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Londrina · maio 2016 · ano XVI · n°192 Foto: Angelita Santini Niedziejko

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Londrina · maio 2016 · ano XVI · n°192†

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Vida em Ação N°192 Maio | 2016

Expediente

2 Voz do Pastor

A Ternura

(43) 33390252 [email protected]

DIRETOR: Pe. José Rafael S. Durán

JORNALISTA: Carolina Thomaz

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO Rosângela do Vale, David Dequech, Paulo Briguet, Rosana de Andrade, Katia Baggio, Roberto Francisco e Cecília Fraga

TIRAGEM: 1.500 exemplares

DESIGN e DIAGRAMAÇÃO Somma Studio sommastudio.com

Padre José Rafael Solano Durán ∂ Pároco

3374 3440 3374 3499

Cidade do Vaticano (RV)

Prezados paroquianos e paroquianas. Que bom ter este veículo para poder falar com vocês todos os meses sobre relevantes pontos. Maio é um mês com cores e ambientes surpreendentes na vida e na missão da Igreja. A Alegria invade nossos corações quando participamos das celebrações com as crianças e vivenciamos a passagem do tempo e partilhamos o crescimento delas na fé. Igualmente sentimos essa alegria nos encontros pastorais e nas visitas às famílias. E neste mês ainda mais com a benção e celebração dos Corpus Christi no espaço onde será construída a Capela São João XXIII. Tudo isso me motiva tratar neste editorial o centro da nossa reflexão: A ternura.

Dois anos atrás li a obra “A Cor da Ternura”. Fascinante e recomendável para todos os públicos. Neste livro se desvenda o estilo sensível e valioso de uma das atitudes humanas indispensáveis para superar as diversidades e sobre tudo para poder por em prática a proposta de nos aproximar de quem nos ofendeu, ou a quem nós ofendemos.

A ternura possui uma cor radical, uma marca indelével. Quem pratica a ternura não se deixa conduzir por sentimentos ou paixões desnecessárias pois sabe que o doce da vida sempre é dado e colocado em justo meio.

Charlie Chaplin escreveu no seu diário: “Mais do que máqui-nas precisamos de humanidade, mais do que inteligência pre-

3Mundo católico

Segunda-feira, 23 de maio – Comentando a Primeira Carta de São Pedro Apóstolo, o Pontífice sublinhou que não obstante as provações, nunca nos será tirada a alegria “daquilo que Deus fez em nós. Regenerou-nos em Cristo e nos deu a esperança”. A CARTEIRA DE IDENTIDADE DO CRISTÃO É A ALEGRIA DO EVANGELHO“Podemos caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma âncora no céu. Aquela esperança que nos dá alegria”, disse Francisco, que acrescentou:

“O cristão é um homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração. Não existe cristão sem alegria! Mas, Padre, eu já vi tanta coisa! Não são cristãos! Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa. A carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha. Está conosco”.

“O cristão faz esta alegria crescer com a confiança em Deus. Deus se lembra sempre de sua aliança. O cristão

Catequese do Papa Francisco

sabe que Deus se lembra dele, que Deus o ama, que Deus o acompanha, que Deus o espera. Esta é a alegria”, disse ainda o Papa.

É UM MAL SERVIR A RIQUEZA, NO FINAL FAZ-NOS TRISTES

Francisco, assim, dirigiu sua atenção para a passagem do Evangelho de hoje que narra o encontro de Jesus com o jovem rico. Um homem, disse, que “não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”, “porque possuía muitos bens”:

“Era apegado aos bens! Jesus nos disse que não se pode servir a dois senhores: ou serve a Deus ou serve as riquezas. As riquezas não são ruins em si mesmas: mas servir a riqueza, esse é o mal. O pobre homem foi embora triste... “Ele franziu a testa e retirou-se triste”. Quando em nossas paróquias, nas nossas comunidades, em nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser cristãs, mas são tristes, algo está errado. E nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa ter essa alegria que é própria do Evangelho”.

