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Página 2 ”Quando uma mulher passa em frente a uma construção e um pedreiro qualquer grita “GOSTOSA” ou outra varia- ção, uma mulher não sente seu ego inflando, e muitas acham desagradável, mas não falam nada apenas pelo fato de esta- rem acostumadas com essas provocações.” Pedro Garcia Machismo “Você não pode lutar con- tra algo que é característi- co seu. Você não é respon- sável por aspectos físicos, você é responsável pela tua moral e pelo teu bom senso”, Bruna Alves Preconceito O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Gustavo Krelling. Por onde anda? lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Terça-feira, 28 de maio de 2013 Parcialmente nublado com chuvas e trovoadas Mín. Máx. 13ºC 19°C Curitiba Colunas Na coluna esportiva de hoje, Victor Hugo Turezo comenta a situação do Atlético Paranaense que foi derrotado após 144 dias sem jogar com o time titular. Esportes Economia Lucas Kotovicz prossegue com seu objetivo de trazer a econo- mia para as conversas diárias de todo mundo. O assunto de hoje é o plano de Mauricio de Souza de criar um personagem que ensine economia. Página 5 Problemas de postura passam a afetar jovens e adultos que utilizam aparelhos tecnológicos de forma errada e excessiva. A falta de cuidado com o manuseamento desses aparelhos em conjunto com a má postura, pode afetar o bem estar do corpo, e prejudicar o rendimento no dia a dia. Página 4 Ano XIV Edição 7814 Notícia Antiga No dia 28 de maio de 1908, nasceu o escritor Ian Fleming, o criador do espião James Bond Página 6 Fórum Internacional de Sustentabilidade e Empreendedorismo conta com a presença de palestrantes internacionais e dá ênfase ao desenvolvimento sustentável abordando dicas para empreededores visionários. Página 3 EMPRESAR 2013 recebe palestrantes e debate a sustentabilidade Profissionais e estudantes de medicina se manifestam contra a decisão do governo de trazer médicos cubanos para trabalhar no Brasil. Em Curitiba, 400 manifestan- tes se reuniram para uma marcha da Boca Maldita até a praça Santos Andrade. O nome do movimento contra a contratação de médicos estrangeiros é Revalida Sim. Página 3 SAÚDE Elana Borri Júlia Trindade Júlia Trindade

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Page 1: LONA 781 - 28/05/2013

Página 2

”Quando uma mulher passa em frente a uma construção e um pedreiro qualquer grita “GOSTOSA” ou outra varia-ção, uma mulher não sente seu ego inflando, e muitas acham desagradável, mas não falam nada apenas pelo fato de esta-rem acostumadas com essas provocações.” Pedro Garcia

Machismo

“Você não pode lutar con-tra algo que é característi-co seu. Você não é respon-sável por aspectos físicos, você é responsável pela tua moral e pelo teu bom senso”, Bruna Alves

Preconceito

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Gustavo Krelling.

Por onde anda?

lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Terça-feira, 28 de maio de 2013

Parcialmente nublado com chuvas e trovoadasMín. Máx. 13ºC 19°C

Curitiba

Colunas

Na coluna esportiva de hoje, Victor Hugo Turezo comenta a situação do Atlético Paranaense que foi derrotado após 144 dias sem jogar com o time titular.

EsportesEconomia

Lucas Kotovicz prossegue com seu objetivo de trazer a econo-mia para as conversas diárias de todo mundo. O assunto de hoje é o plano de Mauricio de Souza de criar um personagem que ensine economia.

Página 5

Problemas de postura passam a afetar jovens e adultos que utilizam aparelhos tecnológicos de forma errada e excessiva. A falta de cuidado com o manuseamento desses aparelhos em conjunto com a má postura, pode afetar o bem estar do corpo, e prejudicar o rendimento no dia a dia.

Página 4

Ano XIVEdição 7814

Notícia AntigaNo dia 28 de maio de 1908, nasceu o escritor Ian Fleming, o criador do espião James Bond

Página 6

Fórum Internacional de Sustentabilidade e Empreendedorismo conta com a presença de palestrantes internacionais e dá ênfase ao desenvolvimento sustentável abordando dicas para empreededores visionários.

Página 3

EMPRESAR 2013 recebe palestrantes e debate a sustentabilidade

Profissionais e estudantes de medicina se manifestam contra a decisão do governo de trazer médicos cubanos para trabalhar no Brasil. Em Curitiba, 400 manifestan-tes se reuniram para uma marcha da Boca Maldita até a praça Santos Andrade. O nome do movimento contra a contratação de médicos estrangeiros é Revalida Sim.

