EET e Solo com Palha), E2SN(100% de EET e Solo Nú) e E2CP(100% de EET e com Palha). Os tratamentos com palha tinham 10 Mg.ha-1 de palha de Brachiaria brizantha, e a fertirrigação aplicada em iguais lâminas, mas com concentrações de 11%, 60% e 100% de EET, em área sem preparo do solo por 10 meses, mantidos sem cobertura por 90 dias antes da avaliação(dezembro/2013). Não houve diferença significativa entre os tratamentos pelo teste de Tukey (P<0.05) nas profundidades de zero a 10 cm, 10 a 20 cm, 20 a 30 cm, 30 a 40 cm e 40 a 50 cm. A RMSP foi similar entre os tratamentos e oscilaram de 1,63 MPa(E2SN) a 3,38 Mpa(E2CP), para as profundidades do solo, de zero a 10 cm e de 40 a 50 cm, respectivamente. Os resultados indicam que no curto período de avaliação do estudo, as diferentes concentrações de efluente e a presença ou não de cobertura morta não tiveram influência no comportamento da RMSP.

Palavras-chave: Efluente de esgoto, penetrômetro de haste, palha de Brachiaria brizantha.

Agradecimentos: Á Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Ciência do Solo, da FCAV-UNESP e à Associação de Pós-Graduandos da FCAV-UNESP.

1Zootecnista, Msc, Pós-Graduando, FATEC/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected] Ambiental, Msc, Pós-Graduando, UNESP/Jaboticabal, SP, 16-32092600, [email protected] 3Estudante de Agronegócio, Fatec/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected] 4Engenheiro Agrícola, Msc, Pós-Graduando, UNESP/Jaboticabal, SP, 16-32092600, [email protected]óloga em Agronegócio, FATEC/Taquaritinga, SP,16-32525152, [email protected]

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Resistência mecânica à penetração de latossolo vermelho escuro eutroférrico submetido à aplicação de diferentes lâminas de água e dois níveis de lodo

de esgoto (biossólidos)

Gilberto Aparecido Rodrigues1, Gilmar Oliveira Santos2, Ubajara Cesare Mozart Proença3, Ariel Muncio Compagnon4, Rosemary Cintia De Oliveira5

Resumo

O lodo de esgoto (LE) é o segundo resíduo gerado nas estações de tratamento de esgoto (ETE), e pode ser aproveitado como fertilizante na agricultura. Entretanto, a compreensão de sua ação nas propriedades físicas do solo, ainda é pouco estudada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) irrigado com diferentes lâminas de água (A0: 11%, A1: 60% e A2:100%) e com dois níveis de lodo (L0: 0Mg.ha-1= sem lodo) e L1: 10 Mg.ha-1= com lodo) sob o solo. O experimento foi instalado no Departamento de Engenharia Rural, FCAV, UNESP, Jaboticabal, SP, no ano agrícola 2013/2014. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram A0L0(11% de água e sem lodo); A0L1 (11% de água e Solo com lodo=10 Mg.ha-1); A1L0(60% de água e sem lodo), A1L1(60% de água e Solo com lodo), A2L0 (100% de água e sem lodo) e A2L1(100% de água e com lodo). A área experimental ficou sem preparo do solo por 8 meses. Em seguida houve o uso de enxada rotativa com duas passadas, na profundidade de zero a 20 cm. A área foi mantida sem cobertura por 30 dias antes da avaliação (dezembro/2013). Não houve diferença significativa na RMP entre os tratamentos pelo teste de Tukey (P<0.05) nas profundidades de zero a 10 cm, 10 a 20 cm, 30 a 40 cm e 40 a 50 cm. Entretanto houve diferença significativa de 20 a 30 cm. A RMSP foi similar entre os tratamentos e oscilaram de 0.50MPa(A1L1) a 3,74 Mpa(A0L1). A partir da profundidade de 20 cm, o tratamento A0L1 exibiu os maiores valores de RMSP em relação aos demais. A adição de biossólidos aparentou influenciar na RMSP.

Palavras-chave: biossólidos, compactação do solo, irrigação.

Agradecimentos: Á Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Ciência do Solo, da FCAV-UNESP e à Associação de Pós-Graduandos da FCAV-UNESP.

1Zootecnista, Msc, Pós-Graduando, FATEC/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected] Ambiental, Msc, Pós-Graduando, UNESP/Jaboticabal, SP, 16-32092600, [email protected] 3Estudante de Agronegócio, Fatec/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected] 4Engenheiro Agrícola, Msc, Pós-Graduando, UNESP/Jaboticabal, SP, 16-32092600, [email protected]óloga em Agronegócio, FATEC/Taquaritinga, SP,16-32525152, [email protected]

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Classificação ecotoxicológica do inseticida imidacloprid e do antifúngico cetoconazol para

organismos não alvos

Cynthia Venâncio Ikefuti1,2, Nathalia Garlich2, Mayara Galatti Tedesque2, Juliana Heloísa Pine Américo1, Wilson Cerveira Junior3, Adilson Ferreira da Silva2, Claudinei

Cruz3, Maria J. T. Ranzani-Paiva4

Resumo

As etapas iniciais do processo de avaliação de viabilidade de um fármaco para ser utilizado no controle de doenças em aquicultura, são verificar a toxicidade inerente do ingrediente ativo, sua segurança clínica e o risco de intoxicação ambiental. Os efeitos ecotoxicológicos e a segurança ambiental podem ser avaliados em condições de laboratório em ensaios de toxicidade aguda com organismos de diferentes níveis tróficos. O inseticida imidacloprid (IMD) e o antifúngico cetoconazol (CTZ) são fármacos em fase de prospecção para o tratamento de doenças de peixes de criação. Assim, os objetivos deste estudo foram avaliar a toxicidade aguda e a segurança ambiental do uso do IMD e CTZ, com base nos valores de CE50 e CL50 para a macrófitaLemna minor, omicrocrustáceoDaphnia magna e o peixe Brachydaniorerio, e mensurar as variáveis físicas e químicas da água durante os ensaios com B. rerio. Os ensaios de toxicidade aguda foram realizados de acordo com normas nacionais e internacionais para estas espécies. Os organismos foram aclimatados em sala de bioensaio e após este período de aclimatação, foram realizados os ensaios preliminares (concentrações 0,1; 1,0; 10,0; 25,0; 50,0 e 100,0 mg L-1) para determinar o intervalo de concentração que causa zero e 100% de mortalidade. Como não ocorreu mortalidade durante os ensaios preliminares de todos os organismos testados, foi utilizado somente o controle a concentração limite estipulada por norma padrão de 100,0 mg L-1. Os ensaios definitivos foram realizados em tréplicas, com quatro colônias com três frondes cada uma de L. minor, dez neonatos de D. magna e cinco peixes por réplica. Não ocorreu mortalidade durante os ensaios definitivos de toxicidade aguda para as três espécies. Com exceção da CE50;48h do CTZ para a D. magna, que foi de 14,67 mg L-1 com limite inferior de 9,47 mg L-1 e com limite superior de 22,71 mg L-1 (classificado como pouco tóxico), a CL50 estimada de ambos terapêuticos para L. minor e para B. rerio e a CE50;48h do IMD para D. magna foram > 100,0 mg L-1 e os farmoquímicos foram classificados como praticamente não tóxico para as três espécies. O IMD e o CTZ não causaram alteração nas variáveis físicas e químicas da água durante os ensaios com o B. rerio. Os farmoquímicos foram considerados seguros para o uso na aquicultura devido à classificação de toxicidade favorável e por não alterar as variáveis físico-químicas da água.

Palavras-chave: Lemna minor; Daphnia magna; Brachydaniorerio; Toxicidade Aguda

1Centro de Aquicultura da Unesp, Jaboticabal/SP2NEPEAM: Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Matologia, FCAV, Jaboticabal/SP3Fundação Educacional de Barretos, Barretos/SP4Instituto de Pesca, São Paulo/SP

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Alterações hematológicas em pacu, Piaractus mesopotamicus expostos ao inseticida

teflubenzuron

Cynthia Venâncio Ikefuti1,2, Taise Florêncio1, Roberto Barbuio2, Silvia Patrícia Carraschi1,2, Natália Costa Reghini2, Ana Carolina Frascá2, Claudinei Cruz3, Maria J.

T. Ranzani-Paiva4

Resumo

O teflubenzuron (TFB) é um inseticida utilizado para o controle de parasitos de peixes, com potencial para o uso na aquicultura, no entanto, os fármacos podem causar modificações no quadro hematológico dos peixes. Assim, os objetivos deste estudo foram avaliar as alterações hematológicas em pacu, P. mesopotamicus expostos ao TFB. Os peixes, com peso médio de 131,19 ± 3,61 gramas, foram distribuídos aleatoriamente em tanques de 400 litros com fluxo contínuo. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com três repetições e quinze peixes (n=15) por réplica. Os peixes foram expostos, na forma de banho terapêutico, por duas horas, a concentração de 50,0 mg L-1 de TFB, com uma aplicação diária durante cinco dias. No sexto dia, três peixes de cada tanque foram selecionados e anestesiados com benzocaína (0,1 g L-1) e uma alíquota de sangue coletada por punção do vaso caudal. Deste material realizou-se o hematócrito (Ht), a taxa de hemoglobina (Hb), o número de eritrócitos (Er), a contagem total e diferencial de leucócitos e trombócitos e o cálculo dos índices hematimétricos, volume corpuscular médio (VCM) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). Após a exposição do TFB, ocorreu aumento no número de eritrócitos (1528,30 ± 0,16 no controle para 1708,90 ± 0,18 em 50,0 mg L-1), de leucócitos (11.639,33 ± 3216 no controle para 16.836,89 ± 4854 em 50,0 mg L-1), de trombócitos (17.911,44 ± 6607 no controle para 27.558,89 ± 6758 em 50,0 mg L-1) e de linfócitos (10.982,66 ± 284 no controle para 16.083,33 ± 4549 em 50,0 mg L-1) e diminuição no CHCM (28,03 ± 2,11 no controle para 24,37 ± 1,35 em 50,0 mg L-1). Essas alterações hematológicas sugerem um quadro de estresse, que causou uma hemoconcentração em consequência do aumento da diurese em resposta a presença do TFB em P. mesopotamicus.

Palavras-chave: Doenças; tratamento; piscicultura

1Centro de Aquicultura da Unesp, Jaboticabal/SP2Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Matologia, FCAV, Jaboticabal/SP3Fundação Educacional de Barretos, Barretos/SP4Instituto de Pesca, São Paulo/SP

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Distribuição espacial e amostragem sequencial da maturação do amendoim

Walter Maldonado Junior1, Thyago Augusto Medeiros Lira2, Cristiano Zerbato3, Rouverson Pereira da Silva4, José Carlos Barbosa5

Resumo

Antes de se iniciar o procedimento de arranquio e recolhimento do amendoim, é necessário se saber qual o estágio de maturação em que a cultura se encontra. O objetivo deste estudo foi estudar a distribuição espacial da maturação do amendoim e propor um plano de amostragem sequencial para aumentar a eficiência operacional da atividade. Os dados foram coletados em uma propriedade plantada com a variedade Runner-886 do município de Pitangueiras-SP, no momento do arranquio da cultura. Aproximadamente 100 vagens foram coletadas de 100 pontos distanciados entre si de 10 metros no sentido da linha de plantio e entre as linhas. A maturação das vagens foi determinada através do método “Hull Scrape”, que consiste na raspagem das vagens utilizando um jato de água sob pressão. Foram calculados os índices de agregação: razão variância/média, índice de Morisita, coeficiente de Green. A maturação apresentou valor de 77% ± 7,1 e distribuição aleatória, comprovada pelos índices de agregação calculados. A distribuição de frequências que melhor descreve o comportamento da maturação do amendoim no espaço é a distribuição de Poisson. Foi construído um plano de amostragem sequencial e o tamanho da unidade amostral foi redefinido.

Palavras-chave: aleatória; Poisson; Arachis hipogeae

1Doutorando do Departamento de Ciências Exatas FCAV UNESP Jaboticabal2Mestrando do Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola FCAV UNESP Jaboticabal3Doutorando do Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola FCAV UNESP Jaboticabal4Professor Assistente Doutor do Departamento de Engenharia Rural FCAV UNESP Jaboticabal5Professor Titular do Departamento de Ciências Exatas FCAV UNESP Jaboticabal

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Estimativa do grau de maturação de amostras de amendoim utilizando imagens digitais

Walter Maldonado Junior1, Thyago Augusto Medeiros Lira2, Cristiano Zerbato3, Rouverson Pereira da Silva4, José Carlos Barbosa5

Resumo

A estimativa do grau de maturação de uma plantação de amendoim é essencial para a tomada de decisão de colheita da cultura. Esse procedimento inclui uma etapa que é a avaliação da coloração das vagens classificando-as como maduras ou imaturas e, uma etapa subsequente, sua contagem. Tendo em vista que o processo de classificação por colocação é altamente subjetivo e que o processo de contagem é trabalhoso e demorado, o objetivo deste trabalho foi estudar técnicas de processamento de imagens digitais a fim de se automatizar a atividade descrita e padroniza-la. As imagens foram analisadas no padrão RGB e convertidas para o padrão HSV, a fim de se identificar as características que diferenciam as vagens da superfície onde foram dispostas e, posteriormente, diferenciar as maduras das imaturas. Foi utilizada limiarização nas camadas (RGB) da imagem e métodos de morfologia matemática para a remoção de ruídos e melhor definição de contornos. O número de vagens foi estimado através de regressão linear entre o número de pixels reconhecidos pelo método definido e o número contado manualmente. As camadas de saturação e de valor da imagem convertida para HSV foram limiarizadas, seguidos por abertura e fechamento morfológico e contagem. O valor de R2 apresentou-se em aproximadamente 0,96 para a estimativa do número total de vagens. O mesmo modelo foi utilizado para a estimativa do número de vagens imaturas, já que as tentativas de ajuste de modelos para os dados contados manualmente não passaram de 0,4 de R2. Este ocorrido pode ser facilmente explicado devido à subjetividade do método de classificação atual, considerando que as contagens foram efetuadas por pessoas diferentes.

Palavras-chave: processamento de imagens digitais; Arachis hipogeae; limiarização

1Doutorando do Departamento de Ciências Exatas FCAV UNESP Jaboticabal2Mestrando do Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola FCAV UNESP Jaboticabal3Doutorando do Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola FCAV UNESP Jaboticabal4Professor Assistente Doutor do Departamento de Engenharia Rural FCAV UNESP Jaboticabal5Professor Titular do Departamento de Ciências Exatas FCAV UNESP Jaboticabal

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Produção de fitomassa e acúmulo de nitrogênio em leguminosas

Thyago Augusto Medeiros Lira1, Gildriano Soares De Oliveira2, Biatriz De Oliveira Costa3, Afonso Lopes4, Cláudio Silva Soares5, Jeneilson Alves Da Silva6

Resumo

O presente trabalho foi conduzido no Campus II da Universidade Estadual da Paraíba, no município de Lagoa Seca-PB, tendo como objetivo avaliar a produção de fitomassa e o acúmulo de nitrogênio (N) na parte aérea das leguminosas Crotalária (Crotalaria juncea), Feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), Mucuna preta (Styzolobium aterrimum), Lab-lab (Dolichos lab-lab) e do Bredo vermelho (Amaranthus sp.) como testemunha, sendo respectivamente representadas por T1, T2, T3, T4 e T5. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, sendo representados por cinco tratamentos e quatro repetições. Na época de floração das leguminosas foi realizado o roço das mesmas, sendo sua parte aérea deixada sobre a superfície do solo. Neste momento foram coletadas 4 amostras de cada leguminosa com o auxílio de uma estrutura de madeira quadrática (0,25 m²). Para cada tratamento foram determinadas a fitomassa verde e seca e suas quantidades de nitrogênio. Constatou-se que as maiores produções de fitomassa seca da parte aérea foram apresentadas pelo bredo vermelho e pela crotalária. Para fixação de nitrogênio no solo a mucuna e a crotalária mostraram-se como melhor opção dentre os outros tratamentos.

Palavras-chave: Adubação verde; Macronutrientes; Cobertura do solo.

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 2Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 3Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 4UEPB/CAMPUS II5UEPB/CAMPUS II6Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural, UNESP/FCAV

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Ecotoxicidade do herbicida diquat para o caramujo Pomacea canaliculata

Nathalia Garlich1, Mayara Galatti Tedesque2, Ana Carolina Frascá2, Wilson Roberto Cerveira Júnior3, Natália Costa Reghini2, Adilson Ferreira da Silva1, Claudinei Cruz2,3,

Robinson Antonio Pitelli2

Resumo

No Brasil, o problema com macrófitas aquáticas tem crescido nos últimos anos, especialmente, em reservatórios de hidrelétricas, sendo necessárias medidas de controle. O controle químico possui menor impacto ambiental e maior custo benefício e, o diquat é um herbicida de contato com amplo espectro de ação e muito utilizado nos Estados Unidos, porém, é necessário avaliar os impactos diretos e indiretos da sua utilização. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda (CE50;48h) do diquat para o caramujo P. canaliculata e avaliar a qualidade da água durante o ensaio. Para a realização do ensaio os organismos foram aclimatados, por sete dias, em sala de bioensaio a 25,0 ± 2,0 e fotoperíodo de 12 horas de luz. As concentrações testadas foram 0,10; 0,32; 1,06; 3,43; 11,16; 36,26; 117,84 mg L-1 com um controle (sem adição do herbicida) com três réplicas e cinco organismos por réplica. Para o caramujo a concentração efetiva (CE50;48h) foi de 4,71 mg L-1 com limite inferior de 2,50 mg L-1 e limite superior de 8,88 mg L-1 o que caracteriza o diquat como moderadamente tóxico. No controle não ocorreu mortalidade dos caramujos. Na concentração 0,10 mg L-1 ocorreu 7% de mortalidade; em 0,32 mg L-1, foi de 27%; em 1,06 mg L-1, foi de 13%; em 3,43 mg L-1, foi de 33%; em 11,16 mg L-1, foi de 60%; em 36,26 mg L-1, foi de 93%; e em 117,84 mg L-1 ocorreu 100% de mortalidade dos animais expostos. Durante o período experimental não ocorreu alteração nos valores de temperatura (ºC) e pH. Para condutividade elétrica ocorreu variação nos valores médios de 210,4 µS cm-1 no controle para 368,4 µS cm-1. Este aumento pode ter ocorrido devido à degradação do produto e liberação de íons na água, devido à degradação do herbicida. Para o oxigênio ocorreu variação entre 4,24 mg L-1 no controle, para 5,45 mg L-1 na concentração 117,84 mg L-1. A diminuição de oxigênio pode ter ocorrido devido à mortalidade dos organismos na maior concentração aumentando o oxigênio disponível na água. O diquat é considerado moderadamente tóxico ao o organismo teste caramujo, o que indica que ao utilizar este herbicida no ambiente aquático deve-se utilizar as técnicas adequadas de manejo.

Palavras-chave: Ecotoxicidade, segurança ambiental e bioindicador

1Pós graduação em Agronomia Produção Vegetal, FCAV, UNESP2Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais em Matologia, FCAV,UNESP3Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia de Agrotóxicos da Fundação Educacional de Barretos

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Uso de sistemas de informações geográficas para determinar o balanço hídrico espacial da cultura

Gildriano Soares de Oliveira1, Beatriz de Oliveira Costa2, Thyago Augusto Medeiros Lira3, Franciele Morlin Carneiro4, Janaína Ferreira Guidolini5, Michele Cláudia Da

Silva6, Teresa Cristina Tarlé Pissarra7

Resumo

O balanço hídrico espacial é uma ferramenta importante para tomada de decisão, principalmente para decidir qual o melhor manejo a ser aplicado na cultura da cana-de-açúcar, o déficit hídrico relativo é um parâmetro fundamental para determinar a quebra de produtividade causada pela falta de água. O objetivo deste trabalho foi mapear a deficiência hídrica relativa média da cana-de-açúcar no município de Fernandópolis região Noroeste do Estado de São Paulo utilizando técnicas de geoprocessamento. A metodologia utilizada para elaboração dos mapas de deficiência hídrica relativa da cultura da cana-de-açúcar foi pelo balanço hídrico espacial da cultura. Para isto, utilizaram-se como base o mapa pedológico do Estado de São Paulo e os dados climáticos da estação agrometeorológica de Jales-SP (CIIAGRO-IAC). De acordo com os resultados obtidos a fase de desenvolvimento vegetativo foi a que apresentou maior variação na deficiência hídrica relativa ponderada para cana planta com 51,02% e 65,60% para cana soca no mês de agosto. Portanto, conclui-se que o método empregado para a determinação do deficit hídrico relativo da cultura pode permitir um planejamento do plantio e da colheita aumentando a produtividade uma vez que permite visualizar o período crítico de água disponível no solo para planta e adequar o desenvolvimento vegetativo de modo que não coincida com o mês de agosto, reduzindo assim o estresse hídrico e verificando a necessidade do uso de irrigação suprir a deficiência hídrica da cana-de-açúcar.

Palavras-chave: ambiente de produção; produtividade; água no solo; geoprocessamento.

1Mestrando em Ciências do Solos pela FCAV UNESP 2Doutoranda em Produção Vegetal pela FCAV UNESP 3Mestrando em Ciências do Solos pela FCAV UNESP 4Mestrando em Produção Vegetal pela FCAV UNESP 5Mestranda em Ciências do Solos pela FCAV UNESP 6Doutoranda em Ciências do Solo pela FCAV UNESP 7Professora Assistente de Doutora pela FCAV UNESP

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Geoprocessamento como base para práticas conservacionistas na bacia hidrográfica do Córrego

Rico, SP

Beatriz de Oliveira Costa1, Gildriano Soares de Oliveira2, Thyago Augusto Medeiros Lira3, Franciele Morlin Carneiro4, Janaína Ferreira Guidolini5, Michele Cláudia Da

Silva6, Teresa Cristina Tarlé Pissarra7

Resumo

Conservação do solo deve ser uma prerrogativa da sociedade e o custo de reposição de nutrientes para a manutenção da fertilidade é maior que a perda de solo que ocorre quando a implantação do sistema produtivo é realizada sem conservação. O fator P práticas conservacionistas refere-se às práticas de manejo do solo direcionadas à sua preservação e está diretamente relacionado à declividade da área, reduzindo a perda de solo em diferentes sistemas de plantio. O objetivo deste estudo foi analisar as condições de uso e ocupação na bacia e sugerir aos órgãos competentes, ações mitigadoras de impactos agroambientais. O trabalho foi realizado na bacia hidrográfica do Córrego Rico, localizada no nordeste do Estado de São Paulo, nas coordenadas, latitudes 21º10’ S e 21º28’ S – longitude 48º10’ W e 48º35’ W, com extensão de aproximadamente 579 km2, entre altitudes de 497 a 754 m. Fez-se a classificação supervisionada da área, por imagem do satélite Landsat 5, no programa ArcGIS, associando pixels a uma “objeto”, resultando em mapas com o total de área de cada classe: 1. Frutíferas; 2. Mata; 3. Água; 4. Solo Exposto; 5. Cidades e Edificações; 7. Pinus e Eucalipto; 8. Outros Usos e 9. Cana-de-açúcar. Cada cultura oferece uma capacidade de proteção ao solo. A cada uma das classes, foi atribuído um valor para P com e sem o uso de práticas conservacionistas. A falta de incentivos econômicos à adoção de medidas para mitigação de impactos agroambientais torna muito difícil a reversão do quadro atual de degradação dos recursos naturais. A elaboração de uma política de incentivos está diretamente concatenada à manutenção e até mesmo à ampliação da eficiência produtiva da agricultura.

Palavras-chave: Fator P; Sensoriamento Remoto; Conservação do solo e água

Agradecimentos: À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo auxílio financeiro.

1Doutoranda em Produção Vegetal pela FCAV UNESP – Departamento de Engenharia Rural2Mestrando em Ciências do Solos pela FCAV UNESP – Departamento de Engenharia Rural3Mestrando em Ciências do Solos pela FCAV UNESP 4Mestrando em Produção Vegetal pela FCAV UNESP 5Mestranda em Ciências do Solos pela FCAV UNESP 6Doutoranda em Ciências do Solo pela FCAV UNESP 7Professora Assistente de Doutora pela FCAV UNESP

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Toxicidade aguda do oxicloreto de cobre para Azolla caroliniana

Nathalia Garlich1, Wilson Roberto Cerveira Júnior2, Ana Carolina Frascá3, Mayara Galatti Tedesque3, Natália Costa Reghini3, Adilson Ferreira da Silva1, Claudinei da

Cruz2,3, Robinson Antonio Pitelli3

Resumo

Os resíduos lançados nos ecossistemas aquáticos decorrentes das atividades urbanas e industriais ajudam na eutrofização da água e prejudicam seus usos múltiplos. Com o aumento das algas pode ocorrer diminuição do oxigênio dissolvido na água, aumentar a liberação de toxinas e causar prejuízos para o abastecimento. A utilização de uma fonte de cobre pode ser uma alternativa para controle de algas em ambientes aquáticos, porém estudos ecotoxicológicos para organismos não alvos são necessários. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a concentração letal 50% (CL50,7d) e porcentagem de mortalidade de A. Caroliniana exposta ao oxicloreto de cobre. Os ensaios foram realizados em sala de bioensaio com temperatura a 25,0 ± 2,0 e fotoperíodo de 12 horas de luz. E as plantas foram aclimatadas por um período de três dias. A seguir, foram selecionadas cinco plantas em recipiente de vidro de 100 mL contendo 50 mL de meio de cultivo Hoagland e após 24 horas adicionado mais 50 mL do meio com as concentrações a serem testadas. As concentrações testadas foram 0,10; 0,32; 1,06; 3,43; 11,15; 36,26; 118,0 mg.L-1com um controle e três réplicas. A avaliação da porcentagem de mortalidade foi estimada em três, cinco e sete dias após a exposição ao produto utilizando escala de notas de (E a A) as notas foram transformadas em porcentagem de mortalidade e cada planta clorótica ou necrótica correspondeu a 20% da mortalidade, sendo A entre 91 e 100%; B, entre 81 e 90%; C, entre 71 e 80%; D, entre 41 e 70%; e E, entre 0 e 40% de mortalidade. Para a A. caroliniana a concentração letal (CL50;7d) foi > 1000 mg.L-1 não ocorrendo mortalidade em nenhuma das concentrações testadas classificando assim o oxicloreto de cobre como praticamente não tóxico. Conclui-se que oxicloreto de cobre tem potencial para ser utilizado em ambiente aquático devido a sua classificação ecotoxicológica favorável para a macrófita aquática Azolla caroliniana, porém realizar estudos com outros organismos bioindicadores são necessários para corroborar sua utilização em ambiente aquático.

