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Página 2 “É muito importante que exista a consciência por parte dos jovens de que ati- tudes impensadas podem ter graves consequências”, Amanda Carolina Cordeiro. Gravidez “Jean Wyllys, que fala tanto de igualdade e liberdade de expressão, insiste em censurar o deputado Feliciano e tem soltado um bocado de co- mentários preconceituosos,”, Jorge Camargo. “Cura Gay” O que fazem os estu- dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Estelita Carazzai. Por onde anda? lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Sexta-feira, 28 de junho de 2013 Chuva Mín. Máx. 12ºC 17°C Curitiba Ano XIV Edição 8024 Notícia Antiga No dia 28 de junho de 1945 nasceu Raul Santos Seixas, cantor consid- erado um dos pioneiros do rock brasileiro. Página 6 Amigos do parque barigui Por mais que muitos temam que as obras para a Copa do Mundo este- jam andando de forma insatisfatória, a Anac afirma que, pelo menos no quesito aeroportos, as obras não estão atrasadas pelo padrão da FIFA. As reformas dos aeroportos estão em 3º lugar no rank- ing dos gastos com a Copa no Brasil. Página 4 Séries O Lona está entrando em hiatus e, junto com ele, a coluna Sexta fora de série. A colunista Júlia Trindade usa a data para falar sobre uma de suas séries favoritas que irá voltar no dia 1º de julho, a britânica Skins. Na última coluna Samba, choro e afins do semestre, Halanna Aguiar faz uma homenagem à mineira que deu uma nova cara ao samba no Brasil, a saudosa Clara Nunes. MPB COLUNAS Galeria subterrânea do Parque Barigui acaba embaixo da água, sempre que o nível do lago sobe, impedindo trânsito de pedestres, corredores e ciclistas. Segundo au- tor do projeto, isso já estava previs- to. A CURIOSA PONTE ALAGADA Polêmico projeto de revitalização do Parque Barigui sofre críticas ME/Portal da Copa/Lucas Elam Geral

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: Lona 802 - 28/06/2013

Página 2

“É muito importante que exista a consciência por parte dos jovens de que ati-tudes impensadas podem ter graves consequências”, Amanda Carolina Cordeiro.

Gravidez

“Jean Wyllys, que fala tanto de igualdade e liberdade de expressão, insiste em censurar o deputado Feliciano e tem soltado um bocado de co-mentários preconceituosos,”, Jorge Camargo.

“Cura Gay”

O que fazem os estu-dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Estelita Carazzai.

Por onde anda?

lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Sexta-feira, 28 de junho de 2013

Chuva

Mín. Máx.

12ºC17°C

Curitiba

Ano XIVEdição 8024

Notícia AntigaNo dia 28 de junho de 1945 nasceu Raul Santos Seixas, cantor consid-erado um dos pioneiros do rock brasileiro.

Página 6

Amig

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Por mais que muitos temam que as obras para a Copa do Mundo este-jam andando de forma insatisfatória, a Anac afirma que, pelo menos no quesito aeroportos, as obras não estão atrasadas pelo padrão da FIFA. As reformas dos aeroportos estão em 3º lugar no rank-ing dos gastos com a Copa no Brasil.

Página 4

Séries

O Lona está entrando em hiatus e, junto com ele, a coluna Sexta fora de série. A colunista Júlia Trindade usa a data para falar sobre uma de suas séries favoritas que irá voltar no dia 1º de julho, a britânica Skins.

Na última coluna Samba, choro e afins do semestre, Halanna Aguiar faz uma homenagem à mineira que deu uma nova cara ao samba no Brasil, a saudosa Clara Nunes.

MPB

COLUNAS

Galeria subterrânea do Parque Barigui acaba embaixo da água, sempre que o nível do lago sobe, impedindo trânsito de pedestres, corredores e ciclistas. Segundo au-tor do projeto, isso já estava previs-to.

A CURIOSA PONTE ALAGADAPolêmico projeto de revitalização do Parque Barigui sofre críticas

ME/

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Geral

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P2 Sexta

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Da Redação

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

Editorial

junho, 2013

Por Onde Anda?