Página 3

SAÚDE

Elan

a Bo

rri Júlia Trindade

Júlia Trindade

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P2 Terça

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Maiara Yabusaki

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialEducação como prioridade

maio, 2013

Por Onde Anda?

Bruna Alves

Gustavo Krelling

O Governo Federal, por meio do chamado Índice de Desenvolvimento da Famí-lia, chegou à conclusão de que, apesar de a renda do brasileiro ter melhorado no governo Dilma, a situa-ção de acesso a emprego e a educação continua precária. O indicador, que tem como base de dados o mês de dezembro de 2012, é usado pelo governo federal para medir a pobreza do país e é aplicado ao Cadastro Único, um banco de dados detalhado sobre os recursos financeiros das famílias de baixa renda, que possibilita medir a situação dos pobres no Brasil.O índice, porém, não leva

em consideração somente a pobreza, uma vez que a ren-da do povo melhorou, mas as condições continuam miseráveis. A média é feita a partir de seis aspectos: a vulnerabilidade da família, a renda, o desenvolvimen-to infantil, as condições habitacionais a que es-tão expostos, o acesso ao trabalho bem como ao conhecimento. Cada item recebe uma nota de 0 a 1 e então é feita uma média a partir das notas individuais.O resultado obtido foi que a nota geral da população pobre do Brasil é de 0,61, menor do que a média de renda que foi de 0,63. Essa análise mostra que o governo

pode sim estar preocupado com a situação educacio-nal do país, mas não tanto quanto o poderio econômi-co de seu povo. Um país não pode depender apenas do consumismo, ou de quanto esse ou aquele indivíduo gastou no mês. A crise econômica dos Estados Unidos mostrou que nada adianta incentivar o consu-mo desenfreado sendo que não há como pagar no final, criando uma bolha que uma hora ou outra vai explodir e atingir a todos, inclusive aqueles que nada têm a ver com isso.A renda não deve ser o principal objetivo de uma nação, e sim a educação.

A Coreia do Sul é o melhor exemplo de comparação com o Brasil. Em 1960, os dois viviam situações bas-tante parecidas, ambos sub-desenvolvidos com índices de analfabetismo absurdos e índices socioeconômicos igualmente preocupantes. Hoje, a Coreia aumentou seu PIB, que passou de US$ 100 para US$ 9.800, e é uma grande potência mun-dial graças ao investimento sério e comprometido na educação. Seus índices de analfabetismo são quase inexistentes, e 82% dos jo-vens do país frequentam universidade, comparados aos 18% do Brasil.Segundo o Ministério de

Desenvolvimento Social, o Brasil está passando por avanços “inegáveis” nos quesitos educação e tra-balho, no entanto o IDF não capta essa melhora, dessa maneira o desen-volvimento educacional no país não pode ser medido de acordo com esse indica-dor. As esperanças são as melhores para que esses avanços estejam realmente acontecendo, e que façam a diferença daqui pra frente, já que não há como o Brasil se sustentar na 7ª colocação das maiores economias do mundo, se não houver in-vestimento compromissado com o futuro educacional do país.

Acervo Pessoal

Neste último domingo, eu estava voltando de uma reunião especial. Após passar um tempo agradável com meus co-legas e saindo de Curitiba à noite, indo para casa, vejo que tem um cara en-graçado, no jeito de falar... Até que finalmente o ôni-bus chega. Lotado! Como em qualquer outro do-mingo. Eu espero paciente-mente o ônibus lotar e fico em pé próximo à porta. Eu gosto de andar pela cidade à noite, as luzes artificiais são bonitas e têm formas. A viagem segue tranquila até eu ser surpreendida por um acontecimento inusitado,

um jovem idoso começa a gritar:- Dá pra você falar mais baixo? É a única vez que eu vou pedir! Você fique na tua porque você tá no meu galinheiro.Eu não estava entendendo nada do que estava acon-tecendo, só pensei “Galinhei-ro? Não tem ninguém gritando e esse cara tá ficando louco” e pensei que o problema poderia ser com um gru-po de jovens que estavam próximo a mim. Foi aí que o velhote continuou a reclamar e eu pensei “WTF” e conse-gui entender o que estava acontecendo: o cara estava implicando com aquele

cara que falava de forma engraçada, mas o cara não entendia muito do que ele estava falando, porque ele mal sabia falar português, quem sabe entender? E o velho continuou xingando, até que ele chegou ao ponto de sacar o guarda-chuva e bater no cara. Foi um es-cândalo dentro do ônibus, o velho chegou a agredir uma mulher que nada tinha com a história. A jus-tificativa plausível para tal agressão foi puro precon-ceito, pois o cara era negro. Não, não era mulato nem pardo, era negro! E o que me faz refletir a essa hora é ver que em pleno século

