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Docum ISSN 1516-5582 ? Julho, 2003 Resultados de pesquisa, 200112002 e 200212003 '0430 Soja: resultados de pesquisa 2003 LV - 207.1. 07-130 lU 1 liii I II I III HI II 27386-2

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Page 1: lU 1 liii I II I III HI II · Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli, Sérgio de Assis Librelaito Rubin, Cleiton S:eckiing, José Antônio Costa, Mário

Docum ISSN 1516-5582 ?

Julho, 2003

Resultados de pesquisa, 200112002 e 200212003

'0430

Soja: resultados de pesquisa

2003 LV - 207.1. 07-130

lU 1 liii I II I III HI II 27386-2

Page 2: lU 1 liii I II I III HI II · Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli, Sérgio de Assis Librelaito Rubin, Cleiton S:eckiing, José Antônio Costa, Mário

República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues

Ministro

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Conselho de Administração José Amauri Dimárzio

Presidente Clayton Campanhola

Vice-Presidente Alexandre Kalil Pires

Dietrich Gerhard Quast Sérgio Fausto

Urbano Campos Ribeiral Membros

Diretoria-Executiva da Embrapa Clayton Campanhola

Diretor-Presidente

Gustavo Kauark Chianca Herhert Cavalcante de Lima

Mariza Marilena T. Luz Barbosa Dire?ores-lixecutivos

Embrapa Trigo Benami Bacaltchuk

Chefe-Geral

João Carlos Ignaczak Chefe Adjunto de Administração

João Francisco Sartori Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios

José Eloir Denardin Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

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ISSN 1516-5582

an • a Julho, 2003

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Trigo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Documentos

Soja Resultados de Pesquisa, 200 1/2002 e 2002/2003

Trabalhos apresentados na XXX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul Cruz Alta, RS, 23 a 25 de julho de 2002 e na XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul Porto Alegre, RS, 29 a 31 de julho de 2003

Organizado por Emídio Rizzo Bonato Leila Maria Costamilan

Passo Fundo, RS 2003

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Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:

Embrapa Trigo 1 fltIpn Rodovia BR285, km 174 . - Un,dede: t- Sec Caixa Postal 451 :... U...............

11-3444-Fax: (54)3 1 1-3617

W N. RscaWapura: Home page: wwwcnpt.embrapa.br Fomj0j- E-mail: [email protected] N.° (y. - ................

Comite de Publicaçoes Ongem c'P - - - Presidente Rainoldo Alberto Kochhann N • Registro _ ç Jo'i Membros: Arcenio Sartier, Ariano Montes Prestes, Cantídio Nicolau Alves de iiÜà, Delmar Pdttker, Gilberto Rocca da Cunha, João Carlos Haas, José Roberto Salvadori, Osmar Rodrigues

Tratamento Editorial: Filtima Maria De Marchi Capa: Liciane Duda Bonatto Ficha Catalográfica e Referências Bibliográficas: Maria Regina Martins Foto capa: Paulo Kurtz ia edição 1' impressão (2003): Tiragem: 350 exemplares

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos aurorais (Lei n°9.610).

Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Soja: resultados de pesquisa 200112002 e 200212003 / Embrapa. Centro

Nacional de Pesquisa de Trigo. - Passo Fundo Embrapa Trigo, 2003.

448 p. 21 cm. (Embrapa Trigo. Documentos, 39).

Trabalhos apresentados na XXX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, Cruz Alta, 2002, e na XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, Porro Alegre, 2003.

ISSN 1516-5582

1. Soja. 2. Pesquisa. 3. Região Sul. 4. Brasil. 1. Título.

CDD: 633.34072

© Embrapa Trigo 2003

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AUTORES

Airton França Lange Eng. Agrôn., Embrapa Transferência de Tecnologia Técnico de Nível Superior Caixa Postal 451 99001-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Álvaro Manoel Rodrigues Almeida Pesquisador da Embrapa Soja Caixa Postal 231 8600 1-970 Londrina, PR E-mail: [email protected]

Armando Ferreira Filho Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Aroldo G. Linhares Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

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Benami Bacaltchuk Chefe-Geral da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Caroline de Lima Wesp Acadêmica de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo Passo Fundo, RS

Cláudia Viefra Godoy Pesquisadora da Embrapa Soja Caixa Postal 231 86001-970 Londrina, PR E-mail: [email protected]

Cleiton Steckling Eng. Agrôn., Fundacep/Fccotrigo Caixa Postal 10 98 100-970 Cruz Alta, RS E-mail: [email protected]

Cito Petrere Pesquisador da Fundacep/Fecotrigo Caixa Postal 10 98 100-970 Cruz Alta, RS E-mail: [email protected]

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Delmar Põttker Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

Diego Girardi Pegoraro Eng. Agrôn., Fundação Pró-Sementes Caixa Postal 410 99001-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

Edson Clodoveu Picinini Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 99001-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

Emídio Rizzo Bonato Pesquisador da Embrapa Trigo - Bolsista CNPq-PQ Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Gabriela Lesche Tonet Pesquisadora aposentada da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

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Geraldino Peruzzo Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Gilberto A. P. Bevilaqua Pesquisador da Embrapa Clima Temperado Caixa Postal 403 96055-560 Pelotas, RS E-mail: [email protected]

Gilberto Ornar Tomm Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 99001-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Gilberto R. da Cunha Pesquisador da Embrapa Trigo - Bolsista CNPq-PQ Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

Henrique Pereira dos Santos Pesquisador da Embrapa Trigo - Bolsista CNPq-PQ Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

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João Flávio Veiloso Pesquisador da Embrapa Soja Caixa Postal 231 8600 1-970 Londrina, PR E-mail: [email protected]

João Francisco Sartori Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

José Antônio Costa Eng. Agrôn., Faculdade de Agronomia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, 115 E-mail: [email protected]

José Bruno Daila Lana Eng. Agrôn., Fundação Pró-Sementes Caixa Postal 410 9900 1-970 Passo Fundo, 115 E-mail: [email protected]

José Eloir Denardin Pesquisador da Embrapa Trigo - Bolsista CNPq-PQ Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

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José Roberto Salvadori Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

José Tadashi Yorinori Pesquisador da Embrapa Soja Caixa Postal 231 8600 1-970 Londrina, PR E-mail: [email protected]

Julio Cesar Barreneche Lhamby Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Leila Maria Costamjlan Pesquisadora da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, ES E-mail: [email protected]

Lisandra Lunardi Especialista em Marketing da Embrapa Trigo Técnico de Nível Superior Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, lIS

E-mail: [email protected]

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Luiz Eicheiberger Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Marcio Voss Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Mário Franklin da Cunha Gastai Pesquisador da Embrapa Clima Temperado Caixa Postal 403 96001-970 Peloras, RS E-mail: [email protected]

Mauro César Ceiaro Teixeira Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Nelson Raimundo Braga Eng. Agrôn., Instituto Agronômico de Campinas Caixa Postal 28 1300 1-970 Campinas, SP E-mail: [email protected]

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Osmar Rodrigues Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Paulo César Reco Eng. Agrôn., Instituto Agronômico - IAC/Apta/SAA Caixa Postal 263 19800-000 Assis, SP

Paulo Fernando Bertagnoili Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Renato Serena Fontaneli Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

Rui Colvara Rosinha Pesquisador da Embrapa Transferência de Tecnologia Escritório de Negócios de Passo Fundo Caixa Posta! 451 9900 1-970 Passo Fundo, RS E-mail: [email protected]

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Sandra Maria Vieira Fontoura Pesquisadora da FAPA - Agrária Praça Nova Pátria, s/n - Colônia Vitória - Entre Rios 85 139-400 Entre Rios, Guarapuava, PR E-mail: [email protected]

Sérgio de Assis Librelatto Rubin Eng. Agrôn., Fepagro Caixa Postal 3 98130-000 Júlio de Castilhos, RS E-mail: [email protected]

Sérgio Schneider Eng. Agrôn., Cooperativa Mista São Luiz Ltda. Caixa Postal 151 98900-000 Santa Rosa, RS E-mail: [email protected]

Silvio Tulio Spera Pesquisador da Embrapa Trigo Caixa Postal 451 99001-970 Passo Fundo, lIS E-mail: [email protected]

Voinei Pauletti Pesquisador da Fundação ABC Caixa Postal 1003 84 166-990 Castro, PR E-mail: [email protected]

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Apresentação

O atendimento das demandas do setor produtivo dos segmen-tos do agronegócio em que a Embrapa Trigo tem atuado inclui a busca de tecnologias adequadas às culturas participantes dos sistemas de produção nos quais as culturas que fazem parte de sua missão técnico-institucional estão inseridos. A soja é uma dessas culturas.

Este trabalho, que nos orgulhamos de disponibilizar, apresenta o resultado do esforço da Embrapa Trigo em busca de soluções tecnológicas para a cultura de soja, visando sobretudo à obten-ção de conhecimentos tecnológicos que aumentem a competiti-vidade da soja gaúcha em relação a produtividade, resistência a doenças e pragas, resistência a nematóides, problemas ambi-entais, entre outras tecnologias.

Certamente, entre as informações oferecidas, há aquelas que estão já prontas para uso no sistema produtivo e aquelas que ainda precisam de mais investigação; para estas últimas, suge-rimos cuidado no uso, em vista de seu caráter preliminar.

Benami Bacaltchuk Chefe-geral da Embrapa Trigo

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Sumário

Soja: resultados de pesquisa 2001/2002 .................... 21

Análise Agrometeorológica da Safra de Soja 200 1/ 2002, em Passo Fundo, RS Gilberto R. da Cunha .................................................................. 23

Parceria entre Embrapa Trigo e Fundação Pró-Sementes para Desenvolvimento de Cultivares de Soja Benami Bacaltchuk, Emídio Rizzo Bonato e Rui Co/vara Rosinha....... 43

Atividade de Melhoramento de Soja na Embrapa Trigo, no Ano Agrícola de 200 1/02 Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli e Lei/a Maria Costamilan ..................................................................................46

Avaliação de Linhagens de Soja em Ensaios Preliminares Pau/o Fernando Bertagnolli, Emídio Rizzo Bonato e Diego Girardi Pegoraro...................................................................................... 50

Avaliação de Linhagens de Soja no Rio Grande do Sul em Ensaios de Valor de Cultivo e Uso Paulo Fernando Bertagno//i, Emídio Rizzo Bonato e Diego Girardi Pegoraro. ..................................................................................... 69

Desempenho de Linhagens de Soja dos Ensaios de Valor de Cultivo e Uso conduzidos em Santa Catarina e no Sul e Sudoeste do Paraná Paulo Fernando Bertagnol/i, Emídio Rizzo Bonato e Diego Girardi Pegoraro......................................................................................86

Rendimento de Grãos de Linhagens de Soja em Ensaios de Valor de Cultivo e Uso no Norte do Paraná, em São Paulo e no Sul de Mato Grosso do Sul Paulo Fernando Bertagnolli, Emídio Rizzo Bonato, Diego Girardi Pegoraro, Nelson Raimundo Braga e Paulo César Reco..................... 104

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Desempenho de Cultivares de Soja no Rio Grande do Sul, na Safra de 200 1/02 Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli, Sérgio de Assis Librelaito Rubin, Cleiton S:eckiing, José Antônio Costa, Mário Frankiin dt Cunha Gastai e Diego Girardi Pegoraro...................... 115

Reação de Linhagens de Soja à Podridão Parda da Haste Ernídio Rizzo Bonato, Leila Maria Costarniian e Paulo Fernando Bertagnoili ............................................................................... 126

Avaliação de Resistência de Linhagens de Soja a Cancro da Haste, em 2001 Leila Maria Costamilan, Ernídio Rizzo Bonato, e Paulo Fernando Bertagnoili ................................................................................ 132

Oídio de Soja Avaliação de Severidade em Genótipos na Safra 200 1/2002 Leiia Maria Costarnilan, Paulo Fernando Bertagnoili e Ernídio Rizzo Bonato ...................................................................................... 136

Avaliação de Genótipos de soja da Embrapa ao Nematóide de Galha Meloidogynejavanica, no Rio Grande do Sul Paulo Fernando Bertagnolli, Ernídio Rizzo Bonato, Sérgio Schneider e JoãoPlávio ileiloso ...................................................................... 153

Seleção de Genótipos de Soja Resistentes ao Nematóide de Cisto (Heterodera glycines) Paulo Fernando Bertagnolli, Leila Maria Costamilan, Ernídio Rizzo Bonato e Caroline de Urna Wesp................................................... 159

Teste de Diferenciação de Raças de Nematóide de Cisto (Heterodera glycines) da Soja Paulo Fernandt Bertagnolli, Leila Maria Costarnilan e Caroline de Urna Wesp ......................................................................................... 166

Avaliação de Dano em Soja Causados por Ferrugem Asi&tica Leila Maria Costamilan, Paulo Fernando Bertagnolli e José Tadasbi Yorinori .................................................................................... 172

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Produção de Semente Genética de Soja na Embrapa Trigo em 200 1/2002 A roído GaIlon Linhares e Gilberto A. Perzpolli Bevilaqua................ 175

Compatibilidade dc Inoculante Rizobiano com o Tratamento de Semente de Soja Usando Vitava.x e Thiram + Formulações de Micronutrientes Contendo Cobalto de Molibdênio Marcio Voss e Edson Clodoveu Picinini .......................................... 180

Inoculante de Bradyrhizobium em Soja, no Sistema Plantio Direto, em Solo com Rizóbio Estabelecido Marcio !/oss ............................................................................... 188

Evolução da Fertilidade de Solo em Sistemas de Produção Mistos sob Plantio Direto Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Pontaneli, Gilberto Ornar Tornrn e Silvio Tulio Spera ........................................................... 196

Atributos Químicos e Físicos de Solo em Sistemas de Produção com Pastagens Anuais de Inverno, sob Plantio Direto Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fontaneli, Gilberto Ornar Tornrn eJosé Eloir Denardin......................................................... 214

Efeitos de Sistemas de Produção de Grãos Envolvendo Pastagens sob Plantio Direto nos Atributos Físicos de Solo Silvio Tulio Spera, Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Pontaneli e Gilberto Ornar Tornrn .................................................. 235

Redução de Espaçamento em Semeadura Tardia de Soja Ormar Rodrigues, Mauro César Celaro Teixeira, Julio Cesar Barreneche Larnby, Ernídio Rizzo Bonato e Paulo Fernando Bertagnolli ............. 249

Identificação de Espécies de Percevejos e Avaliação do seu Parasitismo, na Cultura de Soja Gabriela Lesche Tonet e José Roberto Salvadori................................ 260

Efeito do Tratamento de Sementes com Inseticidas, para o Controle de Sternechus subsignatus, em Soja Gabriela Lesche Tonet e José Roberto Salvadori................................ 264

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Soja: resultados de pesquisa 2002/2003 . 289

Programa Difusáo de cultivares - Resultados das Unidades Demonstrativas conduzidas em Passo Fundo, RS, Safras 2001102 e 2002103 Júlio Cesar B. Lhamby, Annando Ferreira Filho, Airton França Lange, Lisandra Lunardi eJodo Francisco Sartori ...................... 291

Programa de Melhoramento de Soja na Embrapa Trigo em 2002/03 Enzídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnoii e Leila Maria Costarnilan............................................................................... 297

Avaliação de Gen6tipos de Soja, da Embrapa Trigo, ao Nematóide de Galha Meloido9nejavanica Paulo Fernando Bertagnolli, Emídio Rizzo Bonato e Sérgio Schneider ................................................................................. 302

Avaliação de Linhagens de Soja com Gene de Tolerância ao Glifosato, no Rio Grande do Sul Paulo Fernando Bertagnoili e Emídio Rizzo Bonato ................... 307

Comportamento de Cultivares de soja no Rio Grande do Sul, no Ano Agrícola 2002103 Ernídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli. Sérgio de Assis Librelatto Rubin, Ckiton Steckling, JoséAntônio Costa e José BrunoDaI/a Lana .................................................................... 347

Avaliação da Reação de Linhagens de Soja à Podridão Parda da Haste Emídio Rizzo Bonato, Leila Maria Costamilan e Paulo Fernando Bertagnolli ................................................................ 361

Avaliação de Reação de Linhagens de Soja à Ferrugem, em Campo Lei/a Maria Costamilan, Aro/do Gaion Linhares e Luiz Eichelberger.... . ..................... . ................................................... 337

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Avaliação de Cultivares de Soja com Resistência à Ferrugem Lei/a Maria Costa inilan, Cláudia Vieira Godoy, José Tadashi Yorinori e Alvaro Manoel Rodrigues Almeida.............................392

Avaliação de Severidade de Oídio em Genótipos de Soja, Safra 2002/2003 Lei/a Maria Costami/an, Paulo Fernando Bertagno//i e Em/dia RizzoBonato.......................................................................... 396

Avaliação de Resistência de Linhagens de Soja a Cancro da Haste, em 2002 Lei/a Maria Costamilan e Emidio Rizzo Bonato.......................417

Produção de Semente Genética de Soja na Embrapa Trigo em 2002/ 2003 Aro/do Gal/on Linhares e Luiz Eichelberger .............................420

Rendimento de Grãos de Soja em Sistemas de Produção de Grãos com Pastagens Anuais de Inverno e de Veráo, sob Plantio Direto Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fontane/i e Gilberto OrnarTornm .......................................................................... 427

Rendimento de Grãos de Soja em Sistemas de Produção de Gráos com Pastagens Anuais de Inverno e Perenes, sob Plantio Direto Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fontane/i e Silvio Tu/ia Spera ............................................................................435

Resposta de Soja a Boro Residual Aplicado na Cultura de Trigo Gera Idino Peruzzo, De/mar Püttker, Ciro Petrere, Volnei Pauletti e Sandra Maria Vieira Fontoura ................................443

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Soja Resultados de Pesquisa, 200 1/2002

Trabalhos apresentados na XXX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul Cruz Alta, RS, 23 a 25 de julho de 2002

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Soja; resultados de pesquisa 2001-2002

ANÁLISE AGROMETEOROLÓGICA DA SAFRA DE SOJA 200112002, EM PASSO FUNDO, RS

Gilberto R. da Cunha

Introdução

O impacto da variabilidade climática sobre o rendimento de grãos da cultura de soja no Rio Grande do Sul pode ser perce-bido por safras como a de 1990/1991, em que o rendimento médio de grãos no estado foi de 712 kg/ha (Berlato & Fontana, 2001), e a de 2000/200 1, com rendimento médio de grãos es-timado, conforme Bisocto & Farias (2001), em 2.339 kg/ha.

A precipitação pluvial foi identificada como a principal variável meteorojógica determinante de oscilações no rendimento de grãos de soja no Rio Grande do Sul, tanto inceranual quanto entre as diferentes regiões (Mota, 1983; Cunha et ai., 1999; Barni & Matzenauer, 2000). A importância dessa variável tor-na-se evidente pelos prejuízos causados por falta de chuvas (de-ficiência hídrica) nas safras gaáchas de soja em 1977/1978, 1978/1979, 1981/1982, 1985/1986, 1987/1988, 1990/1991, 1995/1996, 1996/1997, 1998/1999 e 1999/2000 (Berlato, 1992; Berlato & Fontana, 1997; Berlato & Fontana, 2001).

Relacionando quantidade de chuva e rendimento médio de grãos de soja no Rio Grande do Sul, Berlato & Fontana (1999) encontraram que as chuvas de dezembro a março explicam 79% (r 2 0,79) da variação interanual do rendimento dessa

Análise Agrometeorológica 23

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resultados de pesquisa 2001-2002

cultura. Pela função obtida, o rendimento máximo seria alcan-çado com 848 mm de chuva. Esse valor aproxima-se muito dos 827 mm determinados experimentalmente por Berlato et ai. (1986) como a evapotranspiração máxima média para a cultura de soja no RS.

O presente trabalho teve como objetivo descrever e analisar as condições meteorológicas ocorridas durante a safra de soja 200 1/2002, em Passo Fundo, RS, visando a auxiliar a inter-pretação de resultados experimentais e a avaliação de desempe-nho de lavouras na região.

Método

A análise e a descrição das condições meteorológicas ocorridas durante a safra de soja 200 1/2002, na região de abrangência da estação climatológica de Passo Fundo, RS, localizada junto ao campo experimental da Embrapa Trigo (28 0 15

' S, 520 24/

W e 684 m de altitude), foram feitas com base nas observações meteorológicas do período outubro de 2001 a maio de 2002, exceto para temperatura média de solo, que se restringiu aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2001.

Foram avaliados, em níveis decendial e mensal, os regin&s térmico (temperatura média de solo a 5 cm de profundidade, temperatura média das máximas, temperatura média das mí-nimas e temperatura média do ar) e hídrico (precipitação plu-vial e demais componentes do balanço hídrico), confrontando-se os valores ocorridos com os valores normais do período 196 1-1990.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Resultados

Os dados de temperatura de solo a 5 cm de profundidade, nos meses de outubro a dezembro de 2001, abrangendo o período indicado para semeadura de soja em Passo Fundo, conforme o Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - safra 2001/2002(11 de outubro a 31 de dezembro), encontram-se na Tabela 1. Observa-se que hou-ve aumento sistemático da temperatura de solo desde o início do período indicado de semeadura, estabilizando-se, a partir do terceiro decêndio de outubro, acima de 23,0 °C.

Os desvios da temperatura de solo a 5 cm, em relação à normal (DN) entre outubro e dezembro de 2001, situaram-se na faixa entre -1,3 °C (dezembro) e 1,3 °C (novembro). Em outubro e novembro foi mais elevada do que a dos valores normais. O mesmo não aconteceu em dezembro, pela ocorrência sistemáti-ca de temperaturas menores que o valor normal (26,0 °C) nos três decêndios desse mês, e particularmente no primeiro deles. De modo geral, considerando-se o limite inferior de 18,0 °C, na profundidade que a semente é colocada, indicado por Ber-gamaschi et ai. (1977), não se pode inferir que houve compro-metimento da germinação e da emergência de soja em razão de condições inadequadas de temperatura de solo.

Na Tabela 2 podem ser observados os dados das temperaturas máxima (TM), mínima (Tm) e média (Tmed) do ar, em relação aos da normal padrão (196 1-1990). Destaca-se que, no período de dezembro de 2001 a fevereiro de 2002, predominaram des-vios negativos em relação aos valores normais. Esse fato pode ter ocasionado desenvolvimento inicial da cultura de soja relati-

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vamente mais lento, quando comparado com anos anteriores. Em fevereiro de 2002, por exemplo, os desvios negativos para TM, Tm e Tmed, em relação aos valores normais, foram - 0,6 °C, -1,6 °C e -1,0 °C, respectivamente.

A partir de março de 2002, a situação inverteu-se, e todos os indicadores térmicos, sistematicamente, até maio de 2002, fo-ram superiores aos valores normais. Destacou-se o mês de mar-ço de 2002, com temperatura média de 22,6 °C, como o mais quente do período outubro a maio, em Passo Fundo, na safra de soja 2001-2002. Nesse mês, o Sul do Brasil sofreu influência de uma massa de ar tropical forte, que permaneceu atuando vários dias sobre o continente, elevando sobremaneira a tempe-ratura. Todos os indicadores térmicos (médias e valores abso-lutos) concentraram-se acima dos valores normais. As tempe-raturas, valores médios e absolutos, ultrapassaram até as re-gistradas em janeiro e fevereiro, meses típicos de verão. No dia 10, a temperatura máxima foi 34,4 °C, superando o valor de referência do período da normal climatológica padrão (1961 a 1990), 34,2 °C, ocorrida em 1 ° de março de 1970.

Informações relativas ao regime hídrico podem ser observadas na Tabela 3 (precipitação pluvial). Desvios negativos de preci-pitação pluvial, em relação aos valores normais, ou seja, chuva abaixo do normal, ocorreram no mês de novembro de 2001 (-24,5 mm) e nos meses de janeiro (-47,4 mm) e fevereiro de 2002 (-71,6 mm). Nos outros meses, os desvios foram positi-vos: outubro de 2001 (108,4 mm), dezembro de 2001 (32,6 mm), março de 2002 (235,5 mm), abril de 2002 (17,7 mm) e maio de 2002 (61,1 mm).

Na Tabela 4 (componentes do balanço hídrico) observam-se os

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resultados de pesquisa 2001-2002

efeitos das chuvas ocorridas durante a estação de crescimento de soja, safra 2001/2002, na região de abrangência da estação climatológica de Passo Fundo. Constata-se a ocorrência de defi-ciência hídrica, de pequena magnitude, na fase de semeadura e estabelecimento de lavouras, entre o terceiro decêndio de outu-bro e o terceiro decêndio de novembro de 2001. Em dezembro de 2001, predominou uma condição de excessos hídricos, que amenizou o problema da escassez de chuva anterior, pelo me-nos localmente. Depois, observaram-se certa deficiência hídri-

ca, particularmenre no segundo decêndio de janeiro de 2002 e no terceiro decêndio de fevereiro de 2002, ou pequenos exces-sos de umidade ao longo desses dois meses.

Analisando as tabelas 3 e 4, verifica-se que as chuvas que ocor-reram a partir de março de 2002, época que coincide com o período crítico de enchimento de grãos em soja na região, fo-ram determinantes para atenuar os impactos das situações de deficiência e de equilíbrio hídrico anteriores, predominando, a partir de então, uma condição de excedentes hídricos até maio de 2002, evitando prejuízos maiores no rendimento final de

grãos.

Os dados das tabelas 3 e 4 e o extrato do balanço hídrico, apre-sentado na Fig. 1, mostram claramente que, comparativamente à safra de 2000/200 1, quando, praticamente, não houve deficiência hídrica em de Passo Fundo e região (Cunha, 2001), as condições de disponibilidade de água para a cultura de soja na safra 200 1/2002 foram mais críticas.

Em relação à dispõnibilidade energética regional, representada pela insolação e pela radiação solar global (Tabela 5), desta- cam-se os desvios positivos do número de horas de duração de

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resa/tados de Pesauisa 2001-2002

brilho solar (insolação), em relação à disponibilidade normal, durante o período de novembro de 2001 até fevereiro de 2002. Esse fato também resultou, nesses meses, em predomínio de desvios positivos de radiação solar global, comparativamente aos valores normais. A partir de março de 2002, os desvios fo-ram negativos, associados aos valores de precipitação pluvial acima dos normais, porém em pequena magnitude.

Na seqüência, serão apresentados, mês a mês, os fatos mais importantes, do ponto de vista agrometeorológico, ocorridos durante a safra de soja 200 1/2002, em Passo Fundo e em mu-nicípios adjacentes.

Outubro 2001- caracterizou-se por chuvas acima da média normal. No entanto, há que se destacar que, dos 275,5 mm registrados como total mensal, superando em 108,4 mm o va-lor normal do mês (167,1 mm), somente a chuva ocorrida no dia 10 totalizou 137,6 mm. Esse valor foi superior ao registro de maior volume de chuvas em 24 horas do mês de outubro do período da normal climatológica padrão (1961-1990), que é 103,7 mm. Essa situação, com chuvas acima do normal, porém cbhcentradas em um único dia, seguindo-se períodos secos após chuvas regulares no restante do mês, não causou maiores problemas para a semeadura de soja.

Novembro 2001- embora com índices abaixo da média nor-mal (24,5 mm), de modo geral, pode-se considerar que as chu-vas ocorridas foram relativamente bem distribuídas, excetuan-do-se um período de estiagem de praticamente 13 dias, entre o dia 12 e o dia 24, quando choveu apenas 1,7 mm em dois eventos isolados. Essa condição não causou sérios problemas para a semeadura de soja.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Em termos de regime térmico, a temperatura média mensal foi 1,1 °C superior à média normal. Quanto aos valores extremos de temperatura: a média das máximas e a média das mínimas foram 1,5 °C e 1,0 °C maiores do que o valor normal, respecti-vamente.

Dezembro 2001- caracterizou-se por chuvas acima da média normal (32,6 mm). De modo geral, pode-se considerar que as chuvas ocorridas foram relativamente bem distribuídas, dife-rentemente do observado em outros locais do Rio Grande do Sul. Essa condição foi favorável para o estabelecimento de la-vouras de soja na região.

Quanto ao regime térmico, as temperaturas apresentaram des-vios negativos, em relação aos valores normais, com amplitude, em módulo, inferior a 1 °C; exceto para as temperaturas ex-tremas: máxima e mínima absolutas com desvios de —3,5 °C e 3,7 °C, respectivamente.

Janeiro 2002- esse mês caracterizou-se por chuvas abaixo da média normal. Houve um período, entre os dias 7 e 24, com poucas chuvas, em geral inferiores a 5,0 mm por dia. As chuvas mais abundantes concentraram-se no 1 ° e no 30 decêndio do mês. Essa condição, em razão das chuvas ocorridas anterior-mente, dezembro de 2001 e começo de janeiro de 2002, dife-rentemente de outras áreas do Rio Grande do Sul, não causou danos acentuados às lavouras de soja, na região.

Em termos de regime térmico, somente a temperatura mínima absoluta foi superior (1,4 °C) ao valor da normal. Todos os de-mais indicadores (temperatura média do ar, média das máxi-mas, máxima absoluta e média das mínimas) foram inferiores, caracterizando janeiro de 2002 como um mês de temperaturas

Análise Agromereorológica 29

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resultados de pesquisa 2001-2002

mais baixas do que as normais

Fevereiro 2002- continuou a tendência, verificada em janeiro, de chuva abaixo da média normal. Foram 7 dias com chuva, totalizando 76,7 mm no mês. Em relação ao valor normal (148,3 mm), a chuva de fevereiro ficou 71,6 mm abaixo. Essa condição de pouca chuva, também verificada em outras áreas do Rio Grande do Sul, chegou a causar preocupação no seg-mento produtor quanto a possíveis prejuízos para a lavoura de soja, que até mostraram alguns sintomas de deficiência hídrica.

Quanto ao regime térmico, tal qual observado em janeiro de 2002, todos os indicadores, com exceção da temperatura mí-nima absoluta, situaram-se abaixo dos valores normais. Ou seja, fevereiro de 2002 caracterizou-se, de modo geral, como um mês de temperaturas mais baixas do que as normais.

Março 2002- esse mês caracterizou-se por chuvas freqüentes e com intensidade relativamente forte (maior chuva em 24 horas = 55,4 mm), que totalizaram 356,8 mm no mês (235,5 mm acima do valor normal). Esse fato permitiu a recuperação das reservas hídricas no solo e dos mananciais de água, que mostra-vam os efeitos das poucas chuvas ocorridas nos meses anteriores (janeiro e fevereiro de 2002), cujos totais situaram-se abaixo dos valores normais. As chuvas de março foram decisivas para que não ocorressem sérios prejuízos nas lavouras de soja na região.

Durante março de 2002, o Sul do Brasil sofreu a influência de uma massa de ar tropical forte, que permaneceu atuando vários dias sobre o continente, elevando sobremaneira as temperatu-ras. Todos os indicadores térmicos (médias e valores absolutos) concentraram-se acima dos valores normais. As temperaturas,

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resultados de pesquisa 2001-2002

valores médios e absolutos, ultrapassaram até as registradas em janeiro e fevereiro, meses típicos de verão. No dia 10, a temperatura máxima atingiu 34,4 °C, superando o valor de

referência do período da normal climatológica padrão (1961 a

1990), 34,2 °C, ocorrida em 1 ° de março de 1970.

Abril 2002- o total mensal de chuva (135,9 mm) situou-se 15% acima do valor normal (118,2 mm). Entre os dias 10 e 20 houve concentração da maioria dos dias com chuva. Esse fato, embora sem maiores prejuízos, causou certas dificuldades para a colheita de algumas lavouras de soja na região. De qualquer forma, as precipitações pluviais ocorridas não foram de intensi-dade elevada, conforme se comprova pelo total mensal próximo do normal, para terem causado algum tipo de comprometi-mento no rendimento final de soja, na safra 200 1/2002.

Durante abril de 2002, continuou a tendência observada em março: temperaturas mais elevadas que os valores normais. Os indicadores térmicos mensais, médias das máximas, das míni-

mas e média do ar, foram 2,0 °C, 2,1 °C e 2,0 °C acima dos

valores normais, respectivamente. As temperaturas extremas (mínima e máxima) registradas foram 8,2 °C (2/4/2002) e

29,9 °C(11/4/2002).

Maio 2002- as chuvas concentraram-se entre os dias 16 e 21, quando choveu 167,3 mm, correspondendo a 87% do total acumulado no mês (192,4 mm). Com esse fato, o total de chu-va de maio, embora superasse em 46,5% o valor normal (131,3 mm), não causou maiores problemas para a colheita de algu-mas lavouras de soja semeadas no tarde e/ou com cultivares de

ciclo tardio.

Durante maio de 2002, continuou a tendência observada em

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março e abril desse ano: temperaturas mais elevadas que os valores normais. Os indicadores térmicos mensais, médias das máximas, das mínimas e média do ar, foram 1,7 °C, 2,0 °C e 2,2 °C acima dos valores normais, respectivamente. As tempe-raturas extremas (mínima e máxima) registradas foram 7,0 °C (22/5/2002) e 28,7 C (14/5/2002). Nao houve temperaturas negativas (relva e ar) nem ocorrência de geadas.

Resumindo: comparativamente à safra de 2000/200 1, quando, praticamente, não houve deficiência hídrica, as condições me-teorológicas para soja na safra 200112002 foram piores. De qualquer forma, a região de abrangência da estação climatoló-gica de Passo Fundo não foi tão severamente atingida por estiagens quanto outras áreas do Rio Grande do Sul.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Temperatura de solo a 5 cm de profundidade - ocor-rida (OC), normal (NO) e desvio em relação à normal (DN) - durante o período de outubro a dezembro de 2001, em Passo Fundo, RS.

Temperatura de solo (5 cm) Mês-ano Decendial (OC) Mensal'

10 20 3 0 OC NO DN

-------------------------cc ..........................

Out. 2001 17,1 21,7 23,3 20,8 20,4 0,4

Nov. 2001 24,1 24,6 24,9 24,5 23,2 1,3

Dez. 2001 23,0 25,5 25,5 24,7 26,0 -1,3

Média 21,4 23,9 24,6 23,3 23,2 0,1

DN = (OC - NO), NO = 'normal" climatológica do período 1976 1990.

Análise Agrometeorológica 35

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 2. Temperatura média das máximas, temperatura média das mínimas e temperatura média do ar - ocorrida (OC), normal (NO) e desvio em relação à normal (DN) - durante o período de outubro de 2001 a maio de 2002, em Passo Fundo, RS.

Mês-ano Decendial (OC)

1 ° 2 0 3 0

Temperatura

OC Mensal'

NO DN

------------------------- °C --------------------------

Temperatura média das máximas Out. 2001 20,4 26,9 26,6 24,7 23,8 0,9 Nov. 2001 27,0 27,5 27,9 27,5 26,0 1,5 Dez. 2001 26,1 28,3 28,4 27,6 27,8 -0,2 Jan. 2002 28,6 26,8 28,1 27,9 28,3 -0,4 Fev. 2002 26,1 27,6 28,7 27,4 28,0 -0,6 Mar. 2002 29,3 29,6 27,9 28,9 26,7 2,2 Abr. 2002 27,0 25,4 24,8 25,7 23,7 2,0 Maio 2002 23,2 24,5 19,8 22,4 20,7 1,7

Média - - - 26,5 25,6 0,9

Temperatura média das mínimas Out. 2001 12,7 14,8 14,2 13,9 12» 1,0 Nov. 2001 14,6 15,3 17,6 15,8 14,8 1,0

Dez. 2001 14,7 16,1 16,1 15,7 16,5 -0,8

Jan. 2002 16,7 15,3 18,3 16,8 17,5 -0,7 Fev. 2002 14,8 16,7 16,5 15,9 17,5 -1,6

Mar. 2002 19,1 19,2 17,5 18,6 16,3 2,3 Abr. 2002 14,9 16,7 15,1 15,6 13,5 2,1

Maio 2002 13,4 14,8 10,7 12,9 10,9 2,0

Média - - - 15,7 15,0 0,7 Continua...

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resultados de Ôesauisa 2001-2002

Tabela 2. Continuação.

Temperatura

Mês-ano Decendial (OC) Mensal'

10 2 ° 3 0 OC NO DN °C -------------------------

Tem peratura média do ar

Out. 2001 15,9 20,0 19,8 18,6 17,7 0,9

Nov. 2001 20,3 20,9 21,5 20,9 19,8 1,1

Dez. 2001 19,8 22,0 21,5 21,1 21,5 -0,4

Jan. 2002 22,0 20,5 22,6 21,7 22,1 -0,4

Fev. 2002 19,6 21,2 22,0 20,9 21,9 -1,0

Mar. 2002 23,4 22,9 21,7 22,6 20,6 2,0

Abr. 2002 19,9 20,0 19,0 19,6 17,6 2,0

Maio 2002 17,0 18,4 14,3 16,5 14,3 2,2

Média - - - 20,2 19,4 0,8

DN = (OC - NO), NO = normal dimarológka do período 1961-1990

Análise Agrometeurológica 37

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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Fig. 1. Extrato do Balanço Hídrico (CAD= 75 mm), outubro de 2001 a maio de 2002, Passo Fundo, RS.

42 Cunha, G.R. da

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,nu/tados de pesquisa 2001-2002

PARCERIA ENTRE EMBRAPA TRIGO E FUNDAÇÃO PRÓ-SEMENTES PARA

DESENVOLVIMENTO DE CULTIVARES DE SOJA

Benarni Bacakdiuk, Emídio Rizzo Bonato e Rui Colvara Rosinha

As atividades de desenvolvimento de cultivares de espécies au-

tógamas, como é o caso de soja, são de elevado custo, especial-mente por exigirem mão-de-obra e equipamentos especializa-

dos, muitas gerações de seleção e diversos locais de avaliação.

Para dar suporte ao programa de melhoramento de soja, em

especial à fase destinada às avaliações de determinação do po-

tencial produtivo e de adaptação aos diferentes ambientes onde

se pretende que as cultivares desenvolvidas sejam cultivadas, foi

firmado, em l'de dezembro de 2000, contrato de parceria entre Embrapa Trigo e Fundação Pró-Sementes, com duração

de cinco anos, renováveis.

A Fundação Pró-Sementes foi instituída por 40 produtores de

semente estabelecidos no Rio Grande do Sul. Através de um

fundo, aportam recursos financeiros que apóiam o desenvolvi-

mento de cultivares de soja. Nas fases de realização de cruza-

mentos, avanço de gerações segregantes, seleção de plantas,

avaliação de progênies, fbrmação de novas linhagens, avaliações

preliminares do potencial de rendimento e testes de reação a

doenças, a participação da Fundação Pró-Sementes dá-se pelo

fornecimento de mão-de-obra e de recursos para custeio de

Parceria ümbrapa/Pró-Sernentes 43

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resultados de besazura 2001-2002

parte das atividades. A participação da Fundação Pró-Sementes torna-se mais efetiva na fase de avaliações de rendimento de grãos e de adaptação regional de linhagens. A condução dos experimentos é realizada por equipe de pesquisadores e pessoal de apoio da própria Fundação Pró-Sementes, com supervisão de melhoristas da Embrapa Trigo.

A propriedade das linhagens e dos dados obtidos é da Embra-pa. A retribuição à participação da Fundação Pró-Sementes é efetivada por meio da concessão de privilégio à produção de semente das cultivares que vierem a ser lançadas pela parceria, em âmbito nacional, por um período de até oito anos.

Com o estabelecimento dessa parceria, o programa de melho-ramento de soja desenvolvido pela Embrapa Trigo foi amplia-do. Os estudos de adaptação das linhagens, os conhecidos en-saios de VCU (Valor de Cultivo e Uso), que tradicionalmente vinham sendo executados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, foram, a partir da safra 2000/01, estendidos para o estado do Paraná e, no ano agrícola de 200 1/02, começaram a ser executados também em São Paulo e na parte sul do estado de Mato Grosso do Sul. Em 2001/02, esses ensaios foram exe-cutados em 29 locais, sendo 11 no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, oito no Paraná, quatro em São Paulo e três em Mato Grosso do Sul.

Objetivando imprimir maior efetividade ao programa de me-lhoramento de soja da Embrapa Trigo, o apoio da Fundação Pró-Sementes permitiu expansão das atividades de pesquisa de tal forma que, além dos ensaios de VCU, foram implementa-dos, a partir da safra 200 1/02, os ensaios preliminares de se-gundo ano, em nove locais assim distribuídos: três no Rio

44 Bacaitchuk, B. et ai.

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resultados de pesquisa 2001-2002

Grande do Sul, um em Santa Catarina, três no Paraná, um em

São Paulo e um em Mato Grosso do Sul.

A extensão do programa visando a desenvolver cultivares para

toda a região localizada ao sul do paralelo 200 Sul passou a exi-

gir aumento no desenvolvimento de populações e de linhagens

formadas. Atualmente, objetiva-se desenvolver cultivares tanto

com adaptação ampla como com adaptação específica para as

condições dos ambientes nessa região do país.

Parceria Embrapa/Pró-Sementes - 45

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resultados de Pesauisa 2001-2002

ATIVIDADES DE MELHORAMENTO DE SOJA NA EMBRAPA TRIGO, NO ANO AGRÍCOLA DE

200 1/02

Ernídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnofli e

Leila Maria Costarnilan

Introdução

O melhoramento genético de espécies vegetais é um processo

continuo, através do qual procura-se agregar novos atributos a

cultivares. O programa de melhoramento genético de soja exe-

cutado na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, procura des-

envolver cultivares com ampla adaptação às condições ecológi-

cas e aos sistemas agrícolas praticados em latitudes superiores ao paralelo 20 O Sul. As cultivares desenvolvidas devem possuir

elevado potencial produtivo e resistência a doenças e a nema-

tóides, especialmente ao cancro da haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis), à podridão parda da haste (Phialophora gre-gata), à mancha olho-de-rã (Qrcospora so/ina), ao oídio (AÍ icros-phaera difusa), ao nematóide de cisto (Heterodera glycines) e aos nematóides formadores de galhas (Meloidogyne incognita, M. ,iavanica e M. arenaria). Além disso, devem manter os genes

que garantem resistência a outras doenças, como pústula bacte-riana (Xantbomonas axonopodis pv. glycines), e incrementem tole-rância à podridão vermelha da raiz (Fusarium solani f. sp. g/yci-nes).

46 Bonato, E. R. et ai.

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resultados de Pesazusa 2001-2002

Método

Os cruzamentos, previamente planejados, foram realizados em

estufa de plástico, no período de dezembro de 2001 a março de

2002. Os genitores, em número de 43, foram escolhidos entre cultivares e linhagens adaptadas e genótipos introduzidos,

eleitos em função dos genes disponíveis para os caracteres de-

sejados em cada combinação. Os trabalhos de emasculação e de polinização foram feitos no período da tarde, quando ocorre

maior facilidade de liberação de pólen nas condições ambientais

de Passo Fundo.

As sementes híbridas, dos cruzamentos feitos na safra 2000/01,

foram semeadas em vasos, colocados em estufa de plástico, em

junho de 2001. Para possibilitar desenvolvimento das plantas e

produção de volume adequado de sementes F,, a temperatura

de estufa foi programada para 22 °C, e o fotoperíodo, durante os primeiros 50 dias após a emergência, foi alongado para 17

horas, com luz artificial de cor amarela.

As populações F,, provenientes do avanço de gerações feitas em

estufa durante o inverno de 2001, foram semeadas em campo,

sob plantio direto, em 7/12/2001. As populações F 3 , F4 , F,, F6

e F7 , desenvolvidas na Embrapa Trigo, foram semeadas em

campo, sob plantio direto, nos dias 7 a 10 de novembro e em 1° de dezembro de 2001. As populações destinadas ao avanço

de geração foram semeadas em parcelas compostas por 12 filei-

ras com 10,0 m de comprimento e espaçadas 0,50 m, contendo

18 sementes viáveis por metro linear. As destinadas à seleção

de plantas individuais foram semeadas em 12 fileiras de 10,0 m

de comprimento, espaçadas 0,75 m, contendo 15 sementes

Melhoramento 47

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

viáveis por metro linear. As populações F 3 , recebidas em 2001

da Embrapa Soja, Londrina, PR, foram semeadas em 7 de de-

zembro, ocupando área formada por oito fileiras de 10,0 m de comprimento, contendo 18 sementes viáveis por metro linear.

As sementes de cada população semeada com o objetivo de avanço de geração foram colhidas em conjunto ("hulk"). Nas populações F7 e em parte das populações F, e F 6 foram feitas seleções de plantas individuais.