Palavras-chave: Ecotoxicidade, eutrofização e cobre.

1Pós graduação em Agronomia Produção Vegetal,FCAV,UNESP2Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia de Agrotóxicos da Fundação Educacional de Barretos3Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais em Matologia, FCAV, UNESP

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Produtos de pescado registrados no Sistema de Inspeção Estadual do Estado de São Paulo

Gabriel Augusto Marques Rossi1, Maria Fernanda Garnica1, Laryssa Freitas Ribeiro1, Ana Carolina Siqueira Gonçalves1, Carlos Eduardo Gamero Aguilar1, Henrique

Meiroz de Souza Almeida1, Ana Maria Centola Vidal Martins2

Resumo

Segundo o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, entende-se por pescado os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios e quelônios de água doce ou salgada utilizados na alimentação humana. Esses produtos são consumidos por apresentarem diversos nutrientes, os quais são indispensáveis para manutenção da saúde humana. Assim, objetivou-se avaliar quais são os produtos que possuem registro para comercialização em entrepostos e fábricas de conservas de pescados registrados no Sistema de Inspeção Estadual do Estado de São Paulo (SISP). Os dados foram obtidos de 32 indústrias, das quais quatro (12,5%) pertencem à categoria “Fábrica de conservas de pescado” e as demais 28 (87,5%) são consideradas como “Entreposto de pescado”. Foi observado que dentre os 169 produtos registrados nessas indústrias, 42,01% (71/169) correspondiam a filé de pescado, 21,30% (36/169) a peixe congelado, 17,75% (30/169) a moluscos, 15,38% (26/169) a camarões, 1,78% (3/169) a carne de siri e 1,78% (3/169) a carne de rã. Observa-se que grande percentual corresponde ao filé de pescado, o qual necessita de rigorosas medidas de higiene durante a manipulação para redução da contaminação com muco presente no corpo do animal e também oriunda das guelras. As demais categorias apresentaram baixa representatividade, demonstrando o potencial de expansão de produção e comercialização desses produtos a consumidores. Conclui-se que o filé de pescado é o produto de maior representatividade nas indústrias registradas no SISP, o qual necessita de controle da higiene durante a manipulação para o fornecimento de alimentos seguros à população consumidora.

Palavras-chave: Filé de Pescado, Moluscos, Peixe, Produtos de origem animal, Rã

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal2Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (USP/FZEA)

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Avaliação da contaminação do córrego da onça no município de Três Lagoas-MS pelo anti-inflamatório

Diclofenaco.

Juliana Heloisa Pinê Américo1, Nádia Hortense Torres2, Diego Javier Perez Ortega3, Gabriela Helena Pinê Américo4, William Deodato Isique5, Sérgio Luís de Carvalho6

Resumo

O uso intensivo de produtos farmacêuticos para o tratamento de doenças assim como seu descarte inadequado tem promovido a contaminação dos recursos hídricos, pois muitos destes contaminantes não são totalmente removidos nos sistemas de tratamento de esgoto. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a contaminação do córrego da Onça localizado no município de Três de Lagoas - MS pelo anti-inflamatório diclofenaco. Realizou-se nesse corpo hídrico um monitoramento do anti-inflamatório durante doze meses consecutivos (outubro/2008 a setembro/2009). Amostras de água (1L) foram coletadas mensalmente em seis pontos georreferenciados e denominados da seguinte forma: Lagoa do Meio (P1: 20°46’24’’S 51°42’37’’W); Lagoa Maior (P2: 20°47’12’’S 51°42’56’’W); Final da Canalização (P3: 20°48’16’’S 51°42’15’’W); Jusante da Estação de Tratamento de Esgoto (P4: 20°48’59’’S 51°41’59’’ W); Novas Nascentes (P5: 20°49’33’’S 52°41’52’’S) e Foz (P6: 20°54’20’’S 52°38’55’’W), representando diferentes seções do córrego. As amostras foram submetidas ao processo de extração em fase sólida e analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência no Laboratório de Saneamento da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP). O fármaco foi encontrado em todos os pontos amostrais sendo detectado em 100% das amostras coletadas no P3, P4 e P6. No P2 o anti-inflamatório foi detectado em 75 % das amostras (concentração máxima de 0,81 µg.L-1) enquanto que no P1 83% das amostras estavam contaminadas pelo fármaco (concentração máxima de 1,79 µg.L-1). A ocorrência de diclofenaco nessas lagoas urbanas pode estar associada à presença de ligações clandestinas de esgoto sanitário. No P5 não há evidências da presença de esgoto, entretanto, a contaminação pelo fármaco neste local pode ser provinda da água que é contaminada em outros pontos do córrego e alcança estes afloramentos de água. A maior concentração do diclofenaco (8,250 µg.L-1)foi registrada em P4 . Esta maior concentração do anti-inflamatório em P4 pode ser uma evidência de que a Estação de Tratamento de Esgoto está concentrando esta substância ao invés de reduzi-la, ou seja, o fármaco presente no efluente é lançado diariamente no córrego e assim pode aumentar sua concentração no corpo d’água, além da possibilidade de acumular-se no sedimento. A presença de fármacos nos ambientes aquáticos pode comprometer a qualidade da água destinada ao consumo humano e causar prejuízos aos organismos aquáticos expostos.

Palavras-chave: Fármaco; Recursos Hídricos; Estação de Tratamento de Esgoto

1Doutoranda no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP, e-mail: [email protected] no Centro de Energia Nuclear na Agricultura(CENA/USP), Piracicaba/SP3Doutorando na Faculdade de Engenharia de Sorocaba(UNESP), Sorocaba/SP4Mestranda na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP5Pós-doutorando na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP6Professor Adjunto na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP

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Qualidade tecnológica da cana-de-açúcar em função de doses de nitrogênio na presença e ausência de

silício

Gilmara Pereira da Silva1, Cid Naudi Silva Campos2, Leónides Castellanos Gonzales3, Sylvia Letícia Oliveira Silva2, Gabriel Barbosa da Silva Júnior2, Leandro Rosatto

Moda2, Renato de Mello Prado2

Resumo

Os incrementos nas áreas cultivadas com a cultura da cana-de-açúcar é fruto de todas as tecnologias empregadas. Dentre estas a adubação assume papel importante, no rendimento agrícola e industrial, além da necessidade da correção do solo. Nesse sentido objetivou-se avaliar a qualidade tecnológica da cana-de-açúcar na quarta soqueira em função de doses de nitrogênio na presença e na ausência de silício. O experimento foi realizado na UNESP - Câmpus de Jaboticabal-SP. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5x2, sendo cinco doses de nitrogênio (0; 40; 80; 120 e 160 kg ha -1 de N) e dois materiais corretivos, o silicato (presença de Si) e calcário (ausência de Si), com quatro repetições. O trabalho foi realizado na quarta soqueira da cana-de-açúcar utilizando a variedade RB855156. Na ocasião da colheita foi realizada a amostragem de colmo para a avaliação da qualidade tecnológica da cana-de-açúcar, realizada a partir de 10 colmos contidos na linha central de cada parcela. As avaliações da qualidade tecnológica foram realizadas na usina São Martinho com determinação de fibra e açúcar teórico recuperável. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o teste F a 5 % de probabilidade. Para a fonte de variação doses de N associada ao uso de corretivos foi realizada a análise de regressão polinomial, utilizando o software SISVAR, versão 5.3 BETA. A adubação nitrogenada quando associada ao uso de corretivos não promoveu efeito na produção de fibra. No entanto para o açúcar teórico recuperável as doses de N quando associada ao uso de silício promoveu incrementos lineares na produção de açúcar Teórico Recuperável.

Palavras-chave: Saccharum spp; corretivos; colmo

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP. e-mail: [email protected] de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP3Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade de Cienfuegos, Cuba, Professor convidado CAPES-UNESP

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Produção de matéria seca da cana-de-açúcar em função de doses de nitrogênio na presença e

ausência de silício

Gilmara Pereira da Silva1, Cid Naudi Silva Campos2, Leónides Castellanos Gonzales3, Sylvia Letícia Oliveira Silva2, Gabriel Barbosa da Silva Júnior2, Leandro Rosatto

Moda2, Renato de Mello Prado2

Resumo

Estudos vêm mostrando que aplicação de Si pode garantir a máxima expressão do N, sustentando o potencial das plantas especialmente a cana-de-açúcar em sistemas altamente produtivos. Assim, o efeito do Si tende a ser mais intenso em cultivos com doses altas de nitrogênio. Nesse sentido objetivou-se avaliar a produção de matéria seca da cana-de-açúcar na quarta soqueira em função de doses de nitrogênio na presença e na ausência de silício. O experimento foi realizado na UNESP - Câmpus de Jaboticabal-SP. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5x2, sendo cinco doses de nitrogênio (0; 40; 80; 120 e 160 kg ha-1 de N) e dois materiais corretivos, o silicato (presença de Si) e calcário (ausência de Si), com quatro repetições. O trabalho foi realizado na quarta soqueira da cana-de-açúcar utilizando a variedade RB855156. No momento da colheita, foi coletadas amostras de plantas e separadas em folhas e colmo, secas em estufa de circulação forçada de ar a 65ºC até atingir peso constante, depois de secas foi determinado à matéria seca de folha e colmo. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o teste F a 5 % de probabilidade. Para a fonte de variação doses de N associada ao uso de corretivos foi realizada a análise de regressão polinomial, utilizando o software SISVAR, versão 5.3 BETA. Houve maior produção de matéria seca de folha com a associação dose de N e uso de escória na dose de 120 kg ha-1 de N. No entanto para a produção de matéria seca de colmo a interação doses de N e uso de calcário promoveu maior produção.

Palavras-chave: Saccharum spp; calcário; escória

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias8, Jaboticabal, SP. e-mail: [email protected] de Ciências Agrárias e Veterinárias8, Jaboticabal, SP3Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade de Cienfuegos, Cuba, Professor convidado CAPES-UNESP.

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Resposta de duas populações de Rottboellia exaltata a herbicidas aplicados em pós-emergência

Leonardo José Petean Gomes1, Núbia Maria Correia2

Resumo

Devido à escassez de informações na literatura sobre o manejo de Rottboellia exaltata na cultura da cana-de-açúcar, objetivou-se estudar o controle químico de duas populações dessa espécie, oriundas de sementes coletadas em canaviais de dois municípios do estado de São Paulo (Igarapava e Engenheiro Coelho). Dois experimentos foram desenvolvidos em vasos mantidos em condições ambiente. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. No primeiro experimento (Fatorial 7 x 2), os herbicidas mesotrione (0,192 kg ha -1) isolado e em mistura (0,12 kg ha-1) com atrazine (2,0 kg ha-1), ametryn (1,5 kg ha-1), metribuzin (0,96 kg ha-1) e diuron + hexazinone (0,819 + 0,231 kg ha-1), além de clomazone isolado (1,2 kg ha-1), foram pulverizados em plantas com 3 e 4 folhas das duas populações. No segundo (Fatorial 12 x 2), os herbicidas ametryn (1,5 e 3,0 kg ha-

1), metribuzin (0,96 e 1,92 kg ha-1) e diuron + hexazinone (0,819 + 0,231 e 1,17 + 0,33 kg ha-1) isolados e em mistura (1,5; 0,96 e 0,819 + 0,231 kg ha-1, respectivamente) com mesotrione (0,12 kg ha-1), além de mesotrione (0,192 kg ha-1) e clomazone (1,2 kg ha-1) isolados, foram aplicados em plantas com 1 e 2 perfilhos das duas populações. Em ambos, foram mantidas duas testemunhas sem aplicação, uma para cada população. A pulverização foi feita com o auxílio de um pulverizador costal, à pressão constante, munido de barra com dois bicos de jato plano, espaçados de 0,5 m, com consumo de calda equivalente a 200 L ha-1. Aos 14 e 28 dias após a aplicação (DAA) foram realizadas avaliações visuais de controle e aos 28 DAA quantificou-se a matéria seca da parte aérea. Nas duas épocas de aplicação, não houve diferença significativa entre as populações de R. exaltata para porcentagem de controle e matéria seca de plantas, independentemente do herbicida testado. Os tratamentos mesotrione e mesotrione mais atrazine foram ineficazes no controle de R. exaltata. Enquanto ametryn, metribuzin e diuron + hexazinone foram eficazes para plantas com 1 e 2 perfilhos, dispensando a associação ao mesotrione. Resultado similar ocorreu para o clomazone em plantas com 3 e 4 folhas.

Palavras-chave: capim-camalote; controle químico; variabilidade genética

1Departamento de Fitossanidade, FCAV UNESP,Jaboticabal/SP. E-mail: [email protected], Brasília/DF.

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Rumenostomia com colocação de cânula permanente em ovelhas (Ovis aries) da raça Santa

Inês

Samuel Santos Sousa, Annita Morais Girardi, Amanda Festa Sabes, Gabriela Marchiori Bueno, Yuri Bonacin, Tiago Caparica Módolo, Beatriz de Assis Pimenta,

José Antônio Marques, Luiz Carlos Marques1

Resumo

Descreve-se o procedimento cirúrgico de rumenostomia com colocação de cânula permanente realizado em ovelhas Santa Inês induzidas experimentalmente à acidose láctica rumenal. Foram utilizadas 7 ovelhas adultas, hígidas, mantidas em baias sob dieta com feno de tifton (Cynodon dactylon), água potável e mistura mineral ad libitum recebendo, posteriormente, até 80% de alimento concentrado. Para o procedimento cirúrgico, sob tranquilização com 0,1 mg/kg de cloridrato de xilazina IM, os animais passaram por tricotomia do flanco esquerdo, seguida de antissepsia com clorexidina degermante 2% e iodopovidona 10%. Realizou-se anestesia local subcutânea em L invertido com cloridrato de lidocaína sem vasoconstritor diluída na proporção 1:1 em solução fisiológica estéril. Fez-se incisão dorsoventral de aproximadamente 8 cm na pele, na parte superior do flanco esquerdo, caudal à 13ª costela. Seguiu-se a divulsão do tecido subcutâneo e hemostasia dos vasos de maior calibre com fio categute cromado 0. Incidiu-se e divulsionou-se os músculos oblíquos externo e interno abdominais com tesoura. A parede do rúmen foi exposta e suturou-se a serosa rumenal, peritônio, camadas musculares e pele com fio de algodão 0, em ponto simples separado, ao redor da ferida cirúrgica. Incidiu-se dorsoventralmente, no centro da parede rumenal exposta, onde foi inserida cânula rumenal de silicone de 2” de diâmetro. Aplicou-se iodopovidona tópica 10% sobre a ferida e unguento ao redor da cânula. Administrou-se 30.000 UI/kg IM de penicilina a cada 48 horas, perfazendo 5 aplicações e 2 mg/kg IM de flunixin meglumine a cada 24 horas, por 3 dias. Diariamente, aplicou-se iodopovidona tópica 10% sobre a ferida cirúrgica e unguento em torno da cânula, até cicatrização. Retiraram-se os pontos cirúrgicos 10 dias pós-cirurgia. Os animais tiveram pós-operatório adequado, sem sinais de dor, alimentando-se e ingerindo água no dia posterior à cirurgia, com motilidade rumenal dentro da normalidade. A rumenostomia auxiliou de maneira eficaz a colheita de fluído rumenal, diminuindo o estresse e evitando a contaminação por saliva, o que aconteceria na colheita por sonda esofágica. No decorrer do experimento, ocorreram algumas perdas de cânulas, pois as mesmas se deformaram e as fístulas aumentaram de diâmetro com o tempo. As perdas ocorriam principalmente à noite, quando os animais deitavam-se com o rúmen repleto. Observou-se extravasamento constante de pequena quantidade de fluído rumenal pela fístula.

Palavras-chave: acidose láctica rumenal; cirurgia; fístula rumenal; fluído rumenal; ovinos

Agradecimentos: Ao apoio financeiro concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio de Bolsa de Doutorado (Processo FAPESP nº 2012/09111-7) e Auxílio à Pesquisa (Processo FAPESP nº 2012/09220-0).

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1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP Univ Estadual Paulista

Efeito alopático de extratos aquosos de pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis) e

glicerina sobre a brotação de plantas daninhas em condições controladas

Clara Degli Esposti1, Reinaldo José Álvarez Puente2, Leandro Rosatto Moda1, Lucas José Brame1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Sylvia Letícia Oliveira Silva1

Resumo

Alguns vegetais liberam produtos do seu metabolismo secundário que podem impedir ou estimular a germinação e/ou o desenvolvimento de outras plantas relativamente próximas, caracterizando um processo alelopático. Neste sentido objetivou-se com este trabalho verificar o efeito da Glicerina residual da produção de Biodiesel como adjuvante à um extrato de Pinus, conhecido pela sua característica alelopática. Para isto foi desenvolvido um experimento em condições de casa de vegetação no município de Jaboticabal-SP, nos meses de fevereiro a abril de 2014. O ensaio foi realizado através da obtenção de extratos aquosos de acículas de Pinus (Pinus caribaea Morelet var. hondurensis), obtidas por maceração de 60 gramas de acículas da planta, durante 48 horas e misturadas com Glicerina residual. As unidades experimentais foram constituídas por pratos de 28 cm de diâmetro, preenchidos com um Argissolo, misturado e peneirado, e divididos a metade. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 8 repetições. Os tratamentos foram: testemunha, extratos de Pino e extratos de Pinus misturados com Glicerina (180 ml L -

1). Os tratamentos foram aplicados duas vezes ao dia, nas duas primeiras semanas, daí em diante, nas sete semanas posteriores que durou o experimento, aplicou-se somente água destilada. Realizou-se um inventario semanal das plantas daninhas que brotaram nas parcelas. Os extratos do Pinus não demostraram interferência sobre as sementes de plantas daninhas, embora misturado com Glicerina, promoveu-se um controle total da brotação, o que demostra as possibilidades desta mistura para o controle pré-emergente de plantas daninhas em condições controladas.

Palavras-chave: herbicida natural; glicerol; plantas daninhas

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad de montaña del Escambray, Universidad de Sancti Spiritus, Cuba

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Avaliação agronômica do efeito da glicerina sobre a cultura do milho (Zea mays l.) em condições

controladas

Clara Degli Esposti1, Reinaldo José Álvarez Puente2, Leandro Rosatto Moda1, Sylvia Letícia Oliveira Silva1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Lucas José Brame1

Resumo

A glicerina é empregada em quase todos os tipos de indústrias. O Brasil ao produzir biodiesel para adição de 5% no óleo diesel (aproximadamente 2,6 milhões de toneladas do biocombustível por ano) gera aproximadamente 300 mil toneladas de glicerina por ano em média. Na agricultura existem alguns trabalhos que abordam o uso da glicerina como fertilizante na cultura da Soja, para compostagem e adjuvantes na calda de pulverização de herbicidas. Outros trabalhos mostraram que a glicerina é um promissor agente de retenção de água e um interferente na difusão do fertilizante por lixiviação. Desta forma, realizou-se um experimento em condições de casa de vegetação no município de Jaboticabal-SP, Brasil, nos meses de janeiro a abril de 2014, utilizando-se a cultura do milho (Zea mays L.), com o objetivo de avaliar o efeito da glicerina residual da produção de biocombustíveis em associação com ureia sobre a fertilidade do solo e as variáveis vegetativas, acúmulo de matéria seca e de N pelas plantas. As unidades experimentais foram constituídas por vasos de 5 dm3 de capacidade. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em arranjo fatorial no esquema 4x2 e três repetições. Os tratamentos foram: testemunha, glicerina, ureia e ureia + glicerina em Argissolo e em Latossolo. As avaliações foram feitas para determinar o índice da cor verde (ICV), área foliar, acúmulo de massa seca por vaso e de N na parte aérea no solo. Através dos resultados obtidos é possível afirmar que a glicerina quando aplicada isoladamente e com ureia não interferiu negativamente no desenvolvimento das plantas de milho independentemente dos tipos de solo validados.

Palavras-chave: Glicerol; solo; adubação

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad de montaña del Escambray, Universidad de Sancti Spiritus, Cuba

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Crescimento e produção de capim Tanzânia em função de corretivos de acidez e doses de fósforo

em primeiro corte

Leandro Rosatto Moda1, Renato de Mello Prado1, Reinaldo José Álvarez Puente2, Clara Degli Esposti1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Sylvia Letícia Oliveira Silva1,

Leónides Castellanos Gónzales3

Resumo

O capim-tanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia) vem se destacando entre as forrageiras pela notável adaptação a diferentes tipos de solo e clima brasileiros. Entretanto, a aplicação de calcário tem sido o principal método para a correção da acidez devido ao seu baixo custo, facilidade de aplicação e aumento da disponibilidade de Ca e Mg. Porém, outro método alternativo utilizado para a correção de acidez é a aplicação de silicatos de Ca e Mg. Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e produção de matéria seca do capim Tanzânia, em solo com baixo teor de P, corrigido com escória de siderurgia e calcário, adubado com diferentes doses de P e cultivado em casa de vegetação em primeiro corte. O delineamento experimental foi em esquema fatorial 2x5 com três repetições. Os tratamentos foram constituídos de aplicação de calcário (PRNT = 70%) e silicato de cálcio e magnésio (PRNT = 72,3%) a fim de elevar a saturação por bases do solo à 70%, os materiais corretivos foram aplicados cerca de 90 dias antes da semeadura. A outra fonte de variação foram quatro doses de P (0, 100, 200, 300 e 600 mg dm -3) na forma de superfosfato triplo (45% P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%). Aos 30 dias de desenvolvimento foram realizadas avaliações do número de perfilhos. Em seguida efetuou-se o corte das plantas e o material foi encaminhado ao laboratório, seco em estufa de circulação forçada de ar a 65oC até peso constante, e então determinada a massa seca da parte aérea das plantas. O número de perfilhos e produção de massa seca variaram em função das doses de P aplicadas, sendo que para o número de perfilhos o calcário apresentou ajuste linear crescente com as doses de P e quando aplicado escória o ajuste obtido foi quadrático decrescente, sendo a dose que promove o maior perfilhamento, de 6,1 perfilhos por planta, igual a 449,5 mg dm-3 de P, correspondendo à 899 kg ha-1 de P2O5. Em relação a produção de massa seca quando aplicado calcário e escória ocorreu ajuste quadrático decrescente com a dose de 447,5 e 450 mg dm-3 promovendo uma produção de 4,3 e 4,6 g.planta-1. Os resultados demonstram que em primeiro corte da forrageira capim Tanzânia a aplicação da escória de siderurgia pode ser empregada com sucesso uma vez que o perfilhamento e a produção de massa seca foram semelhantes entre os tipos de corretivo, apresentando uma elevada importância para a correção de solos empregados para o pastejo.

Palavras-chave: Calcário; escória de siderurgia; Panicum maximum

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray (FAME) de la Universidad de Sancti Spiritus "José Martí"3Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP.

Anais do VIII Encontro de Pós Graduandos – UNESP Jaboticabal (2014).ISBN: 978-85-61848-13-2 - http://www.fcav.unesp.br/apg

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Utilização de calcário e escória no solo associados à doses de fósforo e efeitos sobre Capim Tanzânia em

segundo corte

Leandro Rosatto Moda1, Renato de Mello Prado1, Reinaldo José Álvarez Puente2, Clara Degli Esposti1, Leonides Castellanos Gónzales3, Sylvia Letícia Oliveira Silva1,

Gabriel Barbosa da Silva Júnior1

Resumo

O capim-tanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia) vem se destacando entre as forrageiras pela notável adaptação a diferentes tipos de solo e clima brasileiros. Entretanto, as áreas de cerrado no Brasil, onde se pratica o cultivo das forrageiras, possuem elevado grau de degradação com 70-80% das áreas com baixa produtividade devido a limitações de uso, tais como toxicidade de alumínio, deficiência de fósforo e baixo pH. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e produção de matéria seca do capim Tanzânia, em solo com baixo teor de P, corrigido com escória de siderurgia e calcário, adubado com diferentes doses de P e cultivado em casa de vegetação em segundo corte. O delineamento adotado foi em esquema fatorial 2x5 com três repetições. Os tratamentos foram constituídos de aplicação de calcário (PRNT = 70) e silicato de cálcio e magnésio (PRNT = 72,3%) a fim de elevar a saturação por bases do solo à 70%, os materiais corretivos foram aplicados cerca de 90 dias antes da semeadura. A outra fonte de variação foram quatro doses de P (0, 100, 200, 300 e 600 mg.dm-3) na forma de superfosfato triplo (45% P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%). Após 30 dias de desenvolvimento, posteriores ao primeiro corte, foram realizadas avaliações do número de perfilhos e área foliar. Em seguida efetuou-se o corte das plantas e o material foi encaminhado ao laboratório, seco em estufa de circulação forçada de ar a 65 oC até peso constante, e então determinada a massa seca da parte aérea das plantas. Houve interação entre os dois fatores para o perfilhamento, área foliar e produção de massa seca. A aplicação de calcário resultou em ajuste linear crescente com a aplicação de P, sendo os maiores valores sempre obtidos pela maior dose aplicada, no entanto a aplicação de escória resultou em ajuste quadrático decrescente, para as três variáveis. Isto indica que a aplicação de escória em conjunto com doses mais elevadas de P podem prejudicar a cultura, fator evidenciado pela redução do número de perfilhos, área foliar e massa seca, no entanto se administrado em doses mais baixas podem vir a suprir eficientemente a cultura, atingindo valores de 545 cm2.planta-1 de área foliar, com 396 mg.dm-3 de P; 6,5 perfilhos.planta-1, com 470 mg.dm-3 de P e 6,0 g.planta-1, com 452 mg.dm-3 de P.