XXI ainda existem pes-soas que sofrem precon-ceito, seja racial ou sexual. Também me faz pensar no atraso mental de certas pessoas, o atraso de toda uma sociedade por um pensamento podre, nojen-to, digno de pena. O pre-conceito atrasa as pessoas, atrasa o desenvolvimento de uma nação. Atinge as pessoas, as torna frágeis, ou fortes. Tortura! Você não pode lutar contra algo que é característico seu. Você não é responsável por aspectos físicos, você é responsável pela tua moral e pelo teu bom senso. A zoeira limita-se no fazer

mal ao próximo, limita-se em ferir os valores de outrem. Rir ou desprezar alguém por ser negro, gay, gordo ou bonito, faz de você uma pessoa digna de pena.Quando a polícia chegou, os dois homens foram re-tirados do ônibus, quatro pessoas - mais ou menos - foram depor em favor ao homem negro, que por-tava uma garrafa de vinho vazia. A primeira coisa que o policial fez foi tirar do bolso do homem negro um saco de pó branco, foi aí que o motorista acel-erou e eu não vi mais nada.

Quando estava prestes a me formar me bateu um desespero. E agora? O que fazer? Além de Jornalismo, me formava também no curso de Artes Visuais. Uma das ações de desespero que eu tinha naquela época era ir ao Sebrae, lá eu tentava en-contrar alguma coisa para o “futuro”. Acabei encontrando uma amiga do curso de Artes Visuais, a Fabiana. Ela lançou para mim uma ideia de uma marca apenas de sapatilhas femininas, essas do dia a dia. Aí nasceu a Tutu Ateliê de Sapatilhas. Depois de um ano de muita pesquisa e tra-balho começamos as vendas

apenas pela internet. Nos primeiros seis meses entre-gamos sapatilhas para mais de 17 Estados do país. Em outubro de 2012, abrimos a primeira loja física da Tutu em Curitiba e estamos com muitos planos e convites de ampliação. Onde está o jornalismo nisso tudo? Por um ano trabalhei insistente-mente na assessoria de im-prensa da marca, através do jornalismo divulgamos a Tutu em vários veículos e de diversos lugares do Brasil. O trabalho de co-municação foi fundamen-tal para o sucesso do em-preendimento.

Pedro Garcia

Semana passada, não lem-bro bem o dia, um texto foi publicado e atraiu muita atenção, só em um blog conseguiu mais de 600.000 visualizações. “Como se sente uma mulher” foi escrito por Claudia Regina, uma ex-curitibana, agora carioca, que vive viajando pelos cantos do mundo e também autora de um blog sobre fotografia.O texto vem acompanhado de uma série de fotografias, autorretratos feitos pela Clau-dia em que a mostram nua, com uma grande tatuagem nas costas e careca (sim, ela é mulher e careca), e os relatos e argumentos presentes con-tam exatamente o sofrimento das mulheres em nossa socie-dade. Logo no primeiro parágrafo, ela conta um momento em que sai do aeroporto e anda por apenas dez metros. Nessa pequena caminhada, ela per-

cebe a presença de homens por todos os lados e sente os olhares afoitos por verem uma mulher, e claro, toda a avaliação embutida em um olhar masculino. Aos 13 anos, Claudia era esportista, e no caminho voltando para casa ela já percebia isso, que os homens estavam sempre olhando e comentando.O sexo feminino sofreu ao longo de toda a história. As mulheres sempre foram prejudicadas economica-mente, nunca podendo tra-balhar fora, nem podendo estudar para fazerem parte da história da ciência e nem atuar em peças de teatro. A história do sexo frágil (que todos sabem não ser verda-deira) se consolidou através do tempo.Outro exemplo um tanto quanto icônico: qual foi o gênero mais perseguido du-rante a época da caça às

bruxas? Se respondeu “mas-culino”, receio que esteja er-rado, a perseguição começou atrás de religiões pagãs que eram matriarcais e assim foi durante séculos, pura opressão em cima daquelas que nunca mereceram.O fato é: quando uma mul-her passa em frente a uma construção e um pedreiro qualquer grita “GOS-TOSA” ou outra variação, uma mulher não sente seu ego inflando, e muitas acham desagradável, mas não falam nada apenas pelo fato de estarem acos-tumadas com essas provo-cações.Não penso que seja decente fazer isso com uma mulher, muito pelo contrário, mas também não vejo uma mul-her mandando um desses calar a boca e impondo respeito. Tam-bém já vi acontecer com homens, mulheres ficarem observando

