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Aposta na inovação ALO_Digital Integrar a diferença Deficiência N.º 22 Loures Convida A capital do Rock Prémios Câmara, SMAS e Valorsul de parabéns Mês da Juventude Actividades para todos os gostos

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Page 1: Loures Municipal 22 · Sumário CONTACTOS ÚTEIS: Geral, Presidência, Acção Social, Ambiente ,Áreas Urbanas de Génese Ilegal ,Educação,Desporto, Juventude, Gestão Urbanística,

Aposta nainovação

ALO_Digital

Integrar adiferença

Deficiência

N.º 22

LouresConvida

A capitaldo Rock

Prémios

Câmara, SMAS eValorsul deparabéns

Mês daJuventude

Actividades paratodos os gostos

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Sumário

CONTACTOS ÚTEIS: Geral, Presidência, Acção Social, Ambiente, Áreas Urbanas de Génese Ilegal, Educação, Desporto, Juventude, Gestão Urbanística, Habitação, Obras Municipais, Recursos Humanos 21 982 98 00• Actividades Económicas 21 982 69 60 • Assembleia Municipal 21 984 88 28 • Biblioteca Municipal José Saramago 21 982 62 02• Comissão de Protecção de Crianças e Jovens 21 984 88 78 • Gabinete de Apoioao Consumidor 21 982 30 62/28 54 • Gabinetes de Atendimento à Juventude: Loures 21 982 07 17, Sacavém 21 941 06 89, Santo António dos Cavaleiros 21 988 18 90/1 • Gesloures 21 982 67 00 • LouresParque 21 982 12 81 • Museu da Cerâmica de Sacavém 21 940 98 90 • Museu Municipal de Loures 21 983 96 00 • Parque Municipal do Cabeço de Montachique 21 985 61 52 • Parque Urbano deSanta Iria de Azóia 21 955 70 50 • Posto de Atendimento ao Cidadão LoureShopping 21 983 14 36, Sacavém 21 949 85 65 • Protecção Civil 21 984 96 00 (24 horas/dia) • Serviço de Apoio à Criação de Empresase Emprego 21 982 69 60 • Serviços Municipalizados de Loures 21 984 85 00, Piquete 21 983 95 00 • Turismo 21 982 98 95 • Veterinário Municipal 21 983 11 47

» Loures Municipal

Fern

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Por muito que o neguemos, procuramos educar os filhos à nossa imagem e semelhança. Este momento, captado pela lente de FernandoZarcos, relata mais um episódio da longa “novela” da vida real, em que pai e filha são um só, e onde a figura do tutor se transformarapidamente em ídolo. Luís Reis, grande vencedor da Gala de K1, e a sua filha, interpretam esta realidade na perfeição.

Carnaval Saloio

Conheça detalhadamenteo mundo da deficiênciano Concelho de Loures

Março, o Mêsda Juventude,foi bem vivoem Loures.

Pág. 18 ––––– Juventude

Pág. 25 ––––– Deficiência

Germano Marques da SilvaPessoas e lugares 36

Integrar a diferençaÀ Lupa 25

22Saúde Loures promove vida saudável

A folia do entrudo saloioCarnaval 2006 10

Câmara, SMAS e Valorsul de parabénsPrémios 6

18O mês dos nossos jovensJuventude

7ALO_Digital aposta na inovaçãoTecnologia

Centro de Dia de Sacavémde cara lavada

Idosos16

Equipamentos Solução para CATUS de Loures 5

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Editorial

«Loures Municipal 3

Carlos Teixeira

“O Município de Loures tem procurado assegurar cada vez melhorescondições aos cidadãos portadores de deficiência, quer adequandoequipamentos colectivos e espaços públicos às necessidades especiaisde diferentes utilizadores, quer assegurando o transporte escolarou fomentando a prática desportiva e disponibilizando diversos tiposde terapias a estes cidadãos, quer ainda promovendoa sua integração profissional.”

A integração dos cidadãos portadores dedeficiência deve constituir uma área de acçãotransversal das autarquias locais e a preocupaçãoem garantir a todos os munícipes o acesso aos váriosserviços deve estar presente em todos os momentosda nossa intervenção.

Em conformidade com este princípio, oMunicípio de Loures tem procurado assegurar cadavez melhores condições aos cidadãos portadores dedeficiência, quer adequando equipamentoscolectivos e espaços públicos às necessidadesespeciais de diferentes utilizadores, quer assegurandoo transporte escolar ou fomentando a práticadesportiva e disponibilizando diversos tipos deterapias a estes cidadãos, quer ainda promovendoa sua integração profissional. Destes esforços, damosconta no dossiê “À Lupa” da presente edição daLoures Municipal.

A administração a que presido não esquece,por outro lado, o papel fundamental da sociedadecivil na construção das condições que assegurem aplenitude de direitos e o efectivo exercício da cida-dania por parte das pessoas portadoras de qualquertipo de incapacidade. Consciente da relevância dasinstituições que se dedicam à causa da integraçãodas diferenças, a Câmara Municipal tem vindo agarantir um importante apoio às entidades do con-celho que desenvolvem a sua actividade nestedomínio.

O esforço constante da administração municipalpara garantir as melhores condições de vida a todosos cidadãos do concelho é visível também noutrasáreas. A saúde é para nós uma prioridade inques-tionável e disso demos provas recentemente, aopropor ao Governo uma solução para a manutençãodo CATUS de Loures. Uma vez que as actuaisinstalações do CATUS não dispõem das condiçõesadequadas e que a Administração Regional de Saúdeinformou não ter verbas para assegurar a realizaçãode obras no edifício, a Câmara disponibilizou-separa pagar 50% do valor das obras necessárias, nomontante de 125 mil euros. As juntas de freguesiade Loures, Lousa, Fanhões, Bucelas, Santo Antão

do Tojal e São Julião do Tojal, por seu lado, dispo-nibilizaram-se para pagar os restantes 125 mil euros.Na sequência do acordo verbal entre as partes, aCâmara enviou à Administração Regional de Saúdeuma proposta de contrato-programa que prevê arealização das obras nas condições descritas, aguar-dando-se a resposta daquele organismo do Minis-tério da Saúde.

Outros aspectos da actividade municipal esti-veram em destaque nestes últimos dois meses.O rigor e a qualidade que procuramos em todas asesferas da nossa actuação foram recentementedistinguidos com a atribuição de prémios à CâmaraMunicipal de Loures, aos Serviços Municipalizadose à Valorsul. A Câmara foi distinguida no Concursode Boas Práticas de Modernização Autárquica 2005,pelos projectos de Reestruturação do pelouro doUrbanismo e do Balcão Virtual. Os SMAS rece-beram um prémio de inovação relativo a Sistemasde Informação Geográfica e a Valorsul recebeutambém um prémio de inovação pelo trabalhodesenvolvido.

E porque a modernização administrativa passatambém, cada vez mais, pelas novas tecnologias deinformação, o Município está empenhado na criaçãode novos e melhores serviços online. A nossa par-ticipação no projecto ALO_Digital é disso um exem-plo, cujos desenvolvimentos mais recentes sãonoticiados nesta edição.

O Mês da Juventude, a cultura, os assuntossociais, as obras, a educação, o desporto, o ambientee as actividades económicas marcaram também osúltimos meses de actividade municipal, sem esquecer,naturalmente, o Carnaval Saloio, que mais umavez trouxe elevadas doses de alegria e boa disposiçãoà cidade de Loures, como poderão ler nas páginasseguintes.

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[email protected]

Director

Carlos Teixeira

Directora-adjuntaPaula Costa

CoordenaçãoDivisão de Informaçãoe Relações Públicas

RedacçãoAna AmorimAna Rute TeixeiraMiguel SanchoSónia Moreira

RevisãoJorge Reis Amado

FotografiaFernando ZarcosJosé BrancoPaulo Morais

Arquivofotográfico

Carla PatrícioCarlos BrancoEdite FrazãoIsabel Martins

Paginaçãoe Grafismo

António LourençoVera Santos

Montagem e ImpressãoHeska Portuguesa

PropriedadeCâmara Municipal de LouresPraça da Liberdade2674-501 LOURES

Telefone21 983 85 99

Telefax21 982 02 71

Distribuição gratuitaPeriodicidade: bimestralTiragem: 75 000 exemplaresDepósito legal n.º 183565/02ISSN 1645-5088

Personalidades

» Loures Municipal

Março – Abril 2006

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Errare Humanum Est

Poetisa e escritora, Maria Amália Vaz de Carvalhonasceu em Lisboa, em 1847, mas viveu parte dajuventude no solar de seus pais em Pintéus, SantoAntão do Tojal. Em 1867, foi aqui que leu paraAntónio Feliciano de Castilho e Tomás Ribeiro oseu primeiro trabalho poético, Uma Primavera deMulher, que marcou o início da sua carreira comoescritora.

Distinta e culta, Maria Amália repartiu o talentoliterário por várias modalidades, da poesia ao artigopolítico, à crónica, tradução e ficção, entre outras.Durante muitos anos, escreveu para a imprensanacional e internacional com o pseudónimo deValentina de Sucena. Era possível encontrar crónicase artigos seus em jornais como o Repórter, Diário Po-pular, Jornal do Comércio, Artes e Letras, Diário deNotícias, Novidades, Ocidente, Comércio do Porto ouJornal do Comércio, do Rio de Janeiro.

Em 1886 escreveu, em colaboração com o marido,o poeta Gonçalves Crespo, a obra Contos para osnossos filhos, que foi aprovada pelo Conselho Superiorde Instrução Pública para uso nas escolas primárias.Dos cerca de 40 títulos produzidos, destaque paraA Vida do Duque de Palmela, D. Pedro de SousaHolstein.

Esposa e mãe dedicada, a sua vida de intensotrabalho pautou-se pela luta incansável pela digni-ficação da mulher e pela defesa do direito das mulhe-res ao ensino e à educação.

Relacionou-se com a mais alta aristocracia, man-tendo em sua casa, na Travessa de Santa Catarina, oúltimo salão literário de Lisboa, frequentado pelosmelhores nomes das letras e das artes, das ciênciase da política de finais do século XIX, entre eles Eça deQueirós, Manuel Pinheiro Chagas e Guerra Junqueiro.

Maria Amália foi a primeira mulher a entrar paraa Academia das Ciências de Lisboa, da qual foi eleitasócia, juntamente com Carolina Michaëlis, em 1912.Seis anos mais tarde, a Academia prestou-lhe merecidae pública homenagem. Faleceu em Lisboa a 24 deMarço de 1921.

Em 1993/94, a Câmara Municipal de Loures, como objectivo de incentivar a produção literária em línguaportuguesa e de homenagear a escritora e activistafeminina que contribuiu para a dinamização da vidacultural dos concelhos de Lisboa e de Loures, insti-tuiu um prémio literário com o seu nome.

Este nome foi atribuído a quatro ruas do con-celho, nas freguesias de Loures, Santo Antão do Tojale Santo António dos Cavaleiros.

Na última edição da Loures Municipal, página 6, otexto sobre a história da Fábrica da Loiça de Sacavém(feito com base numa publicação que data de 1997,tal como vem indicado no fundo da página) referiaque os antigos operários “nunca receberam as in-demnizações legais devidas”. Contudo, e ao que apurá-mos recentemente, tais verbas foram pagas no finaldo ano de 2005. Na página 15, o texto de entrada dapeça jornalística sobre as obras do PROQUAL emSacavém narrava que “o concelho ficará [...] prontoa encarar de frente os desafios e metas do século XII”.Naturalmente, o século a que nos queríamos referiré o actual, ou seja, o XXI. Por último, na página 45,o texto sobre a visita do Presidente da República aoPrior Velho identificou Fernando Negrão como

Presidente do Conselho de Administração do Ins-tituto da Droga e da Toxicodependência. Tal factonão é verdade já que, actualmente, é João Goulãoo titular deste cargo.Pelos lapsos, e em especial aos visados, as nossasdesculpas.

Revista Loures Municipal,Rua Dr. António Carvalho Figueiredo,n.º 14B,2670-405 Loures

ou envie-nos um e-mailpara [email protected]

Contacto

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Equipamentos

Casino de Lisboa

Câmara de Loures reivindica receitas

Dia 19 de Abril foi inaugurado,no Parque das Nações,o novo Casino de Lisboa.Por decisão governamental,as receitas reverterão apenasa favor da Câmara de Lisboa.Contudo, o Presidente da Câmarade Loures considera injustaesta decisão e reivindica parao concelho parte das verbas.

Carlos Teixeira não concorda com adistribuição das receitas do Casino Lisboa,recentemente inaugurado no Parque dasNações, tendo já enviado um ofício aoPrimeiro-Ministro a solicitar a alteraçãodo Decreto-Lei n.º 15/2003, de 30 de Janei-ro, que regula o novo casino e a entregadas suas receitas ao Município de Lisboa.

Para o Presidente da Câmara, a Autar-quia apenas defende “uma distribuição dariqueza de forma justa”, dando o exemplodo que acontece com o Casino do Estoril,cujas receitas são distribuídas pelos municípiosde Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra.

No documento enviado, Carlos Teixeirarecorda que a área do Parque das Nações,“concebida como uma única zona,urbanisticamente homogénea”, está inseridana freguesia de Santa Maria dos Olivais, emLisboa, e nas freguesias de Moscavide e deSacavém, em Loures, estando a sua gestão acargo dos dois municípios, como indica aPortaria n.º 1130-B/99, de 31 de Dezembro.

A manutenção dos espaços verdes da zo-na da Expo, que estão sob gestão da Câmarade Loures; a recuperação do Palácio de Val-flores (Santa Iria de Azóia); a requalificaçãoda Vila Valente (Moscavide), da Quinta daVitória (Portela), e da Quinta da Serra (PriorVelho); a construção da Igreja de Nossa

A Câmara Municipal de Loures e asjuntas de freguesia de Loures, Bucelas,Fanhões, Lousa, Santo Antão e São Juliãodo Tojal propuseram à AdministraçãoRegional de Saúde (ARS) de Lisboa umasolução para a recuperação do CATUS deLoures. A proposta, que a concretizar-seserá firmada em modelo de contrato--programa, prevê que as autarquiasenvolvidas financiem os 250 mil euros

A Câmara de Loures e as seis juntas de freguesia da zona Nortedo concelho disponibilizaram 250 mil euros para obras no CATUSde Loures, garantindo assim a manutenção deste equipamentona sede do Município.

Câmara e juntas de freguesia de acordo

Encontrada solução para CATUSde Loures

necessários para a requalificação do imóvel,sendo que a fatia maior caberá ao Município– 50 por cento –, e, dos restantes 125 mileuros, a Junta de Freguesia de Lourescomparticipará com 50 mil euros, enquantoque as restantes freguesias desembolsarão 15mil euros cada.

Do documento constam ainda asobrigações da ARS de Lisboa, e que passampor fornecer o projecto de remodelação

pretendido, designar os elementos quetrabalharão em articulação com o donoda obra – Câmara de Loures – e assegurar,durante o período de execução dos tra-balhos, a continuidade dos serviços desaúde em local a designar. A empreitadapassará pela requalificação integral doedifício, criação de novos gabinetes médicose de enfermagem, instalações sanitárias,áreas administrativas e de apoio comum,bem como a reformulação das redes eléc-tricas, de telecomunicações, águas, esgo-tos, ventilação e climatização.

Recorde-se que a ARS decidira, aindadurante o mandato do anterior Governo,encerrar o CATUS de Loures, transferindoesta valência para o Centro de Saúde deSanto António dos Cavaleiros. A decisãofoi motivada pela falta de condições doCATUS de Loures, alegando o Ministérioda Saúde não ter verbas para financiar asobras no edifício.

Considerando importante a manuten-ção deste equipamento em Loures, aCâmara Municipal e as juntas de freguesiadecidiram então assumir as despesasnecessárias à realização das obras. Quantoao projecto de contrato-programa, foi jáenviado à ARS para assinatura.

Senhora dos Navegantes (Moscavide) eainda outras obras de cariz social,especialmente dirigidas para a infância,deficiência e terceira idade, constituem osprincipais destinos que a Autarquia dariaàs verbas do casino.

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Prémios

Câmara de Loures, SMAS e Valorsul

Projectos de sucessoO concelho de Loures continuaa merecer distinção em váriasáreas. A comprová-lo estãoos prémios recentementeatribuídos à Câmara Municipal,Serviços Municipalizados e Valorsul,pelos projectos inovadoresdesenvolvidos.

Boas práticas administrativaspremiadas

A Câmara Municipal de Loures foidistinguida, no Concurso de Boas Práticasde Modernização Autárquica 2005, coma atribuição de duas menções honrosas aosprojectos “Reestruturação do Pelouro doUrbanismo” e “Balcão Virtual”.

O Secretário de Estado Adjunto e daAdministração Local, Eduardo Cabrita,entregou os prémios a João Neves, Adjuntodo Vice-Presidente Borges Neves, e a LuísMatias, Adjunto do Vereador responsável peloDepartamento de Gestão Urbanística, JoãoPedro Domingues, em cerimónia realizadaa 2 de Março nos Paços do Concelho daCâmara Municipal de Tomar.

Os projectos premiados visam melhorara qualidade de atendimento ao munícipe,caso da “Reestruturação do Pelouro doUrbanismo”, através da alteração dos pro-

cedimentos de trabalho e da reformulaçãodo serviço de atendimento.

Por seu lado, o “Balcão Virtual” dispo-nibiliza um canal de atendimento aos muní-cipes via Internet, permitindo-lhes solicitaremissão de alvarás, formular pedidos delicenciamento e acompanhar o respectivoseguimento on-line, evitando a deslocaçãoaos postos de atendimento do Município.O acesso a este serviço encontra-se disponívelatravés do site oficial da Câmara de Loures,em www.cm-loures.pt/ap_BV.asp

SMAS distinguidospela ESRI Portugal

Também os Serviços Municipalizados deLoures receberam o prémio de inovaçãode Sistemas de Informação Geográfica,atribuição conferida pela ESRI Portugal(Environmental Systems Research Institute)pela implementação do novo sistema decadastro das redes de águas e esgotos.

O prémio foi atribuído no dia 9 de Mar-ço, durante o 4.º Encontro de UtilizadoresESRI, realizado no Laboratório Nacional deEngenharia Civil de Lisboa.

O Sistema de Informação Geográfica temcomo objectivo ajudar na gestão das redesde abastecimento de água e drenagem deáguas residuais domésticas/industriais e plu-viais, pelo que a visão integrada do sistemapermite reduzir o número de intervenções não

programadas, bem como elaborar estudoscom medidas preventivas e correctivas,melhorando assim a qualidade e a eficáciana distribuição de água e drenagem deesgotos.

Refira-se ainda que este projecto foiimplementado por uma equipa multidis-ciplinar formada por elementos do Gabinetede Informática, Divisão de Estudos eCadastro e do fornecedor do software (ESRIPortugal).

Prémio Inovação UrbaVerdepara a Valorsul

O trabalho desenvolvido pela Valorsulvoltou a ser destacado, desta vez na quintaedição da feira UrbaVerde, realizada de1 a 3 de Fevereiro, na FIL, onde estive-ram em foco temáticas como o ambienteurbano e a qualidade de vida nas grandescidades.

Neste âmbito, o Programa + Valor, derecolha selectiva de matéria orgânica emgrandes produtores, e a Estação de Tra-tamento e Valorização Orgânica venceramo primeiro prémio Inovação UrbaVerde2006, destinado a distinguir produtos,serviços e tecnologias apresentados na feira.

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Tecnologia

ALO_Digital

Projecto prontoaté final de 2006

Perante uma plateia composta maiori-tariamente por autarcas, técnicos municipaise gestores, Carlos Teixeira, Joaquim Rapo-so e Susana Amador, respectivamente pre-sidentes das câmaras municipais de Loures,Amadora e Odivelas, assim como o repre-sentante do Município de Vila Franca de Xira– Vereador Vale Antunes – deram a conhecerpublicamente as linhas gerais que regem oprojecto ALO_Digital.

Atendendo ao facto de ser líder do Muni-cípio anfitrião do evento, Carlos Teixeira deuo mote na abertura dos trabalhos. Para oautarca de Loures, “o ALO_Digital é um pro-jecto estruturante para a Câmara de Loures”que, afirma, “tem desenvolvido um enormeesforço para se manter na linha da frente naárea das tecnologias de informação”.

No dia 11 de Abril, o Hotel VipExecutive de Santa Iria de Azóiafoi palco da sessão públicade apresentação do projectoALO_Digital, iniciativa conjuntados municípios de Loures,Amadora, Odivelas e Vila Francade Xira que visa a implementaçãodas novas tecnologias na esferado Poder Local.

Após o discurso do autarca de Loures,Joaquim Raposo, Presidente da Câmara daAmadora e do Conselho Directivo da Associa-ção Intermunicipal ALO_Digital, dirigiu-seaos convidados com o intuito de garantir ocumprimento das metas traçadas pelos quatromunicípios: “Já fomos mais longe do quenos propusemos de início. Queremos fazer doALO_Digital um instrumento decisivo para amodernização da administração autárquica,pondo as câmaras ao serviço dos munícipes.”

Após uma breve pausa, os trabalhosrecomeçaram com a exposição, por parte dogestor do projecto, Luís Feliz, da Câmara deLoures, dos objectivos-base do ALO_Digital.Apostar na melhoria e qualidade dos serviçospúblicos, modernizar a Administração Localatravés da adaptação do modelo GovernoElectrónico para a realidade do Poder Local,reforçar as infra-estruturas e acessibilidadesde banda larga e proporcionar um desenvol-vimento integrado do território são, de umaforma genérica, as metas delineadas.

A conclusão da sessão esteve a cargo deJaime Quezado, Gestor do Programa Ope-racional Sociedade do Conhecimento (POS_C),que destacou “a importância da criação desinergias entre municípios”, garantindo aindaque “o ALO_Digital é uma mais-valia parao plano tecnológico que o Governo está aimplementar”.

Cronologia

200324 de Junho24 de Junho24 de Junho24 de Junho24 de Junho – Protocolo celebradoentre os municípios da Amadora, Lourese Odivelas, para apresentação de umacandidatura conjunta ao ProgramaOperacional Sociedade de Informação(POSI).9 de Julho9 de Julho9 de Julho9 de Julho9 de Julho – Ratificação do protocoloe adesão do Município de Vila Franca deXira.17 de Julho17 de Julho17 de Julho17 de Julho17 de Julho – Apresentação da can-didatura do projecto ALO_Digital aoPOSI.

20044 de Junho4 de Junho4 de Junho4 de Junho4 de Junho – Constituição da Asso-ciação Intermunicipal ALO_Digital,composta pelos quatro municípios, paraexecução do projecto.18 de Dezembro18 de Dezembro18 de Dezembro18 de Dezembro18 de Dezembro – Aprovação finalda candidatura pelo Programa Opera-cional Sociedade do Conhecimento(POS_C), ex-POSI, depois de sucessivasreformulações exigidas por aquelaentidade.

200524 de Janeiro24 de Janeiro24 de Janeiro24 de Janeiro24 de Janeiro – Assinatura do contratode execução do projecto entre a Asso-ciação e o POS_C.1 de Fevereiro1 de Fevereiro1 de Fevereiro1 de Fevereiro1 de Fevereiro – Arranque do projectoe instalação da Associação.

200611 de Abril11 de Abril11 de Abril11 de Abril11 de Abril – Apresentação públicado ALO_Digital.

Metas futuras

30 de Junho30 de Junho30 de Junho30 de Junho30 de Junho – data prevista paraentrada em funcionamento dos primeirosserviços de governo electrónico a nívellocal.15 de Julho15 de Julho15 de Julho15 de Julho15 de Julho – Início previsto da uti-lização da rede de pontos públicosmunicipais de acesso em banda larga.31 de Dezembro31 de Dezembro31 de Dezembro31 de Dezembro31 de Dezembro – Data prevista paraconclusão dos investimentos.