As progênies F1 e F7 de plantas selecionadas no ano anterior, em condições de campo, foram semeadas nos dias 13 e 16 de novembro em Coxilha, RS, em área com elevada infestação de Phialopbora gregata, fungo causador da podridão parda da haste. De cada progênie, foram semeadas 100 sementes, em parcelas de duas fileiras de 2,20 m de comprimento, espaçadas 0,50 m. A cada grupo de 30 progênies, foram incluídas as cultivares IAS 5, BR-4 e Cobb, de ciclos precoce, médio e tardio, respec-tivamente, usadas como testemunhas suscetíveis à podridão parda da haste. Entre os estádios de desenvolvimento R5 e R7, foram realizadas avaliações semanais, determinando-se a per-centagem de plantas com sintomas foliares da doença. As pro-gênies com mais de 5% de plantas com sintomas foram elimi-nadas. A seleção final das progênies que não foram afetadas pela doença foi realizada considerando-se as características de uniformidade quanto à cor da flor e da pubescência, ao ciclo, à arquitetura de planta e à resistência ao acamamento e ao des-grane natural. Outras progênies, provenientes de plantas colhi-

das em casa de vegetação na primeira quinzena de novembro, foram semeadas em solo sem infestação de P. gregata, em par-celas formadas por uma fileira de 1,0 m de comprimento, em 27 de novembro.

48 Bonaso, E.!?. a aí

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Soja. resufrados de pesquisa 2001-2002

Resultados

No ano agrícola de 2001/02, foram formadas 171 novas popu-lações híbridas, obtidas mediante polinização artificial de 1.659 flores, que resultaram em 871 vagens, as quais produziram 1.913 sementes. A média de pega foi de 52,5%, e o námero médio de sementes obtido por combinação foi de 11,2.

Em estufa de plástico climatizada e com fotoperíodo alongado, fbram avançadas, durante os meses de junho a novembro, 83 populações F, formadas a partir dos cruzamentos realizados no

ano agrícola de 2000/0 1.

Nesta safra, foram semeadas em campo 303 populações segre-gantes formadas pela Embrapa Trigo (79 E 2 , 76 E3 , 25 F4 , 48

F 5 , 60 F(,, 15 E,) e 77 populações F 3 recebidas em 2001 da Em-

brapa Soja.

Em 10 populações E 7 , em 31 populações E6 e em 25 popula-ções E,, foram selecionadas 6.933 plantas individuais.

No ano, foram, ainda, avaliadas 7.555 progênies. Em condições de campo, foram selecionadas 2.527 linhas. Do total de pro-gênies avaliadas, 4.750 foram semeadas em área com elevada infestação de P. gregata, tendo sido selecionadas 1.619 linhas com resistência à podridão parda da haste. As 2.527 linhas se-lecionadas serão avaliadas para resistência aoc'ancro da haste, durante o inverno de 2002, pelo método do palito de dente colonizado. Apenas as resistentes serão avaliadas nos ensaios preliminares de rendimento de primeiro ano, em 2002/03.

Melhoramento 49

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA EM ENSAIOS PRELIMINARES

Paulo Fernando Bertagnolli, Emídio Rizzo Bonato e

Diego Girardi Pegoraro

Introdução

A soja é uma das culturas mais importantes do Brasil, sendo cultivada praticamente em todas as regiões do país. A região localizada em latitude superior a 20 ' Sul é responsável por considerável parte da produção brasileira dessa leguminosa. Essa região abrange a metade sul de Mato Grosso do Sul e os estados de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Para desenvolver novas cultivares, para distin-tos ambientes dessa região, a Embrapa Trigo avalia as linha-gens oriundas de ensaios preliminares de primeiro ano, selecio-nadas em sua sede, em diversos ambientes representativos des-sa grande área.

Método

Os experimentos foram conduzidos, no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo, em Vacaria e em Inhacorá; em Santa Catarina,

50 Bertagnolii, P.f-& e: ai.

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resultados de flesquisa 2001-2002

em Abelardo Luz; no Paraná, em Ponta Grossa, em Campo Mourão e em Ibiporã; em São Paulo, em Ribeirão Preto; e em

Mato Grosso do Sul, em Dourados. Foram testadas 157 linha-

gens divididas em oito ensaios: preliminares de ciclo precoce, denominados P1, P2 e P3, em que foram comparadas com as

testemunhas IAS 5 e CD 201, no RS, e com IAS 5 e CD 202,

nos demais estados; de ciclo médio, denominados Ml, M2, M3

e M4, em que foram comparadas com BRS 66 e ES 7-Jacuí, no

RS, e com Embrapa 48 e Embrapa 59, nos demais estados; e de

ciclo tardio, denominado TI, tendo como padrões M-Soy 7501

e Fepagro-RS 10, no ES, e M-Soy 7501 e BRS 134, nos demais

estados.

O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso, com

três repetições. As parcelas eram formadas por quatro fileiras

de 5 m de comprimento, espaçadas 0,50 m, sendo a área útil formada pelas duas fileiras centrais com 4 m de comprimento.

A densidade de semeadura foi calculada para obter 15 plantas

por metro linear. Em todos os locais, a fertilização e os tratos

culturais foram realizados de acordo com as indicações técnicas

para a cultura.

Resultados

Os ensaios de Dourados, em Mato Grosso do Sul, e de Ibíporã,

no Paraná, foram perdidos. Os dados dos demais locais foram

agrupados por regiões geográficas relativamente homogêneas.

Assim, consideraram-se três regiões: a primeira formada pelos

locais do Rio Grande do Sul; a segunda pelos de Santa Catarina

Ensaios Preliminares 51

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resultados de pesquisa 2001-2002

e do sul do Paraná; e a terceira pelos locais do norte do Paraná e de São Paulo.

Na média das três regiões, nos ensaios precoces P1 (Tabela 1),

P2 (Tabela 2) e P3 (Tabela 3), o melhor padrão foi IAS 5, o

qual foi superado, em valores relativos, pelas linhagens

PF 00 1051 e PF 00 1139, do P1; PF 00 1162, PF 00 1185,

PF 00 1187, PE 00 1190, PF 00 1201, PE 00 1203,

PF 00 1229, PF 00 1307, do P2; e PF 00 1317 e PF 00 1334,

do P3.

Nos ensaios de ciclo médio Ml, M2, M3 e M4 (tabelas de 4 a

7), vinte e três linhagens superaram, na média das três regiões,

os padrões. Deste ciclo, os maiores destaques foram as linha-

gens PF 00 1177, PF 00 1206 e PF 00 1293, que superaram as

testemunhas mais produtivas nas três regiões.

No ensaio de ciclo tardio, a linhagem PF 00 1249 destacou-se

nas três regiões (Tabela 8). Outras linhagens tiveram rendi-

mento de grãos que se destacou, no mínimo, em uma região.

52 Bertagno/li, P. P. et ai

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Ensaios Preliminares 59

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Ensaios Preliminares 161

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Ensaios Preliminares 63

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Ensaios Preliminares 65

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Soja: remitados de pesquisa 2001-2002

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66 Bertagnoili, P. F. et ali

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Soja: resultados & pesquisa 2001-2002

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Ensaios Preliminares 67

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA NO RIO GRANDE DO SUL EM ENSAIOS DE VALOR DE

CULTIVO E USO

Paulo Fernando Berragnoili, Emídio Rizzo Bonato e

Diego Girardi Pegoraro

Introdução

Soja é uma das culturas mais importantes no estado do Rio Grande do Sul, onde são cultivados anualmente mais de três milhões de hectares. Essa grande área pode ser dividida em quatro regiões homogêneas distintas para adaptação de cultiva-res de soja. O desenvolvimento de cultivares de soja adaptadas pura os ambientes dessas quatro regiões é um dos objetivos do programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo.

Método

Na safra agrícola de 2001/2002, foram conduzidos, no Rio Grande do Sul, quatro experimentos para avaliar 68 linhagens da Embrapa: VCU de ciclo precoce, com 21 tratamentos; VCU de ciclo médio, ensaio A, com 20 tratamentos; VCU de ciclo médio, ensaio B, com 15 tratamentos; e VCU de ciclo tardio, com 20 tratamentos. As testemunhas usadas foram: IAS 5 e

Ensaios de VCU-RS 69

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

CD 201 para ciclo precoce; BRS 66 e RS 7-Jacuí para ciclo mé-dio; e M-Soy 7501 e Fepagro-RS 10 para ciclo tardio.

Os experimentos foram conduzidos nas terras altas da região 1, em São Sepé e em Piratini, e nas terras baixas da região 1, em Uruguaiana e em Capão do Leão; na região II, em Seberi, em Inhacorá e em São Luiz Gonzaga; na região III, em Passo Fun-

do, em Fortaleza dos Valos e em Tupanciretã; e na região IV, em Vacaria.

O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas eram formadas por quatro filei-ras de 5,0 m de comprimento, espaçadas 0,5 m, sendo a área útil formada pelas duas fileiras centrais com 4,0 m de compri-mento. Avaliação de acamamento foi baseada em escala de

notas de 1 até 5, em que nota 1 = todas as plantas eretas e 5 = mais de 80% de plantas acamadas. Para nota visual de grãos, empregou-se graduação de 1 até 5, segundo os graus de desenvolvimento, enrugamento, cor, brilho, rachadura do te-

gumento e danos causados por insetos, sendo nota 1 = muito bom e nota 5 = muito ruim. Foi anotada a data de floração quando apareceram as primeiras flores (estádio Ri) em aproxi-madamente 50% das plantas da parcela. A nota de maturáção ocorreu em maturação plena (estádio R8). O ciclo de floração e de maturação é dado em dias a partir da emergência de plân-tulas.

Resultados

Foram perdidos os ensaios conduzidos em terras baixas, tanto

70 Berragnoili, P. F. es ai.

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resultados de Pesauisa 2001-2002

em Uruguaiana quanto cm Cupão do Leão, pela dificuldade de a cultura desenvolver-se em terras planas alagadas e de difícil drenagem. Nessas áreas, o estabelecimento da cultura é o

grande desafio, já que ensaios de competição de linhagens só terão validade quando o manejo da cultura for conhecido. Do ensaio de São Sepé, só foram aproveitados os dados do ensaio de ciclo tardio, e do de São Luiz Gonzaga, os dados do ensaio de ciclo precoce. Todos os demais experimentos foram colhidos normalmente, com os resultados de rendimento de grãos sendo apresentados nas tabelas 1, 3, 5 e 7 e os dados das característi-cas das linhagens, nas tabelas 2, 4, 6 e 8.

No ensaio de VCU de ciclo precoce (Tabela 1), as linhagens

PF 991305, PF 991312 e PF 991332 superaram a melhor tes-

temunha na média de todos os locais. Das 18 linhagens testa-

das no ensaio de ciclo médio A (Tabela 3), 14 obtiveram ren-

dimento de grãos superior à média da testemunha mais produ-

tiva. No ensaio de ciclo médio B (Tabela 5), foram destaque as

linhagens BR97-20155, PF 981217, PF 991395 e PF 981324.

No ensaio de ciclo tardio (Tabela 7), dez linhagens superaram a

média da testemunha M-Soy 7501.

As plantas não se desenvolveram adequadamente. No ensaio

de ciclo precoce (Tabela 2), diversas linhagens apresentaram

altura média abaixo de 60 cm e a maioria com estatura entre

60 e 70 cm. Já no ensaio de ciclo tardio, somente a linhagem

PF 981370 não alcançou 70 cm (Tabela 8). Além disso, em

conseqüência da baixa estatura de plantas, praticamente não

ocorreu acamamento; mesmo no ensaio de ciclo tardio, a nota

média mais elevada foi 2,2.

Ensaios de VCU-RS 71

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Ensaios de VCU-RS 81

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

DESEMPENHO DE LINHAGENS DE SOJA DOS ENSAIOS DE VALOR DE CULTIVO E USO

CONDUZIDOS EM SANTA CATARINA E NO SUL E SUDOESTE DO PARANÁ

Paulo Fernando Bertagnoili, Emídio Rizzo Bonato e

Diego Girardi Pegoraro

Introdução

O programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo, de

Passo Fundo, RS, tem, entre seus objetivos, a obtenção de cul-

tivares de soja com adaptação regional específica. Em regiões

de altitude elevada no estado de Santa Catarina e nas regiões

sul e sudoeste do Paraná, verifica-se excessivo desenvolvimento

vegetativo de piantas de soja, ocasionando acentuado grau de

acamamento, o que reduz consideravelmente a produtividade.

Para essas regiões, há necessidade de selecionar genótipos com

características especiais de adaptabilidade. Nesse sentido, o

programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo buscou

indicar para essas regiões genótipos de soja com nível adequado

de resistência ao acamamento, em condições de sistema plantio

direto, aliado a elevado nível de rendimento de grãos.

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resultados de pesquisa 2001-2002

Método

As linhagens da Embrapa Trigo em ensaios de Valor de Cultivo

e Uso (VCTJ) foram avaliadas em experimentos conduzidos em

Santa Catarina, nas localidades de Abelardo Luz, de Campos

Novos e de Canoinhas, e nas regiões sul e sudoeste do Paraná,

em Ponta Grossa, em Guarapuava e em Vitorino. Foram testa-

das 68 linhagens, divididas em quatro ensaios: VCU de ciclo

precoce, com 21 tratamentos; VCU de ciclo médio, ensaio A,

com 20 tratamentos; VCU de ciclo médio, ensaio B, com 15

tratamentos; e VCU de ciclo tardio, com 20 tratamentos. As

testemunhas usadas foram: IAS 5 e CD 202, para ciclo preco-

ce; Embrapa 48 e Embrapa 59, para ciclo médio; e M-Soy

7501 e BRS 134, para ciclo tardio. Avaliação de nota de aca-

mamento foi baseada em escala de notas de 1 até 5, em que

nota 1 = todas as plantas eretas e 5 = mais de 80% das plan-

tas acamadas. Para nota visual de grãos, usou-se graduação de

1 até 5, segundo os graus de desenvolvimento, enrugamento,

cor, brilho, rachadura do tegumento e danos causados por in-

setos, sendo nota 1 = muito bom e nota 5 = muito ruim.

O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso, com

quatro repetições. A parcela foi composta por quatro fileiras de

5 m de comprimento, espaçadas 0,50 m, sendo a área útil co-

lhida formada pelas duas fileiras centrais com 4 m de compri-

mento.

Ensaios de VCU-SC e Sul PR 87

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resultados de PesQuisa 2001-2002

Resultados

Nas tabelas 1, 3, 5 e 7, são apresentados o rendimento de grãos por local e a média geral em kg/ha e em %. No ensaio VCU de ciclo precoce (Tabela 1), as linhagens PF 98 1095 e PF 94 1526 superaram em 1% a testemunha CD 202, em valor rela-tivo. No ensaio de VCU de ciclo médio (Tabela 3), ensaio A, 17 linhagens superaram as testemunhas,, em valor relativo, tendo PE 99 1222, PF 99 1247, PF 99 1248 e PF 99 1249 produtividade igual ou superior a 10%.

No ensaio de VCU de ciclo médio (Tabela 5), ensaio B, desta-caram-se BR 97-19756, PF 98 1081, PF 98 1217, PF98 1318, PF 98 1395, PF 98 1324 e PF 96 1324, com valor rela-tivo de 102 a 106% em relação à testemuhha, Embrapa 59.

No ensaio de VCU de ciclo tardio (Tabela 7), 11 linhagens su-peraram as testemunhas em valor relativo, e o maior destaque foi PF 98 1015, com 10% acima da testemunha mais produti-va, M-Soy 7501.

Nas tabelas 2, 4, 6 e 8, são apresentados dados de ciclo da emergência à floração e à maturação, estatura de planta, inser-ção de vagens, grau de acamamento, nota visual e peso de 100 grãos. Em razão da semeadura realizada em fim de novembro em Ponta Grossa e em dezembro nos demais locais, houve pouca variação para ciclo de maturação entre linhagens dos diferentes grupos de maturação, variando no máximo em 15 dias de PF 97 1026, do ciclo precoce, com 128 dias, para PF 98 1343, do ciclo tardio, com 143 dias. Algumas linhagens apresentaram acamamento com nota 3 ou mais, como PF 99 1324, do ensaio de VCU de ciclo tardio, com nota 4. No

88 Bertagnoili, P.F. ei a(.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

entanto, diversas outras linhagens não acamaram, tendo rece-bido nota média igual a 1.

Ensaios de VCU-SC e Sul PR 89

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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94 Berragno/li, P. F. et aí

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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resultados de PesQuisa 2001-2002

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Ensaios de VCU-SC e Sul PR 103

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So»: reçufiados de pesquisa 200 1-2002

RENDIMENTO DE GRÃOS DE LINHAGENS DE SOJA EM ENSAIOS DE VALOR DE CULTIVO E

USO NO NORTE DO PARANÁ, EM SÃO PAULO

E NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL

Paulo Fernando Berragnolli, Ernídio Rizzo Bonato,

Diego Girardi Pegoraro, Nelson Raimundo Braga e

Paulo César Reco

Introdução

Adaptação ampla de cultivares é um dos objetivos do programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo. Para tal, busca-se selecionar cultivares com adaptação para todos os ambientes existentes na região entre os paralelos 20 e 25 graus de latitude sul, abrangendo a metade norte do Paraná, todo o estado de São Paulo e a metade sul de Mato Grosso do Sul.

Método

Na safra agrícola de 200 1/2002, fbram conduzidos qtiarro ex-perimentos para avaliar 68 linhagens da Embrapa Trigo, sendo 19 de ciclo precoce, 31 de ciclo médio e 18 de ciclo tardio. Nos ensaios conduzidos no estado de São Paulo, foram incluídas as cultivares BRS 153 e BBS 154, de ciclo médio, e nos de Mato Grosso do Sul, além dessas duas, foi também incluída a cultivar de ciclo precoce BRS 137. Para comparação do potencial pro-

104 Benagnoili, P.F. eta1.

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Soja. resultados de pesquisa 2001-2002

dutivo de grãos, usaram-se as testemunhas: de ciclo precoce, IAS 5 e CD 202, ivara o PR, IAS 5 e CD 201, para SP, e BR-16 e CD 201, para MS; de ciclo médio, Embrapa 48 e Embrapa 59, para o PR e para SP, e M-Soy 7501 e M-Soy 7701, para MS; e de ciclo tardio, M-Soy 7501 e BRS 134, para o PRe para SP, e FT-Jatohá e FT-2000, para o MS.

O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso com quatro repetições. As parcelas eram constituídas de quatro filei-ras com cinco metros de comprimento, formando 10 m 2 de área total e 4 m 2 de área útil.

Os experimentos foram conduzidos, no Paraná, em Campo Mourão, em Cascavel, em Palotina, em Cruzeiro d'Oeste e em Ibiporã; em São Paulo, em Palmital, em Pedrinhas Paulista, em Ribeirão Preto e em Mococa; e em Mato Grosso do Sul, em Dourados, em Maracaju e em Ponta Porã.

Resultados

Os resultados de todos os ensaios conduzidos em Ibiporã, no PR, e em Dourados, em MS, foram desconsiderados, assim como os do ensaio de ciclo tardio conduzido em Maracaju. Em Ibiporã, em razão de acentuada deficiência hídrica, a maioria das linhagens não cresceu, ficando com porte baixo, o que não permitiu que se fizesse uma adequada seleção das mais produ-tivas. Em Dourados, a área experimental cedida pela Embrapa Agropecuária Oeste apresentou diversas manchas de fertilida-de. Em Maracaju, houve acentuado ataque de percevejos nas linhagens de ciclo tardio.

Ensaios de VCU-Norte PR, SP e Sul MS 105

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Soja: resultados de pesquisa 200] -2002

Dos demais locais, diversas linhagens obtiveram rendimento relativo

de grãos de 1%, ou mais, na média dos três estados: no ensaio de

ciclo precoce, BR 97-21192, PF 981095, PF 981090, PF 941526 e

PF 981429 (Tabela 1); nos ensaios de ciclo médio, PF 991295 e PF

991382 (Tabela 2) e PF 981324 e PF 961324 (Tabela 3); e no en-

saio de ciclo tardio, PF 981238, PF 991081, PF 991324, BR 97-

19829 e PF 981399 (Tabela 4). Outras linhagens tiveram rendi-

mento relativo de grãos superior ao das respectivas testemunhas

mais produtivas em cada um dos três estados.

106 Benagnoili, P. F. e: ai.

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resultados de pesquisa 2001-2002

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Ensaios de VCU-Norte PR, SP e Sul MS 113

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resultados de fresanisa 2001-2002

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE SOJA NO RIO GRANDE DO SUL, NA SAFRA DE 200 1/02

Ernídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnoili, Sérgio de Assis Libre-

latto Rubin, Cleiton Stcckling, José Antônio Costa, Mário Franklin da

Cunha Gastai e Diego Girardi Pegoraro

Introduçáo

O cultivo de soja no Rio Grande do Sul, na safra de 2001/02, foi realizado em cerca de 3,3 milhões de hectares. Considerável

parte dessa área foi cultivada com cultivares desenvolvidas por Embrapa Trigo, Embrapa Soja, Fepagro, Fundacep e Çoodetec. Essas instituições realizam todos os anos, em conjunto, avalia-ção de desempenho das cultivares por elas desenvolvidas nas diferentes regiões do estado.

Essa avaliação tem como objetivo fornecer a profissionais da assistência técnica e a produtores informações atualizadas sobre o desempenho comparativo das cultivares indicadas pelas ins-

tituições obtentoras.

Método

Na safra de 200 1/02, foram avaliadas 26 cultivares dç soja,

sendo nove de ciclos precoce e semiprecoce, doze de ciclo mé-

Cultiva res-RS 115

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

dio e cinco de ciclos semirardio e tardio. Os ensaios foram con-

duzidos pela Embrapa Trigo, em Passo Fundo; pela Embrapa

Trigo, em parceria com a Fundação Pró-Scmentes, em Vacaria

e em Inhacorá; pela Embrapa Clima Temperado, em Capão do

Leão, em terras altas, sob solo não hidromórfico, e em terras de

várzea, sob solo Latossolo Hidromórfico; pela Fepagro, em Jú-

lio de Castilhos, em Santo Augusto e em São Borja; pela Fun-

dacep, em Cruz Alta, em Cachoeira do Sul e em São Luiz Gon-

zaga; e pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul.

Os ensaios foram organizados em blocos ao acaso, com três

repetições. As parcelas tinham área total de 10,0 m 2 e útil de 4,0 m 2, com quatro fileiras espaçadas 0,5 m, e densidade de

serneadura calculada para 15 plantas por metro linear, visando

à população de 300.000 planras/ha.

A semeadura foi realizada no período de 26 de outubro a 12 de dezembro (tabelas 1, 2 e 3).

Em todos os locais, a fertilização e os tratos culturais foram

realizados de acordo com as recomendações técnicas para a cultura. Nos ensaios, foram coletados dados referentes a data

de semeadura, data de emergência, número de dias da emer-

gência à floração, número de dias da emergência à maturação,

altura de planta na maturação, inserção de vagens inferiores,

acamamento de planta, retenção foliar, aspecto visual de grãos,

peso de 100 sementes e rendimento de grãos.

Foram processadas análises dc variância do rendimento de

grãos em cada local e análises conjuntas por ciclo de matura-

ção. As análises conjuntas foram feitas considerando-se cultiva-

res como efeitos fixos e locais como aleatórios. As médias de

116 Bonato, E.R. etal.

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resultados de pesquisa 2001-2002

cultivares e de locais foram comparadas pelo teste de Duncan,

ao nível de 5% de probabilidade.

Resultados

O desempenho das cultivares de soja no ano agrícola de

2001/02 foi prejudicado pela estiagem que ocorreu em prati-camente todas as regiões. Em Júlio de Castilhos, não houve

precipitação pluvial de 4 de dezembro a 23 de janeiro. Em ou-tros municípios, como nos localizados na região das Missões, a

estiagem foi mais severa.

Em razão dessas condições climáticas, foram perdidos os ensai-

os instalados em Cupão do Leão, tanto em área de várzea como

em terras altas.

Nos ensaios conduzidos em Passo Fundo, em Vacaria e em

Inhacorá, não foi incluída a cultivar Ipagro 21. Por essa razão,

ela não foi considerada na análise conjunta.

As análises de rendimento de grãos das cultivares de ciclos pre-

coce e semiprecoce nos dez locais evidenciaram diferenças

significativas, ao nível de 5 % de probabilidade, em Passo Fun-

do, em Cruz Alta, em Júlio de Castilhos, em Santo Augusto,

em Inhacorá, em São Borja, em Vacaria e em São Luiz Gonzaga

(Tabela 1). Não foram evidenciadas diferenças apenas em Eldo-

rado do Sul e em Cachoeira do Sul. Na análise conjunta, cons-

tatou-se que a cultivar BRS 137 teve rendimento de grãos se-

melhante ao das cultivares BRS 138, BRS 205, CD 203 e BRS

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

rendimento médio de grãos dos ensaios, nesta safra, foi baixo

em praticamente todos os locais, em razão da estiagem ocorrida

no estado durante o período de cultivo dc soja. Apenas em Pas-

so Fundo e em Inhacorá o rendimento médio foi superior a três

mil quilos por hectare. Em São Luiz Gonzaga foi de apenas

1.044 kg/ha. A interação de cultivares x locais foi significativa,

ao nível de 1% de probabilidade.

As diferenças entre o rendimento de grãos obtido com as culti-

vares de ciclo médio não foram significativas, ao nível de 5% de

probabilidade; apenas em Passo Fundo e em Cachoeira do Sul

(Tabela 2). A análise conjunta detectou diferenças significativas

entre o rendimento de grãos das 11 cultivares, destacando-se como as mais produtivas BRS 153, BRS 154, Bragg, Fundacep

39, IAS 4 e Embrapa 59. Entre os locais, o rendimento médio de grãos mais elevado foi obtido em Passo Fundo, com 3.396

kg/ha. O menor foi obtido em São Luiz Gonzaga, com 1.447

kg/ha. Como foi observado na análise conjunta das cultivares

de ciclos precoce e semiprecoce, a interação cultivares x locais,

na análise das cultivares de ciclo médio, também foi altamente significativa (Tabela 2).

Nos ensaios com as cultivares de ciclos semitardio e tardio, foi

constatada diferença significativa, ao nível de 5 %, apenas em

Cruz Alta, em Santo Augusto, em Cachoeira do Sul e em São

Luiz Gonzaga (Tabela 3). Na análise conjunta, não foi consta-

tada diferença significativa entre as cinco cultivares estudadas.

O rendimento médio de grãos do experimento, nos dez locais,

evidenciou que as cultivares de ciclos semitardio e tardio foram

menos prejudicadas pela estiagem que as de ciclos precoce, se-

miprecoce e médio, embora tenha sido inferior aos que se ob-

têmem anos de precipitação pluvial normal. Como nos demais

118 1 Bonato, E.R. et aL

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-- Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

ciclos, a interação cultivares x locais também foi significativa, ao nível de 1% de probabilidade.

O desempenho das cultivares quanto a outras características agronômicas, como ciclos da emergência à floração e da emer-

gência à maturação, altura de planta e de inserção de vagens

inferiores, acamamento de planta, retenção foliar, aspecto de

grãos e tamanho de semente, pode ser avaliado pelos resultados

apresentados nas tabelas 4, 5 e 6. Os dados coletados em cada

local mostraram que houve limitação quanto ao desenvolvi-

mento vegetativo, constatado pelo porte reduzido de plantas e pela baixa inserção de vagens inferiores, em todos os ciclos,

especialmente em Júlio de Castilhos, em Santo Augusto, em Inhacorá, em São Luiz Gonzaga e em São Borja.

Cjultivares-RS 119

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

REAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA À PODRIDÃO PARDA DA HASTE

Emídio Rizzo Bonato, Leila Maria Costamilan e

Paulo Fernando Bertagnolli

Introduçáo

A resistência à podridão parda da haste, causada por Phialopho-ra gregata, tornou-se, desde 1991, característica indispensável nas cultivares de soja lançadas pela Embrapa Trigo para o mer-

cado do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do sul do Pa-

raná. No início da década de 1990, foram registrados, no Rio

Grande do Sul, danos consideráveis resultantes da incidência

generalizada dessa doença em cultivares suscetíveis, cultivadas na época.

Método

No programa de melhoramento, a avaliação da reação à podri-

dão parda da haste inicia na fase de progênies de plantas indi-viduais e continua até o lançamento da nova cultivar.

Na safra 200 1/02, foi avaliada a reação à podridão parda da

haste de linhagens de soja dos ensaios preliminares de primeiro

ano, dos ensaios preliminares de segundo ano e dos ensaios de

126 Bonato, E. a aL

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

VCU para os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo, bem como pata o sul de Mato Gros-so do Sul. O estudo foi realizado no campo experimental da Embrapa Trigo, localizado no município de Coxilha, ES, em solo com elevada infestação natural de P. gregata. As progênies e as linhagens dos ensaios preliminares de primeiro ano foram avaliadas em uma repetição, e as dos preliminares de segundo ano e dos ensaios de VCU, em duas repetições. As parcelas ex-perimentais foram formadas por duas fileiras de 2,5 m de com-primento, espaçadas 0,5 m. A cada grupo de 30 genótipos, foram repetidas as testemunhas suscetíveis IAS 5 (de ciclo pre-coce), BR-4 (de ciclo médio) e Cobb (de ciclo tardio).

Avaliações visuais de plantas com sintomas da doença nas fo-lhas foram realizadas semanalmente, durante os estádios de desenvolvimento R5 a 117. Para classificação da reação, usou-se a seguinte escala, baseada na percentagem de plantas com sin-tomas: O a 5% = resistente (R); 6 a 25% = moderadamente resistente (MR); 26 a 55% = moderadamente suscetível (MS); 56 a 85% = suscetível (S); 86 a 100% = altamente suscetível

(AS).

Resultados

No ano agrícola de 200 1/02, como verificado na safra 1999/00, a ocorrência da podridão parda da haste de soja foi substanci-almente menor do que em anos anteriores. Mesmo assim, foi possível detectar genótipos suscetíves, embora não possa ser

Reação à podridão parda da haste 127

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

descartada a possibilidade de ter ocorrido maior percentagem

de escapes que em avaliações realizadas em safras anteriores.

Das 761 linhagens dos ensaios preliminares de primeiro ano,

apenas 36 não foram resistentes. Já entre 151 linhagens que

compuseram os ensaios preliminares de segundo ano, 147 fo-ram resistentes.

Das 67 linhagens que foram avaliadas nos ensaios de VCU,

levando-se em consideração as reações observadas nas safras de 1999/00, 2000/01 e 2001/02, apenas não se comportaram como resistentes BR 97-20966, que foi moderadamente resis-

tente, PF 98 1429, que apresentou-se como moderadamente

suscetível, e PF 97 1654, que foi altamente suscetível (Tabela 1).

128 Bonato, E.!?. et al.

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resultados de bescuisa 2001-2002

Tabela 1. Reação das Linhagens de soja dos ensaios de VCU à podridão parda da haste, em Coxilha, RS, na safra de 200 1/02. Embrapa Trigo, Passo Fundo, R.S, 2002.

Plantas com sintomas foliares (%) Ciclo/Linhagem

1999/00 2000/0 1 200 1/02 Reaçao

Precoce

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PF97 1220 O O O R PF971453 O O O R PF981090 O O O R PF981093 O O O R PF981095 O O O R PF981171 O O O R PF981239 O O O R PF 98 1429 40 30 30 MS PF991243 O O O R PF991305 O O O R PF991312 O O O R PF991332 O O O R PF99 1350 O O O R PF991012 O O O R PF991128 O O O R

Continua...

Reação à podridão parda da haste 129

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resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Plantas com sintomas foliares (%) Ciclo/Linhagem

1999/00 2000/01 2001/02 -

Reaçao

Médio BR97-20155 O O O R PF961324 O O O R

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PF991260 O O O R

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PF991285 O O O R

PF991295 O O O R

PF991317 O O O R PF991326 O O O R

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PF991387 O O O R Continua...

130 Bonato, E.R. e: ai.

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resultados de Pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Plantas com sintomas foliares (%) Reação Ciclo/Linhagem

1999/00 2000/01 2001/02

PF991391 0 O 0 R PF991392 0 O O R

Tardio BR97-19829 O O O R BR97-20313 O O O R PF981015 O O O R PF981079 O O O R PF981238 O O O R PF981269 O O O R PF981317 O O O R PF981343 O O O R PF981352 O O O R PF981376 O O O R PF981399 O O O R PF981403 O O O R PF991045 O O O R PF99 1077 O O O R PF991080 O O O R PF991081 O O O R PF991087 O O O R PF991145 O O O R PF991324 O O O R

Reação à podridão parda da haste 131

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resultados de Pesanisa 2001-2002

AVALIAÇÃO DE RESISTÊNCIA DE

LINHAGENS DE SOJA A CANCRO DA HASTE,

EM 2001

Leila Maria Coscamilan, Emídio Rizzo Bonato e

Paulo Fernando Bertagnoili

Introdução

Cancro da haste, causado por Diaporthe phaseolorurn f. sp. me-

ridionalis, foi das doenças de soja mais destrutivas já registradas

no Brasil, predominando no início da década de 90. Atual-

mente, com o lançamento de cultivares resistentes, está prati-

camente sob controle. Entretanto, ainda é registrada a ocorrên-

cia, especialmente em cultivares mais antigas, o que indica que

há inóculo do patógeno em regiões produtoras. Assim, justi-

fica-se o trabalho contínuo de avaliação de linhagens de soja,

visando ao lançamento de novas cultivares com resistência a

essa doença.

Este trabalho relata resultados de avaliação da reação de lin-

hagens de soja, desenvolvidas pela Embrapa Trigo, quando

infectadas artificialmente com o patógeno causador do cancro

da haste.

132 Costamilan, L.M. etai'.

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resultados de Pesauisa 2001-2002

Método

Os testes foram realizados na Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, no período de maio a dezembro de 2001, empregando-se a técnica do palito de dente colonizado pelo patógeno. Cada ge-nótipo de soja foi semeado em vaso com capacidade para 2 kg de solo, colocando-se 12 a 15 sementes por vaso, que foram mantidos em ambiente de casa de vegetação. A temperatura, nesse ambiente, variou entre 10 °C e 35 °C. A preparação do inóculo de Phomopsis phaseoli Li sp. meridionalis (forma imperfei-ta, ou anamórfica, de D. phaseolorum f. sp. meridionalis, forma-dora de micélio) foi iniciada no dia da semeadura, ou seja, treze a quinze dias antes da data da inoculação, com repicagem de discos de micélio do patógeno de placas matrizes armazenadas ptra placas com meio BDA (batata-dextrose-ágar), acrescido de 300 ppm/l de sulfato de estreptomicina. Após seis dias, as co-lônias desenvolvidas foram cortadas em discos de 4 mm de di-âmetro, e cinco discos foram repicados para cada placa previa-mente esterilizada e preparada com pontas de palitos de dentes montadas em disco de papel sulfite, com meio BDA. Essas pla-cas foram mantidas em incubadora, a 25 ± 3 °C, durante, aproximadamente, seis dias, até a colonização da extremidade do palito de dente pelo fungo. Inoculou-se o patógeno nas plantas 13 a 15 dias após semeadura, ou seja, durante a expan-são da primeira folha trifoliolada, mediante inserção de ponta de palito de dente colonizada pelo patógeno no hipocótio de cada planta, aproximadamente 1 cm abaixo do nó cotiledonar. A cultivar Cobb foi usada como testemunha suscetível. Após esse processo, o ambiente foi saturado com umidade por meio de nebulização de água por 10 minutos, e durante 30 segundos a cada 30 minutos, durante as 72 horas seguintes.

Resistência a cancro da haste 133

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

A avaliação ocorreu entre quinze e vinte dias após cessar a ne-bulização e consistiu na contagem do número de plantas mor-tas e de plantas com sintomas da doença (murcha e/ou clorose foliar). Os resultados foram expressos em porcentagem. Consi-deraram-se valor "1,0" para planta morta e valor "0,5" para planta murcha e/ou clorótica. Usou-se a seguinte escala de clas-sificação da reação: O a 25% de plantas com sintomas = resis-tente (R); 26 a 50% = moderadamente resistente (MR); 51 a 75% = moderadamente suscetível (MS); 76 a 90% = suscetí-vel (5); 91 a 100% = altamente suscetível (AS). Em razão de os testes terem sido realizados com, no máximo, 15 plantas por genótipo, as linhagens consideradas resistentes foram submeti-das, novamente, ao teste.

Resultados

Foram avaliados 1.311 genótipos, com origens em diversos cruzamentos. A classificação quanto à reação foi a seguinte: 68% dos genótipos foram resistentes, 14% foram moderada-mente resistentes, 7% foram moderadamente suscetíveis, 2%

foram suscetíveis e 9% foram altamente suscetíveis.

Dos materiais resistentes no ano anterior, foram retestados 355

genótipos. Desses, 87% foram resistentes, 9% foram modera-

damente resistentes, 3% foram moderadamente suscetíveis e 0,6% foram suscetíveis. Não houve genótipos altamente susce-

tíveis,

134 Costamilan, L.M. et aI.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Para fins de seleção, foram mantidos no programa de melho-ramento genótipos que apresentaram até 15% de suscetibilida-de. Esses genótipos serão retestados em 2002.

Resistência a cancro Li haste 135

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002 -

OÍDIO DE SOJA AVALIAÇÃO DE SEVERIDADE EM GENÓTIPOS

NA SAFRA 200 1/2002

LeUa Maria Costamilan, Paulo Fernando Bertagnoili e

Emídio Rizzo Bonato

Introdução

O uso de cultivares de soja com resistência genética é um meio eficiente de controle de oídio, causado por Microsphaera difusa. Este trabalho teve como objetivo avaliar a severidade de oídio em genótipos de soja componentes dos ensaios preliminares de segundo ano e de VCU (valor de cultivo e uso) e em cultivares registradas para cultivo no estado do Rio Grande do Sul, em condições naturais de ocorrência da doença em campo, na safra 200 1/2002.

Método

Os genótipos de soja foram semeados em 9 e 10/11/2001, sob sistema plantio direto, no campo experimental da Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso, com três repetições nos ensaios preliminares de segundo ano e no de cultivares registradas para cultivo no

136 Costamilan, L.M. a aL

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resultados de fresquisa 2001-2002

Rio Grande do Sul e com quatro repetições nos ensaios de VCU. Cada parcela foi composta de quatro fileiras de cinco

metros, espaçadas 0,5 m.

A avaliação de severidade de oídio foi realizada em março de

2002, em uma repetição, em campo, estimando-se a percenta-

gem de área foliar coberta pelo micélio do fungo, em relação à

área foliar total, em plantas de bordadura (local favorável ao máximo desenvolvimento da doença) e do interior da parcela.

Os estádios de desenvolvimento de soja variaram entre 115.1 e R53, dependendo do ciclo do genótipo. Para classificação,

usou-se a seguinte escala de severidade: resistente (de O a 10%

da área foliar coberta por micélio), moderadamente resistente

(de 11% a 20%), moderadamente suscetível (de 21% a 40%),

suscetível (de 41% a 60%) e altamente suscetível (acima de

60%). Como testemunhas, foram usadas cultivares específicas

de cada ciclo.

Resultados

Nos ensaios preliminares de segundo ano P1, P2 e P3 (Tabela

1), entre as linhagens de ciclo precoce, a severidade de oídio não foi elevada, como pode ser observado na nota de severidade

da testemunha suscetível, a cultivar CD 201, que apresentou

severidade máxima de 40% em plantas de bordadura. De 60

linhagens de ciclo precoce avaliadas, 62% foram consideradas resistentes e 12% foram consideradas moderadamente resis-

tentes. Os genótipos PF 00 1311, PF 00 1334, PF 00 1339,

PFOO 1369, PF 00 1389, PF 00 1396, PF 00 1401,

Avaliação oídio 137

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

PF 00 1407, PF 00 1432 e PF 00 1450 apresentaram reação de suscetibilidade (suscetíveis ou moderadamente suscetíveis), tanto na bordadura quanto no interior da parcela. Consideran-dQ-se apenas as plantas de bordadura, são também incluídos, como moderadamente suscetíveis ou suscetíveis, PF 00 1017, PE 00 1143, PF 00 1160, PFOO 1187, PF 00 1190, PFOO 1192, PF 00 1201, PFOO 1209, PF 00 1219, PF 00 1346, PF 00 1376 e PF 00 1434.

De ciclo médio, nos ensaios MI e M2, do total de 71 linhagens avaliadas, 63% foram resistentes e 17% foram moderadamente resistentes. Apresentaram suscetibilidade (moderadamente sus-cetíveis ou suscetíveis) as linhagens PF 00 1070, PF 00 1170, PF 00 1265, PF 00 1316, PF 00 1487 e PF 00 1500. Conside-rando-se apenas as plantas de bordadura, são também incluídos como suscetíveis PF 00 1134, PFOO 1156, PF 00 1225, PF 00 1296, PF 00 1303, PF 00 1460, PF 00 1462 e PF 00 1483. Em três genótipos, PF 00 1208, PF 00 1214 e PF 00 1294, houve maior severidade de oídio no interior da parcela que na bordadura, porém não excedendo a 30%. A testemunha suscetível, RS 7-Jacuí, apresentou índice de 60% de severidade de oídio.

De ciclo tardio, foram avaliadas 20 linhagens, das quais 60% foram resistentes e 20% moderadamente resistentes. Nenhum genótipo foi suscetível, tanto em plantas de bordadura quanto nas do interior da parcela. Se forem consideradas somente as plantas da bordadura da parcela, foram moderadamente susce-tíveis PF'OO 1034, PF 00 1035, PF 00 1060 e PF 00 1212. Nesse ensaio, a severidade de oídio na cultivar testemunha F,e-pagro-RS 10 também foi baixa, da ordem de 30%.

138 Costamilan, L.M. etal.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Dos ensaios de VCU (Tabela 2), de ciclo precoce, foi classifica-da corno moderadamente suscetível apenas a linhagem PF 94 1526, e, se forem consideradas apenas as plantas da bor-dadura, também as linhagens BR 97 20966, BR 97 21192, PF98 1090, PF 98 1171 e PF 99 1128. A linhagem PF 97 1453 foi suscetível apenas em plantas de bordadura. De ciclo médio, apenas o genótipo PF 99 1157 foi suscetível na bordadura e moderadamente suscetível no interior da parcela e, somente na bordadura, foram moderadamente suscetíveis BR97 19756, PF 96 1324, PF 98 1324, PF99 1225, PF 99 1268, PF 99 1328 e PF 99 1382. Quanto aos ciclos se-mitardio e tardio, PF 98 1269, PF 99 1087 e PF 99 1145 fo-ram moderadamente suscetíveis apenas em plantas na borda-dura da parcela.

Entre as cultivares registradas (Tabela 3), de ciclo precoce, fo-ram resistentes BRS 137, BRS 138, BRS 205, BRS 211, CD 201 e CD 203, e, somente no interior da parcela, BR-16 e IAS 5. Foi suscetível Ocepar 14. De ciclo médio, destacaram-se como resistentes Bragg, BRS 66, BRS 153, BRS 154, Embrapa 59, Fundacep 33, Fundacep 38, Fundacep 39 e IAS 4. A culti-var BR-4 foi suscetível na bordadura e moderadamente suscetí-vel no interior da parcela. RS 7-Jacuí foi moderadamente sus-cetível. Entre as cultivares de ciclos semitardio e tardio, foram resistentes CD 205, Cobb e Fepagro-RS 16. Apenas RS 9-Itaúba foi moderadamente resistente no interior da parcela, enquanto Fepagro-RS 10 foi moderadamente suscetível.

Quando se comparam resultados de safras anteriores com os resultados desta safra, nas condições de Passo Fundo, seja de plantas de bordadura ou do interior da parcela, constata-se que, dos ensaios de VCU, permaneceram com reação de resis-

Avaliação oídio 139

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

tência os genótipos de ciclo precoce PF 97 1026, PF 97 1220, PF98 1095, PF99 1243, PF 99 1305, PF 99 1312, PF 99 1332 e PF 99 1350, de ciclo médio PE 97 1663, PF98 1182, PF 98 1217, PF 98 1318, PF 98 1395, PF99 1247, PF99 1248, PF 99 1249, PF 99 1317, PF 99 1387 e PF 99 1391 e, de ciclo tardio, PF 98 1079, PF98 1238, PP98 1343, PF98 1376, PF98 1399, PF 98 1403, PF 99 1080, PF 99 1081 e PF 99 1324. Entre as cultivares registradas para cultivo no Rio Grande do Sul, per-maneceram resistentes CD 203, BBS 137, BBS 205, BBS 211, Bragg, BBS 153, BRS 154, Embrapa 59, Fundacep 33, Funda-cep 38, Fundacep 39, CD 205, Cobb e Fepagro-RS ló.