Jorge Camargo

Estelita Carazzai

Um fato inédito desde a implantação da atual Constitu-ição de 1988 pode ser um indício de que o país está indo para frente no que diz respeito à im-punidade. O deputa-do Natan Donadon é o primeiro deputado preso após uma con-denação pelo Supre-mo Tribunal Federal desde que a última assembleia consti-tuinte fez seu tra-

balho.É claro que não foi um processo sim-ples. A primeira acusação contra o deputado aconteceu em 2002 e só agora, 11 anos depois, Do-nadon está nas mãos da Polícia Feder-al. Pode ser, e é até provável, que após a apresentação da defesa, Natan logo volte à vida nor-mal (ou o mais per-to disso possível).

Mas já é um consolo para a sociedade sa-ber que ele sentirá o gostinho do cárcere por algum tempo.A presidente Dilma ainda pretende de-bater a possiblidade de tornar corrupção um crime hediondo; a proposta já segue para a Câmara dos Deputados. Com essas iniciativas podemos perceber que não apenas o ju-diciário brasileiro,

mas também o gov-erno tem escutado as vozes da rua. Desde que a onda de reivindicações populares teve ini-cio no último mês, muitos aspectos que estavam parados e sempre foram moti-vos de insatisfação popular foram es-cutados e alguns at-endidos. Isso prova que as mudanças pe-dem atitudes de im-pacto, tirando a mi-

noria que depredou o patrimônio pú-blico e causou prob-lemas, os manifes-tantes conseguiram mostrar sua força. Essa força mostrou que mudanças por mais lentas que se-jam são possíveis, e que o Brasil tem grandes chances de caminhar em busca de sua ordem e pro-gresso.

Acervo Pessoal

Feliciano e Wyllys, pautando as mídiasCercado de polêmicas, o deputado e pastor Marco Feli-ciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Huma-nos e Minorias (CDHM), diz existir a cura gay. Desde que assumiu o cargo, em março de 2013, a frase “Feliciano não me representa” tomou as comunidades virtuais, além de manifestações públicas de famosos e anônimos que não aceitam a dita “Cura Gay” que o deputado, e pastor, prega. Em contrapartida, te-mos o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor assíduo dos direitos gays, e combat-ente de primeira linha contra o deputado evangélico. Wyl-lys declarou guerra aos cris-tãos. Ou seja, tão polêmico quanto o seu (arqui) inimigo.A verdade é que no meio das farpas trocadas entre os dep-

utados, quem sofre as conse-quências são as pessoas. São dois segmentos que não rep-resentam necessariamente a maioria da sociedade que, no entanto, estão pautando a mídia nacional em torno de um conflito de minorias. O grande complicador do de-bate são as persistentes ten-tativas de Jean Wyllys e até mesmo do ex-presidente da Comissão de Direitos Hu-manos, Domingos Dutra, de descreditar Feliciano e até mesmo censurá-lo. Embora os comentários de Feliciano tenham sido desastrosos, um foi na mosca e passou pratica-mente despercebido. O depu-tado de São Paulo afirmou que renunciaria ao cargo se os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoi-no (PT-SP), condenados no

julgamento do mensalão, membros da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Ci-dadania), renunciassem.Feliciano, no final das con-tas, foi infeliz quando pediu voto para Dilma Rousseff na campanha de 2010, pois seus grandes opositores hoje são membros da base de apoio do PT. E Jean Wyllys, que fala tanto de igualdade e liber-dade de expressão, insiste em censurar o deputado Fe-liciano e tem soltado um bo-cado de comentários precon-ceituosos, não apenas contra evangélicos, mas contra cris-tãos em geral, sem falar na sua persistência em sugerir uma quebra nas regras de regimento interno da Câma-ra dos Deputados para depor Feliciano da Comissão de Direitos Humanos. Porém, o

conflito não se limita aos dois deputados, afinal, a Comissão de Direitos Humanos era an-tes presidida pelo PT – através do deputado maranhense Domingos Dutra. Devido aos acertos políticos entre os par-tidos que compõem a base do governo federal na Câmara dos Deputados, Feliciano foi eleito por 11 votos de 12 (1 voto em branco), ou seja, não houve sequer resistên-cia. No entanto, o escândalo que veio posteriormente foi desproporcional à eleição, ai-nda mais que antes da eleição nada foi falado sobre o tema.Segundo o jornalista político, Rodrigo César, “ainda assim, ambos os deputados pro-vavelmente sairão vitoriosos desse embate. Além de gan-harem muita mídia, se tor-naram referências dentro dos

seus respectivos grupos e isso vai refletir em suas votações no pleito de 2014. Nenhum dos dois me representa, as-sim como não representam a maioria dos brasileiros, no entanto, isso é o Legislativo, uma divisão de todos os va-lores, crenças e bandeiras representadas por 513 ho-mens e mulheres”A conclusão que tiro de toda essa balbúrdia é que ainda podemos esperar grandes fei-tos, tanto de Feliciano, quan-to de Wyllys. E a importância dessa reflexão é analisar a pluralidade que é a democra-cia e que move as discussões, pois ambos os lados têm o direito de expressar e defender seus pontos de vista, trabalhan-do, assim, para o bem comum de suas respectivas classes rep-resentativas.