e avaliando muitos dos que passam, e fazendo comen-tários às vezes mais sujos do que os comentários masculi-nos.Sei também que muitas vezes as moças que recebem esses olhares, avaliações e comen-tários, não tentam impor res-peito por medo. Com tantos casos de violência à mulher , é totalmente compreensível. Falando nisso, é incrível como ainda hoje existem tantas mulheres que aceitam ser submissas, acei-tam serem agredidas e não fazem nada. Impunidade para muitos casos também colabora para isso, e para o aumento dos casos de violên-cia, mas ainda acho que para solucionar esse problema tem que haver uma mudança na mentalidade, em ambos os gêneros.Parece estranho um homem escrevendo um artigo sobre feminismo, mas todos têm

direito à opinião. Lutar pelos direitos de apenas um sexo é tão injusto quanto a opressão do mesmo. A verdade é que não acredito no feminismo, nem no machismo, muito menos na igualdade (aliás, essa aí é simplesmente im-possível de existir, é utópica). Eu acredito que cada um deve conquistar o seu espaço, com seus próprios métodos, e se algum deles ferir outra pes-soa então deve pagar por suas escolhas. Você deve lutar para te respeitarem, e na sociedade ocidental atual já não existem muitas desculpas para não tentar, e se tem medo, oras, existem formas diversas de se proteger (sem citar exemplos porque não quero se acusado de incitar violência ou sabe-se lá o quê).Não adianta viver sob a sombra do medo e da opressão, pois as-sim não há vida. Independente se for homem ou mulher.

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GERALTERÇA28 MAIO, 2013P3

Palestrantes Internacionais abordam formas de sustentabilidade empresarial

JÚLIA TRINDADE E MARINA GERONAZZO

Na tarde de ontem (27), o Fórum Internacional de Sus-tentabilidade e Empreende-dorismo (Empresar 2013) aconteceu no Pequeno Au-ditório da Universidade Po-sitivo. Os palestrantes foram Simon Payne (Reino Unido), Renee Bem-Israel (Israel) e Hans Wahl (França). O Empresar 2013 é uma rea-

lização da escola de negócios da Universidade Positivo, em parceria com a Gazeta do Povo e a Fecomércio Paraná. Luiz Eduardo Cheida, depu-tado estadual e secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, foi o re-presentante do Governador do Estado do Paraná, Beto Richa, que, apesar de estar incluso na programação, não pôde comparecer devido a compromissos emergenciais. O reitor da Universidade Po-

sitivo, José Pio Martins, foi o responsável pela abertura da conferência, e em seu discur-so deu ênfase à nova geração de empreendedores e mode-los inovadores de negócios no Brasil. Ele também comentou que o país tem sérios proble-mas com a internacionaliza-ção, mas está a caminho de ampliar esse aspecto. “A in-ternacionalização não é uma questão de natureza ideológi-ca, mas sim pragmática”, de-clarou o Reitor.Luiz Eduardo Cheida acredi-

ta que é preciso pensar de ma-neira estratégica em relação ao empreendedorismo e elo-giou a conferência por consi-derar essa questão de maneira extremamente profunda. De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recurso Hídricos do Paraná, é preci-so agir com responsabilidade para apoiar a sustentabilida-de e não necessariamente só os benefícios financeiros da

empresa. “Um empreendedor não pode ser um empresário que queira o lucro a qual-quer custo e preço.”Claudia Kipka, represen-

tante da ABIS (The Acade-my of Business in Society), afirmou que o governo, a sociedade e as instituições precisam trabalhar juntos para encarar problemas como a exclusão e a po-breza. “Os negócios pre-cisam da sustentabilidade para crescerem e serem duradouros.” Logo após a abertura,

deu-se início à sessão plenária do Consultor Empresarial da Ernest & Young Terco, Ricardo Cat-to. Em sua palestra, citou a inspiração na Rio + 20, al-guns aspectos do empreen-dedorismo e a necessidade de inserir a sustentabilida-de na estrátegia do negócio para cuidar da longevidade das organizações, pois ela não se encontra nas pautas dos gestores da atualidade.

Anteriormente, as em-presas eram criadas para atender alguma necessi-dade da sociedade; o em-preendedor original tra-balhava por uma causa, mas ao longo do tempo

perdeu a sua essência. “É necessário ajudar a nossa cadeia de fornecimentos a ser mais sustentável”, afir-mou Ricardo Catto.Para finalizar a primeira

parte da conferência de

ontem, foi realizado um debate discutindo ques-tões que foram apresen-tadas durante a palestra. As perguntas foram feitas pelos integrantes da pla-teia.