Os genótipos devem ser avaliados durante vários anos, em virtude da à variabilidade observada na reação durante as últi-mas safras de soja. Além disso, na safra 200 1/2002, não houve desenvolvimento severo de oídio nas parcelas analisadas. Da mesma forma, observa-se que a severidade de oídio vem de-caindo ano após ano, seja por condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença, seja pelo maior uso de cultiva-res resistentes ou de aplicações de controle químico.

140 Coaamilan, L.M. a ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Severidade de oídio em linhagens de soja do ensaio preliminar de segundo ano, na safra 20001/2002. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2002.

Ciclo Genótipo Oídio (%)*

Borda- Interior dura

Precoce - PF 00 1017 30 20

P1 PFOO 1036 tra O

PF 00 1037 10 tr

PFOO 1051 tr tr

PF 00 1072 rr tr

PF 00 1080 tr O

PF 00 1094 tr O

PF 00 1095 10 O

PF 00 1099 10 tr

PFOO 1101 10 tr

PFOO11OÓ tr O

PFOO 1109 tr O

PFOO1114 tr O

PFOO1I19 10 tr

PFOO112O 10 tr

PFOO 1125 20 10

PF001127 10 10

PF001139 tr O

PFOO 1143 20 10

Continua...

Avaliação oídio 141

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda- Interior

dura

PF001157 10 tr

Precoce - PF 00 1160 20 20 P2 PFOO 1161 10 tr

PFOO 1162 tr O PF001163 tr 10 PF001169 10 tr PFOO 1185 10 10 PFOO 1187 30 20 PFOO119O 20 tr PF00 1201 30 10 PFOO 1203 rr O PF 00 1209 20 10 PFOO 1219 40 20 PF 00 1222 10 10 PFOO 1224 10 O PFOO 1229 10 10 PFOO 1233 10 10 PFOO 1305 10 tr PF 00 1307 tr tr PFOO 1311 50 50

Precoce - PF 00 1317 tr O P3 PF 00 1334 50 50

PF 00 1339 60 50 PFOO 1342 tr O PF 00 1346 20 20

Continua...

142 Costamilan, L.M. eta1.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda- Interior

dura PF001351 10 10 PF 00 1357 tr tr PFOO 1360 10 tr PF 00 1364 tr tr PF00 1369 30 30 PFOO 1376 40 20 PF 00 1383 tr tr PF 00 1389 50 40 PFOO 1396 60 30 PF 00 1401 50 30 PF 00 1407 50 40 PF 00 1432 30 30 PF 00 1434 20 20 PE 00 1445 10 tr PF 00 1450 60 30 IAS 5 (rest.) 30 20 CD 201 (test.) 40 40

Médio— PFOO 1018 10 tr MI PFOO 1023 10 O

PF001029 O O PF001338 tr O PF 00 1039 tr O PF 00 1040 20 tr PF 00 1048 tr O PF 00 1063 10 tr

Continua...

Avaliação oídio 143

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda- Interior

dura

PF 00 1069 20 tr PF001128 10 tr PFOO1131 tr O PFOO 1134 30 tr PF001154 - O PF001156 30 tr PFOO11Ó8 20 tr PFOO 1455 10 tr PF 00 1469 20 20 PF 00 1478 10 10 PF 00 1483 30 10 PFOO 1500 50 30

Médio - PF 00 1170 50 30 M2 PF001173 10 rr

PF001175 10 tr PFOO117Ó PF001177 O O PFOO 1179 tr O PF001183 10 tr PF001189 tr O PFOO 1211 O O PFOO 1213 10 O PF 00 1225 30 tr

PFOO 1232 10 O

Continua...

144 Cossamilan, L.M. ei ai.

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resultados de Pesauisd 200 1-2002

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda- Interior

dura

PF 00 1240 O O PFOO 1242 O O PF 00 1243 O O PF001246 10 O PF 00 1252 20 10

Mëdio - PF 00 1208 10 20 M3 PF'OO 1214 20 30

PFOO 1220 tr tr PF 00 1223 10 tr PE 00 1228 O O PFOO 1231 tr tr PFOO 1234 tr 10 FF00 1235 20 10 PF 00 1253 tr tr PF 00 1254 tr O PF 00 1255 tr tr FF001256 10 O PFOO 1265 30 30 PF 00 1282 Tr rr PF 00 1293 10 O PF 00 1294 10 20 PFOO 1296 30 20 PF 00 1299 20 20

Continua...

Avaliação oídio 145

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resid:adús de Pesazusa 2001-2002

Tabela 1. Continuação

Ciclo Genótipo Oídio (%)*

Borda- Interior dura

Médio - PF 00 1070 30 30 M4 PF 00 1303 30 20

PF 00 1306 10 tr PF 00 1308 20 10 PF 00 1322 20 20 PF 00 1350 ir O PF 00 1353 10 10 PFOO 1386 tr tr PF 00 1420 20 10 PF 00 1451 tr ir PF 00 1460 30 20 PF 00 1462 40 O PF 00 1487 40 30 PFOO 1498 20 10 BRS66 20 10 RS 7-Jacui 60 40

Tardio - PF 00 1022 10 tr Ti PF 00 1034 30 10

PF 00 1035 40 20 PF 00 1047 10 O PF 00 1060 30 ir PE 00 1093 10 O PF 00 1098 10 ir PF001135 10 ir PF001149 O O PFOO 1153 ir O

Continua...

146 conamilan, L.M. eS ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genócipo Borda- Interior

dura

PFOO 1158 20 10

PF001159 20 10

PF001184 O O

PF 00 1186 10 0

PFOO 1188 20 rr

PFOO 1199 10 10

PFOO 1212 30 10

PF 00 1248 er tr

PFOO 1249 er O

PF 00 1459 20 tr

M-Soy 7501 (tesc) 10 10

Fepagro-RS 10 (test.) 30 20

Ciclo precoce, estádio R5.3; ciclo médio, estádio R5.2; ciclos semitardio e tardio, estádio R5. 1. * percentagem de área foliar coberta por micélio de oídio em plantas de

bordadura e do interior da parcela. traços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio).

Avaliação oídio 147

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 2. Severidade de oídio em linhagens de soja dos ensaios de VCU, na safra 2001/2002. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2002.

Oídio (%)*

Ciclo Genótipo Borda- Interior Maior dura nota

anterior

Precoce— BR97 20966 20 10 10 VCUIeII BR9721192 20 10 50

PF94 1526 30 20 -

PF 97 1026 trh tr 0

PF97 1220 10 O O

PF 97 1453 50 10 O

PF9S 1090 40 10 20

PF98 1093 10 10 40

PF98 1095 tr tr 5

PF9S 1171 20 10 50

PF9S 1239 10 10 50

PF9S 1429 10 10 60

PF99 1012 10 10 -

PF991128 20 10 -

PF99 1243 10 10 5

PF99 1305 10 tr 10

PF99 1312 10 tr 5

PF 99 1332 tr tr 5

PF 99 1350 10 tr 5

IAS 5 (test.) 20 10 tr

CD 201 (test.) 30 20 60

Médio— PF99 1157 60 30 50 VCU 1 PF 99 1222 20 10 a

Continua...

148 Costarnilan, L.M. et aí

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resultados de Pesquisa 2001-2002

Tabela 2. Continuação.

Oídio (%)*

Ciclo Genótipo Borda- Interior Maior dura nota

anrerior

PF 99 1225 30 20 10

PF99 1247 10 10 rr

PF 99 1248 10 10 tr

PF99 1249 tr tr O

PF 99 1260 20 10 tr

PF99 1268 30 10 O

PF99 1275 20 20 5

PF99 1285 20 10 O

PF 99 1295 20 10 5

PF991317 10 rr O

PF99 1326 20 10 5

PF 99 1328 40 10 10

PF99 1382 30 20 10

PF 99 1387 10 rr 10

PF99 1391 10 tr 5

PF99 1392 20 tr 10

Médio— BR97 19756 40 20 10

VCUII BR9720155 20 10 5

PF96 1324 30 20 O

PF 97 1450 20 10 5

PF97 1654 10 10 20

PF 97 1663 10 tr 5

PF98 1081 20 tr O

Continua...

Avaliação oídio 149

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 2. Continuação

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda- Interior Maior

dura nota anterior'

PF98 1182 tr O O PF98 1217 10 O O PF98 1318 tr tr 10

PF98 1324 30 10 O

PF 98 1395 10 10 10

PF99 1077 10 10 20

BRS 66 (test.) 20 10 10 RS 7-Jacuí (test.) 50 50 70

Tardio— BR97 19829 10 10 20 VCUIcII BR9720313 10 10 30

PF98 1015 20 10 10

PF98 1079 10 tr O

PF98 1269 30 10 O

PF98 1317 O O 20

PF98 1343 10 tr O PF98 1352 20 10 10

PF98 1376 tr tr 10

PF98 1399 tr tr O

PF981403 0 tr 5 PF98 1238 10 tr 5 PF 99 1045 20 tr 20

PF99 1080 10 tr O

PF99 1081 Tr O O

Continua...

150 Cossamilan, LA!. etal.

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Soja. resultados de pesquira 2001-2002

Tabela 2. Continuação.

Oídio (%)*

Ciclo Genótipo Borda- Interior Maior dura nota

anterio?

PE 99 1087 30 tr O

PF99 1145 30 10 5

PF991324 Tr O O

M-Soy 7501 (test.) 40 20 -

Fepagro-RS 10 (test.) 70 30 20 Ciclo precoce, estádio R5.3; ciclo médio, esrádio R5.2; ciclos semitardio e tardio, estádio R5.t. * percentagem dc área foliar coberta por micétio de oídio em plantas de bordadura e do Interior da parcela. avaliação no interior da parcela rrnçns (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio).

Avaliação oídio 151

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 3. Severidade de oídio em cultivares de soja em cultivo no Rio

Grande do Sul. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2002.

Oídio (%)*

Ciclo Cultivar Borda- Interior Maior dura nota

anterior

Precoce BR-16 30 20 80 (est. 115.3) BRS 137 tr O 0

BRS 138 20 10 lo BRS 205 10 tr 10 BRS2I1 10 tr O CD 201 20 10 80 CD 203 10 Ér O IAS5 30 10 30 Ocepar 14 30 30 50

Médio BR-4 50 30 40 (est. 115.2) Bragg tr tr O

BRS 153 tr tr O BR5I54 10 tr 5 BRSÓÓ 20 tr 10 Embrapa 59 O O O Fundacep 33 10 0 O Fundacep38 10 5 O Fundacep39 10 O O IAS4 10 10 20 RS 7-Jacuí 40 30 50

Semitardio CD 205 10 5 O e Tardio Cobb tr O O (est. R5.1) Fepagro-RS 10 40 30 5

Fepagro-RS ló 10 5 O RS 9-Itaúha 30 20 10

* percentagem de área foliar coberta por n,icélio de oídio

ava!iaçào em anos anreriores, no interior da parcela.

152 Costamilan, L.M. ei ai

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE SOJA, DA EMBRAPA AO NEMATÓIDE DE GALHA

Meloidogynejavaníca, NO RIO GRANDE DO SUL

Paulo Fernando Bertagnoili, Emfdio Rizzo Bonato,

Sérgio Schneider e João Flávio Veiloso

Introdução

A prática do cultivo de soja sem rotação de culturas, ano após ano, leva ao aparecimento, em escala epidêmica, de alguns problemas fitossanitários, comprometendo a produtividade. Entre esses problemas, destacam-se, em algumas regiões do Rio Grande do Sul, principalmente nas Missões, no município dc Santa Rosa, os causados por nematóides do gênero Meloido-gyne spp., formadores de galhas nas raízes. Este trabalho teve objetivo de avaliar genótipos de soja quanto à tolerância gené- tica a Meloidogynejavanica.

Método

O experimento para avaliação da resposta de linhagens de soja

a M. javanica foi conduzido em Santo Cristo, RS, em condições

naturais de infestação. Foram avaliados 203 genótipos, e, des-

tes, dois foram testemunhas tolerantes [CD 201 e MG/BR 46

(Conquista)] e dois foram testemunhas suscetíveis (BBS 133 e

Embrapa 20). As 199 linhagens testadas são oriundas dos pro-

Avaliação nematáiae de galha 153

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resultados de pesquisa 2001-2002

gramas de melhoramento da Embrapa Agropecuária Oeste, da

Embrapa Arroz e Feijão, da Embrapa Cerrados, da Embrapa

Milho e Sorgo, da Embrapa Soja, da Embrapa Soja/Empaer e da Embrapa Trigo.

Os mesmos genótipos foram avaliados em outros locais do Bra-sil para M. jananica e para M. incognüa, outro nematóide for-

mador de galhas. O experimento, conduzido em blocos ao aca-so, constou de oito repetições, em sistema de covas espaçadas

1,00 m x 0,50 m, com semeadura de 10 sementes por cova. Na avaliação, foi usada a escala sugerida por Taylor & Sasser

(1978), com notas de O a 5, para agrupar os genótipos, em que

O = imune; 1 = com uma ou duas galhas e sistema radicular

normal; 2 = com poucas galhas pequenas e sistema radicular

bem desenvolvido; 3 = com galhas pequenas e sistema radi-

cular pouco prejudicado; 4 = com muitas galhas e sistema ra-

dicular prejudicado; e 5 = raízes totalmente tomadas por ga-

lhas. A classificação da reação de genótipos foi baseada na nota

média das oito repetições. Foram considerados tolerantes (T)

genótipos que receberam nota até 2,0, moderadamente tole-

rantes (MT) genótipos que obtiveram notas de 2,1 até 3,0 e suscetíveis (5) os que alcançaram nota superior a 3,0.

Resultados

Vinte e três linhagens, além da testemunha CD 201, apresen-

taram nota média até 2,0, sendo, portanto, classificadas como

T (Tabela 1): PF 01 1729, BR98 17706, PF 00 1432,

PF 00 1434, BR 97 20798, BR 98 17401, BR 98 17840,

154 Bertagnoili, P. P. et ai.

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imi/tados de 1'escquisa 2001-2002

BR98 16890, BR98 17205, PF01 1755, BR 99 11686, BR99 21216, BR96 25337HA, BR98 16898, GOBR93 9960, PF 01 1648, BR9616294, BR9721251, BR 99 10823, BR97 21247, BR98 17655, BR 98 24067, BR 98 24186 e CD 201. A cultivar testemunha CD 201, com nota média de 2,0, destacou-se em relação à outra cultivar testemunha, MG/BR 46 (Conquista), a qual recebeu nota média de 2,4, ambas usadas corno padrão de resistência. Além de MG/BR 46 (Conquista), outros 89 genótipos foram classificados como MT. Os 87 genótipos restantes, juntamente com as testemunhas suscetíveis, foram considerados S.

Referência Bibliográfica

TAYLOR, A. L. SASSER, J. N. Biology, identification, and con-trol of root-koot nernatodes (Meloidogyne species). Raleigh: North Carolina State University - Department of Plant Patholo-gy1USAID, 1978. ilip.

A val:açào nerna:óide de gaita 155

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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156 Benagnoili, P. F. a ai.

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resultados de hesa,iisa 2001-2002

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Avaliação nematóide de galha 157

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resultados de besaitisa 2001-2002

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158 Bertagnoili, P.P. ei ai.

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resultados de Pesquisa 200 1-2002

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE SOJA RESISTENTES AO NEMATÓIDE DE CISTO

(Heterodera glycines)

Paulo Fernando Benagnolli, Leda Maria Costamilan,

Emídio Rizzo Bonato e Caroline de Lima Wesp

Introdução

A soja é das principais culturas de verão no Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 3.000.000 hectares a cada ano agrícola. Juntamente com o cultivo dessa leguminosa, cresceram os pro-blemas que comprometem a manutenção ou o aumento da produtividade da cultura. Entre esses, o nematóide de cisto da soja (NCS) é grande ameaça em diversas partes do Brasil, inclu-sive na região das Missões do RS (Dias et ai., 2000).

Através do melhoramento genético de plantas de soja, buscam-se cultivares capazes de resistir aos danos causados pelo NCS, ou tolerá-los, viabiizando nível satisfatório de produção de grãos. Conforme Nihlack (1999), a presença de H. glydnes ca-racteriza-se pelo aparecimento, em reboleiras, de plantas ra-quíticas, de baixo vigor, apresentando aborto de flores e de vagens. A maior intensidade dos sintomas depende da mçnor fertilidade do solo e da maior população de NCS existente na área.

O uso de cultivares de soja resistentes é um dos meios mais eficientes e econômicos de controle de nematóides. Este traba-

Seleção ao nematóide de cisto 159

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resultados de pesauisa 2001-2002

lho teve por objetivos avaliar e selecionar genótipos de soja

resistentes ao NCS, raça 3.

Método

O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Embra-

pa Trigo, município de Passo Fundo, RS, no período de janeiro

a maio de 2002. Foram avaliados 243 genótipos, oriundos de

diversos cruzamentos, tendo-se como testemunha suscetível a cultivar Lee. As linhagens foram divididas em dez lotes, em

delineamento completamente casualizado, com quatro repeti-

ções por tratamento.

Para avaliação da resistência, as linhagens foram semeadas em

bandejas contendo areia e, após seis dias, realizou-se o trans-

plante de plântulas para vasos de cerâmica com 7,5 cm de diâ-metro, tendo-se como substrato mistura de duas partes de areia

e uma de terra.

Para manutenção e multiplicação do NCS, usou-se a cultivar

suscetível Lee. O inóculo foi obtido pela lavagem de raízes das

plantas multiplicadoras, passando-se por peneiras de 25 e 100

mesh, nas quais as fêmeas eram retidas. À base da peneira de

100 mesh, acoplou-se uma peneira de 500 mesh, para retenção de ovos. As fêmeas firam maceradas para rompimento e libera-

ção de ovos. Em cada repetição, tanto da testemunha suscetível

Lee quanto das linhagens testadas, usou-se uma solução padrão

de 4.000 mi/planta. Trinta dias após a inoculação, realizou-se a

avaliação dos genótipos, em que as raízes de cada planta foram

160 Berragnoili, P.F. etai.

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resultados de pesquiça 2001-2002

lavadas sob jato forte de água, vertendo-se o volume recolhido em peneiras de 25 mesh e 60 mesh.

As fêmeas existentes na testemunha (Lee) foram quantificadas,

para comparação com o número de fêmeas presentes nas raízes de cada genótipo. A caracterização de resistente ou suscetível

deu-se em função da quantidade de fêmeas, comparadas com

Lee. Foram considerados suscetíveis todos genótipos com

quantidade de cistos igual ou superior a 10% do número en-

contrado na testemunha e resistentes todos os genótipos com quantidades inferiores a 10%.

Resultados

Houve ampla variação no número médio de fêmeas de NCS (50 a 293 fêmeas) obtidas na cultivar testemunha Lee, nos dife rentes testes efetuados.

Todas as linhagens testadas eram oriundas de cruzamentos com, no mínimo, um genitor com resistência à raça 3 de NCS,

porém de diversas dessas comhinações.não se obtiveram linha-gens com resistência (Tabela 1).

Foram selecionadas, como resistentes homogêneas, as linhagens

PF 011449 e PF 011473, do cruzamento PF 93263 x Leflore; PF 011757 (FT 903392 x Epps); PF 011727 (PF 941929 x D

82-2896); PF 011213 (PF 93344 x (Stonewall x Hartwig)); PF 011277 (PF93297 x D 82-2896); PF 011614 (Hartwig x

(BRS 66 x Stonewall); PF 011336, PF 011337 e PF011338

SeleØo ao nematóide k cisto 161

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reçultados de besauíça 2001-2002

(PF 93257 x Stonewall).

Foram heterogêneas para resistência e suscetibilidade, as linha-gens PF 011457, PE 011461, PE 011463, O PF 011475, PF 011456, PF 011459, PF 011470, do cruzamento (PF 93263 x Leflore); PF 011487, PF011480, PF 011482, PF 011492 (PF 93263 x (Sharkey x Hartwig)); PF 011517, PF 011521 (FT 903392 x Epps); PF 011626, PF 011635 ((Duocrop x Avery) x PF 93688»; PF 011728 (PF 941929 x D 82-2896); PF 011221, PF 011227, PF 011219, PF 011223, PF 011226 (PF 93344 x (Stonewal! x Harrwig)); PF 011280, PF 011285, PF 011290 (PF 93297 x D 82-2896); PF 011303 (PF 93257 x Hartwig); PF 011608 (Hartwig x BRS 137); PF 011618 (D 82-2896 x FT903392); PF 011318, PF 011319, PF 011307, PF 011320, PF 011324 (PF 93257 x Ipagro 20; PF011328, PF 011335 (PF 93257 x StonewalD; PF 011754 (Bryan x CEP 20-Guajuvira); PF 011357, PF 011358, PF 011351, PF 011356 (PF 93257 x (PF 891070 x D 82-2896»; PF 011655, PF 011653 ((PF 891070 x Bryan) x Ocepar 14).

Referências Bibliográficas

DIAS, W. P.; SILVA,J. F. V.; PEREIRA,J. E. Moniroramenro de raças de Heterodera glycines no Brasil, safra 1999/00. lo: Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, 28., 2000, Santa Maria. Ata e Re-sumos. Santa Maria: IJFSM-CCR-Deparramento de Defesa Fitossa-nirária, 2000. p. 106. 1 CD-ROM.

162 Bertagnoili, P. P. a aL

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

NIBLACK, T. L. (ed.). Soybean Cyst Nematode Management Guide. North Central Soybean Rescarch Program Publication. Co-lumbia: University of Missouri Printing Services, 1999. 20p.

Seleção ao nematáide de cisto 163

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Soja: resultados de pesquisa 200 / -2002

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164 Bertagnolli, P. F. et 4.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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Seleção ao nematóide & cisto 165

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resultados de PesQuisa 2001-2002

TESTE DE DIFERENCIAÇÃO DE RAÇAS DE

NEMATÓIDE DE CISTO (Heterodera glycines) DA

SOJA

Paulo Fernando Bertagnoili, Leila Maria Costamilan e

Caroline de Lima Wesp

Introdução

O nematóide de cisto da soja (NCS) ocorre praticamente em todas as grandes áreas produtoras de soja do inundo, sendo a doença que causa os maiores danos no rendimento de grãos da cultura nos EUA (Doupnik, 1993). Esse nematóide apresenta variabilidade genética para patogenicidade e populações cons-tituídas de misturas de raças. A diferenciação das raças baseia-se na habilidade de dada população de NCS desenvolver-se, em maior ou menor número, nas cultivares da série diferenciadora, comparadas com a variedade suscetível, Lee.

Originalmente, conforme Golden et ai. (1970), quatro raças foram descritas. Porém, o uso de cultivares resistentes ao NCS no campo aumentou a pressão de seleção ao nematóide, fazen-do com que este se adaptasse (Niblack, 1999).

De acordo com Riggs & Schmitt (1988), através do método padrão de identificação 'de populações de NCS por cultivares diferenciadoras (Lee, Peking, Pickett, P1 88788 e P1 90763), é possível identificar 16 raças. No entanto, Dias er ai. (1998 e 1999) propuseram duas novas raças, a 4 e a 14 k , por quebra-

166 Bertagnolli, P. F. et ai

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

rem a resistência da cultivar Hartwig, que, até então, não havia

sofrido quebra de resistência por nenhuma população de campo

do NCS.

Em razão da ocorrência do NCS na região das Missões do Rio

Grande do Sul, este estudo teve por objetivo identificar a po-

pulação de nematóide de cisto otiunda dessa região, a qual é

utilizada no Laboratório de Nemarologia da Embrapa Trigo.

Método

c\perimenw foi conduzido em casa de vegetação, na Embra-

pa Irigo, município de Passo Fundo, RS, usando-se solo oriun-do de São Miguel das Missões, RS, proveniente de áreas infes-tadas com NCS. O solo foi acondicionado em três recipientes de cimento, com 65 x 65 cm 2 , nos quais sementes da cultivar Lcc foram semeadas para multiplicação do NUS. Posterior-mente, esse material foi utilizado como fonte de inóculo para rcalizaçao do teste de identificação da raça do nemaróide. O ncculo foi obtido pela lavagem de raízes de plantas da cultivar te em água corrente, passando-se por peneiras de 25 e 100

mesh, nas quais as fêmeas eram retidas. As fêmeas foram mace-radas para seu rompimento e liberação de ovos, ficando estes reridos em peneira de 500 mesh. A concentração padrão foi de 1.000 ovos/mi.

Sementes da cultivar padrão de suscetibilidade (Lee) e das cul-tivares diferenciadoras Pickett, Peking, P1 88788 e P1 90763 foram semeadas em bandejas contendo apenas areia. Após sete dias, as plântulas foram transplantadas para vasos de cerâmica

Raças de nematóide de cisto 167

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resultados de pesquisa 2001-2002

com 7,5 cm de diâmetro, tendo-se, como substrato, mistura de duas partes de areia e uma de terra. Após o transplante, reali-zou-se a inoculação com ovos de NCS, usando-se 4 mi/planta. O delineamento experimental usado foi completamente casua-lizado, com sete repetições por tratamento, sendo uma planta por vaso.

Trinta dias após a inoculação, plantas da cultivar Lee e das cul-tivares diferenciadoras foram retiradas dos vasos, e as raízes foram lavadas com água, sobre peneiras de 25 mesh e 60 mesh. As fêmeas retidas na peneira de 60 mesh firam transferidas para câmara Falcon 1012 (placa quadriculada) e levadas à lupa para quantificação total de fêmeas por planta. A caracterização da reação de resistência ou suscetibilidade deu-se em função da quantidade de fêmeas encontradas na cultivar Lee. Foram con-siderados suscetíveis (S) todos os genótipos com quantidade de fêmeas na raiz igual ou superior a 10% do valor encontrado na testemunha e resistentes (R) todos os genótipos com quantida-des inferiores a 10%. Os resultados foram comparados com padrões descritos por Riggs & Schmitt (1988), para reação de raças de NS (Tabela 1).

Resultados

Todas as quatro cultivares diferenciadoras empregadas no teste de diferenciação de raça mostraram-se resistentes ao NCS,

quando comparadas com a cultivar suscetível Lee (Tabela 2).

Portanto, com base em trabalhos de Riggs & Schmitt (1988),

pode-se afirmar que a população de NGS usada nos trabalhos

168 Bertagnoili, P. E. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

do Laboratório de Nematologia da Embrapa Trigo, Passo Fun-

do, RS, é formada, predominantemente, pela raça 3.

Referências Bibliográficas

DIAS, W. P.; SILVA,J. F. V.; KIHL, R. A. 5.; HIROMOTO, D. M.; ABDELNOOR, R. V. Quebra da resistência da cultivar Har-twig por população de campo do nematóide de cisto da soja (Hetero-dera glycines). Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 33, p. 971-

974, 1998.

DIAS, W. P.; SILVA,). F. V.; WAIN, A. L.; PEREIRA,). E. Dis-tribuição de raças de Heterodera glycines no Brasil. In: O nematóide de cisto da soja: a experiência brasileira. Sociedade Brasileira de Nemarologia. Jaboticabal, 1999. p. 95-103.

DOIJPNIKJr., B. Soybean production and disease estimares for north central United States from 1989 to 1991. Plant Disease, v. 77, n. 11 P. 1170-1171, 1993.

GOLDEN, A. M.; EPPS,J. M.; RIGGS, R. D.; DUCLOS, L. A.; FOX,J. A.; BERNARD, R. L. Terminology and identity ofnfra-specific forms of che soybean cyst nematode (Heterodera glycines). Plant Disease, v. 54, o. 07, p. 545-546, 1970.

NIBLACK, T. L. (Ed.). Soybean cyst nematode management guide. Columbia: University of Missouri, 1999. 20 p.

RIGGS, R. D.; SCHMITT, D. P. Complete characterization ofthe race scheme for Heterodera glycines. Journal of Nematology, v. 20,

n. 3, P. 392-395, 1988.

Raças de nematóide de cisto 169

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Esquema para identificação de raças de nematóide de cisto da soja, de acordo com Riggs & Schmitt, 1988.

Reação das cultivares diferenciadoras* Raça Pickert Peking P1 88 788 P1 90 763

1 - - + - 2 + + + - 3 - - - - 4 + + + + 5 + - + - 6 + - - - 7 - - + + 8 - - - + 9 + + - -

10 + - - + 11 - + + - 12 - + - + 13 - + - - 14 + + - + 15 + - + + 16 - + + + * O sinal - significa que o número de fêmeas nesta cultivar de soja é

menor que 10% do número desenvolvido na cultivar suscetível Lee (tes-temunha). O sinal + significa que o número de fêmeas é igual a 10% ou superior ao número de fêmeas desenvolvido em Lee.

170 Benagnolli, P. P. et il

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

Tabela 2. Quantificação de fêmeas de 1-Jeterodera glycines em cultivares diferenciadoras de soja. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2002.

Genótipo 1

2

de fêmeas/repetição

3 4 5 6 7 Média Reação'

Lee 348 414 204 519 177 151 60 268 S

P188788 26 3 2 1 8 1 2 6 R

P190763 O O 0 0 O 0 O 0 R

Peking O O O O O O O O R

Pickett 9 15 2 2 11 2 1 6 R

R = resistente; S = suscetível

Raças de nematóide de tino 171

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

AVALIAÇÃO DE DANOS EM SOJA CAUSADOS POR FERRUGEM ASIÁTICA

Leila Maria Costamilan, Paulo Fernando Bertagnoili e

José Tadashi Yorinori

Objetivo

A ferrugem asiática de soja, causada por Phakopsora packyrhizi, é de ocorrência recente no Brasil. Foi registrada, inicialmente, na safra 2000/200 1, no estado do Paraná. Na safra 2001/2002, a doença foi constatada nos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Mato Grosso do Sul, de Goiás e de Mato Grosso. Este trabalho visou a avaliar a redução de rendimento de grãos causada por essa doença.

Método

Foram avaliadas duas lavouras comerciais (cultivares BRS 153 e BRS 154), semeadas em 15/12/01, em Ciríaco, liS. Em 8/3/02, no início de formação de grãos, foi efetuada aplicação terrestre de fungicida combinando os ingredientes ativos pyraclosrrobin (133 g11) e epoxiconazole (50 g/l), na dose de 0,5 1/ha, em faixa de 60 m de largura, nas duas cultivares. Na maturação fisiológica, foram colhidas e trilhadas todas as plantas de dez amostras de

172 Costamilan, L.M. etaL

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

4 m 2 cada uma, por cultivar, com e sem tratamento, em de-lineamento completamente casualizado. Registraram-se peso de grãos e de mil grãos por amostra, corrigidos pela umidade média da massa de grãos, determinada em 9,06%. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias foram comparadas, pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade.

Resultados

Na Tabela 1, são apresentados dados de peso de grãos e de rendimento das cultivares. Pela análise da variância, houve di-ferenciação, a 5% de probabilidade, entre as médias dos trata-mentos.

O peso médio de grãos da cultivar BBS 153, por parcela não tratada, foi de 935 g, significando rendimento médio de 2.337 kg/ha, enquanto, nas parcelas tratadas, o peso médio de grãos foi de 1.209 g, significando 3.022 kg/ha. Nesse caso, a perda relativa foi de 23%. O peso de mil grãos foi reduzido em 12%.

Quanto à cultivar BRS 154, a perda relativa foi de 46%, ou seja, as parcelas tratadas renderam 3.015 kg/ha (peso médio de grãos de 1.206 g por parcela) e as parcelas não tratadas ren-deram 1.632 kg/ha (peso médio de grãos de 653 g por parcela). • peso de mil grãos foi reduzido em 22%.

• principal efeito no rendimento causado pela doença foi a diminuição do tamanho de grãos resultante de desfolha pre- coce. A cultivar BBS 153 pode ter sido menos afetada por apre-

Danos de ferrugem asiática 173

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resultados de hesefuisa 2001-2002

sentar ciclo mais precoce que o de BRS 154.

Tabela 1. Redução de rendimento de grãos em duas cultivares de soja

afetadas por ferrugem asiática. Embrapa Trigo, Passo Fundo, 2002.

Peso 1.000 Rendimen-

9. Cultivar/tratamento

grãos (g) 1 Redução rode grãos Redução(kg/ha)

BRS 153

• com fungicida 195 a 3.022 a

• sem fungicida 171 b 12 2.337 b 23

BRS 154

• com fungicida 189 A 3.015 A

• sem fungicida 147 B 22 1.632 B 46

Médias seguidas de mesma letra minúscula e maiúscula, na vertical, não diferem entre si, pelo reste de Duncan, a 5% de probabilidade.

174 Costamilan, L.M. et al.

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Soja: resultados & pesquisa 2001-2002

PRODUÇÃO DE SEMENTE GENÉTICA DE SOJA NA EMBRAPA TRIGO EM 200 1/2002

Aroldo Galion Linhares e Gilberto A. Peripoili Bevilaqua

Introdução

As ações de produção de semente genética integrantes do pro-grama de melhoramento de soja na Embrapa Trigo vêm sendo executadas desde 1978. Na safra 200 1/2002, o trabalho teve corno objetivo a produção de semente genética das linhagens incluídas na rede de avaliação, a qual abrangeu os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, além de duas cultivares registradas.

Método

As atividades em campo foram desenvolvidas na área experi-mental da Embrapa Trigo, situada no município de Passo Fun-do, RS.

As linhagens em primeiro ano de multiplicação, constantes nos ensaios preliminares de segundo ano, em número de 151, fo-ram semeadas em parcelas de quatro linhas de 12 m de com-primento, obedecendo ao limite máximo de 200 g de semente para cada genótipo. A semente teve origem nas parcelas dos

Semente genética 175

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resultados de pesquisa 2001-2002

ensaios preliminares de primeiro ano, conduzidos no ano ante-

rior.

Correspondentes a ensaios de avaliação de valor de cultivo e

uso (VCU) de primeiro ano, 33 linhagens foram semeadas no

sistema de parcela por planta, a partir de plantas originárias da

safra anterior, as quais foram colhidas e trilhadas individual-

mente. Anteriormente à semeadura, os grãos obtidos dessas

plantas foram observados visualmente, descartando-se o pro-

duto de plantas que apresentaram variações, principalmente

quanto a características de hilo.

Dez linhagens, constantes dos ensaios de avaliação de segundo

ano e sete em avaliação de VCU de terceiro ano, foram semea-das sob forma massal, em quantidades variáveis, de acordo com

a disponibilidade de semente. Dentre as últimas, três linha-gens, por razões de desuniformidade entre parcelas, apresenta-

da no ano anterior, foram semeadas, sob forma de parcelas in-dividualizadas, de 23 parcelas, a partir daquelas selecionadas

anteriormente.

Duas linhagens (PF 981269 e PF 981429), em processo de

resseleção, foram semeadas sob a forma de parcela por planta

selecionada, correspondendo a 8 e a 6 parcelas individualizadas,

respectivamente.

Relativamente a cultivares, foram conduzidas duas parcelas,

correspondentes às cultivares BRS 66 e BRS 137, com o obje-

tivo de renovação da reserva de semente genética.

A semeadura de todas as parcelas foi realizada sob sistema

plantio direto no período compreendido entre 25/10/2001 e

9/12/200 1.

176 Linhares, A.G. e Bevilaqua, G.A.P.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

A adubação usada foi de 250 kg/ha da fórmula 0-25-25

O controle de plantas daninhas foi realizado pela aplicação de herbicida dessecante no campo, antes da semeadura, e com-plementada por capina manual durante a fase de desenvolvi-mento da cultura. Houve controle de lagartais e de perceve-jos, mediante a aplicação de inseticidas reomendados para a cultura.

A densidade de semeadura foi de 10 a 15 plantas por metro, usando-se o espaçamento de 0,50 m entre as linhas.

A eliminação de mistura varietal e de plantas atípicas foi feita, periodicamente, da fase de florescimento até a de maturação. Foi dada ênfase especial ao trabalho de purificação durante o período de florescimento. No caso de parcelas individualizadas, quando constatada ocorrência de mistura varietal ou de plan-tas atípicas, estas foram eliminadas.

A colheita foi iniciada em 10/4/2002 e concluída em 8/5/2002. Foi empregada colhedora automotriz para parcelas, marca Winrersteiger, ou automotriz para pequenas lavouras, da mar-ca Lavrale, quando as parcelas eram maiores. Nos casos de semeadura no sistema de parcela por planta, foram eliminadas as parcelas que apresentaram mistura varietal, plantas atípicas ou qualquer outro fator que as desqualificassem. As parcelas selecionadas, de cada genótipo, foram colhidas em massa. Das três linhagens semeadas no sistema de parcelas individualizadas por parcela, foram colhidas apenas algumas parcelas seleciona-das, e as restantes foram descartadas. As plantas das linhagens em ensaio preliminar de segundo ano foram colhidas manual-mente. Nesses casos, colheram-se cerca de 150 plantas de cada parcela.

Semente genética 177

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Soja: resultados de pesquisa 200 L2002

Resultados

A semeadura e a emergência, salvo poucas exceções, ocorre-

ram normalmente, proporcionando adequada população de

plantas.

Verificou-se ocorrência de oídio e de doenças de fim de ciclo,

em níveis variáveis, de acordo com o grau de suscetibilidade

dos diferentes genótipos. A manifestação de doenças do sistema

radicular foi pouco expressiva. Houve infestações de lagartas e

de percevejos, sendo os últimos, com maior expressão, contro-

lados, visando-se à redução de danos.

As linhagens das quais colheram-se plantas foram armazena-

das em feixes individualizados. Nos casos das linhagens a se-rem promovidas nos ensaios, as plantas serão trilhadas indivi-

dualmente, com vistas à produção de semente genética no sis-

tema de parcela por planta.

A ocorrência de contaminação varietal manifestou-se de forma

reduzida, exceto no caso da linhagem PF 941526, a qual foi

submetida a processo de purificação mais acentuado. A parcela

massal da linhagem PF 981429, em ensaio de VCU de terceiro

ano, não foi colhida como semente, em razão de esse genótipo

haver sido resselecionado, pela área de melhoramento, quanto à reação ao nematóide do cisto. Dessa linhagem, das seis parcelas

individualizadas, foram obtidos 33,9 kg de semente. Em rela-ção à linhagem PF98 1269, a produção alcançou 25,2 kg, na

soma das oito parcelas semeadas.

Nos demiis casos, os índices de produção bruta obtidos foram considerados satisfatórios, atendendo, no geral, às metas pre-

tendidas para as necessidades subseqüentes. A produção de

178 Linhares, A.G. e Bevilaqua, G.A.P.

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resultados de pesquisa 2001-2002

semente genética da cultivar BRS 66 foi de 670 kg de semente beneficiada, e a da cultivar BRS 137 foi de 450 kg.

A partir da produção obtida na safra anterior, foram transferi-

dos ao Escritório de Negócios de Passo Fundo, do Serviço de Negócios para Transferência de Tecnologia (Embrapa Negócios

Tec.nológicos), para fins de produção de semente pré-básica,

2.490 kg de semente genética, correspondentes a 22 linhagens

incluídas em ensaios de avaliação de VCU de segundo e de ter-

ceiro anos, na safra 2001/2002.

Semente genética 179

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

COMPATIBILIDADE DE INOCULANTE

RIZOBIANO COM O TRATAMENTO DE SEMENTE DE SOJA USANDO VITAVAX E

THIRAM + FORMULAÇÕES DE

MICRONUTRIENTES CONTENDO COBALTO

E MOLIBDÊNIO

Marcio Voss e Edson Clodoveu Picinini

Introdução

As indicações atuais para a cultura de soja (Reunião..., 2001) levam a se colocar, na semente, produtos diversos e que podem ter incompatibilidade entre si, não só em razão dos princípios ativos como também das substâncias usadas nas formulações e/ou dos níveis de acidez. Tem sido relatada, em diversas con-dições, a diminuição da sobrevivência do rizóbio inoculado na semente, resultante da ação de alguns fungicidas (De-Poili et ai., 1986) ou de determinadas formulações de micronutrientes (Campo et ai., 1999). Ensaios conduzidos pela Embrapa Soja têm indicado preliminarmente que a mistura Vitavax + Thi-ram exerce pouco ou nenhum efeito negativo sobre a nodulação de soja em condições de campo, embora possa diminuir o nú-mero de células de rizóbio na semente (Campo & Hun-gria,1999). A combinação dessa mistura de fungicidas com

180 Voss, M. e Picinini, E.C.

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resultados de PesQuisa 2001-2002

diversas formulações de micronutrientes contendo Mo e Co existentes no mercado não foi estudada nesses ensaios.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a compatibilidade

da formulação comercial dos fungícidas Vitavax + Thiram e da

mistura com produtos contendo cobalto e molibdênio e o

efeito sobre a nodulação de soja em ambiente axênico em casa

de vegetação e em área de lavoura, com população estabelecida

de Bradyrhizobium. Em campo, avaliou-se também o efeito

sobre emergência de sementes, sobre número de plantas emergidas e sobre produtividade de soja.

Método

As sementes usadas no ensaio foram da cultivar BBS 137, tra-tadas com fungicidas e misturadas com os produtos contendo

molibdênio e cobalto, deixando-se uma semana até a inocula-

ção com Bradyrhizobium. A inoculação foi realizada na data de semeadura dos ensaios e foi simultânea tanto em campo quanto

em condições controladas em casa de vegetação. Usou-se ino-

culante líquido comercial, cujo número de células de rizóbio viáveis era de 6,1 x 10 9/ml. O inoculante continha as estirpes

Semia 587 e Semia 5019, recomendadas para soja. Tanto em

casa de vegetação quanto em campo, os tratamentos compara-

dos foram os mesmos e constam da Tabela 1. Em todos os

tratamentos com Vitavax + Thiram foi usada a mesma for-mulação comercial da Uniroyal.

Compatibilidade de inoculante 181

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resultados de »esq,,isa 2001-2002

O teste em casa de vegetação fi realizado no ano de 1999, nas

dependências da Embrapa Trigo, usando-se vasos de Leonard

contendo areia lavada, vermiculita e solução nutritiva. Todo o

conjunto foi esterilizado por autoclavagem a 121 graus centí-grados, por 20 minutos, O ensaio constou de quatro repetições,

e o delineamento usado foi inteiramente ao acaso. Cada vaso de

Leonard recebeu cinco sementes, deixando-se, posteriormente,

duas plantas por vaso. Esse desbaste foi realizado uma semana

após a emergência. A solução nutritiva foi reposta sempre que

necessário, eliminando-se a solução restante de todos os trata-

mentos e colocando-se solução nova. Após 30 dias, as plantas

foram retiradas dos frascos, e as raízes destacadas da parte aérea

e lavadas. Os nódulos foram destacados e contados e seu peso seco e da parte aérea foram determinados.

O teste em campo teve a semeadura realizada em área sob

sistema plantio direto, em 29 de novembro de 1999. Usou-se o

delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas mediam 5,0 metros de comprimento

por 2,5 metros de largura, com espaçamento de 0,5 metro en-

tre as fileiras. Após a análise de variância, a comparação entre médias foi feita pelo teste de Duncan, a 5 % de probabilidade

de erro. O ensaio foi realizado na área experimental da Embra-

pa Trigo, localizada no município de Coxilha, RS. O solo é do

tipo argiloso, unidade de mapeamento Passo Fundo (Latossolo

Vermelho Distrófico típico). A semeadura foi feita com semea-dora de parcelas experimentais, e o controle de pragas e de

plantas daninhas foi realizado de acordo com indicações oficiais

de pesquisa de soja. As determinações foram: 1) número de

nódulos por planta; 2) peso de nódulos secos a 60 graus centí-

182 Voss, M. e Picinini, E.C.

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

grados por mais de 72 horas; 3) rendimento de grãos, a 13%

de umidade.

Resultados

Em casa de vegetação, o tratamento de semente com os pro-

dutos testados não afetou a nodulação de soja, pois esta foi se-

melhante à da testemunha inoculada, mas não tratada (Tabela

2). A testemunha não inoculada não apresentou nódulos, indi-

cando que o experimento foi conduzido com assepsia, o que

significa que a nodulação obtida nos outros tratamentos deveu-

se exclusívamente ao aporte de rizóbio fornecido pela inocula-

ção. Houve efeito positivo da inoculação de sementes na pro-

dução da matéria seca da parte aérea, mostrando que a fixação

de nitrogênio não foi afetada.