Palavras-chave: Panicum maximum; superfosfato triplo, corretivo de acidez.

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray (FAME) de la Universidad de Sancti Spiritus "José Martí"3Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP

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Características agronômicas de milho no cultivo solteiro e consorciado com braquiária no sistema

plantio direto

Camila Baptista Do Amaral1, Fábio Luiz Checchio Mingotte1, Carolina Cipriano Pinto1, Jordana Araújo Flôres1, Lucas Nathan Taliate2, Leandro Borges Lemos3,

Domingos Fornasieri Filho3

Resumo

O plantio direto é um sistema de produção conservacionista que tem como um dos fundamentos manter cobertura permanente sobre o solo. Todavia, a formação da palhada pode ser um entrave em regiões tropicais, onde a temperatura e a umidade favorecem a rápida decomposição da palhada. Como alternativa para este problema, o consórcio da cultura do milho com a braquiária (Sistema Santa Fé) têm sido cada vez mais estudado, uma vez que o cultivo de milho solteiro pode não proporcionar o adequado recobrimento do solo. Contudo, há necessidade de se estudar o desempenho do milho quando em consórcio com a braquiária. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou avaliar as características agronômicas do milho quando em consórcio com a braquiária (Urochloa ruziziensis), em comparação ao cultivo solteiro. O experimento foi conduzido no município de Jaboticabal – SP, em Latossolo vermelho eutroférrico, textura argilosa, em área sob plantio direto desde 2008. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com 15 repetições. Os tratamentos constituíram de dois sistemas de cultivo de milho: solteiro e em consórcio com braquiária. A semeadura do milho solteiro (híbrido simples AG 7088 VTPRO2) ocorreu em 07/12/2012, na densidade populacional estimada de 60.000 plantas ha-1, com linhas espaçadas de 0,90 m. A adubação de semeadura foi constituída de 330 kg ha-1 do formulado 08-28-16. Na adubação de cobertura, foi aplicado 160 kg ha-1 de N e 80 kg ha-1 de K2O, parcelado nos estádios V4 e V8. No consórcio com a braquiária, o milho foi semeado nos mesmos procedimentos citados, efetuando-se simultaneamente a semeadura da forrageira nas entrelinhas do milho em fileira dupla, espaçadas de 0,22 m. No estádio R6 (maturidade fisiológica), foi avaliada a altura de plantas e de inserção da primeira espiga, produtividade (13% b.u.), índice de colheita, diâmetro e comprimento da espiga e massa de mil grãos. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros avaliados entre os dois sistemas de cultivo. A produtividade de grãos, tanto no cultivo solteiro quanto em consórcio, foi superior a 10.000 kg ha -1. Conclui-se que o cultivo em consórcio não afeta as características agronômicas do milho.

Palavras-chave: Zea mays; Urochloa ruziziensis; sistemas de produção

Agradecimentos: Os autores agradecem à CAPES pela concessão da bolsa de mestrado da primeira autora. 1Pós-graduando na UNESP/FCAV2Graduando na UNESP/FCAV3Docente na UNESP/FCAV

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Análise qualitativa e quantitativa da palhada de milho, braquiária e de milho consorciado com

braquiária

Camila Baptista Do Amaral1, Carolina Cipriano Pinto1, Lucas Nathan Taliate2, Jordana Araújo Flôres1, Fábio Luiz Checchio Mingotte1, Leandro Borges Lemos3,

Domingos Fornasieri Filho3

Resumo

Espécies gramíneas como o milho e a braquiária têm sido apontadas como alternativa para formação de palhada e viabilização do plantio direto de qualidade principalmente em regiões de clima quente e chuvoso. Desta forma, o uso dessas gramíneas, em cultivo exclusivo ou em consórcio, possibilita adequado recobrimento do solo, o que é recomendado para que sejam observadas as vantagens do plantio direto. O objetivo do trabalho foi avaliar as características da palhada de milho, de milho consorciado com braquiária e de braquiária. O experimento foi conduzido no município de Jaboticabal-SP, em Latossolo vermelho eutroférrico. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com 15 repetições. Os tratamentos constituíram de 1) palhada de milho, 2) palhada de milho consorciado com braquiária e 3) palhada de milho consorciado com braquiária. As gramíneas foram semeadas na safra verão/2012, e a dessecação ocorreu em 13/06/2013. Aos 30 dias após a dessecação, avaliou-se a quantidade total de palha (em Mg ha-1) presente na área, coletando com o auxílio de um quadrado de 0,25 m2 os restos vegetais na superfície do solo, em dois pontos por parcela. As amostras coletadas foram levadas ao laboratório, lavadas, pesadas e quantificou-se o teor de carbono e nitrogênio. Foi calculada a relação C/N das palhadas de milho, de braquiária e do consórcio, como sendo a razão entre o teor de carbono e de nitrogênio. A porcentagem de recobrimento em cada parcela também foi avaliada. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A braquiária proporcionou a maior quantidade de palha, totalizando 10,87 Mg ha-1, enquanto o consórcio e o milho resultaram em 7,95 e 6,81 Mg ha-1, respectivamente. Todavia, tanto a braquiária quanto o consórcio permitiram recobrimento total do solo, enquanto o milho exclusivo proporcionou recobrimento de 82%. A relação C/N da palhada de milho foi muito superior à palhada de braquiária e do consórcio, caracterizando a palhada de milho como de difícil decomposição, devido principalmente ao maior teor de carbono contido nesse resíduo vegetal. A palhada de braquiária apresentou maior teor de nitrogênio (1,41%), seguida pelo consórcio (1,05%) e a palhada de milho (0,52%). Devido ao maior recobrimento e quantidade de palha, o uso de braquiária ou do consórcio de milho com braquiária são recomendados para formação de palhada.

Palavras-chave: Zea mays; Urochloa ruziziensis; sistema plantio direto, sustentabilidade.

Agradecimentos: O autores agradecem à CAPES pela concessão de bolsa de mestrado para a primeira autora.

1Pós-graduando na UNESP/FCAV2Graduando na UNESP/FCAV3Docente na UNESP/FCAV

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Resistencia mecânica à penetração do solo cultivado com braquiária brizanta fertirrigado com

efluente de esgoto tratado

Gilmar Oliveira Santos1, Rogério Teixeira de Faria2, Ariel Muncio Compagnon1, Gilberto Aparecido Rodriguês1, Marcelo Tufaile Cassia1, Mayara Martins da

Conceição3, Andressa Gabriela Vieira3, Angelo Roberto Veiga4

Resumo

A resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) pode influenciar, diretamente, ao crescimento radicular das culturas, afetando a produtividade agrícola e reduzindo a infiltração de água no solo. Assim, este trabalho avaliou-se a RMSP em área experimental com cultivo de braquiária brizanta cv. marandu fertirrigada com níveis de efluente de esgoto tratado (EET). Utilizou-se sistema de aspersão em linha tripla para obter distribuição uniforme da irrigação, mas gradual de EET, definindo-se cinco tratamentos, com as seguintes frações de efluente em água: E5=1,0; E4=0,87, E3=0,6; E2=0,31 e E1=0,11. A lâmina de irrigação acumulada no período avaliado foi de 1.080 mm distribuídos de acordo com a necessidade hídrica da cultura, mais a precipitação de 748 mm. A RMSP foi obtida através do modelo PNT-2000/MOTOR nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm profundidade. Avaliou-se a água no solo há 20 cm de profundidade. As avaliações foram realizadas em parcelas de 14,4 m2 em quatro repetições por tratamento em duas épocas (20/09/2013 e 11/03/2014). O solo da área experimental é Latossolo Vermelho eutroférrico, com densidade média de 1,42 kg dm-3 (0-60 cm). O teor médio de água no solo na escarificação de ambos os períodos foram de 34,5±1,3% e 35,4±1,3%. Os valores médios de RMSP por tratamento foram de 1,8±0,9, 2,1±1,0, 2,0±0,9, 1,9±0,9 e 2,1±0,9 MPa na primeira época e 1,8±0,8, 2,1±1,2, 1,8±0,9, 2,0±1,1 e 1,9±0,9 MPa na segunda época de amostragem, para os tratamentos E5, E4, E3, E2 e E1, respectivamente. Houve aumento da RMSP em profundidade. Entretanto, não houve significância entre os tratamentos na primeira avaliação, exceto para o tratamento E2 na profundidade de 40-50 cm e na segunda no tratamento E3 na profundidade de 10-50 cm. As camadas de solo se caracterizaram por baixa (0-10 cm), moderada (10-20 cm) e alta (20-50 cm) RMSP em todos os tratamentos avaliados, exceto para E5 de 20-30 cm que reduziu a RMSP para moderado e o inverso para o tratamento E2 na mesma profundidade. A mudança nas características físicas do solo fertirrigado em nível experimental necessita de um longo período de irrigação para que ocorram alterações significativas, pois estas ocorrem de forma muito lenta. Assim, o uso de EET em área experimental não alterou a RMSP no período avaliado.

Palavras-chave: penetrômetro; água residuária; irrigação

Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP pela ajuda financeira e ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal - SAAEJ pela disponibilidade do efluente.

1Doutorando em Agronomia, FCAV-UNESP Jaboticabal-SP2Professor Doutor Assistente FCAV-UNESP Jaboticabal-SP3Estudante de Agronegócio, FATEC Taquaritinga-SP4Professor Doutor FEF Fernandópolis-SP

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Caracterização das perdas no arranquio mecanizado de amendoim em função das rotações da tdp

Guilherme Oliveira do Amaral1, Murilo Aparecido Voltarelli1, Evaldo Ferezin1, Rouverson Pereira da Silva1, Thyago Augusto Medeiros Lira1

Resumo

Considerando que o arranquio mecanizado é uma importante etapa na cadeia produtiva do amendoim, estudos relacionados a caracterização das perdas provenientes da rotação da esteira do arrancador-invertedor são escassos e/ou inexistentes, surgindo então à necessidade de investigação a fim de se obter a mínima quantificação das perdas. Neste contexto, objetivou-se neste trabalho caracterizar as perdas decorrentes do arranquio mecanizado de amendoim associado há cinco rotações na tomada de potência (TDP) do trator, por meio da estatística descritiva. O delineamento estatístico utilizado foi inteiramente casualizado, com oito repetições para cada tratamento sendo eles 324, 378, 432, 486 e 540 rpm na TDP, totalizando 40 pontos amostrais. As rotações da TDP foram definidas por meio da variação da rotação do motor (1200, 1400, 1600, 1800 e 2000 rpm, respectivamente). As variáveis avaliadas foram: as perdas visíveis, invisíveis e totais, sendo coletadas em um armação de 2 m² (1,11 x 180 metros, sendo esta última medida a largura útil do arrancador. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de estatística descritiva para o cálculo das medidas de tendência central (média e mediana), medidas de dispersão (amplitude, desvio-padrão e coeficiente de variação) e medidas de assimetria e curtose. Efetuou-se também o teste de Anderson-Darling para verificação da normalidade do conjunto de dados. Todos os tipos de perdas para todas as rotações da esteira apresentaram distribuição normal do conjunto de dados, podendo tal situação ser explicada pelos baixos valores dos coeficientes de assimetria e curtose e, também pelos valores das médias próximos das medianas. Ressalta-se ainda que, para todas as rotações, nas perdas visíveis, invisíveis e totais, as medidas de dispersão (desvio padrão, amplitude e coeficiente de variação) possuem valores que podem ser considerados de moderados a elevados, situação esta que implica em elevada variabilidade do conjunto de dados. A caracterização das perdas no arranquio de amendoim é essencial para monitorar o seu comportamento em relação a faixa de rotação utilizada na esteira, o que tem influência na tomada de decisão no decorrer da operação, para melhor seu nível de qualidade.

Palavras-chave: Palavras-chave: Arachis hypogaea L.. Medidas de posição. Medidas de dispersão.

1UNESP - Univ. Estadual Paulista, Departamento de Engenharia Rural, Máquinas e Mecanização Agrícola, Jaboticabal, São Paulo.

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Concentração de nitrogênio e proporções de nitrato e amônio em solução nutritiva na formação de

mudas do maracujazeiro-amarelo

Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Renato de Mello Prado1, Leónides Castellanos Gonzales2, Sylvia Letícia Oliveira Silva1, Cid Naudi Silva Campos1, Gilmara Pereira

da Silva1, Leandro Rosatto Moda1, Reinaldo José Álvarez Puente3, Luiz Cláudio Nascimento dos Santos1

Resumo

A utilização do nitrogênio para produção de mudas de plantas cultivadas tem apresentado bons resultados, principalmente para o crescimento e desenvolvimento de mudas de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa). Em complemento, a nutrição balanceada de nitrogênio com nitrato e amônio pode promover rendimentos superiores de plantas em relação a disponibilidade de apenas uma das fontes nitrogenadas. Objetivou-se avaliar a formação de mudas de maracujazeiro-amarelo, cv. Rubí do Cerrado, cultivadas em substrato inerte sob concentrações de nitrogênio e proporções de nitrato e amônio em solução nutritiva. O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação no Departamento de Solos e Adubos da FCAV/Unesp, Jaboticabal-SP, no período de março a abril de 2014. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados com 3 repetições, arranjados em esquema fatorial 4 x 5, correspondendo à 4 doses de nitrogênio (2,5; 5; 10 e 20 mmol L -1 de N) e 5 proporções de nitrato/amônio (100/0, 75/25, 50/50, 25/75 e 0/100). A aplicação da solução nutritiva, correspondente aos respectivos tratamentos, foi realizada duas vezes por dia, com volume de 100 mL por vaso, sendo que a solução drenada foi coletada em pratos de polietileno e reaplicada diariamente com o auxílio de uma seringa. As mudas foram cultivadas em vasos de polipropileno com volume de 1,7 dm3 utilizando-se como substrato, casca de pinus com granulometria de 6,0 mm. Aos 45 dias após o transplantio das mudas, quando estas apresentavam de 8 a 10 folhas e com emissão da primeira gavinha, foram realizadas avaliações dos seguintes parâmetros biométricos: diâmetro do caule, altura de plantas e índice de cor verde da folha. A concentração de 10 mmol L-1 de nitrogênio na proporção de 75/25 para nitrato/amônio promovem maior valores para diâmetro do caule e altura de plantas de mudas de maracujazeiro amarelo.

Palavras-chave: Passiflora edulis; nutrição de plantas; nitrato/amônio; produção vegetal.

Agradecimentos: Os agradecimentos são direcionados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de doutorado concedida ao primeiro autor.

1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, FCAV/Unesp2Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP3Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray (FAME) de la Universidad de Sancti Spiritus "José Martí, Cuba

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Interação de silício, potássio e nitrogênio sobre os parâmetros fitotécnicos de plantas de milho (Zea

mays L.) cultivadas em Argissolo vermelho

Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Leónides Castellanos González2, Renato de Mello Prado1, Cid Naudi Silva Campos1, Sylvia Letícia de Oliveira Silva1, Rouverson

Pereira da Silva1, Reinaldo José Álvarez Puente3, Leandro Rosatto Moda1

Resumo

O nitrogênio e o silício são os nutrientes mais absorvidos pela cultura do milho. Entretanto, existem poucas informações sobre a interação do silício com esses elementos no desenvolvimento dessa cultura. Objetivou-se avaliar a interação de silício, potássio e nitrogênio sobre os parâmetros fitotécnicos e o índice de cor verde em plantas de milho (Zea mays L.), híbrido 30A77HX. O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação no Departamento de Solos e Adubos da FCAV/Unesp Jaboticabal-SP, no período de fevereiro a março de 2014. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com três repetições, arranjados em esquema fatorial 5 x 2 x 2, correspondendo à cinco doses de nitrogênio (0, 200, 400, 600 e 800 kg ha -1), duas doses de potássio (0 e 240 kg ha-1) e duas doses de silício (0 e 380 kg ha-1). A unidade experimental foi composta de um vaso de polipropileno com volume de 5 dm -3

preenchido com Argissolo Vermelho Distrófico. Aos 45 dias após a semeadura, avaliaram-se os seguintes parâmetros biométricos das plantas de milho: altura de plantas, diâmetro de caule, área foliar fotossintética e índice de cor verde das folhas. Os tratamentos que recebem a aplicação combinada de silício e potássio apresentam plantas com maior diâmetro de caule, altura, área foliar e índice de cor verde em relação ao tratamento controle. Há um incremento de diâmetro do caule, altura e área foliar das plantas cultivadas na presença de silício e doses mais baixas de nitrogênio. Os parâmetros fitotécnicos são incrementados pelos tratamentos que recebem aplicação de potássio combinadas com doses mais altas de nitrogênio.

Palavras-chave: Zea mays L.; adubação mineral; elemento benéfico

Agradecimentos: Os agradecimentos são direcionados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de Doutorado concedida ao primeiro autor e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) pela bolsa de Pós-Doutorado concedida ao segundo autor

1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, FCAV/Unesp2Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP23Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray (FAME) de la Universidad de Sancti Spiritus "José Martí, Cuba

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Curva de retenção de água em um Latossolo Vermelho sob sistemas de manejo

Paula Regina de Oliveira1, José Frederico Centurion2, Laerte Souza Bárbaro Júnior3

Resumo

O sistema de preparo influencia os atributos físicos do solo, modificando a dinâmica do ar e da água. Assim, para manter a sustentabilidade agronômica e econômica dos solos, são indispensáveis o manejo e o sistema de uso, os quais controlam e reduzem a degradação. O presente estudo objetivou avaliar em um Latossolo Vermelho distrófico, textura média e argilosa, a curva de retenção de água sob os sistemas de manejo, plantio direto e convencional. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com oito repetições. Os tratamentos utilizados para textura média (LVd1) foram PD1, PD8 e PD10 (plantios diretos de um, oito e dez anos, respectivamente) e CC, já para textura argilosa (LVd2) foram PD12 (plantio direto de doze anos) e CC. As curvas de retenção de água foram ajustadas pelo modelo proposto por Van Genuchten, a partir do qual foi obtida a inclinação da curva no ponto de inflexão. Foi seguido o esquema de um experimento em delineamento inteiramente casualizado, com parcelas subdivididas (sistemas de uso x camadas), com oito repetições. Cada solo apresenta uma retenção de água específica, devido a fatores como: o teor e a mineralogia da fração argila, bem como os fatores teor de matéria orgânica, estrutura e densidade do solo. Nas três camadas analisadas, os tratamentos PD10LVd1 e CCLVd1 tiveram retenção de água semelhante na tensão de 0,01 MPa, correspondente à capacidade de campo. Já o PD1LVd1 e o PD12LVd2 apresentaram maior retenção de água. Isto ocorreu, provavelmente, em função da alteração na distribuição do tamanho de poros, ou seja, esses tratamentos apresentaram maior microporosidade nas camadas de 0-0,10 m e 0,10-0,20 m, seguido dos tratamentos CCLVd2 e PD8LVd1. No entanto, apesar de esses tratamentos apresentarem valores menores estatisticamente, essa maior retenção de água ocorreu devido ao sistema de plantio direto obter maior teor de matéria orgânica, além de o CCLVd2 apresentar solo com elevados teores de óxidos de ferro.

Palavras-chave: Oxisol; plantio direto e convencional; indicador físico do solo

Agradecimentos: À FAPESP pela bolsa concedida.

1Engenheira Agrônoma, aluna de pós-graduação (doutorado) em Produção Vegetal (FAPESP-UNESP). Dep. Solos e Adubos2Prof. Dr. do Dep. de Solos e Adubos (UNESP Jaboticabal) (Orientador)3Engenheiro Agrônomo, aluno de pós-graduação (doutorado) em Produção Vegetal (CAPES – UNESP). Dep. Produção Vegetal.

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Eficácia do acetato de cobre monoidratado para o controle de alga filamentosa Pitophora kewesis

Wilson Roberto Cerveira Junior1, Nathalia Garlich2, Jaqueline Franciosi Della Vechia1, Pamela Castro Pereira1, Jessica Lima de Oliveira1, Claudinei da Cruz1,3,

Robinson Antonio Pitelli7

Resumo

A eutrofização da água contribui para o crescimento de macrófitas e algas, o que prejudica seus usos múltiplos. Com o aumento de algas ocorre à diminuição do oxigênio dissolvido na água o que pode acarretar a mortalidade de peixes, liberação de toxinas secretadas por algumas espécies de cianobactérias. Uma alternativa pode ser a utilização de uma fonte de cobre para o controle de algas nos ambientes aquáticos, porém é necessário a eficácia biológica de controle. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do acetato de cobre monoidratado no controle de alga filamentosa (Pitophora kewesis) de condição de microensaio. Para tanto, em copo tipo Becker de 80 mL foi adicionado 0,1 g da alga filamentosa para aclimatação por 24 h em condição de bioensaio com temperatura de 27,0 ± 2,0 ºC, fotoperíodo de 24 de luz e iluminação de 500 lux. As concentrações testadas de acetato de cobre monoidratado a 25% foram: 0,05, 0,1, 0,5, 1,0 mg L-1 e um padrão de sulfato de cobre (1,0 mg L-1), com um controle (sem adição de cobre) com cinco réplicas por tratamento. Para avaliação da eficácia foi determinado a concentração de clorofila a e feofitina a na água, após 15 dias de exposição. No controle a concentração de clorofila a foi de 4,25 µg L-1, similar ao padrão de cobre com clorofila a e feofitina a atingindo 6,5 µg L -1. Em 0,05 mg L-1 a clorofila a diminuiu em relação ao controle 2,21 µg L-1 com redução de 48% de atividade fotossintética. Em 0,10 mg L-1 ocorreu a maior redução da concentração de clorofila a 0,02 µg L-1 com redução de 99,52%. Nos tratamentos com 0,5 e 1,0 mg L-1 também ocorreu diminuição da clorofila a para 0,30 e 0,24 µg L-1 e de feofitina a 0,45 e 1,31 µg L-1, com redução de 92,90 e 94,95% da atividade fotossintética em relação ao controle. Assim, com base nos resultados, o acetado de cobre monoidratado apresentou excelente controle para a alga filamentosa, enquanto que, o sulfato de cobre não foi efetivo.

Palavras-chave: ambiente aquático; controle químico; fonte de cobre, eficácia

1Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia de Agrotóxicos da Fundação Educacional de Barretos2Pós-graduação em Agronomia Produção Vegetal, FCAV, UNESP3Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais em Matologia, FCAV, UNESP

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Qualidade em gestão escolar: uma análise do prêmio gestão escolar e as políticas públicas

aplicadas pelo CONSED

Rodrigo Touso Dias Lopes1, Filipe Pimenta Carota2

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar o conceito de qualidade nas práticas de gestão escolar implementadas nas escolas da rede pública de ensino da educação brasileira. Como referencial de pesquisa, utiliza-se as diretrizes de avaliação do CONSED - Conselho Nacional de Secretários da Educação - em relação ao Prêmio Gestão Escolar, influenciando as políticas públicas que são realizadas na gestão educacional. Deste modo, a metodologia de pesquisa, contrapõe os dados avaliativos de macro gestão, com a inscrição prévia realizada pela unidade de ensino locus referencial de nossa pesquisa, a EE Profª Irene Dias Ribeiro. Para tanto, busca-se uma pesquisa teórica baseada nos conceitos de Gestão da Qualidade Total e Gestão Democrática, verificando qual o discurso é predominante na macro e micro gestão do sistema de ensino nacional público brasileiro. Tal trabalho ganha perspectiva quando os órgãos centrais e legislações apontam para uma gestão social das unidades escolares, considerando o aprendizado dos alunos por meio da participação democrática, percebe-se a manutenção de uma face centralizadora e conservadora. Assim, o trabalho visa debater sobre quais seriam os reais sentidos que se podem atribuir a uma Gestão Escolar de Qualidade.

Palavras-chave: Gestão Escolar; Qualidade; Políticas Públicas

1Faculdade de Ciências Humanas e Sociais2Mestrando em Planejamento e Análise de Políticas Públicas

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Levantamento faunístico em diferentes agroecossistemas

Alessandra Karina Otuka1, Francisco Jorge Cividanes2, Marina Aparecida Viana3, Leandro Aparecido de Souza4, Bruno Henrique Sardinha de Souza5, Danilo Henrique

da Matta6, Mariana Nardin Batista7

Resumo

O conhecimento da diversidade de insetos é fundamental para estudos ecológicos e de manejo. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi determinar os índices de diversidade e similaridade de comunidades de insetos presentes na parte área de quatro tipos de vegetação. As coletas foram realizadas nas áreas experimentais da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias FCAV/UNESP, com auxílio de redes entomológicas. Foram realizadas 20 batidas de rede em cada vegetação estudada: 1) soja, 2) lobularia, 3) milho mais planta daninha e 4) gramínea. Posteriormente, os insetos foram sacrificados no freezer e realizou-se a triagem do material, separando e contabilizando os indivíduos coletados a nível de ordem. Os dados obtidos foram analisados por médio do software Quantitative Analysis in Ecology para determinar os índices de diversidade de Shannon (H’) que calcula a diversidade; índices de equitabilidade (J’); e índices de Índice de Morisita (IM) que calcula de similaridade. De uma maneira geral, houve um número relativamente grande de espécies, mas com uma frequência numérica baixa de acordo com SILVEIRA NETO et al. (1976), esta é uma característica das comunidades, que tendem a caminhar para as extremidades, de acordo com as condições. A cobertura vegetal lobularia foi a que apresentou a maior diversidade de espécies (H’: 0, 959), enquanto a gramínea possui menor diversidade (H’: 0, 657). Os resultados obtidos demonstram que a lobularia foi à cobertura com uma maior diversidade de insetos coletados e que apresentou maior equitabilidade em relação as demais culturas avaliadas.