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Quem, no dia 4 de Março, se deslocou aoMuseu de Cerâmica, em Sacavém, para ainauguração da exposição 150 Anos – 150 Pe-ças não ficou desiludido com a oferta. Patenteaté Novembro próximo, nesta mostra poderáver – e até tocar – 150 peças moldadas, pin-tadas e construídas pelas mãos dos antigostrabalhadores da Fábrica da Loiça.

Entre a diversidade e a riqueza de mo-delos, formatos, motivos, estilos, cores e fun-ções, poderá admirar a primeira e a últimadas peças construídas ao longo dos anos devida da Fábrica, algumas delas feitas pelopróprio Manuel Joaquim Afonso, fundadore antigo funcionário desta unidade indus-trial, e assistir a uma apresentação multimé-

Mais de cem peças de produçãoúnica perpetuam a arte da faiançanuma exposição que evocamemórias vividas no seiode uma das mais importantesfábricas de cerâmica do País.

Museu da Cerâmica de Sacavém

150 anos de memóriasem exposição

dia que traz a lume inúmeras recordações.O dia da inauguração contou ainda com

a actuação dos ClãdeCá, grupo de teatro deSacavém que, em brilhante interpretação,relembrou com fidelidade os tempos vividose o trabalho desenvolvido na Fábrica.

Quem não deixou de visitar a exposiçãoforam Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, Ricardo Leão, Vereador da Cul-tura, e Fernando Marcos, Presidente da Juntade Freguesia de Sacavém, que se mostraramvisivelmente satisfeitos com o trabalho efec-tuado. Depois de um breve beberete, CarlosTeixeira quis homenagear “todos aqueles quedurante anos dedicaram a sua vida à antigafábrica”, e elogiar “a magnífica exposiçãodesenvolvida, apoiada e organizada apenaspelo Município de Loures. Uma exposiçãoonde não faltam as inscrições em braille eas traduções em inglês, o que atesta o factode que este museu é cada vez mais interna-cional. Visitem-no e ajudem a divulgá-lo,porque nós tudo faremos para o mantermosvivo”, concluiu o autarca.

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tra

balh

ador

es José Pratas,87 anosOperário de 1933 a 1993

Jorge Henriques,71 anosOperário de 1947 a 1978

“Para mim, mais importante do queesta exposição, foi a construção doMuseu de Cerâmica, pois esteequipamento é sem dúvida ummarco importante para Loures epara Sacavém. Se não existisse,provavelmente perdíamos as me-mórias dos tempos áureos daFábrica de Loiça.”

“A antiga Fábrica de Loiça de Sacavém erauma universidade. Ali aprendíamos tudoquanto queríamos, fosse a nível de olaria,pintura ou tantas outras áreas. Hoje, estou felizcom a ideia de trazer a público uma exposiçãocomo esta. Muito mais poderia ser mostrado,mas o que aqui está já representa alguma coisado esforço daqueles que, durante tantos anos,trabalharam e morreram em prol da fábrica.”

Museu da Cerâmica

Loiça de Sacavémadmiradaem Colónia

O Museu da Cerâmica de Sacavém voltoua estar entre os melhores, marcando presençana Exponatec Cologne, prestigiada feira inter-nacional de museus, conservação e património,realizada na cidade alemã de Colónia. Reunin-do instituições e especialistas de todo o mundo,o evento procura promover o sector do pa-trimónio cultural e respectiva preservação.

Além da exposição de arte, a feira dedicouum espaço ao Clube de Excelência – The BestIn Heritage, onde esteve presente o Museu daCerâmica de Sacavém, em virtude do PrémioLuigi Micheletti recebido em 2002 no FórumEuropeu de Museus.

O Museu da Cerâmica apresentou diversaspublicações no certame, duas telas alusivas àcomemoração dos 150 anos da fundação daFábrica de Loiça de Sacavém e uma jarravidrada, com pintura manual, produzida em1924 por Bernard Gussgen, artista alemão quetrabalhou na Fábrica. Em Maio volta a marcarpresença no Fórum Europeu de Museus(consultar “Loures Convida”).

O Museu da Cerâmica estevepresente numa das maisimportantes feiras internacionaisde museus, conservaçãoe património – Exponatec Cologne.Realizado de 13 a 19 de Fevereiro,o evento reuniu na cidade alemãinstituições e especialistasde preservação do patrimóniocultural do mundo inteiro.

Cultura

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«Loures Municipal 9

“A finalidade deste projecto é dinamizar osespaços religiosos, não só em termos de locaisde culto e de manifestação religiosa, mastambém como espaços culturais, através devisitas guiadas, de modo a que possam servisitados por toda a população. Penso que aigreja matriz de Loures constitui uma ofertacultural que dignifica o concelho, uma vezque foi considerada património nacional.Manter este templo de portas abertas seráuma mais-valia para o crescimento doconceito turístico do concelho, visto que é umedifício histórico.”

Igreja Matriz de Loures

Preservar o património nacional

A criminalidade nas igrejas tem crescidoem larga escala, sendo o furto de peças de artesacra e elementos decorativos uma constante.Para fazer frente a esta realidade, o InstitutoSuperior de Polícia Judiciária e Ciências Cri-minais concebeu o projecto “Igreja Segura”.

Protocolado em Junho de 2003, este pro-jecto tem como objectivo assegurar a con-servação e restauro das igrejas e dos bens comvalor patrimonial, histórico e artístico, bemcomo criar condições de segurança que permi-tam manter as igrejas abertas em períodos maisalargados, para que todos possam usufruir doseu interior como lugar de culto e oração.

Localizada na entrada Norte da cidade, aigreja matriz de Loures foi seleccionada comocaso-piloto deste programa. Conhecida tambémcomo Igreja de Santa Maria, trata-se de umtemplo construído em meados do século XV,que ao longo dos anos tem sofrido diversasintervenções. Após o terramoto de 1755, foivotada ao abandono, mas no século seguin-te foi alvo de obras de restauro, tendo sidodeclarada monumento nacional por decreto--lei de 16 de Junho de 1910. Actualmente,esta obra-prima do estilo barroco encontra-

-se encerrada, abrindo as portas só para osactos de culto.

Face ao projecto, a Câmara comprometeu--se a atribuir, para a primeira fase, um subsídiode 50 por cento do custo total da obra – cercade 115 mil euros –, tendo já decorrido os tra-balhos de instalação eléctrica dos sistemas desegurança, intrusão e detecção de incêndios,bem como o restauro da cobertura do edifício.Numa segunda fase, as obras incidirão sobreo restauro do interior da igreja, nomeadamentea nível da limpeza das pinturas e esculturasdo altar-mor e dos altares laterais.

Para além deste apoio, a Autarquia preten-de ainda, através de um acordo de parceria,garantir acesso e visita cultural à igreja, à se-melhança do que já acontece com a Casa doGaiato, relativamente às visitas ao Palácio dosArcebispos, em Santo Antão do Tojal.

Francisco Inocêncio,pároco de Loures

A igreja matriz de Loures aderiuao projecto-piloto da responsabilidadedo Instituto Superior de PolíciaJudiciária e Ciências Criminaisque, para além da recuperaçãoda fachada e do espaço interiordos locais de culto, visa tambémgarantir a segurança contra furtosou actos de vandalismo.

Património

Debate

Brincadeirasde outros tempos

Integrado na exposição Os sonhos de Cons-tantino e o mundo de hoje, patente até Outu-bro no Museu Municipal de Loures, este debate,o segundo de uma série de três, girou em tornodas brincadeiras e jogos de outros tempos.

Durante a sessão, foi exibida a imagemde um quadro de Pieter Brueghel, pintorflamengo do século XVI, onde se identificam84 brincadeiras, nas quais se encontram o jogodo arco, o salto ao eixo, a cadeirinha, a cabra--cega, a dança da cadeira, o faz de conta, asvoltas e cambalhotas, ou o par ou ímpar, entremuitas outras.

Como oradores convidados, estiveram pre-sentes João da Silva Amado, professor daFaculdade de Psicologia e Ciências da Edu-cação da Universidade de Lisboa, que fez umabreve apresentação da sua pesquisa sobre asmais variadas brincadeiras e jogos que fazemparte do nosso imaginário; António Cabral,professor e investigador, que abordou o temasob uma perspectiva pedagógica; e LuísaRodrigues, técnica da Câmara Municipal deArronches, que apresentou o Museu de (A)Brincar, espaço que pretende dar a conhecero brinquedo e o brincar através dos tempos.

No final, e após exibição de um pequenofilme em que se questionava uma criança sobreas suas brincadeiras preferidas, as conclusõesapontaram para o facto de muitas das diver-sões mencionadas serem ainda actuais e exer-cerem papel pedagógico de relevo na formaçãodos mais novos.

O Museu Municipal de Loures,na Quinta do Conventinho, foi palco,no dia 25 de Fevereiro, de umdebate subordinado ao tema“Bonecas, piões e cavalos de pau”.

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Carnaval 2006

A festa teve início na noite de 25 deFevereiro, no Pavilhão dos Bombeiros Volun-tários de Loures, em que os reis cessantesprocederam à passagem do testemunho aosnovos “monarcas”, Ruth Marlene e Quinzinhode Portugal. Convidados pelo grupo da Par-cela 6 (Catujal), os reis que agora iniciaram omandato abriram o baile, que se prolongoupela noite fora ao som da Banda 4.

Pela tarde do dia 26, eram milhares aspessoas que se dirigiram às principais artériasda cidade de Loures para ver passar o corsodo Carnaval Saloio, um dos mais antigos doPaís. A afluência era grande e nem a chuvaque caía ao início da tarde do Domingo-Gordoafastou os visitantes.

Carnaval Saloio

Loures ao rubrocom a foliacarnavalesca

Carnaval Saloio

Loures ao rubrocom a foliacarnavalesca

Entre os dias 25 e 28 deFevereiro, milhares defoliões encheram as ruasda cidade de Loures paraassistir àquele que é já pormuitos considerado comoum dos melhores entrudosdo País, o “Carnaval Saloiode Loures”.

Entre os dias 25 e 28 deFevereiro, milhares defoliões encheram as ruasda cidade de Loures paraassistir àquele que é já pormuitos considerado comoum dos melhores entrudosdo País, o “Carnaval Saloiode Loures”.

Test

emu

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os

Maria Garvão, 40 anosLisboa

“Gostei imenso do Carnaval e esta foi aprimeira vez que vim a Loures. Não sou

muito adepta das brincadeirascarnavalescas mas, para fazer companhia ao meu

filho, abri uma excepção.”

“Fiquei muito contente com o convite queme foi endereçado pelo grupo da Parcela 6.Já conhecia o Carnaval de Loures, porquehá uns anos atrás, quando era pequena,vim cá com os meus pais e lembro-me que

gostei bastante. Este ano, fui rainha e gostei imenso.Esta foi uma experiência que espero repetir.”

Ruth Marlene

“Recebi o convite com honra, expectativa, etambém muita curiosidade para ver o

Carnaval de Loures. É a primeira vez queparticipo nos festejos do Entrudo, e devo

confessar que adorei. Espero que a minha participaçãotenha contribuído para o sucesso deste evento.”

Quinzinho de Portugal

Reis

do

Carn

aval Carlos Valdete, 59 anos

Tocadelos, Lousa“O Carnaval está muito bonito, com muitacor e alegria. A minha máscara preferida éde mulher. É diferente, e toda a gente achapiada ver um homem vestido com roupas

femininas. Brinco sempre ao Carnaval, nem que sejasozinho.”

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«Loures Municipal 11

À hora marcada, os “cabeçudos” deram o mote para o arranque dodesfile. Seguiram-se os treze carros alegóricos e os cerca de mil figurantesem representação de doze grupos: “Os Saloios”, “As Mastronças doMoulin Rouge”, “Palhaços da Areeira”, “Renascer da Tradição”,“Infernais” das Sete Casas, “Samaritanos” do Barro, Manjoeira,Montemor, Marzagão, Ponte de Lousa, Parcela 6 e Bombeiros Voluntáriosde Loures.

No corso deste ano, dedicado ao Amor, foi possível ver dezenas defoliões trajados de deuses do amor. Como é habitual, não faltaramas tradicionais palhaçadas e sátiras políticas que marcam os festejosdo Entrudo.

No dia 27, o Pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Loures voltoua encher-se de foliões. Várias foram as pessoas que se trajaram com asua melhor máscara, participando desta forma no já famoso BaileTrapalhão.

Na terça-feira de Carnaval, o corso voltou a sair às ruas e, destavez, o sol brilhou intensamente, o que ajudou a que milhares de pessoas,uma vez mais, se deslocassem ao centro da cidade.

Quem não perdeu pitada da festa foi o Presidente da CâmaraMunicipal de Loures, Carlos Teixeira, que, juntamente com o Presidenteda Junta de Freguesia de Loures, João Nunes, foi convidado a desfi-lar no carro alegórico do grupo “As Mastronças do Moulin Rouge”.Os vereadores Ricardo Leão, João Pedro Domingues e António Pereiratambém não faltaram às festividades carnavalescas, da tribuna de honraaplaudindo todos aqueles que continuaram a dar vida a uma das maisinteressantes manifestações culturais da região saloia.

Enterro do Rei MomoDepois de quatro dias de grande folia, centenas de pessoas

compareceram, na noite do primeiro dia de Março, no Largo 4 deOutubro, à cerimónia do “Enterro do Bacalhau”, uma tradição quesimboliza o fim dos festejos do Carnaval.

Ao início da noite de Quarta-Feira de Cinzas, um grupo de “viúvas”inconsoláveis juntou-se para chorar a morte do rei Momo, bonecomecânico que representa “o rei morto”. Depois de feitas todas as lamúrias,as “viúvas”, em cortejo fúnebre ao qual se foram juntando centenas depessoas, acompanharam o rei até à sua última morada.

Em gritaria e “choradeira”, o cortejo, encabeçado pelos presidentesda Câmara e da Junta de Freguesia de Loures, Carlos Teixeira e JoãoNunes, respectivamente, percorreu as principais ruas da sede do concelhoaté ao Parque da Cidade, onde foi feita a leitura do testamento. Aqui,houve lugar às habituais críticas ao mundo político e empresarial, comoé apanágio desta quadra festiva.

Finda a leitura, a noite terminou em apoteose com os céus repletosde cor e luminosidade, graças ao espectáculo de fogo-de-artifício.

Paulo Osega, 25 anosOeiras

“Acho que estão todos muito bonitos eestou a pensar seriamente em deixar de

ser “freira”, até porque já encontreiaqui uma moçoila bem engraçada

(risos)! Esta festa é uma maravilha, com muitagente divertida! Abençoado seja o Senhor!”

António Borges, 50 anosPóvoa da Galega“O Carnaval está giro e valeu a penavir até Loures para ver o corso.O deste ano está muito mais alegre,com mais carros, mais pessoas, mais

gente. É preciso é que para o ano seja aindamelhor.”

Paula Maria,35 anosLoures“Fantástico, é

a única palavra queencontro para descrevero Carnaval de Loures!Quando tenhopossibilidade de brincarao Entrudo não percoa oportunidade.Normalmente nãome costumo mascarar,mas este ano resolvi fazercompanhia à minha filha.”

Adelina Marques, 33 anosLisboa“O Carnaval de Loures está muitobonito. No Domingo-Gordo fui aTorres Vedras mas não gostei. Achoque este é um dos melhores carnavais

do País. Gosto muito de me mascarar, e este anoescolhi ser uma vampira.”

Patrícia Pereira, 28 anosOeiras

“O Carnaval de Loures é sempre muitoanimado. Este é já o terceiro ano queassisto ao desfile. Gosto de brincar ao

Carnaval e costumo mascarar-mesempre. Este ano, resolvi transformar-me numa

espécie de pirata do mar alto.”

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» Loures Municipal12

Carnaval 2006

Carnaval Infantil

Pequenos foliõesexibem máscarasúnicasPor questões históricas e culturais, é em Loures que a agitaçãodo Carnaval Infantil mais se faz sentir. Movimentando um númerocada vez maior de participantes, esta festa tem vindoa ganhar, de ano para ano, importância crescente.Também em diversas outras freguesias o frenesim das criançassaiu à rua. Foram aos milhares as pessoas que se deslocaramàs principais artérias das diversas sedes de freguesia paraverem desfilar crianças de creches, jardins-de-infânciae escolas do primeiro ciclo, exibindo as suas melhores máscaras.A Loures Municipal participou na festa, e assistiu este anoao Carnaval das várias freguesias do concelhopara lhe contar como tudo se passou.

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«Loures Municipal 13

A festa do Carnaval Infantil teve início na tarde de 23 de Fevereiro,em Moscavide. Como já é hábito, foi esta a freguesia a dar o motepara o arranque dos desfiles infantis que se seguiram nas várias freguesiasdo concelho.

Centenas de crianças desfilaram pelas ruas exibindo as máscarasalusivas aos contos de fadas e a outros temas mais reais, como areciclagem, a protecção do meio ambiente, a prevenção rodoviária oua higiene dentária. Super-heróis, profissões do século XXI, ou mesmoo 150.º aniversário da fundação da Fábrica de Louça de Sacavémforam também representados nos festejos.

Por onde passavam, eram-lhes lançadas serpentinas e confetti queinundaram as ruas. A euforia das crianças contagiava toda a genteque a pouco e pouco se ia aproximando.

Já na manhã do dia 24, foi a vez de os foliões de Loures, Apelação,

Bucelas, Frielas, Prior Velho, Sacavém, São João da Talha e Zambujal(freguesia de São Julião do Tojal) se trajarem a rigor e invadirem asprincipais artérias destas freguesias.

Em Loures, os pequenos mascarados percorreram a Rua da República,desde o Pavilhão Paz e Amizade até ao Jardim Municipal, onde foramrecebidos pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Loures, Bor-ges Neves, pelo Vereador Ricardo Leão e pelo Presidente da Junta deFreguesia de Loures, João Nunes. A festa, organizada pela Juntade Freguesia de Loures em parceria com a Câmara Municipal e asescolas envolvidas, movimentou elevado número de crianças – cerca deum milhar – e contou com o apoio da PSP, dos Bombeiros Voluntáriosde Loures, e das empresas Hovione e Continente.

Ainda no dia 24, também as crianças de Santo António dos Cavaleirossaíram à rua para desfilarem, mas em vão. A chuva que caía intensamentedurante a tarde não permitiu que a festa continuasse.

Em conclusão, poder-se-á dizer que a festa, em tons de brincadeira,pretendeu alertar para temas relevantes da sociedade, como a mul-ticulturalidade ou o ambiente, e os pequenos foliões desfilaram, canta-ram e dançaram, fazendo furor junto de quantos assistiram ao arranquedas comemorações carnavalescas, perpetuando assim a tradição dosfestejos do Carnaval no concelho.

Oficinas temáticas

De 21 a 26 de Fevereiro, o Museu Municipal de Loures e oMuseu da Cerâmica de Sacavém abriram as portas às crianças quequisessem construir uma máscara para usar durante os dias deCarnaval. As oficinas, subordinadas ao tema “A Máscara sou eu”,contaram com a participação de dezenas de pequenos “artesãos”,que puderam pôr à prova toda a sua imaginação. Durante seisdias, brincaram com os diversos materiais que utilizaram paraconstruírem as suas máscaras favoritas.

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Assuntos Sociais

Feira de Emprego em Sacavém

Mais e melhoressoluções

Quem, no dia 16 de Março, se dirigiu àCasa da Cultura de Sacavém, deparou-se comuma iniciativa inovadora que proporcionou,de forma eficaz, o encontro entre empresas epopulação activa, na busca de soluções capa-zes de potenciarem o enriquecimento técnicoe a empregabilidade. Escolher empregos eempresas à medida de cada um, conhecer asnovidades no âmbito da formação, aprendera elaborar currículos, cartas de apresentação,e a preparar entrevistas foram algumas dasvantagens usufruídas pelos visitantes.

Organizada pela Câmara de Loures, Casada Cultura de Sacavém, Cooperativa Socio--Educativa para o Desenvolvimento Comuni-tário (CSEPDC) e Projecto Esperança, a feiracontou com a presença de diversas entidades,

como o Instituto de Emprego e FormaçãoProfissional de Moscavide, Câmara de Comércioe Indústria Luso-Alemã, Aldeia de Santa Isa-bel, Lusocede, CENFIC, CEPRA, CENFIM,CRVCC, Serhogar System, Fórum Selecção,CLTT e Randstad.

Lurdes Gonçalves, Presidente da Direcçãoda CEPSDC, referiu que “a ideia surgiu nasequência das mais de 300 inscrições paraemprego recebidas pela UNIVA (Unidade deInserção na Vida Activa, com sede nos Terraçosda Ponte) ao longo do seu primeiro ano defuncionamento, pelo que temos vindo a esta-belecer protocolos com algumas empresas deacordo com as solicitações, escolaridade e perfilda população do Bairro Terraços da Ponte eda freguesia de Sacavém. Embora esta feira

Aberta à população, a Feirade Emprego, realizada na Casada Cultura de Sacavém, funcionoucomo um meio privilegiadode acesso à informaçãosobre alternativas escolares,formativas e profissionais.

Atendimento Integrado

Apoio socialmais eficaz

esteja aberta a todos, são os moradores destazona que mais recorrem à UNIVA”.

Ainda de acordo com Lurdes Gonçalves,“quem aqui se dirige procura um curso de for-mação ou uma saída profissional. A feira estáa ter uma boa aceitação e acho que deve tercontinuidade. É extraordinário, porque as pes-soas, ao inscreverem-se no próprio dia, sabemque podem ser chamadas a qualquer momento”.

António Pereira, Vereador dos AssuntosSociais, também não deixou de visitar a Feirade Emprego, revelando que esta “é mais umainiciativa que tem por objectivo fazer com quea população acredite que a Câmara de Lourese todos os parceiros aqui presentes estão em-penhados e com vontade em ajudar em áreasfundamentais na vida das pessoas”.

Visando a criação de parceriasentre os vários agentes sociaisna intervenção comunitária, foiapresentado, no dia 15 de Março,na Biblioteca José Saramago,o projecto de atendimentointegrado para o concelhode Loures.

Um novo modelo de atendimento inte-grado, visando responder, de forma global, àsnecessidades dos indivíduos e das famílias comproblemas de carácter social, está a ser imple-mentado no concelho de Loures.

O projecto, já em curso em Santo Antóniodos Cavaleiros no âmbito da Comissão Socialde Freguesia, será brevemente implementadono Bairro da Quinta das Sapateiras, em Loures,através da Parceria da Intervenção Comuni-tária (PIC), prevendo-se no futuro o alarga-mento às restantes freguesias.

Além de outros parceiros, este projectoconta com a participação da Câmara Munici-pal de Loures, do Serviço Local de SegurançaSocial e do Centro de Saúde de Loures.

“O atendimento integrado surgiu depoisde verificarmos que, normalmente, os mesmosindivíduos recorriam a diferentes serviços so-ciais existentes na comunidade, originando asobreposição de intervenções e a duplicaçãode recursos”, explicou Elsa Sousa, da Associa-ção Luís Pereira da Mota e membro do grupode trabalho de implementação do projecto.

Luísa Salgueiro, Vereadora da Acção So-cial da Câmara Municipal de Matosinhos, eAna Cardoso, coordenadora do Centro de Es-tudos para a Intervenção Social, falaram sobrea experiência pioneira do atendimento inte-grado na autarquia nortenha, elucidando sobreos prós e contras desta metodologia.