Estudantes de medicina de todo o país se reuniram na manhã do último sábado (25), para protestar contra a medida do governo federal que pretende “importar” médicos cubanos a fim de suprir a carência destes pro-fissionais, principalmente no interior do Brasil. Em Curi-tiba, cerca de 400 estudantes de quatro universidades es-tiveram presentes no movi-mento. Vestidos de branco e com faixas pretas amarradas aos braços, eles caminharam desde a Boca Maldita, na rua XV de Novembro, até a sede da Universidade Federal do Paraná, que fica em frente ao Teatro Guaíra. Distribuíram panfletos para a população (que continham dados sobre a infraestrutura médica no Brasil), fizeram um abaixo- assinado e gritaram palavras de ordem, como “revalida sim”.O Revalida Sim é um movi-mento contra a vinda de médicos estrangeiros sem que eles façam uma prova de

revalidação do diploma de medicina, como diz a pro-posta do governo. Esses es-trangeiros teriam um visto provisório de alguns meses e depois poderiam renová-los se quisessem. A principal reivindicação do grupo foi a falta de estrutura dos hospi-tais, de remédios e de pessoal especializado. Entre as entidades presentes no movimento, estavam os representantes dos centros acadêmicos de medicina das universidades que par-ticiparam do protesto, a As-sociação Médica do Paraná e o Sindicato dos Médicos. Rodrigo Mandryk, repre-sentante do centro acadêmi-co de Medicina DANC (UFPR), disse que a revali-dação do diploma não ga-rante que a população tenha qualidade de atendimento. “Esse movimento tem duas frentes: um processo avalia-tivo do profissional que vem do exterior e também pau-tamos uma condição de tra-balho para os médicos.” O médico ginecologista Luiz Roberto Santos, contou que

esse protesto foi organizado inteiramente pelas redes so-ciais, por meio de um grupo no Facebook, chamado Dig-nidade Médica, que já conta com mais de 70 mil médicos e estudantes. Ele disse ain-da que é na internet que o médico pode protestar com relação ao governo, cargas horárias e questões salariais. Entretanto, ainda há uma dúvida em relação às con-sequências da vinda destes médicos para o Brasil. Ner-lan de Araújo, secretário do Conselho Regional de Me-

dicina, relatou que a presença destes médicos no país não causa impacto nenhum, já que seriam “exportados” ape-nas 6 mil médicos, contra os 400 mil que são ativos atual-mente, além do fato de eles serem alocados onde não existem médicos atualmente. “O que nos preocupa não é o mercado de trabalho, mas a qualidade do médico. Se ele não for adequadamente qualificado, ele não vai prestar um bom atendi-mento para a população, que é uma população carente. Se o governo der estrutura, os

médicos daqui vão para o in-terior, não precisa trazer de fora”. Entre os principais motivos contrários à vinda destes médicos, está o índice de aprovação na prova brasileira de revalidação. De acordo com o professor e um dos organizadores do movimento, Romualdo Gama, apenas 5% dos can-didatos são aprovados no teste. A categoria ainda pretende marcar novos protestos, mais ainda não definiu ne-nhuma data.

Protesto de médicos e estudantes reúne mais de 400 pessoas no centro de CuritibaELANA BORRI

Grupo se reuniu para reivindicar o projeto do governo de trazer 6 mil médicos estrangeiros

Júlia Trindade

Júlia TrindadeElana Borri

Empresar 2013 recorre a estratégias para melhorar a sustentabilidade no Brasil

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TERÇA28 MAIO, 2013

P4 Saúde

Aparelhos como tablets e smatphones causam problemas de postura e afetam o rendimento de adolescentes e adultos

Uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode trazer problemas à saúde

Atualmente o abuso de aparelhos eletrônicos tem se tornado muito comum entre pessoas de todas as faixas etárias, entretanto, apesar dos enormes bene-fícios da tecnologia no dia a dia, com eles vêm os problemas de saúde, que se tornam muito mais fre-quentes e acabam preju-dicando o rendimento daqueles que fazem seu uso de forma inadequada. Entre os distúrbios mais comuns, estão aqueles que podem comprometer a visão e principalmente a postura.