Palavras-chave: Diversidade, similaridade, análise faunística, cobertura vegetal

1Eng. Agrônoma, aluna de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade2Prof. Dr. Do Dep. de Fitossanidade (Unesp Jaboticabal) (orientador)3Eng. Agrônoma, aluna de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade4Eng. Agrônomo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade5Biólogo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade6Biólogo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP).Dep. de Fitossanidade7Bióloga, aluna de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Dep. de Fitossanidade.

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Avaliação de fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em adultos de Ctenocephalides

felis felis

Danilo Henrique da Matta1, Lucas Detogni Simi2, Antonio Carlos Monteiro3, Gilson Pereira de Oliveira4, Marcos Valério Garcia5, Robson José da Silva6, Mariana Nardin

Batista7, Alessandra Karina Otuka8

Resumo

O presente trabalho avaliou a patogenicidade dos fungos Metarhizium anisopliae isolado E9 e Beauveria bassiana isolado IBCB-66 sobre adultos de Ctenocephalides felis felis. Utilizou-se isolados mantidos em culturas estoque do Laboratório de Microbiologia da FCAV/UNESP e adultos de pulgas foram obtidos de colônias mantidas no Centro de Pesquisa em Sanidade Animal (CPPAR/UNESP). As pulgas adultas recém-emergidas foram separadas e distribuídas em três grupos, sendo que cada grupo consistia de um tratamento de três repetições contendo 30 adultos, separados em tubos de ensaio e vedados com tecido voil para aeração. A partir de culturas dos fungos em meio BDA, mantidos em estufa a 27ºC durante 15 dias, foram separadas suspensões conidiais em Tween 80® a 0,1%, padronizadas em 1x108

con./mL-1. Foram realizados testes de viabilidade das suspensões, no qual M. anisopliae apresentou 99,5% e B. bassiana 94,2% de viabilidade. As suspensões foram acondicionadas em atomizadores com capacidade para 100 mL. E realizou-se três aspersões a 10 cm dos adultos, totalizando 1 mL de inóculo. O grupo controle recebeu aspersões com água destilada autoclavada. Com o auxilio de estereoscópio, foram realizadas observações diárias durante todos os dias do ensaio. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, e os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas com teste de tukey a 5% de probabilidade. Verificou-se que após o quinto dia de observação à mortalidade dos adultos pelos fungos M. anisopliae e B. bassiana foram de 77% e 72% respectivamente, e não foi observado diferença estatísticas entre os tratamentos, ou seja, os adultos sofreram a ação do fungo.

Palavras-chave: Controle Biológico, Entomopatogênico, Pulga, Fungo

1Biólogo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade2Biólogo, aluno de pós-graduação em Proteção de Plantas (CAPES-UNESP). Departamento de Agronomia3Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, Departamento de Microbiologia4Médico Veterinário, Centro de Pesquisa em Sanidade Animal (CPPAR)5Biológo, Pós-Doutorado, Embrapa Gado de Corte (Mato Grosso do Sul)6Prof. Dr. Instituto Federal de Tocantins (IFTO). Câmpus de Araguatins7Bióloga, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade8Engenheiro Agrônomo, aluno de pós-graduação em Entomologia Agrícola (CAPES-UNESP). Departamento de Fitossanidade.

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Incertezas da distribuição espacial da suscetibilidade magnética do solo em área de cana-

de-açúcar

Daniel De Bortoli Teixeira1, Diego Silva Siqueira2, Angélica Santos Rabelo de Souza Bahia3, Livia Arantes Camargo4, Gener Tadeu Pereira5, José Marques Jr.6

Resumo

A representação da variabilidade de um fenômeno, no espaço e no tempo, é constante em ciências agrárias. No entanto, sua interpretação e correta tomada de decisão, devem ser aliadas ao conhecimento das incertezas das estimativas. Estas informações aliadas às causas da variabilidade, como a geologia e classes de solo permitiriam a elaboração de propostas de planejamento amostral para diferentes atributos do solo. A suscetibilidade magnética (SM) apresenta correlação com os atributos físicos, químicos e mineralógicos do solo, e por este motivo tem potencial na quantificação indireta destes atributos. Nesse sentido, objetivou-se (i) avaliar a incerteza espacial das estimativas de SM por simulação sequencial gaussiana (SSG); (ii) determinar a influência dos compartimentos solo-geologia como fontes de incertezas. A área de estudo localizada no município de Guatapará, abrange cerca 870 ha. A geologia local foi classificada em Basalto do Grupo São Bento Formação Serra Geral, Depósito Colúvio-Eluvionar e Depósito Aluvionar. O solo da área foi classificado em Latossolo amarelo distrófico (LAd); Latossolo vermelho-amarelo distrófico (LVAd); Latossolo vermelho distrófico (LVd); Latossolo vermelho distroférrico (LVdf); Latossolo vermelho eutroférrico (LVef); Neossolo Quartzaremico Órtico Distrófico (RQod). Foram coletadas 371 amostras na profundidade de 0,0-0,25 m em intervalos de cerca de 160 m. A SM foi avaliada pelo medidor MS2 de Bartington Instruments Ltd. Foram conduzidas 200 realizações utilizando a SSG, com as quais foram obtidos os mapas de estimativa e incerteza. O melhor modelo ajustado aos dados foi o modelo esférico com alcance de 2016 m. Os maiores valores de SM estimados foram encontrados nos locais com presença de solo LVef, enquanto os menores valores foram estimados para o RQod. As incertezas apresentaram correlação positiva moderada com as estimativas de SM, evidenciando que ambas as estimativas podem apresentar um agente causal comum. O mapa geológico apresentou correlação (P<0,05) de 0,29 e 0,14 com as estimativas e incertezas da SM, respectivamente. Por sua vez, o mapa de solo apresentou, respectivamente, correlação (P<0,05) de 0,75 e 0,57 com as estimativas e incertezas da SM, mostrando-se como o principal fator promotor das incertezas da SM. As áreas de transição entre as classes de solo apresentaram uma maior incerteza da SM, evidenciando o potencial da mesma para o refinamento e readequação de legenda das classes de solo previamente mapeadas.

Palavras-chave: simulação sequencial Gaussiana; geoestatística; geologia; mapa de solos

1Doutorando em Produção Vegetal (CAPES-UNESP). Dep. de Solos e Adubos2Pós-doutorando no Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal)3Doutoranda em Ciência do Solo (FAPESP-UNESP). Dep. de Solos e Adubos4Pós-doutoranda do Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal)5Prof. Dr. do Dep. de Ciências Exatas (UNESP Jaboticabal)6Prof. Dr. do Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal)

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Caracterização da variabilidade espacial da suscetibilidade magnética utilizando informações

secundarias

Daniel De Bortoli Teixeira1, Diego Silva Siqueira2, Livia Arantes Camargo3, Angélica Santos Rabelo de Souza Bahia4, Gener Tadeu Pereira5, José Marques Jr.6

Resumo

Existe grande demanda mundial por mapas detalhados de atributos do solo. Esta demanda vem parcialmente sendo atendidas por meio de mapas de variabilidade feitos por técnicas matemáticas. No entanto, mapas nominais previamente existentes (mapas geológicos, classes de solo, dentre outros) comumente são ignorados no momento da modelagem destes atributos. A junção destas técnicas por meio de modelos matemáticos pode viabilizar mapeamentos mais precisos e detalhados para grandes áreas. Neste estudo objetivou-se avaliar a qualidade das estimativas espaciais da suscetibilidade magnética (SM) utilizando o conhecimento prévio sobre a geologia e solos em diferentes densidades de amostragem. A área de estudo, localizada no município de Guatapará, abrange 870 ha e contempla 03 classes de geologia e 06 classes de solo. Os mapas de solo e geologia utilizados apresentaram escalas de 1:12000 e 1:500000, respectivamente. Foram coletadas 371 amostras na profundidade de 0-25 cm. Diferentes densidades amostrais foram consideradas utilizando 371, 290, 218, 174, 145, 124, 109, 97, 79 e 62 amostras, as quais equivalem, respectivamente, a uma densidade de 1 amostra a cada 2,3; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 11; e 14 ha. A SM foi avaliada pelo medidor MS2 de Bartington Instruments Ltd. A incorporação das informações secundárias nos modelos geoestatísticos foi realizada por meio da análise de retirada de tendência. A avaliação da qualidade das estimativas produzidas foi realizada por meio da comparação com o mapa individual da SM na densidade 2,3 ha/amostra. Apenas modelos esféricos foram ajustados aos variogramas. Os maiores valores de alcance estiveram associados à incorporação do padrão espacial do mapa geológico (2300 m), e os menores à incorporação dos mapas de solo e geologia conjuntamente (595 m). Nas densidades de 5 a 9 ha/amostra o mapa geológico forneceu informações que possibilitaram um ganho de 2,5 a 12% na qualidade do padrão espacial. Nas densidades de 11 e 14 ha/amostra o mapa de solo possibilitou uma melhora de 5,6 a 10% na qualidade das estimativas. Ao incorporar informações provenientes do mapa de solo na densidade de 11 ha/amostra a qualidade do padrão espacial gerado assemelha-se àquela gerada na densidade de 5 ha/amostra sem informações auxiliares. Assim, pode-se afirmar que a incorporação de informações previamente existentes possibilita a melhoria na qualidade das estimativas geradas e a diminuição do número de amostras necessárias para a representação detalhada da SM.

Palavras-chave: geoestatística; densidade amostral; mapa de solos; geologia

1Doutorando em Produção Vegetal (CAPES-UNESP). Dep. de Solos e Adubos2Pós-doutorando no Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal)3Pós-doutoranda do Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal)4Doutoranda em Ciência do Solo (FAPESP-UNESP). Dep. de Solos e Adubos5Prof. Dr. do Dep. de Ciências Exatas (UNESP Jaboticabal)6Prof. Dr. do Dep. de Ciência do Solo (UNESP Jaboticabal).

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Efeito de doses de fósforo no desenvolvimento de mudas de seringueira em sistema de viveiro

suspenso

Lucas José Brame1, Renato de Mello Prado1, Leandro Rosatto Moda1, Clara Degli Esposti1

Resumo

A borracha é matéria prima estratégica para a humanidade. Neste sentido a seringueira vem apresentando elevada importância econômica e sua produção está atrelada à obtenção de mudas com qualidade para a realização da enxertia. A hipótese deste trabalho é que com o aumento do nível de fósforo ocorrerá uma melhora no diâmetro da seringueira durante o tempo possibilitando uma maior qualidade da enxertia. Neste sentido o objetivo deste trabalho é determinar a dose ideal do elemento P na solução nutritiva utilizada na produção de mudas de seringueira em sistema de viveiro suspenso por meio de avaliações biométricas (diâmetro) do desenvolvimento das mudas. O trabalho foi realizado no viveiro de produção de mudas da empresa Cambuhy Agrícola LTDA, Matão-SP, avaliando-se o desenvolvimento de mudas de seringueira do clone GT1 submetidas a diferentes doses de P na solução nutritiva. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, com quatro doses de P (0,006; 0,012; 0,018 e 0,024 g planta-1) e cinco repetições, o diâmetro foi aferido no porta enxerto a 5 e 15 cm de altura. Foi realizada a análise dos dados de diâmetro e da variação final-inicial do diâmetro durante a etapa zero (0 dias em solução) e 120 (120 dias em solução). A aplicação de doses crescentes de P elevaram linearmente o diâmetro e a variação do diâmetro final-inicial a 15 cm de altura das mudas de seringueira. No entanto a 5 cm de altura não houve efeito das doses de P nas variáveis estudadas. Através dos resultados obtidos é possível afirmar que a aplicação de P melhora o diâmetro do porta enxerto da seringueira, e a melhor altura para obtenção da medida é a 15 cm do colo da planta.

Palavras-chave: MAP purificado; diâmetro; Hevea spp.

1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp

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Doses de fósforo em solo com calcário e escória e efeitos no crescimento de capim tanzânia

Lucas José Brame1, Renato de Mello Prado1, Leandro Rosatto Moda2, Reinaldo José Álvarez Puente2, Clara Degli Esposti1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Sylvia

Letícia Oliveira Silva1

Resumo

Um dos maiores problemas no estabelecimento e na manutenção de pastagens nos solos brasileiros reside nos níveis extremamente baixos de fósforo disponível e total, bem como na alta capacidade de adsorção desse elemento. A aplicação de calcário tem sido o principal método para redução da adsorção de P através da elevação do pH devido ao seu baixo custo, facilidade de aplicação e aumento da disponibilidade de Ca e Mg. Neste sentido, outro método alternativo utilizado para a correção de acidez é a aplicação de silicatos de Ca e Mg. Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e produção de matéria seca do capim Tanzânia, em solo com baixo teor de P, corrigido com escória de siderurgia e calcário, adubado com diferentes doses de P e cultivado em casa de vegetação em terceiro corte. O delineamento experimental foi em esquema fatorial 2x5 com três repetições. Os tratamentos foram constituídos de aplicação de calcário (PRNT = 70%) e silicato de cálcio e magnésio (PRNT = 72,3%) a fim de elevar a saturação por bases do solo à 70%, os materiais corretivos foram aplicados cerca de 90 dias antes da semeadura. A outra fonte de variação foram quatro doses de P (0, 100, 200, 300 e 600 mg dm-3) na forma de superfosfato triplo (45% P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%). Após 30 dias de desenvolvimento, posteriores ao segundo corte, foram realizadas avaliações do número de perfilhos e área foliar. Em seguida efetuou-se o corte das plantas e o material foi encaminhado ao laboratório, seco em estufa de circulação forçada de ar a 65oC até peso constante, e então determinada a massa seca da parte aérea das plantas. A área foliar, número de perfilhos e produção de massa seca em terceiro corte variaram em função das doses de P aplicadas no solo, no entanto o tipo de corretivo empregado não influenciou as variáveis. A aplicação de P em doses crescentes resultou em aumento quadrático decrescente da área foliar e produção de massa seca em solo corrigido tanto com calcário quanto com escória. O número de perfilhos aumentou de forma linear com a administração de doses crescentes de P no solo corrigido com calcário e quadrático com escória. Estes resultados demonstraram que em terceiro corte as doses de P continuaram influenciando a emissão de perfilhos, desenvolvimento de área foliar e consequente produção de capim, e que a aplicação de materiais alternativos de correção de solo são viáveis em sistemas produtivos.

Palavras-chave: Panicum maximum, superfosfato triplo, subproduto.

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray (FAME) de la Universidad de Sancti Spiritus "José Martí"

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Qualidade operacional do sistema mecanizado de semeadura de amendoim com uso de piloto

automático

Rodrigo Fernandes de Almeida1, Carlos Eduardo Angeli Furlani1, Cristiano Zerbato1, Murilo Aparecido Voltarelli1, Marcelo Tufaile Cassia1

Resumo

A mecanização da operação de semeadura de amendoim tornou possível sua realização em grande proporção, com a utilização das semeadoras que, em sua maioria, são acopladas e tracionadas por tratores. O desempenho do conjunto mecanizado, no caso trator-semeadora, deve ser otimizado para que seja possível alcançar melhores resultados. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade do sistema mecanizado de semeadura de amendoim com o uso do piloto automático por meio da análise de componentes do desempenho operacional das máquinas e indicadores de qualidade da operação. O experimento foi conduzido na safra 2013/14 em área agrícola do município de Dobrada e Luzitânia, SP. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas no espaço, com 40 repetições para cada tratamento, atentando-se para os dois sentidos de deslocamento do conjunto mecanizado, sendo a operação realizada com direcionamento via satélite por meio do piloto automático. A mesma operação foi avaliada sem o uso do piloto automático, como base de testemunha. A característica avaliada foi o paralelismo entre as passadas da semeadora. Observou-se, para as duas localidades, que a média do espaçamento foi mais próxima ao desejado quando se utilizou o piloto automático, não diferenciando no sentido de deslocamento do conjunto mecanizado, além da maior homogeneidade da operação representado pela menor amplitude e coeficiente de variação.

Palavras-chave: Arachis hypogaea L.; paralelismo; semeadora-adubadora.

1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FCAV/Unesp

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Influência do cloreto de mepiquat e subdoses de glifosato na altura da planta e no diâmetro do caule

de algodoeiro

Gabriela Helena Pinê Américo1, Danilo Marcelo Aires dos Santos2, Juliana Heloisa Pinê Américo3, Carina Oliveira e Oliveira4, Enes Furlani Júnior5

Resumo

A cotonicultura necessita de um demanda de tecnologia avançada para a obtenção de alta produtividade. Neste contexto, o uso de reguladores de crescimento é uma prática incorporada nas áreas de colheita mecanizada. A utilização de subdoses de herbicidas também se apresenta como uma técnica promissora devido seu efeito hormético nas plantas. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do sistema de aplicação de subdoses de glifosato e do regulador de crescimento cloreto de mepiquat parcelado na altura da planta e no diâmetro do caule do algodoeiro. A instalação da cultura procedeu-se no dia 21 de novembro de 2011 na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE) da Universidade Estadual Paulista, campus de Ilha Solteira, situada no município de Selvíria/MS, com semeadura mecanizada empregando a cultivar de algodoeiro FMT 701. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em um esquema fatorial 6 x 2, com quatro repetições. Foram empregados seis tratamentos com glifosato: um tratamento sem aplicação (controle) e outros cinco com a utilização de uma mesma dose do herbicida (78 g. L<sob>-1<sob>) que foi aplicada em dose única aos 40 dias após emergência (DAE), parcelada em 2 vezes (aos 40 e 50 DAE), em 3 vezes (40, 50 e 60 DAE), em 4 vezes (40, 50, 60 e 70 DAE) e 5 vezes (40, 50, 60, 70 e 80 DAE) com e sem aplicação de cloreto de mepiquat na dose um L.ha<sob>-1<sob>, com pulverização parcelada em cinco vezes (aos 45, 55, 65, 75, 85 DAE). As avaliações foram realizadas quinzenalmente a partir dos 45 dias após a emergência da planta até o final do ciclo da cultura, totalizando seis avaliações. Os dados obtidos no presente trabalho foram submetidos ao teste de comparação de médias (teste de Tukey) ao nível de significância de 5%. O uso parcelado do regulador de crescimento é eficiente no controle do desenvolvimento da planta em relação à altura desde a segunda avaliação até a última (sexta avaliação), entretanto não constatou resultados significativos da característica diâmetro do caule em nenhuma das avaliações. O sistema de aplicação de subdose de glifosato não gerou resultados significativos em relação às características agronômicas de altura da planta e do diâmetro do caule.

Palavras-chave: Herbicida; Regulador de crescimento; Algodão

1Mestranda na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP2Pós-doutorando na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP3Doutoranda no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP4Mestranda na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP5Professor Titular na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP), Ilha Solteira/SP

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Avaliação do pH urinário, proteína total e fibrinogênio plasmáticos de ovinos (Ovis aries) da raça Santa Inês induzidos experimentalmente à

acidose láctica rumenal

Annita Morais Girardi1, Amanda Festa Sabes1, Luiz Carlos Marques1

Resumo

Devido ao aumento do número de ovinos de corte confinados no Brasil, este estudo analisou as alterações de pH urinário, proteína total e fibrinogênio plasmáticos de ovelhas Santa Inês induzidas experimentalmente à acidose láctica rumenal (ALR). Foram utilizadas 7 ovelhas adultas, hígidas, mantidas em baias sob dieta com feno de tifton (Cynodon dactylon), água potável e mistura mineral ad libitum. Os animais passaram a receber dieta, baseada no consumo médio do período de adaptação (2kg de matéria orgânica/animal/dia), na qual foram incluídos, diariamente, 10% de alimento concentrado farelado à base de milho e soja até completar 80%. O período experimental foi de 19 semanas. As colheitas foram diárias por 15 dias, em dias intercalados por 2 semanas e semanalmente até o fim do experimento. Amostras de urina foram colhidas em copos estéreis por micção espontânea e seu pH foi mensurado imediatamente em pHmetro digital. Colheu-se amostras de sangue para mensuração, em refratômetro, da proteína total e do fibrinogênio plasmáticos por punção da veia jugular externa, por sistema a vácuo em tubo plástico estéril com anticoagulante EDTA dipotássico. Os controles foram as médias dos valores obtidos 15 dias, 7 dias e imediatamente antes do início do fornecimento de concentrado. Foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman entre as variáveis e entre estas e o tempo. Percebe-se que o pH urinário aumentou até o 5º dia pós-indução, sendo menor que o controle a partir do 6º dia e mantendo-se assim até o final, com diminuição variando entre 2,0% e 16,7%. A proteína sérica total sofreu diminuição entre o 3º e 7º dia experimental, oscilando bastante até o fim da segunda semana. A partir de então, sofreu redução até o 24º dia, voltando a se elevar e superando o valor do controle a partir do 84º dia. O fibrinogênio plasmático foi menor que o valor pré-indução do 2º ao 9º dia experimental, quando começou a oscilar, atingindo o máximo de elevação de 150% no 26º dia e maior diminuição (100%) no 98º dia. Não houve correlação entre as três variáveis (P>0,05). O tempo teve correlação apenas com o pH urinário (P<0,01), sendo inversamente relacionadas, ou seja, com o decorrer do tempo, o pH urinário tende a diminuir. A diminuição do pH urinário com a administração de alta porcentagem de alimento concentrado indica que, mesmo após a adaptação dos animais à nova dieta e o fim dos sinais clínicos, estes mantém um estado acidótico em relação ao período pré-indução.

Palavras-chave: acidose; alimento concentrado; bioquímica; ovelha; urina

Agradecimentos: Ao apoio financeiro concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio de Bolsa de Doutorado (Processo FAPESP nº 2012/09111-7) e Auxílio à Pesquisa (Processo FAPESP nº 2012/09220-0).

1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP Univ Estadual Paulista.

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Hemogasometria de equinos submetidos à obstrução do cólon menor

Amanda Festa Sabes1, Kamila Gravena1, Mariana Gesualdo de Oliveira1, Lina Maria Wehrle Gomide1, Maria Cristina Hernandez-Tovar1, Vinícius Athaydes Canello1,

Deborah Penteado Martins Dias1, José Corrêa de Lacerda Neto1

Resumo

O objetivo desse estudo foi determinar as alterações hemogasimétricas de 8 equinos adultos submetidos à celiotomia mediana transumbilical, através da obstrução intestinal por meio de implantação de bola de borracha no lúmen do cólon menor. A bola foi inflada até atingir pressão de 80 mm/Hg promovendo compressão da parede intestinal. Decorrido quatro horas do início da obstrução, o cólon foi exposto e a bola retirada, realizando-se enterorrafias e síntese da cavidade abdominal. Foram colhidas amostras de sangue antes da indução anestésica, na estabilização anestésica, 4 hs após obstrução e no pós-cirúrgico em intervalos de 12 hs completando-se 72 hs. As leituras foram realizadas em analisador automático de gases e eletrólitos; determinou-se as pressões parciais de oxigênio (pO2) e dióxido de carbono (pCO2), o excesso/déficit de base (EB), a saturação de oxigênio (SO2), o logaritmo negativo da atividade de íons hidrogênio (pH), a concentração de bicarbonato (HCO3), íon sódio (Na+), íon potássio (K+) e cálcio ionizado (Cai). As análises estatísticas foram realizadas a partir do delineamento em parcelas subdivididas (splitplot) com medidas repetidas no tempo e o valor de F foi considerado significativo para P>0,05. Foi observada diferença nos valores de K, Ca, pCO2 e EB. Apesar de não ter ocorrido diferença no pH, observou-se que com 04 hs houve discreto aumento nos valores, associado com o aumento de HCO3 e de EB confirmando alcalose metabólica. Esse aumento transitório do pH é ocasionado pela perda de íons potássio do sangue, quando as concentrações de potássio do líquido extracelular estão baixas, o potássio se move do líquido intracelular para o extracelular e é substituído em parte por íons hidrogênio que são perdidos do plasma. Observou-se com 60 e 72 horas aumento da pCO2, caracterizando compensação respiratória desencadeada pela hipoventilação, porém a resposta respiratória ocorre por curto período e permite a correção de distúrbios leves. As possíveis causas da hipocalemia no início do processo obstrutivo foram excitação e dor decorrentes da fase de indução da obstrução, pois esses fatores desencadeiam a liberação de hormônios como insulina e catecolaminas. De acordo com os resultados apresentados conclui-se que a hemogasometria têm valor prognóstico, avalia o quadro clinico e auxilia no direcionamento do tratamento em casos de obstrução do cólon descendente.