Os resultados obtidos com o ensaio conduzido em campo (Ta-

bela 3) também indicam que não houve efeito negativo do

tratamento de sementes com os produtos usados quanto ao

rendimento de grãos e à nodulação. O rendimento médio de

grãos entre tratamentos foi de 3.510 kg/ha. As avaliações do

número de sementes emergidas, realizadas nos dias 20/12/1999

e 3/1/2000, mostraram resultados praticamente semelhantes.

De modo geral, excetuando-se Vitavax + Thiram + Grap 180 na

primeira avaliação, todos os tratamentos apresentaram índices

de germinação superiores aos das testemunhas com e sem ino-

culação. A percentagem de emergência de sementes superior a

100% resulta do fato de que o número total de sementes por

Compatibilidade de inoculante 183

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

metro foi calculado "a prior?', baseado no peso de sementes,

não se verificando a mesma precisão de distribuição em campo.

A ausência de efeito negativo na nodulação resultante das

misturas usadas no tratamento de semente verificado nos en-

saios pode não se repetir, se não se fizer a inoculação no mesmo

dia do plantio, como indicado pela pesquisa (Reuniâo ... 2001).

Referências Bibliográficas

CAMPO, R J., ALBINO, U. B. & HUNGRIA, M. Métodos de aplicação de micronutrientes na nodulação e na fixação bioló-gica do N2 em soja. Embrapa Soja. Londrina-PR. Pesquisa em An-damento, 19 Jan./1999.p. 1-7.

CAMPO, Ri. & HUNGRIA, M. Efeito do tratamento de se-mentes de soja com fungicidas na nodulação e fixação simbió-tica do N2 . Embrapa Soja. Londrina-PR. Pesquisa em Andamento, 21. 1999. 7p.

DE-POLLI, H.; SOUTO, S. M. & FRANCO, A. A. Compatibili-dade de Agrotóxicos com Rhizobium spp. e a Simbiose das Leguminosas. Seropédica EMBRAPA-UAPNBS, Documentos, 3. 1986. 75 p.

REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL, (29. 2001: Porto Alegre). Indicações técnicas para a cultura de soja no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 200112002. Fepagro, Porto Alegre, RS. 2001. 138 p.

184 J/os, M. e Picinini, E.C.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 1. Mistura de fungicidas e formulações comerciais de micronutri-entes contendo Mo e Co, com respectivas doses usadas nos ensaios de casa de vegetação e de campo.

Dose Tratamento (g ou ml/100 kg)

Fungicidas Micronutrientes

Vitavax+Thirani 250

Vitavax+Thiram+Profit 250 75

Vjtavax+Thiram+Rizomicro 250 195

Vitavax+Thiram+Arbore CoMo 250 135

Vitavax+Thiram+Grap 180 250 110

Vitavax +Thiram + Biocrop flow 250 200

Vitavax+Thiram+Nutril 250 80

Testemunha com inoculação - - Testemunha sem inoculação - -

Compatibilidade 1k inoculante 185

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186 Voss, M. e Picinini, E.C.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

INOCULAÇÃO DE BRADYRHIZOBIUM EM SOJA, NO SISTEMA PLANTIO DIRETO, EM

SOLO COM RIZÓBIO ESTABELECIDO

Marcio Voss

Introdução

A inoculação de soja é prática já adotada há longa data no cul-

tivo dessa leguminosa. Atribui-se à fixação biológica de nitro-

génio a viabilidade econômica da cultura de soja, pois, embora

demande muito nitrogênio em razão do elevado teor protéico de seus grãos, a simbiose rizóbio-leguminosa torna desnecessá-

rio o emprego de adubação nitrogenada. Até recentemente, os

agricultores tinham apenas a opção de inoculantes em formula-

ção turfosa. A opção atual de inoculante líquido tem desperta-

do interesse dos agricultores em virtude da facilidade de aplica-

ção e da melhor plantabilidade de sementes. Além disso, não

têm sido obtidas respostas estatisticamente significativas da

inoculação de Bradyrhizobium em soja em solos nos quais já se

fez inoculação em cultivos anteriores de soja quando esta foi

cultivada sob sistema plantio direto. Na safra 1997/1998, fo-

ram estabelecidas diversas unidades de observação em trabalho

conjunto entre Embrapa Trigo e Emater Regional Planalto,

localizada em Passo Fundo, e Emater Regional do Alto Uru-

guai, localizada em Erechim. Essas unidades compararam soja

inoculada e soja não inoculada, semeadas em faixas lado a lado,

sem repetições. Uma das unidades, executada em Marau, na

188 Voss,M.

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Soja. resultados de pesquisa 2001-2002

fazenda Bordignon, mostrou cerca de 9% de aumento em pro-dutividade de grãos na área inoculada, em relação à área não

inoculada, enquanto a média de todas as unidades foi de 1,9% de aumento com a inoculação, havendo unidades com decrés-cimo de rendimento decorrente da inoculação (Voss, 2001). Entendeu-se que as pequenas diferenças havidas possam ser atribuídas a variações ao acaso, mas resolveu-se instalar um ensaio para avaliar estatisticamente a resposta da inoculação de Bradyrhizobium em soja, na mesma curva de nível em que fora obtido o resultado aparentemente positivo da reinoculação de soja em Marau, usando-se formulação líquida e turfosa de ino-

culante.

Método

O teste foi realizado na safra agrícola 1999/2000, em condições de campo, comparando os tratamentos especificados na Tabela

1.

Seguiu-se o delineamento estatístico de blocos ao acaso, com quatro repetiçôes. As parcelas mediam cinco metros de com-primento por 2,70 m de largura, com espaçamento de 0,45 m entre as fileiras e de um metro entre as parcelas. Aplicou-se a análise de variância com 5% de probabilidade. A área usada é de propriedade de Ivo e Mário Bordignon, no município de Marau, RS, a cerca de 20 km de distância da sede do municí-pio, em solo argiloso, da unidade de mapeamento Passo Fundo (Latossolo Vermelho Distrófico típico), com pH 5,8. Nessa área, adota-se sistema plantio direto há vários anos. Em 1997,

Inoculação em plantio direto 189

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resultados de pesquisa 2001-2002

foi plantada soja, e em 1998, milho. Antes da instalação do

experimento, aveia preta, usada como cultura de cobertura

antecedente ao cultivo de soja, foi dessecada. Adubou-se con-

forme a necessidade determinada em análise de solo, em linha,

nas quais se procedeu à semeadura com semeadora especial de

uma linha. O sistema de distribuição da semeadora que entra

em contato com as sementes foi lavado e, em seguida, pulveri-

zado com álcool, antes da semeadura das testemunhas sem ino-

culação. Inoculou-se Bradyrluzobium nas sementes pela ma-

nhã, e a semeadura fi realizada à tarde do mesmo dia, man-

tendo-se as sementes em caixa de isopor. Para evitar interferên-

cias na inoculação, não se fez tratamento de semente com fun-

gicidas ou com micronurrientes. As testemunhas foram semea-

das antes, seguidas pelo inoculante líquido, na dose de 300 ml

por 100 kg de semente, pelo inoculante turfoso, na dose de

200 g por 100 kg de semente, e, finalmente, pelo inoculante

turfoso, na dose de 400 g por 100 kg de semente. Foi realizado

controle químico de lagartas da parte aérea em duas ocasiões.

O controle de plantas daninhas foi manual. A adição de nitro-

gênio no tratamento correspondente foi realizada nas quanti-dades de 50 kg/ha, 100 kg/ha, 100 kg/ha e 100 kg/ha de uréia,

respectivamente aos 10, aos 26; aos 48 e aos 56 dias após a

semeadura.

As determinações foram: 1) número de nódulos por planta (20

dias após a semeadura; 2) número de nódulos por planta (30

dias após a semeadura); 3) peso dos nódulos (30 dias após a

semeadura, secados a 60 graus centígrados por mais de 72 h);

4) peso de 100 sementes; 5) rendimento de grãos (13% de

umidade). Os inoculantes, da marca Urulec, formulação em

líquido aquoso e formulação turfosa, fornecidos pelo fabricante,

190 Voss,M.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

continham > 1 x 109 células viáveis por mililitro ou grama de

inoculante. Ambos continham as estirpes recomendadas Semia

587 e Semia 5019, fornecidas pela entidade curadora para rizó-

bio no Brasil (FEPAGRO-Mircen, de Porto Alegre, RS).

Resultados

Os resultados apresentados nas tabelas 1 e 2 indicaram ausên-

cia de respostas estatisticamenre significativas à inoculação. Na

Tabela 1, verifica-se que a produção de soja foi relativamente

elevada e equivalente nos diversos tratamentos. Os tratamentos

tampouco afetaram o peso de 100 sementes. A nodulação aos

20 dias após semeadura pode ser considerada normal no perío-

do amostrado.

A nodulação aos 30 dias após a semeadura de soja (Tabela 2)

apresentou peso considerado suficiente para proporcionar sa-

tisfatória fixação biológica de nitrogênio com estirpes eficientes

(Vargas & Suhet, 1980). O número de nódulos também pode

ser considerado normal nesse período. A grande maioria dos

nódulos encontrava-se nas raízes secundárias. A adição de ni-

trogênio mostrou o conhecido efeito negativo no número de

nódulos e conseqüentemente no peso total destes. O número

de nódulos nas plantas da testemunha não inoculada foi seme-

lhante ao dos tratamentos inoculados, indicando presença de

Bradyrhizobium no solo da área do ensaio. Essa ocorrência é

generalizada em locais com cultivo anterior de soja, pois, uma

vez inoculada, essa bactéria estabelece-se saprofiticamente no

solo (Oliveira & Vidor, 1984). Não se fez avaliação do percen-

Inoculação em plantio direto 191

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

tual de nódulos que foram formados com estirpes inoculadas.

Comparando o rendimento de grãos da testemunha, as estirpes

naturalizadas mostraram-se eficientes. Os resultados demons-

tram que o aumento de rendimento de grãos detectado em

ensaio sem repetição, colhido pelo agricultor em safra anterior

de soja, pode ser creditado à variação do acaso e concordam

com os resultados de Campos et ai. (2001), que não obtiveram

resposta à inoculação de Bradyrhizohium em soja em plantio

direto, em solo com histórico de cultivo anterior dessa legumi-

nosa (Campos et ai., 2001). Não se podem generalizar esses

resultados para todas as situações de plantio direto, mas espera-

se que, quando conduzido com cobertura de palha sobre a su-

perfície, o plantio direto proporcione condições que permitam o

estabelecimento de elevado potencial de inóculo de rizóbio no

solo (Voss e Sidiras, 1985).

Referências Bibliográficas

VARGAS, M. A. T. & SUHET, A. R. Efeitos de tipos e níveis de inoculantes na soja cultivada em um solo de cerrados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 15, p. 343-347, 1980.

OLIVEIRA, L. A. & VIDOR, C. Capacidade competitiva de estirpes de Rhizobium japonicum em solos com alta população deste Rhizo-bium. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 8, p.49-55, 1984.

192 Voss, M.

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Soja:_resultados de pesquisa2001-2002

CAMPOS, B. C.; HUNGRIA, M.; TEDESCO,V. Eficiência da fixa-ção de N por estirpes de Bradyrhizohium na soja em plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 25, p.583-592, 2001.

VOSS, M. Inoculação de Bradyrhizobium em soja, em sistema plantio direto, em áreas inoculadas anteriormente, no Planalto Médio do RS. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2001. Rp.html, 3 taL (Embrapa Trigo. Circular Técnica Online, 6). Disponível: http://www.cnpt.cmbrapa.br/biblio/p_ciOó.htm . (Circular Técnica)

VOSS, M. & SIDIRAS, N. Nodulação da soja em plantio direto em comparação com plantio convencional. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 20, p.775-782, 1985.

Inoculação em plantio direto 193

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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resultados de PesQuisa 2001-2002

EVOLUÇÃO DA FERTILIDADE DE SOLO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO MISTOS SOB

PLANTIO DIRETO

Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fontaneli,

Gilberto Ornar Tornrn e Silvio Tulio Spera

Objetivos

Tem sido relatado o efeito de sistemas de rotação de culturas sobre parâmetros de fertilidade de solo para produção de grãos. Entretanto, são escassas as informações sobre esses efeitos em sistemas de produção mistos, ou seja, em que há integração de lavoura com pecuária. Trabalhos relatam o efeito benéfico de pastagens perenes sobre a produtividade de algumas espécies (Carpenedo & Mielniczuk, 1990), em razão da melhoria da fertilidade de solo (Bayer & Mielniczuck, 1997). O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de sistemas de pro-dução de grãos e de pastagens anuais de inverno e de pastagens perenes, em sistema plantio direto, após oito anos de cultivo, sobre parâmetros de fertilidade de solo.

Método

Experimento foi conduzido no Centro Nacional de Pesquisa de

196 Santos, H.P. dos et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Trigo (Embrapa Trigo), município de Passo Fundo, lIS (longi-tude 28° 15' S, latitude 52° 24' W e altitude 684 m), no perío-do de 1993 a 2000, em Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura muito argilosa e relevo suave ondulado. Os teores mé-dios de argila, silte e areia, na profundidade 0-20 cm, são res-pectivamente: 720, 130 e 150 g/kg. As culturas que precede-ram o experimento foram soja, no verão, e cevada ou trigo, no

inverno.

Os tratamentos consistiram em quatro sistemas de produção

integrando culturas produtoras de grãos [aveia branca (Avena sativa L.), milho (Zea mays L.), soja (Glycine max (L.) Merril) e

trigo (Triticum aestivum L.)J, pastagens anuais de inverno [aveia

preta (Avena strigosa Schred.), azevém (Lolizim multzjlorum L.) e

ervilhaca (Vicia saliva L.)1 e pastagens perenes [alfafa (Medicago sativa L), comichão (Lotus corniculatus L.), festuca (Pestuca arun-dinacea Schreb.), pensacola (Paspalum notatum Flügge), trevo

branco (Trzfolium repens L.) e trevo vermelho (Trifolium pratense L.)]. São eles: sistema 1 (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia

branca/soja); sistema II (trigo/soja, pastagem de aveia preta +

ervilhaca/milho e aveia branca/soja); sistema III [pastagens

perenes de estação fria (festuca + trevo branco + trevo ver-

melho + cornichão)]; sistema IV [pastagens perenes de estação

quente (pensacola + aveia preta + azevém + trevo branco +

trevo vermelho + cornichão)}; e, ainda, sistema V (alfafa para

feno), acrescentado como tratamento adicional, com repetições,

em área contígua ao experimento, em 1994 (Tabela 1). Todas

as espécies produtoras de grãos, tanto no inverno como no ve-

rão, bem como as pastagens anuais de inverno, foram estabele-

cidas sob plantio direto. As pastagens perenes de estação fria e

Fertilidade em sistemas mistos 197

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resultados eh hesauisa 2001-2002

de estação quente foram estabelecidas associadas com trigo em

1993.

Em abril de 1993, antes da semeadura das culturas de inverno,

foram coletadas amostras de solo em cada parcela, à profundi-dade de 20 cm, e os valores médios observados foram: pH =

6,0; AI trocável = 0,5 mmol/dm 3 ; Ca + Mg trocáveis = 102,8 mmol/dm 3 ; matéria orgânica = 23,0 glkg; P extraível

= 5,3 mglkg; e K trocável = 60 mglkg. Três anos antes da

instalação do experimento, foi efetuada calagem, com calcário

dolomítico, baseada no método SMP (pH 6,0). As parcelas se-

meadas com alfafa foram corrigidas novamente com 6,0 t ha'

de calcário (PRNT 100%), em 1994, para elevar o pH para

6,5, aplicadas em duas vezes: metade antes da aração (arado de

discos) e metade antecedendo a gradagem (grade de discos).

A adubação de manutenção foi realizada de acordo com a re-

comendação para cada cultura e baseada nos resultados de aná-

use de solo. As amostras de solo foram coletadas a cada três

anos, depois da colheita das culturas de verão.

Em maio de 2000, após colheita das culturas de verão, foram

coletadas amostras de solo.compostas de duas subamostras por

parcela, em cada uma das seguintes profundidades: 0-5 cm, 5-

10 cm, 10-15 cm e 15-20 cm. As análises (pH em água, P ex-traível, K trocável, matéria orgânica, AI trocável e Ca + Mg

trocáveis) seguiram o método descrito por Tedesco et al.

(1985): AI (extração em solução de KCI 1 MoIIL e determinado

por titulometria com solução NaOH 0,025); Ca + Mg (mesmo

extrator do AI e determinado por espectrofotometria de absor-

ção atômica); matéria orgânica (determinada por combustão

198 Santos, H.P. dos et ai.

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rwdtados de Pesquisa 2001-2002

úmida); P e K (determinados pelo método de Mehlich-1).

O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com

quatro repetições e parcelas de 400 m 2 . Os diversos sistemas de

produção integrando pastagens anuais de inverno e pastagens perenes com culturas produtoras de grãos foram comparados

para cada parâmetro relacionado à fertilidade de solo numa determinada profundidade de amostragem. As profundidades

de amostragem de solo foram comparadas em cada sistema de

produção estudado. Todas as comparações foram realizadas por

meio de contrastes com um grau de liberdade. A significância dos contrastes foi dada pelo teste F, levando-se em conta o

desdobramento dos graus de liberdade do erro.

Resultados

O pH médio do solo (Tabela 2), para todas as camadas e siste-mas de produção, apresenrou valor menor do que os verificados

nas camadas estudadas, após dois anos de cultivo, que foram:

0-5 cm: 5,96; 5-10 cm: 6,29; 10-15 cm: 6,48; e 15-20 cm: 6,29, sob plantio direto (Santos et ai., 2001). Entre os sistemas

de produção estudados, houve diferença significativa para valor

de pH do solo somente na camada superficial. O tratamento V

apresentou valor signifmcativamente maior, na camada 0-5 cm

de profundidade, do que os dos sistemas 1, III e IV. Por sua

vez, o sistema II foi superior aos sistemas III e IV. Nos quatro

primeiros sistemas de produção estudados, foi aplicado calcário

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Soja. resultados de pesquisa 2001-2002

há mais de oito anos, e rio sistema V, em abril de 1994. Na

avaliação de maio de 1998, o sistema V apresentou valor de pH, na camada 0-5 cm de profundidade, superior ao dos de-

mais sistemas. Isso foi reflexo da aplicação de 6,0 t/ha de calcá-

rio (PRNT 100 %), cerca de quatro anos antes.

Em todos os sistemas de produção houve perda gradual do

efeito residual da calagem efetuada, em relação ao do estabele-

cimento deste experimento, e principalmente, no sistema V.

Em todos os sistemas houve reacidificação da camada 0-5 cm

de profundidade, necessitando recalagem após sete anos para

possibilitar o cultivo eficiente de leguminosas (SBCS, 1995).

Em todos os sistemas de produção estudados foram observadas

diferenças significativas no valor de pH do solo entre determi-

nadas profundidades de amostragem. A mesma tendência en-

contrada na avaliação de 1998 (Santos et ai., 2001), em que o

valor de pH aumentou gradativamente corp o aumento da

profundidade do solo (0-5 cm e 10-15 cm), foi novamente ob-servada.

O teor de AI trocável do solo (Tabela 3), em todas as profundi-

dades e sistemas de produção estudados, sob SPD, foi mais

elevado do que na avaliação de maio de 1998, cujos valores foram: 0-5 cm: 0,54; 5-10 cm: 0,09; 10-15 cm: 0,00; e 15-20 cm de profundidade: 0,14 mmoljdm 3 (Santos et ai., 2001), nas

quatro camadas estudadas. O aumento no teor de Ai é conse-qüência da acidificãção. Com exceção da camada 0-5 cm de

profundidade, nas demais camadas não foram verificadas dife-

renças significativas no teor de Al trocável do solo entre os sis-

temas de produção. Na profundidade 0-5 cm, o sistema III

200 Santos, H.P. dos ei aL

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Soja: resultados de pesquisa 2007-2002

mostrou valor de AI trocável do solo maior do que os dos sis-temas II e V. Nessa mesma camada, o sistema IV apresentou valor de Ai trocável superior ao do sistema V.

Em três dos cinco sistemas de produção, foram observadas dife-renças significativas no teor de Ai trocável entre as camadas de amostragem do solo. Contudõ, os sistemas II e V não diferiram entre as camadas de amostragem. Nos sistemas 1, III e IV, o valor de Ai trocável do solo diminuiu da camada 0-5 cm para as camadas 10-15 cm e 15-20 cm de profundidade. Os siste-mas IV e V favoreceram maior acidificação, pois há relação en-tre aumento do nível de AI trocável e diminuição de pI-I.

Nesta avaliação e em todos os sistemas de produção estudados, houve diminuição do valor de pH e aumento do teor de Ai trocável na camada 0-5 cm de profundidade, em relação ao observado cm maio de 1998, cujos valores foram 5,95 e 0,54 mmol/dm 3, respectivamente (Santos et ai., 2001), caracteri-zando reacidificação nos primeiros centímetros de solo. Isso pode ser atribuído à aplicação de fertilizantes nitrogenados, nos sistemas 1 e II, e à mineralização de resíduos culturais na su-perfície do solo. Para os demais sistemas de produção essa ex-plicação não é totalmente válida, pois nesses não foram aplica-dos fertilizantes nitrogenados e grande parte da massa vegetal foi consumida pelos animais em pastejo. -

Os teores de Ca + Mg trocáveis do solo (Tabela 4), em todas as camadas de amostragem, são considerados elevados para crescimento e desenvolvimento de culturas tradicionais da regi-ão (SBCS, 1995). Contudo, esses valores estiveram abaixo do observado na camada 0-5 cm de profundidade dois anos antes,

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resultados de Pesauisa 2001-2002

cujo valor foi 92 mmoljdm 3 (Santos cc ai., 2001). A acidez do solo da área experimental havia sido corrigida com calcário do-lomícico oito anos antes do início do referido experimento. A aplicação de calcário dolomítico forneceu cálcio e magnésio em quantidades adequadas, de maneira que os teores ultrapassas-sem os níveis críticos exigidos pelas espécies vegetais compo-nentes dos sistemas de produção. Os níveis críticos são 40 e 10 mmol/dm, respectivamence (SBCS, 1995).

Houve diferenças significativas entre os sistemas de produção quanto aos teores de Ca + Mg trocáveis do solo, na mesma profundidade de amostragem. Porém os sistemas 1, II, III e IV não diferiram entre si para teores de Ca + Mg trocáveis, O sistema V apresentou valores maiores de Ca + Mg trocáveis em todas as camadas, em comparação aos demais sistemas es-tudados, exceto para o sistema IV, na camada 15-20 cm de profundidade. Isso pode ser conseqüência de aplicação de cal-cário, em 1994, no sistema V.

Nas comparações em um mesmo sistema de produção, foram observadas diferenças significativas para a maioria das profun-didades de amostragem quanto aos teores de Ca + Mg trocá-veis do solo. No sistema IV, esses teores aumentaram da cama-da 0-5 cm para a camada15-20 cm de profundidade. Por sua vez, os demais sistemas dc produção estudados elevaram os teores de Ca + Mg trocáveis até a camada 10-15 cm de pro-fundidade. Esses resultados foram o inverso dos obtidos para pH e para AI trocável, como seria de esperar. A remoção de Ca da camada superficial (Tabela 4) pode explicar parte da acidifi-cação da camada 0-5 cm de profundidade (Sá, 1993).

202 Santos, H.P. dos et aI.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

O nível de matéria orgânica do solo (Tabela 5), em todas as camadas e sistemas de produção, foi igual ou superior ao regis-trado dois anos antes, cujos valores foram: 0-5 cm: 32 g/kg;

5-10 cm: 25 g/kg; 10-15 cm: 23 glkg; e 15-20 cm: 24 g/kg

(Santos et aI., 2001).

Nos sistemas de produção estudados, em todas as camadas de amostragem, houve diferenças significativas entre o nível mé-dios de matéria orgânica do solo. Na camada 0-5 cm de pro-fundidade, o sistema III foi superior aos sistemas 1 e II para nível de matéria orgânica do solo. Por sua vez, o sistema III apresentou nível de matéria orgânica do solo maior do que o do sistema II, na camada 5-10 cm de profundidade. O sistema V foi superior ao sistema II para o nível de matéria orgânica do solo, nas camadas 10-15 cm e 15-20 cm de profundidade. Na camada 15-20 cm, o sistema V foi superior aos sistemas 1 e II.

Foram verificadas diferenças significativas no nível de matéria orgânica entre determinadas profundidades de amostragem do solo em todos os sistemas de produção estudados. Para matéria orgânica, em todos os sistemas, houve redução progressiva da camada superficial para a camada mais profunda.

O teor de P extraível do solo na camada superficial (0-5 cm de profundidade), em todos os sistemas estudados, foi superior ao valor considerado crítico (9,0 mg/kg) nesse tipo de solo para crescimento e desenvolvimento de culturas tradicionais (SBCS, 1995) (Tabela 6). O teor de P extraível do solo, na maioria dos sistemas (1, II e V), aumentou nas camadas 0-5 cm e 5-10 cm de profundidade, em relação ao teor medido em 1998, cujos valores foram: 15,3; 8,1; 5,3; e 4,2 mg/kg, respectivamente

Fertilidade em sistemas mistos 203

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

(Santos et ai., 2001).

Houve diferenças significativas entre os sistemas de produção estudados, para valor de P extraível do solo, apenas na camada 0-5 cm de profundidade. O teor de P extraível do solo, nessa camada, foi maior no sistema V do que nos sistemas 1, III e IV. Por sua vez, o sistema II apresentou teor de P extraível do solo maior que os dos sistemas III e IV.

Todos os sistemas de produção avaliados diferiram significati-vamente quanto ao teor de P extraível na maioria das profun-didades de amostragem. Em todos os sistemas, o valor de P extraível na camada 0-5 cm foi 5,1 a 7,7 vezes maior que o teor registrado na camada 15-20 cm.

O teor de K trocável do solo observado nas camadas 0-5 cm e 5-10 cm de profundidade (Tabela 7), em todos os sistemas de produção estudados, foi superior ao valor considerado crítico (80 .mg/kg) para crescimento e desenvolvimento de culturas tradicionais (SBCS, 1995). Além disso, o teor de K trocável observado em todos os sistemas de produção e nas camadas 0-5 cm e 10-15 cm manteve-se acima do teor encontrado na avali-ação de 1998, cujos valores eram 106, 65 e 47 mg/kg, respec-tivamente (Santos et ai., 2001).

Neste período de estudo, o teor de K trocável do solo diferiu significativarnente entre alguns sistemas de produção. O teor

de K trocável, nas camadas 0-5 cm a 15-20 cm, foi mais eleva-do no sistema V do que o dos sistemas 1, II, III e IV. Essas di-ferenças a favor da cultura de alfafa podem estar relacionadas ao maior teor de K trocável propiciado pela adubação de ma-

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resultados de Pesazasa 2001-2002

nutenção ou pelo resíduo cultural dessa leguminosa.

Foram verificadas diferenças significativas em teor de K trocá vel entre todas as profundidades de amostragem de solo de todos os sistemas de produção avaliados. A exemplo do verifi- cado com P extraível, também houve acúmulo de K trocável na camada próxima à superfície nos diferentes sistemas avalia- dos. O teor de K trocável, na camada 0-5 cm, foi 3,2 vezes maior que a concentração verificada na camada 10-20 cm.

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Fertilidade em sistemas mistos 205

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206 Santos, H.P. dos e: ai.

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resultados de tesquisa 2001-2002

ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE SOLO

EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO COM

PASTÃGENS ANUAIS DE INVERNO, SOB

PLANTIO DIRETO

Henrique Pereira dos Santos, Rcnaro Serena Fontaneli,

Gilberto Ornar Tornrn e José Eloir Denardin

Introdução

Sistemas de produção de grãos OU mistos, integrando lavoura e pecuária, quando conduzidos sob plantio direto, promovem alterações nos atributos químicos e físicos do solo; gerando condições favoráveis ao desenvolvimento de espécies cultivadas (Santos & Reis, 2001). A adoção do sistema plantio direto tem provocado diminuição da erosão hídrica e aumento da taxa de infiltração de água no solo, do diâmetro dos agregados, da ati-vidade microbiana e da produtividade de culturas (Campos et ai., 1995). Nesse contexto, o uso de sistemas de manejo de solo que determinem menor intensidade de mobilização de solo do que o preparo convencional e proporcionem acúmulo de resí-duos de culturas na superfície do solo, em áreas anteriormente degradadas pelo preparo inadequado de solo, está possibilitan-do a recuperação de atributos físicos do solo (Da Ros er ai., 1997). Do ponto de vista químico, em geral, solos cultivados sob plantio direto apresentam maior concentração de matéria orgânica, de P extraível e de K trocável na camada superficial do perfil (0-5 cm - Santos et ai., 2001).

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O presente trabalho teve como objetivo avaliar atributos quí-micos e físicos de solo após seis anos de cultivo com sistemas de produção de grãos e pastagens anuais de inverno, sob plantio direto.

Método

O experimento, base do estudo relatado, foi conduzido no CEPAGRO-Centro de Extensão e Pesquisa Agronômica, Fa-culdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Passo Fundo (UPF), em Passo Fundo, RS, longitude de 28 ° 15'

S, latitude de 52 ° 24' W e altitude de 684 m. O ensaio trans-correu de 1990 a 1995, em Latossolo Vermelho Distrófico típi-co (Embrapa, 1999), de textura argilosa e relevo suavemente ondulado. Os teores médios de argila, de silte e de areia na camada 0-20 cm de profundidade são, respectivamente, 490 g/kg, 200 g/kg e 310 g/kg.

Os tratamentos consistiram em quatro sistemas de produção manejados sob plantio direto: sistema 1 [trigo (Triticum aestivuun L)/soja [Glycine max (L.) Merril], pastagem de aveia preta (Ave-na strigosa Schreb.)/soja e pastagem de aveia preta/soja); sistema II [trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca (Vicia sati-va L.)/milho (Zea mays L.)]; sistema III (trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/soja e pastagem de aveia preta + ervi-lhaca/milho); e sistema IV [trigo/soja, aveia branca (Avena sati-va L.)/soja e aveia branca/soja)) (Tabela 1). Em 1990, a legu-minosa componente da pastagem de estação fria foi trevo vesi-culoso (Trufolium vesiculosum Savi cv. Yuchi), em lugar de ervi-

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lhaca. As pastagens anuais de estação fria foram pastejadas por animais de raça mista, duas e/ou três vezes por ano.

Em abril de 1990, antes da semeadura das culturas de estação fria, foram coletadas amostras de solo, em cada parcela, na profundidade 0-20 cm, para determinar atributos químicos de solo, cujos valores médios foram: pH = 5,4; AI trocáyel = 2,5 mmoljdm3 ; Ca + Mg trocáveis = 89,8 mmoljdm 3 ; matéria orgânica do solo = 32,0 g/kg; Pextraível = 11,5 mg/kg; e K trocável = 138 rng/kg. Quatro anos antes da instalação do ensaio, o solo da área experimental teve acidez corrigida, com calcário dolomítico, com base no método SMP (pH 6,0).

A adubação de manutenção foi realizada de acordo com reco-mendação para cada cultura e baseada nos resultados da análise de solo. As amostras de solo foram coletadas a cada três anos, após colheita das culturas deestaçâo quente.

Em maio de 1996, após colheita das culturas de estação quente da-safra 1995/1996, foram coletadas amostras de solo, com-postas de três subamostras por parcela, nas profundidades 0-5 cm, 5-10 cm, 10-15 cm e 15-20 cm, para análise de atributos químicos de solo. As análises (pH em água, P extraível, K tro-cável, matéria orgânica do solo, Ai trocável e Ca + Mg trocá-veis) seguiram método descrito por Tedesco et ai. (1985). O Al trocável foi extraído em solução de KCI 1 Mol/L e determinado por titulometria com solução de NaOH 0,025 N; Ca + Mg trocáveis foram extraídos pelo mesmo extrator de AI trocável e determinados por espectrofotometria de absorção atômica; matéria orgânica foi determinada por combustão úmida; e P extraível e K trocável foram determinados pelo método Mehlich- 1.

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Também em maio de 1996, foram coletadas amostras de solo nas profundidades 0-10 cm, 10-20 cm e 20-30 cm, para análise de atributos físicos. A densidade do solo foi determinada pelo método do torrão parafinado, e a estabilidade de agregados em água e o diâmetro médio geométrico de agregados estáveis em água foram determinados pelo método de peneiramento via úmida. Esses métodos estão descritos no Manual de Métodos de Análise de Solo da Embrapa (1997).

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, Com três repetições. A área de cada parcela media 500 m2 . Os sistemas de produção, integrando pastagens anuais de estação fria com produção de grãos, foram comparados entre si para cada atri-buto químico e físico de solo, em todas as profundidades

amostradas. Os atributos químicos e físicos de solo foram tam-bém comparados dentro do mesmo sistema de produção e da mesma profundidade amostrada. Todas as comparações foram realizadas por meio de contrastes com um grau de liberdade (Steel & Torne, 1980). A significância dos contrastes foi dada pelo teste P, levando-se em conta o desdobramento dos graus de liberdade do erro.

Resultados

Atributos químicos de solo - O valor de pH de solo na pro-fundidade 0-20 cm, expresso pela média ponderada das pro-

fundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm (Tabela 2), avaliado em maio de 1996, mostrou-se inferior ao valor obtido em 1990, antes da instalação do experimento.

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Essa variação denota perda do efeito residual da calagem que está associada à reacidificação do solo, em virtude da minerali-zação de matéria orgânica e da fertilização de culturas com fer-tilizantes nitrogenados. Embora os sistemas de produção estu-dados não tenham induzido diferenças significativas no valor de pH de solo, a reacidificação observada infere necessidade de calagens periódicas, conforme preconizado pela SBCS (1995).

O teor de AI trocável de solo na profundidade 0-20 cm, expres-so pela média ponderada das profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm (Tabela 3), avaliado em maio de 1996, independentemente do sistema de produção de culturas estudado, mostrou-se supe-rior ao valor obtido em 1990, antes da instalação do experi-mento. Esse comportamento está em perfeita consonância com dados obtidos para pH de solo e diretamente associado ao pro-cesso de acidificação de solo. A exemplo do ocorrido para pH de soio, os sistemas de produção estudados não induziram dife-renças significativas no valor de AI trocável de solo.

Os valores de Ca + Mg trocáveis de solo na profundidade 0-20 cm, expressos pela média ponderada das profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm (Tabela 4), avaliados em maio de 1996, são considerados elevados para desenvolvimento das culturas tradi-cionais no solo em estudo (SBCS, 1995). Entretanto, esses valo-res situaram-se abaixo do observado em 1990, antes da instala-ção do ensaio. Em conformidade com o ocorrido com os atri-butos pH e AI trocável de solo, os sistemas de produção estu-dados não promoveram influência significativa nos valores de

Ca + Mg trocáveis de solo.

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resultados de pesquisa 2001-2002

10-20 cm (Tabela 5), avaliado em maio de 1996, apresentou-se abaixo do valor registrado por ocasião da instalação do experi-mento em 1990. .Na maioria dos estudos sob plantio direto, tem sido observado acúmulo de matéria orgânica nas profundi-dades próximas à superfície do solo.

Em algumas irofundidades de amostragem, houve diferenças significativas entre o nível médio de matéria orgânica dc solo. O sistema IV mostrou nível de matéria orgânica maior, em comparação aos sistemas 1 e 11, na profundidade 10-20 cm. Foram verificadas diferenças significativas no nível de matéria orgânica de solo entre determinadas profundidades de amos-tragem de solo na maioria dos sistemas de produção. Em todos os sistemas, houve redução progressiva do nível de matéria or-gânica da camada superficial para a camada mais abaixo.

O teor de P extraível de solo na profundidade 0-20 cm, expres-so pela média ponderada das profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm (Tabela 6), avaliado em maio de 1996, mostrou-se superior ao valor considerado crítico (9,0 mg/kg) para crescimento e desenvolvimento de culturas anuais nesse tipo de solo (RCSBPT, 1999). Considerando a elevada variabilidade desse elemento no solo, pode-se afirmar que o teor de P extraível, na profundidade 0-20 cm, praticamente não variou em relação ao valor determinado em 1990, antes da instalação do ensaio. Pode-se afirmar que a maioria dos sistemas de produção estu-dados não influíram no teor de P extraível do solo. Apenas na profundidade 0-5 cm foram observadas diferenças significativas entre os sistemas de produção de culturas para esse elemento, sendo maior no sistema IV do que nos sistemas II e III. Esse efeito pode ser reflexo do consórcio aveia preta + ervilhaca, que foi pastejado por duas e/ou três vezes por ano, durante o

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resultados de hesazusa 2001-2002

período de estudo nos sistemas II e III, com conseqüente maior remoção desse elemento do que as leguminosas do sistema IV, usadas somente para produção de grãos, considerando-se que a dose de fósforo aplicada foi a mesma em todos os tratamentos.

Todos os sistemas avaliados diferiram, significativamente, quanto ao teor de P extraível em todas as profundidades de amostragem, exceto no contraste entre 10-20 cm x 20-30 cm. Em todos os sistemas, o teor de P extraível na profundidade 0-5 cm foi 4,2 a 4,6 vezes maior do que o teor registrado na profundidade 20-30 cm. O acúmulo de P extraível próximo à superfície do solo decorre de aplicações anuais de fertilizantes fosfatados, da liberação de P durante a decomposição de resí-duos vegetais e da menor fixação de P, em virtude do menor contato desse elemento com constituintes inorgânicos de solo, uma vez que não há incorporação de resíduos vegetais através de mobilizações de solo no plantio direto.

O teor de K extraível de solo na profundidade 0-20 cm, ex-presso pela média ponderada das profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm (Tabela 7), avaliado em maio de 1996, mostrou-se inferior ao valor determinado em 1990, antes da instalação do ensaio. Apenas no sistema IV o teor médio ponderado de K trocável do solo manteve-se acima do valor considerado crítico (80 mg/kg) para crescimento e desenvolvimento de culturas anuais nesse tipo de solo (RCSBPT, 1999).

O valor de K trocável de solo diferiu, significativamente, entre alguns sistemas de produção. O teor de K trocável, nas pro-fundidades 0-5 cm a 20-30 cm, foi mais elevado no sistema IV do que nos sistemas 1, II e III. Isso, também, pode ser reflexo do pastejo de aveia preta e do consórcio aveia preta + ervilha-

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Soja: resnitados de pesquisa 2001-2002

ca, que ocorreu por ditas e/ou três vezes por ano, durante o

período de estudo, nos sistemas II e III, com conseqüente niai-

or remoção desse elemento do que nas culturas do sistema IV,

usadas exclusivamente para produção de grãos.

Foram verificadas diferenças significativas de K trocável entre

todas as profundidades de amostragem de solo de todos os sis-temas de produção avaliados, exceto no contraste entre 10-20

cm x 20-30 cm. A exemplo do verificado com P extraível,

também houve acúmulo de K trocável na camada próxima à

superfície nos diferentes sistemas de produção. O teor de K

trocável, na profundidade 0-5 cm, foi 2,6 a 3,3 vezes maior que

a concentração verificada na profundidade 10-20 cm.

Atributos físicos de solo - Os atributos físicos de solo (densi-dade de solo, agregados estáveis em água, com diâmetro supe-rior a 4,76 mm, e diâmetro médio geométrico de agregados estáveis em água) não foram influenciados pelos sistemas de produção (tabelas 8 e 10), exceto para densidade de solo entre os sistemas III e IV, na profundidade 20-30 cm. Certamente essa diferença pode ser considerada sem relevância, pois não há

evidências de como os sistemas de produção III e IV poderiam influenciar esse atributo apenas nessa profundidade de solo. A inexistência de efeitos dos sistemas de produção sobre esses atributos físicos de solo pode, em parte, ser creditada à seme-lhança do conjunto de espécies vegetais que compuseram os sistemas de produção. Embora os sistemas II e III tenham en-volvido a cultura de milho, que é uma espécie de elevado po-tencial de produção de fitomassa, também envolveram a cultu-ra de ervilhaca, que é reconhecida, pela baixa relação C/N, como aceleradora da taxa de mineralização de matéria orgânica.

Atributos químicos e físicos em si.çtemas miítos 221

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

À exceção do diâmetro médio geométrico de agregados estáveis em água, em todos os sistemas de produção a densidade de soto e os agregados estáveis em água, com diâmetro superior a 4,76 mm, apresentaram variação estatística entre profundidades amostradas.

O sistema IV, embora tenha sido destinado exclusivamente à produção de grãos, não mostrou diferença significativa, para densidade de solo, em comparação aos sistemas 1; II e III, que foram submetidos a pastejo durante as cinco estações frias. Como a densidade de solo é um atributo pedológico usado para a avaliação do estado estrutural do solo, nas condições em que foi conduzido o presente estudo não se perceberam indícios de que a integração lavoura-pecuária, presente nos sistemas 1, II e III, tenha contribuído para a compactação de solo. Inde-pendentemente do sistema de produção, é notório que os valo-res de densidade de solo, em todas as profundidades amostra-das, mostraram-se muito próximos do valor considerado crítico para latossolos (>1,40 Mg/m 3). A redução da densidade de solo com o aumento da profundidade de amostragem pode estar associada a efeitos resultantes do tráfego de equipamentos agrícolas e de animais, bem como ao emprego do método do torrão parafinado. Esse método despreza o solo dos primeiros centímetros do perfil, que, embora agregado, não forma torrões de tamanho adequado para análise.

Os agregados estáveis em água, com diâmetro superior a 4,76 mm, e o diâmetro médio ponderado de agregados estáveis em água diminuíram com o aumento da profundidade de amostra-gem (tabelas 8 e 10). Esse comportamento foi altamente coe-rente com a variação observada no nível de matéria orgânica de solo (Tabela 3), visto que, em latossolos, a estabilidade de

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resultados de Pesauisa 2001-2002

agregados com diâmetro superior a 2 mm é altamente depen- dente do nível de matéria orgânica. Tanto a percentagem de

agregados estáveis em água com diâmetro superior a 4,76 mm

como o diâmetro médio ponderado de agregados estáveis em água podem ser considerados elevados para esse tipo de solo.

Possivelmente, a expressão positiva dessas propriedades do solo

esteja associada à adoção do sistema plantio direto, que, pela

ausência de mobilizações de solo, favorece a agregação estável

de solo.

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resultados de hesciuisa 2001-2002

EFEITOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS ENVOLVENDO PASTAGENS SOB

PLANTIO DIRETO NOS ATRIBUTOS FÍSICOS DE SOLO

Silvio Tulio Spera, Henrique Pereira dos Santos,

Renato Serena Fontaneli e Gilberto Ornar Tomrn

Objetivos

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de sis-

temas de produção de grãos e de pastagens anuais de inverno e

pastagens perenes, sob sistema plantio direto, após oito anos de

cultivo, sobre as propriedades físicas do solo.

Método

Experimento foi conduzido em campo experimental do Centro

Nacional de Pesquisa de Trigo (Embrapa Trigo), situado no

município de Passo Fundo, RS (longitude 28° 15' S, latitude

52° 24' W e altitude 684 m), durante o período de 1993 a

2000, em Latossolo Vermelho Distrófico típico (Embrapa,

1999), de textura muito argilosa e de relevo suave ondulado.

Os teores médios de argila, de silte e de areia na superfície são,

A :ribut os físicos em sistemas mistos 235

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resultados a' pesquisa 2001-2002

respectivamente: 720, 130 e 150 glkg. As culturas precedentes

na área do experimento foram soja, no verão, e cevada ou trigo,

no inverno.

Os tratamentos consistiram em quatro sistemas de produção

integrando culturas produtoras de grãos [aveia branca (Avena saliva L.), milho (Zea mays L.), soja [Glycine max (L.) Merril) e

trigo (Triticum aestivum L.)), pastagens anuais de inverno [aveia

preta (Avena strigosa Schreb.), azevém (Lolium multiflorum L.) e

ervilhaca (Vicia saliva LJJ e pastagens perenes [alfafa (Medicago saliva L.), comichão (Lotus corniculatus L.), festuca (Festuca arun-dinacea Schred.), pensacola (Paspalum notatum Flügge), trevo

branco (TriJblium repetis L.) e trevo vermelho (Trifolium pratense L3}. São os seguintes: sistema 1 (trigo/soja, ervilhaca/milho e

aveia branca/soja; sistema II (trigo/soja, pastagem de aveia

preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja); sistema III [pas-

tagens perenes de estação fria (festuca + trevo branco + trevo

vermelho + comichão)); sistema IV [pastagens perenes de

estação quente (pensacola + aveia preta + azevém + trevo

branco + trevo vermelho + comnichão]; e sistema V (alfafa

para feno), acrescentado como tratamento adicional, com repe-

tições, em área contígua ao experimento, em 1994 (Tabela 1).