Acompanhado pelo Vereador responsávelpelo Gabinete de Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE) e Presidente do ConselhoLocal de Acção Social, António Pereira, e peloVereador da Habitação, João Pedro Domin-gues, Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, não quis deixar de marcar presençano evento, manifestando o desejo de que “esteprojecto seja um sucesso”.

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«Loures Municipal 15

Quinta do Mocho e Quinta da Fonte

Carnaval para todos

Museu dos Coches

Regresso ao passadoQuatro dezenas de crianças do Jardim-de-Infância Nossa Senhora

dos Anjos, em Camarate, visitaram o Museu dos Coches no dia 28 deMarço. Inserida no projecto “Viver 2006”, a iniciativa permitiu aos maisnovos viajarem no tempo, recordando os famosos meios de transportede nobres e reis. De modo a desenvolver a sua criatividade, além davisita guiada as crianças tiveram oportunidade de participar no ateliêde pintura ou no jogo “Caça ao Tesouro”, de acordo com a idade.

Conciliando divertimento e cultura, o projecto “Viver 2006” prevêa realização, ao longo do ano, de diversas visitas de carácter lúdicopor parte de associações de imigrantes e utentes de instituiçõesparticulares de solidariedade social (IPSS) a museus da região de Lisboa,tais como o da Presidência da República, da Marioneta, da Música, doAr, do Traje, da Arqueologia, das Crianças, da Ciência, do Azulejo eao Pavilhão do Conhecimento.

Depois do êxito alcançado no ano passado, o Gabinetede Assuntos Religiosos e Sociais Específicos (GARSE)da Câmara de Loures apresenta novas actividadesno programa “Vamos Viver 2006”, que pretendemsensibilizar as populações mais carenciadas para áreastão diversas como ambiente, educação, formaçãoprofissional, saúde, segurança ou cultura.Contribuindo para a melhoria da qualidade de vidae a consequente integração social da população,o programa divide-se em três diferentes áreas:o projecto “Pelo Ambiente”, que alerta paraa necessidade da adopção de novos comportamentosambientais; o projecto “Conversas ao Sábado”,espaço de cariz informativo sobre temáticas diversas;e o projecto “Viver 2006”, vocacionadopara visitas de carácter lúdico.

O Carnaval é a época que a criançada vive sempre comgrande entusiasmo. No entanto, e devido a questões sociais eeconómicas, nem todas têm possibilidade de festejarem aquadra em pleno. Foi a pensar nelas que a Câmara Municipalde Loures promoveu, nos dias 23 e 24 de Fevereiro, na Casada Cultura de Sacavém e no Centro Comunitário da Apelação,um rol de iniciativas, essencialmente dirigidas às crianças dosbairros sociais da Quinta do Mocho e da Quinta da Fonte.

Foram diversas as actividades contempladas: visita àexposição Máscaras de Carnaval, feitas em materiais como obarro ou a pasta de papel, que pretendiam veicular mensagensanti-racistas, pró-ambientais ou de união e solidariedade en-tre povos e culturas distintas; sessão de cinema de bandadesenhada; o momento do contador de histórias; ou a horado desenho, onde a pequenada pôde passar para o papel asua ideia do Carnaval.

A iniciativa, que juntou umas 250 crianças em cada espaço,contou com a presença do Vereador dos Assuntos Sociais,António Pereira, e dos presidentes das juntas de freguesia deSacavém e da Apelação, Fernando Marcos e José Alves,respectivamente.

Sensibilizar e educarSensibilizar e educar

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Idosos

Turismo Sénior

À descobertado país-irmão

Divididos em três grupos, mais de umacentena de seniores do concelho partiu, emsemanas distintas, à descoberta do país--irmão, numa viagem que se iniciou no Rio deJaneiro, a “Cidade Maravilhosa”, onde, entreoutras actividades, visitaram o grandiosoEstádio do Maracanã e subiram de “trem” aoCorcovado, “morro” onde fica a famosa es-tátua do Cristo Redentor, e que proporcionauma vista panorâmica sobre a cidade.

Com visita à cidade imperial de Petrópolis,a viagem prosseguiu em Búzios, pequena

península paradisíaca, onde em passeio debarco pela costa houve paragens paramergulhar nas águas límpidas e cristalinas.O périplo terminou com a visita às cataratasdo Iguaçu, uma maravilha da Natureza quea todos deixou boquiabertos. No regressoficou a saudade, mas também a certeza de

que as viagens do turismo sénior não seficam por aqui, pois a Área de Idosos iráorganizar mais iniciativas ao longo do ano.

Para mais informações, esteja atentoà sua divulgação no site da Câmara,www.cm-loures.pt, ou contacte a Área deIdosos através do número 219 848 704.

A Câmara de Loures continuaa promover o turismo sénior,tendo organizado, em Março,uma viagem ao Brasil,que encantou todosos que nela participaram.

As instalações da ACRPI de Sacavém, naQuinta de São José, foram alvo de profundaremodelação. Orçadas em cerca de 300 mil eu-ros, as obras executadas pela Câmara de Louresvisaram a ampliação e o restauro do edifício.

Por ocasião da sua inauguração, a 25 deAbril, foi também assinado, entre a Autarquiae a Associação, um protocolo através do qualo Município possibilita a cedência de umterreno, fronteiro ao futuro centro de saúde,para a construção de um lar de idosos.

Quinta de São José

Instalações renovadase novo lar em marchaEm Sacavém, o 25 de Abril ficoumarcado pela inauguraçãodas obras de requalificaçãodas instalações da AssociaçãoComunitária de Reformados,Pensionistas e Idosos (ACRPI).Uma cerimónia em que tambémfoi assinado o protocolo deintenção de cedência de terrenopara a construção de um lar.

As obras efectuadas no centro de diaincidiram na ampliação das instalaçõessanitárias, na criação de uma despensa eespaço de arrumos, reactivação da áreado bar e, junto à zona de entrada, criou-se uma zona de recepção e sala de estar.

A intervenção efectuada na crecheincidiu sobre a sala de actividades, junto

à copa, que passará a servirde refeitório e sala polivalentede apoio ao ensino especial.

Na cerimónia inaugural,Gilberto Lindim Ramos,Presidente da ACRPI deSacavém, manifestou a suasatisfação, “não só pelamelhoria de condições pro-porcionada pelas obras efec-tuadas, mas também pelaassinatura do protocolo”.

Também Carlos Teixeira, Presidente daCâmara de Loures, considera que “foidado mais um passo para que os habi-tantes do concelho, e de Sacavém emparticular, tenham melhores condições devida”.

No evento, estiveram também presen-tes o Presidente da Junta de Sacavém,Fernando Marcos, bem como os Verea-dores João Pedro Domingues, AntónioPereira, Ricardo Leão e Anabela Pacheco.

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«Loures Municipal

2000 2001 2002 2003 2004

833,72 GWh

755,23 GWh735,91 GWh

843,11 GWh

897,25 GWh

17

Obras

Na tentativa de gerir eficazmente osconsumos energéticos, a Câmara de Louresinstalou, em alguns pontos do concelho,semáforos alimentados a energia solar.

Este sistema, associado às novas fontesde energia limpas e renováveis, oferece di-versas vantagens quando comparado comos semáforos tradicionais, já que a energiaé produzida sem recurso à queima de com-bustíveis fósseis, não havendo emissão depoluição e, com o recurso à óptica LED,(Light Emiting Diodes) melhora-se a visibili-dade da semaforização, permitindo umamelhor leitura a grandes distâncias, especial-mente em condições climatéricas adversas.

Para além destas vantagens, os semá-foros LED não gastam energia na sua manu-tenção, e os materiais que os compõempodem ser reciclados no final da sua vidaútil, tendo ainda a possibilidade de seremcolocados em locais onde não exista redeeléctrica, entrando em funcionamento ime-diatamente após a instalação.

Em Loures, podemos encontrar este tipode semáforos na Estrada Nacional 115, nonó do Infantado e junto às OficinasMunicipais, na EN 6-1, junto a Moscavide,e na EN 8, em Lousa.

Frielas

Caminho Municipal 1311 já abriu ao trânsitoDepois de vários meses encerrado à cir-

culação rodoviária devido às obras de bene-ficiação, o Caminho Municipal 1311, emFrielas, já reabriu.

O itinerário, que dá acesso a uma zonaindustrial onde se encontram implantadasnumerosas empresas, foi sujeito a obras devidoao avançado estado de degradação da via.

A empreitada, que orçou os 257 mil euros,implicou o reperfilamento da artéria, tra-balhos de terraplanagem, abastecimentode água, gás, energia e telecomunicações,drenagem residual doméstica e pluvial,pavimentação, assim como colocação deiluminação pública e sinalização vertical ehorizontal.

Semáforos

Apostana energiasolar

Electricidade de Portugal

Rede de média e altatensão remodelada

Desde o início do ano que a EDP, como objectivo de melhorar a qualidade doserviço prestado aos munícipes de Loures,tem vindo a proceder a obras na rede demédia e alta tensão que visam, essencial-mente, o reforço da capacidade de forneci-mento de energia eléctrica.

Para isso, procedeu-se ao aumento depotência de transformação na subestaçãode Loures, à remodelação da rede de médiatensão entre as subestações de Moscavide e

Os consumos de energia eléctricatêm aumentado bastantenos últimos anos. Tendo em contaeste facto, a EDP – Electricidadede Portugal tem vindo a procedera obras de remodelaçãoe substituição da rede de médiae alta tensão em alguns pontosdo concelho de Loures.

de Santa Iria de Azóia, à passagem subterrâ-nea da linha de média tensão L 1088/Lourescidade, sendo ainda colocadas novas linhasde média tensão ligadas à subestação deFanhões, para o reforço de alimentação àsfreguesias de Bucelas e São Julião do Tojal.

De destacar ainda a colocação de novospostos de transformação na Junqueira, emA-dos-Cãos, Moninhos e A-dos-Calvos; asubstituição de sete postos de transformaçãoem Lousa, Loures e Bucelas; e remodelaçãodas redes de baixa tensão nas localidades daPortela da Azóia, A-das-Lebres e Bobadela.

Refira-se que, com esta empreitada,orçada em cerca de dois milhões de euros,a energia produzida pelos parques eólicosde Lousa e Fanhões será aproveitada ao máxi-mo. De salientar ainda que, no que diz res-peito às obras efectuadas na freguesia deFanhões, estas foram financiadas pelas em-presas que contribuíram para a construçãodo parque eólico.

Evolução do consumo energético em Loures

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» Loures Municipal18

Juventude

À medida que os inúmeros tunos iamchegando, o Pavilhão dos Bombeiros de Louresia-se enchendo de irreverência, alegria eagitação. Recebidas a 4 de Março, no Museude Cerâmica de Sacavém, pelo Presidente daCâmara de Loures, Carlos Teixeira, as cincotunas a concurso – Estudantina Académicado Instituto Superior de Engenharia de Lis-boa, Tuna Camoniana “In Vino Veritas” daUniversidade Autónoma de Lisboa, Tuna Aca-démica da Faculdade de Economia do Porto,

Tuna Académica da Universidade de Évorae Tuna Universitária do Porto – começaram aafinar as vozes para a longa noite que seavizinhava. Carlos Teixeira aproveitou paraagradecer a presença das tunas convidadas,apelando para que fizessem “deste festival maisum sucesso”. O autarca congratulou-se, ainda,por “Loures ser o concelho mais jovem do Paíse em que a percentagem de alunos no ensinosuperior é bastante elevada. Infelizmente, nãotemos um pólo universitário, mas vamostrabalhar para que seja uma realidade”.

A apresentação esteve a cargo de Rui Unas,apresentador de televisão, que ia dando o motepara a actuação das tunas concorrentes, en-quanto que do outro lado era possível encon-trar, entre os membros do júri, personalidadescomo Miguel Gameiro, Ricardo Azevedo ouNuno Barroso, vocalistas dos Pólo Norte, EZSpecial e ex-Além Mar, respectivamente.

IV Festival Saloio de Tunas Académicas

Noite musical ao mais alto nívelInserido no Mês da Juventude,Loures recebeu, pela quarta vezconsecutiva, o Festival Saloiode Tunas Académicas, este anodedicado aos 150 anos da fundaçãoda Fábrica de Loiça de Sacavém.

Era já de madrugada quando se ficou aconhecer a tuna vencedora. Depois das actua-ções – extra-concurso – da Tuna Feminina doInstituto Superior de Engenharia de Lisboa eda Tuna da Terceira Idade do Centro de Diade Loures, já se sentia o frenesim dos estudantesque, irrequietos, se aglomeravam para ouvir adecisão do júri.

No final, foi a Tuna Universitária do Portoquem teve mais razões para sorrir. Além dearrebatar o primeiro lugar da geral, aindalevou para casa os galardões da Melhor PeçaInstrumental, Melhor Serenata e MelhorSolista. A Tuna Académica de Évora ficou emsegundo lugar, tendo ainda ganho o prémiode Melhor Pandeireta. O terceiro lugar dopódio coube à Estudantina Académica do ISEL,vencedora do III Festival, ficando o prémio deMelhor Porta-Bandeira para a Tuna Camo-niana.

A Câmara Municipal de Loures e o Movimento Associativo Juvenil, numacultura de parceria e trabalho de equipa, são os responsáveis pelaorganização e realização do Mês da Juventude, iniciativa que reuniu umprograma diversificado nas mais diversas áreas. Teatro, música, dança,fotografia, pintura, desporto ou actividades ao ar livre foram os eventosescolhidos para animar a juventude do concelho.A Loures Municipal convida-o a “espreitar” um pouco do que foi um mêsrepleto de movimento, alegria e entusiasmo.

A Câmara Municipal de Loures e o Movimento Associativo Juvenil, numacultura de parceria e trabalho de equipa, são os responsáveis pelaorganização e realização do Mês da Juventude, iniciativa que reuniu umprograma diversificado nas mais diversas áreas. Teatro, música, dança,fotografia, pintura, desporto ou actividades ao ar livre foram os eventosescolhidos para animar a juventude do concelho.A Loures Municipal convida-o a “espreitar” um pouco do que foi um mêsrepleto de movimento, alegria e entusiasmo.

Mês da Juventude

Jovens emmovimento

Mês da Juventude

Jovens emmovimento

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Exposições

A Galeria Municipal do Castelo de Pires-couxe, em Santa Iria de Azóia, acolheu diversasexposições organizadas pela associação Ideias& Soluções Associadas (ISA). Refira-se a VultoMacabro, da autoria de Nuno Barbedo, queexibiu peças de street art e vários estilos deilustrações.

De 16 a 31 de Março, uma das alas dagaleria foi partilhada pelo grupo Embrionárioe por Luís M. Enquanto o Embrionário apre-sentou peças de fotografia e grafismos, LuísM. expôs bandas desenhadas e diversos tiposde ilustrações.

Iniciativas

Actividades ao gosto de todosDurante o mês de Março,Mês da Juventude,a alegria e energiados jovens do concelhoa todos contagiou.Como é já hábito, foramvárias as iniciativas organizadaspelas diversas associações juvenis,em parceria com a Câmara Municipal.

“Workshops”

Vários workshops se sucederam ao longodo mês. O Castelo de Pirescouxe foi o palcoescolhido para uma demonstração de capoeira,que decorreu no dia 12 e que contou com aparticipação de muitos adeptos da modalidade.

No mesmo espaço, houve também lugar,no dia 17, a uma mostra de cinema, tendosido exibida a película Crash, que arrecadouo óscar de melhor filme em 2006. Por último,destaque para os workshops de fotografia apreto e branco, rally de fotopaper – ambos nodia 18 – e beat box e hip-hop, no dia 25.

Organizada pela associação Péantepé,decorreram, nos dias 16 e 17 na Escola Secun-dária n.º 2 da Portela, vários workshops dehip-hop, danças tradicionais europeias, dançasde corte, danças contemporâneas, dançaoriental e expressão dramática. Ainda no rolde iniciativas programadas por esta associação,realizou-se, no dia 25, no Cine-Teatro dosBombeiros de Loures, o espectáculo de dançaintitulado Com/passos.

Desporto

Sendo o desporto uma das actividadespreferidas dos jovens, realizaram-se diversostorneios desportivos. Organizado pela asso-ciação Apoio Sem Limite (ASLI) perante umaenchente nas bancadas do pavilhão FelicianoBastos, em Loures, decorreu no dia 11 umtorneio de uma das modalidades mais consa-gradas no concelho, o futsal. O futebol, des-porto-rei, assim como o basquetebol, tambémnão ficaram de fora. Ambos os torneios tive-ram lugar no dia 25, no pavilhão da EscolaBásica 2,3 do Alto dos Moinhos, no Catujal.

Teatro

O teatro também fez parte da programaçãodo Mês da Juventude. No Museu da Cerâmicade Sacavém o grupo AGITA apresentou, nodia 17, “O outro lado das histórias”, uma peçaque retrata os conflitos entre gerações.

No dia 24, o mesmo local recebeu osrepresentantes de várias associações de teatrodo concelho, a fim de debaterem alguns dosproblemas com que estas associações se depa-ram nos dias de hoje.

Tecnologias de informação

Autocarro multimédiaem Loures

Na sequência do protocolo assinado en-tre a Câmara Municipal de Loures e a Fun-dação para a Divulgação das Tecnologias daInformação, que visa o acesso de todos oscidadãos às tecnologias de comunicação,várias escolas e centros de dia do concelhoreceberão a visita de um autocarro equipadocom tecnologias na área da informação.É uma iniciativa que pretende divulgar astecnologias de informação junto da popula-ção, com especial incidência nos mais jovens,proporcionando um contacto directo com anova era digital.

O autocarro, de dois andares, encontra--se apetrechado com vários computadores,dispondo de serviços de internet e multimédia.Divididos em grupos de doze elementos, osalunos foram assistidos por formadores devi-damente habilitados na prestação de todasas informações inerentes à apreensão deconhe-cimentos na área da informática. Nofinal, os formandos recebem ainda umacertifi-cação em Competências Básicas emTecno-logias da Informação.

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Educação

“Os Maias”

Jovens revivem episódios da vida romântica

São, nada mais nada menos, 712 aspáginas da obra-prima de Eça de Queirós,publicada em 1888. E foi precisamente estaobra, que faz parte do plano curricular dosalunos do ensino secundário, que a equiparesidente da BMJS decidiu encenar, dando--lhe uma nova dinâmica e ajudando a esti-mular o gosto pela leitura na populaçãoescolar.

Desde o passado mês de Fevereiro que osalunos das diversas escolas secundárias doconcelho se têm dirigido à BMJS, local ondese centra o espectáculo. Com cenários a

Hora e meia é o tempo necessáriopara fazer a leitura encenadade Os Maias, romance de Eçade Queirós. A ideia do projectoé da autoria da equipa de animaçãoda Biblioteca Municipal JoséSaramago (BMJS) e os destinatáriossão os alunos das escolassecundárias do concelho de Loures.

condizer, as leituras encenadas são feitas coma ajuda dos próprios alunos e professores,que durante alguns minutos encarnam aspersonagens da estória, acabando por fazeruma breve viagem à Lisboa oitocentista.A obra ocupa-se da história da família Maiaao longo de três gerações, com relevo para o

Catujal–Unhos

Músicos depalmo e meio

De modo a contribuir para o desen-volvimento de um ensino musical dequalidade, a Câmara de Loures ofereceuàs escolas básicas 1 e 3 de Unhos umconjunto de equipamentos musicais,contando, entre outros, com xilofones,bombos, pandeiretas, ferrinhos, guizos ecastanholas, num investimento que ascen-de a mais de quatro mil euros.

Recorde-se que nestas escolas se en-contra em desenvolvimento, desde o anolectivo de 2004-05, o projecto “ABC daMúsica”, resultante de uma parceria tri-partida entre a Câmara de Loures, o Agru-pamento de Escolas Catujal–Unhos e aAssociação Recreativa e Musical 1.º deMaio.

Tendo como principal objectivo pro-mover o desenvolvimento da educaçãoartística e musical dos mais novos, ainiciativa envolve os cerca de 600 alunosdas escolas do 1.º Ciclo e do Jardim-de--Infância da freguesia de Unhos.

De acordo com o Presidente do Con-selho Executivo do Agrupamento deEscolas, António Morgado, “este é um pro-jecto inovador e motivador para ascrianças, que também lhes permite ocuparo tempo livre depois das aulas”.

A Câmara de Loures ofereceu,no passado dia 14 de Março,um conjunto de instrumentosmusicais às escolas básicas 1 e 3de Unhos, de modo a permitiro desenvolvimento do ensinomusical nestes estabelecimentosde ensino, no âmbito do projecto“ABC da Música”.

amor incestuoso entre Carlos da Maia esua irmã Maria Eduarda. Contudo, o autoraproveita sobretudo para lançar críticas àsituação decadente do País, tanto a nívelpolítico como cultural, e à alta burguesia,fazendo uso constante do humor e daironia para apresentar as situações.

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Espaço Ensino

Dado o êxito da Semana da Comuni-cação Social promovida em 2005 pela EscolaBásica Integrada de Bucelas, realizou-seeste ano, entre 6 e 10 de Março, a SemanaCultural.

Foram cinco dias em que os alunos, emvez das habituais actividades escolares, tive-ram acesso a um conjunto de eventos queexigiram da sua parte atenção redobrada.

Actividades como a Feira do Livro e doAudiovisual, Baú de Matemática, exposiçõesde matemática e ciências, entrevistas com di-versos profissionais de áreas distintas, acçõesde demonstração realizadas pela GNR, Quer-cus e Bombeiros Voluntários de Bucelas, jogosinterturmas e sessões de teatro e cinemapreencheram a semana dos cerca de 550 alu-nos do Agrupamento de Escolas de Bucelas.

Foi notório o envolvimento de todos, nãosó dos alunos que demonstraram interesse em

Fomentar nos jovens o interessee o gosto por actividades culturaisconstitui hoje uma mais-valiae uma ajuda preciosa ao seudesenvolvimento e formaçãopessoal. Foi neste sentido quea Escola Básica Integrada de Bucelaspromoveu, com êxito assinalável,uma semana repleta de actividadeslúdicas e pedagógicas.

participar nas diversas temáticas que iamsendo realizadas um pouco por toda a escola,mas também dos professores, que se empe-nharam em responder às dúvidas dos maisjovens. No átrio da escola, o artesanato im-punha-se como tema central. Neste espaço erapossível aos alunos aprenderem o fabrico dacestaria artesanal. Nos corredores, painéischeios de cor apontavam para as diversasexposições montadas no âmbito da matemá-tica e da ciência. Já nas salas de aula, decor-reriam as sessões de cinema, teatro e umafeira do livro com um cantinho dedicado àleitura.

Para António Marcelino, Presidente doConselho Executivo da Escola, “esta iniciativatem por objectivo principal o contacto, porparte dos alunos, com uma realidade quehabitualmente a escola não oferece. Duranteesta semana, a escola torna-se um espaçolivre e atractivo para se ensinar, aprender eviver”.

Numa semana inteiramente dedicada àcultura, encarada como um desafio pelosjovens do agrupamento de escolas de Bucelas,as actividades tiveram por objectivo estimularnão só saberes, mas também passar conhe-cimentos, desta forma contribuindo para oseu desenvolvimento e formação pessoal.

“Perante os nossos objectivos iniciais,gostaríamos muito que este tipo de iniciativasse perpetuasse ao longo dos anos e que setornassem o ex-líbris da escola”, acrescentouo professor.

Semana Cultural da Escola Básica Integrada de Bucelas

Novas formas de aprender

Filipa Vilaverde,3.º Ciclo

“É uma experiência inovadora. Nuncativemos uma iniciativa que envolvessetodas as disciplinas e os alunos dediferentes níveis de ensino. Acho que estetipo de actividades ajuda à nossaformação pessoal, principalmente dascrianças do 1.º Ciclo que fazem sempremuitas perguntas.”