Ele se concentrou sobre a “alegria e o estupor”. “O estupor bom – disse o Papa – diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito Santo”.

cisamos de ternura”. Com isto qualquer um de nós pode sentir e refletir o verdadeiro significado de ser terno. As máquinas são insensíveis e o excesso de inteligência também. Para muitos, a ternura é só doçura e uma leve triste expressão no rosto quem a demonstra. Na verdade, vivenciar a ternura é um gesto que exige força e exigência sem, no entanto, deixar de lado a suavidade e o carinho.

Neste mês somos convidados a sermos docemente fortes! Num mundo excessivamente agressivo a ternura vem a nosso encontro para apaziguar e resolver conflitos. Exercitar esta arte será nosso maior e constante desafio para que possamos construir a partir de nossas relações o caminho para uma sociedade justa e fraterna. Desejo que cada um posso viver da Ternura com a Qual o nosso Deus nos ama e nos perdoa.

Meu abraço para todos os novos casais que celebraram seu casamento aqui na nossa paroquia. Deus os sustente.

O cristão “é um homem, uma mulher de estupor”. Uma palavra, destacou, que volta hoje no final, “quando Jesus explica aos Apóstolos que aquele jovem tão bom não conseguiu segui-lo, porque ficou preso às riquezas”.

Quem pode ser salvo, se perguntam então os Apóstolos? A eles, o Senhor responde: “Impossível aos homens”, mas “não a Deus!”.

NÃO BUSCAR A FELICIDADE EM COISAS QUE, NO FINAL, NOS ENTRISTECEMA alegria cristã, portanto, “o estupor da alegria, de ser salvos de viver presos às coisas, à mundanidade – as muitas mundanidades que nos afastam de Jesus – isso pode ser superado somente com a força de Deus, com a força do Espírito Santo”:

“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o estupor diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu; e com este estupor nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver com paz no coração as inúmeras dificuldades; e nos proteja da busca da felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”.

Jesus nos dá a verdadeira alegria, a Ternura. Não a riqueza, que traz divisão...

Vida em Ação N°192 Maio | 2016Mães Mães

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Luciana Pires da Silva, 39 anos, está entre os quase 2 milhões de pessoas que ficaram desempregadas ao longo do último ano. Qualquer história, eleita dentro desse universo estatístico de desencanto que se transformou o Brasil, seria legítima. Mas a história de Luciana não é uma história qualquer.

Moradora do Jardim Nova Esperança, Luciana é mãe e pai. De seu trabalho saía o sustento de 11 de seus 13 filhos: Lucas, 22 anos; Débora, 20; Mateus, 19; Alan, 17; Bruna, 15; Bruno, 14; Vitória, 12; Pamela, 10; Letícia, 8; Élisson, 6, e Taíssa, 5. Alisson, 18, mora no bairro União da Vitória. Com o primeiro filho, Henrique, 25, Luciana não tem mais contato. Quando ele nasceu, ela tinha 15 anos. “Eu engravidei e o pai dele largou de mim. A família dele tinha um nível melhor do que a minha; aí eles pegaram o molequinho pra eles”, conta.

Na casa, de apenas sala, cozinha e dois quartos, moram Lu-ciana, 11 filhos e 10 gatos. Débora está grávida do segundo filho. “Ela foi casada, mas não deu certo. Agora voltou a morar comigo”, explica. “Que eu sei, tenho três netos”, contabiliza. Com o pai de Débora e Lucas, Luciana morou por três anos e se separou. Com o pai de Mateus, não chegou a ter um relacionamento de fato. “É o único que não conhece o pai”, diz. Os outros nove filhos ela teve com o ex-companheiro com quem morou por 16 anos.