As áreas sob os sistemas III, IV e V retornaram ao sistema 1 a

partir do verão de 1996. Um fragmento remanescente de flo-

resta subtropical com araucárias (F), adjacente ao experimento,

também foi amostrado, com o mesmo número de repetições, e

admitido como referencial do estado estrutural do solo antes

de ser submetido às alterações antrópicas. Todas as espécies

produtoras de grãos, tanto de inverno como de verão, bem

236 Spera, £T. et aI.

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

como as pastagens anuais de inverno, foram estabelecidas sob

plantio direto. As pastagens perenes de estação fria e de estação

quente foram estabelecidas associadas ao plantio direto de tri-

go, em 1993. As pastagens anuais de inverno e perenes foram

pastejadas por bovinos mestiços de raças européias, duas e cin-

co vezes por ano, respectivamente.

Em abril de 1993, antes da semeadura das culturas de inverno,

a camada de solo 0-20 cm de profundidade foi amostrada, e os

resultados das análises foram: pH = 6,0; AI trocável = 0,5

mmoljdm 3 ; Ca + Mg trocáveis = 102,8 mmoljdm 3 ; matéria

orgânica = 23,0 glkg; P extraível = 5,3 mg/kg; e K trocável

= 60 mg/kg. Três anos antes da instalação do experimento, foi

efetuada calagem com calcário dolomítico, com base no méto-

do SMP (pH 6,0). As parcelas semeadas com alfafa foram cor-

rigidas novamente, em 1994, com 6,0 riba de calcário (PRNT

100%), para elevar o p11 para 6,5, aplicadas em duas vezes:

metade antes da aração (arado de discos) e metade antecedendo

a gradagem (grade de discos).

A adubação de manutenção para as culturas foi baseada na mé-

dia dos valores observados nas análises químicas da área expe-

•rimental. As amostras de solo foram coletadas cada três anos,

após colheita das culturas de verão.

Em maio de 2000, foram coleradas amostras indeformadas de

solo (duas por parcela) nas profundidades 0-5 e 10-15 cm, des-

tinadas às análises físicas de solo. Na análise de densidade de

solo, foi usado método do anel volumétrico. A porosidade total

foi obtida pela razão entre densidade real e densidade do solo.

A microporosidade foi considerada como conteúdo volumétrico

Atribs.it os físicos em sistemas mistos 237

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Soja: resultados de pesquisa 2007-2002

de água, equilibrada na mesa de tensão a 60 cm de coluna de

água, e a macroporosidade foi calculada por diferença entre

porosidade total e microporosidade, conforme Manual de Mé-

todos de Análise de Solo (Embrapa, 1997).

O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com

quatro repetições, sendo de 400 m 2 a área de cada parcela. Os

diversos sistemas de produção, integrando pastagens anuais e

pastagens perenes com culturas produtoras de grãos, foram

comparados para cada atributo físico de solo estudado e para

cada profundidade de amostragem. Todas as comparações fo-

ram realizadas por meio de contrastes com um grau de liberda-

de (Steel & Torne, 1980). A significância dos contrastes foi

dada pelo teste F, levando-se em conta o desdobramento dos

graus de liberdade do erro.

Resultados

Os dados de densidade de solo, porosidade total, microporosi-

dade e macroporosidade são referentes à amostragem realizada

em maio de 2000 e representam o efeito cumulativo dos siste-

mas no período de 1993 a 2000 (oito anos), com exceção do

sistema V, o qual foi estabelecido em 1994. Os sistemas de

produção de grãos apresentaram diferenças na densidade de

solo (Tabela 2), para ambas as camadas estudadas (0-5 e 10-15

cm). Os sistemas 1 (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-

ca/soja - 1,35 e 1,50 Mg/m) e II (trigo/soja, pastagem de aveia

238 Spera, S.T. etat

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Soja: rem/rados de pesquisa 2001-2002

preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja - 1,38 e 1,52 Mg/m 3 ) apresentaram maiores valores para densidade de solo,

em comparação ao sistema V (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja - 1,22 e 1,38 Mg/m 3). O sistema II mostrou maior valor para densidade de solo, em relação aos sistemas III (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja - 1,29 Mg/m 3 ) e IV (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja - 1,30 Mg/m 3), na camada 0-5 cm de profundidade. Os sistemas III (1,47 Mg/m 3) e IV (1,49 Mg/m 3) apresentaram maior valor para densidade de solo, em comparação ao sistema V (1,38 Mg/m 3 ), apenas na camada 10-15 cm de profundidade. Prova-velmente, a mobilização de solo da camada superficial, realiza-da por ocasião da calagem, no sistema V, deve ter reduzido a

densidade de solo. Por sua vez, a floresta subtropical, que ainda preserva a condição estrutural original do solo, apresentou me-nor densidade (1,05 e 1,17 Mg/m 3), em relação a todos os sis-temas estudados, nas camadas 0-5 e 10-15 cm de profundida-de. A menor densidade de solo, no sistema V, pode ser atribuí-da ao revolvimento de solo, efetuado em setembro de 1999, que se fez necessário na área, em razão de infestação de plantas daninhas de folha larga (Rumex obtusijolius).

É necessário ressaltar que o sistema 1 foi destinado exclusiva-mente à produção de grãos, desde 1993, não mostrando dife-renças entre médias para densidade do solo, quando comparado com os sistemas, III e IV, os quais foram transformados de pastagens em lavouras de produção de grãos a partir do verão de 1996, e que o sistema II, com pastagens anuais de inverno, vinha sendo pastejado uma ou duas vezes durante cada inver-

Atributos fisicos em sistemas mistos 239

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

no, desde 1993. O sistema V, que se originou após cultivo de

alfafa para corte (manual), situou-se em posição intermediária,

para os valores de densidade de solo, entre os sistemas 1, II, III

e IV e floresta subtropical.

Os valores de matéria orgânica não apresentaram correlação

significativa com a densidade de solo (dados não apresentados).

Houve diferenças na densidade de solo entre as profundidades

de amostragem em todos os sistemas de produção estudados,

exceto para floresta subtropical (Tabela 2). A densidade de solo

foi menor na camada 0-5 cm, em relação à camada 10-15 cm

de profundidade, indicando compactação de solo nessa profun-

didade (Tabela 2). Esse processo pode ser atribuído ao tráfego

de máquinas e ao pisoteio de animais. Neste estudo, a maior

densidade de solo verificada na camada 10-15 cm de profundi-

dade pode ser atribuída à presença residual de camada com-

pactada resultante de operações anteriores de preparo de solo

com aração e gradagem.

Em todos os sistemas de produção avaliados, nas camadas 0-5 e

10-15 cm, houve diferenças quanto àporosidade total do solo

(Tabela 3). O sistema V (0,536 e 0,478 m 3/m 3) e a floresta

subtropical (0,594 e 0,548 m 3/m 3) apresentaram porosidade

total maior que a dos sistemas 1 (0,492 e 0,434 m 3/m3), II

(0,476 e 0,423 m 3/m3) e III (0,510 e 0,447 m 3/m 3 ). O sistema

III foi, ainda, superior ao sistema II, para porosidade total, so-

mente na camada 0-5 cm de profundidade. Por sua vez, a flo-

resta subtropical mostrou maior porosidade total, em relação

aos sistemas IV (0,507-0,434 m 3/m 3) e V (0,536-0,478

m3/m 3), respectivamente, em ambas as camadas. O sistema V

240 Spera, 5.7'. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

foi superior ao sistema IV, para porosidade total, na camada 10-15 cm. No ciso do sistema V, pode ser reflexo do revolvi-

mento de solo que se fez necessário em setembro de 1999, ou seja, menor valor de densidade de solo e maior porosidade to-tal, por mobilizar o solo até 15-20 cm de profundidade. Na condição de vegetação natural (floresta) e sob plantio direto (sistemas 1, II, III e IV), quando o solo permaneceu coberto por

material vegetal todo o período, seria esperado que houvesse intensa atividade biológica, resultando em produtos que de-sempenham função de formação e de estabilização de agrega-

dos.

Para porosidade total, houve diferença nas duas profundidades de amostragem em todos os sistemas de produção estudados, com exceção da floresta subtropical (Tabela 3). A porosidade

total diminuiu da camada 0-5 cm para a camada 10-15 cm de profundidade, indicando degradação de estrutura do solo. Isso ficou mais evidente com a redução da macroporosidade.

Entre os sistemas de produção estudados, houve diferenças en-tre as médias para microporosidade (Tabela 4). O sistema V

(0,388 e 0,417 m 3/m 3) apresentou valor para microporosidade

maior que o dos sistemas 1(0,363 e 0,367 m 3/m3), 11(0,361 e

0,370 m3/m3) e IV (0,355 e 0,367 m 3/m 3 ), nas camadas 0-5 e

10-15 cm de profundidade. A floresta subtropical mostrou maior microporosidade (0,420 m 3/m 3), em relação aos sistemas

1 (0,363 m3/m 3), 11(0,361 m3/m 3), III (0,368 m 3/m), IV (0,355 m 3/m 3) e V (0,388 m 3/m 3), somente na camada 0-5 cm de profundidade. A maior microporosidade, no sistema V, pode ser resultado das alterações estruturais promovidas pelo revol-

Atribut os físicos em sistemas mistos 241

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Soja: res,dtados de pesquisa 2001-2002

vimento de solo, em 1999, combinadas com dose elevada de calcário, que pode ter dispersado agregados (jucksch, 1987).

Houve diferenças entre profundidades de solo para microporo-

sidade somente em um dos sistemas de produção estudados. No sistema V, a microporosidade incrementou da camada 0-5

cm para a camada 10-15 cm de profundidade.

Houve diferenças entre médias dos sistemas de produção estu-dados, para macroporosidade (Tabela 5). A floresta subtropical apresentou maior macroporosidade (0,149 m 3/m 3 ), em compa-ração aos sistemas 1 (0,064 m 3/m 3), II (0,053 m 3/m 3), III (0,063 m 3/m 3), IV (0,070 m 3/m 3) e V (0,061 m 3 m 3), na cama-da 10-15 cm de profundidade. Na camada 0-5 cm, a floresta subtropical (0,174 m 3/m 3) foi superior ao sistema 11(0,114 m 3/m 3), para macroporosidade. O sistema IV (0,153 m 3/m 3 ) foi superior ao sistema II (0,114 m 3/m 3), para macropotosidade. Isso indica que a macroporosidade está sujeita a mudanças im-

postas pelo manejo de solo (o solo foi rvolvido, no sistema V, em 1999). Foram observadas diferenças de macroporosidade entre profundidades de amostragem de solo em todos os siste-

mas de produção, exceto na floresta subtropical. A macroporo-sidade diminuiu da camada 0-5 cm (0,114 - 0,153 m 3/m 3) para a camada 10-15 cm de profundidade (0,053 - 0,070 m 3/m 3 ). A densidade de solo e a microporosidade aumentaram da camada superficial para a camada mais profunda, enquanto para poro-sidade total e macroporosidade ocorreu o inverso. Os maiores

valores para densidade do solo e microporosidade e os menores valores para porosidade total e macroporosidade, em sistemas

de produção agropecuária, em comparação à floresta subtropi-

242 Spera, S,T. eral.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

cal, evidenciam que solos submetidos a cultivo ou pastejo 50-

frem alterações nas propriedades fisicas. Isso pode ser atribuído

a combinações de diferentes fatores antrópicos: mecanização

freqüente, lotação animal inadequada e insumos com proprie-

dades químicas dispersantes de agregados do solo responsáveis

pela estruturação.

Referências Bibliográficas

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro). Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa Produção da Informação; Rio de Janeïro: Embrapa Solos, 1999. 3l2p.

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Atributos físicos em sistemas mistos 243

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

Tabela 2. Valores de densidade do solo nas camadas de solo 0-5 e 10-15 cm de profundidade, determinados após as culturas de verão, em cinco sistemas de produção e em floresta subtropical. Passo Fundo, RS, 2000.

Sistema de produção

Profundidade (cm) 0-5 10-15 0-5 x 10-15

Densidade do solo (Mg/m3) Contraste entre pro- fdidd (P>F)

Sistema! 1,35 1,50 ** Sistema 11 1,38 1,52 **

Sistema lii 1,29 1,47 *4

Sistema IV 1,30 1,49 Sistema V 1,22 1,38 Floresta(F) 1,05 1,17 ns

Contraste entre sistema lxi! ns os - lxiii os ns - Ix!V os ns - IxV lxF lix!!! * os - IixlV * os - iIxV iixF ilIxiV ns as - liIxV os 4* - iiixF IV x V ns *4 - IV x F

VxF

os = não significativo; * = nível de significincia de 5%; ** = nível de significância de 1%. 1: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja; li: trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja; III: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-ca/soja após pastagem perene de estação fria; IV: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-ca/soja após pastagem perene de estação quente; V: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja após alfafa; e F: floresta subtropical com araucárias.

Atributos físicos em sistemas mistos 245

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 3. Valores de porosidade total nas camadas de solo 0-5 e 10-15

cm de profundidade, determinados após as culturas de verão, em cinco sistemas de produção e em floresta subtropical. Passo Fundo, RS, 2000.

Sistema de Profundidade (cm) produção 0-5 10-15 0-5 x 10-15

Porosidade total (m 3Jm'

Sistema! 0,492 0,434 Sistema II 0,476 0,423 Sistema !!! 0,510 0,447 Sistema IV 0,507 0,434 Sistema V 0,536 0,478 Floresta (F) 0,594 0,548

Contraste entre sistema

Contraste entre pro- fundidade (P>F)

** **

- **

** **

Ns

lx!! ns ns - lxi!! ns ns - !x!V ns ns - !xV

!xF * ns -

!!xiV ns ns - !IxV

!!xF

II!xlV os ns - !I!xV

ii!xF

iVxV os ** - !VxF

VxF

os = não significativo; * = nível de significância de 5%; = nível de signiflcância de 1%. 1: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja; LI: trigo/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja; III: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-ca/soja após pasragem perene de estação fria; IV: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-ca/soja após pastagem perene de estação quente; V: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja após alfafa; e F: floresta subtropical com araucárias.

246 Spera, £T. e: ai.

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

Tabela 4. Valores de microporosidade nas camadas de solo 0-5 e 10-15 cm de profundidade, determinados após as culturas de verão, em cinco sistemas de produção e em floresta subtropical. Passo Fundo, RS, 2000.

Sistema de Profundidade (cm)

produção 0-5 10-15 0-5 x 10-15

Microporosidade (m 31m 3) Contraste entre pro- fundidade (P>F)

Sistema! 0,363 0,367 ns

Sistema li 0,361 0,370 ns

Sistema 111 0,368 0,384 ns Sistema IV 0,355 0,367 ns Sistema V 0,388 0,417 **

Floresta (F) 0,420 0,399 ns Contraste entre sistema

lxi! ns ns - IxilI ns ns - IxIV ns ns - IxV

lxF * ns - lix!!! ns ns - i!xJV ris ris - II x V

IixF ** ns - lJIxIV ns ris - lIIxV ns ns - lIixF ** ns - 1VxV

IV x F 4* ns - VxF * ns - ns = não significativo; * = nível de significância de 5%; ** = nível de significância de 1

%. 1: trigo/soja,, ervilhaca/milho e aveia branca/soja; II: trigo/soja, pastagem de aveia

preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja; Jil: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-

ca/soja após pastagem perene de estação fria; IV: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-

ca/soja após pastagem perene de estação quente; V: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia

branca/soja após alfafa; e E: floresta subtropical com araucárias.

A tributos físicos em sistemas mistos 247

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 5. Valores de macroporosidade nas camadas de solo 0-5 e 10-15 cm de profundidade, determinados após as culturas de verão, em cinco sistemas de produção e em floresta subtropical. Passo Fundo, RS, 2000.

Sistema de Profundidade (cm) 0-5 10-15 0-5 x 10-15

Macroporosidade (m 3/nY) Contraste entre pro- fundidade (P>F)

Sistema 1 0,130 0,064 Sistema II 0,114 0,053 ** Sistema III 0,144 0,063 ** Sistema IV 0,153 0,070 SistemaV 0,149 0,061 ** Floresra(F) 0,174 0,149 ns

Contraste entre sistema lxii ns tis - lxiii ris ns - ixIV ns ns - IxV ns ns - IxF ns ** - IIxiIl ris ns - llxIV * ris - llxV ns ris - II x F IIIxIV ns ns - IIIxV ris ris - IIIxF ris ** - IV x V ns ns - IV x F ns ** - VxF ns ** - ns = não significativo; * = nível de significância de 5%; ** = nível de significância de 1

%. 1: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja; 11: trigo/soja, pastagem de aveia

preta + ervilhaca/milho e aveia branca/sola; III: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-

ca/soja após pastagem perene de estação fria; IV: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia bran-

ca/soja após pastagem perene de estação quente; V: trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia

branca/soja após alfafa; e F: floresta subtropicai com araucárias.

248 Spera, £T. esaL

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resultados de PesQuisa 2001-2002

REDUÇÃO DE ESPAÇAMENTO EM

SEMEADURA TARDIA DE SOJA

Osmar Rodrigues, Mauro César Celaro Teixeira, Julio Cesar Barreneche Lhamby, Emídio Rizzo Bonato e

Paulo Fernando Bertagnolti

Introdução

No Rio Grande do Sul, semeadura tardia de soja é freqüente

em razão de condições adversas de clima e de colheita tardia das culturas de inverno. Nesse aspecto, o sistema trigo-soja usado no RS, e especialmente em regiões mais frias (Campos de Cima da Serra, por exemplo), em que a cultura de trigo é co-lhida mais tarde, muitas vezes, força o estabelecimento da cul-tura de soja tardiamente, com menor potencial de rendimento de grãos.

A produção de grãos de soja é função da taxa fotossintética do dossel. Esta, por sua vez, depende da quantidade de radiação solar interceptada e alcança o máximo em torno de 95% de interceptação. Para essa interceptação, a área foliar mínima por unidade de área de solo (IA?) é de 3,5 a 4,0 no estádio Ri.

Assim, a obtenção de um IAF (3,5 a 4,0) o mais rapidamente possível constitui indicativo de adequação de plantas no tempo e no espaço, o que permite à cultura a máxima exploração dos recursos de ambiente e, por conseqüência, maior rendimento

Espaçamento em semeadura tardia 249

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

de grãos. Fatores de ambiente, como temperatura e fotoperío-

do, condicionam o IAF, e essa resposta é dependente da latim-

de, da época de semeadura e de características dos genótipos.

Fotoperíodo curto provoca indução precoce à floração, limitan-

do o número de nós, o JAF, o estabelecimento dos destinos e o

acúmulo de reserva nos grãos.

Cultivares precoces apresentam baixo JAF, o que determina

baixa interceptação de radiação solar durante a formação de

grãos. Semeadura tardia (dezembro) coloca o período reprodu-

tivo de soja em condição de ambiente menos favorável, com

dias mais curtos e temperaturas mais elevadas, provocando

menor acúmulo de radiação solar absorvida. De modo geral, o

baixo nível de radiação solar acumulada durante o período re-

produtivo tem sido apontado como causa principal da perda de

rendimento de grãos de soja, em semeadura tardia. Cultivares

precoces semeadas tardiamente (dezembro) poderiam antecipar

o crescimento reprodutivo para um período mais favorável do

ponto de vista de acúmulo de radiação solar. Assim, é possível

que a antecipação da fase de crescimento reprodutivo de culti-

vares precoces possa minimizar perdas de produção associadas

a semeadura tardia decorrente do uso de duas culturas por ano.

Ainda, cultivares precoces permitem a antecipação da colheita

sem risco de perdas por geadas, como ocorre cm semeadura

tardia de cultivares de ciclo longo.

O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial de rendi-

mento de soja, usando cultivares de ciclo de maturação precoce

semeadas em dezembro e janeiro, visando a adequar o sistema

de duplo cultivo com trigo.

250 Rodrigs.ees, 0. e: ai.

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resultados de pesquisa 2001-2002

Método

Foram estabelecidos dois experimentos na área experimental do Centro Nacional de Pesquisa dc Trigo - Embrapa Trigo, em Passo Fundo (28°15'S, 52°24'W e 687 m de altitude), RS. O primeiro experimento foi instalado em dezembro (18/12/2000), e o segundo, em janeiro (19/1/2001). Em cada experimento, foram estudados três genótipos de soja (FT-Cometa GM V, BRS 205 e Fepagro-RS 10). A semeadura foi realizada mecani-camente em sistema plantio direto. Estudaram-se duas popu-lações dc plantas (30 e 60 plantas/m 2 ) em dois espaçamentos entre fileiras (0,25 e 0,50 m), em arranjo fatorial. O delinea-mento usado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. A adubação de P e K foi realizada mediante uso de 200 kg/ha da fórmula 0-25-25, conforme recomendação técnica para a cultu-ra. Durante o período de desenvolvimento da cultura, em se-meadura de dezembro, foi realizada uma irrigação de 11 mm, em 21 de dezembro. Foram realizadas aplicações de inseticidas para controle de pragas. No estádio R8, foram avaliados, em 6 m2 de parcela útil, rendimento de grãos, componentes de ren-dimento, inserção de vagens e altura de plantas.

Resultados

Semeadura de dezembro

Com relação ao rendimento de grãos, não se observou interação significativa entre cultivares, espaçamento e densidade usados.

Espaçamento em semeadura tardia 251

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iwíltados de besauisa 200 1-2002

Contudo, observaram-se diferenças de rendimento de grãos entre as cultivares estudadas (Tabela 1), independentemente da densidade e do espaçamento adotados (Tabela 2).

O espaçamento de 25 cm entre fileiras proporcionou maior rendimento de grãos, independentemente da cultivar estudada (Tabela 2). Comparando cultivares, observa-se que FT-Cometa (precoce GM V) obteve rendimento de grãos que não foi dife-rente do de cultivar Fepagro-RS 10 (tardia), a qual obteve me-!hor desempenho. Cabe destacar que a cultivar FT-Cometa, com destacado potencial de rendimento de grãos, foi ainda 19 dias mais precoce na época de colheita, em relação a Fepa-gro-RS 10, e semelhante a BRS 205.

Com relação à fenologia, observa-se que as épocas de floresci-mento pleno (112) para as cultivares BRS 205 e FT-Cometa foram as mesmas (6/12). A cultivar Fepagro-RS 10 foi 7 dias mais tardia.

Em semeadura tardia, o espaçamento de 25 cm melhora o ren-dimento de grãos de soja. Ainda, o uso de cultivares precoces após a colheita de trigo poderia constituir estratégia viável de antecipação de colheita sem perda significativa de rendimento de grãos.

Semeadura de janeiro

Das cultivares estudadas, observou-se que, independentemente da densidade e do espaçamento, a cultivar Fepagro-RS 10 (tar-dia) foi mais produtiva, seguida por BRS 205 e por FT-Cometa, que não foram diferentes em termos de rendimento de grãos.

252 Rodrigsies, O. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Observou-se interação significativa para rendimento de grãos, considerando-se os três fatores (cultivar x densidade x espaça-me nto).

O maior rendimento de grãos da cultivar FT-Cometa (precoce), na densidade de 60 plantas/m 2, foi observado no espaçamento de 25 cm (Tabela 3). As cultivares BRS 205 e Fepagro-RS 10 não apresentaram incremento no rendimento de grãos quando a densidade de plantas foi aumentada para 60 plantas/m 2 .

Com relação ao espaçamento, observou-se que para rodas as cultivares estudadas a distância entre fileiras de 25 cm apre-sentou melhor desempenho produtivo (Tabela 3).

Com relação à fenologia, observou-se que a época de floresci-mento (R2) das cultivares BRS 205 (28/2) e FT-Cometa (26/2) foi próxima. A cultivar Fepagro-RS 10 foi 10 dias mais tardia. O mesmo comportamento ocorreu no estádio R8, no qual a cultivar Fepagro-RS 10 foi cerca de 19 dias mais tardia que as demais.

Todas as cultivares avaliadas apresentaram rendimento de grãos maior no espaçamento mais reduzido. O rendimento de grãos esteve correlacionado com número de grãos (Fig. 1).

Observou-se também que, em determinado número de grãos, o rendimento foi mínimo, e, abaixo e acima desse número de grãos, o rendimento apresentou tendência de aumento, em ambos os espaçamentos. Contudo, esse número de grãos/m 2 que produziu o menor rendimento foi maior no espaçamento de 25 cm entre fileiras. Esse comportamento do número de grãos parece estar mais associado ao efeito de compensação no peso de grãos no espaçamento de 25 cm. À medida que o nú-mero de grãos/m 2 aumentou, houve redução no peso de grãos

Espaçamento em semeadura tardia 253

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

(Fig. 2). Essa redução ocorreu até certo valor de número de grãos/m 2 , a partir do qual o peso de grãos manteve-se cons-tante, ou até mesmo aumentou no espaçamento de 50 cm.

Entre os componentes secundários que afetam o número e o

peso de grãos (número de vagens), observou-se que rendimento de grãos esteve mais associado a número de vagens/m 2 no espa-çamento de 50 cm do que no espaçamento de 25 cm (Fig. 3).

Efeito contrário quanto aos espaçamentos estudados foi obser-

vado em relação ao peso de grãos (Fig. 4). No tocante aos componentes terciários de rendimento (número de vagens/nó),

observou-se que, com o aumento da densidade (60 plantas/m 2), ocorreu significativo aumento no número de nós/m 2 . Ainda, o efeito da densidade foi muito maior no número de nós do que o

efeito do espaçamento. Nesse particular, observou-se que a

densidade de 30 plantas/nY apresentou, para um mesmo nú-

mero de vagens, maior número de vagens/nó, em relação à densidade de 60 plantas/m 2 (Fig. 5). Com isso, em maior den-sidade ter-se-á menor número de vagens/nó e conseqüente-

mente maior disponibilidade de fonte/vagem. Com relação ao número de vagens/nó, observou-se correlação positiva $ com número de grãos/m 2 (Fig. 6), independentemente da densida-

de. Contudo, na densidade maior, o maior número de grãos/m 2 é atingido por menor número de vagens/nó, em relação à den-

sidade menor (Fig. 6), o que poderia contribuir para redução da

compensação por peso, potencializando o rendimento de grãos. Isso poderia explicar o maior rendimento nas densidades maio-

res, observado em semeadura tardia (Tabela 3).

Em semeadura de janeiro, o espaçamento de 25 cm permite obter maior rendimento de grãos de soja, em condições de ade-

quada disponibilidade hídrica.

254 Rodrigues, 0. e: ai.

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resultados de Pescuisa 2001-2002

A semeadura tardia de soja (janeiro) com cultivares precoces, no sistema de duplo cultivo após trigo.ou por atraso na época de semeadura por estresse hídrico, por meio de espaçamento mais reduzido e/ou maior densidade de semeadura, pode repre-sentar adequada estratégia de escape de geadas precoces em abril e/ou maio.

O número de vagens por nó foi, claramente, o mais importante componente afetando o número de vagens e o número de grãos. Essa correlação mostrou-se distinta em função das den-sidades usadas, em que, para a densidade de 60 plantas/m 2 , o mesmo número de vagens/nó produziu número de vagens/m 2 e número de grãos/m 2 maiores. A população de 60 plantas/m 2 pode compensar a menor produção por planta em semeadura tardia.

Tabela 1. Rendimento de grãos de cultivares de soja semeadas em 18/12/2000, Passo Fundo, RS.

Cultivar Rendimento de grãos (kg/ha)

Fepagro-RS 10 3.613 A*

FT-Cometa 3.502 AB

BRS2O5 3.324B

*Valores seguidos de mesma letra não diferem estatisticamente, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Espaçamento em semeadura tardia 255

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Soja. resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 2. Efeito da densidade e do espaçamento no rendi-mento de grãos de cultivares de soja semeadas em 18/12/2000, Passo Fundo, RS.

Tratamento Rendimento de grãos (kg/ha)

Densidade 30 3.524 a*

(plantas/m 2) 60 3.435 a

Espaçamento 25 3.571 A

(cm) 50 3.389B

*valores seguidos de mesma letra, minúscula (densidade) e maiúscula (espaçamento), não diferem estatisticamente, pelo teste de Tukey, ao ní-vel de 5% de probabilidade.

Tabela 3. Rendimento de grãos (kg/ha) de cultivares de soja sob diferentes espaçamentos e densidades de plantas. Passo Fundo, RS.

Tratamento Rendimento de grãos (kg/ha)

FT-Cometa BRS 205 Fepagro-RS 10

Densidade 30 2.716 b* 2.841 a 3.103 a

(plantas/m 2) 60 3.004 a 3.049 a 3.220 a

Espaçamento 25 3.072 A 3.054 A 3.477 A

(cm) 50 2.648 B 2.837 B 2.847 B

*Valores seguidos de letras minúsculas (densidade) e maiúsculas (espaça-mento) diferentes, na coluna, diferem estatisticamente, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro.

256 Rodrigues, 0. et ai.

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resultados de Pesauisa 2001-2002

5.000 -

y 0,0001x2 - 1 ,479x + 6884,8 066'

j 4.000

• 9/

1 •oo-

y = 0,0002x2 - 1 ,4683x + 5.657,9 2 2.000 - r- o

o i.000 cc

L9a o

O 2.000 4.000 6.000 8.000

Número de grâoslm2

Fig. 1. Efeito do número de grãos/m 2 no rendimento de grãos de soja cultivada em dois espaçamentos entre as linhas.

250

y=3E-06x2 -00498x+31876

200

150 rl = 8E-06x2 . 0,0812x + 34842

100 r=O,75

.25cm 50

050cm

0-1

1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000

Número de grãoslm 2

Fig. 2. Relação entre o peso de grãos e número de grãos/tu 2 em cultivares de soja submetidas a dois espaçamentos entre as linhas.

Espaçamento em semeadura tardia 257

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

1 y = 0,0003x2 - 2,0253x + 6.060,4

4.000 1 r=0,60

o 3.000 -j a)

a) 1 0 UJ 0

2 2.000 y 0,0005x2 - 2,3249x + 5.298,9 C 1 r=0,72 o E ___

1.000- •25cm 1 0) ri

1 IOSOcmI

0!

O 1.000 2.000 3.000 4.000

Número de vagenslm2

Fig. 3. Efeito do número de vagens/m 2 no rendimento de grãos de soja cultivada em dois espaçamentos entre as linhas.

4.000 - --- .- -

1 Y=o.l693x2;

3.000

: +e255 .

o

a,

o 2.000 y = -0,3669x2 + 122.76x-7.353j r=0,75

c

1.000 •25cm

050cm ec 01

100 120 140 160 180 200

PMS ( )

Fig 4. Efeito do peso de grãos no rendimento de grãos de soja, cultivada em dois espaçamentos entre as linhas.

258 Rodrigues, 0. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

y =

4599 608,64

1.000

o 0 5 10 15

NúmerQ de vagens/nó

Fig. 5. Efeito no número de vagens/nó no número de vagens de soja culti- vada em duas densidades de semeadura.

12.000,

10.000 -1

1 8.000

6.000 o ao

4.000

2.000

o O 2 4 6 8 10 12 14

Número de vagens/nó

Fig. 6. Efeito do número de vagens/nó no número de grãos/m 2 de soja cultivada em duas densidades de semeadura.

Espaçamento em semeadura tardia 259

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Soja: twultados depesquisa 2001-2002

IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE PERCEVEJOS E AVALIAÇÃO DO SEU

PARASITISMO, NA CULTURA DE SOJA

Gabriela Lesche Tonet e José Roberto Salvadori

Introdução

Entre os insetos nocivos que atacam a cultura de soja, no Sul do Brasil, destacam-se os percevejos firófagos pertencentes à Or-dem Hemiptera e à Família Pentatomidae. Essas espécies, por se alimentarem de grãos, afetam a qualidade e reduzem subs-tancialmente o rendimento destes (Corrêa-Ferreira e Panizzi, 1999). O Manejo dc Pragas para a cultura recomenda con-trole com inseticidas sempre que for encontrado um indiví-duo/metro de fileira de soja, após o início da formação dc va-gens, em lavouras de produção de grãos, e apenas 0,5 indiví-duo/metro, no caso de lavouras de produção de semente (XXIX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, 2001). Constatou-se, durante a década de 1990, nas lavouras do Rio Grande do Sul, que essas pragas mantiveram populações ex-tremamente baixas, poucas vezes atingindo nível de controle. No entanto, nas três últimas safras, as populações de percevejos vêm aumentando consideravelmente, ultrapassando, em muitas áreas, o nível de dano econômico, causando danos considerá-veis em grãos, aborto de vagens e retenção foliar em plantas, que são sempre irreversíveis, resultando em perdas espressivas no rendimento e na qualidade de grãos de soja. As espécies de

260 Tona, CL. e Salvadori, J. R.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

percevejos causam danos variáveis à planta de soja, sendo o percevejo-verde-pequeno mais agressivo, afetando ainda mais a

qualidade de grãos e causando maior retenção foliar em plantas em fase de maturação. Objetivando-se verificar quais as espé-

cies mais abundantes, atualmente, nas lavouras de soja e ava-

liar o índice de parasitismo natural dessas pragas em campo,

coletaram-se em algumas lavouras de soja, em fim de ciclo,

com expressiva retenção foliar, espécimes de percevejos.

Método

Foram coletados, com auxílio de rede entomológica, percevejos

adu!tos e ninfas, em duas lavouras do município de Palmeira

das Missões, RS, Granja Holanda e Granja F]ederich, 85 e 100

indivíduos, respectivamente, e, em uma lavoura do município de Ronda Alta, ES, 140 indivíduos, no mês de abril de 2002.

Os insetos colerados foram transferidos para laboratório e colo-

cados em placas de Petricom papel filtro e identificados por

espécie e local de coleta. Para alimentação, foram fornecidas

vagens de soja, que eram substituídas por novas a cada 48 ho-ras. Diariamente os espécimes foram observados, anotando-se a

mortalidade e posteriormente a eclosão de insetos parasitos ou

o surgimento de doenças.

Resultados

Os resultados mostraram que, na lavoura em que foram cole-

Espécies de percevejo 261

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Soja: ,vultados de pesquiSa 200 1-2002 -

tados 85 percevejos, 51,8% eram Piezodorus guildinii, 40,0% eram Nezara viridula e apenas 8,2% eram Euschistus heros. Des-ses insetos, apenas 5,9% estavam infectados pelo fungo Beazive-ria bassiana. Em nenhum dos exemplares coletados nessa área a

causa da morte vinculou-se ao parasitismo por insetos. Na ou-tra lavoura, do município de Palmeira das Missões, dos 100

percevejos observados, 45,0% eram P. guildinii, 30,0% eram N. viridu/a, 15,0% eram E. heros e 10,0% eram Edmz medita-bunda. Foi constatada a mortalidade de apenas 7,0% dos inse-

tos causada pelo fungo B. bassiana. Como nos percevejos cole-

tados na lavoura acima mencionada, nessa lavoura, também

não foi observado inseto morto em conseqüência da ação de

parasitóides. Os percevejos obtidos na lavoura em Ronda Alta

apresentaram 2,5% de mortalidade por B. bassiana e 2,8% de mortalidade pela ação da mosca Trichopoda giacorneili (= Butri-chopodopsis nitens) ( Blanchard). Essa mosca, da Família Tachini-

dae, tem por hábito depositar ovos sobre adultos e ninfas de

percevejos, cujas larvas, após eclodirem, penetram no corpo do

hospedeiro, do qual se alimentam, causando a morte deste.

Nessa área, as espécies de percevejos coletadas foram: P. guil-dinü (17,5%), N. viridula (77,5%) e E. heros (5,0%). As três

espécies, que foram mais abundantes nessas áreas de soja, são

consideradas, do grupo de percevejos fitófagos que atacam a cultura de soja, as principais pragas, em razão da maior popula-

ção e da maior agressividade às plantas hospedeiras. Nos anos

70 e 80, a mortalidade de percevejos por T. giacome/li era ex-pressivamente mais elevada, principalmente nos exemplares

observados nessa fase, final de ciclo da cultura de soja. Atual-mente, de acordo com as observações realizadas, esse índice de

parasitismo é praticamente inexpressivo. Apesar da recomenda-

ção de produtos mais seletivos, nos últimos anos, para o con-

262 Tone:, G.L. e Salvadori,J.R.

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resultador de pesqnisa 2001-2002

trole de lagartas e de percevejos, o uso de inseticidas para o controle de pragas iniciais vem aumentando em soja, e essas

pulverizações podem ser um dos fatores que estão contribuindo para a redução populacional de insetos benéficos na cultura.

Referências Bibliográficas

CO RRÊA- FERRE IRA, B. 5.; PANIZZI, A. R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina, PR: EMBRAPA-CNPSo, 1999. 45 p. (EMBRAPA-CNPSo Circular Técnica, 24).

REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL, 29: 2001). Indicações técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2001/2002. Porto Alegre, RS: FEPAGRO, 2001. 138p.

Espécies de perce vejo 263

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

EFEITO DO TRATAMENTO DE SEMENTES COM INSETICIDAS, PARA O CONTROLE DE

Sternechus subsignatus, EM SOJA

Gabriela Lesche Tonet e José Roberto Salvadori

Introdução

Sternechus subsignatus Boheman, 1836 (Coleoptera, Curculioni-dae), conhecido corno tamanduá-da-soja, é considerada, pelos danos que causa, uma das principais pragas que atacam a cul-tura de soja. Tonet et ai. (1997) citam que a menor incidência de larvas do tamanduá-da-soja ocorrreu quando não houve sucessão de soja sobre soja, em áreas de plantio direto. Tonet (1999) obteve 80% de controle de adultos com thiamethoxan, pulverizado na dose de 5,0 g i.a./ha. Salvadori et ai. verificaram que carbossulfan, na dose 250 g i.a./100 kg de sementes, pro-porcionou 85% de controle de adultos, até o sétimo dia após a infestação dos insetos nas plantas. Tonet 2001 (a), em ensaios de campo, comprovou a eficiência de fipronil, nas doses de 25 e 50 g i.a./100 kg de sementes, aos 23 e 36 dias após a infesta-ção dos insetos nas plantas. Tonet 2001 (b) cita que thia-methoxan, nas doses de 300, 200 e 100 g p.c./100 kg de se-mentes, e carbofuran e carbossuifan, ambos na dose de 3.000 g p.c./100 kg de sementes, propiciaram mais de 90% de controle de adultos de S. subsignatus, quando a infestação foi realizada aos sete dias após a emergência de plantas. E que apenas thia-methoxan, na dose mais alta, e carbofuran atingiram controle

264 Tonet, G. L. e Salvadori, J. R.

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resultados de Pesquisa 2001-2002

acima de 80% quando a liberação foi feita aos 21 dias após a emergência de plantas. Atualmente o controle de adultos de

tamanduá-da-soja pode ser obtido pelo uso de inseticidas nas

sementes ou em pulverizaçoes, ambos associados a rotação

culturas. O ataque de S. subsignatus, geralmente, inicia nas bor-

daduras da lavoura, em virtude da migração de insetos de áreas

com milho, onde no ano anterior havia soja atacada por essa

praga. O objetivo deste experimento foi avaliar a eficiência de

diferentes inseticidas e doses, aplicados nas sementes de soja,

no controle de adultos de S. subsignatus, em diferentes distânci-

as da bordadura.

Método

O experimento foi instalado ao lado de uma plantação de mi-lho, em área de agricultor que no ano anterior havia sido culti-

vada com soja e houvera alta incidência de tamanduá-da-soja,

localizada no município de Carazinho, RS, na safra de 200 1/2002. Os inseticidas foram misturados a sementes de soja

da cultivar BRS 154, em tonel giratório.

As sementes tratadas com os diferentes inseticidas e doses fo-

ram semeadas em 19 de novembro, com semeadora de parce-

las experimentais M-7, desenvolvida na Embrapa Trigo. O

delineamento experimental foi de blocos casualizados, com seis

tratamentos e quatro repetições. Os inseticidas e respectivas

doses encontram-se na Tabela 1.

Controle de Sternechus 265

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resultados de Pesquisa 2001-2002

Cada parcela mediu 2,0 m de largura por 20,0 m dc compri-

mento, com quatro fileiras de soja, espaçadas 0,4 m. A unidade

experimental constou dc uma linha de soja de 1,0 m de com-

primento, na qual foram realizadas todas as avaliações. Cada

tratamento químico foi avaliado aos 3, 6, 9 e 12 metros da bordadura, onde determinnaram-se o número de adultos vivos

e o número de plantas danificadas aos 28, 34 e 68 dias após a

semeadura (DAS). No início da formação de vagens, foram

determinados o número de larvas nas plantas de cada unidade

experimental e, após a maturação, o rendimento de grãos.

Os dados referentes a número de adultos e de larvas (transfor-

mados pela Vx + 0,5), número de plantas danificadas e rendi-mento de grãos foram submetidos à análise de variância, e as

médias foram comparadas, pelo teste Tukey, a 5% de probabi-

lidade. As percentagens de eficiência dos diferentes tratamen-tos foram obtidas empregando-se a fórmula de Abbott citada

por Nakano etal. (1981).

Resultados

Distância de 3 metros da bordadura

Na Tabela 2, constam os resultados referentes ao número de

adultos de tamanduá-da-soja vivos nos diferentes tratamentos.

A maior mortalidade de adultos, 100% aos 28 DAS (dias após

a semeadura), foi observada nas parcelas tratadas com thia-

methoxan, na dose de 200 g p.c./100 kg de sementes, embora

266 Tonet, G.L, e Salvadori, J. R.

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resultados de hesatusa 2001-2002

não tenha diferido estaristicamente do tratamento com fipronil. Na testemunha, ocorreu significativamente o maior índice de

insetos, semelhante apenas ao registrado nas parcelas tratadas com thiodicarb.

Aos 34 DAS, thiamethoxan e fipronil, com 90% de mortalida-

de, foram semelhantes estatisticamente aos tratamentos bifen-

trin e carbofuran, com 80% de controle. Thiodicarb, com ape-

nas 30% de controle, não diferiu da testemunha.

Na última avaliação, realizada aos 68 DAS, com 100% de controle, todos os tratamentos químicos diferiram significati-

vamente da testemunha.

A Tabela 3 apresenta os dados referentes ao número de plantas

danificadas; na primeira avaliação, o menor número de danos

nas plantas foi observado com thiamethoxan e com fipronil,

0,00 e 1,38%, respectivamente. Na testemunha, foi registrado

o maior índice dc plantas danificadas, 18,57%, igualando-se

estatisticamente apenas ao carbofurari.

Aos 34 DAS, thiamethoxan, fipronil e bifentrin foram estatisti-

camente iguais, com os menores danos. Na última observação,

aos 68 DAS, fipronil apresentou o menor índice de danos nas

plantas (2,77%), diferindo estatisticamente dos demais trata-mentos. Já na testemunha, havia 67,14% de plantas danifica-

das, semelhante ao dano observado com thiodicarh (53,62%),

ambos tendo diferido estatisticamente dos demais tratamentos.

A Tabela 14 apresenta o número de larvas encontradas nas

plantas danificadas por adultos de S. subsignatus; o menor valor foi observado no tratamento com fipronil, embora não tenha

diferido estatisticamente do número de larvas encontradas nos

tratamentos com thiamethoxan e com bifentrin. Pode-se verifi-

Controle de Sternechus 267

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

car que, na testemunha, esse número foi significativamente superior a todos os demais tratamentos.

Os rendimentos de grãos dos diferentes tratamentos encon-

tram-se na Tabela 4. Fipronil, que foi mais eficiente no con-trole de adultos e larvas, propiciou o rendimento mais elevado,

diferindo dos demais tratamentos. Na testemunha, os maiores números de adultos, plantas danificadas e larvas resultou em

rendimento de grãos estatisticamente inferior ao dos demais

tratamentos.

Distância de 6 metros da bordadura

Na Tabela 5 constam os resultados referentes ao número de

adultos, nos diversos tratamentos. Aos 28 DAS, fipronil, com

100% de controle, foi o mais eficiente, embora tenha sido se-

melhante estatisticamente a thiamethoxan, com 93,75% de

controle. Esse último não diferiu significativamente de bifen-

trin, com 75,00% de mortalidade de adultos, o qual foi seme-lhante em números absolutos a carbofuran e a thíodicarh. A

testemunha com o maior número de insetos vivos diferiu esta-

tisticamente dos demais tratamentos.