Em casos de pessoas que já sofrem com problemas na coluna, ou de má pos-tura, é necessário o uso de medicamentos anal-gésicos, e fisioterapia, em paralelo com recomenda-ções de profissionais da área de saúde. Esses problemas normalmente ocorrem pela falta de cuidado ao manusear os aparelhos tecnológicos. As pessoas costumam fi-car sentadas sem se preo-cupar com a parte pos-tural e, em função desses maus hábitos, ao utilizar os aparelhos começam a desenvolver patologias na região da coluna e mem-bros superiores do corpo. Entre os principais in-cômodos causados pelo uso excessivo desses apa-relhos estão Cervicalgia, Dorsalgia, Lombalgia, Hipercifose, Hiperlordose e Escoliose, como explica a fisioterapeuta Heloisa Camargo Guiraud.

“Cervicalgia é presença de dor na região do pescoço. Dorsalgia é presença de dor na região da coluna dorsal, parte central da coluna. Lombalgia é pre-sença de dor em região lombar, final da coluna. As outras patologias são alterações no alinhamen-

to ósseo da coluna. A hipercifose é aumento da curvatura da coluna cer-vical, a hiperlordose é o aumento da curvatura lombar e escoliose é o de-salinhamento lateral em S da coluna, as angulações que ocorrem são para as laterais do tronco e tam-bém podem ocorrer rota-ções das vértebras.”

Problemas de compli-

cações posturais podem atingir pessoas de todas as

faixas etárias, mas a mais afetada, principalmente pelo sedentarismo, é a dos 25 aos 40 anos. A rotina agitada de trabalho e es-tudos faz com que muitos não tenham tempo para se preocupar com o bem-estar do próprio corpo, explica Heloisa. “As pessoas passam a maior parte do tempo em frente a computadores trabalhando e sentados de forma errada. Nos ônibus, ficam mexendo nos celu-

lares e ao chegar em casa vão ler nos tablets de-itados no sofá, adotando uma postura ruim para fi-carem em seus momentos de relaxamento.”

Um dos piores erros co-metidos nesses casos é a falta de alongamento ou de atividades que for-taleçam a musculatura do corpo, além de posições erradas na hora de dormir.

Essas atitudes acabam ex-ercendo uma sobrecarga nas estruturas corporais.

No caso dos adolescentes, a má postura em carteiras de faculdades e colégios, ou em frente a computa-dores, faz com que es-ses hábitos ruins estejam presentes no seu dia a dia desde cedo. Dessa forma, quando chegarem à fase adulta já estarão com al-terações posturais que serão complicadas de se

reverter, caso não alterem seus hábitos, podendo le-var ao enrijecimento e en-curtamento muscular.

De acordo com a fisiotera-

peuta Heloisa Guiraud, a principal atitude para evitar esses problemas é a

prevenção. “Nos escritóri-os através de adaptações do ambiente de trabalho como uma cadeira adequa-da, apoio para os pés e para o punho, além de manter a parte superior do monitor na altura dos olhos, e a par-te inferior da coluna muito bem apoiada na cadeira.”

Ela ainda aconselha a movi-

mentar o corpo a cada meia hora de trabalho; indepen-dente da utilização de com-putadores, tablets e smart-phones, o alongamento é essencial. Entre os exer-

cícios físicos que evitam alterações posturais e que fortalecem a musculatura

do tronco, estão o pilates, yoga, e a musculação. Para aqueles que já so-frem com problemas de postura, a f isiote-rapia oferece diversas formas de tratamento, en-tre as quais existem algu-mas especializações es-pecíficas para a postura, como o RPG (Reeduca-ção Postural Global), Pi-

lates, Isostretching, TCP (Técnica de Controle Pos-tural), Quiropraxia, Os-teopatia e Terapia Cranio-sacral.

MARINA GERONAZZO

“As pessoas passam a maior parte do tempo em frente a computa-dores trabalhando e sentados de forma er-rada.”

Hábitos que devem ser tomados para evitar problemas de má-postura: - Ergonomia: os móveis devem se adaptar a pessoa e não o contrário. O computador e a mesa devem estar na postura e altura certa. - Sentar sobre os isquios (quadril no fundo da cadeira) para que o corpo permaneça em posição esticada e es-tendida, mas sem forçar. - Cuidados com a saúde, a obesidade deve ser tratada. O corpo fica mais carregado e o músculo tem menor capacidade de se construir. A pessoa que é obesa e que não possui o hábito de praticar atividades físicas tem o músculo fraco. - Praticar o tratamento de conscientização da postu-ra é essencial, associado ao fortalecimento muscular, para que seja possível a reeducação da postura em seu ambiente de trabalho.- Atividades físicas devem ser feitas ao menos três vezes na semana.