“Ele começou a judiar demais de mim; me xingava muito, me batia na frente das crianças. Entrei na Justiça e tiraram ele daqui. Semana passada, o juiz decretou que ele vai ter que pagar uma pensão. Vão entrar em contato com ele para entregar a intimação porque ele não compareceu na audiência. Ele não me ajuda com nada. É só eu, Deus e a ajuda da igreja”, conta, referindo-se à cesta básica que recebe dos vicentinos no início de todo mês.

Os filhos também estão desempregados; alguns fazem curso técnico. Os pequenos estão matriculados e frequentam a escola. Os recursos do Bolsa Família estão bloqueados há seis meses. “Eles falam que é porque as crianças faltam na escola, mas não é isso. A professora me passou o seguinte: as crianças estão na sala de aula, mas não ouvem o professor e ele não marca presen-ça, e isso vai acumulando as faltas. A diretora me chama, eu sem-pre estou na escola procurando saber se eles estão indo ou não.”

A casa própria é uma das alegrias de Luciana. “Dou graças a Deus de ter a minha casa. Eu ganhei da Caixa, do ‘Minha Casa, minha vida’. Eu ia pagar um pouco, o governo, outro pouco porque tenho muitos filhos e não tenho marido. Tá certo que eu estou devendo a prestação. Se fosse pra quitar hoje, no máximo com R$ 2.500 eu quitava. Só que sem emprego não tem como.”

A saúde dos filhos é outro motivo de alegria. Susto, Luciana só teve mesmo com a caçula. “Quando o Élisson tinha seis meses, me chamaram para fazer laqueadura e períneo. Os médicos não viram, mas eu já estava grávida de três meses da Taíssa. Fiz a cirurgia, passei mal, ficava mais no hospital do que em casa. E todo mundo perguntava por que a minha barriga estava crescendo. Eu achava que era porque tinha quebrado a dieta e estava inchada. Aí um dia a moça do posto veio em casa e pediu um ultrassom. Estava grávida de sete meses”, relata.

As complicações não demoraram a aparecer. “Minha bolsa rompeu uma semana antes, perdi o líquido, não sentia dor... No parto, a placenta veio primeiro que ela. Taíssa ficou sete dias na incubadora. Foi para o quarto e teve infecção no sangue por causa dos remédios fortes que eu tomei. Fizeram o tratamento, quando deu uma semana que ela estava em casa, nasceu um monte de ferida no corpo dela, não podia nem usar fralda. Os cabelos caíram. Eu achava que a minha filha ia morrer. Não morreu por Deus mesmo. Aí fizemos tratamento de pele e, graças a Deus, ela está aqui. É o meu bebê.”

Como é ter tanta companhia?Vou falar pra você, tem hora que me vejo louca, ainda mais na hora que está faltando as coisas. (Chora.)

Por outro lado, você nunca está sozinha... Quando era mais nova você imaginava que teria tantos filhos?Não. Quando a gente conversava entre as meninas, as minhas primas falavam que queriam ter filhos e eu falava: ‘Nunca quero ser mãe’.

Por quê?Porque eu via o trabalho que filho dá. Eu mesma dava trabalho pra minha mãe. Eu e minhas irmãs. Somos em seis irmãs, só mulher da parte da minha mãe. Da parte do meu pai, sou eu, meu irmão e uma irmã. Meu pai teve outra família.

Seus pais são vivos?Meu pai mora no Jardim Atlanta; a minha mãe mora no Vista Bela com as minhas irmãs, porque ela tem problema de saúde.

Qual é o seu maior desejo? (Chorando.) Um emprego.

E além do emprego?(Chorando.) Arrumar a minha casa, dar um conforto melhor para os meus filhos.

E os seus filhos, falam que querem estudar, fazer faculdade?A Bruna já está no primeiro grau. Ela vive falando que quer ser advogada. Faz curso de menor aprendiz, que já sai com em-prego. Já tirei documento dela e do Alan, a única coisa que falta é tirar a carteira de trabalho deles. Aí pelo menos eles podem correr atrás de um emprego registrado.