Aos 34 DAS, thiamethoxan e fipronil foram os mais eficientes,

diferindo dos demais tratamentos, à exceção de bifentrin, que

foi semelhante estatisticamente a carbofuran e a thiodicarb. A

testemunha com o maior índice de insetos diferiu de todos os

tratamentos.

Aos 68 DAS, todos os tratamentos químicos proporcionaram

controle significativamente superior ao da testemunha, à exce-

268 Tonet, G.L. e Salvadori, J. R.

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resultados de Pesauisa 2007-2002

ção de thiodicarb, que manteve uma situação intermediária,

não diferindo da testemunha.

A Tabela 6 apresenta os resultados obtidos quanto ao número de plantas danificadas por insetos adultos. Em todas as avalia-

ções, todos os tratamentos apresentaram danos significativa-

mente inferiores ao da testemunha. Fipronil, com o menor ín-

dice de plantas danificadas, não diferiu apenas de thiametho-

xan, nas três observações realizadas.

Quanto ao número de larvas encontradas nas plantas no início de formação de vagens (Tabela 14), observa-se que este na

testemunha foi significativamente superior a todos os demais

tratamentos. Fipronil, com 94,73% de controle de larvas, supe-

rou estatisticamente todos tratamentos.

Quanto ao rendimento de grãos, constata-se na Tabela 7 que

fipronil, por ter proporcionado ótimo controle de adultos e

menor número de plantas danificadas e com larvas, obteve ren-

dimento de grãos significativamente superior ao dos demais tratamentos. A testemunha, com 1.608 kg/ha, apresentou ren-

dimento estatisticamente inferior ao de todos os demais trata-

me utos.

Distância de 9 metros da bordadura

Nas avaliações realizadas aos 9 metros da bordadura das par-

celas vizinhas da cultura de milho, percebe-se na Tabela 8 que

o número de insetos/m foi inferior ao registrado nas distâncias de 3 e 6 m. Aos 28 DAS, fipronil foi o tratamento com o me-

nor número de insetos vivos, embora não tenha diferido signifi-

Controle ck Sternechus 269

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resultados de hesauisa 2001-2002

cativamente de thiamethoxan e de carbofuran. A testemunha

com o maior índice foi semelhante a thiodicarb e a bifentrin.

Na observação feita aos 54 DAS, a testemunha com 2,50 ins-

tos/m diferiu dos demais tratamentos, os quais foram seme-lhantes estatisticamente entre si, na última avaliação. Aos 68

DAS, apenas na testemunha foram encontrados adultos de ta-

manduá-da-soja; nos demais tratamentos não havia mais pre-sença dessa praga nas plantas.

A Tabela 9 apresenta dados referentes ao número de plantas

danificadas por insetos adultos. Aos 28 DAS, não houve signi-

ficância estatística entre os valores obtidos nos diferentes tra-

tamentos. No entanto, aos 34 DAS, verificou-se que na teste-

munha o número de plantas danificadas foi estatisticamente

superior ao dos demais tratamentos. As parcelas tratadas com fipronil apresentaram o menor índice de danos nas plantas,

embora não significativo para tluamethoxan e para hifentrin.

Aos 68 DAS, com a mortalidade total dos insetos nos trata-

mentos com inseticidas, o índice de danos nas plantas perma-

neceu semelhante ao observado na avaliação anterior, regis-

trando-se um aumento no número de plantas com danos ape-nas nas parcelas da testemunha. Quanto ao número de larvas

encontradas nas plantas, observa-se, na Tabela 14, que fipronil

controlou 100% das larvas, diferindo estatisticamente de todos

tratamentos, seguido por thiamethoxan, bifentrin e carbofuran,

que foram semelhantes entre si. Thiodicarh, com 46,67% de

controle, foi o produto químico menos eficiente. Na testemu-

nha, foi significativamente maior o número de larvas nas plan-

tas.

Os rendimentos obtidos nos diferentes tratamentos, aos 9 m da

bordadura, encontram-se na Tabela 10. Fipronil, novamente,

270 Tonet, G.L. e Salvadori, J. R.

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resultados de Pesauisa 2001-2002

proporcionou rendimentos significativamente superiores aos

dos demais tratamentos. A testemunha, com apenas 1.880

kg/ha, foi estatisticamente inferior a todos os tratamentos es-

tudados.

Distância de 12 metros da bordadura

A Tabela 11 apresenta os dados de controle de adultos de ra-manduá-da-soja nos diferentes tratamentos. Verifica-se que

fipronil e thiamethoxan, aos 28 DAS, tinham significativa-

mente o menor número de adultos nas parcelas.

Thiodicarh e a testemunha, com o mesmo índice, não diferiram

entre si, mas foram estatisticamente superiores aos demais tra-

tamentos. Aos 34 DAS, fipronil, ainda com menor incidência

da praga nas plantas, diferiu estatiscicamente de todos os tra-

tamentos, à exceção de thiamethoxan, que foi semelhante a

bifentrin. Dos tratamentos, thiodicarb foi o menos eficiente,

embora não tenha diferido de carbofuran. O maior número de

insetos foi o da testemunha, tendo diferido significativamente

de todos os tratamentos. Na última observação, aos 68 DAS,

todos os tratamentos químicos foram semelhantes entre si, di-

ferindo estatisticamente da testemunha, com 1,50 adulto/m.

Na Tabela 12 constam os dados do número de plantas danifi-

cadas, nas diferentes épocas de avaliação. Verifica-se que, aos

28 DAS, thiamethoxan, fipronil e bifentrin foram semelhantes

entre si, com o menor índice de danos, diferindo dos demais

tratamentos. A testemunha apresentou significativo maior

número de plantas com danos. Aos 34 DAS, fipronil destacou-

Controle & Siernechus 271

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

se estatisticamente dos demais produtos, com menor índice de

plantas danificadas. Os demais tratamentos inseticidas foram semelhantes entre si, apresentando significativo número de

plantas menor que o registrado na testemunha. Aos 68 DAS, a

testemunha manteve um significativo maior número de danos nas plantas. Fipronil permaneceu com o menor índice de plan-

tas danificadas.

Fipronil, como consta na Tabela 14, foi estatiscamente mais

eficiente no controle de larvas, com 100% de controle. Thia-

methoxan, com 78,57%, foi semelhante a bifentrin. Na teste-munha, o número de larvas foi significativamente superior ao

de todos os tratamentos.

Os rendimentos obtidos (Tabela13) por fipronil e por thia-

methoxan foram semelhantes entre si, mas estatisticamente

superiores aos dos demais tratamentos. A testemunha apre-

sentou o menor rendimento dc grãos, que, em números abso-

lutos, diferiu de todos os tratamentos estudados.

Conclusões

Fipronil, independentemente da distância em que foi realizada

a observação, foi o mais eficiente no controle de adultos, na

redução de danos nas plantas, na redução do número de larvas

e no rendimento de grãos.

Thiaméthoxan apresentou bom controle de adultos e reduçâo de danos e de larvas nas plantas, resultando em bom rendi-

272 Tone:, G.L. e Salvadori, J. R.

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Soja:resultados de pesquisa 2001-2002

mento de grãos, principalmente nas avaliações feitas aos 9 e 12

m da hordadura.

Referências Bibliográficas

NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, 5.; ZUCCHI,1C A. Entomolo-gia econômica. Piracicaba: USP-ESALQ, 1981. 314 p.

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TONET, G. L. Eficiência de inseticidas, em tratamento de semen-tes, no controle de adultos de Sternechus subsignatus, 23 e 36 dias após a emergência de soja. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pes-quisa de Trigo. Soja: resultados de pesquisa 2000-200 1. Passo Fun-do: Embrapa Trigo, 2001. P. 227-248.

TONET, G. L. Eficiência agronômica do tratamento de sementes, com thiamethoxan no controle de adultos de Síernechus subsignatus, em soja. In: EMBR.APA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Soja: resultados de pesquisa 2000-2001. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2001. P. 249-286.

Controle eú Sternechus 273

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Soja: iwiltados de pesquisa 200 1-2002

TONET, G. L.; MESQUITA, A. N.; SANTOS, H. P. dos. Efeito de preparo de solo e de sistemas de rotação de culturas no ataque de Sternechus subsignatus em plantas de soja. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Soja: resultados de pesquisa do Cen-tro Nacional de Pesquisa de Trigo 1996-1997. Passo Fundo: EMBRAPA-CNPT, 1997. P. 149-153.

Tabela 1. Nome técnico, nome comercial e respectivas doses dos inseticidas testa-dos, via tratamento de sementes, para o controle de Sternechus subsignatus, em soja. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2002.

Nome técnico Dose (g ia.!

100 kg semente Nome comercial

Dose (g p.c.!

100 kg semente

Thiamethoxan 140 Cruiser 700 WS 200

Fipronil 250 Standack 200

Thiodicarb 700 Semevim 350 RÃ 2.000

BF 163-10 A (com Bifentrin 120 TS 35 350

micronutrientes)

Carbofuran 1.050 Furadan 350 SC 3.000

Testemunha - - -

274 Tona, G.L. e Salvadori, J. R.

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Controle de Sternechas 275

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Tona, G. L. e Salvadori, J. R.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 4. Rendimento de grãos de soja tratada com diferentes inseticidas, nas sementes, jara o controle de Sternechus sub-

signatus, aos 3 m da hordadura. Embrapa, Passo Fundo, RS,

2002.

Tratamento Dose (g p.c.IIMO kg

de semente) Rendimento'

(kg/ha)

Thiamethoxan 200 4.053 b

Fipronil 200 4.545 a

Thiodicarb 2.000 2.260 d

Bifcntrin 350 3.347 c

Carbofuran 3.000 2.637 d

Testemunha - 1.752 e

C.V.% 5,97

Número médio de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem estausticamente

entre si (Tukey, 5%).

Controle de Siernechus 277

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 7. Rendimento de grãos de soja tratada com diferentes inseticidas, nas sementes, para o contrõle de Siernechus sub- signatus, aos 6 m da bordadura. Embrapa, Passo Fundo, RS, 2002.

Tratamento Dose (g p.c./100 kg Rendimento' de semente) (kg/ha)

Thiamethoxan 200 3.960 b

Fipronil 200 4.412 a

Thiodicarb 2.000 2.710 c

Bifentrin 350 2.795 c

Carbofuran 3.000 2.337 c

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Número médio de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem estatisticamente entre si (Tukey, 5%).

280 Tonet, G.L. e Salvadori, J. R.

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

Tabela 10. Rendimento de grãos de soja tratada com diferen-tes inseticidas, nas sementes, pata o controle de Síernechus sub-signatus, aos 9 m da bordadura. Embrapa, Passo Fundo, RS, 2002.

Tratamento Dose (g p.c./100 kg Rendimento'

de semente) (kg/ha) Thiamethoxan 200 4.020 b

Fipronil 200 4.402 a

Thioclicarb 2.000 3.175 c

Bifentrin 350 3.280 c

Carbofuran 3.000 3.022 c

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'Número médio de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem estatisticamente entre si (Tukey, 5%).

Controle de Siernechus 283

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Soja: resultados de pesquisa 2001-2002

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Controle de Sternechus 285

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Soja: resultados de pesquisa 200 1-2002

Tabela 13. Rendimento de grãos de soja tratada com diferen-tes inseticidas, nas sementes, para o controle de Sternechus sub-signatus, aos 12 m da bordadura. Embrapa, Passo Fundo, RS, 2002.

Tratamento Dose (g p.c./100 kg Rendimento'

de semente) (kg/ha)

Thiamethoxan 200 4.120 a

Fipronil 200 4.250 a

Thiodicarb 2.000 3.000 b

Bifentrin 350 3.430 b

Carbofuran 3.000 3.130 b

Testemunha - 1.700 c

C.V. % 7,40

'Número médio de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra, na vertical, n.o diferem estaristicamente entre si (Tukey, 5%).

286 Tone:, G.L. e Salvado ri,J.R.

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Sojá: SsuItdos de peiquisã 2001-2002

288 Tonel, G.L e Sdvdèi,'j.R.

Page 291: lU 1 liii I II I III HI II · Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli, Sérgio de Assis Librelaito Rubin, Cleiton S:eckiing, José Antônio Costa, Mário

Soja Resultados de Pesquisa, 2002/2003

Trabalhos apresentados na XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul

Porto Alegre, RS, 29 a 31 de julho de 2003

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2 003

290

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

PROGRAMA DIFUSÃO DE CULTIVARES - RESULTADOS DAS UNIDADES

DEMONSTRATIVAS CONDUZIDAS EM PASSO FUNDO, RS, SAFRAS 2001/02 E 2002/03

Julio Cesar B. Lhamby, Armando Ferreira Filho, Airton França Lange,

Lisandra Lunardi e João Francisco Sartori

Introdução

Observando-se o ambiente atual experimentado pelo mercado de sementes, é possível constatar que a sobrevivência de uma empresa obtentora de cultivares está diretamente relacionada à qualidade de seu produto, às suas estratégias de comunicação e de promoção e à velocidade com que disponibiliza suas inova-ções tecnológicas em relação à concorrência. Isso pode ser fa-cilmente entendido se ponderado o fato de que vender produ-tos iguais aos clientes de sempre não funciona em um negócio altamente competitivo. E preciso inovar o portfólio de forma constante, buscando atender sempre às preferências demons-tradas pelos demandantes.

Como um dos pilares de sua estratégia, a Embrapa Trigo esta-beleceu ações de parceria com a Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios de Passo Fundo e com a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa, de forma a desenvolver o segmento soja de seu Programa de Difusão de Cultivares. Cativar o produtor através de tecnologias com o

Programa Difusão & Cultivares 291

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Soja: resultados de pesquiía 2002-2003

desenho pretendido, desenvolver potencialidades agronômicas de forma conjunta, criando um ambiente de confiança e, com ele, estabelecer uma relação de negócios duradoura e lucrativa formam os fundamentos do programa. Para tanto, utiliza como veículo de adequação ao meio, de promoção e de visualização de seus produtos as unidades demonstrativas, as quais têm ser-vido, também, como oportunidades reais para que os pesquisa-dores estabeleçam diálogo com clientes em Dias de Campo.

O presente trabalho teve como objetivo relatar os resultados agronômicos obtidos com cultivares de soja desenvolvidas pela Embrapa Trigo, nas unidades demonstrativas conduzidas em

Passo Fundo, RS.

Método

Os dados relatados foram obtidos nas Unidades Demonstrati-vas (UDs) conduzidas na Embrapa Trigo, em solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico, sob sistema plantio direto. As UDs, representadas pelas cultivares de soja BRS 137, BRS 138, BRS 153, BRS 154, BRS 205 e BRS 211, safra 200 1/02, foram estabelecidas em parcelas medindo 300 m 2 (10

m x 30 m). As parcelas com as cultivares BRS 153, BRS 154, BBS 205, BRS Macota e BBS Torena, safra 2002/03, mediram

150 m 2 (5 m x 30 m). A adubação de base foi determinada le-vando-se em conta os resultados da análise química de solo da área. Foram aplicados 250 kg/ha de adubo, fórmula 00-25-25. As sementes das cultivares foram inoculadas e tratadas com

Carboxin + Thiram (Vitavax + Thiram 200 SC) 250 ml

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resultados de pesquisa 2002 -2003

p.c./100 kg de semente. A área experimental teve trigo como cultura anterior. A semeadura foi realizada no terceiro decêndio do mês de novembro em ambas as safras, em fileiras espaçadas 0,45 m e população estabelecida em 300.000 plantas por hec-tare. As ações de proteção de plantas foram estabelecidas medi-ante controle de insetos e, na saíra 2002/03, foi realizada uma aplicação de Tebuconazole (Folicur) 0,75 1 p.c./ha, no estádio R5, aplicação preventiva. O rendimento de grãos de cada uni-dade foi determinado pela colheita de toda a área semeada, safra 2001/02, e de área útil de 121,50 m 2, safra 2002/03, usando-se automotriz especial para parcelas, sendo a umidade ajustada para 13%.

Resultados

Embora as precipitações pluviais ocorrentes nos meses de no-vembro de 2001 e janeiro e fevereiro de 2002 tenham sido abaixo da média normal (Tabela 1), o rendimento de grãos obtido nas IJDs, safra 2001/02, foi considerado satisfatório. A média obtida foi de 3.011 kg/ha, correspondendo a 50,2 sacas de 60 kg. Em contrapartida, na safra 2002/03, houve condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento da cultura de soja, principalmente em razão da uniformidade na distribuição da pluviosidade (Tabela 2). O rendimento médio de grãos ob-tido nas unidades foi de 3.647 kg/ha, equivalente a 60,8 sacas de 60 kg. O rendimento das cultivares integrantes das UDs, em ambas as safras, pode ser observado na Tabela 3. Destaca-ram-se, na safra 2001/02, BRS 154, BRS 205 e BRS 138, com

Programa Difusão de (Jultivares 293

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

rendimento de 3.244 kg/ha, 3.208 kg/ha e 3.206 kg/ha, res-pectivamente. BRS Torena, cultivar recentemente indicada para semeadura no RS, com rendimento de 3.848 kg/ha, foi a mais produtiva entre as cultivares na safra 2002/03, seguida de BRS 205, com 3.835 kg/ha.

Esses índices de rendimento de grãos atestam, por si sós, a po-tencialidade das cultivares de soja disponibilizadas pela Embra-pa Trigo ao produtor rural. Com elas, associando-se adequadas ações de difusão e de transferência dos recursos biológicos (uso de semente fiscalizada, época de semeadura, arranjo de plantas, plantio direto e rotação de culturas) desenvolvidos pela pesqui-sa, é possível incrementar, a cada safra, a melhoria na competi-tividade da cultura, além de estimular a busca contínua do produtor por novos materiais.

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 1. Precipitação pluvial (mm) - ocorrida (OC), normal (NO) e desvio em relação à normal (DN) - durante o período de novembro de 2001 a maio de 2002, em Passo Fundo, RS.

Precipitação pluvial Mes - ano

NO DN

Nov. 2001 116,5 141,4 -24,90

Dez. 2001 194,1 161,5 32,60

Jan. 2002 96,0 143,5 -47,50

Fev. 2002 76,7 148,3 -71,60

Mar. 2002 356,8 121,3 235,50

Abr. 2002 135,9 118,2 17,70

Maio 2002 192,4 131,3 61,10

Soma 1.168,4 965,5 202,90

DN = (OC- NO), NO = normal climatológicado período 1961-1990

Tabela 2. Precipitação pluvial (mm) - ocorrida (OC), normal (NO) e desvio em relação à normal (DN) - durante o período de novembro de 2002 a maio de 2003, em Passo Fundo, RS.

Mês - ano Precipitação pluvial

OC NO DN

Nov. 2002 205,0 141,4 63,60

Dez. 2002 329,5 161,5 168,00

Jan. 2003 176,2 143,5 32,70

Fev. 2003 265,6 148,3 117,30

Mar. 2003 128,3 121,3 7,00

Abr. 2003 114,3 118,2 -3,90

Maio 2003 107,3 131,3 -24,00

Soma 1.326,2 965,5 360,70

DN = (OC - NO), NO = normal climatolágica do período 1961-1990.

Programa Difusão de Cultivares 295

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Soja.' resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 3. Cultivares, ciclo e rendimento de grãos (kglha) obti-do nas unidades demonstrativas conduzidas em Passo Fundo, ES, nas safras 2001/02 e 2002/03. Passo Fundo, RS, 2003.

Rendimento de grãos (kg/ha) Cultivar Ciclo

Safra 200 1/02 Safra 2002/03

BRS 137 Semiprecoce 2.939 -

BRS 138 Precoce 3.206 -

BRS 153 Médio 3.189 3.600 BRS 154 Médio 3.244 3.338 BRS 205 Semiprecoce 3.208 3.835 BRS 211 Semiprecoce 3.181 -

BBS Macota Precoce - 3.614 BRS Torena Semitardio - 3.848 Média 3.011 3.647

296 Lhamby.J.CB. etaL

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resultados de pesquisa 2002 -2003

PROGRAMA DE MELHORAMENTO DE SOJA NA EMBRAPA TRIGO EM 2002/03

Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnoili e Leila Maria

Costamilan

Introdução

A parceria estabelecida entre a Embrapa Trigo e a Fundação Pró-

Sementes de Apoio à Pesquisa, em 1° de dezembro de 2000, vem

proporcionando as condições operacionais necessárias à ampliação

dos trabalhos de melhoramento de soja que vinham sendo desenvol-

vidos. Tradicionalmente a Embrapa Trigo dedicava-se a gerar novas

cultivares de soja adaptadas ao Rio Grande do Sul. Em decorrência

da parceria, passou a desenvolver cultivares com adaptação às condi-

ções ecol6gicas e aos sistemas agrícolas existentes nas regiões produ-

toras localizadas ao sul do paralelo 20 °S, ou seja, para o Rio Grande

do Sul, para Santa Catarina, para o Paraná, para São Paulo e para o

sul de Mato Grosso do Sul.

Além dessa adaptação, o programa atenta para o desenvolvimento

de novas cultivares com elevado potencial produtivo e com resistên-

cia a doenças, especialmente ao cancro da haste (Diaporibe phaseolo-rum f. sp. meridionalis), à podridão parda da haste (Phialophora grega-ta), à mancha olho-de-rã (Cercospora sojina), ao oídio (Microsphaera difusa), à ferrugem (Phakopsora pachyrhizi) e aos nematóides de cisto

(Heterodera glycines) e aos formadores de galhas (Meloidogyne incognita, M.javanica eM. arenaria).

Melhoramento 297

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Método

Os cruzamentos, previamente planejados, foram realizados em es-

tufa de plástico, no período de dezembro de 2002 a março de 2003.

Os genitores, em número de 53, foram escolhidos entre cultivares e

linhagens adaptadas e genótipos introduzidos, eleitos em função dos

genes disponíveis para os caracteres desejados em cada combinação.

Os trabalhos de emasculação e de polinização foram feitos no perío-

do da tarde, quando ocorre maior facilidade de liberação de pólen nas condições ambientais de Passo Fundo.

As sementes híbridas, dos cruzamentos realizados na safra 200 1/02,

foram semeadas em vasos, colocados em estufa de plástico, em 29 de

maio de 2002. Para possibilitar desenvolvimento das plantas e pro-dução de volume adequado de sementes F 2 , a temperatura de estufa foi programada para 22 °C, e o foroperíodo, durante os primeiros 50

dias após a emergência, foi alongado para 17 horas, com luz artifici-al de cor amarela.

As populações F2 de soja convencional e de soja tolerante ao glifosa-

to (STG), provenientes do avanço de gerações feito em estufa duran-

te o inverno de 2002, foram semeadas em campo, sob plantio dire-

to, em 11 e em 14 de dezembro, respectivamente. As populações F 3 a F8 , tanto de soja convencional como de STG, foram semeadas em

campo, sob plantio direto, em três períodos, parte em 24 de outu-

bro, parte de 11 a 19 de novembro e parte em 10 e 11 de dezem-

bro de 2002. As populações destinadas ao avanço de geração foram

semeadas em parcelas compostas por 12 fileiras com 10,0 m de

comprimento e espaçadas 0,50 m, com densidade de 18 sementes

viáveis por metro linear. As populações destinadas à seleção de plan-

tas individuais foram semeadas em 12 fileiras de 10,0 m de com-

primento, espaçadas 0,75 m, na densidade de 15 sementes viáveis

298 Bonato,E.R. eta!

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

por metro linear.

As sementes de cada população semeada com o objetivo de avanço

dc geração foram colhidas em conjunto ('bulk"). Nas populações F.

e F, e em parte das populações F 6, foram realizadas seleções de plan-

tas individuais.

No período de 7 a 14 de novembro, foram semeadas em Passo Fun-

do, RS, em área com elevada infestação de Phialophora gregara, fungo

causador da podridão parda da haste, 4.858 progênies de soja con-

vencional, provenientes de plantas selecionadas no ano anterior em

populações F,, F6 e 137 . De cada progênie, foram semeadas 100 se-

mentes, em parcelas de duas fileiras de 2,20 m de comprimento,

espaçadas 0,50 m. A cada grupo de 30 progênies, foram incluídas as

cultivares IAS 5 e Cobb, de ciclos precoce e tardio, respectivamente,

usadas como testemunhas suscetíveis à podridão parda da haste.

Durante os estádios de desenvolvimento compreendidos entre o

início da formação do grão e o início da maturação (115 a 117), foram

realizadas avaliações semanais, determinando-se a percentagem de

plantas com sintomas foliares da doença. As progênies com mais de

5% de plantas com sintomas foram eliminadas. A seleção final das

progênies não afetadas pela doença foi realizada considerando-se as

características de uniformidade quanto à cor da flor e da pubescên-

cia, bem como as de ciclo, de arquitetura de planta, de resistência ao

acamamento e de desgrane natural.

Usando-se a mesma técnica, porém em área livre de P. gregata, fo-

ram, nos dias 9 e 10 de dezembro de 2002, semeadas 1.536 pro-

gênies de STG.

Além disso, foram estudadas 7.297 linhagens introduzidas da Em-

brapa Soja (4.886 convencionais e 2.411 tolerantes ao glifosato),

cuja semeadura foi realizada de 9 a 14 de novembro de 2002.

Melhoramento 299

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Resultados

Na safra 2002/03, foram formadas 152 novas populações híbridas,

sendo 92 de soja convencional e 60 de STG. Foram produzidas 943

sementes, colhidas das 440 vagens formadas a partir das 792 flores

trabalhadas em soja convencional, e 502 sementes, colhidas das 246

vagens obtidas das 581 flores polinizadas manualmente em STG. A

percentagem de pega, portanto, foi de 46,7% em soja convencional

e de 42,3% em STG. A diferença na percentagem de pega pode ser

atribuída às variações das condições ambientais das casas de vegeta-

ção, qual seja, de plástico nos cruzamentos de soja convencional e de

vidro nos de STG.

De maio a novembro de 2002, foram avançadas, em casas de vege-

tação, 149 populações híbridas de soja convenciona! e 22 de STG,

provenientes dos cruzamentos realizados na safra 200 1/02.

Nesta safra, foram semeadas em campo, sob sistema plantio direto,

487 populações segregantes de soja convencional (149 E 2, 77 F3 ,

145 E4 , 27 E,, 45 F6 , 29 E, e 15 F8 ) e 87 populações de STG (22 E,, 14 E,, 05 F4 e 46 F,)

Em 11 populações E6, em 23 populações E, e em cinco populações

F. de soja convencional, foram selecionadas 4.485 plantas individu-

ais. Em 26 populações E 4 e E, de STG, foram selecionadas 3.895 plantas.

Das progênies de soja convencional, semeadas em área com elevada

infestação de P. gregata, foram selecionadas, em condições de campo,

1.081 linhas. Das progênies de STG, foram selecionadas, em campo

sem infestação de P. gregata, 379 linhas. Das introduções, foram

colhidas 735 linhagens de soja convencional e 723 de STG. As

1.460 linhas e as 1.458 linhagens introduzidas selecionadas serão

300 Bonato, E.R.etai

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resultados de pesquisa 2002-2003

avaliadas para resistência ao cancro da haste, durante o inverno de

2003, pelo método do palito de dente colonizado. Apenas as resis-

tentes serão avaliadas nos ensaios preliminares de rendimento de

primeiro ano, em 2003/04.

Melhoramento 301

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resultados de pesquisa 2002 -2003

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE SOJA, DA EMBRAPA TRIGO, AO NEMATÓIDE DE

GALHA Meloidogynejavanica

Paulo Fernando Bertagnoili, Emídio Rizzo Bonato e Sérgio Schneider

Introdução

Na região das Missões do Rio Grande do Sul, principalmente

em Santa Rosa e arredores, os nematóides do gênero Meloido-gyne spp., formadores de galhas nas raízes, causa de preocupa-ção, pois limitam a produtividade da cultura de soja em muitas

áreas. Este trabalho teve o objetivo de selecionar genótipos de

soja com tolerância genética a Meloidogynejavanica.

Método

O experimento para avaliação da reação de linhagens de soja a

M. javanica foi conduzido em Santo Cristo, RS, em condições

naturais de infestação. Foram avaliados 175 genótipos, incluin-

do duas testemunhas tolerantes, BRS 211 e MG/BR 46 (Con-

quista), e duas suscetíveis (BRS 66 e Ocepar 14). As 171 linha-

gens testadas, oriundas do programa de melhoramento de soja

da Embrapa Trigo, têm como fonte de resistência as cultivares

Bryan e CEP 20-Guajuvira. O experimento, conduzido em

302 Bertaçnolli, P.P. nai

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

blocos ao acaso, constou de cinco repetições, em sistema de covas espaçadas de 1,00 m x 0,50 m, com semeadura de 10 sementes por cova. A semeadura dos genótipos ocorreu em 9 de dezembro de 2002, e a avaliação da reação a M. javanica desses genótipos, em 28 de março de 2003, usando-se a escala sugerida por Taylor & Sasser (1978), com notas de O a 5, em que O = imune, 1 = com uma ou duas galhas e sistema radi-cular normal; 2 = com poucas galhas pequenas e sistema radi-cular bem desenvolvido; 3 = com galhas pequenas e sistema radicular pouco prejudicado; 4 = com muitas galhas e sistema radicular prejudicado; e 5 = raízes totalmente tomadas por galhas. A classificação da reação foi baseada na nota média das cinco repetições. Foram considerados tolerantes (T) genótipos que receberam nota até 2,0; moderadamente tolerantes (MT) os que obtiveram notas de 2,1 até 3,0; e suscetíveis (5) os que alcançaram nota superior a 3,0.

Resultados

Sessenta e uma linhagens, mais a testemunha MG/BR 46 (Conquista), apresentaram nota média até 2, sendo, portanto, classificadas como T (Tabela 1). A cultivar testemunha BRS 211 e 89 linhagens foram classificadas como MT. As 21 linha-gens restantes, juntamente com as testemunhas suscetíveis, foram consideradas S.

Seleção a nematóide & gaLba 303

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resultados de pesquisa 2002-2003

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA COM GENE DE TOLERÂNCIA AO GLIFOSATO, NO

RIO GRANDE DO SUL

Paulo Fernando Bertagnoili e Emídio Rizzo Bonato

Introdução

A adoção de novas tecnologias que beneficiem o agricultor e a agricultura brasileiros é um dos objetivos do programa de me-lhoramento de soja da Embrapa Trigo. A incorporação do gene de tolerância ao glifosato em germoplasma de soja da Embrapa faz parte dessa estratégia. Este trabalho teve por objetivo avali-ar, no Rio Grande do Sul, linhagens com tolerância ao glifosa-to, desenvolvidas na Embrapa, observando método definido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Método

Foram avaliadas linhagens, de diferentes ciclos de maturação, em ensaios preliminares de primeiro, segundo e terceiro anos e em ensaios finais de primeiro e segundo anos. Os experimentos preliminares de primeiro ano foram conduzidos na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS. Ao todo, foram estudadas 776 linhagens, formando 33 ensaios sem repetição. Os ensaios pre-

Seleção RR 307

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

liminares de segundo ano, nos quais foram testadas 71 linha-gens, todas de ciclo médio, compondo quatro ensaios em blo-cos ao acaso com duas repetições, foram conduzidos em Passo Fundo, em Muitos Capões e em São Borja. Os preliminares de terceiro ano foram conduzidos em Passo Fundo, em Muitos Capões, em Inhacorá e em São Borja. Nesses últimos, foram testadas 127 linhagens separadas em oito ensaios organizados em blocos casualizados com três repetições. Os quatro ensaios finais de primeiro e segundo anos (precoce, médio 1, médio 2 e tardio) foram conduzidos em blocos ao acaso, com quatro re-petições, em Passo Fundo, em Muitos Capões, em Inhacorá, em Tupanciretã, em São Borja, em Piratini e em Capão do Le-ao.

As parcelas de todos os experimentos eram formadas por qua-tro fileiras de 5 m de comprimento, espaçadas 0,50 m, sendo a área útil formada pelas duas fileiras centrais com 4 m de com-primento.

Resultados

Das 776 linhagens dos ensaios preliminares de primeiro ano, 126 tiveram bom desempenho e foram selecionadas para conti-nuarem em teste.

O ensaio preliminar de segundo ano de ciclo médio (médio 4), conduzido em Muitos Capões, não foi incluído na análise por ter apresentado coeficiente de variação maior que 20 %. Diver-sas linhagens avaliadas nesses ensaios apresentaram comporta-

308 Benagnoili, P.F. e Bonato, E.R.

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resultados & besquisa 2002-2003

mento destacado em rendimento de grãos e em outras caracte-rísticas agronômicas (tabelas 1 a 4).

Os resultados dos ensaios preliminares de terceiro ano são apre-sentados nas tabelas 5 a 12. Das 127 linhagens estudadas nes-ses ensaios, 27 tiveram rendimento médio de grãos igual ou superior ao da melhor testemunha.

Os ensaios finais, que incluíram as linhagens testadas em pri-meiro e segundo anos, instalados em Capão do Leâo, foram perdidos. Não foram computados, tampouco, os resultados dos ensaios finais precoce e médio 1, de Piratini, por terem esses ensaios apresentado coeficiente de variação maior que 20%, nem os do ensaio final precoce de Inhacorá, por perda de in-formações relativas às testemunhas. Os resultados de rendi-niento de grãos por local e a média geral em kg/ha e em % são encontrados nas tabelas 13, 15, 17 e 19, enquanto as caracte-rísticas agronômicas das linhagens dos ensaios finais podem ser visualizadas nas tabelas 14, 16, 18 e 20.

Seleção Ri? 309

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

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Soja: resultados de pesquisa 2 002-2003

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318 Bertagnoili, P.F. e Bonato, ER.

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324 Bertagnoili, P.F. e Bonato, E.R.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

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resultados de pesquisa 2002 -2003

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE SOJA

NO RIO GRANDE DO SUL, NO ANO

AGRÍCOLA 2002/03

Emídio Rizzo Bonato, Paulo Fernando Bertagnolli, Sérgio de Assis

Librelatro Rubin, Cleiton Steckling, José Antônio Costa e José Bruno

Dalia Lana

Introdução

Na safra 2002/03, foram cultivados no Rio Grande do Sul ao

redor de 3,59 milhões de hectares de soja. Apenas pequena

parte dessa área, estimada em 25%, foi cultivada com cultiva-res convencionais brasileiras, sendo o restante da área cultivada

com cultivares tolerantes ao glifosato, provenientes da Argen-

tina.

O clima para a cultura foi um dos melhores já registrados. O

rendimento de grãos por área foi o melhor de toda a história da

soja no estado, alcançando a média de 2.650 kg/ha.

Esta avaliação teve como objetivo fornecer a profissionais da

assistência técnica e a produtores informações sobre o desem-

penho comparativo, durante a safra de 2002/03, das cultivares

indicadas no Rio Grande do Sul pelas instituições de pesquisa

que atuam em melhoramento no estado.

Cultivares RS 347

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Método

Na safra de 2002/03, foram avaliadas, em três ensaios, 30 cul-tivares de soja desenvolvidas pela Embrapa Trigo, pela Funda-cep Fecotrigo, pela Fepagro e pela Coodetec, sendo onze de ciclos precoce e semiprecoce, doze de ciclo médio e sete de ci-clos semitardio e tardio. Os ensaios foram conduzidos pela Em-brapa Trigo, em Passo Fundo; pela Embrapa Trigo, em parce-ria com a Fundação Pró-Sementes, em Vacaria e em Inhacorá; pela Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, em terras altas, em solo não hidromórfico, e em terras de várzea, em solo latossblo hidromórfico; pela Fepagro, em Júlio de Castilhos, em Santo Augusto e em São Borja; pela Fundacep Fecotrigo, em Cruz Alta, em Cachoeira do Sul e em São Luiz Gonzaga; e pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul.

Os ensaios foram organizados em blocos ao acaso, com três repetições, exceto em Eldorado do Sul, que teve quatro repeti-ções. As parcelas tinham área total de 10,0 m 2 e útil de 4,0 m 2 ,

com quatro fileiras espaçadas 0,5 m, e densidade de semeadura calculada para 15 plantas por metro linear, visando a uma po-pulação de 300.000 plantas/hectare.

A semeadura foi realizada no período de 6 de novembro a 18 de dezembro de 2002 (tabelas 1, 2 e 3).

Em todos os locais, a fertilização do solo e os tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações técnicas para a cultura. Nos ensaios, foram colecados dados referentes a datas de semeadura e de emergência, número de dias da emergência

à floração e da emergência à maturação, altura de planta na

Bonato, E. R. a ai

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resultados de pesquisa 2002-2003

maturação e de inserção de vagens inferiores, acamamento de

planta, retenção foliar, aspecto visual de grão, peso de 100 se-

mentes e rendimento de grãos.

Foram processadas análises de variância do rendimento de

grãos em cada local e análises conjuntas por ciclo de matura-

ção. As análises conjuntas foram feitas considerando-se cultiva-

res como efeitos fixos e tocais como aleatórios. As médias de

cultivares e de locais foram comparadas, pelo teste de Duncan,

ao nível de 5% de probabilidade.

Resultados

Os ensaios instalados em Capão do Leão, pela Embrapa Clima

Temperado, foram perdidos em virtude de excesso de precipi-

tação pluvial logo após a semeadura. Excluiu-se, também, da

análise conjunta o ensaio de cultivares de ciclos semitardio e

tardio conduzido em Eldorado do Sul, por não incluir todas as

cultivares.

As análises de variância do rendimento de grãos das cultivares

de ciclos precoce e semiprecoce, nos dez locais, evidenciaram

diferenças significativas, ao nível de 5% de probabilidade, em

Passo Fundo, em Eldorado do Sul, em Santo Augusto, em São

Borja, em Cruz Alta, em Júlio de Castilhos e em Inhacorá (Ta-

bela 1). Não foram evidenciadas diferenças significativas em

Vacaria, em Cachoeira do Sul e em São Luiz Gonzaga. Na aná-

lise conjunta, o teste de F indicou existirem diferenças signifi-

cativas, ao nível de 5% de probabilidade, entre as cultivares de

Cultivares RS 349

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

ciclos precoce e semiprecoce. Pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade, observou-se, na média dos locais, que a cultivar BRS 211 apresentou rendimento de grãos semelhante ao das cultivares BRS Macota, CD 201, BRS 205, Fundacep 41, IAS 5 e BRS 137 e superior ao de CD 203, de BRS 138, de BR-16 e de Ocepar 14. O rendimento médio de grãos dos ensaios variou de 4.252 kg/ha, em Eldorado do Sul, a 2.139 kg/ha, em São Botja. A interação cultivares x locais foi significativa, ao nível de 1% de probabilidade.

As diferenças em rendimento de grãos obtido com as cultivares de ciclo médio foram significativas, ao nível de 5% de probabi-lidade, apenas em JúJio de Castilhos, em Santo Augusto, em São Borja e em Vacaria (Tabela 2). A análise conjunta não de-tectou diferenças significativas em rendimento de grãos das 12 cultivares. Entre os locais, o rendimento médio de grãos mais elevado foi obtido em Eldorado do Sul, com 4.560 kg/ha. O menor foi obtido em Vacaria, com 2.011 kg/ha. Como foi ob-servado na análise conjunta das cultivares de ciclos precoce e semiprecoce, a interação cultivares x locais na análise das culti-vares de ciclo médio também foi altamente significativa (Tabela 2).

Nos ensaios com as cultivares de ciclos semirardio e tardio, foi constatada diferença significativa, ao nível de 5%, em Santo Augusto, em Inhacorá, em São Borja eem Cachoeira do Sul (Tabela 3). Na análise conjunta, não foi constatada diferença significativa entre as sete cultivares estudadas. Tendo em vista que o ensaio conduzido em Eldorado do Sul foi desconsiderado na análise conjunta, por não terem sido avaliadas todas as cul-tivares, o maior rendimento médio foi obtido em Cruz Alta, com 3.936 kg/ha, e o menor, em Vacaria, com 2.524 kg/ha.

Bonato, E.R. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2 902-2003

Como para os demais ciclos, a interação cultivares x locais tam-

bém foi significativa, ao nível de 1% de probabilidade.

O desempenho das cultivares quanto a outras características

agronômicas, como ciclos da emergência à floração e da emer-

gência à maturação, altura de planta e de inserção de vagens

inferiores, acamamento de planta, retenção foliar, aspecto de

grão e tamanho de semente, pode ser avaliado pelos resultados

apresentados nas tabelas 4, 5 e 6. Os dados coletados em cada

local mostraram que houve limitação quanto ao desenvolvi-

mento vegetativo, constatado pelo porte reduzido de plantas e pela baixa inserção de vagens inferiores, em todos os ciclos, em

Santo Augusto, em Cachoeira do Sul, em São Borja e em São

Luiz Gonzaga.

O ciclo, tanto vegetativo como total, foi menor em Santo Au-

gusto e em Vacaria.

O grau de acamamento maior, embora insuficiente para ocasi-

onar perdas significativas de rendimento de grãos, ocorreu em

Cruz Alta e em Inhacorá, apesar de nesses locais a altura média

de plantas ter sido baixa (83 cm nas cultivares de ciclos pre-

coce/semiprecoce, 63 cm nas de ciclo médio e 75 cm nas de

ciclos semirardio/tardio).

Cultivares RS 351

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Soja: ,e.rulrados de pesquisa 2002-2003

AVALIAÇÃO DA REAÇÃO DE LINHAGENS DE

SOJA À PODRIDÃO PARDA DA HASTE

Emídio Rizzo Bonato, Leila Maria Costamilan e Paulo Fernando

Bertagnoili

Introdução

A podridão parda da haste, causada por Phialophora regata,

determinou, no fim da década de 80 e no início da de 90, sérios

prejuízos à produção de soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Mais recentemente, passou a ocorrer, também, no sul do Paraná. Atualmente, sua ocorrência é praticamente nula no Rio Grande do Sul em razão do uso de cultivares resistentes.

O programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo so-mente coloca à disposição dos produtores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do sul do Paraná cultivares resistentes a essa doença. Por isso, procura conhecer a reação das linhagens já na fase inicial de avaliação, a qual é continuada até o lança-mento da nova cultivar, visto haver a possibilidade de ocorre-rem escapes, em razão de se estar trabalhando com fungo de

solo, que não tem distribuição uniforme, e de se usarem parce-

las pequenas.

Reação à podridão partia da haste 361

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Método

Na safra 2002/03, foi avaliada a reação à podridão parda da haste de linhagens de soja convencional e de soja tolerante ao glifosato. O primeiro grupo era formado por linhagens de soja dos ensaios preliminares de segundo e terceiro anos e finais de primeiro e segundo anos, conduzidos pela Embrapa Trigo nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, além de linhagens da Fun-dacep Fecotrigo e da Fepagro. O segundo grupo era constituí-do por linhagens da Embrapa que formavam os ensaios preli-minares de segundo e terceiro anos e dos finais de primeiro e segundo anos, conduzidos no Rio Grande do Sul.

O estudo foi realizado no campo experimental, localizado junto à sede da Embrapa Trigo, em solo com elevada infestação natu-ral de P. gregata. As progênies foram avaliadas em uma repeti-ção, e as linhagens dos ensaios preliminares de segundo e ter-ceiro anos e dos finais, em duas repetições. As parcelas experi-mentais foram formadas por duas fileiras de 2,5 m, espaçadas 0,5 m. A cada grupo de 50 genótipos, foram repetidas as tes-temunhas suscetíveis IAS 5 (de ciclo precoce) e Cobb (de ciclo tardio).

As avaliações visuais de plantas com sintomas da doença nas folhas foram realizadas semanalmente, durante os estádios de desenvolvimento R5 a 117. Para classificação da reação, usou-se a seguinte escala, baseada na percenragem de plantas com sin-tomas: O a 5% = resistente (R); 6 a 25% = moderadamente resistente (MR); 26 a 55% = moderadamente suscetível (MS); 56 a 85% = suscetível (S) e 86 a 100% = altamente suscetível (AS).

362 Bonato, E.R. etaL

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Resultados

As condições de eievada umidade e de temperatura amena, verificadas na safra de 2002/03, em Passo Fundo, RS, foram favoráveis à ocorrência da podridão parda da haste. As cultiva-res testemunhas, IAS 5 e Cobb, apresentaram de 80% a 100% de plantas com sintomas foliares da doença.