É difícil dizer por onde ando, porque a cada dia ando num lugar. Desde que vi-rei correspondente da Folha de S.Paulo em Curitiba, há dois anos, (quase) não tenho rotina. Escrevo sobre tudo e falo com muita gente, a maio-ria bacana. Mas haja ginástica mental! An-tes disso, passei dois anos na Folha em São Paulo, cobrindo es-tados como Rondô-nia e Maranhão, a

Gravidez precoce S e g u n d o d a d o s d i -v u l g a d o s p e l o I B G E , c e rc a d e 7 0 0 m i l m e n i n a s s e t or n am m ã e s a c a d a an o n o Br a s i l , m e s m o c om a e x i s t ê n c i a d e m é t o -d o s c ont r a c e pt ivo s .Is s o a c ont e c e , n a m ai or i a d a s ve z e s , d e v i d o à f a l t a d e d i á l o go e nt re p a i s e f i l h o s , p oi s mu i -t o s t ê m ve rgon h a d e c onve r s ar t a i s a s s u nt o s c om s u a f am í l i a e n ã o t ê m l i b e rd a d e d e e x -pre s s ar s e u s s e nt i -m e nt o s . Mu i t o s p a i s a c h am c ons t r ange -

d or t e r u m d i á l o go ab e r t o c om s u a pro -l e , o qu e ge r a j ove ns m a l i ns t r u í d o s qu e i n i c i am a v i d a s e x u -a l s e m o m í n i m o d e c on h e c i m e nt o. A i n -d a n o c amp o f am i l -i ar, mu i t a s j ove ns e ng r av i d am p orqu e h á u m h i s t ór i c o d e g r av i d e z i n d e s e j a d a p or p ar t e d a s m ã e s , pr i m a s , t i a s ou avó s . S e r m ã e ou p a i n a a d o l e s c ê n c i a c au s a v ár i a s mu d an ç a s , n ã o s ó n a v i d a d o s j ove ns , m a s t amb é m d o s f am i l i are s e m vo l t a . A l é m d i s s o,

e s s e s j ove ns t e r ã o qu e am a du re c e r m ai s r ápi d o, p oi s a s r e s p o n s a b i l i d a d e s i r ã o au m e nt ar.Mu it o s d e s s e s a d o -l e s c e nt e s t ê m s e u s s on h o s bre ve m e nt e i n t e r r o m p i d o s . Po d e - s e d i z e r qu e s ã o a d o l e s c e nt e s v ive n d o a s u a f a s e a du l t a . A ge s t a ç ã o i n d e s e j a d a e nvo lve mu i t o m ai s d o qu e p e ns am o s : pro b -l e m a s f í s i c o s , e m o -c i on a i s , s o c i a i s , e nt re out ro s . Gr av i -d e z n a a d o l e s c ê n c i a t amb é m ge r a r i s c o s

a o b e b ê . É mu i t o i mp or t ant e qu e e x i s t a a c on -s c i ê n c i a p or p ar t e d o s j ove ns d e qu e at i tu d e s i mp e ns a d a s p o d e m t e r g r ave s c ons e qu ê n c i a s , p oi s u m a g r av i d e z i n e s -p e r a d a d i f i c u l t a qu e o j ove m t e n h a u m a v i d a n or m a l , c om o s a i r c om o s am i go s e e s tu d ar. In fe l i z -m e nt e , a m ai or i a d a s j ove ns a c h am qu e i s s o n ã o a c ont e c e r á c om e l a s . Pre ve n ç ã o é o c am i n h o, a s s i m p o d e m o s e v i t ar qu e

s i tu a ç õ e s c ontu r-b a d ore s c om o e s s a o c or r am . To d o s o s j ove ns e s t ã o s u j e i t o s à g r av i d e z pre c o c e , e nt ã o n ã o s e d e ve d i s c r i m i n ar e s s e s a d o l e s c e nt e s qu e v i -ve m e s s a re a l i d a d e . Gr av i d e z t e m s e u t e mp o e c e r t am e nt e a f a s e d a a d o l e s c ê n -c i a n ã o é o p e r í o d o a d e qu a d o.