Eles brigam?Não. E se mexer com um, mexeu com todos. É um cuidando do outro.

E no final das contas, para quem não achou que ia ser mãe, o que é a maternidade hoje pra você?É tudo, não vivo sem eles não. Às vezes os vizinhos falam pra mim que eu tenho que cortar o cordão umbilical, que eu não deixo eles viverem a vida deles. Mas eles não querem sair, eu vou colocar pra fora? Não. Eu sou a mãe! Não interessa se têm 20, 30 anos. Minha família é assim, a família Pires é a família amor. Se acontece alguma coisa hoje comigo, pode ter certeza, minha família vem de tudo quanto é lugar. Meu pai é um paizão, eu amo aquele veinho. É tudo pra mim. Não me vejo sem meu pai.

Você teve um filho atrás do outro. Nunca pensou em contraceptivos? Eu coloquei DIU e tive que tirar porque eu engravidei. Tomava anti-concepcional e engravidei também, foi aquele tempo que o posto deu anticoncepcional com farinha. Meu pai fala que é por Deus. Que é dom de Deus. Enquanto tem muita mulher que quer um filho e não consegue, Deus me deu um monte. É a minha riqueza.

Rosângela Vale

Meus filhos, minha riquezaDesempregada há quatro meses, Luciana tem 13 filhos; 11 moram com ela em uma pequena casa no Jardim Nova Esperança

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Vida em Ação N°192 Maio | 2016

Carol Thomaz de Aquino

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O auxílio à comunidade que vive em situação precária e de risco é uma missão árdua e difícil. A união, vontade, amor e disponibilidade são essenciais nessa missão.

As Irmãs Salesianas Missionárias de Maria Imaculada estão atuando na região Sul da cidade há 10 anos por meio da Casa de Apoio, localizada no União da Vitória.

Os benefícios desse trabalho extrapolaram as fronteiras do União da Vitória e famílias do Nova Esperança e do Jardim Cristal também são atendidas. O trabalho da Congregação é realizado nos cinco continentes, “segundo a necessidade da comunidade nós adaptamos o auxílio de forma adequada a situação. Aqui em Londrina a casa de apoio foi a melhor opção. Na Índia temos escolas grandes, hospitais e centro social”, esclarece a irmã responsável Noel Lilly Pushpam.

A Casa de Apoio oferece curso de corte e costura, crochê, pintura, inglês, francês, informática, aulas de instrumento musical, balé, curso de corte de cabelo, yoga e a inovadora

terapia Sujok – uma técnica criada por um coreano.

SUJOK TERAPIA“Su quer dizer mão e Jok significa pé, nossa saúde está nas mãos e nos pés. Quando as pessoas falam dos seus problemas eu trato nos pontos correspondes das mãos e dos pés” explica irmã Pushpa.

Ela contou que trabalhou na Índia com cidadãos com problemas mentais e quando chegou ao Brasil percebeu que havia muitos casos de alcoolismo, drogas e transtornos psicológicos. A irmã decidiu retornar à Índia e se especializar em assistência social, médica, psiquiatria e em conselho. Foram 3 anos de estudo e muita experiência de trabalho. Dentro dessa especialização observou que a terapia Sujok é uma boa alternativa para ajudar a comunidade que atende em Londrina.

Ao estimular estes pontos é impulsionado o efeito curativo. Essa técnica é muito utilizada para que se encontre “a paz men-

COMO AJUDAR A CASA DE APOIOAs irmãs Salesianas têm uma parceria com posto de saúde do União da Vitória e em sábados alternados é feito um trabalho com gestantes orientando e auxiliando temas relacionadas ao pré e pós-natal.

