luciana tarefa psicologia da educação - para mesclagem
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Graduação em Pedagogia
Cursistas Luciana Lopes e Giscele Maria Cavichioli
Disciplina Psicologia da Educação
Tutora a distância Maria José de Souza Bosi
Tutora presencial Adriana Nonimato do Amaral Durigan
Polo São José do Rio Preto
A Construção do Conhecimento
“Quando os teóricos do construtivismo constataram que o
aluno é sujeito de sua própria aprendizagem”, o que equivale a
dizer que ele atua de modo que o rodeia, automaticamente
estão dando uma grande “dica” aos educadores, e lançando
também um grande desafio. É como se dissessem: “sejam o
centro do processo de ensino, criem juntos com os alunos os
seus próprios caminhos, descubram alternativas pedagógicas
em sala de aula” (ROSA, 1997, p. 40 – 41)
A educação escolar é influenciada por vários estudiosos construtivistas: Jean
Piaget (no aspecto cognitivo); Vygotsky (no aspecto sócio-histórico); Wallon (no
aspecto afetivo-personalidade).
As teorias desses estudiosos tem estimulado inúmeros professores a inovarem
sua prática pedagógica, no sentido de compreenderem a realidade de seus
alunos tanto do ponto de vista psicológico, cognitivo, afetivo, como sócio-
cultural. Isto para que, a partir desse ponto, possam trabalhar a caminho de
uma educação significativa e construtivista, na qual possam, portanto, levar o
aluno a consciência de sua autonomia social.
Quanto mais os educadores estudam Piaget, Vygotsky e outros percebe-se
que os mesmos preocupam-se na sua prática diária, que seus alunos não se
tornem meros repetidores de conteúdos, mas que aprendam a interagir com o
mundo, utilizando os conteúdos ensinados na escola. Pois, os conteúdos são
importantes, à medida que possibilitam a eles (alunos) a construção de novos
conceitos e lhes deem a oportunidade de estabelecer relações diversas com os
mesmos. Afinal, Piaget demonstra que são as relações que nos possibilitam
dar significação, e essa significação depende, portanto, das ações que o sujeito
executa (no caso o aluno) através das interações dele com o meio.
Apesar dos autores serem de complexa compreensão, percebe-se que à
medida que o educador vai elaborando sua prática, ele também vai refletindo e
aplicando essas teorias que são preciosas para solucionarem diversos
problemas que preocupam o contexto educacional. Nesse meio, é possível
utilizar as discussões mencionadas na concepção interacionista e construtivista
dos autores e colocar-se como condutor dessa interação do aluno com o meio,
um ambiente de estímulo para que o sujeito desenvolva os seus aspectos
cognitivos.
Desse modo, podemos citar as práticas sociais de leitura e de escrita na
escola:
“Há crianças que ingressam no mundo da linguagem escrita
através da magia da leitura e outras que ingressam através do
treino de tais habilidades básicas.
Em geral, os primeiros se convertem em leitores, enquanto os
outros costumam ter um destino incerto” (FERREIRO, 2002)
O aprendizado da decifração foi por muito tempo definido como conteúdo de
leitura. Ler é acima de tudo, conferir significados.
Além disso, os professores de hoje em dia, se preocupam em formar leitores
plenos, usuários competentes da leitura e da escrita em diferentes níveis e
participantes da cultura escrita. Esta tarefa envolve a redefinição dos
conteúdos de leitura e de escrita. Pois, não se trata mais de ensinar a língua,
com regras em partes isoladas, mas de assimilar as ações que envolvem
textos e ocorrem no cotidiano.
Os professores leem, no dia a dia, com os mais diferentes propósitos: obter
informações sobre a atualidade, preparar uma receita, localizar endereços e
telefones, saber notícias de pessoas queridas, e também tomar decisões,
pagar contas, fazer compras, viver situações de diversão e de emoção.
A escrita é usada com diferentes intenções, e para se comunicarem com
diferentes interlocutores: fazer uma solicitação, uma reclamação, dar notícias a
pessoas distantes, não esquecer o que é preciso comprar, prestar contas do
trabalho feito, anotar recados e outras coisas.
Essas ações devem ser aprendidas, para que traduzam em comportamentos
de leitor e escritor. Primeiramente, é necessário aprender o sistema de escrita
e seu funcionamento, essa aprendizagem pode ocorrer em situações mais
próximas das que são vividas na prática, com textos de verdade, escritos com
a intenção de comunicar algo.
É preciso trazer para o ambiente escolar a escrita e a leitura que acontecem
fora dela. É necessário incorporar na rotina diária, a leitura feita com propósitos
diferentes e a escrita produzida com diversos fins comunicativos. É importante
aproximar ao máximo a versão de leitura e escrita na escola da versão social,
para que os alunos se tornem verdadeiros leitores e escritores.
Enfim, para que os educadores tenham êxito nesse projeto devem fazer
algumas considerações importantes:
Planejar suas aulas, ou seja, devem analisar os textos por eles produzidos para
que possam auxiliá-los na correção das formas não apropriadas.
Incentivar os alunos, para que criem mecanismos próprios de autocorreção.
Uma das formas bastante eficiente de promover o desenvolvimento da escrita é
a produção de textos coletivos ou em dupla. Revisar textos coletivamente com
a ajuda de professores ou em parceria com colegas também é muito produtivo.
Os professores devem sugerir atividades funcionais de escrita e leitura, isto é,
devem fazer com que os alunos produzam textos que possam ser lidos e
utilizados fora da sala de aula, por exemplo: cartas, receitas, trabalhos de
pesquisa. Devem ler todos os dias os mais variados tipos de textos,
repertoriando-os para que produzam melhor.
Incentivá-los a lerem sempre (textos narrativos, literários, textos instrucionais,
textos de divulgação científica e notícias). Devem levá-los também à biblioteca
da escola e trazer livros para a sala de aula, enciclopédias, informações
veiculadas pela internet e revistas.
Trabalhar com dicionários em sala de aula sempre em mãos.
Ao utilizarem essas práticas em sala de aula, por certo, o professor terá no dia
a dia, possibilidades imensas de perceber o desenvolvimento de cada aluno e
proporcionar a eles, ao longo do ano, a prática da leitura e escrita de forma
produtiva e eficaz.
“Para comunicar às crianças os comportamentos que, são
típicos de leitor, é necessário que o professor os encarne na
sala de aula, que ofereça a elas a oportunidade de participar de
atos de leitura que ele próprio está realizando, que estabeleça
com elas uma relação de ‘leitor para leitor’.” (LERNER, 2005, p.
151)
Referências Bibliográficas
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WALLON, Henry. Psicologia e Materialismo Genético. 1951