Amanda Carolina Cordeiro

distância. Já tentou ligar para um orel-hão em frente a uma delegacia no interior do Ceará para falar com um policial? Eu já! Também passei um ano na Gazeta do Povo, como repórter de Economia, ainda recém-saída da fac-uldade. Minha dica: leia muito e se insc-reva em trainees (fiz dois, na Gazeta e na Folha). Vale muito a pena!

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SEXTA28 JUNHO, 2013

P3 Geral

LUCAS KARAS

A revitalização do Parque Barigui, fi-nalizada em julho de 2012, foi projetada com o fim de facilitar a vida tanto dos pe-destres, corredores e ciclistas como auxiliar o trânsito na região, além de prover ações para ajudar na con-tenção das cheias do lago. Dentre as medidas to-madas na execução do projeto, se destacava a criação de uma rótula, em frente ao módulo da Guarda Municipal, construída para facili-tar a entrada e a saída de veículos no Parque; além da construção de uma galeria sub-terrânea, que passa por baixo da Avenida Cân-dido Hartmann, que tam-bém foi revitalizada.Esta galeria, contudo, se tornou tema polêmico desde sua inauguração, pouco mais de um ano atrás. Devido à prox-imidade da ponte com a água, sempre que o nível

do lago sobe, a galeria fica inundada, impedindo as-sim, o trânsito das pes-soas.Para a terapeuta ocupa-cional, Rebeca Espíndo-la, a ponte é uma ótima solução para facilitar o acesso das pessoas aos lados opostos do parque. Contudo ela ressalta que o alagamento da galeria é um problema. “A ideia foi boa, mas parece ter sido mal executada ou pro-jetada”.Já o comerciante João Leonardo Madalosso, que passa quase diariamente pela galeria, não concor-da com as criticas. “Ele (o projeto) foi feito do jeito certo, pois auxilia o trân-sito tanto dos pedestres

como dos carros.” Ainda segundo o comerciante, os alagamentos ocorrem por causas inevitáveis e afirma que o projeto não pode ser criticado por causa disso. “São conse-quências naturais que não têm como ser evitadas”, opina o comerciante. João disse ainda que não se-riam cabíveis mudanças

no projeto, como aumen-tar a distância da ponte para a água, por exemplo. “Se aumentar a distância, os ciclistas vão acabar batendo a cabeça nas lu-minárias”, brincou.O autor do projeto e ar-quiteto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IP-PUC), Mauro Magnabos-co, explicou que a área do Parque Barigui é voltada para ser alagada, a fim de absorver e drenar a água do Rio Barigui, evi-tando que a mesma acabe causando enchentes no centro urbano. “Por mais que o parque seja voltado também para o lazer, sua função principal é ser essa

zona de alagamento”, afir-mou o arquiteto. Segundo Magnabosco, isso é um fa-tor que acaba influencian-do nos alagamentos que ocorrem na ponte. Mauro disse ainda que já sabia que a ponte poderia ficar submersa em certos dias, mas deu prosseguimento ao projeto, mesmo assim. “Desde quando projetei

a galeria, previ que isso iria acontecer”, afirmou o arquiteto. “Contudo, dei

prosseguimento, pois são poucos os dias - cerca de vinte-, em que a ponte poderia sofrer com o al-agamento.” No fim da entrevista, o autor do polêmico projeto brincou, quando afirmou que “terá de se explicar no resto de

sua vida, pela execução do projeto.”A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou, por meio de funcionários que estavam no Parque, que a ponte permaneceu alagada na última sema-na, devido à grande quan-tidade de chuva que atin-giu Curitiba. Além disso, há uma bomba que drena

a água que alaga a ponte. Contudo, ela estava es-tragada e também devido

às chuvas, fi-cou impossi-bilitada a tro-ca da mesma e com isso, a galeria aca-bou ficando praticamente s u b m e r s a , nos últimos dias. A pre-

visão é que a bomba seja trocada no máximo até a próxima semana. Con-tudo, conforme informa-ram os funcionários, tudo depende do tempo, pois em caso de chuvas, a troca fica impossibilitada.