Palavras-chave: hemogasometria, equinos, obstrução, cólon

Agradecimentos: Agradecimentos à FAPESP - Processos nº 2010/07824-0 e nº 2009/07284-9

1Departamento de Clinica e Cirurgia Veterinária, FCAV/UNESP

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Relação do espaço poroso do solo com a emissão de CO2 em áreas de reforma do canavial

Mara Regina Moitinho1, Risely Ferraz de Almeida2, Daniel De Bortoli Teixeira3, Newton La Scala Junior4

Resumo

Com este trabalho objetivou-se determinar a relação da emissão de CO2 do solo com o espaço poroso do solo em áreas de reforma do canavial. O estudo foi conduzido na área agrícola pertencente a Usina São Martinho, localizada na Fazenda Barrinha, sendo destina à produção de cana-de-açúcar por mais de 35 anos. As coordenadas geográficas da área são 21º 13’ de latitude sul e 48º 07’ de longitude oeste, com elevação média de 555 m acima do nível do mar. O solo foi caracterizado por Latossolo Vermelho eutroférrico. Previamente as atividades de preparo, foram realizadas as seguintes operações: eliminação mecânica da soqueira, calagem, gessagem e passagem de grade niveladora. A operação de preparo do solo constituiu de duas passadas com grade intermediária de arrasto de dupla ação deslocada, com 28 discos do tipo recortado. No dia 23 de setembro de 2013 (uma semana após as operações de preparo), foi instalado um gradeado regular de 90 x 90 m contendo 100 pontos, com distância mínima entre os pontos amostrais de 10 m. Foram avaliadas ao longo de dez dias, a emissão de CO2, utilizando-se de um sistema portátil da companhia LI-COR (LI-8100), a temperatura do solo (termistor portátil) e a umidade do solo (sistema portátil TDR), ao final destas, foram realizadas coletas de solo para determinação dos atributos físicos do solo. A estatística descritiva (média, desvio-padrão, erro-padrão da média, mínimo, máximo e coeficiente de variação) foi utilizada para caracterizar a variabilidade temporal da emissão de CO2, temperatura e umidade do solo e a análise de correlação linear para se determinar o grau de relacionamento entre as variáveis. Houve uma emissão média de 2,90 µmol m-2 s-1

durante o período, sendo os maiores valores médios diários (4,74 e 3,24 µmol m-2 s-1) observados após precipitações na área de estudo, o mesmo ocorreu com umidade do solo, com um aumento de 60% após uma precipitação de 68 mm e consequente queda da temperatura do solo, ao longo do período de estudo as médias diárias da temperatura variaram de 20,9 a 24,9 ºC. A correlação positiva e significativa da emissão de CO2 com a porosidade livre de água, macroporos e umidade do solo sugere que as variações da emissão de CO2 do solo são explicadas pela interação entre o conteúdo de umidade presente no solo e seu espaço poroso, ou seja, às características relacionadas ao transporte de CO2 do interior dos solos à atmosfera.

Palavras-chave: respiração do solo; PLA; temperatura do solo; umidade do solo.

1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegeal), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] Adjunto do Departamento de Ciências Exatas. UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected]

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Caracterização dos atributos do solo associados à emissão de CO2 em área sob plantio de cultivares

de cana-de-açúcar, utilizando-se análise multivariada

Mara Regina Moitinho1, Risely Ferraz de Almeida2, Daniel De Bortoli Teixeira3, Newton La Scala Junior4

Resumo

O objetivo do estudo foi caracterizar a relação dos atributos do solo com o processo de emissão de CO2 do solo em áreas sob plantio de diferentes cultivares de cana-de-açúcar, por meio de métodos de análise estatística multivariada. O estudo foi conduzido na área experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados-MS, num Latossolo Vermelho distroférrico típico e textura muito argilosa. Segundo a classificação de Thornthwaite, o clima local pode ser definido como B1rB’4a’, Tipo Mesotérmico Úmido. A área experimental foi composta pelo plantio das cultivares (RB 93-5744; RB 72-454; RB 93-5608; RB 85-5113 e SP 83-2847) espaçada de 1,2 m entre as linhas, totalizando 3.000 m2 de área plantada. Para as avaliações foram marcados 60 pontos (12 pontos x 5 cultivares) e inseridos colares de PVC ao longo da área experimental com espaçamento de 5 m entre os colares na linha de plantio das cultivares. Foram avaliadas ao longo de dez dias, a emissão de CO2 do solo, utilizando-se de um sistema portátil da companhia LI-COR (LI-8100), a temperatura do solo (termistor portátil) e a umidade do solo (sistema portátil TDR). Ao final das avaliações foram realizadas coletas de solo em cada ponto amostral na camada de 0-20 cm de profundidade para as análises químicas e físicas. Os dados foram submetidos às análises exploratórias multivariadas de agrupamento por método hierárquico e componentes principais. A análise de agrupamento por método hierárquico possibilitou a formação de três grupos distintos, representado as cultivares em estudo e denominados por: Grupo 1 (RB 93-5744 e RB 72-454); Grupo 2 (RB 85-5113); Grupo 3 (RB 93-5608 e SP 83-2847). Os componentes principais (CP1 e CP2) reteram em conjunto 64,8% da variabilidade do conjunto original dos dados. CP1 explicou 42,74% da variabilidade total de dados e CP2 explicou 22,07%. As propriedades relacionadas à emissão de CO2 do solo foram, a porosidade livre de água, a matéria orgânica e a relação C/N do solo com os maiores valores de poder discriminatório (-0,82, -0,77, -0,79 e 0,77 respectivamente), sendo fortemente correlacionadas entre si. Pelas técnicas de estatística multivariada de agrupamento por método hierárquico e análise de componentes principais foi possível caracterizar as propriedades e as cultivares (RB 93-5744 e RB 72-454) mais influentes relacionadas ao processo de emissão de CO2 do solo.

Palavras-chave: respiração do solo; análise de agrupamento; análise de componentes principais; propriedades do solo.

1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegeal), UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected] Adjunto do Departamento de Ciências Exatas. UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, Jaboticabal (SP). E-mail: [email protected]

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Caracterização dos indicadores de qualidade da semeadura convencional e cruzada de soja

Fabrício de Araújo Zavanella1, Murilo Ap. Voltarelli1, Pedro Henrique de Lima1, Marcelo Tufaile Cassia1, Rouverson Pereira da Silva1

Resumo

Estudos sobre arranjo espacial de plantas em sistema de semeadura cruzada de soja ainda são escassos no País e são necessários a fim de verificar se este sistema de semeadura apresenta maior qualidade em relação ao convencional. Neste contexto, objetivou-se avaliar a caracterização os indicadores de qualidade da semeadura cruzada de soja em relação á convencional. O trabalho foi conduzido em área da fazenda da UNESP/Jaboticabal, SP, com delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo 30 pontos amostrais para cada sistema de semeadura. Os indicadores de qualidade avaliados constituíram-se da distribuição longitudinal (espaçamentos normais, duplos e falhos) das sementes, em 3 m de duas fileiras de cada sistema de semeadura. A densidade de semeadura para o sistema convencional e cruzado foi de 24 e 36 sementes m-1, respectivamente, sendo este último dividido entre as duas linhas de semeadura que se cruzam. A análise estatística para a caracterização dos indicadores de qualidade foram à média aritmética e a mediana (medidas de posição), coeficientes de variação, desvio padrão e amplitude (medidas de dispersão), bem como os coeficientes de assimetria e curtose e, por fim, foi realizado o teste de normalidade de Anderson-Darling para a verificação da normalidade dos dados. Os espaçamentos normais, falhos e duplos apresentaram distribuição normal de probabilidade de acordo com o teste de normalidade de Anderson-Darling, em virtude dos valores dos testes serem próximos a zero e da proximidade entre a média e a mediana. Ressalta-se ainda que para a normalidade ser atingida os coeficientes de curtose e assimetria apresentaram valores menores que 1 (um), sendo considerado como baixos. O coeficiente de variação da semeadura convencional e nas linhas cruzadas para os espaçamentos normais é considerado como médio, diferentemente os demais espaçamento falhos e duplos que são caracterizados como altos. Por outro lado, o maior valor de amplitude e desvio padrão encontra-se no espaçamento normal da semeadura convencional.

Palavras-chave: Palavras-chave: variabilidade, Glycine max (L.) Merrill, população final de plantas.

1 Departamento de Engenharia Rural; FCAV/UNESP – Jaboticabal

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Programas de habitação social: abordagem comparativa nas cidades de Franca/ Brasil e Praia/ Cabo Verde e sua interface com o desenvolvimento

urbano local

Stefano Rocha da Cruz1, Maria Doroteia Monteiro Rocha da Cruz1, Mariano Sousa da Cruz1

Resumo

Este trabalho propõe abordar a perspectiva do planejamento urbano e sua articulação com o planejamento habitacional de interesse social. O objetivo é analisar de forma comparativa a cidade da Praia, localizada na ilha de Santiago, em Cabo Verde, que desenvolve um programa governamental intitulado Casa Para Todos e a cidade de Franca, localizada no estado de São Paulo (Brasil) com o plano de habitação do governo federal intitulado Minha Casa, Minha Vida. A pesquisa procura investigar como as diferentes instituições e atores envolvidos estão se mobilizando (ou não) para superar as deficiências atuais do setor em termos de qualidade e alcance social dos serviços e respectivos indicadores, a partir de reflexões teóricas, pesquisa documental e entrevistas junto aos principais atores direta ou indiretamente envolvidos do setor (governos, empresas, usuários, etc.). Também serão investigados os acordos de cooperação firmados entre Brasil e Cabo Verde nesta área.

Palavras-chave: Habitação social; indicadores; cooperação internacional

1

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Toxicidade aguda do inseticida imidacloprid para o caramujo Pomacea canaliculata

Juliana Heloisa Pinê Américo1, Cynthia Venâncio Ikefuti2, Naiara Fernanda Ignácio3, Mayara Galatti Tedesque4, Maria Amália da Silva5, Claudinei da Cruz6, Joaquim

Gonçalves Machado-Neto7

Resumo

A utilização intensiva de agrotóxicos tem provocado crescente contaminação dos ecossistemas aquáticos. O inseticida imidacloprid na formulação comercial Provado 200 SC®, é registrado para o controle de pragas como cigarrinhas e cupins em culturas de citros e cana-de-açúcar. Parte do produto aplicado na área agrícola pode atingir os ambientes aquáticos anexos e intoxicar organismos não alvos como o caramujo da espécie Pomacea canaliculata. Objetivou-se avaliar a toxicidade aguda do inseticida imidacloprid para o caramujo Pomacea canaliculata. Os ensaios de toxicidade aguda foram realizados no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Matologia (NEPEAM) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP de acordo com ABNT NBR 15088, 2011. Os caramujos, com peso entre 1 e 1,5 g, foram previamente aclimatados por 10 dias em sala de bioensaio a 25 ± 2 °C, com fotoperíodo de 12 horas e alimentados com a macrófita Hydrilla verticillata. Os parâmetros de água ajustados durante o período de aclimatação foram: pH entre 7,0 e 8,0, oxigênio dissolvido entre 4,0 e 6,0 mg.L-1 e condutividade elétrica entre 170,0 e 180,0 µS.cm-1. Inicialmente foram realizados ensaios de toxicidade aguda com a substância de referência cloreto de potássio (KCl) para avaliar a sanidade dos organismos. Após os ensaios com KCl, foram realizados ensaios preliminares para determinar o intervalo de concentração do inseticida que causa 0 e 100% de mortalidade/imobilidade durante 48 horas de exposição na água. A partir desses ensaios, determinaram-se as seguintes concentrações para serem utilizadas no ensaio definitivo: 0,0 (controle); 75; 150; 250; 500 e 800 mg.L-1. O ensaio foi conduzido com três repetições com 5 caramujos por réplica, em sistema estático, sem alimentação, sem sifonagem. O valor da concentração efetiva 50% em 48 horas (CE50,48h) foi calculado com o software Trimmed Spearman Karber. A CE50,48h do imidacloprid foi de 324,96 mg.L-1 com limite superior de 396,25 mg.L-1 e limite inferior de 266,49 mg.L-1. De acordo com a CE50,48h, o imidacloprid na formulação comercial Provado 200 SC® classifica-se como praticamente não tóxico (CE50;48h > 100) para P. canaliculata. Apesar da classificação favorável, o inseticida deve ser utilizado com cautela, pois se observaram nos ensaios sinais de intoxicações nos animais como permanência no fundo, pouca movimentação e resposta lenta a estímulos.

Palavras-chave: Ecossistemas Aquáticos; Imobilidade, Agrotóxicos, Organismos não alvos.

1Doutoranda no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP, e-mail: [email protected] no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP3Mestranda no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP4Graduanda na Faculdade de Taquaritinga (FTGA/UNIESP), Taquaritinga/SP5Doutoranda no Centro de Aquicultura da UNESP (CAUNESP), Jaboticabal/SP6Professor Doutor no Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (FEB), Barretos/SP7Professor Titular na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/UNESP), Jaboticabal/SP

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Fosfato natural com torta de filtro e biofertilizantes sobre o cultivo do milho e a microbiologia do solo

Leónides Castellanos González1, Gustavo Caione2, Renato de Mello Prado2, Alfredo Reyes Hernández3, Leandro Rosatto Moda2, Cid Naudi Silva Campos2, Enrique Parets

Selva1, Ely Nahas2, Luis Carlos Assis2

Resumo

O fósforo é um elemento essencial ao crescimento e reprodução das plantas, as quais não alcançam seu máximo potencial produtivo sem um adequado suprimento nutricional. Informações sobre o efeito da torta de filtro associada ao fosfato natural e biofertilizantes sobre a população de microrganismos e resposta da planta são incipientes no Brasil. Objetivou-se avaliar o fosfato natural com torta de filtro e biofertilizantes sobre o desenvolvimento das plantas do milho e a população de microrganismos no solo. O experimento foi realizado em casa de vegetação utilizando-se um Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico. Avaliaram-se sete tratamentos, sendo: (1) somente o solo; (2) solo adicionado de fosfato de rocha (FR); (3) torta de filtro; (4) FR e torta; (5) FR, torta e Biopack; (6) FR, torta e Embrafos (7) FR, torta e Azotofos. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com três repetições. Aos 14, 28 e 42 dias após a emergência das plantas determinou-se a altura das plantas, diâmetro do colmo e número de folhas por planta. Aos 45 dias determinou-se a massa seca das plantas e as populações dos microrganismos. Os solos com torta de filtro, fosfato natural e biofertilizantes apresentaram maior população de bactérias totais; porém, não aumentaram a massa seca na parte aérea das plantas. A torta de filtro na adubação promoveu maior crescimento das plantas e maior população microbiana do solo, em relação aos tratamentos com ausência de torta. A utilização da torta e fosfato natural de rocha possibilitou maior eficiência agronômica da adubação fosfatada.

Palavras-chave: Zea mays, eficiência agronômica da adubação fosfatada, fósforo, microrganismos

Agradecimentos: A CAPES por o financiamento do projeto “Programa de cooperação internacional em estudos sobre o uso biofertilizantes na agricultura brasileira e cubana”.

1Centro de Estudios para la Transformación Agraria Sostenible (CETAS). Facultad de Ciencias Agrarias. Universidad de Cienfuegos. Carretera a Rodas km 4 Cuatro Caminos CP: 59430, Cuba. E-mail: [email protected] de Ciencias Agrarias y Veterinarias. Universidade Estadual Paulista1, Campus de Jaboticabal, SP, Brasil.3Facultad Agropecuaria de Montaña del Escambray. Universidad de Sancti Spiritus, Cuba.

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Efeito da adubação fosfatada associada com torta de filtro e Azotofos sobre o teor de fósforo no solo e

nas plantas de tomateiro

Leónides Castellanos1, Ivis Díaz2, Mairely Sarduy2, Cid Naudi Silva Campos3, Layda Toledo2, Renato de Mello Prado3, Enrique Parets Selva1, Leandro Rosatto Moda3

Resumo

O fósforo (P) é essencial para o crescimento e o desenvolvimento da planta, constitui a base de um grande número de compostos, dos quais desempenham um papel essencial em processos de transferência de energia e no metabolismo vegetal. O objetivo foi avaliar a influência de fontes de fósforo enriquecido ou não com a torta de filtro e Azotofos sobre o teor de P e o desenvolvimento de mudas de tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill) em casa de vegetação em um pardo sim carbonato. A pesquisa foi conduzida em casa de vegetação, pertencente à Empresa Citrus Arimao de província de Cienfuegos, Cuba, de outubro de 2012 a janeiro de 2013. Foi empregado um delineamento experimental inteiramente casualizado, esquema fatorial 3x3 +1. Os dois fatores foram três fontes de P (fosfato de rocha cubana e superfosfato triplo) e três níveis de torta de filtro (ausência e presença e com enriquecido Azotofos) e testemunha (apenas solo). Aos 45 e 60 dias após a aplicação dos tratamentos foram determinados os teores de P na raiz e na parte aérea das plantas e o teor de P no solo (mg 100g-1 de P). Conclui-se que o teor de P no solo aumentou com a aplicação da torta de filtro e torta enriquecida com biofertilizante. O Teor de P nas raízes das plantas de tomate aumentou aos 60 dias quando enriquecido com torta de filtro, independentemente da fonte de P utilizada, no entanto não verificou-se incremento de P na parte aérea.

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, roca fosfórica, biofertilizantes.

Agradecimentos: A CAPES por o financiamento do projeto “Programa de cooperação internacional em estudos sobre o uso biofertilizantes na agricultura brasileira e cubana”.

1CETAS (Centro para la Transformación Agraria Sostenible).2Empresa Cítricos Arimao.3FCAV. UNESP Campus Jaboticabal, Brasil.

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População de microrganismos em Luvisol sob fontes de P, torta de filtro e biofertilizante

Cid Naudi Silva Campos1, Renato de Mello Prado1, Leónides Castellanos Gonzáles2, Maikel Abreu Jimenez2, Gilmara Pereira da Silva1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1,

Sylvia Letícia Oliveira Silva1, Leandro Rosatto Moda1

Resumo

Os solos altamente intemperizados, apresentam elevada adsorção do fósforo (P) nos óxihidróxidos de ferro e de alumínio, sendo pouco disponível às plantas. A utilização de fertilizantes fosfatados organo-mineral associado com microrganismos solubilizadores de P poderá refletir em maior eficiência na adubação fosfatada, aumentando o teor de P disponível no solo. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito de fontes de P associada a torta de filtro sem e com enriquecimento com biofertilizante sobre a população de microrganismos solubilizadores de P e o teor de P do solo. O experimento foi desenvolvido em condições de laboratório na Universidade de Cienfuegos, Cuba, no período de setembro a novembro de 2013. As unidades experimentais foram vasos de 0,5 dm3 preenchidos com solo Ferralítico Calcítico (Luvisol). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 3x2+1 e três repetições, sendo três fontes de fósforo: superfosfato triplo (P2O5 solúvel = 41%), MAP (fosfato monoamônio, P2O5 solúvel= 48%) e fosfato natural de Cuba (P2O5 solúvel= 6,5%); torta de filtro enriquecida com biofertilizante e não enriquecida e um tratamento controle (apenas solo). A dose de P em todos os tratamentos foi de 60 mg dm3 de P2O5. Aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos foi avaliado a quantidade de microrganismos solubilizadores de P e o teor de P do solo. O uso da torta de filtro, independentemente do enriquecimento ou não com biofertilizante, proporcionou maiores colônias de microrganismos solubilizadores de P e teor de P no solo em relação ao tratamento controle. A adição do biofertilizante na torta de filtro não apresentou efeitos sobre os teores de P do solo. A aplicação de P na forma de fosfato natural incrementou a população de microrganismos e o teor de P no solo na presença da torta independentemente do enriquecimento com biofertilizante.

Palavras-chave: Resíduo; fosfato natural; adubação.

Agradecimentos: Ao programa CAPES/MES pela concessão da bolsa de estudos.

1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP, [email protected] de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuatro Caminos, Cuba.

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Treponema denticola na microbiota subgengival de bovinos

Ana Carolina Borsanelli1, Robson Varlei Ranieri2, Elerson Gaetti-Jardim Júnior3, Jürgen Döbereiner4, Iveraldo Dutra5

Resumo

A periodontite bovina (cara inchada) é uma enfermidade caracterizada por processo agudo e progressivo que se inicia entre os dentes pré-molares decíduos maxilares de bovinos por ocasião da sua erupção. De grande impacto econômico e sanitário nas décadas de 1960 e 1970, associada na ocasião à formação de pastagens em extensas áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, na atualidade a enfermidade reincide após a reforma dos pastos ou alimentação dos animais com forragens cultivadas em áreas anteriormente endêmicas. Os aspectos clínicos, patológicos, bacteriológicos e epidemiológicos evidenciam a participação primária de microbiota anaeróbia periodontopatogênica. Microrganismos do gênero Treponema são difíceis de serem cultivados em meios convencionais e não há registro da sua ocorrência em bovinos, embora tenham grande relevância na doença periodontal de primatas e canídeos, fazendo parte do complexo vermelho de Socransky, frequentemente encontrado em pacientes com periodontite avançada ou necrosante. Este anaeróbio é mais comum em sítios subgengivais acometidos pelo processo infeccioso do que em sítios saudáveis Com o objetivo de verificar a presença do T. denticola em amostras de biofilme subgengival foram examinados 14 bovinos clinicamente sadios em amostras coletadas entre o segundo e o terceiro pré-molar maxilar. Após a remoção do biofilme supragengival o material foi coletado com auxílio de cones de papel absorvente esterilizados, seguindo-se o acondicionamento em recipiente com água ultrapura e mantido sob refrigeração. A presença de T. denticola foi avaliada pelo método de cultura-independente, por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) e com iniciadores específicos (5´TAATACCGAATGTGCTCATTTACAT3´, 5´TCAAAGAAGCATTCCCTCTTCTTCTTA3´). Doze (85,7%) dos 14 animais apresentaram apenas sítios saudáveis à sondagem. T. denticola não foi detectado em sítios considerados sadios. Em dois animais que apresentavam sítios com bolsa periodontal, foi possível identificar o microrganismo através da PCR. Os resultados evidenciam que, em bovinos, o Treponema denticola está presente na microbiota de sítios com bolsa periodontal.

Palavras-chave: periodontite; cara inchada; Treponema denticola.

1Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária Preventiva da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), UNESP, Jaboticabal, SP.2Assistente de Suporte Acadêmico II do Departamento de Patologia e Propedêutica Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA), UNESP, Araçatuba, SP.3Professor Titular do Departamento de Patologia e Propedêutica Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA), UNESP, Araçatuba, SP.4Editor da revista Pesquisa Veterinária Brasileira, Seropédica, RJ.5Professor Titular do Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (FMVA), UNESP, Araçatuba, SP.

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Germinação de sementes e desenvolvimento de mudas de jatobá (Hymeneae courbaril L. var.

Stilbocarpa)

Elis Marina da Silva Cabral1, Regina Maria M. de Castilho2, Maximiliano Kawahata Pagliarini3, João Alberto Fischer Filho4, Nadia Maria Poloni5

Resumo

A produção de mudas é muito importante para garantir o bom desenvolvimento de plantas de espécies que possam suprir os programas de reflorestamento e de arborização urbana. Este trabalho teve como objetivo estudar tratamentos pré-germinativos e o desenvolvimento de mudas de Hymeneae courbaril L. var. Stilbocarpa, em diferentes substratos. Teve inicio dia 27 de agosto de 2011 e término dia 02 de novembro de 2011, na UNESP/ Campus de Ilha Solteira. Para germinação avaliou-se a porcentagem de sementes germinadas e o índice de velocidade de germinação (IVG), calculados a partir de contagens diárias da quantidade de sementes germinadas, sendo 6 tratamentos e cada um constituído por 30 sementes. T1- Testemunha; T2- Sementes não escarificadas embebidas em água por 6 horas; T3- Sementes escarificadas; T4- Sementes escarificadas embebidas em água por 2 horas; T5- Sementes escarificadas embebidas em água por 4 horas; T6- Sementes escarificadas embebidas em água por 6 horas. As mudas produzidas por semente foram transplantadas para vasos pretos de 1,3 litros com diferentes substratos. Foram utilizados 4 tratamentos: T1- areia + substrato comercial (1:1); T2- solo + substrato comercial (1:1); T3- solo + areia + substrato comercial (1:1:1); T4- solo + areia (1:1), com 10 plântulas tratamento-1. As características avaliadas foram: altura e diâmetro do caule das plantas e teor de clorofila das folhas, aos 21 dias após o transplante. Para o desenvolvimento das mudas procedeu-se o delineamento experimental casualizado com 4 tratamentos e 10 repetições cada, foi realizada a análise de variância (ANAVA) seguida pelo teste Tukey a 5% de significância, por meio do programa computacional SISVAR. Sementes não escarificadas apresentaram a menor porcentagem de germinação, os tratamentos que tiveram uma maior porcentagem de germinação foram T5 (sementes escarificadas e embebidas em água por 4 horas) e T6 (sementes escarificadas e embebidas em água por 6 horas), ambos com 93,3% de sementes germinadas. E no desenvolvimento das mudas os tratamentos com a presença de areia obtiveram os melhores resultados.

Palavras-chave: escarificação, embebição, dormência, substrato.

Agradecimentos: À Deus pela vida e todas as oportunidades, à minha família pelo amor e incentivo e aos amigos pela amizade e carinho.

1Engenheira Agrônoma, Universidade Estadual Paulista, Campus de Ilha Solteira.2Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciências Biológicas (Botânica), Universidade Estadual Paulista, Campus de Ilha Solteira, Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia.3Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Agronomia, Universidade Estadual Paulista Campus de Ilha Solteira.4Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia/Ciência do Solo, Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal.5Engenheira Agrônoma, Mestranda em Agronomia/Sistemas de Produção, Universidade Estadual Paulista, Campus de Ilha Solteira.

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Levantamento de demanda de qualificação profissional e o Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais

Ana Marcelina de Oliveira1

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo geral identificar o método de levantamento de demanda de qualificação profissional utilizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS, na cidade de Passos-MG. Especificamente, objetivou-se apresentar as técnicas de coleta de dados utilizadas para levantamento de demanda e demonstrar as principais características dessas técnicas. Os dados foram coletados em documentos internos do IFSULDEMINAS. No tocante à metodologia, a pesquisa configurou-se, quanto à abordagem, em uma pesquisa qualitativa; quanto ao objetivo como uma pesquisa de caráter exploratório; e quanto ao delineamento fez-se uma pesquisa documental. Dentre os resultados obteve-se que o levantamento de demanda foi realizado de forma qualitativa e quantitativa, através da aplicação de questionários do tipo misto, utilizando-se questões abertas e fechadas com uma escala ordinal e através de audiência pública conduzida de acordo com as opções que poderiam ser oferecidas pelo IFSULDEMINAS.

Palavras-chave: Qualificação profissional, demanda, levantamento, IFSULDEMINAS

Agradecimentos: Agradeço a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.