André Carvalho,1.º Ciclo

“Estou a gostar muito das actividades ejá fiz imensas coisas. Do que eu gosteimais foi do futebol, mas não pudeparticipar porque estava a chover.Também gostei muito da aula deculinária, onde fizemos biscoitos, e dademonstração da GNR, que explicaramcomo é que se apanhava um ladrão.”

Liliana Carvalho,2.º Ciclo

“Acho que a Semana Cultural está a serboa. É bom porque temos imensasactividades para participar e assimpodemos descansar um pouco a cabeça.Já participei em diversas actividades,como por exemplo o concurso dematemática em que podemos pôr osnossos conhecimentos à prova.”

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Saúde

Assente no lema Melhorar, Agir e Inovarpela Saúde, o evento pretendeu não só divulgarhábitos de vida saudáveis como testar os ín-dices de saúde dos visitantes, proporcionandoo acesso à informação e a diversos exames naárea da saúde. O objectivo era informar todosaqueles que pretendem adoptar um estilo devida mais saudável e ajudar os cidadãos a lidarcom certas patologias, prevenindo o agrava-mento de doenças existentes ou o aparecimentode novas.

Os diversos técnicos de saúde envolvidos –– enfermeiros, estudantes de Farmácia, técnicosde oftalmologia e psicólogos – prestaram apoioindividual a cada visitante na realização de tes-

Projecto MAIS

Parque da Cidade acolhe feira de saúdeNo fim-de-semana de 18 e 19 deMarço, esteve patente, no Parqueda Cidade de Loures, uma feirade saúde, onde a população pôdefazer diversos exames de formagratuita. A iniciativa, integradano Projecto MAIS e desenvolvidapelos laboratórios Pfizer,acolheu milhares de pessoas.

Prior Velho

Dia Mundialda Saúdecelebrado

O Centro de Actividades do Bairroda Quinta da Serra, no Prior Velho,recebeu no dia 8 de Abrila visita do Secretário de Estadoda Presidência do Conselhode Ministros, Jorge Lacão,e dos presidentes da CâmaraMunicipal de Loures e da Juntade Freguesia do Prior Velho,Carlos Teixeira e Joaquim Brás,respectivamente,no âmbito das comemoraçõesdo Dia Mundial da Saúde.

A iniciativa, organizada pelo Municípiode Loures em parceria com os Médicos doMundo, pretendeu, entre outros objectivos,fazer um levantamento do estado da saúdeda população adulta, bem como o eventualencaminhamento das situações consideradaspreocupantes. O evento inseriu-se no âmbitodo Projecto Integrado da Quinta da Serra,protocolado pelos representantes máximos deambas as entidades – Carlos Teixeira e Rui dePortugal –, a 13 de Fevereiro último.

Destinado a todas as faixas etárias, embo-ra com ênfase nos mais jovens, este projectotem como objectivo a educação preventiva doVIH/Sida e a diminuição da sua propagaçãona comunidade deste bairro, através da pro-moção da participação directa e activa dosmoradores em actividades culturais e lúdicas,e da distribuição de material de informação quealerte e sensibilize para a doença.

As comemorações tiveram início com a ses-são solene na qual marcaram presença o

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tes na área da tensão arterial, colesterol e visão(glaucoma, DMI – degeneração macular daidade), sendo disponibilizada também infor-mação no âmbito da diabetes, disfunção eréctil,dor, DPOC (doença pulmonar obstrutiva cró-nica), hiperplasia da próstata, doenças dosistema nervoso central (demências e doença deAlzheimer) e ainda conselhos de vida saudável.No final das acções de informação e aconse-lhamento, era fornecido ao visitante um rela-tório individual sobre a sua situação particular.

Quem não faltou à abertura do eventofoi Carlos Teixeira, Presidente da Câmara Mu-nicipal de Loures, que na companhia de CarlosMacedo, Director Técnico da Pfizer, aproveitoua ocasião para fazer alguns exames, dando oexemplo aos milhares de pessoas que duranteos dois dias passaram pela feira.

De salientar que este projecto, para alémde Loures, percorrerá, entre Março e Junho,nove cidades – Coimbra, Viseu, Leiria, Almada,Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Tavira eLisboa –, conta com a parceria de diversassocie-dades médicas e associações de doentes,e ainda com o apoio das autarquias e centrosde saúde das áreas envolventes a cada um doslocais por onde passa a iniciativa.

Ambiente

Foram várias as crianças que, entreos dias 20 e 24 de Março, se dirigiram aoparque urbano, para participarem nasdiversas actividades realizadas no âmbitodas comemorações do Dia da Árvore e daFloresta.

Provenientes das escolas básicas daPortela da Azóia, n.º 1 e n.º 3 de Unhos,n.º 5 de Santa Iria de Azóia, das associaçõesLuís Pereira da Mota e Pomba da Paz edo Externato da Quintinha, foram, em pe-quenos grupos, saltitando de sala em sala,em cada uma fazendo uma actividadediferente. Nas oficinas, assistiram a umaaula, em que puderam aprender a fazercasas-ninhos, posteriormente procedendoà sua colocação nas árvores do parque.Depois de tomarem contacto com as di-versas espécies de folhas, madeiras e terras,noutra sala as crianças pintaram um painelcom tintas feitas à base de terra e água.

Já no fim-de-semana de 1 e 2 de Abril,quem passou pelo parque pôde assistir à

Dia da Árvore e da Floresta

Centenas de criançasaliam-se às comemoraçõesA 21 de Março comemora-seo Dia da Árvore e da Floresta.No concelho de Louresa data foi assinaladano Parque Urbanode Santa Iria de Azóia,um espaço ao ar livreonde se pode desfrutardo contacto com a natureza.

mostra de artesanato e produtos naturais,como as casas-ninhos, à exposição Florestae Biodiversidade, descontrair-se no bar--esplanada, ou participar no jogo “À des-coberta do Parque”.

As crianças ficaram maravilhadas com apeça de teatro A história do Sr. Verde, queculminou numa plantação de árvores.

Das comemorações fizeram ainda partedemonstrações de tiro ao arco organizadaspela Bela Vista Aventura, de aeromodelismo,a cargo da Associação de Planadores de SantaIria de Azóia, de slide, pela Associação dePára-Quedistas de Loures, e de capoeira, pelaAssociação Portuguesa de Capoeira.

Um dia diferente

O Gabinete de Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE) da Câmara Municipal,aproveitando as comemorações no ParqueUrbano de Santa Iria de Azóia, no âmbito doDia da Árvore e da Floresta, a 21 de Março,levou meia centena de crianças do CentroCultural e Social de Santo António dos Cava-leiros a visitar o parque.

Inserida no programa “Vamos Viver 2006”,mais especificamente no projecto “PeloAmbiente”, a iniciativa teve por objectivoproporcionar um dia diferente a estes jovens,que puderam ainda descobrir um espaço,desconhecido para muitos deles, onde pode-rão futuramente realizar outro tipo de activi-dades, nomeadamente passear com os seusfamiliares.

Secretário de Estado da Presidência do Conselhode Ministros, Jorge Lacão, Carlos Teixeira,Joaquim Brás, Rui de Portugal, Presidente daAssociação Médicos do Mundo, e de IsabelMartins, do Centro de Saúde de Sacavém.

Sob o lema Todos juntos pela saúde,definido pela OMS – Organização Mundialde Saúde, as entidades presentes abordarama importância das parcerias, salientando quesomente trabalhando em conjunto se conse-guirão alcançar resultados e sensibilizar apopulação para a adopção de comportamen-tos e atitudes benéficas para a saúde.

À sessão de discursos seguiu-se uma tarderepleta de actividades culturais no recintoexterior do pavilhão, enquanto que no interiorforam dezenas as pessoas que tiveram acessoa um rastreio médico, no qual puderam, deforma gratuita, medir a tensão arterial, o ín-dice de massa corporal, o colesterol e o nívelde glicemia.

Numa outra sala, diversas entidades, quedesenvolvem trabalho no âmbito da promoçãoda saúde – Médicos do Mundo, Gabinete deSaúde da Câmara, Associação de Promotoresde Saúde, Ambiente e Desenvolvimento Socio-cultural, Associação Sociocultural da Quintada Serra e Associação de Planeamento Fami-liar – apresentaram os seus workshops.

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Segurança

O protocolo de geminação entre aCâmara de Loures e o Município do Maio,assinado em 1993, continua a dar frutos,no sentido do desenvolvimento desta ilhacabo-verdiana, caracterizada por ser umaregião de poucos recursos.

Dando continuidade ao Projecto deCriação do Serviço de Protecção Civile do Corpo de Bombeiros do Maio, técnicosdo Serviço Municipal de Protecção Civil deLoures deslocaram-se ao arquipélago paraministrar formação em técnicas de combatea incêndios a 30 futuros bombeiros queintegrarão a corporação.

Depois de facultada a formaçãoteórico-prática em Setembro de 2004, eda cedência de uma viatura e de equipa-mento de combate a incêndios em Janeirode 2005, foi agora a vez de dotar os bom-beiros das competências necessárias àoperacionalização do material.

Alertando para as carências da regiãoa nível da segurança e do socorrismo, a for-mação terminou com uma demonstraçãopública onde os formandos aplicaramas técnicas adquiridas, que contou com apresença das entidades locais, entre elasEduardo Manzana, Encarregado de Negó-cios da Delegação da União Europeia emCabo Verde, Manuel Ribeiro, Presidente da

Ilha do Maio

Formar para desenvolverFormar para desenvolverNo âmbito do protocolo de geminação entre a Câmara de Lourese o Município do Maio, decorreu, entre 17 e 31 de Março,uma missão na ilha cabo-verdiana, dando continuidade aos projectosde Criação do Serviço de Protecção Civil e do Corpo de Bombeirose de Desenvolvimento Sustentado da Ilha do Maio.

Câmara Municipal do Maio, Major Osvaldinoda Costa, Director do Planeamento, Opera-ções e Telecomunicações do Serviço Nacionalde Protecção Civil de Cabo Verde, e CarlosDias, Delegado do Ministério da Agricultura eAmbiente no Maio.

Dividido em três fases, este projecto teveinício, num primeiro momento, com a anga-riação de materiais e equipamentos, proce-

dendo-se na segunda fase, agora con-cluída, à formação teórica e prática debombeiros. Aguarda-se a execução daterceira fase, que consiste na construçãodo futuro quartel de bombeiros do Maio,com valências que permitirão servir apopulação de forma adequada.

Já no que respeita ao Projecto deDesenvolvimento Sustentado da Ilhado Maio, iniciado a 1 de Abril de 2003 econcluído durante esta missão a 31 deMarço, procedeu-se à avaliação das acti-vidades desenvolvidas ao longo dos últi-mos três anos e dos resultados obtidos.

Dando a conhecer o trabalho rea-lizado no âmbito deste projecto, estevetambém patente uma exposição in-formativa e fotográfica, bem como umamostra de produtos fabricados no Centrode Cerâmica do Morro e no Centro deTecelagem e Tingidura da Calheta.

O encerramento do projecto foi ce-lebrado a 29 de Março, numa cerimóniapública presidida por Eduardo Manzana,na presença de altas individualidadesdo Município do Maio, bem como derepresentantes da Câmara de Loures.

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À lupa

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Deficiência

Reconhecer o direito à igualdade nadiferença é uma matéria que diz respeito atodos. Por isso, a sensibilização da comu-nidade para a sua relação com os cidadãoscom deficiência continua a ser uma prioridadede intervenção e um desafio, não só de hoje,mas também de futuro.

O trabalho que expomos nas páginasseguintes é apenas uma pequena demons-tração dos esforços desenvolvidos pelaCâmara Municipal de Loures e por algumas

instituições do concelho, tendo em vista apromoção da qualidade de vida da populaçãoportadora de deficiência.

Desde a análise à situação sociopro-fissional, com vista à integração nos diversosserviços da Autarquia, à concepção e projectode equipamentos colectivos para fácil acesso

a todos os cidadãos, aos apoios financeiros,materiais e logísticos às entidades que

directamente trabalham com pessoasportadoras de deficiência, ao trans-

porte de alunos com necessidadeseducativas especiais, passandopela adequação dos espaços decultura e lazer do concelho,de modo a torná-los acessíveis

a todos os utilizadores, aCâmara de Loures está atenta

e consciente das necessidadesque se colocam à população

portadora de deficiência,procurando cons-tantemente dina-mizar projectos que

espera possam ir aoencontro das suasexpectativas.

Integrar

a diferen

ça

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Os resultados dos Censos de 2001 apontampara a existência no concelho de Loures, numapopulação de cerca de 200 mil indivíduos,de 12 170 pessoas portadoras de deficiência,das quais 6391 (52,51%) são homens e5779 (47,49%), mulheres.

Considerando a população residente e aTipologia de DeficiênciaTipologia de DeficiênciaTipologia de DeficiênciaTipologia de DeficiênciaTipologia de Deficiência adoptada nosCensos, excluindo Outras DeficiênciasOutras DeficiênciasOutras DeficiênciasOutras DeficiênciasOutras Deficiências nãoespecificadas (27,02%), verifica-se que a De-De-De-De-De-ficiência Visualficiência Visualficiência Visualficiência Visualficiência Visual é a que afecta mais pessoas,representando 24,75% do total da popula-ção portadora de deficiência. A DeficiênciaDeficiênciaDeficiênciaDeficiênciaDeficiênciaMotoraMotoraMotoraMotoraMotora surge em segundo lugar, com o valormuito próximo dos 22%. De referir que muitosdos casos que aqui se inserem são causadospelos acidentes rodoviários, que todos os anostiram a vida a mais de 1,2 milhões de pessoasem todo o mundo, deixando centenas de mi-lhares permanentemente incapacitadas. Tomaratitudes simples, como limitar a velocidade eo consumo de álcool, ou promover o uso docapacete e do cinto de segurança, podem fazera diferença. Contudo, as autarquias deverão

ter também uma palavra a dizer neste âmbi-to, nomeadamente através da identificaçãodos “pontos negros” da rede viária e da sensi-bilização dos condutores. Por fim, a Deficiên-Deficiên-Deficiên-Deficiên-Deficiên-cia Auditivacia Auditivacia Auditivacia Auditivacia Auditiva regista uma percentagem maisreduzida (14,82%), representando um total de1804 pessoas com esta patologia.

Em relação ao Grau de IncapacidadeGrau de IncapacidadeGrau de IncapacidadeGrau de IncapacidadeGrau de Incapacidade,mais de metade da população com deficiência(50,45%) não possui grau de incapacidadeatribuído. Dos 12 170 casos do concelho deLoures, 2175 (17,87%) remetem para umaincapacidade entre 60% e 80%60% e 80%60% e 80%60% e 80%60% e 80%, enquantoque 1495 (12,28%) apresentam uma incapa-cidade inferior a 30%inferior a 30%inferior a 30%inferior a 30%inferior a 30%. A proporção de pessoascom deficiência com um grau de incapacidadesuperior a 80%superior a 80%superior a 80%superior a 80%superior a 80% é de 11,17%.

Regra geral, é nas Faixas Etárias Faixas Etárias Faixas Etárias Faixas Etárias Faixas Etárias maiselevadas que se regista um maior número depessoas com deficiência. Em Loures, é entreos 45 e os 60 anos45 e os 60 anos45 e os 60 anos45 e os 60 anos45 e os 60 anos que se verifica o maiornúmero de casos (26,21%), seguindo-se a fai-xa etária entre os 60 e 74 anos60 e 74 anos60 e 74 anos60 e 74 anos60 e 74 anos (24,13%).Contudo, a percentagem relativa à população

No concelho de Loures,as pessoas portadorasde deficiência constituemuma parte relevanteda população. São muitosos cidadãos que, por umaou outra razões, possuemalgum tipo de incapacidadeque os obriga, por exemplo,a andarem numa cadeirade rodas, a não poderemver a luz do dia ou a nãoconseguirem ouvir.A Loures Municipal faz umretrato da situação vividano concelho de Loures.

A deficiência em Louresvista “À Lupa”

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«Loures Municipal 27

Deficiência

entre os 15 e os 315 e os 315 e os 315 e os 315 e os 30 anos0 anos0 anos0 anos0 anos também é de certaforma significativa (14,31%), sendo de desta-car, igualmente, os 799 casos existentes entrea população com idade inferior 15 anosinferior 15 anosinferior 15 anosinferior 15 anosinferior 15 anos.A baixa percentagem (6,56%) de pessoasportadoras de deficiência nesta faixa etáriapoderá ter explicação, não só na redução dataxa de natalidade, mas também na crescenteevolução da medicina e nos meios que possuiao seu alcance para a realização de testes derastreio e diagnóstico pré-natal.

Em relação aos valores que dizem respei-to à Actividade Profissional Actividade Profissional Actividade Profissional Actividade Profissional Actividade Profissional da populaçãoportadora de deficiência com mais de 15 anos,que ascende a 11 371 indivíduos, verifica-seque a grande maioria se encontra semActividade Económica Actividade Económica Actividade Económica Actividade Económica Actividade Económica (64,66%). Dentrodeste grupo inserem-se os ReformadosReformadosReformadosReformadosReformados, querepresentam a percentagem mais elevada(61,83%), Incapacitados PermanentesIncapacitados PermanentesIncapacitados PermanentesIncapacitados PermanentesIncapacitados Permanentes(21,30%), EstudantesEstudantesEstudantesEstudantesEstudantes (5,36%), Domésti-Domésti-Domésti-Domésti-Domésti-coscoscoscoscos (4,53%) e OutrosOutrosOutrosOutrosOutros sem classificação espe-cífica (6,98%). Das 4019 pessoas que possuemactividade económica, 88,83% estão ememememempre-pre-pre-pre-pre-gadgadgadgadgadasasasasas, sendo que 11,17% se encontram desem-desem-desem-desem-desem-pregadaspregadaspregadaspregadaspregadas. Apesar de o desemprego afectaruma grande parte da população em Portugal,

quando falamos em pessoas portadoras dedeficiência o problema torna-se ainda maior.Apesar de a legislação já estabelecer umsistema de quotas de emprego para cidadãoscom deficiência, existem ainda muitas empresasreni-tentes quanto a esta temática. A aceitaçãoda diferença deveria, por isso, fazer parte dasboas práticas empresariais, não só pela questãodos direitos humanos, já que é uma forma decombater o preconceito e reconhecer aigualdade entre pares, mas também pelasvantagens intelectuais, sociais e competitivasque daí advêm.

Os Censos de 2001 revelam ainda osresultados segundo o Tipo de HabitaçãoTipo de HabitaçãoTipo de HabitaçãoTipo de HabitaçãoTipo de Habitação.A legislação que consagra legalmente as exi-gências técnicas necessárias, destinadas apermitir a acessibilidade das pessoas commobilidade condicionada aos edifícios, é aindamuito recente. Só em 1997 foi publicado odecreto-lei que atribui ao Estado a obrigaçãode tornar efectiva a realização dos direitosdos cidadãos com deficiência, nomeadamenteatravés da supressão das barreiras urbanísticase arquitectónicas. Talvez por essa razão, muitosdos edifícios mais antigos não possuam asmelhores condições de acessibilidade. Por outro

lado, eliminar as barreiras arquitectónicasnesses edifícios e adaptá-los às necessidadesdas pessoas com deficiência motora é umprocesso gradual, nem sempre possível deconcretizar, devido aos elevados custos queacarreta.

Se olharmos para os valores apresentadosno concelho de Loures, é visível a existênciade muitos edifícios nessa situação. Isso podeser testemunhado através do número de Edi-Edi-Edi-Edi-Edi-fícios sfícios sfícios sfícios sfícios sem rampas de acesso e nãoem rampas de acesso e nãoem rampas de acesso e nãoem rampas de acesso e nãoem rampas de acesso e não aces- aces- aces- aces- aces-síveissíveissíveissíveissíveis (5170) por parte da população comdeficiência, sendo que, destes, apenas 25,47%possuem elevador. Quanto aos 5441 Edifí-Edifí-Edifí-Edifí-Edifí-cioscioscioscioscios sem rampas de acesso mas acessí-sem rampas de acesso mas acessí-sem rampas de acesso mas acessí-sem rampas de acesso mas acessí-sem rampas de acesso mas acessí-veisveisveisveisveis à população, a grande parte (77,72%)continua a não ter elevador. Com todas ascondições, incluindo Rampas de AcessoRampas de AcessoRampas de AcessoRampas de AcessoRampas de Acesso eelevador, existem ainda 744 edifícios iden-tificados.

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» Loures Municipal28

A generalidade das escolas que compõema rede escolar do concelho de Loures sãofrequentadas por crianças e jovens com ne-cessidades educativas especiais, de naturezamotora, visual, auditiva, de aprendizagem, dis-túrbios emocionais ou múltiplas deficiências.

A Lei de Bases do Sistema Educativo ga-rante a todas as crianças portadoras de defi-ciência o direito à educação na escola regular.Por isso, no âmbito dos projectos de construção,ampliação e remodelação de estabelecimentoseducativos, e de acordo com os normativoslegais que obrigam à adopção de um conjun-

A acção da Autarquia não se esgotaapenas na intervenção ao nível da eliminaçãodas barreiras físicas. Inclui também o apoiona promoção de projectos que visam amelhoria das condições de aprendizagem.É o caso do projecto de desenvolvimento deUnidades de Apoio à Multideficiência, aoqual as escolas se podem candidatar.

As modalidades de apoio podem assumirduas formas: apoio financeiro, em que ospróprios estabelecimentos de ensino podemadaptar a aquisição de materiais às caracte-rísticas da população utilizadora; ou apoioem materiais – mobiliário escolar específico,equipamento básico, software educativo oumaterial didáctico, procedendo o Municípioà sua aquisição directa.

Encontra-se a usufruir em pleno dosbenefícios deste projecto a EB1/JI da Portela,tendo recebido cerca de 3300 euros paraapetrechar a sua unidade de apoio à multi-deficiência com o material indispensável aodesenvolvimento das diversas actividades quepromove.

O Decreto-Lei 299/84, de 5 de Setembro,que regulamenta as competências autárquicasrelativamente ao transporte escolar, prevêapoio aos alunos com necessidades específicasde educação, integrados no sistema regularde ensino básico e secundário, residentes amais de três quilómetros do estabelecimentode ensino.

Rede Escolar

O princípio da Escola Inclusiva

to de normas técnicas para a eliminaçãode barreiras arquitectónicas e urbanísticas emlocais públicos ou de utilização pública, aCâmara de Loures tem vindo a intervir nosestabelecimentos de ensino, de forma a criaras adequadas condições físicas e ambientais,garantindo o cumprimento dos pressupostosinerentes ao princípio da Escola Inclusiva.

No que respeita às condições físicasdos edifícios, a grande maioria das escolas do

1.º Ciclo e jardins-de-infância do concelhode Loures possui condições de acesso ao edi-ao edi-ao edi-ao edi-ao edi-fíciofíciofíciofíciofício e dentro do edifíciodentro do edifíciodentro do edifíciodentro do edifíciodentro do edifício a pessoas commobilidade condicionada, tendo sido tambémexecutadas adaptações específicas em funçãodas necessidades identificadas, como podemosverificar através da infografia nesta página.