1. Linhagens de soja convencional

Das 51 linhagens componentes dos ensaios finais de primeiro e segundo anos de soja convencional, segundo as reações verifi-cadas nos últimos quatro anos agrícolas, 1999/00 a 2002/03, apenas não foram resistentes as linhagens PF 98 1429, de ciclo precoce, e PF 97 1654, de ciclo médio, que comportaram-se como moderamente suscetível e altamente suscetível, respecti-vamente (Tabela 1)

Entre as 92 linhagens de soja convencional dos ensaios prelimi-nares de terceiro ano, apenas não evidenciaram resistência, se-gundo dados coletados durante as safras de 2000/0 1, 200 1/02 e 2002/03, as linhagens de ciclo precoce PF 00 1163, PF 00 1360ePF00 1383; de ciclo médio PF 00 1154ePF00 1293; e de ciclo tardio PF 98 1079b e PF 00 1158 (Tabela 2).

Das 160 linhagens componentes dos ensaios preliminares de segundo ano, 80,6% (129 linhagens) foram resistentes.

Já entre as 31 linhagens da Fundacep Fecotrigo avaliadas, 14 foram resistentes, duas moderadamente resistentes, uma mode-

Reaçâo à podridão parda da haste 363

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

radamente suscetível, quatro suscetíveis e dez altamente susce-tíveis (Tabela 3).

Ademais, das 47 linhagens enviadas pela Fepagro para serem estudadas, 22 comportaram-se como resistentes, três como moderadamente resistentes, cinco como moderadamente sus-cetíveis, oito como suscetíveis e nove como altamente suscetí-veis (Tabela 4).

2. Linhagens de soja tolerante ao glifosato

Das 30 linhagens de soja tolerantes ao glifosato, de sigla DL componentes dos ensaios finais de segundo ano, 15 foram re-sistentes, enquanto, das 23 dos finais de primeiro ano, 12 fo-ram resistentes (tabelas 5 e 6).

Entre as 64 linhagens de sigla BR dos ensaios preliminares de terceiro ano, apenas 36 foram resistentes. Já todas as 61 linha-gens de sigla PF, constantes no mesmo ensaio, foram resis-tentes (tabela 7).

Das 71 linhagens PF componentes dos ensaios preliminares de segundo ano, 97,2% (69 linhagens) foram resistentes.

Bonato, E. R. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 1. Reação das linhagens de soja convencional dos en-saios finais de primeiro e segundo anos à podridão parda da haste, nas safras de 1999/00 a 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

Ciclo! Plantas com sintomas foliares (96) -

Reaçao Linhagem 1999/00 2000/01 200 1/02 2002/03

Precoce

BR97-21192 O O O O R

PF971453 O O O O R

PF981090 O O 2 O R

PF981095 O O 5 O R

PF981239 O O O O R

PF98 1429 40 30 30 30 MS

PF991243 O O O O R

PF991305 O O O O R

PF991312 O O O O R

PF991332 O O O O R

PF991350 O O O O R

Médio

BR97-20155 O O 2 O R

BR97-19756 O O O O R

PF961324 O O O O R

PF971450 O O O O R

PF97 1654 90 50 30 50 AS

PF981081 O O O O R

Continua...

Reação à podridâo parda da haste 365

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Soja: resultados & pesquisa 2002 -2003

Tabela 1. Continuação.

Ciclo/ Plantas com sintomas foliares (%) Reaçao

Linhagem 1999/00 2000/0 1 200 1/02 2002/03

PF981217 O o O O R

PF981318 O O O O R

PF981324 O O O O R

PF981395 O O O O R

PF991222 O O O O R

PF991225 O O O O R

PF991247 O O O O R

PF991248 O O O O R

PF991249 O O O O R

PF99126O O O O O R

PF991268 O O O - R

PF991275 O O O O R

PF991285 O O O O R

PF991295 O O O O R

PF991317 O O O O R

PF991326 O O O O R

PF991328 O O O O R

PF991382 O O O O R

PF991387 O O O O R

PF991391 O O O O R

PF991392 O O O O R

Continua...

Bonato, E. R. a ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 1. Continuação.

Ciclo! Plantas com sintomas foliares (%) Reaçao

Linhagem 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03

Tardio

BR97-19829 O O O O R

PF981238 O O 1 O R

PF98 1317 O O O O R

PF98 1376 O O O O R

PF981399 O O O O R

PF981403 O O O O R

PF991045 O O O O R

PF991077 O O O O R

PF991080 O O O O R

PF991081 O O O O R

PF991O87 O O O O R

PF991145 O O O O R

PF991324 O O O O R

Reação à podridão parda da baste 367

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 2. Reação das linhagens de soja convencional dos en-saios preliminares de teceiro ano à podridão parda da haste, nas safras de 2000/01 a 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo,

RS, 2003.

Ciclo! Plantas com sintomas foliares (%) Reaçao

Linhagem 2000/01 2001/02 2002/03

Precoce PFOO-1037 O O O R PFOO-1051 O O 5 R PFOO-1080 O O O R PFOO-1094 O O O R PFOO-1101 O O O R PFOO-110ó O O O R PFOO-1109 O O O R PFOO-1114 O O O R PFOO-1139 O O O R PFOO-1161 O O O R PFOO-1162 O O 2 R PFOO-1163 O O 50 MS PFOO-1185 O O O R PFOO-1187 O O 5 R PFOO-1190 O O O R PFOO-1192 O O O R PFOO-1201 O O O R PFOO-1203 O O O R PFOO-1219 O O O R PFOO-1229 O O O R PFOO-1305 O O O R PFOO-1307 O O O R PFOO-1317 O O O R PFOO-1334 O O O R

Continua...

Bonato, E. R. er aI.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Continuação.

Ciclo! - Plantas com sintomas foliares (%) Re-°

Linhagem 2000/01 200 1/02 2002/03

PFOO-1339 O O O R

PFOO-1342 O O O R

PFOO-1346 O O O R

PFOO-1351 O O O R

PFOO-1357 O O O R

PFOO-1360 O O 50 MS

PFOO-1376 O O O R

PFOO-1383 O O 80 S

PFOO-1389 O O O R

PFOO-1434 O O O R

PFOO-1445 O O O R

PFOO-1478 O O O R

PFOO-1483 O O O R

Médio PFOO-1038 O O O R

PFOO-1039 O O O R

PFOO-1040 O O O R PF 00-1048 O O O R

PFOO-1063 O O O R

PFOO-1128 O O O R

PFOO-1131 O O O R

PFOO-1134 O O 5 R

PFOO-1154 O O 10 MR PFOO-1168 O O O R PFOO-1170 O O O R

PFOO-1173 O O O R PFOO-1175 O O O R PFOO-1176 O O O R

Continua...

Reação à podridão part/a da haste 369

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resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 2. Continuação.

Ciclo! Plantas com sintomas foliares (%) Linhagem 2000,'Ol 200 1/02 2002!03

Reaçao

PPOO-1177 O O O R PFOO-1179 O O O R PFOO-1189 O O O R PFOO-1206 O O O R PFOO-1208 O O O R PFOO-1213 O O O R PFOO-1214 O O O R PFOO-1220 O O O R PFOO-1225 O O O R PFOO-1228 O O O R PFOO-1231 O O O R PFOO-1232 O O O R PFOO-1234 O O O R PFOO-1235 O O O R PPOO-1240 O O 2 R PBOO-1242 O O O R PFOO-1243 O O O R PFOO-1246 O O 2 R PFOO-1253 O O O R PFOO-1254 O O O R PFOO-1255 O O O R PFOO-1256 O O O R PFOO-1282 O O O R PFOO-1293 O O 30 MS Tardio PF9S 1079a O O O R PF9R 1079b O O 10 MR PF98 1079c O O O R

Continua...

370 Bonato, E.R. et ai.

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Continuação.

Ciclo! Plantas com sintomas foliares (%) Reaçao Linhagem 2000/01 2001/02 2002/03

PF 00-1034 O O O R

PF 00-1047 O O O R

PFOO-1060 O O O R

PFOO-1093 O O O R

PF 00-1098 O O O R

PFOO-1149 O O O R

PFOO-1153 O O O R

PF 00-1158 O O 30 MS

PFOO-1159 O O O R

PFOO-1186 O O O R

PF 00-1188 O O 5 R

PFOO-1199 O O O R

PF 00-1249 O O O R

PF 00-1459 O O O R

Reação à podridão parda da haste 371

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resultados de besauisa 2002 -2003

Tabela 3. Reação das linhagens de soja da Fundacep Fecotrigo à podridão parda da haste cm Passo Fundo, na safra 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

Plantas com Linhagem

sintomas foliares (%) Reaçao

C/CD 98125 90 AS

GEPS 9889 95 AS

CEPS9826 O R

CICD 98038 O R

CEPS 9875 O R

CEPS 9839 O R

CEPS 00105 100 AS

C/CD 98079 O R

CEPS(1) 98026 O R

CEPS (1) 98061 20 MR

CEPS00111 80 5

CEPS 0036 100 AS

CEPS 0037 100 AS

CEPS 0038 100 AS

CEPS 9924 O R

CEPS(1)00147 O R

CEPS(1)00148 O R

CEPS (1) 98078 O R

CEPS(1)98114 50 MS

Continua...

372 Bonato, EI?. etaL

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 3. Continuaçáo.

Plantas com Linhagem .

sintomas foliares (%) Reaça

-

o

GEPS 0054 100 AS

CEPS 9833 70 5

CEPS 9838 O R

CEPS 9918 100 AS

CEPS 0006 90 AS

CEPS 00100 70 5

CEPS 00103 20 MR

CEPS 0018 O R

CEPS 0041 O R

CEPS 0063 100 AS

CEPS 0098 60 5

CEPS 9734 O R

Reação à podridão parda da haste 373

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2 003

Tabela 4. Reação das linhagens de soja da Fepagro à podridão parda da haste em Passo Fundo, na safra 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003-

Linhagem Plantas com

Reaç -

ao sintomas foliares (%)

JC2002 O R

JC2006 O R

JC2014 60 5

JC 2024 60 5

JC2027 O R

JC2029 100 AS

JC2068 80 5

JC2071 O R

JC20116 80 5

JC20117 80 5

JC20126 90 AS

JC20130 20 MR

JC20137 O R

JC20139 O R

JC20142 O R

JC20144 40 MS

JC20176 40 MS

JC20219 O R

JC20235 5 R

Continua...

Bonato, E.R. etaL

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 4. Continuação.

Linhagem Plantas com

Reaça -

o sintomas foliares (%)

JC 20239 20 MR

JC20240 O R

JC20243 O R

JC20254 60 5

JC9926 95 AS

JC9933 70 5

JC 9940 100 AS

JC9957 30 MS

JC9960 5 R

JC99176 50 MS

JC99178 O R

JC99190 O R

JC99199 0 R

JC99201 30 MS

JC9887 O R

JC98112 O R

JC98192 20 MR

JCBR 98265 O R

JCBR98291 O R

JCBR 9814469 80 5

Continua...

Reação à podridão pard,a à hajte 375

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resultados de pesquisa 2002-2 003

Tabela 4. Continuação.

Linhagem Plantas com

Reaça -

o sintomas foliares (%)

JC9716 100 AS

JC97199 O R

JCBR 97287 100 AS

JCBR97290 100 AS

JC13R9719685 O R

JCBR 9720155 O R

JC13R9721872 90 AS

JC9626-34 90 AS

Bonato, E. R. ei aI.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2 003

Tabela 5. Reação das linhagens de soja tolerantes ao glifosato dos ensaios finais de segundo ano à podridão parda da haste em Passo Fundo, na safra de 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fun-do, RS, 2003.

Ciclo/Linhagem Plantas com - Reaçao

sintomas foliares (%) Precoce BROO-66657 O R

BROO-66823 1 R

BROO-66986 O R

BROO-67405 90 AS

BROO-68380 O R

BR98-23712 20 MR

BR99-100650 70 5

BR98-22045 O R

BR99-101118 O R

Médio BROO-66077 O R

BROO-66632 2 R

BROO-66682 O R

BROO-67272 90 AS

BROO-67320 95 AS

BR99-100286 30 MS

BR99-100832 95 AS

BR99-101951 O R

Continua...

Reaçâo à podridão parda da baste 377

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resultados €k pesquisa 2002-2003

Tabela 5. Continuação.

Plantas com -

Ciclo/Linhagem sintomas foliares (%)

Reaçao

BR0O-68507 O R

BRO-068508 O R

BROO-68509 10 MR

BROO-68510 O R

BROO-68513 70 5

BROO-68514 60 5

BROO-68512 90 AS

Tardio

BROO-67113 O R

BR0O-67 158 O R

BROO-67408 80 5

BROO-67451 80 5

BR99-100773 90 AS

BR99- 100845 90 AS

Bonato, E. R. a aI.

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,esultados de »esqiasa 2002 -2003

Tabela 6. Reação das linhagens de soja tolerantes ao glifosato dos ensaios finais de primeiro ano à podridão parda da haste em Passo Fundo, na safra 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

-- Ciclo/Linhagem

Plantas com Reaçao sintomas foliares (%)

Precoce

BR98-2 1905 O R

BR98-22761 O R

BR99-100659 80 5

BR99-10 1074 O R

BR99-101097 O R

BR99-101397 2 R

BR99-26699 10 MR

Médio BR99-100075 O R

BR99-100301 100 AS

BR99-100396 80 S

BR99-100684 70 S

BR99-101369 100 AS

BR99-101703 80 5

BR99-101993 O R

BR99-102010 5 R

BR99-102208 O R

BR99-102211 O R

Continua...

Reação à podridão parda da haste 379

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 6. Continuação.

Ciclo/Linhagem Plantas com

Reação sintomas foliares (96)

BR99-102226 O R

BR99-102233 10 MR

BR99-26039 20 MR

BR99-26041 90 AS

Tardio

BR99-101983 80 5

BR99-16762 O R

380 Bonato, E.R. e: ai.

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 7. Reação das linhagens de soja tolerantes ao glifosato dos ensaios preliminares de terceiro ano à podridão parda da haste em Passo Fundo, na safra 2002/03. Embrapa Trigo, Pas-so Fundo, RS, 2003.

Plantas com Ciclo/Linhagem

-

Reaçao sintomas foliares (%)

Precoce

BRO0-68262 0 R

BROO-68421 O R

PF015054 O R

PF015065 5 R

PFOI 5077 O R

PF015128 5 R

PF015266 O R

PF015273 O R

PF015294 O R

Médio

BR99-27874 O R

BR99-100935 60 S

BR99-101687 10 MR

BR99-101710 80 S

BR 00-66826 O R

BROO-66832 O R

BROO-66971 O R

BR 00-67007 O R

Continua...

Reação â podridão parda da haste 381

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 7. Continuação.

Ciclo/Linhagem Plantas com

Reaçao sintomas foliares (%)

BROO-67016 100 AS

BROO-67152 100 AS

BROO-67243 100 AS

BROO-67253 90 AS

BROO-67282 80 5

BR 00-67295 95 AS

BROO-67326 100 AS

BROO-67352 100 AS

BROO-67372 100 AS

BROO-67417 100 AS

BROO-67421 100 AS

BR 00-68282 O R

BROO-68339 O R

BROO-68341 O R

BR 00-68396 O R

BR 00-68408 O R

BROO-68418 O R

BROO-68427 O R

BROO-68432 O R

BROO-68456 O R

BROO-68485 O R

PF015052 O R

Continua...

382 Bonato, E.R. nal.

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resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 7. Continuação.

Plantas com Ciclo/Linhagem

-

Reaçao sintomas foliares (%)

PF015053 O R

PF015063 O R

PF015066 O R

PF015068 5 R

PF015069 O R

PF015072 O R

PF015074 O R

PF015085 O R

PF015107 O R

PF015120 O R

PF015122 O R

PF015124 O R

PF015130 O R

PF015133 O R

PF015134 O R

PF015137 O R

PF015138 O R

PF015139 O R

PF015140 O R

PF015141 O R

PF015143 O R

PF015144 O R

Continua...

Reaçâo à podridão parda da haste 383

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Soja: resultados & pesquisa 2002-2003

Tabela 7. Continuação.

Plantas com -

Ciclo/Linhagem Reaçao sintomas foliares (%)

PF015145 O R

PF015146 O R

PF015149 O R

PF015150 O R

PF015151 O R

PF015152 O R

PF015182 O R

PF015192 O R

PF015200 O R

PF015206 O R

PF015285 O E.

PF015296 O R

PF015297 O R

PF015314 O E. PF015328 O E.

Tardio

BR99-100356 80 S

BR99-101941 90 AS

BROO-65927 90 AS

BR 00-66037 80 5

BROO-66O91 60 5

BROO-661O5 50 MS

Continua...

Bonato, EJ? et ai

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 7. Continuaçiio.

Ciclo/Linhagem Plantas com

Reaçao sintomas foliares (%)

BRO0-66114 O R

BROO-66652 O R

BR 00-66662 O R

BROO-66703 O R

BROO-66710 O R

BROO-66720 O R

BROO-66736 10 MR

BROO-66753 5 R

BR 00-66763 O R

BROO-66778 O R

BROO-66851 O R

BROO-66915 O R

BROO-66923 O R

BR 00-66948 O R

BR 00-66990 O R

BR 00-67003 O R

BROO-67033 100 AS

BROO-67247 95 AS

BROO-67939 90 AS

BROO-67943 90 AS

BR 00-68008 90 AS

BR 00-68029 100 AS

Continua...

Reação à podridão parda a!'i haste 385

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 7. Continuação.

Ciclo/Linhagem Plantas com -

Reaçao sintomas foliares (%)

BROO-68104 10 MR

BROO-68316 O R

BROO-68327 O R

BROO-68333 O R

BR 00-68466 O R

PF'015090 O R

PF015104 O R

PF015109 O R

PFO15I1O O R

PFO15113 0 R

PF015114 0 R

PFOI51I7 O R

PFO15125 O R

PF015126 O R

PF015127 O R

PF015132 O R

PF015148 O R

PFO15226 O R

PFO15234 O R

PF015260 O R

PFO153O2 O R

Bonato, E.)?. a ai

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

AVALIAÇÃO DE REAÇÃO DE LINHAGENS DE SOJA À FERRUGEM, EM CAMPO

Leila Maria Costarnilan, Aroldo Gailon Linhares e Luiz Eichelberger

Introdução

Ferrugem de soja, incitada por Phakopsora pachyrhizi e/ou

Phakopsora meibomiae, pode causar perda de rendimento de grãos de 46%, como foi constatado no município de Ciríaco, ES, em 2002 (Costamilan er ai., 2002). Este trabalho foi reali-zado com o objetivo de avaliar a reação de linhagens de soja, componentes de ensaios de avaliação em rede, para fins de pro-dução de semente genética, à infecção natural de ferrugem em Passo Fundo, RS.

Método

Linhagens e cultivares de soja foram semeadas no campo expe-rimental da Embrapa Trigo, Passo Fundo, ES, em 2 e 3/11/02, em espaçamento de 0,50 m, sob sistema plantio direto. Em 28 de março de 2003, quando os diferentes genótipos encontra-vam-se entre os estádios de desenvolvimento R5.1 a R55, os folíolos mais afetados por ferrugem, em cada parcela, foram avaliados visualmente para severidade, por meio de escala de

Reação & linhagens à ferrugem 387

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Soja. resultados de pesquisa 2002-2003

notas de acordo com o nível de infecção de ferrugem (NI), va-riando de NI = zero a 5, em que zero significa ausência de pústulas, 1, até 10% de área foliar infectada (afi), 2, de 11% a 25% de afi, 3, de 26% a 50% de afi, 4, de 51% a 75% de afi, e 5, acima de 75% de afi.

Resultados

Os resultados são apresentados na Tabela 1. Os seguintes ge-nótipos apresentaram baixa severidade de ferrugem, com notas 1 ou 2: PF 971453, PF 981317, PF 981318, PF 981403, PF 981417, PF 981429, PF 991225, PF 991248, PF 001094, PF 001098, PF 001128, PF 001134, PF 001139, PF 001153, PF 001168, PF 001170, PF 001175, PF 001177, PF 001189, PF 001220, PF 001225, PF 001228, PF 001242, PF 001248, PF 001253, PF 001256 e PF 001317.

Estudos moleculares, através da técnica de PCR, realizados na Embrapa Soja com amostra de esporos de ferrugem coletada em Passo Fundo, mostraram que a população ocorrente na sa-fra 2002/2003 era composta de mistura das espécies P. pa-chyrhizi e P. meibomiae.

58h Costamilan, L.M. et ai

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resultados de pesquisa 2002-2003

Referência Bibliográfica

COSTAMILAN, L. M.; BERTAGNOLLI, P. F.; YORINORI,J. T. Perda de rendimento de grãos de soja causada por ferrugem asiática (Pbakopsorapachyrhizi). Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.27 (Su-plemento), p.Sl0O, 2002.

Tabela 1. Severidade de ferrugem, em condição de infecção natural, em linhagens de soja. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

Genótipo Nota'

BR9719829 1 e 3 (mistura)

BRS 205 4 BRS 211 1 BRS Macota 1 BRSTorena 1 PF961324 4

PF971453 1

PF981317 1

PF981318 1

PF981403 1 PF981417 1

PF981429 1

PF991222 4 PF991225 1 PF991248 1

Continua...

Reação de linhagens à fenugem 389

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Soja. resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 1. Continuação;

Genótipo Nota 1

PF991312 4 PF991332 4 PF001094 1 PF001098 1 PF001128 2 PF001134 2 PF001139 1 PF001153 2 PF001158 4 PFOO11Ó8 1 PFOO117O 2 PF001175 2 PFOO117Ó 4 PF001177 2 PF001185 4 PFOO11S7 4 PF001188 3 PF001189 2 PFOO119O 4 PF 001201 1 e 4 (mistura) PF001203 4 PFOO12OÓ 5 PF001220 1 PF001225 1 PF001228 1 PF001231 4

Continua...

390 Coçtamilan LM. etal.

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Pesiliraílos de ftesq/íisa_2002-2003

Tabela 1. Continuaçio

Genótipo Nota'

PF'001232 4

PF001242 1

PF001246 4

PF001248 2

PF 001249 1 e 4 (mistura)

PF001253 1

PF001256 1

PF001293 4

PF001317 1

PF001334 4

PF 001346 4

PF001360 3 PF 001383 sem folhas

PP 001134 4

PF 001459 1 e 4 (mistura) Nível de infecção em função de área foliar afetada por ferrugem; zero

significa ausência de pústulas; 1, até 10% de árca foliar infecrada (afO; 2, de 11% a 25% de afi; 3, de 26% a 50% de afi; 4, de 51% a 75% de afi; e 5, acima de 75% de afi.

Reação de linhagens à ferrugem 391

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resultados de pesquisa 2002-2003

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA COM RESISTÊNCIA À FERRUGEM

Leila Maria Costamilan, Cláudia Vieira Godoy, José Tadashi Yorinori e

Álvaro Manoel Rodrigues Almeida

Introdução

Ferrugem asiática de soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, é doença recente no Brasil, à qual poucas cultivares apresentam resistência. Esse patógeno é mais agressivo que Phakopsora mei-bomiae, que causa a doença conhecida como ferrugem america-na, cuja ocorrência é registrada no Brasil desde o fim da década de 1970. Em 2002, na Embrapa Soja, selecionaram-se cultiva-res que apresentaram baixa severidade de doença e/ou lesões tipo RB (reddish brown), significando tolerância. Este trabalho foi realizado com o objetivo de observar a reação dessas cultiva-res de soja à infecção natural da doença, em Passo Fundo, RS.

Método

Coleção de cultivares de soja foi recebida da Embrapa Soja, composta por sementes de BRMS Bacuri, BRS 60 Celeste, BRS 133, BRS 134, BRS 135, BRS 136, Campos Gerais, CS 201 (Esplendor), Embrapa 59, FT 2, FT 3, FT 17, FT 2001, IAC 3,

392 Costamilan, LM. et ai.

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resultados de pesquisa 2002 -2003

IAC PL-1, KIS 601 e Ocepar 7. Essas cultivares, além da tes-

temunha suscetível BRS 154, foram semeadas manualmente no campo experimental da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS,

no dia 10 de dezembro de 2002, cada uma em uma linha de 2 m de comprimento, espaçada 0,50 m, na densidade de 15 se-mentes por metro linear. A infecção por ferrugem ocorreu na-turalmente. Em abril/03, foram coletadas 20 folhas de cada material (estádios entre R5.4 e R7.3), ao acaso, as quais foram avaliadas individualmente, em microscópio estereoscópico, por meio de escala de notas de acordo com o nível de infecção de ferrugem (NT), variando de NT = zero a NT = 5, em que zero significa ausência de pústulas, 1 significa até 10% de área foliar infectada (afi), 2 significa de 11% a 25% de afi, 3 significa de 26% a 50% de afi, 4 significa de 51% a 75% de afi, e 5, acima de 75% de afi. Foram considerados resistentes os genótipos que alcançaram até NT = 2, moderadamente resistente com NT = 3, suscetível com NI = 4 e altamente suscetível, com NT = 5. O índice de doença (ID) de cada cultivar foi obtido pelo soma-tório da multiplicação do número de folhas com determinada

nota (NT) da escala pelo valor da nota.

Estudos moleculares, através da técnica de PCR, foram realiza-dos na Embrapa Soja com amostra de esporos de ferrugem co-lerada em Passo Fundo, visando à identificação da espécie de patógeno de ferrugem ocorrente na área.

Resultados

Não houve ocorrência de folhas com NI igual ou superior a 3,

Reação cultivares à ferrugem 393

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

mesmo na testemunha suscetível, o que significa baixa severi-dade de ferrugem. A testemunha suscetível obteve índice de doença igual a 25. Os melhores materiais, com índices zero, 1 e 3, foram BRMS Bacuri, FT 2001, KIS 601, BRS 134, CS 201 (Esplendor), FT 2, FT 3 e FT 17. As notas dos demais materi-ais variaram entre 11 e 27 (Tabela 1). Não foi observada reação tipo RB.

Estudos moleculares mostraram que a população de ferrugem ocorrente em Passo Fundo era composta de mistura das espéci-es P. pachyrhizi e P. rneibomiae.

Costamilan, L.M. et ai

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 1. Índice de doença (ID) em cultivares de soja selecio-nadas pela possível resistência à ferrugem, em condição de in-fecção natural. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003-

Cultivar Folhas/nível de infecção (NI) O 1 2 3 4 5

ID

BRMSBacuri 20 O O O O O O FT200I 20 O O 0 O O O KIS6O1 20 O O O O O O

BRS134 19 1 O O 0 O 1 CS 201 (Esplendor) 19 1 O O O O 1 FT2 19 1 O O O O 1

FT3 18 1 1 O O O 3 FT17 17 3 0 O O O 3 IACPL-1 11 7 2 O O O 11 Campos Gerais 7 13 O O O O 13 Ocepar7 10 6 4 O O O 14 Embrapa59 3 16 1 O O O 18 BRS6OCeleste O 19 1 O O O 21 BRS133 2 12 6 O O O 24 BRS135 O 15 5 O O O 25 BRS154 O 15 5 O O O 25 IAC3 O 15 5 O O O 25 BRS136 O 13 7 O O O 27

ID= E (número de folhas em determinado NI x Nt correspondente)

Reaçâo cultivares à ferrugem 395

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

AVALIAÇÃO DE SEVERIDADE DE OÍDIO EM GENÓTIPOS DE SOJA, SAFRA 2 002/2003

Leila Maria Costamilan, Paulo Fernando Bertagnoilie Emídio Rizzo

Bonato

Introdução

O uso de cultivares de soja com resistência genética é um meio eficiente de controle de oídio, causado por Microsphaera diffiísa. Este trabalho teve como objetivo avaliar a severidade de oídio em genótipos de soja convencional e tolerantes a herbici-da glifosato, componentes dos ensaios preliminares de terceiro ano e dos ensaios finais de primeiro e segundo anos e em culti-vares de soja registradas para cultivo no estado do Rio Grande do Sul, em condições naturais de ocorrência da doença em campo, na safra 2002/2003.

Método

Os genótipos de soja foram semeados em novembro/2002, sob sistema plantio direto, no campo experimental da Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. O delineamento experimental usado foi blocos ao acaso, com três repetições, nos ensaios prelimina-res de terceiro ano e no de cultivares registradas para cultivo no

396 CostamiLqn, LM. etal

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Rio Grande do Sul, e com quatro repetições, nos ensaios finais de primeiro e segundo anos. Cada parcela foi composta de

quatro fileiras de cinco metros, espaçadas 0,5 m. Herbicida

glifosato foi aplicado sobre as linhagens tolerantes, um mês após a semeadura, na dose de 3 Ilha.

A avaliação de severidade de oídio foi realizada no fim de feve-

reiro e no início de março de 2003, em uma repetição, em

campo, estimando-se a percentagem de área foliar coberta pelo

micélio do fungo, em relação à área foliar total, em plantas de bordadura (local favorável ao máximo desenvolvimento da do-ença) e do interior da parcela. Os estádios de desenvolvimento

de soja variaram entre 115.1 e R5.4, dependendo do ciclo do

genótipo. Para classificação, usou-se a seguinte escala de seve-

ridade: resistente (de O a 10% da área foliar coberta por micé-lio), moderadamente resistente (de 11% a 20%), moderada-

mente suscetível (de 21% a 40%), suscetível (de 41% a 60%) e

altamente suscetível (acima de 60%). Como testemunhas sus-cetíveis, foram usadas as cultivares comerciais CD 201, de ciclo

precoce, RS 7-Jacuí, de ciclo médio, e Fepagro-RS 10, para ciclos semitardio e tardio.

Resultados

Nos ensaios preliminares de terceiro ano, entre as 27 linhagens

de ciclo precoce (tabelas 1 e 2), a severidade de oídio não foi

elevada, como pode ser observado no comportamento da tes-

temunha suscetível (cultivar CD 201), que apresentou severi-

dade máxima de 30% em plantas de bordadura. Destacaram-

Oídio 397

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Soja: resultados & pesquisa 2002-2003

se, com baixa severidade de oídio em plantas de bordadura e no interior da parcela, os genótipos convencionais PE 00 1051, PFOO 1080, PE 00 1094, PF 00 1106, PF 00 1109, PF 00 1190, PF 00 1203, PF 00 1317 e PF 00 1334 e os tole-rantes a herbicida glifosato BR 00-68262, BR 00-6842 1 e PF 015077.

Do total de 100 linhagens de ciclo médio avaliadas, nos ensaios preliminares de terceiro ano, 48% foram resistentes e 28% foram moderadamente resistentes. Destacaram-se as linhagens de soja convencional PF 00 1038, PF 00 1039, PF 00 1040, PFOO 1048, PFÕO 1154, PF 00 1168, PF 00 1173, PFOO 1175, PF 00 1220, PFOO 1231PF 00 1234, PF 00 1242, PF 00 1254, PF 00 1256 e PE 00 1293 e, entre as de soja tolerante ao herbicida glifosato, PF 01 5053, PF 015072, PF 01 5120, PF 01 5130, PF 01 5134, PF 01 5138, PF01 5139, PF 01 5140, PE 01 5144, PF 01 5145, PF01 5151, PF 01 5285, PF 01 5314, BR 00-66826, BR 00-67243, Bit 00-67417, BR 00-68282, BR 00-68339, BR 00-68341, BROO-68432, Bit 00-68485, Bit 99-100935, BR99-27874, BROO-66832, Bit 00-66971, BR 00-67007, BROO-67016, BR 00-67152, BR 00-67253, BR 00-67282, BR 00-67326, BR 00-67352 e Bit 99-101687. A testemunha suscetível, RS 7-Jacuí, apresentou índice de severidade de oídio entre 50% e 70%.

De ciclo tardio, foram avaliadas 66 linhagens, das quais 71% foram resistentes e 17% moderadamente resistentes. Destaca-ram-se, como resistentes, os genótipos de soja convencional PFOO 1047, PFOO 1093, PF 00 1098, PF 00 1153, PF 00 1249, PF 00 1459, PE 98 1079a, PF 98 1079b e PF 98 1079c. Entre as de soja tolerante a glifosato, forám re-

Costamilan, L.M. a ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

sistentes PF 015090, PF 015104, PF 015109, PF 015110, PF 01 5113, PF 01 5117, PE 01 5125, PF 01 5126,

PFO1 5127, PF 015226, PF 015260, PF 015302, BROO-66091,

BR 00-66652, BR 00-66753, BR 00-6685 1, BR 00-66923, BR 00-66948, BR 00-66990, BR 00-67003, BR00-68316,

BR 00-68327, BR 00-68333, BR 00-68466, BR99-100356,

PF 01 5430, BR 00-66037, BR 00-66105, BR00-66114,

BR00-66662, BR 00-66703, BR 00-66710, BR00-66778,

BR 00-67247, BR 00-68008, BR 00-68029 e PF 00 100300.

Nesse ensaio, a severidade de oídio na cultivar testemunha Fe-pagro-RS10 variou entre 40% e 50%

Nos ensaios finais de primeiro e segundo anos (tabelas 3 e 4), a testemunha suscetível CD 201 não apresentou elevada severi-

dade da doença, alcançando 30% em plantas de bordadura.

Destacaram-se, com baixa severidade de oídio em plantas de

bordadura e no interior da parcela, PF 98 1090, PF 99 1312 e

PF 99 1332, entre genótipos de soja convencional, e

BR 99-100659, BR 99-101074, BR 99-101097, BR 99-101118, BR 00-66657 e BR 00-68380, entre os de soja tole-

rante a herbicida glifosato.

A grande maioria das 54 linhagens de ciclo médio foram resis-

tentes (72%) ou moderadamente resistentes (18%). Foram

moderadamente suscetíveis ou suscetíveis a linhagem de soja

convencional PF 991268 e as linhagens de soja tolerante a

glifosato BR 99-102226, BR 99-102233, BR 00-66682,

BR 00-68509 e BR 00-685 12. A cultivar testemunha RS 7-

Jacuí obteve índices de 50% e 60% de oídio.

Quanto às 20 linhagens de ciclos semitardio e tardio avaliadas, PF 99 1145 apresentou suscetibilidade, entre as de soja con-

Oídio 399

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

vencional. No ensaio de linhagens de soja tolerante a glifosato, a severidade máxima de oídio foi de 30% na testemunha sus-cetível Fepagro-RS 10. Neste caso, a linhagem PF 00 100300 apresentou maior severidade da doença.

Entre as cultivares registradas para cultivo no Rio Grande do Sul (Tabela 5), foram resistentes Bragg, BRS 153, BRS 154, Embrapa 59, Fundacep 33, Fundacep 39, Ipagro 21, Cobb, Fepagro-RS 16 e Fepagro 23.

As linhagens devem ser avaliadas durante várias safras, em ra-zão da variabilidade observada na reação durante os últimos anos. Além disso, na safra 2002/2003, não houve desenvolvi-mento severo de oídio nas parcelas avaliadas, corroborando observações anteriores sobre o decréscimo de intensidade dessa doença, ano após ano. Essa situação pode estar associada a con-dições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença, ao maior uso de cultivares resistentes e/ou a aplicações de fun-gicidas.

Costamilan, L.M. a ai

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 1. Severidade de oídio em linhagens de soja convencio-na!, ensaio preliminar de terceiro ano, safra 20002/2003. Em-

brapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

Oídio(%)*

Ciclo Genótipo Borda Interior Maior nota anterior

Precoce - PF 00 1037 20 10 tra

P1 PFOOIO5I 10 te tr

PF 00 1080 tr O O

PF 00 1094 10 tr O

PFOO 1106 te O O

PFOO 1109 te O O

PF001139 40 20 O

PFOO 1161 50 30 tr

PFOO 1163 50 10 10

PFOO 1185 20 10 10

PF001187 30 30 20

PFOO 1190 10 O tr

PFOO 1201 30 10 10

PFOO 1203 te O O

PF001229 O O 10

PF001317 10 O O

PFOO 1334 10 10 50 CD 201 (test.) 20 20 40

Médio - PF 00 1038 10 5 O

Ml - ! PF001039 te O O

PF 00 1040 10 O tr

PFOO1O48. 10 O O

PF 00 1063 20 tr te

PF001128 20 5 tr Continua...

Oídio 401

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda Interior Maior nota

anterior

PFOO 1131 20 10 O PF001134 20 PF001154 10 tr O PF001168 rr O tr PFOO117O 20 10 30 PFO0 1173 10 10 tr FF00 1175 tr tr tr PF 00 1478 20 10 10 RS 7-Jacuí

70 50 40 (tes t.)

Médio— PF0O 1176 20 20 rr M2 - 1 PF001177 30 10 O

PFOO 1206 20 20 -

PFOO 1208 20 10 20 PF 00 1220 tr tr (pvr )b tr PF 00 1225 40 30 tr PF 00 1228 20 tr O FF001231 10 tr tr PF 00 1234 10 tr 10 PF001242 tr O O PFOO 1246 30 tr O PF 00 1253 20 tr tr PFOO 1254 10 10(pvr) O PFOO 1256 10 tr O PF 00 1293 10 10 O

50 50 40

Continua...

Costamilan, L.M. a aL

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resnirados de Pesanisa 2002-2003

Tabela 1. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda Interior Maior nota

anterior

Sernitardio PF 98 1079 a 10 O ir

e Tardio - PF 98 1079 b ir O ir

Ti PF 98 1079 c ir O (pvr) ir

PF 00 1034 20 tr 10

PF 00 1047 10 ir O

PF 00 1060 40 10 ir

PF001093 0 O O

PF 00 1098 10 tr tr

PF001153 O O O

PFOO 1158 30 10 10

PFOO 1159 30 10 10

PFOO 1188 40 20 ir

PF001249 ir O O

PF 00 1459 ir O ir

Fepagro-RS 10 40 30 20

(tesi.) Estádios: precoce, R5.4; médio, R5.2; semirardio e tardio, 115. 1. * percentagem de área foliar coberta pelo micélio de oídio em plantas de bordadura e do interior da parcela. traços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo rnicélio).

"alta incidência de plantas com podridão vermelha da raiz.

Oídio 403

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Severidade de oídio em linhagens de soja tolerante ao herbicida glifosato, ensaio preliminar de terceiro ano, safra 20002/2003. Embrapa Trigo, Passo Fundo, ES, 2003.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

Precoce - P1 rr

BR 00-68262 BR 00-68421 PF 01 5054 PF 015065 PF 015077 PFOI 5128 PF 015266 PF 015273 PF 015294 PF 00 100100 CD 201 (test.)

tr a o 10 tr 30 10 50 30

5 tr 40 20 20 10 20 tr 20 10 30 20 30 30

Médio - PF 015052 40 30 (pvr)b

Ml - 1 rr PF 015053 10 tr (pvr) PFOI 5063 20 20 PFOI 5066 50 30(pvr) PFO1 5068 30 20 PFO1 5069 30 10(pvr) PFO1 5072 10 5 PFO1 5074 30 20 PFO1 5085 40 30 PFO1 5107 30 10 PF015120 5 O PFO1 5122 20 5 PFO1 5124 40 10 PF01 5130 10 tr(pvr)

Continua...

Costamilan, L.M. ei aL

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Continuação

Ciclo Genótipo ___P1io (%)*

Borda Interior

PF 01 5133 30 20

PFO1 5134 10 10

PF0I 5137 40 20

PF 00 100200 50 20 RS 7-Jacuí (test.) 60 50

Médio— PF015138 10 te

M2—Irr PF015139 tr tr

PFO1 5140 10 5 PFO1 5141 30 10(pvr)

PFO1 5143 20 10(pvr)

PF015144 10 tr

PFO1 5145 ir tr

PF015146 20 10

PFO1 5149 40 30 PFOI 5150 30 10

PF015151 10 5 PFO1 5152 30 30

PF015182 40 30

PFOI 5192 20 20

PF 01 5200 30 20

PFO1 5206 20 5 PF015285 10 10 PF 00 100200 30 30 RS 7-Jacui (tese.) 60 50

Médio- PFO1 5296 20 5

M3-1rr pF015297 20 10 Continua...

Oídio 405

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Continuação.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

PF015314 10 tr PF 015328 20 20 (pvr) BROO-66826 10 tr BROO-67243 10 O BROO-67295 20 tr BROO-67417 10 tr BR 00-68282 tr O (pvr) BR 00-683 39 tr O BROO-68341 10 O BROO-68396 20 10 BR 00-68408 30 5 BROO-68418 30 20 BROO-68427 20 10 BROO-68432 10 tr BR 00-68456 20 tr PF 00 100200 40 30 RS 7-Jacuí (test.) 60 40

Médio - BR 00-68485 10 tr (pvr)

M4— 1 rr BR99-100935 10 0(pvr) BR99-101687 10 5 BR99-101710 20 10(pvr) BR 99-27874 5 5 BROO-66832 10 5 BROO-66971 10 tr BR 00-67007 10 tr BROO-67016 10 tr BROO-67152 5 tr

Continua...

Costa inilan, L.M. et ai.

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 2. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo

Borda Interior

BR00-67253 tr O BROO-67282 5 O

BROO-67326 10 O BRO0-67352 10 O

BROO-67372 20 tr

BROO-67421 20 tr PF 00 100200 20 20 RS 7-Jacuí (test.) 60 40

Sernitardio PF 015090 O O

eTardio — PF015104 10 5 T1—lrr PF015109 O O

PFOI 5110 10 O PF015113 O O PFOI 5114 20 5 PF015117 O O

PFO1 5125 10 5 PF015126 O O

PFO1 5127 10 5 PFO1 5132 30 10(pvr)

PFOI 5148 40 5 PFOI 5226 10 5 PFO1 5234 20 5 PF 015260 10 tr

PF015302 O O PF015418 40 20 PF 00 100 300 10 tr Fepagro-RS 10 (test.) 50 40

Continua...

Oídio 407

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Soja: resuultados de pesquia 2002-2 903

Tabela 2. Continuação.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

Semitardio BR99-100356 10 O e Tardio - BR 00-66091 tr O

T2 - 1 rr BR 00-66652 tr 0 BROO-66753 tr O BROO-66851 10 O BROO-66915 20 O BROO-66923 10 tr BR 00-66948 tr 5 BR 00-66990 tr tr BR 00-67003 10 tr BROO-67939 30 10 BROO-67943 20 10 BROO-68316 10 5 BROO-68327 10 tr BROO-68333 5 tr BR 00-68466 5 O

PF 015430 10 10 (pvr) PF 00 100300 40 10 Fepagro-RS 10 (test.) 40 10 (pvr)

Semitardio BR99-101941 20 tr e Tardio - BR 00-65927 20 tr

T3 - 1 rr BR 00-66037 10 O BROO-66105 10 O BROO-661l4 10 5 BR 00-66662 O O BR 00-66703 5 tr BROO-66710 10 O

Continua...

408 Costapnilan, L.M. etal.

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resultados de Pesquisa 2002 -2003

Tabela 2. Continuação.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

BR 00-66720 20 5 BROO-66736 20 tr

BR 00-66763 30 30 BROO-66778 10 tr

BROO-67033 20 O

BR 00-67 247 5 tr BR 00-68008 10 tr BROO-68029 10 O BROO-68104 20 10 PF 00 100300 10 10 (pvr)

Fepagro-RS 10 (test.) 50 30 Estádios: precoce R5.4; médio, R5.3; semitardio e tardio, R5.1. * percentagem de área foliar coberta pelo micélio de oídio em plantas de bordadura e do interior da parcela. 4 traços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio). "alia incidência de plantas com podridão vermelha da raiz.

Oídio 409

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 3. Severidade de oídio em linhagens de soja convencio-nal, ensaios finais de primeiro e segundo anos, safra 2002/2003. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003.

Ciclo Genótipo Borda Oídio(%)* Interior Maior nota

anter iora

Precoce - PF 97 1453 30 tr " 10 P1 PF981090 10 tr 20

PF 98 1239 30 20 50 PF99 1305 20 tr 10 PF99 1312 tr tr 5 PF 99 1332 10 tr 5 CD 201 (test.) 30 10 60

Médio— PF99 1222 rr O 10 M1-1 PF99 1225 tr O 20

PF99 1247 tr O 10 PF99 1248 O O tr PF99 1249 O O tr PF99 1260 O O 10 PF99 1268 30 tr 10 PF99 1275 10 tr 5 PF 99 1285 tr tr 10 PF 99 1295 tr tr 10 PF991317 O O tr PF99 1326 O O 10 PF99 1328 10 O 10 PF99 1382 tr tr 20 PF 99 1387 tr O 10 ES 7-Jacuí (test.) 50 20 70

Continua...

O Costa ,nilan, L.M. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 3. Continuação.