Trânsito complicado

Além da ponte, outra rec-lamação por parte das pessoas que passam ou frequentam o Parque, é a lentidão na rotatória, nos horários de pico, no trânsito dos veículos na região. A estudante Ana Flávia Bello, que passa diari-

amente por lá, reclama da demora no local. “Eu uso ali, na verdade, para evi-tar a Manoel Ribas, mas parece que na região do parque é ainda pior.” A es-tudante diz que a rotatória não mudou muita coisa e afirma que se estressa com a situação. “(A rotatória) ajudou bem pouca coisa, a lentidão ainda é grande e isso irrita, estressa”.A construção da rotatória foi parte do projeto de revitalização do Parque e teve o fim de facilitar a en-trada e a saída dos veícu-los no Parque.

Galeria subterrânea do Parque Barigui sofre com alagamentos e impossibilita o trânsito de pessoas

“A ideia foi boa, mas parece ter sido mal executada ou projetada”

A ponte faz parte do projeto de revitalização do parque, finalizado no ano passado

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Amigos do parque barigui

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Reformas aeroportuárias do país são foco de avaliaçãoAtrasos nas obras de revitalização dos aeroportos são causados por falhas nos projetos

A pouco mais de um ano para a Copa do Mundo do Brasil, a situa-ção dos nos-sos aeropor-tos deixou de ser preocu-pante, mas ainda não é ideal. So-frendo muito com atrasos e baixa in-fraestrutura, os aeroportos já tomam for-ma para rece-ber o mundi-al, mas muitas obras ainda são feitas para receb er mos milhares de turistas no próximo ano. Entre obras do PAC e ex-clusivamente para a Copa, o custo das reformas e ampliações, que começou em 6,8 bi, subiu para 8,4 bi, quase 25% de aumento em relação ao custo origi-nal. As obras no sistema aeroportuário brasileiros estão em ter-

ceiro lugar na tabela de custos da Copa, perdendo apenas para os estádios e o urbanismo. Mesmo com todo o investimento as obras se encontram com um atraso de, em média, quatro meses nas cidades que receberão o mundial. Segundo a Infraero, falhas nos projetos são a grande causa dos atrasos e au-mento gradativo dos cus-tos. Com o intuito de

melhorar a qualidade dos serviços oferecidos nos aeroportos a Secretaria de Aviação Civil declarou que irá premiar o local que obtiver a melhor nota e valorizará os trabalha-dores que fazem parte da equipe do aeroporto gan-hador. De 05 de junho a

05 de julho todos os pas-sageiros que passarem pelos aeroportos poderão avaliar o serviço ofereci-do. O vice-presidente da Anac, Marcelo Guara-nys, garante que as obras em cidades como Campi-nas, São Paulo e Brasília estão em dia. As obras desses três aeroportos de-vem terminar em 2014 a fim de atender a deman-da gerada pelo mundial.

Marcelo diz que a maior preocupação com essas estruturas não são as da-tas mas sim a chance de as obras atrapalharem o fluxo de pessoas durante sua realização. Nossa equipe bus-cou informações sobre os aeroportos de três das

principais cidades que receberão a Copa de 2014, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, e também do aeroporto local, o Afonso Pena. Em todas as cidades as obras já foram inicia-das, e estão avançando em um ritmo satisfatório se-gundo a Infraero. Em São Paulo as reformas mais simples já foram concluí-das. Nas demais cidades tudo deve estar pronto até a metade do ano que vem.

As obras buscam o con-forto dos passageiros, além de realizar melho-rias nas pistas de pouso e nas estruturas das aero-naves. Em Curitiba, além da ampliação da pista es-tão sendo implantados 32 balcões novos de check-in, além de mais quatro

esteiras de bagagem. As reformas no aeroporto da capital paranaense pre-tendem ampliar a capa-cidade aeroportuária do Afonso Pena em 2,6 mil-hões de passageiros por ano, o que significa quase 50% de aumento em rela-ção à capacidade atual. No Rio de Janeiro as obras de revitalização dos terminais de em-barque e das pistas de pouso só ficarão prontas

no final desse ano. Mes-mo em obras a equipe de funcionários do aero-porto foi ampliada para a recepção dos turistas du-rante o período da Copa das Confederações. As-sim como em Curitiba, a grande preocupação na capital federal é não gerar

transtorno ao usuário du-rante as obras. A obra que faz parte do grande pro-jeto de estruturação de Brasília para o mundial do próximo ano, recebeu 900 milhões de reais, dos quase 3 bilhões destina-dos a capital. O anda-mento das obras demon-stra que pelo menos no quesito de infraestrutura a Copa chegará no padrão FIFA tão desejado.