ALÉM DE VOLUNTÁRIOS, A CASA DE APOIO PRECISA DE: • Material para as aulas de crochê e pintura: barbante, telas, tintas e

guardanapos;• Verba para ter conexão wi-fi, além de lap top e retroprojetor;• Voluntário que desenvolva e cuide da mídia social: site, facebook, e-mail;• Para o desenvolvimento da técnica Sujok precisa de acrílico colorido: branco

– verde – amarelo – vermelho – marrom (castanho) – azul;

Para poder massificar o atendimento da comunidade com a terapia Sujok há a necessidade de uma instalação adequada e para isso o projeto de uma clínica para fazer atendimento se faz necessário. Será preciso a mobilização da comunidade para a obtenção de recursos para tal.

“Pretendo dar treinamento para as pessoas conhecerem a terapia Sujok, tanto para benefício pessoal como para auxiliar nos tratamentos com a comunidade”, diz. Duas pessoas já fazem esse treinamento.

tal”. Dessa forma se torna eficaz contra o estresse que é o causador de muitos outros males que danificam a saúde.

A Sujo é usada para combater a depressão, raiva, medo ou preocupações. Enquanto estávamos fazendo a reportagem, a irmã atendia uma moradora da comunidade. Uma mulher de mais de 50 anos que reclamava de dores no corpo e insônia. Irmã Puspha realizou a técnica e em pouco mais de 15 minutos a mulher já se dizia relaxada e sem dor.

“Tenho muitas responsabilidades então iniciei o trabalho de Sujok há três meses. No mês de abril atendi 54 pessoas individualmente e 23 grupos. O tempo de tratamento depende do problema da pessoa, às vezes em uma sessão já é resolvido. Dificuldades crônicas podem ser tratadas em quatro sessões. Problemas com a tireoide e menstruação, por exemplo, devem ter uma continuidade de quatro dias consecutivos”.

Irmãs Salesianas ampliam o projeto e precisam de ajuda para manter e dar continuidade às ações realizadas com a comunidade local

Você quer ajudar a Casa de Apoio? Entre em contato com a secretaria da Paróquia ou ligue para (43) 3341-0342 | (43) 3341-5280

Casa de Apoio atua há 10 anos na região sul de Londrina

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"Tratar o emocional e dar conselho pastoral é fundamental", irmã Pushpa

Angelina – 53 anos – faz aula de violão há 4 meses na Casa de Apoio " é muito bom, a gente distrai a cabeça".

Atendimento Su Jok terapia

Materiais utilizados na Su Jok terapia - acrílico

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Vida em Ação N°192 Maio | 2016

Kátia Baggio

Ética Cristã ∂ ignorar ou praticar?Ou, quando se fala sobre princípios, sem conhecê-los

“Ao saudar vocês, queridos peregrinos brasileiros, o meu pen-samento vai à sua amada Nação. Nestes dias em que nos prepa-ramos para a festa de Pentecostes, peço ao Senhor que derrame abundantemente os dons do seu Espírito, para que o País, nestes momentos de dificuldade, siga por estradas de harmonia e de paz, com a ajuda da oração e do diálogo. Possa a proximidade de Nossa Senhora Aparecida, que como uma boa Mãe nunca aban-dona os seus filhos, ser defesa e guia no caminho." As palavras de carinho são do Papa Francisco, ao se referir, pela primeira vez, à crise política e econômica no Brasil. A mensagem foi proferida no dia 11 de maio, mês passado, durante a famosa audiência geral do pontífice aos fiéis, na Praça São Pedro, no Vaticano.

Na edição anterior do nosso Vida em Ação, foi publicada a posi- ção de Francisco em relação à política, do nosso dever de nos com-prometermos, da não omissão para a construção de um país me-lhor. Papa Francisco é um defensor da vida em todo o seu sentido.

O Vida em Ação de abril também abordou o tema Ética Cristã e falamos um pouco sobre os primórdios do conceito ética, com o Código de Hamurabi e o princípio “olho por olho, dente por dente”, que defendia um castigo tão severo quanto o erro.

Mais uma vez, longe da pretensão de aprofundar teorias, va-mos refletir sobre outros princípios ligados à ética.