Apoiar o ensino especial

Transportes Escolares

Mais de 60 criançasabrangidas

O apoio em transporteescolar prestado pela Câ-mara concretiza-se de duasformas distintas: no casodos alunos que residem noconcelho de Loures mas queestudam fora, o apoio tra-duz-se num subsídio corres-pondente ao valor do passe.No presente ano lectivo,são 23 as crianças incluídasnesta modalidade. Contu-

do, a Autarquia apoia ainda neste regimemais seis alunos que se encontram a estudarem escolas dos 2.º e 3.º ciclos do concelho;quanto ao segundo caso, alunos que residemno concelho a mais de três quiló-metros doestabelecimento de ensino, reali-za-se otransporte em quatro viaturas da Câmara deLoures, duas das quais adaptadas aotransporte em cadeira de rodas. Actualmente,a Autarquia apoia 35 alunos portadores dedeficiência ou com algum tipo de inca-pacidade, caso de paralisia cerebral oumotora, trissomia 21, surdez, spina-bífida,osteomielite, entre outras patologias.

Escolas com condições de acesso, ao edifícioe dentro do edifício a pessoas com mobilidadecondicionada

Escolas com condições de acesso, ao edifícioe dentro do edifício, com adaptações específicasa pessoas com mobilidade condicionada

Escolas com barreiras arquitectónicasdentro do edifício

Escolas com barreiras arquitectónicasno acesso ao edifício

Escolas com barreiras arquitectónicasno acesso ao edifício e dentro do edifício

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Deficiência

Plano de Integração de Pessoas com Deficiência

Assegurar condiçõesde vida mais dignas

O anteprojecto do I.º Plano de Acção para a Integração de Pessoascom Deficiência ou Incapacidade (PAIPDI), recentemente objecto dediscussão pública, destina-se a vigorar nos próximos três anos, contem-plando áreas de intervenção e valências transversais que têm comoprioridade a integração social de pessoas portadoras de deficiência.

Uma vez que a promoção do bem-estar deste sector da sociedadenão é apenas uma responsabilidade do Governo mas de toda a comu-nidade, as autarquias locais têm igualmente diversas obrigações nesteâmbito, que passam sobretudo por garantir a educação a crianças ejovens, tendo em conta as características da sua deficiência, pela resoluçãode questões relacionadas com as acessibilidades ao meio edificado públicoe privado, e também pela sua adequação em termos de equipamento,de modo a poderem ser utilizados por pessoas com qualquer tipo deincapacidades.

O Governo prepara-se para lançar o Plano de Acçãopara a Integração de Pessoas com Deficiênciaou Incapacidade, um conjunto de medidasrelacionadas com a qualidade de vida dos cidadãosportadores de deficiência que estabeleceuma estratégia global para a sua reabilitação.

Embora sejam muitas as empresas ainda renitentes face à ideiade encaixar pessoas com necessidades especiais nos seus quadros, sãojá numerosas as que têm uma adequada política de emprego paraestas pessoas. Tê-las nos seus quadros pode representar uma mais--valia. Trabalham com mais empenho e em muitos casos são dotadasde capacidades mais elevadas do que as pessoas ditas “normais”.

Mas porque esta realidade ainda não é a regra, cabe ao Estadoa responsabilidade de criar mecanismos legais por forma a favorecera integração profissional no mercado de trabalho das pessoasportadoras de deficiência. Dirigindo-se em primeira instância à suaprópria estrutura, foi aprovado o Decreto-Lei n.º 29/2001, de 3 deFevereiro, que estabelece “o sistema de quotas de emprego parapessoas com deficiência, com um grau de incapacidade igual ousuperior a 60 por cento, nos serviços e organismos da administraçãocentral e local”. O diploma determina uma quota obrigatória decinco por cento nos concursos externos de ingresso na função públicaem que o número de lugares é igual ou superior a dez, devendo, nocaso dos concursos em que o número de lugares a preencher sejainferior a dez, ser definidas regras específicas.

Tendo em conta este decreto, a Câmara Municipal de Lourestem procurado enquadrar estes trabalhadores no seio da instituição.Ao todo, são 51 funcionários com deficiência superior a 60 porcento a desempenhar as mais variadas funções, desde assistentes eauxiliares administrativos, calceteiros, cantoneiros de limpeza,carregadores, electricistas, vigilantes, fiéis de armazém, encarregados,pintores, telefonistas, bem como técnicos profissionais, técnicos supe-riores, chefes de repartição ou médicos.

O Plano, constituído por três eixos – Acessibilidades e Informação;Educação, Qualificação e Emprego; Habilitar e Assegurar Condições deVida Dignas –, prevê, entre outras medidas: a aprovação do PlanoNacional para a promoção da acessibilidade com normas que definamo acesso aos espaços e recintos desportivos; implementação de protocoloscom transportadoras, visando reduções de tarifários a pessoas comdeficiência com grau superior a 80 por cento; acções de formação esensibilização com autarquias, profissionais de turismo e agentes decomunicação social; 400 estágios em empresas nacionais com 50 porcento de inserção no mercado de trabalho; contemplar, até 2009, ouniverso de 700 alunos invisuais ou com baixa visão com a oferta demanuais escolares e livros de leitura extensiva em formato digital;construção de 20 residências autónomas e criação de 550 novos lugaresem lares residenciais.

A obrigação de realizar uma política nacionalde prevenção, tratamento, reabilitação e integraçãodos cidadãos com deficiência é um dever do Estadoque se encontra consagrado no Artigo 71.º da Constituiçãoda República Portuguesa. No cumprimento da Lei,a Câmara Municipal de Loures tem nos seus quadroscerca de meia centena de funcionários com deficiênciasuperior a 60 por cento, numa demonstração de queo direito ao trabalho deve ser um valor universal.

Emprego

Trabalho: um direitorabalho: um direitouniversal

Sede do Departamento de Recursos Humanos da Câmara

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Competição ao mais alto nível

A Gesloures é palco, desde há alguns anos,de casos notáveis de integração. Podemostestemunhar esse sucesso através da sua equipade competição na área da natação adaptada,que inclui alguns dos melhores atletas nacionaise internacionais em diversos estilos.

Não é por acaso que os atletas daGesloures, reconhecidos pelas provas dadas,são regularmente seleccionados para repre-sentarem Portugal em diversas competiçõesinternacionais, como é o caso da Taça doMundo, a Taça da Europa ou até mesmoos Jogos Paralímpicos. Sempre ao mais altonível!

Natação Adaptada

Ainda no âmbito das actividades despor-tivas para pessoas portadoras de deficiência,a Gesloures promove anualmente, desde 2004,o Torneio de Natação Adaptada, iniciativadestinada a nadadores inscritos na FederaçãoPortuguesa de Desporto para Deficientes.Tendo em conta o êxito alcançado nas últimasduas edições da prova, onde foi batido umrecorde do mundo de Piscina Curta, bem como20 recordes nacionais, a Gesloures promove,no dia 1 de Maio, a primeira edição do TorneioInternacional Integrado de Natação, umacompetição de que a Loures Municipal daráconta na sua próxima edição. Segundo PedroCabeça, presidente da Gesloures, “trata-se deuma iniciativa inédita, pois o objectivo é juntar

na mesma prova nadadores dos clubes filiadosna Federação Portuguesa de Natação e naFederação Portuguesa de Desporto paraDeficientes”.

Terapia através da água

A Gesloures conta actualmente, integradosnas várias actividades disponibilizadas, com75 alunos portadores de deficiência. Umadessas actividades é a hidroterapia, terapiaatravés da água, destinada a recuperar utentescom problemas do foro neuromuscular,ortopédicos, traumatismos vértebro-medulares,entre outros, frequentada por 35 pessoas.

Rui Raposo, técnico da Gesloures e umdos professores que acompanham as aulas dehidroterapia, que se dividem entre as piscinasmunicipais de Loures e de Santo António dosCavaleiros, explica que lida diariamente comdiversas patologias, entre elas, traumatismoscrânio-encefálicos e vértebro-medulares. “Paraas pessoas com este tipo de problemas, aterapia dentro de água é de uma grandeajuda. A nível motor o desenvolvimento ésignificativo, pois permite-lhes, por exemplo,executar exercícios como a marcha. Além dissoé também um método de convívio, tornando--as muito mais sociáveis.”

Para Rui Raposo, as relações entre professore alunos, regra geral, tornam-se fortes eespeciais porque, “além de ser impossível ficarindiferente a cada caso, há alunos que estãocomigo há muitos anos. É um prazer enormever a situação em que aqui chegaram e as

É do conhecimento público que o desporto tem uma importância cada vezmais acentuada na saúde e bem-estar dos cidadãos. Mas quando falamosde pessoas portadoras de deficiência, a importância da prática de umaactividade desportiva é acrescida dos factores de reabilitação físicae inserção social. A Gesloures, empresa gestora das piscinas municipais,é um bom exemplo de como é possível a integração através do desporto.

Gesloures

Integrar pelo desporto

melhorias que hoje possuem. São evoluçõespequenas, graduais, mas muito significativas”,revela o professor.

Rita tem 19 anos e há dois foi-lhediagnosticada uma lesão vértebro-medular quelhe causou paraplegia. Foi através de outraspessoas que ficou a saber dos benefícios dahidroterapia e não hesitou. Há seis meses quepratica esta actividade e já nota grandesmelhorias. “É muito diferente fazer exercíciosdentro e fora de água. Aqui dentro consigoandar, coisa que não me é possível fazer nodia-a-dia. E os resultados são muito maisrápidos e expressivos do que se fizesse apenasfisioterapia.”

Valorizar a vida activa

A integração na vida activa é também umadas preocupações da Gesloures. Além de seruma empresa que contrata directamentepessoas portadoras de deficiência, conta aindacom a colaboração da CRINABEL – Coope-rativa de Ensino Especial e Reabilitação,através de um protocolo que tem como objec-tivo acolher e dar formação a estagiários comalgum tipo de incapacidade, o que temresultado, em certos casos, na integração doestagiário no quadro da empresa.

Actualmente, a Gesloures conta com osserviços de quatro pessoas portadoras dedeficiência, sendo que um dos trabalhadoresé técnico desportivo, enquanto que os restantesdesempenham funções administrativas eoperacionais.

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Deficiência

Museus municipais

O Museu da Cerâmica e o Museu daQuinta do Conventinho estão igualmente ape-trechados com meios e condições físicas parareceber pessoas com necessidades especiais.

Os dois espaços de cultura dispõem depassadeira ao longo do percurso, marcas plás-ticas estriadas para assinalar o ponto de iníciodo percurso e de paragem, áudio-guia (paracegos e normovisuais que não saibam ler), peçasque podem ser tacteadas, legendas em braille,fotos de peças em relevo de modo a apreenderpadrões decorativos, catálogos de exposiçõesem braille e impressoras em relevo, utilizadaspara fazer legendas de fotos.

Para além de tudo isto, os museus dispõemde filme sobre as diversas exposições que vãoestando patentes, sendo que as oficinas podemser utilizadas para actividades de acompa-nhamento. De salientar que, no Museu daCerâmica, o Forno 18 tem uma pequena des-crição em braille.

Embora as novas infra-estruturas sejam já projectadas a pensarnos portadores de deficiência, existem ainda muitas outras que,dada a antiguidade ou localização, não permitem a desejada adaptação.Para colmatar esta lacuna, a Câmara tem tentado adequaros seus equipamentos com estruturas e meios adequados.

Biblioteca José Saramago

A Biblioteca Municipal José Saramago éum dos melhores exemplos de espaços públicosprojectados a pensar nas pessoas portadorasde deficiência.

Tudo começa na recepção, com a plantada biblioteca em braille, prosseguindo noselevadores com a indicação dos pisos tambémem braille, de forma a facilitar o acesso. Esteespaço está equipado com dois computadorescom software Supernova, que têm como funçãoser ampliador de ecrã e sintetizador de voz;um terminal, ou linha Braille, modelo ALVAbraille; o programa Recognita que, atravésdo scanner, tem a função de converter, emformato digital, o texto impresso; um amplia-dor de documentos modelo CCTV; uma im-pressora braille que, em vez da impressãotradicional a negro, provoca, por impacto numpapel especial para este fim, pequenas sa-liências que formam os caracteres do alfabetobraille; disponibiliza ainda um fundo do-cumental sobre assuntos diversos em supor-tes especiais: livros em braille e áudio-livros.

Espaço Internet e GAJ

Relativamente aos espaços criados a pensarnos jovens, a Câmara tentou dotá-los dascondições físicas necessárias para facilitar oacesso e a mobilidade interior. Refira-se queo Espaço Internet de Camarate é de todoso melhor exemplo de equipamento pensadona inclusão de pessoas portadoras de defi-ciência, nomeadamente invisuais.

Equipado com computadores com acessogratuito à internet, tanto para normovisuaiscomo para invisuais e amblíopes, dispõe aindade acesso, estacionamento e instalaçõessanitárias para deficientes motores. Refira-seque este equipamento, a nível da inclusãosocial, tem uma procura significativa – devidoao contexto social desfavorecido – que pro-porciona o acesso às novas tecnologias deinformação.

No que diz respeito aos GAJ, muitos delespossuem acessos e instalações sanitáriasadaptadas a pessoas portadoras de deficiência.É o caso dos GAJ de Santo António dos Cava-leiros, Sacavém e Frielas.

Contudo, e devido a factores externoscomo a antiguidade ou a tipologia dos edifícios

Equipamentos

Adaptarespaços

e meios

onde foram implantados os GAJ de Moscavide,Loures, São João da Talha e São Julião doTojal, ainda não foi possível a sua totaladaptação a pessoas portadoras de deficiência.

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Quando entrámos no picadeiro, a sessãode equitação terapêutica já tinha começado.No interior, encontrámos Dudu, um meninode oito anos que, acompanhado pela fisio-terapeuta, Carla Nunes, e pela terapeutaocupacional, Teresa Abreu, desfrutava de maisuma aula de hipoterapia, tratamento que contacom a especial colaboração de um equídeo,cujo passo se assemelha aos padrões do mo-vimento humano, alterados em crianças comproblemas motores.

“O Dudu nasceu prematuramente, com25 semanas. Como sofreu uma hemorragia,acabou por lhe ser diagnosticada uma paralisiacerebral”, revelou a mãe, Paula Marto.

O projecto de hipoterapia desenvolvidopela CREACIL – Cooperativa de Reabilitação,Educação e Animação para a ComunidadeIntegrada de Loures, destina-se a criançasportadoras de deficiência que frequentem asescolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do con-celho. Por seu lado, a Câmara de Loures apoiaa iniciativa através da concessão de transportepara os 18 alunos. “A ajuda da Autarquia éfundamental, pois a associação não tem meiospara obter transporte próprio e era a únicaforma de juntar todas estas crianças”, subli-nhou Teresa Abreu.

Paula Marto exerce voluntariado naCREACIL, e por isso nem hesitou, quando apre-sentaram o projecto, em dar esta oportunidadeao filho. “Todos nós já lemos ou ouvimos queos animais ajudam à reabilitação destascrianças, e de facto tem sido muito positivopara o Dudu, que já cá está desde o início.”

O Centro Hípicode Pinheiro de Louresé frequentado,há cerca de quatro anos,por utentesmuito especiais.São 18 as criançasportadoras de deficiênciaque encontram no cavaloo melhor meiode lhes proporcionardiferentes estímulos,novas percepçõese outras vivências.

Hipoterapia

O cavalo comoverdadeiro terapeuta

São inúmeras as patologias que podembeneficiar com esta prática: trissomia 21, para-lisia cerebral, autismo, atraso no desenvol-vimento neuropsicomotor, dificuldades deatenção e de aprendizagem, desordens emo-cionais, entre outras disfunções. De acordocom Carla Nunes, “esta técnica de reabilitaçãotem benefícios a nível motor, pois melhora oequilíbrio, a postura, o controlo dos movi-mentos, e aumenta a força muscular; a nívelsocial, permite o contacto com outras pessoasou o reforço de comportamentos adequadoscomo, por exemplo, cumprimentar quandochega e dizer adeus quando vai embora; e anível cognitivo, pois é visível o bem-estar,a alegria e o prazer que sentem em cima docavalo”. Melhorias que são corroboradas porTeresa Abreu, acrescentando que “com a ajudado animal, estas crianças desbloqueiam mui-tos medos e inibições, reforçando a auto--estima, a confiança e autonomia”.

Paula Marto não esconde o contentamentopelo facto de Dudu apresentar uma boaevolução dia após dia: “Este tratamento é fan-tástico, porque ele não se sentava muito direitoe hoje já apresenta uma postura mais firme.Além disso já está receptivo a certos pedidosque as terapeutas lhe fazem. Mas o mais im-portante é saber que se trata de uma actividadesem dor e que lhe dá imenso prazer.”

Apesar de ser uma terapia fora do alcancede muitas famílias – 50 euros por mês –, jáque não beneficia de comparticipação doEstado, a mãe de Dudu revela que “é com-pensador, porque os resultados são visíveis e o

meu filho adora. São apenas dois dias porsemana, mas que proporcionam ao Dudu muitaalegria. Ele dá sinais em casa de que sabepara onde vem e, mesmo quando está comsono e não quer saber de mais nada, bastadizer que é dia de cavalos que a sua ansiedadee satisfação são enormes”.

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Deficiência

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No concelho de Loures, são várias já asfreguesias com crianças abrangidas por sessõesgratuitas de hidroterapia, resultado da parce-ria entre a CERCI Lisboa (Cooperativa para aEducação e Reabilitação de Crianças Ina-daptadas), a Câmara Municipal e a Gesloures,que cede as instalações para a actividade.

De início, o projecto envolvia apenas cercade 15 crianças de quatro escolas do 1.º Ciclo.Em 2004/2005, eram já seis as escolas incluídase 33 as crianças a usufruírem daquela terapia.No presente ano lectivo, são oito as escolasenvolvidas e 57 as crianças beneficiadas pelassessões de hidroterapia nas piscinas municipaisde Loures e de Santo António dos Cavaleiros.O investimento da Câmara de Loures incluicustos de transporte e utilização das piscinas,estimando-se que ronde os 25 mil euros.

Sónia Coelho, especialista em reabilitaçãopsicomotora, revela que os seus alunos “melho-raram bastante, tanto ao nível da auto-estima,como a vários outros níveis de vida, onde senotam progressos no desempenho de certastarefas e no rendimento de cada um.”

Segundo a professora, trata-se de uma

junto, leva a uma maior sociabilização”,concluiu a professora.

Alguns dos benefícios deste método detratamento são a diminuição da dor, a melho-ria dos movimentos, o fortalecimento dos mús-culos, o relaxamento, a produção de bem-estare o aumento da confiança e da auto-estima.É o caso da Núria, de seis anos, uma criançainibida e pouco comunicativa. “Foi na escolaque me chamaram a atenção para o facto de aNúria precisar de uma actividade que a envol-vesse mais com os colegas e a tornasse maisfaladora”, afirma a mãe, Sónia Oliveira.

Através da terapia na água, a Núria tem--se tornado mais comunicativa, factor que senota na relação que estabelece, quer com amãe, quer com outras pessoas: “As melhoriassão visíveis. Antes ela era capaz de ficar o diatodo sentada a um canto. Agora não! A Núriaexpressa-se mais e está muito mais sociável.”

Desde o ano lectivo 2003/2004que a Câmara de Louresdesenvolve um projectode hidroterapia para criançasportadoras de deficiência,possibilitando-lheso acesso às piscinas municipais.Uma actividade de sucessoque não pára de crescer.

Hidroterapia

Água ajuda crianças com necessidades especiaisterapia “bastante positiva para estas criançasporque é feita num meio muito lúdico e diver-tido, como é o aquático. Elas acabam portrabalhar terapeuticamente a componente psi-cológica e motora, mas sem se aperceberem”.

Sónia Coelho afirma que o início destaactividade, para algumas crianças, nem sempreé fácil: “Algumas têm muitos receios e estãomuito defensivas. Não querem entrar na pisci-na, nem molhar a cara… mas depois, começama gostar e até têm uma boa adaptação, o queé meio caminho andado para conseguirmosfazer um trabalho eficaz.”

É impossível não criar laços de afecti-vidade. “É verdade que são muitas crianças, eque não conseguimos estar o tempo quegostaríamos com cada uma delas mas, mesmoassim, estreitam-se relações fortes. O apoioindividual é benéfico, mas a vertente lúdicadesta terapia, em que todos brincam em con-

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Como surgiu a CREACIL?Através da necessidade sentida pelos pais

e docentes da equipa de Educação Especialde Loures em responder aos problemas dascrianças com deficiência. Era preciso promo-ver a inclusão familiar, social e escolar.

Reunimo-nos pela primeira vez em 1990,nos Bombeiros de Loures, e a partir daí nuncamais parámos. Em 1991, fizemos os nossosestatutos, e foi então que a CREACIL se cons-tituiu numa cooperativa de educação especial.

Quantas crianças apoiam?Apoiamos cerca de 140 crianças e jovens.

O corpo técnico é constituído por duas tera-peutas da fala, uma fisioterapeuta, umaterapeuta ocupacional e quatro auxiliarespedagógicas de educação especial.

Que tipo de actividades promovem?Há 12 anos que desenvolvemos um

projecto técnico-pedagógico, em que nosdeslocamos aos jardins-de-infância e às es-colas do 1.º e 2.º ciclos para prestar apoioterapêutico. Além disso, promovemos diversasactividades de cultura e lazer, encontros depais, workshops, entre outros. Fazemos parteda Unidade de Desenvolvimento e Interven-ção Precoce de Loures e dinamizamos aindasessões de hipoterapia.

Quais as maiores dificuldadescom que se deparam?

São principalmente de nível financeiro.Os apoios que nos possam dar são semprebem-vindos, como foi o caso dos 20 mil eurosdoados pela Câmara de Loures.

O nosso sonho passa por construir a futurasede, que funcionará como Centro de Activi-dades de Apoio Ocupacional e Actividadesde Tempos Livres, para jovens com mais de16 anos, pois a partir desta idade eles ficamem casa sem saber o que fazer e é importanteque estejam ocupados. Se tudo correr bem, asua construção terá início em 2007 e teráuma duração de três anos.

Cerca de centena e meia de pessoas jun-taram-se, em Loures, no dia 25 de Março, noRefeitório Municipal, para um jantar de an-gariação de fundos para a CREACIL. O objecti-vo era ajudar à construção da futura sede eCentro de Actividades de Apoio Ocupacionale Actividades de Tempos Livres, equipamentodestinado a jovens com mais de 16 anos por-tadores de deficiência.

Como prova da importância da realizaçãode actividades lúdicas para este público tãoespecial, a Casa da Cultura de Sacavém foi,no dia 21 de Março, palco de uma festa prota-gonizada pelo Grupo de Teatro da CERCILisboa – Cooperativa para a Educação e Rea-bilitação de Crianças Inadaptadas.

Organizado pela Escola do 1.º Ciclo doEnsino Básico n.º 3 de Sacavém com o apoio

Georgina DuarteMembro daDirecçãoda CREACIL

“Os apoios sãosempre bem-vindos”

O projecto, aprovado pela SegurançaSocial, aguarda agora apoios financeiros porparte do PIDDAC – Programa de Investimen-tos e Despesas de Desenvolvimento da Admi-nistração Central – para se proceder aolançamento do concurso para adjudicaçãoda empreitada.

O jantar, abrilhantado com sessão defados, contou ainda com a presença de CarlosTeixeira, Presidente da Câmara de Loures, edo Vereador dos Assuntos Associais, AntónioPereira.

CREACIL

Fado solidário

Casa da Cultura de Sacavém

Respeitar diferençasdo Gabinete de Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE) da Câmara de Loures, oevento teve como objectivo comemorar o DiaInternacional da Pessoa com Deficiência.

Cerca de três centenas de crianças das es-colas básicas n.º 3 e Bartolomeu Dias, de Sa-cavém, assistiram à peça que evocou as artescircenses, tendo 19 alunos da CERCI comoactores.