ME/Portal da Copa/Lucas Elam

Reformas no aeroporto Afonso Pena em Curitiba.

O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, fez uma vistoria no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Valter Campanato/A

Br

VINICIUS SANTOS

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“Hiatus” é uma das palavras mais tristes que um fã de séries pode es-cutar. Os seus seriados fa-voritos são interrompidos por uma pausa de vários meses e a espera é quase insuportável. A coluna de hoje é a última desse se-mestre. O LONA volta em agosto junto com a “Sexta fora de série”. Devido a esse hiatus que temos pela frente, eu me preparei para falar sobre uma série em especial que volta dia 1º de julho: Skins!Para escrever sobre a maioria dos seriados que apareceram no “Sexta fora de série” eu tive que assistir justamente com o propósito de escrever para esta coluna. Tentei evitar discutir sobre séries que já tinha assistido, pois o objetivo principal da coluna é dar mais atenção às séries novas ou pouco conhecidas. Hoje eu abro uma exceção para Skins,

pois essa série merece (ou pelo menos parte dela).Skins é transmitido pela emissora de TV britânica E4 e é escrito por Bryan Esley e Jamie Brittain. No Brasil, o título da série recebeu a tradução “À flor da pele”. A característica inovadora de Skins, pelo menos na ép07), é retratar a adolescência de maneira mais pura eerdadeira do que outros seriados volta-dos ao público jovem. Os assuntos abordados en-volvem transtornos men-tais, sexualidade, drogas e morte. Outro fator mar-cante é o jeito que a série é dividida. A cada dois anos o elenco da série é substi-tuído. Isso quer dizer que duas temporadas equiv-alem a o que os criadores da série chamam de uma nova “geração”. Skins tem três gerações que, apesar de usarem o mesmo tema, possuem histórias dis-tintas que podem definir

a qualidade da tempo-rada. A primeira geração, por exemplo, é consid-erada pelos fãs a melhor de todas. Já a terceira é tida como a pior, pois o enredo estava desconecto e parte da audiência per-deu o interesse na quinta e sexta temporada.Antes da estreia da ter-ceira geração havia ru-mores na internet sobre a produção de um filme para a série, que pro-vavelmente seria sobre a segunda geração, que teve um final aberto para diferentes interpretações. A maioria dos atores es-tava animada com a ideia, mas os produtores afir-maram que não havia or-çamento para a realização de um filme. Porém, para a alegria dos fãs, Skins volta dia 1º de julho com sua sétima e última tem-porada. Dessa vez não será no formato normal, pois a temporada terá três

episódios de duas horas de duração que envolve os três principais perso-nagens da primeira e se-gunda geração (Cassie Ainsworth, Effy Stonem e Jack O’Connell).Depois de 6 anos, essa

será a despedida definitiva de Skins, uma série que, apesar de enfrentado tan-tos altos e baixos, merece um final decente. Desejo a todos os leitores do LONA boas férias. Aproveitem para assistir uma série in-

teres-sante. Lem-

“Onde chegava espan-tava a dor, com a força do seu cantar...” era isso, e muito mais, o que o mestre João Nogueira pensava e dizia sobre a nossa mineira, guerreira, nossa claridade, nosso sabiá, do nosso ser de luz: Clara Nunes. Mas não somente naquela épo-ca, pois ainda hoje quando se escuta Clara cantar é um sentimento inexplicável, a paz toma conta do lugar e dos ouvintes. Grande Clara Nunes, quanto brilho tinha, tem. Nossa deusa do samba que resgatou compositores e patenteou novos autores e firmou as raízes africanas.

Sorte do samba quando Clara cruzou o seu caminho, trazendo de volta grandes compositores, como Can-deia, Cartola, Nelson Cava-quinho, os compositores da Velha Guarda da Portela, sua escola de samba de coração. Consagrou-se com a eterna canção de Ataulfo Alves e Carlos Imperial “Você Passa e Eu Acho Graça”, juntamente com “Conto de Areia”. Naquela época quase ninguém acreditava que uma mulher conseguiria al-cançar o sucesso cantando, mas Clara provou para todo mundo o contrário conse-

guindo vender mais de 800 mil cópias com o LP “Forças da Natureza“.

