maabe tarefa 5ª sessão

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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) ACTIVIDADE Introdução Gostaria, antes de mais, de sublinhar as enormes dificuldades que tenho sentido na gestão do tempo para cumprir com as tarefas estipuladas. Não é meu hábito refugiar-me em desculpas do foro pessoal para justificar qualquer tipo de incumprimento mas, na realidade, sinto que não consigo despender do tempo e da atenção necessários a uma correcta abordagem aos temas que vão sendo lançados. Relativamente ao MAABE, considero-o algo complexo e lamento não possuir ainda o domínio de todo o seu conteúdo tal como gostaria de possuir nesta fase do trabalho. Este modelo, instrumento de avaliação que visa um fiel diagnóstico das nossas práticas quotidianas enquanto dinamizadores de um recurso que se quer cada vez mais essencial às escolas, apresenta-se com algumas dificuldades de aplicação, sendo a maior, no caso do 1º ciclo, a realidade do professor bibliotecário que trabalha sem equipa com a finalidade de abarcar todas as turmas sem excepção.

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Page 1: Maabe  tarefa 5ª sessão

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (Parte I)

ACTIVIDADE

Introdução

Gostaria, antes de mais, de sublinhar as enormes dificuldades que tenho

sentido na gestão do tempo para cumprir com as tarefas estipuladas. Não é

meu hábito refugiar-me em desculpas do foro pessoal para justificar qualquer

tipo de incumprimento mas, na realidade, sinto que não consigo despender do

tempo e da atenção necessários a uma correcta abordagem aos temas que

vão sendo lançados.

Relativamente ao MAABE, considero-o algo complexo e lamento não possuir

ainda o domínio de todo o seu conteúdo tal como gostaria de possuir nesta

fase do trabalho. Este modelo, instrumento de avaliação que visa um fiel

diagnóstico das nossas práticas quotidianas enquanto dinamizadores de um

recurso que se quer cada vez mais essencial às escolas, apresenta-se com

algumas dificuldades de aplicação, sendo a maior, no caso do 1º ciclo, a

realidade do professor bibliotecário que trabalha sem equipa com a finalidade

de abarcar todas as turmas sem excepção.

Os objectivos do Modelo ao nível da aferição de resultados não se apresenta

tarefa fácil. O sucesso das nossas práticas depende de inúmeras variáveis,

sendo que algumas delas não dependem directamente da nossa acção e isolá-

las na fase de avaliação não se vislumbra um processo simples. Ainda assim e

uma vez que se pretende uma avaliação predominantemente qualitativa, estou

certa de que o processo trará reflexos ao nível do melhoramento das práticas e

da sua adequabilidade à consecução dos objectivos definidos no Plano Anual

de Actividades de cada escola/ agrupamento.

Avaliar a BE, pressupõe um grande investimento ao nível do tempo e da

disponibilidade do professor bibliotecário e/ ou da equipa, nos casos em que

Page 2: Maabe  tarefa 5ª sessão

ela existe. Para além deste factor, há ainda a ter em conta a motivação por

parte da Direcção e dos restantes órgãos.

A respeitabilidade deste processo não será de forma alguma conquistada sem

a devida correcção do processo: saber o que avaliar, que método utilizar, que

evidências deverão ser recolhidas, são elementos essenciais, sem esquecer no

final a necessária divulgação da análise feita reflectindo o resultado obtido

numa reformulação do processo de planeamento das actividades futuras.

Domínio/ subdomínio seleccionado

Domínio A- Apoio ao desenvolvimento curricular

Subdomínio A.2- Promoção das literacias da informação

Indicador:

A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores

Page 3: Maabe  tarefa 5ª sessão

Plano de Avaliação

Calendarização

1º período 2º período 3º período

. Promoção de uma reunião

com o(s) outro(s)

professore(s) bibliotecário(s)

do agrupamento para

aferição e organização do

processo;

. Diagnóstico da situação

para selecção do domínio e

subdomínio a avaliar;

. Selecção do domínio e

subdomínio a avaliar;

. Divulgação junto da

direcção e órgãos de gestão

pedagógica do plano de auto-

avaliação para angariação de

apoios e colaboração;

. Início da produção/

adaptação dos materiais de

recolha;

. Início da recolha de dados.

. Aplicação dos inquéritos,

grelhas de observação

relativos ao domínio e

subdomínio a avaliar;

. Organização e tratamento

da informação recolhida.

. Conclusão da recolha de

evidências.

. Determinação do perfil de

desempenho;

. Interpretação dos resultados

obtidos e identificação dos

aspectos a melhorar;

. Elaboração de um relatório

final sobre o processo e

apresentação em CP;

. Divulgação dos resultados

com identificação de

melhoramentos a

implementar.

Page 4: Maabe  tarefa 5ª sessão

Indicador A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores

1. O que se pretende avaliar. Porquê?

. Actividades de formação de utilizadores: reuniões com os professores

titulares de turma para esclarecimento dos objectivos e procedimentos, antes

do início das actividades na BE.

. Produção de documentos de apoio à formação dos utilizadores: regras de

utilização, ficha de inscrição para leitura domiciliária e registos de leitura

domiciliária.

. Os objectivos das actividades foram alcançados?

. As reuniões com os professores foram pertinentes?

. Os documentos produzidos eram pertinentes?

. Os documentos produzidos eram adequados à faixa etária destinada e

cumpriam com as intenções iniciais?

2. Recolha de evidências:

. Recolha documental:

- PAA da BE, acta da reunião com os docentes da(s) escola(s), índice de

adesão dos alunos.

- Documentos produzidos.

- Inquéritos ou outros meios de recolha das opiniões dos professores e

alunos.

- Preenchimento de grelhas de observação.

- Levantamento estatístico da utilização da BE.

3. Intervenientes:

. Professor bibliotecário (equipa quando existe)

. Professores titulares de turma

. Alunos

4. Análise das evidências recolhidas:

. Documentos preenchidos

. Questionários

. Grelhas de observação

. Estatística

5. Divulgação dos resultados:

. Conselho Pedagógico

Page 5: Maabe  tarefa 5ª sessão

. Conselhos de Docentes

. Inclusão dos resultados obtidos no relatório final da BE e na avaliação do

PAA.

Conclusão

Ao avaliar-se o impacto da BE nas competências dos nossos alunos, avaliamos

a forma como os seus comportamentos são, por ela, alterados. As actividades

desenvolvidas em cada domínio são, conforme a sua avaliação, potenciadoras

do sucesso educativo e esse deve ser o objectivo máximo da nossa prática.

Os resultados aferidos, permitem situar a BE num dos níveis de desempenho,

identificar os pontos fortes e fracos, as causas dos aspectos a corrigir e

propostas de melhoria. A auto-avaliação da BE não deverá representar um

processo solto no funcionamento da escola/ agrupamento mas deve integrar a

auto-avaliação final do seu todo.

O MAABE conduz-nos na direcção de uma medição qualitativa, centrada nos

outcomes- impactos. Ao partilharmos os resultados obtidos pela sua aplicação,

abrimos caminho a uma forma diferente de encarar a BE.

Bibliografia:

- Modelo de Auto-Avaliação;

- Texto da sessão.