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«Loures Municipal 35

Deficiência

Tendo em vista a promoção da qualida-de de vida das pessoas com deficiência, aCâmara Municipal de Loures, através doGabinete de Saúde, está a desenvolver umprojecto com o objectivo de facilitar o acessoda população e das instituições a informaçõese apoios na área da deficiência, promovendoainda a articulação entre instituições dosconcelhos de Loures e de Lisboa.

É o caso do Centro de Informação eEncaminhamento na Área da Deficiência, ao

Sabia que...

Pode beneficiar da isenção do ImpostoAutomóvel:

A pessoa com deficiência motora civil oudas Forças Armadas, maior de 18 anos, comum grau de incapacidade igual ou superiora 60 por cento?

A pessoa com uma multideficiência profundae a pessoa com deficiência motora com umgrau de incapacidade igual ou superior a90 por cento, independentemente da suaidade?

A pessoa com deficiência visual, com um graude incapacidade igual ou superior a 95 porcento, independentemente da sua idade?

Para obter lugares de estacionamento juntoda sua habitação ou do seu local de trabalho,deve dirigir-se à Câmara Municipal da sualocalidade?

Se encontrar um lugar reservado a pessoascom deficiência ocupado por uma viatura quenele se encontre indevidamente, a lei permitea possibilidade de remoção?

Se utilizar cadeira de rodas e quiser viajar detáxi não é obrigado a efectuar qualquer tipode pagamento pelo transporte da cadeira?

Aos passageiros com deficiência visual nãopode ser recusado o transporte de táxi docão-guia, não implicando qualquer custosuplementar?

O estatuto de cão-guia deve ser certificadopor cartão próprio e um distintivo, passadospor estabelecimento idóneo que ateste oadestramento do animal?

Se possuir um grau de deficiência igual ousuperior a 60 por cento, pode usufruir,na compra de habitação, de empréstimos nasmesmas condições dos trabalhadoresdas instituições de crédito nacionalizadas?

Centro de Informação e Encaminhamento

Esclarecer dúvidas na área da deficiência

Instituições de apoio a portadores de deficiência no concelho

A Unidade de Desenvolvimento e Inter-venção Precoce de Loures (UDIP) surgiu em1997, com o objectivo de responder às neces-sidades das famílias com crianças até aos seisanos de idade que apresentem alterações ourisco no seu desenvolvimento.

Sedeada no Centro de Saúde de Loures, aUDIP conta com uma equipa de avaliação//intervenção local, multidisciplinar, constituí-da por enfermeiras, educadoras, psicólogas,terapeutas e técnicas de serviço social, prove-nientes de diferentes instituições e serviços deLoures.

A equipa conta ainda com a colaboraçãode outras instituições, entre elas a Câmara deLoures, a CREACIL – Cooperativa de Reabili-tação, Educação e Animação para a Comu-nidade Integrada do Concelho de Loures, oCentro de Reabilitação de Paralisia CerebralCalouste Gulbenkian, o Hospital de SantaMaria e ainda instituições privadas de solida-riedade social que prestam apoio educativo e

UDIP

Avaliar, acompanhare encaminhar

acompanhamento terapêutico em creches ejardins-de-infância, apoio domiciliário, acom-panhamento sociofamiliar, fazendo aindauma avaliação periódica do desenvolvimentoda criança e das necessidades da família.

Pode contactar a UDIP no Centro de Saúdede Loures, através do seu médico de família,das creches e jardins-de-infância, ou do tele-fone 21 982 51 00.

qual podem aceder pessoas portadoras dedeficiência e suas famílias ou técnicos quelidem com os diversos tipos de incapacidade.Aqui poderá obter informações acerca deserviços e instituições que trabalhem nestaárea, inclusive a nível nacional, esclarecerdúvidas sobre os apoios e ser encaminhadopara especialistas.

Para mais informações, basta contactaro Gabinete de Saúde da Câmara de Louresatravés do número 21 984 91 56.

CREACIL – Cooperativa de ReabilitaCREACIL – Cooperativa de ReabilitaCREACIL – Cooperativa de ReabilitaCREACIL – Cooperativa de ReabilitaCREACIL – Cooperativa de Reabilitaççççção,ão,ão,ão,ão,Educação e Animação para a Comuni-Educação e Animação para a Comuni-Educação e Animação para a Comuni-Educação e Animação para a Comuni-Educação e Animação para a Comuni-dade Integrada do Concelho de Louresdade Integrada do Concelho de Louresdade Integrada do Concelho de Louresdade Integrada do Concelho de Louresdade Integrada do Concelho de LouresAvenida António Galvão de Andrade,lote 36-D,2660-222 Santo António dos CavaleirosTelefone/Fax: 21 989 10 92Telemóvel: 96 254 05 26

Unidade de Desenvolvimento e IntervençãoUnidade de Desenvolvimento e IntervençãoUnidade de Desenvolvimento e IntervençãoUnidade de Desenvolvimento e IntervençãoUnidade de Desenvolvimento e IntervençãoPrecocePrecocePrecocePrecocePrecoceRua Angra do Heroísmo –– Mealhada2670-480 LouresTelefone: 21 982 51 00

Centro de Saúde de SacavémCentro de Saúde de SacavémCentro de Saúde de SacavémCentro de Saúde de SacavémCentro de Saúde de SacavémExtensão de MoscavideExtensão de MoscavideExtensão de MoscavideExtensão de MoscavideExtensão de MoscavideRua Dr. João Gomes Patacão, n.º 22, 2.ºTelefone: 21 944 08 81

Associação de Surdos de LouresAssociação de Surdos de LouresAssociação de Surdos de LouresAssociação de Surdos de LouresAssociação de Surdos de LouresRua Combatentes 9 de Abril, Lote A, 3.º Esq.2675 – Odivelas

CANTIC – CeCANTIC – CeCANTIC – CeCANTIC – CeCANTIC – Centro de Avaliação em Novntro de Avaliação em Novntro de Avaliação em Novntro de Avaliação em Novntro de Avaliação em NovasasasasasTeTeTeTeTecnologias da Informação e Comunica-cnologias da Informação e Comunica-cnologias da Informação e Comunica-cnologias da Informação e Comunica-cnologias da Informação e Comunica-çãoçãoçãoçãoção – Escola Secundária de Sacavém – Escola Secundária de Sacavém – Escola Secundária de Sacavém – Escola Secundária de Sacavém – Escola Secundária de SacavémQuinta do Património2685-011 SacavémTelefone: 21 949 98 09/21 940 54 18Fax: 21 940 50 26

Lista completa de entidades a nível nacional em www.cm-loures.pt

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Pessoas e Lugares

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Germano Marques da Silva

“Já no século XIX se falavaem crise da Justiça”

De São Pedro da Covaa Lisboa

Embora resida em Loures há muitosanos, é natural de uma pequenaaldeia. Conte-nos um pouco do seupercurso antes de chegar à capital...

Sou natural de São Pedro da Cova, filhode um mineiro. Quando terminei a escolaprimária fui trabalhar para Gondomar comoourives, profissão que deixei quando fui estudarpara o liceu. Durante esse período tambémdei explicações, principalmente de Matemática.Terminado o liceu, vim estudar Direito paraLisboa e acabei por leccionar nesta área.

Como surgiu a opção pelo Direito?Sempre fui muito dinâmico e, na empresa

de ourivesaria onde trabalhei, sugeriram queprosseguisse os estudos em Economia. Umavez que na altura os economistas exerciamfunções de contabilista e eu queria umaprofissão que não tivesse patrões, o Direitopareceu-me a opção adequada.

Além disso, desenvolvi o gosto pelo dis-curso, pois estava envolvido em associaçõesque promoviam iniciativas culturais. Portanto,foi todo um conjunto de factores que meinfluenciou.

Vir estudar para Lisboafoi uma aventura...

Obviamente que tirar um curso com apenas“um conto de réis no bolso”, apesar de ter já19 anos, era uma aventura. Eu gozava debolsas de estudo da Fundação Gulbenkian eda Fundação Rotária Portuguesa, mas nãochegavam para viver em Lisboa. Por isso, assimque cheguei, montei uma sala de explicações,onde ensinava Matemática para ganhardinheiro.

Terminou a licenciatura em Direitoem plena crise académica de 69.Como viveu esse período conturbado?

É quase indescritível. Era o período dasmanifestações em frente à Reitoria. Uma vezque estudava e trabalhava, não tinha tem-po para as manifestações, mas ainda parti-cipei.

Porém, senti o peso do movimento acadé-mico com mais intensidade no ano seguinte,pois fui convidado para assistente no InstitutoSuperior de Ciências Económicas e Financeiras,e era difícil ser um jovem assistente numperíodo de convulsão, embora nunca tivesseproblemas.

“Sou um verdadeiroapaixonado pelo ensino”

Começou a dar aulas muito cedo.Que relevância teve a experiênciacomo professor de Matemática nodesenrolar da carreira como docente?

O facto de exercer esta actividade desdemuito novo acaba por viciar. Desde logo sentiuma vocação para o ensino e, depois de serconvidado para assistente na Faculdade,dediquei a minha vida a esta actividade. Souum verdadeiro apaixonado pelo ensino.

Em 1971 foi leccionar para a Faculdadede Direito de Lisboa, tendo pedidoa exoneração em 1975. Que motivoso levaram a fazer este pedido?

Em 1975, o País ainda vivia em clima derevolução e os professores da Faculdade foramsaneados. Os restantes docentes reuniram-se

“A criseacadémicade 69 foiindescritível”

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Natural de São Pedro da Cova, Gondomar, há mais de 30 anos que Germano Marques da Silvafez de Loures a sua casa. Desde cedo se destacou no âmbito do Direito e no meio académico,sendo um dos mais ilustres docentes nesta área. Actualmente, além de professor na Faculdadede Direito da Universidade Católica, é Presidente do Gabinete de Estudos da Ordemdos Advogados. Em entrevista à Loures Municipal, o professor catedrático desvendaum pouco da sua vida e da sua brilhante carreira.

e deliberámos pedir exoneração enquanto nãofossem explicados os saneamentos. Foi um mo-vimento colectivo, todos assinámos o pedidode exoneração, que não nos foi dado.

Também foi um dos fundadoresda Faculdade de Direitoda Universidade Católica...

Na época, a Universidade Católica eramuito pequena e leccionava apenas Teolo-gia e Filosofia e, em 1972, nasceu a Faculdadede Ciências Humanas com o primeiro curso deGestão de Empresas, onde ensinei Direitodo Trabalho.

Depois do 25 de Abril, o então Ministroda Educação, Sottomayor Cardia, desafiou--nos a criar uma Faculdade de Direito emLisboa e no Porto, a qual, pelos princípiosbásicos da concorrência, levaria as já existentesem Lisboa e em Coimbra a melhorar. Nessaaltura, assumi funções de Director da Faculda-de, devido ao saneamento dos professores maisantigos.

“Hoje, as pessoas reclamammais os seus direitos”

Tendo em conta as grandes alteraçõesdepois do 25 de Abril, como caracterizao Direito no nosso país antes e depoisda revolução?

As transformações foram profundíssimas.Em 1970, a sociedade estava a despontar, aeconomia a animar e nos anos 80 Portugaladere à União Europeia, que é uma fonteinesgotável de normas. Antes, um licenciadosaía da faculdade convencido que estava pre-parado para tudo. Hoje esta ideia é impen-sável. Por exemplo, na época havia três ramos

do Direito. Hoje os ramos do Direito multi-plicaram-se, sendo necessário optar pelo ramoem que se vai trabalhar.

Hoje em dia, muitas pessoasmanifestam-se contra o estado daJustiça em Portugal. Em traços gerais,como avalia a Justiça portuguesa?

A Justiça está mal, mas não sou tão pes-simista, pois já no século XIX se falava em “criseda Justiça”. Antigamente, os processos tambémdemoravam muito tempo mas a vida era maislenta, não havia tanta pressa. Hoje, as pessoasreclamam mais os seus direitos, o acesso aoDireito foi facilitado, e as próprias regras mo-rais enfraqueceram à medida que a sociedadese liberalizou. Tudo isto conduziu ao aumentode processos em tribunal, e o número de juízese magistrados não aumentou na mesmaproporção. Por outro lado, os juízes tambémpassaram a reivindicar os seus direitos.

Que implicações pensa que poderáter a mediatização de processos –– como o da Casa Pia – para a Justiça?

A mediatização pode ser má para a Justiça,porque a comunicação social pode exercer umapressão que leva o público a formular ideiase, muitas vezes, quando há uma absolviçãono julgamento, as pessoas sentem-se frus-tradas, porque fizeram juízos à base do senti-mento. Os juízes devem resistir a esta pressão,mas isto é em teoria, porque o subconscientetambém influencia as decisões.

Por outro lado, não há democracia semliberdade de imprensa. É preciso uma imprensaforte e livre para alertar, caso contrário certosprocessos não eram conhecidos. Penso queainda não encontrámos o justo equilíbrio ehá muito trabalho a fazer nesse sentido.

Sendo especialista na matéria,como pensa que está a ser conduzidoo processo do combate à fraudee evasão fiscal?

Eu sou autor material da Lei do RegimeGeral das Infracções Tributárias. A lei tem cincoanos e penso que tem sido um sucesso. É aprimeira vez que temos uma legislação siste-

matizada, e em que se criaram mecanismosde coordenação entre a Polícia Judiciária e aadministração fiscal. As pessoas também têmmais sentido de culpa e de censura social.

Crimes fiscais vão existir sempre, mas afraude generalizada tem tendência paraacabar.

Como vê o futuro do Direitona sociedade portuguesae no desenvolvimento do País?

Julgo que temos de fazer uma mo-dernização, no sentido de não viver separadosdos outros países. O processo de Bolonha estáaí e impulsiona este intercâmbio, pelo que énecessário trabalhar mais para competir comos outros, pois apesar das capacidades quetemos, falta-nos ritmo.

Não tendo qualquer ligação familiara Loures, porque escolheu viverno concelho?

Quando vim estudar para Lisboa, fui viverpara Odivelas, sem motivo aparente. Mais tar-de, comecei a visitar Loures, onde fui fazendoamizades. Quase sem dar por isso, comecei aprocurar casa em Loures, mas só ao fim de unsanos é que encontrei uma casa que gostasse.Estava quase a cair, mas reconstruí-a e já lávivo há mais de 30 anos. Agora tenho aqui omeu núcleo de amigos e considero Loures aminha terra. Prova disso é o facto de me terenvolvido no trabalho de várias entidades,como os Bombeiros Voluntários e a CaixaAgrícola, das quais sou Presidente da Assem-bleia–Geral, ou a Associação Luís Pereira daMota, onde já ocupei esse cargo.

“Não hádemocraciasem liberdadede imprensa”

“A fraudegeneralizadatem tendênciapara acabar”

Entrevista completa em www.cm-loures.pt

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Colectividades

» Loures Municipal38

Sedeada em Santa Iria de Azóia, a Sociedade Recreativa e Musical1.º de Agosto Santa Iriense é uma das mais antigas colectividadesdo concelho. Com 113 anos de existência, tem contribuídode forma significativa, ao longo dos tempos, para a dinamizaçãosocial e cultural da freguesia. A Loures Municipal foi conhecermelhor a colectividade centenária que tem cativado cada vezmais a população de Santa Iria.

Sociedade Recreativa eMusical 1.º de Agosto

Santa IrienseA 1 de Agosto de 1893 nascia, fruto do

desejo de algumas dezenas de pessoas, o Gré-mio Recreativo e Musical 1.º de Agosto SantaIriense, com o intuito de funcionar comoinstituição de instrução e recreio. Mais de umséculo depois, a colectividade cresceu, mudoude nome, permanecendo no entanto o espíritoempreendedor dos seus fundadores.

Actualmente, a Sociedade Recreativa eMusical 1.º de Agosto Santa Iriense conta commais de dois mil sócios e uma panóplia diver-sificada de actividades recreativas, culturais edesportivas.

Marcando, desde a fundação, a vidacultural local, a colectividade iniciou a sua

acção no campo musical com a formação deuma fanfarra, graças à oferta dos primeirosinstrumentos por feita Tomaz Reynolds.

Durante a II Guerra Mundial, a sociedadeadquiriu um aparelho de rádio, que atraía apopulação sedenta de informações sobre oconflito. Também a televisão e o cinema, novi-dades na época, atraíam os habitantes dafreguesia à colectividade que, em 1939, fixousede no largo que tem o seu nome.

Com a inauguração oficial das novas ins-talações a 23 de Dezembro de 1945, as décadasde 50 e 60 foram marcadas pela presença deartistas consagrados, como Artur Garcia,António Calvário ou Simone de Oliveira, entreoutros.

O trabalho desenvolvido ao longo dos anosvaleu-lhe distinções importantes, tendo rece-bido, em 1993, a Medalha de Mérito Associa-tivo pela Federação das Colectividades deCultura e Recreio, a Medalha de Ouro do Con-celho, pela Câmara Municipal de Loures, e,pela Presidência da República, o título deMembro Honorário da Ordem de Mérito.

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«Loures Municipal

Entrevista

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Metas para umfuturo próximo

Sociedade Recreativa e Musical1.º de Agosto Santa Iriense

Largo da Sociedade 1.º Agosto, n.º 4Santa Iria de AzóiaTel./Fax: 219 591 989E-mail: [email protected]

PresidenteCristina Torres

Vice-PresidenteCarlos Costa

TesoureiraIsabel Torres

Vice-TesoureiroEstêvão Gomes

SecretáriaSandra Sousa

Segundo SecretárioAntónio Costa

VogaisAntónio GaudêncioJosé MorenoMurad Ali HajiJoão Pedro Sousa

“Conseguimos dinamizara vida cultural da freguesia”

Cristina TorresPresidente da Sociedade Recreativa e

Musical 1.º de Agosto Santa Iriense

Que actividades desenvolvea colectividade actualmente?

No campo cultural e recreativo, temosgrupo coral, rancho folclórico, grupo de mar-chantes, escola de música e orquestra ligeiraem fase de desenvolvimento. Recentemente,retomámos a actividade teatral, depois de mui-tos jovens terem respondido ao repto lançadopela colectividade, estando também a formar--se um grupo de fadistas.

No que ao desporto diz respeito, existemas classes de ginástica sénior, ginástica infantil,aeróbica, ginástica de manutenção, e ainda oscentros de formação de judo e de karaté.

Para além deste tipo de actividades,que outras valências oferecemaos sócios?

A Sociedade 1.º de Agosto dispõe de postomédico, a funcionar há muitos anos, e farmá-cia, que vende medicamentos não sujeitos areceita médica. Temos ainda a sala de espec-táculos, a biblioteca Alves Redol, bar, que fun-ciona como ponto de encontro e espaço deconvívio entre os sócios, mesas de snooker euma sala destinada à prática de ténis-de-mesa.

A Sociedade 1.º de Agosto contacom um número elevado de associados,entre os quais muitos jovens.Como conseguem mobilizar estafaixa etária da população,alvo de tantas solicitações?

Actualmente temos mais de dois mil sócios.Normalmente divulgamos as actividades atra-vés de cartazes e folhetos. Quando se trata deactividades dirigidas a um público mais espe-cífico, procuramos ir ao encontro do mesmo.Por exemplo, se queremos desenvolver umaactividade com crianças e jovens, vamos divul-gá-la às várias escolas.

O elevado número de jovens que temos noteatro, na escola de música ou no rancho éprova de que eles não se interessam somentepela televisão e pelos computadores. Se existiruma oferta de actividades diferentes, eles

também as procuram e integram, sempre comuma disponibilidade tremenda.

Como vê o papel da colectividadena freguesia?

Penso que temos um papel muito impor-tante, quer a nível cultural, quer social, atépelo número de pessoas que movimentamos.Por um lado, e apesar das muitas solicitações,não existe na proximidade um espaço ondeseja possível assistir a espectáculos. Nesseaspecto, penso que conseguimos dinamizar avida cultural da freguesia. A componente socialtambém é importante, uma vez que aqui aspessoas convivem e trocam ideias.

Esta é uma freguesia muito rica no que tocaa colectividades, embora não exista intercâmbioentre as mesmas, o que seria muito interessante.

Quais as principais dificuldadesque têm encontrado e como têmconseguido ultrapassá-las?

Uma das grandes necessidades sentidas nacolectividades é a divulgação das actividadesentre a população e nos meios de comunicaçãosocial locais, pois embora estes se interessempelo trabalho que desenvolvemos, por vezesnão temos massa humana suficiente para esta-belecer esse contacto.

Além disso, é necessário proceder à repara-ção do tecto, que apresenta grandes fissuras,e renovar as instalações que, na época, foramconstruídas para um número mais reduzido deassociados.

Obviamente, para além do nosso trabalho,os apoios da Câmara Municipal de Loures eda Junta de Freguesia de Santa Iria têm sidomuito importantes.

Conte-nos os principais projectosda Sociedade 1.º de Agostopara o futuro...

Acima de tudo, queremos manter e me-lhorar a actividade que já desenvolvemos, bemcomo apostar em novas formas de divulgação,por exemplo através da Internet.

Criar site na Internet com informaçãoda colectividade;

Efectuar obras nas instalações;

Manter o ritmo das actividades.

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» Loures Municipal40

Desporto

O futebol voltou a estar em destaque de25 a 28 de Fevereiro, com a realização doXIV Torneio Internacional de Futebol Infantilda Ponte de Frielas. Organizado pela UniãoDesportiva da Ponte de Frielas (UDPF) como apoio da Câmara Municipal de Loures edas juntas de freguesia de Frielas e de SantoAntónio dos Cavaleiros, o evento novamentereuniu equipas de futebol infantil de grandesclubes nacionais e internacionais, entre osquais Sporting, Benfica, F. C. Porto, Bele-nenses, Boavista, Sporting de Braga, RealSociedad e equipa da casa, UDPF.

No dia 27 de Fevereiro, o Presidente daCâmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira,recebeu, no salão nobre dos Paços doConcelho, jogadores e equipas técnicas dosclubes participantes na prova, tendo ma-nifestado a disponibilidade da Autarquia“para continuar a apoiar este torneio e paratrabalhar no sentido de melhorar as con-dições do campo da UDPF”.

Em termos desportivos, e depois de umafase inicial muito competitiva, no dia 28 deFevereiro disputou-se a grande final, em queo F. C. do Porto pela primeira vez se sagrou

XIV Torneio de Futebol Infantilda Ponte de Frielas

Dragõesvencedores

O F. C. Porto venceu, pela primeiravez, o Torneio Internacionalde Futebol Infantil da Pontede Frielas, mostrando a suasuperioridade ao bater o Sportingpor 4-1 na final. Oceano Cruz,antigo internacional português,foi o patrono da 14.ª ediçãoda prova.

campeão do torneio, ao derrotar o Sportingpor quatro bolas a uma.

Oceano Cruz, ex-futebolista do Sportinge da Real Sociedad, homenageado neste XIVTorneio, assistiu atento aos vários jogos, tendoaproveitado a oportunidade para felicitar aUDPF “pelo trabalho desenvolvido com os jo-vens”.

Para a entrega dos prémios estiverampresentes o Presidente da Câmara Municipalde Loures, Carlos Teixeira, os vereadoresRicardo Leão e João Pedro Domingues, ospresidentes das juntas de freguesia de Frielase de Santo António dos Cavaleiros, ÁlvaroCunha e Glória Simões, respectivamente, oPresidente e o Vice-Presidente da UDPF, JoãoSequeira e José Carlos de Almeida, o Presidenteda delegação de Lisboa do F. C. Porto, ÁlvaroMonteiro, o ex-futebolista Nené, o jornalistaAntónio Martins, e ainda a equipa de arbi-tragem da final, liderada por Hélio Santos.