Divulgação

Divulgação

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A estreia no Campeona-to Brasileiro da Série A chegou. Os 144 dias de pré-temporada teriam de surtir efeito. Os três jogos oficias e as três vitórias conquistadas até então contra equi-pes visivelmente inferi-ores tecnicamente não satisfaziam os fãs. Mas a corrente da incerteza in-sistiu em permanecer no Furacão. A data tão espe-rada apunhalou o Atlé-tico pelas costas. O time de Ricardo Drubscky foi até Macaé enfrentar os

reservas do Fluminense, e no gramado do Mo-acyrzão jazeu em de-sespero pelas inúmeras oportunidades criadas, não convertidas em números no placar. Viu o time das Laranjeiras aproveitar as chances e sair de campo vitorioso. Realmente, é muito cedo para julgar o tra-balho diferenciado que o clube optou em fazer. Mas no jogo de domin-go, por exemplo, apos-tava-se que a equipe iria se sobressair, pelo me-

TERÇA28 MAIO, 2013

Na coluna passada eu disse que a economia é passada de uma ma-neira muito chata pe-los veículos de comu-nicação. Após escrever isso, comecei a procu-rar materiais que bus-cassem desmistificar a difamada economia. Pois bem. Há uma se-mana eu fui no shop-ping com minha famí-lia e, como de praxe, fui às Livrarias Cu-

ritiba. Uma vez que entro lá, não posso deixar de levar pelo menos um livro. Levei três. Dentre eles, “O Livro da Economia – As Grandes Ideias de Todos os Tempos”. É nesses momentos que um bom designer faz a diferença. O livro me fisgou, primeiramente, pela capa: amarela e azul, cheio de senten-ças econômicas. Ao

COLUNISTASP5

nos, no aspecto físico. Foi superior em alguns momentos, mas não conseguiu fazer deste quesito uma arma para engatilhar os três pon-tos.Isso vem ao encontro de todo o sistema enclau-surado que o Atlético impôs aos jogadores, à imprensa e aos próprios torcedores, que só po-diam saber das notícias do clube através do site oficial. A difusão da notícia era feita por um sistema unilateral. Tudo

folheá-lo, vi que é ex-tremamente didático e de fácil entendimen-to. Apesar de mostrar apenas as bases do pensamento econômi-co, vale a pena ser lido por quem não entende absolutamente nada de economia. O Livro da Economia pode ser seu primeiro pontapé neste universo con-siderado negro. Eu comprei, vou ler e es-pero recomendar na próxima coluna.Outra coisa que me chamou muita aten-ção foi uma entrevista de pouco mais de cinco minutos do empresário Maurício de Sousa concedida ao Portal UOL há quase um ano, intitulada “Mauricio de Sousa: economia fica mais divertida nos gibis”. Nela, o criador da Turma da Mônica conta que pretende acrescentar um per-sonagem que possa fa-lar de economia nos gi-bis. Se foi criado, eu não sei, pois há algum tempo não leio gibis. Porém, se-gundo ele, é preciso to-mar um extremo cuidado para que o personagem não seja chato perante os

outros integrantes da tur-ma e, até mesmo, perante o público. Para quem ti-ver interesse em assistir, é só abrir o Google e digitar “Mauricio de Souza eco-nomia”.Uma das falas de Maurí-cio de Sousa me fez re-fletir um pouco. A atual sociedade está extrema-mente consumista. O empresário comenta que, antigamente, havia um cuidado maior com o en-sino familiar em relação à economia, e que hoje isso não existe. Eu concordo. A compra virou um ví-cio. A internet, princi-palmente através dos grandes conglomerados de lojas de varejo e dos sites de compras coleti-vas, só aumentou essa compulsão. Raramente se vê um controle por parte dos filhos na hora de gastar, porque seus maiores exem-plos, pai e mãe, não têm esse controle. A intenção de Mau-ricio é resgatar esse ensino por meio dos gibis, e é aí que as cri-anças podem começar a ensinar seus próprios pais. Desde pequeno, em casa, eu e minha irmã fomos instruídos

a economizar. Não dá pra comprar Nutella todo dia. Não dá pra ter um vídeo-game logo após o seu lança-mento, se um ano depois o preço já vai estar pelo menos 50% mais barato. É preciso evitar ao máxi-mo a compra por impul-são, para que não exis-tam arrependimentos depois. É preciso pes-quisar, pesquisar e pesquisar antes de se comprar um item de valor elevado, como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.O aumento do poder de compra da popula-ção brasileira fez com que esses preceitos básicos de economia doméstica fossem qu a s e qu e e s qu e c i -d o s . Q u a s e , p orqu e e l e s s ã o l e mbr a d o s qu an d o a c ont a c h e -g a e m c a s a . Par ab é ns a o Mau -r í c i o d e S ou s a , qu e t e m e xc e l e nt e p e r-c e p ç ã o e c on ôm i c a , e qu e bu s c a re s -g at ar o velho hábito econômico das famí-lias através de seus gibis.