A cantora também rece-beu uma homenagem do grande Chico Buarque com a clássica canção “Morena de Angola”. Clara fez sucesso com várias canções, mas as

que foram mais presentes em suas apresentações são

aquelas com elementos do candomblé, sua religião, como “A Deusa dos Orixás”, “Tributo aos Orixás”, “Ilu Ayê”. São tantos sucessos que fica difícil falar de todos, mas os mais conhecidos são “Coisa da Antiga”, “Feira de Mangaio”, “O Mar Serenou”.

Atualmente temos mui-tas cantoras que relembram

Samba, choro e afins

SEXTA28 JUNHO, 2013

COLUNISTASP5

a vasta obra de Clara Nunes, dedicando homenagens à cantora. Recentemente a cantora Mariene de Castro fez um tributo a Clara em CD e DVD e contou com as participações de Zeca Pa-godinho, Diogo Nogueira e nos apoios vocais com a Tia Surica, da Velha Guarda da

Portela, que teve a honra de conviver com Clara Nunes.

Outra grande homenagem foi feita pela cantora Alcione, em 1999, denominada de “Claridade – Uma Homena-gem a Clara Nunes”. Em Cu-ritiba temos a cantora e com-positora Maytê Corrêa que dedicou um tempo de sua carreira para homenagear a Clara Nunes, egravou DVD denominado “Clara Evidên-cia”, ao qual eu tive a honra de assistir.

Portanto Clara é “Nação”, é “Clara”, é “Brasil Mestiço”, é “Esperança”, “Guerreira”, é a “Força da Natureza”, o “Canto das Três Raças”, é “Claridade”, é “Alvorecer”, é “Clara Nunes”, “Clara Cla-rice Clara”, é a “Beleza que Canta”, é a “Voz Adorável de Clara”, é o “Talento de – Clara Nunes”.

E como disse João Nogueira: “Mas aconteceu um dia. Foi quando o meni-no Deus chamou e ela se foi pra cantar para além do luar onde moram as estrelas. E a gente fica a lembrar, vendo o céu clarear na esperança de vê-lá, sabiá. Sabiá, que falta faz sua alegria. Sem você meu canto agora é só melan-colia. Canta meu sabiá, voa meu sabiá, adeus meu sabiá, até um dia”.

Sexta fora de sérieJúlia Trindade

Um ser de luz...

Halanna Aguiar

SKINS

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AGENDASEXTA28 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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No dia 28 de junho de 1945 nasceu Raul Santos Seixas, cantor e compositor consid-erado um dos pioneiros do rock brasileiro. Tam-bém foi produtor musi-cal da CBS durante sua estada no Rio de Janei-ro, e por vezes é chama-do de “Pai do Rock Brasileiro” e “Maluco Beleza”. Sua obra mu-sical é composta de 21 discos lançados em seus 26 anos de carreira e seu estilo musical é tradi-cionalmente classifica-do como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como “Let Me Sing, Let Me Sing”. Seu álbum de estreia,

Raulzito e os Panteras (1968), foi produzido quando ele integrava o grupo Os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante”. Raul Seixas adquiriu um estilo mu-sical que o creditou de “contestador e místico”, e isso se deve aos ideais que vindicou, como a Sociedade Alternativa apresentada em Gita (1974), influenciada por figuras como Aleister Crowley.Raul se interessava por filosofia (princi-palmente metafísica e

ontologia), psicologia, história, literatura e la-tim e algumas crenças dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso. Ele conseguiu go-zar de uma audiência relativamente alta du-rante sua vida, e mesmo nos anos 80 continuou produzindo álbuns que venderam bem, como Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989), esse último em parceria com Marcelo Nova.

O que fazer em Curitiba?

28 de junho, às 20h: Orquestra OPUS convida: Derico Capela Santa Maria: Entrada franca (su-jeito a lotação)

28, 29 e 30 de junho, às 21h e 19h (dom.): Descoberta das AméricasTeatro Bom Jesus: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada). R$ 40 (antecipado)

29 de junho, às 20h30: Bolshoi Brasil, com Balé Raymonda e ChopinianaTeatro Positivo: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada)

29 de junho, às 20h30: Camerata Anti-quaCapela Santa Maria: R$ 30 e 15 (meia-entrada)