Gigajoga

Futebol de ruaanima pequenoscraques

O programa Gigajoga continua a animaro desporto infantil nas mais diversas áreas.Depois do encontro de destrezas motoras, rea-lizado em Fevereiro, centena e meia de criançasdas escolas do primeiro ciclo mostraram as suashabilidades, a 6 de Março, em torneio de fu-tebol de rua.

A actividade, organizada pela Área de Des-porto da Câmara, contou com a participaçãode 29 equipas, 22 masculinas e 7 femininas, dasescolas EB1/JI de Apelação, Lousa e SantoAntónio dos Cavaleiros, das EB1 n.º 1 de Ca-marate e n.º 4 de São João da Talha, EBI daApelação e Casa do Gaiato. Estreante nestainiciativa, a Casa do Gaiato venceu o torneio noescalão masculino, enquanto no escalão femi-nino saiu vitoriosa a equipa de Camarate.

Os pequenos craques tiveram oportunidadede mostrar as suas habilidades no relvado da

As crianças das escolas do primeirociclo do concelho reuniram-sede novo, agora no campoda União Desportiva da Pontede Frielas, para mais um torneiode futebol de rua, inseridono programa Gigajoga.

União Desportiva da Ponte de Frielas, ondenão faltaram claques a animar esta verdadeirafesta do futebol.

Tendo como principais objectivos fomentaro desporto entre os mais jovens em ambientede fair play e convívio, bem como aproximarda Autarquia as instituições escolares, o Giga-joga prossegue a 4 de Maio, no Parque Urbanode Santa Iria de Azóia, com encontro de atletis-mo e jogos tradicionais, e a 22 e 24, no ParqueMunicipal do Cabeço de Montachique, comactividades ao ar livre.

“É de enaltecer esta iniciativa da UniãoDesportiva da Ponte de Frielas, poisé muito importante incentivar os jovensa praticar desporto. Mas tambémnão nos devemos esquecerde incentivá-los a prosseguiros estudos, para que tenhamuma alternativa profissionalcaso não se tornem jogadoresde futebol.”

Oceano Cruz

Equipa mais jovemUDPFMelhor defesaBoavista F. C.Melhor ataqueReal SociedadPrémio fair-playSporting de BragaJogador mais jovemMartin Bengoa(Real Sociedad)

Melhor marcadorRui Silva(S. L. Benfica)Melhor guarda-redesAsier Castellano(Real Sociedad)Melhor jogador da UDPFBruno VarelaMelhor jogador do torneioCarlos Marques(F. C. Porto)

F. C. PortoReal SociedadBoavista F. C.S. C. Braga

4 - 11 - 04 - 06 - 5

Sporting C. P.S. L. BenficaBelenensesUDPF

Resultados Finais

Prémios

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Congresso do Desporto

Política desportivaem debate

O Centro de Congressos do Estoril foipalco, nos dias 17 e 18 de Fevereiro, da sessãode encerramento do Congresso do Desporto –– Um Compromisso Nacional, iniciativa doGoverno igualmente promovida pelo Institutodo Desporto.

Com sessões em vários distritos do país eregiões autónomas, o congresso, com inícioa 12 de Dezembro, permitiu a reflexão sobreo desporto e a prática desportiva, funcionandoainda como meio de discussão, análise e par-tilha de experiências, recursos e conhecimentos.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, e Ricardo Leão, Vereador do Desporto,não faltaram ao evento, cujo objectivo foiintroduzir em Portugal um modelo de desen-volvimento desportivo aberto e sustentável,apostado na gestão participada de todos osagente desportivos e dos municípios.

Gala dos Campeões K1

Paz e Amizadeao rubro

Mais de quatro mil pessoas encheram oPavilhão Paz e Amizade para assistir à Galados Campeões, que este ano levou à final osatletas mais aplaudidos da noite, Luís Reis eRicardo Fernandes. Embora fosse esperado umcombate muito renhido, Luís Reis acabou por

Luís Reis foi o grande vencedorda Gala dos Campeões de K1,realizada dia 31 de Março,no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.O evento teve casa cheia paraassistir à grande noite dos desportosde combate, que trouxe até Louresas vedetas do Kickboxing.

vencer a final por desistência do adversário,logo após o primeiro round, acrescentandomais um título importante ao seu palmarés.

Além do título máximo de campeão deK1, disputaram-se o título nacional de FullContact, na categoria de meio-pesado, entreTierry Mendes e Luís “Covinhas” Castanheira,e o título de Thai Kick em meio-médio-ligeiro,entre João Diogo e Hugo Oliveira. Habituadoàs vitórias, Tierry Mendes venceu o títulonacional de Full Contact meio-pesado, derro-tando “Covinhas”, atleta muito acarinhadopelo público. Já no Thai Kick, os juízes, depoisdo combate muito equilibrado frente a JoãoDiogo, deram a vitória a Hugo Oliveira.

O Presidente da Câmara de Loures, CarlosTeixeira, e os vereadores Ricardo Leão e JoãoPedro Domingues não faltaram ao evento, quecontou com o apoio da Autarquia. Designadapelo apresentador do espectáculo como “a ca-pital dos desportos de combate”, Loures é já ummarco no circuito deste tipo de competições.

“Políticas Educativas e Sociais no Despor-to”, “Equipamentos Desportivos e o Territó-rio”, “Desporto, Saúde e Segurança”, “Reformado Sistema Desportivo” e “Políticas de Finan-ciamento do Sistema Desportivo” foram ostemas abordados ao longo de dez semanaspelos diversos agentes desportivos, num en-contro que encarou o desporto como um ele-mento estratégico no desenvolvimento dascomunidades e das regiões.

Percursos pedestres

Pelo prazerprazerde camde caminhar

As “Manhãs de Loures” foram o motepara a caminhada de uma dúzia de quiló-metros, no dia 12 de Março, que levou cercade 40 pessoas, entre as quais o Grupo deCaminheiros da Portela, a conhecer e a des-frutar do património natural do concelho.Partindo de Ponte de Lousa, a expediçãopassou por diversos pontos de interessenatural, como a Gruta do Penedo do Gato,Bolores, Ribeira de Monfirre, Montemuro eCarcavelos, regressando depois ao pontode partida.

Organizado pela Liga dos Amigos da Mi-na de São Domingos, decorreu, no dia 8 deAbril, um outro passeio pedestre, denomi-nado “Trilho da Mina”. Os 85 caminheirosque participaram neste passeio pedestrepartiram da foz do Trancão, em Sacavém,para uma aventura que teve início junto àIgreja de São Domingos, em pleno Alentejo.Percorrendo cerca de 15 quilómetros, os via-jantes passaram por lugares habitacionaisabandonados pelos mineiros, como a Moi-tinha, a Achada do Gamo, ou o Telheiro. Du-rante a viagem, foi ainda possível visitar aestalagem de São Domingos e a pensão, ondeos caminheiros puderam descansar e sabo-rear algumas iguarias da região.

Os percursos pedestres,impulsionados pela Câmarade Loures, têm levado muitosparticipantes a descobrir os trilhosnaturais do concelho e de outrasregiões de particular interesse.

Rosa Mota, Carlos Lopes e Carlos Teixeira

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Empresas

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Fundada em 1961, a STET dedica-se àcomercialização e assistência de equipamen-to industrial, representando, em regime deexclusividade, a marca mais conceituadade equipamentos de obras públicas, cons-trução e terraplanagem, a Caterpillar.

Em 1992, ingressou no grupo Barloworld,sedeado na África do Sul e presente em maisde 30 países, beneficiando da sua experiên-cia e conhecimento centenários.

A actuar há mais de 40 anos no mercado português, a STET orgulha-sede pertencer ao grupo Barloworld, representante e detentorde várias marcas industriais, que comercializa em mais de 90 países.Por ocasião da visita do Presidente da Câmara, Carlos Teixeira,e do Presidente da Junta de Freguesia do Prior Velho, Joaquim Brás,às instalações da empresa a 5 de Abril, a Loures Municipalfoi conhecer um pouco mais do mundo da construção e das obras públicas.

Localizada desde o início da décadade 60 no Prior Velho, a STET contribuiu signi-ficativamente para o desenvolvimento da fre-guesia e do seu parque industrial, sendo hojeuma das maiores empresas do concelho deLoures.

Sempre atenta às solicitações do mercado,está em permanente dinamização, de formaa garantir aos seus clientes produtos e serviçosde qualidade.

Não descurando as questões sociais eambientais, a empresa está ligada a diversoseventos no âmbito despotivo, do todo-o--terreno ao ciclismo, preparando-se tambémpara obter a certificação de qualidade am-biental ISO 14001.

“Procurar ser, em cada dia que passa,melhores do que fomos em cada dia que pas-sou” é, como refere Eugénio Mexia, Director--Geral da STET, o lema da empresa.

STET ––––– Sociedade Técnica de Equipamentos e Tractores

A força da liderança

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Entrevista

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Eugénio Mexia, Director-Geral da STET

“O serviço pós-venda é a razão de existirmos”

Como nasceu a STET?Em 1951 foi fundada a Semeia, em-

presa antecessora da STET, destinada àcomercialização e assistência de máquinasagrícolas e industriais. Já na época repre-sentava a Caterpillar, mas uma vez queesta marca exigia exclusividade, foi entãocriada a STET, para comercialização exclu-siva de equipamento Caterpillar.

Como foram os primeiros anosda STET no Prior Velho?

Estou ligado à STET desde 1970, e naépoca penso que não havia construçõesperto da empresa. Era um vazio. Existia oPrior Velho, apenas como núcleo habi-tacional, caracterizado por ser uma zonade migração, onde surgiram vilas muitotípicas.

O que motivou a escolha?Este edifício foi inaugurado a 8 de

Dezembro de 1962, antes de eu trabalharna STET. Penso que, na época, a motivaçãoda administração para aqui instalar aempresa estava relacionada com as ligaçõesque se pretendiam efectuar para o restodo país.

Acabaram por ser uma fontede desenvolvimento da freguesia...

Penso que foi um movimento recípro-co. Actualmente existem muitas empresasneste núcleo, mas não tenho dúvidas queo crescimento da STET também levou aalgum crescimento no Prior Velho.

Quando a STET se mudou para aqui,trouxe consigo os seus trabalhadores, queviviam maioritariamente em Lisboa. Quan-do começou a crescer e a recrutar pessoal,o Prior Velho era a grande fonte de mão--de-obra. Hoje, há também colaboradoresmais jovens que, pelo facto de trabalharemna STET, acabaram por comprar casa nazona envolvente.

Como é que a empresa foiconsolidando a sua posiçãoa nível nacional e internacional?

Quando nos mudámos para o Prior Velho,tínhamos apenas estas instalações. A nossaprimeira filial foi aberta em Beja, em finaisda década de 60. Mais tarde abrimos filiaisem Coimbra e no Porto, seguindo-se Leiria,Ribeira Grande (São Miguel), Ferreiras (Al-garve) e Castelo Branco.

Hoje estamos dispersos pelo País, comfiliais em Lisboa, Beja, Leiria, Porto e Açores.Em Castelo Branco e em Ferreiras temos duaspequenas delegações. Estamos tambémpresentes, através de concessionários, no Fun-chal, e em Viseu, Castelo Branco e Bragança.

Além disso, somos distribuidores exclusi-vos da marca Caterpillar e de outros produtosde diferentes marcas, para todo o territórionacional e para a República de Cabo Verde.

Actualmente a STETé líder de mercado?

No que respeita às máquinas para obraspúblicas e construção, não podemos dizerque exista um mercado, há que segmentaras várias linhas de produtos.

Temos uma quota de mercado signi-ficativa, em termos de máquinas de movi-mentação de terras, de construção e de obraspúblicas, mas há segmentos que lideramosfortemente, outros que lideramos com pe-quena diferença e outros em que ainda nãolideramos. Isso resulta de termos entrado emmercados que não conhecíamos e que jáestavam ocupados por outras empresas.

Além da comercializaçãode equipamento, apostamfortemente em serviçosde aluguer e pós-venda...

O serviço pós-venda é essencial e é arazão de existirmos. Quando entregamosum equipamento, seguimo-lo toda a vida.Um equipamento pode até ter uma segun-da vida, pois existe um serviço de recons-trução de acordo com as normas de fábrica,até ao mais ínfimo pormenor, de tal ordemque o número de série original da máquinaé substituído por um novo. Isto é o quenos diferencia da concorrência.

O serviço de aluguer foi lançado pelaCaterpillar há muitos anos e, na STET,existe há cerca de oito anos. Tem vantagensporque permite ter equipamento especia-lizado, evitando comprá-lo e onerar osactivos da empresa numa aplicação só. Estaé uma vantagem competitiva que temos.

Como perspectiva o futuro?É complicado prever o futuro. Diria

que, até 2008, ainda viveremos as con-sequências da crise económica. Mas pensoque, entre 2008 e 2013, podemos ter anosbastante positivos.

Estamos a diversificar fortemente osnossos produtos, por exemplo na área daenergia, onde estamos a crescer significa-tivamente, mercê da nossa entrada eespecialização em centrais eléctricas.

Entrevista completa em www.cm-loures.pt

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Breves Impressões

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Actividades Económicas

Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

Instituir comportamentosalimentares saudáveis

A campanha, intitulada “Super-Heróis, Super-Saudáveis, Crescercom Saúde, Comer Saudável – A nova roda dos alimentos”, visavasensibilizar os pequenos consumidores para os desequilíbrios alimenta-res a que a sociedade actual tem conduzido.

A 15 de Março, comemorou-se o Dia Mundialdos Direitos do Consumidor. Para assinalar a data,a Câmara Municipal de Loures, através do Gabinetede Apoio ao Consumidor, organizou, de 13 a 24 deMarço, várias acções de sensibilização sobrealimentação saudável, junto das escolasdo 1.º Ciclo do Ensino Básico e jardins-de-infância.

O estilo de vida de muitas famílias levou a que, cada vez mais, asrefeições tradicionais fossem substituídas pela chamada fast food –– refeições ligeiras e apressadas, hipercalóricas e com pouco valornutricional. Também o abandono da actividade física, em detrimentode tempos livres passados frente ao ecrã de televisão, da consola oudo computador, é prejudicial à saúde das crianças.

Tendo em conta este cenário, é preciso dar especial atenção àscrianças que comem demais. Comer muito pode ser um sinal de alarmepara uma doença que afecta já milhares de crianças em todo o país,a obesidade.

Foi neste sentido que a Autarquia visitou alguns jardins-de-infânciae escolas do Primeiro Ciclo de Loures, para ensinar algumas regrasbásicas de alimentação saudável às crianças, bem como avaliar epropor noções de alimentação saudável em ambiente escolar e familiar,de refeições a horas certas e com alimentos variados, aumentar otempo de exercício físico, controlar o número de horas frente à televisãoe respeitar o horário de sono.

Durante a iniciativa, que abrangeu um total de 925 crianças doAgrupamento de Escolas General Humberto Delgado, das EB 1/JIn.º 1 de Loures, Fernando de Bulhões e Santo António dos Cavaleiros,das creches e jardins-de-infância do Outeiro, Paraíso Infantil, AvóBelinha, Sorriso da Alegria, “O rei na barriga”, Anôno, e ainda doExternato da Quintinha, Associação Dr. João dos Santos e Real Colégiode Portugal; foram distribuídos folhetos informativos e organizadassessões de debate sobre a roda dos alimentos, onde os pequenosconsumidores puderam expor as suas dúvidas.

Como é que se lançou nesta aventurade abrir um restaurante?

Há alguns anos atrás estive ligado ao ramo da hotelaria. Sem-pre foi um sonho ter o meu próprio restaurante. O Salero é oculminar de algumas ideias de quem almoçou e jantou fora durantemuitos anos. Tentei concentrar todas as minhas expectativas doque devia ser um restaurante num único espaço. Não é um espaçoperfeito para todos, mas é aquilo que um dia sonhei.

É fácil montar um negócio?Foi uma verdadeira aventura, até porque não existem muitos

mecanismos de apoio a iniciativas locais de emprego. Relativamenteao Salero, não posso dizer o mesmo. Contámos com uma grandeajuda por parte da Divisão de Actividades Económicas da CâmaraMunicipal, que se dedicou bastante ao projecto.

O que é que de melhor o Salerotem para oferecer aos clientes?

Qualidade, atendimento e o serviço. Fizemos uma pequenapublicação – que penso ter sido uma iniciativa inovadora – naqual apresentamos os nossos fornecedores e, desta forma, todosos nossos clientes podem saber onde adquirimos os nossos pro-dutos.

As expectativas foram alcançadas?Sim, perante as expectativas iniciais foi um sucesso. Contudo,

com a potencialidade que o restaurante e a cidade de Lourestêm, acho que ainda estamos muito aquém. Depois de ver o res-taurante a funcionar nos meses de Junho, Julho e Agosto, gosta-ríamos que fosse assim o ano inteiro. É certo que a crise é grandee, não sendo cara, é uma casa que prima pela diferença.

Existem alguns projectos a desenvolver?Temos alguns projectos na calha. Estamos a pensar em abrir

outro restaurante. Mas não está ainda nada definido. Poderá,eventualmente, ser um restaurante italiano ou então, no sentidocompletamente inverso, uma “tasca” portuguesa, mas uma “tasca”fina, com pratos tipicamente portugueses.

Contactos e Informações úteisMorada: Rua Manuel Francisco Soromenho, 61 – 2670-454 Loures – Tel./ Fax. 219 820 119E-mail: [email protected] – www.salero.pt

José Vicente

Restaurante “Salero”

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Entidades

Manjoeira

Centro de Actividades inauguradoAs crianças da freguesia de SantoAntão do Tojal têm a partirde agora um novo espaçode estudo e lazer. Inauguradono dia 25 de Março, o Centrode Actividades Educativasda Manjoeira passa a ser o localprivilegiado para a ocupaçãode tempos livres dos mais pequenos.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, João Florindo, Presidente da Juntade Freguesia de Santo Antão do Tojal, eFrancisco Jesus Pereira, Provedor da SantaCasa da Misericórdia de Loures, entidadegestora do novo Centro de ActividadesEducativas, inauguraram mais um equi-pamento que tem como objectivo prestaracompanhamento pedagógico às crianças eapoio às famílias.

Equipado com duas salas, uma paraactividades de tempos livres e outra paraestudo, o centro conta ainda comrefeitório, gabinete de serviços gerais,arrecadação e três casas de banho, eminstalações que servem um total de 19crianças.

Judite Trindade, directora do equi-pamento, adiantou ainda que “para alémde um animador social, temos ainda umaterapeuta da fala, uma psicóloga, uma as-sistente social, duas educadoras e três pro-fessoras primárias que prestam orientaçãonos trabalhos escolares e apoio ao Inglês”.

Depois da bênção às instalações e dodescerramento da placa inaugurativa,Francisco Jesus Pereira referiu tambémque “este centro, além de promover aacção conjunta dos três parceiros sociais– escola, família, comunidade –, pretendeainda ajudar à criação de valores capazesde marcar, de forma positiva, as criançaspela vida fora”.

No final, Carlos Teixeira mostrou-sebastante satisfeito pelo facto de a “SantaCasa, depois de assinado o protocolo decedência destas instalações municipais, ter,com garra e determinação, desenvolvidoeste projecto e dinamizado este espaço”.

Protocolo

Município apoiacolectividades

O documento, assinado por CarlosTeixeira e Fernando Vaz, respectivamentepresidentes da Câmara e da Associação deColectividades do Concelho de Loures, visaa disponibilização, por parte da Autarquia, deinfra-estruturas destinadas às actividadesdaquela entidade.

As cláusulas estabelecidas neste proto-colo, cuja assinatura foi realizada na sededo Sport Grupo Sacavenense durante a ceri-mónia de comemoração do seu 96.º aniver-

sário, atribuem à Câmara de Loures a respon-sabilidade de prestar apoio jurídico e logísticoao movimento associativo, informar sobreobrigações e procedimentos fiscais e garantira impressão de dois boletins informativos daassociação, num total de 200 exemplares porboletim/ano.

A Associação, por seu lado, comprome-te-se a realizar, anualmente, o Encontro

A Associação das Colectividadesdo Concelho de Loures e a CâmaraMunicipal assinaram, no dia 24 deMarço, em Sacavém, um protocoloque visa estabelecer uma relaçãode parceria entre o Municípioe o movimento associativo.

do Movimento Associativo, promoveracções de formação, apoiar a Câmara deLoures na implementação e divulga-ção do Regulamento Municipal de Apoioao Associativismo, ficando obrigadaa referenciar os apoios municipais emtodos os materiais gráficos editados ouem qualquer outra forma de promoçãode eventos.

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Instantâneos

Organizado pela Casinha Bar, realizou--se, no dia 2 de Abril, o segundo Passeio TT,apadrinhado por Nuno Inocêncio, piloto queeste ano competiu no Lisboa-Dakar.

O arranque da prova teve lugar na Praçada Liberdade, onde se reuniram apoiantes dasvárias equipas, tendo Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara, dado o sinal de partida.

O percurso escolhido contemplou locali-dades dos concelhos de Loures, Mafra e Sintra,

Os Bombeiros Voluntários de Bucelasiniciaram, a 1 de Abril, uma nova fase da sualonga vida, com a tomada de posse do novoComando. Durante a cerimónia, o Comandanteda corporação, João Telmo Reis, agradeceu oapoio e camaradagem do corpo de bombeiros,prometendo ser “defensor da integridade e dosdireitos de todos”.

A sessão solene contou com a presença doPresidente da Câmara Municipal de Loures,

2.º Passeio TT Casinha Bar

A aventura do Todo-o-Terrenonomeadamente A-dos-Calvos, Bolores, Bocal,Asseiceira Pequena, Avessada, Negrais, Covasde Ferro, Bolores, Murteira, Bairro Novo dePalhais e Bairro da Milharada, regressando aLoures. A prova contou ainda com um jogode perícia de condução em Vale de Uge, con-celho de Mafra.

No final do evento, os participantes reuni-ram-se em animado almoço-convívio, queculminou com entrega de lembranças.

Bombeiros Voluntários de Bucelas

Novo Comando toma posseCarlos Teixeira, que elogiou a nobre missãodos bombeiros voluntários, do Presidente daJunta de Freguesia de Bucelas, Tomás Ro-que, do Presidente da Direcção, Valdemar Reis,da Presidente da Assembleia-Geral, OlgaTaborda, do Comandante Distrital, MoreiraVicente, também responsável do ServiçoNacional de Bombeiros e Protecção Civil, eainda do padre Eduardo Freitas, pároco deBucelas.

Fundada a 28 de Março de 1964,a Sociedade Recreativa da Manjoeiracelebrou, no passado dia 2 de Abril,o seu 42.º aniversário. Para comemorarema data e todo o trabalho realizadoao longo de mais de quatro décadas,a sede da colectividade reuniusócios, amigos e autarcas.Animada por um cómico, a festa contoucom a actuação da Orquestra Ligeirado Clube União Recreativode São Julião do Tojal, dirigidapela maestrina Rita Correia.Carlos Teixeira, Presidente da CâmaraMunicipal de Loures, não deixoude elogiar “o grande exemplode participação demonstrado por estacolectividade”. Por seu lado, BelarminoPintor, presidente da sociedaderecreativa, agradeceu a colaboraçãoda população da Manjoeira na vidada associação. Nos festejos estiveramtambém os vereadores Ricardo Leão,responsável pelo pelouro Sociocultural,e Adão Barata, assim como o Presidenteda Junta de Freguesia de Santo Antãodo Tojal, João Florindo.