Lucas KotoviczNada se perde, tudo se investe

IntermediáriaO solitário

Victor Hugo Turezo

isso, simplesmente, para inflar o ego do presidente Mario Celso Petraglia e não por ser embasado em algo con-creto. Tanto é que os próprios jogadores se manifestavam por meio de seus empresários di-zendo que se sentiam desvalorizados por suas imagens não estarem sendo propagadas na televisão. 144 dias, três jogos ofi-cias, inúmeros amisto-sos. O torcedor implora por alguma certeza.

Pontapé Tricolor na Paraíba Dado Cavalcanti estre-ou no comando técnico do Paraná exorcizando um dos mais temidos demônios do Tricolor: os jogos no Nordeste do país. O time transpôs o cansaço da viagem e conseguiu uma vitória contra o ABC em João Pessoa. Aplicou 2 a 0 e assegurou os três pontos na bagagem. Tivemos algumas atuações que merecem destaque:

Roniery, com um lan-çamento magistral e algumas boas inves-tidas pelos flancos; Ronaldo Mendes, que aproveitou a bola lon-ga do lateral e marcou um belíssimo gol, e Ri-cardo Conceição, jun-tamente com Rubinho e Lúcio Flávio, que co-mandaram a meia can-cha do Paraná. A largada dos coman-dados de Cavalcanti na Série B do Brasileirão anima até certo ponto. Dá alento aos joga-dores, a comissão téc-nica e a torcida; mas a ponta de insegurança sempre estará saliente na caminhada parani-sta devido ao histórico recente de tropeços, infelicidades e pífios planejamentos, pro-tagonizados pela falta de dinheiro que assola os cofres do clube e de competência, encala-crada na pele de mui-tos dirigentes que ainda pairam pelos lados da Vila Capanema.

A Turma da Mônica e o consumo por compulsão

Divulgação

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AGENDATERÇA28 MAIO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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FEIRAS LIVRESFeira do Rebouças – R. Nunes Machado – das 7h às 11h30.Feira do Água Verde “B” –R.Dom Pedro I - das 7h às 11h00.Feira do Jd. Botânico – R.Cel.João da Silva Sampaio – das 7h às 11h00.Feira do Uberaba – R.Cel.José Carvalho de Oliveira – das 7h às 11h.Feira da V.Santa Amélia – R.Fernando de Souza Costa - das 7h às 11h00.Feira do Mossunguê – R. Paulo Gorski – das 14h às 20h.Noturnas:Feira do Batel (Av.Iguaçú)- R. Alexandre Gutierrez – das 17h às 22h00.Feira do Juvevê – Av. Anita Garibaldi – das 17h às 22h.Feira de Sta.Felicidade –Pç.São Marcos – das 17h às 22h.

A cidade de Londres, no dia 28 de maio de 1908, serviu de berço para aquele que seria o criador de um dos per-sonagens mais popula-res de literatura e, espe-cialmente, do cinema. Ian Lancaster Fleming, o pai do James Bond, veio ao mundo nesse dia para partir 56 anos depois, deixando como herança os 14 livros do espião mais famoso do mundo.Antes de começar a es-crever, Fleming passou por diversos empregos. Atuou, inclusive, como assistente pessoal do

Contra-Almirante John Hnery Godfrey na Se-gunda Guerra Mundial. Há boatos de que, nesse período, conheceu o agente da MI6, John le Carré (também autor de romances de espio-nagem), de onde tirou inspiração para a cria-ção de James Bond.Boatos à parte, fato é que Ian Fleming publi-cou seu primeiro ro-mance de espionagem em 1952. Casino Royale é a primeira aventura de James Bond, que rendeu duas adaptações para o cinema. Mais 13 livros deram continui-

dade às peripécias do espião, sendo que o último foi Encontro em Berlim, livro de contos publicado dois anos após a morte de Ian Fleming.Hoje, com 25 f i lmes, James Bond já rendeu mais de 6 bilhões de dólare s , t or n an d o - s e a s e g u n d a f ranquia de maior bilheteria da história do cinema. O personagem foi vivido na tela por oito atores, como Sean Conney, Roger Moore, Pierce Brosnan e, atual-mente, Daniel Craig.

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