1UNESP – Campus Franca

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Efeito da omissão de macronutrientes sobre a produção de matéria seca em plantas de pepino

cultivadas em solução nutritiva

Cid Naudi Silva Campos1, Renato de Mello Prado1, Gustavo Caione1, Valéria Santos Cavalcante1, Leónides Castellanos Gonzáles2, Gilmara Pereira da Silva1, Gabriel

Barbosa da Silva Júnior1, Sylvia Letícia Oliveira Silva1

Resumo

As desordens nutricionais em hortaliças, especificamente no pepino (Cucumis sativus L), pode afetar a produtividade e qualidade do vegetal. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a omissão de macronutrientes e seus efeitos na produção de matéria seca das raízes e da parte aérea de plantas de pepino. O estudo foi realizado em casa de vegetação no câmpus da FCAV-UNESP Jaboticabal, com a cultura do pepino (Aodai), cultivado em sistema hidropônico. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições, sendo correspondentes aos tratamentos, completo (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Mn, Zn, Cu, Fe e Mo), omissão de Nitrogênio (-N), omissão de Fósforo (-P), omissão de Potássio (-K), omissão de Cálcio (-Ca), omissão de Magnésio (-Mg), omissão de Enxofre (-S). Após 28 dias da aplicação dos tratamentos, foram avaliadas a matéria seca da raiz e da parte aérea, através da soma dessas partes obteve-se a produção de matéria seca da planta inteira. A omissão de N, Ca e Mg ocasionou menor produção de matéria seca das raízes, parte aérea e consequentemente da planta inteira de pepino em relação a omissão de P, K e S. As plantas cultivadas em solução nutritiva contendo todos os nutrientes (tratamento completo) foram as que apresentaram maior acúmulo de matéria seca.

Palavras-chave: Cucumis sativus L.; desordem nutricional; nutrição de plantas.

1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP, [email protected] de Ciencias Agrarias. Universidad de Cienfuegos, Cuatro Caminos, Cuba.

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Atributos químicos de solos degradados por mineração em fase de recuperação

Marcela Midori Yada1, Roberta S. Carlos2, Everton Gomes da Silva2, Fabio Luiz Checchio Mingotte3, Wanderley José de Melo4

Resumo

A mineração de cassiterita na mina Serra da Onça, localizada na Floresta Nacional do Jamari, Estado de Rondônia, causou profundas alterações físicas, químicas e biológicas no solo. O projeto de recuperação das áreas degradadas iniciou-se em 1997, com modelagem do terreno, construção de terraços, correção da acidez, fertilização química, aplicação de composto, semeadura de leguminosas e, posteriormente, plantio de espécies nativas. No estágio atual, a classificação dos níveis de recuperação varia de 1 a 7, de acordo com as ações aplicadas nas áreas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os atributos químicos dos solos das áreas consideradas no nível 7 de recuperação em diferentes áreas, em delineamento inteiramente casualizado, com 25 tratamentos e 3 repetições. Amostras de solo foram coletadas na camada 0-0,2 m nas áreas em recuperação e em áreas de mata nativa (MATA) e sob vegetação de capoeira (CAP) para comparação. Os atributos químicos do solo (pH CaCl2 , matéria orgânica, fósforo disponível, cálcio, potássio e magnésio trocáveis, H+Al, SB, CTC e V%) foram determinados e analisados por meio de análise multivariada. A partir das análises dos atributos químicos nas amostras de solo dessas áreas, observa-se um estágio mais avançado de resultados obtidos, podendo indicar algumas áreas com desempenho semelhante ao da mata e capoeira e prontas para finalizar as atividades de recuperação.

Palavras-chave: Recuperação de solos degradados; Indicadores de qualidade ambiental; Sustentabilidade

Agradecimentos: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de são Paulo - FAPESP.

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), Departamento de Tecnologia, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (UNESP/FCAV), Câmpus de Jaboticabal, [email protected] de Tecnologia, UNESP/FCAV3Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal, Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCAV4Professor Titular do Departamento de Tecnologia, UNESP/FCAV.

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Avaliação da mamoneira em consórcio com gergelim sob condições edafoclimáticas

Thyago Augusto Medeiros Lira1, Biatriz de Oliveira Costa2, Gildriano Soares de Oliveira3, Allan Johnatan Gomes dos Santos4, Cláudio Silva Soares5, Afonso Lopes6

Resumo

O cultivo de diferentes espécies em consórcio é utilizado para ampliar a segurança econômica e alimentar dos produtores no semi-árido. Objetivou-se avaliar o desenvolvimento da mamoneira, cv. BRS Energia, em consórcio com o gergelim, cv. BRS Seda e em monocultivo. Os tratamentos representados por: a) mamona isolada; b) mamona + gergelim plantado 7 dias após a mamona; c) mamona + gergelim 14 dias após; d) mamona + gergelim 21 dias após com 4 repetições. Os arranjos foram: 1,0m x 0,5m (mamona isolada); 2,0m x 0,5m (mamona consorciada). Os dados foram submetidos a análise de variância (teste F a 5%) e de regressão. Os resultados mostraram que apenas o diâmetro do caule e altura da mamoneira sofreram influência dos tratamentos.

Palavras-chave: Sementes; Ricinus communis; Sesamum indicum. 1Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 2Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 3Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do solo), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), 4UEPB/CAMPUS II5UEPB/CAMPUS II6Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural, UNESP/FCAV

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Sintomas visuais de deficiências de macronutrientes em crotalária

Sylvia Letícia Oliveira Silva1, Gilmara da Silva Pereira1, Leandro Rosatto Moda1, Renato de Mello Prado1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Leónides Castellanos

Gonzales2

Resumo

A Crotalaria juncea destaca-se entre as espécies da família das leguminosas utilizada como adubo verde em rotação com diversas culturas. O estudo do estado nutricional torna-se necessário na cultura dada a importância na produção de biomassa é incorporadora de nutrientes no solo. Nesse sentido o trabalho teve como objetivo caracterizar sintomas visuais de deficiência de nutrientes em Crotalaria juncea. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação da UNESP Câmpus de Jaboticabal-SP. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos, que corresponderam a omissão de N, P, K, Ca e Mg e Solução nutritiva completa, com três repetições. As descrições dos sintomas foram realizadas semanalmente. Em decorrência da omissão de nitrogênio as plantas apresentaram amarelecimento uniforme da parte aérea, intensificando-se nas folhas mais velhas, folhas menores e leves pontuações cloróticas nas folhas mais jovens. A deficiência do fósforo ocasionou coloração verde escura das folhas mais velhas evoluindo para necrose não permitindo a formação de brotações laterais com reflexo na formação de caule fino e florescimento aquém do potencial. Os sintomas de deficiência de potássio foram caracterizados por pontuações escuras nas margens, ponta das folhas e caule. Na ausência de cálcio foram identificadas deformação das folhas mais novas, das brotações e do meristema apical seguido de necrose. E, os sintomas visuais identificados no magnésio iniciaram-se por clorose internerval das folhas mais velhas. As omissões de nutrientes afetaram a deficiência de nitrogênio e provocou grandes prejuízo à cultura.

Palavras-chave: Crotalaria juncea; Deficiência nutricional; Solução nutritiva.

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp2Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP

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Impactos ambientais causados pelos resíduos da construção civil

Gilberto Aparecido Rodrigues1, Fausto Antonio Miguel Libanore2, Gilmar Oliveira Santos3, Ubajara Cesare Mozart Proença4, Rosemary Cintia De Oliveira5, Amanda

Bartholomeu5, Anderson De Souza6

Resumo

O crescimento acelerado das cidades e as mudanças no consumo da população trouxeram comportamentos que geram resíduos muitos diferentes daqueles resíduos produzidos pelas cidades há 50 anos. Este estudo foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, com o objetivo de identificar os principais problemas da gestão e impactos dos resíduos de construção civil (RCCD) ao meio. Sendo assim, constatou-se a necessidade da conscientização da população, geradores de RCCD e governantes, a fim de reduzir ao máximo os impactos negativos causados ao meio ambiente. Uma solução ambientalmente mais correta para os RCCD é a reciclagem. A conscientização ambiental é outro desafio a ser vencido para melhorar a aceitação e incorporar o hábito de reciclar e ou consumir produtos reciclados, além do conhecimento dos tipos de resíduos descartados pela construção civil. É fundamental o papel estratégico que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos deverá assumir, no sentido de estipular metas para o gerenciamento de RCCD e o estabelecimento das formas de recebimento e monitoramento dos dados das diferentes localidades no país. Uma prioridade no gerenciamento dos RCCD está na minimização dos resíduos, juntamente com outras medidas educativas, no sentido de oferecer treinamentos aos gestores municipais e aos geradores particulares, além de disseminar experiências de sucesso.

Palavras-chave: Resíduos Urbanos; Construção Civil; Impacto Ambiental

1Zootecnista, Msc, Pós-Graduando, FATEC/Taquaritinga,SP, 16-32525152,gilberto.rodrigues@fatectq2Engenheiro Agrônomo, Especialista em Gestão Ambiental, UNARA/ARARAQUARA, SP, 16- 3301-7100, [email protected] Ambiental, Msc, Pós-Graduando, UNESP/Jaboticabal, SP, 16-32092600, [email protected]óloga em Agronegócio, FATEC/Taquaritinga, SP,16-32525152, [email protected] de Agronegócio, Fatec/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected] de Agronegócio, Fatec/Taquaritinga, SP, 16-32525152, [email protected]

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Crescimento e desenvolvimento do feijoeiro em função do sistema de cultivo e do parcelamento da

adubação nitrogenada

Fábio Luiz Checchio Mingotte1, Marcela Midori Yada2, Camila Baptista do Amaral3, Jordana de Araujo Flôres3, Carolina Cipriano Pinto3, Leandro Borges Lemos4,

Domingos Fornasieri Filho5

Resumo

No sistema plantio direto (SPD) os restos culturais com alta relação C/N podem interferir na dinâmica do nitrogênio (N), em função da imobilização microbiana, sendo necessário manejo diferenciado. O N influencia no crescimento das plantas e, no caso do feijoeiro, resulta em maior número de ramificações, trifólios e consequentemente área foliar, incrementando a taxa fotossintética e por sua vez interferindo na produtividade de grãos. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de sistemas de cultivo e do parcelamento da adubação nitrogenada em cobertura no número de trifólios do feijoeiro. O experimento foi conduzido na safra inverno-primavera (2011), em Jaboticabal-SP. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas. As parcelas foram compostas por três sistemas de cultivo (milho exclusivo, milho consorciado com U. ruziziensis e U. ruziziensis exclusiva) e, as subparcelas por 10 modos de parcelamento do N em cobertura no feijoeiro, na dose de 90 kg ha-1, fornecida em dose única ou parcelada em três estádios fenológicos da cultura do feijoeiro, sendo na formação da primeira folha trifoliada aberta e plana (V 3), presença da terceira folha trifoliada aberta e plana (V4) e na presença de racemo floral (R5). O número de trifólios foi avaliado em 10 plantas de cada subparcela, por ocasião do florescimento pleno (R6) e, verificou-se influência dos sistemas de cultivo, com destaque para o feijoeiro em sucessão ao milho e U. ruziziensis exclusivos. Para esta característica ocorreu interação entre sistemas de cultivo e parcelamento da adubação nitrogenada (S x P). Verificou-se superioridade dessa característica no feijoeiro em sucessão a U. ruziziensis exclusiva em todos os parcelamentos, exceto (60+30+00) e (00+60+30). Na sucessão ao consórcio os parcelamentos (30+60+00), (60+00+30) e (00+45+45) mostraram-se superiores. Em sucessão ao milho exclusivo os parcelamentos (60+30+00), (60+00+30). (00+60+30) e (45+00+45) promoveram elevado número de trifólios por planta. Vale ressaltar que mesmo na ausência da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro em sucessão ao milho e U. ruziziensis exclusivos ocorreu elevado número de trifólios por planta. Mesmo não ocorrendo diferenças na população final de plantas o feijoeiro foi capaz de compensar os espaços vazios obtendo plantas vigorosas e com maior grau de enfolhamento.

Palavras-chave: Phaseolus vulgaris; sistema plantio direto; nitrogênio; área foliar

Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de são Paulo – FAPESP e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), Bolsista Fapesp, [email protected] de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), Departamento de Tecnologia, UNESP/FCAV3Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), UNESP/FCAV4Professor Assitente Doutor do Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCAV5Professor Titular do Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCAV

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Eficiência agronômica do feijoeiro em função do sistema de cultivo e do parcelamento da adubação

nitrogenada em cobertura

Fábio Luiz Checchio Mingotte1, Marcela Midori Yada2, Camila Baptista do Amaral3, Jordana de Araujo Flôres3, Carolina Cipriano Pinto3, Leandro Borges Lemos4,

Domingos Fornasieri Filho5

Resumo

A eficiência de uso do nitrogênio (N) pelo feijoeiro é baixa, ao redor de 50%, principalmente no sistema plantio direto (SPD), devido à imobilização deste nutriente em função da elevada disponibilidade de restos culturais com alta relação C/N e, ocasionalmente, perdas de amônia por volatilização. A antecipação e/ou parcelamento da adubação são alternativas de uso e manejo eficiente do N. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência agronômica do feijoeiro em função do sistema de cultivo e do parcelamento da adubação nitrogenada em cobertura. O experimento foi conduzido no inverno-primavera (2011) em Jaboticabal-SP, sob delineamento em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas. As parcelas foram compostas por três sistemas de cultivo (milho exclusivo, milho consorciado com U. ruziziensis e U. ruziziensis exclusiva) e, as subparcelas foram 10 modos de parcelamento do N em cobertura no feijoeiro, na dose de 90 kg ha-1, fornecida em dose única ou parcelada em três estádios fenológicos do feijoeiro, sendo na formação da primeira folha trifoliada aberta e plana (V3), presença da terceira folha trifoliada aberta e plana (V4) e na presença de racemo floral (R5). A eficiência agronômica foi determinada pelo cálculo EA = (PGcf PGsf) / (QNa), expresso em kg kg-1, em que PGcf = produção de grãos com fertilizante nitrogenado; PGsf = produção de grãos sem fertilizante nitrogenado; e QNa = quantidade de N aplicado em kg. Foi verificada menor eficiência agronômica no feijoeiro após o consórcio, seguido por U. ruziziensis exclusiva. Os resultados obtidos demonstram a possibilidade de se obter produtividade economicamente interessante sem necessidade de aplicação de N mineral no feijoeiro em sistemas de sucessão contendo U. ruziziensis, aproximando o sistema plantio direto da sustentabilidade agrícola. Os parcelamentos (60+00+30), (45+45+00), (30+60+00) e (45+00+45) destacaram-se dos demais, pois promoveram acréscimo de 3,1; 2,8; 2,3 e 1,8 kg de grãos para cada kg de N aplicado, respectivamente. Contudo, a aplicação de N em cobertura com base na recomendação do Boletim Oficial de Recomendação de Adubação e Calagem do Estado de São Paulo (00+90+00) juntamente com o parcelamento (60+30+00) apresentaram reduzida eficiência agronômica, evidenciando a necessidade de novas indicações para o feijoeiro, principalmente em função do cultivo sob diferentes palhadas no SPD.

Palavras-chave: Phaseolus vulgaris; sistema plantio direto; nitrogênio

Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de são Paulo - FAPESP e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), Bolsista Fapesp, [email protected] de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), Departamento de Tecnologia, UNESP/FCAV3Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal), UNESP/FCAV4Professor Assitente Doutor do Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCAV5Professor Titular do Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCAV

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Preferência da broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Scolytidae) por

frutos em diferentes estádios de maturação de Coffea arabica e Coffea canephora

Hugo Leoncini Rainho1, Antonio Carlos Busoli2

Resumo

A broca-do-café é um dos principais problemas fitossanitários da cultura do cafeeiro, representando 30% dos prejuízos econômicos causados por pragas na cultura no Brasil (OLIVEIRA et al., 2012). A busca por métodos de controle eficientes e que causem menor impacto ecológico tem sido o principal foco da pesquisa na última década. O conhecimento sobre a biologia e ecologia do inseto é fundamental para o desenvolvimento de métodos de controle. Estudos envolvendo a interação entre Hypothenemus hampeie o cafeeiro são escassos, sobretudo no que se refere à ecologia química. O objetivo desse trabalho foi avaliar se a broca-do-café apresenta preferência por diferentes estádios de desenvolvimento do fruto de café, simulando o que ocorre no campo em condições tropicais, nas quais uma mesma planta pode apresentar todos os estádios de maturação de frutos ao mesmo tempo. O estádio de maturação do fruto preferido pela broca servirá de modelo para análise da composição de voláteis. Foram comparados quatro estádios de desenvolvimento de frutos em testes de preferência com múltipla chance de escolha, denominados de: verde, verde-cana, cereja (maduro) e seco. Os bioensaios foram realizados em placas de Petri de 9 cm de diâmetro. Cada placa consistiu de uma repetição, sendo oferecidos ao inseto dois frutos para cada estádio (oito no total), em duas fileiras separadas entre si. Foram realizadas 100 repetições, utilizando-se frutos de C. arabica e C. canéfora. Uma única fêmea colonizadora da broca, presumidamente fecundada, foi liberada no centro de cada placa, equidistante às duas fileiras de frutos. No teste de múltipla chance as respostas das fêmeas colonizadoras de H. hampei foram analisadas pelo teste do qui-quadrado ao nível de significância de 5%. Avaliou-se a quantidade de frutos com o epicarpo perfurado pela broca após 48 horas. Foi observada preferência significativa pelo fruto seco em relação ao fruto cereja (x<sob>2<sob> = 6,6667, P = 0,0098), seco ao verde-cana (x<sob>2<sob> = 17,0328, P < 0,0001), seco ao verde (x<sob>2<sob> = 20,9455, P < 0,0001) e também cereja ao verde (x<sob>2<sob> = 4,2667, P = 0,0389). Concluiu-se que frutos secos representam o modelo ideal para análise dos voláteis utilizados pela broca no processo de seleção hospedeira. Parâmetros biológicos do inseto serão levantados para determinar se a fêmea permanece nesses frutos ou os abandona na busca por frutos cereja, cuja umidade é superior e mais favorável às larvas.

Palavras-chave: Estádios de maturação; preferência; seleção hospedeira; cairomônios.

Agradecimentos: À CAPES pela concessão da bolsa de estudos e financiamento dessa pesquisa.

1Mestrando do programa de pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) (CAPES), Departamento de Fitossanidade, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal-SP2Professor Titular, Departamento de Fitossanidade, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal-SP.

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Displasia folicular em cão: Relato de caso Hair folicular dysplasia: Case report

Chung, D.G.1, Moreira, R.S1,Galvão, A.L.B.1, Filgueira, F.G.1

Resumo

A displasia folicular (DF) do pelo preto é uma alteração rara em cães de pelagem bicolor ou tricolor caracterizada por áreas de alopecia e alterações na qualidade do pelo de cor escura. Há perda de pelos primários e retenção de pelos secundários, desenvolvimento de pelos enrolados e vários graus de alopecia. Muitos estudos relacionam essa condição de caráter hereditário e já foi descrita em diversas raças incluindo, Fox terrier Brasileiro, Salukis, JackRussell terrier e Grandes Münsterländers. Histologicamente é caracterizado por hiperceratose ortoceratótica superficial e folicular, variação da atividade folicular com elevada frequência de sequestro catagênico, aglomerados de melanina dentro dos pelos e bulbos pilosos, hastes pilosas fraturadas com aglomerados de melanina livre na luz dos folículos e melanófagos perifoliculares. Relata-se o caso de um cão, raça Fox Terrie brasileiro, fêmea de dois anos, com queixa de áreas alopecias e sem prurido na região dorsal, entre as escapulas até a base da cauda e ao redor dos olhos. Também tinha queixa de urina com pus na urina. Não havia evidencia de piodermite ou seborreia, e momento o paciente apresentava também um quadro clinico de cistite. Foram realizados exame parasitológico do raspado de pele, hemograma completo e urinalise. Os exames complementares revelaram um quadro infeccioso na vesícula urinaria e negativo para pesquisa de parasitas na pele. O animal foi tratado com enrofloxacina 50 mg meio comprimido associado com ranitidina 15 mg/ ml 0,5 ml ambos administrados duas vezes ao dia e banhos semanais cm clorexidine a 2%. Após quinze dias de tratamento foram realizados novo exame de urina e hemograma onde se constatou remição da infecção. No entanto o proprietário ainda se queixava das áreas de alopecia no dorso do animal. O tratamento com o banho foi prorrogado por mais quatro semanas sem que o houvesse melhora no quadro. O animal foi então, submetido a uma biopsia de pele. O resultado do exame histológico revelou displasia folicular e pigmentar. O proprietário foi orientado a castra o animal já que essa alteração de pele tem caráter genético e continuar com banhos frequentes com xampus comendoliticos ou antibacterianos para prevenir a dermatites. Embora seja uma alteração relativamente rara em animais de pequeno porte, é importante se estabelecer um bom diagnostico, pois é uma alteração de caráter genético que pode ser disseminada para novas gerações.

Palavras-chave: Canino; pêlo; alopecia; dermatologia

Agradecimentos: A Clinica Veterinara Bombocão

1Pós-graduandos da Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP – Jaboticabal

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Composição bromatológica dos ovos de poedeiras isa brown alimentadas com ração contendo pectina

Mariana Thimotheo1, Viviane de Souza Morita2, Vanessa Karla Silva2, Rafael Lourenço Farinha2, Ana Flávia Prado Antunes de Faria2, Tamiris Iara Vicentini2,

Isabel Cristina Boleli2

Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito da pectina cítrica sobre a composição bromatológica dos ovos de poedeiras semi pesadas. Foram utilizadas 240 poedeiras comerciais da linhagem Isa Brown em fase de produção (28 a 40 semanas). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 6 repetições de 8 aves. Os tratamentos foram: 0%; 0,25%; 0,5% e 1% de pectina na ração e um grupo controle (ração padrão). As variáveis analisadas foram: peso do ovo; peso da gema; peso do albúmen; matéria seca, matéria orgânica, matéria mineral (cinzas) e proteína bruta da gema e do albúmen; e extrato etéreo da gema. As análises foram realizadas após um período de 13 semanas. Os componentes internos do ovo (gema e albúmen) foram separados, sendo cada um analisado individualmente. Foram utilizados dois ovos/repetição/tratamento. A gema e albúmen foram secos e após a pesagem as amostras foram moídas em moinho de bola para posteriores análises. Para a análise de proteína bruta utilizou-se o aparelho analisador de nitrogênio Leco. O teor de extrato etéreo da gema foi determinado através do aparelho de extração Soxhlet. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey por meio do programa SAS, considerando-se 5% de probabilidade. Não houve diferença significativa do peso dos ovos, gema e albúmen e da composição bromatológica dos ovos das aves que receberam pectina, quando comparados com os ovos das aves que foram alimentadas com a ração padrão. Entretanto, houve efeito significativo da porcentagem de cinzas do albúmen. Quando comparado com o tratamento controle, houve aumento na porcentagem de cinzas dos ovos das aves que receberam 0% e 0,25% de pectina e redução na concentração de cinzas nos ovos das aves que receberam 0,5% de pectina. O conteúdo de cinzas foi similar nos ovos das aves que consumiram ração controle e ração com 1% de pectina. Esses dados mostram que as porcentagens de pectina não influenciaram a deposição de nutrientes na gema durante o desenvolvimento dos folículos ovarianos, e sugerem que a redução na deposição de minerais no albúmen deve estar associada ao processo de geleificação da pectina, uma vez que há formação de ligações cruzadas onde às moléculas de água e os co-solutos ficam presos, podendo interferir na digestibilidade de algum mineral. De acordo com os resultados apresentados conclui-se que a adição de 0,5% de pectina na alimentação reduziu a porcentagem de cinzas do albúmen.

Palavras-chave: bromatologia; ovos; pectina; poedeiras semipesadas

Agradecimentos: Os autores agradecem à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela concessão de bolsa de Iniciação Cientifica (processo nº 2011/09765-4) e pelo auxílio financeiro ao projeto (processo nº 2011/12392-5)

1Mestranda do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal,SP2Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal,FCAV- UNESP/Jaboticabal,SP

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Avaliação do ph de ovos comerciais de poedeiras de 28 a 40 semanas de idade alimentadas com dietas

contendo fibra solúvel

Mariana Thimotheo1, Evandro Menezes de Oliveira2, Viviane de Souza Morita2, Vanessa Karla Silva2, Rafael Lourenço Farinha2, Sarah Sgavioli2, Vitor Rosa de

Almeida2, Isabel Cristina Boleli2

Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar se a ingestão de ração de postura contendo diferentes níveis de fibra solúvel(pectina)influencia o pH dos ovos de poedeiras da linhagem Isa Brown. O experimento foi desenvolvido na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal. Foram utilizadas 240 poedeiras comerciais com idade inicial de 28 semanas, distribuídas homogeneamente pelo peso corporal médio entre as parcelas, em um delineamento experimental inteiramente casualizado constituído de 5 tratamentos, de porcentagens de pectina cítrica de alta metoxilação na dieta (0%; 0,25%; 0,5% e 1%) e um grupo controle geral (ração padrão). As dietas foram formuladas para atender as exigências das aves no período de postura e foram isoenergética, isonutrientes e isoproteicas. O experimento teve duração de 13 semanas, sendo os tratamentos administrados da 28a à 40a semana de idade das aves. As aves foram alojadas em gaiolas de arame galvanizado em um galpão convencional de postura. Durante todo o período experimental as poedeiras foram submetidas ao programa de luz de 17 horas por dia e tiveram livre acesso à água e à ração. A característica avaliada foi o pH dos ovos. O pH do albúmen e da gema foi aferido com ovos frescos coletados no mesmo dia de postura, na 13 a semana de tratamento. Foram quebrados 2 ovos/repetição/tratamento. Os albúmens foram separados das gemas em béqueres correspondentes, e em seguida, o albúmen e gema de cada ovo foram homogeneizados individualmente e realizado a aferição do pH mediante a utilização de um peagômetro (PHTEK,PHS-3B). Os dados foram submetidos à análise de variância do SAS, considerando 5% de probabilidade. Não foram registrados efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre o pH do albúmen e gema. A adição de até 1% de fibra solúvel na ração não influenciou de forma significativa o parâmetro estudado.