O italiano Nicolau Maquiavel nasceu no século XV e é consid-erado o pai da ciência política moderna. É atribuído a ele o lema “os fins justificam os meios”, como estratégia para se atingir objetivos. Assim, o termo “maquiavélico” designa alguém que trama uma ação sem se preocupar com as leis, com o respeito ao outro, com a ética.

A socióloga Maria Lúcia Victor Barbosa é especialista na vida e na obra de Maquiavel. Ela alerta que é preciso analisar suas idéias a partir do momento político e social no qual viveu, com uma Itália dividida e governantes se valendo de exércitos de mercenários para tomar o poder dos vizinhos. “Maquiavel retratou o Estado e os governos a partir da realidade da época, ele foi preciso em expor como eles se articulavam para se manter no poder”.

Ao longo dos séculos a teoria deste pensador sofreu críti-cas, mas também ganhou simpatizantes. Na obra mais famosa de Maquiavel, O Príncipe, ele analisa os tipos de principado que existiam e propõe que o governante crie seu próprio exér-cito, para garantir a segurança do país e acabar com traições. Jean-Jacques Rosseau teria visto Maquiavel quase como um conselheiro do povo, ao entender que o livro finge dar lições aos governantes, quando passa, de fato, grandes alertas sobre como pensa e age quem está no poder.

“Maquiavel vê o Estado como responsável por assegurar a ordem

do país e, por essa razão, somente esta instituição tem a prerrogativa de provocar uma guerra, mas somente se a segurança nacional estiver em risco, pois o custo é alto e as mortes são muitas. Em resumo, este é o sentido do termo os fins justifi-cam os meios”, observa a socióloga.

Outros estudos apontam que na visão de Maquiavel a História se repete e, nesse sentido, ele consideraria seu livro útil para que os povos e governantes, tentados a agir sempre da mesma forma, evitassem cometer os mesmos erros. “O que Maquiavel defende, no fim das contas, é um país unido e livre de corrupção”, diz Maria Lúcia.

ESCOLHAS E CONSEQÜÊNCIASO filósofo e professor Frederico Zanca-naro observa que Jesus Cristo propõe liberdade com sabedoria, sem ignorar o respeito ao próximo. “Cristo parte da dignidade inerente à natureza humana, para conversar com as pessoas. O professor complementa que para Cristo cada pessoa é única, inconfundível e deve ser respeitada em sua natureza. Ele cita duas passagens bíblicas que ilustram o respeito de Cristo pelo homem. Em uma de suas peregrinações, Jesus parou no poço de Jacó e conversou com a mulher que teve cinco maridos. Ele ofereceu a ela a conversão sem dizer uma só palavra ofensiva, sem julgar seus atos.

Em outra situação, Jesus escolheu 12 homens sem cultura para fazer deles os apóstolos que levariam a Palavra pelo mundo. Pedro era o mais despreparado, mas Jesus viu nele a capacidade de compreender, de amadurecer e com respeito e paciência o tornou mentor dos Seus ensinamentos.

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Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.

Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.

Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não acon-teça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.

Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.

Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.

Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.

Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.

Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor.

Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;

Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;

Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.

Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.

O Sermão da Montanha é considerado o mais completo manual de conduta para a salvação da humanidade. É um reflexo da ética de Jesus Cristo. A edição de abril trouxe o início do Sermão, até o versículo 17. Segue mais um trecho. Lembrando que o Sermão está no Evangelho de Mateus, capítulos 5 ao 7.

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"Cristo parte da dignidade inerente à natureza humana, para conversar com as pessoas"

“O que Maquiavel defende, no fim das contas, é um país unido e livre de corrupção”

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Vida em Ação N°192 Maio | 2016

Sempre que visitávamos o Cemitério de Araçatuba, minha mãe parava para rezar diante do túmulo de uma família japonesa. Um dia, ainda criança, perguntei-lhe a razão desse costume; então Aracy me contou uma história.Maria estava para dar à luz. Seria o seu primeiro filho e o primeiro neto de Pai Costa e Mãe Mulata. Era domingo. Durante o dia inteiro, a numerosa família parou para acompanhar o drama de Maria. Ela gritava desesperadamente, com dores terríveis.