Manjoeira

Sociedade Recreativacelebra 42 anos

Na noite de 1 de Abril, o Centro Sociale Cultural de Santo António dosCavaleiros contou com casa cheia paraassistir ao X Festival Jovem da CançãoCristã da Vigararia de Loures-Odivelas.Depois da entrada solene dos cantores,subiram ao palco onze canções,interpretadas pelos jovens de Famões,Ramada, Santo António dos Cavaleiros,e ainda pelos grupos Jovensda Misericórdia, Juventude MarianaVicentina de Olival Basto, JuventudePalotina, Arautos, Coro Juvenilda Ramada, Juventude Monfortina,A face do amor e Grupo Coral Juvenilda Sagrada Família.Reforçando os elos que ligama Autarquia à paróquia de SantoAntónio dos Cavaleiros, Carlos Teixeira,Presidente da Câmara, não faltoua mais esta edição de um festival queé já um marco no calendário dos eventosda Vigararia de Loures-Odivelas.

Vigararia de Loures-Odivelas

X Festival Jovemda Canção Cristã

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O Sport Grupo Sacavenense fez 96 anose, para assinalar a data, organizou,no dia 24 de Março, uma sessão solenena sede do clube. Ernesto Dinis,presidente da colectividade, agradeceua presença de todos os convidados,aproveitando para se congratular como visível crescimento do clube: “Estamosa viver um bom momento de equilíbriofinanceiro e por isso pensamos ter,futuramente, uma vida económicasaudável.” O líder do Sacavenenseacrescentou ainda o facto de o clubeter criado uma nova modalidade:“Encontramo-nos a desenvolver o tirocom arco e contamos com atletascampeões nacionais e europeusque querem fomentar estamodalidade no nosso país.”Na cerimónia, à qual não faltaramCarlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, Ricardo Leão, Vereador doDesporto, Fernando Marcos, Presidenteda Junta de Freguesia de Sacavém,e António Silva, Vice-Presidenteda Associação de Futebol de Lisboa,foram entregues os emblemas de pratae ouro aos sócios respectivamente com25 e 50 anos de filiação no clube.

O salão nobre dos Paços do Concelhoacolheu, no dia 17 de Março, a cerimónia deassinatura do protocolo de cedência à Juntade Freguesia da Portela de uma viatura deapoio à limpeza urbana. O documento, assi-nado por Carlos Teixeira, Presidente da CâmaraMunicipal de Loures, e Maria Geni Veloso,Presidente da Junta da Freguesia da Portela,na presença do Vereador responsável pelopelouro do Ambiente, António Pereira, estabe-lece as responsabilidades a que ficam sujeitascada uma das entidades, cabendo à Junta deFreguesia a manutenção preventiva e as repa-rações da viatura, bem como os respectivosencargos de utilização.

A viatura, adquirida pela Câmara Muni-cipal de Loures pelo valor de 15 mil e 500 eu-ros, foi cedida ao abrigo do Protocolo deDelegação de Competências com as juntas

Portela

Cedência de viatura à Junta de Freguesiade freguesia, de forma a tornar mais eficaz aintervenção diária dos serviços de limpezaurbana, contribuindo assim para a melhoriada qualidade dos serviços prestados.

Refira-se que, com esta entrega, todas asfreguesias do concelho estão agora dotadasde um veículo ligeiro de mercadorias afectoaos serviços de limpeza.

No final da cerimónia, Carlos Teixeiraentregou a chave a Maria Geni Veloso, queagradeceu a colaboração do Município, eaproveitou para salientar que “o serviçoefectuado pelos trabalhadores de limpezaurbana, antes apoiado por um veículo de duasrodas que não garantia a segurança de quemo utilizava, passará a ser feito por uma viatu-ra ligeira de mercadorias que oferece todasas condições para o melhor desempenho doserviço”.

Sport Grupo Sacavenense

Quase um séculode história

Creche Popular de Moscavide

Corpos sociaistomam posse

Os novos corpos sociais da Creche Popularde Moscavide, instituição estabelecida na fre-guesia há mais de 30 anos, tomaram posse nodia 10 de Abril. Depois de António César,Presidente da Assembleia Geral, iniciar a ceri-mónia, referindo que “é com todo o empenhoque a Creche Popular trabalha para a comu-nidade em que está inserida”, coube a DanielLima e a Carlos Teixeira, respectivamentepresidentes da Junta de Freguesia de Moscavidee da Câmara de Loures, dirigirem algumaspalavras de incentivo àquela instituição queexerce actividades de jardim-de-infância e

ATL. Carlos Teixeira aproveitou para elogiar“a dedicação e o empenho de todos”, des-tacando ainda o prazer de “ter instituições dereferência no concelho”.

O Refeitório Municipal foi o localescolhido para acolher as comemoraçõesdo Dia Internacional da Mulher(8 de Março). No interior, distribuídaspelos diversos espaços daqueleequipamento, encontravam-sedezenas de obras feitas pelas mãosdas trabalhadoras do Município.Ao longo da exposição, patente atéfinal do mês de Março, foi possíveladmirar bordados, tapeçarias, pinturasa óleo e em azulejo, bijutariae trabalhos em vidro e em madeira.Presente no certame esteve CarlosTeixeira, Presidente da Câmarade Loures, que não deixou de felicitaras autoras e, face à qualidadedos trabalhos expostos, lançou a ideiada criação de um espaço permanente,onde fosse possível dar a conhecero talento e as qualidades artísticasdos trabalhadores do Município.

Dia Internacional da Mulher

A favor daemancipação feminina

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Instantâneos

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Bairro de Santiago

Associação Cultural com novas instalaçõesNo dia 22 de Abril, Carlos Teixeira,

Presidente da Câmara de Loures, deslocou-seao Bairro de Santiago, em Camarate, para a

inauguração das novas instalações da As-sociação Recreativa, Cultural e Desportivadaquela localidade.

Depois de, juntamente com Arlindo Car-doso, Presidente da Junta de Freguesia deCamarate, ter descerrado a placa inaugurativa,o autarca visitou a sede da colectividade, do-tada de salão de espectáculos, restaurante,biblioteca, zona de convívio e de jogos, bemcomo uma sala de assuntos gerais.

Francisco Correia, Presidente da Direcção,fez questão de referir o facto de aquela obra“só ter sido possível graças à colaboração daCâmara, da Junta de Freguesia e dos Bom-beiros de Camarate, do comércio local e dossócios. Todos ajudaram a erguer esta casa”.

Por fim, Carlos Teixeira elogiou a “dinâ-mica que se tem criado em prol da revitalizaçãodas colectividades”, dando os parabéns “a todosque tornaram este dia uma realidade”.

A provar que em Loures a ginásticacontinua em alta, realizaram-se nos últimosmeses vários eventos dedicados a esta moda-lidade desportiva, ajudando a promover odesporto como actividade lúdica e alternativapara uma vida saudável.

Esta verdadeira festa da ginástica iniciou--se a 10 de Março, no Pavilhão Paz e Ami-zade, com o Sarau de Ginástica do ColégioMilitar, que contou com o apoio da Câmarade Loures, e no qual participaram diversosclubes do concelho e do resto do país.

A 18 e 19 do mesmo mês, foi a vez deSão João da Talha vibrar com o festivalGimnocorações, organizado pelo GrupoDramático e Recreativo Corações de Vale

Loures em formaA festa da ginástica

Figueira. O Pavilhão José Gouveia foi o palcoda nona edição desta iniciativa, que mais umavez foi um sucesso.

Os eventos gímnicos culminaram coma 1.ª Gala da Cidade de Loures, realizada a22 de Abril, no Pavilhão Paz e Amizade, quereuniu alguns dos principais clubes do distri-to de Lisboa, entre os quais o Sport Clubede Frielas, o Grupo Desportivo Águias deCamarate e, novamente, os Corações de ValeFigueira.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, não faltou às iniciativas, manifestandoo seu contentamento pelo trabalho desen-volvido pelos vários grupos gímnicos doconcelho.

Associação de Beneficência Evangélica

Lar com novas valênciasA Associação de Beneficência Evangélicainaugurou, a 19 de Abril, a ampliaçãodas instalações do Lar Cristão de SãoSebastião de Guerreiros. As obrasvisaram a requalificação e ampliaçãodas salas para actividades lúdicas, serviçosocial, de acompanhamento psicológico,enfermagem, fisioterapia e ginástica,que servirão os 50 utentes do lare os 25 do centro de dia. Recorde-seque o Lar Cristão presta ainda apoiodomiciliário a 50 utentes. Antes da visitaguiada ao edifício, Carlos Teixeira,Presidente da Câmara de Loures,aproveitou para elogiar a dedicaçãoda associação “a uma faixa etária muitocarente de afectos, como é a dos idosos”.

No dia 24 de Fevereiro, a Associação dosAmigos da Quinta do Património (AQUIPA)comemorou o seu 9.º aniversário.Os festejos iniciaram-se com a sessãosolene, na qual estiveram presenteso Vereador da Câmara de Loures,Ricardo Leão, os presidentes da Juntae da Assembleia de Freguesia de Sacavém,Fernando Marcos e Moura Brito,respectivamente, o representanteda Associação das Colectividadesdo Concelho de Loures, Fernando Vaz,e o presidente da associaçãoaniversariante, João Mateus.Para além do aniversário, sócios e amigosda colectividade celebraram tambéma cedência, por parte da Câmarade Loures, do terreno onde se encontraedificada a sede da associação.

AQUIPA

Comemoraçãode aniversário

Realizou-se, no dia 19 de Fevereiro,na igreja paroquial de Bucelas,a cerimónia de promessas dos escuteirosdo agrupamento 775 daquela freguesia.Depois do ingresso de lobitos, exploradorese pioneiros, amigos e familiares dosescuteiros, assim como Carlos Teixeira,assistiram à cerimónia, juntando-se nofinal ao agrupamento em alegre convívio.

Bucelas

Promessasde escuteiros

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Exposições

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Quem visitar o LoureShopping até final de Maio, pode contribuirpara a aquisição de fatos de protecção individual para os BombeirosVoluntários de Loures, através da recolha de donativos realizada naPraça do Sol deste espaço comercial.

Promovida pela Sonae Sierra em parceria com a Liga de BombeirosPortugueses, a iniciativa foi dinamizada, entre 4 e 15 de Março, poruma exposição de fotografias de acções e eventos dos BombeirosVoluntários de Loures, miniaturas de carros de bombeiros e jipe comatrelado, que despertou a curiosidade de todos quantos por ali passaram.Durante o período da exposição, os visitantes eram ainda convidados arealizar rastreios à tensão arterial e à diabetes.

Bombeiros Voluntários de Loures

Ajudar a quem ajudaEstá em curso uma campanha de solidariedadepromovida pelo LoureShopping e apadrinhadapor Carla Caldeira e Marco Caneira, que visa ajudaros Bombeiros Voluntários de Louresna aquisição de material de protecção.

Realizada a 7 de Março, a cerimónia de inauguração da exposiçãocontou com a presença dos padrinhos da campanha, a ex-manequimCarla Caldeira e o futebolista Marco Caneira, bem como de CristianoSantos, Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Loures,Duarte Morais Cabral, Director do LoureShopping, António Pereira,Vereador com o pelouro dos Assuntos Sociais da Câmara, João Nunes,Presidente da Junta de Freguesia de Loures, e, em representação doPresidente da Câmara de Loures, o seu Chefe de Gabinete, AntónioBaldo.

Depois da conferência de imprensa, em que os padrinhos da cam-panha lembraram que “basta um pequeno gesto para ajudar umaassociação com causas tão nobres”, assistiu-se à demonstração deuma acção de salvamento aos padrinhos da campanha, resgatadoscom sucesso da cobertura do Centro.

A iniciativa enquadra-se na política de responsabilidade corporativada Sonae Sierra, que implementará, ao longo de 2006, uma acçãoconcertada nos centros comerciais e de lazer a nível nacional, com ointuito de apoiar as corporações da área de influência de cada espaçocomercial.

O LoureShopping recebeu, de 17 de Março a 9 de Abril, a OperaçãoStop, organizada pela Valorsul, uma exposição em que o público eraconvidado a fazer o testeda separação do lixo, se-guindo as regras do Códigoda Reciclagem.

Foram alguns os milha-res de pessoas a fazerem oteste e a ouvirem as expli-cações dos monitores daBrigada da Reciclagem,durante esta acção de sensi-bilização que alertou paraa importância da separaçãodos resíduos.

Valorsul

Operação Stop no LoureShopping

O trabalho da artista plástica Tina Gonçalves foi apreciado emexposição levada a cabo na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe,de 1 a 22 de Abril. Os trabalhos apresentados denotam a versatilidade

da artista, com técnicas etemas que vão desde a pin-tura de cunho esotérico, pas-sando pela natureza-morta,até ao vitral Tiffany.

A inauguração, com apresença de Carlos Teixeira,Presidente da Câmara, con-tou com um momento depoesia, declamada por JoãoFrancisco da Silva, amigoda artista. A exposição leva

o visitante a reflectir sobre a fragilidade, evocando também percursosintimistas e de intersecções com a natureza.

Ao longo deste ano, Tina Gonçalves irá ainda expor em Badajoz,Barcelona, Vila Viçosa e Sintra.

Tina Gonçalves

Obras em exposição

A Galeria Municipal doCastelo de Pirecouxe voltoua abrir portas. Entre 15 deFevereiro e 1 de Março, rece-beu as obras de Nuno JoãoCosta, dando início a um no-vo ciclo de exposições.

A mostra de pintura aóleo exibiu quadros em queo tema central gira em tornodas emoções. Ligações entreseres da mesma espécie, laçosfraternos, fusões e interligações do eu, solitário ou colectivo, foramtranspostas para a tela através de cores densas que nos remetem parasentimentos de tristeza e melancolia.

Pintura

Sentimentos à deriva na tela

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Conhecer

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Livros

Dixit

Siri HustvedtAquilo Que Eu Amava

Edições Asa2005

Aquilo Que Eu Amava, romance acla-mado pela crítica, tem passado quase des-percebido do público em geral.

Não é uma obra linear, não é um livrode auto-ajuda, não é um best-seller. É umlivro que recomendamos a quem gosta deler uma obra de grande fôlego, que nos do-mina e deixa quase de respiração suspensa.

Escrito por uma autora norte-ame-ricana de origem escandinava, é um livrosobre a vida, uma história de amor, deperda e de morte.

A história tem início nos anos 70, emNova Iorque, num ambiente ligado ao meioartístico e universitário.

Palácio Marquesesda Praia

Situado à entrada da cidade de Loures,o Palácio dos Marqueses da Praia e Monforteé um marco na história do concelho, che-gando a assumir papel de destaque na vidado Município quase desde a sua criação.

A construção remonta ao século XVIII, comfachada neoclássica, sóbria e harmoniosa, ejanelas amplas. Capela, tanque e bebedourocompunham o conjunto, no entanto tais ves-tígios foram-se perdendo com o tempo.

Criado a 26 de Julho de 1886, o concelhode Loures começou por ficar sedeado noedifício do Largo do Leão onde funcionavaa Câmara dos Olivais, à qual Loures perten-cera. Foi nesse edifício que em 2 de Janeirode 1887 foi eleito o primeiro Presidente daCâmara Municipal de Loures, AnselmoBraamcamp Freire.

Em Julho de 1887, a sede do Municípiomudou-se para o palácio, que a partirde 1890 passou a pertencer ao visconde daPraia, mais tarde marquês da Praia eMonforte, figura fortemente ligada à histó-ria de Loures. Na linhagem seguiu-se-lheDuarte Borges de Medeiros Dias da Câmara,2.º marquês da Praia e Monforte, tambémele posteriormente presidente do então jovemmunicípio.

A partir dessa época, várias alterações seregistaram na utilização do palácio, queacabou por ficar bastante deteriorado. Apesardisso, manteve-se de pé ao longo dos séculos,tendo sido recentemente alvo de obras derestauro, com vista a acolher diversos serviçoscamarários, entre os quais a AssembleiaMunicipal.

Um professor de História da Arte apai-xona-se por um quadro e decide procurar econhecer o autor. A amizade que irá surgirentre os dois ligará para sempre as suas vidas.O romance desenrola-se ao longo de 25 anos,à volta de seis personagens: o professor, opintor e os respectivos filhos e esposas.

A par de interessantes reflexões sobre artee doenças culturais, como anorexia, obesi-dade e histeria, o romance aborda aindaos temas da amizade, da vida familiar e datoxicodependência.

É um livro absorvente, exigente para como leitor, tal a sua densidade analítica eintrospectiva. Pode também ser consideradoum livro violento e amargo, mas esse ladomais sombrio é contrabalançado pela ternuraassociada à capacidade humana de amar.

É um livro que pode suscitar amores eódios, mas certamente não deixará ninguémindiferente.

“Há um espaço de actuação dasociedade e um espaço do Poder Local. Senão estão claramente definidos, há conta-minação das relações entre as partes.”Macedo e Sousa, Director Municipal, in Jornal de Notícias,1 de Fevereiro de 2006.

“A liberdade de informação deve re-ger-se por valores próprios. Estes têm osseus limites e não outros que sejam im-postos por conveniências ou por critériosde oportunidade de qualquer instância doEstado.”António Marinho, advogado, in Diário de Notícias, 21 deFevereiro de 2006.

“Conseguimos executar o programa degeneralização do ensino do inglês a todoo país quatro vezes mais barato do que sefizéssemos directamente através do Minis-tério da Educação.”Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, in Público,23 de Fevereiro de 2006.

“A nova legislação tem de ser paracumprir de facto, não pode ser apenasuma sugestão de lei.”Albino Almeida, Presidente da Confederação Nacional daAssociação de Pais, acerca das novas regras dos transportesescolares, in Diário de Notícias, 3 de Fevereiro de 2006.

“Estas alterações não resolvem tudo,mas permitem arrumar mais a casa eajustar o perfil dos professores às discipli-nas que existem actualmente.”Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação, acerca doDecreto-Lei que define novos grupos de docência, in Diáriode Notícias, 11 de Fevereiro de 2006.

“Existe um direito a eleger e ser eleito,e proibir um candidato antes da sua con-denação é uma redução da sua capacidadee direitos políticos. É quase como compará--lo a um condenado.”Marcelo Rebelo de Sousa, acerca da candidatura a cargosautárquicos de cidadãos acusados de crimes, in DiárioEconómico, 13 de Fevereiro de 2006.

“Uma cidade boa para o cidadão, éboa para o turista. Houve uma abordagemde dotar a cidade não para o turismo maspara a qualidade de vida urbana para oscidadãos.”Cristina Siza Vieira, Directora-Geral do Turismo, in Jornal deNegócios, 6 de Março de 2006.

“O impacto económico, para sermedido, não se deve circunscrever à morta-lidade registada, mas deverá ter especial-mente em conta o número de infectados ea distorção causada na vida das empresase nos serviços de saúde e assistência.”Pedro Penalva, especialista em gestão de risco, da corretorade seguros Marsh & Mc Lennan, acerca das consequências daeventual pandemia causada pela gripe das aves.

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Última hora

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Sabia que...

A terceira edição do concurso “Pilhasde Livros” está de regresso?Promovida pelos hipermercadosModelo e Continente, e lançada em15 mil escolas do ensino pré-escolarao 3.º ciclo, a iniciativa visa premiaros mil estabelecimentos de ensinoque mais pilhas conseguirem juntar.Em troca, as escolas receberão livrosnovos recomendados pela Rede deBibliotecas Escolares do Ministérioda Educação.

A Associação de Municípios da RedePortuguesa de Cidades Saudáveis, àqual Loures pertence, lançou umconcurso que visa distinguir omelhor trabalho jornalísticopublicado entre 2004 e 2006 naárea da saúde urbana, alusivo aotema da “Segurança Rodoviária”?Os trabalhos deverão ser enviados,até dia 21 de Julho, para a moradaAv. Arlindo Vicente, n.º 68 B, Torreda Marinha, 2840-403 Seixal. Paramais informações poderá consultaro regulamento do concurso emwww.cm-loures.pt

O MARL – Mercado Abastecedor daRegião de Lisboa, alcançou resul-tados financeiros francamentepositivos, que representaram umaumento de cerca de 439 mileuros – aproximadamente sete porcento – relativamente aos resultadosde 2004?

Em 2005, a recepção de resíduosprovenientes da recolha selectivade embalagens nos Municípios deAmadora, Lisboa, Loures, Odivelase Vila Franca de Xira no Centro deTriagem da Valorsul, aumentou cercade 15,9 por cento em comparaçãocom 2004?

Já é possível marcar consultas ealguns exames de diagnóstico parao Hospital de Santa Maria, viaInternet, a partir do centro de saúdede Loures? E que também pode fazê--lo em casa, desde que seja portadorde uma requisição de médico privado,através do site www.hsm.min-saude.pt?

Dia 19 de Abril foi o primeiro diadas últimas décadas em que não seregistou em Portugal qualquervítima mortal ou com ferimentosgraves em acidentes de trânsito?

A Revolução dos Cravos foi lembrada,nas freguesias de Sacavém e da Apelação,com uma exposição comemorativa integradano programa “Viver 2006”, do Gabinete de

Sacavém e Apelação

Relembrar a Revolução

Assuntos Religiosos e Sociais Específicos(GARSE) da Câmara de Loures.

Patente na Casa da Cultura de Sacavémentre 20 e 21 de Abril, e no Centro Comu-nitário da Apelação entre 27 e 28 do mesmomês, a exposição mostrou vários trabalhosalusivos ao 25 de Abril executados porcrianças e idosos das escolas e associaçõeslocais, bem como notícias censuradas eprodutos proibidos durante a ditadura.

Visitada inicialmente por grupos orga-nizados de crianças das escolas, actividadesde tempos livres e jardins-de-infância eidosos de centros de dia, a exposição regres-sará à Casa da Cultura de Sacavém, ondepoderá ser visitada de 1 a 19 de Maio.

Os festejos do 32.º aniversário da Revo-lução dos Cravos iniciaram-se na noite de24 de Abril, no Centro Cultural de Mosca-vide. Cerca de uma centena de pessoas jun-tou-se a autarcas e representantes das demaisentidades que se associaram à celebraçãoda data.

Na sessão solene, marcada por interven-ções que evocaram essencialmente o terceiro“D” da Revolução – Desenvolvimento –, bemcomo os 30 anos da Constituição Portu-guesa, Daniel Lima, Presidente da Juntade Freguesia de Moscavide, lembrou Abrilcomo “garante da liberdade e da democra-cia”, enquanto que Pedro Farmhouse, Presi-

dente da Assembleia Municipal, destacouo 30.º aniversário da Constituição Portu-guesa, afirmando que celebrar esta data é“homenagear os autarcas que ao longodestes 30 anos têm trabalhado em prol dapopulação”.

Já Carlos Teixeira, Presidente da Câma-ra, aproveitou para sublinhar a relevânciadestas comemorações, dirigindo um aplausoespecial para as mulheres, que “só depoisda Revolução alcançaram o direito ao voto”.

Pontualmente, à meia-noite, a Fanfarrados Bombeiros Voluntários de Moscavidedeu o mote para o hastear das bandeiras,seguido da entoação do hino nacional.

As comemorações prosseguiram namanhã do dia 25, com o içar das bandeirasnos Paços do Concelho, ao som do hinonacional, tocado pela banda da AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros Voluntários deLoures. Um momento solene a que assisti-ram, para além da população, o Executivocamarário e os presidentes das juntas defreguesia de Loures, Bobadela, Moscavidee São Julião do Tojal.

32.º Aniversário do 25 de Abril

Celebrar a democracia“Depois do adeus” à ditadura,Portugal despertou paraa liberdade. Com os ideaisdemocráticos sempre presentes,a Câmara de Loures não deixoude comemorar o 32.º aniversáriodo 25 de Abril, o dia que abriunovos horizontes ao País.

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