Palavras-chave: fibra; poedeiras; ração

Agradecimentos: Os autores agradecem à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela concessão de bolsa de Iniciação Cientifica (processo nº 2011/09765-4) e pelo auxílio financeiro ao projeto (processo nº 2011/12392-5)

1Mestranda do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal,SP2Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal,FCAV- UNESP/Jaboticabal,SP

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Omissão de boro no crescimento do feijão-caupi

Sylvia Letícia Oliveira Silva1, Renato de Mello Prado1, Gabriel Barbosa da Silva Júnior1, Leónides Castellanos Gonzales2, Gilmara Pereira da Silva1, Cid Naudi Silva

Campos1, Leandro Rosatto Moda1, Reinaldo José Álvarez Puente3

Resumo

O boro é um micronutriente que participa da estrutura celular das plantas. Sua deficiência é relatada em diversas culturas anuais no Brasil, por provocar grandes perdas na produtividade. O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) apresenta raras informações técnicas sobre as necessidades de micronutrientes em solos onde é cultivado. Objetivou-se avaliar os efeitos da omissão de boro no crescimento de plantas de feijão-caupi cultivadas em solução nutritiva. O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação no Departamento de Solos e Adubos da FCAV/Unesp, Jaboticabal-SP, no período de março a abril de 2014. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizados com 10 repetições. Foram avaliadas nas parcelas duas soluções nutritivas, com 0,5 g B.L-1 e sem B. Os parâmetros biométricos avaliados aos 30 dias após o transplantio (30 DAT) das plantas foram: altura, diâmetro do caule, número de folhas e abortamento de flores. Os dados foram analisados estatisticamente através de ANOVA, pelo programa Assistat, e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Aos 30 DAT, os parâmetros altura de plantas, número de folhas e número de flores abortadas apresentaram diferença estatística significativa. As plantas cultivadas com solução deficiente em boro apresentaram os menores valores em todos os parâmetros estudados.

Palavras-chave: Vigna unguiculata; BRS Guariba; micronutriente.

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de ciências agrárias e veterinárias, FCAV/Unesp; 2Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad de Cienfuegos, Cuba, Profesor convidado CAPES-UNESP; 3Facultad de montaña del Escambray, Universidad de Sancti Spiritus, Cuba.

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Eficiência fotossintética na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris) sob estresse hídrico

João Alberto Fischer Filho1, João Luís Zocoler2, Nadia Maria Poloni3, Fernando Tadeu de Carvalho4, Elis Marina da Silva Cabral5

Resumo

Um fator sustentável para a sobrevivência de quase toda a vida do planeta está na energia produzida na reação química da fotossíntese. A análise da fluorescência da clorofila vem sendo utilizada para avaliação da capacidade fotossintética alterada por estresses bióticos ou abióticos pelos quais as plantas possam ser submetidas, como a deficiência hídrica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência fotossintética através da taxa de transporte de elétrons na cultura do feijão sob níveis de estresse hídrico. O trabalho foi realizado em casa de vegetação, no Campus II da FEIS - UNESP. Foi utilizado o feijão carioca cultivar BRSMG Majestoso, com semeadura feita em 24/06/2012. Após o plantio, os vasos, de 10 litros, foram mantidos em condições adequadas até a fase fenológica V3. Dessa fase em diante os tratamentos foram diferenciados. As pesagens foram feitas diariamente e sempre que se fez necessária a reposição de água, o volume aplicado foi com referência à diferença de pesagens e uso das relações entre os tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco níveis de água disponível médios (tratamentos), aproximadamente, 70%, 65%, 57%, 43% e 33% com quatro repetições. A medição da eficiência fotossintética através da taxa de transporte de elétrons (ETR) foi feita diariamente, entre 12 e 14 horas, durante todo ciclo da cultura, utilizando um fluorômetro do tipo Multi-Mode Chlorophyll Fluorometer OS5p (Opti-Sciences), no protocolo "Yield". Foram realizadas as leituras na superfície de três folhas por plantas (base, centro e ápice). O valor médio de cada planta foi utilizado para a análise de variância e para o teste de Tukey para comparação de médias, utilizando-se o programa SISVAR®. Os valores de ETR não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos, ou seja, a aplicação de diferentes lâminas de irrigação não afetou a fluorescência da clorofila no feijoeiro, podendo ser justificado pois a capacidade fotossintética, diminui em proporção ao tamanho e severidade do dano sofrido pela planta, porém, dependendo do tipo de dano, pode haver recuperação da capacidade fotossintética em poucas horas ou dias ou mesmo a morte do tecido. Pode-se concluir que a eficiência fotossintética através da taxa de transporte de elétrons não diferiu com a aplicação de diferentes lâminas de irrigação.

Palavras-chave: Phaseolus vulgaris; fluorômetro; lâminas de irrigação

1Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia/Ciência do Solo, UNESP, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Email: [email protected] Adjunto, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos3Engenheira Agrônoma, Mestranda em Agronomia/Sistemas de Produção, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira4Professor Adjunto, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Departamento de Biologia e Zootecnia5Engenheira Agrônoma, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira.

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Agressividade do fungo Rhizoctonia solani AG-1 IA adaptado à Brachiaria à soja, milho e feijão caupi

Nadia Maria Poloni1, João Alberto Fischer Filho2, Elis Marina da Silva Cabral3

Resumo

Resumo: Na América do Sul o fungo Rhizoctonia solani AG-1 IA causa folha bandeada e queima da bainha no milho, queima foliar da soja, e mela no feijão caupi. O objetivo deste trabalho foi avaliar a agressividade de dois grupos de isolados de R. solani AG-1 IA adaptado à Brachiaria ao feijão-caupi, à soja e ao milho. Isolados do fungo foram coletados em áreas de cultivo de B. brizantha cv. Toledo e de Brachiaria híbrido Mulato na Colômbia. Os isolados foram genotipados, e de cada população, foram selecionados, ao acaso, doze isolados geneticamente distintos. Grãos de arroz colonizados pelo fungo foram usados como inóculo, e grãos de arroz não colonizados, foram usados para inocular os controles. As plantas de feijão-caupi cv. IT86D-719, soja cv. BRS Valiosa e milho cv. Flintisa foram semeadas em copos descartáveis com vermiculita expandida. A inoculação foi feita transferindo-se um grão de arroz colonizado para a região do pecíolo da primeira folha trifoliada. Os copos com as plantas inoculadas foram transferidos para bandejas e embalados dentro de sacos plásticos transparente e incubados a 25ºC, sob luz continua, até a avaliação. O nível de severidade da doença foi determinado por fotos com base na área foliar doente das folhas usando o software ASSESS para análise de imagens digitais. Foi determinado o efeito das duas populações do patógeno sobre a agressividade aos três hospedeiros distintos. As médias de agressividade de populações do fungo foram comparadas por contraste de médias. Os experimentos foram delineados de acordo com o delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os dois grupos de isolados de R. solani AG-1 IA da Brachiaria foram altamente agressivos. Os valores médios de agressividade foram 50,6, 85,6 e 64,8% de área foliar infectada, respectivamente para feijão-caupi, soja e milho. Entretanto, não houve diferença significativa entre os grupos de isolados BBT e BHM (F contrastes de médias não significativos). Pode-se concluir que a adaptação de R. solani não promoveu diferenças fenotípicas de agressividade a hospedeiros distintos como feijão caupi, soja e milho. Doenças causadas por Rhizoctonia são agressivas, e assim, se faz necessário um manejo adequado, como a rotação de culturas prolongada, evitar solos encharcados ou de difícil drenagem e adoção de maior espaçamento entre plantas, facilitando a aeração e diminuindo as condições predisponentes à doença.

Palavras-chave: fitopatógenos emergentes, gama de hospedeiros, agressividade

1Engenheira Agrônoma, Mestranda em Agronomia/Sistemas de Produção, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Email: [email protected] Agrônomo, Mestrando em Agronomia/Ciência do Solo, UNESP, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Email: [email protected] Agrônoma, UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Paulo Cezar Ceresini

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Controle estatístico aplicado ao monitoramento de perdas na colheita mecanizada de cana-de-açúcar

Luma Stefania Torres¹, Gabriel Garcia Blumer², Rouverson Pereira da Silva³, Carla Segatto Strini Paixão4, Guilherme Castro Belardo5

Resumo

O processo de colheita mecanizada de cana-de-açúcar é considerado um dos maiores gargalos econômicos da cadeia produtiva do setor sucroenergético, apresentando baixa eficiência operacional e elevadas perdas. O uso de ferramentas de controle de qualidade combinado aos levantamentos quantitativos, podem-se constituir uma boa opção para a resolução desses problemas, permitindo também o aprimoramento do processo. Neste sentido, objetivou-se neste trabalho, avaliar o potencial do uso das cartas de controle para melhor interpretação dos valores de perdas visíveis na colheita mecanizada de cana-de-açúcar. Os dados foram coletados durante nove meses da safra 2011/2012, para cinco frentes de trabalho, pelo departamento de qualidade de uma usina de Ribeirão Preto. Em cada frente, as perdas foram separadas, pesadas, quantificadas e classificadas (toco, pedaço fixo/solto, rebolo estilhaçado, estilhaço e cana inteira), e posteriormente, os dados foram analisados por meio de das cartas de controle, utilizando-se as perdas quantitativas como indicadores de qualidade. Para todos os tipos de perdas, exceto cana inteira, observou-se, em todas as frentes, que o processo foi classificado como instável, uma vez que que as médias semanais apresentaram valores acima dos limites superiores. O indicador perda tipo pedaço fixo/solto apresentou maiores valores, variando de 1,12 a 2,14 t ha-1. A frente 5 apresentou maior média de perda total (3,9 t ha-1). Apesar de mostrarem-se aceitáveis pelos padrões estabelecidos pela usina sucroalcooleira, esses resultados sugerem grande influência do operador no processo de colheita, uma vez que perdas do tipo pedaço fixo/solto normalmente estão associadas à habilidade do operador.

Palavras-chave: Cana-de-açúcar; perdas visíveis; cartas de controle

1Mestranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Produção Vegetal), FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP2Graduando do Curso de Agronomia, FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP3Prof. Adjunto 3, Departamento de Engenharia Rural, FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP4Mestranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Ciência do Solo), FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP5Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Produção Vegetal), FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP

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Desempenho produtivo e rendimento de proteína de cultivares de feijão na safra de inverno-

primavera

Carolina Cipriano Pinto1, Leandro Borges Lemos2, Camila Baptista do Amaral3, Jordana de Araújo Flôres4, Orlando Ferreira Morello5

Resumo

O feijão ocupa importante lugar na dieta da população, sendo fonte de proteína principalmente para população de baixa renda, tendo grande destaque no mercado interno. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de cultivares de feijoeiro do grupo comercial carioca quanto à produtividade de grãos, índice relativo de produtividade e rendimento de proteína, no cultivo de inverno-primavera em Jaboticabal (SP). O experimento foi conduzido em um Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa, sob preparo de solo convencional e com irrigação por aspersão. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com 13 tratamentos, constituídos pelas cultivares Pérola, BRS MG Majestoso, BRS Estilo, BRS MG Madrepérola, IPR Campos Gerais, IPR Tangará, IPR Andorinha, IPR Juriti 139, IAC Imperador, IAC Formoso, IAC Alvorada, IAC Milênio e Bola Cheia, com quatro repetições. As parcelas constituíram de 4 linhas espaçadas em 0,45 m e com 5 m de comprimento. O manejo do solo foi utilizado sistema convencional, constituído de uma aração profunda e por duas gradagens. As cultivares foram semeadas manualmente em 07/08/2013 utilizando 15 sementes por metro de sulco. A adubação no sulco de semeadura constou de 200 kg ha-1 da fórmula 18-08-28 e a de cobertura foi utilizado 110 kg ha-1 de N, 10 kg ha-1 de P2O5 e 50 kg ha-1 de K2O no estádio V4. Os dados foram analisados utilizando o teste F e as médias comparadas pelo teste de agrupamento de Scott e Knott. A produtividade média de grãos e o rendimento médio de proteína bruta foram de 3.317 kg ha-1 e 673 kg de proteína ha-1. A BRS MG Majestoso obteve os maiores valores para produtividade de grãos (3.805 kg ha-1) e rendimento de proteína bruta (788 kg de proteína ha-1) diferindo significativamente das demais cultivares. Essa mesma cultivar destacou-se obtendo os maiores índices relativos quando comparada com as testemunhas (Pérola, IAC Formoso, IPR Campos Gerais e Bola Cheia) com valores de 123, 108, 105 e 109%, respectivamente.

Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L.; produtividade de grãos; índice relativo; teor de proteína bruta

1Mestranda, UNESP Jaboticabal - SP2Professor Doutor do Departamento de Produção Vegetal, UNESP Jaboticabal - SP3Mestranda, UNESP Jaboticabal - SP4Mestranda, UNESP Jaboticabal - SP5Graduando, UNESP Jaboticabal - SP

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Avaliação dos componentes da produção em cultivares de milho no sul do Amazonas

Jordana de Araújo Flôres1, Carolina Cipriano Pinto2, Carlos Eduardo Pereira3

Resumo

O presente estudo foi desenvolvido na safra agrícola de 2011/12 no município de Humaitá-AM. Com o objetivo de avaliar o desempenho agronômico de cultivares de milho, quando submetidas às condições climáticas do município de Humaitá, AM. Os tratamentos consistiram no cultivo de catorze cultivares de milho, sendo oito variedades de polinização aberta (BR 106, BR 451, BR 473, BR 4103, BR 5102, BR 5110 e BRS 4154 Saracura) e seis híbridos (BRS 1031, BRS 1035, BRS 201, BRS 205), utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. As variáveis analisadas foram: altura das plantas (AP), altura de inserção da Espiga (AE), stand final de plantas (SF), número de espigas (NE), peso de mil grãos (PMG) e produtividade de grãos (PD). As variáveis (AP, AE, SF, NE) foram anotadas a campo, uma semana antes da colheita, no final do ciclo da cultura que durou aproximadamente 97 dias, devido ao fotoperíodo da região Norte, as demais variáveis (PMG e PD), foram determinadas após a debulha e limpeza das espigas. Não houve diferença significativa entre os caracteres agronômicos avaliados para o primeiro ano de cultivo entre as cultivares testadas.

Palavras-chave: Zea mays; cultivar; produtividade; Amazonas

1Mestranda, UNESP Jaboticabal – SP.2Mestranda, UNESP Jaboticabal – SP.3Professor Doutor do Departamento de Agronomia - Universidade Federal do Amazonas, Humaitá - AM.

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Perfilhamento e produtividade da cana-de-açúcar var. RB867515 em diferentes manejos de solo

Gustavo Pedrassoli1, João Rafael de Conte Carvalho de Alencar2, Jane Lima Batista3, Rener Luciano de Souza Ferraz

Resumo

A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) tem ganhado grande espaço no contexto agrícola mundial, embora seu cultivo ainda padeça pela escassez de informações técnicas e científicas acerca do manejo do solo a ser adotado. Objetivou-se com este trabalho avaliar as variações dos aspectos biométricos e a produção de cana-de-açúcar sob dois tipos de manejo de solo em duas localidades diferentes. O experimento foi conduzido, simultaneamente em duas localidades, nos municípios de Ariranha e Candido Rodrigues. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2 sendo os fatores representados por dois locais de cultivo e dois sistemas de manejo de solo, distribuídos em 6 repetições. O fator local de cultivo foi constituído pela Fazenda Santa Helena e pelo Sítio Santa Augusta, enquanto que o fator sistemas de manejo consistiram no manejo convencional e o manejo Penta. Foram avaliadas as variáveis: número de perfílhos por metro (NPM perfilhos m-1), massa de perfilhos por metro (MPM kg m-1) e produtividade estimada de cana (PEC t ha-1). Os dados das variáveis analisadas foram submetidos a análise de variância e teste de médias ao nível de 5% de probabilidade de erro. Com base nos resultados obtidos, constatou-se que houve efeito significativo dos tipos de manejo de solo sobre as variáveis massa de perfilhos por metro e produtividade estimada de cana, enquanto as localidades estudas não influenciaram estas variáveis. O sistema Penta promoveu ganhos de 14 e 16%, respectivamente, na massa de perfilhos e na produtividade estimada de cana em relação ao manejo convencional. Conclui-se que o sistema de manejo Penta promove ganho de biomassa e produtividade da cana de açúcar variedade RB867515 e que a cultura estudada não tem estas variáveis alteradas em função do local de cultivo.

Palavras-chave: Manejo cultural; Saccharum officinarum L.; variação espacial

Agradecimentos: Os autores agradecem ao Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior

1Granduando em Agronomia pelo Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior.2Professor Me. do Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior.3Graduada em Tecnologia em Agronegócios pela Faculdade Tecnológica de São Paulo.

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Sementes enriquecidas com molibdênio: qualidade nutricional de duas cultivares de soja

Carina Oliveira e Oliveira1, Marco Eustáquio de Sá2, Ariani Garcia1, Gabriela Helena Pinê Américo1, Carolina Cipriano Pinto3, João William Bossolani4, Luiz Gustavo

Moretti4, Gustavo Nadai Malagutti4

Resumo

As sementes necessitam de reservas para terem uma adequada emergência, e sementes mais vigorosas apresentam melhores condições de crescimento e desenvolvimento em ambientes desfavoráveis. Sabe-se que proteínas e lipídeos são componentes de reserva de sementes de soja, onde a composição adequada destes nas sementes reflete em um alto vigor e elevado teor nutricional para humanos e animais. Com isto o objetivo foi verificar se doses de molibdênio aplicadas nos estádios reprodutivos de duas cultivares de soja, influenciam a qualidade nutricional das sementes. As sementes utilizadas nas análises nutricionais foram produzidas na Fazenda Experimental da FEIS/UNESP, localizada no município de Selvíria - MS (51º22’ W, 20º22’ S e 340 m de altitude), as cultivares utilizadas foram a BMX Potência RR e BRS Valiosa RR, e quatro doses de molibdênio, 0, 200, 400 e 800 g Mo ha-1. A determinação do teor de lipídio foi realizada no Laboratório de Bromatologia e do teor de proteína no Laboratório de Fertilidade de Solos e Nutrição de Plantas, ambos na FEIS/UNESP, sendo realizadas quatro repetições para as duas análises. Para as análises, as amostras de sementes foram secas em estufa a 65 °C por 72 horas e moídas. O teor de proteína foi obtido pela multiplicação do teor de N por 6,25, e o teor de lipídeos foi determinado por extração com solvente orgânico (hexano) a quente, utilizando-se de extrator soxhlet por oito horas. Realizou-se análise de variância para os resultados, realizando Tukey (P<0,05) para comparação entre cultivares e regressão polinomial para doses. Conclui-se que o teor de proteína nas sementes ajustou-se a uma função quadrática com pontos máximos de 465,0 e 595,5 g de Mo ha -1, respectivamente para as cultivares BMX Potência RR e BRS Valiosa RR, onde estas apresentaram porcentagens de 45,6%, e 45,3%. Para o teor de lipídio, as curvas de ajuste foram quadráticas, apresentando a cv. BMX Potência RR o ponto de máximo em 451,9 g de Mo ha-1, (20,68%), já para cv. BRS Valiosa RR a testemunha (0 g Mo ha-1) apresentou maior teor de lipídio (20,03%).

Palavras-chave: Glycine max (L.) Merrill, micronutriente, lipídio, proteína.

Agradecimentos: Á FAPESP pela bolsa.

1Mestranda, UNESP Ilha Solteira - SP.2Professor Doutor do Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia, UNESP Ilha Solteira - SP.3Mestranda, UNESP Jaboticabal - SP.4Graduando, UNESP Ilha Solteira - SP.

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Efeito de doses de boro via foliar na produção do feijoeiro cultivar alvorada

Ariani Garcia1, Carina Oliveira e Oliveira1, Marco Eustáquio de Sá2, João William Bossolani3, Letusa Momesso Marques4, Gabriela Helena Pinê Américo1, Luiz Gustavo

Moretti3, Gustavo Nadai Malagutti3, Henrique Silva Cabrera3, Carolina Cipriano Pinto5

Resumo

O Brasil é o maior produtor mundial de feijão comum e para tanto há um grande número de cultivares que são utilizados nas diversas regiões. A cultura apresenta uma grande importância para o país, principalmente pela participação na alimentação da população, sendo uma fonte proteica fundamental, principalmente para os de baixo poder aquisitivo. Nos últimos anos, o interesse pelo cultivo dessa leguminosa tem crescido entre produtores que adotam tecnologias mais avançadas. Dessa forma, em situações na qual a cultura se encontra em solo com boas características físicas e químicas, podem ser obtidos aumentos na produtividade com a adubação foliar, principalmente para micronutrientes, os quais são exigidos em menores quantidades pelas plantas. Nesse sentido, o presente trabalho desenvolvido no município de Selvíria (MS), teve como objetivo estudar o efeito de doses de B via foliar, sobre a produção do feijoeiro cv. IAC-Alvorada. Para tanto foram aplicadas cinco concentrações de B (0, 1, 2, 3, 4%), em três épocas de aplicação (V4-3, V4-6 e V4-9) em cultivo de outono inverno com irrigação. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 5 x 3, com 4 repetições. Foram analisadas as seguintes variáveis: altura de inserção da primeira vagem, altura da planta, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 1000 grãos e produtividade. Os dados coletados foram submetidos à análise estatística por meio do programa SISVAR, seguindo o modelo de análise de variância pelo teste de F a 5 % de probabilidade. Concluiu-se que as doses e as épocas de aplicação de boro via foliar não alteraram os componentes de produção do feijoeiro cv. IAC-Alvorada. O uso de diferentes doses de B aplicado no estádio V4-3 reduziu a produtividade do feijoeiro cv. IAC-Alvorada.

Palavras-chave: Phaseolus vulgaris, borato de sódio, estádio fisiológico

1Mestranda, UNESP Ilha Solteira2Professor Doutor do Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia, UNESP Ilha Solteira – SP.3Graduando, UNESP Ilha Solteira – SP.4Mestranda, UNESP Botucatu – SP.5Mestranda, UNESP Jaboticabal - SP.

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Atualidades e perspectivas no uso de tratores e pulverizadores em culturas bioenergéticas no

Estado de São Paulo

Marcos Paulo Cortez Fernandes da Silva1, João Rafael de Conte Carvalho de Alencar2, Sérgio Tadeu Decaro Junior3, Jane Lima Batista4, Rener Luciano de Souza

Ferraz5

Resumo

Em decorrência da necessidade do homem interagir com o meio ambiente, notadamente na agricultura, a mecanização agrícola tem crescido de forma abrupta no mundo e no Brasil, o que também está atrelado ao incremento de área plantada com culturas estratégicas. Assim, objetivou-se com este trabalho analisar as atualidades e perspectivas no uso de tratores e pulverizadores agrícolas utilizados nas principais culturas bioenergéticas no Estado de São Paulo, de modo a identificar as potencialidades, realidades e pontos deficitários desta atividade. A pesquisa foi realizada no Estado de São Paulo, no período compreendido entre os meses de junho de 2013 e janeiro de 2014. Os dados foram obtidos utilizando-se de levantamentos qualitativo e quantitativo. Inicialmente, foi desenvolvida uma folha de verificação, tipo formulário, com aspectos predefinidos a serem observados nas propriedades elegidas. Tais aspectos foram inerentes aos tratores, aos pulverizadores constantes no local observado, além de habilidades dos operadores e disponibilidade de equipamentos para calibração dos equipamentos. Atualmente, maior percentual de produtores (58%) fazem uso de tratores da marca Massey Fergusson e (88,4%) pulverizadores Jacto, fabricados, respectivamente, nos anos de 2006 e 2002. Majoritariamente, os tratores não dispunham de cabine e possuíam tração 4x2. No ato da aplicação a marcha e rotação mais utilizadas são a 1ª simples e 1.500 rpm. A pressão no pulverizador, predominante entre os produtores (28%), é de 3 bar associada ao tamanho de tanque de 600 m3, 25 bicos emissores com espaçamento de 50 cm entre eles e 12 m entre o primeiro e o ultimo bico. Em sua grande maioria (89,5%) os produtores dispunham de equipamentos para calibração do pulverizador e possuíam habilidades para realizar este procedimento.

Palavras-chave: calibração de pulverizadores, mecanização agrícola, pulverizadores, tratores

Agradecimentos: Os autores agradecem ao Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior

1Graduando em Agronomia pelo Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior.2Professor Me. do Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior.3Doutorando em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista.4Graduada em Tecnologia em Agronegócios pela Faculdade Tecnológica de São Paulo.5Doutorando em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista.