Mãe Mulata mandara chamar Isabel, experiente parteira da região, mas a situação era desesperadora. Ao verificar o estado de Maria, Isabel disse que seria preciso chamar um médico. “Senão vão morrer as duas, mãe e filha.” Mal a parteira havia terminando de dizer essas palavras, Mãe Mulata saiu de casa, rumo à casa de Dr. Quincas, obstetra de renome.

Quincas achava aquele povo que morava para baixo da linha muito dramático e escandaloso. Faziam tempestade por qualquer bagatela. Ainda mais essa tal Dona Mulata, bugre selvagem, analfabeta de pai e mãe. Mandou Rosa, a criada, dizer que ele estava com uma crise de labirintite e não poderia ir.

Rosa persignou-se antes de dar a resposta à Dona Mulata. Tinha medo de apanhar. De repente, teve uma idéia e disse: “O Dr. Quincas está com tontura, Dona Mulata. Ele não consegue pegar neném agora, não. Mas por que a sra. não procura o Dr. Japonês? Ouvi falar que ele é bom. Mora vizinho da igreja.”

Dona Mulata saiu xingando Quincas até a quinta geração, mas não tinha tempo para discussões. Partiu rumo às cercanias da matriz. Dr. Japonês morava ali. Uma janela de madeira se abriu e apareceu um homem de cabeça amarela e oval, quase um cuco de re-lógio, com óculos e bigode. Ele não sorriu. Disse apenas: “Já vou.” E foi.

Dona Mulata caminhou ao lado do médico pelas ruas que conduziam à estrada de ferro. Ele trajava um terno preto que lhe faria parecer mais com um corretor de imóveis com sua maleta de couro marrom desbotado. Na lapela, em vez de flor ou lenço, havia uma cabeça de estetoscópio.

Chegando à Rua Castro Alves, número 15, o médico entrou na casa em silêncio, mas não deixou de fazer uma reverência ao Pai Costa, maquinista de trem que o havia conduzido diversas vezes em viagens até a casa dos parentes em Pereira Barreto. Foi até o quarto de Maria. Minutos depois, ouviu-se um choro de criança: o Dr. Japonês abriu a porta e sorriu. “É menina”, ele disse.

Foi assim que o Dr. Yampei Kikuchi salvou as vidas de minha avó e minha mãe. E eu tenho certeza de que Nossa Senhora estava ali, ajudando na hora do parto.

(43)9993-5698 • (43)3322-5871

10 Reflexão

Seu almoço deDomingo muito mais gostoso!

A 2 minutos do Shopping Catuaí. (43)3323-2100Atendemos também casamentos e batizados.

O demonstrativo financeiro está à disposição dos paroquianos na secretaria da paróquia.

Uma questão de fé!Você participa do Dízimo?

Em 1940, um médico japonês salvou minha mãe. Em 1950, ela escreveu uma cartinha que chegou até nós somente agora

11Enquetes

opinião dos paroquianos: O dom da maternidade...

Pra mim ser mãe é tudo, eu não posso nem falar muito porque eu choro de emoção, eu tenho duas filhas lindas, esse é o resultado da minha maternidade. A minha primeira filha nasceu quando eu tinha 31 anos, não era tão novinha, e foi uma espera boa, minha gravidez foi bem programada. A palavra que resume minha maternidade é Maria.

É algo supremo, é uma felicidade muito grande, é abdicar de si mesma pelo outro, pelos filhos. É pensar primeiro nos filhos, é pensar que existe outro ser dependente de você, é pensar que sua vida vale a pena pelos filhos. A gente trabalha pelos filhos, vem à missa para acompanhar os filhos, tudo a gente faz pelos filhos. O que resume a minha maternidade: presente de Deus.

