maconha parte 1 prejuízos cognitivos, afetivos e comportamentais
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MACONHA – As Evidências –
THALES VIANNA COUTINHO
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach
thalesviannacoutinho.blogspot.com.br
TVCChannelNews, 18 de Março de 2013. www.youtube.com/user/TVCChannelNews
PREJUÍZOS COGNITIVOS, AFETIVOS E COMPORTAMENTAIS
Série:
• Nem todos os usuários respondem à maconha da mesma maneira.
• Esse foi o primeiro estudo que comparou o relato subjetivo do usuário, com seus correlatos neurais.
• Prejuízos cognitivos devido ao uso da maconha se mantém mesmo após 28 dias.
• A dose de maconha consumida está positivamente relacionada com o prejuízo cognitivo.
• As fibras dos axônios em usuários constantes de maconha estão lesionadas no hipocampo, e no corpo caloso.
• Isso demonstra que a maconha a longo prazo também causa dano à substância branca do cérebro, principalmente durante a adolescência.
• Uso de maconha durante longo tempo reduz em 7% o volume da amígdala e do hipocampo, em ambos os hemisférios
• Tanto a forma, quanto o funcionamento, das estruturas do córtex temporal medial, do córtex frontal e do cerebelo são modificadas devido ao uso de maconha, principalmente por adolescentes.
• Os adolescentes tendem a acreditar que a maconha não faça mal, e por isso começam a utilizá-la em tenra idade.
• Quando o uso inicia-se na infância/adolescência, ele deixa marcas cognitivas aparentemente permanentes.
• As pessoas foram avaliadas aos 13 anos, e depois aos 38 anos.
• O uso constante de cannabis, principalmente durante a adolescência, causa prejuízos cognitivos, inclusive a redução do QI.
• Mesmo usuários esporádicos da maconha apresentam prejuízos na avaliação da atenção
• Adolescentes que fazem uso ocasional da maconha e continuam fazendo esse uso até o início da idade adulta:
– tem alto risco de desenvolver dependência por álcool, tabaco ou alguma outra droga ilícita
– tendem a não completar um curso de especialização ou faculdade
• Usuários ocasionais, quando comparados àqueles que nunca usaram maconha, apresentam mais:
– Ideação suicida;
– Comportamento agressivo;
– Fugas de casa;
• Usuários crônicos de maconha tem um desempenho muito ruim no Iowa Gambling Task.
• Eles começam bem (como o grupo controle) mas suas escolhas de baralhos não modificam e então apresentam um fim significativamente pior.
• Isto está relacionado com uma diferença no cérebro desses indivíduos com relação à ganhos e perdas financeiras.
• Os dados de ressonância magnética demonstraram que usuários de maconha são menos responsivos às perdas, por isso seu desempenho é pior.
• Essa pesquisa avaliou a impulsividade, a busca por novas sensações, a tomada de decisão impulsiva, o controle inibitório além de sinais de psicopatologias em grupos de usuários ocasionais de maconha, usuários sociais de álcool e grupo controle (não usuário de nenhuma droga).
• Constataram que mesmo nessas pessoas que usam a droga de maneira esporádica, há um prejuízo significativo em algumas funções.
• Anormalidades na impulsividade e na busca por novas sensações foram as mais características do grupo de usuários recreacionais de maconha.
• O uso crônico de cannabis tem sido relacionado a prejuízos cognitivos e risco de psicose.
• Pacientes psicóticos apresentam um déficit na "Teoria da Mente"
• Este estudo comparou a atividade cerebral de usuários de maconha com pessoas normais, realizando uma tarefa de "teoria da mente".
• O uso crônico da maconha modifica o circuito da "teoria da mente".
• Usuários crônicos de maconha apresentam uma diminuição, em comparação com não-usuários, da ativação da amígdala e do giro cingulado anterior, em resposta à visualização de expressões faciais que representam tristeza e alegria.
• Isso significa que usuários de maconha são menos responsivos às expressões faciais alheias.
• O THC diminui a resposividade da amígdala a estímulos negativos ou ameaçadores, e esta pode ser uma das razões pela qual há o prejuízo no reconhecimento da expressão de tristeza;
• Esse artigo revisou outras pesquisas que relacionaram uso da cannabis com manifestação de transtornos psicóticos, na tentativa de responder se essa seria uma relação de associação ou causação.
• O artigo concluiu que a relação causal do consumo de cannabis com transtornos psicóticos tem forte sustentação e pode ser defendida estatisticamente.
• Porém, os resultados ainda não estão definidos.
• A "Carga Global da Doença" estuda os impactos das doenças de vários tipos.
• Esse artigo discute a necessidade de incluir "uso de maconha" como fator de risco para o desenvolvimento de psicoses.
• Os autores são a favor da inclusão desse fator de risco, na tentativa de prevenir a doença através da conscientização pública de sua relação com a maconha.
• Analisou a relação entre o consumo pesado de maconha, com o envolvimento no crime (incluindo tráfico de drogas, crimes violentos, e encarceramento).
• Este consumo durante a adolescência tem relação com comportamentos criminosos na idade adulta, mas não com participação em crimes violentos.
• A prevenção do uso da maconha pode reduzir significativamente a chance de o jovem apresentar uma vida de crimes (não violentos).
• O estudo investigou a relação entre o consumo (pesado e moderado) da maconha, com a autoria ou não de violência conjugal.
• Adolescentes usuários de maconha tem uma tendência maior a agredir o(a) parceiro(a) na idade adulta.
• Indivíduos que já apresentam histórico de violência, quando estão na abstinência da maconha, apresentam significativamente mais tendência a violência.
• O envolvimento com o trabalho (e, consequentemente sua produção enquanto funcionário) é muito menor em pessoas que fazem uso (mesmo recreacional) da maconha.
• A incidência de acidentes de automóvel (especialmente acidentes fatais) quando a pessoa está sob o efeito da maconha é significativamente maior do que quando não está sob efeito da droga.
• Tanto o álcool quanto a maconha alteram significativamente as funções cognitivas necessárias para a direção correta do automóvel.
• Porém, o efeito da maconha é mais variável que o efeito do álcool, devido à questões como: técnicas de fumo, e diferente absorção do THC dependendo da pessoa.
• Apesar de o álcool ser atualmente considerado como mais relacionado ao risco de acidente, sabe-se que a maconha também aumenta bastante esse risco. E, a combinação das duas drogas (que comumente acontece) aumenta ainda mais a possibilidade de acidente fatal.
• Foi demonstrado que o consumo de maconha, mesmo com baixas doses de THC, reduz a habilidade psicomotora e a atividade das regiões cerebrais envolvidas na cognição (ínsula anterior, tálamo dorsomedial e estriado).
• Regiões cerebrais envolvidas no controle executivo (córtex parietal superior direito, córtex pré-frontal dorsolateral) também reduzem seu funcionamento após o consumo de maconha.