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Fitotoxicidade do milho (Zea mays) exposto a fungicidas e inseticida

Jaqueline Franciosi Della Vechia1, Wilson Roberto Cerveira Junior2, Nathalia Garlich3, Pamela Castro Pereira2, Jessica Lima de Oliveira2, Claudinei da Cruz4,

Robinson Antonio Pitelli5

Resumo

O milho Zea mays L é a principal cultura comercial no mundo sua principal importância econômica está relacionada a alimentação animal e humana. No Brasil é a segunda cultura de maior importância sócio econômica e a ocorrência de perdas na produtividade devido ao ataque de patógenos vem preocupando os produtores no país. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a fitotoxicidade em plantas testes de milho dos fungicidas piraclostrobina, piraclostrobina + epoxiconazol e o inseticida alfacipermetrina + teflubenzuron. Os ensaios foram conduzidos em laboratório em ambiente controlado com temperatura de 27,0 ± 2,0 ºC e fotoperíodo de 24 horas de luz com iluminação de 500 lux. As sementes de milho foram semeadas em bandeja de germinação e quando as plantas atingiram o crescimento de duas folhas verdadeiras três plantas foram transplantadas para recipientes plásticos contendo 300g de areia. As concentrações testadas foram: 1,0; 5,0; 10,0; 25,0; 50,0; 75,0; e 100,0 mg L -1 com um controle com cinco réplicas e ao final de 14 dias foram avaliados o comprimento do caule as crescimento de raízes (cm). Para a avalição da raiz o milho exposto ao fungicida piraclostrobina apresentou taxa de crescimento relativo variando entre 8,43 a 15,66% em relação ao controle. Para a parte área ocorreu redução de 1,74 a 11,99 nas concentrações entre 1,0; 5,0; 10,0; e 25,0 mg L-1. Nas demais concentrações ocorreu estimulo de crescimento. O fungicida piraclostrobina + epoxiconazol também apresentou padrão de redução de crescimento da raiz em todas as concentrações testadas com redução variando de 10,0% e 16,0% em 1,0 e 100,0 mg L-1, respectivamente. Para este fungicida a parte área foi mais sensível com redução de crescimento (cm) atingindo até 27,0% de redução em relação ao controle. Para o inseticida alfacipermetrina + teflubezuron não ocorreu redução no crescimento radicular e da parte aérea. A utilização de fungicidas na cultura do milho pode causar fitotoxicidade em raiz e no crescimento da parte área, se estes produtos atingirem o solo, enquanto que, a utilização de inseticida alfacipermetrina + teflubenzuron para causa fitoxicidade.

Palavras-chave: segurança ambiental; biomonitoramento; plantas teste; agrotóxicos

1Fundação Educacional de Barretos, Barretos, São Paulo e bolsista de iniciação científica da Fapesp, proc. 2013/10462-1.2Fundação Educacional de Barretos, Barretos, São Paulo.3Pós graduação em Agronomia Produção Vegetal, Jaboticabal, São Paulo.4Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Matologia, FCAV, Jaboticabal, São Paulo e Fundação Educacional de Barretos, Barretos, São Paulo.5Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Matologia, FCAV, Jaboticabal, São Paulo.

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Ocorrência de parasitas intestinais com potencial zoonótico em mostras fecais de cães, coletadas em

praças públicas do município de Ituverava, SP, Brasil

Santos, R. M.1, Chung, D. G.2, Filgueira, F.G.F.2

Resumo

Em várias cidades do país, numerosa população canina circula livremente pelas ruas e praças públicas, alguns deles levados pelos proprietários. Nesses locais, os cães podem defecar, contaminando o solo com vários tipos e formas de parasitas potencialmente causadores de zoonoses. Atualmente existe uma preocupação muito grande com relação a estes parasitas, devido ao contato cada vez mais próximo de pessoas com seus animais de estimação. O objetivo do presente trabalho foi verificar a ocorrência dos principais parasitas intestinais com potencial zoonótico em amostras fecais de cães, coletadas em praças públicas do município de Ituverava-SP. Foram coletadas 84 amostras frescas de fezes de cães em sete praças públicas de Ituverava-SP, no período de março a junho de 2009. Após a identificação, as amostras foram levadas ao laboratório de análises clínicas do Hospital Veterinário da Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM), onde ficaram armazenadas em geladeira até o momento de sua análise pelo Método de Willis-Mollay (HOFFMAN, 1987). Esta técnica se baseia na propriedade que alguns ovos de helmintos apresentam, de flutuar em superfície de uma solução de densidade elevada. No total de amostras analisadas 49 foram negativas e 35 positivas para presença de ovos de helmintos, observando uma maior incidência de ovos de Ancylostoma sp. (29 amostras) e em menores números ovos de Toxocara sp. (4 amostras) e Dipilidium sp. (2 amostras), não sendo ainda encontrados em nenhuma das amostras ovos de Giárdia sp., Isospora sp. e Trichuris sp. Concluiu-se que existe um risco de contagio para animais e pessoas que frequentam estas praças, indicando a existência de um problema de saúde pública. A ausência de ovos de Giárdia sp., Isospora sp. e Trichuris sp. nas amostras fecais, possivelmente está relacionada com a metodologia utilizada (Willis-Mollay), pois não é a mais específica para identificação desses endoparasitas.

Palavras-chave: Saúde pública. Parasita com potencial zoonótico. Cães

1Pós-graduando no programa de Medicina Veterinária da Universidade Estadual "Julio Mesquita Filho"- Campus Jaboticabal.2Pós-graduando no programa de Cirurgia Veterinária da Universidade Estadual "Julio Mesquita Filho"- Campus Jaboticabal.

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Efeito da estimulação sensorial e ambiental no desenvolvimento de ratos Wistar submetidos à

desnutrição proteica no período pós-natal

Denise Lachat1, Sebastião de Sousa Almeida2, João-José Lachat3

Resumo

O crescimento e desenvolvimento normal do organismo com manutenção estrutural e funcional de suas células, tecidos e órgãos, dependem de uma nutrição adequada para a produção de calorias necessárias para a obtenção de energia, capacidade de reprodução, resistência aos processos infecciosos e capacidade de reparo dos tecidos lesados. Portanto, a nutrição é a principal responsável pela manutenção do organismo em todas as idades e, particularmente, na infância. A desnutrição é definida como falta ou insuficiência de nutrição, causada por um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais. Há evidências de que alterações ocasionadas pela desnutrição podem ser revertidas pela estimulação sensorial e ambiental concomitante ao processo da desnutrição proteica. O objetivo desta pesquisa foi investigar o desenvolvimento corporal e encefálico de ratos Wistar machos, no período pós-natal, submetidos a diferentes dietas em relação ao teor proteico (16% e 6% de proteína) em ambientes distintos em relação à oferta de estímulos (ambiental e sensorial). Os animais do grupo estimulado, tanto os alimentados com a dieta formulada com 16% de proteína quanto os que se alimentavam com a dieta com 6% de proteína, eram submetidos, a partir do 8º dia de vida, a estímulos sensoriais e ambientais (estímulo tátil por 3 minutos ao dia e ambiente enriquecido com alguns objetos). Aos 21 dias era feito o desmame e os filhotes iam para um ambiente maior, com vários objetos promotores de estimulação ambiental. A estimulação tátil permaneceu após o desmame e a ela adicionaram-se estimulação visual (intensidade luminosa de 200 lux durante a estimulação tátil), auditiva (música) e olfativa. Os animais eram pesados semanalmente. Aos 14, 21, 28, 35, 50 e 120 dias de idade 6 animais de cada grupo experimental eram sacrificados de acordo com princípios éticos por perfusão transcardíaca. Os encéfalos eram imediatamente retirados e pesados. Os grupos alimentados com 16% e 6% de proteína apresentaram diferença estatística quanto à avaliação do peso corporal e encefálico, bem como os grupos estimulados e não estimulados que foram submetidos à mesma dieta. Concluiu-se que a estimulação ambiental, por ambiente enriquecido, e sensorial auxiliaram no desenvolvimento corporal e encefálico de ratos Wistar na fase pós-natal, do nascimento aos 120 dias de idade.

Palavras-chave: desnutrição proteica; estimulação sensorial e ambiental; peso corporal; peso encefálico; rato Wistar.

Agradecimentos: ao CNPq pela bolsa concedidaProcesso nº 150172/2013-3

1Departamento de Psicologia e Educação, Laboratório de Nutrição e Comportamento. ([email protected]) -Pós-doutoranda junto à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP.2Docente junto ao Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP.3Docente junto ao Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.

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Padronização da técnica de imunohistoquímica para marcação da imunoglobulina M em tecidos de

Oreochromis niloticus

Paulo Fernandes Marcusso1, Mayara Caroline Rosolem2, Gustavo da Silva Claudiano2, Jefferson Yunis Aguinaga2, Fausto de Almeida Marinho Neto3, Dayanne

Carla Fernandes2, Silas Fernandes Eto2, Rogério Salvador3, Rosemeri de Oliveira Vasconcelos2, Flávio Ruas de Moraes2

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo padronizar a técnica de imunohistoquímica para a marcação da IgM em órgãos de tilápias nilóticas, afim de que esta seja uma ferramenta para avaliar a participação dos diferentes tecidos na resposta imune humoral da espécie. Os fragmentos de fígado, baço e rim de tilápias foram fixados em formol tamponado (10%) por 24 horas. Depois foram emblocados em parafina e cortados em micrótomo (5 µm) e depositados em lâminas polarizadas. Os cortes foram desparafinados em estufa a 60ºC por uma hora e depois foram hidratados em soluções decrescentes de xilol e álcool seguido de 10 banhos em água destilada. A Recuperação antigênica foi realizada por calor (panela do tipo Pascal) com tampão TRIS EDTA, por 30 minutos. Seguiu-se o bloqueio da peroxidase endógena com solução comercial (Hidrogen Peroxide Block, Spring) seguido de um banho em tampão TRIS HCL (pH 7,4), por cinco minutos e um novo bloqueio da peroxidase fora realizado com água oxigenada (30 volumes) e álcool metílico (10%) por uma hora em câmara escura, seguido de duas lavagens com Tris HCL (pH 7,4) e mais duas lavagens com água destilada. O Bloqueio das reações inespecíficas (Protein Block, Spring) por uma hora em câmara úmida e em temperatura ambiente, seguido de uma lavagem com TRIS HCL (pH7,4) por cinco minutos e depois foi realizado novo bloqueio das proteínas inespecíficas com leite em pó (Molico®, 2 g para cada 25 mL de água destilada) por mais uma hora em câmara úmida e em temperatura ambiente seguido de uma lavagem com TRIS HCL (pH 7,4) por cinco minutos. A Incubação do anticorpo primário a 4°C por 18 horas em câmara úmida, na diluição de 1:2000 (rabbit polyclonal antibody to human IgM, DBS) e a lavagem foi em solução de TRIS HCL (pH 7,4) por cinco minutos e aplicação do substrato (REVEAL - Biotin Free Polyvalent AP (RED)), com incubação do HRP-link por 10 minutos, seguido da aplicação do polímero por 30 minutos em temperatura ambiente e sem lavagem entre eles. Depois do polímero os cortes foram lavados com TRIS HCL (pH 7,4) por cinco minutos. Para a visualização da reação utilizou-se o cromógeno DAB (Spring) durante um minuto e meio, seguido da imersão dos cortes em água deionizada e a contra-coloração foi realizada com Hematoxilina de Harris por um minuto e 30 segundos, seguido de lavagem em água correte, por 10 minutos. Por fim, seguiu-se com a desidratação em álcoois em concentrações crescentes, seguido de xilol e montagem das lâminas com Permount.

Palavras-chave: peixe; imunidade; humoral; plasmócito; anticorpo.

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (Processo: 2013/24852-6).

1 Faculdades de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), email: [email protected] -Universidade Estadual Paulista.2 Universidade Estadual Paulista.3 Universidade Estadual do Norte do Paraná.

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Padrões de não-aleatoriedade (run charts) aplicado a colheita mecanizada de mudas de cana-de-açúcar

Murilo Aparecido Voltarelli1, Cristiano Zerbato1, Matheus Guerreiro Catasse1, Fabrício de Araújo Zavanella1, Rouverson Pereira da Silva1

Resumo

A colheita mecanizada de mudas de cana-de-açúcar é uma etapa importante, pois quanto menor os danos causados às gemas, seja pela qualidade do corte da muda, pelo menor atrito entre a estrutura metálica do transbordo decorrente do transporte até a área de plantio e ainda entre os próprios rebolos no durante o transporte, maior será a qualidade da colheita. Objetivou-se neste trabalho determinar padrões de não-aleatoriedade dos indicadores de qualidade decorrente da colheita de mudas de cana-de-açúcar, por meio do controle estatístico de processo. As avaliações foram feitas a partir da coleta de 30 rebolos dentro do transbordo na área de plantio, considerando cada rebolo como uma unidade amostral. O número de gemas viáveis (GV) foi determinado por meio de contagem direta das gemas consideradas intactas, as gemas inviáveis (GI) por meio da diferença entre o número de gemas totais (GT) e (GV) e a porcentagem de (% GV) e (% GI) foi obtida por meio da relação (GV/GT) e (GI/GT). Para verificar a aleatoriedade ou não aleatoriedade do processo nos quais se procura a redução da variabilidade, é o gráfico sequencial (run charts) sendo um gráfico de dados ao longo do tempo, utilizado para verificação do processo, permitindo identificar as possíveis presenças de causas especiais de variação. Tais padrões são classificados como tendência (sequência de sucessivos aumentos ou diminuições nas observações), oscilação (existência de um padrão regular está ocorrendo ao longo do tempo), mistura (ausência de pontos próximos à linha central) e agrupamento (grupos de pontos em uma área determinada gráfico sequencial). A verificação da possível aleatoriedade dos dados foi realizada por meio do teste de probabilidade a 5% e, uma vez que o p-valor para os padrões for inferior a 0,05, rejeita-se a hipótese nula de não aleatoriedade, em favor da alternativa para o padrão testado. Os indicadores de qualidade %GI e NGI apresentam padrão de não-aleatoriedade de agrupamento e tendência, indicando a possível ocorrência de causas especiais. Por outro lado, o NGV apresenta somente padrões de aleatoriedade, representando potencial presença de causas aleatórias no processo, refletindo em sua maior qualidade. A % GV apresenta padrão de não-aleatoriedade de mistura e tendência, indicando a variação dos maiores e menores valores encontrados.

Palavras-chave: controle qualidade;Saccharum spp.;danos às gemas;gráficos sequenciais.

1Departamento de Engenharia Rural da FCAV UNESP Jaboticabal

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Avaliação qualitativa de facas para o corte basal na colheita mecanizada de cana-de-açúcar

Murilo Aparecido Voltarelli1, Rodrigo Fernandes de Almeida1, Pedro Henrique de Lima1, Luis Alexandre M. Gallo1, Rouverson Pereira da Silva1

Resumo

O corte de base, quando realizado com qualidade durante a colheita mecanizada de cana-de-açúcar, poderá assegurar o melhor aproveitamento da lavoura, bem como menores índices de danos e abalos às soqueiras e de contaminações da matéria-prima, garantindo, assim, as condições agronômicas propícias para haver a rebrota do canavial sem a diminuição da produtividade nas safras futuras. Neste contexto, objetivou-se neste trabalho foi avaliar a qualidade do corte basal na colheita mecanizada de cana-de-açúcar crua, efetuado por três modelos de facas, sendo as mesmas revestidas com carbeto de tungstênio com ângulos de 10º e 13º e a outra sem revestimento com ângulo de 10º. As avaliações foram feitas a partir do índice de danos e abalos às soqueiras de cana-de-açúcar, tendo como base de calculo, a média ponderada, entre o número de colmos e às condições sem danos, com danos periféricos e fragmentados, bem como abalo fraco, médio e forte, associado aos índices de -1,00 (sem danos e abalos), -0,33 (danos periféricos e abalo médio) e 1,00 (danos fragmentados e abalo forte), utilizando-se o delineamento experimental inteiramente casualizados. Os dados oram submetidos à análise de variância pelo teste F e comparadas, quando significativas, por meio da análise de regressão a 5% de probabilidade As facas revestidas com a liga metálica de carbeto de tungstênio utilizadas apresentavam ângulos das faces inferiores de 10° e 13º, espessura de 6 mm, com granulometria do revestimento de 0,15 mm a 0,30 mm e espessura de 0,5 mm a 1 mm. O revestimento é depositado na parte inferior do perfil de corte. As facas lisas sem revestimento (FLSR) com ângulos de 10° não apresentavam revestimento e também possuíam espessura de 6 mm. A menor e maior qualidade do corte basal ocorre para as facas lisas sem revestimentos com ângulo de 10° (FLSR 10°) e para as facas revestidas com 13° (FR 13°), respectivamente, em relação aos índices de danos e abalos às soqueiras de cana-de-açúcar, situação esta que pode influenciar a rebrota do canavial.

Palavras-chave: corte basal, Saccharum spp., facas de corte, índice de danos e abalos às soqueiras.

1Departamento de Engenharia Rural da FCAV UNESP Jaboticabal

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Alterações macroscópicas na intoxicação de cão por ácido nítrico

Silvia Elena Campusano Cuevas1, Rafael Vitor Pinto de Oliveira2, Paulo Fernandes Marcusso3, Denise Granato Chung4, Gervásio Henrique Bechara5

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo descrever as alterações macroscópicas observadas no exame de necropsia de um cão que veio à óbito por intoxicação por ácido nítrico e foi encaminhado para o Departamento de Patologia Animal da Universidade Estadual Paulista-FCAV. No exame externo o animal apresentava: Mucosa oral e língua de coloração rósea, com presença de substância branca, turva e viscosa (sulfato de bário); Mucosa ocular avermelhada; Olho direito hemorrágico com lesão proximal em pele; Epistaxe bilateral discreta (conteúdo mucoso avermelhado); Presença de leões em região abdominal ventral, lateral ao prepúcio em face medial de membro posterior esquerdo; Bolsa escrotal com pele endurecida e enegrecida ao corte; Pêlos ao redor do ânus sujos com conteúdo avermelhado (sangue); Membros pélvicos e torácicos com pelagem de coloração amarelada (dígitos) e arroxeada próximo ao carpo e tarso; Pele da região interdigital com coloração acinzentada (necrose). No exame interno foi possível observar: hemorragia subcutânea e edema na região abdominal e torácica; Discreta quantidade de líquido avermelhado em cavidade abdominal e torácica; Presença de conteúdo esbranquiçado e viscoso em esôfago; Fossas e seios nasais de coloração avermelhada drenando sangue; mucosa nasal avermelhada; Traquéia com grande quantidade de espuma avermelhada; Pulmão de coloração vermelho escuro com áreas esbranquiçadas e áreas vemelho-enegrecido, drenando sangue ao corte moderadamente. Lobo diafragmático direito com hemorragia subpleural em região caudal; Coração com coronárias repletas de sangue e evidenciadas; Fígado aumentado de tamanho, de coloração vinho e discreto padrão lobular evidenciado, drenando bastante sangue ao corte; Baço aumentado de tamanho, drenando bastante sangue ao corte; Estômago com conteúdo amarelo-acastanhado viscoso (sulfato de bário), mucosa edemaciada de coloração acastanhada com foco de petéquias com áreas avermelhadas; Intestino delgado apresentando petéquias em serosa, mucosa vermelho escuro e conteúdo vermelho escuro pastoso; Intestino grosso com conteúdo de mesma coloração do intestino delgado de consistência mucosa; petéquias em serosa e áreas de dilatação. Rins vermelho-escuro com aderência de cápsula, estriações esbranquiçadas em córtex; drenando sangue ao corte. Bexiga com pouquíssimo conteúdo urinário de coloração avermelhado e turvo; mucosa com discretos focos hemorrágicos; Testículos com coloração acinzentada com foco hemorrágico central ao corte.

Palavras-chave: Patologia; necropsia; corrosão; necrose

Agradecimentos: Ao Departamento de Patologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista

1 Residente de Patologia Veterinária, Hospital Veterinário "Governador Laudo Natel",Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista2 Residente em Medicina Veterinária, Hospital Veterinário "Governador Laudo Natel", Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual3 Doutorando em Patologia Animal pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista4 Doutoranda em Cirurgia Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista5 Docente do Departamento de Patologia Animal pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Análise da época do arranquio mecanizado de amendoim por meio de controle estatístico de

processo

Rafael Scabello Bertonha, Rouverson Pereira da Silva, Carlos Eduardo Angeli Furlani, Cristiano Zerbato

Resumo

A mecanização na colheita de amendoim destaca-se como uma operação crítica, na qual as dificuldades advêm de processos inerentes à cultura e ao solo, como por exemplo, o teor de água do solo e das vagens, a compactação do solo e a maturação da cultura, sendo esses fatores também relacionados ao tempo decorrido da semeadura ao arranquio. Considerando que na colheita de amendoim as maiores perdas têm sido observadas na operação de arranquio, este trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento das perdas e produtividade no arranquio mecanizado de amendoim com o uso de Controle Estatístico de Processo (CEP) em quatro momentos desta operação. O experimento foi realizado na região norte de São Paulo, em quatro propriedades localizadas nos municípios de Sertãozinho, Dumont e Ribeirão Preto. O clima da região é Aw (subtropical). A textura do solo das propriedades foi considerada como argilosa e a variedade de amendoim semeada foi a Runner IAC 886, utilizando-se um espaçamento entre fileiras de 0,90 m para todas as propriedades. Foram realizadas avaliações aos 118 (Ribeirão Preto), 120 (Ribeirão Preto), 130 (Sertãozinho) e 135 (Dumont) dias após semeadura (DAS), utilizando-se em todas as áreas avaliadas arrancadores-invertedores montados da marca Santal, modelo AIA-2 (2 fileiras x 1 leira), com largura de trabalho de 1,8 m. Nas propriedades de Ribeirão Preto, foram utilizados dois tratores da marca Massey Ferguson, modelo 292, com potência de 77,2 kW (105 cv) à rotação de 2.200 rpm no motor. Para a propriedade de Sertãozinho o trator utilizado foi o Massey Ferguson modelo 5320, com potência de 88,2 kW (120 cv) à rotação de 2.200 rpm no motor e na propriedade de Dumont, foi utilizado o trator BH180 da marca Valtra, com 132,4 kW de potência (180 cv) à rotação de 2.300 rpm. A velocidade média de arranquio dos conjuntos tratorizados utilizados foi de 3,5 km h-1, com rotação do motor de 1.400 rpm, definida pelo operador, de modo a atingir 340 rpm de rotação na TDP, de acordo com a recomendação do fabricante do arrancador-invertedor. Os valores médios de maturação, teor de água do solo e das vagens foram adequados para o arranquio de amendoim nas áreas avaliadas aos 130 e 135 DAS. As perdas médias de amendoim apresentaram maiores valores na área com arranquio aos 130 DAS. Nas cartas de controle houve a ocorrência de pontos discrepantes para as perdas no arranquio, principalmente aos 118 e 120 DAS. Isso se deve ao fato da variabilidade das plantas em função da maturação e do teor de água do solo e das vagens. Aos 135 DAS houve baixa variabilidade das amostras e a produtividade de amendoim neste momento de arranquio, apresentou-se melhor que as áreas arrancadas aos 118 e 120 DAS.

Palavras-chave: cartas de controle, colheita de amendoim, variabilidade no arranquio.

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VIII Encontro de Pós-Graduandos – UNESP Jaboticabal

Consumo de combustível do trator em função do teor de água do solo e profundidade de trabalho da

haste sulcadora

Rafael Scabello Bertonha, Cristiano Zerbato, Carlos Eduardo Angeli Furlani, Vicente Filho Alves Silva, Kauê Alves Oshiro

Resumo

No momento da semeadura direta, a profundidade de trabalho da haste sulcadora pode afetar diretamente na descompactação e mobilização localizada do solo, porém pode interferir no desempenho do trator, sendo o teor de água do solo a chave para o seu desempenho. Objetivou-se neste trabalho avaliar o consumo de combustível do trator em função da profundidade de trabalho e do teor de água do solo em Sistema Plantio Direto. O ensaio foi conduzido em área experimental do Departamento de Engenharia Rural da UNESP/FCAV, Jaboticabal, SP, sendo o solo desta área classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico. Para a simulação de semeadura foram utilizados o trator Valtra BM 125i com 125 cv (91,9 kW) de potência no motor e a semeadora-adubadora Jumil JM3060PD pantográfica, adaptada para 4 linhas com 0,90 m entre as mesmas. A velocidade média do conjunto trator-semeadora foi 5,9 km h -1. O delineamento utilizado foi o em blocos casualizados com esquema fatorial 2 x 5, sendo dois teores de água do solo (TAS-seco e TAS-úmido) e cinco profundidades de trabalho (P1: 5,5; P2: 9,0; P3: 12,5; P4: 16,5 e P5: 19 cm). Para realizar a simulação de semeadura direta em diferentes teores de água do solo, irrigou-se a área total do experimento por aproximadamente 5 horas e depois de 36 horas iniciou-se a primeira simulação de semeadura, cujo TAS apresentou 23,1% na camada de solo 0,0-0,10 m e 23,8% na camada 0,10-0,20 m (TAS-úmido). Após 72 horas realizou-se a segunda simulação de semeadura, em que o TAS apresentou 15,6% na camada de solo 0,0-0,10 m e 21,3% na camada 0,10-0,20 m (TAS-seco). As profundidades de trabalho utilizadas foram: 5,5; 9,0; 12,5; 16,5 e 19 cm. Os dados foram analisados pelo programa estatístico Sisvar, com análises de variância e quando significativos, utilizou-se o Teste Tukey à 5% de probabilidade. O solo apresentou maior resistência à penetração (3,2 MPa na camada mais compactada) quando as hastes sulcadoras trabalharam no TAS-seco. As profundidades de trabalho apresentaram bom resultado, exceto a P5 que não alcançou os 19,5 cm, devido a semeadura ter ocorrido em área de Sistema Plantio Direto, pois neste tipo de sistema de preparo, o solo não é mobilizado como no sistema de preparo convencional, pois mantém toda sua estrutura e matéria orgânica necessários para manutenção das plantas, ocorrendo, porém, o tráfego de máquinas, que pode ocasionar em compactação. Houve interação significativa (p<0,05) entre os fatores para as variáveis de consumo de combustível e de acordo com os desdobramentos, tanto o consumo horário quanto o operacional apresentaram maiores valores quando as hastes trabalharam em profundidades maiores. Quando se trabalhou em TAS-seco, o consumo de combustível também aumentou, pois isso acontece em função da maior resistência que o solo oferece no momento em que este é rompido e mobilizado pela haste sulcadora.

Palavras-chave: resistência à penetração, demanda de energia, desempenho operacional.

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