Oídio (%)*

Ciclo Genótipo Borda Interior Maior nota anter ior a

Médio— BR97 19756 10 5 20 M2 — 1 BR9720155 20 10 10

PF97 1450 20 5 10 PF98 1081 10 O rr PF981217 tr O O PF98 1318 10 tr 10 PF98 1324 O O 10 PF98 1395 10 tr 10 PF 99 1077 tr tr 20 RS 7-Jacuí (test.) 50 20 70

Semitardio BR 97 19829 10 tr (pvr)' 20 eTardio — PF98 1238 5 tr 5 TI PF98 1376 10 5 10

PF 98 1399 tr O (pvr) tr PF 98 1403 10 tr (pvr) 5 PF 99 1045 30 tr (pvr) 20 PF 99 1080 tr O tr PF991081 O O O PF 99 1087 tr tr tr PF99 1145 60 40 10 PF99 1324 tr tr O Fepagro-RS 10 (test.)

40 20 - -

30

Estádios: precoce, R5.4; médio, R5.2; semitardio e tardio, 115.1. * percentagem de átea foliar coberta pelo micélio de oídio em pJantas de hordadura e do interior da parcela. 'avaliação no interior da parcela "traços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio).

alta incidência de plantas com podridão vermelha da raiz.

Oídio 411

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 4. Severidade de oídio em linhagens de soja tolerante a herbicida glifosato, ensaios finais de primeiro e segundo anos, safra 2002/2003. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003-

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

Precoce— BR98-21905 30 10 P1 rr BR98-22045 30 20

BR98-22761 20 10 BR98-23712 30 5 BR99-100650 20 tr&

BR99-100659 tr O BR99-101074 5 tr BR99-101097 10 10 BR99-101118 10 tr BR99-101397 40 20 BR99-26699 40 10 BROO-66657 10 tr BR 00-66823 20 tr BR 00-66986 20 tr BR 00-67405 50 5 BROO-68380 5 5 PF 00 100 100 30 10 CD 201 (test.) 20 20

Médio— BR99-100075 10 10 M1-1 rr BR99-100286 10 tr

BR99-100301 20 tr BR99-100396 5 tr (pvr) b

BR99-100684 20 10 BR99-100832 10 tr BR99-101369 tr tr

Continua..

Costamilan, L.M. a ai

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 4. Continuação.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

BR99-101703 20 10

BR99-101951 10 tr

BR99-10l993 tr tr

BR99-102010 tr tr

BR99-102208 5 tr

BR99-102211 5 tr

BR99-102226 30 20 PE 00 100200 10 O

RS 7-Jacuí (test.) 60 50

Médio— BR99-102233 30 10

M2 - 1 rr BR 99-26039 20 tr

BR99-26041 20 10

BR 00-66077 20 tr (pvr)

BR 00-66632 10 cr (pvr)

BR 00-66682 30 10

BROO-67272 10 tr

BROO-67320 10 tr

BR 00-68507 cr tr

BROO-68508 10 5

BROO-68509 50 30 BROO-68510 10 tr

BROO-68512 30 10

BROO-68513 10 tr

BROO-68514 20 tr

PF 00 100200 20 tr

ES 7-Jacuí (test.) 60 50

Continua...

Oídio 413

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resultados de pesquisa 2002 -2003

Tabela 4. Continuação.

Ciclo Genótipo Oídio (%)* Borda Interior

Semitardio BR 99-100773 tr O eTardio — BR99-100845 tr tr Ti rr BR99-i0i983 5 O

BR99-i6762 20 10 BROO-671i3 20 O BROO-67l58 20 tr BR 00-67408 10 O BR 00-67451 tr O PF 00 100300 30 tr Fepagro-RS 10 (test.) 30 20

Estádios: precoce, R5.4; médio, R5.1; semitardio e tardio, 'R5. 1. * percentagem de área foliar coberta pelo micélio de oídio em plantas de bordadura e do interior da parcela. 4 traços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio).

alta incidência de plantas com podridão vermelha da raiz.

14 Costainilan, L.M. et ai.

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 5. Severidade de oídio em cultivares de soja registradas para cultivo no Rio Grande do Sul, safra 2002/03. Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, 2003-

Ciclo Genótipo Borda Oídio (%)* Interior Maior nota

anter ior a

Semi- BR-16 50 40 80 precoce e BRS 137 20 tr1' O Precoce BBS 205 40 tr 10 (est. R.2) CD 201 20 20 80

CD 203 30 20 (pvr)C tr BRS Macota 20 10 20 BBS 138 20 10 10 BRS 211 40 10 tr Fundacep 41 50 40 (pvr) 30 IAS5 40 20 30 Ocepar 14 50 50 50

Médio BR-4 50 40 40 (est. R5.1) Bragg rr tr tr

BRS66 30 10 10 BRS 153 tr tr (pvr) tr BRS154 10 tr 5 Embrapa 59 10 tr O Fundacep 33 10 tr O Fundacep 38 30 tr 5 Fundacep 39 O O O 1A54 50 30 20 Ipagro 21 tr O 20 RS 7-Jacuí 60 60 50

Continua...

Oídio 415

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 5. Continuação.

Oídio (%)* Ciclo Genótipo Borda Interior Maior nota

anter iora

Semitardio BRS Torena 20 tr 10 e Tardio RS 9-Icaúba 40 20 20 (est. R4) CD 205 20 tr 5

Cobb O O O Fepagro-RS 10 40 30 30 Fepagro-RS 16 10 O 5 Fenatzro23 O O 10

* percentagem de área foliar coberta pelo micélio de oídio. A avaliação em anos anteriores, no interior da parcela. htraços (inferior a 1% de área foliar coberta pelo micélio). alta incidência de plantas com podridão vermelha da raiz.

16 Costamilan, L.M. et ai

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resultados de pesquisa 2002-2003

AVALIAÇÃO DE RESISTÊNCIA DE LINHAGENS DE SOJA A CANCRO DA HASTE,

EM 2002

Leila Maria Costamilan e Ernídio Rizzo Bonato

Introdução

O cancro da haste de soja, causado por Diaporthe phaseolorum f.

si,. meridionalis, está praticamente sob controle, no Brasil, em

razão do uso de cultivares resistentes. Entretanto, ainda é

registrada sua ocorrência, corno na região de Castro, PR, na safra 2002/03, especialmente em cultivares mais antigas, o que

indica que há inóculo do patógeno em regiões produtoras. As-

sim, o trabalho contínuo de avaliação de linhagens de soja

qtntaà reação ao patógeno ainda se faznucçssário.

Este trabalho relata resultados de avaliação da reação de

linhagens desenvolvidas pelo programa de melhoramento de soja da Embrapa Trigo, quando infectadas artificialmente com

o patógeno causador de cancro da haste.

Método

Os testes ftram realizados na Embrapa Trigo, Passo Fundo,

RS, no período de maio a dezembro de 2002, empregando-se a

ancro da haste 417

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resultados de pesquisa 2002-2003

técnica do palito de dente colonizado pdo patógeno. Cada ge-

nótipo de soja foi semeado em vaso com capacidade para 2 kg

de solo, colocando-se 12 a 15 sementes por vaso, que foram

mantidos em ambiente de casa de vegetação. A temperatura,

nesse ambiente, variou entre 10 °C e 35 °C. A preparação do inóculo de Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis (forma imperfei-ta, ou anamórfica, de D. phaseolorum f. sp. meridionalis) foi iniciada no dia da semeadura, com repicagem de discos de mi-

célio do patógeno de placas matrizes armazenadas para placas

com meio BDA (batata-dextrose-ágar), acrescido de 300 ppm/l

de sulfato de estreptomicina. Após seis dias, as colônias desen-

volvidas foram cortadas em discos de 4 mm de diâmetro, e cin-

co discos foram repicados para cada placa previamente esterili-

zada e preparada com pontas de pahtos de dente montadas em

disco de papel sulfite, com meio BDA. Essas placas foram mantidas em incubadora, a 25 ± 3 °C, durante, aproximada-

mente, seis dias, até colonização da extremidade do palito de

dente pelo fungo. Inoculou-se o patógeno nas plantas 13 a 15

dias após a semeadura, durante a expansão da primeira folha

trifoliolada, mediante inserção de ponta de palito colonizada

pelo pacógeno no hipocótio de cada planta, aproximadamente 1 cm abaixo do nó cotiledonar. A cultivar Cobb foi usada como

testemunha suscetível. Após esse processo, o ambiente foi satu-rado com umidade por meio de nebulização de água por 10

minutos contínuos, e por 30 segundos a cada 30 minutos, ao longo das 72 horas seguintes.

A avaliação ocorreu entre dez e vinte dias após cessar a nebuli-

zação e consistiu na contagem do número de plantas mortas e

de plantas com sintomas da doença (murcha e/ou clorose foli-

ar). Consideraram-se valor "1,0" para planta morta e valor

18 Costamilan, L.M. e Bonato, E.R.

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resultados de pesquisa 2002 -2003

"0,5" para planta murcha e/ou clorótica. Usou-se a seguinte escala (Yorinori, 1996) para classificação da reação: 0 a 25% de

plantas mortas = resistente (R); 26 a 50% = moderadamente

resistente (MR); 51 a 75% = moderadamente suscetível (MS);

76 a 90% = suscetível (S); 91 a 100% = altamente suscetível

(AS). Em razão de as avaliações terem sido realizadas com, no máximo, 15 plantas por genótipo, as linhagens consideradas

resistentes foram submetidas, novamente, ao teste.

Resultados

Foram avaliados 2.909 genótipos, com origens em diversos cruzamentos. A classificação quanto à reação a cancro da haste foi a seguinte: 68% dos genótipos foram resistentes, 11% fo-ram moderadamente resistentes, 7% foram moderadamente suscetíveis, 2% foram suscetíveis, e 12%, altamente suscetíveis.

Pelos critérios adotados pelo programa de melhoramento ge-nético de soja da Embrapa Trigo, foram mantidos os genótipos que apresentaram até 15% de plantas suscetíveis. Esses genóti-

pos serão retestados em 2003.

Referência Bibliográfica

YORINOR.I, J. T. Cancro da haste da soja: epidemiologia e con-trole. Londrina: Embrapa-Soja, 1996. 75p. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 14).

Cancro da haste 419

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

PRODUÇÃO DE SEMENTE GENÉTICA DE SOJA NA EMBRAPA TRIGO EM 2002/2003

Aroldo Gailon Línhares e Luiz Eichelberger

Introdução

As ações de produção de semente genética integrantes da ativi-dade de melhoramento de soja na Embrapa Trigo vêm sendo executadas desde 1978. Na safra 2002/2003, o trabalho teve como objetivo a produção de semente genética de linhagens de soja convencional, em avaliação nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, e de quatro cultivares registradas. Paralela-mente ao trabalho com soja convencional, foi, também, inicia-da a produção de semente genética de linhagens tolerantes ao herbicida glifosato, integrantes de ensaios de avaliação no Rio Grande do Sul.

Método

As atividades em campo foram desenvolvidas na área experi-mental da Embrapa Trigo, situada no município de Passo Fundo, lIS.

Linha res, A. G. e Eichelberger, L.

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resultados de pesquisa 2002-2003

Cento e duas linhagens tolerantes ao glifosato, sendo 61 dos ensaios preliminares de terceiro ano, 23 do ensaio final de pri-

meiro ano e 18 do ensaio final de segundo ano, foram semea-

das em parcelas de quatro linhas de 7,5 m de comprimento, com espaçamento de 0,5 m entre as linhas, empregando-se 75

g de semente para cada genótipo. Essas parcelas foram estabe-lecidas em área de campo específica, obedecendo-se às normas

indicadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança

(CTNBIO).

Correspondentes a ensaios de avaliação preliminar de terceiro

ano, 47 linhagens de soja do tipo convencional foram semeadas

no sistema de parcela por planta, a partir de plantas originárias

da safra anterior, as quais foram colhidas e trilhadas individu-

almente. Os grãos obtidos dessas plantas foram observados

visualmente, descartando-se os casos nos quais foram verifica-das variações para algumas caraterísticas, especialmente quanto

à cor do hilo. O número de parcelas por planta foi variável,

correspondendo, no total, a 1.881 parcelas. Também incluídas

em avaliação preliminar de terceiro ano, três linhagens deriva-

das de PF 981079 foram semeadas, sob forma massal, na

quantidade de 1 kg de semente cada uma. Da mesma forma,

três linhagens selecionadas a partir de PF 981429, e em segun-

do ano de avaliação preliminar, foram semeadas na quantidade

de 1 kg de semente cada uma.

Dezoito linhagens, constantes dos ensaios finais de primeiro

ano, foram semeadas sob forma massal, em quantidades variá-

veis, de acordo com a disponibilidade de semente, perfazendo o total de 558 kg. Destas, uma linhagem foi, também, semeada

no sistema de parcela por planta, visando-se à renovação da

semente genética inicialmente produzida.

Produção de semente genética 421

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Soja: resültados de pesquisa 2002-2003

Oito linhagens em ensaios finais de segundo ano de avaliação foram assim distribuídas e semeadas: 303 parcelas de plantas individualizadas e 10 kg sob forma massal.

Com o objetivo de renovação da reserva de semente genética, foram semeados, sob forma massal, 10 kg correspondentes à cultivar BRS Torena e 4 kg à cultivar BRS 211. Em relação às cultivares BRS 205 e BRS Macota, a semeadura correspondeu, respectivamente, a 76 e a 77 parcelas de plantas individualiza-das.

A semeadura de todas as parcelas foi realizada sob sistema plantio direto no período compteendido entre 3/11/2002 e 14/12/2002.

A adubação usada foi de 250 kg/ha da fórmula 0-25-25.

A densidade de semeadura foi calculada para obter-se uma po-pulação de 10 a 15 plantas por metro, e o espaçamento obser-vado correspondeu a 0,50 m entre as linhas.

O controle de plantas daninhas foi realizado pela aplicação de herbicida dessecante em campo, antes da semeadura, suple-mentado, parcialmente, no caso de soja convencional, por uso de herbicida pós-emergente. Na área correspondente às linha-gens tolerantes ao herbicida, efetuou-se, em 6/1/03, uma apli-cação de produto à base de glifosato, para o controle de plantas daninhas, e, em 10/3/03, uma aplicação de fungicida (tebuco-nazole), visando, prioritariamente, ao controle de ferrugem asiática.

Foi feito controle de lagartas e de percevejos, mediante a apli-cação de inseticidas recomendados para a cultura.

Linhares, A. G. e Eichelberger, L.

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resultados de hescjuisa 2002-2003

A eliminação de mistura varictal, de plantas atípicas ou de par-celas desuniformes foi feita periodicamente, desde a fase de

florescimento até a de maturação. Foi dada ênfase especial ao

trabalho de purificação durante o período de florescimento. Nos casos de semeadura no sistema de parcela por planta, fo-

ram eliminadas as parcelas que apresentavam desuniformidade

OU diferença do padrão tio genótipo, plantas atípicas ou qual-

quer outro fator que as desqualificassem (baixo estande, man-

chas de fertilidade etc.). As parcelas que se mostraram unifor-

mes e dentro do padrão do genótipo foram colhidas em massa.

A colheita foi iniciada em 174/2003 e concluída em 26/4/2003. Foram empregadas colhedora automotriz para par-

celas, marca Wintersteiger, e automotriz para pequenas lavou-

ras, marca Lavrale, quando as parcelas eram maiores. Além de

uso de sacos de juta, passou-se, nos casos de maiores volumes, a recolher o produto da colheita em embalagens de polipropileno

com capacidade para cerca de uma tonelada. Plantas individua-

lizadas, nas parcelas de linhagens tolerantes ao glifosato, além

de outras parcelas nas quais se voltou a resselecionar, foram

colhidas manualmente. No primeiro caso, foram coletadas cer-

ca de 100 plantas de cada parcela, além de se colher a parte

remanescente sob forma massal. Nos casos de resseleção, colhe-

ram-se cerca de 30 ou 50 plantas.

Resultados

A semeadura e a emergência ocorreram normalmente, propor-

cionando adequado estabelecimento das parcelas. Na área cor-

Produção de senen:e genética 423

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resultados de pesquisa 2002-2003

respondente às linhagens de soja convencional, apesar da apli-cação de herbicidas apropriados, as abundantes precipitações

pluviais ocorridas no período vegetativo da cultura favoreceram

o crescimento de plantas daninhas. Na área ocupada pelas li-nhagens tolerantes ao glifosato, o controle de planta daninhas

foi plenamente efetivo. Em termos de doenças, verificou-se

ocorrência de oídio, de ferrugem asiática e de doenças de fim de

ciclo, em níveis variáveis, de acordo com o grau de suscetibili-dade dos diferentes genótipos. A manifestação de doenças do

sistema radicular foi intensa em área limitada e de pouca ex-

pressão, na grande maioria das parcelas. Houve baixa infesta-

ção de lagartas, mas a presença de percevejos foi registrada em maior escala, demandando mais controle.

As linhagens das quais colheram-se plantas foram armazenadas

em feixes individualizados. Nos casos das linhagens a serem

promovidas nos ensaios, as plantas serão trilhadas individual-

mente, com vistas à produção de semente genética no sistema

de parcela por planta. Em atendimento às normas de hiossegu-

rança, as plantas e a semente correspondentes às linhagens

tolerantes ao glifosato foram armazenadas em local separado e previamente designado para essa finalidade.

Parcelas individualizadas de algumas linhagens apresentaram

desuniformidade, atribuída à problema de segregação, razão pela qual foram eliminadas.

No caso da linhagem PF 961324, em virtude do geral e acen-tuado grau de desuniformidade apresentado, optou-se pela

eliminação completa de todas as parcelas.

As parcelas de três linhagens derivadas de PF 981429 apre-

sentaram-se uniformes e agronomicamente semelhantes. Três

Linha res, A. G. e Eichelberger, L.

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resufrados de pesquisa 2002 -2003

linhagens resselecionadas de PF 981079 apresentaram-se uni-

formes, mas distintas entre si.

As condições climáticas foram excepcionalmente favoráveis à

colheita, permitindo a obtenção de grãos de ótimo aspecto físi-co. Os índices de produção bruta obtidos foram considerados

satisfatórios, atendendo às necessidades do próximo ciclo de

multiplicações e de ensaios. Em relação às cultivares BRS 205, BBS 211, BBS Macota e BBS Torena, a produção obtida cor-

respondeu a 75, 160, 65 e 286 kg, respectivamente, de se-mente beneficiada. Das parcelas correspondentes às cultivares BBS 205 e BBS Macota, foram obtidos, respectivamence, 75

kg e 65 kg.

A partir da produção obtida na safra anterior, foram transferi-

dos ao Escritório de Negócios de Passo Fundo, da Embrapa Transferência de Tecnologia, para fins de produção de semente

pré-básica, 1.550 kg de semente genética de duas cultivares

registradas e 1.655 kg correspondentes a dez linhagens incluí-

das em ensaios finais de avaliação, na safra 2002/2003 (Tabela

1).

Produção de semnue genética 425

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resultados de pesquisa 2002-2003

Tabela 1. Quantidades de semente genética de cultivares re- gistradas e de linhagens em ensaios de avaliação em 2002/2003 transferidas pela Embrapa Trigo à Embrapa Transferência de Tecnologia, em 2002.

Cultivar/Linhagem Quantidade de semente - kg

BRS 137 350 BRS Macota 1.200 BR9719829 50 BR9750155 400 PF961324 300 PF981317 75 PF981324 450 PF981399 100 PF981429 40 PF991081 60 PF991295 100 PF991305 80

426 Linhares, ,4.G. e Eichelberger, L.

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Soja: resufrados de pesquisa 2002 -2003

RENDIMENTO DE GRÃOS DE SOJA EM

SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS COM

PASTAGENS ANUAIS DE INVERNO E DE

VERÃO, SOB PLANTIO DIRETO

Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fontanelie Gilberto Ornar

Tornrn

Introdução

Os restos culturais desempenham importante papel no sistema plantio direto, pois controlam a erosão, conservam a fertilidade e a umidade do solo e, também, reduzem a incidência de plan-tas daninhas (Roman & Didoner, 1990). Além desses efeitos, os resíduos culturais podem proporcionar efeitos negativos sobre o crescimento de culturas, os quais estão relacionados a efeitos alelopáticos sobre o desenvolvimento de plantas (Almeida, 1988). A alelopatia entre culturas tem interesse agronômico, especialmente no que diz respeito à definição de sistemas de produção ou sucessão de culturas sob plantio direto. Trabalhos desenvolvidos na Embrapa Trigo têm demonstrado efeitos en-tre culturas que podem, pelo menos em parte, ser atribuídos a efeitos alelopáticos (Santos & Roman, 2001). O rendimento de grãos e a estatura de plantas de soja foram afetados pelos resí-duos de aveia branca, de colza e de linho (Santos & Roman, 2001). Em outros estudos conduzidos por Santos & Lhamby (1996) e por Santos et ai. (1998), o menor rendimento de grãos

Sistemas mistos 427

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

e a menor estatura de soja foram relacionados à inadequada cobertura de solo proporcionada pelo linho, em relação à aveia branca, à aveia preta, à cevada ou ao trigo.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de sis-temas de produção de grãos com pastagens anuais de inverno e de verão no rendimento de grãos de soja, sob plantio direto.

Método

O experimento vem sendo conduzido no campo experimental da Embràpa Trigo, município de Coxilha, RS, desde 1995, em Latossolo Vermelho Distrófico típico (Streck et aI., 2002), de textura argilosa e relevo suavemente ondulado.

Os tratamentos foram constituídos por seis sistemas de produ-ção mistos: sistema 1 (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho); sistema II (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/milho); sistema III (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto); sistema TV (trigo/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/pastagem de milheto); sistema V (trigo/soja, aveia branca/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca/pastagem de milheto); e sistema VI (trigo/soja, aveia branca/soja e pastagem de aveia preta + ervilhaca + azevém/pastagem de milheto) (Tabela 1).

As culturas, tanto de inverno como de verão, foram estabeleci-das sob plantio direto. No presente trabalho é apresentado o rendimento de grãos de soja, das safras 1995/96 a 2002/03.

Santos, H.P. dos a ai

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resultados de Pesquisa 2002-2003

As cultivares de soja foram BR-16, de 1995/96 a 1997/98, BRS

137, em 1999/00 e 2000/01, e BRS 154, em 2001/02 e

2002/03, semeadas numa única época. A adubação de manu-

tenção foi realizada de acordo com recomendação para soja e baseada nos resultados da análise de solo (CFSRS/SC, 1995). Amostras de solo foram coletadas a cada três anos, após co-

lheita das culturas de verão.

A época de semeadura e o controle de plantas daninhas obede-ceram à recomendação para a cultura de soja. A colheita foi efetuada com colhedora especial para parcelas experimentais. A

área da parcela media 20 m de comprimento por 10 m de lar-

gura (200 m 2 ). O rendimento de grãos de soja foi determinado

a partir da colheita de área de 54 m 2 , corrigindo-se o rendi-

mento para umidade de 13%.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. Foi efetuada a análise de variância do rendi-mento de grãos (dentro de cada ano e na média conjunta dos

anos, de 1995/96 a 2002/03). Considerou-se o efeito do trata-

mento (diferentes restevas) como Lixo, e o efeito do ano, como aleatório. As médias foram comparadas entre si, pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade de erro.

Resultados

Houve diferenças significativas entre as médias de rendimento

de grãos de soja para o fator ano (P> 0,01), indicando que essa característica foi afetada por variações climáticas ocorridas. O

tipo de cultura antecessora e a interação ano x cultura anteces-

Sistemas mistos 429

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resultados de pesquisa 2002-2003

sora diferiram (P> 0,05) para rendimento de grãos de soja

Os resultados de rendimento de grãos de soja das análises anual e conjunta podem ser verificados na Tabela 2.

Na análise anual, observou-se que houve diferença significativa no rendimento de grãos de soja, em virtude da cultura anteces-sora, apenas na safra 1996/97 (Tabela 2). Na referida safra, o rendimento de grãos de soja cultivada após trigo, nos sistemas VI (2.847 kg/ha), III (2.800 kg/ha), V (2.575 kg/ha), 1(2.461 kg/ha) e IV (2.429 kg/ha), foi mais elevado. Contudo, os últi-mos três sistemas não diferiram quanto ao rendimento de grãos de soja cultivada após trigo, no sistema 11(2.254 kg/ha). O menor rendimento de grãos ocorreu no tratamento soja culti-vada após aveia branca, nos sistemas V (1.594 kg/ha) e VI (1.506 kg/ha). Neste ano, plantas voluntárias de aveia branca emergidas juntamente com a cultura de soja pode ter reduzido o rendimento de grãos da leguminosa. Ainda na mesma safra, a quantidade de resíduos das culturas produtoras de grãos variou de 4,5 a 4,7 t de matéria seca/ha para aveia branca e de 2,5 a 2,8 t de matéria seca/ha para trigo.

De acordo com Rice (1984), a aveia possui dois compostos ale-lopáticos nos exsudatos de raízes, que são a escopoletina e o ácido vanílico. Grande parte desses compostos secundários pode ter sido liberada por ocasião da decomposição dos resídu-os culturais de aveia. Esse efeito positivo no controle de plantas daninhas ocorre quando se usa a aveia preta como cobertura de solo.

Na análise conjunta deste período de estudo, soja cultivada após trigo, nos sistemas VI (2.763 kg/ha), V (2.757 kg/ha), IV (2.745 kg/ha), 1 (2.695 kg/ha), III (2.685 kg/ha) e 11(2.598

Santos, H.P. dos ti ai.

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reruliados de Pesa/lisa 2002-2003

kg/ha), apresentou rendimento de grãos mais elevado. Entre-tanto, soja cultivada nos três últimos sistemas foi semelhante estatisticamente em rendimento de grãos da soja cultivada após aveia branca, no sistema V (2.513 kg/ha). Por sua vez, soja cultivada após aveia branca, no sistema VI (2.453 kglha), não

diferiu de soja cultivada após trigo, no sistema II. No conjunto de oito safras do período de estudo, soja cultivada após aveia branca, no sistema VI, mostrou o menor rendimento de grãos. O rendimento de grãos de soja foi maior após trigo, em relação a soja cultivada após aveia branca. Ademais, deve ser levado em conta que soja após aveia branca foi cultivada por dois anos

consecutivos na mesma área.

O rendimento médio de grãos de soja mais elevado foi obtido no ano de 2002/03 (3.493 kg/ha) (Tabela 2). Por sua vez, o menor rendimento de grãos dessa leguminosa foi verificado no

ano de 1998/99 (2.043 kg/ha).

Este trabalho, iniciado em 1995, não apresentou diferença significativa entre as médias de rendimento de grãos de soja para comparação entre sistemas até a safra agrícola 200 1/03. Porém, o somatório dos resultados dessas oito safras agrícolas manifestou diferenças significativas, entre os sistemas estuda-

dos, com a inclusão de 2002/03.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, F. A. A alelopatia e as plantas. Londrina: IAPAR, 1988. 60p. (IAPAR. Circular, 53).

Sistemas mistos 431

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2 003

COMISSAO DE FERTILIDADE DO SOLO - CFSRS/SC. Reco-mendações de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3.ed. Passo Fundo, Sociedade Brasileira de Ciência do solo - Núcleo Regional Sul, 1995. 224p.

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ROMAN, E. 5.; DIDONET, A. D. Controle de plantas daninhas no plantio de trigo e soja. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 1990. 32p. (Embrapa Trigo. Circular Técnica, 2).

SANTOS, H. P. dos; LHAMBY, J. C. B. Efeito de culturas de in-verno sobre a soja cultivada em sistemas de rotação de culturas para trigo. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (Passo Fundo, RS). Soja: resultados de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, 1995/96. Passo Fundo, 1996. p.l53-l65. (EMBRAPA-CNPT. Documentos, 28).

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Santos, H.P. dos aol

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Soja: resultado.ç de pesquisa 2002-2003

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

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Soja: resultados de pesquisa 2002 -2003

RENDIMENTO DE GRÃOS DE SOJA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS COM

PASTAGENS ANUAIS DE INVERNO E PERENES, SOB PLANTIO DIRETO

Henrique Pereira dos Santos, Renato Serena Fonraneli e Silvio Tulio Spera

Introdução

As plantas cultivadas diferenciam-se entre si quanto à resposta

ao nível de fertilidade. Os sistemas de produção que combinam

pastagens perenes de gramíneas e leguminosas, além de cultu-

ras anuais, são os mais eficientes na manutenção da fertilidade

de solo (Paladini & Mielniczuk, 1991; Andreola et aL, 2000).

As pastagens perenes permanecem ativas por período mais

prolongado no solo - as gramíneas desenvolvem sistema radi-

cular extenso e em constante renovação - e os resíduos das

leguminosas contribuem com nitrogênio e aumentam a taxa de

decomposição, pela baixa relação C/N (Carpenedo & Mi-

elniczuk, 1990). Essa reciclagem e a incorporação de nutrientes

poderão aumentar a produtividade de culturas subseqüentes.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o rendimento

de grãos de soja cultivada após pastagens anuais de inverno e

perenes de estação fria e de estação quente, sob plantio direto.

Siste,nas mistos 435

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resultados de pesquisa 2002 -2003

Método

Ensaio vem sendo conduzido no campo experimental da Em-brapa Trigo, município de Passo Fundo, RS, desde 1993, em Latossolo Vermelho Distrófico típico (Streck et ai., 2002), de textura argilosa e relevo suavemente ondulado.

Cinco sistemas de produção foram avaliados: sistema 1 (tri-go/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja); sistema II (tri-go/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja); sistema III [pastagens perenes de estação fria (festuca + trevo branco + trevo vermelho + comichão)); sis-tema IV [pastagens perenes de estação quente (pensacola + aveia preta + azevém + trevo branco + trevo vermelho + comichão)]; e sistema V (alfafa) (Tabela 1). A partir do verão de 1996, nas áreas sob os sistemas III, IV e V, foram semeadas culturas produtoras de grãos, semelhantes às do sistema 1. Nes-se período, soja foi avaliada nos sistemas 1, II, III, IV e V, após as culturas de aveia branca e de trigo, e, nos sistemas III, IV e V foram semeadas culturas produtoras de grãos, semelhantes às do sistema 1, em lugar da pastagem perene de estação fria, da pastagem perene estação de estação quente e de alfafa.

As culturas, tanto as de inverno como as de verão, foram esta-belecidas sob plantio direto. No presente trabalho, é apresen-tado o rendimento de grãos de soja no período de 1996/97 a 2001/02.

As cultivares de soja usadas foram BR-16, em 1996/97 e 1997/98, BRS 137, em 1999/00 e 2000/01, e BBS 154, em 200 1/02 e 2002/03, semeadas em época única. A adubação de manutenção foi realizada de acordo com indicação para soja e

Santos. H.P. dos a ai

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resultados de Pesquisa 2002-2003

baseada nos resultados da análise de solo (CFSRS/SC, 1995). As

amostras de solo foram coletadas a cada três anos, após colheita

das culturas de estação quente.

A época de semeadura e o controle de plantas daninhas obede-ceram à recomendação para a cultura de soja. A colheita de soja

foi efetuada com colhedora especial para parcelas experimen-

tais. A área da parcela media 45 m 2 (20 m de comprimento por

2,25 m de largura). O rendimento de grãos de soja foi deter-

minado a partir da colheita de área de 27 m 2 , corrigindo-se o

rendimento para umidade de 13%.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. Foi efetuada a análise de variáncia do rendi-

mento de grãos (dentro de cada ano e na média conjunta dos

anos) de 1996/97 a 2001/02. Considerou-se o efeito do trata-

mento (culturas antecessoras) como fixo, e o efeito do ano, como aleatório. As médias foram comparadas entre si, pela

aplicação do teste de Duncan, a 5% de probabilidade.

Resultados

No período de 1996/97 a 2001/02, houve diferenças significa-tivas entre as médias de rendimento de grãos de soja para o fator ano (F> 0,01), indicando que essa característica foi afeta-da por variações climáticas ocorridas entre os anos. O tipo de cultura antecessora também diferiu (F> 0,05) para rendimento de grãos de soja, nesse período de estudo. Porém, na interação ano x cultura antecessora não houve diferença significativa para

Sistemas mistos 437

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reiwl:ados de pesquisa 2002-2003

essa variável.

Os resultados das análises anual e conjunta do rendimento de grãos de soja, de 1996/97 a 2001/02, podem ser observados na Tabela 2. Na safra de 1998/99, a lavoura de soja não foi colhi-da em virtude de seca.

Na análise anual dos dados, houve diferença no rendimento de grãos de soja somente na safra de 2000/01. O rendimento de grãos de soja foi superior no sistema IV, após trigo, porém se-melhante ao rendimento de grãos após trigo, nos sistemas V e 1, e após aveia branca, nos sistemas IV, V e I.

Na análise conjunta dos resultados, o rendimento de grãos de soja foi mais elevado quando cultivada após aveia branca e tri-go, nos sistemas V e IV, e após aveia branca, no sistema 1, po-rém semelhante ao rendimento de grãos obtido após trigo, nos sistemas 1 e II, e após aveia branca, no sistema II.

Considerando pastagens perenes, o rendimento de grãos de soja foi maior em sistemas nos quais foram usadas alfafa e pastagem perene de estação quente do que quando se usou pastagem perene de estação fria. O rendimento de grãos de soja mais elevado foi obtido nos anos 1999/00 e 2000/0 1 (Tabela 2). Por sua vez, o menor rendimento de grãos dessa leguminosa foi verificado no ano agrícola de 1996/97.

Deve ser levado em consideração que no sistema 1 (trigo/soja, ervilhaca/milho e aveia branca/soja) havia somente culturas produtoras de grãos desde 1993, enquanto no sistema II havia culturas produtoras de grãos e pastagem anual de inverno (tri-go/soja, pastagem de aveia preta + ervilhaca/milho e aveia branca/soja). Portanto, resultados de rendimento de grãos de soja, nos sistemas IV e V, concordam com dados freqüente-

Santos, H.P. dos etal.

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resultados de pesquisa 2002-200.3

mente encontrados na literatura sobre melhoria das condições edáficas dos solos após pastagens perenes, pelo acúmulo de

nutrientes na superfície do solo e, principalmente, de matéria

orgânica. Na condução deste estudo, foram encontrados níveis

de matéria orgânica (sistema 1: 30 g kg'; sistema II: 28 g

sistema III: 33 g kg'; sistema IV: 37 g kg'; e sistema V: 32 g

kg1 ) mais elevados apenas na camada superficial do solo (San-

tos et ai., 2001), decorrentes do acúmulo de resíduos vegetais

sobre a superfície sob plantio direto e ausência de incorporação

física destes através do revolvimento.

Referências Bibliográficas

ANDREOLA, F.; COSTA, L. M.; OLSZEVSKI, N.;JUCKSCH, 1. A cobertura vegetal de inverno e a adubação orgânica e, ou, mineral influenciando a sucessão feijão/milho. Revista Brasileira de Ciên-cia do Solo, Viçosa, v. 4, n. 4, p. 867-874, 2000.

CARPENEDO, V.; MIELNICZUK, J. Estudo de agregação e qua-lidade de agregados de latossolos roxos, submetidos a diferentes sistemas de manejo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Cam-pinas, v. 14, n. 1, p. 99-105, 1990.

COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO - CFSRS/SC. Reco-mendações de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3.ed. Passo Fundo, Socieda-de Brasileira de Ciência do Solo - Núcleo Regional Sul, 1995. 224p.

PALADINI, F. L. 5.; MIELNICZUK,J. Distribuição de tamanho de agregados de um solo Podzólico Vermelho-escuro afetado por

Sistemas mistos 439

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

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SANTOS, H. P. dos; FONTANELI, R. S. & TOMM, G. O. Efeito de sistemas de produção de grãos e de pastagens sob plantio direto sobre o nível de fertilidade do solo após cinco anos. Revista Brasi-leira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 25, n. 3, p. 645-65 3, 2001.

STRECK, E. V.; KÃMPF, N.; DALMOLIN, R. S. D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P. C. do; SCHNE!DER, P. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER-RS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. 126p.

Santos, H.P. dos a ah

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resultados de pesquisa 2002-2003

RESPOSTA DE SOJA A BORO RESIDUAL

APLICADO NA CULTURA DE TRIGO

Geraldino Peruzzo, Delmar Põttker, Oro Petrere, Voinei Paulerri e San-

dra Maria Vieira Fontoura

Introdução

A necessidade de aprimoramento da indicação de boro para as culturas anuais, produtoras de grãos, no Sul do Brasil, motivou

o estudo da resposta de trigo, cultura de inverno, à adubação com B e seu efeito sobre as subseqüentes culturas de primave-

ra-verão. No Rio Grande do Sul, é indicado o uso de B quando

o nível respectivo, detectado em análise de solo, for < 0,3

mg/kg (Sociedade, 1977). Assim, foram programados sete ex-

perimentos na região do Sul do Brasil.

Objetivo

Avaliar a eficiência agronômica residual de boro, na forma de

bórax, aplicado em trigo, no rendimento de grãos de soja.

Bom residual 443

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Soja: resultados de pesquisa 2002-2003

Método

Experimentos foram conduzidos em campo, sob sistema plan-tio direto, em Passo Fundo, em Ibirubá, em Castro e em Gua-rapuava, na safra 2000/200 1, e em Passo Fundo, em Ibirubá e em Guarapuava, na safra 2001/2002. Os solos, Latossolo Ver-melho distrófico (Passo Fundo, Ibirubá e Castro) e Latossolo Bruno alumínico (Guarapuava), foram anteriormente cultiva-dos com a cultura de trigo, nos anos de 2000 e 2001. Foram aplicadas doses de boro zero, 1, 2, 4 e 10 kg/ha, na forma de bórax, no solo, por ocasião da semeadura de trigo. Nas parcelas experimentais, subdivididas no verão, cultivaram-se soja e milho.

A adubação de base foi realizada em função da análise de solo em cada local. A cultivar de soja usada foi BRS 153 no primei-ro ano e BRS 154 no segundo, exceto em Ibirubá, onde usou-se CEP 38.

O efeito dos tratamentos foi avaliado por meio do rendimento de grãos. Foi realizada análise de variância, e as médias foram comparadas, pelo teste de Duncan, para as doses de boro estu-dad as.

Resultados e Discussão

Os resultados de rendimento de grãos de soja são apresentados nas tabelas 1 e 2. A análise estatística não mostrou efeito signi- ficativo para as doses de boro avaliadas em nenhum dos sete

Peruzw, G. et ai.

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resultados de pesquisa 2002-2003

experimentos. Com isso, pode-se inferir que, nesses solos, é desnecessário aplicar horo para uma sucessão de até duas cultu-

ras.

Conclusão

O uso de boro não evidenciou respostas positivas neste estudo. Na condição específica dos locais estudados, não foi possível

estabelecer indicação desse nutriente para a cultura de soja. Isso

evidencia que, nesses solos, o suprimento de B é suficiente para o desenvolvimento de culturas.

Referência Bibliográfica

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Comissão de Fertilidade do Solo-RS/SC. Recomendações de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3.ed. Santa Maria, 1997. 223p

,Soro residual 445

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Soja: resultados de pesquisa 2 002-2003

Tabela 1. Rendimento de grãos de soja, efeito residual de doses de boro no solo, safra 2000/2001, em Passo Fundo, em Ibirubá, em Castro e em Guarapuava. Embrapa Trigo, 2001.

Dose de boto Passo Fundo Ibirubá Castro Guarapuava kg/ha---- kg/ha ---------------------

Testemunha 3.523 2.996 3.852 2.737 1 kg 3.475 2.929 3.891 2.683 2kg 3.486 3.106 4.123 2.911 4kg 3.758 2.697 3.976 2.911

10kg 3.574 2.991 3.790 2.884 Média 3.483 2.944 3.926 2.825 CV. % (doses) 6,69 8,97 7,82 7,15 F (doses) 0,4697 os 1,3305 os 0,7022 os 0,5306 ns

Tabela 2. Rendimento de grãos de soja, efeito residual de doses de boro no solo, safra 200112002, em Passo Fundo, em Ibirubá e em Guarapuava. Embrapa Trigo, 2002.

Dose de boro Passo Fundo Ibirubá Guarapuava

kg/ha ---- kg/h- --------------- Testemunha 3.189 2.612 2.442

1 kg 3.258 2.576 2.655 2 kg 3.256 2.600 2.469 4kg 3.002 2.588 2.517

10kg 2.949 2.537 2.438 Média 3.131 2.583 2.504 C.V. % (doses) 13,15 7,20 3,17

F (doses) 0,5003 ns 0,0960 ns 1,3554 ns

Peruzzo, G. et aL

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Equipe Técnica Multidisciplinar da Embrapa Trigo

Chefe-geral

Benami Bacalrchuk - Ph.D.

Chefe Adjunto dc Administração

João Carlos lgnaczak - M.S.

Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenwhimento

José Eloir Denardin - Dr.

chefe Adjunto & Comunicaçio e Negócios

Job Frnio Sirtori - M.&.

Nome Gra- - Area de atuaçao

duaçao Airton N. de Mesquita M.S. Fitorecnia Alfredo do NascimenroJr. Dr. Firorecnia Ana Christina A. Zanarra M.S. Pirotecnia Ana Lidia Variani Bonato Dra. Pirotecnia Antônio Faganello M.S. Pirotecnia Arcenio Sattler M.S. Pirotecnia Ariano Moraes Prestes Ph.D. Controle Integrado de Pragas e Doenças Armando Ferreira Filho M.S. Pitotecnia Aroldo Gailon Linhares M.S. Pitotecnia Beatriz Marti Emygdio Dra. Melhoramento Vegetal Cantídio N.A. de Sousa M.Sc. Melhoramento Vegetal Claudia De Mori M.S. Sócio-Economia Delmar Pôttker Ph.D. Manejo e Conserv cb&Á&Nurriçde Plantas Edson Clodoveu Picinini M.S. Controle Integrado de Pragas e Doenças EdsonJ. lorczeski Ph.D. Melhoramento Vegetal Eliana Maria Guarienri Dra. Pós-colheita, Transfor. Agroind e Nutrição Emídio Rizzo Bonaro Dr. Melhoramento Vegetal Erivelton Scherer Roman Ph.D. Pirotecnia Euclydes Minella Ph.D. Melhoramento Vegetal Geraldino Peruzzo M.S. Manejo e Conserv do&*ilNutzi5ode Plantas Gerardo Arias Ph.D Melhoramento Vegetal Gilberto Omar Tomm Ph.D. Fitotecnia Gilberto Rocca da Cunha Dr. Monitoramento Ambienral Henrique P. dos Santos Dr. Firotecnia

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Nome Gra-

-

t ft - rea de acuaçao Duaçao

Irineu Lorini Ph.D. Controle Integrado de Pragas e Doenças Jaime Ricardo T. Maluf M.S. Monitoramento Ambiental Joaquim S. Sobrinho Dr. Melhoramento Vegetal João Carlos I-Iaas M.Sc. Biologia Avançada João Leonardo F. Pires Dr. Fitotecnia José Antônio Portella Dr. Fitotecnia José M.C. Fernandes Ph.D. Controle Integrado de Pragas e Doenças José Roberto Salvadori Dr. Controle Integrado de Pragas e Doenças Julio Cesar B. Lhamhy Ph.D Fisiologia Vegetal Leila Maria Costamilan M.S. Controle Integrado de Pragas e Doenças Leo de Jesus A. DeI Duca Dr. Melhoramento Vegetal Luiz Eichelberger Dr. Ficotecnia Luiz Ricardo Pereira Dr. Fitotecaia Márcia Soares Chaves Dra. Controle Integrado de Pragas e Doenças Márcio Só e Silva M.S. Fitotecnia Marcio Voss Dr, MnioebNudePlantas Maria Imaculada P.M. Lima M.S. Controle Integrado de Pragas e Doenças Manha Z. de Miranda Dra. Pós-colheita, Transfor. Agroind e Nutrição Mauro Cesar C. Teixeira Ph.D. Fisiologia Vegetal Osmar Rodrigues M.S. Fisiologia Vegetal Paulo F. Bertagnolli Dr. Melhoramento Vegetal Pedro Luiz Scheeren Dr. Melhoramento Vegetal Rainoldo A. Kochhann Ph.D. MaaoeConservdoSolclNutriçãodePlantas Renato Serena Fontaneli Ph.D. Fitotecnia Sandra Patussi Brammer Dra. Biologia Avançada Silvio Tulio Spera M.S. MaIkjoeContvdoSohNuzziçdeP1antas Sírio Wiethólter Ph.D. MnoeCorwrvdo&À&Nuti4ikdePIanras Wilmar Cório da Luz Ph.D. Controle Integrado de Pragas e Doenças

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Em,a

Trigo

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento UM PAIS DE TODOS

GOVERNO FEDERAL