É a coisa mais importante da minha vida, é um dom que só quem é mãe que vai entender. Porque é divido, é maravilhoso. Eu tenho quatro filhos e sete netos, e eu queria ter mais filhos. A palavra que resume a maternidade: milagre.

É a coisa mais linda desse mundo, é completar a vida da gente, é ter todos os minutos cheios de alegria. A palavra que resume minha maternidade é amor.

Ser mãe é tudo, é amor, é respeito, é dedicação. O amor resume a minha maternidade.

É a maior felicidade do mundo, principalmente quando você é mãe duas vezes, através das netas, então tudo é alegria. O que resume a minha maternidade é realização.

Patrícia 43 anos mãe de 2 filhas

Celinda 64 anos mãe de 4 filhos

Leise 68 anos mãe de 3 filhas

Lauri Célia 49 anos mãe de 2 filhos

Andréia 39 anos mãe de 2 filhas

Maura 70 anos

Carol Thomaz

Duas histórias de mãe

A CARTA DE 1950No último Domingo de Pentecostes, minha mãe nos fez uma bela

surpresa. Como não está mais entre nós, Aracy utilizou como instrumento a netinha Liz, de 8 anos.

Minha irmã Fernanda estava fazendo a limpeza em um armário de sua casa. Em certo momento, Liz olhou para uma velha caixa no alto

do móvel e disse: “Mamãe, eu quero ver o que tem dentro daquela caixa!”

Fernanda abriu a caixa e viu que estava cheia de fotos e papéis antigos de nossa família. Um dos papéis era um envelope

amarelecido pelo tempo. Dentro dele, havia uma carta de nossa mãe, Aracy, à nossa avó materna, Maria. A carta é de 14 de maio de 1950,

66 anos atrás. Era uma carta de Dia das Mães.A carta da pequena Aracy — que tinha 9 anos na época — é de uma

suavidade angelical. Numa letra de mão caprichosa, ela diz:

“Querida mãezinha,Quem escreve esta carta é sua filha que muito a estima e adora.

Escrevo esta carta com o coração cheio de alegria.Agradeço tudo que me fez dando-lhe um pequeno presente.

Prometo ser muito boa para a senhora.Que Nossa Senhora a proteja, minha mãezinha, e que ela esteja

sempre ao meu lado.Um beijo bem forte no seu coração.”

Depois da carta vinha o presente, um pequeno poema. Eis o que nos diz minha mãe, com sua voz e letra de menina cheia de sonhos:

“Eu amo minha mãezinhaDe todo meu coração.

Quando me chama filhinha,Fico cheia de emoção.

A sua fala tão doceRepassada de carinhos

Canta dentro de minh’almaComo a música dos ninhos.

Minha mãezinha gentil,Serei menina aplicada

Para dar-te gostos mil.”

A carta de minha mãe, encontrada no Domingo de Pentecostes e inspirada pela Mãe de Deus, veio iluminar o nosso coração com os

dons que ela sempre cultivou na vida: piedade, fortaleza, sabedoria, temor de Deus, entendimento, ciência e conselho.

Obrigado, mãe! Obrigado, Mãe!Paulo Briguet

Vida em Ação N°19212 Eventos

FÁBRICA DE MÓVEIS PARA: HOSPITAIS, CLÍNICAS E LABORATÓRIOS

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Dia das mães

Missa de Corpus Christi na Capela Sao Joao XXIII

PEREGRINAÇÃO PARA A TERRA SANTA E ISTAMBUL EM SETEMBRO DE 2016, COM PE. RAFAEL SOLANO

Reunião no dia 23/06/2016 às 20h no Centro de Pastoral da Paróquia. Nesta ocasião haverá uma palestra com o diácono e professor de História, Geraldo Luiz de Sousa, sobre Istambul. Todos estão convidados. Venham participar!

AVISO

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